A Doutrina Da Presen_a Real de Cristo Na Eucaristia

December 27, 2018 | Author: Joao Paulo | Category: Eucharist, Logos (Christianity), Mass (Liturgy), Jesus, Sacrifice
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OMITID OMITIDOR OR DAV DAVID ID ATACA ATACA A DOUTRI DOUTRINA NA DA PRESEN PRESENÇA ÇA REAL REAL DE CRISTO CRISTO NA EUCARISTIA

A Missa é um sacrifício igual ao do Calvário? A Igreja de Roma defende que a missa é uma continuação do sacrifício que Cristo realizou no Calvário, que é na realidade uma recrucificação de Nosso Senhor muitas e muitas vezes, de um modo incruento. Defende também que este sacrifício é exatamente tão eficaz para tirar o pecado como foi o sacrifício no Calvário. Cristo é oferecido supostamente cada vez que a missa é cele celebr brad ada, a, isto isto é, diar diaria iame ment ntee em mi milh lhar ares es de igre igreja jass cató católi lica cass roma romana na de todo todo o mu mund ndo. o. A missa não é, portanto, um memorial, mas um ritual no qual o pão e o vinho são transformados em carne e sangue literais de Cristo, que então são oferecidos como um sacrifício verdadeiro. A única diferença é no modo pelo qual são feitos. Roma reivindica assim continuar com um ato que foi completado cerca de dois mil anos atrás.  No sacrifício da missa o sacerdote torna-se "alter Christus", isto é, outro Cristo, pois sacrifica o verdadeiro Cristo sobre o altar e o apresenta como o Salvador dos fiéis e para livramento das almas do purgatório. A igreja romana ensina que Cristo, na forma de "hóstia" (pão consagrado), está sobre o altar. O chamado sacrifício da missa certamente não é o mesmo do Calvário. Não há nenhum Cristo real na missa, nem sofrimento e nem sangue. E um sacrifício sem derramamento de sangue não tem efeito. O escritor do livro de Hebreus diz: "e sem derramamento de sangue não há remissão" de  pecados (Hebreus 9:22); e João nos diz que "O sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado". (I João João 1:7) 1:7).. Cons Consid ider eran ando do que que não não exis existe te conf confes essa sada dame ment ntee nenh nenhum um sang sangue ue na mi miss ssa, a, ela ela simplesmente não pode ser um sacrifício pelo pecado.  No Novo Testamento a ordenança da ceia do Senhor sempre é apresentada como ordenança, nunca como sacrifício. Além disso, segundo a lei do Levítico, uma oferta pelo pecado NUNCA PODERIA SER COMIDA. O fato de que na ceia do Senhor os elementos são comidos é prova implícita de que  jamais deveria ser considerado como um sacrifício. Essa doutrina da missa baseia-se na pressuposição de que as palavras de Cristo "Este é o meu Corpo", "Este é o meu sangue" (Mt 26:26-28) devem ser entendidas literalmente. As narrativas da instituição da ceia do Senhor, nos evangelhos e na carta de Paulo aos coríntios, tornam claro que Ele falou em termo figurativo. Jesus disse: "Este é o cálice da Nova Aliança do meu sangue" (Lucas 22:20). E Paulo cita Jesus dizendo: "Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando anunciando a morte do Senhor, até que ele venha" (I Cor. 11:25-26). Nesta passagem ele usou uma figura de linguagem dupla. O cálice representa o vinho e o vinho é chamado de nova aliança. O cálice não era literalmente a nova aliança, embora ficasse tão definidamente, declarado como o pão foi declarado seu corpo.  Na verdade, como poderiam as palavras de Cristo "Este é o Meu Corpo" e "Este é o Meu Sangue", serem aceitas no sentido literal? Na ocasião em que estas palavras foram anunciadas, o pão e o

vinho estavam sobre a mesa diante dele, e Ele estava sentado à mesa, em Seu Corpo, como um homem vivo. A crucificação ainda não tinha acontecido. Eles comeram a ceia do Senhor antes da crucificação. Ale disso os apóstolos não podiam lembrar de alguém que estava PRESENTE, como os romanistas dizem que Cristo está presente na missa. Mas, no futuro, em sua ausência, estas coisas poderiam simbolizar o Seu corpo partido e o Seu sangue derramado. As palavras de Jesus "Fazei isso em memória de mim", mostram que a ceia do Senhor não foi algum tipo de operação mágica, mas principalmente um memorial. Em outras ocasiões Ele disse: "Eu sou a Porta"(João 10:7), no entanto não queria dizer uma porta literal de madeira com dobradiças... Outra vez falou: "Eu sou a videira" (João 15:5), no entanto não queria dizer que era um pé de uva literalmente falando... É claro que nenhuma dessas expressões deve ser tomada literalmente. Da mesma forma "Este é o meu corpo" e "Este é o meu sangue", não deve se entender literalmente. É extremamente irracional entender essas expressões literalmente e as outras figuradamente. Uma Uma outr outraa prov provaa mais mais im impo port rtan ante te de que que o pão pão e o vinh vinhoo não não se tran transf sfor orma mam m li lite tera rall e verdadeiramente verdadeiramente em carne e sangue de Cristo é a seguinte: seguinte: a interpretação interpretação literal torna o sacramento sacramento em uma forma de canibalismo. O canibalismo é exatamente isto, comer carne humana. Comer e  beber sangue humano é coisa repulsiva, abominável a qualquer pessoa com o juízo são e o era especialmente para os judeus. Essa prática é contrária às Escrituras e ao senso comum. "qualquer  homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que comer algum sangue, contra aquela alma porei o meu rosto, e a extirparei do seu povo." (Lev.17:10) "tão-somente não comerás do sangue; sobre a terra o derramarás como água" (Deut. 12:16). A igreja romana afirma que na missa não há transformação visível no pão e no vinho, que continuam continuam tendo as mesmas propriedades: propriedades: O mesmo gosto, a mesma cor, o mesmo cheiro, o mesmo  peso e as mesmas dimensões. Bastaria, para refutar essa doutrina, destacar a impossibilidade que envolve. É impossível que os atributos ou propriedades sensíveis sensíveis do pão e do vinho permaneçam se a substância foi mudada. Está implicitamente evidente que os atributos da carne e do sangue não estão ali realmente. Quando Jesus transformou água em vinho em Cana da Galiléia não havia dúvida de que era vinho. Tinha as propriedades do vinho. Mas, considerando que o pão e o vinho na eucaristia eucaristia não possuem os atributos da carne e do sangue, é absurdo dizer que qualquer alteração se efetuou. Quando o sacerdote romano consagra o pão, esse passa a se chamar "hóstia" e é adorado como se fosse Deus. Mas, se a doutrina da transubstanciação é falsa, então a hóstia não é mais o corpo de Cristo e sim um pedaço de pão comum. E se a alma e a divindade de Cristo não estão presentes, então o culto dele não passa de idolatria. O SACRIFÍCIO DE CRISTO Que o Sacrifício de Cristo no Calvário foi completo nessa oferta única e que ele nunca foi repetido ficou claramente exposto nas Escrituras. "que não necessita, necessita, como os sumos sacerdotes, de oferecer  cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo."

vinho estavam sobre a mesa diante dele, e Ele estava sentado à mesa, em Seu Corpo, como um homem vivo. A crucificação ainda não tinha acontecido. Eles comeram a ceia do Senhor antes da crucificação. Ale disso os apóstolos não podiam lembrar de alguém que estava PRESENTE, como os romanistas dizem que Cristo está presente na missa. Mas, no futuro, em sua ausência, estas coisas poderiam simbolizar o Seu corpo partido e o Seu sangue derramado. As palavras de Jesus "Fazei isso em memória de mim", mostram que a ceia do Senhor não foi algum tipo de operação mágica, mas principalmente um memorial. Em outras ocasiões Ele disse: "Eu sou a Porta"(João 10:7), no entanto não queria dizer uma porta literal de madeira com dobradiças... Outra vez falou: "Eu sou a videira" (João 15:5), no entanto não queria dizer que era um pé de uva literalmente falando... É claro que nenhuma dessas expressões deve ser tomada literalmente. Da mesma forma "Este é o meu corpo" e "Este é o meu sangue", não deve se entender literalmente. É extremamente irracional entender essas expressões literalmente e as outras figuradamente. Uma Uma outr outraa prov provaa mais mais im impo port rtan ante te de que que o pão pão e o vinh vinhoo não não se tran transf sfor orma mam m li lite tera rall e verdadeiramente verdadeiramente em carne e sangue de Cristo é a seguinte: seguinte: a interpretação interpretação literal torna o sacramento sacramento em uma forma de canibalismo. O canibalismo é exatamente isto, comer carne humana. Comer e  beber sangue humano é coisa repulsiva, abominável a qualquer pessoa com o juízo são e o era especialmente para os judeus. Essa prática é contrária às Escrituras e ao senso comum. "qualquer  homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que comer algum sangue, contra aquela alma porei o meu rosto, e a extirparei do seu povo." (Lev.17:10) "tão-somente não comerás do sangue; sobre a terra o derramarás como água" (Deut. 12:16). A igreja romana afirma que na missa não há transformação visível no pão e no vinho, que continuam continuam tendo as mesmas propriedades: propriedades: O mesmo gosto, a mesma cor, o mesmo cheiro, o mesmo  peso e as mesmas dimensões. Bastaria, para refutar essa doutrina, destacar a impossibilidade que envolve. É impossível que os atributos ou propriedades sensíveis sensíveis do pão e do vinho permaneçam se a substância foi mudada. Está implicitamente evidente que os atributos da carne e do sangue não estão ali realmente. Quando Jesus transformou água em vinho em Cana da Galiléia não havia dúvida de que era vinho. Tinha as propriedades do vinho. Mas, considerando que o pão e o vinho na eucaristia eucaristia não possuem os atributos da carne e do sangue, é absurdo dizer que qualquer alteração se efetuou. Quando o sacerdote romano consagra o pão, esse passa a se chamar "hóstia" e é adorado como se fosse Deus. Mas, se a doutrina da transubstanciação é falsa, então a hóstia não é mais o corpo de Cristo e sim um pedaço de pão comum. E se a alma e a divindade de Cristo não estão presentes, então o culto dele não passa de idolatria. O SACRIFÍCIO DE CRISTO Que o Sacrifício de Cristo no Calvário foi completo nessa oferta única e que ele nunca foi repetido ficou claramente exposto nas Escrituras. "que não necessita, necessita, como os sumos sacerdotes, de oferecer  cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo."

"É nessa vontade dele que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre. Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados; mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à direita de Deus, daí por diante esperando, até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés. Pois com uma só oferta tem aperf perfei eiççoado ado para ara sempr empree os que que est estão sendo endo sant antificad cados." os." (He (Hebre breus 10: 10:10-1 10-144) Observe que nesses versículos aparece a declaração "uma vez por todas", contendo a idéia de inteireza, ou finalidade, e que impossibilita repetição. A obra de Cristo na cruz foi perfeita e decisiva. Ela constituiu um acontecimento histórico que jamais foi repetido e que realmente não  pode ser repetido. A linguagem é perfeita "Jesus porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício sacrifício pelos pecados” (10:12). Paulo diz que "Cristo ressuscitado dentre os mortos já não morre" (Rm 6:9). Somos informados que Cristo assentou-se como prova de que a Sua obra está concluída. Por causa disto. Ele nunca desce daquele lugar exaltado para ser um outro sacrifício sobre os altares de Roma ou qualquer outro. Graças a Deus que podemos olhar para trás para o que o nosso Senhor fez no Calvário e saber que Ele completou o sacrifício pelos pecados uma vez por todas, e que a nossa salvação não depende do capricho ou decreto arbitrário de qualquer sacerdote ou igreja. Qualquer presunção de uma oferta contínua pelo pecado é mais do que inútil, pois é uma negação da eficácia do sacrifício expiador de Jesus Cristo no Calvário e de que Sua obra ficou inacabada. Deus te abençoe. David RESPOSTA "Examine-se, pois, a si mesmo o homem, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque aquele que o come e bebe indignamente, come e bebe para si a condenação, não distinguindo o corpo do Senhor." 

Omitidor David, Começamos nossa resposta citando o trecho por você omitido, para que se dissipem logo as dúvidas sobre o caráter desse novo David, que ao invés de proclamar de forma sublime a palavra de Deus nas Escrituras, como o rei homônimo, a esconde e a adultera quando ela não lhe convém. Confesso que ficamos a princípio contentes com seu e-mail, que pela primeira vez parecia romper romper com o mé métod todoo apa apaixo ixonad nadoo de deb debate ate protes protestan tante, te, qu quee tem inv invaria ariave velme lmente nte acusações infundadas, falhas de lógica e português sofrível.

A apresentação da doutrina católica da missa que o senhor se propunha impugnar, de forma clara (aliás, clara até demais, parecendo ter vindo de um ex-padre); os argumentos ordenados e as citações bíblicas embasando suas conclusões, tudo nos levava a crer  que, agora sim, teríamos um debate de alto nível. Porém cedo encontramos um tropeço definitivo, que pôs fim à nossa expectativa. O tropeço foi o alerta de que o oponente havia novamente apelado para armas menos nobres, igualando-se aos seus pares no que os polemistas católicos do começo do século chamavam de protestantismo tupiniquim, que escrevia já naqueles tempos tristes páginas da polêmica religiosa no Brasil. Com o tropeço veio a queda, e sua carta tornou-se confusa, parecendo que a falta de sinceridade afetou sua capacidade de articular o pensamento (o senhor chegou a falar em milagre impossível, magia e canibalismo, com referência à Missa!). Vamos ao centro do problema: Cristo está presente ou não na Missa, renovando de forma incruenta o Sacrifício da Cruz? O senhor argumenta contra, e nos cita o trecho de São Paulo explicando o sentido das palavras de Cristo na última ceia. Vejamo-lo: 

> "Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha" (I Cor. 11:25-26). E o senhor prossegue com uma explicação confusa sobre um duplo sentido figurado, que parece mais atrapalhar do que ajudar sua refutação.



Citemos porém, agora, o trecho completo, sem a quebra do raciocínio imposta ao trecho de São Paulo (na 1a carta aos Corintios XI, 23-29), em sua exposição teológica sobre o ato sublime de Cristo na Última Ceia:

"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei a vós, que o Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão, e dando graças, o partiu, e disse: recebei e comei; isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Igualmente depois de ter ceado, (tomou) o cálice, dizendo: este cálice, é o novo testamento no meu sangue, fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que ele venha. Portanto todo aquele que comer este pão ou beber este vinho indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, a si mesmo o homem, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque aquele que o come e bebe indignamente, come e bebe para si a condenação, não distinguindo o corpo do Senhor." 

E então, sr. David, que dizer a respeito desse trecho propositadamente esquecido? Por  que omitir a doutrina fundamental da explicação de São Paulo, onde ele diz que será réu do CORPO e do SANGUE, aquele que não distingue o PÃO e o VINHO do CORPO DO SENHOR? Como alguém poderia ser réu do CORPO e do SANGUE, se a missa fosse simplesmente celebração da memória? Como poderia comer e beber a própria condenação quem, vendo PÃO e VINHO, e comendo PÃO e VINHO, não distinguisse o CORPO DO SENHOR? Como poderia alguém distinguir o CORPO do PÃO, se vê apenas PÃO? Como explicar esse milagre, pois conforme suas palavras: "É impossível que os atributos ou propriedades sensíveis do pão e do vinho permaneçam se a substância foi mudada. Está implicitamente evidente que os atributos da carne e do sangue não estão ali realmente." A respeito disso, leia o belíssimo "Adoro Te Devote" de São Tomás: "Visus, Tatus Gustus in te fallitur, sed auditor solo tuto creditur." Onde falham os sentidos, senhor David, é a fé que sustenta. Aliás, o senhor pode explicar como um cego pôde ver, ou um surdo ouvir, ou um morto ressuscitar, sem a luz da fé? Ou sua seita é uma das de último tipo, que negam todos os milagres narrados nos Evangelhos, e até que Cristo é Deus? Não há resposta, não é omitidor David? Mais fácil foi para o senhor cortar a parte que o incomodava, e continuar celebrando apenas o memorial de Cristo, com Pão e Vinho, enganando-se e enganando outros, e acusando a Igreja de Cristo de idolatria. O problema é que Cristo ensinou de forma diversa, e, embora isso esteja acima de nossa inteligência, temos que aceitar como artigo de fé, porque Cristo não pode enganar-nos e nem enganar-Se. E não se pode calar a voz de Deus, expressa nas Escrituras, que os protestantes - como o senhor -se gabam de ler e conhecer o tempo todo. Não é honesto omitir e eliminar o que o contraria no texto da Escritura. Aliás, mais duas inverdades em sua carta: o senhor disse que Cristo pronunciou as frases com o pão e o vinho à mesa. Não foi assim. Cristo disse "Isto é o meu corpo", tendo tomado em suas santas e veneráveis mãos o pão, e tomando o cálice disse: "Este é o cálice de meu sangue". Note bem: Cristo pega o pão e diz "Isto" - HOC. Toma o cálice e diz "Este"- HIC. Daí vai uma grande diferença dizer que Cristo, com o pão sobre a mesa, disse "Este" - HIC - é o meu corpo, pois deixaria dúvida se ele estaria falando do seu corpo ou do pão. Segurando o pão, e falando "Isto", não há dúvida. Aliás, São Paulo não está ensinando nenhuma novidade, está apenas concluindo e explicitando o que todos já sabiam e praticavam, e que a Igreja em Corinto estava descuidando. Se o pão é corpo e o vinho é sangue, como nos diz São Paulo, então o que Cristo fez na Última Ceia foi mais do que uma refeição, foi um ritual de sacrifício, onde a vítima e o sacerdote eram a mesma pessoa: Cristo.

Na cruz, temos de novo o mesmo e único sacrifício, pois a vítima e o sacerdote de novo são uma única pessoa: Cristo. Por fim, na Missa, temos o que, David? A mesma vítima e sacerdote (Cristo, na hóstia consagrada, e o padre que age in persona Christi), e portanto a mesma Santa Ceia e o Calvário. Todas as missas celebradas até o final dos tempos constituem UM SÓ SACRIFÍCIO, pois a vítima e o sacerdote são sempre Cristo. Com os trechos de São Paulo citados por David para provar que o sacrifício foi único está perfeitamente conforme a doutrina católica. O David que demonstra grande conhecimento dos sacrifícios antigos há de concordar  que, se fosse possível uma mesma vítima ser oferecida diversas vezes, não poderíamos dizer que houve sacrifícios diversos, pois a vítima seria sempre a mesma. Entretanto, o sacrifício envolve a destruição da vítima (holocausto), o que tornava impossível repetir os sacrifícios antigos. No caso de Cristo, porém, a mesma vítima é oferecida todas as vezes de forma incruenta, repetindo-se o ato cruento da Cruz. Portanto, temos o mesmo sacrifício. É evidente que o senhor não aceita isso, porém é a conclusão obrigatória dos atos de Cristo, que continuamente ensinou que " minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdadeira bebida " (São João, VI, 41), e ainda "quem não come minha carne e não bebe meu sangue não terá a vida eterna" (São João, VI, 59). Os judeus se escandalizavam com isso: " disputavam, pois entre si os judeus, dizendo: como pode este dar-nos a comer a sua carne? E Jesus disse-lhes: em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós."  (São João, VI, 53-56). Estaria Cristo falando em linguagem figurada? Não, pouco sincero David, como já vimos no trecho que o senhor "esqueceu" de citar. Por que então se escandalizaram o judeus, assim como se escandaliza o novo David? A continuação do Evangelho nos diz ainda que vários discípulos deixaram Nosso Senhor, e Pedro toma a frente (sempre Pedro) para defender o mestre. O Sacrifício de Cristo na Cruz foi completo, é evidente! Porém não o foi a aplicação de seus méritos, que variam conforme nosso sacrifício (negado por Lutero) e disposição pessoais, e que deve ser feita necessariamente no tempo; é por isso que Nosso Senhor  nos deixou a mais elevada das orações - A Santa Missa - onde o padre In Persona Christi renova o sacrifício do Calvário, juntando os poucos merecimentos dos homens ao merecimento infinito de Cristo na Cruz e os apresenta a Deus, em caráter impetratório e propiciatório, e onde os fiéis recebem como alimento espiritual o mesmo Cristo vivo e

verdadeiro, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. E todo aquele que não distingue Cristo do Pão e do vinho, senhor David, será réu do Corpo e do Sangue, porque como David, não distingue o CORPO DO SENHOR. É por isso que tudo na missa lembra a Paixão de Cristo, e todas as orações terminam em nome do Senhor : " Per Dominum nostrum Jesum Cristum...", pois é por ele, com ele e nele (per ipsum, et cum ipsum et in ipso) que tudo podemos e tudo fazemos. Esperando tê-lo respondido, subscrevemo-nos rogando a Deus Nosso Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, que o faça mais sincero e reconheça na Santa Igreja Católica a única esposa de Cristo, que acolheu docemente as palavras divinas e renova diariamente o Sacrifício perfeito da Cruz, profetizado por Malaquias: "... do amanhecer ao entardecer será oferecida a hóstia pura e imaculada..." (Malaquias I, 10). In Iesu et Maria Marcos Libório Fernandes

RÉPLICA Prezado Irmão Marcos Libório, Pelo seu linguajar, reconheço um "autêntico" cristão... risos... vc nem me conhece mas me chama de "omitidor", discute "meu caráter", diz que sigo uma "seita", além de combater desesperadamente o  protestantismo... Fica tranquilo, não me sinto atingido por isso, não... estou acostumado com isso por parte dos católicos pertencentes à "verdadeira esposa de Cristo"... Sobre a montanha de argumentos que vc colocou, posso resumi-los da seguinte forma: 1) Aplicação semântica do verbo SER: Sem cabimento basear doutrina num verbo que é concomitantemente usado para outros meios que não a identidade plena. 2) Sobre o texto de Paulo, as verdadeiras funções da Ceia estão bem claras... eu não citei porque elas já AFRONTAM DIRETAMENTE seu dogma... veja que "fazei isto em memória de mim" e "anunciareis a morte do Senhor, até que ele venha" somente confirmam a finalidade MEMORIATIVA da Ceia. Nada ali fala em mutação da matéria ou perdão de pecados, etc... isso foi acréscimo por sua conta. 3) "E então, omitidor David, que dizer a respeito desse trecho que citei e propositadamente esquecido?" Eu tenho a dizer "Obrigado" por reforçar a minha linha interpretativa: "Memória de mim" e "anunciar a morte do Senhor". 4) Sua pergunta, com rápidas respostas : "Como alguém poderia ser réu do CORPO e do SANGUE, se fosse simplesmente celebração da memória?" Com a mesma facilidade que vcs pregam que seria redimido dos pecados ANTES MESMO de Jesus ser morto na cruz. Se valesse para a Ceia moderna, deveria valer também para a primeira de todas... e isso não aconteceu. Somente com a morte de Cristo o perdão foi consumado aos homens. "Como poderia comer e beber a própria condenação quem, vendo PÃO e VINHO, e comendo PÃO e VINHO, não distinguisse o CORPO DO SENHOR?" A resposta está no texto: "indignamente". E a palavra indigno não quer dizer "ignorância" ou "heresia". Quer dizer INABILIDADE ou IMCOMPETÊNCIA, que, à luz da Bíblia, quer dizer   presença de pecado consciente. Ou seja, Paulo advertia aos corintios para participarem da Ceia com as vidas retas diante de Deus.

Quer ver a contra-prova ? O que acontecia aos que assim não o fizessem ? A resposta não foi "os   pecados não seriam perdoados". Mas sim que haveria consequências espirituais de uma vida atrapalhada: fracos, doentes e até mortos. Participo da Ceia do Senhor há mais de 20 anos. Desfruto de boa saúde, autoridade contra demônios e estou cheio de vida espiritual, com dons dados por  Deus. Comigo sua regra "não pegou"... "Como poderia alguém distinguir o CORPO do PÃO, se vê apenas PÃO?" Risos... me diga UM CATÓLICO que consiga diferenciar visivelmente o pão de um corpo humano ou vice-versa na Eucaristia! Quer fazer o favor de se auto-apunhalar ? Quem tem que defender o caráter memorial sou EU e não VC ! "Onde falham os sentidos, senhor David, é a fé que sustenta". Sim, por isso, nós, evangélicos, não dependemos de imagens, bentinhos, santos, transubstanciação, etc para exercício de fé em Jesus. "Aliás, o senhor pode explicar como um cego pôde ver, ou um surdo ouvir, ou um morto ressuscitar, sem a luz da fé?" Claro que sim. Pelo poder de Deus um sistema óptico foi corrigido (pode ser nervo, córnea, humor  vítreo, etc... mas Deus agiu NA MATÉRIA, tal como o fez no nosso irmão Ezequias, cego até os 9 anos de idade, curado pelo poder de Deus em minha congregação). Um surdo pode ter tido seu sistema auditivo restaurado pelo Criador sem delongas (martelo, estribo, tímpano ou ligação nervosa restabelecida, etc) - aliás, como ocorreu com 6 pessoas na última conferência pentecostal que participou, uma das quais SURDA DE NASCENÇA. Só não vi ainda um morto ressuscitar, mas sei que Deus pode fazer isso tranquilamente. Só que em nenhum momento a Ceia é tratada como um milagre na Bíblia. Mesmo porque, o corpo de Cristo encerrava a completa DIVINDADE, conforme Colossenses 2:9 e portanto não podia tal corpo ser repartido materialmente ou milagrosamente. Nem precisaria ter nascido de mulher, se fosse esse o caso. Percebe como vc ANULA o cristianismo com uma crença incoerente ? "Não há resposta, não é David?" Ué, estou postando a resposta... quem lhe disse que eu não responderia ? "O problema é que Cristo ensinou de forma diversa, e, embora isso esteja acima de nossa inteligência, temos que aceitar como artigo de fé, porque Cristo não pode enganar-nos e nem enganar-Se." Realmente não aceito contradição bíblica... por isso nego a transubstanciação. Ela é que torna a Bíblia incoerente, pela TEMPORALIDADE e pela DUALIDADE DE SACRIFÍCIO. Sobre a escapatória dizendo que a vítima é a mesma, etc, o absurdo prevalece: se houve o sacrifício UMA ÚNICA VEZ, como Ele morre de novo ? Que seja de morte incruenta ou qualquer outro termo que seja escolhido por vocês, o fato é que afirmam que o sacrifício É REPETITIVO. E caem na contradição temporal... se Deus precisa dessas "atualizações", por que a Bíblia diz que o Cordeiro foi morto ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO e ainda assim precisou vir ao mundo na Plenitude dos Tempos ? Deus posiciona os eventos NO TEMPO DETERMINADO e se vc quer pesquisar um pouco,  procure na Bíblia se houve algum feito de Deus no mundo que precisou ser REPETIDO. Vc nunca encontrará isso. Os homens repetem seus erros e ações. Deus nunca repete ou refaz algo que já fez. "palavras divinas e renova diariamente o Sacrifício perfeito da Cruz através dlo sacerdote eterno segundo Melquizedeque e profetizado por Malaquias: "... do amanhecer ao entardecer será oferecida a hóstia pura e imaculada..." (Malaquias I, 10)." Por favor, quando fizer referências à Bíblia, não coloque versículos errados. O que vc queria citar  está em Malaquias 1:11, e ainda por cima está errado: "Mas desde o nascente do sol até o poente do sol será grande entre as nações o MEU NOME; e em todo o lugar se oferecerá AO MEU NOME

incenso e uma oblação pura; porque o meu nome será grande entre as nações, diz o Senhor dos Exércitos" Pelo que se vê ali, o sacríficio não é DO SENHOR, mas é PARA O SENHOR. E o incenso ? Esqueceram na celebração da missa ? Se for para mudar a oblação para "óstia", para o que vc quer mudar o "incenso" ? Vc Marcos Libório pode de todas as formas possíveis e imagináveis querer confirmar sua única sustentação da transubstanciação (o verbo SER na frase de Jesus). Mas ela sempre será DÚBIA,  pois a mesma expressão foi usada para outros fins, conforme falamos. Sua explicação envolvendo pronomes demonstrativos foi muito ruinzinha. Afinal, quando Jesus falava nas outras ocasiões, usava até pronomes PESSOAIS, muito mais diretos que pronomes demonstrativos. ( Eu, Vós, Tu, ETC). Não colou. Ou o verbo é definitivo para TODAS AS SITUAÇÕES ou vcs não podem forçar a barra SOMENTE NO CASO DA TRANSUBSTANCIAÇÃO. E, por favor, não adianta ficar dizendo que isso veio dos apóstolos, etc, que o dogma da transubstanciação é bem depois disso, viu ? Se precisou ser definido somente mediante uma decisão séculos depois é porque não era tão patente como vcs afirmam. Aliás, como tem dogmas que só vieram a existir no século XX... de "tão evidentes" que eram... Mas, por mais rodeios que sejam feitos, vcs ainda não esclareceram como o "sacrifício da missa  podia ser atualizado" mesmo antes da morte de Cristo. Eu não estou falando de comemoração como as de datas cívicas (isso vale para o caráter memorial que EU defendo, não vcs!), mas sim me referindo ao fato que alguns elementos DISTINTOS poderiam ter se tornado o próprio corpo de Cristo, com características de PERDOAR PECADOS, antes mesmo da morte de Cristo. Percebem ? Trago aqui Duas perguntas distintas : aqueles elementos PERDOARAM os pecados dos discípulos ? Ou não ? 1) Caso sim : como poderia ser efetuado o efeito do derramamento de sangue sem que o Cordeiro houvesse sido imolado ? Criaram OUTRO MEIO DE PERDÃO além do sacrifício de Cristo ? Se isso era possível, porque o escritor aos Hebreus diz que os fiéis do passado NÃO ALCANÇARAM A PROMESSA antes da morte do Senhor (Hebreus 11:39,40)? 2) Caso não: por que se baseiam nas palavras INSTANTÂNEAS de Cristo para formalizar a transubstanciação, mas com efeito de perdão somente após a crucificação ? Quanto às demais ofensas e argumentos, por serem todas inoportunas, não cabe comentário.  Não adianta ... Evangelistas e São Paulo escreveram em grego, usando a forma verbal ESTI (=É) e não SEMANEI (=significa)" - para que isso se torne argumento, Até que me provem o contrário, a forma ESTI foi usada também para simbolismo, independente de existir SEMANEI. A partir do que está escrito, não se define a transubstanciação, que, sem exagero algum, seria um autêntico milagre ! E os milagres operados por Jesus NA MATÉRIA eram todos visíveis, e não "implícitos". O problema é que essa sua suposta "transformação" é virtual... os elementos continuam sendo somente VINHO e PÃO. Nenhum católico enxerga nada diferente. Mesmo que se diga que o memorial para eles não era mera recordação do passado, mas era reviver  o passado." Justamente por ser memorial, eles não eram obrigados a voltar à escravidão no Egito e saírem de novo com braço forte do Senhor... bastava lembrar que a LIBERTAÇÃO já havia sido feita, há muito tempo atrás, e que agora eram todos livres.  No início da igreja, tinha cristão acreditando até que Jesus iria voltar no ano 100. No primeiro século, tinha cristão acreditando que Jesus não podia ser Deus encarnado. E por aí vai. Tudo o que precisa de DOGMA CATÓLICO ao longo dos anos a desculpa é sempre a mesma "TODOS acreditavam assim no início"... mesmo que o tal dogma seja contrário à Bíblia ou nem seja mencionado nela. Como não temos mais testemunho pessoal dos primeiros cristãos, fico com a Bíblia.

E, no dia que vc me apresentar MANUSCRITO APÓSTOLICO, pode ser de qualquer um deles, falando sobre Pedobatimso, Transubstanciação, Infalibilidade papal, ou a própria instituição de  papa, etc (já que a lista de dogmas é enorme) eu darei um crédito às suas crenças. Enquanto me mostrar doutrina de Irineu, Cirineu, Dagoberto, Torquato, Montezuma, Hitler, Lutero, etc... século X, Y, Z, W... eu não caio nessa ! Do mesmo jeito que fixou em Pedro e falou "Para trás de mim, Satanás !" Está chamando seu "papa" de diabo ? Do mesmo jeito que disse de Herodes: "Ide dizer a ESSA raposa que hoje e amanhã curo enfermos e expulso demônios" O rei virou canídeo ? Do mesmo jeito que apontou para uma multidão e disse: "Eis AQUI minha mãe e meus irmãos!" Quantos Tiagos, Joões e Marias teríamos, não? "Transubstanciados" porque Jesus indicou...   Nenhum gesto consagraria a transubstanciação. Mesmo apontar com o dedo não quer dizer  identidade plena ou mudança de matéria. Porque não constava então dos credos iniciais ? Nenhum, seja o apostólico, o de Nicéia, etc, apresentava crença nessa transformação física. Historicamente, todos os DOGMAS surgiram para IMPLANTAR conceitos novos. Só um exemplo, o monasticismo. Os pais da Igreja não eram todos celibatários, tinham famílias. O dogma papal a respeito, séculos depois, TRANSFORMOU em prática isso. Em Diversos debates contra o agnosticismo e o unitarismo, logo no início da Igreja Cristã, NUNCA GERARAM DOGMAS. Os dogmas começaram a surgir no melhor estilo "Decreto-Lei" após a fundação da denominação romana pelo soberano pagão Constantino. Você confirma aqui que houve "transubstanciação" em carne e sangue do Senhor ali ? E que houve PERDÃO DOS PECADOS mesmo sem a morte do Cordeiro ? Vc está dizendo que pode haver PERDÃO DE PECADOS SEM DERRAMAMENTO DE SANGUE ? Parabéns, vc criou nova Teologia... mas não a Bíblica. "Como quer que seja, eu pergunto: Quando esse sangue foi de fato derramado? Acaso não foi no exato momento em que o Senhor pronunciou essas palavras, mas no futuro, algumas horas após? Daí, no momento em que o Senhor instituiu a Eucaristia, Ele tinha em vista o breve derramento de Seu Precioso Sangue, que haveria de seguir, para permitir a reconciliação da Humanidade com Deus." A Ceia não perdoou pecado algum dos discípulos antes do véu do Templo se rasgar. E se não o fez antes, não tem como fazer depois, ainda mais ministrada por homens como nós. Resumindo: uma falsa propositura ! "Os Sacramentos da Eucaristia, para pecados veniais, assim como o Sacramento da Confissão, para  pecados mortais, são OS MEIOS (não "outro" meio, como o irmão afirma) de perdão de pecados instituídos por Jesus, em função do Sacrifício de Cristo." Eis o meio instituído: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS, sendo JUSTIFICADOS gratuitamente pela sua graça, pela REDENÇÃO que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para PROPICIAÇÃO PELA FÉ NO SEU SANGUE, para demonstrar sua justiça pela REMISSÃO DOS PECADOS DANTES COMETIDOS, sob a paciência de Deus" Romanos 3:23-26 Localize para mim as palavras "sacramento" ou "eucarisitia" ou "confissão" ali. Eu já localizei e destaquei a palavra FÉ NO SANGUE. O trecho bíblico de Hebreus 11, 39-40..todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a  promessa: Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados Vê-se que o Apóstolo Paulo não tencionou, de forma alguma, ensinar aos hebreus que o momento de se alcançar as promessa teria que ser necessariamente no preciso segundo depois que o Senhor  expirou."

Então vc está querendo dizer que em todos os sacrifícios dos tempos antigos, ANTES DO CORDEIRO MORRER O POVO JÁ ESTAVA PERDOADO ? Tá mal, hein ? E, supondo que seu dogma fosse correto, ANTES DA CELEBRAÇÃO DA MISSA O POVO JÁ FICA PERDOADO ? Meu Corpo Verdadeira Comida! Me ajude, teólogo romanista, como vc define a palavra VERDADE e a palavra VERDADEIRA. Pois, no âmbito bíblico, e vou lhe provar COM SUA PRÓPRIA RESPOSTA, que ambas NÃO SIGNIFICAM IDENTIDADE PLENA. Por enquanto, a única "verdade verdadeira" é que o pão continua fisicamente pão, e o OINOS fisicamente OINOS. O resto, fica pela sua imaginação... ou prova em contrário. Cientificamente, teologicamente, logicamente, cronologicamente, a TRANSUBSTANCIAÇÃO é um ENGODO. Duas coisas sobre o Dogma da Transubstanciação não consigo entender, além de todos os outros apresentados pelo Marco Libório : 1) TEMPORALIDADE - quando Jesus realizou a Santa Ceia, Ele nem havia morrido na cruz ainda,  portanto nem havia dado o brado "Está consumado!". Se a transubstanciação fosse doutrina correta, os elementos pão e vinho já teriam se tornado "carne e sangue" do Salvador antes mesmo dele concretizar sua morte. Se não se aceita que a Santa Ceia é apenas um MEMORIAL sobre a obra no Calvário, não tendo poder salvífico ou remissório em si mesma, os discípulos já estariam salvos ANTES de Cristo morrer. Ou seja, o sacrifício na Cruz se tornou nulo, pois este compêndio anterior apresentaria OBRIGATORIAMENTE os mesmos efeitos ou NÃO SERIA LITERALMENTE A CARNE E O SANGUE DO SENHOR, conforme proposição romanista. Se alguém me disser que a transubstanciação só começou a ocorrer DEPOIS da morte da Cruz, todo mundo estará autorizado a dizer que Jesus mentiu ao já afirmar de antemão "ISTO É O MEU CORPO" e "ISTO É O MEU SANGUE". Decidam-se, por favor: Ou seu dogma é ADAPTÁVEL AO TEMPO (deixando de ser verdadeiro enquanto dogma) ou em sua doutrina CRISTO pode MENTIR. Qualquer coisa que me falem pode incorrer em uma ou outra situação. Pensem antes. 2) Se nas missas verdadeiramente Cristo "nasce" e "morre", conforme doutrina decorrente da transubstanciação, como fica vossa interpretação de Hebreus 9:27,28 -"Assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez sem pecado aos que o esperam para a salvação" bem como HEBREUS 10:10 - "Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez". Isso é um pedido de explicação para ambos os tópicos. Certamente, quero lógica e hermenêutica como ingredientes das respostas. Com a palavra, os romanistas. David RESPOSTA II Omitidor David, salve Maria, "Mãe de meu Senhor" (São Lucas, I, 43) Realmente ficamos surpresos com sua resposta (digo melhor, com sua repetição, visto que não respondeu nada), pois não esperávamos que alguém que tivesse omitido e distorcido tanto a palavra de Deus nas Escrituras voltasse à carga. Infelizmente, as múltiplas obrigações que temos nos impediram de preparar antes a merecida resposta, como era de nossa vontade.

David voltou mais rigoroso. E mais desafiador, se bem que mais confuso. Mas ainda, e  principalmente... OMITIDOR . David não gostou do título, melindrou-se, dizendo que julgamos sem o conhecer, mas contraditoriamente julgou-nos, pelo "linguajar"  (sic). Mas, o que em nosso "linguajar"  ofendeu David? Chamamo-lo de "senhor" , fomos tratados de vc (assim mesmo, abreviado. O omitidor não perde uma chance de omitir, nem que sejam algumas letras...); além disso, David chamou-nos depreciativamente de "teólogos romanistas" . E é o nosso "linguajar"  que não é cristão? Primeira surpresa... Do falar do verdadeiro cristão, disse São Tiago: "Mas seja a vossa palavra: Sim, sim, não, não;   para que não caiais em condenação."  (Epístola de São Tiago, V, 12); ou seja, para sermos reconhecidos como verdadeiros cristãos, devemos dizer a verdade... Que nossos leitores julguem quem falou e agiu de forma cristã. E também se foi o nosso modo de falar, ou se foram as verdades que incomodaram tanto o David... *** Apressamo-nos a reconhecer nossa imprecisão ao citar o profeta Malaquias: havíamos inicialmente citado de memória, e passou-nos desapercebida a imprecisão na hora de revisar. A revisão menos cuidadosa não esperava encontrar pela frente o rigoroso David, que exige "lógica e hermenêutica" em nossa resposta. Se é rigor que quer, usemos de rigor... Mas se não citamos literalmente, citamos corretamente a idéia do texto, que exprime de forma belíssima a profecia sobre a Santa Missa, sobre o caráter  propiciatório, e não apenas memorial da eucaristia. David limitou-se a "consertar" a citação com todas as letras que faltavam, pois a letra -que mata -- é tudo para o protestante, e "esqueceu" de explicar seu sentido -- o espírito, que vivifica: o profeta Malaquias fala sobre um novo sacrifício, puro, que seria oferecido. Deus não aceitaria mais as ofertas judaicas, das mãos dos sacerdotes levitas, porque eram apenas símbolo desta oblação pura. (O trecho compreende os versículos 10 e 11, e não somente o 11, como "corrigiu" apressadamente o omitidor...). Citemo-la novamente: "(...) O meu afeto não está em vós, diz o Senhor dos exércitos, nem eu aceitarei oferenda alguma da vossa mão. Porque desde o nascer do sol até ao poente , o meu nome é grande entre as nações, e em todo lugar  se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblação pura; porque o meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor dos exércitos." (Profecia de Malaquias, I, 10-11).

Pergunta, David: qual é o novo sacrifício (único), puro, que é oferecido em todo lugar , em nome de Deus? Não é nenhum sacrifício de animais, pois o profeta diz que Deus não aceitaria mais as ofertas das mãos dos sacerdotes de seu povo. A oblação pura, concordamos que é de Cristo, HÓSTIA pura, mas como explicar que seja em todo lugar , e desde o nascer do sol até o poente, se o Calvário foi em um só lugar, na Gólgota, e em uma só hora? Respondemos com a Didakê: "Reuni-vos no dia do Senhor, e façam a partilha do pão e ofereçam a Eucaristia; mas  primeiro confessem suas faltas, para que seu sacrifício seja puro. Quem tiver alguma diferença com seu amigo, que não participe convosco até que tenha se reconciliado, para evitar a profanação de seu  sacrifício. (Mateus, V, 23-24). Pois esta é a oferta da qual o Senhor disse: "em todo lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblação pura, (...) pois eu sou o grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, e o meu nome é temido entre as nações." (Malaquias, I, 11-14)".

A Didakê, ou "Doutrina dos doze Apóstolos", é o escrito mais antigo que se conserva dos tempos apostólicos (estima-se que tenha sido escrito entre 70 e 90, com São João ainda vivo!) Respondemos ainda com Santo Inácio Mártir , Bispo de Antioquia (entre 69 e 107), atacando os hereges docetas: "Ficam longe da Eucaristia e da oração, porque não querem reconhecer que a Eucaristia É A CARNE DO NOSSO SALVADOR , Jesus Cristo, a qual padeceu pelos nossos pecados e a qual o Pai, na sua bondade, ressuscitou. Estes, que negam o dom de Deus, encontram a morte na mesma contestação deles. Seria melhor para eles que praticassem a caridade, para depois ressuscitar."  (Ad. Smyrnaeos, 6-7. citado por Maurice Brillant,"Eucaristia" , Dedebec, Ed. Desclée de Brouwer, Buenos Aires, 1949, pág. 40). Os docetas negavam a realidade da carne de Cristo, dizendo que Cristo teria tido apenas aparência humana, e POR ISSO não aceitavam a eucaristia. Daí a insistência de Santo Inácio na realidade da carne de Nosso Senhor, que padeceu, que ressuscitou, e que está presente na Eucaristia. Os hereges docetas, portanto, prestavam involuntariamente um serviço à verdade, pois, ao rejeitarem a eucaristia porque era o corpo De Nosso Senhor , confirmam a crença da presença real do corpo e do sangue de Cristo, no primeiro século ! E Santo Inácio, Bispo Católico, já no início da era cristã, defende o dogma, que será pronunciado onze séculos depois! E o mesmo Inácio, na epístola aos Filadelfos, diz: "Assegurem, portanto, que se observe uma Eucaristia comum; pois há apenas um Corpo de Nosso Senhor, e apenas um cálice de união com seu Sangue, e apenas um altar de sacrifício - assim como há um bispo, um clérigo, e meus caros servidores, os diáconos. Isto irá assegurar que todo o seu proceder está de acordo com a vontade de Deus."  (carta aos Filadelfos IV - ano 110). Um só Corpo, um só cálice do sangue, um só sacrifício, uma só eucaristia! Discípulo de São Pedro e São Paulo, Santo Inácio foi martirizado e se tornou, conforme sua belíssima expressão: "trigo de Cristo, moído nos dentes das feras".

David desafiou em seu email: "(...) Como não temos mais testemunho pessoal dos primeiros cristãos, fico com a Bíblia. E, no dia que vc (sic) me apresentar MANUSCRITO APÓSTOLICO, pode ser de qualquer um deles, falando sobre Pedobatimso (sic), Transubstanciação, Infalibilidade  papal, ou a própria instituição de papa, etc (já que a lista de dogmas é enorme) eu darei  um crédito às suas crenças." 

Há documentos falando também dos outros dogmas, mas como a questão é sobre a eucaristia, que lhe parecem estes, David? A Didakê e Santo Inácio de Antioquia são ambos da época apostólica... *** Convém comentar aqui também a referência curiosa a Melquisedec. Nos diz o belíssimo Salmo 109 que Cristo foi prefigurado por este sacerdote:"Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec" . (Salmo CIX, 4). São Paulo retoma a mesma verdade, na Epístola aos Hebreus (capítulo VII). E quem foi Melquisedec? A Bíblia nos diz pouco sobre ele, mas o que diz é extremamente interessante: "E  Melquisedec, rei de Salém, trazendo   pão e vinho,   porque era sacerdote do Deus altíssimo, o abençoou e lhe disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que criou o céu e a terra; e bendito seja o o Deus Altíssimo, por cuja proteção os inimigos estão nas tuas mãos. E (Abrão) deu-lhe o dízimo de tudo." (Gênesis, XIV, 18-20) Melquisedec é, segundo as Escrituras, rei de Salém (ou seja, rei da paz), e sacerdote que oferece sacrifício com PÃO e VINHO. Perfeita figura de Cristo, o sacerdote eterno, o rei da paz, que irá oferecer o sacrifício perfeito com pão e vinho na Santa Ceia, prenúncio da Cruz, consumação do mesmo e único sacrifício. No decorrer de sua mensagem, o omitidor David irá negar que pão e vinho sejam compatíveis com sacrifício; para ele, a Santa Ceia foi uma refeição, e o Calvário o sacrifício, sendo que entre eles não há nenhuma relação. Para o omitidor , pão e vinho só servem para ceia, não para sacrifícios... Para as Escrituras , a figura de Cristo, o sacerdote Melquisedec, oferece um sacrifício de pão e vinho... Nós ficamos com as Escrituras. *** E o mesmo David, o omitidor, não gosta de ser contrariado, nem se dando ao trabalho de nos mostrar onde está o (suposto) erro de nossa defesa. Para o omitidor, basta dizer que não concorda e pronto. Assim foi com o verbo SER, usado por Cristo na instituição da Eucaristia. Disse ele, em tom gramatical, na rocambolesca tentativa de explicação: >>"1) Aplicação semântica do verbo SER (sic): Sem cabimento basear doutrina num verbo que é concomitantemente (sic) usado para outros meios que não a identidade  plena" (sic). Que confusão! Mas tem mais: >>"Vc Marcos Libório pode de todas as formas possíveis e imagináveis querer confirmar  sua única sustentação da transubstanciação (o verbo SER na frase de Jesus). Mas ela sempre será DÚBIA, pois a mesma expressão foi usada para outros fins, conforme falamos." 

Única sustentação? Apesar de bastante importante, demos várias outras provas da presença real de Cristo... E perdido no meio das idéias confusamente espalhadas pela mensagem, mais esta infeliz frase: >>"Não adianta ... Evangelistas e São Paulo escreveram em grego, usando a forma verbal ESTI (=É) e não SEMANEI (=significa)" - para que isso se torne argumento, Até que me provem o contrário, a forma ESTI foi usada também para simbolismo, independente de existir SEMANEI."  Ora, se existe um verbo que liga o sujeito ao predicado - verbo de ligação - este é o verbo ser . Em filosofia, aliás, O SER é propriamente aquele que tem A EXISTÊNCIA. Com o passar  do tempo o verbo existir  foi sendo aplicado nesta acepção, mas o SER, no entanto, manteve o sentido principal. Deus, quando se revela a Moisés, diz: "Eu sou aquele que É "  (Êxodo, III, 14); ou seja, Deus É O SER por excelência, e não um símbolo, um significado. Deus não virá a ser e nem foi: simplesmente, Deus É. Verbo SER, David... Também, Cristo, identificando-se com Deus Pai, quando Judas traz os guardas que vão prendê-lo, diz em resposta a seus inimigos: "Eu  SOU "  - "Ego sum" (São João, XVIII, 5-6). E o Evangelista nos diz que os guardas caíram por terra (porque perceberam que Cristo se revelava Deus, apenas usando o verbo SER ...). Verbo SER, de novo, David... E ainda, no início do Evangelho de São João, o Verbo de Deus - Cristo - identifica-se com Deus Pai através da palavra... SER: "No princípio ERA o verbo, e Verbo estava com Deus, e o Verbo ERA DEUS" . (S. João, I, 1) Que verbo, David? SER! Negar o sentido principal, imediato, mais simples do verbo SER, como fez David, conduz à negação das verdades mais fundamentais das Escrituras: que Cristo É Deus, que Deus É o ser por excelência, etc. Aplicando ao David uma de suas próprias frases de efeito, é "anular o cristianismo" . E é anular qualquer possibilidade de emitir um juízo. Por exemplo, não poderíamos dizer: Esse livro é a Bíblia! É isso que fez David com sua gramática reformadora. E foi exatamente isso o que fizeram as seitas mais "avançadas" que a Davidiana, negando a divindade de Cristo, negando a existência de Deus. Portanto, se Cristo queria dizer que o pão (isto) era REALMENTE (e não simbolicamente) seu corpo, e que o vinho era REALMENTE seu sangue, deveria usar (como de fato usou) o verbo SER. Mas os protestantes alegam que, em algumas situações, o verbo "ser" tem outro sentido, o de significar , simbolizar . É o que David quis dizer quando aludiu aos sentidos de "ser" (esti, em grego) que ele "provou" terem usado os evangelistas em sentido figurado, ao invés de usar o verbo "significa" (semanei, em grego). Vejamos os exemplos dados pelo David, de sua primeira mensagem: >>"Eu sou a Porta"(João 10:7), no entanto não queria dizer uma porta literal de madeira com dobradiças... Outra vez falou: "Eu sou a videira" (João 15:5), no entanto não queria dizer que era um pé de uva literalmente falando..". Ora, que o verbo ser possa ser usado figuradamente em alguns casos, todos concordam, mas aqui o sentido figurado é da porta, e da videira, e NÃO do verbo SER! Cristo é de fato a porta, mas porta em sentido figurado, assim como é caminho, e caminho por analogia, pois se o seguirmos, chegaremos ao Pai! Assim também como a videira, que dá vida aos frutos que produzem o vinho, e quem não está a ela ligado secará fatalmente, como a seita Davidiana.

Dizer que o verbo ser  foi aqui usado em sentido analógico, e que as frases ficariam portanto: "Cristo significa a porta" e "Cristo significa a videira" só é possível em cabeça Davidiana! Dizer que é o verbo ser, e não os substantivos, que está em sentido figurado, aniquila a comparação, torna as frases sem sentido! O omitidor David não sabe distinguir entre uma metáfora e uma simples identificação, porque em ambas se usa o verbo ser . Portanto a confusão Davidiana não é apenas teológica, mas também literária e gramatical... E olhem que este é o mesmo David que exigiu "lógica e hermenêutica"  na resposta... E para encerrar este assunto, alguns protestantes do começo do século XX, como último recurso, diziam que Cristo usou o verbo ser  porque em aramaico (língua que Nosso Senhor falava) não há como dizer  representa, significa. Aliás, apelar para um sentido oculto ou impossível numa língua de difícil acesso à maioria das pessoas é um expediente bastante comum entre os filhos da reforma. Engana principalmente os mais humildes, que devem ser a maioria na seita pentecostal Davidiana... Porém, contra este último subterfúgio, o cardeal Wiseman, um ex-protestante convertido, provou que haveria quase 40 formas de dizer "significa" ou "simboliza" em aramaico, se essa fosse a intenção do divino Mestre! Os protestantes, então, desistiram de mais essa mentira... *** O mais impressionante na resposta de David é que ele não reconhece que omitiu o trecho de São Paulo , conforme desmascaramos em nossa primeira resposta. Disse ele, negando a omissão: >>"2) Sobre o texto de Paulo, as verdadeiras funções da Ceia estão bem claras... eu não citei porque elas já AFRONTAM DIRETAMENTE  seu dogma... veja que "fazei isto em memória de mim" e "anunciareis a morte do Senhor, até que ele venha" somente confirmam a finalidade MEMORIATIVA (sic) da Ceia. Nada ali fala em mutação da matéria ou perdão de pecados, etc... isso foi acréscimo por sua conta."  (o negrito é nosso). Afrontam diretamente o conceito de inteligência que tínhamos de David, como mostraremos... E ainda, quando o acusamos de omitir o texto: >>"Eu tenho a dizer "Obrigado" por reforçar a minha linha interpretativa: "Memória de mim" e "anunciar a morte do Senhor"."  Talvez se não tivéssemos as mensagens anteriores, ou se fosse um debate privado, este expediente de David, fazendo de conta que não omitiu nada, poderia ter  funcionado... Porém, numa discussão aberta, em que os leitores tem acesso aos textos e aos argumentos de parte a parte, David nos dá um atestado de incompetência, além da confissão da culpa! Relembremos o que o omitidor escreveu na primeira mensagem, na coluna da esquerda. E citamos o trecho de São Paulo "esquecido" por David, contendo as expressões "réu do corpo e do sangue"  e "não distinguindo o corpo do senhor" , na coluna da direita: Omissão de David

 Nossa citação na resposta

Citemos porém, agora, o trecho complet quebra do raciocínio imposta ao trecho de (na 1a carta aos Corintios XI, 23-29),(...) "Porque eu recebi do Senhor o que ta ensinei a vós, que o Senhor Jesus, na noite e entregue, tomou o pão, e dando graças, o >>"E Paulo cita Jesus dizendo: disse: recebei e comei; isto é o meu corpo, entregue por vós; fazei isto em memória de m "Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas Igualmente depois de ter ceado, (tomou) as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas dizendo: este cálice, é o novo testamento as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice sangue, fazei isto em memória de mim todas estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha"  que o beberdes. Porque todas as vezes que este pão e beberdes este cálice, anunciarei (I Cor. 11:25-26). do Senhor, até que ele venha. Portanto todo aquele que comer este pão este vinho indignamente, será réu do cor  sangue do Senhor. Examine-se, pois, a si mesmo o homem coma deste pão e beba deste cálice. Porq que o come e bebe indignamente, come e be a condenação, não distinguindo o corpo do Portanto, o trecho que contém as expressões "Memória de mim"  e "anunciando a morte do Senhor, até que ele venha"  já estava na primeira citação de David (versículos 2526); o trecho que acusamos de omissão compreende os versículos 27 a 29, e contém as expressões supracitadas: "réu do corpo e do sangue"  e "não distinguindo o corpo do senhor" . David repete a omissão, e diz que não omitiu nada! Segunda grande surpresa... Este é o estilo omitidor de David, desmascarado pela segunda vez, de novo numa omissão. E depois ele se enfeza com o título... Tratemos primeiro das duas expressões que David diz "afrontarem diretamente"  o dogma da transubstanciação. Primeiro, a expressão "até que ele venha"  . Ora, até o século XIX ninguém se atrevera dar  a interpretação Davidiana, de que "até que ele venha"  quer dizer que Cristo não se fará presente de nenhuma forma, e portanto não estaria na hóstia consagrada. Para os Davidianos, esta frase não se refere ao SEGUNDO ADVENTO DE CRISTO , no final do mundo, quando Nosso Senhor voltará de forma VISÍVEL. Para os Davidianos Cristo não vem aos homens nunca, de forma alguma! E ninguém ousou assim, porque é muito fácil provar o absurdo de tal interpretação! Se Cristo só virá no fim do mundo, como explicar a passagem: "Se algum me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; e NÓS viremos a ele e faremos nele morada (S. João, XIV, 23)". E também, como explicar que Cristo apareceu e falou com São Paulo, quando este ainda o perseguia: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues"  (Atos, XXVI, 15). E muitas outras passagens. Eis o primeiro argumento que "afronta diretamente"  o dogma católico, reduzido a pó... A segunda expressão de S. Paulo, no trecho imediatamente anterior, explicita o que se deve fazer até que Cristo venha: "anunciareis a morte do senhor" , diz o apóstolo. Anunciar a morte, como diz São Paulo, e não celebrar uma ceia comemorativa, como quer defender o omitidor.

Mas como é que se anuncia a MORTE durante a celebração de uma CEIA, que supostamente deveria ser  festiva? A ceia deveria celebrar, relembrar alegremente a reunião de Cristo com os Apóstolos, e não a morte, que só ocorreu no dia seguinte... Mas o texto é inequívoco: Toda vez que fizerdes isto - A CEIA, onde o pão e o vinho se tornam corpo e sangue de Cristo - anunciareis a morte do Senhor - O Calvário - até que ele venha - até o final do mundo; Ou, como ensina a doutrina católica: A Missa - como a Santa Ceia - é o anúncio da morte de Cristo - renovação do Calvário - até que ele venha - desde o nascer do sol até o poente (...) em todo lugar se sacrifica e se oferece a Deus uma oblação pura. Fica de novo evidente a relação entre a Ceia, o Calvário e a Missa , que David procura negar de todo jeito... E além disso, como se pode anunciar a morte de alguém com pão e vinho, numa ceia, como dizem os protestantes? Só faz sentido anunciar a morte num ritual solene e grave, não alegre e festivo, e tendo, ao invés de pão, o CORPO - que foi entregue - e no lugar de vinho, o SANGUE que foi derramado - como fazemos nós, católicos, na Missa. A segunda expressão que "afronta diretamente"  o dogma católico, segundo a seita Davidiana, é "memória de mim". Cristo mandou que se fizesse o sacrifício em sua memória, o que de forma alguma significa que Cristo esteja presente somente em memória , como quer fazer crer o omitidor. A expressão significa que a cerimônia é para ser feita pelos Apóstolos e sucessores como recordação do que Cristo fez. E o que Cristo fez foi transformar pão e vinho em Seu corpo e sangue . Cristo disse: Fazei "isto" em minha memória. O "isto", a ação que deve ser executada, não é memorial, mas real. Consagreis como eu fiz, realmente, em minha memória, pois não estarei presente visivelmente, é o que ensinou Cristo. E porque em memória? Porque não veremos Cristo até o final do mundo, "até que ele venha". David faz parecer  que Cristo disse: Celebrai minha memória. Fazei apenas uma ceia em minha memória. Desloca o caráter memorial da lembrança de Cristo, para o ato ensinado por Cristo, o que é falso. Diferença sutil, e que revela a malícia dos hereges. Fica ainda mais claro com um exemplo: Se um homem que está próximo da morte e diz à sua esposa, confiando-lhe a educação dos filhos: - educai nossos filhos em minha memória. Que devemos entender por isso? Que a esposa deve de fato educar os filhos - embora esteja agora sozinha - e não simplesmente lembrar-se do pedido do marido. Ela deve continuar algo real - a educação - em lembrança ao esposo falecido. Fica evidente a distinção entre o caráter memorial do ATO e o caráter memorial da PESSOA que mandou perpetuar aquele ato. O homem, que não estará mais presente, pede à esposa que continue a educação dos filhos em sua lembrança. De igual maneira, Cristo, que não estará mais presente VISIVELMENTE, pede (e mesmo institui, ordena) que sua esposa (a Igreja) perpetue a Missa em sua memória. Então, o segundo argumento que "afronta diretamente"  a presença real na eucaristia, cai por terra. E, ao contrário do que David proclamou como sendo expressões a seu favor, mais uma vez confirmam a doutrina católica. *** David exigiu que respondêssemos usando "hermenêutica e lógica", muito embora não tenho usado esta, e certamente desconhece aquela. Daqui em diante dividiremos nossa resposta em análise das citações bíblicas hermenêutica - e explicações da doutrina católica - lógica.

topo↑ Hermenêutica Em primeiro lugar, David exigiu o uso da hermenêutica nas respostas. Mas David sabe o que está dizendo? Ele sabe o que é hermenêutica? Ele quer hermenêutica ou exegese? Duvidamos que ele saiba a diferença entre elas... Duvidamos que ele saiba, por exemplo, que a hermenêutica está para a exegese, assim como a lógica está para o raciocínio. Ou seja, hermenêutica e lógica são as regras para bem interpretar e pensar, enquanto exegese e raciocínio são as aplicações das regras em cada caso específico. Concedamos por um instante que seja hermenêutica o que quer o omitidor. Porém, esta ciência da interpretação só se desenvolveu mais formalmente a partir do século III, com os tratados de Tertuliano, Clemente de Alexandria, São João Crisóstomo, São Jerônimo e Santo Agostinho, para citar apenas alguns. E David disse só aceitaria documentos dos tempos "apostólicos", e nada dos Padres da Igreja. David rejeitou a doutrina e a interpretação dos Padres, mas quer que usemos as regras de interpretação feitas pelos mesmos padres? Deixemos ao omitidor esta explicação embaraçosa, pois afinal estamos respondendo sob o rigor que ele pediu... *** Em nossa primeira mensagem, procuramos responder às acusações e ofensas de David utilizando três passagens bíblicas, que retomaremos, aprofundando: 1. O capítulo VI do Evangelho de São João , onde o desenrolar da cena mostra a verdade eucarística, primeiro, pela figura dos pães multiplicados, e depois, com Cristo se definindo ele próprio o pão que desceu do céu. E por fim que este pão é na verdade seu corpo, sua carne e seu sangue; 2. As passagens da própria Santa Ceia, relatadas pelos outros três Evangelistas; 3. O capítulo XI da 1a Epístola aos Coríntios (versículos 23 a 29), em que São Paulo nos dá, de forma inequívoca e insofismável a verdade sublime da Santa Ceia: que o pão é o Corpo de Cristo e o vinho é o Sangue de Cristo; já tratamos alguns pontos acima. Do trecho do Evangelho de São João , David se limitou a dizer: >>"Meu Corpo Verdadeira Comida! Me ajude, teólogo romanista (sic), como vc (sic) define a palavra VERDADE e a palavra VERDADEIRA. Pois, no âmbito bíblico, e vou lhe  provar COM SUA PRÓPRIA RESPOSTA, que ambas NÃO SIGNIFICAM IDENTIDADE  PLENA. Por enquanto, a única "verdade verdadeira" é que o pão continua fisicamente  pão, e o OINOS (sic) fisicamente OINOS. O resto, fica pela sua imaginação... ou prova em contrário."  E procurei em vão a prova de que "Verdade"  e "Verdadeira"  não definem a realidade de que o corpo de Cristo é DE FATO comida, com minha própria resposta. David, no afã de atacar o "teólogo romanista", esqueceu de colocar a explicação... e inovou, ao omitir sua própria resposta ... Inovou também ao dar uma nova definição ao adjetivo "Verdadeiro" , que para ele não mais significa "de verdade" , mas qualquer outra coisa, que ele certamente iria provar, não fosse tão forte nele o omitir! Dos textos dos três Evangelistas , David se limitou a ensinar sua nova gramática, onde o verbo ser não é (conforme já refutamos longamente), e os pronomes demonstrativos não demonstram. Da passagem de São Paulo , David preferiu as respostas rápidas, porque não quer ficar  diante da citação bíblica muito tempo, pois deve-lhe causar horror a lembrança que fazemos do trecho de São Paulo, omitido desonestamente: "Portanto todo aquele que comer este pão ou beber este vinho indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor.

Examine-se, pois, a si mesmo o homem, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque aquele que o come e bebe indignamente, come e bebe para si a condenação, não distinguindo o corpo do Senhor". Disse David, quando perguntamos como explicar ser possível alguém ser  réu do corpo e do sangue , se a eucaristia fosse simplesmente celebração da memória: >> "Com a mesma facilidade que vcs (sic) pregam que seria redimido dos pecados  ANTES MESMO de Jesus ser morto na cruz. Se valesse para a Ceia moderna, deveria valer também para a primeira de todas... e isso não aconteceu. Somente com a morte de Cristo o perdão foi consumado aos homens."  Ou seja: Faço afirmações gratuitas porque vocês fizeram ! Que lisura! Além de nos acusar injustamente, pois não fizemos nenhuma asserção sem base, ainda nos atribui uma interpretação incorreta do sacramento, da qual trataremos mais adiante... E São Paulo fala claramente em culpa, em ser  réu do CORPO e do SANGUE , e David divaga, não explicando como sendo apenas PÃO, pode alguém ter culpa sobre um CORPO! Não há escapatória, para ser réu do corpo é preciso que haja o corpo, que o corpo esteja realmente presente, e não apenas em símbolo. David não respondeu, porque não há resposta: sem corpo, somente com pão, não pode haver culpa ! Pior ainda quando perguntamos como poderia comer e beber a própria condenação quem, vendo pão e vinho, e comendo pão e vinho, não distinguisse o corpo do senhor . David então disse: >>"A resposta está no texto: "indignamente". E a palavra indigno não quer dizer  "ignorância" ou "heresia". Quer dizer INABILIDADE ou IMCOMPETÊNCIA (sic), que, à luz  da Bíblia, quer dizer presença de pecado consciente. Ou seja, Paulo advertia aos corintios para participarem da Ceia com as vidas retas diante de Deus. Quer ver a contra-prova ? O que acontecia aos que assim não o fizessem ? A resposta não foi "os pecados não seriam perdoados". Mas sim que haveria consequências espirituais de uma vida atrapalhada: fracos, doentes e até mortos. Participo da Ceia do Senhor há mais de 20 anos. Desfruto de boa saúde, autoridade contra demônios (sic) e estou cheio de vida espiritual (sic), com dons dados por Deus. (sic) Comigo sua regra "não pegou"..."  Minha Regra? Mas a regra é de São Paulo! (I Corintios, XI, 30) Boa saúde, autoridade contra demônios, plenitude de vida espiritual? Mas que presunção, humilde David! São Paulo fala o contrário: "Aquele, pois, que crê estar de pé, veja não caia." (I Corintios, X, 12); e também: " Porque de nada me sinto culpado; mas nem por  isso me dou por justificado; o Senhor é quem me julga. Pelo que não julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não só porá às claras o que se acha escondido nas trevas, mas ainda descobrirá os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor. (I Corintios, IV, 4-5). E David diz ser O justo! Contra-prova? Deixemos os delírios de lado e comentemos os fatos. Que o indignamente significa pureza da alma, pois pecado e santidade não podem compartilhar a mesma morada, não há dúvida. É claro que o indignamente mostra que para tomar a sagrada eucaristia, os coríntios repreendidos por São Paulo deveriam ter  uma vida reta, pois para receber o próprio Cristo em carne, sangue, alma e divindade, é preciso estar em estado de graça. Mas não foi esta a pergunta, que, para variar, ficou sem resposta: perguntei como poderia se condenar alguém que comesse pão e vinho, e não distinguisse o corpo de Cristo. Ora, pela teologia Davidiana o pão consagrado não é apenas pão, e o vinho, apenas vinho? Então porque a condenação, para aqueles que não fizessem a distinção do corpo? Nova pergunta sem resposta...

Mas o desastre mesmo vem quando o omitidor David destaca o trecho da pergunta anterior (Como poderia alguém distinguir o corpo do pão, se vê apenas pão? ) que ficara sem resposta, e nos deu a seguinte pérola, precedida do deboche... "cristão" Davidiano: >>"Risos... me diga UM CATÓLICO que consiga diferenciar visivelmente o pão de um corpo humano ou vice-versa na Eucaristia! Quer fazer o favor de se auto-apunhalar ? Quem tem que defender o caráter memorial sou EU e não VC (sic)!"  Ficamos pasmos, ó omitidor David, com sua demonstração de ignorância! É evidente que o corpo e o sangue de Cristo na eucaristia não são distinguíveis pelos sentidos. Por isso citei o "Adoro te devote"  de São Tomás, que mostra como a fé sustenta os sentidos, que falham ao reconhecer o corpo de Cristo. Esta é a nossa posição, é a doutrina da Igreja, que contraria sua absurda acusação de canibalismo no primeiro ataque! Graças a Deus o omitidor recuou neste ponto. O que perguntamos, e é evidente a pergunta , é como distinguir, sem o auxílio dos sentidos, o corpo de pão, o sangue de vinho! E o fato aqui é: a distinção é necessária, porém, impossível através dos sentidos ! Como se dá, então, tal distinção? Respondamos, já que David tanta dificuldade em reconhecer: é pela fé que se distingue o corpo do senhor presente realmente, do pão, e o mesmo com o Sangue em relação ao vinho. O que é absolutamente necessário, repitamos, é que haja a distinção, pois São Paulo está atacando os coríntios porque transformaram a missa numa refeição , assim como o ramo Davidiano pentecostal!  Pois participar da eucaristia sem distinguir o pão do corpo leva à condenação! Claríssimo o texto, e mais clara ainda a pergunta. Claríssima a verdade da presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo. Pelo menos para as almas sinceras. *** Comecemos a análise bíblica pelo capítulo VI do Evangelho de São João , que podemos dividir em quatro partes: Na primeira (versículos 1 a 25), Cristo mostra de forma prodigiosa como nos dará o alimento celeste, na figura da multiplicação dos pães, alimento corporal. Os judeus procuram então fazê-lo rei, e Cristo foge. Note-se que São João faz uma referência curiosa, aparentemente desnecessária, quando Cristo multiplica os pães: "Estava perto a Páscoa, dia da festa dos judeus"  (S. João, VI, 4). A preocupação do evangelista aqui é mostrar a relação entre o pão multiplicado, que é dado como alimento a todos, e a Páscoa, na qual se sacrifica o cordeiro sem mancha. Cristo tudo pode. Pode dar-se em sacrifício, para pagar os pecados na Páscoa, pode darse em alimento, multiplicando seu corpo sem dividir-se, como na multiplicação dos pães. Na segunda parte, (versículos 26 a 47), Cristo busca elevar a mentalidade daquele povo que só via o milagre visível, para um milagre superior, invisível, que lhes seria alimento espiritual; Cristo exorta então o povo a trabalhar para conseguir este alimento superior, que os  judeus entendem novamente no sentido material, como algo que lhes livraria da morte corporal, e procuram saber o que fazer para conseguí-lo, que obra material para conseguir tão elevado prodígio. Cristo, então, responde ser necessário crer  nas Suas palavras. "A obra de Deus é esta que creais n´Aquele que Ele enviou"  (S. João, VI, 29); ou seja, para receber o alimento prefigurado materialmente na multiplicação dos pães, é preciso ter fé, acreditar no que diz Cristo! E Jesus irá explicar então em que consiste este alimento, comparando-se ao maná, o pão que veio do céu: " Eu sou o pão da vida ; o que vem a mim não terá jamais fome, e o que crê em mim não terá jamais sede" . (S. João, VI, 35); e os judeus novamente murmuram

por não compreender a divindade de Cristo, por ignorar que veio do céu, assim como o maná. Na terceira parte, (versículos 48 a 59), Cristo começa a explicitar a doutrina eucarística, após a preparação anterior, e diz que é necessário que os judeus comam esse novo pão, assim como os seus pais comeram o maná no deserto. (S. João, VI, 48-50); Não só Cristo usa a palavra comer , como compara-se a um alimento real, o maná, que era de fato comido pelos judeus no êxodo. E que pão é esse que deveriam comer os judeus, pois Cristo é homem, feito de carne? " Eu sou o pão que desci do céu. Se qualquer  comer deste pão viverá eternamente; e o  pão que eu darei é minha carne, para ser a vida do mundo."  (S. João, VI, 51-52); ora, Cristo diz literalmente que o pão é a sua carne ! E novamente Nosso Senhor irá salientar a íntima relação entre o Calvário e a Eucaristia, ao dizer que o pão é para dar vida aos homens, vida que será conseguida por seus méritos na cruz, pão que será dado na última ceia: " Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue , não tereis vida em vós"  (S. João, VI, 54), e ainda "O que come deste  pão viverá eternamente"  (S. João, VI, 59); esta mesma relação será feita na Santa Ceia relatada pelos demais evangelistas. Como não podia deixar de ocorrer, os judeus, que haviam buscado Cristo pelo alimento material, começam a se escandalizar: "Disputavam entre si os judeus dizendo: Como  pode Este nos dar a comer a sua carne?"  (S. João, VI, 53), o que mostra que Cristo falava claramente, pois ninguém entendeu em sentido figurado, como o moderno David. Ora, o normal seria Cristo explicar, sendo Mestre como era, caso os judeus tivessem entendido mal. Assim fez Jesus com Nicodemos, que não entendera o sentido do nascer  de novo do batismo (S. João, III, 5-8); Nicodemos pensa que teríamos que voltar ao seio materno, Cristo lhe explica o batismo; Assim também Cristo corrige os Apóstolos, que pensavam materialmente, quando Cristo os mandava guardar do fermento dos fariseus e saduceus. (S. Mateus, XVI, 5-12); os Apóstolos disseram que não haviam trazido pão, Cristo explica que o fermento é a doutrina dos fariseus e saduceus; Também no caso de Lázaro, que morrera, mas Cristo disse que dormia. Os Apóstolos então não compreenderam porque Cristo tinha de despertá-lo, e o Mestre então fala abertamente que seu amigo estava morto. (S. João, XI, 13-14); Era, pois evidente que se o povo e os discípulos tinham entendido mal o que Cristo ensinara, Ele, como bom Mestre, os esclareceria. No entanto, diante da interpretação literal do povo assombrado por verdade tão impressionante, Cristo irá insistir no que disse seis vezes, nos versículos seguintes! Assim, diante dos judeus atônitos diante de tal revelação, Cristo não os corrige, mas reafirma, conforme já citamos: "Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Homem e beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós."  (S. João, VI, 54); não só é possível, mas é obrigatório! Não os corrige, mas aprofunda o que dissera. E nos versículo seguintes, ainda com mais ênfase, pois se até agora Cristo usara o correspondente ao verbo grego PHAGEIN para significar o "comer", de agora em diante usará o correspondente ao verbo TRÓGO, para que não houvesse dúvida que falava literalmente, e não em figuras. David certamente não terá dificuldade em reconhecer o verbo grego, já que "mostrou" ser conhecedor também desta língua: TRÓGO quer dizer  comer, mastigar, quebrar com os dentes os alimentos mais duros, tragar, devorar : "O que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia." (S. João, VI, 55). E ainda, o versículo que David não gostou, porque para ele "verdadeira" não significa "de verdade"...: "Porque a minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdadeira bebida." (S. João, VI, 56);

E mais, para não deixar dúvida sobre esta verdade, em que Cristo promete o seu corpo e seu sangue sob as espécies de pão e vinho: "O que come a minha carne e bebe o meu sangue , esse fica em mim e eu nele."  (S. João, VI, 57); e além de afirmar a interpretação literal que surpreendera os judeus, Cristo vai explicando os efeitos do alimento que nos dará, que irá produzir a união mais profunda com Ele. E ainda, para que ninguém tivesse dúvida: "Assim como o Pai que é vivo me enviou e eu  vivo pelo Pai, assim o que me come a mim , esse mesmo também viverá por mim."  (S. João, VI, 58), mostrando como esse alimento espiritual é fonte de vida. Também no versículo seguinte, lemos: "Aqui está o pão que desceu do céu . Não como os vossos pais que comeram o maná e morreram. O que come deste pão viverá eternamente." (S. João, VI, 59). E de novo a afirmação de que se deve, de fato, comer o pão, pois Cristo compara-se diretamente com o maná, que veio do céu, e que era comido pelos judeus. Na quarta parte, (versículos 60 a 72), vemos a reação dos discípulos de Jesus, que novamente confirmam a clareza do discurso de Cristo: "Muitos, pois, de seus discípulos, ouvindo isso, disseram: Duro é este discurso, e quem o pode ouvir?"  (S. João, VI, 61); Cristo falou sobre comer sua carne e beber seu sangue de forma literal. Os judeus perguntaram de que forma poderia se dar aquilo. Cristo insiste na realidade deste ato, seguidas vezes. Vários discípulos então rejeitaram seu discurso, pois entenderam perfeitamente o que Cristo dissera, e acharam esta verdade muito dura . E David diz que Cristo falava figuradamente? Não há dúvida sobre o que Cristo ensinou aqui! A falha dos discípulos é querer entender que o comer a carne e beber o sangue se dariam, estes sim, literalmente, e não sob as espécies de pão e vinho da eucaristia. Faltou-lhes a fé, que os afastará do divino Mestre: " Isso escandaliza-vos? Pois que será se vós virdes subir o Filho do Homem onde Ele primeiro estava?"  (S. João, VI, 62-63). Se eles não podiam crer nestas verdades, o que dizer da divindade de Cristo? O Salvador  novamente mostra que a fé é o dom que devemos ter para receber o alimento da vida eterna, mas para os judeus isso é duro demais, pois só entendem materialmente , e assim como o omitidor David, não têm a verdadeira fé. No versículo seguinte, Cristo irá dizer que seu corpo não é para ser comido da forma que os judeus entenderam, ou seja, não era para comerem a carne e beberem o sangue literalmente, mas, como irá esclarecer na Santa Ceia, sob as espécies do pão e do vinho. Os protestantes se aproveitam deste trecho para tentar impugnar a verdade sobre a presença real, pois diz Cristo: " O espírito é o que vivifica; a carne de nada aproveita ; as palavras que eu vos disse são espírito e vida" (S. João, VI, 64). Cristo fala que a carne não deve ser comida como entenderam os judeus, e por isso de nada aproveita aquele que comer a carne humana. Cristo falou literalmente, os judeus se escandalizaram. Embora não revele como se comerá sua carne, Nosso Senhor já elimina a possibilidade de que teriam que comer a carne humana, como a de um animal morto, e neste sentido diz que a carne de nada aproveita. Nada mais natural, dado o contexto. Os protestantes dizem então que com isso Cristo anulou tudo que havia dito anteriormente, pois afinal, SUA CARNE de nada aproveita! Tal interpretação é absurda, desrespeitosa e blasfema para com Nosso Senhor, pois a carne de Jesus é que permitiu a redenção, pois o "Verbo se fez  carne e habitou entre nós" (S. João, I, 14). Não é raro encontrar interpretações protestantes caolhas como essa, que ao tentar  desesperadamente negar uma verdade claríssima, ofendem Nosso Salvador e se contradizem com o resto da Escritura.

Cristo confirmará que a carne morta não tem serventia, pois dissera: "Assim como o Pai  que é vivo, me enviou e eu vivo pelo Pai, assim o que me come a mim, esse mesmo também viverá por mim"  (S. João, VI, 58). Cristo então ensina que devemos comer sua carne e seu sangue, vivos substancialmente na eucaristia . Não como a de um animal morto, pois é o espírito que vivifica. Não diz ainda como se fará isso, para provar a fé dos seus discípulos. E de fato muitos se afastam, como lemos a seguir: "Desde então tornaram atrás muitos de seus discípulos e já não andavam com Ele. Por isso disse Jesus aos doze: Quereis vós outros também retirar-vos?" (S. João, VI, 67-68). E se foram os que não tinham fé, que já tinham visto o milagre visível da multiplicação dos pães, e queriam fazer de Cristo um rei, para lhes prover todas as necessidades materiais, como o protestante David quer, vinte séculos depois. E então Cristo lhes prova, dizendo que o milagre visível foi apenas uma figura do verdadeiro milagre, do pão que dá a vida, e que para isso eles deveriam crer que era preciso comer Sua carne e beber Seu sangue, de verdade. E como não estavam ali senão para o que era visível e útil para esta vida, se foram, pois aquela era uma verdade muito dura, assim como é dura para o protestante David. E o que fizeram os verdadeiros seguidores de Cristo, quando Ele desafiou sua fé, dizendo para eles se retirarem também, caso duvidassem: "Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, Filho de Deus"  (S. João, VI, 69-70). E é Pedro, em nome dos Apóstolos, quem confirma a fé deles e a confiança nas palavras do divino Mestre, ficando então com Cristo. Só uma má fé enorme pode negar a presença real de Cristo na eucaristia, após esta verdade ter sido anunciada por Nosso Senhor com tanta clareza e insistência. Claro também é de que lado ficam os que estão com Cristo, os que têm fé, e claro é que estão contra ele os que querem só o milagre visível. O omitidor David foi-se com os judeus que acharam dura aquela verdade, e que se decepcionaram, pois não receberam nenhuma cura ou alimento visível. Nós, católicos, ficamos com Pedro, há dois mil anos, e por isso com Cristo, na eucaristia, na cruz e na Santa Missa. *** Da citação dos Evangelistas sobre a última ceia, David limitou-se a praticar sua novíssima gramática, que é de todo estranha. Tal gramática postula, como vimos, que o verbo "ser" não "é" , e os pronomes demonstrativos não demonstram. O seu desempenho em figuras de linguagem também é decepcionante, não sabendo distinguir linguagem metafórica da afirmação pura e simples. As narrações da Santa Ceia feitas pelos três Evangelistas são probatórias em si mesmas. Mas quando colocadas dentro do contexto da pregação de Cristo sobre esta verdade sublime, são irrefutáveis: Cristo prometera sua carne e seu sangue em alimento, e como vimos em São João, muitos escandalizaram-se e abandonaram o divino mestre. Aqueles, no entanto, que tinham permanecido com Pedro o haviam feito somente pela fé. Havia pelo menos um ano que seguiam o mestre sem saber como se daria aquela promessa, mas confiavam em Jesus. O divino mestre manda que os Apóstolos se dirijam à cidade e sigam o homem com a bilha de água, e que na casa que ele entrasse, encontrariam a sala ornada e espaçosa , onde deveriam preparar a páscoa. Os Evangelistas então contam como Cristo celebrou a nova páscoa, depois de celebrar a páscoa judaica pela última vez: S. Mateus, XXVI (26-28): "Estando, eles, porém, ceando, tomou Jesus o pão e o benzeu, e partiu-o e deu-o aos seus discípulos e disse: Tomai e comei, ISTO É O MEU CORPO."

"E tomando o cálice, deu graças e deu-lho dizendo: Bebei dele todos." "Porque este é o meu SANGUE do novo testamento, que será derramado por muitos, para remissão dos pecados." S. Marcos, XIV (22-24): "E quando eles estavam comendo, tomou Jesus o pão; e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, e disse: Tomai, ISTO É O MEU CORPO." "E tendo tomado o cálice, depois que deu graças, lho deu: e todos beberam dele." "E Jesus lhes disse: ESTE É O MEU SANGUE do novo testamento, que será derramado por muitos." S. Lucas, XXII (23-25): "Também depois de tomar o pão deu graças e partiu-o e deu-lho, dizendo: ISTO É O MEU CORPO que se dá por vós; fazei isto em memória de mim." "Tomou também da mesma sorte o cálice, depois de cear, dizendo: Este cálice é o novo testamento em MEU SANGUE, que será derramado por vós." Ora, mais claro, impossível. O Mestre nos apresenta seu corpo e sangue, que DEVIAM SER COMIDOS, sob a forma de pão e vinho, ou seja, de um modo que PODIAM SER COMIDOS! Coloquemo-nos no lugar dos Apóstolos e experimentemos a sua santa alegria ao ouvir de Jesus como se daria aquela obrigação tão terrível para os que não tiveram fé, mas agora tão doce para os que ficarem junto ao mestre, com Pedro! Claríssimas as palavras. Claríssima sua conveniência, momentos antes da separação de Cristo e dos Apóstolos. Claríssima também a referência à Cristo alimento real, pois suas palavras são diretas, e os Apóstolos não têm dúvida! Se Cristo tivesse falado figuradamente, como delirou o omitidor David, alguém dentre eles deveria ter dúvida sobre a verdadeira mensagem do mestre, como na passagem de S. João. Algum Apóstolo deveria ter perguntado o verdadeiro sentido, ou ao menos se surpreendido, para que Cristo, COMO SEMPRE FAZIA, lhes explicasse o que dissera. Mas, ao contrário, não vemos nenhum pedido de explicação, nenhuma surpresa de nenhum Apóstolo, pois era uma verdade "verdadeira" tão evidente, tão clara, anunciada que fora na multiplicação dos pães, que TODOS ENTENDERAM LITERALMENTE ! E todos os Apóstolos obedecem ao mestre, comungando pela primeira vez o CORPO, SANGUE, ALMA e DIVINDADE de Jesus sob as espécies do pão e vinho, sem o canibalismo (sic) que a teologia Davidiana acusou no primeiro e-mail, nem a idolatria (sic) que o mesmo David tentou desesperadamente provar no segundo. Somente distorcendo as passagens como fez David, dizendo que o pão e o vinho estavam sobre a mesa no momento da consagração, é possível esconder dos seus pobres seguidores a verdade que Cristo revelou aos que têm fé, e que são retos de coração. *** A terceira citação, que está no capítulo XI da 1a Epístola aos Coríntios (versículos 2329), já a discutimos bastante. O apóstolo São Paulo repete a cena narrada pelos Evangelistas, de novo de forma inequívoca sobre a verdade sublime da Santa Ceia: que o pão é o Corpo de Cristo e o vinho é o Sangue de Cristo; Repitamos ainda uma vez a citação, para que se possa apreciar a força da argumentação paulina: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei a vós, que o Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão, e dando graças, o partiu, e disse: recebei e comei; isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Igualmente depois de ter ceado, (tomou) o cálice, dizendo: este cálice, é o novo testamento no meu sangue, fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que ele venha. Portanto todo aquele que comer este pão ou beber este vinho indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor.

Examine-se, pois, a si mesmo o homem, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque aquele que o come e bebe indignamente, come e bebe para si a condenação, não distinguindo o corpo do Senhor."  Como os Evangelistas, São Paulo mostra como a Santa Ceia não foi simplesmente uma refeição, mas que Cristo ensinou aos Apóstolos como fazer a cerimônia de transubstanciação do pão e do vinho em seu corpo e sangue, em sua memória. São Paulo está exatamente criticando os coríntios por transformarem a missa em ceia. Conforme já foi mostrado, para refutar a noção Davidiana sobre o caráter memorial da Santa Ceia, quando Cristo fala em memorial, Ele se refere à Sua presença visível e não à presença real. Também, de modo análogo, a expressão "até que ele venha"  se refere ao segundo advento de Cristo, no fim do mundo. São Paulo mostra a realidade do corpo no pão e do sangue no vinho, pois não distinguilos leva à condenação. Desafiamos o omitidor David a provar o contrário e ele fugiu da questão. O que ainda falta explicar dessa passagem é a confusão do omitidor sobre os efeitos deste sacramento: para ele, a eucaristia apaga o pecado , e por isso ele não admite que tenha ocorrido antes do calvário. Porém, o que a Igreja ensina, e o que vemos em São Paulo não corresponde à teologia Davidiana, que mais uma vez, é antibíblica. A Igreja ensina que o sacramento da eucaristia é alimento espiritual, que nos leva ao céu através do aumento da graça santificante, que nos torna cada vez mais parecidos com Deus, e, portanto unidos a Ele. David repete o tempo todo que a eucaristia teria como efeito o apagar os pecados. Citemos apenas alguns exemplos: "Você confirma aqui que houve "transubstanciação"  em carne e sangue do Senhor ali ? E que houve PERDÃO DOS PECADOS mesmo sem a morte do Cordeiro ?"  E ainda: "Vc está dizendo que pode haver PERDÃO DE PECADOS SEM  DERRAMAMENTO DE SANGUE ?"  E também: "Então vc está querendo dizer que em todos os sacrifícios dos tempos antigos, ANTES DO CORDEIRO MORRER O POVO JÁ ESTAVA PERDOADO ? Tá mal, hein ? (sic) E, supondo que seu dogma fosse correto, ANTES DA CELEBRAÇÃO DA MISSA O POVO JÁ FICA PERDOADO ?"  Esta é a teologia Davidiana... No entanto, São Paulo diz que aquele que recebe a comunhão indignamente é réu do corpo e do sangue. E que o indignamente significa em estado de pecado, nem David tem dúvida, pois disse, em sua tentativa de explicação: "A resposta está no texto: "indignamente". E a palavra indigno não quer dizer "ignorância" ou "heresia". Quer dizer  INABILIDADE ou IMCOMPETÊNCIA, que, à luz da Bíblia, quer dizer presença de  pecado consciente. "  Presença de pecado consciente... O mesmo David que insistiu -- até demais -- que a eucaristia é para PAGAR O PECADO, reconhece que a eucaristia NÃO PODE SER TOMADA POR QUEM ESTÁ EM PECADO ! Vemos as conseqüências terríveis de tal ousadia quando Judas toma a comunhão em pecado, e o evangelista nos diz que o demônio se apossou dele imediatamente (São João, XIII, 27). Mas se não podemos receber a eucaristia em pecado , e pela teologia Davidiana a eucaristia serve para perdoar o pecado, qual a finalidade da eucaristia? Pela lógica e hermenêutica Davidiana, nenhuma! Portanto, mais uma vez, a doutrina do omitidor se revela contraditória e antibíblica. Nem lógica tem o omitidor David e muito menos hermenêutica... Pelo contrário, como ensina São Tomás, assim como a Igreja, e assim como São Paulo e os Evangelistas, pois foi assim que ensinou Cristo, a Eucaristia é um Sacramento que

confere a graça e nos leva a uma união mais estreita com Deus, pois "o que me come a mim, esse mesmo também viverá por mim"  (S. João, VI, 58), para nos fortificar contra o pecado futuro, pois "este é o pão que desceu dos céus, para que todo o que dele comer  não morra"  (S. João, VI, 50), e para atingirmos a glória da vida eterna, pois "quem comer  este pão terá a vida eterna"  (S. João, VI, 52). (Suma Teológica, volume IX, questão LXXIX, artigos 1 a 8). Pobre do David e de sua teologia claudicante... *** E agora vejamos como o omitidor se entusiasmou com sua própria eloqüência e citou a carta aos Hebreus de forma ERRADA: >>" Se isso era possível (outro meio de perdão), porque o escritor aos Hebreus diz que os fiéis do passado NÃO ALCANÇARAM A PROMESSA antes da morte do Senhor  (Hebreus 11:39,40)?"  Por favor, David, quando citar as Escrituras, faça direito, e, principalmente, não mude o sentido da citação! Diz o Apóstolo: "E todos estes, louvados (por Deus) com o testemunho prestado à sua fé, não receberam o objeto da promessa , tendo Deus disposto alguma coisa melhor para nós, a fim de que eles, sem nós, não obtivessem a perfeição da felicidade."  (Epístola aos Hebreus, XI, 39-40) Localize as palavras "antes da morte do senhor" , que você inventou, David! Eu localizei e destaquei "não receberam o objeto da promessa" , que mostra que ninguém foi perdoado do pecado original antes da consumação do sacrifício, nem os Apóstolos, nem os Patriarcas e Profetas... No final da carta, encontramos novamente a citação, perdida entre outros assuntos, agora mais próxima da verdadeira, porém com a mesma interpretação tendenciosa envolvendo a morte de Cristo: >>"O trecho bíblico de Hebreus 11, 39-40..todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa: Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados. Vê-se que o Apóstolo Paulo não tencionou, de forma alguma, ensinar aos hebreus que o momento de se alcançar as promessa teria que ser necessariamente no preciso segundo depois que o Senhor expirou."  E se agora David se emendou na citação, faz uma interpretação estranhíssima: ninguém discutiu em que momento se daria o cumprimento das promessas, pois isso não vem ao caso. Nós dois concordamos que Deus prometera o Salvador desde o começo do mundo, e que todos aqueles que São Paulo cita do Antigo Testamento, não viveram até o advento de Cristo. Responder o que não perguntamos parece perda de tempo, David... Seria melhor concentrar-se nas citações corretas, e em responder os argumentos dos quais fugiu. Lógica topo↑ Na segunda parte de nossa resposta, buscamos reunir todas as dúvidas que David levantou sobre a possibilidade da realização da Missa e da transubstanciação como verdades, concordes com a inteligência. E não são muitas, que foram repetidas pelo omitidor várias vezes, para não deixar dúvida que a dificuldade em aceitar a doutrina católica é porque ele não a entende. O problema de David não é só de fé, que ele não tem. O problema de David é de entendimento também! Entender como é possível o milagre. Entender como é possível Cristo dar-se em alimento. Entender como Cristo ter dado poder aos Apóstolos para perpetuarem seu sacrifício na Santa Missa. Eis o problema de David.

E David não entende por dois motivos: por causa de sua falta de fé, e porque estas verdades estão acima da inteligência, assim como a divindade de Cristo, assim também como os milagres visíveis, assim como a Santíssima Trindade. E responderemos, não para aqueles que estão unidos a Cristo pela fé, com PEDRO, pois estes não precisam. Mas para aqueles que abandonaram o divino mestre, porque "esta verdade é muito dura." O problema crucial para David é a questão do TEMPO, e a questão da REPETIÇÃO, nas quais ele insistiu várias vezes: >>"Realmente não aceito contradição bíblica... por isso nego a transubstanciação. Ela é que torna a Bíblia incoerente, pela TEMPORALIDADE e pela DUALIDADE DE  SACRIFÍCIO."  Sobre a escapatória dizendo que a vítima é a mesma, etc, o absurdo prevalece: se houve o sacrifício UMA ÚNICA VEZ, como Ele morrer de novo ? Que seja de morte incruenta ou  qualquer outro termo que seja escolhido por vocês, o fato é que afirmam que o sacrifício É REPETITIVO. E caem na contradição temporal... se Deus precisa dessas "atualizações", por que a Bíblia diz que o Cordeiro foi morto ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO e ainda assim precisou vir ao mundo na Plenitude dos Tempos ? Deus posiciona os eventos NO TEMPO DETERMINADO e se vc quer pesquisar um   pouco, procure na Bíblia se houve algum feito de Deus no mundo que precisou ser  REPETIDO. Vc nunca encontrará isso. Os homens repetem seus erros e ações. Deus nunca repete ou  refaz algo que já fez. E ainda: >> "1) TEMPORALIDADE - quando Jesus realizou a Santa Ceia, Ele nem havia morrido na cruz ainda, portanto nem havia dado o brado "Está consumado!". Se a transubstanciação fosse doutrina correta, os elementos pão e vinho já teriam se tornado "carne e sangue" do Salvador antes mesmo dele concretizar sua morte. Se não se aceita que a Santa Ceia é apenas um MEMORIAL sobre a obra no Calvário, não tendo poder  salvífico ou remissório em si mesma, os discípulos já estariam salvos ANTES de Cristo morrer. Ou seja, o sacrifício na Cruz se tornou nulo, pois este compêndio anterior  apresentaria OBRIGATORIAMENTE os mesmos efeitos ou NÃO SERIA LITERALMENTE   A CARNE E O SANGUE DO SENHOR, conforme proposição romanista. Se alguém me disser que a transubstanciação só começou a ocorrer DEPOIS da morte da Cruz, todo mundo estará autorizado a dizer que Jesus mentiu ao já afirmar de antemão "ISTO É O MEU CORPO" e "ISTO É O MEU SANGUE". Decidam-se, por favor: Ou seu dogma é ADAPTÁVEL AO TEMPO (deixando de ser  verdadeiro enquanto dogma) ou em sua doutrina CRISTO pode MENTIR. Qualquer coisa que me falem pode incorrer em uma ou outra situação. Pensem antes. 2) Se nas missas verdadeiramente Cristo "nasce" e "morre", conforme doutrina decorrente da transubstanciação, como fica vossa interpretação de Hebreus 9:27,28  -"Assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez sem pecado aos que o esperam para a salvação" bem como HEBREUS 10:10 - "Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez"."  E mais uma vez: >>"Trago aqui Duas perguntas distintas : aqueles elementos PERDOARAM os pecados dos discípulos ? Ou não ? 1) Caso sim : como poderia ser efetuado o efeito do derramamento de sangue sem que o Cordeiro houvesse sido imolado ? Criaram OUTRO MEIO DE PERDÃO além do sacrifício de Cristo ? Se isso era possível, porque o escritor aos Hebreus diz que os fiéis do

  passado NÃO ALCANÇARAM A PROMESSA antes da morte do Senhor (Hebreus 11:39,40)? 2) Caso não: por que se baseiam nas palavras INSTANTÂNEAS de Cristo para formalizar  a transubstanciação, mas com efeito de perdão somente após a crucificação ?"  Já mostramos como a finalidade da eucaristia não é a remissão dos pecados, pois São Paulo explica claramente que isso é impossível através da eucaristia. Portanto, esse ponto já está bem respondido... O que se deve notar na resposta Davidiana são as suas contradições: destaquemos do seu texto outra delas: "... se Deus precisa dessas "atualizações", por que a Bíblia diz que o Cordeiro foi morto ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO e ainda assim precisou vir ao mundo na Plenitude dos Tempos ? Deus posiciona os eventos NO TEMPO DETERMINADO e se vc quer pesquisar um pouco, procure na Bíblia se houve algum feito de Deus no mundo que precisou ser REPETIDO.Vc nunca encontrará isso."  David nos desafia a achar algo que Deus precisou repetir. Mas ele acabara de afirmar que o Cordeiro foi morto duas vezes , uma vez "antes da fundação do mundo" (SIC!), outra, na plenitude dos tempos! E logo ele, que não admite a tal "contradição da temporalidade e dualidade de sacrifício" ! Mas é exatamente o que ele acabou de dizer, e ainda dizer mal! Pois sua citação não é bíblica. O grande exegeta David usou a expressão "o Cordeiro foi morto ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO" , dizendo que era bíblica, sem dar a citação, e no entanto não existe isto na Bíblia! Não é a toa que o omitidor omitiu a citação... Vejamos o trecho verdadeiro, de São Paulo aos Hebreus, falando do sacrifício único de Cristo: "E não foi por oferecer-se a si mesmo reiteradas vezes, como o sumo sacerdote que entra todos os anos no santuário com sangue estranho. Pois, neste caso, ele teria  precisado sofrer repetidas vezes desde a fundação do mundo . De fato, foi uma só vez, no fim dos tempos, que ele foi manifestado para abolir o pecado com seu próprio sacrifício" (Hebreus, IX, 25-26) David, quando fizer uma citação bíblica, por favor cite corretamente, e principalmente, não deturpe o sentido ! É impossível que a promessa de Deus - e não o sacrifício de Cristo - tenha sido feita ANTES da fundação do mundo , pois o pecado ainda não havia sido cometido por Adão, e portanto ainda não cabia reparação. Somente após a queda original, é que Deus passou a prometer aos patriarcas o Salvador. DESDE a fundação do mundo ... Não é rigor que devemos ter, David? Explique-nos esta citação sem referência e completamente errada, antibíblica ! Explicaremos o que David citou contra si próprio, e como o sacrifício de Cristo é único. Pois o OFERECIMENTO do Salvador foi feito desde os primórdios, e a IMOLAÇÃO no Calvário se deu somente na plenitude dos tempos. Esses dois atos - o OFERECIMENTO e a IMOLAÇÃO - constituem o mesmo e único sacrifício, que será renovado até o final do mundo, através da Santa Missa. Primeiro, Cristo foi OFERECIDO em sacrifício desde o princípio da humanidade, pelas promessas feitas por Deus a seu povo; está na própria citação que David fez de S. Paulo: "E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa : Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados." (Hebreus 11, 39-40) A promessa era do Salvador, que todos os homens esperavam. Então, se Cristo foi imolado somente na plenitude dos tempos, séculos depois, cumprindo a promessa , é porque não houve esse duplo sacrifício que David insiste em nos acusar, mas a OFERTA do início do mundo é UNA com a IMOLAÇÃO na cruz. Ora, se a oferta e a imolação, SEPARADOS NO TEMPO , podem ser considerados UM, como acabamos de ver, o que dá unidade ao sacrifício não é sua simultaneidade no

tempo, mas a identidade plena da VÍTIMA. Se temos sempre a mesma vítima, na oferta e na imolação, dizemos que o sacrifício é o mesmo. Um exemplo deixará esta verdade mais clara. Como sabemos pela citação do profeta Malaquias, os sacrifícios antigos dariam lugar a um sacrifício novo, puro, do qual os antigos eram apenas figura. E no que consistiam esses sacrifícios antigos? Podemos dividi-los em três partes, que embora sejam distintas, não são três sacrifícios diferentes, mas um só e mesmo sacrifício: temos a oferta da vítima, o sacrifício propriamente dito (imolação), e a aplicação dos méritos do sacrifício: No ofertório, a vítima é apresentada e oferecida a Deus, para que Ele aceite o sacrifício que será realizado, e se digne perdoar os pecados dos homens através do sacrifício desta vítima; Na imolação, há a destruição da vítima por completo, com o derramamento de sangue - o holocausto; com o sacrifício, aplaca-se a ira de Deus, e paga-se a dívida que se tem com o Criador. Uma vez terminado o sacrifício, o sacerdote aplica aos homens os méritos advindos deste sacrifício. Normalmente, nos sacrifícios judaicos, era pela aspersão do sangue da vítima (um animal) sobre o povo. Portanto, o sacrifício antigo, e os sacrifícios pelo pecado em geral, consistem em: Ofertar a Deus algo precioso, e do qual nos privamos em reconhecimento ao Seu domínio sobre todas as coisas; Destruir a oferta, a vítima, e com isso pagar a Deus o que lhe é de direito, como soberano, e em reparação por nossos pecados; o sacrifício é propiciatório; Aplicar aos homens os méritos deste sacrifício. Com o sacrifício tornamo-nos aptos a receber os favores de Deus. O sacrifício é impetratório. Notemos que estas três partes não podem ser separadas para constituir isoladamente um sacrifício, pois só com o ofertório, o sacrifício não se consumou; Também não se pode sacrificar  o que não foi oferecido, pois a vítima deve ser primeiro apresentada e aceita por Deus; Igualmente a aplicação dos méritos não é possível sem as anteriores, pois sem apresentação e sacrifício, não há mérito. Mesmo que um sacerdote matasse um boi e aspergisse o seu sangue sobre o povo, seu ato não seria meritório, pois não houve sacrifício. Mas se as três partes não podem prescindir umas das outras, também não podem constituir três sacrifícios separados, se estiverem separadas no tempo. Tomemos o seguinte exemplo: um sacerdote oferece um novilho perfeito, em solenes e demoradas cerimônias, mas alguns momentos antes do sacrifício da vítima, uma nação inimiga invade o país e obriga os homens a tomarem em armas, interrompendo a cerimônia. A vítima foi temporariamente poupada, e não se pode dizer que houve sacrifício ainda, nem que os pecados tenham sido perdoados ; Passado algum tempo, o inimigo é vencido, e a mesma oblação é retomada, pelo mesmo sacerdote e com a mesma vítima já oferecida. Podemos dizer que o sacrifício é outro? Certamente que não, pois vítima e sacerdote são os mesmos. Após o holocausto, da destruição da vítima, ocorre novamente da nação ser invadida, por  outros inimigos, e novamente o sacrifício é interrompido, sendo que a imolação da vítima  já ter se consumado, e a ira divina aplacada, porém sem que os méritos do sacrifício tenham sido aplicados ao povo. Foi desta vez o sacrifício completo? No que se refere ao holocausto, que é a parte devida a Deus, sim. Nesse sentido, no que se refere ao reconhecimento de Deus soberano e no pagamento pelos pecados, o sacrifício da vítima já está completo. Assim como o de Cristo, e nesse sentido é que fala continuamente São Paulo, principalmente aos Hebreus, para opor à idéia de imolação repetida dos sacerdotes levitas.

Mas não no que se refere à aplicação do sangue da vítima para pagar os pecados do povo. Ainda falta a aplicação dos méritos para completar o sacrifício. Mais algum tempo, e o novo inimigo é derrotado, retomam-se as cerimônias do sacrifício primeiro, e agora o sangue da vítima, que fôra conservado após o sacrifício é finalmente aspergido sobre o povo, completando a oblação. Perguntamos novamente, foi este último ato um novo sacrifício? Claro que não, continuou-se o primeiro. Matou-se outra vítima, ou apenas foram aplicados os méritos da vítima original? Certamente este último, pois não houve outro sacrifício, e o motivo já está claro: o elemento comum nas três partes fundamentais do sacrifício é a vítima. Embora haja separação temporal entre os três atos, o sacrifício é um só, pois a mesma vítima que foi oferecida foi imolada, e depois teve seu sangue aspergido no povo. Ofertório, imolação e aplicação dos méritos, eis os três elementos essenciais do sacrifício, que embora possam estar separados no tempo , unem-se pela mesma e única vítima. Assim, Cristo, vítima inocente, que foi imolado somente na plenitude dos tempos, foi oferecido, oferecido desde o início da humanidade, nas promessas divinas. O sacrifício não se consumou até que Cristo morresse na cruz, nem mesmo na última ceia. Portanto, não tem cabimento o omitidor David dizer que o pecado foi perdoado antes do Calvário. Sendo, pois, as duas primeiras partes do sacrifício, e sendo sempre Cristo a mesma e única vítima, e ainda, o mesmo e único sacerdote , a Santa Ceia e o Calvário, a primeira como parte do ofertório e o segundo como imolação, são as duas primeiras partes de um sacrifício único! Até aqui o omitidor David talvez concorde, com alguma reserva, porém, a grande dificuldade é com a terceira parte do sacrifício, a aplicação dos méritos. Como diz S. Paulo, o sacrifício de Cristo foi único, ao contrário dos sacrifícios da antiga lei. Os judeus podiam sacrificar no tempo, e aplicar os méritos dos sacrifícios também no tempo. Cristo, porém, morrendo apenas uma vez, paga, de fato, os pecados de todos, principalmente o pecado original, satisfazendo plenamente as duas primeiras partes da oblação. Logicamente desde que se aceite este pagamento através do Batismo. Mas falta a aplicação dos méritos a cada homem, que é a terceira parte do sacrifício, e que se deve fazer  necessariamente no tempo . Pois os homens, a quem se devem aplicar os méritos, como até o omitidor concorda, nascem no tempo! Como aplicar os méritos de Cristo sem sacrificar outra vítima, e, portanto, sem repetir o sacrifício? Para a aplicação dos méritos, que é a terceira parte do sacrifício, Cristo deixou a Missa, que renova, sem repetir  o Calvário, pois sendo incruento, não repete o sofrimento da vítima, mas aplica seus méritos a cada homem, no tempo. Como vimos, o que dá unidade ao sacrifício é a vítima, e não o tempo decorrido, pois para Deus não há tempo: Todas as Missas unidas ao Calvário e ao oferecimento de Cristo , vítima inocente desde o início do mundo, aparecem diante de Deus como um único sacrifício. E quando Deus olha para esse sacrifício único, vê apenas uma vítima, e não várias. E vê apenas um sacerdote, e não vários. E a vítima e o sacerdote não são senão seu Filho bem amado, em quem pôs sua complacência. A Missa é, portanto a terceira parte do sacrifício ÚNICO, que Cristo instituiu para aplicação dos méritos da Cruz, a cada um, e a todos os homens. Não é repetição, pois Cristo não sofre. Não é outro sacrifício, pois a vítima é o Agnus Dei , o Cordeiro de Deus, e o sacerdote, é o Sacerdos in aeternum secundum ordinem Melquisedech , o Sacerdote Eterno, Cristo.

E na Missa, o padre, in persona Christi, sobe ao altar de Deus e oferece Nosso Senhor  como vítima, para aplicação dos méritos do Calvário, renovando incruentamente em todo lugar , do nascer do sol até o poente , porque o senhor dos Exércitos é grande entre as nações. *** O omitidor David, posando novamente de gramático, além de teólogo e protestante zangado, não gostou também de nossa explicação envolvendo pronomes demonstrativos, que para ele, foi "muito ruinzinha. Afinal, quando Jesus falava nas outras ocasiões, usava até pronomes PESSOAIS, muito mais diretos que pronomes demonstrativos. ( Eu, Vós, Tu, ETC). Não colou (sic). Ou o verbo é definitivo para TODAS AS SITUAÇÕES ou vcs não podem forçar a barra (sic) SOMENTE NO CASO DA TRANSUBSTANCIAÇÃO."  Em primeiro lugar, citamos o uso indevido dos demonstrativos por causa de uma inverdade (e não omissão!) de David, que disse na sua primeira mensagem: "Na verdade, como poderiam as palavras de Cristo "Este é o Meu Corpo" e "Este é o Meu  Sangue", serem aceitas no sentido literal? Na ocasião em que estas palavras foram anunciadas, o pão e o vinho estavam sobre a mesa diante dele , e Ele estava sentado à mesa, em Seu Corpo, como um homem vivo."  Ora, repreendemos o omitidor porque em todas as passagens sobre a instituição da Eucaristia (em S. Mateus, cap. XXVI; S. Marcos, cap. XIV, S. Lucas, cap. XXII; e Coríntios, cap. XI), se diz que Cristo TOMOU O PÃO EM SUAS MÃOS , benzeu (deu graças), e partiu, dizendo as palavras da consagração. Assim também o fez com o cálice. E David disse: "o pão e o vinho estavam sobre a mesa diante dele " ! Só há duas possibilidades: ou David mentiu, ou David ignora as quatro passagens. Mentiroso ou ignorante, David que faça a escolha! Completei o raciocínio com a troca dos pronomes ( ISTO por  ESTE), dizendo que o ISTO mostra de forma inequívoca que Cristo se referia ao Pão, e não ao seu corpo. As traduções protestantes da Bíblia costumam ter o ESTE, que enfraquece a idéia da presença real. Como não entendeu o argumento, despejou uma lista de citações, com as quais ele acha que prova sua "tese" da inutilidade dos demonstrativos: "Do mesmo jeito que fixou em Pedro e falou: "Para trás de mim, Satanás !" Está chamando seu "papa" de diabo ? Do mesmo jeito que disse de Herodes: "Ide dizer a ESSA raposa que hoje e amanhã curo enfermos e expulso demônios" O rei virou canídeo ? Do mesmo jeito que apontou para uma multidão e disse: "Eis AQUI minha mãe e meus irmãos!" Quantos Tiagos, Joões e Marias teríamos, não ? "Transubstanciados" porque Jesus indicou... Nenhum gesto consagraria a transubstanciação. Mesmo apontar com o dedo não quer  dizer identidade plena ou mudança de matéria.""  E mais uma vez o David se lançou febrilmente a "provar" o que supôs termos atacado... Para nossas considerações não se dignou traçar nenhum comentário... *** David inovou também no conceito de milagre. Vejamos o que disse ele: "A partir do que está escrito, não se define a transubstanciação, que, sem exagero algum, seria um autêntico milagre ! E os milagres operados por Jesus NA MATÉRIA eram todos visíveis, e não "implícitos"."  Examinemos o raciocínio Davidiano. Diz ele: Todo milagre operado por Jesus na matéria é visível; A transubstanciação é invisível; Logo, a transubstanciação não é milagre, e portanto, é impossível . A conclusão parece boa. Mas e quanto às premissas? Analisemos: a premissa maior afirma que todo milagre de Cristo na matéria é visível.

Ora, para elaborar esta afirmação geral, é preciso percorrer todo Evangelho e encontrar  só milagres visíveis na matéria. Um único milagre invisível anularia a universalidade da premissa, falsearia a conclusão. Assim sendo, apesar da maioria dos milagres operados por Cristo serem visíveis, como a cura do cego, do surdo, do coxo e outros, folheando os Evangelhos vemos que a transubstanciação, que é um verdadeiro milagre na matéria, é invisível! Se a premissa maior contém todos os milagres operados por Cristo na matéria, por quê excluir a transubstanciação? O milagre da transubstanciação, ainda que fosse único, sendo milagre invisível na matéria, contradiz a tese Davidiana. E, portanto a premissa maior é falsa, anulando a conclusão. O que fez David? Separou a exceção, para poder montar uma regra que eliminasse a realidade da transubstanciação! A isso damos o nome de sofisma. Pouco honesto, David, ainda mais de quem nos exigiu lógica... Com esse expediente, é possível "provar" qualquer coisa. Se disséssemos, por exemplo, que todas as epístolas paulinas foram escritas a Igrejas e não a pessoas, e montássemos o esquema lógico Davidiano, teríamos o seguinte: Todas as epístolas de S. Paulo foram escritas para Igrejas. A Epístola a Tito não foi escrita para uma Igreja. Logo, a epístola a Tito não foi escrita por São Paulo. Aqui facilmente detectamos o erro: embora a maioria das cartas de São Paulo tenha sido dirigida a Igrejas, o apóstolo das gentes escreveu a três pessoas em particular - Timóteo, Tito e Filemón. Faltou considerá-las, no universo da premissa maior. E como uma das premissas é falsa, falsa é a conclusão. Se digo que todos os protestantes são desonestos quando atacam a Igreja Católica, e encontro um que não seja, qual é a conclusão? Para uma pessoa normal, que respeita a lógica, é que minha premissa maior é falha, pois encontrei um elemento que anula a universalidade da premissa, ou seja, que nem todos os protestantes são desonestos. Para David, não! Pela lógica Davidiana, o protestante não seria protestante, porque honesto! Nada mais simples, nada mais lógico. Menos para David... O omitidor David mostrou-se bem desonesto, ao retirar o milagre invisível do conjunto dos milagres, antes de definir o universo. O conjunto dos milagres de Cristo inclui a transubstanciação, e, portanto o raciocínio é falso. Mas na verdade, o que vemos no Evangelho em relação aos milagres é bem diferente da exegese e da lógica Davidianas: existem milagres visíveis (ou mais propriamente falando, sensíveis), e invisíveis, sendo que os últimos são sempre superiores aos primeiros! Em todo Evangelho, mesmo quando Cristo faz milagres visíveis, é para ensinar  verdades mais elevadas, assim quando cura o cego e o surdo e o coxo, quer dizer que veio para curar nossa cegueira e surdez para as verdades divinas, e nossa claudicância na pratica da lei de Deus. Porém ao fazer milagres invisíveis, Cristo deixa claro que são superiores aos visíveis. A passagem mais significativa é essa, de São Mateus: "E eis que lhe apresentaram um  paralítico que jazia no leito. E, vendo Jesus a fé que eles tinham, disse ao paralítico: Filho, tem confiança, teus pecados são-te perdoados . E logo alguns dos escribas disseram dentro de si: Este blasfema. E, tendo Jesus visto seus pensamentos, disse: Porque pensais mal nos vossos corações? Que coisa é mais fácil dizer: São-te  perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e caminha?  Pois, para que saibais que o Filho do homem tem poder sobre a terra de perdoar pecados: Levanta-te, disse então ao paralítico, toma o teu leito, e vai para tua casa. E ele levantou-se e foi para sua casa." (São Mateus, IX, 2-7)

Mais claro, impossível. O maior milagre, o perdão dos pecados. O símbolo visível, para convencer os incrédulos (o milagre visível), a cura do paralítico. Portanto, os milagres visíveis, materiais, são simplesmente símbolo dos espirituais, e servem para converter aqueles que não têm fé . São os únicos milagres que o omitidor  David reconhece... Apesar dele tentar negar, contradizendo-se: "Sim, por isso, nós, evangélicos, não dependemos de imagens, bentinhos, santos, transubstanciação, etc para exercício de fé em Jesus."  Os protestantes não precisam de nada material, mas só falam em milagres visíveis: "(...). Pelo poder de Deus um sistema óptico foi corrigido (pode ser nervo, córnea, humor vítreo, etc... mas Deus agiu NA MATÉRIA, tal como o fez no nosso irmão Ezequias, cego até os 9 anos de idade, curado pelo poder de Deus em minha congregação). (sic) E ainda: "Um surdo pode ter tido seu sistema auditivo restaurado pelo Criador sem delongas (martelo, estribo, tímpano ou ligação nervosa restabelecida, etc) (...)"  Já os milagres invisíveis, que exigem a adesão da inteligência pela fé, são para os que acreditam, são para os católicos . David confunde os milagres feitos para convencer os judeus e pagãos sobre a divindade de Cristo (obviamente sensíveis), com aqueles feitos para os cristãos, que tem os olhos da fé para aceitar as verdades mais elevadas. Concluindo com São Paulo:" Porque as coisas que se vêem são passageiras, e as que se não vêem são eternas."  (II Corintios, IV, 18) *** Outra tentativa frustrada de David foi dizer que a páscoa dos judeus também era um memorial, e que "Justamente por ser memorial, eles não eram obrigados a voltar à escravidão no Egito e saírem de novo com braço forte do Senhor... bastava lembrar que a LIBERTAÇÃO já havia sido feita, há muito tempo atrás, e que agora eram todos livres."  Mas vejamos que paralelo inegável. O omitidor David negou que a transubstanciação pudesse ser antes do Calvário, pois teria anulado este último, se considerássemos que na Santa Ceia os pecados já haviam sido pagos. Como mostramos que a eucaristia não visa perdoar os pecados, é perfeitamente correto afirmar que a primeira Missa ocorreu antes do Calvário, sem anulá-lo. A Santa Ceia foi a instituição da Missa, do Sacerdócio Católico e da Eucaristia, e nada mais conveniente para provar esta verdade que a comparação com a páscoa judaica. Os judeus também irão repetir uma cerimônia que aconteceu propriamente ANTES do fato comemorado. O cordeiro pascal, preparado na véspera da libertação do Egito, e que seria repetido nos anos seguintes, anulava a libertação, omitidor David? Evidente que não! O cordeiro sem manchas preparado para ser comido como quem está de partida, cujo sangue marcou o frontispício das casas que deviam ser preservadas do anjo exterminador, por acaso este cerimonial libertou os judeus antes da hora, teólogo David? É claro que não! Os judeus só foram libertados no dia seguinte, quando o Egito em prantos pelos seus primogênitos resolveu atender o mandado de Deus pela boca de seu profeta Moisés, e deixou finalmente o povo eleito ir embora. Mas os judeus não deixaram de celebrar sua última refeição no Egito, terra de Escravidão, embora tenha sido antes da libertação. Note bem, David, a última ceia dos judeus, antes da libertação, sem anular esta! Ora, e a Santa Ceia, última refeição na terra da escravidão do demônio, antes que o cordeiro de Deus imolado pagasse na cruz pelos pecados, e libertasse toda a humanidade da mesma escravidão, não é a Santa Ceia a realização perfeita da figura do cordeiro pascal?

Por isso diz o Apóstolo: "Porquanto Cristo, nosso cordeiro  pascal, foi imolado. Celebremos pois (...) com os ázimos da sinceridade e da verdade"  (I Corintios V, 7-8) Resumindo: A páscoa judaica comemorava a passagem do anjo (daí páscoa) com uma cerimônia que ocorreu antes do fato comemorado. E neste memorial se fazia exatamente o mesmo sacrifício do cordeiro que havia sido feita no Egito, ou seja, se comia a carne do cordeiro e pão ázimo sem, porém tornar a repetir o sofrimento (incruento). Na páscoa cristã (e também em cada Missa), se celebra com uma cerimônia que ocorreu antes do fato comemorado (morte na cruz) . E neste memorial se faz exatamente o mesmo sacrifício do verdadeiro cordeiro - Cristo , e se come a carne do verdadeiro cordeiro sob a espécie de pão (e do vinho) sem, porém repetir o sofrimento de Cristo (incruento). Claríssimo, menos para o omitidor, que por fim pergunta: "E (você confirma) que houve PERDÃO DOS PECADOS mesmo sem a morte do Cordeiro ? Vc está dizendo que pode haver PERDÃO DE PECADOS SEM DERRAMAMENTO DE SANGUE ?"  Confirmamos que a eucaristia foi instituída na véspera do calvário, realizando a figura da páscoa judaica, onde se comia a carne do cordeiro e pão ázimo, e que também não anulava a libertação no dia seguinte. *** David nos mandou "auto-apunhalar"  (sic) quando achou que dávamos um argumento a seu favor, pois não entendeu a pergunta... Mas acabou fazendo exatamente o que condenou erradamente em nós, ao acusar os hereges do início do cristianismo por sua interpretação heterodoxa das Escrituras: "No início da igreja, tinha cristão acreditando até que Jesus iria voltar no ano 100. No primeiro século, tinha cristão acreditando que Jesus não podia ser Deus encarnado. E por aí vai."  Mas é exatamente o delirante livre exame que leva à heresia Davidiana, e que levou a todas as heresias da história, que estamos combatendo, e David nos dá um argumento? Esses que você chama de "cristãos" eram hereges, combatidos pela ortodoxia católica dos Santos Padres! Este argumento é nosso, David... Francamente... *** O omitidor David tenta ainda desesperadamente procurar motivo para impugnar a verdade católica, mas seu esforço é vão. Retomando a surrada lista protestante de "invenções" da Igreja ao longo do tempo, pergunta porque a transubstanciação não constava dos credos, como se ele aceitasse o credo integralmente. Para impugnar este argumento, basta notar que a eucaristia pertence aos sacramentos, que David confunde o tempo todo, não distinguindo entre batismo, confissão ou eucaristia, para pagar os pecados. O que a Igreja sabiamente classificou como sacramento, pois foi instituído desta forma por Cristo, não precisa constar do Símbolo dos Apóstolos. Além do mais, as verdades que estão no credo foram aquelas impugnadas pelos hereges da época, que a exemplo desse David omitidor, buscavam de toda maneira destruir pelos sofismas e omissões. Se o dogma surgiu só no século XII, foi porque se tornou conveniente para afirmar a verdade desta augusta doutrina, mas de forma nenhuma para inventá-la da noite para o dia. Prova disso é que Berengário, no século XI atacou a presença real, e foi obrigado a se retratar publicamente. Se não havia dogma, como esse herege foi condenado, David? E a cismática Igreja Ortodoxa, que se separou desgraçadamente da Igreja de Cristo por  volta do ano 1000, manteve a presença real como doutrina, mesmo não

compartilhando dos dogmas da Igreja após o século XI, o que prova que essa verdade é anterior à promulgação do dogma da presença real. Daremos, a seguir, o testemunho dos Santos Padres confirmando que toda cristandade, desde o começo, tinha a mesma doutrina sobre a transubstanciação *** O omitidor também se recusou a aceitar qualquer testemunho que não fosse do tempo dos Apóstolos, como vimos anteriormente. Ora, se aceitássemos esta exigência, estaríamos concedendo que ninguém em 2000 anos de cristianismo teve uma idéia exata do que Cristo efetuou na Santa Ceia. Nenhum padre da Igreja, nenhum doutor, segundo esta exigência Davidiana, pode ser  comparado a ele na exegese bíblica, pois somente os Apóstolos sabiam o que estavam escrevendo, e só o teólogo David sabe o que está lendo. Disse ele: "Enquanto me mostrar doutrina de Irineu, Cirineu, Dagoberto, Torquato, Montezuma, Hitler, Lutero, etc... século X, Y, Z, W... eu não caio nessa !" (sic) Ora, desprezar 2000 anos de interpretação das Escrituras não é pouco! E ainda mais, tirando os exageros de David na lista de intérpretes, ele despreza nada menos que os grandes defensores da verdade durante o ataque das heresias mais terríveis: São Justino, Santo Irineu, São Cipriano, São Cirilo de Jerusalém, São João Crisóstomo, São Cirilo de Alexandria, Santo Ambrósio, Santo Agostinho, para citar apenas alguns. Todos estes santos homens defenderam a fé contra as heresias de sua época, e todos defendem a transubstanciação como verdade de fé . Coincidência que aqueles que defendiam a ortodoxia fossem todos a favor da transubstanciação ? São Justino, na Apologia, após descrever a missa do século II tal qual a conhecemos hoje, diz sobre a comunhão: "Designamos este alimento eucaristia. A ninguém é  permitido dele participar, sem que creia na verdade de nossa doutrina, que já tenha recebido o batismo de remissão dos pecados e do novo nascimento, e viva conforme os ensinamentos de Cristo. Pois não tomamos estas coisas como pão ou bebida comuns; senão, que assim como Jesus Cristo, feito carne pela palavra de Deus, teve carne e sangue para salvar-nos, assim também o alimento feito eucaristia (...) é a carne e o sangue de Jesus encarnado . Assim nos ensinaram."  (Primeiro livro das Apologias de S. Justino, pag. 65-67.) Santo Irineu, discípulo de São Policarpo, e depois de São Justino, em seu monumental "Contra as heresias" , diz estas palavras interessantíssimas: "(Nosso Senhor) nos ensinou  também que há um novo sacrifício da nova aliança, sacrifício que a Igreja recebeu dos  Apóstolos, e que se oferece em todos os lugares da terra ao Deus que se nos dá em alimento como primícia dos favores que Ele nos concede no Novo Testamento. Já o havia prefigurado Malaquias ao dizer: Porque desde o nascer do sol, (...) (Malaquias, I, 11). O que equivale dizer com toda clareza que o povo primeiramente eleito (os judeus) não havia mais de oferecer sacrifícios, senão que em todo lugar se ofereceria um sacrifício puro e que seu nome seria glorificado entre as nações."  São Cipriano, comparando a eucaristia ao pão nosso de cada dia do "Pai Nosso" , nos relegou este testemunho: "Posto que Cristo disse que aquele que comer deste pão viveria eternamente, é evidente que possuem a vida quem toca o corpo de Cristo e recebem a eucaristia. Temamos, pois, comprometer nossa saúde se nos separarmos do corpo de Cristo. Assim, pois, pedimos o pão de cada dia, quer dizer, a eucaristia diária, como  prenda cotidiana de nossa perseverança na vida de Cristo."  (S. Cipriano, Da oração dominical, 18) São Cirilo de Jerusalém, que parecia falar para os Davids omitidores do século XX, se exprimia desta forma: "Havendo Cristo declarado e dito, referindo-se ao pão: Isto é o meu  corpo, quem ousará jamais duvidar?  Havendo Cristo declarado e dito: Este é o meu  sangue, quem ousará jamais dizer que não é esse seu sangue? " (Cirilo de Jerusalém, Catech. mystag., LXXXVI, 2401)

São João Crisóstomo, ainda mais claramente, "Aqui está Cristo presente. O mesmo Cristo que em outros tempos dispôs a mesa do Cenáculo, tem disposto esta para vós;  pois não é um homem, certamente, aquele que faz as ofertas se converterem em corpo e sangue de Nosso Senhor, senão Cristo mesmo , para nós crucificado. Aqui  está o bispo que O representa, e que pronunciou as palavras que bem sabeis; mas o  poder e a graça de Deus são o que produzem a transformação . Isto é o meu corpo, diz o bispo, e esta palavra transforma as ofertas ."  (S. João Crisóstomo, In proditionem Judae hom. I, 6) São Cirilo de Alexandria , contrariando a tese Davidiana dos demonstrativos que não demonstram: "(...) Porque o Senhor disse mostrando os elementos: Isto é meu corpo, e Este é o meu sangue, para que não imagineis que o que ali aparece é uma figura, senão  para que saibas com toda segurança que, pelo inefável poder de Deus onipotente, as oblações são transformadas real e verdadeiramente no corpo e sangue de Cristo ; e que ao comungar delas recebemos a virtude vivificante e santificadora de Cristo."  (Cirilo de Alexandria, Comment. In Math. XXVI, 27) Santo Ambrósio, mostrando a realidade e a transcendência desta verdade: "O que fazemos nós, é o corpo nascido da Virgem: porquê buscar aqui na ordem da natureza o corpo de Cristo, quando Jesus nosso Senhor nasceu da Virgem fora da ordem natural? (O que fazemos) é, portanto, a verdadeira carne de Cristo, a mesma que foi  crucificada e fechada no sepulcro . Este é em verdade o sacramento desta carne."  (Ambrósio, De mysteriis, 52) Santo Agostinho, a quem freqüentemente os hereges modernos recorrem na tentativa de desvirtuar suas palavras, explicava assim a eucaristia aos recém batizados: "Tal é a eficácia das orações que vais escutar.  À palavra do sacerdote, eis aqui o corpo e sangue de Cristo; tireis a palavra e não haverá mais que pão e vinho."  (Agostinho, Sermo VI, De sacramento altaris ad infantes.) (Todas as citações acima são conforme Maurice Brillant,"Eucaristia" , Dedebec, Ed. Desclée de Brouwer, Buenos Aires, 1949) Nem é preciso mencionar os escolásticos, e dizer que eles também foram unânimes na adesão e defesa desta verdade. São Tomás, São Boaventura, Hugo de São Vítor, Santo Alberto Magno... O que é curioso e digno de nota, é a recusa Davidiana de aceitar até Lutero! E por que será, se o ex-monge foi precursor do omitidor David na luta contra Roma? A explicação é dada pelo próprio Lutero, nessa confissão aos cristãos de Estrasburgo: "Confesso que o dr. Karlstadt ou qualquer outro me teria prestado um grande serviço, se, há cinco anos, tivesse provado que no Sacramento só havia pão e vinho . Naquela ocasião tive grandes vexames e lutei e torci por encontrar uma saída, pois vi que com isso podia dar o maior golpe contra o Papado . Também havia dois que eram mais hábeis que o dr. Karlstadt e que não martirizavam tanto as palavras segundo seu próprio  parecer. Mas estou preso, não encontro saída. O texto é tão majestoso que com  palavras não se deixa tirar da mente."  (De Wette, II-576 e segs.; citado em Lúcio Navarro,   A legítima interpretação da Bíblia, Campanha de instrução religiosa BrasilPortugal, 1958, pág. 448) ) Lutero também não admitia a transubstanciação pelas palavras do padre, como Cristo ensinou, mas era obrigado a admitir, pelo "texto majestoso", que Cristo estava realmente presente no altar, e que já não havia apenas pão e vinho no sacramento... Se Lutero se sentia preso, por algum compromisso ínfimo com a verdade, o mesmo Lutero que dizia que os fins justificavam uma mentira, uma " atrevida, forte mentira" ("bold, lusty lie") conforme suas palavras, é porque é preciso muita má fé para negar  esta verdade católica.

Mas todos erraram, e só o omitidor David, em pleno século XXI foi capaz de dar a verdadeira interpretação dos Evangelhos, explicação esta baseada na lógica e na hermenêutica, é claro... E se ele diverge de Lutero quanto à presença real, poderia muito bem ser o autor desta outra frase do rebelde alemão: "Muito embora a Igreja, Agostinho e os outros doutores, Pedro e Apolo e até um anjo do céu ensinem o contrário, minha doutrina é tal que só ela engrandece a graça e a glória de Deus e condena a justiça de todos os homens na sua sabedoria"  (Lutero, em D. Martin Luthers, Werke, Kritische Gesamtausgabe, Weimar, XXX, 3, Abteilung, 317; citado pelo Pe. Leonel Franca em A Igreja, a reforma e a civilização, Ed. Agir, pag. 179) *** David terminou sua resposta com a seguinte conclusão: "Cientificamente, teologicamente, logicamente, cronologicamente, a TRANSUBSTANCIAÇÃO é um ENGODO."  (SIC) Ora, conforme provamos, refutando um a um os argumentos do omitidor David, a transubstanciação é uma realidade teológica, lógica, cronológica e até científica, se lembrarmos dos milagres eucarísticos, principalmente o de Lanciano no século VIII. Nesta cidade da Itália, o pão e o vinho se transformaram durante a missa em corpo e sangue de Cristo visivelmente, mantendo-se até hoje intactos, decorridos já 1200 anos! Mesmo a ciência atéia, ao analisar as relíquias, reconheceu que o fenômeno não têm explicação, pois se trata de carne e sangue verdadeiros, e de um ser humano; a carne é do coração (miocárdio)! Carne e sangue são ambos tipo AB, e o sangue tem o frescor  comparável ao tirado de uma pessoa no mesmo dia; também não foi encontrada nenhuma substância que preservasse artificialmente a carne e o sangue. Isto é milagre, senhor David... Mas é antes uma verdade bíblica e principalmente EVANGÉLICA, que curiosamente o protestante David citou bem pouco. *** Vimos ao longo de nossa resposta como Cristo prometeu claramente a eucaristia (e a aceitaram aqueles que tinham fé). Vimos isso detalhadamente em São João. Também como a revelou aos Apóstolos, mostrando abertamente a relação da Ceia com a Cruz, e mandando que fizessem como ele, na narração da Santa Ceia feita pelos Evangelistas. E como Cristo confirmou pela pena de São Paulo esta verdade suprema, através de uma inegável defesa teológica da presença do corpo, e da responsabilidade em comungar em estado de graça. Repetiu-a pela história através dos discípulos, dos padres da Igreja, e do Papa, com a promulgação do dogma, que todos sempre acreditaram. Não é possível negar esta verdade tão clara sem omissões, distorções, invenção de uma nova e falsa teologia, de uma nova lógica, e mesmo de uma nova e absurda gramática. De todas essas armas usou David, para não recuar em seu orgulho. Com isso o omitidor David ficou só. E ficou só, porque o protestantismo soberbo é solitário, levando cada protestante a montar sua doutrina única da forma mais conveniente, da forma que sua limitada inteligência permite, ou ainda, da forma como consegue defendê-la diante dos seus opositores, isolando-o do demais, isolando-o da Igreja, e, portanto de Cristo. Ele deve saber bem (dos Salmos) o que pensa Deus do homem que está só... Mas a doutrina de Cristo não é parcial, e nem ensimesmada. Ela une todos os católicos de todos os tempos que a defenderam integralmente, e fazem com que hoje simples católicos como nós possamos emprestar nossa  pena, ou nosso teclado, aos maiores gênios e santos da humanidade - teólogos, doutores, bispos e Papas - para que defendam mais uma vez a vinha do Senhor dos ataques dos hereges, através do que escreveram.

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