A Ideologia Secular - Capítulo 13

March 6, 2019 | Author: HeïkeSchulman | Category: Classical Liberalism, Socialism, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Capitalism, Immanuel Kant
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Capítulo 13 A IDEOLOGIA SECULAR 

Progressistas Anarquistas, comunistas, liberais e socialistas.

Ideologia Secular Filosofia clássica alemã Hegel e Kant

Antirogressistas Aristocráticos e Conservadores

I  Neste capítulo Hobbsbawm ará uma análise do que ele considera ideologia leiga ou secular, surgida a partir da revolu!"o dupla. #ara ele, apesar da ideologia religiosa ser predominante nessa $poca, veriica%se um crescimento constante de pensamentos relacionados com a nature&a da sociedade e com a dire!"o para a qual ela estava se encami encamin'a n'ando ndo.. #ensand #ensando o sobre sobre isso 'avia 'avia dois dois tipos tipos básicos básicos de opini"o, opini"o, uma que acreditava no progresso e outra que n"o. At$ 1()*, a orma!"o mais poderosa e adiantada dessa ideologia de progresso tin'a sido o clássico liberalismo burgu+s. ra uma ilosoia estreita, l-cida e cortante que encontrou seus mais puros epoentes na /r"%0retan'a e ran!a. 2eus ideali&adores acreditavam na capacidade da ra&"o em compreender e solucionar todos os problemas. #ara eles, o mundo 'umano era constituído de átomos individuais que buscavam suas  prprias satisa!4es diminuindo seus despra&eres. Na busca pela vantagem pessoal os 'ome 'omens ns acaba acabava vam m send sendo o or! or!ad ados os a entr entrar ar em cont contat ato o com com outro outross indi indiví vídu duos os estabelecendo um compleo de acordos -teis que ormava a sociedade e os grupos  políticos. 5 'omem do liberalismo clássico era um animal social so mente na medida em que coeistia em grande n-mero. A elicidade era o supremo ob6etivo de cada um e a maio maiorr elic elicid idade ade ao maio maiorr n-me n-mero ro de pesso pessoas as era era o ob6et ob6etiv ivo o da soci socied edad ade. e. ste ste utilitarismo utilitarismo puro esteve associado a pensadores pensadores como 7erem8 0ent'am 91(:)%1)3; 91(:)%1)3; propriedade privada e > liberdade individual e de empresa, oi constituído um direito natural do 'omem. A base dessa ordem natural era a divis"o social do trabal'o. #odia ser cientiicamente provado que a eist+ncia de uma classe de capitalistas donos dos meios de produ!"o beneiciava a todos, inclusive aos trabal'adores que se alugavam aos seus membros. 5 progresso era,  portanto, t"o ?natural@ quanto o capitalismo. 2e ossem removidos os obstáculos artiiciais que no passado l'e 'aviam sido colocados, se produ&iria de modo inevitável e era evidente que o progresso da produ!"o estava de bra!os dados com o progresso das artes, da ci+ncia e da civili&a!"o em geral.  Neste momento, essa id$ia come!a a trope!ar n"o s porque Bavid icardo descobrira contradi!4es dentro do sistema que 2mit' preconi&ava, mas tamb$m porque os verdadeiros resultados sociais e econDmicos do capitalismo provaram ser menos eli&es do que tin'am sido previstos. Naturalmente, ainda se poderia sustentar que a mis$ria dos pobres que estava condenada a se prolongar at$ a beira da etenua!"o, ou a  padecer com a introdu!"o das máquinas, ainda se constituía na maior elicidade do maior n-mero de pessoas, n-mero que simplesmente simplesmente resultou resultou ser muito menor do que  poderia se esperar.  No continente europeu, os liberais práticos se assustavam com a democracia  política, preerindo uma monarquia constitucional com surágio adequado ou, em caso de emerg+ncia, qualquer absolutismo ultrapassado que garantisse seus interesses. 5s

descontentamentos sociais, os movimentos revolucionários e as ideologias socialistas do  período ps%napoleDnico intensiicaram esse dilema, e a revolu!"o de 1)3E tornou%o mais agudo. 5 liberalismo e a democracia pareciam mais adversários do que aliados o tríplice slogan da evolu!"o rancesa F liberdade, igualdade e raternidade F  epressava mel'or uma contradi!"o do que uma combina!"o. II nquanto a ideologia liberal perdia assim sua conian!a original, uma nova ideologia, o socialismo, voltava a ormular os vel'os aiomas do s$culo GIII. A ra&"o, a ci+ncia e o progresso eram suas bases irmes. 5 que distinguia os socialistas de nosso  período dos paladinos de uma sociedade pereita de propriedade comum era a aceita!"o incondicional da revolu!"o industrial que criava a verdadeira possibilidade do socialismo moderno. 5 Conde Claude de 2aint%2imon 91(;E%1)J guerra. 7á o pensamento de Hegel $ mais abstrato, icando apenas  parcialmente evidente que suas abstra!4es buscam um acordo com a sociedade  burguesa. Contudo, desde o princípio, a ilosoia alem" dieria do liberalismo clássico em importantes aspectos, mais notadamente em Hegel do que Kant. m primeiro lugar, era deliberadamente idealista e re6eitava o materialismo ou o empirismo da tradi!"o clássica. m segundo lugar, embora a unidade básica do pensamento Lantiano se6a o indivíduo, em Hegel $ o coletivo, que ele v+ sendo desintegrado sob o impacto do desenvolvimento 'istrico. Assim, o período da revolu!"o dupla viu o triuno e a mais elaborada epress"o das radicais ideologias da classe m$dia liberal e da pequena burguesia, e sua desintegra!"o sob o impacto dos stados e das sociedades que 'aviam contribuído para criar, ou pelo menos recebido de bra!os abertos.

1 2istema político que pretende a absoluta 'omogeneidade das ra!as germRnicas.

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