A Origem e A História Da Meditação

 

A origem e a história da meditação

Durante a elaboração da nossa tese, precisamos estudar um pouco sobre a provável origem histórica da meditação. Hoje, divido com vocês algumas das descobertas que femos a respeito. !o "alamos sobre meditação, # automático recorrermos aos relatos de tradiç$es flosófcas orientais, uma ve que "oram as culturas chinesa e hindu que melhor relataram e descreveram as práticas meditativas durante a história da civiliação.  %ohnson, em seu livro &Do 'amanismo ( )iência. *ma história da meditação, +ditora )ultri, -/0, apresentou amplo levantamento histórico hi stórico sobre o tema, encontrando descriç$es precoces do m#todo, tanto em tetos tao1stas quanto em tetos hindus. 2ecomendo, muito, a leitura desse ótimo livro. 3egundo ele, na antiga )hina, por volta de 4// a.)., a literatura tao1sta, com mestres como 5ao67u e )huang67u, já epunha eerc1cios meditativos, de "orma sistematiada. ! literatura m1stica do norte da 8ndia, entre -9// e -/// a.)., tamb#m já apresentava t#cnicas de meditação.  7  7odavia, odavia, buscar a ascendência da meditação # uma empreitada penosa. :esse intuito, tamb#m se realçou %ohnson, quando revisou os aspectos históricos do tema, situando a presum1vel origem dos primeiros estados alterados de consciência, que "oram provavelmente obtidos por indução espont;nea. !creditava este autor, que a descoberta do "ogo, o eerc1cio da caça, a eperiência seual e o trauma, poderiam ter sido os "atores que primeiramente conduiram ao estado meditativo espont;neo, provocando eperiências naturais de estados alterados de consciência, o que poderia ter acontecido há cerca de oitocentos mil anos. 2e"erindo6se ao estado alterado de consciência como =. ! conjectura sobre o papel do "ogo na origem dos primeiros =. B próprio ato seual poderia ter tido seu papel na gênese de estados alterados de Disse consciência, dando orige (s atuaistamb#m escolaspode t;ntricas meditativas. %ohnsontalve que o atoorigem "1sicom?seual@ ter

 

contribu1do para isso, uma ve que, no abandono do orgasmo, os seres humanos se tornam etáticos, colocando6se temporariamente "ora de si mesmos>= !s doenças graves, e os acidentes traumáticos, do mesmo modo, podem ter levado a mudanças espont;neas no estado e stado de consciência de nossos antepassados. 3egundo %ohnson incapaes de suportar, por mais tempo, a dor ou o perigo percebido, ?os indiv1duos@ escapam para o êtase, ou para uma eperiência ?dita@ "ora do corpo>=. Cais adiante, afrma que para os que sobreviveram, a possibilidade de retornar a estados e stados assim, e at# o desejo de "aê6lo, deve ter sido atraente e provavelmente conduiu ao desenvolvimento de meios meditativos para consegui6lo>=.  %ohnson "oi muito en"ático, quando apresentou apresentou o realce com que que eram tratados os estados que chama de !s culturas aman1sticas dão o mais alto valor v alor a essas eperiências de autotrans"ormação etática. !inda que possam ocorrer em anos ?de idade@ muito tenros, proporcionam ao indiv1duo um contato inesquec1vel com o ?dito@ divino e com o seu poder, iniciando6o, assim, na idade adulta. 3em esse contato, a pessoa era considerada incompleta, incapa de aproveitar as principais "ontes do poder para o bem6estar>=?Fi@ ?A@=>or in"elicidade, por#m, ?hoje@ não levamos ?mais@ as pessoas a essas eperiências, nem por meio da "orma coerciva e inescapável da iniciação, como a que se praticava em +lêusis, nem por meio daquela que se eigia de todos os jovens ?tribais@> >na busca da visão am;nica, onde não alcançar o êtase signifcava rid1culo social>=. ?Fi@ B mesmo autor advertiu que a meditação, em nenhum momento, teria sido