A Mente Do Serial Killer

March 1, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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 Marco Félix Jobim. “A mente do Serial Killer”.

Explicação prévia necessária: Trata-se de um trabalho realizado no ano de 2000, quando cursava a disciplina de criminologia na Universidade Luterana do Brasil. Tendo meu

computador

nos

encontrado

últimos

dias,

referido que

foi

artigo

em

fruto

de

apresentação em seminário naquela instigante disciplina, sob a orientação do Prof. Rodrigo Azevedo, trago ao nosso site para que outras pessoas que pretendem pesquisar sob o tema tenham algumas noções iniciais para se debruçar.

Cumpre ressaltar que o trabalho foi realizado

ainda

na

graduação,

sem

maiores

rigores

científicos, razão pela qual os autores citados encontram-se apenas nas referências bibliográficas, sendo que, pelo giro dado

em

minha

advocacia,

não

carreira,

tanto



para

tempo

acadêmica

quanto

pesquisá-los

na

da

novamente

e

reinseri-los no corpo do texto.

Muitos

estudos

após

o

ano

de

2000

foram publicados sobre a matéria, em especial os de Ilana Casoy, assim como novos assassinos tornaram-se conhecidos. Infelizmente, atuação

me

conforme

faz

se

acima

distanciar

ressaltado, do

tema,

àqueles que quiserem finalizar este estudo.

minha embora

área

de

incentive

 

Série

para

a

televisão

recente

nos

EUA (Criminal Minds) também poderia estar complementando este trabalho

que

enfrentados

trata pelo

sobre

FBI



o

tema

agência

e

de

que

muitos

detém

o

casos



poder

de

investigar estes casos nos EUA. Diante disso, apresento o trabalho “A mente do Serial Killer” para uma visão mais singela sobre o tema.

INTRODUÇÃO. No

presente

estudo,

visaremos

a

analisar melhor o porque do chamado serial killer começar sua matança desbravada, que apavora, muitas vezes, cidades inteiras, principalmente nos Estados Unidos da América, onde se encontra a maioria destes sociopatas.

Veremos

também

alguns

dos

maiores

assassinos seqüenciais já existentes, desde o século passado como Jack - o estripador, até os dias mais atuais como o nosso conhecido motoboy. Analisaremos a teoria de “De Lucca”    que

divide

assassinos

seqüenciais

em

11

tipos,

tentando

encaixar cada um deles nos assassinos estudados.

Também

estudaremos

o

perfil

de

um

homicida serial pela ótica do FBI que os distingue de outros tipos

de

assassinos

pela

conduta,

tempo

e

outras

características.

 

2

 

O

mais

importante

do

presente

trabalho é tentar despertar o interesse da população para que tomem alerta quanto a este tipo de assassino que pode estar na potencialidade de cada ser humano, podendo ser seu colega, seu

vizinho

ou

seu

amigo

e

nunca

desconfiarmos

que

este

indivíduo poderia cometer uma carnificina como as descritas nas próximas páginas.

O “SERIAL KILLER”. Em primeiro lugar e mais importante, cabe salientar que o homicida serial mata por necessidade, para

sua

sobrevivência,

autopreservação.

Assim,

como

nós

temos uma necessidade, como de respirar, comer, ele tem necessidade de matar. Os assassinos seqüenciais matam, quase sempre, movidos por uma fantasia de ordem interna, motivos que não são compreendidos por nós, mas que para ele é a coisa certa a se fazer. Em grande número de vezes, este tipo de criminoso mata por motivos sexuais, mas há também os que matam

por

outras

razões.

Alguns

aderem

a

práticas

de

canibalismo (Jefrey Dahmer), Vampirismo (Marcelo de Andrade) e ou necrofilia (John Gacy). Muitos outros buscam idéias de que estão matando por ordens superiores, e, há ainda quem mate por razões de racismo, satânicas ou de ordem cristã. Como poderemos ver melhor quando estudarmos individualmente cada assassino conseguiremos ver que estes se excitam com as mortes, ou ainda com o sangue da vítima (Andrei Chikatilo), tendo a mente doente dominado a do homem. Cabe, novamente, salientar

que

esse

homicida

mata

por

necessidade,

característica esta usada pelos membros do FBI, que estudam este

tipo

de

criminoso

anos

a

fio,

traçando

um

perfil

praticamente perfeito, se não fossem as mudanças e sadismos

 

3

 

que mudam de assassino para assassino com o decorrer dos anos, não se podendo ter com precisão a perfeita noção de quem é ou não um homicida serial.

Muitos

dos

casos

estudados,

principalmente os norte americanos e os ingleses eram pessoas praticamente normais, com esposa e filhos, mas sempre com uma carga de culpa e fantasia interna que há qualquer tempo pode explodir e as matanças começarem. Para alguns estudiosos deste tipo de tema, muitas vezes a formação de um assassino, para que no futuro

exploda

este

desejo

de

matar,

são

ligadas

a

sua

infância, tendo, nesta época, o indivíduo passado por grandes agressões, frustrações, revoltas e sentimentos de vingança, gerando grande hostilidade interna, criando-se, lá, a raiz da loucura e maldade.

Para

se

notar

que

estas

pessoas

realmente não foram amadas e tratadas com afinco quando de sua formação psicológica, em inúmeros casos, o serial killer, além

de

sadismo,

matar, e,

ao

pratica final,

atos ficam

de

canibalismo,

horas

com

necrofilia,

suas

vítimas,

abraçando-as, acariciando-as, sendo que, para alguns, comer os órgãos internos é sinal de carinho para ficarem juntos. Contam um caso interessante de um desses assassinos (Marcelo de Andrade) que após ter violentado e degolado um garoto de 10 anos, voltou a cena do crime para esconder a mão da vítima em sua calça a fim de que os ratos não roessem seus dedinhos. Voltar a cena do crime, esta é uma outra característica de um homicida serial (como o matador da

 

4

 

praia do cassino que ficava entre os espectadores olhando a polícia trabalhar), pois no fundo, todo assassino serial quer contar as pessoas o que aconteceu, uma vez que não conseguem se abrir para ninguém mais, e precisam comentar, dividir sua culpa com alguém. Pode-se notar que a maioria dos assassinos começa a cometer erros nas suas últimas vítimas, deixando impressões, pedaços de roupa, vestígios, tudo para que sejam capturados.

Para os psiquiatras que estudam tais casos,

existe

uma

série

de

fatores

que

podem

gerar

hostilidade nestes assassinos sendo eles: -Fortes sentimentos profundamente

ambivalentes,

centradas

na

fusão

primitivas

amor e ódio; -Sentimentos de abandono e solidão, terror da solidão; -Necessidade urgente de contato, fugindo, porém a novas relações, por temer novas experiências de abandono; Dependência, passividade, depressão; -Necessidade de exercer o poder, o controle, o domínio, como forma de superar sua dependência e passividade; -Sexualidade perversa e sádica; Agressividade hostil e destrutiva; -Vida imaginativa muito rica, rica em fantasias que se distanciam da realidade e estão orientadas para satisfações concretas e imediatas. A história de um homicida serial é repleta

de

problemas

e

conflitos

em

lares

desarmoniosos,

desagregados, conforme anteriormente visto. Assim, vê-se que a psicopatia agregada à mente do assassino é como se fosse uma herança psíquica de momentos arrepiantes em sua formação psicológica. O homicida serial, certamente, foi uma pessoa muito reprimida, tanto na vida sexual como na societária, criando uma personalidade prejudicada para lidar com seus instintos. Conforme se verá no estudo mais adiante, quase

 

5

 

todos

os

assassinos

seqüenciais

do

Brasil

foram

abusados

sexualmente quando eram menores. Com isso, a vida de uma pessoa assim, é repleta de micro e macro traumas que, no futuro, influenciarão sua personalidade.

Diante

de

todas

as

premissas

acima

colocadas, é de fácil percepção que o período em que o serial killer passa de hibernação (também chamado de “calling off” segundo

o

ninguém,

FBI

é

podendo

o

período

durar

dias,

em

que

o

semanas,

assassino

não

meses

anos),

ou

mata é

aquele em, mais ou menos, o psicopata está lidando com seus problemas

de

forma

provisória.

Por

isso

que

quando

esta

provisoriedade acaba, ele volta a matar, pois necessita disto para suprir suas faltas. Para um agente do FBI, é uma honra a caça a um serial killer. Desde que entram para o FBI, estudam estes assassinos para um dia poderem ir a caça de um. Mas o trabalho dos investigadores do FBI se resume a traçar um perfil do homicida, estudando o local do crime, as vítimas e, a partir daí, tentar traçar características do indivíduo para passar estas características a polícia local e aí sim, esta caçar, segundo os traços do investigador, o assassino. Numa destas

caças,

um

investigador

do

FBI

traçou

assim

o

indivíduo: Primeiro poderia ser um pescador (pois deixava suas vítimas em locais com água que indicassem pesca) – tinha em torno de 25 a 35 anos (pelas características das mortes – experiência) – era forte (carregava os corpos até os locais indicando tamanho alto e força). Ao acharem o indivíduo este era alto, forte, pescador, mas tinha 45 anos. O investigador ao

ser

perguntado

o

porque

da

idade

tão

acima

daquela

traçada, este explicou que o assassino já tinha estado preso

 

6

 

por dez anos em um instituto prisional. Com isso, estes 10 anos não contam para a experiência de um tipo de assassino como

este,

ficando

o

mesmo

no

limite

estabelecido

pelo

investigador.

O professor Alvino Augusto de Sá, no seu artigo Homicida Seriais, nos resume mais ou menos tudo que foi dito num pequeno sumário, que trazemos ao trabalho para melhor entendimento do tema. Diz o autor:

"Os

homicidas

seriais

 psicológico,  psicol ógico,

no

hostilidade

apresentam

qual

se

destrutiva

e

um

perfil

destacam destacam

a

a

ambivalência

afetiva, numa  privações.  privaç ões. Sua

história de conflitos e conduta conduta homicid homicidária ária tem uma

 psicodinâmic  psicod inâmica, a,

tendo

como

antecedente antecedente

sua

história de vida, passando por um ”modelo" de solução,

que

os

destrutivas

faz

para

desencadeando

caminhar

o

uma

das

propósito

série

de

fantasias da

crimes

ação,

graças

a

condições facilitadoras, nas quais se inclui a

"vítima

tipos

de

ideal".

Podem-se

homicidas

reconhecer

seriais,

onze

dependendo

de

suas motivações básicas e dos fatores sócioambientais, vítimas

individuais

podem

 perpetração  perpet ração

Ter

dos

um

e

relacionais.

papel

crimes,

a

importante partir

de

As na seu

estado interior de fragilidade. Os homicidas seriais

aspiram

uma

espécie

de

absoluto,

em

sua busca de satisfações, tal como todos os indivíduos. eles

 

no

Daí

grande

o

interesse público.

despertado

por

Apresenta-se

de

7

 

 particular  partic ular absoluto

importância importância e

o

a

reflexã reflexão o

infinito

na

sobre

vida

o

dos

indivíduos".

Come se pôde notar, grande parte do que Alvino nos descreve já foi visto, faltando ver um pouco sobre vitimologia e a classificação que “De Lucca”    fez sobre  fez os assassinos em série.

O pensamento de “De Lucca”    contrapõese tanto ao do FBI quanto à classificação de Holmes e De Burger que afirmam existir apenas quatro tipos de assassino serial. Com isso, estudaremos o primeiro autor somente, visto a amplitude que o mesmo dá ao tema. Segundo “De Lucca”    existem 11 tipos de homicidas seriais, propondo o modelo S.I.R. (que busca analisar e compreender o comportamento do homicida serial a luz

da

teoria

sistêmica).

S.

(significa

os

fatores

socioambientais) - I. (fatores individuais) e R. (fatores relacionais). O primeiro se refere à vida familiar, fantasias

sexuais,

imaginações

distante

da

realidade,

no

segundo se encontra os motivos subjetivos, como ele justifica seus crimes e o terceiro é a síntese dos dois primeiros, com a dificuldade de relacionamento dos homicidas com o próximo.

A

classificação

de

“De

Lucca”    se

divide assim:

 

8

 

1.  Homicida

serial

por

ganho

-

(quer vantagem econômica), podendo ser herança, apólices de seguro. 2.  Homicida

serial

situacional



São crimes cometidos geralmente por homens. É um crime de situação. O indivíduo, acuado pelo medo de estar envolvido em outro crime, entra em pânico e se vê tomado pelo desejo de matar. 3.  Homicida serial por erotomania – Praticado exclusivamente por mulheres, elas vêem um amor romântico

idealizado,

impossível,

ficando

difícil

à

convivência com parceiros reais. A mulher sempre está em busca

de

seu

príncipe

e

nunca

o

encontrará,

matando

aqueles que se tornaram seus amantes por não serem sua outra metade. 4.  Homicida serial por um conflito – Aqui, o homicida tem de matar para prevalecer sua razão, dizer que ele estava certo sobre tal ponto. Crime cometido majoritariamente por homens. 5.  Homicida

serial

por

vingança

simbólica – Cometidos somente por homens. Pode se tornar um

homicida

mulheres,

por

pois

esta

não

classificação

consegue

praticar

aquele sexo

que com

mata elas,

tornando-se uma vingança. O assassino estupra e humilha suas vítimas para sentir superioridade. 6.  Homicida

serial

por

motivação

irracional – Praticado por esquizofrênicos paranóides. O indivíduo começa a ouvir vozes, divinas ou demoníacas, que ordenam a prática da morte. Filme indicado, “O verão de Sam” de Spike Lee. História real.

 

9

 

7.  Homicida

serial

motivado

por

extremismo – Os motivos são baseados na fé, em política, religião ou social. 8.  Homicida serial por eutanásia – A pessoa escolhe vítimas que estão sofrendo. Muitas vezes o

homicídio

é

confundido

com

causa

natural.

Aqui

poderíamos incluir Edson Guimarães, o enfermeiro que matou mais de 150 pacientes no Rio de Janeiro, mas não podemos, visto que o mesmo matava por motivos de ordem financeira. 9.  Homicida serial por controle de poder



aqui

se

encontra

a

maioria

dos

sádicos,

como

Ramirez, que arrancava os olhos da vítima ainda viva pela sensação de poder. Os homicídios são praticados com muita brutalidade. o

estupro

e

10. Homicida serial sexual – Aqui, a

Algumas

pessoas

fazendo

sexo

necrofilia só

com

são

encontram cadáveres.

os o

principais

orgasmo

Podem

motivos.

estuprando

também

ou

introduzir

objetos nos orifícios da vítima. Chikatilo é maior exemplo desta linha de homicidas. 11. Homicida serial por motivações mistas – Aqui pode haver diversas motivações, variando de homicida para homicida. Eles nunca são bem esclarecidos.

Visto a classificação de “De Lucca”  , vemos

os

quatro

entendimentos

de

Holmes

e

1.  Os

que

matam

em

2.  Os

que

De

Burger,

analisando quais se encaixam:

resposta

a

comando de vozes; acreditam

que

devem

livrar o mundo de certas sociedades e grupos;

 

10

 

3.  Os que buscam prazer, excitação ao matar; 4.  Controle e poder sobre a vida da vítima.

Notamos

que

pela

Segunda

classificação, o ganho pessoal, o provocado por conflito, o situacional e a eutanásia estariam fora de um possível serial killer,

encaixando-se

estas

quatro

classificações

nas

restantes da de “De Lucca”  , não ficando assim a diferença entre elas tão grande. Contudo, o enfermeiro Edson Guimarães estaria fora da segunda classificação, sendo o mesmo um mero assassino sem ser considerado um em série. Como

última

parte

do

estudo,

analisaremos um pouco das vítimas escolhidas pelos assassinos seriais. As pessoas, principalmente hoje em dia, devem cuidar em todos os sentidos do que acontece no mundo lá fora. Muitos casos

de

assassinatos

acontecem

na

própria

residência

da

vítima, mostrando o descuido que as pessoas têm com a sua segurança

pessoal.

A

isso

denominamos

de

vitimologia,

ou

seja, o estudo do comportamento das vítimas para que, no futuro, elas tomem as precauções necessárias de segurança para

com

sigo,

seus

familiares

e

amigos.

Alguns

autores

denominam esta falta de cuidado com “tendência suicida”, pois essas vítimas parecem querer a morte. São pessoas que parecem estarem sempre frustradas, solitárias, baixando sua guarda para os acontecimentos do dia a dia. Muitas vezes o homicida se encaixa direitinho em suas vidas, como o motoboy, que prometia

sessões

de

fotos

a

garotas

à

noite

e

estas

aceitavam, indo ao meio de um parque, muitas vezes tarde da noite, para, quem sabe, realizarem um sonho, qual seja, serem

 

11

 

modelos. Ora, parece que às vítimas do motoboy queriam suas mortes. Isto é vitimologia pura. Parece que o homicida serial seduz

sua

vítima

oportunidades

que

e

esta

este

fica

lhe

totalmente

oferece.

Como

os

cega

com

garotos

as que

Chikatilo levava à floresta em troca de lanche. Ora, desde pequenos somos guiados pelos pais, familiares e professores a não aceitar nada de pessoas estranhas, e, como estes garotos iam a uma floresta em troca de comida. Por óbvio, o indivíduo sente sempre uma vontade de correr um perigo, mesmo que seja abstrato, pelas coisas fáceis que nos oferecem, ajudando a aumentar progressivamente o número de crimes ocorridos numa sociedade, com pelo menos, uma pequena parcela de culpa no evento.

 ALGUNS ASSASSINOS FAMOSOS DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE  MYRA HINDLEY – IAN BRADY  – Hattersly (Inglaterra) 1960. Mataram 11 pessoas. Abusaram sexualmente a fotografavam suas vítimas, todas com idade entre 11 e 13 anos.

Quando

tentaram

transformar

a

dupla

em

um

trio,

chamaram David Smith, irmão de Myra, que, não resistindo a pressão da primeira morte entregou sua irmã e cúmplice a polícia. Foram sentenciados a prisão perpétua.

JEFREY DAHMER    – Novo tipo de serial killer

para

inteligente,

o

agente

gostava

Ressler de

do

torturar

FBI. seus

Extremamente animais

na

adolescência. Em 1979 assassinou sua primeira vítima. Após, mais 16 mortes foram atribuídas a ele até sua captura. Ele era considerado um canibal, pois comia carne e bebia o sangue de suas vítimas, guardando algumas partes do corpo (o filme

 

12

 

silêncio dos inocentes baseia-se, um pouco, nesta história). Abusava sexualmente dos corpos e depois cortáva-os. Quando a polícia

foi

ao

seu

apartamento,

encontrou

cabeças,

mãos,

crânios e três restos de corpos em barril.

RICHARD diferentes,

sendo

serial

killer.

roubar

com

classificado

Americano,

apenas

nove

de anos.

RAMIREZ  como El

um

Paso

Quase



Fez

caso

clássico

(Texas), todos

coisas

os

de

começou

a

assassinos

seqüenciais começam cedo na vida do crime. Ramirez matava uma variedade de vítimas (enquanto alguns matam somente uma – só mulheres, só crianças, só homens, só idosos – ele matava a todos). Atirava ou apunhalava suas vítimas que, em algumas ocasiões, fingindo-se de mortas, escapavam da morte.Quanto mais matava, mais sádico ficava, a ponte de arrancar os olhos de uma mulher de 44 anos enquanto ainda estava viva. Foramlhe atribuídas 13 mortes ao total, mas foi acusado também de vários roubos e seqüestros. Aguarda execução por câmara de gás.

TED BUNDY  – Este ninguém imaginaria que fizesse mal a alguém. Estudante de direito, inteligente, ele seria o tipo de vizinho que gostaríamos de ter ao lado de casa, a última pessoa de quem suspeitaríamos. Começou uma viagem de Washington para Utah e deste para Colorado seguido da Flórida deixando um rastro de morte em seu caminho. Foi pego por engano numa batida policial. Foi executado em 24 de janeiro

de

1989

na

Flórida.

Assassinava

garotas

morenas,

todas parecidas com a ex-namorada que lhe negou o casamento.

JOHN GACY  – Foi preso pela primeira vez ao contatar um rapaz a fazer sexo com ele. Era o que os

 

13

 

americanos chamam de nice guy. Até mesmo vestia-se de palhaço para

a

garotada

em

festas.

Após

o



divórcio

começou

a

contratar garotos para fazer sexo com ele. Após ser acusado sexualmente de abusar de um enfermo no Hospital de Chicago, Gacy foi absolvido por falta de provas. Um dia um garoto de 15 anos desapareceu ao ir procurar emprego na casa de Gacy. Quando a polícia foi acionada e entrou em sua casa, revelaram que sentiram o “cheiro da morte”    no local. Foram descobertos  no 33

corpos

de

garotos

escondidos

no

porão

da

casa.

Foi

executado por injeção letal.

 ANDREW CUNANAN – Serial Killer, Spree Murder ou Mass Murder. Criaram-se dúvidas quanto ao que seria exatamente este ser humano das opções acima avençadas e descobriu-se que ele era apenas um homicida comum que estava fugindo da polícia e matava quem entrasse em seu caminho.

O

interessante

deste

assassino

é

a

diferenciação feita pelo FBI do que são os três tipos de assassino acima expostos.

Mass Murder – É aquele que surta e mata um grande número de pessoas no mesmo local e hora, como aqueles garotos que entraram na escola nos Estados Unidos e dizimaram dezenas de jovens e professores. Spree

Murder



Este

assassino

mata

por impulso. As vítimas estão na hora errada no lugar errado. Ele mata várias pessoas em questão de horas, dias ou semanas. Sua reação é espontânea. Ele não tem a compulsão de matar como

o

Serial

Killer,

ele

pode

parar

tão

rápido

quanto

começou.

 

14

 

executado em 1994. Ele levava as vítimas para a floresta oferecendo

dinheiro,

comida,

bebida

e



as

matava.

Ele

tirava as vaginas das vítimas mulheres e os pênis dos homens. Chikatilo

cometia

os

crimes

para

sua

satisfação

sexual.

Quando não conseguiu a ereção para estuprar uma garotinha de nove anos apunhalou-a. Após, ao ver o sangue, ejaculou. Com isso, Chikatilo associou a faca ao seu pênis e o sangue ao seu esperma. A partir daí, ele ligou as apunhalados como se fosse masturbação ou ao sexo. O filme “A Cela” mostra, com bastante verossimilhança, o porque do serial killer abordado no filme matar. O motivo é muito parecido com o de Chikatilo, mas aquele era sádico, enquanto que este não o é.

  – Talvez o mais JACK – O ESTRIPADOR  famoso de todos os Assassinos Seqüenciais existentes. No ano de 1888, em Londres, assassinou e esquartejou 5 prostitutas. Nunca foi pego. Pessoas acreditavam que ele era médico pela precisão com que esquartejava os corpos. Quando falamos que este assassino foi o mais famoso, não queremos dizer que foi o primeiro. Lendo um artigo sobre a importância do estudo da Entomologia, o autor nos conta uma história que ocorreu na China

no

ano

de

1417,

quando

as

mulheres

de

uma

aldeia

começaram a morrer degoladas ao que se parecia uma foice. Depois de muitas investigações frustradas, não restou outra alternativa ao pessoal da aldeia a não ser chamar o maior investigador Chinês da época Sun Tu. Ao chegar na vila, os aldeões explicaram a ele o que estava acontecendo e ele, com a calma habitual, ordenou que todos os homens trouxessem suas foices

ao

amanheceu,

amanhecer

e

todos

homens

os

de



sairia

vieram

à

o

assassino.

presença

de

Quando Sun

Tu

armados com suas foices e, Sun Tu as pegava, colocava o nome de cada aldeão que entregava o instrumento e os enfileirava

 

16

 

no chão. Quando o último entregou, Sun Tu disse, agora é só esperar.

O

sol

começou

a

esquentar

demais,

e

as

foices

expostas a ele começaram a esquentar. Com isso, as moscas começaram a ir somente na mesma foice e pousar nela. Com isso, descobriu-se o assassino, pois por mais bem lavada que estivesse a arma, não poderia enganar uma mosca, que sentiu a presença

de

sangue

e



indicou

a

Sun

Tu

quem

era

o

assassino. O artigo é uma crítica severa ao Brasil que até hoje

não

adota

essa

prática

(Entomologia)

para

desvendar

casos que poderiam ser facilmente descobertos.

 ALGUNS ASSASSINOS SERIAIS NO BRASIL.

JOSÉ RAMOS  – O açougueiro da Rua do Arvoredo. Fazia lingüiça de suas vítimas. A história foi muito abafada na época para não expor pessoas influentes na prática de canibalismo. Foi escrito um livro sobre sua vida de Décio freitas (O maior crime da terra: O açougue humano da Rua do Arvoredo).

 MARCELO

DE

ANDRADE  –

O

vampiro

de

Itaboraí. Matou 14 meninos, violentando-os. Matava para ver a alma da vítima salva do fogo do inferno. Foi violentado na infância.

FRANCISCO DE ASSIS PEREIRA    – O mais famoso brasileiro. O motoboy. Abordava as vítimas para fazer sessão de fotos no parque, depois as estuprava a as matava. Mais de 10 mulheres em 1998. Foi violentado na infância.

PAULO

SÉRGIO

GUIMARÃES

DA

SILVA    –

Praia do cassino. Sete pessoas. Maníaco da praia. Abusado

 

17

 

quando criança. Inspirou-se no motoboy. Dizia que teria que superar sua marca.

EDSON GUIMARÃES – Rio de Janeiro. 150 pacientes

no

Hospital

Municial

Salgado

Filho.

Recebia

dinheiro das funerárias. Muitos acham que ele não se enquadra como Serial Killer por causa da vantagem financeira.

Ainda

como

curiosidade,

foi

lançado

este ano o filme o VERÃO DE SAM de Spike Lee, que conta a história real de um Serial Killer que matava acreditando que o cachorro de seu vizinho era um mensageiro do demônio que mandava mensagens para ele.

CONCLUSÃO. O

presente

trabalho

deu

uma

visão

muito superficial do quem são esses assassinos seqüenciais que,

mais

atualmente,

principalmente

aqui

vem

no

crescendo

Brasil.

mais

e

Conseguimos

mais, ver

a

agressividade, hostilidade, personalidade destrutiva, impulso e

sadismo

a

que

estão

sujeitas

estas

pessoas

mentalmente

desequilibradas.

Tivemos como base a análise feita por De Lucca, onde classificou os assassinos seriais em 11 tipos distintos, sendo mais ampla do que as classificações feitas pelo FBI e por Holmes e De Burger, onde estes classificam estes assassinos em apenas quatro tipos. Vimos seqüenciais

 

da

história

da

alguns

dos

maiores

humanidade,

assassinos

trazendo

casos

18

 

clássicos como Jack o estripador até homicidas mais atuais como o motoboy brasileiro. Demos uma analisada na vitimologia a que está sujeito todas pessoas que estão com suas defesas emocionais

fracas,

entrando,

como

uma

luva,

um

assassino

serial em sua vida.

Enfim,

conseguimos,

apesar

de

superficial, dar uma visão mais clara possível do porque e quem são os famosos assassinos em série, visando um melhor entendimento do tema conjugando a diferenciação de De Lucca com os maiores assassinos, tentando uma exemplificação de cada um deles.

BIBLIOGRAFIA.

Leal, César Barros. Serial Killers: Violência e terror – Um fenômeno crescente no Brasil. Site www.serialkiller.net/: Revista VEJA, a mente do monstro, matéria assinada por Virginie Leite, fev/92. Sá, Augusto Alvino de. Homicidas seriais. Revista de direito penal. Internet

 

19

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