A Origem Do Rito Adonhiramita

November 23, 2018 | Author: kdsh81 | Category: Freemasonry, Masonic Lodge, Religion And Belief
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 A Origem do Rito Adonhiramit Adonhiramita a Fuad Sayar  VERBA VOLANT, SCRIPTAMANENT  Discutir a Origem do Rito, é necessário abordar com muita coragem, e com documentos, uma vez que o tema é extremamente polêmico e para alguns, até tabu. Entretanto, se faz necessário a derradeira elucidação da Origem do Rito. Muito se tem falado, escrito e divulgado sobre a origem do Rito. Há algumas versões, que chegam a ser até cômica. A grande maioria das versões são especulações e o que é pior, sem provas documentais. Infelizmente, essas especulações só vem denegrir o nosso belo Rito. A questão de provas documentais é muito importante exatamente porque a História não admite o eu acho, ou ouvi dizer ou me disseram. ( Raimundo Rodrigues A Filosofia da Maçonaria Simbólica ) Vários estudiosos/pesquisadores Maçons Brasileiros, de renomada credibilidade, tais como José Castellani, José Daniel, Nicola  Aslan, Xico Trolha e outros, já demonstraram cabalmente a verdadeira história da Orig em do Rito. Entretanto são Brasileiros,. . . e como Brasileiros, não tem valor para alguns. Dessa forma, acrescentarei dados documentados, de conceituados estudiosos e pesquisadores alienígena, de assuntos da Maçonaria Universal, prova definitiva e cabal, que o criador do Rito  Adonhiramita, foi Louis Guillerman de Saint - Victor. Dictionnarie des Franc-Maçons et de la Franc-Maçonnerie de MELLOR (Alec)  As Escrituras falam de Adonhiram somente como encarregado das corvéias quando da construção do Templo pelo Rei Salomão, entretanto, em 1744, Louis Travenol publicou sob o nome de Léonard Gabanon o seu Catéchisme de Francs Maçons ou le Secret des Francs Maçons, onde confundia Adonhiram com Hiram H iram Abif. Como Adon , em hebraico hebr aico significa Senhor, essa palavra apareceu como prefixo de honra. Os ritualistas dividiram-se . Para uns,  Adonhiram e Hiram eram a mesmo personagem Outros sustentavam a teoria dualista, mas divergiam quanto aos papéis respectivos de Adonhiram e Hiram na construção do Templo, uns sustentando que Adonhiram não fora senão um subalterno enquanto outros nele viam o verdadeiro herói da lenda do 3º Grau. Foi assim que nasceu uma Franco Maçonaria denominada Adonhiramita, oposta, pelos seus teóricos, à dos hiramitas. Ela nos é conhecida  pelo Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite, publicada em 1781, por Louis Guillemain de Saint Victor, e abrange os quatro primeiros graus. Em seu livro Orthodoxie Maçonnique , Jean Marie Ragon, atribuiu ao Barão de Tschoudy a criação da Franco Maçonaria Adonhiramita. É um erro total. Encyclopaedia of Freemasonry de MACKEY (Albert G. )

 A criação do Rito Adonhiramita, foi atribuída erroneamente por Ragon ao Barão de Tschoudy, criador da Ordem da Estrela Flamejante. A coletânea relativa aos Altos Graus do Rito, foi completada em 1785, cuja hierarquia se apresenta com se segue: 1º Aprendiz; 2º Companheiro; 3º Mestre; 4º Mestre Perfeito; 5º Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove; 6º Segundo Eleito ou Eleito de Perignan; 7º Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze; 8º Pequeno Arquiteto ou Aprendiz Escocês; 9º Grande Arquiteto ou Companheiro Escocês; 10º Mestre Escocês; 11º Cavaleiro da Espada, Cavaleiro do Oriente ou da Águia; 12º Cavaleiro Rosa Cruz . Esta é a lista completa dos Graus Adonhiramita. Thory e Ragon erraram ambos ao darem-lhe um 13º, a saber: o Noaquita ou o Cavaleiro Prussiano. Praticaram esse erro, porque Saint Victor inserira este Grau no fim do seu segundo volume, mas somente como uma curiosidade

maçônica, que tinha sido traduzida do alemão, com ele disse, pelo Senhor de Berage ( Ragon errou duas vezes grifo meu ) Não existe qualquer ligação com a precedente série de Graus, e Saint Victor declarou positivamente que o Rosa Cruz é o nec plus ultra ( 2ª parte pag. 118 ), o ápice e término do seu Rito OBS.- Os grifos em negrito são meus. Esse erro de Ragon, levou os precursores e alguns pseudos estudiosos, da atualidade, a defenderem, como criador o ilustre escritor Maçom Théodore Henry Bar ão de Tschoudy. Contudo, não há uma única literatura de sua autoria, com cita ção a Maçonaria Adonhiramita. A sua obra capital é L Étoile Flamboyante , de 1766. Tschoudy nasceu em 1720 e faleceu em 1769. A coleção Recueil Pr écieux de la Maçonnerie Adonhiramite foi publicado em 1781, isto é, 12 anos após a morte de Tschoudy, e até os dias atuais , ninguém conseguiu provar, com documentos, que ele tenha deixado manuscritos para edições futuras.. Todavia, se os conceitos emitidos por pesquisadores estrangeiros, tamb ém forem contestados, vamos concentrar numa analise do pr óprio livro Recueil Pr écieux de la Maçonnerie  Adonhiramite Na edição, publicada em 1787, traduzida e editada para a lingua portuguêsa, pela ARJS Gilvan Barbosa de Campina Grande PB -, que abrange os quatro primeiros graus, há algumas citações que, não foram ou não quiseram - observadas pelos pesquisadores interessados em manter o status quo sem a devida humildade de reconhecer o erro. Senão vejamos: Na apresentação do Editor Francês da Edição de 1787, do Recueil..... Para Guillemain Saint Victor, Adonhiram n ão parece ser esse preceptor, mas um par ônimo de Hiram, o Mestre Maçom. (pag 86).

O autor faz seus coment ários, apresenta as indica ções do comportamento em Loja, os catecismos e os rituais dos quatros primeiros graus, como parecem ter sido praticados em 1781, tentando relatas apenas verdades, pelo menos, de valor hist órico . Na Advertência do Autor: (Edição de 1787)

Quando mandei imprimir minha Compila ção Preciosa da Maçonaria  Adonhiramita, em 1781, anunciei a hist ória da Ordem. Seis anos de reflex ão  provaram-me que apresentar a origem desta maçonaria seria infinitamente mais interessante. No Catecismo dos Aprendizes. (do Autor da Edi ção de 1787) Esperando que a Hist ória da maçonaria, que vou publicar brevemente, persuada muitos Irmãos,  poucos instruí dos de que esta pergunta dever ser a primeira de seu catecismo.....  A primeira edição do Recueil Precieux....., foi publicado em 1781, e a edição traduzida pela Loja Gilvan Barbosa é a de 1787. Analisando esses dados da Edição de 1787, sem muito esfor ço mental, podemos concluir: 1º - Quem faz a cita ção que Guillemain de Saint Victor é o autor, foi editor Francês. 2º - Que a edi ção de 1787 é uma complementação da edição de 1781, fica claro com a cita ção

do editor.

O autor faz seus coment ários, ... como parecem ter sido praticados em 1781.. 3º - No tópico Advertência do Autor, determinou peremptoriamente que Saint Victor, mandou imprimir em 1781 a primeira edição, e seis anos depois de reflexões, ele mandou imprimir outra edição (1787). Se o Barr ão de Tschoudy, faleceu em 1769, como em 1787 ele poderia ter feito reflex ões e mandar editar outra edição ? 4º - Já no tópico Catecismo dos Aprendizes o autor diz que, vou publicar a Historia da Maçonaria, o que fez em tamb ém em 1787, com o titulo Origine de la Maçonnerie Adonhiramite. Que felizmente, sou um dos poucos a possuir um exemplar original. Como dizia o renomado escritor maçom, Irmão José Castellani: ( A Trolha - n º 107 setembro de 1995 ) : História é pesquisa, é documento e não especulação .

O RITO ADONHIRAMITA  A Maçonaria é Universal, mas não é única. Ela é bela e tem os princípios mais coerentes com a realidade social, econômica, política e religiosa, no final do século XX e alvorecer do século XXI. Também conhecida como Francomaçonaria (nome que tem origem nos mestres de obras das catedrais medievais, conhecidos na Inglaterra como Free-stone mason), é, antes de tudo, uma associação voluntária de homens livres, cuja origem se perde na Idade Média, se se considerar as suas origens Operativas ou de Ofício. Fundada em 24 de junho de 1717, com o advento da Grande Loja de Londres, agrupa mais de onze milhões de membros em todo o mundo. É o mais belo sistema de conduta moral, que pretende fazer com que o Iniciado, única forma de pertencer aos seus quadros, seja capaz de vencer suas paixões, dominar seus vícios, as suas ambições, o ódio, os desejos de vingança, e tudo que oprime a alma do homem, tornando-se exemplo de fraternidade, de igualdade, de liberdade absoluta de pensamento e de tolerância. Em função disso, os objetivos perseguidos pela Maçonaria são: ajudar os homens a reforçarem o seu caráter, melhorar sua bagagem moral e espiritual e aumentar seus horizontes culturais. É uma sociedade fraternal, que admite: todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça religião, ideário político ou posição social. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir a busca da perfeição. Simbolicamente, o Maçom vê-se a si mesmo como uma pedra bruta que tem de ser trabalhada, com instrumentos alegóricos adequados, para convertê-

la em um cubo perfeito, capaz de se encaixar na estrutura do Templo do Gr\Arch\do Un\. Ela se fundamenta na crença em um Ser Superior ou Deus, denominado de Grande Arquiteto do Universo, que é o princípio e causa de todas as coisas. Parece rígida em seus princípios, mas é absolutamente tolerante com todas as pessoas, ensinado aos iniciados que é mister respeitar a opinião de todos, ainda que difiram de suas próprias, desafiando a todos à mais sincera Tolerância. A Ordem não visa, em hipótese alguma, lucro ou benefício, pessoal ou coletivo. Maçonaria e a Sociedade: A Maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do país em que cada Maçom vive e trabalha. Os princípios Maçônicos não podem entrar em conflito com os deveres que, como cidadãos, têm os Maçons. Na realidade estes princípios tendem a reforçar o cumprimento de suas responsabilidades públicas e privadas. A Ordem induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si mesmos, ao contrário de ideologias que pretendem transformar a sociedade, com uma sincera esperança de que, o progresso individual contribuirá, necessariamente, para a posterior melhora e progresso da Humanidade. Falaremos, agora, sobre uma das maçonarias Universais.

O Nascimento O Rito Adonhiramita, hoje só praticado no Brasil. É também chamado de Maçonaria Adonhiramita, nasceu de uma controvérsia, na França do século XVIII, em torno de Hiram Abi ("Hiram, meu pai"), chamado de Adon-Hiram ("senhor Hiram"), e Adonhiram, que, segundo os textos bíblicos, era um preposto às corvéias, por ocasião da construção do templo de Jerusalém[1]. Em 1744, Louis Travenol, sob o pseudônimo de Leonard Gabanon, em sua obra "Cathécisme des Francs Maçons ou le Secret des Francs Maçons", confundiu  Adonhiram com Hiram Abi, o que fez com que os ritualistas se dividissem, pois, para uns, Adonhiram e Hiram eram a mesma pessoa, enquanto outros sustentavam uma teoria dualista, divergindo quanto à ação de cada um dos personagens: um grupo sustentava que Adonhiram não havia sido mais do que um subalterno, ao passo que o outro via, nele, o verdadeiro protagonista do terceiro grau. Nasceria, assim, uma Maçonaria dita Adonhiramita, que seria, segundo seus teóricos, oposta à Maçonaria "Hiramita". E ela se tornaria conhecida através da publicação do "Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite", publicado em 1782, por Louis Guillemain de Saint-Victor, e que Ragon, sem nenhum fundamento, atribuiu, erradamente, ao barão de Tschoudy. Essa primeira compilação envolvia os quatro primeiros graus e foi completada, em 1785, pelo mesmo Louis Guillemain, com uma compilação complementar abordando oito  Altos Graus, completando os doze do rito .  Ainda hoje tem-se como verdade que o Rito foi compilado e publicado pelo então Barão de Tschoudy, que tem levado a fama durantes todos estes anos.

Na página eletrônica da Loja Hipólito da Costa, 1960 (Brasília-DF) e da Loja Fé  Alegria e Triunfo, 2097 (Curitiba-Pr) os créditos são para o Barão de Tschoudy. Entretanto, após 1785, Saint-Victor publicou a tradução de um artigo alemão, sobre um grau dito "Noachita" (alusivo a Noah, ou Noé), ou "Cavaleiro Prussiano", tratando-o, ironicamente, em trabalho estampado no "Journal de Trévoux". O mesmo Ragon, novamente sem nenhum fundamento, "viu", aí, um décimo-terceiro grau adonhiramita, embora Saint-Victor só tenha apresentado o artigo como uma curiosidade[2].

No Brasil  Ao lado do Rito Moderno, o Rito Adonhiramita foi um dos primeiros introduzidos no Brasil, precedendo, por pouco tempo, o primeiro, no início do século XIX. O Grande Oriente do Brasil  –  inicialmente Grande Oriente Brasílico  –  criado em 1822, todavia, adotou o Rito Moderno. E isso é comprovado, através de atas do Grande Oriente, em 1822, as quais se referem ao "sistema dos sete graus ” [3]. Embora, no início do século XIX, o Rito tenha tido muita aceitação, ele acabaria, logo, sendo praticamente ignorado, pois, quando, depois do fechamento do Grande Oriente Brasílico  –  a 25 de outubro de 1822  –  foi reerguida a Maçonaria brasileira, em 1830 e 1831, através de dois troncos, o Grande Oriente Brasileiro e o Grande Oriente do Brasil, respectivamente, nenhuma Loja adotou o rito. Ele só seria reintroduzido em 1837, quando foi fundada a Loja "Sabedoria e Beneficência", de Niterói, regularizada a 16 de janeiro de 1838, na jurisdição do Grande Oriente do Brasil, vindo a abater colunas em 1850.  A segunda Loja  –  "Firmeza e União"  –  surgiria em 1839, ano em que a Constituição do Grande Oriente do Brasil instituía o Grande Colégio de Ritos , para abrigar os Altos Graus dos ritos então praticados: Moderno, Adonhiramita e Escocês Antigo e Aceito. Este último havia sido introduzido em 1829 e seu Supremo Conselho, fundado em 1832, sendo Obediência independente, começava a criar suas próprias Lojas. Em 1842, com a promulgação de uma nova Carta Magna do Grande Oriente do Brasil, foi reorganizado o Grande Colégio dos Ritos, com os três ritos então praticados , o que mostra como foi extemporânea a comemoração, em 1992, no Rio de Janeiro, do "sesquicentenário" da Oficina Chefe do Rito Moderno [4].  A incorporação, em 1854, do Supremo Conselho do Rito Escocês ao Grande Oriente do Brasil, teria de provocar uma modificação no Grande Colégio de Ritos, do qual já não faria parte o Escocês. Assim, de acordo com a Constituição de 1855, foi criado, apenas para atender aos Ritos Moderno e Adonhiramita, o Sublime Grande Capítulo dos Ritos Azuis [5]. Em 1863, ocorreria uma dissidência, no Grande Oriente do Brasil, liderada por Joaquim Saldanha Marinho, sendo criado o Grande Oriente do Vale dos Beneditinos  – que, depois de uma fracassada tentativa de reunificação, passou

a se denominar Grande Oriente "Unido"  –  em alusão ao seu local de funcionamento. Nesse Grande Oriente, o Rito Adonhiramita floresceu, chegando, o número de suas Lojas, a suplantar o do Grande Oriente do Brasil: neste, foram fundadas as Lojas "Aliança", em 1869, e "Redenção", em 1872, perfazendo três Lojas do rito, contra cinco, existentes, na mesma época, no Grande Oriente dos Beneditinos. Com essas três Lojas, o Grande Oriente do Brasil criou pelo Decreto nº 21, de 2 de abril de 1873, o Grande Capítulo dos Cavaleiros Noachitas , ligado, como Supremo Conselho Escocês, ao Grande Oriente que era uma Obediência mista (simbólico-filosófica), numa situação que iria perdurar até 1951. Nesse ano, a 23 de maio, pelo Decreto nº 1641, o Grão-Mestre do GOB, Joaquim Rodrigues Neves, promulgava a nova Constituição, a qual passava a reger apenas a Maçonaria Simbólica, fazendo com que o Grande Oriente voltasse a ser uma Obediência estritamente simbólica, separando-se das Oficinas Chefes de Rito. A Constituição esclarecia que o Grande Oriente "com elas mantém relações da mais estreita amizade e tratados de reconhecimento, mas não divide com elas o governo dos três primeiros graus, baseados na lenda de Hiram, que exerce na mais completa independência em toda a sua vasta  jurisdição". MAÇONARIA : A ORIGEM DO RITO ADONHIRAMITA

Helio P. Leite 12.04.2011 Discutir a Origem do Rito, é necessário abordar com muita coragem, e com documentos, uma vez que o tema é extremamente polemico e para alguns, até tabu. Entretanto, se faz necessário a derradeira elucidação da Origem do Rito. Muito se tem falado, escrito e divulgado sobre a origem do Rito. Há algumas versões, que chegam a ser até cômica. A grande maioria das versões são especulações e o que é pior, sem provas documentais. Infelizmente, essas especulações só vem denegrir o nosso belo Rito. A questão de provas documentais é muito importante exatamente porque a História não admite o eu acho, ou ouvi dizer ou me disseram. ( Raimundo Rodrigues A Filosofia da Maçonaria Simbólica ) Vários estudiosos/pesquisadores Maçons Brasileiros, de renomada credibilidade, tais como José Castellani, José Daniel, Nicola  Aslan, Xico Trolha e outros, já demonstraram cabalmente a verdadeira história da Origem do Rito. Entretanto são Brasileiros,. . . e como Brasileiros, não tem valor para alguns. Dessa forma, acrescentarei dados documentados, de conceituados estudiosos e pesquisadores alienígena, de assuntos da Maçonaria Universal,prova definitiva e cabal, que o criador do Rito Adonhiramita, foi Louis Guillerman de Saint - Victor. Dictionnarie des Franc-Maçons et de la Franc-Maçonnerie de MELLOR (Alec)  As Escrituras falam de Adonhiram somente como encarregado das corvéias quando da construção do Templo pelo Rei Salomão, entretanto, em 1744, Louis Travenol publicou sob o nome de Léonard Gabanono seu Catéchisme de Francs Maçons ou le Secret des Francs Maçons, onde confundia Adonhiram com Hiram Abif. Como Adon , em hebraico significa Senhor, essa palavra apareceu como prefixo de honra. Os ritualistas dividiram-se . Para uns, Adonhiram e Hiram eram a mesmo personagem Outros sustentavam a teoria dualista, mas divergiam quanto aos papéis respectivos de Adonhiram e Hiram na construção do Templo, uns sustentando que Adonhiram não fora senão um subalterno

enquanto outros nele viam o verdadeiro herói da lenda do 3º Grau. Foi assim que nasceu uma Franco Maçonaria denominada Adonhiramita, oposta, pelos seus teóricos, à dos hiramitas. Ela nos é conhecida  pelo Recueil Précieux dela Maçonnerie Adonhiramite, publicada em 1781, por Louis Guillemain de Saint Victor, e abrange os quatro primeiros graus.

Em seu livro Orthodoxie Maçonnique , Jean Marie Ragon, atribuiu ao Barão de Tschoudy a criação da Franco Maçonaria Adonhiramita. É um erro total. Encyclopaedia of Freemasonry de MACKEY (Albert G. )  A criação do Rito Adonhiramita, foi atribuída erroneamente por Ragon ao Barão de Tschoudy, criador da Ordem da Estrela Flamejante. A coletânea relativa aos Altos Graus do Rito, foi completada em 1785, cuja hierarquia se apresenta com se segue: 1º Aprendiz; 2º Companheiro; 3º Mestre; 4º Mestre Perfeito; 5º Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove; 6º Segundo Eleito ou Eleito de Perignan; 7º Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze; 8º Pequeno Arquiteto ou Aprendiz Escocês; 9º Grande Arquiteto ou Companheiro Escocês; 10º Mestre Escocês; 11º Cavaleiro da Espada, Cavaleiro do Oriente ou da Águia; 12º Cavaleiro Rosa Cruz . Esta é a lista completa dos Graus Adonhiramita. Thory e Ragon erraram ambos ao darem-lhe um 13º, a saber: o Noaquita ou o Cavaleiro Prussiano. Praticaram esse erro, porque Saint Victor inserira este Grau no fim do seu segundo volume, mas somente como uma curiosidade maçônica, que tinha sido traduzida do alemão, com ele disse, pelo Senhor de Berage ( Ragon errou duas vezes grifo meu ) Não existe qualquer ligação com a precedente série de Graus, e Saint Victor declarou  positivamente que o Rosa Cruz é o necplus ultra  ( 2ª parte pag. 118 ), o ápice e término do seu Rito OBS.- Os grifos em negrito são meus. Esse erro de Ragon, levou os precursores e alguns pseudos estudiosos, da atualidade, a defenderem, como criador o ilustre escritor Maçom Théodore Henry Barão de Tschoudy. Contudo, não há uma única literatura de sua autoria, com citação a Maçonaria Adonhiramita. A sua obra capital é L Étoile Flamboyante ,de 1766. Tschoudy nasceu em 1720 e faleceu em 1769. A coleção Recueil Précieux de la MaçonnerieAdonhiramite foi publicado em 1781, isto é, 12 anos após a morte de Tschoudy, e até os dias atuais , ninguém conseguiu provar, com documentos, que ele tenha deixado manuscritos para edições futuras.. Todavia, se os conceitos emitidos por pesquisadores estrangeiros, também forem contestados, vamos concentrar numa analise do próprio livro Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite Na edição, publicada em 1787, traduzida e editada para a lingua portuguêsa, pela ARJS Gilvan Barbosa de Campina Grande PB -, que abrange os quatro primeiros graus, há algumas citações que, não foram ou não quiseram - observadas pelos pesquisadores interessados em manter o status quo sem a devida humildade de reconhecer o erro.

Senão

vejamos:

Na apresentação do

Editor Francês da Edição de 1787, do Recueil.....

Para Guillemain Saint Victor, Adonhiram não parece ser esse preceptor, mas um  parônimo de Hiram, o Mestre Maçom. (pag 86). O autor faz seus comentários, apresenta as indicações do comportamento em Loja, os catecismos e os rituais dos quatros primeiros graus, como parecem ter sido praticados em 1781, tentando relatas apenas verdades, pelo menos, de valor histórico . Na

Advertência

do

Autor:

(Edição

de

1787)

Quando mandei imprimir minha Compila ção Preciosa da Maçonaria Adonhiramita, em 1781, anunciei a história da Ordem. Seis anos de reflexão provaram-me que apresentar a origem desta maçonaria seria infinitamente mais interessante. No

Catecismo

dos

Aprendizes.

(do

Autor

da

Edição

de

1787)

Esperando que a História da maçonaria, que vou publicar brevemente, persuada muitos Irmãos, poucos instruídos de que esta pergunta dever ser a primeira de seu catecismo.....  A primeira edição do Recueil Precieux....., foi publicado em 1781, e a edição traduzida pela Loja Gilvan Barbosa é a de 1787. Analisando esses dados da Edição de 1787, sem muito esforço mental, podemos concluir: 1º - Quem faz a citação que Guillemain de Saint Victor é o autor, foi editor Francês. 2º - Que a edição de 1787 é uma complementação da edição de 1781, fica claro com a citação do editor. O autor faz seus comentários, ... como parecem ter sido praticados em 1781.. 3º - No tópico Advertência do Autor, determinou peremptoriamente que Saint Victor, mandou imprimir em 1781 a primeira edição, e seis anos depois de reflexões, ele mandou imprimir outra edição (1787). Se o Barrão de Tschoudy, faleceu em 1769, como em 1787 ele poderia ter feito reflexões e mandar editar outra edição ? 4º - Já no tópico Catecismo dos Aprendizes o autor diz que, vou publicar a Historia da Maçonaria, o que fez em também em 1787, com o titulo Origine de la Maçonnerie Adonhiramite. Que felizmente, sou um dos poucos a possuir um exemplar original. Como dizia o renomado escritor maçom, Irmão José Castellani: ( A Trolha - nº 107 setembro de 1995 ) : História é pesquisa, é documento e não especulação .

A O r i g em d o R i t o A d o n h i r a m i t a

VERBA VOL ANT, SCRIPTAMA NENT 

Discutir a Origem do Rito, é necessário abordar com muita coragem, e com documentos, uma vez que o tema é extremamente polemico e para alguns, até tabu. Entretanto, se faz necessário a derradeira elucidação da Origem do Rito. Muito se tem falado, escrito e divulgado sobre a origem do Rito. Há algumas versões, que chegam a ser até cômica. A grande maioria das versões são especulações e o que é pior, sem provas documentais. Infelizmente, essas especulações só vem denegrir o o Belo Rito. O mais antigo documento conhecido referindo-se ao mestre arquiteto do Templo sob a denominação de Adonhiram é o Cathécisme des Francs Maçons ou Le Secret des Francs Maçons (Catecismo dos Franco-Maçons ou O Segredo dos Franco-Maçons), editado em 1744, de autoria, possivelmente, um abade, cujo nome seria Leonardo Gabanon. Em 1730, nasceu o Théodore de Tschoudy, considerado o organizador da segunda parte da obra Recueil Précieus de la Franc-maçonnerie Adonhiramite (Compilação Preciosa da Maçonaria Adorinamita), cuja primeira edição ocorreu em 1787. O Barão Tschoudy foi membro do parlamento de sua cidade natal, Metz, França, onde residiu de 1756 a 1765.

Maçom entusiasta e estudioso, Tschoudy utilizou seu aguçado espírito crítico para bater-se contra a proliferação desordenada dos altos graus do Rito de Heredom, do qual derivariam alguns dos ritos atuais, como o escocês, o moderno e o Adonhiramita. Inicialmente, Tschoudy se propôs a reformar os graus então existentes, reduzindo-os a quinze e depurando-os de tudo o que não fosse fiel à tradição maçônica. Em 1766, Tschoudy publicou L'Étoile Flamboyante ou La Société des Francs-Maçons (a Estrela Flamígera ou A Sociedade dos Franco-Maçons), obra em que propôs a criação de uma nova Ordem de altos graus, a Ordem da Estrela Flamígera, com três graus: Cavaleiro de Santo André, Cavaleiro da Palestina e Filósofo Desconhecido. Desentendendo-se com os membros do novo Conselho, dedicou-se ao já citado Recueil Précieus de la Franc-maçonnerie Adonhiramite.

Théodore Henry Barão de Tschoudy 

 Alguns autores, porém, atribuem a autoria da Compilação a Louis Guillemain Saint-Vitor. Esta interpretação foi feita por Ragon, que citou este último autor em seu ritual de mestre, na bibliografia nele mencionada. A confusão se deve à divisão da obra em duas partes, de estilos totalmente diferentes, sendo, a  primeira, pródiga em notas e explicações, enquanto a segunda é lacônica e breve. Deduzem, os estudiosos, que a primeira parte foi escrita por Saint-Vitor e a segunda, por Tschoudy, em data anterior àquela.  A Compilação, aceita-se hoje, foi publicada em dois volumes, em 1787, incluindo os graus simbólicos, graças a Saint-Vitor, que os escreveu pouco antes da publicação, ou seja, quase vinte anos depois da morte de Tschoudy.  A primeira parte da Compilação era relativa aos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. A segunda, compreendia os graus de perfeição: Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove, Segundo Eleito Nomeado de Pérignan, Terceiro Eleito Nomeado eleito dos Quinze, Pequeno Arquiteto, Grande  Arquiteto ou Companheiro Escocês, Mestre Escocês, Cavaleiro da Espada Nomeado Cavaleiro do Oriente ou da Águia, Cavaleiro Rosa Cruz e O Noaquita ou Cavaleiro Prussiano.

O Imperador Napoleão Bonaparte

Na Europa, o Rito Adonhiramita foi praticado na França e em Portugal, difundindo-se das colônias e sendo o preferido da armada napoleônica. Com a difusão do Rito Francês ou Moderno, o Rito Adonhiramita começou a ser abandonado, restringindo a sua prática ao Brasil, onde se encontra a sua Oficina Chefe. Graças a isso, o Rito manteve a sua pureza original e não sofrendo as influências do teosofismo, ocorrida com os outros r itos no final do século XIX. Em Portugal, a primeira Loja Maçônica se instalou em 1727, sendo regularizada pela Grande Loja de Londres em 1735, denominada Hereges Mercantes. Na Loja de Coimbra, fundada em 1773, encontravam-se os brasileiros Antônio de Morais Silva, Antônio Pereira de Souza Caldas, Francisco de Melo Franco e Joaquim José Cavalcanti. Igualmente, em outras lojas, em Lisboa e no Funchal, existiam irmãos brasileiros.

Em 18 de fevereiro de 1722, foi inaugurada a Academia Científica, fundada no ano anterior, com o apoio do então Vice-Rei D. Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão d'Eça e Melo Silva Mascarenhas, Marquês de Lavradio. Em 6 de junho, adota o nome de Sociedade Literária Rio de Janeiro, funcionando até 1790, quando a devassa da Inconfidência Mineira suspendeu os seus trabalhos. Essa Academia é tida, hoje, como uma loja maçônica disfarçada, como sugerem alguns textos posteriores como o que se segue, de autoria do Barão do Rio Branco, em Efemérides Brasileiras: "Uma divisão naval francesa, comandada pelo Capitão Landolphe, tendo cruzado alguns dias perto da barra do Rio de Janeiro, fez algumas presas e segui, nesta data, para o Norte. Na altura de Porto Seguro, encontrou-se com a esquadra do comodoro inglês Rowley Bulteel, e no combate renderam-se duas fragatas francesas. Os prisioneiros foram entregues no Rio de Janeiro, ao ViceRei, Conde de Resende. Refere o Comandante Landolphe, que foi bem tratado, porque era pedreiro-livre. Um dos filhos do vice-rei levou-o a uma festa maçônica - introduzindo-o no recinto do templo - diz ele em suas memórias, ouvi, com muito prazer, o discurso do venerável..." 

Vice-Rei Conde de Resende

Outro fato importante, que poucas obediências de outros países possuem, é o manifesto, como prova de regularidade de origem da Maçonaria Brasileira, através de uma Loja Adonhiramita - A Loja Reunião - que se subordinava ao Grande Oriente de França. Em 1815, foi fundada a Loja Comércio e Artes que, com a divisão do seu quadro, formou outras duas: a Loja União e Tranqüilidade e a Loja Esperança de Niterói. Essas lojas adonhiramitas fundaram, em 17 de  junho de 1822, o Grande Oriente do Brasil. Em 1839, a Constituição do Grande Oriente do Brasil criou o Colégio dos Ritos, incluindo o Rito Adonhiramita. Em 1851, foi criado o Colégio dos Ritos Azuis e em 1873, o Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas, também pelo Grande Oriente do Brasil. Após a separação da Maçonaria Brasileira, os graus simbólicos ficaram com o Grande Oriente do Brasil e as Grandes Lojas e os  Altos Graus jurisdicionados às respectivas Oficinas Chefes dos Ritos. Em 2 de  junho de 1973, o Mui Poderoso e Sublime Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas para o Brasil instituiu os graus de Kadosh e aumentou o número de graus para trinta e três. A partir dessa data, o governo das Oficinas Litúrgicas do Rito Adonhiramita ficou a cargo do Excelso Conselho da Maçonaria  Adonhiramita.

O Rito Adonhiramita é o segundo mais praticado no Brasil, com especial concentração nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Pará. Atualmente, ele é reconhecido pelas potências maçônicas regulares, participantes da Confederação Maçônica Interamericana e Grande Oriente do Brasil. Os Graus do Rito Adon hiramita  P r i m e i ro g r a u :   APRENDIZ; S e g u n d o g r a u :   COMPANHEIRO; Terceiro grau:   MESTRE; Q u a r t o g r a u :   MESTRE PERFEITO Q u i n t o g r a u :   PRIMEIRO ELEITO ou ELEITO DOS NOVE; Sexto grau:   SEGUNDO ELEITO ou ELEITO DE PERIGNAM  Sé ti m o g rau :  TERCEIRO ELEITO ou ELEITO DOS QUINZE  Oitavo grau:   APRENDIZ ESCOÇÊS ou PEQUENO ARQUITETO N o n o G r a u : COMPANHEIRO ESCOÇÊS ou GRANDE ARQUITETO Dé c im o g ra u :  MESTRE ESCOÇÊS Un d é ci m o g ra u :  CAVALEIRO DA ESPADA ou CAVALEIRO DO OCIDENTE /

DA ÁGUIA

Du o d é c im o g ra u :  CAVALEIRO ROSA CRUZ 

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