A Ordem Do Discurso Resenha Internet

November 19, 2018 | Author: Rafael Ronzani | Category: Discourse, Michel Foucault, Power (Social And Political), Truth, Science
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A ordem do discurso Semana passada eu tive que fazer um trabalho sobre Michel Foucault e seu livro, “A Ordem Ordem do Discurso”. Apesar Apesar das dificuldades, pois  um te!to e!tremamente comple!o e que requer v"rias leituras i#ualmente minuciosas, eu achei que seria uma boa idia e!por a e!plica$%o do te!to aqui para que voc&s leitores tivessem acesso a um tipo de informa$%o e!tremamente valiosa. A Ordem Ordem do Discurso  uma publica$%o baseada na aula inau#ural de Foucault no 'oll#e de France. (ela, Foucault fala da rela$%o entre discurso e poder. ) controlando os nossos discursos que as institui$*es mant&m o poder. Assim, Assim, h" diversas formas de controle ou de e!clus%o do discurso. S%o e!clu+dos aqueles que v%o contra a ordem vi#ente. Foucault fala de dois tipos de controle do discurso os e!ternos e os internos. As formas de controle e!terno do discurso, Foucault chama de sistemas de e!clus%o. S%o  procedimentos que impedem a cria$%o cria$%o do discurso, embora n%o n%o seu pensamento. -o -oc& pode pensar um discurso, mas n%o pode pronunci"lo. S%o tr&s os sistemas de e!clus%o e !clus%o /0 1nterdi$*es A interdi$%o interdi$%o Foucault fala especificamente de tr&s tipos t ipos de interdi$*es 2embora suas formas possam ser as mais variadas0 tabu do ob3eto, ritual da circunst4ncia e direito privile#iado ou e!clusivo do su3eito que fala. a. a palavra proibida ou tabu do ob3eto h" certas coisas, h" determinados deter minados assuntos dos quais n%o podemos falar, que n%o podem entrar em nosso discurso. Dentre esses assuntos, os dois principais s%o a se!ualidade e a pol+tica.  b. ritual da circunst4ncia h" determinados determinados discursos que s5 podem ser anunciados em determinadas ocasi*es. c. direito privile#iado ou e!clusivo do su3eito que fala h" determinados discursos que s5  podem ser proferidos por por determinados su3eitos. 6odas 6odas essas barreiras, essas interdi$*es, acabam acaba m por tolher a potencialidade do discurso, lo#o, o seu poder. ) a velha hist5ria voc& nunca pode dizer o que quiser, quando quiser e como bem entender. Ou Ou ent%o quem fala o que n%o quer, ouve o que n%o quer. 70 Oposi$%o entre raz%o e loucura Se eu di#o o que  proibido ou contrario al#uma das interdi$*es eu sou ta!ado de louco. Se#undo Foucault, “louco  aquele cu3o discurso n%o circula como o dos outros”. (a 8ist5ria h" v"rios e!emplos disso, principalmente de cientistas que contrariavam as verdades estabelecidas de suas respectivas pocas. Mesmo se voc& estiver falando a verdade, seu discurso n%o vai ser aceito. 90 -o -ontade de verdade 6odo 6odo mundo quer que seu discurso se3a aceito como verdade, pois isso  o mesmo que ter poder. O discurso discurso nem precisa ser de fato verdadeiro: basta que ele se3a passado como tal. S5 que caso ele n%o se3a aceito como verdadeiro, h" o risco da e!clus%o, de ser ta!ado como louco. Sempre houve, e ainda h", em e m nossa cultura a no$%o de oposi$%o entre certo e errado. 8" uma u ma

verdade, e o resto n%o o . “;ssa divis%o hist5rica deu sem dorque a verdade do discurso acaba sempre mascarando a sua vontade de verdade 2devido ao apoio institucionalizado desta0. ?o#o, n5s i#noramos essa vontade de verdade como sendo “uma prodi#iosa maquinaria destinada a e!cluir todos aqueles que procuraram contorn"la e recoloc"la em quest%o contra a verdade, l" 3ustamente onde a verdade assume a tarefa de 3ustificar a interdi$%o e definir a loucura”. ;ssas tr&s formas de e!clus%o impedem que o indiv+duo anuncie seu discurso 2ou fa$a com que ele tema anunci"lo0. ;les “tendem a e!ercer sobre os outros discursos uma espcie de press%o e como que um poder de coer$%o”. Assim sendo, o discurso acaba se desenhando como uma forma de domina$%o. @m e!emplo  o discurso 3ur+dico, que usa uma lin#ua#em e!cessivamente tcnica e complicada. 1sso faz com que o cidad%o comum se3a e!clu+do desse campo discursivo e acabe como conseq&ncia l5#ica n%o bri#ando pelos seus direitos. (o 3ornalismo tambm h" isso, como o famoso “econom&s” usados nos cadernos de economia. @ma lin#ua#em tcnica que impede a compreens%o do te!to. S%o te!tos feitos para quem 3" entende do assunto, o que perpertua a concentra$%o do poder, do discurso. ) importante lembrar que nenhum enunciado  neutro. >ortanto, sempre desconfie de tudo o que voc& ler. O titulo, a ima#em, cada uma das palavras, tudo possui um si#nificado e n%o  escolhido = toa. Buando o discurso pode ser dito, ele esbarra no que Foucault chama de “procedimentos de controle e delimita$%o do discurso”. Ou se3a, os processos internos, que tambm s%o tr&s. /0 O coment"rio n5s sempre estamos nos remetendo a outros discursos. Buase tudo o que falamos 3" foi dito uma outra vez, porm de forma diferente, com outras palavras. O coment"rio  repetir um discurso 3" e!istente. ) o que eu estou fazendo aqui. Ao e!plicar Foucault para voc&s eu acabo limitando o sentido do te!to. 70 O autor a individualidade do autor limita o sentido do discurso. Se for “O” cara que estiver falando, tudo bem: se for um outro qualquer a+ o discurso deste tem menos valor,  menos poderoso. 90 A disciplina s%o re#ras pertencentes a determinado campo do saber ou ci&ncia =s quais o discurso deve se adaptar para ter validade ou credibilidade. Foucault cita o e!emplo de Mendel, que  por muitos anos n%o teve suas teorias sobre a hereditariedade aceita, pois elas iam de encontro = vis%o da Ciolo#ia da poca. Obviamente, essas re#ras podem mudar de acordo com o tempo e com o lu#ar. ;las s%o dif+ceis de mudar, porque dessa forma quem as domina pode controlar quem participa do discurso. ;nfim, tudo isso serve para mostrar a import4ncia de como todo o discurso est" “contaminado” de ideolo#ia e de interesses, 3" que todo ser humano a#e de maneira interessada, de

acordo com o que lhe  benfico. Assim, precisamos perder a in#enuidade que costumamos ter ao lermos um 3ornal, ao vermos uma propa#anda, etc.

A ordem do Discurso consiste na aula inau#ural de Michael Foucault presidida no 'oll#e de France. (o livro, Foucault procura mostrar que os discursos que permeiam na sociedade s%o controlados, perpassados por formas de poder e de repress%o. E... suponho que em toda sociedade a  produ$%o do discurso  ao mesmo tempo controlada, selecionada, or#anizada e redistribu+da por certo nor fim, salientamos que essa obra  de #rande si#nific4ncia para os estudos filos5ficos, como tambm para aqueles que se dedicam a estudar o discurso, sua cria$%o, seus modos de enuncia$%o e o  3o#o de aspectos repressoresPcontroladores do discurso.

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