Somos todos originais e por conta desta nossa originalidade temos problemas específicos. Porém, em maior ou menor esc...
Copyright desta edição © Palavra & Prece Editora, 2008. Edição brasileira autorizada por intermédio do Autor. Autor. Título original em inglês: Love is to live. Todos os direitos desta edição reservados. F������� B��������� N������� Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto no 1.825, de dezembro de 1907. C���������� ��������� Júlio César Porfírio Porfírio R������ � ����������� ����������� Equipe Palavra & Prece C��� Criação: Equipe Palavra & Prece Editora Execução: Sérgio Fernandes Comunicação Imagem: Dreamstime T������� Donato Kracheviski I�������� Escolas Profissionais Salesianas ISBN: 978-85-7763-245-9
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Vella, Elias A cura através do amor / Frei Elias Vella Vella ; [tradução Donato Kracheviski]. – São Paulo Paulo : Palavra & Prece, 2012. ítulo original: Love is to live. ISBN 978-85-7763-245-9 1. Amor 2. Cura - Aspectos religiosos religiosos 6. Vida cristã I. ítulo.
3. Espiritualidade
4. Oração
5. Perdão - Aspectos
12-10364
CDD-248.4
Índices para catálogo sistemático: 1. Vida cristã : Espiritualidade : Cristianismo
248.4
Parque Domingos Luiz, 505, Jardim São Paulo, Cep 02043-081, São Paulo, SP Tel./Fax: +55 (11) 2978.7253 E-mail:
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Sumário
Uma palavra palav ra amiga a miga aos a os meus leitores ..................................................................................13 ..................................................................................13 C������� I – Deus quer que você seja inteiro.....................................................................15 odos nós necessitamos necessita mos de cura ....................................................................................15 ....................................................................................15 As causa c ausass dos nossos sofrimentos ..................................................................................16 ..................................................................................16 Perdoa Perdoa a si próprio e aos outros..............................................................................17 ..............................................................................17 Aceita seus fraca fr acassos ssos ............................................................. ..............................................................................................17 .................................17 Aceita suas sua s limitações limitaçõe s ................................................................................. ............................................................................................17 ...........17 Aceita a realidade rea lidade de que você é um pecador .........................................................17 .........................................................17 Objetivo deste livro ................................................ ........................................................................................... .......................................................17 ............17 Conhecer Jesus, Jesu s, como c omo Aquele que nos cura ...........................................................17 ...........................................................17 Os discípulos de Emaús .................................................................................... .........................................................................................18 .....18 Experimentando Experi mentando a presença de Jesus Jesu s......................................................................19 ......................................................................19 Seguir Segu ir a Jesus............................................................................... .........................................................................................................19 ..........................19 Alguma Alg umass orientações..............................................................................................19 orientações..............................................................................................19 odos vocês voc ês são originais originai s .................................................................... ................................................................................19 ............19 Deixe Deus agir .............................................................................................. ..............................................................................................20 20 A história de um treinador .............................................................................. ..............................................................................20 20 Esteja aberto............................................. aberto........................................................................................ .......................................................21 ............21 Encontrar Jesus Jesu s na oração oraç ão .....................................................................................2 .....................................................................................211 Primeiro estágio: está gio: rezar reza r é ouvir ouvi r a Deus ...........................................................................22 ...........................................................................22 Segundo estágio: oração significa abrir o seu coração diante de Deus ...........................23 erceiro estágio: está gio: oração ora ção de contemplação contemplação ......................................................................24 ......................................................................24 Quarto estágio: oração de transformação em Jesus .......................................................25 Quinto estágio: deixa o Espírito rezar em você .............................................................27 Experiência de oração............................... oraç ão.......................................................................... .....................................................................27 ..........................27 ................................................................................................. .................. 28 Partilhando com Deus ............................................................................... C����� C� ������ �� II – Eu vos dou vida v ida em abundância abundâ ncia ..................................................................33 ..................................................................33 A cura é um processo proces so ................................................................................. ....................................................................................................33 ...................33 Vamos compreender que Deus nos ama am a ................................................................33 ................................................................33 Vamos nos amar a mar uns u ns aos outros ............................................................................ ............................................................................ 34 Vamos receber e dar amor a mor ................................................................................ .................................................................................... .... 34 Vamos ficar abertos para o amor............................................................................35 amor............................................................................35 Vamos viver na verdadeira liberdade ......................................................................35 ......................................................................35 Oração de cura c ura e suas condições ................................................................ ...................................................................................35 ...................35 Confiar em Deus ................................................................................ ..........................................................................................................36 ..........................36
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A CURA ATRA TRAVÉS VÉS DO AMOR
Partilhar a autoridade com Cristo ................................................................................36 Agir em nome de Jesus ............................................................................... ..................................................................................................37 ...................37 Agir conforme c onforme o plano de Deus ................................................................................ ....................................................................................37 ....37 Permanecer n’Ele ..........................................................................................................37 ..........................................................................................................37 Perdoar............................................................. Perdoar....................................................................................................... .............................................................38 ...................38 Somos médicos feridos ................................................... .............................................................................................. ...............................................38 ....38 Deus quer a sua cooperação c ooperação ............................................................................... ..........................................................................................39 ...........39 Parábola de um u m pássaro páss aro colorido c olorido ...........................................................................39 ...........................................................................39 Primeira reação ..................................................................... ......................................................................................................39 .................................39 Segunda Segu nda reação reaç ão................................................................................... ..................................................................................................... .................. 40 erceira reação..................................................................... reação...................................................................................................... ................................. 40 Quarta Quar ta reação ..................................................................................... ........................................................................................................41 ...................41 Quinta reação ....................................................................... ........................................................................................................41 .................................41 Pingue-pongue com Deus ................................................................................. ............................................................................................ ........... 42 História de uma mãe m ãe ferida ............................................................................... .......................................................................................... ........... 42 Ministério da oração oraç ão de cura ..................................................................................... ........................................................................................ ... 44 Preparação Preparaçã o................................................................................... ............................................................................................................ ......................... 44 Agradecimento Agrade cimento .................................................. ............................................................................................. ...............................................45 ....45 Discernimento Discernime nto ............................................................................... ..................................................................................................45 ...................45 Entrega .................................................................................. ............................................................................................................45 ..........................45 Alguns Alg uns conselhos consel hos importantes...................................................................................... importantes...................................................................................... 46 Experiência de oração...................................... oraç ão................................................................................. ..............................................................47 ...................47 Quando o passado é realmente passado? ......................................................................48 ......................................................................48 Olhar de frente a pessoa perdoada? ..............................................................................4 ..............................................................................499 C������� III – É o amor que cura .....................................................................................51 História do violão v iolão desafi de safinado nado................................................................................... ........................................................................................ .....551 Missão de evangeliza eva ngelizarr e curar cura r................................................................................... ........................................................................................52 .....52 Objetivo da cura ................................................................................ ...........................................................................................................53 ...........................53 A cura de um homem no tanque de Betesda .................................................................53 .................................................................53 O uso us o de remédios na cura ................................................................................ ............................................................................................54 ............54 Jesus não usa nenhuma técnica técnic a ................................................................................ .....................................................................................54 .....54 Quem tem o poder de curar? cura r? .................................................................................. .......................................................................................55 .....55 Pessoas já curadas curad as................................................................................ ..........................................................................................................55 ..........................55 Uma mulher curada cu rada da perda do marido mar ido...............................................................56 ...............................................................56 Pessoas dentro do processo de cura ...............................................................................57 ...............................................................................57 Pessoas que se relacionam entre si através atr avés do amor ........................................................58 ........................................................58 Casais Casa is casados cas ados ..................................................................................... ...............................................................................................................58 ..........................58 Pais e filhos ................................................................................................ ...................................................................................................................59 ...................59 Amigos íntimos í ntimos................................................................................... .............................................................................................................59 ..........................59 Pessoas unidas unida s espiritualmente espiritua lmente................................................................................. ......................................................................................59 .....59 A filha de Jairo volta à vida ...................................................................................... .......................................................................................... .... 60 Deus é amor................................................................................ ..................................................................................................................61 ..................................61 História de um cego................................................................................... ......................................................................................................61 ...................61 Vamos permitir que Deus nos ame......................... a me.................................................................... .......................................................62 ............62 O amor de Deus é um amor pessoal .............................................................................63
FREI ELIAS VELLA, OFMConv
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Algumas Alg umas orientações orientaçõe s ................................................................................... .....................................................................................................63 ..................63 Experiência de oração..................................................... oração................................................................................................ .............................................. ... 64 Ame-se da maneira ma neira como Deus lhe ama........................................................................65 ama........................................................................65 Jesus realmente rea lmente quer quer a minha cura? cu ra? ............................................................................. ............................................................................. 66 C������� IV – Escolha a vida, não a morte .......................................................................67 Pesquisa numa universidade americana america na.........................................................................67 .........................................................................67 A história de Anna ................................................. ............................................................................................ .......................................................68 ............68 A história de São Francisco .......................................................... ...........................................................................................69 .................................69 O segredo s egredo da aceitação ...................................................................................... ..................................................................................................70 ............70 Aceite a si mesmo ................................................................................ ..........................................................................................................70 ..........................70 O problema da autorrejeição ....................................................... .........................................................................................71 ..................................71 História de uma u ma mulher mu lher que se rejeitava ........................................................................71 ........................................................................71 Aceita as circunstâ circ unstâncias ncias e as situações situa ções em que você vive ................................................72 ................................................72 Aceite as pessoas pessoa s que lhe rodeiam ....................................................... .................................................................................73 ..........................73 Orientações para par a aceitarmos aceita rmos as realidades realid ades .....................................................................74 .....................................................................74 Primeira orientação: Aceite a realidade realida de de que você tem inimigos .................................................................74 .................................................................74 Segunda orientação Aceite a realidade realida de de que você poderá ter fracassos fracas sos........................................................74 ........................................................74 A experiência de Abraham Abra ham Lincoln........................................................................75 ........................................................................75 erceira orientação Aceite a realidade realida de de que nem nem todos lhe amam .............................................................76 .............................................................76 Quarta orientação orientação Aceite a realidade realida de de que você tem seus próprios limites .............................................. .............................................. 77 Quinta orientação Aceite a realidade realida de de que você deve carregar carrega r uma cruz cru z................................................. ................................................. 77 A definição de Glasser Glas ser ................................................................................ ...................................................................................................78 ...................78 A humildade não é falta fa lta de autoestima .........................................................................79 .........................................................................79 Experiência de oração – I .................................................................................. ............................................................................................. ........... 80 Experiência de oração oraç ão – II................................................................................. .............................................................................................81 ............81 Sentindo-se não amado por Deus ..................................................................... ................................................................................ ........... 84 A humildade em Tomas De Kempis............................................................................85 Kempis ............................................................................85 C������� V – Somos todos filhos de Deus ........................................................................87 Alegria Alegr ia em fazer a vontade de Deus...............................................................................87 Deus ...............................................................................87 O exemplo e xemplo do Calvário Calvá rio ..................................................................................... .................................................................................................88 ............88 O amor de Deus nos cura .............................................................................................88 .............................................................................................88 Modelo em São Francisco de Assis A ssis ................................................................................8 ................................................................................899 Dois alcoólicos .................................................................................................. ..............................................................................................................89 ............89 O bebê Tomas................................................................................... ............................................................................................................ ......................... 90 Madre eresa ...................................................................................... ................................................................................................................91 ..........................91 Deus nos ama a ma como um u m Pai Pa i..................................................................................... ..........................................................................................91 .....91 História de um filhote fi lhote de águia á guia .......................................................... .............................................................................91 ...................91 Nossa história ..................................................................................... ...............................................................................................................92 ..........................92 Vamos sentir o amor de Deus .......................................................................................92 .......................................................................................92
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A CURA ATRA TRAVÉS VÉS DO AMOR
Jesus é um bom pastor ................................................... .............................................................................................. ...............................................93 ....93 A mulher da perna quebrada ..................................................................................... .........................................................................................94 ....94 ornando-nos tais ta is como c omo criancinhas.................................................................. cria ncinhas.............................................................................95 ...........95 Poder e humildade .................................................................................................... ........................................................................................................96 ....96 Amar Ama r é servir servi r ................................................................. ............................................................................................................ ...............................................97 ....97 O dom da d a simplicidade ............................................................................... .................................................................................................97 ..................97 Experiência de oração oraç ão – I ................................................................................... ..............................................................................................98 ...........98 Experiência de oração ora ção – II I I.................................................................................. .............................................................................................98 ...........98 Rezar Reza r por uma u ma pessoa pes soa que eu não amo a mo........................................................................1 ........................................................................100 00 C������ C��� ���� � VI – ornando-nos ornando-nos inteiros no Cristo ressuscitado res suscitado .......................................... .......................................... 103 103 O toque de Jesus nos cura .................................................................... ...........................................................................................105 .......................105 Condições para a cura ................................................................................. .................................................................................................106 ................106 Perdoar Perdoar ................................................................................... ................................................................................................................1 .............................106 06 Receber o perdão .................................................................................. .................................................................................................106 ...............106 Buscar Busca r o perdão.................................................................................... ...................................................................................................107 ...............107 Dar o perdão .......................................................................... .......................................................................................................107 .............................107 Experiência de oração............................................... ora ção.......................................................................................... ...................................................109 ........109 Perdoar Perdoar é arrisc a rriscar-se ar-se ............................................................................. .................................................................................................... .......................1110 C������� VII – Os dois critérios para amarmos ..............................................................111 Ame... como a si mesmo........................................... mesmo...................................................................................... ................................................... ........ 111 Amar Ama r sua caricatu ca ricatura ra ..................................................................................... .................................................................................................... ...............1112 Aquele que eu devo devo ser ................................................................................. ................................................................................................ ...............1113 Amar.. Ama r.... como Jesus amou.................................................................................... ............................................................................................ ........1113 A esposa de um alcoólico a lcoólico .................................................................................... ............................................................................................ ........ 114 A magia do amor a mor........................................ .................................................................................. ................................................................. ....................... 115 Amar Ama r incondicionalmente................................................................................... ........................................................................................... ........ 115 Amando Ama ndo a mulher adúltera ........................................................... ......................................................................................... .............................. 115 Amando. Ama ndo..... o filho pródigo.................................................................................. ........................................................................................... ......... 116 O amor é a ajuda visual visu al de Jesus ........................................................................ ................................................................................. ......... 117 Experiência de oração.............................................. ora ção......................................................................................... .................................................... ......... 118 Nem todos podem ser meus amigos ............................................................................ ............................................................................ 119 C������� VIII – A cura através do lava-pés .....................................................................121 Lendo o Evangelho segundo São João .........................................................................124 .........................................................................124 Perdão e castigo cas tigo ........................................................................................................ ..........................................................................................................125 ..125 C������� IX – Mágoas e feridas da infância ....................................................................127 A história de Shuan ..................................................................................... .....................................................................................................127 ................127 A identificação das da s feridas .................................................................................. ...........................................................................................128 .........128 ocando em nosso noss o passado pa ssado .........................................................................................129 .........................................................................................129 Mágoas Mágoa s na concepção ....................................................................................... .................................................................................................130 ..........130 Perguntas a respeito da minha min ha concepção ...................................................................131 ...................................................................131 A oração de Belém ......................................................... ................................................................................................... .............................................133 ...133 Dois hospitais ..................................................................................... .............................................................................................................134 ........................134 Mágoas Mágoa s de nascença ....................................................... .................................................................................................. .............................................134 ..134
FREI ELIAS VELLA, OFMConv
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Mágoas Mágoa s da vida .............................................................. ......................................................................................................... ...............................................13 1355 História de uma u ma garota ga rota do cabelo cab elo bonito ....................................................................137 ....................................................................137 Deus nos chama pelo nome ................................................................................ ........................................................................................138 ........138 A cura das da s feridas ................................................................................. ........................................................................................................140 .......................140 Experiência de oração............................................... ora ção......................................................................................... ...................................................140 .........140 Cura e intercessão .............................................................................................. .......................................................................................................143 .........143 C������� X – Amar: o novo mandamento ......................................................................145 Pesquisa em Nebraska .......................................................................... ................................................................................................. .......................1145 rês tipos de reação ..................................................................................... .....................................................................................................146 ................146 Emoções somatizadas .................................................................................................147 Sejamos canais ca nais de amor ............................................................................................. ............................................................................................... 149 Amor: a característ ca racterística ica do cristão .................................................................. ................................................................................. ...............1149 O amor do mundo e o amor a mor cristão ............................................................. ............................................................................ ...............1150 O amor é uma decisão ................................................................................................ ................................................................................................ 151 A cura através atr avés do amor................................................................................. ................................................................................................ ............... 152 São Paulo insiste no amor .......................................................................................... ............................................................................................ 153 ... aos Coríntios .................................................................................... .................................................................................................... ................ 153 ... aos Efésios .........................................................................................................153 .........................................................................................................153 ... aos Filipenses ................................................................................... .................................................................................................... .................1154 ... aos Colossenses ................................................................................. .................................................................................................. ................. 155 ... uma vez mais, aos Coríntios ............................................................................. ............................................................................. 155 ... aos Romanos ..................................................................................... ..................................................................................................... ................1156 Experiência de oração................................ oraç ão.......................................................................... .................................................................. ........................1157 Pessoas que nunca mudam ................................................................................ .......................................................................................... ..........1159 C������� XI – A cura através do perdão ..........................................................................161 Um muçulmano pedindo por libertação libertaç ão ..................................................................... .....................................................................16 1611 Quatro mandamentos manda mentos importantes .................................................................... .............................................................................163 .........163 Amai Ama i os vossos inimigos ........................................................................................... ...............................................................................................16 1633 Fazei o bem.................................................................................. .................................................................................................................1 ...............................164 64 Abençoai ..................................................................................... ....................................................................................................................165 ...............................165 A maldição maldiçã o errou o alvo ..................................................................................... .............................................................................................. .........16 1655 Orai ............................................................................... .......................................................................................................................... .............................................166 ..166 Perdoar Perdoar é uma u ma ação ............................................................... .....................................................................................................167 ......................................167 Capítulo XII X II – A cura de nossas feridas interiores.............................................................169 .............................................................169 Os cinco estágios está gios da cura ............................................... .......................................................................................... ...............................................16 1699 Estágio Está gio da negação ...................................................................................... ......................................................................................................169 ................169 O estágio está gio da raiva ..................................................................................................... .........................................................................................................1171 Ajuda às aeromoças aeromoça s .................................................................................... .....................................................................................................172 .................172 Estágio Está gio da barganha barga nha................................................................................... .................................................................................................... .................1175 Estágio Está gio da depressão .......................................................................................... ................................................................................................... .........1176 Estágio Está gio da aceitação ..................................................................... ....................................................................................................1 ...............................177 77 História do estupro e stupro de uma u ma mulher mul her ............................................. ............................................................................178 ...............................178 Experiência de oração................................ oraç ão.......................................................................... ..................................................................179 ........................179 Perdoar Perdoar e ficar fica r curado cu rado das da s feridas ferida s ................................................................................1 ................................................................................180 80
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A CURA ATRA TRAVÉS VÉS DO AMOR
C������� XIII – Que todos sejam um .............................................................................183 O mosteiro em crise .............................................................. ....................................................................................................183 ......................................183 O segredo se gredo de uma u ma comunidade ................................................................................. ...................................................................................184 ..184 Crise de amor............................................................................... ..............................................................................................................185 ...............................185 A unidade como ajuda visua l .................................................................................... ........................................................................................18 1855 Duas declarações declar ações interessantes .................................................................................. ....................................................................................186 ..186 Uma mulher mulher que desejava ser paciente .......................................................................187 .......................................................................187 Seja um u m construtor c onstrutor na n a comunidade .............................................................................1 .............................................................................188 88 • Segure S egure sua língua língu a .................................................................................... ..............................................................................................188 ..........188 • Esteja treinado a ouvir ouvir .................................................................................. .....................................................................................188 ...188 • Mantenha Ma ntenha o silêncio, si lêncio, quando criticado .............................................................189 .............................................................189 • Esteja E steja treinado treina do para par a servir ser vir .................................................................................18 .................................................................................1899 • Esteja treinado a perdoar............................................ perdoar...................................................................................18 .......................................1899 • Fale a verdade com delicadeza delicadez a e com amor ......................................................189 ......................................................189 • Esteja treinado para deixar o outro ganhar uma discussão ................................190 • Proporcione Proporcione alegria alegri a ........................................................................................ ...........................................................................................190 ...190 • Confirme os carismas, as forças e esperanças dos outros ...................................190 • Procure Procu re o seu papel na comunidade c omunidade .................................................................. ..................................................................1191 Crescendo com c om os outros .................................................................................. ............................................................................................ ..........1191 Experiência de oração oraçã o .................................................................................................19 .................................................................................................1922 Comunidades e grupos g rupos de oração ora ção................................................................................19 ................................................................................1922 C������� XIV – Cura física e sofrimento redentor ..........................................................195 A cura física fí sica e a medicina .................................................................................. ............................................................................................ ..........1195 O Médico, o farmacêutico, farm acêutico, o paciente .............................................................. ........................................................................196 ..........196 Doença física e amor .................................................................................. ...................................................................................................197 .................197 Maneiras Maneira s de rezar reza r................................................................................ ........................................................................................................198 ........................198 A evangelizaç evangel ização ão e a cura .................................................................................... .............................................................................................. ..........1198 Cura e sofrimento ....................................................................... .......................................................................................................199 ................................199 A cura e o sofrimento redentor redentor caminha ca minham m juntos? .....................................................201 .....................................................201 O mal e o sofrimento sofri mento não vêm de Deus ..............................................................201 ..............................................................201 Geralmente Deus retira o sofrimento diretamente...............................................201 estemunho de um garoto deficiente...................................................................201 ...................................................................201 A história da cana ca na de bambu ...............................................................................203 ...............................................................................203 Santo Agostinho e o ministério da cura ..................................................................... ..................................................................... 204 Experiência de oração.............................................. ora ção......................................................................................... ....................................................205 .........205 Fé e sofrimento .................................................................................... .......................................................................................................... ...................... 206 C������� XV – O ministério da cura física .....................................................................207 Seguir Segui r Jesus ............................................................. ........................................................................................................ ....................................................207 .........207 A cura de uma mulher mul her que sofria de hemorragia hemorragia .........................................................207 .........................................................207 A cura de um doente na piscina .................................................... ................................................................................. ............................. 209 O Sacramento dos Enfermos ..................................................................................... .........................................................................................21 2100 Sacramento de toda tod a a comunidade .............................................................................. ..............................................................................21 2111 Atos de amor ................................................................................. ............................................................................................................... ..............................21 2111 Chamado para servir no ministério da cura ................................................................212
FREI ELIAS VELLA, OFMConv
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Assustado Assu stado por ser um médico? ................................................................................. .....................................................................................21 2122 Lição no ministério m inistério de cura................................................................................ ......................................................................................... .........21 2133 Oração pelas pessoas envolvidas em cuidados com a saúde .........................................214 Amar Ama r o órgão doente............................................... doente.......................................................................................... .................................................... .........21 2166 C������� XVI – Sinergia dos carismas ............................................................................219 Sinergia dos carismas car ismas .................................................................................................. ..................................................................................................21 2199 • Ciências naturais...............................................................................................219 naturais...............................................................................................219 • O dom das línguas líng uas ................................................................................... ........................................................................................... ........ 220 • O dom da profecia ................................................................................... ............................................................................................221 .........221 • Palavra de ciência ........................................................................................... ............................................................................................. 222 • Discernimento de espíritos................................................................................ ................................................................................223 223 • Vários Vários tipos de discernimento d iscernimento ..........................................................................223 ..........................................................................223 Repouso no Espírito................................................................................... ....................................................................................................224 .................224 Uma atmosfera favorável ....................................................... .............................................................................................225 ......................................225 • Unidade com c om a Igreja ...................................................................................... ........................................................................................225 ..225 O caso de uma u ma psicóloga .................................................................................... ............................................................................................ ........ 226 Padre Pio............................................................................... .................................................................................................................... ..................................... 226 Prova de autenticidade autenticidade ................................................... ............................................................................................. .............................................. 226 • Abertos A bertos ao Espírito E spírito ................................................................... ...........................................................................................227 ........................227 • Oração Alegre ..................................................... ................................................................................................ ..............................................227 ...227 • Não imite técnica técnicass .................................................................................. ........................................................................................... ......... 228 Oração de cura .................................................................................... ........................................................................................................... ....................... 228 Estabelecendo Esta belecendo o tempo para Deus ..............................................................................229 ..............................................................................229 Deus pode ficar cansado ca nsado de mim? 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Uma palavra amiga aos meus leitores
Há muitas coisas na vida que não conseguimos entender. Uma das quais eu não consigo entender nem encontrar uma resposta é a seguinte: Por que Deus decidiu levar-me com tanta frequência a lugares onde não conheço o idioma local, tais como as Repúblicas checa checa e Eslov E slováquia, áquia, o Brasil, e assim a ssim por diante? Eu fico feliz quando estou nestes países, mas, realmente, não consigo entender os planos de Deus. Pensando bem, eu preferiria estar num país de língua inglesa ou italiana, porque seria mais fácil para mim e para você. Mas os planos de Deus não são os nossos planos e, portanto, curvamo-nos diante dos planos d’Ele e O louvamos por tais planos. E assim sendo, aqui estou eu, tentando ir para além das barreiras dos idiomas e para além das barreiras culturais. Entretanto, embora tivéssemos vindo de países e culturas diferentes, há algo que nos une a todos, e este algo é o fato de que todos nós, eslovacos ou malteses, tchecos ou brasileiros, ingleses ou italianos, na verdade chamamos Deus de “ Abba ”, ”, “Pai”. E, portanto, todos nós somos irmãos e irmãs com os mesmos problemas, com as mesmas feridas, com as mesmas dificuldades. dificu ldades. Antes de começar a evangelização evangeliz ação pelo mundo afora, eu imaginava que as feridas de uma mulher africana fossem diferentes das feridas de uma mulher britânica. Eu imaginava que as dificuldades de um homem indiano fossem diferentes das dificuldades de um homem australiano. É claro, as culturas são diferentes, mas a natureza do homem e da mulher é sempre a mesma. odos nós temos as mesmas feridas, todos nós temos
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as mesmas ansiedades e todos nós temos os mesmos medos. E, acima de tudo, todos nós temos a necessidade de amarmos e de sermos amados. Embora eu não lhe conheça, posso dizer que conheço suas dificuldades, porque você não é diferente dos outros. outros. Somos todos todos originais e, por causa da nossa originalidade, origina lidade, temos problemas específicos. Porém, em maior ou menor grau, todos nós temos os nossos medos, todos nós temos as nossas nossa s raivas, raiva s, todos nós somos pecadores. Sinto também uma vontade enorme de transmitir a mensagem de Jesus a todos vocês. De fato, meu papel principal como sacerdote é exatamente o de sair pelo mundo e anunciar a nunciar a Palavra de Jesus. E eu sempre encontro encontro algo que é muito comum: Onde quer que eu vá para anunciar Jesus, encontro sempre irmãos e irmãs muito sedentos da Palavra d’Ele. E esta é a razão pela qual você tem este livro em suas mãos: somente porque você quer conhecer Jesus pessoalmente. E você sabe onde ou como poderá encontrá-l’O? Amando, abrindo-se para receber amor a mor,, perdoando... perdoando... ali você encontrará Jesus. Porque Porque amar ama r é viver. E viver é amar. ama r. Você Você não acredita acred ita nisto? Então leia este livro... livro... e experimente isto!
CAPÍULO I
Deus quer que você seja inteiro
Todos nós necessitamos de cura Eu gostaria de apresentar este livro – fruto de seminários ministrados nas Repúblicas República s checa checa e Eslováquia E slováquia – explicando ex plicando um u m pouco sobre o seu todo. rataratase... se... da cura através do amor. É inútil tentarmos convencer convencer alguém a lguém sobre o fato de que todos nós somos somos necessitados de cura. Ao invés de falarmos fa larmos a respeito da cura em si, vamos nos colocar colocar diante dia nte de Deus como como pessoas necessitadas de cura cu ra em muitos aspectos de nossas vidas. Nós podemos necessitar necessitar de cura cu ra espiritual ou de cura física; podemos necessitar de cura interior ou da cura de áreas demonizadas. É possível que os nossos distúrbios interiores sejam o resultado de um ataque direto ou indireto do Maligno. ambém podemos necessitar de cura com relação a nos desprendermos de pessoas falecidas. Refletiremos Re fletiremos a respeito respeito destas cinco dimensões de cura cu ra neste livro. Vamos falar especialmente sobre cura interior, ou melhor, sobre a cura através do amor. Ao ler este livro, você encontrará alguma a lgumass orientações sobre a cura interior interior,, sem esperar que isto seja o suficiente suficiente para ficar curado. Às vezes, vez es, após participar de um seminário ou de um retiro, alguém poderá ficar mais confuso porque encontra ou toma conhecimento de feridas que não eram conhecidas anteriormente. Você poderá encontrar feridas vindas do passado, sem jamais perceber que suas atitudes de hoje são resultantes daquelas feridas. Vamos também tentar
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tocar nas na s raízes raíze s de muitos muitos dos nossos comporta comportament mentos os atuais. Durante Dura nte este proprocesso, o velho “eu” aparecerá e virá à tona: o “eu” amedrontado, o “eu” endurecido, o “eu” na defensiva, o “eu” desesperado. São Paulo diz que em cada um de nós existe o homem velho, lutando para sobreviver. Quem é esse “homem velho” vivendo dentro de nós? É o “eu” velho, cheio de medos e raiva r aivas,s, é o “eu” endurecido, o “eu” medroso, o “eu” deprimido, o “eu” desanimado. Ele está me perturbando e provocando danos à minha mente e ao meu coração. Deus quer que este homem velho morra, a fim de que eu possa deixar deixa r o “hom “ homem em novo” novo” viver em mim abundantemente. abundantemente. Alguém A lguém poderá perguntar: Por que vamos cavar à procura de nossas feridas do passado? Por um motivo muito simples: Porque a raiz de muitas das nossas atitudes de hoje deve ser encontrada em nosso passado. E, portanto, nosso passado não é um passado de fato; nosso passado ainda está presente. Se o nosso passado não exerce mais influência em nosso presente, então então deixemo-lo no passado. Mas Ma s se o nosso passado ainda a inda exerce influência em nosso presente, então então nosso passado passa do está presente. E nós devemos tocá-lo e curá-lo. É como a eletricidade. Se tocarmos toca rmos num fio elétrico, receberemos um choque. Isto significa que o fio está e stá vivo. Mas, se tocarmos toca rmos no fio e não recebermos choque algum, algu m, significa que o fio está e stá obsoleto, obsoleto, está morto. Acontece Acontece exatament exata mentee o mesmo com relação a uma cicatriz. oque oque na cicatriz. Você Você sente alguma algu ma coisa? Se não sentir, então a ferida está curada. Mas, caso houver alguma dor, significa que a ferida ainda está viva. Agora, ao tocarmos em nossas experiências do passado, muitas vezes recebemos um choque. Começamos a ver que nossas emoções estão vindo à tona. Ficamos com raiva, com medo, ficamos aflitos, inflexíveis. Isto significa que as raízes raíz es de nossas feridas ainda estão vivas, v ivas, e, porportanto, elas devem ser curadas.
As causas cau sas dos d os nossos sofrimentos sof rimentos Não raro, quando nos colocamos diante de Deus, nós vamos até Ele para pedir alguma coisa. Mas a nossa verdadeira cura aconteceria quando, ao nos colocarmos diante de Deus, ao invés de pedirmos que Ele nos dê alguma coisa, pedíssemos que Ele nos dissesse o que devemos fazer nesta situação. É a luz que Ele nos dá que realmente vai nos curar. Agora eu quero lhe dar algumas pistas, para que você saiba quais são as coisas mais importantes no processo de cura.
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Perdoa a si próprio e aos outros Muitas vezes, todo o nosso sofrimento tem como causa a falta de perdão pelos nossos pecados do passado. Deus me perdoou. Mas eu não estou me perperdoando. Isto traz autorrejeição, sentimentos de culpa, medos e distúrbios. É essencial para a minha cura, que eu me perdoe e que eu perdoe aos outros. MuiMuitos distúrbios psicológicos têm como origem o fato de que há alguém a quem você não consegue perdoar, ou você não está perdoando a si próprio.
Aceita seus fracassos fracas sos Em geral nós não sabemos como aceitar e olhar de frente os nossos fracassos na vida. Há uma falta de discernimento com relação aos nossos fracassos. Ninguém mais se lembra dos nossos fracassos. Mas nós ainda somos dependentes deles. Os fracassos podem lhe levar ao amadurecimento, amadurecimento, mas, infelizmente in felizmente eles eles destroem a muitos. Os fracassos são importantes em sua vida.
Aceita suas limitações Uma terceira pista é a de que geralmente nós não aceitamos as nossas limitações. Somos dependentes da autocrítica; nós nos sentimos debilitados em muitas coisas, somos excessivamente exigentes conosco mesmos. Isto significa que estamos perdendo toda a nossa espontaneidade e a nossa liberdade de sermos nós mesmos. Somos pessoas limitadas, mas não aceitamos isto. E muitas vezes ficamos com ciúmes das qualidades e dos carismas dos outros. E por causa desse ciúme, nada fazemos com relação aos nossos próprios carismas. E você sabe muito bem que não ganha nada quando apenas sente ciúmes ciúmes dos carismas ca rismas alheios al heios..
Aceita a realidade de que você você é um pecador Uma coisa importante em nosso processo de cura é aceitarmos a realidade de que somos pecadores. Você precisa aceitar esta realidade, não sob a ótica da lógica, que supõe apenas o uso da mente, mas aceitá-la através do coração.
Objetivo deste livro
Conhecer Jesus, como Aquele que nos cura O objetivo deste livro é o de lhe l he ajudar a encontrar Jesus como o seu Médico. Nós vamos encontrá-l’O e pediremos ped iremos que Ele nos cure. Nosso primeiro objetivo
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não é o de falarmos fa larmos a respeito de Jesus, o Médico, mas o de conhecermos Jesus, o Médico. Podemos Podemos nos colocar colocar em Suas mãos m ãos e pedir que Ele nos cure. Muitas vezes falamos demais sobre Jesus sem O conhecermos e sem O encontrarmos. O fato de eu estar trabalhando para Jesus, o fato de eu estar realizando muitas atividades em nome de Jesus, não quer dizer que eu O tenha encontrado. encontrado. O que significa encontrar Jesus?
Os discípulos de Emaús Você se recorda do trecho do Evangelho, quando dois discípulos iam de Jerusalém para Emaús? Eles eram pessoas boas, estavam conversando conversando a respeito respeito de Jesus, mas eles estavam e stavam angustiados, a ngustiados, porque Jesus havia sido crucificado. Eles Eles estavam com raiva daquelas pessoas que O crucificaram. Jesus foi encontrá-los e começou a conversar com eles. Ele conversou conversou com eles e revelou-lhes revelou-lhes as Escrituras. Eles eram pessoas boas e hospitaleiras. Quando escureceu, eles disseram a Jesus: “Não se vá! Fica conosco, porque já está escurecendo ”. Não era prudente continuar continuar a jornada após o escurecer! escu recer! (cf. (cf. Lc 24,13-35). 24,13-35). As mentes mentes destes dois discípulos estavam repletas repletas de Jesus, mas eles não encontraram Jesus, eles não O conheciam. Ele estava conversando com eles, que não O reconheceram. Isto pode acontecer acontecer conosco também. Eu posso falar fala r a respeito d’Ele, eu posso trabalhar para Ele, eu posso anunciar o Evangelho de Jesus, eu posso rezar a Jesus – mesmo sem conhecê-l’O! Afinal de contas, quando os discípulos de Emaús conversavam com Jesus, eles estavam rezando. O que é a oração, senão conversar com Deus? Eles estavam conversando com Jesus, mesmo assim não O reconheceram. Eles estavam se alimentando das Escrituras e mesmo assim não encontraram Jesus. E, de repente, eles tiveram a experiência com Jesus: os olhos deles se abriram, quando Jesus partiu o pão. E então, algo aconteceu na vida deles. Algo mudou a vida deles por completo. Naquele Naquele momento momento eles O conheceram. Mas agora a gora eles O conheceram não mais com a mente; agora eles vieram a conhecê-l’O com o coração. Jesus já não está mais falando fa lando com eles, mas os está transformando tra nsformando.. E todo o medo desapareceu. Eles tinham medo da escuridão, mas agora estão prontos para voltar, repetir o mesmo caminho “no escuro”, fazendo todo o caminho de volta, de Emaús a Jerusalém. Antes eles estavam muito cansados, porque o caminho de Jerusalém a Emaús é de aproximadamente dez quilômetros, mas agora eles já não mais estão cansados e voltam correndo para Jerusalém. O que aconteceu? Eles tiveram um encontro com Jesus! Eles tiveram
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uma experiên e xperiência cia com Jesus! Embora eu seja padre há mais ma is de quarenta anos, eu também tive a minha segunda conversão, que aconteceu durante o meu sacerdócio. O que aconteceu comigo foi o mesmo que aconteceu com os discípulos de Emaús. Antes, eu havia passado muitos anos discutindo a respeito de Jesus, falando com meus alunos sobre temas teológicos, mas sem realmente reconhecê-l’O. Então, houve um momento em minha vida em que eu realmente O encontrei, encontrei, e a partir par tir de então eu não poderia reter essa alegria a legria dentro de mim, e, portanto, eu tinha que levar o Evangelho d’Ele mundo afora.
Experimentando a presença de Jesus O objetivo deste livro é o de conhecer Jesus e de ter uma experiên e xperiência cia com Ele, uma experiência que lhe transformará. Quem pode lhe transformar? Nenhum ser humano poderá fazê-lo, fa zê-lo, seja seja de Malta Ma lta ou dos Estados Unidos ou de qualquer parte do mundo – nenhum ser humano poderá fazê-lo. Somente Jesus, com o poder do Espírito Espírito Santo, é quem poderá fazer isto. E Jesus o fará, fa rá, e Ele E le fará isto por você enquanto você lê este livro. Você não acredita nisto?
Seguir a Jesus Isto é muito importante. A verdadeira cura é encontrarmos Jesus em nossas vidas. Mas isto não basta. Se você seguir a Jesus apenas para ser curado, você nunca obterá obterá a cura cu ra verdadeira. Sempre que Jesus opera uma cura, cura , Ele lhe cura cu ra somente para que você O siga. Se não estivermos realmente comprometidos com Jesus, ou se a cura não nos ajudar a nos comprometermos com Ele, não podemos falar a respeito da verdadeira cura. Nós falaríamos fala ríamos sobre a cura pela fé, falaríamos sobre a cura da Nova Era ou das curas ocultas, mas nenhuma destas nos traz a verdadeira cura. Somente Jesus nos garante a verdadeira cura, a fim de que possamos segui-l’O seg ui-l’O..
Alguma A lgumass orientações orientações Antes de entrarmos no no âmago deste tema, é bom colocarmos colocarmos de início algualg umas palavras esclarecedoras que podem nos ajudar a experimentarmos o que Deus quer que experimentemos.
Todos vocês são originais Em primeiro lugar, somos pessoas originais. Cada um de vocês é original, somos obras de arte. É importante notar que Deus lhe conhece pela sua
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originalidade. Deixa Jesus falar com você pessoalmente, e de uma maneira original. Não olhe para os outros e não tente ver como Deus opera nos outros. Ninguém pode copiar outra pessoa. Deus lidará com você como se somente você existisse para Ele e Ele para você. Pode ser que depois de alguma leitura, alguém diga: “Oh! sinto-me tão repleto de alegria”. Por outro lado, uma outra pessoa sente tristeza. Isto não quer dizer que Deus opera somente naquela pessoa que está sentindo alegria e não opera naquela pessoa que sente tristeza. De forma alguma! Deus lida contigo de uma maneira original. E, portanto, não fique temeroso temeroso se você não sente o que as outras pessoas estão e stão sentindo. sentindo. E tamta mbém não tente sentir o que a outra pessoa está sentindo. sentindo. Deixe Deus operar por Si próprio!
Deixe Deus agir Não o faça à sua maneira, mas ma s deixe Deus agir ag ir do jeito jeito d’Ele! Você Você comprou comprou este livro, você o está lendo, lendo, e você está aberto a ter a experiên e xperiência cia com Ele. Isto é bom! Mas agora deixe Deus agir do Seu próprio jeito. Pode ser que o Senhor falará fala rá com você após você ter lido o primeiro primeiro capítulo; pode pode ser que Deus falará fala rá dias após você haver terminado de ler o livro. Pode ser que Deus permanecerá em silêncio por alguns dias e após algumas semanas ou alguns meses, algo acontecerá acontecerá com c om você.
A história de um treinador Eu me lembro de um homem que treinava um time de polo aquático, e que tinha um grande problema com drogas; ele também era traficante de drogas. Alguém Alg uém insistiu em trazê-lo traz ê-lo a mim, a fim de que eu conversasse conversasse com ele e rezasse por ele. Ele estava muito relutante relutante em vir e não estava realment rea lmentee aberto para fazer aquilo que Deus queria que ele fizesse. Mas, finalmente ele veio. Eu conversei conversei com ele; de fato ele não demonstrou interesse interesse naquilo que eu lhe dizia. dizia . Finalmente, eu lhe perguntei se ele queria que eu rezasse por ele, ao que ele me respondeu: “Se você quiser” quis er”.. Então eu tentei rezar. É muito difícil você reza re zarr por uma pessoa quando você vê que a pessoa não está cooperando. Mas, afinal, eu aprendi algo em meu trabalho como sacerdote. Eu aprendi que o ser humano é algo que compete a Deus e não a mim. Eu aprendi que Ele está mais interessado no homem homem com o qual ou para pa ra o qual qua l eu estou rezando, rez ando, do que eu próprio próprio poderia estar interessado. Eu apenas posso fazer a minha pequena parte, mas a partir daí é com Ele a forma como agir a respeito. E assim sendo, eu apenas
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rezei por ele e ele foi embora. Eu pensei haver apenas jogado uma semente no meio do pedregulho. O homem nem pensava mais a respeito daquela oração. Mas você sabe o que aconteceu? Algumas semanas depois ele estava caminhando ao longo da praia. Naquele momento aconteceu algo em sua vida. Sem saber o porquê, ele sentiu um impulso forte de tirar do bolso as drogas que ele iria vender a um de seus clientes e atirou-as no mar. Ele não conseguiu resistir àquele impulso e jogou todas as drogas no mar. Após um instante ele perguntou: “O que aconteceu comigo?” Ele se sentiu tão cheio de alegria que voltou para me ver. Desta vez ninguém estava pedindo para que ele viesse até mim. E ele me pediu para não somente rezar, mas também para louvar a Deus por ele. Deus agiu à maneira d’Ele. Quando ninguém mais pensava a respeito daquilo, Jesus ainda estava interessado naquela pessoa.
Esteja aberto Isto poderá acontecer também com qualquer um de vocês. Você poderá ir para casa dizendo: “Bem, eu não sei se valeu a pena ou não ir a um seminário ou a um retiro ret iro ou mesmo ler um livro espiritual” espiritual ”. Você Você poderá sentir que certas certa s experiências de oração não são adequadas para pa ra você. Pode Pode até ser que você diga: “Bem, eu considero considero esta oração um tanto infantil” infantil ”, ou “Esta oração está de certa forma me perturbando...”. Não tem importância. Estamos apenas propondo tipos de orações, mas, encontre depois o seu próprio estilo de rezar. Ninguém poderá lhe ensinar como conversar com a sua mãe, porque falar com sua mãe é algo que vem espontaneamente e de uma maneira original. Há tantos tipos de orações – centenas e milhares de orações – mas tenha a sua própria oração. Mantenha essa oração, que poderá realment real mentee ajudá-lo ajudá-lo a entrar em comunicação c omunicação com Deus. Ao ler este livro, l ivro, com frequência frequência você se sentirá desafiado desa fiado por muitos tipos de oração, mas não necessariamente todo o tipo de oração servirá para você. Não importa.
Encontrar Encon trar Jesus na oração O que significa encontrar Jesus como o nosso Médico? Durante os seminários eu sempre apresento muitos métodos de oração, experiências que podem ser depois aplicadas aplicadas na vida pessoal de cada um u m conforme suas próprias próprias característica racterísticas, seu próprio estado de vida, seu próprio sexo, se homem ou mulher, sua própria sensitividade sensitividade e sensibilidade. sensibilidade. Isto significa signific a que nem toda experiência servirá
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para todas as pessoas. Não tem importância. O importante é aprendermos que existem muitos métodos sobre como nos encontrarmos com Deus. Dado ao fato de que daremos mais ênf ênfase ase ao seminário semi nário sobre cura interior interior, vamos entrar numa intimidade conosco mesmos e depois com Deus. Quando conseguimos partilhar alguma coisa com Deus, então significa que estamos começando a entender entender alguma a lguma coisa sobre cura interior interior.. Podemos encontrar encontrar Jesus pela oração e através do encontro com seus irmãos e irmãs. Ame a Deus e ame o seu próximo – estes são os dois polos de uma cura verdadeira: receber o amor de Deus e dar este amor aos outros. Isto lhe faz completo e lhe dá a plenitude. Quando você reza, entra em intimidade com o Senhor. Senhor. Há uma u ma comunicação entre você e Deus. Esta comunicação significa que você fala fa la e Ele lhe escuta, Ele fala e você escuta. Muitas vezes nossas orações são apenas um monólogo. Ao rezarmos, geralmente falamos muito com Ele, sem tomarmos o cuidado de ouvirmos o que Ele tem para nos falar. fala r. Isto não nos leva leva a nenhuma real rea l intimidade. Nossa oração se torna somente em... falarmos para Deus. Agora, quais são os estágios que nos levam a este e ste encontro encontro com o Senhor Sen hor na oração?
Primeiro estágio: rezar é ouvir a Deus Em primeiro lugar, lugar, rezar reza r significa tornar-se íntimo de Jesus, ter uma relação de amizade com Jesus, conversar com Jesus. Rezar não significa fazer alguma coisa; significa estar esta r com alguém. Não significa somente somente pedir coisas, mas tamta mbém conversar com Ele. Às vezes as pessoas perguntam: “Como devo rezar?”. Muitas temem não saberem como como rezar. reza r. Se você é uma destas desta s pessoas, simplesmente diga isto a Jesus, e pronto: você está rezando! Diga a Ele que você não sabe rezar... e desta maneira você já está rezando. Portanto, rezar não é fazer alguma algu ma coisa. Não é pronunciar pronunciar ou não pronunciar pronunciar palavras. palavra s. Não significa usar ou não usar sua mente e sua boca. Rezar significa estar com Alguém em Sua presença. presença. Rezar Re zar é sentir-se sentir-se indefeso diante de Deus; apenas apena s amparando-se ampara ndo-se n’Ele. n’Ele. Isto é rezar. reza r. Devemos ser muito muito simples simples ao ouvirmos Deus. Imagine Imag ine uma pessoa pes soa que seja fã de música clássica. Ela liga o rádio à procura de um programa que esteja transmitindo música clássica. No momento em que ela liga o rádio, não está tocando toca ndo a música. Assim, ela simplesment simplesmentee deixa o rádio ligado lig ado e continua a fazer o que estava fazendo antes. Mas, no momento em que no rádio toca a música clássica, imediatamente a música chega aos seus ouvidos porque o rádio está ligado. Portanto, durante a oração, você deve abrir seu coração para
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que, quando Deus quiser lhe falar alguma coisa, você possa captar na hora. E Ele conversa com você através de muitas coisas, através de muitas circunstâncias, através de muitos irmãos e irmãs. Portanto, oração significa abrir o nosso coração e ouvir Deus falar. Geralmente, quando estamos em oração, ficamos frustrados porque não ouvimos Jesus falando conosco. É claro, Jesus não vai cochichar nas suas orelhas. Ele pode fazer isto, mas geralmente não faz. Mas, então, como vamos ouvir e compreender o que Deus quer e o que Ele está falando fala ndo para nós? Muitas Muitas vezes abrimos a Bíblia e e ficamos ainda mais confusos, confu sos, especialmente quando encontramos algo que não conseguimos entender. Você se lembra quando Samuel estava estava ouvindo algo estranho? Ele se dirigiu a Elias e lhe disse: “Eis-me aqui, chamaste-me”. Heli disse: “A voz que você ouve, é a voz do Senhor, Samuel. Então, esteja preparado. Mas agora vai e torna a deitar-se, e se alguém lhe chamar, diga: Falai, Senhor; pois seu servo escuta” (cf. (cf. Sam 3,118). Samuel não permanecia o tempo todo acordado. Portanto, esteja preparado para escutar Deus através das da s circunstâncias, através dos irmãos e irmãs, através da Bíblia . Uma vez aberto o seu coração, você ouvirá no momento momento certo em que Deus falar contigo.
Segundo estágio: estág io: oração oração significa abrir o seu coração diante de Deus Se estivermos treinados para esta intimidade e para esta escuta de Deus, poderemos passar a partilhar também as nossas emoções com Jesus. Isto pode parecer muito fácil, mas não é. Espero não lhe chocar ao lhe dizer que muitas vezes, quando nos colocamos em oração, nós sempre sempre usamos uma máscara. másca ra. Por exemplo, com frequência nós ficamos com raiva de Deus, mas não ousamos falar isto a Ele. Nós falamos isto ao nosso diretor espiritual ou para o nosso confessor, mas não falamos para Ele. Não somos ousados o suficiente para nos colocarmos diante de Deus e dizer a Ele: “Bem, estou com muita muita raiva ra iva de você”, você”, porque porque isto parece ser falta de respeito. respeito. Ao invés de dizermos di zermos que estamos esta mos com raiva d’Ele, d ’Ele, nós começamos a louvá-l’O! Na verdade queremos queremos gritar, mas tentamos parecer muito alegres. Estamos E stamos cheios de medo, mas tentamos nos convenconvencer de que somos pessoas fortes e corajosas. Nós ainda não sabemos nos apresentar como somos diante de nosso Senhor, mas tentamos parecer de maneira diferente. diferente. Não sabemos gritar ou chorar diante de Deus. Deu s. alvez alvez sequer saibamos sa ibamos dançar dança r diante d’Ele. d ’Ele. Ainda não sabemos como ficar fica r com raiva de Deus. emos
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medo de expressar nossos sentimentos íntimos para Ele. E assim, muitas vezes nossa oração não apresenta a realidade daquilo que somos. entamos partilhar com Deus coisas diferen di ferentes tes das que estamos vivendo. vivendo. Deus, afinal a final de contas, já sabe tudo sobre você, independente independente de você decidir dizer a Ele ou não. Se você está com raiva d’Ele, Ele já o sabe. Se está triste, Ele sabe que você está triste, e não adianta esconder. É inútil colocar uma máscara no rosto. Portanto, seja você mesmo com Deus. ambém Jesus foi Ele mesmo com Seu Pai. Quando ficava muito contente, Ele exultava no Espírito, gritando ao Pai: “ Pai, Senhor do Céu e da terra, eu lhe dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos ” (Lc 10,21). 10,21). ambém, quando Jesus estava Abba! Ó Pai! Suplicava Ele, tudo cheio de medos, Ele disse claramente ao Pai: “ Abba! lhe é possível; afasta de mim este cálice! ” ( Mc Mc 14,36) 14,36).. Jesus, quando qua ndo ficou zangado zang ado com Seu Pai, partilhou par tilhou com o Pai muito clara clarament mentee e diante d iante de todos, gritando: Meu Deus, De us, meu Deus, D eus, por que me abandonaste? abandonaste ? ” ( Mc Mc 15,34). “ Meu 15,34). Ele não colocava máscaras másca ras e era sempre sempre Ele mesmo e, dado da do que agora Ele estava voltando ao Pai, todas estas orações vinham do coração e não apenas da mente. Geralmente nós achamos difícil partilhar nossos problemas mais íntimos, exatamente porque não sabemos como partilhá-los nem mesmo com Deus. Como posso partilhar meus problemas problemas com uma outra pessoa que poderia me ajudar, ajudar, se eu não confio em partilhar part ilhar estes mesmos problemas problemas com o próprio próprio Deus?
Terceiro estágio: oração de contemplação Chegamos agora ao terceiro estágio, onde começamos a contemplar Deus, apenas nos colocando diante d’Ele em silêncio, sem pronunciar nada, apenas permanecendo ali, diante d’Ele! Ao falarmos sobre a contemplação, podemos usar o simbolismo de “banho de sol” diante dia nte de Deus. Quando tomamos tomamos banho de sol, nós também podemos não pensar no Sol. Mas depois de uma hora de sol, imediatamente você sente que está mudado; para melhor ou para pior, mas está mudado. mudado. Isto acontece quando você se coloca diante da Eucaristia e simplesmente dorme. Sim; da mesma forma você fica transformado. Isso também pode ser uma oração, porque naquele momento estamos absorvendo o poder que vem da Eucaristia. Muitas vezes imaginamos que uma oração é perfeita pelas palavras bonitas ou poéticas que dizemos a Ele.
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Muitas vezes alguém vem até mim e me diz: “Oh! Padre, eu estive num encontro de orações. E você sabe: que oração bonita eu rezei! Com certeza foi inspirada pelo Espírito Santo!”. “E como você sabe que foi uma oração inspirada?”, pergunto-lhe. “Porque palavras bonitas fluíam da minha boca”. Como se palavras bonitas fizessem uma bonita oração! Não há nada a fazer. Deus não é um simples simples poeta que precisa da poesia para me entender entender.. Com certeza, Ele é também poeta, mas, acima de tudo, Ele é um Pai. Portanto, a importância da minha oração não está no estilo que eu uso ou nas palavras bonitas que escolho, mas se ela vem ou não do meu coração. Se eu me coloco diante de Jesus e fico ali diante d’Ele, olhando para Ele, fixando o olhar n’Ele, esta é a oração mais bonita. Quanto menos você pronunciar palavras, tanto melhor e mais bonita será sua oração. É como a atitude de uma menininha que se coloca diante de sua mãe e não diz nada, apenas fixa seu olhar nos olhos da mãe. Imagine o que a mãe pode sentir vendo uma menininha fixando seu olhar nos olhos dela. Este é o encontro encontro mais bonito bonito que a filha fi lha poderá criar com relação à sua mãe. Então, olhe para Jesus e, se você conseguir não dizer nada, apenas permanecendo ali, olhando para Ele, isto será contemplação. contemplação.
Quarto estágio: oração de transformação em Jesus Chegamos agora ao quarto passo, e este não será somente estar com Jesus, mas tornar-se Jesus. Neste estágio, não somente ficamos unidos a Jesus, mas nos tornamos Jesus. Nós nos tornamos a pessoa que amamos. ornar-se Jesus é muito difícil. É claro, não estou afirmando isto de uma maneira panteísta. É quando você diz a Jesus: “Querido Senhor, o que quer que eu faça, o que quer que eu pense, o que quer que eu venha a desejar, aqui estou, e eu quero fazê-lo como Você; como se fosse Você fazendo”. Isto pode parecer muito estranho, mas lembre-se do que Paulo diz: “Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20). 2,20). Se pudermos chegar a este estágio, então muitos dos nossos problemas estarão resolvidos. Com frequência perguntamos: “Eu posso fazer isto?”. isto?”. E eu apenas apena s lhe respondo: “Pode fazer, como se Jesus estivess e stivessee fazendo” fa zendo”.. E imediatamente você recebe a resposta. Imagine uma mãe mã e me perguntando se ela pode ficar brava ou não com seu filho. fil ho. Eu apenas digo a ela: “Não há problema problema em ficar brava com seu filho, mas... fique brava brava como se Jesus ficasse fic asse bravo com aquela criança”. E você verá como será fácil receber a resposta certa. Às vezes eu preciso ficar bravo, mas não seria mais raiva quando qua ndo eu simplesment simplesmentee coloco
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A CURA ATRA TRAVÉS VÉS DO AMOR
meus nervos no meu filho. Deve ser uma raiva que vem do amor e não da d a rebeldia. Imagine uma mulher que vem a mim lamentando-se com relação à sua filha de 16 16 anos que está trazendo muitos problemas problemas aos pais. Uma vez esta e sta mãe dá algumas palmadas na filha e depois vem me dizer: “Bem, eu bati na minha filha. Você acha que eu agi corretamente ou não?”. Podemos ter uma longa discussão a respeito disto, mas ao invés de discutirmos o fato, eu diria a esta mãe: “Vai “Vai e olha nos olhos de Jesus e diga dig a a Ele: ‘Senhor Jesus, eu bati na minha filha. Está certo?’ Depois, espera a resposta”. Assim, sem nenhuma discussão. Apenas fixando fi xando seus olhos nos olhos d’Ele. d ’Ele. E você terá todas toda s as suas respostas. re spostas. Esta era a oração dos padres do deserto. O método dos padres do deserto era este: eles sempre imaginavam Jesus diante deles, eles fixavam o olhar nos olhos d’Ele e depois perguntavam a Jesus: “Está bem assim?” E recebiam a resposta. A experiência experiência deles pode ser expressa nestas palavras: “Em qualquer dificuldade que você tenha, simplesmente fixe o olhar nos olhos de Jesus.” “Eu odeio a minha colega”
Certa vez, numa escola, eu aconselhava uma garota de quinze anos. Ela me disse bruscamente: “Eu odeio a minha colega.” Ela esperou minha resposta. E eu apenas respondi: “Tudo bem, nada errado nisso.” Ela ficou muito chocada pela minha resposta e repetiu: “Mas eu odeio ela de verdade!” E novamente eu respondi: “Não tem importância.” Mas ela insistiu novamente: “Então, você quer dizer que, apesar disso, eu posso receber a Santa Comunhão?” E eu respondi: “Por que não? Eu sei que Deus lhe ama. ama .” Eu não demonstrei nenhuma nenhum a reação contra aquilo que ela me dizia, dizi a, e depois eu a convidei para uma pequena oração. Eu E u disse a ela para fechar os olhos, para imaginar Jesus Jesus diante dela, olhar nos olhos d’Ele e dizer a Ele: “Jesus, “Jesus, obrigado por me permitir odiar esta colega.” colega.” Imediatamente ela abriu os olhos e virando-se pra mim, disse-me: disse-m e: “Mas eu a odeio!” E eu respondi: “Tudo bem, diga isto a Jesus.” Jesus.” Mas ela não conseguia dizer a Jesus. Finalmente, ela me disse: Tudo bem! Eu a ve zes saímos s aímos à procura procu ra de um diretor d iretor espiritual espiritua l ou um padre apenas apena s perdoo. Às vezes para vermos se ele concorda ou não conosco, quando no fundo já sabemos a resposta. resposta . Ao invés de fazer isto, i sto, olha nos olhos de Jesus e fala fa la com Ele. Este é um passo muito importante em nossa vida de oração. Isto significa tornar-se Jesus. ornar-se Ele de mente e de coração. Paulo diz: “Por isto, vos conjuro a que sejais meus imitadores ” (1Cor 4,16) 4,16) porque quem me imita, está imitando i mitando Aquele que vive em mim. Seja alguém com a mente de Jesus! Ame com o coração de Jesus! E você verá que as suas sua s atitudes mudarão. Você começa a agir de acordo com os frutos do Espírito em você. E, como você sabe, os frutos do Espírito são: alegria, amor, paciência, bondade, controle c ontrole de si próprio.
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Quinto estágio: deixa o Espírito rezar em você Chegamos agora ao estágio mais alto da nossa oração, quando, ao invés de nós rezarmos, deixamos deixa mos o Espírito rezar em nós. Podemos Podemos ver isto em Romanos , quando Paulo fala a esta comunidade: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis ” (Rm 8,26). Isto significa uma entrega total de nossa oração nas mãos de Deus. O momento mais alto de sua oração mística é quando você se coloca diante de Deus Pai em silêncio, silêncio, na certeza de que dentro de você existe Jesus e o Espírito, Espírito, e você deixa deix a o Espírito rezar em você e através de você, por qualquer necessidade sua. Eu começo então a ser o tabernáculo tabernácu lo de Deus, onde Deus permanece e onde Jesus Jesus reza ao Pai. Isto significa a cura completa e verdadeira.
Experiência de oração Você notará isto a seguir: vamos tocar em vários tipos de oração. Por enquanto, vou lhe apresentar uma experiência bastante curta, que eu chamo de experiência da respiração. Escolhi esta experiência de propósito porque, como veremos mais adiante, esta é considerada como uma daquelas experiências riências da d a Nova Era, mas nós vamos usá-la de uma maneira diferen di ferente. te. Deus me deu um u m corpo e através atr avés deste corpo cor po eu quero louvá-l’O. Eu O louvo louvo com a minha mente, mente, quando medito; eu O louvo louvo com minha min ha boca, quando eu canto para Ele; eu O louvo com minhas pernas, quando me ajoelho em adoração diante d’Ele; eu O louvo com as minhas mãos, quando bato palmas para Ele. A respiração também faz parte do corpo e da personalidade do homem. Nós queremos louvá-l’O também através da nossa respiração. Respiração em hebreu hebreu significa “nefesh ”, que significa vida. O próprio próprio Deus usou u sou de Sua respi re spi-ração quando qua ndo criou o primeiro homem homem e quando qua ndo Jesus deu o Espírito Espírito Santo aos Apóstolos. Apóstolos. Usando Usando a respiração, respiração, Ele Ele nos unge, porque porque é uma atividade essencial da vida em mim. Na experiência da Nova Era eles tentam se esvaziar e deixar que aquele vazio permaneça lá para ser preenchido com... quem sabe o quê. Nós queremos nos esvaziar pela respiração, de todos os nossos problemas, mas depois convidamos convidamos Jesus para que venha preencher preencher nossa personalidade, o nosso vazio. Vamos Vamos experimentar esta oração, seguindo o que eu lhe l he sugiro fazer. fa zer.
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Vamos entrar na presença de Deus. Deus está aqui neste exato momento, preenchendo preenchend o este lugar como Ele preencheu o monte Tabor aparecendo a Pedro, Tiago e João; como Ele preencheu o monte Horeb, quando apareceu a Moisés e lhe disse: “Tire as sandálias dos seus pés, porque o lugar em que lhe encontras é uma terra santa!”. Fecha seus olhos e entra na presença de Deus por si mesmo. Deus está perto de ti. Deus está olhando e fitando f itando Seus olhos em você. Ele lhe conhece, Ele lhe conhece pelo nome, e Ele conhece as suas dificuldades e seus problemas. “Eu quero Te agradecer, meu Senhor, por cada parte do meu corpo, mas hoje eu quero Te agradecer pela minha respiração. Oh! Muitas vezes eu apenas a vejo como algo certo e me esqueço da importância e da beleza da respiração em minha vida”. A respiração é uma coisa maravilhosa que Deus lhe deu. Tente inspirar e respirar normalmente, mas tome ciência da sua respiração. Respire profundamente, puxando e soltando o ar. E enquanto você inspira e respira, muito vagarosamente e profundamente, pense em Deus como o seu Pai. Ele é Aquele que entra nos detalhes de sua vida de uma maneira tão maravilhosa. Tenho certeza de que Deus lhe preencheu com tantas maravilhas em sua vida. Mas há também algumas coisas que não são tão bonitas assim: medos, ansiedades e bloqueios. Quando respirar, respire também todos os medos e problemas que você tem. Jogue fora com a sua respiração o seu principal problema, problema , a principal dificuldade dificu ldade da sua vida, aquela coisa negra que está lhe colocando para baixo, que está lhe deixando triste. Jogue-a fora com a sua respiração. E ao inalar o ar através da sua respiração, pede para Jesus entrar no seu vazio. “Vem “ Vem Jesus, Jesus, e coloque coloqu e as Tuas Tuas mãos no meu me u problema”. Sinta a mão suave de Jesus, tomando o seu se u problema em Suas Sua s mãos. Ele conhece o seu problema. pr oblema. É inútil falar longamente l ongamente a respeito do problema, Ele sabe bem qual é. Agora, somente com a sua respiração, quando puxar o ar diga a sílaba JE, e quando soltar o ar diga a sílaba SUS, a fim de que você consiga dizer JESUS, ao inspirar e ao expirar o ar. Deixe Jesus entrar em seu coração. “Vem, Jesus, entra no meu coração. Entra no meu vazio, meu Senhor. Toca no meu problema, toca na minha dificuldade e cura-os. Que a minha respiração, meu Senhor, me faça lembrar que estás comigo, que eu não estou sozinho com o meu problema”. “Todos “Todos vós, que estais af litos, vinde a mim e Eu vos restaurarei”. restaurarei” . Eu Te Te agradeço, meu Senhor; Sen hor; obrigado, meu Senhor. Que o Senhor vos abençoe, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Partilhando com Deus Você falou sobre partilharmos nossos problemas com Deus. O que isto significa? Para compreendermos o que implica partilhar com Deus e com os outros, você deve, em primeiro lugar, compreender a diferença que existe em brigar, discutir e partilhar. Nós brigamos quando nossas opiniões são opostas e assim alguém tenta defender emocionalmente seus direitos contra o outro. Isto é
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brigar. Eu penso que nós somos especialistas em brigas. Entre numa casa, e lá você facilmente verá marido e mulher brigando, isto é, “batendo boca”. Isto também acontece entre pais e filhos, entre vizinhos. Entre num tribunal, e lá você verá pessoas brigando. Facilmente o ato de brigar ou de bater boca leva à discussão ou vice-versa. O que é uma discussão? A discussão acontece quando se tem opiniões diferentes sobre o mesmo assunto, cada parte argumentando sobre o porquê de se manter aquela posição. A discussão acontece principalmente em grupos. Em todos os comitês, sejam eles religiosos ou civis, você sempre sempre encontrará pessoas pessoa s discutindo e discutindo. Agora, enquanto discutem, alguém já sabe sua conclusão final, e de forma alguma está disposto a mudar. As sessões parlamentares são um exemplo exemplo clássico, durante as quais os membros do governo e da oposição discutem uns com os outros. Eles passam horas e horas discutindo a respeito de um tema. Mas, antes de iniciarem a discussão, eles já sabem, ambos os lados, a respeito da conclusão que irão defender. Não significa que aquela conclusão irá levá-los a algum acordo, mas somente para expor o que eles pensam. Muitas vezes, infelizmente, nós apenas discutimos coisas. Permita-me aqui voltar a uma família, onde acontece uma discussão entre marido e mulher. Muitas vezes a discussão se transforma em um tal de lançar flechas, mas eles não estão dispostos a ouvirem um ao outro; eles não estão prontos a chegar a um acordo a respeito do assunto. Eu penso que ninguém chega à cura alguma através da discussão; do contrário, numa discussão alguém alg uém poderá facilmente magoar e provocar feridas nos outros. Depois, Depois, há um terceiro estágio, que é o estágio da partilha. Na partilha, são necessárias duas coisas muito importantes. Em primeiro lugar eu devo possuir a arte de ouvir. Isto é algo muito raro. Muitas vezes nós não sabemos ouvir a outra pessoa. Quando a pessoa começa a falar, imediatamente eu quero dar uma resposta. E isso já não é mais partilha. Partilhar significa que eu estou pronto a lhe oferecer espontaneamente algo que é meu. E você deve ter a delicadeza de aceitar e receber aquilo que estou lhe dando. Há uma diferença entre escutar e ouvir. Eu posso lhe escutar sem lhe ouvir, ou eu posso lhe escutar e lhe ouvir. Ouvir você significa que eu sofro contigo em sua dificuldade. dificu ldade. Eu me compadeço de ti ou eu me rejubilo contigo em seu problema. Certa vez alguém me contou, ou melhor, melhor, alguém a lguém me perguntou: Você Você sabe por que Deus nos deu duas dua s orelhas e uma boca? Eu não consegui encontrar uma resposta na Bíblia . E então eu disse: “Não, eu não sei. Diga-me”. E a pessoa me disse: “Eu acho que é porque Deus quer que ouçamos o dobro do que falamos” fala mos”.. Eu acho que aqui Deus falhou! fa lhou! Ao
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partilhar, parti lhar, você precisa não somente somente ouvir, ouvir, mas precisa também ter a coragem de dar à outra pessoa algo que é somente somente seu. Veja Veja a diferença d iferença entre discussão e partilha. Durante uma discussão eu tenho este copo com água e começo a discutir a respeito dela: De onde a ág água ua vem, de que ela consiste quimicamente, onde onde eu a consigo. Mas, como você pode ver, ver, após uma hora de discussão sobre a água, ág ua, nós dois permanecemos com sede. Na partilha, partil ha, eu simplesmente simplesmente lhe ofereço este copo com água e lhe digo: “Bebe-a”. Isto é partilha. Estou lhe oferecendo algo que é meu, somente meu. Assim, estou revelando a você algo que é íntimo em minha vida. Você me vê vê aqui com uma máscara másc ara no rosto. Se eu lhe chamar e lhe disser: “Eu quero partilhar partil har meus medos com você” você ”, você poderá me dizer: d izer: “Oh! Eu pensava que você não tivesse medos”. medos”. Agora estou e stou tirando a minha máscara másca ra e partilhando contigo algo que talvez estivesse escondido, mas que agora estou lhe revelando. Ou eu posso lhe dizer: “Bem, nestes dias eu realmente estou em baixa, realmente estou sendo atacado pelo diabo.” E você poderá me dizer: “Oh! Eu pensei que você estivesse falando do diabo porque você já o derrotou”. Mas agora a gora a máscara másca ra caiu ca iu e eu estou lhe contando contando que estou sendo sendo atacado pelo diabo, como todos vocês também são atacados por ele. Isto é partilha, quando eu tenho a coragem suficiente de lhe encontrar encontrar e de lhe dar da r parte de mim. mi m. RealRea lmente mente não é fácil encontrar uma pessoa pe ssoa com quem você possa partilha pa rtilharr, porque muitas vezes a pessoa pes soa com a qual partilha par tilhamos mos não é suficientemen suficientemente te madura. Se eu lhe dou este copo com água e você me diz: “Oh! Eu preferiria que esta água fosse chá ao invés de água” águ a”,, significa que você não está aceitando a minha partipar tilha. Isto acontece muitas muitas vezes veze s quando partilhamos partilha mos uns com os outros. outros. Se você vem até mim e me diz: “Eu tenho um medo enorme de entrar num elevador”, e eu lhe digo: “Oh! Você não deveria sentir medo. Na verdade, eu não sinto medo algum”, significa que não estou aceitando aquela partilha. Você está me dando algo a lgo de você e eu estou lhe dizendo diz endo:: “Você “Você não deve ter isto”. isto”. Assim, A ssim, ao invés de lhe ajudar, eu estou lhe desapontando. Não há nada de errado em lhe ajudar a superar esse medo. Mas se estou lhe dando um pedaço de laranja, por favor, favor, não me diga: d iga: “Oh! Como eu ficaria fica ria feliz se fosse uma maçã”. maç ã”. Geralmente, Geralmente, também não somos capazes de partilhar com Jesus. E na verdade, quando nos colocamos diante de Jesus, tentamos falar para Ele a respeito de tudo, mas não a respeito do que somos. somos. Por Por exemplo, exemplo, você está est á muito triste e você vai va i até Jesus e começa a louvá-l’O. Você está colocando máscara em si próprio. Você tenta se mostrar alegre quando na verdade você não está. Não temos a coragem de dizer a Jesus: “Bem, meu Senhor, Senhor, estou triste” t riste”.. Ou talvez t alvez eu esteja realmente zangado za ngado
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com Deus e vou até Ele para agradecer. Você está colocando uma máscara no rosto. Por que você você não vai v ai até Ele e diz: d iz: “Bem, meu Senhor, receba como quiser, quis er, mas eu estou zangado Contigo.” Partilhe com Deus o que você é. Coloque-se diante d’Ele como você é. Afinal de contas, é inútil esconder isto d’Ele. Ele já o sabe. Portanto, não coloque máscaras diante de Deus. Se eu ainda não estou pronto para partilhar com Deus, eu não posso estar pronto para partilhar com outra pessoa. É claro, partilhar pressupõe riscos. Muitas vezes as pessoas que partilharam foram traídas. O próprio Jesus arriscou Sua vida ao partilhar onde Ele iria rezar quando estava no jardim do Getsêmani. Ele arriscou Sua vida e Judas O traiu. Portanto, Portanto, quando falamos a respeito da partilha, partilha , não quero quero dizer que devemos partilhar com todo mundo. Você deve encontrar as pessoas que podem lhe ajudar. Não é qualquer pessoa que pode aceitar a sua partilha. Mas eu tenho certeza de que, se você for aberto com Deus, aprenderá a ser também aberto com outras pessoas, com irmãos e irmãs. Você deve ser corajoso até em partilhar consigo próprio e aceitar as realidades que estão dentro de você. Existe em nós um mecanismo de autodefesa. E às vezes nós usamos este mecanismo também conosco mesmos. Quando, por exemplo, você percebe que está com raiva, normalmente você diz: “Sim, estou com raiva, mas é tudo por culpa dos outros”. outros”. Isto significa signi fica que eu não sei partil pa rtilhar har sequer comigo mesmo. Eu coloco uma máscara também quando estou tratando do assunto comigo mesmo. E se eu não estiver pronto para ser verdadeiro e autêntico comigo mesmo, se eu não estiver pronto para ser verdadeiro e autêntico com Deus, como poderei ser verdadeiro e autêntico com os outros? Como poderei ser eu mesmo? E é por isso que eu permaneço sempre sempre bloqueado. bloqueado. Eu permaneço perma neço sempre como uma estátua, e státua, bloqueada bloqueada no bloco de mármore. már more.
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