A Virgem Maria e o Demônio Nos Exorcismo1 5001509087142215790

February 19, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Francesco

amonte

Virgem Maria e o

iabo nos exor ismos

ª edição

 

1. edição : Abril 2011 2 .ª edi ção : unho 2016 3.ª edi ção : Abril 2017

Titulo original :

Vergine Maria e il Diavolo negli esorcis esorci s mi Paol oloo - Mi Milã lãoo © 2010 2010,, Figlie d i San Pa Tradução Tradu ção : Ant Antóó ni nioo Maia d a Rocha Gráfico co Paulinas Editora Capa Departamento Gráfi Foto da ca pa : Cario Maratta 1625-1713 1625-1713)) , Nossa Senhora em glória entre São Francisco de Sales e São Tomás de Vilanova   Igreja de San to Agos tinho , _1e n a Scala,, Florença © 2010 2010.. Foto Scala Pr é-impre ss ão : Paulinas Editora - Prio Priorr Velho Impresscto e acabamentos Arti Artipol pol - Art Artes es Tipog Tipográf ráfica icass , Lda Lda.. - Ág Águue da Deppós ito legal n .º 424 826/17 De l SBN 978-989-673-159-5 edi dição ção original original 978-88-315 978-88-315--3834-3) a

Miss.. Filhas de São Paul Pauloo © Abril 2017 2017,, l nst. Miss Francisco co Salgado Zenha Zenha,, 11 - 2685 Velhoo Ru a Francis 2685--332 Prior Velh 6400 - Fax 21 2199 405 649 Te . 2 19 405 64 [email protected] t editora@paulinas wwwpaulina ulinass .pt

 

  refácio edição portuguesa

O momento mome nto histórico que q ue vivemos vivemos é , d o ponto de vista teoló gico , caracterizado por uma pluralidade de interpretações d a Palavra de Deus, Deus , muitas delas inconciliáveis entre si. Tal fenó meno não é novo nem necessariamente nega negativo tivo,, se tivermos presente que qu e muito mu itoss elemento elem entoss na Revel Revelaç ação ão divina são são de dif difíci ícill interpretação e que cada teólogo tem a sua própria abordagem abordagem,, mesmo respeitando os elementos irrenunciáveis do método teo lógico . O que surpreende , porém porém,, nos nossos dias , é u m certo ceticismo com raízes filosóficas , e que leva a considerar, considerar, e m ma téria teológica, teológica , que tud t udo o é opinável opinável,, minand minando o os próprios funda mentos da fé apostólica. Longe estamos dos tempos e m que a regula fideí vivificava e orientava o debate teológico . Hoje Hoje,, depa depa ramo-nos,, com alguma frequência , com a ditadura do «cá p  ra ramo-nos mim» , certamente menos fecunda . Em âmbito católico , estas reflexões adquirem ainda uma maior pertinência, pertinência , pois pois,, acreditam acreditamos os que o Senhor Jesus infun

diu nos seus Apóstolos, e nos Bispos seus sucessores, sucessores , u m carisma certo da verdade 1 para que possam realizar fielmente a missão que lhes foi conf confiada iada de pregar pre gar a «Palavra da verdade» (Ef 1,13 1,13;; Cl 1,5 ; 2Tm 2 , 15 ; Tg 1 , 18) 2 que conduz , pela fé , à salvação eterna . Este carisma do Espírito Santo habilita o colégio epis copal,, juntame copal juntamente nte com o Papa, Papa , sua cabeç cabeçaa , a interpretar autenti autenti-d haereses  Ib . IV e . 40 n . 2.

1

Cf SAN TO IRENEU DE LIA o  

2

Na sua oração sacerdotal sacerdotal,, Jesus pede ao Pai Pai: «Consagra «Consagra--os na verdade verdade.. A tua Pa

lav avra ra é a verdade » ü o 17 17) .

3

 

 

irgem Maria e o Diabo nos exorcismos

camente - isto

sem erro em matéria de

é



e de costumes - a

3

divina Revelação • «A existência dos seres espiritua espiritu ais is,, não-corporais não-corporais,, a que a Sa  grada Escritura habitualmente chama anjos anjos,, é uma verdade de fé » e , portanto portanto,, não se se encontra no âmbito âmbi to das hipóteses o u op opii  niões teológicas . Alguns desses anjos , criados bons por Deus Deus,, liderados por Satanás, Satanás , ta mbém chamado Diabo, «radical e ir irre re vogavelmente recusaram Deus e o seu Reino» 5 e , portanto, deve -se afirm afirmaar que, que , «de facto , o Diabo e os outros demónios foram por De Deus us criados criados naturalmente bons bon s ; mas eles, por si próprios, é 4

que se fizeram maus >>º. Os demónios «esforçam-se por associar o homem à sua rebelião contra Deus» 7 , por induzir o homem ao pecado mortal, mortal , o qual «tem como consequência a perda per da da cari dade e a privação da graça santificante, santificante , o u seja, d o estado d e graça.. E se não for graça for resgatado resgatado pelo pelo arrepen arre pendim diment ento o e pelo perdão per dão de Deus, originará a exclusão exclusão do Re Reino ino de Cristo e a morte mo rte eterna no Inferno» ª . Como se tal não bastasse, bastasse , h á que ter presente que « [a] maléfica e adversa ação do Diabo e dos d e mó nios afeta pe pess  soas, coisas e lugares, lugares , manifestando-se de diversos modos» 9 . Facto este que os sacerdotes exorcistas, exorcistas , infelizmente infelizmente,, constatam com frequência frequência.. Na realidad realidade, e, « [u]m duro combate cont r a os

poderes das tre trevas vas atravessa , co com m efeit efeito , toda a história humana ; começou no princípio do mundo e , segundo a p ala lav vr a do Senhor 13;; 13,24-30 13,24-30..36-43 , durará até at é ao últi últim m o d ia» h l _ cf. Mt 4 , 13 Aconselho vivamente a leitura do prese prese n t e livro - A Virgem Maria e o Diabo nos exorcismos - d o padre Fran Francesco cesco Bamonte, exorcista, por três motivos principais. principais .

3

Cf. CONCILIO DO V TIC NO

II ,

o n st. d o m .

Dei Verbum   n . 10 .

• Ca tecis mo da Igreja Cató lica   n . 32 328 8. Jbid n. 39 1.

cap . 1, De fide ca th olica : DH 80 cap 800 0. 1 Ritual Romano . Rito do s exorcismos   Proémio . 8 Ca tec ismo da Igreja Católica   n . 1861 . Ritual Romano . Rito dos exo rcis mos   Proémi Proémio o. i CO Gaudium 37.. CON N CILIO DO V TI C  NO II , Gaudi um et spes   n . 37 6

CO N CILI O DE L TR O IV

9

 

4

 

  refá refáci cio o

edição ediçã o portuguesa

Em primeiro lugar, é uma profunda catequese acerca d a Virgem Maria e d o seu papel singular n a história d a salvação salvação.. Maria ocupa u m lugar único , como o demonstra com clareza o autor, baseando-se na Sagrada Escritura, Escritura , n o Magistério da Igreja, Igreja , na experiência dos santos, santos , nas reflexões reflexões dos teólogos e conco co ncorde rde , também,, com algumas palavras e reações dos demónios durante também os exorcismos. exorcismos . medida que q ue prog progredim redimos os n a leitura destas pági nas , vamo-nos dando conta de quanto é real a presença d a Virgem Santa Maria nas nossas vidas. vidas . Maria acompanha-nos nos combates desta vida. vida . Nos exorcismos «tocamos» a sua presença materna ao nosso lado e fazemos experiência da eficácia da sua intercessão . Os relatos, relatos , aqui reportados, reportados , de algumas reações diabólicas podem suscitar e m alguns leitores uma certa perplexidade. Mas a realidade é de facto esta . Posso afirmá-lo não só pelo facto d e considera cons iderarr o autor au tor u m test testemunho emunho cred credíve ívell , ma mass também porque tive a graça de o comprovar em primeira pessoa, ao longo dos pude acom acompanh panhar ar o padre Gabriele Gabriele Amor Amorth th nos

dez anos anos em e m que seus exorcismos e, e , depois depois,, n o ministério de exorcista que me foi confiad con fiado o pela Igreja Igreja.. Satanás e os seus anjos ode odeiam iam a Deus e não nã o suportam a sua santidade santi dade.. Ma Maria ria Santí Santíssi ssima, ma, pela sua su a humild hum ildade ade,, é e caridade, caridade , transborda desta santidade divina, divina , é a «cheia d e graça» Lc 1,28) 1,28),, resplandecente de luz cf. Ap 12,1), 12,1) , que conti conti  nuamente intercede junto d e Deus pelos seu seuss filho filhoss cf cf.. o 19 ,27) , e daí esta forte inimizade entre Satanás e a Imaculada . Em segundo lugar, lugar, parece parece--me que estas páginas nos estimu lam bastante, bastante , seja a crescer n a nossa devoção a Maria Santíssima, seja a compreender melhor a natureza desta devoção e a sua grande importância n o atual momento histórico que vivemos . Concretamente,, ajudam -nos a penetrar melhor n o papel único Concretamente que foi confiado por Deus a Maria n a história da salvação. Maria est stáá impli impliccada nas duas mis missões divinas. divinas . Foi, de facto , por Ma Marria quee o Verbo e, qu e , d e alguma maneira , o Espírito Santo vieram até nó s para nos salvar. Não é , pois pois,, de estr estranhar anhar que qu e a Maria Santís Santís sima caiba uma missã missão especial de p ô r-nos e m contac contacto to e relação 5

 

  Virgem Mari Maria ae o

iabo

nos exorcismos

com estas duas Pessoas divinas , e isto realiza-se sem que a sua mediação ofusque em nada a mediação única e universal d e

Cristo . Antes bem pelo contrário, contrário , a vocação e missão d e Maria exaltam , confirmam e apontam para o único mediador entre Deus e os homens : Jesus Cris Cristo to cf. 1T m 2 ,5) 5).. Finalmente,, estou convencido de que esta obra nos ajuda a Finalmente valorizar melhor a eficácia de alguns meios de santificação. Por exemplo , d a Eucaristia Eucaristia,, d o Terço Terço,, d a Consagração ao Coração Imaculado de Maria. Maria . E ass assiim, uma vez que vemos melhor a sua força espiritual , acaba por nos estimular a usá-los com maior diligência diligênc ia e devoção. devoção. Sobr Sobree este ponto, pon to, parece-me oportuno par tilhar aqui, que, uma vez vez,, depois de terminado u m exorcismo, estava a impor o escapulário de Nossa Senhora d o Carmo a uma jovem que era atormentada pelo demónio, e, n o momento e m que lhe introduzia o escapulário pela cabeça , o demónio reagiu

urrand o com alguma urrando alguma violência violência.. No final final do exorcismo exorcismo,, tenho por hábito rezar a Salve ainha com os presentes e convido a pessoa e m que atormentada pelo demónio a ,rezar connosco Nos casos o domínio diabólico é maior, maior constato que a. pessoa não conse conse gue rezar e que o demónio demón io re reag agee com as habit habituais uais blasf blasfémia émiass , pa pa lavrões,, et lavrões etcc . , mas à medida que tal domínio s e vai enfraque  cendo , a pessoa começa progressivamente a conseguir reza rezarr cada vez mel melhor hor esta bonita oração oração mariana. mariana . Estou certo que a leitura deste livro nos ajud ajudaa rá a t o d os a crescer n a fé , esperança e caridade, caridade , e a dar abund abundante antess frutos frutos de santidade para glória de Deus Pai, Pai , Filho e Espírito Sa San t o .

Lamego , 19 de março de 2011 Lamego, Solenidad Solen idadee de Sã São o José, Esposo da Virgem Virgem Santa Maria P . DUARTE SOUSA LARA *

* Presbítero da Diocese de Lamego. Lamego. Doutorou-se em Teologia junto d a Pontifícia

Universidade da Sant Santaa Cruz, onde o nde colabo colabora ra como d ocente desde 2005 . Actualmeme é pároco d a Paróquia de Folgosa do Douro Armamar Armamar)) , professor n o Instituto Supe rior de Teol Teologia ogia Beiras Beiras e Dour D ouro o Viseu Viseu)) , capelão do M o ste iro de Nossa Senho Senho ra d a Eu caristia Lamego Lamego)) e exorcista exorcista..

 

  refácio

Mais d o que fazer u m apresentação conceptual e uma ava

liação do que está escrito neste li vro interessante  interessante   pref preferi eri seguir segui r o caminho d o coraçã coração o para descrever os sentimentos  sentimentos   as impres sões   as reflexões e o s efeitos benéficos que brotaram da leitura sões do texto  texto   que o padre Francesco Bamonte gentilmente me sub meteu para u m prévia e cautelosa avaliação. Posteriormente   o leitor lei tor poderá avali avaliar ar diretamente diretam ente o seu s eu alc alcance ance e apreciar apreciar os múl múl  tiplos aspetos nele encerrados. encerrados . São quatro os pontos de vista de que pude extrair elementos de medita meditação ção intensa e de comprazimento compr azimento interior inter ior   à medida que eu avançava na leitura. leitura . 1. Em primeiro lugar  lugar  brotaram l uns sentim ntime ent os que m u i to me comoveram  comoveram   beneficamente beneficamente:: pude contemplar a grandeza e a beleza de Maria Maria   de maneira man eira tã tão o luminosa lumino sa e incisi incisiva va   como nunc me tinha acontecido. acontecido . claro que se trata de coisas j á conhecid conhecidaas   mas são desc descritas com uma vivacidade e ex ex pressividade que ilu ilu  minam o ânimo e a mente   suscitando profundas emoções de admiração e de mor par paraa com c om a Santíssima Vir Virge gem m. Paradoxalmente   verifica-se este fenómeno estranho: Paradoxalmente  estranho : dos rela toss turbulentos dos exorc to exorcismos ismos emerge emerge   e m toda a sua el eleva vação ção e magnificência   a figura puríssima e esplêndida da Mãe de Deus   magnificência diante de quem todos ficam deslumbra deslumbra dos e fascinados . Poder Poder dizeer que  que   perante as tenebrosa tenebrosass manifesta manifestações satânicas  satânicas     se - ia diz aparecce ainda com maior ful apare fulgor gor aquela aquela que qu e foi escolhida escolhida   com a 7

 

  Virg Virgem em Maria eo

iabo

nos exorcismos

força da sua santidade  santidade   para envergonhar e desmascarar a feal  dade e a mesquinhez mesqui nhez de Sata Satanás nás.. Por isso  isso   nasce destes relatos uma terrível representação do Maligno   que se mostra repelente e miserável   débil e derrotado   Maligno mesmo n ferocidade e n fealdade d sua raiva e d o seu ódio implacável e blasfemo. blasfemo . e facto   Satanás revelarevela -se nestes relatos ainda mais abrutalhado e asqueroso prov provocan ocando do reações reações de re re

pulsa e de desgost desgosto o . De Deste ste mod modo o o leitor é estimulado n luta e desaprovação contra o diabo diabo e todas as suas manobras de modo que nun n unca ca se se deixe deixe seduzir nem enganar. enganar. Os seus olhos ol hos abrem-se à clara visão de uma realida realid ad e mons monstruos truosaa e neg negati ativa va de que é preciso desconfiar e não se se deixa deixarr de modo nenhum  iludir iludir.. ondee deriva deriva u m conv convite ite urgente e sereno sereno a amar com co m todo to do e ond o coração co ração a Virgem Virgem Maria Maria e   através dela  dela   o seu dileto Filho  Filho   Jesus Cristo . Por isso o leit leitor or encontr dentro de si muitos movi mentos que o impelem eficazmente à oração e a u m entrega confiante cada vez mais mais total e ínt íntima ima   a Maria Santíssima   para permanecer ligado ao seu socorro materno e repelir todas as se se  duções diabólicas. diabólicas . Trata-se de estabelecer u m cam camiinho autenti autenti camente cristão e m plena fidelidade a Cristo e ao seu m o r  na obediência e docilidade à sua Palavra e à vont vontaad e do Pa i   n co con n fiança filial à sua Mãe. Mãe . 2 . Os sentimentos são acompanhados por algumas consider ções teológic s de grande relevo sobre argumentos tão tão deli delicados cados e complexos como a mariologia e a demonologia. No ta ta-se -se com economi a sa lví  u m precisão clara a dimensão mariológica da economia fica j á que o livro mostra a presença e a ação de Maria ao longo de todo o percurso perc urso da história da d a salvaç salvação ão:: das origens da d a c ri riação ação à plenitude dos tempos da encarnação do Verbo  Verbo   d obra de re  denção com a morte e a ressurreição   através d o c minh o da Igreja   até à parusia final. Não se poderá compreender plen Igreja plena a mente o projeto divino de mor para salvar a hun1anidade   s e não se considerar devidamente a realidade realidade de Maria Maria que perma nece subordinada à ação principal d o Verbo encarnado embora

 

  refácio

estivesse plenamente envolvida com ela de maneira tão íntima e vital,, que não se poderá esquecer o u marginalizar vital marginalizar..

Consegue a s u cooperação insubstituível no evento redentor e no seu desapego eficaz ao longo de u m percurso histórico. histórico . Ela presta-se , generos generosaa e totalmente totalme nte,, a esta tarefa altíssima; nunca se separa dela nem se mostra reticente. Ao contrário contrário,, aparece com evidência a s u disponibilidade e submissão à vontade de Deus , que a leva a desenvolver todas as suas forças na assistência maternamente cuidadosa com os filhos redimidos pelo seu Filho . Para o cristão , isto constitui u m gran grande de conforto e uma confia confiança nça serena.. serena Por causa desta presença mariana n econo economia mia sal salvíf vífica ica,, é muito mais forte forte e cruel cr uel a luta lu ta de Satanás cont contra ra aqueles qu quee são são protegidos e assistidos por Maria Maria.. Uma luta frenética e ines gotável , insidiosa e prepotente até à possessão diabólica com manifestações d e extrema desordem e perturbação . E o diabo vai-se embora derrotado e miseravelmente desbaratado. A vitó ria pertence a Cristo e à Mã Mãee , não ao Maligno. Maligno . Trata-se de u m d do de facto incontrolável, incontrolável , que suscita ma ravilha e u m alegria surpreendente. surpreendente . O cristão não pode deixar -see subjugar -s subju gar pelas pela s forças forças adversas, adversas , por porque que com c om ele ele também també m Mari Mariaa combate· e a Maria está unida a comunidade dos crentes , tendo por base o poder da redenção realizada por Cristo. Cristo . São estas as possibilidades que brot m dessas experiências exorcísticas. O bem prevalece sobre o mal , a verdade sobre a mentira, mentira , o amor sobre o ódio , a humildade sobre o orgulho . Surge espontânea a oração ora ção de louvor lou vor e d e agradecimento ao Senhor omnipotente omnipoten te e o vitorioso itorioso,, nosso Salvado Salvadorr, qu quee «nos deu e pôs ao nosso lado a sua Mãe

amorosa» .

3 . Sublinhe-se u m m r vilhos correspondênci entre tudo o que é descrito no livro e os dados da revelação cristã. Nos Evan gelhos,, vemos muitas vezes que Satanás reconhece a divindade gelhos de Cristo Cristo e manifesta-a manifesta -a com perturbação e temor, temor, tal como é nar rado nos nos relatos de exorci exorcismos smos cf cf.. M e 1 ,24[; 3, 3 ,   ; 5 ,6]) ; por 9

 

  Virgem Maria e o Diabo nos exo exorr ci cis sm  s

outro lado, Jesus reco rec o n h ece-o e ameaça-o, orden a n d o -l h e q u e saia do homem e que nunca mais vo lte a ele cf. Me 1 ,2 5; 3,12 3,12;; 5,8). O seu saber não é cont con t radi raditto p o r Jes J esu u s, mas valid validaamente reconhecido (cf. Me 1,34) e confir confi rmado por po r ou t ras p ass assaagens em em que se usam os mesmos termos (c f M e 1,11 ; 9, 7; 15 ,3 9 ) . Por or tanto o conhecimen conhecimento to dos d emónios refere-se refere -se ao aspeto dec decisi isiv vo da pessoa de J esus, à su a re lação fi lial com De Deu us. Contudo , J es us proíbe-lhes proíbe-l hes que fa fale lem m disso (cf. M e 1,3 1,34 4 ; 3 , 12 12)) . Essa proibição não se refere ao conteúdo das afirmações dos demónios, mas ao modo mo do de manifestá manifestá-lo , porque o verdadeiro conhecimen to de Jes Jesus us também comport comp ortaa o seu seguimento seguimento , a acee itaç ac itação ão da sua presenç presen ça e da sua obra salv sal vífica. Precisamente nestee ponto nest pont o , os diabos diabos permanecem do d o lado de fora d a autênt autêntic icaa rella ção com Cristo e, re e , por isso , podem ser instrumentos instrumento s válidos para u m testemunho verdad verdadeiro eiro sobre e le m es m o. Is to é, eles conhecem conhece m jesus jesu s , mas não o aceitam n e m , muit? me m en os , o amam, pelo contrário, contrário , desd desdeen h a m e detestam-no . Daí a s ua condenação condenação.. E eles a gem d o mesm mes m o modo com Maria. Revela Revelam m os seus dott es e a sua gr do graça, a sant sa ntii dade e a humildade , as suas prerro gativas ú n icas - como a Imaculada Conceição , a Ma Matt e r ni ni redenççã , m as alimen limenttam dade Virginal, a su suaa coope ooperação ração n a reden contra ela u m ó dio ir re p ri rim mível e venenoso. Se p u d ess ssee m , ani ni quilá-la-- ia quilá-la iam m . Po r isso , o p õ em-se à sua aç açãão e conside r a m -n a a mu lher d estr estru u idora do seu seu império. império . Daqui resulta result a u m a p e rene conflitu conflit u osi dade e ntre eles e e la . Este liv li v ro confirma o cl a r a e surr preen su preend d en te mente. També m n os Pa dre Também dress da Igreja se afirm firmaam as mesmas c ois oisaas . Ba s ta a p enas a cit itaa ç ão d e Ago Agosstinho . Ele p r e c isa que o s d e  món mó n ios, an tes da su a cu l p a, p ossu suííam sabedoria, sabedoria , embora n ã o se saiba e m qu e medid medida, a, se igu a l o u inferior aos a njos bo b o n s . Ao afastar-se afastarse d a lu z, os d e mó n i os recusar cusaraam a b e m aventuran ça, e mbora conserva n d o a vid vi d a ra ci cional onal,, mas de d e modo incipient incipientee . D e facto , possu possuem em a ci ciên c ia sem sem carid aridaade ; m as a ciência sem ca  ridade , não va le de n a da , a ntes se t or n a u m a atitud atitudee d e sob e r b a

r e pleta de u m v az io ba lo ivil ila a te Dei  9 ,2 0 ), que o s loffo c f. De Civ 10

 

  refácio

entenebrece e fecha à verdade verdade.. Eles conhecem Deus, Cristo e a Virgem:: mas odeiam-nos e combatem-nos ferozmente . Daqui a Virgem sua estultícia estultícia e dureza durez a d e coração. No Magistério da Igreja, Igreja , e m particular n o Concílio Vaticano II fala-se várias vezes d o diab diabo; o; realçarealça-se se a relação entre entr e ele e Mar Maria ia,, tendo por referência a ligação que existe entre a serpente e a mulher d o Génesis . À luz da revelação de Cristo, «ela [Maria] aparece , a esta luz, luz , profeti profeticament camentee figurada, figurada, n promessa de vitó riaa sobre a serpente, ri serpen te, fe feit itaa aos primeiros antepassados, antepassados , caídos n o pecado» LG 55 55)) . Além disso , o paralelo , ent entre re Maria Maria e Ev Evaa , quer ilustrar a cooperação de Maria n o evento d salvação com a sua fé n palavra de Deus, Deus , e m contraste com Eva que colaborou n queda original original com co m a s u adesão à se serpe rpent ntee LG 63). Aqui, trata -se da fé incondicional d Virgem, início da vitória sobre a ser pente sedutora, que nela não encontrou a debilidade de Eva e, por isso, isso , não pôde rr nh r minimamente a sua confiança e m Deus e a [sua] firme adesão ao projeto divino. Estas breves notas mostr m a perfeita sintonia do livro com os documentos d doutrin d Igreja e da sua tradição , até aos textos evangélicos. evangélicos . Nada a objetar, objetar, mesmo que se descubra descubra uma válida confirmação , porque o testemunho provém d e sujeitos declaradamente declaradamen te inimigos i nimigos d verdade revelada revelada,, d qual se se tornam torn am defensores sincer mente convencidos , embor forçadamente mensageiros.. mensageiros 4 . Os aspetos até aqui aqu i enumerado enume radoss não sobreca sobrecarregam rregam,, antes nim m as págin s d o texto texto,, po porq rque ue os relatos relatos dos exorcismos são descritos de u m modo mu muit ito o concreto concre to e vi vivo vo.. Dentro dessas des crições criçõ es encontram-se e revelam-se os elementos significativos e basilares de que se falou . Daqui brota uma leitura absorvente e timulant lante, e, sempre semp re rica rica de conteúd con teúdos os e de verdades doutrinais doutrinais.. es timu Descobrem-se sempre o s valores cristãos com clareza e lucidez. lucidez . Além de oferecer u m leitura agradável, o livro suscita u m im im pulso pu lso contínuo à conversão e à santidade santidade.. Isto acontece devido Maria,, solicitando u m plena confiança ao amor intenso e filial a Maria

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  Virg Virgem em Maria e o

iabo

nos exorcismos

nela , de onde brota uma serenidade interior d o coração . Por outro lad lado o , assiste assiste--se a u m apelo contínuo à vigilância e à oração oração,, para enfrentar e superar supe rar os ataques d o maligno maligno.. Extrai-se daqui u m bom material para sugestões espirituais e de edificação da consciência,, de modo a ilumináconsciência iluminá -la para seguir o caminho d o se

guimento d e Cristo e evitar entregar-se às seduções satânicas. Isto constitui uma verdadeira vantagem para os cristãos, que sentirão uma alegria envolvente por permanecerem unidos a Cristo e à Igreja Igreja,, sob a proteç proteçãão materna de Maria. Maria . Assim coura çados,, poderão caminhar na peregrinação terrena, çados terrena , embora atra vessando momentos de cansaço e dificuldade, com a certeza de superar tudo , f ce à conquista d o Reino dos Céus. Céus . Resta-nos, enfim, fazer-lhe u m caloro caloroso so convite para pa ra que leia e medite este livro d o padre Franc Francesco, esco, de modo a extrair dele os mais úteis proveitos espirituais. espirituais . Roma, 25 de março de 2 1 Solenidade da Anunciação d o Senhor REN NZO lAVATO lAVAT OR  P E . RE

*

Docente de Teologia Dogmática e m Roma, n a Pontifícia Universid Universidaade Urb rbaa  at er d a niana , no ISSR d a Pontifícia Universidade d a Santa Cruz e na ccles ia Pontiflcia Universidade Lateranense. Lateranense . Entre as suas obras , há trts grandes volumes dedicados à demonologia demonologia..

12

 

 ntrodução

Este livro  livro   ainda que se tenha inspirado nos fundamentos bíblicos e n o ensino d Igreja sobre Nossa Senhora   não é a apresentação de u m estudo exegético ou um discussão de questões ques tões e disputa disp utass doutrin dout rinais ais sobre a Virge Virgem m Ma Mari ria. a. Trata-se Trata-se sobretudo   de u m t st munho da amorosa e especi especial al solicitude que Maria Santíssima mostr a favor dos seus filhos que sofr so frem em dur durant antee o delicado ministério dos exorcismos exorcismos   e d o poder que u m autên autêntico tico culto cu lto a Nossa Nossa Senhora Sen hora exerce exerce sobre o mundo demoníaco. demoníaco . motivo de gra grande nde alegr alegria ia para nós sacer sacerdote dotess   também investido invest idoss com co m o delicado ministério minist ério d o exorcismo exorcismo   constatar no trabalho pastoral com as pessoas possessas a incessante e quas qu asee palpável palpável presença prese nça e proteção de Nossa Senhora   prova e confirmação ulterior d o insanável conflito confli to entre ent re ela e as forças forças do mal. O que acontece durante os exorcismos testemunha o papel importantíssimo da Virgem na luta contra Satanás e n libertação daqueles que estão possuídos . Na c minh d d e libertação   o exorcista e a pessoa possuída fazem u m expe libertação

riência viva da presença e d o amor incomensurável d Virgem que   com imensa que imensa ternura ternu ra d e Mã Mãee   intervém ao lado dos seus filhos lutando por eles e com eles contra Satanás. De facto   ao observar obse rvar as atitud ati tudes es e s rea reaçõe çõess dos demónio dem ónioss   e ao assistir às suas consecutivas der errrot otas as - que com gra grande nde desilusão e raiva raiva vão recebendo por intervenção d Virgem Maria -   veem-se confirmadas as palavras que Deus dirigiu a Satanás : «Porei 13

 

  Virg Virgem em Maria e o

iabo

nos exorcismos

inimizade entre ti e a mulher» (Gn 3,15) . Maria é a «Mulher» quee , d o Génesis ao Apocalipse 1 , segundo o desígnio d e Deus qu Pai , está sempre ligada ao Filho , «encostada ao seu amado » Pai, (Ct 8 ,5) , a Ele inseparavelmente unida , n a luta contra o ini migo infernal e n a realização da sua própria mi m issão salvífica: salvífica : reconduzir o género humano ao seio d o Pai Pai.. Nenhum homem redimido é capaz de dar a Cristo u m contributo ao desenvol vimento da obra salvífica igual ao que a Virgem Maria, sua Mãee , lhe oferece. Mã oferece . Neste texto, texto , que me foi pedido insistentemente por diver sos setores, setores , pretendo testemunhar esta grande e consoladora verdade que a Sagrada Escritura nos revela; revela ; isto é, Deus quis livremente, não apenas que qu e Maria Maria esteja presente presen te n a execução da obra salvífica de Cristo, Cristo , mas também os efeitos decisivos que u m autêntico culto à Senhora produz na lut lutaa contra con tra Sat Sata nás, u m culto que atinge a sua plenitude n a consagra consagraçção e en en  trega ao Coração Imaculado d e Maria. Além disso , tenciono testemunhar que os demónios que nós - os e x o rci cist staas - en  frentamos , intimamente unidos à Virgem Maria, frentamos, Maria , s ão obriga obrigad os a testemunhar a dignidade extraordinária extraordinária que qu e el elaa d e té m aci acim ma de todas t odas as cria criatur turas as huma hu mana nass e angél angélicas icas,, e a confessar t oda a verdade acerca dela e a total impotência dele deless n o se u con con 

fronto com el a. De facto , n o decorrer dos exor exorcismo cismoss . ve rificcafi a-se se uma u ma singular si ngular alternância de expressoes d e p reci reciat at i\·as e 1

«O si na l gr grandi andioso oso q ue o Apó Apóssto lo S. J oã oão o viu n o Céu: Céu : um a Mulher rewsuda

d e so l  Ap 12 , 1) , n ão sem se m fundamento fundament o o interpret interpretaa a Sagrad Sagradaa Litur Liturgia gia c o mo refe  ri nd o-se à Santí Santísss ima Virgem Virgem Maria, Maria , Mãe de to do doss os h omens pela pela g raça d e Cr C ris istt o R · d e n tor» PAULO VI , Exo Exort rtaação Apo Apo st stó ó lica Signum magnum   Introdu Introdução ção , 19 6 7 ) . «Le mos no t recho d o Ap oc ocaa lipse ipse,, h oj e p ro rop p osto à n o ss a m e d it ação ação:: Ap Aparece areceu u n o céu um

graa nd e s i nal: u m a Mu lh gr lhee r ve vess tid a d e so l , co m a Lu a d ebaixo d os pés e com um umaa ente d e lu coroa de d oze e st re las na ca beça beça   1 2 , 1). Nes ta mulhe r respla respla n d ec ecente luz, z, os Pa d res d a Igreja reco n h ece cera ram m Maria. Maria . No seu triunfo , o povo crist crist ã o pe p e re gri rin no na h istóri a entrevê o c umprime nt nto o d as p ró pria priass ex pe pecc tati tativ vas e o sinal seguro d a s ua es pe· ran ra nça» ( B ENTO XVI , Ang lus na So Solenid lenidaa d e d a Assu n ção , 15 d e agosto agosto d e 2006) .

14

 

 ntrodução

vulgares   e de «catequeses» involuntárias e louvores afectuo vulgares  síssimos à Mãe de Deus   qu quee - com como o de descreverei - os de demó mó nios   malgrad nios malgrado o seu se u   sã são o obrigados a pronuncia pron unciarr com grandís simo desagrado . A certeza de que o conhecimento dessas experiências poderá pod erá servir de edificação espiritual espiri tual dos d os fiéis e  e   consequente mente   motivo de futura glória da Virgem Imaculada   induziu -me a publicá-las. Com este livro   pretendo também unir-me ao cortejo das almas de todos os tempos apaixonadas pela Virgem Maria e instar a todos que recorram com grande conf confianç iançaa sua inter cessão materna materna   e m particular mediante o conhecimento e a experiência de consagração e de entrega ao seu Coração Ima culado   a fim de cooperarem o mais eficazmente possível com culado ela n a luta contra Satanás e os anjos rebeldes   pelo triunfo d o Reino de Deus. Deus . Al Além ém disso desejo cont contrib ribuir uir para promo promover ver nos crentes uma cada vez mais viva devoção mariana   ani mada pela consciência d o vínculo incindível entre Cristo e a sua Mãe Santíssima na obra da Redenção : Ela continua a coo

perar com o Filho na sua missão salvífica   a nosso favor. favor. Por fim   espero que possa faze fazerr com que tenhamos uma experiên cia cada vez mais viva d a maternidade de Maria e contribuir para que o amor a Maria Maria Mãe de Deus e Mãe d a Igreja Igreja   cresça nos nossos corações  corações   para que possa animar «todos aqueles que colaboram n a missão apostólica da Igreja para a regene ração dos homens» 2 . Roma   13 de maio de 2 1 Roma  Memóri? de Nossa Senhora d e Fátima

2

Lum  ngenti gentium um 65 .

5

 

 

papel de ossa Senhora na história da Salvação

Embora o

ssunto princip l deste texto seja a lut

entre

Maria Mar ia e Satanás Sataná s , tal como se manifesta dur nte os exorcismos,

é preciso conhecer, ntes d e mais , mesmo que somente nas

suas gr ndes linh s , d e que modo essa lut é revelada por Deus no âmbito do cumprimento d obra salvífica de Cristo. Cristo . «[A Sagrada Escritura] apresenta a Virgem Maria intimamente Elee . Mãe e unida ao seu Filho divino e sempre solidária com El Filh Fi lho o aparecem estreitame estreitamente nte associados n luta contra o ini ini migo infernal até a plena vitória sobre ele» 3 • Do primeiro ao último livro da Bíblia, Bíblia , d o Génesis ao Apocalipse, Apocalipse , Nossa Se nhora está está sempre sem pre liga ligada da - segundo o desígnio d o Pai Celeste - a o F i l h o redentor e a Ele insep r velmente unid p r arrancar os homens ao poder d e Satanás. «Depois d o pec do original,, Deus volta-se para a serpente, que representa Sata original nás,, amaldiçoa-a e acrescenta u m promessa nás promessa:: Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a t u

descendênci

ea

dela : ela esmagar-te-á a cabeça ca beça,, ao tentares mordê-la n o calca nhar   (Gn 3 , 15). nhar

Éo

núncio de u m

vitória:: nos primórdios vitória

da criação, Satanás parece ter levado a melhor, mas virá u m

i

BE ·r n XV XVll  



lu s de

5

de agos to de 20 0 7.

7

 

 

Virgem

aria e o Diabo nos exorcismos

filho de mulher que lhe esmagará a cabeça cabeça.. Assim, o próprio Deus vencerá , mediante a descendência da mulher. Aquela

mulher é a Virgem Maria , d a qual nasceu Jesus Cristo q u e , com o seu sacrifício, sacrifício , derrotou de uma vez para sempre o an an

tigo Tentador. Por isso , e m muitos quadros o u imagens da Imaculada,, ela é representada Imaculada representad a n o ato d e esmagar uma serpente sob os seus pés pés» » 4•

A Sagrada Escritura reve revela la-- nos que Cristo Senhor é o único Redentor, o único Mediador junto d o Pai, o único Salvador e

Libertador da humanidade d o poder d e Satanás. Contudo , não está sozinho na sua batalha contra Satanás, mas com Maria, os anjos bons e os santos. Ent Entre re eles, eles , n o entanto, sua Mãe tem u m papel singular e especial especial porque precisamente porque é mãe , coopera, como nenhuma outra criatura, com o Filho redentor n o mistério d a Redenção d a humanidade. Embora Maria seja uma criatur criaturaa redimida a primei primeira ra dos redimidos e d a maneira mais sublime), sublime), coopera coop era com Cristo d e modo único e irrepetí irrepetí

vel. A cooperação dos cristãos tem lugar depois d o próprio evento d a Redenção, c uj os frutos eles se empenham e m difun difun dir mediante a oração e a união da oferta d e si com Cristo ao

Pai. A cooperação d e Maria Maria,, porém realizou-se j á durante o próprio evento d a Redenção, isto é, ao longo d a vida terre na

d o Filho , tendo inclusivamente sido sid o necessário o livre livre consen consen

timento da futura mãe para que a Redenção se iniciasse. Se não tivesse dado o consentimento à Encarnação do Filho,, Ele não teria podido tomar dela o corpo que ofereceu Filho e m sacrifício n a Cruz. Além disso, Cristo não subiu a o Calvá

rio para ofere oferecer-s cer-see como vítima por nós sem a livre vontade d e Maria Maria.. De facto, ela consentiu n a paixão d o Filho porque , embora não tivesse podido negar o seu consentiment consentimento o pois já

estava incluído n o que fora dado n a Anunciação pôde con-

• B   NTO XVI ,

ng lu   de 8 de dez dezee mbro de 2009 2009..

8

 

O papel de Nossa Senhora na história da Salvação

firmá-lo aos pés da Cruz. Cruz . Esse consentimento «dado à imola ção çã o de Jesus não cons constitu tituiu iu uma aceitação passiva, mas foi u m ato at o autêntico de amor am or,, com que ela ofereceu ofereceu o seu Filho como c omo 5 vítima d e expiação pelos pecados da humanidade inteira»   para, deste modo , arrancar os homens ao poder de Satanás. Satanás .

Aos pés d a Cruz , Maria «sofreu profundamente com o seu Filh Fi lho o unigénito e associou-se, associou-se, de coração coraç ão maternal, matern al, ao seu sa crifício, consentindo amorosamente n a imolação da vítima que havia gerado» 6 • Com a paixão e morte de Jesus e com a com-paixão de Maria, e m cujo coração se reverberou tudo isto que Jesus padeceu n a alma e n o corpo , Satanás foi derrotado. O seu poder pode r e o dos outros anjos rebeldes, rebeldes, de que qu e ele ele é o chefe e que, com ele e sob ele, formam u m reino (cf. Mt 12,16 , foi destruído . Embora continue ativo n o mundo - e, por vezes , nas vári vezes, várias as épocas épocas histórica históricas, s, tam também bém de d e maneira mu muit ito o intensa e evidente-, deixa de ser invencível, invencível , enqua enquanto nto a graça da Redenção, Redenção , na medida em que é acolhida acolhida por po r nós, nós , nos torna capa ca paze zess de destru de struir ir as obras do d o diabo. Essa graça é particularmente reforçada pelo nosso recurso confiante à intercessão especial d a Virgem Maria. Maria . De facto, pela sua Imaculada Concei Conceição ção,, ela está, está , no ser se r e n o agir agir,, clara e absolutamente em oposição ao ao ser s er e ao agir agir de Satanás e dos outros anjos rebeldes, outros rebeldes, totalm totalmente ente voltada - como nenhum outro ser humano o u an angé géli lico co - para a neut neutrali ralizaç zação ão dos ata ata ques demoníacos e para a expansão do Reino do Filho , que é justiça,, paz e alegria no Espírito Santo 7 . Ela «participa mater justiça 1997.. Cf. ]OÃO PAULO II , Audiência geral de 3 de abril de 1997 6 Lumen gentium 58 . 7 aria,, ícone perfeito da Igreja, Igreja , foi resgatada resgatada,, preservada do pecado, pecado , cheia de «Maria 5

capaz,, como e ainda mais do que qualquer outro homem redi graça , isto é, tornada capaz mido , de oferecer um contributo ao desenvolvimento da obra salvífica. salvífica . » S. S. M. PERRELLA « a verità dell'lmmacolata Concezione di Maria e il depositum fidei   . Dalla ~lneffabilis Deus'· alle catechesi mariane di Giovanni Paolo II» , in AA AAV VV, «Signum magnum apparuit in crelo» . IJmmacolata, segno della bellezza e dell amore di Dia   Cidade do Va tican ano o , PAMI , 2005 , pp pp.. 204-205 .

19

 

  Virgem Maria e o Dia Diabo bo no nos s exorcismos exorcismos

nalm ent nte e naqu naquele ele duro combate contra os poderes das tre tre

8

vas ... , que se desenvolve durante toda a história humana »   vas... 9 «colocada no próprio centro daquela inimizade» relati relativ va mente à «serpente» , figura de Satanás e dos espíritos d o mal de que ele é príncipe príncipe,, e que qu e será vencido por Jesus Cristo pre pre  cisamente com a coopera coopera ção especial d a Mãe Mãe.. Nas palavras dirigidas à serpente serpente:: «farei reinar a inimizade inimizade entre ti e a mulher» mulher » (Gn 3, 3 ,15 15)) , Deus revelou que a mulher, mulher, cujo filho haveria d e debelar Satanás, Satanás , haveria d e ser junta mente com ele a antagonista d o chefe dos demónios e do mundo diabólico . A mul mulher her «que «que,, embora tenha precedido o homem ao ceder à tentação da serpente, torna-se , depois , em

virtude d o plano divino , a primeira pr imeira aliada d e Deus Deus.. Eva tinha sido a aliad aliadaa da serpente ser pente ao arrastar arr astar o homem para o pecado. pecado . Deus anuncia que , subver subvertendo tendo esta situação, fa fará rá d a mulher a inimiga da serpente .. uem é esta mulher? O texto bíbl ic o não refere o seu nome pessoal , mas deixa deixa entrever u m a mu mu lher nova, nova, querida quer ida por Deus para reparar a queda d e Eva ; de facto , ela é chamada a restaurar o papel e a dignidade d a mulher e a contribuir contribui r para a mudança d o destino d a h u m an i

dade,, colaborando mediante dade me diante a sua missão materna para a vitó vitó ria divina sobre Satanás. Satanás . À luz d o Novo Testamento e da d a Tradição d a Igreja Igreja,, sabemos que a mulher nova anunciad a pelo Protoevangelho 10 é Maria e, e , n a sua estirpe , reconhec em os o Filho, Filh o, Jesus Jesu s , triunfador no mistéri mistério d a Páscoa sobre o p od er de Satanás. Observamos também que a inimizade, inimizade , p os ostta por 8

9

J OÃO P  ULO II , En cíclica Ibi de m . _«P ro toev toevan an ge lh o»

edempto

is Mater 4 7 .

qu e r dizer «primeira bo que boa -no va» e re fere-s ere-see ao pr pr imeiro anu nciio qu q ue en e nco nt ra mos na Biblia : o da vit itó ória definitiva do Messias e da Mulher nunc cf.. Gn 3,15] . Port M aria) so br bree Satan Satanás e so br bree as forças do mal [cf rtaanto , é um anúnci o que ab abre para a es pe rança de sa sallvação a humanid humanidaade caída so sob b o p ode r de Sata nás depois do pecad o . _ iv

20

 

O papel d e Nossa Senhora na história da Salvação

Deus entre Satanás e a mulher d o Génesis, realiza-se dupla mente e m Maria. Aliada perfeita d e Deus e inimiga d o diabo, ela foi subtraída completamente ao domínio domín io d e Satanás n a sua conceção imaculada, quando foi plasmada n a graça d o Espírito Santo e preservada de toda a mancha d e pecado . Além disso, associada à obra salvífica d o Filho Filho,, Maria foi ple namente envolvid envolvidaa n a luta contra o espirita d o mal. Assim, os títulos «Imaculada Conceição» e «Cooperadora d o Redentor» , atribuídos a Maria pela fé e pela Igreja para proclamar a sua belez bel ezaa espiritual e a sua ínti í ntima ma participação parti cipação n a obr obraa admirável admirável da Redenção, manifestam a oposição irredutível entre a ser pente e a nova Eva» A antiga versão latina do Protoevangelho - que di dizz : «Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Ela esmagar-te-á a cabeça» G n 3,15) 12 - «inspirou muitas representações d a Imaculada que esmaga a serpente debaixo dos seus pés. pés . N o texto hebraico, não é a mulher, mas a sua estirpe, o seu descendente quem calca a cabeça d a ser pente. Portanto , esse texto atribui não a Maria, mas ao seu Filho a vitória sobre Satanás. Satanás . Todavia Todavia,, como a conceção bí blica estabelece uma profun profunda da solidariedade solidariedade entre o progeniJ OÃO PA PAU U LO II , Audiência

geral de 25 de janeiro de 1996. 12 Ao comentar esta passagem, passagem , que n a versão grega dos Setenta aparece n o mas culin ulino o : «Ele esmagar-te-á a cabeça~ , Santo Afonso Maria de Ligório escreve escreve:: «Seja como co mo fo forr, é certo que Lúcifer foi derrotado pelo Filho por meio da Mãe ou pela ãe po r virtude do Filho Filho.. Diz São São Bernardo Bernar do:: Esmagado e calcado aos pés d e Maria Maria,, sobre uma aviltante escravidão .  Por isso , o Maligno é sempre obrigado a obedecer às o rd rdeens d a Rainha como alguém que perdeu a guerra e foi tornado escravo escravo.. São Bruno afirma que Eva, Eva , ao ser vencid vencidaa pela serpente serpente,, trouxe consigo a morte e as trevas trevas;; mas a Bem-aventurada Virgem , ao vencer o demónio , de deu u - nos a vida e a lu luzz . Portanto Portanto,, 11

ossa Senhora ligou o inimigo de tal maneira que não pôde mover-se para causar o ossa maii s pequeno dano aos seus devotos» (in e glorie di Maria 2 .ª edição, ma edição , Milão Milão,, Edi Edi tricee An tric Ancc illa illa,, 1994, parte I, I, ca cap p . IV parágrafo 2 , p . 157) 157).. O texto origina originall de Santo Afo n so Maria de Ligório está e m Opere Spirituali   Serie B, B, Trattat Trattatii speci ali ali:: Gesi.t Cn sto , M a ria SS . e i Santi , vol. V e glori e di Maria   c . IV par. I, I , Roma-Pagani Roma-Pagani,, Edizio ne PP Re dentoristi dentoristi,, 1954 1954,, p p . 205-206.

21

 

  Virge Virgem m Maria eo Diabo nos exorcismos

tor e a sua descendência , é coerente com o sentido original da passagem a representação da Imaculada que esmaga a cabeça não por virtude própria mas pela graça do Filho . Além disso , no mesmo texto bíblico é proclama proclamada da a inimizade entre a mulher mulher e a sua descendência, descendência , por um lado, lado , e a serpente e a sua estir pe , por outro. outro . Trata-se de uma hostilidade expressamente es tabelecida por Deus , que assume um relevo singular se consi derarmos o problema problema da santidade pessoal da Virgem . Por ser a inconciliável inimiga da serpente e da sua estirpe, Maria devia estar isenta de todo o domínio do pecado, desde o pri meiro momento da sua existência. existência . A propósito, a Encíclica  

XII em Fulgens carona publicadaa definição pelo papado Pio 1953 para comemorar o centenário dogma da Imaculada Conceição , argumenta assim: assim : Se, num determin determinado ado momen momen to , a Bem-aventurada Virgem Maria ficasse privada da graça divina,, porque contaminada na sua conceção pela mancha divina hereditária do pecado, pecado , entre ela e a serpente nunca teria exis tido tid o - pe pelo lo men menos os durante este este período de tempo tempo,, mesmo que fosse br breeve - aq aque uela la inimiz inimizade ade de que a tradição primitiv primitiva fala até a definição solene da Imaculada Conceição, mas sobretudo uma certa sujeição  sujeição   M S 45 [1953], 579). Portanto, a hostili hostili  dade absoluta estabelecida por Deus entre a mulher mulhe r e o demó nio exige em Maria a Imaculada Conceição, Conceição , isto é, uma ausê n cia total de pecado , desde o início da vida. vida . O filho de Marb obteve a vitória definitiva sobre Satanás e fez com que dela be neficiasse antecipadamente a Mãe, preservando-a do pecado. pecado . Consequentemente,, o Filho concedeu-lhe o poder de resistir Consequentemente ao demónio demónio,, realizando assim no mistério da Imaculada Con ceição o mais notável efeito da sua obra redentora » 13 .

Portanto , na história da salvação há três grandes protago Portanto, nistas: Cristo redentor, Maria cooperadora de Cristo e Satanás ,

J)

JoAo

ULO

, Audiência gera l de 29 de maio de 1996 (o itálico é noss nosso o).

22

 

O papel de

ossa Senhora na história da Salvação

seu opositor, opositor , que - como já se disse repetidamente - na Bíblia, é representado pela imagem de uma serpente, mas no curso da história da humanidade, humanidade , por causa da sua crescente obra maléfica entre os homens, é figurado por um dragão ver melho e sanguinário, para fazer ressaltar a sua ferocidade e crueldade desmesurada em contraposição ao sinal que apa rece no céu, da «Mulher vestida de sol» do capítulo 12 do Apocalipse , que também figura a Virgem Maria . Não nos esqueçamos de que, frequentemente, na Bíblia uma mesma figura pode ter diversos significados. significados . Para os exegetas exegetas,, «Mulher vestida de sol» representa o povo hebraico e/ou a Igreja e/ou Maria . Mas é precisamente este último significado que Filho desta mulher mulher é je jesus sus.. «Ela [a Mulher] prevalece , já que o Filho odes es dará à luz um filho varão Uesus Cristo, o Messias], com od tino de governar todas as nações com cetro de ferro» (Ap 12,5).. E a sua Mãe, a «Mulher» do Apocalipse, aparece em 12,5) luta contra Satanás, como Deus já tinha declarado no Génesis .

«Caracterizada «Caracteriza da pela pela sua maternidade, maternidade, a mul mulhe herr está gráv grávida ida e grita com as dores e o trabalho de parto . Esta observação remete-nos para a Mãe de Jesus junto da Cruz (cf. Jo 19 ,25), onde ela participa com a alma trespassada pela espada (cf. Lc 2 ,35), no trabalho de parto da comunidade dos discípulos

[isto é, a Igre Igreja]. ja]. Apesar dos seus sofrime sofrimentos, ntos, está vestida de sol - isto é, tem o ref refle lexo xo do esplendor divin divino o - e apa apare rece ce

como sinal grandioso da relação esponsal de Deus com o seu

povo . Embora não indiquem diretamente o privilégio da Imaculada Conceição, estas imagens podem ser interpretadas como expressão do cuidado amoroso do Pai que envolve Maria com a graça de Cristo e o esplendor do Espírito. Espírito . Final mente,, o Apocalipse convida a que se reconheça mais parti mente cularmente a dimensão eclesial da personalidade de Maria : a mulher vestida de sol representa a santidade da Igreja que se 23

 

  Virgem Maria eo

iabo

nos exorcismos

realiza plenamente n Santíssima Virgem   por virtude d e uma graça singular» 14 • À luz de quant qua nto o dissemos até até agora  agora   compreende-se que os evangelizadores   os pregadores e os catequistas não podem calar-se acerca da «serpente» e d o «dragão» : «A evocação da luta contra contr a Satanás Satanás deve entrar ent rar n dinâmica dos dive diversos rsos se ser r viços da Palavra; Palavra ; por iss isso o dever-se-á evit evitar ar silenciá-l silenciá-laa ta talv lvez ez   pelo desejo de falar só d Mulher Mulher:: pôr entre parênteses a figura d o Dragão resolver-se-ia num empobrecimento d figura e da missão da Mulher» 15 .

1 •

Ibidem .

i~

M.

ELu u   Pio IX e l Imma colata Cidade do Vaticano G. MA SCIA REL Vaticano   LEV 2000 2000   p  73.

4

 

 

poss ssão di bólic

No livro Possessioni diaboliche ed esorcismo 16 [Possessões diabólicas e exorcismo] , descrevi longa e pormenorizadamen te os critérios de discernimento para distinguir uma possessão

diabólica real de doenças psíquicas ou manifestações de origem natural. Portanto, Portanto , convido a que se consulte aquele texto paradauma pormenorizada sobre esta mani festação açãoinformação extraordinária do demónio. A experiência mariana que desejo tratar situa-se explicitamente no contexto do ministério dos exorcismos e do caminho de libertação dos

nossos irmãos e irmãs que, ajudados pelo exorcista, exorcista , devem enfrentar a luta dramática e pessoal da possessão diabólica. livro , para Aqui , limito-me a sintetizar o que afirmei naquele livro, ajudar o leitor a compreender melhor o contexto em que se insere a obra de Nossa Senhora. Senhora . A possessão diabólica não é um desdobramento da perso nalidade,, como acontece no caso da doença psíquica. nalidade psíquica . É, ao contrário,, uma espécie de «substituição temporária» da pes contrário soa , durante a qual se estabelece o domínio despótico, brutal e vio lento de um espírito demonía demoníaco co ou ou,, ainda ainda,, mais do que um), que opera através da pessoa, pessoa , fazendo com que ela fale e 16

tore

BAMONTE   Possessioni diaboliche ed esorcis mo . Come co nosce re l astuto ingannaF BAMONTE

Milão , Paoline ,

2006.. 2006

5

 

 

Virgem

aria e o Diabo nos exorcismos

aja como ele quer, sem que ela possa resistir. resistir. Em geral, nos casos de possessão diabólica, diabólica , a pessoa entra em transe, o rosto deforma--se , frequentemente as pupilas deslocam-se comple deforma comple  tamente ou quase para baixo ou para cima no globo ocular, ocular, e os olhos aparecem total ou parcialmente brancos ; mais rara  mente , acontece que as pupilas pupilas,, embora não desapareçam , rodam velozmente ou permanecem imóveis ou , até, tornam -se semelhantes às da serpente , enquanto a cavidade orbital

assume uma cor vermelho-fogo. vermelho-fogo . Ao mesmo tempo, frequente mente,, a pessoa fica bloqueada mente bloqueada,, porque o demónio reage vio lentamente através dela , gritando cheio de raiva e de ódio frases deste géne género: ro: «Nunca sairei daqui » o u «É minha (É (deram-mo) , e tu nunca ma (mo) tirarás » meu ) Deram-ma (deram-mo), Outras vezes , diz: «Tu não podes fazer nada contra mim » e descobriste-me;; mas vais pagá-las » Quando ainda: «Maldito, descobriste-me o demónio é obrigado a manifestar-se abertamente - nem

sempre acontece imediatamente - por vezes, aparecem os sinais que o ritual dos exorcismos, o Rítuale Romanum 17 , e também o novo ritual ts enumeram nas indicações sobre o dis cernimento.. Isto é : falar correntemente línguas desconhecidas ou cernimento compree nder qu em as fala ; conhecer factos distantes ou desconhe cido s; mo strar for ças sup eriores à idade e à condição natural da estes pessoa. No n .º 3 das normas, o Rituale Romanum elenca es sinais , introduzindo-os com as palavras seguintes: seguintes : «Podem se r sinais da presença do demónio» , sublinhando que , embor a podendo podend o não ter necessariamente origem diabólica numa num a pre 

Ritua le Roma~um . Ticu lu s XII : De exorc izan di s obse ssis a dre monio . Cap ut /. No rma: observanda orca exorciza ndos a dremonio   Editio ty typica, 1952 [Vat icano. LE\~ 2008] . (Es te nt ual lit úrgico , cuJa · gran de er1 ·các 1·a J·á f01· e st . stad adaa pe los sac erd erdo otes exor -

a lu ntra Satandás pode co ntàmua muar · r a se serrCus usaado p. o r el es, de maneir a perma· cistas mtaa co aprovar~o a ,Co neme .nco . "" ngregaç o pa ra o u1to Divi n o e a Disci plina dos :,acra~~ntos,, p~d 1~0 do Ord má ri o [b is po] do lugar a que pe rt cra~~ntos rteença .) ypiica ernendat ernenda ta Vaticanv . LEV 20De4exRor~  m1 s et supp li cationi bu s quibu sdam  Ed iti o typ

,

e1m presso   2005] .

26

 

 

possessão diabólica

sença demoníaca demoníaca   contudo manifestam-se frequentemente nos casos de possessão .

O Rituale Romanum que se inspirou numa experiência secular   depois de ter enumerado os três sinais anteriores  secular anteriores   acrescenta : «e outros fenómenos deste género que quanto forem em ta tanto nto mais mais indic indicativo ativoss serão» dei mais numerosos for xando campo aberto às possibilidades de muitas outras mani demónio   além dos três festações da ação extraordinária do demónio  apresentados.. Entre todos todos   o primeiro sinal é uma fenómenos apresentados aversão violenta ao sagrado que o Rituale Romanum não men expresssamente samente   considerando-o provav prova velmente óbvio; óbvio ; ciona expre em vez dele   o novo ritual dos exorcismos apresenta-o explici tamente no n. º 16 das Consid  rações Gerais do modo seguinte: tamente seguinte : «Por isso   é também necessário estar atento a outros sinais  sinais   so tudo o de ordem moral e espiritual  espiritual   que re velam   de forma breetud br dife rente   a intervenção diabólica. diabólica . Podem ser: ser : uma forte aver Santíssima Pessoa de Jesus  Jesus   à Bem-a venturada sã o a Deus   à Santíssima Virge m Mar ia aos Santos à Igreja   à Palavra de Deus   às reali da des sag rad as   sobretudo aos sacramentos e às imagens sagradas.» perante nte certas manifestações   o exorcista não To d av ia   pera deve d e modo nenhum   avaliar os sinais com superficiali dad e mas se mpr mpree com extrema cautela e prudênc prudência . Quando estas m a nifes ta çõ es se associam a fenómenos ou comporta mentos que não podem ser atribuídos à capacidade da pessoa pessoa   não sendo ex press õe s da sua sua pe perrson alidade   então a ação do de mónio pode tornartornar-sse uma ce rt rtee za moral. Por isso  isso   par paraa chegare m a um di scernimento mais profundo profundo   muitos exorcis tas adotam o cri té ri o de verifi ca r se à manifestação de av ersão crívell ou de língua uass desconhe onheccid ao sagrado de o rça in incríve idaas  se onheccim ento de d e coisa oisass com associa também o nóm en o do conhe pletame nte ignorada ignoradass pe p ela pess oa. Por ex mplo:: a reaçã o a exee mplo 27

 

  Virgem Mari Maria ae

o

iabo

nos exorcismos

relíquias o u a objetos benzidos; mostrar que compreende u até fala língua línguass que qu e a pesso pessoaa não conhece; a reação violenta ao exorcismo feito em silêncio e em particular às ordens imperativas dadas mentalmente  mentalmente   etc. E m geral geral   estes sinais estão da semp sempre re possuída: ligados a: outras ligados manifesta manifestações ções do de demó móni nioo através através u m timbre de voz mais grave pessoa possuída umas vezes grave    tenebrosoo rouco ou então tenebros então   baritonante; outras vezes vezes   estridente ou met metáli álico co.. Nalguns Nalguns   o demónio demóni o gane gane como u m cão ou ruge como u m leão leão;; noutros sibila como uma serpente chegando a assumir os seus movimentos movime ntos coleantes. coleantes. À s vezes mas raramente também se verifica o fenómeno da levitação que tanto pode acontecer durante u m exorcismo como durante uma manifestação de possessão fora d o exorcismo exorcismo.. Outra Ou tra manifes manifestação tação típica típica d o de demó móni nioo nas n as pessoas pos possessas é a mu muda danç nçaa imediata de exp expres ressãÓ sãÓ pa pass ssan ando do repentina repentina-atitude de impávida e provocad provocadora ora arrogant arrogantee sarmente de uma atitu cástica e d e palavras cheias d e insultos e ameaças a uma atitude atitu de suplicante e retra retraída ída precisamente de quem se sente intimidada e dominada por uma Autoridade Suprema ; ou . então pas passa sa de sorrisinhos brejeiros e risadas irónicas e pérfifi-das a tremores e espanto. espanto . Além disso os demónios demónios   atra atravvés da pessoa possessa insultam e tentam agredir os presentes sobretudo o exorcista; exorcista ; outras vezes tentam fugir dele cospem   injuriam ameaçam e amaldiçoam diz dizend endoo palavra palavrass blas blasfe fem mas e grosseiras grosseiras.. Por vez vezes es toda todass estas manifestações são acompanhadas por arrancos d e vómito o u espuma lançada pela boca da pessoa atormentada. Por fim   outro fenómeno que também pode acon acontecer tecer durante o exor exorccismo ismo:: o d a materialização d e objeto objetos. s. A experi experiêência co co mum d e vários exorcistas testemunha q u e   n o corpo da da pessoa pes soa ou ou p erto dela podem aparecer objetos como peda pedaçços de corre ntes ntes   pedras pedras   cara caracc óis d e cabelos cabelos   vidros vidros   pedaço pedaçoss de teci ecidd o carne flore s   c o r d a s a n é is brincos e outras c oisas

8

 

  possessão

entre

as

di bólic

mais varia variadas das que a pessoa pode até vomitar vomitar.. Estes

objetos são os que serviram para a confeção d o malefício malefício.. Ordinariamente Ordinariamen te saem pela boca mas nem sempre provêm do estômago d a pessoa ; isto explica o porquê d e o possesso nunca sofrer danos físicos mesmo quando por exemplo   saem grandes pedaços de vidro; de facto n o instante em que sai pela boca aco sai aconte ntece ce uma ação de «transfert» d o objeto sobre o qual se operou u m rito oculto; e m geral   este fenómeno é sinal da libertação progressiva da pessoa. pessoa . No entanto  entanto   a libe liberta rtação ção não está necessária e exclusivamente exclusivam ente ligada a estas manifestações . manifestações. Sobre as causas que podem estar na origem da possessão diabólica e sobre os remédios sugeridos  sugeridos   o leitor leitor pode consu con sulltar o texto que atrás mencionei.

9

 

 

poder da invocação d o nome de Maria

Sobre a ação da Virgem Maria contra Satanás dur nte o s exorcismos e na caminhada caminh ada de liberta libertação ção o célebre célebre exorcista padre Cândido Amantini - que exercia o seu ministério n Basílica da Scala Santa [Escadaria Santa] e m Roma onde fale santidade ade em 1992 - es escr crev evia ia as assi sim m n o único ce u em odor de santid livro que publicou e m vida   com o título m st ri st   ro i « s sim

como   atrav como  através és dos possessos Satanás é obri obrigad gado oa rec eco onhecer abertamente o poder de Jesus Crist Cristo o contr c ontraa ele assim ta també mbém m é obrigado obrigad o a confessar a fo forç rçaa d o pé imaculado de Maria   que lhe espezinha continuamente continuament e a cabeça. cabeça. A pro pósito   temos numerosos testemunhos de santos e de muitos pósito sacerdotes sacerdo tes que tiveram de lutar diretamente com Satanás por

meio dos exorcismos. O Ritual Romano dos exorcismos estabelece num nota nota   que o sacerdote exorcista investigue cuidadosamente os efei efei  tos e os sentimentos que poderão observar-se nos endemoni nhados depois das invocações e louvores dirigidos a Deus e dadass aos aos santos e também depois das ordens imperativas dada demónios   de modo a poderem conduzirconduzir-se se adequadame ade quadamente nte no de co correr rrer d os exorcismos exorcismos.. Na verdade   a ação d e Satanás dese ncadeia tais resultados p sico sicológicos lógicos nas suas vítimas para 31

 

A

irgem Maria e o Diabo nos exorcismos

quem , como por uma indução imediata imediata,, as pessoas manife stam as suas próprias reações . Or Oraa , das experiências feitas resulta exatamente isto isto:: quase nenhuma outra coisa provoc provoca tamanho tormento a Satanás quanto a invocação d o nome de Maria . Ordinariamente [nda : durante o fenómeno d a posse sMaria. são , as pe pess ssoa oas} s} não conseguem con seguem sequer sequ er pron pr onunc uncia iarr li v remente o seu nome , por mais que se esforcem. esforcem . Depois , há devoções marianas que os demónios não suportam , j á q u e os po poss sses esso soss só a muitíssimo custo as podem praticar. Entre elas, elas , está a Ave-maria   o tributo diário de São Boaventura e o Rosário . Com igual evidência se mostra o poder da Virgem ao esmagar os demónios dos corpos dos possessos, possessos , pelos resultamariana . De dos que se obtêm com uma constante devoção mariana. facto, através dela , eles (os possessos) chegam a melhorar muito. Mesmo aqueles demónios particularmente duros e obstinados q u e , como diz o Evangelho (cf. Me 9,28 , não cedem a não ser a meios meio s extremos, extr emos, as suas sua s forças forças enfraque enfraquecem cem rapidamente quando têm de enfrentar uma proteção especial d a Virgem . A experiência ensina ensin a que todos os que recorrer recorreraam

a ela nessas circunstâncias com grande devoção filial , mais cedo o u mais tarde acabam por sair delas»

19



O popular exorcista italiano Gabriele Amorth , n o seu livro ntee a Nuovi racconti di un esorcista descreve pormenorizadament ação d e Maria n o exorcismo e na caminhada de libertaçã libertação o , referida pelo padre Cândido, de quem ele foi discípulo discípulo:: «Palpa mos a v erdade de que Maria é realmente medianeira de gr k ças, porque é sempre ela que obtém do Filho a libertaçã libertação de de

a lguém das garras d o demónio . Quando se começa começ a a e xorci zar u m endemoninhado , un1 daqueles de quem o diabo se s e aposs apossaa

realmente por dentro, somos insultados e gozados: gozados : Eu estoll aqui muito bem ... Nunca sairei daqui. .. Tu não pode s nad nadaa

19

C.

AMA AM A NTINI ,

nmis tcro J, M a na na   Fri gen entto (AV  , Casa Maria na, 1987 . p.

32

 

O po er da invocação do nome de

aria

contra mim ... És muito fraco e estás a perder o teu tempo ... Mas, pouco a pouco, Maria vai entrando em campo e a mú sica começa a mudar: mudar : É ela quem quer .. Contra ela não pos so nada ... Diz-lhe que deixe de interceder por esta pessoa ... Ela ama muito esta criatura . . Bem, para mim acabou ... Tam bém m e aconteceu muitas vezes ser-me logo atirada à cara a intervenção de Nossa Senhora, desde o início do exorcismo exorcismo:: Eu estava aqui tão bem, mas foi ela quem te mandou . . Sei porque é que vieste, porque foi ela que quis . . Se ela não ti ti-vesse intervindo, eu nunca te teria encontrado ... » 20 • No mesmo volume, o padre Gabriele Amorth aconselha quem estiver em dificuldade ou desesperado que diga a bela jaculatória de São Bernardo : «Maria é toda a razão da minha esperança.» Estas palavras impressionaram-no muito desde a sua juventude; de facto , à primeira vista, parecem apenas de



vocionais; m as , na realidade, exprimem a grande verdade da mediação materna de Maria em Cristo. Todas as graças, todos os dons de Deus, chegam até nós com tanto maior abundân cia quanto mais autenticamente devotos formos de Maria, acolhendo com amor a sua ação materna e confiando-nos to talmente a ela . Por isso, Gabriele Amorth termina o seu livro, dizendo: «São Bernardo não hesita em exprimir estes concei tos com uma afirmação corajosa que marca o ponto mais alto do seu discurso e que inspirou a Dante aquela famosa oração à Virgem: Veneremos Maria com todo o ímpeto do nosso cora co ra ção, dos nossos afetos e dos nossos desejos. desejos . Assim quer Aquele que estabeleceu que recebêssemos tudo por int'ermé dio de Maria . É esta a experiência que, concretamente, todos os exo rcistas experimentam sempre» 21• z.;

G

O T

Nuov i racconti di un eso rcis ta   Roma , cista

Edizioni Dehoniane Dehoniane,, 1992 1992..

Novos relatos de um exorcista Pau lu s, 2004 2004)). PP 22 2 1 0- 221 [trad . port .: Ibide m  pp pp.. 22 1-222 222.. So br bree este tem a, veja-se tamb tambéém o aprofundamento que faço no ca pitulo 5, no pa rág rafo 7, «A in inter tercessãocessão-media mediaçção de Maria   .

33

 

 V

O demónio obrigado a confessar a sua vergonha a sua completa impotência diante d a Virgem aria

As co nsid erações dos dois cé lebres exorcistas italianos, italianos , os padres Gab rie le Amorth Amorth e Când Cândiido Amantini, Amantini , relativamente à prese nça e à açã o de Mari a dur duraante os exorcismos exorcismos,, permitem

-nos enfre enfrent nt ar melhor melhor o problem problemaa, investigando sobre os efei tos de termi nant ntee s qu quee a verd verdaadeira dev devoção a Nossa Senhora produz no âmb âmbii to d a luta contra Satanás. Satanás . O s dem emó ó n ios sabem muitíssimo bem que , quando Deus disse a Sa tanás : «Farei reinar a inimizade entre ti ti e a mulher, mulher, entre a tu tua des cendência e a dela: dela : ela esmagar-te-á a cabeça e tu tentarás mord ê- la no calcanhar» calcanhar » G n 3 ,15 15)) , Ele estabelecera associar a si na Redenção da humanidade, humanidade , uma mulher, mulher, como vel do Mal. Desde o início, adve rsár sáriia invencí cível início , na sua su a infinita sabe d or oriia Deus opô opôss a Sa Sata taná náss e ao aoss demónios demónios - que tinham tinha m arrastado arrastad o a h umanidade para a ruína, com a colaboração de

uma mu lher Ev a - um umaa nov nova mulhe mulherr : a Virgem Maria. Assim como uma m u lher tinha conduzido a humanidade ao poder de Satanás Satanás,, ass im também também,, agora agora,, o Redentor, Redentor, com maior hu milhação de Sa tanás , haveria de libertá-la com a cooperaç cooperação 35

 

 

Virgem

Maria

eo

iabo no s exorcis mos

mul her. este um d os m o tivos por que  que   durante os de outra mulh exorcismo orcismoss   os demóni demón ios ficam mais indignados e furi oso s com Mari a do qu quee com o próprio Deus.

A coo peração de Maria na vi tóri a de Deus sobre eles humi  lha-os mai s do que se Deus os ven ces cessse so zi nh nho o . Serem derr o tados po r De us me med d ian te a co coope ope ração de uma um a criatu ra humana umana   inferi or a eles por nat na tu reza e  além disso  disso   Im inferior Imaa culada   a ú nica se sen n1 aque aquele peca d o com o qual qual eles tinham submet bmetiido ao seu poder todo o género humano   hu hum milh ilhaa sobremaneira o seu orgulho desmesurado. desmesurado . O fa cto de Maria se ser a Imacu lad a  a Sempre Virgem   a h u m il íssima Mãe de Deu s   assoc associiada co mo ne nhuma outra outra cri atura a Jesus Cristo na obra da da Re denção a Assumpta ao cé u em corpo e alma e a Ra inha do unii ve rso   ao lado do se u Filho  un Filho   irr rrit ita- os enfurece -os mais e torna-os m ai s blasfemo blasfemoss contr contraa el ela do que con ontt ra o próp rio Cristo. es te o motiv motivo pelo qual  qual   dur durante ante os ex or orccism os . os demóniios se dirigem a Ela   urr demón urraando ndo   com um ódi dio o in aud ito . pronunciar o seu nome   a não ser ra ríssim as mas sem ou ouss ar pro vezes   apostr ostrofand ofando o a Virgem Maria num tom dep dep re ciat ivo. di zend endo o «ela» e ac acre scentando blasfé blasfémias e palav avrr as sum,t  mentee grosseiras   e injúrias contra a sua pess oa . Mas a sant iment dade e o esplendo esplendorr de Maria põem-na tão alto entre to das ~ criaturas humanas e angélicas que   frequentem frequentemeente, os demó  nios são obrigados a elogiá-la pela sua grandez grand ezaa   po der e fulgor divino que resplandece nela . impressiona nt s  Estes momentos são extraordinariamente impre porque os demónios ao ficarem cegos c01n tam anho es espl en

dor - que lhes é dolorosíssimo- são obr obriigados a test esteem un har a dignidade extraordi extraord inária da Mãe de Deus entre as cr iaturas humanas e angélicas   e a afirmar toda a verdad erdadee sob sob re a \ ir tude dela e a admitir admitir a sua absoluta impotência impotência di ante da von  tade daquela que Deus   omnipotente por nat natu u reza, ao pro36

 

O demónio obrig do a confessar a sua vergonha

clamá-la clamála rainha do universo to torn rnou ou «omnipotente por graça». Co Como mo j á antecipei antecipei na na Introdução Introd ução acon acontece tece então uma curiosa alternância de expressões depreciativas e grosseiras por um lado e de catequese e louvores amabilí amabilíssimos ssimos por outro   que mesmo contr outro contraa a sua vontade os demónio são obrigados a pronunciar sobre a Virgem Maria o que os des gosta imensamente imensamente.. Sobre estes excecionais testemunhos que os demónios exorcism cismos os o padre Cândido Amantini es fazem durante os exor creve assim assim   no seu livro já citado : «Uma Umass vezes po poré rém m o vergonha ha pela boca dos Maligno foi obrigado a confessar a sua vergon possessos a sua completa impotência diante das vontades da Soberana do céu e da terra. terra . Outras vezes   teve até de transfor mar-se   apesar da sua imensa repugnância   em «panegirista» recordar ar o caso de um rapa de Maria. A propósito é-nos caro record zinho de onze anos pos possess sesso o que po porr ordem de dois exorcis tas dominicanos dominicanos   ditou de improviso est estee soneto ainda antes de ter sido definido o dogma da Imaculada Conceição» • O episódio é relatado pelo padre Cândido e também no livro já citado do padre Amorth 23   mas sem nenhuma Gabriele encontrei o mesmo soneto indicação das fontes. Também noutros te xt os e   at atéé   no primeiro volume do Epistolário do Padre Pio   mas sempre sem a referência às fontes 24 . Por isso 22

nmi stero di Maria

pp.. 329-330 pp 329-330.. Ver soneto infra . 23 G. AMORTH Nuovi racconti di un eso rcista   p . 219 219.. 2 • O padre Agostino de San Mar co in lamis que foi um dos principais diretores espirituais do Padre Pi o esc reveu-lh reveu-lhee numa ca carta rta de 22 de janeiro de 1913 1913:: «Agora   22

C

ANTJNI  

para qu e possa alegrar-te e para ve rgonha dos nossos inimigos infernais  infernais   envio-te uma composiição em ve rso que enc ontre compos ontreii em it itaa liano e que traduzo para francês francês.. » De Dep pois is   transcre anscrev ve imediatamente imediatamente o poema em italiano e  e   depois depois   em fran o padre Agost ino tr cts int ro duzindoduzindo-o o co m esta estass pa lavras vras:: «Soneto feito por um possesso de onze anos  anos   em Ariano di Puglia   em louvo r da Im Imaa culada Conceição  Conceição   com as rimas obrigatórias de Madre e Fig  o.» o fim do soneto  soneto   o padre Agostino revela que não conhece a fon te des te episó di o porque porque   ac re sce nta nta:: «Não sei se este poema foi composto verda deirame nt ntee por um ende endem monin oninhad hado o. Creio que sim . Toda Todavia via   é muito belo e acolhê-

37

 

A Virgem Maria e o Diabo nos nos exorcismos

encetei pesquisas aprofu encetei apr ofunda ndadas das para rem r emon ontar tar até às fon fontes e, para minha grand grandee alegria alegria,, precisamente quando j á quase não esperava encontr á -las -las,, descobri que esta composição lírica tin ha sido citada pelo cardeal Francesco Salesio tinha Salesio della Volpe no processo ordinári ordinário o romano que se realizou entre 1907 e Deus,, 0 1928 , para a beatificação e canonização d o Servo d e Deus p a p a Pio IX. O cardeal era u m dos membros ligados ao ser  viço pe pess ssoal oal d o Papa Papa,, c o m o t ít ítul ulo o - en entã tão o e m u s o - de «ca  ma reiro secreto part partic icipante ipante ». U m padre dominicano, que foi trabalhaa meu professor d u r ante os estudos d e Teologia e que trabalh do s Santos, a meu pedido pedido,, fezn a Congregação para as Causas dos -me cheg che gar uma fotocóp fotocópia ia d o documento que reproduz numa página o tes testt emunho d o Cardeal que apresentou o texto da c ompo omposs içã ção o , d e q u e ele próprio possuía uma cópia. Fi cou re portaad o n a «Po port Posit sitio io : Ro m an a . Be Beaa ti tifícationi fícationiss e t canonizationis Serr v i Dei Pii IX, Se IX , Su m m i Po ntifi ntificis, cis, Posit io super virtut i vol. 1: 1: Summa Summarriu m p . 7 0 .» O fa ct o acontec aconte ce u e m 1 8 2 3 , numa cidade d a Itália meridion al , h oj e na p r ovínc ovínciia d e Avell Avelliin o , e que entã o , se cha mavaa Ari mav Ar iano di Pugli a. Depoi Depois, s, e m 19 3 0 , co com m eçan eçand d o a fazer p a r te da região da Campânia ânia,, aquela te te rra tom o u o nome nom e de Ariano Irpin o. N aque Ari aquele le p e río d o , discutia-s discutia-see m u i to en t re os teól te ólo o gos acerca d a ve rdade da Imaculad a C o n ceição que trintaa e u m anos mais tarde, trint tarde , e m 1854, fo i proclam proclamaad a d ogma de fé . Do Dois is insignes insignes pregadores dominican domi nicanos os , o p a d re Cassetti e o padre Pignatura Pignatura,, durant du rantee uma missão paroquial, paroquial , pa rt rtii cip   ram nos exorcismos d e u m rapaz analfabeto d e o n ze ano s. Eles impuseram ao demónio e m nome de Jesu s, q u e m os  tras tr asse se que Maria Maria era era Imaculada e mand ma ndara aramm-lh lhee q u e o fizess e

- lo-e is com co m agrado agrado . » Na Na ca carta rta de respos respos t a , de 1 de fevereiro feverei ro de 19 13 , o Pa Pad d re Pio dir3 ao pa d re Ago gostin stino o , agradecendo- lh e : «De «Deste ste -me u m grande pr aze r c om a tr tran ansc scrição

e a tradução tradução d a quele so son n et o»

rio,, I   Co rr is po nden za c o n i diretto dirett o n sp spm m tu::ih pi stola rio [19 10 - 1922], 4 ª e diç dição ão , Sa San n Gio Gi ovann i Ro to nd o FG FG)) , Edizi dizio o n i Pa dre Pi o d a Pi etr  c ma , 2002 2002,, p p 332 -33 333 3; 33 336 6.

38

 

O

demónio

obrigado a confessar a sua vergonha

numa composição poética de catorze versos hendecassílabos, com rima obrigatória, obrigatória , em duas quadras dois tercetos um soneto sonet o . Então Então, , o demónio , através do erapaz, compôs um texto poeticamente genial e, ao mesmo tempo, teologicamente verdade da Imaculada Conceição. exato sobre a verdade texto : Eis o texto: Vera Madre son io d un Dio ch e Figlio e son Figlia di Lui benché sua Madre.   , e . Egli ed mio Figlio Ab nacqu Nel ceterno tempo io nacqui e pur gli son Madre .

eator ed e mio Figlio, son io sua creatura e gli son Madre, Fu prodígio divin l esser mio Figlio un Dia eterno e me aver per Madre. Egli

emio

r esser qua si ecomun tra Madre e Figlio perché l esser dal Figlio eb be la Madre e l esser dalla Madre ebbe anche il Figlio,

ebbe la Madre o s ha da dir che fu macchiato il Figlio o senza macchia s ha da dir la Madre. Or se l esser dal Figlio

[Verdadeira Mãe sou eu de um Deus que é Filho e sou Filha dele , embora sua Mãe. Ab c:eterno nasceu Ele, e é meu Filho. No tempo eu na sci e contudo , sou d Ele Mãe . Ele é meu Criador e é meu Filho,

sou so sou u eu sua criat ura e lhe so u Mãe. Foi prodígio divino ser meu Filho

um Deus eter no e me ter por Mãe . 39

 

 

Virgem

aria e o Diabo nos exorcismos

o ser quase é comum entre Mãe e Filho porque o ser do Filho teve a Mãe e o ser da Mãe teve também o Filho   Ora, se o ser do Filho teve a Mãe ou se há de dizer que foi manchado o Filho ou sem mancha se há de dizer a Mãe.] Era imposs impossíível qu quee um rapaz analfabeto pudesse fazer tal composição . Po rt rtaan to , tr triinta anos depois, no mesmo ano da pr oclam aç ão do do dogma gma da Imaculada Conceição 1854) , aqu ele texto foi ap rese ntado ao papa Pio IX . O Pontífice, logo que ouvi u aqueles versos - belíssimos e tão dogmática e teologicamente exatos, exatos , embor emboraa obra daquele singular cantor da Imaculada-,, de rosto resplandecente , comoveu-se profundaImaculadamente , desatando repentinamente num pranto de ternura.

adiantee des desccre v erei uma série de expr expres esssões e de Mais adiant

panegíricos dirig diri gid os a Nossa Senhora pelos demónios , recolhidos da minha ex periê iên ncia pessoal e da de outros exo rcistas . Contu Cont u do , é abs bso olut lutaamente necessária uma precisão, precisão , se m a qual arr arriscar-nos-emos iscar-nos-emos não só a não compreender compreender,, mas at é a desprezar as que claramente não são iniciativa do demónio. mas do próprio Deus que o obriga. obriga . Durante os exorcismos exorcismos,, o demónio é por vezes , obrigado, contra a sua vontade , a testemunhar o que não quereria. quereria . Quando, por exemplo, no dec u  so do exorcismo, o fiel possuído é aspergido com água bent a usada - como se lê no Missal Romano 2 5 - para o perd ão d  s nossos pecados veniais), para nos defender das insídia s do reage com ~~ligno e como dom de proteção divina. Quando reage irntação à presença de uma relíquia e mostra que ta tamb ém 5

É

O

livro que contém as orações litúrgicas para a celebra elebraçção d a San ta Missa

4

 

O demónio obrigado a confessar a sua vergonha ..  

sa be a que santo pertence é obrigado obrigado a tor tornar nar-se -se testemunha testemunha da santidade daquela pessoa e da origem divina da própria santidade santi dade..

Quando fala uma língua que só o exorcista conhece mas possessa   ele testemunha a sua identidade dife não a pessoa possessa  rente da do possesso possesso.. Quando   durant Quando durantee um exorcismo o sacerdote recit recitaa apenas mentalmente algum trecho evangélico ou o Credo e o demó nio freme d e raiva e reage furio samente é obrigado a testemu nhar a luz e a força salvífica qu quee   para nós  nós   brotam da Palavra de D eu s e da Profissão de Fé . Podd er- se-ia relatar outros numerosos exemplos que podem Po se r referidos por quem exerce este ministério; ministério ; mas antes de

tudo   desejo esclarecer o leitor - para ajudá-lo a compreender tudo  o que seguidamente apresentarei - que durante os exorcismos há div ersos momentos em que o demónio  demónio   mesmo contra a sua vontade é indubitavelmente obrigado no seu confronto com a presença divina que o domina  domina   a confirmar com gestos rea ções e pa lavras a verdade verdade da nossa fé . Naturalmente Naturalmente   isto não acrescenta nada ao que já sabemos e em que acreditamos; acreditamos ; no entanto é- n os ex amentee co nsolador e edificante verificar extt rem ament validade dade e a força das verdades da de modo tão evidente a vali nossa fé. Além disso disso   esses exemplos acabam por confirmar a ca pa cidade da providencial Sa bedoria divina e transformar conn tinuamente o mal em bem. co E ass im   também e so bretudo a propósito da Virgem doss dogma dogmass que se lhe referem   os 11aria   da sua santidade e do demónios fornece m-no m-noss confirma con firmaçções involuntárias involuntárias.. São proferem   umas vezes espontaneamente expressões que eles proferem outras   durante uma oração feita pelo exorcista e pelos presen outras tes a Tossa Senhora; ou então por uma ordem explícita co mo no caso do rapazinho de Ariano Irpino de que já falá m o s . Mas essas ordens não são conversas com o demónio 41

 

A Virgem Maria e o Diabo nos exorcismos

embora possam implicar por assim dizer uma espécie de «per gunta e resposta» entre o exorcista e o demónio, como neste último caso . Trata-se, pelo contrário, precisamente como con vida a fazer o Rituale Romanum de se servir da sua própria experiência . E divers diversos os exorcistas verificaram que, nas suas experiências, o demónio fica particularmente atormentado pelas ordens que lhe impõem louvar a Virgem Maria . O i26

tuale Romanum diz : «E quando se aperceber de que o demó nio fica mais atormentado, insista e persiga ainda mais» 27 . Poderiam ser numerosos os exemplos tirados da hagiogra fia cristã, com os quais se demonstra que o demónio, mesmo fora do contexto do ministério dos exorcismos, por vezes é obrigado a dizer ou fazer o que nunca quereria dizer ou fazer , n1as não é este o objetivo deste vo lume . Que Deus, dentro dos exorcismos, queira e possa operar da maneira que estou ades

teologicamente . Para fazê crever , pode-se facilmente justificar teologicamente. -lo remeto-me para tudo o que já foi dito acerca da capaci dade de Deus de transformar o mal em bem bem.. O grande teó«O mal é , por si mesmo , logo São Tomá s de Aquino escreve : «O ordenado ao be1n ..Ele não contribui para a perfeição e para a bele za do un unii ve rs o a não ser acidentalmente » Suma o19,, a. 9 . Portanto, só em razão do bem a que está lógica l , q. 19 ligado ou que suscita suscita,, se pode dizer que, para Deus, o mal serve para alguma coisa ou que, de algum modo, é um bem.

Ritual e Romanum . Titulus XII : De exorcizandis obsessis a d~moni d~monio o. Capui I Normre observand~ circa ex exor orcizandos a d~monio   p . 84 847 7  Prrenotanda   n.º 2: «Por isso . lo exorcista] para desempenhar retamente o seu oficio , esforce -se por co nh ecer muitos outros documentos úteis à sua tarefa tarefa,, escritos por autores aprovados e que 26

aqui , por bre vidade , nã o indicamos e sirva-se da experiência; além disso aqui, disso,, deve obser· va r ~?u~as normas , particularmente neces necessá sárrias» t radução do latim pelo auto r . 850 0: «Os exorcismos deve m ser proferidos ou lidos com . Ibid em   Prrenotanda   6   p. 85 auto nd ~de   com grande fé   humildade e f ervo r; e quando se aperceber de que o dernonio fica mais atormentado ormentado,, então insista-se e persiga-se cada vez mais . tradução do latim pel o au tor .

42

 

O demónio obrigado a confess Sã o Tomás

r a su vergonh

prossegue,, citando Santo Agostinho: prossegue

«Do

conjunto

coisas se depreende a beleza admirável do universo, universo , no quall aquilo a que se chama m al   , quando está bem ordenado qua e colocado colocado no seu lugar, faz melhor ressaltar o bem: bem : deste modo,, o bem em confronto com o mal, agrada mais e é digno modo de todo o louvor» louvor » Suma Teológica I, q. 19, a. 9). É, precisamente , esta situação que, durante os exorcismos exorcismos,, se verifica no confronto entre a presença da Virgem Maria e os demónios mónios,, como emerge com evidência das reações e afirmações dos próprios demónios. demónios . Deste modo e sem querer, eles fazem com que ressalte e emirja ainda mais aquele bem que espec ifi camente amente,, neste caso , consiste precisamente na inter ve nção mate nóss , materrna e amorosa de Nossa Senhora a favor de nó seus se us filhos . Portanto Portanto,, experimenta-se de maneira palpável o que também es c reve Santo Agostinho: Agostinho : «E, como Deus, Deus , ao criar Sa Satanás tanás,, não ignorava com certeza a sua futura maldade e prev ia o bem que daí ha veria de tirar tirar,, fez com que o salmista salmista es crev esse esse:: O dragão que Tu criaste para que fosse es es ca rnecido rnecido   (SI 104(103),26) 104(103),26),, para fazer compreender que, que , enquaanto por sua vontade o criou bom, enqu bom , na sua presciência tinhha já prosp tin prospet etaado com o também haveria de servir-se dele quando se tornas tornasse mau » De Gen esí ad litteram XI,l 7) . Também o Eva ng elho confirma essa verdade. O s demónios demónios,, diante de Jes us, subjugado subjugadoss pelo se seu poder, poder, «confessam» a sua natu reza di vin a. J es u s ve io ao mundo para destruir as obras do dia bo (c f. l o 3,8): na sua pr preesenç a, os demónios manifestam te rr rror or,, cae m pros tr traado doss po porr terr rraa, urram raivosamente, raivosamente , pe pe-dindo para não se r ma mandados embora embora,, declarando que conhe cem a dig nidade sobr sobreenatu ra l do pró próprio Je Jesus (c f. Mt 8,29 ; das

8

amo Agos t inh nhoo esclare ce u , um pouco ames no texto , que es ta s palavra s não devem se r ent ntend endid as no se ntid o de que Deus ten ha criad o já mau o dragão , isto é , o diab o. para se r des pr preezad o pelos anjos - Deus criou to  as as cri aturas boas -   IDas que lo dragão] foi des tin ado a esta pena , dep ois do pe cado ado»» De Genesi ad littera m XI, 15). ;

43

 

 

Virgem

aria e o Diabo nos exorcismos

Me 1,2 4~ 4 ~5, 7; Lc 4 ,34; ,34 ; 8,28) 8,28).. É verdade que estas atitudes dos

demónios não são ficções , como não o são, nesta situação , s suas afirmações afirmações.. De facto e diferentemente da maior parte dos compreen seus contemporâneos, sabemos quem é Jesus, os demónios demos claramente que,nós quando gritavam: gritavam : «Tu és o Filho do Deus altíssimo » (Me 1,24), afirmavam a verdade · como também quando exclamavam: exclamavam : Vieste para nos arruinar » (Me 1,24 24)) . O silêncio que Jesus lhes impunha, nalguns exorcismos , não se referia ao facto de que naquele momento dissessem coisas falsas : de facto , estavam a dizer a verdade. Jesus preten )

dia impedir que antecipassem aquela revelação sobre a sua identidade, que Ele próprio queria manifestar, manifestar, um pouco de cada vez, de modo que não se comprometesse o êxito da sua missão (o chamado «seg redo messiânico») . Contudo, isto não significa de modo nenhum que possamos atingir a nossa ins trução religiosa também pelo demónio. Seria errado pensar assim . Se , por obrigação divina, as verdades da nossa fé tam bém podem podem,, por vezes , ser afirmadas pelos demónios demó nios,, isso não significa que de vamos aprender deles: a verdade só pode ser procurada em Cristo Cristo.. A intenção com que apresento o que alguns deles   certamente obrigados por Deus exprimiram ace rca da Virgem Maria não é o de fazer do demónio um «teólogo » u um Doutor da Igreja» de quem podemos escutar e aprender en sinamentos sobre a Virgem Maria; nem muito menos   o de comparar essas afirmações com revelações privadas no modo tradici onalmente entendido pela doutrina da Igreja . Não está bem que seja o demónio a instruir-nos mas o ensino da Sagrada Escritura qu e é a fonte da Revelação divina de que haurimos as verdades necessárias para conhecer e amar a Deus e depois à luz desta font e a

Tradição o Magistério da Igreja o exemplo de vida e das pala vras dos Santos .

· Por isso , o exorcismo pode tornar-se uma confirmaç ão d 44

 

O demónio obrig do a confessar a sua vergonha

Sagrada Escritura: isto acontece frequentemente . Mas se o confronto com o demónio devesse contradizer a revelação di vin inaa   então o exorcista compreenderia imediatamente que o demónio está a tentar enganá-lo. enganá-lo . Este discernimento pressu põe a plena consciência da sã doutrina que cada sacerdote e cada cristão dever ter. Por isso não entendo substituir de ma ma neira nen nenhuma huma os ensi ensiname namentos ntos da Sag Sagrad radaa Escritura Escritura e da Igreja fundamentais para cada católico ; do mesmo modo quero demonstrar que o confronto com o demónio não faça senão que confirmá-los. De facto como veremos neste minis tério ressalta fortemente na luta do bem contra o mal que o Pai   juntamente com a presença viva de Cristo no meio de nós deu-nos também a de Maria Virgem . Ela é a Mãe conti nuamente presente ao lado dos seu seuss fi filho lhoss que faz tudo ao seu alcance para acompanhá-los sustentá-los e guardá-los maternamente no caminho par paraa o Paraís Paraíso o do qual o Maligno gostaria de desviá-los desviá-los.. são o publicadas para Ao mesmo tempo estas experiências sã inspirar os corações a elevar um hino de louvor e de agradeci mento a Deus po porr ter-nos dado na Imaculada Concei Conceição ção de adversária ia por excelência do Maligno a fim de cele Maria   a adversár brarem as glórias e as gestas maravilhosas desta Mãe sempre pronta para acorrer em socorro dos seus filhos. Além disso querem ser uma ação de graças filial a Nossa Senhora por finalment mentee repre representa sentam m um vivo tudo o que faz por nós. E final

incitamento a cada crente a dar-se e confiar-se a ela para «tê -la » no seu próprio coração  coração   a «ser e a viver» - ao mesmo tempo - no seu Coração Imaculado Imaculado.. E nele templo tabern taberná á culo e ostensório vivo de Deus   unir-se a ela na adoração e ser viço da Santíssi Santíssima ma Trindad Trindadee com a certeza que neste Coração como na torre de David David   estamos numa fortaleza invencível contra a qual todos os assaltos do Inferno esbarram e aquele 5

 

 

Virgem

aria e o Diabo nos exorcismos

qu e , desde as origens, tem sido inimigo de Deus e inimigo do que homem será definitivamente derrotado . U m possível equívoco, equívoco , do qual quero exonerar o leitor , acerca das vicissitudes que estou a descrever, poderia ser o de pensar que os exorcismos se façam com o objetivo de escutar o demónio, demónio , em vez de expulsá-lo expulsá-lo.. Não O s exorcismos fazem -se com o único objetivo de expulsá-l expulsá-lo o o mais depressa possí vel , a fim de que se abrevie o mais possível o tempo de so frimento daqueles irmãos e irmãs por ele possuídos/as e atormentados/as~ atormentados/as ~O s factos que irei descre ve r não foram pro curados ou queridos queridos:: podem ve rificar-se como «reflexo» , como rea ção às orações ou aos exorcismos e, portanto, portanto , às ordens imperativas pronunciadas. pronunciadas . O fim do exorcista não é suscitar estas reações ou estas expressões mas, embora sa bendo que elas se podem verificar e, de facto, se verificam, é o de chegar à libertação daquele que o demónio mantém como escravo .

Depois de ter aprese apresen n tado estes episódios - alguns dos quais j á aludi nos meus dois an anteriores teriores livros Possessões diabólicc as e exorcísmos e Os anjos rebeldes - para demonstrar que li

eles não são da minha experi experiência ência exclusiva, darei espaço também às intervenções dos padres Domenico Mondrone Mondrone,, Gabriele Amorth , Cipriano De Meo, Mons Mons.. Ferruccío Sutto , Carmine De Fílippis e Tarcísio Zullo D e M eo .

o\ ONT   Os · b ld . . , · · · an;os re e cs . O mi stério do mal na exp eri ência exorcista   Pnor \-elho , Paulinas Editora Editora,, 2010 2010.. fR

..

cc sc o

46

 

V

minha experiência mariana

os

exorcismos e nos outros momentos d o confronto o m os demónios

Introdução Estes testemunhos são tomados dos meus últimos dez anos de exorcismos   selecionados entre en tre aqueles cas casos os e m q u e   eu

e

u

peloss sina pelo sinais is e fenómeno fen ómenoss pret pretern ernatu aturai raiss que qu e se verific verificaram aram   estava e continuo moralmente certo de que m e encontro diante de autênticas possessões diabólicas . Quem quisesse perceber o rigor com que procedi n o d iscernimento antes de afirmar que me encontro diante d e uma possessão diabólica real   poderá ler e m particular o que descrevi n o livro j á citado real citado:: ossessões diabólicas

e

exorcismos  

experiências que relato acerca das reações reações dos demó d emónio nioss em relação à Virgem Maria e  e   quando   por vezes vezes   obrigados por Deus   se exprimiram acerca dela   foram extraídas não só de Deus momentos e m que e u exercia o ministério d o exorcismo - d u  rante o qual é necessário ater-se fielmente ao texto d o ritualmas também d e momentos e m que sempre n a presença d o irmã ir mão o ou da irmã possuídos prossegui prosseguiaa o confronto com o ini mig igo o or oran ando do e convidando os presen pr esentes tes a rezar o Ros Rosário ário e as ladainhas ladai nhas de Nossa Senho Se nhora ra o u   então prefe preferia ria orações espon tâneas de libertação . De facto nada impede q u e   fora d a ação s

47

 

 

Virgem Maria e o

iabo nos exorcismos

litúrgica   exorcista exorcista   quando o considerar oportuno   possa livremente rezar na presença da pessoa possuída e  e  sobretudo quando não se verifica uma particular eficácia as orações d; piedade cristã  cristã   que são precisamente: precisamente : o Santo Rosário   as Ladainhas da Bem -aventurada Virgem Maria mas também a Via -Sacra   a Coroinha da Divina Misericórdia as Ladainhas do Sagrado Coração Coração   invocações ao Espírito Santo ou  ou   ainda ainda   ora ções espontâneas de intercessão ou de libertação . Farei preceder as narrações de cada um dos episódios de uma catequese na qual apresentarei o ensinamento da Sagrada Escritura ou dos Padres da Igreja ou do Magistério   ou tam bém exemplos e palavras de Santos . Como já disse muitas vezes   são estas as referências para a nossa vida cristã. cristã . Os «tes 

temunhos» involuntários dos demónios sobre a Virgem Maria podem também ser de nossa edificação   quando conseguir mos interpretá-los na sua correta aceção . D e facto   são sim plesmente reações consequentes ao confronto que os demónios sustentam com a presença desta Mãe na nossa vida ; com a sua intercessão materna para connosco e com o poder de Cristo.. Ele   para glória de sua M ãe   de que não é ciumento   Cristo obriga-os a testemunhar a dignidade extraordinária que ela reveste entre todas as criaturas humanas e angélicas   obrigando--os a confessar toda a verdade sobre ela e a sua comgando pleta impotência em relação a ela . Estes testemunhos do mundo demoníaco serão apresentados em cada parágrafo   o termo das catequeses que as precede precederam ram que indicarei com título «Exemplos extraídos dos exorcismos» Além disso   é muito importante que o leitor saiba que esses testemunhos que  que   à primeira vis vista ta pode poderiam riam parecer fre  quentíssimos   não o são assim tanto. quentíssimos tanto . A s mais das vezes   os demónios só exprimem injúrias e ofensas em relação à Virgem Maria . O s exemplos que referirei poderiam parecer numerososs   m a s não são se considerarmos que foram recolhidos so recolhido s durante de z ano s. 8

 

A

minha experiência mariana nos exorcismos e nos

outros momentos

s palavras que rep report orto o são expressa e exat exatam am , . ente as propro feridas pelos demon1os n o decurso do doss exorcismos exorcismos .

§ 1 - A re recu cusa sa,, da parte do demónio, demónio,

do projeto da Encarnação do Filho de Deus e de Maria Rainha dos njos e dos homens

atequese O homem foi criado por Deus à sua imagem e semelhança semelhança,, isto é, é , segundo a imagem d o Filho que o Pai Eterno tinha na sua mente , quando , chegad chegadaa a plenitude dos tempos tempos , haveria de enviá-lo ao mundo pa para ra faz fazerer-se se homem e redimir a huma nidade. O homem é, portanto , «fig «figura ura daquele que haveria haveria de vir» Rm 5,14 , Cristo Jesus Por isso, esteve presente n a mente d e Deus, desde a eternidade , antes de qualquer outra criatura , e também a figura daquela e m quem a Encarnação do Filho haveria d e realizar-se : Maria Imaculada. Imaculada . Diz o Con

cílio Vaticano II: «

santíssima Virgem [foi] predestinada

desdee toda a ete desd eterni rnidad dade, e, n o desíg desígnio nio da Encarnação do Verb Verbo o divino , para [ser] Mãe d e Deus» 29 • A natureza humana de Cristo e de Maria é o vértice d a obra da criação. criação . Embora Embora,, cro nologicamente , Cristo e Maria aparecessem no mundo muitos séculos depois d a criação d e todas as coisas , a Santíssima Trindade tinha e m mente desde a eternidade esta obra-prima insuperável , relativamente a qualquer obra criada por Deus insuperável, Deus:: «Uma Mulher imaculada que fosse Mãe d o Filho Filho,, dando dando--lhe a carne humana d o seu seio por obra do Espírito Santo. Santo .» Nesta perspetiva, perspetiva , a Virgem Maria pode ser definida como «primogénita» d o Pai, porque nos seu seuss decretos divinos Ele Ele a predestinou juntamente com o Filho Jesus Cristo, antes de 9

Gaudzum   et spes

.

49

 

 

Virgem Maria e o

iabo nos exorcismos

todas as criaturas Jo _ Cristo e Maria foram pensados pensados,, querid os e amados pelo Pai Eterno Eterno,, pelo seu Verbo e pelo_ pelo_Espí rito Santo , antes de toda a criação criação,, e, a eles, todas as c01sas estão

subordinadas e se ordenam necessariamente. necessariamente . Todo o universo material mate rial e espiritual espiritual foi criado intimamente unido ao homem , de que Cristo e Maria são o vértice, e só por meio do homem todas as coisas podem atingir o fim para que foram criadas . Portanto,, a criação dos anjos, feita por Deus, esteve ligada à Portanto sua decisão de unir-se ao homem mediante a Encarnação Encarnação:: isto é entrar no mundo da matéria, do espaço e do tempo tempo.. Por  tanto,, a criação dos anjos foi orientada, desde o início, tanto início , para a síntese admirável da criação, que é o homem, cujo represe n tante máximo é o Verbo de Deus que se torna carne por meio i-

se faz homem part  de Maria homem. A criação - e , em cular, a natureza naetureza huma humana na .do Verbo - do dá homem consistência e signifi cado a todo o universo, universo , incluindo também os anjos anjos.. É claro qu quee , neste projeto de Deus Deus,, a Virgem Maria , em bora constituída, como cada criatura humana, humana , de espírito e de matéria alma e corpo), é ele vada acima dos anjos que são espíritos puros. puros . Pela sua natureza angélica mais semelhante à de Deus , espírito puríssimo, Satanás pretendia que lhe competi 

ria a proeminência sobre toda a criação, que Deus conferiu à Virgem Maria . Consequentemente, esta atitude implicava uma estin tin ação não se ent Por pre predes nteend ndee algo de já esta estab bele cid o , indep indepeendente mente da livre decisão da vo ntad e do homem . Aliás , pode-se dizer qu quee Deus já co nhece o que irão f ze r os seus filh os qu e, no enta nt nto o, são sempre livres de decid decidiir m pl ena liber dade . Isto é, Deus pr preedesti tin na que seja jam m conformes com o se u Fil ilh ho Jesus aqu eles que o es escolhem co mo Pa i: «Tud o co ntribui para o bem daquele daqueless que amam a De us, d  que les qu e são chamados, de acord o co m o se seu desígni desígnio o. Porqu rquee àqu eles que Ele de ambb ém os pr ant emão con onh hece u, tam preede stin ou pa para serem um a ima gem id ênti ca à do seu Filh ?» Rrn 8 ,28 -29 ) Tra ta-se se mp re de urn a esco lha livr e . Po r isso , embo ra seja predes una da a se r Mã e do Fi lho de De us feito hom homeem , Mari a ad adeeriu a El Ele livremen te. Ta mbém Filh o de De us. mes mo que pre destinado a enca rn rnaar através de Ma ria, es co lheu livrement e reali liza za r es te proj eto de amoo r do Pa i, para qu e os homens fosse m de am co nfo rmes - to diz : « Eis que ve . à sua. im age m· Na eart a aos H bre us , Cns Cnsto venho - como eStá esc mo no hvro ª meu respeit o - para fazer, ó D eu s, a tu tuaa vont ontaade» Heb 10.7) l )

°

50

 

A minha experiência mariana nos exorcismos e nos outros momentos momentos....

contestação decisiva contestação decisiv a quer d a Encarnação do Verbo de Deus _ que haveria d e assumir a natureza humana , inferior à angélica _ quer d a presença daquela Mulher, d a qual , encarnando 0 Filho de Deus haveria d e nascer n o tempo . El Elaa , posta à s~a

direita , como Rainha dos homens e dos anjos, direita, anjos , havia de facto sido eleita não só acima das criatur criaturas as humanas human as,, mas também das angélicas. angélicas . O facto d e Satan Satanás ás rejeitar re jeitar Ma Mari riaa foi uma conse quência lógica d a rejeição d a Encarnação Encarnação.. No momento e m que a Santíssima Santís sima Trindade criou os anjos, anjos , já sa sabi biaa que algu alguns ns dele deless haveriam ha veriam de d e usar us ar o dom da liberdade para recusar o seu projeto de amor sobre toda a criatura : voltar-se-iam contra Deus, seu Criador, operando pela des truição d a sua criação, que era inteiramente boa, boa , e haveriam de introduzir nela o mal, o sofrimento e a morte. Por isso , desde o princípio d a Criação Criação,, Deus estabeleceu que a Encar nação d o Verbo também haveria de ser redentora redentora,, a fim d e salvar as criaturas que haveriam d e continuar fiéis a eles. eles . Por isso , enqu enquanto anto cr cria iava va,, Deus pensava n o seu Filho feito homem - isto é, é, Jesus Cristo - como Redentor Redentor,, e e m sua Mãe, Mãe , coope radora com o Filho redentor. O teólogo jesuíta espanhol Francisco Suárez 3 1, que apre senta a síntese provavelmente mais completa de angelologia e demonologia d a Idade Moderna, retomando a opinião d o Padre das Igreja, Lactâncio cerca d e 260-330 - segundo o qual o pecado d o anjo foi o d e inveja, não e m relação ao h o mem me m , mas e m relação ao Filho d e Deus feito homem o 32 Logos)-, explica que, depois, por esse motivo, Lúcifer have Institution es . ria d e enganar O homem por inveja Divin~ Institutione Suárez afirma que a revolta d e Lúcifer e dos outros anjos 31

Nasce u em Granada em 1548 e faleceu em 16 17 . 32 É o nome qu quee Satanás tinha antes do seu pecado. pecado . Deriva do latim e sign ifica «portador de lu luz» ulterio ores apr apro o fundament os , cf  F BAM   T_ E, Os anjos rebeldes . z» . Para ulteri O m  lério do mal na ex periê ncia de u exorci lho o , Pa ulm as Editora Editora,, 2 1 exp exorcista sta , Prio r Ve lh pp 21  22 .

º º·

51

 

 

Virgem

aria e o Diabo nos exorcismos

rebeldes consistiu em não ter aceitado o plano que qu e Deus lhes tinha preanunciado, preanunciado , relativo à futura Encarna~ Encarna ~ão do Verbo . Esta hipótese teológica fundamenta-se nas segu1n~e s pala vras da Carta aos Hebreus 1,6 : «Quando [Deus] introdu introduzz 0 Primogénito no mundo, diz: diz : Adorem-no todos os anjos de Deus .» De algum modo, modo , Deus haveria de mostrar mo strar a todos os anjos a futura imagem do Filho , Deus feito homem homem,, Jesus Cristo,, convidando-os a reconhecer nele, desde então, o seu Cristo chefe, o autor da sua salvação e o seu legislador. legisla dor. Lúcifer e uma parte dos anjos recusaram recusaram-se -se a adorar um home ho mem m inferior a el eles es por natureza, embo embora ra ao mesmo tempo superior,, sendo a Segunda Pessoa da Santíssima superior Santíssima Trindade, Trindade , en carnada.. Eles consideraram o projeto divino da Encarnação carnada como uma ofensa inaudita à sua dignidade angélica e à sua grandeza na hierarquia dos seres; seres ; po porr isso isso , rejeitaram-no des denhosamente 33 . Por isso, tratou-se de um pecado de soberba que brota, brota , no entanto (e de acordo com o Beato Duns Escoto ), do amor desordenado a si mesmo mesmo:: amor de concupiscência e, e, simultaneamente, amor da sua própria excelência. De facto , cego pelo amor desordenado de si mesmo e da sua excelência , Lúcifer pretendeu que a união hi post postática ática do Verbo 34 não se fizesse com uma natureza humana, humana , mas sim, sim , necess ária e ex clusivamente, com a sua natureza angélica. angélica . Por isso, quando os anjos foram convidados a reconhe er Cristo feito homem como seu chefe e seu salvador e a ador á  -lo como Deus , Lú ci fer opôs-se, presumindo que essa honra deveria ser dada exclusivamente a ele . N a sua rebelião, rebelião , arras tou os outros anjos anjos,, persuadindo-o persuadindo-oss de que só a ele conviria a 33

Aceitando-s eitando-see a tese de que o pecado dos dos anjos se realiza na rejeição de adorar

0

arnado o, talvez compreen compreend damos melhor o co ntínuo serviço d os própnt  5 ~e rb o encarnad anJOS na o bra da Enca rn rnação ação e na assistência prest pres tada a Jesus Cristo Cristo.. Ao mesm o tempo . intu intuíímos o moti vo mais ra rad d ical da lu ta do dem demó ónio contra Ele . ,. Po . > In Lucam, 2,17 . Maria foi Imaculada Imaculada,, desde o primeiro instante da sua exis 

tência, sem ter feito nada para merecer tamanho privil privilégio égio,, exclusivamente por bondade e misericórdia d e Deus Deus.. É urn favorr divino absoluta favo absolutamente mente gratuito que Maria obteve desde de sde 0 primeir prim eiro o momento mome nto d a sua exist existência ência.. Ela não foi libertad libertadaa do pecado original, mas foi de dele le preservada e m virtude dos méri  tos do seu Filho, previstos por Deus Deus.. Por isso , Maria é , como nós, redimida por Cristo Cristo:: a primeira dos redimidos, redimido s, mas ma s também bé m ela ela redimida. redimida . Tud Tudo o isto isto é para nós motivo motiv o de grande g rande co con n solação e alegria, porque faz-nos sentir que Maria está mu ito próxima de nós, embora a percebamos tão excelsa e sublime sublime na sua dignidade de Mãe de Deus e nos seus singularíssim os privilégios de graça. Também ela é uma criatura redimid redimidaa, salva, exatamente como nós; ela sabe que o é e connosco agradece continuamente ao Senhor pela sua Redenção É est estee o significado das palavras d o seu cântico d e louvor e ação açã o de graças:: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírit graças espírito o exulta em Deus meu Salvador» (Lc 1 4 7) 7)..

xemplos extraídos dos

exor ismos

Uma vez, o demónio exprimiu assim a contínua gratidão de Maria a Deus: Deus : «Ela canta sempre os louvores daquele, como e n tão fa zia mas só poucos n a terra estão e m condições d e ouvi-la quando quand o canta.. » canta Provavelmente, aqui, o Maligno referia-se à nossa inca incapacidade de compreender profundamente a grandeza daqu daqueele Coração Coraç ão que louva eter eternamen namente te Deus e está está reconhe rec onheci cido do pe p elas am-graças que recebeu , não só para benefício próprio , mas tam bém do doss seus s eus fi filh lhos os..

64

 

A ,ninha experiência mariana nos exorcismos e nos outros momentos ..

4 _ Maria foi re?imida o mo todos os homens rn s de modo mais elevado e sublime Catequese pelo Batismo cada um de nós é libertado do pecado origi nal. Maria ao contrário, foi dele preservada , desde a conce ção . Assim como, no plano natural, quem nos preserva ou poupa a um golpe mortal é considerado nosso salvador, mais do que se nos curasse da ferida produzida por aquele golpe, golpe , assim também na ordem sobrenatural, Maria ao ser poupada à infeção do pecado original, foi redimida «de um modo mais elevado e sublime» Pio IX Bula Ineffabilis Deus isto é de

modo perfeitíssimo. Precisamente por isso, o Filho sofreu mais pela redenção da Mãe do que pela de todos os outros ho mens juntos. D e facto, a Redenção realizou, em relação a Maria uma tarefa maior do que em relação a todos os outros homens. Maria não foi somente redimida pelo Filho, mas é a primeira de todos os redimidos e nela a graça salvífica atuou de tal modo profundamente que não permitiu que o pecado ganhasse raízes nela. Jesus, Salvador do mundo , conseguiu a sua mais o pecado sobre o demónio, de do vitória génerosobre humano, com ae Imaculada Conceição vastadoresbela de Maria que é o seu mais excelso troféu de vitória, o sentido mais precioso do seu triunfo. O Concílio Vaticano II proclaMaria é nova criação e nova criatura desde o primeiro instante da sua Imacriatura,, mas nova criatura no sentido radiculada Conceição . Maria nunca foi velha criatura cal da palavra . Por isso , só a Ela se pode aplicar a expressão «Imaculada Conceição» . De facto , nela não houve uma precedente conceção no pecado pecado,, como aconteceu com todos os outros homens homens.. Para nós nós,, houve a velha criação criação,, a velha criatura. Não temos uma Conceição Imaculada como Maria mas somos criaturas saradas do pecado no Batismo , por graça e renascidas sem mácu mácula la.. Por isso . o termo Imaculada Conceição só se aplica a Maria . Como renascime renascimento nto batismal, pass passámo ámoss da velha à nova criatura e, por isso , não se pode dizer que no Batismo nos tomámos co com mo a Imaculada Conceição. e facto   nós fomos concebidos no pecado original. Maria , pelo contrário contrário,, nunca teve uma conceção con ceção que não fosse imaculada imaculada.. •

9

65

 

. Virgem Mana

Diabo eo

nos exorcismos

. dmira e exalta [em Maria] o fruto mais e I Xue a Igreja «a 10 ) Sacrosanctum Conci ium mou q 3 . celso da Redençao» Redençao »

xemplos extraídos dos exorcismos .

repetidamente

o demónio exprimiu outras . . a o pnv1légio que

Eis como , . desilusão relativamente Sua vezes to da a . _ . teve de ser a Imaculada Conce1çao .

d _ . E Mana Um dia , enquanto eu dizia a o emon10 : « m nome da nossa Mãe Imaculada, sai deste corpo » , ele gritou: gritou : «É a palavra que odeio mais » E e u rebati: «Imaculada?» E ele: «Sim   » Uma vez , durante a novena da Imaculada , começou a gritar:: «Manda-a embora, manda-a embora manda-a embora gritar embora   Nestes dias, dias , todos a nomeiam, todos a invocam, todos dize m o seu nome. nome . Luz de mais, luz d e mais , luz d e mais » Outra vez exclamou:

«A

Imaculada é o meu contrário. contrário.» »

Noutro exorcismo, enquanto repetíamos algumas vezes a oração:: Ó Maria concebida sem pecado rogai por nós qu e oração recorremos a vós», o demónio disse: «Para com isso Esta ja  culatória é [demasiado] poderosa contra mim »

§5

A virg virgind indade ade per perpé pétu tua a

Catequese Como ª Igreja sempre

de

aria

acreditou e professou Nossa

Se -

nhora foi virge mantes d o nascimento . ' u d e Jesus , permanece . ~rgem no momento e m que o deu à luz e conservou a sua virrn gindade durant O . e resto d a sua vida. Maria não concebeu co intervenção h u nce - d mana, mas por obra d o Espírito Santo. A co çao e Cri st0 , n o seio d a Mã Mãee , foi u m evento mira miraccul ulo oso

66

 

A

ninha experiência mariana nos exorcismos e nos outros momentos ...

obrenatural, uma obra divina que ultrapassa toda a come possibilidade humanas. humanas . p Numa catequese durante a audiência gera], o papa João Paulo II disse disse:: «A Igreja sempre considerou a virgindade de Maria uma verdade de fé, recolhendo e aprofundando o teste teste munho dos Evangelhos de Lucas, de Mateus e, provavel João.. N o episódio da Anunciação, o evan mente, também de João gelista Lucas chama virgem  virgem  a Maria, referindo não só a sua intenção de perseverar na virgindade virgindade,, mas também o desígnio 5 reensão

divino que concilia esse propósito com a sua maternidade prodigiosa ... A estrutura do texto lucano (cf. Lc 1,26-38 26-38;; 2,19 .51) resiste a todas as interpretações redutoras. redutoras. A sua coe rência não permite que se defendam validamente mutilações dos termos ou das expressões que afirmam a conceção virginal operada pelo Espírito Santo   O evangelista Mateus, ao referir o anúncio do anjo aJosé, afirma com Lucas a conceção operada pelo Espírito Santo (Mt 1,20) 1,20),, com exclusão de relações con jugais . Além disso, a geração virginal de Jesus é comunicada a José num segundo momento : para ele , não se trata de um convite a que se deve dar um assentimento prévio à conceção do Filho de Maria, fruto da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e unicamente da cooperação da mã mãee   Ele só é chamado para aceitar livremente o seu papel de esposo da Virgem e a

menino.. Mateus apresenta a missão paterna relativamente ao menino origem virginal de Jesus como cumprimento da profecia de Isaías : Eis que a virgem conceberá e dará lu luzz um filho; e hão de chamá-lo Emanuel Emanuel,, que quer dizer: dizer: Deus connosco connosco   (Mt 1,23 ; cf. Is 7,14) 7,14).. Desse modo, Mateus leva-nos a concluir que a conceção virginal foi objeto de reflexão na primeira comunidade cristã, que compreendeu a sua conformidade com o desígnio divino de salvação e o nexo com a identidade de Jesus, Deus connosco » 50 .

o

Audifncia geral 11 de jul ho de d e 19 96 96..

67

 

  Virge Virgem m Mar Maria iae o

iabo

nos exorcismos

Assim como foi miraculosa a conceção, assim também també m parto de Maria Santíssima. Santíssima . El Elaa , por intervenção sobrenatural sobrenatural,, deu à luz o Filho de Deus, Deus , permanecendo virgem. virgem . Se gu ndo Santo Ambrósio, a Sagrada Escritura revela que não só s ó uma virgem devia conceber ma mass também també m que uma virgem devia devia da r à luz. «O papa Hormisdas precisa que o Filho de Deus se tornou Filho do homem, homem , nascido n o tempo à mane maneiir a de um homem, abrindo ao nascimento o seio d a mãe [c f. Lc 2,23] e, e, pelo poder d e Deus, não quebrando a virgindade d a mãe (DS 368). A doutrina é confirmada pelo Concílio Vaticano Vatican o II, no qual se afirma que o Filho primogénito d e Maria não d iminuiu,, antes consagrou, a sua integridade virginal  nuiu virginal  L G 5 7)» 51 • Para muitos Padres da Igreja, como a conceção foi div d iviina na,, também o parto foi sem dores. dores . Eles afirmam que, não ten tend do experimentado o prazer sensual sensual n a conceção de Jesus , Nossa Senhora também não teria sofrido as dores d o trabalh trabalho o de parto. Entre os Padr Padres es que ensinara ensi naram m explicitamente explicit amente o «parto indolor» d a Virgem recordemos : Santo Efrém o Sír Síriio São Zenão d e Verona, São Máximo d e Turim, Santo Agosti Agos tin n ho ,

São Proclo d e Constanti Constantinopla, nopla, Antípatro d e Bostra Bostra,, Pro Procópio cópio de Gaza, Venâncio Fortunato São Germano de Con stant stantiinopla, Santo André de Creta, São Gregório d e Nissa, São São J oão Damasceno.. Não se trata d e alguns escritores cristão Damasceno cristãoss anti antigo s mas das autoridades máximas da mariologia patrística do Oriente e d o Ocidente Ocidente.. São Gregório de Nissa, ao fazer uma analogia entre entre Eva e Maria, diz que Eva, que introduziu o pecado no mun do , foi condenada a dar à luz com co m dores do res e incómod incómodos~ os~ porta n to, seria conveniente conveni ente que a Mã Mãe d a Vida, Maria Santíssima, Santíssim a, c oncebess oncebessee com alegria e com alegria desse à l u z : «A sua co nce ção nã acont eceu mediante o com ércio carnal .. . seu na nass cimento nã

'

1

Auditncia ge ral   29 de agos agosto to de d e 1996 1996..

68

 

A rn

. ha experiência mariana nos exorcismos e nos

outr

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mom

ntos

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conheceu a dor; o seu tálamo foi o p~de~ do Altíssimo [poder] qu e ·u quase como uma nuvem e·, cham a nupo bn _ . a propna viroindad o· cial era o esplendor do Espinto Santo .. .» 52_ Assim também Santo

Efrém , nos Hinos sobre a Bem-aventurada Virgem   diz que Maria deu à luz permanecendo virgem e sem sofrimentos. sofrimentos . Para São João Damasceno não só a conceção, mas também prazerr não apre nascimento foi indolor indolor:: «Porque assim como o praze cedeu   assim também a dor não a seguiu» 53 . Entr En tree os mariólogo marió logoss modernos , bastará citar o célebre René Laurentin que, já em 1968 escrevia escrevia:: «Quanto ao parto indolor, indolor, que a Tradição afirma sem contestação desde o séc . IV, é bas tante paradoxal que se tenha começado a contestá-lo precisa men entte quando o progresso progr esso científico instaura instaurava va o parto sem sem dor par paraa todas todas as mulher mul heres es.. É mirabolante que certos teólogos e pr preg egad ador ores es te tenh nham am come co meça çado do a celebr celebrar ar os sofrimen sofrimentos tos cru cificant cifi cantes es de Mar Maria ia n o nascimento d o Salvador n o momento

em que as clínicas obstétricas se aplicam a denunciar as dores

do parto como u m mito alienante e desumanizante» desumanizante» 54 . Maria permanece perma neceu u virgem tamb ta mbém ém dura d urant ntee todo o rest resto o da

sua vida. vida . Consagrou-se totalmente à missão redentora de Cristo.. Nunca alterou a sua vont Cristo vontade ade de permanecer virg virgem em,, manifestada no momento d a Anunciação (Lc 1, 1 ,34) 55 • Além

44,1053.. Veja SAo GREGÓRIO DE NISSA, ln Cantica canticorum Sermo 13 , in PG 44,1053 -se também IDEM , ln Christi resurrectionem Oratio I, I , in PG 46 ,604 604.. '

2

São João Damasceno Damasceno,, De fide orthodoxa   livro 4, 4 , cap cap.. 14 14,, in EM 1920 1920.. Isto cer cer tamente não significa que a dor do parto deva considerar-se como uma consequência do prazer ligado ao uso correto da sexualidade. sexualidade . R lAURENTIN , a Vergine Maria Roma Roma,, Edizioni Paoline , 1984 1984,, p . 301. «Portanto Portanto,, deve considerar-se que Maria foi guiada para o ideal da virgindade por uma inspiração especial daquele mesmo Espírito Santo que , ao longo da história da Igreja, conduzirá muitas mulheres pelo caminho da consagração virginal. A presença singular da graça na vida de Maria levaleva-nos a concluir que houve um empenhamento da jovem na virgindade virgindade.. Cumulada de dons excecionais do Senhor no início da sua existência , ela é orientada para uma dedicação de toda a sua pess pessoa oa - al alma ma e corp corpo o- ª Deus na oferta virginal» QoAo PAUL PAULO O , Audiência geral 25 de julho de 1996 1996)) . B

69

 

 

irgem Maria e o Diabo nos exorcismos

disso o sentido imediato das palavras : «Mulher ei·s , . , o teu filho .. . ei eiss a tu tuaa mae» Qo 19 ,26), que Jesus prega pregado do na cru dirigiu a Maria e ao discípulo predileto indica claram z, . ente uma situação que exclui a presença de outros filhos nascido de Ma Mari ria. a. O ter termo mo «prim « primogé ogénit nito», o», dado a Jesus n o Evangelh: (Lc 2,7 , não indica que Maria tenha gerado outros filhos depois de Jesus, mas «significa literalmente criança não precedida de outra e, de per si, prescinde d a existência existê ncia de outros 56 filhos» .

Exemplos extraídos dos exorcismos

Relativamente à conceção virginal d e Cristo, precisamente no dia d a celebração d a solenidade d a Anunciação, o demónio, enquanto era exorcizado, excla exclamava mava fur furios iosame amente nte:: «Pousou sobre ela. ela . .. precisamente u m a sombra e não como um modo de dizer, uma verdadeira sombra uma sombra que o homem não pode ver, não para realizar u m ato sexual, não ,

mas para cumprir a transposição d o Filho para o seu ventre . Depois d o seu sim, aconteceu realmente que a sombra do Altíssimo pousou . Foi assim que entrou n o seu ventre o Filho do Deus vivo» vivo» 57 • · · se Faltavam poucos dias para o Natal d e 2006 e d1scuna muito - ainda n a onda d e u m filme projetado nas salas de cinema cine ma naquela altura alt ura 58 - sobre a atitude d e alguns teólogos que, e m aberta dissonância com o ensino consolidado e u~a . . . . d d de Mana . nimementee acene pela Igreja, nimement Igreja, negavam a virg1n a e . h . . - d · . a nn a • O utros, emb e mbor oraa seJ seJaa uma questão ainda nao e 1n 1 ' t o parto. . parto . a firmado que Nossa Senhora teria sofrido duran e r O p · ezar te recisamente nessa época, enquanto estávamos a r . .

Au diência geral  Aud geral   29 de agosto de 1996 . •rito san· e . . . . . «O Espl 3' ) orno orn o nos n os mforma mfo rma Luc Luc as no Evangelho , o anJ O di dissse a Mana. Mana . (LC 1 , , mamie mamies OJo 3 ,8 ). 100

1 1

2

O Concílio Vaticano II , n o capítulo ca pítulo Vlll d a Lu Lum m en gen tium tium   e João Paulo II II   na d Rede mpt oris Mat e [ l r , a am e «obediência d a fé » d a parte d e Maria.

106

 

 

minh experiênci m ri n nos exorcismos e n os outros momentos

xultação e de Espírito Santo a prima Isabel . d . e d , in uzmdo-a a •niciar os louvores que to as as gerações haveri d d . 1 am e 1ng1r à Mãe de Deus . Portanto,, a primeira bem-aventurança do E Portanto lh r . . . vange o 1 1 dirigida a Mana, porque acreditou na palavra de Deus . Maria é bem-aventurada porque acreditou que, pelo poder do Espírito Santo, se tornaria a mãe do Filho de Deus, segundo a revela ção do anjo : «Aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus» (Lc 1,35 . E quando, pouco mais de trinta anos depois , enquanto pregava pregava,, Jesus ouviu aquela mulher do povo gritar gritar:: « Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram ", Ele retorquiu retorquiu:: "Felizes , antes, os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática  » (Lc 11,2 7expressão,, Jesus exaltou a grandeza da Mãe -28) . Com esta expressão pela sua fé . «Não é , acaso , Maria a primeira dentre "aqueles que ouvem a pala vra de Deus e a põem em prática   ? E ponan ponan to , não se referirão sobretudo a ela aquelas palavras abençoan tes pronunciadas por Jesu Jesuss, em resposta às palavras da mulher

digna , sem dúvida alguma, de tais palavras anónima? Maria é digna, de bênção , pelo facto de se ter tornado Mãe de Jesus segundo a carne ( Ditoso o ventre que te trouxe e os seios a que foste

amamentado ) ; mas é digna delas também e sobretu sobretudo do por que , logo desde o momento da Anunciação, acolheu a palavra de Deus e porque nela acreditou e sempre foi obediente a Deus ; ela, com efeito , g uardava uardava"" a palavra palavra,, meditava-a "no cumpria-aa com toda a seu coração " (cf. Lc 1,38-45; 2,19. 2,19 .51 e cumpria1 3

sua vida»

Portanto , Jesus liga a grandeza da Mãe não só à matern~ dade física relativamente a Ele, mas antes de tudo à sua au tude de fé e de plena disponibilidade à vontade de Deus . Aí~ tima união com Deus e a adesão perfeita à Palavra divina sao

W

f

•JoAo PAULO II , edemptoris Mater

2

.

107

 

A Virgem Maria e O Diabo nos exorcismos

motivo mais alto da bem-aventurança de Maria. Antes de ser física, a maternidade de Maria foi espiritual, por causa das ligações do espírito que se formam na escuta e na observância da Palavra de Deus, e foi especialíssima porque só ela , entre todas as mulheres da terra, também teve uma maternidade 1 4 física relativamente ao Filho de Deus º • Em contrapartida , todas as outras criaturas humanas geram Cristo em si mesmas e nos outros por meio da escuta e do cumprimento da Palavra e da vontade de Deus , mas espiritualmente . A fé de Maria revela-se novamente nas bodas de Caná 0o de 2,1-12), onde , confiando no poder revelado Jesus, provocou o seu primeiro sinal ainda sinal, , isto é, énão , o seu primeiro prodigiosaa transformação da água em vinho. Tendo milagre: a prodigios Filho,, Maria também ofere alcançado este sinal prodigioso do Filho ceu um apoio à fé dos discípulos discípulos.. E, assim como pela sua é tinha introduzido introduzido Jesus no mundo , no evento fundamental da Encarnação , assim também introduziu Jesus na sua missão pública,, precedendo na fé os discípulos que , como diz o pública

Evangelho , depois do milagre , creram creram:: «Assim , em Caná da Galileia , Jesus realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos , com o qual manifestou a sua glória , e os discípulos creram nele» Oo 2,11). A maior batalha contra a fé de Maria , movida por Satanás , desenrolou-se aos pés da cruz cruz,, onde ele pôs em ação toda a ela , para que ela duvidasse . Mas , sua força maléfica contra ela, embora no coração de Maria houvesse a dor mais dilacerante ,

provada por uma cr cria iattur uraa human humanaa - po porq rque ue ela sabia quem era Aquele que morria na cruz e o porquê de morrer daquele 1

Frequentemente , os Padres da Igreja sublinham este aspeto da conceção virgi nal de Jesus. Sobretudo Santo Agostinho ao comentar o Evangelho da Anu nciação , afirma ·· «O an ·O anuncia · , a Virgem · . escuta,, crê e concebe» Sermo 13 in Nat. D0 m·  · E escuta  ),\

amda : «Cri st0 é crido e concebido mediante a fé . Primeiro , verifica-se a vinda da é ~ coração da Virgem ·, depo1s · , chega a fecundidade ao seio da Mãe» Sermo 293   Qo  O P ULO II , Audiência geral 3 de julho de 1996) 1996)..

108

 

·nha experiência mariana nos exorcismos e n os outros momentos Am

do _ também havia u m amor desmed desmedido ido b . b 1- 1 que rotava da rn é viva e 1na a ave . Embora Satanás procu sua ais m1n1ma , . fenda na fe fe, de Nossa Senhora rasse .provocar Ih m a . _ . , suscitar- e a mínima dúvida dúvida,, na nao o conseguiu sequer arranhar arranhar a sua fé. Marta acreditava firmemente que era precisamente aquele O modo doloroso e aparentemente absurdo, de Jesus vencer, triunfar~ reinar, realizando a Redenção da humanidade inteira, mesmo a sua própria [red~nção, [red~nção , nt]   qu~ lhe tinha sido aplicada pre venti vamente. Mana com p reendia que através daquela morte

º

se realiza va a profecia profecia de grande randezza que o arcanjo Gabriel lhe

tinh a pr pree anu nun n ciad ciado o : «Reinará eternamente eter namente sobre a casa de (Lc 1,33 33   . Maria acredi Jacob e o se u reinado não terá fi m » (L tava qu e era o Filho de Deus quem gritava: gritava : «Meu Deus , meu 27,,46 46)) . Maria acreditava Deus, po rqu e m e abandonaste?» M t 27 qu e, por aquele sacrifício e por aquela m o rt e cr uel , ela , hu hu mild e serva de Deus Deus,, tinha sido tornada m a io r que todas as cri atu ras , e que todas toda s as gerações haveriam de ch chamar-lhe

bem-aventurada . Mas tamb tambéé m acreditava qu e, depoi depoiss da morte, o Filho ha hav veri a d e ressuscitar e, e, de pois da s tre trev vas de Sexx ta-Feira Santa Se Santa,, esp espeerou sem duvidar pe la m a nh nhãã da Res

surreição . «Mediante a fé , ela participou na mort mortee do Filho , na sua morte redentora » (RVM 20) e, e, por aq uela fé, qu e perm permaa neceu íntegra numa provação como nu nca houve nem ha ve rá ent re as criaturas humanas, humanas , também mereceu vive r um uma expe  riência de intensidade intensidade bem maior do qu quee qu alq lqu u er outra outra cria  tur a huma humana, na, a experiência da nova exis tência do Fil ho glori esssu rreiçã rreição o 105 • fica do depois da sua Res Sobre este tema , cf cf.. J OÃO P  ULO II , Rosarium Virginis Marice 23. Além di~so, na udiência gera l de 21 de maio de 1997, ele exprimia-se assim : «Como é que ª Vug~m, presente na primeira comunidade dos discípu discíp ulos cf. Act 1,14 , po deriá ter sid o excluída do número daque daquelles com quem o seu divino Fil ho , ress uscitado dos mo rt o~, se e ncontrou? E- po r isso legítimo pensar que veros  · m·1me nt ntee a Mãe teria sid o a pn 105

s

ª

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mei agem e mo d. d í im ulos o enco ntdroeulodda ulgreJr· pessoa a quem Jesus ressuscitado apareceu d . en

a que espe ra pe lo Ress uscitado e qu e, no grupo os isc P

109

 

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m Maria e o

ia bo nos exorcismo exorcismos s

tornou

bem-aventurada

oi

Portanto, 0 que Maria e grande a fé com que sempre acreditou e m Deus e sempre cooperou com Ele Não houve maior ódio nem nenhuma outra criatura humana foi combatida tão furiosamente pelo demónio como 0

foi Maria durante a vida terrena ; mas ela nunca cedeu em

nada . Maria disse sempre u m «não» seco nada. sec o e total ao demónio e u m «sim» decidido e pleno d e amor a Deus . O cume dos ataques do demónio manifestou-se aos pés d a Cruz quando 0 seu Filho foi deposto d a Cruz, e nas horas seguintes à sepul tura. Maria ofereceu, por amor de Deus e d a humanidade, sofrimentos tão intensos que nenhuma outra cri criatu atura ra hu huma mana na poderá alguma vez experimentar. Durante toda a sua vi da , amando Deus acima d e tudo e conformando-se momento a momento, à sua vontade , Maria elevou-se cada vez mais na sua santidade inicial , j á superior à d e todos o s Anjos e Santos

de todos os tempos , crescendo d e tal maneira n a sua comu nhão de amor com Deus q u e , quando foi assumpta e m al alma ma e corpo ao Paraíso , chegou ao vérti érticce d a união com El Elee , como nenhuma outra criatura humana poderá , algum dia, igualar.

Todavia , embora nunca ninguém possa igualar Maria em santidade , é imitável nas atitudes ev evangélicas. Na sua biogra fia, Santa Teresa d o Menino Jesus exortava o s pregadores e teólogos a falarem d a santidade sublime e das virtudes de Maria, sem desencorajar aqueles que querem imitá-la. Parece que J o ão Paulo II , n o seguimento d o Concílio Vaticano I I   tinha feito sua essa exortação d a Santa : «Ela é u m modelo

excelentíssimo d a Igreja, exemplo de perfeição a seguir e

rante as aparições pas ca1s · , parece razoavel , . teve um contacto Pespensar que Mana soal o m ° Filho ressuscitado uscitado,, para também e la gozar a plenitude da alegria pascal. Presente no Calvário , em Sexta-Feira Santa cf. Jo 19 19,,25) 25),, e no Cenácu lo no dia de v· . mu· Pentecostes cf Act 1 14 . . . · , , a irgem Sanuss1ma foi provavelmente tambem te ste nha pnVIleg1ada da R s · · ·pa· es urreiçao de Cristo comp complletando desse modo a sua paruci . . do Mistério pascal.» ção em todos os momentos essenc1a1s 11

 

minh

 

experiência mariana nos exorcismos e

nos outros momentos ...

excelentíssi íssimo mo m d ·rnitar. De facto Maria é um excelent

o e1o porqu ua perfeição supera a e todos os outros me b ª s . _ m ros da Igreja Significauvamente o Conc1ho acrescenta que 1   · , .d d e a rea 1iza essa . e. Sem se esquecer qu C . _ função na fe e na can a, .e. e nsto e o pn pn-. rneiro modelo o Conc1ho sugere desse modo que h d. . , . d a 1spos1intenor enores es pr prop opna nass o modelo realizado em M . ções int . _ . ana que d

udam o cnstao a estabelecer uma realização autêntica com ajristo . C · De facto ao olhar para Maria o crente aprend e a viver a sua comunhão _com . Cristo de maneira mais profunda a

aderir a Ele com fe viva a voltar a pôr nele a sua confiança e a sua esperança , amando-o com a totalidade do seu ser» 106_ Nossa Senhora é para cada cristão , modelo perfeito de fé mas também quer tornar-nos participantes da que foi a sua fé

durante a sua existência terrena . Ao descrever os maravilhosos efeitos da consagração à Virgem Maria , São Luís Maria Grig nion de Montfort também indica a participação na fé de Maria . Escreve : «A Virgem Santa far-t e-á participante da sua fé : uma fé que venceu , aqui na terra terra,, a fé dos patriarcas dos profetas , dos

apóstolos e dos santos santos.. Agora , que reina no Céu Maria já não possui essa fé , porque vê claramente todas as coisas em Deus Contudo,, por beneplácito do Altíssimo com a luz da glória . Contudo ela não a perdeu quando entrou na glória : manteve-a para con servá-la na Igreja militante militante,, a favor dos seus mais fiéis servos e

servas . Por isso , quanto mais benevolência receberes desta au gusta Princesa e Virgem fiel mais a tua conduta de vida é ins

«Este texto [de São Luís] parece ter inspirado algumas afirmações de João Paulo II sobre a fé de aria que embora não permaneça formalmente no Céu , é porém comunicada aos fiéis : A peregrinação da fé da Bem -aventurada Virgem Maria representa um constante ponto de pirada somente pela fé»

101 .

106

JoAo PAULO II Audiência geral 6 de agosto de 1997 1997·· . Ii Scritti spiritu.ah  Roma ' . E . . rattato del a vera devozione a Maria, n . 120 , m 0 pere  1, dizioni Monfonane , 1990, p. 492 . 1 1

111

 

A Virgem Maria e o

iabo nos exorcismos

referência da Igreja, para cada indivíduo e para as comunida des, para os povos e as nações e, e m certo sentido, para a hu manidadee int manidad inteir eiraa Redemptoris Mater 6). Tendo por base O tes-

temunho histórico da Igreja, a fé de Maria torna-se, de algum modo, incessantemente a fé do povo de Deus a caminho: caminho: das pessoas e das comunidades, dos ambientes e das assembleias e, por fim, dos vários vários grup g rupos os existentes na Ig Igre reja ja» »

8•

Exemplos extraídos dos exorcismos Sabemos que a fé de Maria Maria não pôde dei deixar xar d e traduzir traduzir-se -se,, desde o primeiro instante da Encarnação, Encarnação, e m adoração do Verbo, presente n o seu ventre imaculado imacu lado e em impulsos de incomensurável comensu rável amor amo r. Eis como o Maligno , na solenidade da Anunciação de 2009, com profunda náusea, náusea , se exprimiu acerca da fé e do amor de Maria por Jesus Jesus,, nos nove meses em que ela o trouxe no ventre: ventre : «Quando aquele o arcanjo Gabriel) chegou chegou,, não duvidou,, não duvidou duvidou duv idou.. Acreditou , acreditou acreditou,, e che c hego gou u aquel aquelaa alma tão branca a alma que o Pai dava a Jesus, juntamente com o corpo e a Segunda Pessoa divina)   Ela conhecia as Escrituras, Escrituras, sabia quem tinha n o ventre e guardava-o. guardava-o . Estava sempre em silêncio , com os olhos baixos, sorrindo levemente silêncio, levemente,, mas bela . Exultava no espírito. espírito . O seu Senhor tinha-a escolhido. escolhido. Era esplêndida era esplêndida como é esplêndida agora agora.. O seu Senhor desceu. desceu . Ela que o ama tanto. Ela que o ama tanto. A

partir deste ponto, com ainda maior repugnância, fala na primeira pessoa.) Como hei d e diz dizer er a José? Ele Deus) pe pens nsaa ni niss sso. o. Ele Deus) pensará nisso. nisso . Compreenderá. Tenho n o seio o Salvador d o mundo. Imaginai. Não podei podeiss imaginar imaginar que graça, que

graça, que graça, que alegria e que amor, que amor eu sentia, 108

Ibidem, p. 492   nota 3.

112

 

A minha experiência mariana nos exorcismos e no

s outros momentos ...

urn arnor que superava tudo, todo

meu m d ( O pelo que José e oderia pensar, quan do se encontrasse diante do . t , . P mis eno daquela am or profundo, um amor amor que se p0 d gravidez , um amor 1 de e papar tão forte que e.» O

Na Sexta Sexta-Feir -Feiraa Santa de 2009 durante um exor · ' cismo repentinamente,, o demónio gritou com grande raiva estas ~alapentinamente vras : «Quando Aquele disse: "Mulher, eis O teu filho " e ao

outro : "Eis a tua mã mãee ", como o disse E de que modo O disse Teria enchido o coração do mais bastardo deste mundo. Disse-o (o demónio batia os dentes, como se tivesse frio com um amor indescritível indescritível;; saiu uma luz dos seus olhos, e amor. "Eis, este é o teu filho ." E Ela ficou com o coração cheio de alegria. Porqu e te alegras? O teu filho está na Cruz, está a morrer, por que estás alegre? Porquê? Se ao menos ela tivesse , tivesse du vi dado uma \'ez Dizia com maior raiva ainda. Nunca duvi douu , nunca ofreu pelos sofri mentos do Filho, mas nunca do duvidou   Se vós tiv ésseis ao menos uma migalha daquela fé » No dia 15 d e setembro de 2006, memória litúrgica de Maria Dolorosa olorosa,, porque o demónio invetivava grandemente a Virgem Maria , ordenei-lhe que tecesse os louvores da Virgem Maria . Depo is de ter recusado, com desdém , obedecer à

minha ordem várias vezes repetida, disse com grande repug nância: «Santa e Imaculada, como o mais puro dos metais metais,, mancha ha sem a mínim mínimaa sombra de dúvida dúvida,, nem sequer sem manc quando o via flagelado , pregado. Nunca duvidou das suas palavras. Ela sempre soube que Ele tinha dito a verdade e que tudo servia para cumprir as Escrituras, que ela conhecia tão bem e que ensinava e que seguia e por cujo cumprimento tanto tinha orado desde o nascimento.»

113

 

  Virgem

§ 1o

aria e o Diabo nos exorcismos

A Paixão de

Maria unida à

Paixão

do Filho

atequese

Já vimos que a Virgem Dolorosa não foi - como o resto dos homens - su subt btra raíd ídaa à Redenção, mas beneficiou dela «do modo mais sublime»; com a aplicação preventiva dos seus frutos na Imaculada Conceição, tornou-se partici partic ipante de maneira especial da Paixão do Filho redentor. redentor. «Aos insolentes insultos dirigidos ao Messias crucificado , ela, partilhando as íntimas disposições dele, dele , opõ opõee a indulgência indulgênc ia e o perdão perdão,, associando -se à súplica ao Pai : Perdoai-lhes ciandoPerdoai-lhes,, porque não sabem 0 que fazem   (Lc 23 23,,34)» 109 . «Aos pés da cruz, cruz , a Mãe sofreu profundamente com o seu Filho único e associou-se com ânimo materno ao sacrifício dele, dele , assentindo amorosamente na imolação da vítima por ela gerada  gerada   (LG 58) . Com estas palavras,, o Concílio recordapalavras recorda -nos a c ompaixão de Maria   , em cujo coração se repercute tudo aquilo que Jesus padece na alma e no corpo corpo,, sublinhando a vontade de participar no sacrifício redentor e de unir o seu sofrimento materno à oferta sacerdotal do Filho Filho.. N o texto conciliar também se põe em evi dência que o consentimento de dela , dado à imola imolaçção de Jesus não constitui uma aceitação passiva, passiva , ma mass um autêntico ato de amor,, com o qual ela amor ela ofere oferece ce o seu Fil Filho ho como vít vítima ima   de expiação pelos pecados da humanidade inteira» inteira » 110 • Sofrendo e quase morrendo com o Filho, Filho , que sofria e morria, morria , com ra zão se pode di zer que Maria «redim «redimiiu o género humano junta junta mente com Jesus Cristo» 111 .

É ao martírio comum de Jesus e da Virgem Dolorosa que devemos a salvação, e todos os os bens bens.. Por isso, ela, de d epois de 1 9

110 11 1

J ·0

p

II , udiên  a ge ral  2 de abril de 19 199 97, cit ação de Lumen gent u m 58 . ] O O P  ULO II , udi ência ge geral abril de 19 9 7 ral 2 de abril J\ULO

ent o XV Ca na apos tólica Inter

·

soda  cia 2 2 de de març o de

19 18)  

114

 

 

ninha experiência mariana nos exorcismos

e

nos outros

momentos

esus rede redentor ntor,, te tem m dir direit eito o ao reconh reconhecim ecim d J ento e toda a hu ~midade que, com razao, a proclama bem

. _ -aventurada -avent urada M anifestamos a nossa graudao sobretudo na ofe rta cnsta . _ ao· seu Coração Imac Imacu u1ad o de tod todos os os nossos sofrim r . _. entos e 1adigas por amor de Deus e do prox1mo .

Exemplos extraídos dos exorcismos Ainda na Sexta-Feira ~ant~ de 2009, o demónio , como que irresistível , continuou continuou:: obrigado por uma força irresistível, «Ela esteve todo o tempo lá, com as lágrimas que desciam

sem parança e com os olhos postos no rosto do Filho para re pequenino,, cada pequenino, pequenino , cada pequenino sofri ceber cada pequenino mento . Ela vivia a sua Pai xão dentro do seu Coração. A espada estava a traspassar-lhe traspassar-lh e o Coraçãããooo O sangue saía do Filho e do Coração da M ãe . Esteve todo o tempo lá, dilacerada pela dor , mas belíssima na sua dor. dor. Ahhh Ahhh   Resplendia de dor e de

oração : "Faça-se a tua tu a vontade vontade.. Faça-se a tua vontade ." Nunca olhar. Só quando Ele foi embora foi deposto da cruz) baixou o olhar. é que o mundo foi abalado abalado.. [Naquele momento,] Ela conti nuou firme , não se abalou , sabia o que estava a acontecer: acontecer : sabia que aconteceria que Deus haveria de fazer sentir a sua

dor pelo Filho . Aqueles olhos fixos nos do Filho , fixos, e olha va para Ele , olha olhav va para todas as suas feridas , olhava para 0 sangue que descia da cabeça e quereria limpar aquele roStü ,

acariciar aqueles cabelos, beijar as feridas , aquele nariz que dizia : "O que te fizeram, meu te brado , aquela face inchada, e dizia: souro? A ti que amas todos? Pai, faça-se a tua vontade , ª tua vontade , Pai; mas dá dá--me força, Pa Paii , dá-me força . Pai Pai , os curaram , abençoa  pregos Aquelas mãos belíssimas rezaram, curaram, ram ra m , Pai, aquelas mãos santas Pobres mãos E os bra~os ·. Vê, Paii , que dor Ele que é o teu Filho, Fiiiilho. Pa Fiiiilho .• Pai, seJa feita _  pes tua vontade Aqueles pés que caminharam tanto, aquel es pe que caminharam tanto, que caminharam tanto, como eram 11 5

 

A Virgem

aria e o Diabo nos exorcismos

belos quando Ele era pequenino Qua Quanta ntass ve veze zess os beijei , quantas vezes os beijei beijei,, deixa-me beijá~los_ beijá~los_outra vez, cheios de sangue, Pai Diz-lhe que estou aqui, diz-lhe que o amo, que compreend compreendo, o, que estou com Ele, sofro com Ele " Neste ponto, demónio urrou tremendamente disse:) Vai-te embora, vai, não m e queimes » N a Sexta-Feira Santa de 2006, três anos antes, enquanto eu exercia o meu ministério, ministério , lendo no Evangelho de João as palavras que Jesus, Jesus , na cruz, cruz , dirigiu a Maria : «Mulher «Mulher,, eis o teu filho» filh o» e a João: «Eis a tua mãe» , o demónio , sempre com cólera e furor, furor , disse : «Num instante, instante , ela amou todos os seus filhos por todas as gerações e disse o seu segundo "sim" . sim m " ao seu Filho na Depois do "sim " dito ao Anjo , disse o seu "si cruz,, porque vos tornastes seus filhos .» Prossegui cruz Prossegui a leitu leitura ra das palavras do Evangelho Evangelho:: «E , desde aquela hora , o discípulo

demónio , com uma repugnância tre acolheu-a como sua .» E o demónio, menda que manifestava na voz e nas atitudes, atitudes , acrescentou acrescentou:: «As almas recebem a Mãe de Deus no seu coração. O vosso corpo e o vosso espírito são a casa do Senhor e nela deveis recebê -lo . Todos os filhos de Deus de veriam receber Maria dentro de si e o que ela vos ensinou com a sua vida. vida . Vós tendes um grande meio , que é Maria , usai -o mais Orai a ela , orai ainda mais a ela , fazei-la vossa , ela caminha sempre ao vosso lado » demónio,, enquanto eu o exorci Diante destas palavras do demónio zava , sabendo que a Sexta -Feira Santa era um dia especial de graça,, recordei graça recordei--lhe o sacrifício de Jesus na cruz por nosso amor,, as suas chagas , o seu coração, amor coração , as suas dores, dores , as suas hu  milhações , a sua oferta ao Pai , juntamente com as lágrimas e as dores de Maria, ao pé da cruz cruz,, e a sua oferta juntamente com °Filho ao Pa E, enquanto eu dizia Paii , por nosso amor. E, st todas e as coisas , o demó demónio nio -con conti tinuo nuou u ' afirmando afirmando:: «Tamestávam 1 bém nós aoss pe pess da cru cruzz insti instigámos gámos algun os a 1, ao algunss contra Ele ' incitá vamo- 1os a contestá-lo, a' gritar contra contra E1e, a 116

 

. h experiênci m ri n nos exorcismos

mtn

e nos

outros m

omentos

fiá-lo tentávamos outros, insinuand ' o nas su as mentes , vidas de que Ele não era verdadeir du amente O M . lguns estavam lá para ver algum milagre e ess1as . A . convencer-se d e Ele era o Messias: que estúpidos Fizem e qu ., _ . os com que muitas pessoas, que Jª nao acreditavam, fugissem d lá · . • e , tiveram d medo quan o o VIram morrer e, aqueles poucos · que 1caram d convenceram-se quan o Ele morreu de que não era d d . . , ver a eideSa

ramente n1ngue~, porque se morreu, _já não havia nada a fazer. Quando tiraram o corpo da .cruz, tentámos também João , dissemos na sua mente : "Olha "Olha que fim teve O vosso

Messias Olha que fim teve o teu Messias ." Também tentámos

a tua M ãe . Ela tinha o coração dilacerado , mas ao mesmo tempo havia nela uma grande paz e perdoava a todos, amava e sofria : o seu perdão era total , o seu amor era total , a sua oferta era tota total. l. E isto venceeeuuu venceeeuuu-nos -nos Insidiámos a sua fé inutilmente , ela continuou a orar, orar, ela era a única que conti nuava a conservar a fé na Ressurreição; Ressurreição ; o seu coração já o sabia e, na aurora do dia a seguir ao sábado sábado,, Ele apresentou-se em primeiro lugar a ela . Não sabemos o que disseram um ao outro, só vimos que naquele encontro circulava uma grande paz e um infinito amor, amor, mas não podíamos ouvir as palavras , a sua conversa de amor estava fora do nosso alcance . Depois , vimos a Madalena que ia ao sepulcro. sepulcro .» Uma vez, o demónio exprimiu-se assim acerca do sacrifí cio de Cristo e de Maria no Calvário, Calvário , que é representado em cada Santa Missa que é celebrada celebrada:: «Aquele Nazareno deixou   se pregar e sacrificar para que do seu corpo -superabundasse

Sangue que cobre o altar alta r e, com isso , os vossos pecados. Ela Nossa Senhora) sacri sacrificafica-se se junta ju ntamen mente te com O seu Filho e O

acolhe no seu seio aqueles que foram purificados com seu sangue. Ela está sempre lá ; quem olha para ela , olha para Ele

e quem olha para Ele, olha para ela. ela .» 117

 

  Vir Virgem gem Mar Maria ia eo Dia Diabo bo nos exorci exorcismos smos A humi humildad ldade e de

aria ari a

Catequese

Na linguagem bíblica, humilde é quem reconhece que

deve tudo a Deus e espera tudo dele. Humilde é quem se põe numa atitude de total dependência de Deus, confia só nele e não tem outro dese desejo jo nem encontra outro motivo de alegria

qu e não seja que seja pro p rocur curar ar incess inc essant anteme emente nte Deus D eus e fa faze zerr a sua von tade,, abraçada com amor e completa tade compl eta disponib disponibilidade. ilidade. Desde as fibras mais profundas d o seu ser, o humilde deseja e aspira ser totalmente de d e Deus. A humildade coincide com a pobreza em espírito de que Jesus fala nas bem-aventuranças : «Felizes os pobres e m espírito , porque deles é o Reino d o Céu» M t 5 ,3) . É a pobreza, pobreza , não tanto como condição social, mas como atitude interior de abando aba ndono no confiante à omnipot omnipotência ência de Deus e abertura incondicional incondicional aos seus projetos divinos. divinos . Maria viveu a humildade tão intensamente como nenhuma outra criatura no mundo . Ela estava pronta ao mínimo mínim o aceno da vontade de Deus, que acolheu e m toda a sua vida com o seu «sim» contí nuo e sem reservas , professando-se a serva do enhor   «Eis a serva do enhor   faça-se em mim segundo a tua palavra» Lc 1,38) . Foi isto que lhe permitiu cantar com absoluta verdade e liberdade d o coração coração:: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra e m Deus Deus,, meu Salvador Salvador.. Porque pôs os olhos n a humildade da sua serva. De hoje e m diante, m e bem-aventurada rada toda s as gerações» (Lc 1,46-48). chamarão bem-aventu Maria, humilde serva d o Senhor, consagrou-se totalmente ao serviço de Deus e à obra d o Filho, pela salvação dos ho mens.. Segundo o ensino dos Evangelhos, servir é reinar. No mens co~entário do lecionário mariano d a Igreja, n a Santa Missa votiva «Maria Virgem serva d o Senhor» lemos: «Maria, hu hu  mild~ ~erva, é elevada à dignidade real real:: já que serviu Cristo  Cristo  (Prefacio), Deus Pai honrou-a muito e, porque aderiu plena118

 

. ha experiência mariana nos exorcismos e

ntn

me nte

nos outros m omentos ...

à sua vontade, o próprio Deus exaltou

-a como " · h

riosa ao lado do trono do (seu) Filho" (Pref;' . ) . ram a l g . . acio . Nisto está de Mana, como proclama O _ bem-aventurança _ versicu 1o alelull.ático: "Es bem-aventurada, ó Virgem Maria , que te chalu , maste serva do Senhor; agora, exaltada acima dos co • _ • ros angelicos, toda a IgreJa te sauda, rainha do céu"» 112. L

Nunca nenhuma criatura humana igualou a humildade de Maria. Satanás, em vez de reconhecer que é criatura, aspirou a ser adorado como se fosse Deus e, recusando a verdade conhecida sobre Deus, Deus , não quer reconhecê-lo como fonte da vida e o seu bem supremo. Cego pela sua grandeza, recusou Deus, pensando que podia diminuí-lo e propondo-se como alternativa a Ele , à frente das outras criaturas angélicas e hu manas. Assim Assim,, enquanto Maria se afirmou humildemente «serva do Senhor », Satanás, pelo contr?rio, exaltou-se , procla mando-se deus e refilando com a sua atitude em relação ao verdadeiro Deus Deus:: «Não o servirei servire i.» Como já referi anterior mente , pare ce-me que nesta atitude estão incluídas a recusa Encarnação da Encarna ção do Filho de Deus e a predestinação de Maria a ser Mãe do Filho de Deus e Rainha dos anjos e dos homens.

Portanto , enquanto Maria pode ser considerada, com razão , rainha da humildade; Satanás é, é, pelo contrário e por excelência , o rei da soberba soberba.. Exemplos extraídos dos exorcismos Um dia, gritando , o demónio disse: «Sabes como é que ela me combate? Com a humildade Ela sente-se ainda a última,

embora seja a primeira Ela sente-se a mais inútil, embora seja

ª única útil , a única necessária a todos vós, imundos seres hu hu

manos Vós sois a abjeção e ela sente-se maior · ab.~eçao - que 12

C

ON FERENZA EPISCOPALE I TALIANA

·

Messe della Bea eata ta vergme lT

Maria p

' .

.

119

 

  Virgem

aria e O Diabo nos exorcismos

vós Odeio a humildade e odeio todos aqueles que o são, a começar por ela A sua humildade humilha-me mais do que 0 poder dele [de

eus] .»

Outras vezes disse: «A alma daquela resplende d a sua humildade. Se fôsseis humildes, também d e vós emanaria luz e todos vê vê-la-iam -la-iam;; por isso , de devo vo convencer-vos a que sejais soberbos, de modo que todos vejam o negro do Inferno, Inferno , e m vez d a luz d o Paraíso. » «Sempre que ela vos convence a renunciar à soberba soberba,, vence uma batalha .» «N unca ninguém como el elaa , nunca , nunca, nunca, teve a atitude interior e p rofunda de humildade a o seu Deus. Nunca ninguém.. A quem q u iser segui-la, ninguém segui-la , basta isto. isto . »

«Nem por u m instant e , ela deixou d e ser tão estupida mente humilde. Não a suporto d e modo nenhum Não a suporto de modo nenhum » «Mesmo agora que foi coroada , que é Rainha e tem à sua volta anjos, anjos , arcanj o s , serafins serafins,, continua a ser a mais humilde de todas.»

§ 1 2 - Os pecados dos homens e a reparação a o Coração d e Cristo e ao Coração Imaculado d e Maria

atequese Ao longo da história da Igreja , Nosso Senhor Jesus CriStü ,

ao mani·rest estar-se ar-se a diversas almas místicas, prediletas, pediu frequentemente reparação e consolação pelo que sofre, atual ment~, _ o r causa dos pecados dos homens. O Homem-Deus, Homem-Deus ,

na glona, pode pod e ainda ain da sofrer? sofrer? Como Deus certamente que não . Como Homem-D ' · da eus, os santos e os místicos veem-no am f so rer pelos pe d d o ca os os homens, ouvem-no pedir reparaça 120

 

nh experiênci m ri n

 

t

nos exorcismo

s e nos outros mom

entos ...

onsolação. Sobretudo, com a revelação d e . . o cu 1to do s d coração, mediante as visões (reconhecidas 1 a_gra o pe ª IgreJa) d d M . Al Santa Margan a ana acoque , est estaa real realid id d . e presencial de . , . das a1mas parece fora de da , e .d Cristo na histona . uvi a. Mas em inte in terp rpre reta tarr es este tess so sofr frim imen entt , N que sentido devemos . d h . . os. o sentido em que ain a OJe continua a sofrer Aind h . . · ª OJe Cnsto continua a sofrer mistenosamente no seu Corpo M . . . . 1st1co , que é a IgreJa ; e, neste sofnmento de hoJe, pode_ actualmente _ ser consolado. São Paulo converteu-se ao compreender os sofrimentos de

Cristo , que continuam na Igreja e no mundo. Enquanto ele se

dirigia para Damasco Damasco , para prender os cristãos daquela ci dade , por vo lta do meio-dia , repentiname nte uma grande luz vi nda do céu refulgiu sobre ele. Caiu por terra e ou viu uma

voz dize r-lh e: «Saulo Saulo porque me persegues?» E Saulo res

pondeu : «Qu em és tu Senhor?» Aquela voz disse-lhe : «Eu sou su s que

tu pers egues.» A perseguição de Saulo não tinha por

objeto di dirreto o própri próprio o Jesus, mas os seus discípulos discípulos;; con tudo,Jesus censura-o censura-o:: «Porque me persegues?» Fala como al guém qu e está a sofrer nos seus. Cristo Crist o co con ntinua a sua Paixão nas perse guições qu e, ainda hoje, na pessoa dos seus disc ípu pu los , quando a sua Igreja é perseguida, quando é vi lipendiada a

pessoa do Pap a e dos legítimos Pastores Pastores.. Cristo continua a sua Paixão naquele s qu quee sofrem .por ca causa usa da sua fé e do seu tes

temunho acerca de dell e. Cristo sofre nos membros chagados do seu corpo, que é a Ig reja. E, co como mo Maria é inseparável de Cristo , também ela sofre juntamente com Ele. . Cristo e Maria sofrem especialmente pelos pecados e as 1  fi
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