A Técnica Da Embocadura. - P. Bernold Tradução

January 9, 2019 | Author: cesarr | Category: Flute, Sound, Piano, Johann Sebastian Bach, Ludwig Van Beethoven
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Philippe Bernold A técnica da embocadura 218 exercícios para controlar as dificuldades ligados a embocadura da flauta transversal para adquirir uma bela sonoridade

Tradução: Alexandre Sousa 

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A técnica da embocadura  Prefácio 

O Trabalho cotidiano do flautista é muitas vezes desequilibrado: a importância que ele atribui ao trabalho de digitação e dos golpes de línguas (geralmente chamado “trabalho técnico”) é desproporcional ao tempo e atenção que ele dedica à elaboração da sonoridade considerada essencial, sobre tudo, aos seus olhos. Também é verdade que o número de métodos publicados, precisamente sobre este assunto é bastante limitado, isso pode explicar em parte este fenômeno. Claro, os professores sempre dão conselhos e recomendações; mais uma codificação sistemática real do que eu chamaria a técnica da embocadura ainda parece faltar. É essa lacuna que esta obra quer tentar preencher, propondo ao estudante um manual, inspirado pelas seguintes considerações, que ele não deverá nunca perde de vista. 1° O trabalho da técnica da embocadura não deve ser deixado ao acaso, à inspiração do momento, a uma mais ou menos familiaridade com o instrumento. 2° Esse trabalho requer muita dedicação assim como aos exercícios de escalas e Arpejos. 3° Esse trabalho deve ser variado e abordado racionalmente todas as dificuldades que lhe são próprias. 4° O trabalho da técnica da embocadura não deve ser abstrato: ao contrario, qualquer que seja sua forma, um exercício é antes de tudo uma peça musical. 5° O trabalho da técnica da embocadura deve ser cotidiano e progressivo. 6° Este trabalho antes de tudo é um trabalho de reflexão, de controle de si, exige por conseguinte uma aplicação inteligente, vivente e nunca automático. 7° Esse trabalho contribui, em primeiro lugar, formar a exigência auditiva que retrata o verdadeiro músico. Os pontos essenciais dos exercícios são os seguintes: A - As vocalizes (trabalho da homogeneização do timbre e das dinâmicas nos três registos). * Abertura da garganta * Apoio (condução) de uma frase musical * Controle das dinâmicas B - Os intervalos (trabalho do maxilar inferior). * Passagem de um registro à outra avançando o queixo 2

C - Os “sons filés (no inicio e no fim das notas - dinâmica pianíssimo). * Maior dificuldade da embocadura D - O ataque das notas. * Modo de ataque das notas conforme o registro da dinâmica É difícil de dizer qual dois últimos capítulos é o mais difícil: Cada um começará por aquele que lhe é menos difícil.

Organização do trabalho  - Cada um dos quatro capítulos que compõe o livro, você trabalha um exercício diferente cada dia.  - O conjunto dos exercícios propostos pode ser dividido em dois grupos. 1° Trabalho de homogeneização do timbre (as vocalizes) e trabalho do maxilar inferior (os intervalos). 2° O inicio e o fim das notas (sons filés) e o ataque das notas. Entre os dois grupos, nós podemos incluir um trabalho convencional de escalas: de fato, os exercícios do grupo 2 são mais difíceis que os do grupo 1 e podem ser abordados depois de meia hora de trabalho.

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Índice Introdução: A respeita da respiração e do Vibrato CAPÍTULO I : As vocalizes CAPÍTULO II: Os intervalos CAPÍTULO III: Os "sons filés"

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Registro médio e registro grave Registro médio e registro agudo "Sons filés": trabalho aprofundado de cada nota "Sons filés" em duas notas ligadas "Sons filés" em duas oitavas separada Dois "Sons filés" em duas notas ligadas "Sons filés" em oitavas ligadas Diminuendo em um arpejo ascendente

CAPÍTULO IV : Modo de ataque de uma nota

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Exercícios preparatórios: Sons soprados e som em bolhas Mudança (súbita) de dinâmica entra duas notas Notas peroladas em diferentes ritmos Trechos de obras

Referências bibliográficas

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SOBRE A RESPIRAÇÃO E O VIBRATO Uma boa inspiração de ar é essencial  para conseguir dominar a técnica de som instrumental e mais particularmente as dificuldades ligadas a embocadura. Empurrando o ar para baixo dos pulmões, o flautista pode regular  o fluxo (pressão e quantidade), porque ar deve ser colocado sobre a membrana muscular chamada diafragma, que poderá dessa maneira funcionar eficazmente. “O domínio do sopro é a condição absoluta para praticar os exercícios propostos”.

****** O vibrato é uma manifestação natural da emoção que experimentamos quando se tocamos uma frase musical. Para que um vibrato seja satisfatório, o ouvinte não deve perceber: sua presença, no entanto o vibrato faz cada nota soar mais interessante. Ao contrário do vibrato no violino, o vibrato da flauta - como o da voz - é uma variação de intensidade do som (no violino acontece uma variação da altura da nota). O flautista adquire seu vibrato, eu estou convencido, por mímica (observe quantos alunos tem frequentemente o mesmo vibrato do seu professor…). Para mudar de um vibrato muito rápido, não suprima-o voluntariamente pensando que acabará bem, por parece melhor. Muitas vezes, se o vibrato é muito presente (audível), o som é muito timbrado: há uma estreita ligação entre o timbre e o vibrato. É necessário então descobrir levemente a embocadura, e tocar com uma pressão de ar mais fraca. Afim de “destimbrar” levemente o som para que o vibrato não seja irritante, nos dois caso, ele será menos claro. Em todos os casos é preciso tocar os movimentos lentos (do repertório para flauta ou de outro instrumento) assegurando sempre ter um vibrato igual sobre todas as notas tocadas sem muito timbre. Eu recomendo esse trabalho de controle do som em primeiro lugar: é a melhor forma de começar uma seção de trabalho.

Observação importante Para tocar os exercícios dos dois primeiros capítulos dedicado aos vocalizes e aos intervalos, você pode introduzir um leve vibrato, do qual deve, contudo abster-se nos últimos capítulos dedicados aos fim de frases e aos ataques.

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Capitulo I 6

As vocalizes Trabalho de Homogeneização do Timbre e das Dinâmica nos Três Registros

São os exercícios simples e naturais, formados de intervalos muito pequenos, que permitem o flautista de começar bem seu trabalho cotidiano. Eu me esforcei para escrever as frases musicais: não a perca de nunca vista (não são exercícios abstratos) Preste bastante atenção sobre os pontos seguintes:  * Toque o exercício em uma dinâmica forte: som muito largo. * Não esqueça que as notas altas devem soar mais forte que as notas graves: ir no sentido das dinâmicas naturais, a fim de evitar toda tensão. * Mantenha a garganta bem aberta, qualquer que seja a registro, coloque mais ar e descubra a embocadura nas notas agudas se eles lhe parecem mais difíceis. * Pense na sua respiração: é ela que gera a frase (quantidade de ar, energia, tempo) e permite que você a conduza.  * Atenção à afinação: as ultimas notas ( Dó ) são frequentemente baixas demais.  * Ir de uma nota a outra forçando ligeiramente o diafragma: Apoiando  * Não toque as vocalizes lento demais, você perderá o interesse musical.

Aqui estão as 25 vocalizes por ordem de dificuldade: escolha cada dia um exercício diferente a fim de evitar toda monotonia.

Vocalize n° 1. - Certifique-se de ter um som bem largo e aberto. 7

Vocalize n° 2. - Certifique-se de ter um som bem largo e aberto. Vocalize n° 3 - Apoie particularmente o primeiro compasso: os intervalos que compõe o começo das vocalizes são maiores que terças. Vocalize n° 4 Vocalize n° 5 Vocalize n° 6 Vocalize n° 7 Vocalize n° 8 - Certifique-se da modulação no segundo compasso; faça uma dinâmica para destaca-la. Vocalize n° 9 - Vocalize com modulação: mesma recomendação feita para o vocalize 8. Vocalize n° 10 - (Inspirado em J. Andersen: estudo op 15 n.1) Atenção a respiração e ao fraseado: muito flexível, mais apoiado. Vocalize n° 11 - (Baseado em J.S. Bach : Décimo quarto preludio do “Cravo bem temperado” primeiro caderno). Pense na respiração. Vocalize n° 12 - Atenção a qualidade sonora das notas agudas de cada grupo de sem-colcheias. Vocalize n° 13 - Atenção no intervalo de sétima no terceiro compasso. Vocalize n° 14 (Baseado em J. Brahms: primeira sinfonia op. 68, primeiro movimento) Vocalize n° 17 - Busque a flexibilidade, Apoie bem os grandes intervalos. Ataque o exercício na dinâmica forte. Vocalize n° 18 - (Baseado em J.S. Bach quarto concerto Brandebourgeois: primeiro movimento) Atenção: respire muito bem. Vocalize n° 19 - Muito ligado, apoiado e flexível. Vocalize n° 20 - Intervalos de quintas (não muito lento) Vocalize n° 21 - Intervalos de sextas (não muito lento) Vocalize n° 24 - (Trecho do terceiro movimento da terceira sinfonia de Beethoven) Consulte também a lista das obras de referencias pág. 83

Capitulo II 8

Os Intervalos

Passagem de um registro a outro Extensão natural dos exercícios anteriores, o trabalho de passagem entre as notas do registro grave e do registro médio, do médio e do agudo, do grave e do agudo, e inversamente. Uma nota do registro médio ou agudo requer uma pressão de ar maior e uma direção a chaminé, que para uma nota do registro grave. Uma comparação engraçada pode eventualmente ilustrar essa teoria. Imaginamos que você deve regar dois canteiros de flores em seu jardim, a ajuda de um maneira conectado a uma torneira e com um botão de uma válvula que lhe permite reduzir a quantidade de água. Os dois canteiros estão dispostos da seguinte maneira: um estar perto de você e outro um pouco mais distante. Para regar o primeiro, é muito simples: esta na sua frente; para pegar o segundo, mais distante, você tem várias soluções: 1° - Abrir sensivelmente a torneira de água: as flores de segundo conteiro serão regadas, mais com uma quantidade de água que pode ser muito importante 2° - A fim de alcançar o canteiro de flores, você pode reduzir o fluxo da água fechando a válvula no início da mangueira. As flores serão regadas, mais sem dúvidas com uma quantidade de água muito fraca. 3° - (A boa solução) Você aumenta levemente a quantidade de água abrindo a torneira e você fecha levemente a válvula no início da torneira. A água alcança normalmente e em quantidade suficiente ao segundo canteiro de flores. Eu esqueci de especificar, esta dica é muito importante, que para alcançar o segundo canteiro de flores, é necessário levantar a maneira. Em resumo, para alcançar o segundo canteiro, três condições são requeridas: 1° - Dar mais água e abrir a torneira. 2° - Fechar levemente a válvula colocada no final da mangueira. 3° - Levantar a mangueira: mudar a direção do fio da água. Você claramente aprendeu a analogia com a flauta. O primeiro canteiro de flores corresponde as notas do registro grave e a segunda as notas do registro agudo. O fio de água corresponde ao fio de ar, a torneira o diafragma, a mangueira a coluna de ar, a válvula da mangueira os lábios e a ação de levantar a mangueira a ação de avançar o queixo. 9

A primeira forma de regar o segundo canteiro corresponde a uma maneira de emitir as notas agudas tocando mais forte, o que dá os sons “ventoso” e desagradável. A segunda forma de regar o segundo canteiro de flores corresponde a uma outra maneira de emitir as notas agudas apertando os lábios sem ação do diafragma (o que dá os sons bastantes acanhados e muito fracos). A terceira forma corresponde à boa maneira de emitir as notas agudas: dar levemente mais ar acionando o diafragma apertando os lábios, sem esquecer de avançar o queixo. No que diz respeito ao movimento do queixo, você pode experimentar, soprar na sua mão adotando a própria posição dos lábios tocando a flauta avançando e recuando o queixo: você constatará que o jato de ar muda em função do posicionamento do maxilar inferior. Aqui está 31 exercícios de intervalos classificados por ordem de dificuldade: escolha cada dia um exercício diferente a fim de evitar toda a monotonia. Exercício n° 1 - Sonoridade ampla, som aberto. Exercício n° 3 - Exercício fundamental: toque o mais apoiado possível. Exercício n° 10 - Trabalhar também de trás para frente. Exercício n° 18 - Repetir os 4 exercícios um oitava acima Exercício n° 20 - Trabalhar de trás para frente a partir do SI  aguda Exercício n° 26 - Faça uma grande respiração (sans respirer  = sem respirar) Exercício n° 30 - (Sarabande trecho da quinta suite para violoncelo solo de J.S. Bach) Trabalhar igualmente: o trechos técnicos extraídos das obras concertantes de A.Vivaldi (tocar muito lento) Em particular os concertos para piccolo (flauta doce) RV 433, 444, 445.

Capitulo III 10

“Sons filés" Início e fim das notas na dinâmica piano Para superar essa dificuldade da embocadura, veja agora alguns exercícios destinados para começar ou finalizar as notas em todos os registros da flauta na dinâmica piano. Eu não enfatizaria jamais o suficiente sobre a paciência que deve ter o estudante flautista para alcançar um bom resultado. É a vez para controlar o diafragma e os músculos em torno da boca que lhe permitirá conseguir. É preciso um determinado tempo para que esses músculos se desenvolvam. Aqui estão os meios que lhe permitirá ter um bom fim de nota (na dinâmica piano)

Primeira condição Reduzir o orifício da boca: isso significa apertar os lábios um sobre o outro (e não esticar mais) e apóie com diafragma a fim de aumentar a pressão do ar. Se fizermos somente diminuir o volume do ar sem aumentar a pressão, a nota soará certamente mais piano, mais sua entonação vai deteriorar: ela será muito baixa. Eu enfatizo também sobre o fato que para reduzir o orifício da boca pressionando os lábios um sobre o outro, é preciso, em primeiro lugar, que cada um consiga (em todos os exercícios anteriores) achar a posição dos lábios que lhe convém, a fim de deixar passar o ar no lugar onde os músculos dos lábios são os mais fortes e mais numerosos, em regra geral, esse lugar se situa no meio. Se não for este o caso, os exercícios seguintes vão-lhe permitir, se você se concentrar nesse ponto específico, corrigir sua posição.

Segunda condição Avançar levemente o queixo de tal modo que a nota fique perfeitamente afinada. A entonação é a principal preocupação que nós devemos ter quando fazemos os sons filés. De fato, quanto mais o sopro sobre bucal é na direção para cima, mais a entonação da nota é alta, mais a margem é bastante reduzida.

Terceira condição  Manter a cabeça erguida afim de não tencionar a garganta. 11

Quarta condição  Concentrar-se para fazer uma inspiração suficiente (prever mais ar, que o contrário). Veja aqui os exercícios destinados a iniciar e a finalizar as notas separados por grupo de registro: eles estão classificados por ordem de dificuldade: 1° - Registro médio e registro grave 2 - Registro médio e registro agudo (não passe para os exercícios seguintes se esse dois capítulos não estiverem assimilados) 3° - "Sons filés": trabalho aprofundado sobre cada nota. 4° - "Sons filés" sobre duas notas ligadas 5° - "Sons filés" sobre duas oitavas détachées. 6° - Dois "Sons filés" sobre duas notas ligadas 7° - "Sons filés" sobre oitavas ligadas. 8° - Diminuindo em um arpejo ascendente.

Registro médio e registro grave Exercício n° 1 - Certifique-se de finalizar a nota sem que ele tenha sons parasitas (sopro em particular), certificando escrupulosamente a precisão e a afinação Exercício n° 2 Exercício n° 3 - Bem relaxada a garganta para passar a oitava.

Registro médio e registro agudo Exercício n° 4 - Não passe do capitulo se os exercícios não lhe parecem bem assimilados. Exercício n° 5 Exercício n° 6 Exercício n° 7 Exercício n° 8 Exercício n° 9 - Não fechar a garganta durante as passagens de oitavas Exercício n° 10 - Trabalhar também inversamente, começando com o LA# (pelo final da frase) Exercício n° 11 Exercício n° 12 12

"Sons filés": trabalho aprofundado sobre cada nota. E recomendado trocar de nota (de exercício) todos os dias. Exercício n° 13 - desenvolver (nota pivô: o MI ) Exercício n° 14 ao n 32 - Trocar de nota pivô. Ver indicação da dinâmica no exercício n 21. Exemplo: Exercício n° 21 desenvolvido (nota pivô: o Do)

"Sons filés" sobre duas notas ligadas. Trocar de exercício cada dia. Exercício n° 33 (note pivô: o Mi) Exercício n° 34 ou n 52 ( Para o numero 36 esta indicado mais embaixo como exemplo.

"Sons filés" sobre duas oitavas separadas. Exercício n° 53 ao n° 56 - Enchâinez=Encadear

Dois "sons filés" sobre duas notas ligadas Exercício n° 57 - (Nota pivô: o Do) Exercício n° 58 à n° 76 (mudança de nota pivô)

Exercício complementar n 77 Dificuldades que encontramos frequentemente nas Óperas de Mozart.

"Sons filés" sobre oitavas ligadas. Exercício n° 78 ao n° 83

Diminuindo sobre um arpejo ascendente (muito difícil) Exercício n° 84 ao n° 88 Exercício n° 88 (Extraído de “Rigoletto”, ópera de G. Verdi) Consulte também a lista das obras de referencia pág. 83 13

Capitulo IV Modos de Ataque de Uma Nota Veja aqui uma outra dificuldade da embocadura, que é frequentemente negligenciada no trabalho cotidiano. De fato, o início de uma nota é mais ou menos difícil, isto depende da sua dinâmica e do seu registro. Atacar um Sol  na dinâmica piano no agudo, ou muito forte no grave, constitui, por exemplo uma real dificuldade. No entanto, nós somos frequentemente confrontados com esses problemas nas obras, mais particularmente no repertório de orquestra. Os exercícios que viram estão classificadas por ordem cruzados de dificuldade: 1° - Exercícios preparatórios fundidos sobre a ação do diafragma e sobre a descontração da embocadura. Sons soprados e sons em bolhas 2° - Mudança (súbita) de dinâmica entre duas notas. 3° - Notas peroladas sobre diferentes ritmos e em diferentes tessituras. 4° - Alguns trechos de obras do repertório onde se apresenta essas dificuldades. A fim de obter os melhores resultados esta aqui alguns conselhos

* A embocadura deve estar relaxada, particularmente nos registros agudos, sobre tudo para emitir os sons piano. Grande resistência novamente nos cantos dos lábios (sem puxar) e flexibilidade no meio da boca: posição um pouco semelhante quando nos mordemos as duas bochechas.

* Posição da língua para atacar essas notas: a posição não é sempre a mesma, ela depende do registro. Para o registro graves, a língua é colocada por trás dos dentes. Para a tessitura media (a partir do mi/fa , mais isso depende de cada um), a língua é colocada entre os dentes e atrás dos lábios. A língua não deve em princípio passar dos lábios exceto para um ataque "brutal" em uma dinâmica forte ou fortíssimo.

I - Exercícios preparatórios: sons soprado (ha-he-hi ho-hu) Exercícios n° 1 ao n° 19 Separa cada nota unicamente pela ação do diafragma; não utilize a língua. Sobre cada nota dê um “golpe do diafragma”, como quando se pronúncia as silaba HA ou HE. Evidentemente, quanto maior for a tessitura, mais o diafragma deve ser apoiado. Os lábios devem ficar sempre relaxados. Para as notas agudas, certifique-se de jamais emitir a oitava inferior no ataque ou no final da nota (sons parasitas). Alterar as notas pivôs todos os dias (ver exemplo a baixo)

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Exercício n° 1 - nota pivô A nota deste exercício é o Mi . Mude todos os dias para torna-lo mais fácil, veja a tabela com todas as notas pivôs. Veja o exemplo que nós desenvolvemos, o n° 4 na página seguinte.

II - Exercícios n° 20 à n° 38: sons em “bolhas" A nota é emitida pronunciando a silaba PE ou PU. Toque as notas imaginando que você faz uma bolha de sabão. Esses exercícios são destinados para guardar uma grande flexibilidade no começo dos lábios. É exercício de descontração: o resultado será satisfatório se você não perder de vista esse princípio. Mude de nota pivô todos os dias.

Exercícios n° 39 a n° 57 - Combinação de dois tipos de exercícios anteriores. O primeiro som é um som em “bolha” e o segundo um som “soprado". Mude a nota pivô todos os dias. Estude novamente os exercícios 1 à 38 separando as notas com a língua, em uma dinâmica piano/mezzo-forte . Coloque a língua atrás dentes para as notas do registro grave (ate Re/Mi  médio) e entre os dentes, justo atrás dos lábios, para as notas mais agudas.

III - Mudança de dinâmica entre duas notas. Exercícios n° 58 Depois de ter emitido uma nota bem redonda na dinâmica forte , diminua para emitir um som piano  mantendo-se relaxado e certificando-se de manter um som agradável puro e sem sons parasitas. Sinta-se livre para inverter a dinâmica. Eu vos recomendo de estudar antes o exercício n 1, página 15 do livro de Marcel Moyse De la Sonirité : art et technique (A Sonoridade: arte e técnica) Exercício n° 59 - Mudar também a dinâmica Exercício n° 59 - Inverta também a dinâmica Exercício n° 60 - Sem respirar

Notas peroladas em diferentes ritmos e em diferentes tessituras Para o conjunto dos exercícios, não se esqueça de manter uma bela sonoridade, muito pura em todos os registros; não toque os exercícios muito rápido. Exercício n° 65 - Não hesite em inventar outros ritmos

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Trechos de obras do repertório É no repertório de orquestra que nós encontramos na maioria das vezes este tipo de dificuldade (especialmente na musica de L. Van Beethoven). Veja alguns trechos para trabalhar conscientemente Trecho n° 1 - Primeira sinfonia de Beethoven, segundo movimento. Procure um détaché muito perolado, não muito forte e muito animado. Trecho n° 2 Trecho n° 3 - Terceira sinfonia de Beethoven, quarto movimento Trecho n° 4 - Variações sobre um tema de Rossini, op. posth. de F. Chopin (flauta e piano) Trecho n° 5 - “Leonore III”, abertura de Beethoven. Para uma trabalho no mesmo espirito adicionaria voluntariamente: - O solo de flauta de primeiro movimento da sétima sinfonia de Beethoven (ver em todos os tons) - O ritmo de Boléro de Ravel em totas as notas da tessitura da flauta.

- A serenata op 25 para flauta, violino e viola de Beethoven.

Obras de referencias 16

Para respiração RICQUIER M. : Traité de pédagogie instrumentale - Billaudot, Paris Para as vocalizes REICHERT A. : Sept exercices journaliers (n° 2, 3, 4, 5) - Leduc, Paris. A travailler très lentement. Bach/Schindler : Quelques études (transcrites) - Leduc ou Breitkopf. MOYSE M. : Etudes et exercices techniques (n° 3/6/10) Leduc, 1921.

Para os intervalos Moyse M. : Etudes et exercices techniques (n° 13) Leduc, Paris.

Para os "sons files” MOYSE M. : De la sonorité : art et technique. (2ème et 3ème exercices p 15 extraits du chapitre : Attaque et liaison des sons) Leduc, Paris. MOYSE M. : 20 exercices et études sur les grandes liaisons…(n° 5 et 14) - Leduc, Paris

Para os modos de ataque de uma nota MOYSE M. : De la sonorité : art et technique. (1er exercice p 15 extraits du chapitre : Attaque et liaison des sons) Leduc, Paris.

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