A excrita e o real (Hélio Oiticica e a Arquitetura do Sujeito)
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HELIO...
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Dts dt dção resea s à EdUFF Editor d Univrsdd Fdrl umis R Mig d rs, 9- A Ax xoo- í í Nó J J- C CP P T. (2] 69-5871 edf@..br w.br/ed É p bi d pç l o ac l
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I -
COLECAO MOSICO
•
I
Estudos Contemporâeos das Artes
Hélio Oitcca e a Arqutetura do Sujeto Taia Rvea
I -
COLECAO MOSICO
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I
Estudos Contemporâeos das Artes
Hélio Oitcca e a Arqutetura do Sujeto Taia Rvea
A excrita
o
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Ecrevr é o eminál te. Maur Bch Tud, o mudo, ispr n um . Sée M
Sabemos que Héo Oiicica escreva. E muio. Aotaçõs dvss so sa pessa atst, rs textos rítios so o traalo de otos atsts texos e e plm o concitos e guim s ora projo ec Não se r ma escra sumida à or plásica mas e um ividade cenr n prouo des ri A sia hna não s fez ao ld s talho rsco. mliplcid heerognide dessa scri pl sm gêca ta o vgo oeta de sa oa Vr sões batan divrsas deste
exo form presenad no minário que acomnho oção H O O Mu em Sã Paulo, no Ro d Janio m Bsíia (201/11). Agdcmos a rdo do sminrio, Felie ovino e adores d oição, enndo Cocharal Cs Oiii Fh lo onvie t efxão U erão ubtacamene ift st fo publad ob o úu lo "A a de Héo Occ" a revst Po (Pog d Pó-Grdço e Cêna Ate- ) N eró, n. 17 no 12, jlo d 11. .
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Poemos hegar a rmar que o trabao e Oitd a! escrta, ese o nío, pos em seu núeo ecora-s ma sosaa eexão sobre a palava e o objeto qe faz om qe aa obra possa se vsa omo o prepao ma opao e guaem. Nsso ee ão esá soo; a gor toa oução atístia que osa e ma sgva reexo oeitua poera se aoaa so esta hae Mas os esrtos e Héo vão aém Ees cos ttuem ma ompxa eo eóropoéta a qual rraam opeaõs mpas sobe a guagem a ate o mno e o omm. Conceito-poesa
Nos sctos e astas ase om eqêna pe see a nteno e omar o que vsa o o qe é ma etemnaa oba o o tabao e oa ma va Esse sro o ao propõese omo ma espe e me aço e seu otvo ormativo ou omuao uitas vee també é umpio po eos e rítos espeamee aquees que ão vo ao ppo atsta aompanhao suas popaes e vlgaoas como are mpotane a oba Os escrtos e éo o e m mas ves e mp sa unão Assm eeeos e suposas ausaões Hé o ama em 1969, e se traao aa eve ao e Lyga Cak: "aa evo a niguém s o que ao e -
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penso or isso há aos escevo ara dear tudo claro''19• T busc e expitação e eu rbho envole pre ocuação de legar um teseunho de sua cração, se dúvida Mas abé se cobna a ua exgêna as ndmenal, inten conceitu que ó poe se faze coo escra: de fato Ho foja noções e seus esc os, que são undaenos de sus obras. Há eo ou techos do escito ue us não comuni, nm eso usr ou fundaentar as verdadeaente undar sua eeenação Eles são o testeuno de pensmeno se endo dsde o iníco da jetó e n ·a co noçes coo (cor eo" co-luz" e coo da cor''20 Coo not Rcardo Bsbu od a ora de Oi ticc ((sá mr pe resenç nn e insiene da aavra e do exo" sea coo nscrção no obeo sea oo ouação eexiva aerca do ório ro cess o". E onseqênca, cada rabao esara evolto e ma "ea conce caaz de ilumná-lo o ue inguaizia areenso d obra do atsta1 19 C, Lygia & OITICCA Hé C -4 (rg. uno Fied) Ro d J: Edt UFRJ O 20 V d 5 60 m OIA éio iro ao gnd lbrt q i pl sl AGL), R a co BASAM do. Além da rez vis P Zuk, 007 p. 83
Oiicica parece er plena conscênca de uma c� ta disnção ete exo e objo, ao mos no úmo peíodo de sua poduão. Em etvisa dada m 1979, falando sobr a dcdade de difsão de se rabho o Bas dvdo a se caráter "expemetal ee cosdra du opõs. A pima seria a de pbca seu abho já qe enho muos eos eócos e iveivs: eho poeos q só podem se oa conecdos e execa dos se foem publcados d ee em erevsa a Cara Steweg122• A segnda seria a de execa tais poeos Sus os não só são vevs' o sea pro dos do mesmo esado de nenão qe caaceza ses obetos prposõs c como a pulcaão é vaoza da como meo legímo de apeseao de sa oa. Da mesma maea qu ss os os os da maoa de ses rabos devm ao lado das caegoias mas ampas cad peo artisa sr cosdeados como inve ç ões ou . como coeto pez: masqemas penetaves hos óldes o cear o sprassesoral etc. Eles nos pemtem percb u o co da aeóa heana é matéra poétca é opraão da lnguagem q ao se do ar sobre si mesma ang o mdo A radcaiaão poéca da scrita d Occa em ns da década de 960 d cao esemho dsso Em cra paa Lygia Cak daada d 968 laa .
,
122 STELLWEG, Caa. Entrevis parjoul Héio Otcc (Enoos) Ro d Jan: Bc d Auge 2009, p 220-2. 84
Estou crevend mui, m s nêns: d Rgéi [Da] iíi Gbg as c q há coi n que cv: são xos poécos esm d d d não g de s ç lsócs o e m ie péc n á nendde gn d c. Tratando de ate, o texo devm s poéios juamene. A imagm poéa dv e em medda de maeaiza "coia. Já em Nova Yok m uma d ua anoações d 1974, depoi pblada como aa-teo a Way Saomão encona o eguinte pma m tíuo ao lado de uma foto de Romeo vesndo o paango C 25 P 32 opoo um poo d o o. ata d ma d mai m-sucedida popoas hlia a d mazço da oa (a opoço do pango lé om oda ua foça onea) na ingagem ól fuu ch-v ã b isl v ga OMÉTE ne124 123
12 CK Lia & OITCCA Hé. Carts 96-7, p 43.
s 2 n snl ú /P O /willg/licxas/ encpeiho/ 85
A forma do poem no pço d págin evira e dança omo um paangolé. A gua se oba e tede
e voa obe ela e sma , do hão d rpent alça voo gmnndo e junndo pv. Poea-oa poea ato do opo poeapenametote A i deslizante, cei de noogmo ini gáo oo o rvsão e euos oo aatees egto ou maúua paêntees ublado e set, além do epaameto ds vrs n foh e ape, á mosta o onao de Ota om o oeta oeo speia m n te Holo de Cmpos e d lu e aoe omo Malam ound Joye ao lao da olaboaço om oto etoe xmn (como Fee r o Coho ão bem maea e ometa em u Li vro ou lo-me. Os Eco balônicos d Héo Oitic
( 197-198 125) . Na assaem ama vmos qe ão e
taa a ea helaa sm ple nte d uas slístas i nc orporadas à tajetóa do artta, m d ma ooão ao a eta do e á ea pono n a de a bu oét Tal eta é ba do gozo à mgem d ling uge m em sa beas s bods d l index.cfm?saco:cunt&psqu=pl), 0• bo 0l/74 anxo, p. 2
15 COELH, Frc d Hé c
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Livro ou l-me. Os Ect babôn
Ro de Jro: UER 200.
·�. .
Rme m Prngoli 32 Cap 5, Nv Yk 197. Ft Hé Otdc
guagem com o corpo. Por isso, como bem nota Oiicica trata-se d txto poético (po-ético poderíamos bincar pois há aí ma ética). Lingagem afada plo copo ecria qe e qer vivida no corpo a ínga é a aeada por m "m pouco demas como dz acan a respeito da lteatura 126 Além isso vmos leva ao pé da lera a ama ção de Hio de qe há coisas' no q scv A coisa esá aí poica no texo assim como vntalmene em ojetos o proposições Com Oticca tavez possamos avançar ma spc d dnço provocatva que a poesia é jsamn aquo qe a lingagem não co munca ms s aprsna como "cos Para Marce Banco o poa ca m objeto e igagem127• Nes s snido Otcica é sempre decidida e assmidamene m poa Sas obras sas cosas seus oeos poeos ar qiteuas são tambm esrit podemos dir na mdida em q pomos enr escrever como o to de depota em o um opeacáo lingge A scrita az da linga gm cois m texo na maora as vzs o um livro O ot oa, nos obos a ,
126 I, Jacqu. Lturere.As écrit Pri: Síl, 201 p 15 127 BNCHOT Mure. L' esace liérae ar Folo (Ei) 19 p. 42 88
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Poma, 9.
Objeto-língua
Faando de ss pomas, em aa d 1968, Hélo ama: "( ) Sio ncssdad da palava, paava-es paçotmpo e objoplavra, udo no fudo se eduz à msma exprssão só que po omas difes128• D fao sua oba a além da dsção dco e l aua e aes pss coso muas vs o jopalavs ou palavaobeos a mdda em ue a pópia eaão e nguagem e osa é la um ues iont ena O abaho aísco não s a com a gagem, mas na iguagem, le cosise em opera çõs de lguagem. Como já da Fud m 190 a pa ava é m ma tera: OVO é quase a fóra qe poeria vez se a como algo o aguém (O) e uma rela ção o drea as ocida como uma ta de Moebius co ago o aguém (0)). Ao se eorcer e dorar so e sa própria lera e vez de se fechar ea toa uma eome foa ceníuga. A metáfora evia-se paa oa e fase sepe oa ouro ome paa outa coisa para oto nome em "pocesso'' "coclusivo' e qe vai aém a apaênca. Processo via. Resvao que aic la corpo objeto e amiente Meáfora dspesva, úceo que raia raos iúmeros em movmento perpéuo. O amee oa. 1e abiental a ae oga paa fora, é a voa paa foa de si eso. A arte tem a er com a metáfoamao capaz de pô em movimeo a guage e faer a escta sepre uma eencia ota, em epetida vage pea qa ea se voa parafra de si. (.. ) uma sequêni lier jo cmç é bt e u m abe ão d prt e em m-m: fr g iha uebaa147
É alano do otro de Lyga Pape, o Ovo, qe Oi
icica explica o poto as ago e sa própa escrita a metáfora e sa esriaate Oicica o é noe 147 OITCCA, Hl Pape: Ov Ly Pape Gáv d toci, p 30. 99
de uma coisa usao para noear otra cosa, as u no e-objeosuação, à aneira o Ovo d Pap capaz e quear a nha pos oea dvsas inas cosas fora d s e põe o sjeo nessa speso nessa suvesão da nguage q é a sbvesão do sujito. No s traa e oíia apesar o xo sr pvegado ino e ua osa a oua poqe a associaço o se á e a a ota palava e cotguiade ea as coo quebra e tpica eata. Tratase de a áoa espa ca, topoógca, abino útpa esõs Ea s isprsva lbiríntica, poeo dze poqe exge qe ea cada trace seu cao sua eua-scra (Ma o que se traa, na prodo poéca de Hio, da eáoa o abrino tata-se d meáf omo biino). Prolixdade e escta imediaa
1964, ates o poto e viada sa escta o artista gaava: Cço aqi e hje u chaari d 'pta se, u sja aqui m qe e expressai snid vba pane. O ede íi é idia, s é iedia q s rna tn na epessã p i ia aaee pl ps da iha bra pásia da read paa a pess que x assagir s aidns esquihs sa d s 10
abrça. E, orém 'ac dele plao i, o qu não acontec n í o o o que poderia se ih, o dia a da tora-e viêa e iz- o oma 148
Já havia ma poesa sca, ina qe "ceà' de 1964, eo ano e que Héo f os eos rngol. En o e o meqho o cotno á vvênc q h nee coo . O co tam bm se ge m no ea noa o i no osse geno o co c o m o ee e se ael s o saeo. S se ao at ntão sva o no ie ele ogo çá o coneen o eao o to sago o qal lo s ol gu go oemos ze mesclno gía mas cne Flosna o oiano eev lo u oco xo. a imedat se o aoátc: ava óle a no ai nimen na enço sais ca tomátca e ec-eeso ta o concne o ego eao o umúo conn qe nos oman e o qa asa a ovios aa qu eve s avas T too é oleáco oq no á o na ao q asase ovios A elço o sjeio à n g qo oa queto esognza e tanoa 48 Iú Cu/Pog Hélio O núo obo O 9/6. 10
a própia inguagem, ao mesmo tempo em que deixa sem chão o sujeito. Na lteatra de Beton e ags outos surreasas o aomatismo beiava no iíco a aóia pedae e barroca aes de ser aandonado como poce meo. A escrta imeiata e Oiicica o seu o ão faz qalquer aoogia o auomatsmo e muo me os o icosciee mas aosa o tempo como cod ção fuamea- da se caráer aessao suas arevia ções se esquematsmo qe frequentemene se aparena a oas tomaas em vista e m exo fuo. A escita é "vivêcia nas pouções helana a par de 1965, po qe ela abaça o da a da a scessão de pequeas cosas qe podem se como fulgações otcas que tomam o lga e qalque eerização la Tatase e uma escta cotiiana eeogêea e incometa o seido e qe mutas vees arece esehar eqemas apessa os qe deveam talvez m ia se deseola como exo acabado Escitalemete o melo: dora de escrta oênca e ciação de otas fases outras aavas- qe vêm o outro e evem ser cadas arodiadas apoa as ese insante. Já O Caminhando e Lygia Clark (1964) evava a ma vvêcia o temo qe sbversão o esaço ecidiano peo cote coíuo a ta de Moeus qe va feno o caminho de caa m o passa do emo qe se fa ato ae Já Oticca que realiar a mesma oção ento/foa mas ioninenti. Cambaota repeta a cada seguo. 102
'I �t escrit idit não dx, cotudo, d s po-
a opos sisa d si uomáca q s pod v s, como sug ad dlsc d Ovio Paz o pojo d "dslo o co d üã dv à gg o q é su149• O fio · rg, tizção d áuins d coiçõs 'H
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