A Ciência Secreta - Volume 3 (Rev) - Henri Durville
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A CIÊNCIA SECRETA Henri Durville
A busca do passado desconhecido e misterioso tem sido sempre uma constante na vida do pesquisador ávido de conheciment conhecimentos, os, nos campos campos da arqueologia, arqueologia, da astronomia, da astrologia, astrologia, da alquimia, da piramidologia, da maçonaria, da magia e do ocultismo em geral. Muito já tem sido descoberto e descrito e muito mais ainda resta por descobrir e apresentar nos séculos futuros. Essa Essa obra obra empolg empolgant ante e e gigante gigantesca sca não consis consiste, te, porém, porém, apenas apenas em pesqui pesquisar sar,, esquadrinhar e revelar, mas sobretudo em interpretar, e bem, as descobertas feitas e epostas ! intelig"ncia dos estudiosos. # mais fácil descobrir os fatos do que interpretá$los corretamente ! lu% da ci"ncia ci"ncia e da ra%ão para, se poss&vel, aplicá$los aplicá$los adequadamente adequadamente ou p'$los a serviço da cultura. cultura. Este tratado elementar da (i"ncia )ecreta preenche satisfatoriamente essa dupla finalidade. Em suas pesquisas, o autor condu% o leitor ! (hina de *o$+i, de ao$-seu e de (onfcio/ ! &ndia dos 0edas, dos 1r2manes, das eis de Manu, de )hri 3rishna e de 1uda/ ao Egito de +ermes -rismegisto, de 4sis e de +5rus, das 6ir2mides e do milenar ivro dos Mortos/ ! 7récia de 8rfeu, de +omero, de 6itágoras e dos Mistérios de El"usis. 9epois, coloca$os diante de Moisés, de :esus, dos 7n5sticos e da *ranco$maçonaria *ranco$maçonaria e, finalmente, finalmente, o introdu% introdu% na dif&cil dif&cil mas gloriosa )enda da ;niciação que o levará por ltimo aos verdadeiros Mistérios< -udo isso está aqui descrito em linguagem corrente e de fácil compreensão. ∗
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Esta edição revista de A (i"ncia )ecreta consta de quatro volumes aut'nomos, que podem ser adquiridos separadamente< 0olume ; A (i"ncia )ecreta na (hina, na 4ndia e no Egito. 0olume ;;
A (i"ncia )ecreta na 7récia. = 8s ensinamentos de Moisés, de :esus, dos 7n5sticos e de +ermes -rismegisto. 0olume ;;; A )enda do ;niciado. = A *é. = 8s (iclos da >ature%a. $ 8 Amor. $ A *orça 0ital. 0olume ;0 8 6ensamento. = 8 )entimento. $ A ;ntuição. = A Evolução. $9eus. = (onclusão. EDITORA PENSAMENTO +E>?; 9@?0;E
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E9;-8?A 6E>)AME>-8 )ão 6aulo Plano desta Edição Esta edição revista de A (i"ncia )ecreta consta de quatro volumes aut'nomos, que podem ser adquiridos separadamente< Volume I A (i"ncia )ecreta na (hina, na 4ndia e no Egito. Volume II A (i"ncia )ecreta na 7récia. = 8s ensinamentos de Moisés, de :esus, dos 7n5sticos e de +ermes -rismegisto. Volume III A )enda do ;niciado. $ A *é. $ 8s (iclos da >ature%a. $ 8 Amor. = A *orça 0ital. Volume IV 8 6ensamento. $ 8 )entimento. $ A ;ntuição. $ A Evolução. $9eus. = (onclusão.
AnoBBBBBBBBBB AnoBBBB BBBBBBB B CD$C$CF$CG$CH$CI$CJ 9ireitos ?eservados E9;-8?A 6E>)AME>-8 -9A. ?ua 9r. Mário 0icente, FGJKLGJL K )ão 6aulo, )6 K *one< J$DFCC Impresso em nossas oficinas gráficas
ÍNDICE
A SENDA DO INICIADO................................................................................ ............... ......... ......4 4 A FÉ.......................................................................................................................... ...20 OS CICLOS.................................................................................................................33 Os Ciclos no Ser Humano...........................................................................................39 Os Ciclos nas Coletii!a!es........................................................................................"0 Su#er$%cie Solar &anc'a!a.....................................................................................(0 O A&O)......................................................................................................................(4 A FO)*A +I,AL..........................................................................................................-2 / Osera1o.............................................................................................................-2/ Osera1o.............................................................................................................9" O o!er &an5tico....................................................................................................02 ÍNDICE DE FIGURAS
Fiura 6 As 7uatro esta18es. I. rimaera: II. +ero: III. Outono e I+. Inerno.....34 Fiura Fiura 26 As 7uatro 7uatro i!a!es i!a!es !a i!a 'umana. 'umana. I. A in$;ncia. in$;ncia. II. A moci!a!e. moci!a!e. III. A i!a!e ma!ura. I+. A el'ice................................................................ ................... .......... ...........3" ..3" Fiura 36 Diarama !as 7uatro esta18es....................................................................3( Fiu Fiura ra 46 Dia Diara rama ma !as !as 7uat 7uatro ro i!a! i!a!es es !a i!a i!a 'uma 'umana na.. In$; In$;nc ncia ia.. &oci &oci!a !a!e !e.. &aturi!a!e. +el'ice.....................................................................................................3( Fiura Fiura "6 Diara Diarama ma !os 7uatro 7uatro tem#e tem#eram rament entos. os. Lin$ilioso. o. Atrailião temos, no momento, desejado outra coisa além de traçar as grandes linhas e mostrar os fins gerais que, em todos os tempos, t"m sido o fim dos esforços espiritualistas da humanidade. 6ara chegar a esta mira de conjunto, limitamo$nos !s civili%açes mais conhecidas, pensando que isso será momentaneamente suficiente para mostrar que o grande pensamento de todos os iniciadores foi o de preparar o homem para uma evolução melhor e mais rápida.
6or isso, todos t"m feito o homem tomar, o mais que tem sido poss&vel, uma consci"ncia mais eata de si mesmo, de seus deveres, de suas esperanças, do que a vida neste mundo e no além pode reservar$lhe em possibilidade de felicidade que se obtém s5 depois de t"$la merecido. -odos os seus trabalhos não foram guiados senão pelo pensamento< revelar ao ser ainda insuficientemente evolucionado o fim verdadeiro da vida/ mostrar$lhe que esta vida, eminentemente transit5ria, não é a nica em que devemos viver e que devemos progredir para outra melhor. # com este pensamento que fi%emos o estudo documentar que se leu precedentemente. As idéias, de maneira geral, passam muito rapidamente no nosso esp&rito e não o penetram suficientemente. >o instante em que elas vibram, achamo$las sedutoras e cheias de interesse, porém, isso não se fia/ para usar de uma lição popular, elas entram por um ouvido e saem pelo outro. -emos lido tal ensinamento que nos parece emocionante e til, tendo no instante o desejo de nos conformarmos com ele/ porém, antes que surja o dia imediato, mil preocupaçes t"m apagado a impressão da véspera. 8 que t&nhamos tomado por um grande desejo de perfeição, não era mais do que uma curiosidade, uma atração fugitiva para o bem real, porém da qual não percebemos ainda toda a poderosa bele%a. # preciso mais para nos determinar a uma mudança de vida que nos será aproveitável também/ é preciso a *é e é isto que nos falta. -al não se contenta em desejar a verdadeira vida/ ensaia começar a viv"$la, quem, em um tempo muito restrito, não tem a coragem de modificar os seus hábitos, remover o primeiro obstáculo, a incompreensão de uns, a censura de outros, sacrificando assim sua pr5pria utilidade ! louca opinião de pessoas que não estimam o caso. (omo se v", o ser humano tem uma tend"ncia muito infeli% de se prender !s idéias que lhe agradam mais e deiar desaparecer, ou ao menos esmorecer, idéias que fariam a sua felicidade, se compreendesse a necessidade de prender$se a elas. 8 fim da iniciação é fa%er de cada pessoa um novo ser, modificar$se inteiramente o coração e o esp&rito, dar$se ao corpo novos hábitos. -udo isto eige perseverança. # preciso, pois, que aquele que toma uma tal resolução e pensa freqNente e longamente, tenha diante dos seus olhos, sem cessar, um resultado a atingir/ que não se desvie do seu ;deal quem deseja reali%ar a sua identificação. # esta a alegria &ntima da Evolução, apoiada sobre a alegria de vir em au&lio de outrem, que ele não deve perder de vista, porque essa será a sua recompensa depois das eperi"ncias vencidas. # para forçar aqueles que t"m de subir até o -emplo iniciático que traçamos, em largos traços, este quadro de religies e filosofias iniciáticas do passado. Este estudo documentar tem por fim demonstrar quanto é vasto o campo onde nos t"m precedido aqueles que foram os focos de lu% da raça humana. Esses são grandes iniciados que nos traçaram as trilhas que devemos seguir e seu pensamento será o farol que nos poderá guiar na carreira a percorrer, @m nome, uma imagem, uma lenda, um mito, o pensamento mais concreto de tal ou tal fundador de religião é para n5s um eemplo, um ensinamento, um encorajamento nas dificuldades que nunca faltam em se apresentar quando se adota uma vida nova. 8 pensamento das mágoas que os mestres sofreram para nos transmitir a u% ou das fadigas que eperimentaram para nos evitar pesquisas, sustenta$nos na nossa rotina, por ve%es dificilmente, principalmente no seu in&cio. )entimo$nos em comunhão com aqueles que nos dirigiram assim através dos séculos e este pensamento nos auilia a fa%er os esforços necessários para percorrer o caminho que eles traçaram diante de n5s, a fim de que brilhasse para todos a eterna claridade. )eus trabalhos e os s&mbolos que adotaram para os representar, reencontraremos muitas ve%es nos estudos que vamos seguir, porque o fim que procuramos por meios que nos são pessoais é o mesmo que eles atingiram. Ouando tiverdes penetrado melhor na semelhança dos vossos trabalhos com os seus, vereis muitas ve%es, com olhos novos, tal forma, tal figura que vos era indiferente outrora. Aquilo que, talve% ainda ontem, vos pareceu singular, se esclarecerá para v5s por uma lu% desconhecida. 0osso coração e vosso esp&rito abrir$se$ão !s idéias novas e v5s perceb"$las$eis com acuidade. # com uma alegria nova que reencontrareis este pensamento comum atrás de todos os s&mbolos e ritos. 8utrora v5s não vistes talve% senão tradiçes respeitáveis, porém bi%arras, ou afetaçes sem objeto/ agora, com uma emoção simpática, reconhecereis a linguagem que de todo o tempo falou para os iniciados e )ábios, e, escolhendo aqueles dos mestres que melhor vos convém, sereis, não obstante, cheios de respeito pelos outros, porque eles tradu%em, em uma l&ngua que não é talve% a vossa, os pensamentos que nos são caros. Encontrareis estes magn&ficos ensinamentos em todas as coisas. >a nature%a, a admiração da 1ele%a animar$vos$á a pensamentos novos e sensaçes profundas, divinas/ mostrar$ vos$ão no mundo eterior mil imagens inesperadas que eplicarão o ;nfinito.
Melhor ainda, encontrareis o pensamento dos grandes iniciados em cada um dos atos da vossa vida. Ouando concentrardes o vosso pensamento sobre o trabalho cotidiano/ quando meditardes em sil"ncio para resolver um tal problema que, depois de muitos séculos, fe% sonhar os cérebros/ quando procurardes para considerar esses enigmas, a calma e a ponderação, é o pensamento de 6itágoras que será o vosso guia, a vossa lu%. Esta alma magn2nima vos guiará quando contemplardes o infinito dos mundos que revela uma bela noite, porque julgareis que todos esses universos são submetidos !s matemáticas, aos nmeros que foram a sua lei. ;nvocareis 8rfeu quando, transportado pelas deliciosas harmonias da >ature%a, vos deleitardes com o canto dos pássaros, com o fresco e suave murmrio das fontes, com a doce canção das folhas, agitadas quando se balança a copa das árvores. Então, compreendendo o sentido destes murmrios que vos parecem confusos enquanto não penetráveis ainda no seu sentido inefável, escutareis no fundo do vosso coração o despertar de sentimentos maravilhosos. E agora, que as compreendestes, estas harmonias da >ature%a vos tocarão mais e 0os penetrarão melhor. -ereis adquirido por elas um mundo de emoçes das quais éreis privado quando as despre%áveis, quando as entend&eis vagamente e quando a intimidade de vosso ser lhes era ainda fechada. E esta alegria nova será um encorajamento no labor de vossa evolução. -omando o hábito de penderdes para aqueles que sofrem e estender a mão !queles que foram vencidos, abrindo o vosso coração a toda ação de criatura sofredora, vos unireis ! bela obra de :esus. -odos pregam o altru&smo, porém é :esus que dá a esse sentimento a sua profunda doçura e realidade. 8s altru&stas alegram os outros de prefer"ncia a si mesmos e julgam feli%es aqueles que choram, aqueles que sofrem, porque a divina consolação lhes é particularmente prometida e eles querem ser os menores de todos, os aparentemente desterrados para assim pregarem o eemplo e mostrarem que o caminho triunfal pode ser de dor para a evolução mais completa, isso quando a dor é aceita com a gratidão do amor que v" nela o meio mais seguro de se aproimar do seu fim. # em :esus que pensareis quando, semelhante a uma árvore que muda os seus frutos, vos inclinardes ante todos aqueles que passam, porém, com uma notável predileção pelo deserdado, pelo homem desgraçado, pela mulher abandonada, por todos aqueles que pedem, lacrimosos ou não, um apoio, uma consolação, uma proteção. )ão as mesmas para todas as formas iniciáticas, porque todas vos oferecem o caminho que se dirige ao mesmo ponto. (ada um encara a mesma doutrina sob um ponto de vista diferente, tomando em conta o meio onde se acham os seres a guiar, segundo também o temperamento dos iniciadores, como dos iniciados. )egundo a vossa pr5pria nature%a, adaptar$vos$eis mais comodamente a uma ou outra forma/ podeis adquirir a estrita perfeição daquele que quer viver no mundo ou, se a vossa nature%a é m&stica, podereis mais ainda, mergulhando$vos na solidão e, escutando as vo%es da >ature%a e do vosso coração aberto ao ;nfinito, chamar a iluminação direta que se não recusa ao iniciado. 6or toda parte, em torno de v5s, cada um de vossos atos, todos os espetáculos que se oferecem aos vossos olhos, tudo vos será um chamamento de ensinamentos iniciáticos. -udo vos recordará, sem cessar, o fim a que vos fiais. Este pensamento será, para v5s, toda uma vida nova e a &ntima união do vosso pensamento com o mundo eterior impedirá de vos sentirdes isolado, dando$ vos uma doce e harmoniosa embriague% que apa%iguará o vosso coração. (aminhareis, assim, sobre o traço dos grandes iniciados e o caminho ser$vos$á doce, porque tereis sabido adorná$lo com todas as verdadeiras bele%as que ele guarda para aqueles que sabem desbastá$lo. 8utrora a vossa visão era limitada. >ão v&eis mais do que a vossa mágoa e a ocasião de vossa mágoa. A vossa pr5pria alegria era tão pessoal que não vos dava as asas que toda a verdadeira alegria pode dar. Agora toda a -erra é um como vosso lar e nela toda a visão vos anima em vossas eperi"ncias e vos encanta em vossa alegria, porque as suas epresses v"m a ser acess&veis ao vosso esp&rito. A medida que vos elevais, o panorama que se desenrola diante de vossos olhos é imenso/ é verdadeiramente Ptodos os reinos do mundo e sua glóriaP e então podereis escolher a f5rmula que dirigirá a vossa vida. Q Q Q 8 primeiro ponto a este respeito é ter diante dos olhos um ideal elevado. Este ideal, entretanto, não deve ter nada de ego&stico/ pelo contrário, se ele vos permite elevar$vos acima dos outros, que isso seja para os assistirdes e lhes oferecerdes o apoio da força que tendes adquirido e que a eles ainda lhes falta. >ada vos será mais fácil do que entreter este ideal, porque vereis os seus efeitos ao longe ! medida que dele vos utili%ardes em meio de todos os mais e isso vos cumulará de uma alegria perfeita.
Este ideal v5s o estabelecereis antes de tudo, segundo ensinam os que neste ponto nos dirigem/ é preciso discerni$lo desde logo para não pedirdes a v5s mesmos os esforços que causem fadiga intil/ e com estabelec"$lo ou discerni$los vereis o vosso lugar eato no universo e este lugar não é nem tão baio como suporia o vosso des2nimo, nem tão alto como desejaria a vossa vaidade. Ele vos dará esse bem de conhecerdes e eperimentardes forças ativas que vivem em torno e dentro de v5s, fa%endo$vos compreender que relaçes estreitas eistem entre o homem e o universo/ e mais compreende$reis que é necessário ao iniciado um desenvolvimento de conformidade com as leis naturais, de maneira a entrar ele em harmonia perfeita com as forças superiores, que são, para aquele que a elas recorrem, de maior e mais benéfica utilidade. Ouando o homem entra em contacto com estas forças superiores sente quanto a vida é justa nas suas aparentes desigualdades. )omos todos colocados no caminho da nossa evolução e este caminho precisamos percorr"$lo em todas as suas etapas, sem que coisa alguma nos possa evitar de fa%"$lo. -odos seguem, queiram ou não, os ciclos que precisam percorrer antes de chegar ! necessária perfeição. 8 malvado, pois, é menos culpado do que nos parece/ é somente um ser que não chegou ao ponto necessário para sentir quanto as suas faltas são pessoalmente prejudiciais e, neste ponto, é aos que mais sabem que pertence o dever de elevar o iniciado, e mostrar$lhe o verdadeiro caminho, pois a lei do au&lio prestado pelos que já t"m compreendido a vida é uma conseqN"ncia da lei pela qual progrediram para essa compreensão. #, portanto, para o iniciado, além do mais, uma necessidade, que deve acompanhá$lo em toda a sua vida, o adquirir no seu caminho o equil&brio e a orientação que lhe faltem. ;sso será para ele um bem, maior ainda se este advier entre as paies ou tempestades da vida, porque então compreenderá os fatos na sua causa, achando$os sempre justos e aproveitáveis, aceitando$os com calma e resignação. -al deve ser o ideal do iniciado. Este deve ter em seu caminho um farol, desses que lhe derramam no coração uma lu% sempre igual, doce e salutar, a mostrar$lhe uma eist"ncia mais l5gica, mais harmoniosa, melhor que outras. 0emos da& que a evolução se fa% por dois caminhos< um que nos leva a compreender e outro que nos leva a sentir. -odos os dois são necessários e será desarm'nico fa%er$se a educação em um, em detrimento do que deve ser feita em outro. 8 equil&brio entre os dois é que nos leva ! verdade. # pela sentimentalidade que a intelig"ncia se aclara/ é pela intelig"ncia que a sensibilidade se enternece de modo a podermos ampliar o nosso campo de ação e a vermos a& que o universo não se limita !s nossas paies e ao nosso interesse. # por esses caminhos que nos desprendemos da má corrente dos pensamentos ego&sticos e então o nosso esp&rito corresponde$se nas esferas elevadas com os pensamentos mais generosos, mais nobres, como os pensamentos do m&stico em sua iluminação, do poeta na sua inspiração, do ps&quico na sua comunhão com as correntes superiores. 8 vosso esp&rito, por esses caminhos, atingirá as alturas e fará descer ao vosso coração as vibraçes harmoniosas e doces que vos impregnarão de uma alegria pura, de uma ealtação sublime. R medida que vos elevardes sentireis e compreendereis o grande mistério, que se alargará sem cessar diante de v5s, porque o dom&nio do ;niciado é sem limites. Acha ele incessantemente novos elementos ! sua atividade e cheio de emoçes, de alegrias, como que se banha nas forças invis&veis. -ais são as alegrias que vos são permitidas, sendo, porém, necessárias a pr5pria iniciativa para atingi$las. >ão espereis que elas venham a v5s sem que as tenhais procurado. -omai corajosamente a resolução relativa e necessária/ e, mais, sede seguro, pois se as dificuldades se apresentaram aos que vos t"m precedido, é claro que se hão de apresentar no vosso caminho. 9eiai a vossa estreita eist"ncia/ despojai$vos de vossas velhas roupagens para tomardes uma nova/ deiai a velha casa sem ar, sem hori%onte, sem lu%, em troca do -emplo ereto sobre a colina banhada pelos raios do sol. 8 reino do céu está entre v5s. (uidai desta máima e vereis que o futuro prometido é daqueles que souberam compreender e p'r em prática o sonho que ela formou. Estais preparados para esta desejável iniciaçãoS... # esta a questão que vos apresentamos ao invés de submeter$vos !s eperi"ncias. 8utrora, na maioria do nmero das iniciaçes, o futuro adepto era submetido a estranhas fadigas. A v5s nada disso é solicitado. >as 4ndias, ainda em nossos dias, as eperi"ncias duram sete anos e são as mais tem&veis. >o Egito, elas duram a vida inteira, pois os iniciados foram uma casta que evoluciona sem cessar para um mais alto grau de perfeição. 0istes que 6itágoras pedia uma longa iniciação !queles
que ele admitia em sua escola, e, nesta, a menor das eperi"ncias era um sil"ncio absoluto a guardar durante dois anos e !s ve%es mais. E isso ainda é pouco em face das iniciaçes hindus. >o seu estudo sobre o mundo oculto, )innett apresenta$nos as dificuldades que se impem ao Adepto que deseja fa%er parte de uma *raternidade ou associação secreta, cuja sede se encontra num misterioso -ibete, tão inacess&vel aos europeus. P A porta — disse um adepto — é aberta ao homem que nela bate porém! o caminho é tal para ali chegar que só o "ia#ante mais resoluto! #á em estado de pure$a! pode chegar até ela% &ão posso! é claro! descre"er os perigos do caminho! senão em termos gerais% Pode'se! porém! sem conhecer todos os segredos do ocultismo! compreender o caráter do encadeamento ao qual um neófito de"e submeter'se antes de "ir a ter a dignidade de "ersado em ocultismo! porque não nascemos! mas tornamo' nos adeptos! segundo me tem sido constantemente afirmado% ( "ir a ser depende! pois! do homem.T P)esde o dia em que um candidato * iniciação é aceito! creio eu que se torna preciso nunca menos de sete anos de postulado! antes de ser autori$ado a passar as pro"as preliminares que condu$em aos bai+os graus da iniciação% &ada garante contra a e+tensão ad libitum desta tão longa pro"ação% E esta assustadora incerte$a quanto ao progresso e perfeição do Iniciado! fa$ recuar a maioria dos europeus! embora saiba'se que não há a, um simples capricho de uma sociedade despótica! formada pelos mais adiantados e go$ando! por assim di$er! da opressão imposta a seus fiéis% As e+peri-ncias pelas quais o neófito de"e passar não são nem fantásticas di"ers.es! nem aç.es burlescas% )epois do que tenho podido aprender! sei que os senhores do ocultismo não empregam meios artificiais para alterar os ner"os de seus disc,pulos * maneira de um artista.T U/ inerente * nature$a da ci-ncia o fato das suas re"elaç.es abalarem a ra$ão! fa$endo a mais audaciosa coragem ceder de algum modo% /! pois! do interesse imediato do candidato que o seu caráter! a fi+ide$ de sua resolução e tal"e$ a solide$ de suas aptid.es f,sicas e mentais se#am obser"adas e "igiadas com um cuidado infinito! antes que ele se mergulhe nessas ondas misteriosas de re"elaç.es! sobre as quais de"e sustentar'se pela 0nica força de seu braço! antes de perecer .T PEu não tenho! e"identemente! um conhecimento profundo da nature$a das e+peri-ncias! atra"essadas pelo candidato! durante o per,odo de seu desen"ol"imento% 1on#eturas baseadas sobre fragmentos de re"elaç.es não merecem ser relatadas toda"ia! é claro também que certas condiç.es "anta#osas para o postulante não se#am caladas% E de acordo com estes princ,pios! é "isto que ao aspirante! para atingir o maior desen"ol"imento de adepto! é e+igida uma "ida de absoluta pure$a f,sica! e! afinal! na sua aprendi$agem! de"e ele dar pro"as de sua resolução de obser"ar esta regra% &os anos de pri"aç.es que se seguirem de"e ser perfeitamente casto! perfeitamente abstinente e indiferente a todo o g-nero de lu+0ria% Este regime não importa disciplina e+agerada! nem e+agerado ascetismo! nem o retirar'se do mundo% &ada impede a um gentil'homem! "i"endo em meio da sociedade de 2ondres! de estar em pleno encadeamento para preparar a sua candidatura ao ocultismo! sem que ninguém * "olta dele o perceba% ( "erdadeiro ocultismo! o sublime apego do adepto de"otado! não se re"ela apenas no mero ascetismo *s "e$es repugnante do faquir indiano "ulgar! nem do iogue dos bosques desertos! cu#a imund,cia é proporcional * sua santidade! nem do fanático que fere os membros do corpo com estilete de ferro ou p.e o braço estendido até atrofiá'loP V8 Mundo 8cultoW. >ão são necessárias as práticas eteriormente mais dif&ceis, mais árduas de reali%ar$se. 6ara todo o ser humano digno deste nome é menos penoso sofrer uma operação material do que renunciar a um hábito que tenha, porque se suportar mais calmamente uma dor f&sica moment2nea do que o esforço contra um costume que nos prende por mil fios, incessantemente relacionados com a nossa atenção mental.
>o seu estudo sobre budismo esotérico, )innett trata das eperi"ncias dos iniciados tibetanos e então assim se eprime< P( n,"el de e"olução que constitui isso que o mundo e+terior chama 3ahatma ou irmão! não é atingido senão depois de uma aprendi$agem longa e dif,cil! depois de se ter sofrido as e+peri-ncias mais se"eras! as e+peri-ncias tão terr,"eis quão reais.T PEncontram'se pessoas que passaram 45 ou 65 anos de uma "ida sem mácula! trabalhando constantemente com o mesmo ardor para chegarem ao fim a que se prop.em! mas! no entanto! não estarão senão nos primeiros degraus do )iscipulato e sempre t-m elas os olhos fechados com relação *s culmin7ncias do adeptado! que se acha alto! muito alto acima delas% E qualquer que se#a a idade na qual os homens se entrem * carreira do ocultismo é preciso recordar'se que a sua dedicação é a, por toda a "ida! sem reser"a alguma% A marcha que empreende é para se desen"ol"er em si mesmo uma quantidade de faculdades e atributos que estão todos em estado latente na espécie humana ordinária! cu#a e+ist-ncia deles é somente suspeitada! não sendo nem suspeitada a superioridade final de seu desen"ol"imento% E tais faculdades e atributos de"em ser desen"ol"idos pelo 1heia ou disc,pulo de si mesmo! tal"e$ sem au+ilio! sem o menor socorro! fora a direção "inda da parte do 3estre% ( Adepto — di$ um aforismo oculto — fa$'se e não é feito.T # certo que o caminho que condu% ! perfeição é árduo, cheio de empecilhos, e quem o empreende não pode prometer um pronto e fácil sucesso. EX certo também que a obtenção dos grandes poderes e das altas faculdades nunca pode fa%er$se de um s5 golpe, nem pela simples leitura de um livro/ porém, para aquele que quer viver no mundo, cuidadoso apenas da sua evolução, sem pedir para ser um mago ou um iniciador, a maior parte das faculdades e dos poderes não é de uma utilidade essencial. Aconselhamos mesmo ! maioria daqueles que nos cercam a observarem e encararem estes casos que lhes não oferecem utilidade prática para o maior desenvolvimento. Ao que no caminho que condu% aos altos cumes vai ficando atrás, sem o menor 2nimo necessário, ainda a ascensão é mais dif&cil e absorve mais tempo. Mas, o futuro iniciado hindu deve, desde o primeiro momento, consagrar a sua vida para não desanimar. 8s poderes tão raros e pagos tão caramente não são absolutamente necessários ! evolução, e muitos indiv&duos são impedidos no seu caminho, isto é, encontram cruéis decepçes, porque querem agir e vencer com rapide%, alcançando logo estes poderes e, afinal, não se erguem senão para atingir uma miragem que se lhes desfa% entre as mãos. >ão é esta senda de passos rápidos e maiores facilidades ou maiores dificuldades a que aconselhamos aos que seguirem os nossos avisos, embora ela pareça ser a mais bela. # preciso compreender que os resultados hindus não são facilmente adaptáveis !s necessidades européias e é uma tend"ncia deplorável imaginar$se que o que dá maravilhosos resultados em certo ambiente, dá$los$á iguais em outro lugar. >em a vida, nem o temperamento, nem as condiçes climatéricas dispem o europeu a viver como o hindu e as necessidades de nossa eist"ncia são, nos pa&ses ocidentais, inteiramente outras que não as dos pa&ses descritos por )innett. Muitas pessoas são perigosamente prejudicadas, ensinando entre n5s práticas iogues que, enfim, seriam desenvolvidas de um modo mais til se os respectivos métodos empregados se adaptassem de acordo com o nosso ambiente, com as necessidades de nosso clima. Muitas ve%es procura$se por longe o que está em volta de n5s. 8s fatos que nos sedu%em quando os apreciamos de longe, não são sempre para n5s os mais pr5prios, segundo pode imaginar$se, porquanto muita fantasia e bas5fia se introdu%em, com a força das atraçes do mistério em narraçes dos iniciados dos centros long&nquos. # preciso receber tais narraçes com etrema reserva e não se pondo em prática com %elo ecessivo o seu objeto, porque também devemos temer interpretaçes err'neas que, muitas ve%es, impelem o esp&rito entusiasta a tentar o imposs&vel, com risco de grandes perigos. Q Q Q >ão há necessidade de epatriar$se, dedicar$se a ocupaçes estranhas ou abandonar a fam&lia para fa%er$se o ato de iniciado. )innett di%$nos que a maioria dos atos impostos a si mesmo pelo futuro adepto é compat&vel com a vida européia. -emos em redor de n5s tudo quanto nos é necessário para cumprirmos a nossa evolução. 6or que a perfeição seria destinada antes a um pa&s
do que a outroS As poderosas harmonias da vida universal nos banham aqui e ali, como um grande rio, cujas águas benéficas nos fa%em reviver e nos dão uma força até então desconhecida. Está em n5s mergulharmos e captarmos essas energias harm'nicas que tão fundamente nos modificam, que desenvolvem em n5s as possibilidades, que nos fa%em adeptos, sem nos submetermos a rudes eperi"ncias. As forças amigas rodeiam$nos e oferecem$se !quele que lhes fa% apelo para cumprir uma boa ação. Mesmo s5, inteiramente isolado, entregue a vossos pr5prios recursos, é$vos poss&vel captar forças, se tiverdes um sincero desejo e vos afastardes de um pensamento de baio interesse. ;sto vos é permitido se vos entregardes a um custoso trabalho de observar, ver e sentir. Abri os olhos ! vontade. >ão sede cego em um ponto tão essencial. A lu% rodeia$vos, penetra$vos, dando$vos a sensação de seu calor. 1asta$vos o recolhimento, a vossa concentração para que a sintais em todo o vosso ser. 9esde que a tiverdes sentido, todas as forças convergirão para v5s, pois que ela é a força que vos desperta a sade e a alegria, permitindo$vos a aquisição das faculdades e poderes dos quais tereis a nobre ambição. 0ale mesmo mais desenvolverdes as forças que vos são pr5prias, porque se vos aperceberdes que estas forças assim benéficas estão em todo o mundo, não tereis vaidade alguma de terdes descoberto a fonte onde vos desalterais e vos banhais, antes sabereis que a felicidade encontrada está em tudo ou em todos. >ão acrediteis que os poderes que sonhais, essas forças das quais desejais fa%er bom uso são long&nquas e inacess&veis e não se poderão encontrar em uma humilde choupana perdida no meio dos bosques. A força está em v5s mesmo, pois, sendo universal, acha$se tanto em vossa casa como em qualquer s&tio do universo. # preciso somente terdes fé, nunca duvidardes. ;de para ela e ela virá para v5s. Em vosso coração saltará a centelha ardente que o abrasará. E essa lu% que outrora iluminou os sábios que a nossa admiração acompanha, ela mesma dar$vos$á os pensamentos sublimes que a eles tem encaminhado e dirigido. A lu% que incendiar o vosso coração fará desaparecer do vosso esp&rito toda incerte%a, toda lentidão. E a harmonia perfeita há de enlaçar$vos por todos os lados, chamando$vos com tanta benevol"ncia quanta seja a fé que condu%is pelo caminho. ançai$vos em suas frescas ondas como o far&eis nos braços amigos. (hamai as forças benditas e subireis até a sua fonte divina. >ada vos é interdito. -odos os poderes luminosos estão prontos para auiliar$vos. ançai$vos com entusiasmo em sua procura. >ão vos deieis definhar nas brumas da dvida e da incerte%a. (orrei para o bem que vos é prometido. >ão é necessário esperar. As eperi"ncias das iniciaçes passadas tinham por fim saber se aquele que se apresentava aos Mistérios era realmente sério, resoluto, perseverante, bastante discreto para receber a confiança de altos segredos. Era preciso, pois, conhecer a segurança dos postulantes que se apresentavam e, assim, posto que a maioria desejasse em verdade reali%ar as açes de taumaturgia, eperimentar as suas forças ps&quicas ao mesmo tempo que as morais. E para v5s estas eperi"ncias terrificantes são também necessáriasS -alve% não. # antes ao vosso esp&rito e ao vosso coração que eu quero dirigir a questão que substituirá tais eperi"ncias. Q Q Q 9ois caminhos condu%em ao limiar do -emplo< = a 8efle+ão e a )or . (ertamente refletistes antes de encetardes os nossos estudos. E certamente haveis chorado durante muitas circunst2ncias de vossa vida. # o suficiente. Efetivamente, quem tem refletido está perto de alcançar, a ponte iniciática. 6rocurou compreender o que é ser homem no mundo. )entiu a necessidade de subtrair a vida aos fins mesquinhos e ego&sticos que não mereciam o custo de viver. 6rocurou uma ver$verdade ainda desconhecida, mas também ainda lhe escapa a forma melhor de obt"$la = uma f5rmula que percebe sem saber definir. Ela, a verdade, torna$se o fim real de seus esforços e da& ele, o que refletiu e chorou, procura a iniciação que lhe não será recusada. 8s enigmas que sente ao redor de si,e cuja solução o inquieta, não t"m chave. )ente obscuridade velando o caminho que procura. # neste momento que sempre surge um guia nesse caminho. 6rocurando$se, encontra$se tal guia. E isto não são palavras vãs. Ouem procura com fé e interesse, termina sempre por achar quanto busca. (om esse achado, está$se na véspera da iniciação, está$se prestes a receb"$la. >ão se tem, não há mais a& as fantasias, os abalos, os desesperos da mocidade. 8 estudo da vida fa% conceber$se um otimismo racional, igualmente distante dos etremos. (onsiderando a vida cotidiana, v"$se que as grandes dores são tão fuga%es como as grandes alegrias e o mal não é senhor do mundo, de modo que é preciso e se pode afastar do esp&rito toda doutrina funesta que prega a triste%a e a inação, capa%es
de encravar$se na Evolução. A 9or é também uma das sendas reais que condu%em !s realidades da Evolução. Ela dá aos nossos sentidos, ao nosso esp&rito, uma acuidade sem eemplo. 9á$nos percepçes particulares e graças a estas, graças ! afinidade de nossos pensamentos e de nossos sentidos é que adquirimos a possibilidade de sentir o que escapa a sentidos mais grosseiros. 6or ela, pela dor, tornamo$nos aptos a entrar em harmonia com as pot"ncias invis&veis. 8 fato doloroso, sobretudo quando o aceitamos sem revolta e o consideramos como meio de aperfeiçoamento, coloca$nos sobre uma trilha que, se aos primeiros passos parece obscura, contudo vai se tornando suave e luminosa, porque nos aproima do fim luminoso de nossos esforços. *eli% aquele que sofre. Mundos desconhecidos, inclusive os profanos, ser$lhe$ão revelados. A eterna verdade ser$lhe$á revelada por menos que ele, o que sofre, o deseje. E o verdadeiro sentimento, dentro da 9or, não é estender as mãos e o coração para o AlémS Aquele que tem sofrido e compreendido a utilidade do sofrimento está na senda sagrada da ;niciação. -odo esp&rito que reflete e percebe a inanidade ou apouca$mento da vida quando a ela um alto ideal não lhe serve de fim ou de mira/ todo coração que tem chorado e bebido na dor, na decepção, na eperi"ncia, a força de renunciar !s miragens criadas pela ambição e pelo ego&smo/ todo ser que procura caminhar com sentimentos cordiais, sinceros e elevados, está em véspera de ser iniciado e para ele são inteis as eperi"ncias. Q Q Q # intil que um jui% apresente a questão de saber qualquer de vossas opinies. )ois v5s mesmo esse jui% severo. Está em cada homem reconhecer a qualidade de sua resolução e o valor de seu esforço. Estudai$vos. Eaminai que predicados possuem o vosso esp&rito e o vosso coração. *a%ei este eame com sinceridade, num grande sil"ncio, longe dos olhares humanos. 8 primeiro conselho iniciático que se vos tem transmitido não é< 1onhece'te a ti mesmoS Ouando chegardes, com essa sinceridade, a vos julgardes sem prevenção, sentireis com a necessária perseverança que também estais no bom caminho e com a certe%a de que chegareis ao fim ao termo. E repito$vos que esse eame, porém, deve ser feito religiosamente, num recolhimento profundo, na inteira vontade de justiça, pois que dele depende o vosso futuro e por ele é que julgareis com acerto de vossa capacidade. E insisto em que, para descerdes ao vosso pr5prio coração, levantando o véu misterioso que oculta o vosso pr5prio valor, é preciso o maior sil"ncio. 6ois que amais a >ature%a, procurai nela um s&tio de floresta, retirado, agradável, onde não se ouça mais que o fr"mito da folhagem, ou um alto cume isolado onde nada possa limitar a vista, ou ide ao pé de uma fonte cristalina que apenas murmura a suavidade de seu canto e a& escutai as vo%es que vos cercam, elevando o esp&rito, enquanto o coração se impregna das harmonias reinantes, deliciosas. 8 vento que acaricia o cimo das árvores, os raios de sol que se filtram na folhagem, o canto amoroso dos pássaros, tudo isso é doce na sua pure%a e chama$nos para a pa% e a bondade que irradiam por toda parte onde o homem não se vai destruindo em fina utilitários. 9o alto do penhasco que o mar vem bater a rugir, tendes aos olhos a imensidade a%ul e ela aconselha$vos os grandes pensamentos, enquanto as vagas a morrer na praia vos ensinam o esforço que se enfraquece, que desaparece, quando não está em harmonia com a vontade que guia todas as forças. >a pa% viva, o vosso esp&rito abrir$se$á e subirá !s altas esferas, livre de todo obstáculo, indo os vossos olhares mergulhar$se e penetrar no ;nfinito. 8 grande ritmo da >ature%a levar$vos$á, como se fosseis uma vaga, até as fontes da u%, até onde as forças ocultas palpitam ao primeiro fr"mito da vida. Mergulhar$vos$eis no ;nfinito como num sonho delicioso e abandonareis a alma a uma vida nova e doce, longe dos homens mentirosos, dos seus trabalhos cpidos, suas estreitas concepçes. A sociedade não eistirá para v5s nesse momento )e não puderdes de todo comungar com a >ature%a, procurai no vosso dormit5rio o lugar que preferirdes e a& ficai, calmamente, perdido para as ocupaçes ordinárias. Oue seja a& um dia de tréguas nessas ocupaçes/ e enquanto tudo como que dormita a&, repassai no esp&rito todos os vossos pensamentos, todas as vossas impresses, julgai$vos, enfim. Este isolamento no seio da >ature%a, vede como ele já vos encanta, como vos abre um apetite de harmonias, de fusão nos planos superiores, a disp'r$vos para a ;niciação. (orrei para ela. E se longe do ego&smo, dos baios cálculos, dos atos mercantis, vos aprouver o recolhimento e a solidão, ao meditardes, for cheia de encantos para v5s, então é que já estais perto de ouvir as vo%es que falam no sil"ncio do coração. 0inde ! ;niciação . 9e que vos serviriam aquelas eperi"nciasS Elas não seriam de utilidade alguma se, no sil"ncio amigo dos bosques que cantam ao vento, no clamor do mar que geme nas vagas, nas
cintilaçes das estrelas que se harmoni%am a brilhar, não encontrásseis o pensamento dos sábios antigos e o esp&rito deles não respondesse familiarmente !s vossas dvidas. )ão ainda inteis tais eperi"ncias também nos duros momentos da vida, quando tudo é sinistro em vossa alma, quando parece que nem uma s5 claridade se levantará nunca em vosso hori%onte devastado. -ambém nessas horas de triste atividade orareis com simplicidade e fervor, num surto completo de fé. 6or isso, se em horas de duras eperi"ncias tendes feito apelo !s *orças )uperiores, sentindo por meio de clares que elas vos respondem, então é que já estais em comunhão com essas mesmas *orças. )ão ainda inteis essas eperi"ncias se tendes renunciado !s miragens da vida, a essas alegrias que hão de ser moribundas e que nunca deiam em nossas mãos a cin%a aveludada de uma asa de borboleta. Q Q Q 9e que serviriam essas eperi"ncias se já rompestes as cadeias materiais e se já vos sentis poderosamente atra&do para o mundo dos esp&ritos, se o mal já vos é odioso e não vos sentis sedu%ido senão para o que é bom e beloS )im, a lu% que chamastes veio para v5s e banha toda a vossa alma. )ois digno da ;niciação porque, devotado sem esperança de recompensa, estais sempre a vos devotar ainda mais, a pender para todos os desgostos que vos cercarem, a abrir o vosso coração a todas as dores que vos rodearem. *a%eis já parte da grande fam&lia dos )ábios = v5s, que tendes colocado bem alto o vosso ideal, que compreendeis serdes parte de um grande todo, que estais neste imenso (osmos como uma estrela submetida ! atração por cuja força o @niverso é um imenso acorde. -endes as qualidades que vos são necessárias ! vida superior, pois que a virtude vos entusiasma, o hero&smo vos transporta. )onhais uma era de :ustiça e *raternidade, na qual os males desaparecerão, porque os homens se tornarão melhores pelo desejo constante, igual ao vosso, de virem a ser mais perfeitos, sem o desejo de aparecer e brilhar senão na elevação constante para a 0erdade e para o 1em. )im, podeis caminhar com segurança na senda que vos está traçada, pois que o vosso esp&rito já agora é reto e nobre, vosso coração puro e ardente, sentindo$vos capa% de resistir aos desfalecimentos. Estais pr5imo da ;niciação, tendo feito o mais dif&cil no sentido dela. 0encestes as eperi"ncias no segredo de vosso peito. 8 que esperais agora é doçura e felicidade. Oue tereis a esperarS -oda espera em outro sentido será tão nociva a v5s quanto espiritualmente ! sociedade humana que tem necessidade de vossas forças. 0inde, pois, que a vossa senda está traçada e aberta. 9e mais a mais compreendeis o papel que tendes gostosamente a desempenhar para aproveitamento de outras mais forças que podeis adquirir. ;sso ser$vos$á um grande trabalho, ocupando toda a vossa vida. Oue alegria, entretanto, será a vossaY >unca, um nico instante, o odioso tédio daqueles que estão desocupados há de roçar em v5s as suas asas. Estáveis ! altura da missão que vos é confiada. )enti$lo$eis para avançar e no avançar. )enti$lo$eis, pois que o apelo de quantos sofrem agora chega ao vosso ouvido e a alegria que ides receber, como a que ides espalhar em vosso redor, enche o vosso coração de um dulçor esquisito. Escutai. Em torno de v5s elevam$se c2nticos sublimes. 0o%es sobem e desferem palavras inefáveis. (ai o grande véu e a >ature%a está aberta aos vossos olhos como um livro imenso se vos oferecendo. Mas não vos apresseis. -odo o vosso dia não basta para lerdes e compreenderdes esta obra maravilhosa. 6rocurai somente penetrar os pensamentos &ntimos, ler nas entrelinhas e ligar$vos plenamente a estas bele%as sempre novas e, portanto, eternas. >este estudo, tereis uma doçura de que todos os pra%eres do mundo não vos dão idéia. 9epois das agitaçes que tendes sofrido, encontrareis a calma absoluta, tão suave como a msica. 9epois das dvidas que vos torturaram o cérebro, tendes, enfim, conquistado a certe%a. 8utrora éreis s5 na vossa derrota, tal qual um barco sem remadores/ agora estais em corrente muito diferente/ toda a mágoa se apagou/ as horas t"m asas/ chegou o vosso labor a ser harmonioso e cheio de contentamento. Adquiristes um julgamento mais seguro. (ompreendestes qual deve ser a vossa linha de conduta. E porque nada aceitastes a esmo, é necessário que conformeis a vossa ação com o que decidistes. -endes arma%enado forças da >ature%a e estas hão de acumular$vos de rejuvenescimento, de juventude/ porém, como o sol que e a imagem divina, o iniciado deve espalhar em torno de si as forças que adquirir/ e a sua presença, sobretudo entre os que sofrem e gemem, deve ser como uma primavera a produ%ir um ar puro e alguns raios de esperança. 6or isso, algum dos homens vos terá feito sofrer, mas lhe deveis benevol"ncia, pois o mal que alguém vos causou foi a primeira causa de vossa feli% mudança, foi um benef&cio a provocar o vosso primeiro ato de bondade. )e esse alguém vos fe% mal por ser mau, é que a sua iniciação
está por se fa%er, é que o seu grau de evolução está bem afastado do vosso. Enviai$lhe, então, bons pensamentos, desejai$lhe as melhores coisas. (omo o sol, cada iniciado é d5cil e meigo tanto para o bom como para o mau. E quem somos n5s para julgarmos as faltas de ou tremS Aquele de quem tendes sofrido o mal é uma pobre plantinha raqu&tica que os vossos raios benéficos devem fa%er florescer para o céu. Estas forças que adquiris e espalhais aprendereis ainda a medi$las segundo as necessidades/ a dosá$las mais largamente para um, mais parcamente para outro, a fim de dar a todos uma cura na proporção da dor. Ouanto é bela e generosa esta obra que vos atraiY Q Q Q :á além do pensamento do bem que vos é prometido fa%er em vosso redor, nada há senão a vossXalma toda enlevada de fé e pra%er. @ma alegria poderosa enche o vosso coração. >ão podeis mais duvidar de ter atingido o ponto que quisestes, visto que vos vedes sobre os traços do plano dos grandes iniciados< Está agora em v5s o assemelhar$lhes as virtudes nos poderes que mais incitam a vossa admiração. Eles acharam o grande segredo que v5s também um dia possuireis, porque é acess&vel a todos quantos se vão aperfeiçoando a buscá$lo. >ão serão muitas as dificuldades para se penetrar neste arcano, porém, não se pode fa%"$lo senão ! custa e ! força do pr5prio esforço. Efetivamente não se saberá, não se poderia penetrá$lo por meio de gesto, nem por meio de livros ou palavras. 8 gesto, o livro ou a palavra nunca pode levar$vos senão ao caminho do adepto. 05s não achareis na *ranco$Maçonaria quem, depois de ter dito ao iniciado as palavras &iac 9enac, lhe d" eplicaçes que os pr5prios franco$maçons já não compreendem mais. Estas palavras, a sua significação, todos os gestos e rituais relativos são todos letra morta/ pois a& todo o sentido perdeu$se. 8 iniciador neste ponto não sabe mais do que o iniciado. Este não recita uma f5rmula que por si s5 produ%a os poderes que o futuro adepto adquirirá no futuro. -ais poderes não se acharão nem nos 7rim5rios, nem em algum Pequeno Alberto, e menos nas obras de Estanislau de :uaita ou de Elifas 2e"i . Ao menos jamais se encontrarão produ%idos por uma lição que apenas se recita. # preciso ler nas entrelinhas, penetrar o sentido oculto daquilo que mal se revela. # preciso compreender e sentir. E tudo isto não se obtém lendo páginas ou volumes inteiros, lendo como se leria um romance para dar$se apenas a sensação pungente do perigo literariamente costeado. 9a mesma forma, não basta uma grande palheta, uma bela caia de tintas com todo o jogo de pincéis para fa%er$se um pintor. @m menino pode tomar uma palheta, usar de pincéis e cores para esboçar uma tela ao grau de sua fantasia e produ%ir uma cacofonia cruel aos olhos do espectador. >ão é tão rapidamente que se aprende a fa%er um desses primores de arte que atraem, que ret"m o olhar e cuja contemplação nos encanta num abismo de sonhos, porque o primor de arte, digno deste nome, nos ealta para o ideal. 8 menino go%ará com a sua pintura, mas não é um pintor, pois não procurou nem achou os segredos da vida, a relação das cores e das formas, a harmonia deliciosa que é o encanto dos olhos. # assim para a ci"ncia secreta. Ela tem livros, os mais freqNentemente carregados de alegorias no que se refere ao essencial. 9e certo, sobretudo ao princ&pio, é necessário assimilar$se uma técnica operat5ria/ porém, aquele que tiver durante anos assimilado as liçes de pintura não será, s5 por isso, um pintor, se não tiver recebido o g"nio que o diferencia intimamente do bom aluno que, afinal, pode não ser nunca um artista. A emoção que anima, fecunda e transporta o g"nio e que o med&ocre não eperimenta, é justamente a que deve eperimentar o psiquista que deseja vir a ser um iniciado. (ontudo, se conseguir realmente ser senhor de si mesmo, poderá impor ! sua vontade este entusiasmo e criá$lo em si mesmo. Ele pode, pela educação de seus sentidos, chegar a este "tase com que se penetram os mundos interditos ao profano, que eleva até a fonte das forças vivas e benéficas, onde se sente a invasão de vibraçes desconhecidas e de uma lu% que os sentidos ainda os mais delicados não podem mesmo imaginar. # na contemplação &ntima que o 7rande )egredo lhe é revelado. >este momento, as f5rmulas, as ins&gnias, as palavras de passe parecem$ lhe ter bem pouco valor, ainda que lhe tenham servido para atingir este supremo bem. Elas t"m lhe servido como ponto de apoio na educação de seu coração, de sua vontade, do desenvolvimento de sua intelig"ncia ou de sua sensibilidade, porém, quando se lhe abrem as portas, v" que s5 a educação era o seu fim e todo o resto não era senão meios e processos para chegar a tal fim. 8 que precisava era isolar$se, arrancar o sentido e o coração ao império da matéria e unir$se completamente !s correntes superiores. -al é o segredo primordial. 6raticai$o. Q Q Q
A vossa hora está decidida. E é esta hora que fará de v5s um novo ser. :á tendes fremido num grande desejo de subir além de tudo aquilo que nos aparece, deiar este mundo inferior, e volver para um plano mais elevado quanto ! lu% e ! alegria. 0osso ser agora se lança para as regies cintilantes de um fogo m&stico, onde se esquece tudo da terra, inclusive seus combates ego&sticos pelos bens ilus5rios, sua brutalidade da qual feli%mente sois o seu assassino. 6rocurais outra coisa que desejais, que achais no vosso surto magn&fico, que vem para v5s como o cavalo vem ao seu dono, desejoso de saltar ao pé dele. 9eiastes$vos entusiasmar pelas harmonias rodeantes e elas, então, vos penetram. # que condu%is convosco, oculto, talve% desconhecido, o que é necessário para fa%er$se um iniciado. 6ot"ncias misteriosas vos atraem e comovem. -endes em v5s mesmo as possibilidades de chegar ao fim que procurais. Estais já na senda e quando tiverdes atingido essa atmosfera toda igual, não alcançada pelas correntes brutais da terra, vereis desabrochar em v5s a flor m&stica que coroa a fronte de 4sis. :á sentis o seu perfume na senda, nesta senda primeiramente penosa, mas depois suave e clara. Encontrareis a alegria. Ela será a um tempo vosso apoio e recompensa. Ela será necessária para vencerdes o nico adversário que se pode apresentar diante de v5s, o des2nimo. 9esde o começo de vossa iniciação, depois de compreenderdes que nada se produ% por acaso ou neglig"ncia, achareis em v5s o otimismo feli%, resultante de um belo surto de vossa necessidade/ porém, este otimismo, esclarecido pela eperi"ncia passada, não terá, contudo, os temores do passado. )erá ele como esta coragem indomável do atleta que conhece os obstáculos a transpor, mas também se reconhece bastante forte para suportá$los e venc"$los. Então, na serenidade de vossXalma, no equil&brio de vossas forças, revivereis os sonhos de outrora, reviv"$los$ eis, com certe%a, porque eles foram as pedras de obstáculo em vosso caminho, as quais, sabendo onde elas estavam, soubestes saltar ou desviar para chegardes sem estorvo ao vosso fim. A dor passada será o vosso guia para a felicidade futura. # chegada a hora de desfrutar a lu%, de alegrar$se o vosso esp&rito, de abrir$se ! alegria o vosso coração inteiro. A dor é til para colocar$vos no caminho da Evolução, porém, a Evolução fa%$se na alegria. )e a dor passou, é que se fe% o vosso equil&brio. 8 completo desvanecimento de vossa personalidade material dá$vos uma felicidade crescente. Oue poderia afligir$vosS Oue desgosto podereis terS 8 vosso contentamento é cont&nuo e perfeito. @ma vontade perfeita, mais esclarecida do que a vossa, maternalmente vos dirige os passos. E nesta certe%a, que podereis receiarS 6enetrado o Adepto nessa certe%a, ele v" a vida em cores belas e ridentes. Mesmo as pedras inevitáveis da senda pela qual sobe, sabe ele que são mais eperi"ncias a lhe servirem para atingir o -emplo. Ele sabe que cada passo mais o aproima da u% e que agora nenhum de seus esforços é intil. Avança seguro e já os guias, os irmãos que lhe velam sobre esses esforços, não podem fa%er senão afastar$lhe do caminho da dvida e a decepção. Q Q Q Atingistes os planos superiores, onde reina a máima calma. 8utrora éreis acabrunhado pela lassidão, v&tima das decepçes. -odas as dores vos mortificavam e nada pensava as vossas feridas. Afigurava$se$vos que todos os ego&smos se coligavam para fa%er$vos sofrer. 8nde estão agora as vossas doresS 9eiastes a atmosfera passada e atingistes as puras regies. 8 ar saudável dos cumes banha os vossos pulmes. A serenidade dos grandes espaços livres cumula os olhos de vosso desejo. )aboreais a alegria intensa de serdes compreendido, de viverdes em comunhão de pensamento com aqueles que fa%em parte do vosso grupo. Encontrastes a vossa trilha. 0iveis no vosso elemento. 8s elementos desta alegria estavam em v5s. Agora epandem$se. >ão era mais que uma fagulha semimorta que a custo sent&eis viver sob a cin%a, mas transformaram$se em chamas livres e elevadas que vos aclaram e confortam, produ%indo um doce perfume sobre a lembrança de vossos passados desgostos. Oue alegria inunda já as primeiras horasY 6arece$vos que descobristes um novo para&so e que as claridades mais puras se elevam e florescem num céu desconhecido. E tendes a certe%a de que esta alegria não poderá senão crescer, como a flor banhada de um sol eterno. 6areceis estar perdido e sem guia sobre um oceano do mundo e, no entanto, acima de vossa barca pontilha uma estrela a cuja lu% sabeis onde estais, sabeis que não estais afastado do porto e então vos sentis em segurança. Estais entre os iniciados. *a%eis parte dos grupos maternos, mais numerosos do que pensáveis. (onhecem$nos e o seu pensamento fraternal já vos rodeia e ser$vos$á um au&lio constante em todas as dificuldades. 0edes, na floresta, as árvores cujos troncos se elevam direito para o a%ul. >enhum procura oprimir o outro. -odos se unem em surto paralelo, como se o vigor g"meo lhes fosse
encorajamento ou est&mulo para subir sempre e mais alto. -ais são em torno de v5s os mais iniciados. (omo os ramos que se unem, seus braços estão estendidos para v5s e podeis tomá$los por apoio. 9evem estar convosco a fraternidade e o altru&smo que são livre au&lio e nunca uma tortura para aqueles que deles se socorrem. Ouando ruge a tempestade, as árvores se sustentam em mtuo apoio, abraçando$se umas !s outras, embora haja copas mais fortes e mais altas. Afinal, a tempestade apa%igua$se antes que a floresta, poderosa na sua união, se veja devastada, o que seria devastar$se o asilo dos animais selvagens e talve% a igreja onde o sonhador vem procurar no ritmo da selva, no canto dos pássaros, a pa% espiritual, a comunhão com as forças naturais. -al deve ser a vossa vida. -al deve ser a imagem de vossos feitos. )ereis sempre sustentado, não somente por aqueles que vos rodeiam, porém, ainda e sobretudo, pelas forças superiores que acabastes de alcançar e darão sem cessar o conforto de que tendes necessidade. Q Q Q (umpri o vosso dever, subindo ! sublime região donde sentis que se vos chama. # lá que vivereis na pa% do 9ireito e da :ustiça. >ão tereis de fa%er esforço para a prática da bondade, da fraternidade para com os que sofrem. R medida que tomais consci"ncia de v5s mesmo, a vossa sensibilidade afirmar$se$á, toda a sombra ser$vos$á passada e não passareis senão o que for absolutamente puro e harmonioso, porque v5s mesmos resplandecereis de pure%a e harmonia. )entireis em cima a epansão de vossa piedade descer sobre todos os seres. -oda dor encontrar$vos$á amigável e fraternal, como a vossa dor encontrará em outros toda a ami%ade e devotamento que desejardes, de que tiverdes necessidade. >ão tereis mais nenhum desejo por essas horas que o profano avidamente procura. Assemelhar$vos$eis ao sábio que se isola do mundo para go%ar a pa% e dar$se a um trabalho que não mostra o seu saber senão quando convém mostrá$lo a quantos devem praticá$lo. Estanislau de 7uaita escreve assim< P( sábio isola'se na sua ci-ncia e na sua pure$a! en"olto no burel da "irtude serena e repele todos os contactos porém! cheio de solicitude para com o mundo imperfeito do qual se e+ilou! ele oculta tr-s quartos do fato de "erdade! ocultando'se sob seu manto de monge! o qual prudentemente não dei+a filtrar mais do que raios enfraquecidos! fracos como relance de olhos que uma lu$ ofuscante cegaria% ;eu bastão de sete nós — emblema do critério infal,"el que confere ao iniciado a compreensão do :rande Arcano — seu bastão representa a "ara de 3oisés! a "arinha dos milagres! o báculo do perfeito prelado e é o cetro da unidade! da s,nteseP. Assim fala 7uaita no seu -emplo de )atanás e a& demonstra que o isolamento é virtude do sábio, porém que ele deve adotar de antemão a senda que deve seguir, bem diferentemente conforme abrace o 1em ou o Mal. # o arcano C do -aro, o Ermitão, que será o *eiticeiro ou o Mago, segundo a orientação adotada desde os primeiros passos. )e escolheu o Mal, terá por guia o feiticeiro, o louco, cuja solidão se povoa de vises trágicas e malignas e nas regies que este tem violado, procurará como fim de seus esforços o orgulho, a vingança, o lucro material. Mas, votando$se ao 1em, o guia pode ser o Mago, aquele que é vontade, nas correntes harm'nicas das *orças )uperiores e submetendo a ambição ! sabedoria, vem a ser, em verdade, o ;niciado. Aquele que compreendeu o seu verdadeiro lugar no mundo, não foi dominado por vis paies, nem cedeu ao pra%er de destacar$se, de provar a sua superioridade sobre os mais/ enquanto aquele que tem cedido ao Mal se coloca no plano em que vela ou veda a lu% que lhe teria esclarecido a vida, a lu% que o )ábio recebe com reconhecimento e diante da qual se humilha para recorrer$lhe os benef&cios. Mas o *eiticeiro quis ser negativo e desgraçado porque o poder do homem, quando ele não se ap5ia sobre as verdades eternas, é destinado a ser vencido pelas forças desencarnadas/ e submete$se ao Mal, ! Matéria, porque não soube compreender o Esp&rito dominante, ficando condenado a arranjar$se na terra, enquanto o seu destino luminoso o atrai para o (éu. 8 defeito da ambição fa%$lhe ver tudo mal em volta de si, enchendo$o de 5dio e pessimismo, ao passo que o ;niciado, o verdadeiro psiquista que aceita a vida com um otimismo racional, sabendo que podem produ%ir$se sempre acontecimentos imprevistos da parte de outros que lhe são superiores, esse regulari%a$se para o melhor de sua vida e de sua felicidade. 8 ;niciado procura construir a cidade ideal onde a felicidade florescerá sob o governo da ordem, enquanto o Mágico, o *eiticeiro, não procura senão destruir um mundo que o não satisfa% porque o seu desmedido orgulho a& não acha o seu lugar, que ele desejaria fosse o primeiro entre os
outros. Apela para a força bruta que nunca age senão aos golpes, espasmodicamente, ao tempo que o ;niciado, afastado disso, fa% apelo !s forças puras, benéficas nas suas cont&nuas, seguras e poderosas correntes. 6obre louco = o desgraçado *eiticeiro. 6erdeu a noção da verdade. Escuta palavras vãs que ecos enviam, deformando$as. # a presa das moribundas miragens do deserto. -anto tem contado com as pr5prias forças, mas as conting"ncias se apoderam de si, dominando$o afinal. 8 sábio, na pa% segura de suas pr5prias forças, está modestamente retirado no seu laborat5rio. A&, na prece e no trabalho, eleva$se ele até os grandes elementos e recebe a bela iluminação que o inunda de verdades. 0o%es l&mpidas e doces di%em$lhe palavras que não enganam por não serem o refleo da loucura, porém, a emanação de leis superiores. # preciso adquirir discernimento antes de fa%er$se apelo !s *orças, pois o mal tem as suas lisonjas, como o bem tem os seus atrativos. >o seu livro -emplo de )atanás, di% Estanislau de 7uaita aos curiosos da Magia >egra, que o mal tem a sua poesia e descreve$a poeticamente< P)o mistério da própria abominação — di$ ele — desprende' se um ideal fantástico! atraente! porém funesto ao mesmo tempo! pelo qual muitos dei+am sedu$ir'se% ão sentimos ainda a utilidade infinita deste desenvolvimento que nos pede tantos esforços, e o estudo, por ve%es, aparece$nos sem encantos. 9evemos aprender a conhecer, a sentir, a julgar. As novas descobertas, porém, que o nosso esp&rito fa% cada dia, são um constante encorajamento e o entusiasmo que nos produ%em são uma força quase invenc&vel no trabalho que é preciso reali%ar. 8 Estio é o surto final do esp&rito daquele que, seguro de si mesmo, renuncia muitas ve%es ao estudo dos livros para correr ao das eperi"ncias pessoais. Então, os entusiasmos queimam como o sol de :unho e, se eles não são contidos pela ra%ão e um sábio dom&nio de si pr5prio, arriscam$se a destruir pelas chamas bruscas todo o labor do ano. # o momento em que nos agarramos tanto aos erros como !s verdades. # preciso, então, aprender a refletir, a fim de que o pr5imo outono nos coroe com as suas alegrias. 8 8utono é a idade madura, a epansão das faculdades. >ão é mais o esplendor cruel de :ulho, porém uma claridade mais doce. Oue belas horas dá !quele que sabe compreend"$loY # a estação em que as flores e os trabalhos do ano que temos vivido frutificam para uma vindima iniciática. 8 ;nverno, depois de cumprida a tarefa, go%a da vit5ria obtida e espera a hora do desaparecimento. # ainda uma felicidade, porquanto aquele que chegou a esta concepção da vida não perdeu a faculdade de se interessar pelos estudos e trabalhos daqueles que o rodeiam. )ua vista se apura e vai além dos limites ordinários/ ele vive já no Absoluto. Q Q Q 8 (iclo sentimental segue um ritmo id"ntico !quele que temos visto reger todas as nossas outras faculdades. A 6rimavera da primeira mocidade é a estação das iluses. ES a estação das longas esperanças e dos vastos pensamentos/ ela nos dirige mais do que n5s a dirigimos/ ela nos fa% ver todas as coisas através de um prisma de mil cores, e somos muitas ve%es o joguete de suas generosas loucuras. Mas, com as chuvas de Abril, as lágrimas da mocidade secam ao primeiro raio de sol. 8 tempo, inimigo das outras estaçes, é o precioso auiliar da 6rimavera. A louca ilusão torna$ se prudente e aprende a seguir o ritmo. 8 Estio nos tra% a alegria, a completa epansão dos sentimentos. Este coração que tem lutado, que aprendeu a sentir, abre$se voluntariamente e dá, de bom grado, o melhor de si mesmo !quele que soube fa%"$lo palpitar. 8 sol das paies é ardente no coração e as tempestades o acompanham. 8 iniciado, porém, sabe que as pr5prias borrascas t"m a sua utilidade e que as chuvas que elas tra%em, essas grossas lágrimas que penetram nosso coração, são necessárias ! vida suprema, ! qual queremos atingir. # preciso saber servir$se das borrascas, regrar$lhes o curso e a força< o ;niciado o sabe. 8 pac&fico 8utono nos dá a doçura de sermos compreendidos, de não haver mais necessidade de palavras para comunicarmo$nos na mesma emoção e um pensamento semelhante/ somos um na alegria e diante da >ature%a. 8 ;nverno vem achando os seres unidos e fundidos, ficando sempre presentes um ao outro, apesar das inevitáveis separaçes. +á também alegrias bem doces no ;nverno do coração. Aquele que soube moderar a embriague% e os transportes da idade juvenil, sabe guardar, durante toda a sua vida, a felicidade que soube criar e conquistar. Q Q Q 6ara além do (iclo atual, temos deveres ainda e possibilidades de ação bem preciosos. 0imos, em todas as iniciaçes cuja hist5ria esboçamos, que algumas delas adotaram o grão de trigo como s&mbolo dos renascimentos que recondu%em o ser humano sobre a terra, para a& prosseguir o ciclo das purificaçes que nos condu%em ! evolução definitiva. -inham toda a ra%ão, porque a vida, que deiamos, abre$se para outra vida mais sutil, porém não menos ativa. A planta, no fim do seu ciclo, dá o grão que a perpetuará, e este grão parece apodrecer sob a terra antes de germinar e de dar as colheitas de que ela tra% a esperança. A nossa atividade é mais vasta. 8 ser f&sico desaparece como o inv5lucro do grão quando ele está prestes a germinar. Mas, não é uma s5 ve% que operamos no além/ o esp&rito, elemento superior que nos serve, se enriquece com as açes que fi%emos em todo o curso da eist"ncia. >ossas boas açes, os pensamentos habituais, os bons hábitos do esp&rito rodeiam$nos
como uma vestimenta. )ão as flores que ela já condu% que determinarão os dons que lhe serão conferidos em uma eist"ncia futura. -al é a lei. -al é a cadeia de nossas eist"ncias no mundo, em todos os mundos, no caminho da perfeição. Achamos penosos o inverno e a velhice, porque a sua utilidade e a sua bele%a nos escapam. >ão acontece o mesmo ao iniciado que tocou o segredo destas evoluçes constantes. A velhice tranqNila lhe dá o meio de se recolher um momento antes da sua etapa suprema. 0" o passado, e o estuda/ procura os meios de reparar suas faltas, de chegar ! morte o mais rico poss&vel da maior quantidade de lu% de que p'de conseguir iluminar$se. Então, a morte não é mais, para ele, uma sombria entidade que aterrori%a/ é um anjo aureolado de lu% que descerra diante de nossos passos o limiar sagrado da Evolução, o caminho da divina (laridade. Q Q Q Apresentamos na sua evolução os tr"s dom&nios< f&sico, intelectual e sentimental/ resta apenas di%er que essa evolução não é simult2nea e que cada um segue o seu caminho como pode, segundo as conting"ncias que são oferecidas como meio ! sua atividade. Eis um velho e gasto corpo que é jovem de coração e de esp&rito, e as dores e as eperi"ncias não o amarguraram nem o desencorajaram, e permanece sens&vel ! bele%a e ! dor, acess&vel ! piedade, pronto a vibrar, a se comover. 8utros são jovens ainda, conservando as suas atividades f&sicas. )ão jovens e espertos/ seus corpos são talhados para a ação, mas o seu coração está dissecado pelo interesse e o ego&smo. -iveram eperi"ncias como todos as t"m em cada idade, e essas eperi"ncias não os fortificaram para a vida/ ao contrário, são endurecidos no mal para com os outros/ os reveses de sua ambição lhes deram idéias negras, mergulharam$nos na neurastenia, e são velhos, tanto no esp&rito como no coração que nada escuta além da vo% da desilusão. ?aramente o ciclo de nossa vida org2nica é aquele que seguem as nossas forças intelectuais e morais. 6odemos ser velhos de corpo e não termos querido nunca sofrer nem refletir. -em$se, neste caso, todos os inconvenientes da inf2ncia, sem se ter belas esperanças. 8utros souberam, desde os seus primeiros anos, compreender ou ao menos sentir que o trabalho e a dor não são seus inimigos. )entiram, mesmo, que alguém lhes não tivesse dado a chave desse mistério, que a sua mágoa era necessária, pois que lhe era infligida. Eles a aceitaram, pois, como vinda de uma vontade mais clarividente que a sua, e fi%eram esforço para beneficiar a outrem, para pensar$lhes feridas, para evitar o sofrimento. Oualquer que seja o nmero de seus anos, mesmo na sua primeira juventude, atingiram ! maturidade. )e cada um aplicasse ! evolução, que lhe é prometida, todas as forças do esp&rito e do coração, este mundo tenderia a tornar$se um para&so. Estes podem evolucionar também, se o seu coração é bom, se o seu esp&rito é saga%, se, em conseqN"ncia de sua boa nature%a = fruto de suas evoluçes passadas = sentem que o bem que fa%em em torno de si, com desinteresse, é a maior felicidade que podem eperimentar. Estes estão no caminho da sua evolução, porém, quantos vivem longos anos e morrem sem se terem nunca preocupado com outra coisa além do pr5prio bem$estar, da hora e do cuidado de sua refeição, de suas ami%ades que não foram senão a troca de interesses materiais e a coligação de manobras ambiciosasS 0iveram diante de sua casa de trabalho sem outro hori%onte além de seu livro de contas, não cuidando senão no ganho do dia, no lucro de amanhã, não go%ando senão pra%eres que não t"m, muitas ve%es, nem ao menos a vantagem de ser bons e sãos. 8s pequenos fatos cotidianos, as alegrias ou penas, serão toda a sua vida. >enhuma janela se abrirá diante de seu esp&rito. :amais terão visto a >ature%a com os olhos reconhecidos daquele que a sabe compreender. Morrerão sem ter verdadeiramente vivido. Q Q Q 9eiemos de parte = pois que s5 a evolução nos ocupa neste momento = o lado anormal do ciclo da vida/ não nos interessamos aqui com a moléstia, que nos faria sair de nosso plano. Estudamos somente os ciclos cerebral e sentimental. A evolução do nosso ser para os planos superiores não pode ser facilitada senão por duas forças das quais uma opera sobre o pensamento e a outra se dirige ao coração. A primeira é a refleão/ a dor é a segunda. )ão dois fatores importantes que tendemos a afastar quando estamos ainda pr5imos da matéria, considerando uma como importuna e fatigante, e a outra como penosa. >ão nos apercebemos delas porque não compreendemos o seu papel poderoso e benéfico. Muitos di%em< PEu nada faço sem refle+ãoP, e não obstante jamais refletiram verdadeiramente, nem sabem mesmo o que isto quer di%er. 6ensam que a refleão é uma ginástica da intelig"ncia dirigindo$se não importa para que assunto.
Muitos cr"em ter refletido bastante porque estudaram os seus interesses materiais e nunca foram além disso. (onhecem empiricamente o mecanismo da refleão, porém não cuidaram nunca, de maneira aproveitável, da sua evolução. Ouanto caminho ainda a percorrerY A verdadeira refleão é voluntária. 8 esp&rito se eerce com método e as nossas faculdades superiores adquirem, assim, toda a acuidade e o desenvolvimento de que são capa%es. Aquele que reflete deste modo, habitua$se ! observação. 9esenvolve o seu julgamento. >ão acusa, nem censura ninguém antes de estar seguro do que afirma e suas palavras tomam assim uma autoridade que influi sobre os outros. Enfim, chega !s associaçes de idéias que abrem novos hori%ontes ao seu pensamento. -udo isso, porém, é um trabalho de longo f'lego. 8 trabalho da 9or é mais brutal e mais rápido. 8 resultado I, muitas ve%es, imediato. Ela apura os nossos sentidos, obriga$nos a entrar em contato não somente com as realidades do mundo eterior, mas também com as de nossa pessoa &ntima. A dor condu%$nos a sair dos limites estreites da vida corrente, a ver, fora de n5s, sofrimentos semelhantes aos nossos e todas as alegrias que nos é permitido esperar. EX pela dor que o coração chega a ver em si mesmo e que se liberta dos preconceitos e erros em que muitas ve%es e rapidamente está prestes a se resvalar. EX$lhe permitido, graças a este au&lio clarividente, discernir os sentimentos das pessoas que nos rodeiam e não julgar cada um pelos erros e através dos outros. Aquele que, em troca de todo o seu coração que deu, não recebe senão despre%o e ingratidão, sofre cruelmente, porém, chega então a discernir as ternuras mais verdadeiras e mais sinceras entre os seres que, por falta de epansão, não souberam fa%er compreender qual era a sua verdadeira sensibilidade. A dor, principalmente quando aquele que a suporta, é capa% de compreender que apoio ela será na sua evolução, fa%$nos dar um passo imenso no caminho luminoso que condu% ao -emplo. >ão é preciso, entretanto, que aquele que sofre imagine que padece so%inho, que s5 ele tenha sofrido mágoas, que se torne misantropo aquele que padeça por uma perspicácia especial. # preciso não odiar a eist"ncia, nem crer que somos particularmente votados ! desgraça. # necessário não admitir que o sentimento que magoou o nosso sentimento, ainda que nos pareça muito puro e muito nobre o nosso, seja um sentimento mau, gerador do mal. ;sto seria negar toda a ternura, vir a ser mais ego&sta que os outros. # preciso que o fato de haver sofrido não nos d" as credenciais de uma superioridade muitas ve%es ilus5ria. Aquele que sofre pode tomar então dois caminhos, um tão áspero como o outro. 8u está em estado de depressão e se deia ir até o des2nimo, ! depressão nervosa, e renuncia ! ação e, nos casos etremos, pende para o suic&dio, ou também está cheio de força e esta força não lhe serve mais senão para se revoltar contra a sorte. ;nsurge$se então contra a vida/ renuncia a toda ternura, a toda bondade. -orna$se ego&sta por cálculo, mau por estudo. >essa colisão, sofre por ter de lutar contra a sua pr5pria nature%a/ sofre porque não é feito nem para a dure%a nem para a mole%a/ sofre por não saber amar, ele que nasceu para amar. A nossa verdadeira nature%a tem necessidade de ternura e de epansão. Ela sofre se se recusar a qualquer das duas. 8s dois etremos são funestos. 8 desanimado não fa% mal senão a si mesmo, porém, priva a coletividade do benef&cio de seu esforço. Aquele que fica inativo disseca o seu coração, fá$lo calar, destr5i em si mesmo as suas mais belas e mais nobres tend"ncias. 9e toda maneira, um ciclo sentimental e intelectual sofre muito rápida e desordenadamente, anima a dor e o desperd&cio de forças pessoais e sociais. 0ai$se ao acaso, em plena embriague% da primavera, para tudo aquilo que brilha e sedu%/ damos as nossas flores sem calcular, sem julgar, pelo nico pra%er de nos epandirmos, sem mesmo pensarmos nos dias subseqNentes. Era a 6rimavera, a esperança da mocidade. 8 entusiasmo não permitia ver se as flores ocultavam qualquer armadilha, se o sol podia dar lugar !s rápidas e assassinas geadas. @m per&odo de euforia manifestou o Estio radioso. Achou$se satisfação, saborearam$se alegrias, viveu$se com intensidade e as pr5prias borrascas pareciam cheias de sol. Mas o 8utono se aproima. (omo as folhas secas com as quais brinca um vento triste e gelado, as iluses turbilhonam ao redor de nossa saudade/ elas não nos mostram mais que cin%a em lugar das folhas e dos frutos esperados. 0em a resignação. E o ;nverno chega logo. 8 corpo é jovem talve%, porém que importaS 8 coração e o esp&rito estão gelados. A esperança parece ter partido para sempre/ o trabalho e o pra%er nos são igualmente indiferentes. 8 rancor e o cime são os nicos sentimentos que persistem, como os espinhos sobrevivem !s flores. ;déias de suic&dio correm no esp&rito do neurast"nico/ a dvida e o des2nimo o obcecam/ é o inverno/ o ser iludido não é mais que um náufrago. E, para muitos, esse inverno de desespero e
de desgosto é longo, longo, tanto quanto a vida. (aminha$se sem coragem, sem desejo, sem bondade... Mas esse inverno do esp&rito, que se pode encontrar em todas as idades da vida, é um estágio que deve cessar, porque não está conforme com o til evolucionar do coração humano. Ouantos t"m estado como prisioneiros dessas horas negras, em que, segundo a epressão do poeta< Pé a meia'noite da almaPY 05s que aqui ledes estais talve% em um desses momentos em que sentis tudo desmoronar em torno. 8 vosso coração ulcerado não acredita talve% em mais nada que mereça estima. :ulgais que a vida é má e mau tudo aquilo que ela vos tra%. -emeis, sem ra%ão ou com ela, que a terra não vos apresente nunca mais senão assuntos de dor e de queia, e vosso esp&rito desamparado sofre as torturas do náufrago que, suspenso a um fragmento, lutando contra o furor das ondas, sente os seus dedos dormentes largarem o refgio e já percebe que vai tragar. Então, nenhuma esperança ilumina o ser que cr" morrer em desespero atro%. E depois, vem a lu%Y 8 inverno termina por passar, depois da primeira primavera, entrecortada de raios e de chuvas. A eperi"ncia se afasta lentamente, como acontece com o inverno do ano, depois das voltas ofensivas dos aguaceiros. >ovo ciclo está aberto e a jovem primavera vem, com as mãos cheias de botes que não pedem senão o desabrochar. A >ature%a rejuvenescida v" o primeiro sol embalsamar os lilases, todos enlanguescidos ainda d e uXa melancolia que se afastaY Assim vai o tempoY Assim vai a vidaY 8 ser humano prossegue o seu ciclo entre os males e as eperi"ncias. As dores e as desiluses amontaram no seu pensamento uma neve que parecia jamais fundir$se. 8s nevoeiros do desgosto haviam obscurecido todo o nosso céu. 6arecia$nos que nunca ver&amos de novo a claridade loura do sol. E, entretanto, eis que se cumprem as leis eternas. Abre$se um novo ciclo e tudo está reflorido, e a esperança nascida novamente nos oferece a felicidade. 8 inverno passou/ ainda sofreis. Antes que a hora da plena libertação tenha soado para v5s, olhai com a vista lcida a vida que vos vai retomar. -udo dormita ainda em torno de v5s/ o frio e a neve ainda se não dissiparam e não. tendes força para encarar este esforço que vos libertaria. Acreditais não desejardes nada porque a lassidão, consecutiva ! crise, vos humilha ainda, porém o vosso ser regurgita de forças desconhecidas. Estudai essas forças/ procurai as causas que vo$las t"m desapossado e vereis que, talve%, não estais sem terdes colaborado com as causas de vosso desgosto. E esse trabalho aproveitável esclarecer$vos$á sobre o futuro que não será isento de borrascas. -endes sofrido já/ tendes receio de novos tormentos. :ovem ainda, vos achastes em luta com a vida, sem ter podido medir os seus obstáculos e as vossas forças. ;maginastes, pela fé de vossos entusiasmos juvenis ou de vossas ambiçes pueris, que evitar&eis as pedras em que os vossos irmãos mais velhos tropeçaramY -ropeçastes como eles e também sofrestes. *i%eram como v5s, amaldiçoaram a sorte... e retomaram a luta com armas mais seguras. Aqueles que não compreendem a vida disseram que tudo em torno de v5s não é senão mentira e armadilha. >ão acrediteis neles. >ão mediram o perigo no qual ca&ram e eles vos desviam de uma senda na qual, guiados pelas lu%es que lhes estavam ocultas, podeis evitar as pedras do caminho. 8 que vos ensinaram, a intuição que desenvolveis em v5s mesmos descobrir$vos$á essas pedras servi$vos de vossas faculdades para estudardes o caminho no qual deveis avançar, para dispordes de vossas energias em proporção do trabalho a fornecer. A eperi"ncia dos outros pode servir$nos também no discernimento desses obstáculos/ nada, porém, vos poderá servir se recusais ! vida a vossa parte do trabalho de colaboração. )e tendes sofrido por vossa pr5pria culpa, com que direito declinareis vossa parte de responsabilidade nas dores que vos oprimemS Estais certo de que jamais procedestes leviana ou superficialmenteS -endes estudado seriamente as pessoas entre as mãos das quais confiais o vosso coração e o vosso futuroS >unca eigistes da areia a eternidade da pedraS Aqueles que julgais vos ter enganado, talve% vos tenham dado aquilo que tinham em seu poder. # sua a culpa se lhes pedistes o que eles não possu&am *orte dentro do vosso sonho em que t&nheis confiança, partistes como se não houvesse neste mundo senão trilhas cheias de sol. ;gnorais que a chuva desmorona os barrancos sobre os caminhos e que os furaces devastam os mais belos dias de verão. Então, quando as horas más desfolham o vosso belo sonho, esqueceis tudo aquilo que, ao lado desses dias perturbados, tinha sido encanto e doçura. 6ermanecestes muito sens&vel para conhecerdes a medida necessária, e o choque, que chega tão freqNentemente, surgiu então como um fato isolado, um injusto destino, no qual s5 v5s fostes o alvo. 8 vosso esp&rito é reto, o vosso coração é sens&vel/ não quisestes cuidar das intençes menos puras, menos duráveis que as vossas/ não eistem, porém, neste mundo dois seres iguais. A eperi"ncia foi rude/ é bem til, entretanto. >ão desanimeis, poisY A lição recebida é um ensinamento. 8 ciclo eterno vos tra% uma nova estação. A ?efleão e a 9or vos deram qualidades
novas. A vossa clarivid"ncia está apurada. A vossa vontade cresce. Adquirireis sobre v5s mesmo dom&nio mais seguro. Q Q Q 0istes as árvores auiliarem$se na floresta. A árvore, porém, está presa ao solo, não escolhe o seu terreno. 05s, ao contrário, cujo conhecimento da vida se ilumina de claridades mais vivas, sentis penosa a escolha daquele a quem vos confiais. @m sentido mais penetrante de adaptação vos torna, ao mesmo tempo, indulgente e mais preciso. )abeis que uma nova vida vos dará possibilidades diferentes, mas não estais s5. @Xa mão amiga está estendida para v5s. Ouaisquer que sejam os vossos inimigos, sabeis que as forças vos pertencem e não se recusarão. Encontrastes apoio que não vos faltará. *orte pela vossa pr5pria energia e pelo apoio vis&vel e invis&vel que vos rodeiam, podeis caminhar para os vossos desejos com uma nobre confiança. Estais em condiçes de não querer senão aquilo que vos for realmente til e isso não vos será recusado. >ão duvideisY A vida tem reaçes com as quais aquele que pagou a sua d&vida tem o direito de contar. >ão acrediteis que a vossa mágoa possa ficar indelével. Oue seria um mundo lamentável onde o inverno fosse eternoS 8 pensamento mais pessimista não chega a esta imagem. As mais desoladas, as mais desertas regies t"m uma primavera cheia de doçura e o edeleiss desdobra a sua estrela de veludo branco ! margem das neves eternas. )e assim é, se a mais humilde flor pode dar um doce sorriso no deserto de gelo, por que recusar&eis a vida que vos condu% para o sol, para as regies radiosas onde floresce a rainha das ?osasS ;sto se torna mais fácil para v5s que conheceis a causa do vosso mal, para v5s que podeis prever e evitar as armadilhas mais sinistras. )ubi com calma para os cimos cheios de lu%, v5s para quem o 0erbo embalsama as flores. 0isitou$vos uma esperança indefect&vel. Acolhei$a como uma amiga. A sua vo% melodiosa canta para vos guiar sobre o vosso caminho, para vos dirigir para os bens que não pod&eis imaginar, diante dos quais tudo o que vos agradou paracer$vos$á cin%a e poeira. A primavera de uma felicidade sem mácula é levada ao vosso coração. 6rocurai$a, cheio de confiança. 8 direito ! felicidade brilha para todos os seres/ não vos será recusado. Q Q Q 8 ;nverno passou/ eis a 6rimaveraY 9epois dos negros pensamentos, dos sombrios marasmos, das longas hesitaçes, a *é vos ilumina, tal como, entre os ramos negros, onde os brotos apontam a custo, o sol inquieto de Março desfere as ondas de claridade que fa%em epandir as folhas. 8 doce raio, maternalmente avaliado pela >ature%a, segundo as forças dos jovens rebentos, penetra docemente no tronco. As pr5prias nuvens condu%em a onda purificadora que lava as frondes novas das triste%as do velho inverno. As árvores se fa%em, mutuamente, um abrigo e um apoio contra os ventos mais impiedosos. -ambém v5s, se estivésseis s5, poder&eis temer, diante das eperi"ncias passadas, que o vosso ciclo fosse definitivamente fechado em um inverno que não acabasse mais. *icar&eis cativo nos vossos tristes pensamentos e a amargura de vossos julgamentos aparecer$vos$ia como )abedoria. 8 vosso coração ferido recusaria toda esperança. Essa Esperança, a iniciação vos tra% com a Alegria e a u%. (ondu%irá o vosso esp&rito para os cumes onde reinam os raios benéficos e a sombra não vencerá jamais. á no alto, tudo é +armonia, (alma e 9oçura. á no alto, longe do ru&do dos homens, respirareis um ar puro que não recebeu nunca os miasmas de uma ambição maldita, de uma paião malsã. á no alto, reina a iberdade que deve favorecer a vossa completa epansão. # eclusivamente nessa liberdade feli% que podeis viver. á, estão as regies puras onde s5 o Esp&rito sobe/ o Esp&rito para lá vos transporta/ a *é vos sustem ali/ a *elicidade a& floresce sem sombra. A mais terna fibra do vosso coração epandir$se$á nessa claridade. A liberdade que vos espera é feita da regra que escolhestes/ nada é mais doce de condu%ir/ porque ela vos é cara e haveis de go%á$la em todas as suas nuances. ;maginastes que essa felicidade estava perdida e que seria inating&vel. Oue erro o vossoY >ão vos conhecendo a v5s mesmos, como podereis conhecer o bem ao qual aspiraisS Mas, ele vem para v5s, porque o chamastes. Mesmo agora, semelhante !s brisas da primavera, o santo entusiasmo acorda as seivas que dormem no vosso coração/ isso não será o despertar de um momento como aquele que fa% desabrochar as l2nguidas flores da neve.
6ermanecereis desperto e consciente, e, como tereis escolhido, com todo o conhecimento de causa, o objeto de vosso coração, a desilusão não se arrisca mais a fa%er pesar sobre essa imagem a sombra escura da sua asa. -ende confiança agoraY A vida é doce para quem a compreende e a vossa iniciação vos tornou senhor de a dirigir. )enhor dos seus pensamentos, aquele que atingiu o -emplo é senhor do seu futuro. 6ara permanecer nesse caminho é preciso um apoio, um confidente discreto de vossos pra%eres e de vossas mágoas. Esse apoio já o encontrastes, v5s o sentis em torno de v5s, na invis&vel e segura presença daqueles que vos precederam na )enda iniciática. (ertamente, tereis o cuidado de vos acostumar a essa lu%, a essa euforia. Estareis na situação de uma planta que se transporta das regies geladas para os pa&ses quentes. 8 equil&brio, porém, que criastes em vosso esp&rito ajudar$vos$á na árdua tarefa do mesmo modo como auilia a tudo na >ature%a. >ão há mais vertigens sobre os cumes/ tudo é Alegria, 0erdade, :ustiça. A floresta está toda enfeitada de folhas novas. A sombra cantante dos ramos nos embala com a sua calma e o seu conforto. @ma poesia profunda e sens&vel emana dessas avenidas onde brinca a sombra com o vento/ onde, entre as profunde%as verdes, o sol desli%a raios que dirigirão o vosso caminho. >essa calma, como sobre as alturas, todo temor é abolido. @m repouso de eternidade adormece, entre as folhagens, a doce msica dispersa pelos ramos. @ma agradável sensação invade toda a vossa pessoa. 0ossa alma comunga com a pa% da >ature%a. 6articipais desse caminho primordial que sobe nos bosques e te agita nas matas. >ão eperimentais mais rancores nem as triste%as da vida humana. # a alma eterna da -erra que palpita em vosso coraçãoY Esquecei o ego&smo fero% dos homensY Estais finalmente desprendido de tudo que vos escravi%a ! matéria. Estais em contacto com as grande s correntes do pensamento. # sob os bosques, como diante do mar e sobre os cimos que o artista acha as suas mais altas inspiraçes. A >ature%a está cheia de vo%es que di%em, a quem as sabe entender, doces palavras secretas. >ão é sem causa que os povos antigos personificaram as forças naturais sob os traços encantadores das ninfas, das fadas, das ondinas, dos lindos semblantes furtivos, que levam ao fundo do coração os poemas da Atividade @niversal. Q Q Q R sa&da do inverno, essa floresta, que vos é cara, sente$se de repente penetrada de uma vida profunda e dispersa. A seiva condu% o seu verde impulso de sombrias ra&%es aos ramos estendidos que se balançam no ar a%ul. # sob este impulso, vindo do seio da terra, que a vegetação brota. 8s rebentos escamosos saem da crosta dura/ depois as folhas se abrem como mãos verdes/ enfim, as flores ousam aparecer. 8s perfumes se espalham/ a msica das fontes e das brisas despertam$se por sob os bosques. (omo uma 1ela adormecida que s5 pode despertar ! car&cia do ser eleito, toda a >ature%a estremece ao beijo do )ol, há tanto tempo esperado. -ambém v5s vos despertaisY Eperimentastes longos e pesados torpores. 7o%astes dessa doce lassidão como uma preguiça que não é destitu&da de encanto. A *é regeneradora, porém, sobe ao vosso coração como a seiva aos ramos. -odas as vossas células já se impregnam dessa ealtação interior e vossa alma, vibrante por um novo vigor, vai go%ar, cheia de "tase, as flamas do verdadeiro sol. (omo as neves e as sombras desaparecem diante da lu% quente, do mesmo modo vereis fugir as idéias deprimentes, as dores, os desgostos. Eles se elevam como uma bruma e a claridade, que desvendam, liberta$se deles, pura e docemente. 9eiai fugir de v5s esses h5spedes funestos da triste%a e do tédioY A claridade é sempre mais forte do que as sombras. A vossa atividade recobrada firmar$se$á, como esses frescos brotos e essas primeiras flores que enfeitam a floresta ressuscitada. Acabou$se o ;nvernoY (essaram as chuvas/ eis a&, de novo, os belos diasY -al é a *é. )ubmetei$vos ! sua força plena de doçura. )entireis os benef&cios. 8 )ol surgiu na noite de vossa alma/ é esta a *é vitoriosa que a domina e a eleva. A renovação de vossas forças é, em tudo, semelhante ! renovação do ano. A *é que reanima o vosso coração e fa% reviver o vosso esp&rito, vos aquece e vos penetra de uma claridade viva e vos estreita em um abraço amigo. Antes de go%ar o seu calor, pensáveis que a árvore estivesse morta, porque as folhas ja%iam em terra assim como cadáveres, porque o tronco estava rijo e a caule negro. 9i%&eis< P&ão poderá mais ha"er alegria para mim@ Para que "i"er SP Eis que a árvore que negava a seiva e o coração que não acreditava mais na vida sentem$se, subitamente, estremecer no mesmo fr"mito. A folha delicada salta da árvore seca e em toda parte oculta o tronco ressequido. A árvore não tinha ra%ão acreditando na eternidade do ;nverno/ o coração em pensar estar perdido para sempre/ a 6rimavera fundiu os gelos, quebrou os obstáculos/ toda a vida floresceu pela *é.
6ensáveis que a vossa alma não poderia go%ar nunca a pa% feli%, porque as eperi"ncias a endureceram, fi%eram$na refratária ! esperança. >ão duvideis do futuro. :á as delicadas floresc"ncias de Abril juncaram a terra com as belas pétalas, quando o carvalho desdobra com dificuldade as suas primeiras folhagens. Mas, o carvalho é quase eterno, enquanto as flores da macieira estão já quase esquecidas. Assim a vossa alma, pela pressão da dor, adquiriu uma força nova/ ela se fe% resistente enquanto pensastes que estava seca. Ouisestes resistir ! ;lusão e era ! ei que resist&eis, porém, a sua ronda irresist&vel vos arrasta na imutável e irradiante embriague% da 0ida. 8 ritmo vos prende e vos ordena/ como um feie de palha, condu%ido pelos ventos, cedeis !s correntes das *orças eternas. Oue sois diante dessas *orças para pensardes em resistirS A esperança reflorescida vos encadeia nos seus perfumes. (edei ! sua opressão e, se temerdes as armadilhas onde já ca&stes, a mão dos vossos irmãos iniciados lá está para vos sustentar, de acordo com as necessidades a vos serem reveladas. Q Q Q Essa ei que vos dirige é a do Aperfeiçoamento/ é a Ascensão constante de vossa Evolução. *eli% de quem a compreende, mais feli% ainda aquele que partilha, com os seus irmãos, as alegrias fortes e purificadoras. Agora que o sol da *é e da 6a% vos ilumina, não acrediteis ;nteis os males que sofrestes. Era o inverno que destru&a os animais impuros em torno das sementes preciosas. 8 vosso futuro se epandirá mais radioso e mais claro. )entireis melhor essa doçura porque fostes privado dela. 8 inverno é necessário como as outras estaçes/ o sono é o complemento indispensável ! vossa atividade diurna. 8lhai ainda as árvores da floresta. Elas lançam ao vento os teus ramos e se abraçam uma contra a outra. )entem a necessidade de se elevar para a u% e a iberdade. # o mesmo para v5s. 6ensastes ficar sufocado na atmosfera impura dos interesses e dos desejos/ todo o vosso ser, porém, aspirava a uma vida mais alta. -odo ser vivo procura elevar$se/ emprega todo seu esforço para alcançar a lu% dos cimos. 8 ser humano sabe que a sua esperança está na claridade celeste que lhe dará esta força e este calor pelos quais a >ature%a inteira clama. 8 vosso esp&rito isolado, o vosso esp&rito desprendido de tudo o que é material, atingirá, no divino dia, estes mundos sublimes que o coração adivinha e que se desvendam aos nossos olhos. 8 que é preciso para chegar a este fim tão desejável é romper com a matéria, desprender$vos da empresa dos outros, virdes a ser senhor da vossa individualidade pelo conhecimento e o esforço. -odas as leis naturais são justas e mais ainda aquela que dispe da seleção/ por ela obtereis, depois de algum tempo de preparação indispensável, aquilo que quisestes com confiança e persist"ncia. # preciso, pois, querer a elevação e todos os meios vos serão fornecidos quando vos forem teis. 8 vosso lugar é entre os )ábios/ eles vos chamam. 0ivei com o pensamento de que o aperfeiçoamento é o verdadeiro fim da vossa vida/ que o reto pensamento da vossa vontade vos sustenha no momento de lassidão. >ão podeis deiar de vos epandir ao sol da 0erdade que irradia para todos. Q Q Q 8 desejo da evolução que sentis foi a primeira revelação das forças das quais nem sequer suspeitáveis. *oram elas que vibraram em v5s e não desejastes a elevação senão porque forças latentes em vossa nature%a vos chamavam pa ra a u%. (omo poder&eis duvidar dos companheiros que vos esperam no caminho que condu% ao -emploS 8 seu apelo repercutiu nesse mundo novo onde o sol primaveril fa% borbulhar as seivas. As flores e as folhas abrem$se ! sua aproimação. A sede de viver e a necessidade de amar que reanimam o mundo ecoaram em v5s, profundamente. 6alpitais em un&ssono com a vida intensa que espalha, em toda parte, o influo da força divina. 8 ?itmo arrebata o mundo em um turbilhão. A vida transborda de seivas e parece fundir as flores que se enlaçam em ramalhetes por toda parte. # a hora sagrada entre todas as horas< a do nascimento de um mundo novo. -udo aquilo que foi sombra e dor desapareceu. 8 gelo fundiu$se em regatos de prata. A sombra pesada do solo sente o fr"mito de um véu de gram&neas odorantes. A triste%a esparsa pela bruma funde$se em claridades de alvoradas. )ob o quente olhar do sol, os mais humildes caminhos são radiosos.
-udo é bele%a, graça e força em torno de v5s. ;nclinai$vos para o solo/ os insetos que o vosso pé esmaga distraidamente se entranham na poeira para reedificar suas moradas que as chuvas do inverno desfi%eram. (om alguns filetes de palha, um floco de lã deiado pela ovelha nos espinhos dos cardos, os pássaros constroem os seus ninhos onde tanta vida cantante está prestes a surgir sob o ardor do coração materno. 8 sol tudo reanimou e as pr5prias noites serão doces quando o rouinol cantar o seu amor em longos trinos modulados que sobem quentes como flamas. 6odeis ficar mudo diante desse hino da 6rimavera, inerte diante dessa euberante felicidadeS 8 vosso sol é a *é, a *é que vos dará todas as forças necessárias, a *é que vos sustentará no vosso labor, por árido que pareça. Oue importa o trabalho e a fadiga, quando se trabalha na certe%a e na alegriaS 6odeis, no arrebatamento de vossa *é, purificar a vossa alma, elevar o vosso esp&rito. 8 que quereis está conforme com a ei do mundo/ não poderia, pois, vos ser recusado. >ão é poss&vel nem uma desilusão para aquele que se sente envolvido no destino harmonioso dos seres. # o que acabais de aprender e estais pr5imo do caminho, uma ve% que o procurastes. Q Q Q )e a floresta vos instruiu, que será para v5s o espetáculo da atividade e das afliçes humanasS @m repouso mais longo não é permitido !quele que busca a iniciação. Adquiristes forças que vos condu%irão a um novo combate/ atirai$vos na agitação. Abandonai a floresta onde go%astes as alegrias do meditar e da solidão e voltai para junto dos homens/ verificai quanto estão eles longe dessa 0erdade, dessa u% que lançam em vosso coração doces e vivificantes claridades. )ofrereis, então, vendo quanto são ignorantes das eis que regem o mundo/ quanto é fict&cia a má eist"ncia/ quanto vos parecerão inferiores as suas ambiçes/ quão delus5rios os seus pra%eres inferioresY 9o ponto aonde vos elevam as vossas novas concepçes, esses seres vos parecem inconscientes. 8lhai uma das grandes avenidas da (idade. A multidão fervilha e se acotovela/ nem uma conversa se estabelece entre os que passam/ cada um cuida em caminhar, embora magoando o seu vi%inho, abusando da sua força, molestando os fracos, velhos, mulheres e crianças. >ão é o curso harmonioso do grande rio sereno, seguro de sua força, que desce com majestade. # uma torrente devastadora engrossada pelas chuvas desordenadas. 9estroços b5iam ! superf&cie da água e ele os toma como se fossem rique%as/ ela os condu% com raiva como se fa% com uma aquisição desejada. A cupide% e os baios instintos desencadeiam esses homens em torrente fragorosa que se acredita uma força quando é uma catástrofe. 8s redemoinhos dessa água imunda não podem causar senão ru&nas. 8lhai esses homensY )ão ego&stas. utam uns contra os outros com um encarniçamento de monoman&acos, enquanto, se eles se auiliassem, o seu labor seria mais fácil. 8 harmonioso impulso das árvores sobe puro e altivo para o a%ul. Aqui, é a luta brutal, a força selvagem, que se limita ao hori%onte fechado dos apetites vulgares. E quando chegam ao fim tão restrito dos seus desejos, que lhes resta nas mãosS 0iveram materialmente, muito destru&ram e pouco criaram. -al é a origem de suas infinitas desiluses. )ão semelhantes a essas crianças que apanham uma borboleta, disputam$na e a destroem na luta. >ão lhes fica nos dedos mais do que um pouco de poeira colorida e a lembrança da flor viva que não mais voltará. 8 pior ainda é que os homens ignoram que tudo se pagaY @m momento, o seu sucesso desli%a/ cr"em que chegaram ao cmulo de seus desejos, porém, como o seu triunfo é passageiroY Maior é o sucesso, mais profunda é a queda. 8lhai em torno de v5s, quão poucos Parri"istasP mantiveram$se no pináculo que acreditaram atingir um dia. 6artiram com entusiasmo, subiram vendo tudo rodopiar em torno deles, suplantando os fortes e maltratando os fracos/ tudo lhes serviu de caminho, até a viol"ncia e a astcia. >um instante, ocuparam o pensamento do mundo/ chegaram a se fa%er ricos e célebres momentaneamente. Mas o tempo não respeita aquilo que foi feito sem o seu concurso. A queda mais cruel segue$se ao seu brusco triunfo. A sua vida material é a imagem de sua vida moral. Ouiseram go%ar os seus pra%eres/ fi%eram um deus do seu ventre/ entregaram$se aos go%os de boas iguarias que lhes dão uma te% corada e uma apar"ncia robusta, e uma rápida apopleia lhes ensinou que há leis que eles não podem enfrentar, se t"m desejo de viver. >o dom&nio sentimental operaram da mesma maneira. 9esejaram humilhar/ procuraram o seu pra%er, %ombando das lágrimas que fa%iam derramar. 9epois, o seu dia chegou/ encontraram o
seu senhor. +umilhados por sua ve%, perderam até a sua dignidade. # a justa ei que nos arrasta. ?ecebe$se sempre aquilo que se deu. Q Q Q -ais são os homens que rolam na onda lamacenta da cidade e que enchem as suas largas avenidas. (ada um quer mais lugar do que lhe é devido/ está ávido de satisfaçes, de pra%eres, de alegrias materiais. (ada qual quer suplantar os outros, eclipsar todos aqueles que o rodeiam. -odos querem chegarY (hegar a qu"S >ão o sabem. (r"em que se elevam e o que consideram como uma elevação é já uma queda, pois se afastam da >ature%a. 9esenvolvem os seus baios instintos, a sua sede de pra%er e de lucro. -udo lhes é bom para chegar ! rique%a, !s vãs alegrias. E essas rique%as se escoam entre as suas mãos como a água/ e essas alegrias não fa%em senão passar, deiando$os logo desesperados, mais va%ios do que antes. (orrem para um objetivo fr&volo, como loucos, como possessos. 6ara quem os olha do alto, é uma onda que turbilhona, quebra$se e se escoa. -odos são arrastados pela ignor2ncia. -odos rolam, solidários uns com os outros, sem o ver e sem o saber. Acreditam$se estranhos e são todos semelhantes. -odos são marcados com as mesmas taras e as mesmas deformidades. )ão irmãos na moléstia e no infortnio, eles que deveriam comungar na mesma bele%a. Miserável humanidade que se precipita para a ru&naY -odas as hipertrofias a animali%am e a degeneram. )eu corpo é o espelho de sua alma, e esta imagem é lamentável. (omo são feiosY 8s seus ecessos os condu%iram ! sua decad"ncia f&sica. 6ossu&dos pelos sentidos, carregam todos os sinetes. A sua gula e a sua intemperança os embrutece. >ão são mais do que ventres rotundos, carnes pesadas. Estão esgotados pelos outros pra%eres, pelos v&cios e os venenos. @ns se tornam neurast"nicos e são incapa%es do menor trabalho. 8utros se tornam eagerados, coléricos e tomam o seu capricho sem regra por uma vontade consciente e forte, como se houvesse uma força sem regraY 8s seus olhos brilham de desejos culpados e perdem toda a clarivid"ncia na conduta da vida que eles sacrificam ao pra%er. )eus lábios, intumescidos de volpia, não sabem mais as palavras de bondade e do justo preceito. 8s traços alterados de uns e as formas embrutecidas de outros contam os mltiplos tormentos e as moléstias !s quais estão presos, os remorsos que criam pelo cevar do desejo. )ua agitação f&sica tradu% a agitação de seu coração e o tumulto de seus pensamentos. 0ivem na incerte%a porque perderam todo o dom&nio sobre a sua pessoa f&sica para satisfa%er aos mais materiais, aos mais degradantes apetites. >o ponto de vista intelectual, a sua eist"ncia é miserável. Eles se tornaram materialistas pela adoração de seu corpo. 9e que lhes serviria a *é, pois que estão dispostos sem cessar a subordiná$la ao contentamento da carneS 9esconhecem as eis primordiais e, se as conhecerem antes de ca&rem na bestialidade dos pra%eres vulgares, as negam agora e se acreditam sábios depois que se animali%aram. 0oluntariamente ou não, voltam as costas ! u%. 8s far5is colocados na sua estrada para os dirigir na )enda, eles os apagam se podem, ou não os olham senão através de seus olhos embaciados de embriague%. >ão v"em mais do que lu%es vagas e desaparecidas, em breve, na noite. )ob o ponto de vista sentimental, a sua miséria não é menor. (uidosos dos pra%eres materiais, secaram o coração e perderam a faculdade de se embriagar com as grandes alegrias divinas, com as belas +armonias da >ature%a e da Arte. -rocam$se as mais absurdas vaidades pelos mais raros tesouros do homem< a ternura e a bele%a. Q Q Q 8 que o vosso coração pede não é essa torrente absurda/ é a floresta harmoniosa. ?eencontrá$la$eis na companhia dos iniciados. >a floresta, as árvores estão lado a lado/ não incomodam umas !s outras. 9o mesmo modo, os iniciados se elevam acima dos homens, assim como esses fustes paralelos, essas grandes árvores verdejantes. Eles não serão um obstáculo para v5s. )abeis, contudo, que eles eistem/ seu apoio não vos faltará e a sua simpatia fraternal povoará a solidão que vos é imposta e que vos será breve, agora que as sabeis muito pr5imas do vosso coração. A solidão vos era mais funesta que um desgosto porque era a solidão do sentimento e do pensamento. Agora, o vosso coração e a vossa alma despertam, ao longe, ecos afetuosos.
)emelhantes !s árvores da floresta, os iniciados se elevam. 05s vos elevareis também para esse ideal encantador que atrai o vosso pensamento. A vossa atividade renovada descobrirá outros caminhos prop&cios a todas as suas aspiraçes. Elas não vos serão impostas. 05s vos desenvolvereis no vosso pr5prio sentido e, se a forma de vosso esp&rito vos dirige de prefer"ncia para tal obra de bele%a, de humanidade ou de justiça, achareis, por toda parte, a mesma sede de perfeição. As árvores elevam os seus ramos/ eles se epandem em todos os sentidos e v5s abris o vosso coração para perceber mais largamente a felicidade de todos, a harmonia universal que pede o vosso labor. 8s vossos pensamentos se epandem na claridade do 1em e do 1elo. Acima da floresta de tons castanhos, variados pela cor de mltiplas ess"ncias, se estende a unidade do céu a%ul. 9o mesmo modo será para v5s. @m grande mundo de pesquisas se estende diante de v5s/ escolhereis ao acaso. 8 alimento intelectual que é indispensável ! vossa nature%a, encontrá$lo$eis a todo instante, tal como é necessário !s vossas necessidades. (oisa alguma obrigará a bétula a se transformar em carvalho ou o salgueiro a tornar$se olmo. -odas essas árvores t"m o seu destino, a sua maravilhosa utilidade. 9a mesma forma, sob o véu espl"ndido e radiante do Absoluto, sereis v5s mesmos/ v5s vos sublimareis seguindo o caminho da vossa perfeição, de vosso porvir. As árvores estão encadeadas ao solo/ do mesmo modo, tendes elos que vos ret"m ! vida, deveres aos quais não podereis faltar. A vossa fam&lia, os vossos filhos, a vossa raça vos solicitam, apelam para a vossa colaboração. >ão é fugindo deles que vos elevais/ ao contrário, o cumprimento do dever cotidiano fa% parte de vossa ascensão. A copa da árvore protege os ninhos e a sua folhagem canta para embalar o seu sono. 05s bem o sentis< no princ&pio, a vossa força não será talve% suficiente para lutar contra as tormentas da vida. A floresta sustenta as árvores que se protegem e crescem sem prejudicar o seu desenvolvimento. Elas não brotaram ao acaso, em qualquer lugar. 8s germes cresceram mais facilmente em um terreno fértil onde serpenteiam fontes. # este terreno escolhido antecipadamente, enriquecido dos despojos das estaçes anteriores, dep5sito de vossos precursores, que será prop&cio ao vosso crescimento. As árvores crescem lado a lado. A fraternidade de vossos pares e de vossos guias é aproveitável ao vosso esforço individual. 8s seus surtos se unem aos vossos/ seu poder junto ao vosso desafia a tempestade e o furacão. As chuvas que despedaçam o frágil arbusto agitam docemente a floresta que o envolve/ ela se torna um bloco sob o furacão. -al é o nosso elemento. -ais são as trilhas que vos estão abertas. A >ature%a é o vosso livro e o apoio dos ;niciados. A palavra daqueles que vos precederam vos dirige na vossa senda. Q Q Q 8s adeptos t"m, todos, o mesmo fim. -odos sobem para a mesma u%, para o mesmo (éu espl"ndido e a%ul. *a%ei como eles. Abri o vosso coração. Epandi$vos sem cessar para a plenitude das brisas e dos raios. 0ede quantos ;niciados, vossos irmãos, se assemelham, pouco a pouco, a esses homens cuja feira f&sica e moral vos espanta constantemente. 8s seus olhares são francos/ nada t"m a ocultar. As suas ambiçes são leg&timas e os seus meios, simples e honestos. @ma doce alegria, doce e calma, irradia$se sobre o seu rosto que não crispa nem um desejo vão. A sua mão está completamente aberta para todos aqueles que apelam para o seu au&lio, como o seu coração fraternal se abre a todas as misérias, a todas as fraque%as. 9esprendidos das torpe%as da vida, compreendem$nas, e a sua benevol"ncia desculpa o que tem necessidade de indulg"ncia. 9ominaram a c5lera e a inveja/ é por isso que o seu ser espalha uma atmosfera de doçura e de robuste%. -ais eram para v5s as árvores da floresta. -ais são esses homens que, semelhantes !s árvores, ajuntarão a sua força ! vossa. 0inde a elesY 6odeis contar com o seu apoio fraternal. Esse nunca vos faltará. ;des entrar no (&rculo iniciático. á somente sentir$vos$eis bemX e podereis trilhar a nica estrada para a qual sereis atra&do. á está a )enda que condu% ! 6erfeição e, desde o instante em que a perfeição vos parece ser o objetivo da vida, todo o vosso ser se sente atra&do para o meio mais prop&cio ! sua epansão. 0ossos irmãos esperam a vossa vinda. Alguns são mais adiantados do que v5s e estareis junto deles como um irmão mais novo. Aproveitareis da sua força, da sua doçura, de sua sombra.
)ofrestes em um solo árido, entre a multidão malvada, e essa frescura ser$vos$á doce. 6ermutarão convosco a confidencia de seus trabalhos e as palavras de sua ami%ade serão para v5s o canto dos pássaros na floresta cheia de sombra. 8lhai em torno de v5s, com olhos fraternais e, como na floresta vistes o lento e paciente trabalho de tudo o que vive, das formigas que unem as suas forças para o arrastar de um grão aos seus celeiros subterr2neos, sentireis que tudo trabalha e que esse trabalho é abençoado, porque está conforme com a ei universal, que fa% de cada ação isolada uma parcela do -rabalho total. Aqueles que vos precederam, guiar$vos$ão no caminho que percorreram e que deveis seguir. Assim como a canção dos ramos, cadenciada, guia os vossos passos na floresta, caminhareis envolto no seu 6ensamento amigo. )entireis cada dia crescer a vossa energia. )em desafiar as eperi"ncias, haveis de aceitá$las com serenidade, pois que elas são indispensáveis e, nas vossas horas de pena, sonhareis com os doces momentos em que, reunidos aos vossos irmãos, tomareis parte na sua felicidade, em que saboreareis com eles, na bela >ature%a, os encantos da poesia. 8 vosso pensamento lhes será familiar e amigo. >ada é constrangimento entre os irmãos, se não o doce tormento que resulta do desejo de se aperfeiçoar nos conhecimentos do esp&rito, nos estudos e obras que menos conhecemos. 9epois dessas horas de agradável repouso, sentir$vos$eis animado de ecelente emulação. >ão conhecereis a inveja por aqueles que vos ultrapassaram, porém, somente o desejo de vos reunirdes a eles nas regies mais altas e mais serenas. Q Q Q A eemplo de vossos irmãos mais velhos, amareis, de ora em diante, a >ature%a, por ela e não pela vossa ego&stica satisfação. Ouantos amam$na somente por si mesmosY Metem os pássaros na gaiola para go%ar do seu canto e das suas cores. (ortam as flores para enfeitar as suas festas e dar !s suas tristes casas uma ilusão da vida. (olocam o seu triunfo no pra%er de dominar os outros. >ão t"m pra%er nas suas afeiçes senão o de humilhar e reinar sobre os coraçes, mais por medo do que por ternura. >ão imiteis esses ego&stas. Amai os pássaros no seu elemento, Amai a flor no seu caule que lhe dá sua graça enternecedora. >ão penseis somente em v5s. (ertamente, o pássaro enfeita a gaiola, mas como os seus movimentos são mais graciosos no ar livre e na liberdadeY 8 perfume da flor é doce em um quarto, mas é mais agradável no seio da >ature%a, no ramo que balouça a rosa como um incens5rio vermelho. >ão edifiqueis nunca as vossas alegrias sobre a dor de outremY 8 nico sofrimento que pode e deve ser aproveitado é o vosso, quando o aceitais voluntariamente. 8 pássaro, porém, inocente, tem necessidade de voar no espaço/ a flor tem necessidade da haste que fa% elevar ao seu frágil coração todas as seivas da terra. )e fa%eis do pássaro um escravo e da flor um cadáver, tereis mais pra%erS A flor tem necessidade de vir a ser fruto para espalhar a vida e tudo aquilo que sofre viol"ncia não pode conhecer senão a morte. E, se não tendes o direito de dispor da flor nem do pássaro, com que direito dispondes dos seres humanosS -endes outra coisa além dos deveres para com os objetos de vossa ternuraS A flor e o pássaro t"m de cumprir o ciclo de sua evolução. 8s seres que vos estão submetidos esperam de v5s a direção e o apoio que pedis aos vossos irmãos. Auiliai toda criatura a atingir a perfeição, não segundo o vosso desejo, mas segundo a sua pr5pria nature%a. )e cada a criatura tem necessidade de v5s, cada um vos dá um eemplo. Q Q Q 8 pássaro que paira longe do solo ensina$se a abrir as asas do esp&rito, a vos desprender da matéria, a fugir de toda cupide%, para não procurar senão o Absoluto, nico fim dos desejos de um ;niciado. A árvore da floresta dar$vos$á o eemplo dessa alta *raternidade. Ela não olha quem se deita sob a sua sombra antes de espar%ir os seus midos perfumes. Abriga mesmo o lenhador que a abaterá. 0ede como a árvore se fa% doce para o fraco ninho que embala. )ede doce para com o fraco/ socorrei todo infortnio. *a%ei$o materialmente, se vos é poss&vel. )e não, tende sempre uma palavra consoladora que possa soerguer os 2nimos, palavras que levem a 9oçura e a 6a% aos coraçes mais cansados e mais perturbados. Oue a vossa ;niciação renove a vossa vida. (omeçai um novo ciclo, porém em condiçes bem diferentes de toda a vossa vida passada. >ão estais mais s5 e haveis sofrido
vitoriosamente eperi"ncias que vos deram o sentimento consciente de vossa força. Estais agora semelhante ao metal que passou pela forja/ semelhante ao grão selecionado que não pode dar senão plantas escolhidas. A vossa ;niciação não vos despertou para uma satisfação pessoal, mas para que vos torneis uma força benéfica em toda ordem interior ou social. )ois a árvore que vai dar folhas e frutos para todosY 8 céu de primavera é, por ve%es, ainda obscurecido pelas nuvens imprevistas. Esperai ainda, esperai e trabalhai. Em breve, os raios se farão mais quentes e o sol mais imperioso. 0ereis o céu sem nuvens. -odas as flores epandir$se$ão na >ature%a em festa. Então o vosso Esp&rito, em plena posse de todos os seus poderes, conhecerá o espl"ndido 0erão. A grande comunhão do )ol, da >ature%a e da 0ida achará na vossa alma a sua epansão completa. (omo as névoas da primavera, as vossas ltimas dvidas fugirão ao esplendor da u%. Marchai na vossa 0ida, novo ;niciado, meu irmãoY Escolhestes este caminho. Estais afastado das estradas batidas. >ão sois mais esse escravo que os redemoinhos da torrente arrastava, quando se quebravam em escuma intil. (anali%astes a vossa força. 0encestes !s paies e os interesses mesquinhos. Escolhestes a u% e, sem cessar, v5s elevais para ela. ;mitai a arvore que escolhestes para modelo. >ão renuncieis a nenhum desses laços que vos enra&%am fortemente aos vossos deveres. Mas, com todo o arrebatamento de vossas forças, estendei os braços para as altas Esferas onde brilha a verdade eterna á na +armonia @niversal, banhareis a vossa alma na fonte m&stica é real que esparge até n5s a *orça, a Alegria e a )ade.
OS CICOS In#ro$u)9o $e u" $e#a'(a$o e%#u$o $o% r!n-!a!% C!-'o% $a Na#ure4a/ 0 A e! $o% C!-'o% no% #e"era"en#o%1 na% "o':%#!a%1 na% ra)a%/ 0 R!#"o% %uer!ore%/ 0 Genera'!$a$e%/ 0imos, nos cap&tulos precedentes, que as etapas percorridas pelo ser humano no curso da sua peregrinação terrestre podem ser comparadas !s quatro estaçes do ano solar< A In,n-!a tem os arremessos e as incerte%as da 6rimavera/ A u3en#u$e tem os ardores, os arrebatamentos e os furaces do Estio/ A I$a$e Ma$ura go%a dos frutos e das vindimas do 8utono/ A Be'(!-e tem sua semelhança com a fria pa% do ;nverno. Encontramos esses quatro estágios nas tr"s manifestaçes da atividade humana, no ciclo vital, no ciclo cerebral, no ciclo sentimental e vimos que cada ciclo tem sua primavera, o seu estio, o seu outono e o seu inverno. 0erificamos, porém, ainda, que os tr"s ciclos evolucionam raramente com simultaneidade.
@m é jovem de corpo e já esgotou a sombria velhice da dvida e tem o esp&rito de um velho. 8utro envelheceu pelo trabalho, sofre os primeiros inc'modos da velhice, sente$se sentimentalmente jovem e sofre com a desproporção entre o seu aspecto f&sico e as aspiraçes de um coração. A proposição inversa é também verdadeira e vemos moços com o coração embotado e velhos em corpos juvenis. >ão mostramos aqueles que, jovens na vida material e social, são vistos envelhecer prematuramente no ciclo cerebral, e se sentem deprimidos e abatidos/ aqueles cuja vida sentimental inutili%ou o estágio f&sico e que se v"m estragados, desiludidos e mortificados desde a sua mocidade/ que necessidade eiste para eles de perfa%er um novo cicloY >ada lhes será mais fácil. Então, a *é ardente é para eles o mesmo que o )ol cheio de vigor é para a >ature%a. Ouando o )ol, finalmente vitorioso da neve e da chuva, irradia sobre o mundo encantado, tudo revive, tudo renasceY As plantas que estavam adormecidas sob a frie%a pesada da terra retomam o impulso/ os pássaros, de volta novamente de seu long&nquo e&lio ou despertos de seu torpor hibernai, restabelecem com cuidado o seu ninho e recomeçam galhardamente as suas cançes.
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IB II F!ura 8 A% qua#ro e%#a)+e%/ – I/ Pr!"a3era1 II/ Ber9o1 III/ Ou#ono e IB/ In3erno 9o mesmo modo, entregando$nos ao conforto que nos vem de uma compreensão inteiramente diversa da >ature%a e da 0ida, começamos um novo ciclo/ a 6rimavera de uma nova vida floresce no (oração e no Esp&rito que se julgavam sem esperança. 8 coração go%a de novo os lances raciocinados de seu ardor sentimental/ o esp&rito toma novamente interesse por todos os conhecimentos que presidem ! sua evolução/ o ser inteiro se sente renovado. )e soubéssemos olhar, ver&amos que esses ritmos não são os nicos que impressionam o nosso esp&rito. A observação nos força a reconhecer que, por toda parte, o ser e a >ature%a sofrem esse movimento de ritmos e de ciclos que preside a todas as manifestaçes da 0ida.
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II IB F!ura 8 A% qua#ro !$a$e% $a 3!$a (u"ana/ I/ A !n,n-!a/ II/ A "o-!$a$e/ III/ A !$a$e "a$ura/ IB/ A 3e'(!-e Ao ser tomado isoladamente, encontramos um ritmo em dois/ a vig&lia e o sono, o trabalho e o repouso, que são, na vida do homem, equivalentes ao )er e >ão$)er dos fil5sofos. Estes dois tempos de sua vida lhe são também necessários. 8 trabalho é o estágio de produção, porém o sono é o de gestação, durante o qual o ser recupera forças para recomeçar um novo trabalho. Q Q Q 8 ciclo quaternário nos reaparece no estudo dos temperamentos, que tem tanta import2ncia para conhecer a sade, o caráter, a direção daqueles que nos interessam mais de perto. Estes estágios não se apresentam como mudanças, evoluçes no curso de uXa mesma vida/ são estados fios, imobili%ados.
F!ura 8 D!ara"a $a% qua#ro e%#a)+e% )ob o ponto de vista org2nico podemos considerar quatro temperamentos bem n&tidos, que correspondem !s quatro idades da vida, !s quatro estaçes. E são< D.[ = 8 linfático, que corresponde ! inf2ncia, ! primavera/ .[ = 8 sangJ,neo, que tem os ardores por ve%es inconsiderados da mocidade e do verão/ F.[ = 8 bilioso, que tem o lado laborioso e meditativo do outono/ G.[ = Enfim, o atrabiliário, frio e desprovido de vitalidade, como a velhice e o inverno. A evolução de uXa moléstia se apresenta segundo um ritmo quaternário. Oualquer que seja essa moléstia, quer seja aguda ou cr'nica, segue sempre quatro fases< D.[ = A primeira fase é a preparat5ria. As faltas cometidas, muitas ve%es de longa data e dentro da nossa ignor2ncia, criam a intoicação, preparam o terreno, enfraquecem o organismo, o tornam permeável !s perturbaçes que vai sofrer. Essa predisposição dos germes da moléstia, esta espécie de sementeira, corresponde, evidentemente, ! primavera.
F!ura H8 D!ara"a $a% qua#ro !$a$e% $a 3!$a (u"ana/ In,n-!a/ Mo-!$a$e/ Ma#ur!$a$e/ Be'(!-e/ .[ = A moléstia se declara, as perturbaçes t"m a viol"ncia da estação quente. -odas as pot"ncias luminosas do estio lutam contra o mal sombrio e traiçoeiro sob sua virul"ncia aparente.
8 sol da vida interior procura eliminar os princ&pios maus com o au&lio da >ature%a, desejosa de um ritmo calmo. F.[ = 9epois é o estado nitidamente caracteri%ado da moléstia. A luta continua violenta, porém com quedas e soerguimentos. 8s esforços sucessivos da >ature%a para eliminar as toinas que entravam o seu bom funcionamento t"m alternativas de vit5ria e derrota. Muitas ve%es a luta é terr&vel/ a febre cresce de maneira inquietante/ atinge o máimo/ crises de eliminação por todas as vias poss&veis se produ%em também e animam a inquietação, ainda que essas irrupçes sejam da maior utilidade para as melhoras. Esse estado corresponde ao outono. G.[ = Enfim, de uma parte ou outra, torna$se vitoriosa a luta. )e é o princ&pio do mal que triunfa, a morte é o resultado. >os dois casos, o inverno/ mesmo no caso de cura, a febre caiu e uma lassidão de convalescença lhe sucede. # o inverno que prepara o novo ciclo de belas estaçes.
F!ura 8 D!ara"a $o% qua#ro #e"era"en#o%/ !n,.#!-o/ SanJ?neo/ K!'!o%o/ A#ra&!'!.r!o/ 8 doente está livre, e a primavera vai reflorir. )e a morte, porém, é triunfante, o novo ciclo recomeçará mais tarde. A morte abre as portas do desconhecido e da morte nascerá a vida para o princ&pio de um novo ciclo. Encontramos o ritmo quaternário nas quatro raças que povoam o mundo, porque a lei do ritmo e dos ciclos aos quais preside é a mesma tanto para as coletividades como para o indiv&duo. As quatro raças correspondem aos quatro estágios de evolução que já estudamos. A raça negra está ainda na inf2ncia e no desabrochar de sua força turbulenta e desregrada e é, para n5s, uma primavera que não pede senão reflorir, que espera a sua hora para tornar a encontrar as belas horas de suas long&nquas civili%açes etintas em um passado que nos parece fabuloso de tão remoto. A raça vermelha é o estio, a mocidade, um ardor tumultuoso que passou e que se etinguira rapidamente, se não receber seiva nova. A nossa raça branca é o outono, a maturidade, a pesquisa, ao mesmo tempo, da verdade filos5fica e do conforto material, como sucede !queles que sentem a velhice pr5ima. A raça amarela é a velhice, o inverno. *e% uso de todas as suas forças e, em uma velhice ainda verde, ela se sente decrescer e terminará por desaparecer, deiando$nos, entretanto, no -ibete, o germe da mais alta evolução. -omado isoladamente, cada povo, cada raça, segue igualmente o seu ritmo de evolução e esse ciclo tem quatro per&odos. 6rimeiramente, cada raça nasce e inspira$se na instrução que @m é dada pelos povos mais civili%ados, como a criança aprende a ler e conhece dificilmente as suas letras.
F!ura L8 D!ara"a $a% qua#ro ra)a%/ Ra)a nera/ 0 Ra)a 3er"e'(a/ 0 Ra)a &ran-a/ 0 Ra)a a"are'a/ (edo, porém, a raça se forma. Adapta !s suas necessidades pessoais aquilo que lhe foi ensinado por seus irmãos mais velhos. # a juventude. 9epois, a cultura se aperfeiçoa. A atividade se ritma e se epande. A raça floresce e espalha as obras$primas que é capa% de produ%ir. Enfim, lentamente descoroada de todas as suas energias, ela se enfraquece e morre. *alta assinalar ainda um ritmo de ordem superior e esse ritmo curioso toma a forma binária/ é o da atividade solar. Aos per&odos ativos do sol, as manchas que aparecem ! superf&cie desse astro são mais abundantes. 9urante esses per&odos, uma repercussão singular se opera sobre a terra. # o momento das guerras, das lutas, das revoluçes. 9epois de certo nmero de anos, as manchas do sol se enfraquecem, desmaiam e, por uma repercussão inversa, o mundo passa por um per&odo de pa% e desenvolvimento econ'mico e intelectual. Oualquer desses bosquejos de que damos eemplo deiam entrever que tudo na >ature%a está submetido a forças inteligentes. # esse um ponto muito importante e que o adepto não pode ignorar. 6or isso, acreditamos til considerarmos mais minuciosamente os principais ciclos e ritmos cujo conhecimento nos abre novas perspectivas a respeito da 0ida.
O% C!-'o% no Ser u"ano O r!#"o &!n.r!o en#re o% %ere% (u"ano% e na Na#ure4a/ 0 E%#u$o $e#a'(a$o $o% qua#ro #e"era"en#o%/ 0 O% #e"era"en#o% %9o e#aa% ,!;a$a% $e u"a e3o'u)9o/ 0 O '!n,.#!-o@ %eu% -ara-#er?%#!-o%/ Rere%en#a a !n,n-!a1 a r!"a3era/ 0 O %anJ?neo -orre%on$e 5 "o-!$a$e1 ao e%#!o/ 0 O &!'!o%o #e" o% -ara-#er?%#!-o% $o ou#ono e $a !$a$e "a$ura/ 0 O a#ra&!'!.r!o are%en#a %!na!% $a 3e'(!-e8 : a er,e!#a !"ae" $o !n3erno/ 0 De3e"o% -on%!$erar o #e"era"en#o -o"o u" e%#a$o $e $e%equ!'?&r!o que no% re$!%+e 5 $oen)a 0 Co"o %e o$e "o$!,!-ar o #e"era"en#o1 0 N9o (. %en9o u"a $oen)a8 o $e%equ!'?&r!o $e no%%a% ,or)a%/ 0 O que %e #o"a or "o':%#!a1 n9o : "a!% $o que o e%,or)o e"rea$o e'a Na#ure4a ara %e $e%e"&ara)ar $o "a'/ 0 O% $o!% "o$o% $e $e,e%a $o oran!%"o/ 0 u#a 3!o'en#a ou e%,or)o er"anen#e $e neu#ra'!4a)9o/ 0 O C!-'o que er-orre u"a $oen)a au$a/ 0 O% qua#ro #e"o%/ 0 O% qua#ro er?o$o% er-orr!$o% e'a% "o':%#!a% -rn!-a%/ 0 O r!#"o &!n.r!o na 'u#a en#re a B!$a e a Mor#e/ 0 E3o'u)9o $a "o':%#!a ara a -ura ou ara a "or#e/ 0 O% erro% $a "e$!-!na -'.%%!-a/ 0 Co"o : re-!%o -o"reen$er a 'u#a -on#ra a $oen)a/ ?etomemos o ritmo binário. Entre os seres humanos, é o da vig&lia e do sono, do trabalho e do repouso. >o trabalho org2nico, vemos o coração contrair$se e distender$se/ da& os movimentos de diástole e de s&stole. >ossos pulmes aspiram e epiram, tomando da atmosfera os elementos sãos e epelindo o gás impuro dos despojos da nossa combustão. >osso est'mago e todas as gl2ndulas do aparelho digestivo, ecitadas pela ingestão dos alimentos, segregam os sucos necessários ! função que presidem/ depois de cumprida a sua função, eles repousam. >a >ature%a, o ritmo binário preside também a todas as polari%açes. 8s dois seos, macho e f"mea, são a apar"ncia mais evidente dessas duas polaridades, positiva e negativa, que nos dão os lados direito e esquerdo, o dia e a noite, a lu% e a sombra, e essa dualidade se encontra por toda parte em que podemos imaginar uma força ativa e uma força passiva, um bem e um mal necessariamente relativos, porém, não eperimentamos menos, por isso, uma sensação de alegria ou de triste%a, de otimismo e de pessimismo, que repercutem no dom&nio sentimental sua leve%a ou seu peso sob a forma de alegria ou de des2nimo, de epansão ou de reserva. *reqNente como é o ritmo binário na >ature%a, não pode deiar de se encontrar no ser humano. # ele que dá ! pequena célula humana o seu movimento caracter&stico que o 9r. 7astão 9urville descreveu de maneira tão admirável na sua (ura >aturista< P( que caracteri$a a célula "i"a é o mo"imento ritmado que se produ$ no seu protoplasma esse mo"imento ritmado é criado e entretido pela ati"idade "ital desse pequeno corpo intracelular que é o n0cleo% / por ter um n0cleo que a célula tem nutrição! isto é! que ela aspira do e+terior para o seu interior os produtos que quer assimilar! e que re#eita para o e+terior os produtos dos despo#os de que não tem necessidade% A aspiração de uma parte e a repulsa de outra parte criam! no interior do protoplasma da célula! correntes regulares e r,tmicas% ;e a sa0de do n0cleo se perturba! o ritmo das correntes sofre alteração a aspiração e a eliminação não se fa$em mais ou se perturbam o equil,brio "ital se rompe e a morte sobre"émP. V6ág. FCW.
F!ura 8 A -ur3a $o% qua#ro #e"era"en#o%/
E%que"a#!4an$o=%e a %a7$e or u"a '!n(a (or!4on#a' e u" -!-'o $e 3!$a or u"a -ur3a1 -or#a$a or u"a re#a (or!4on#a'1 o$e"o% rere%en#ar o% qua#ro #e"era"en#o% or qua#ro on#o% %!#ua$o% %o&re a -ur3a@ $o!% e" -!"a1 na 4ona $a %uera#!3!$a$e o %anJ?neo e o &!'!o%oQ@ $o!% a&a!;o1 na 4ona $a %u&a#!3!$a$e o '!n,.#!-o e o a#ra&!'!.r!oQ/ As modificaçes desse ritmo são as causas, mais ou menos diretas, da sade e da moléstia, porém as nicas reais. 8 9r. 7astão 9urville eprime este fato na (ura >aturista, nos seguintes termos< P;e! em lugar de considerar uma célula! considerarmos um ser "i"o! humano! por e+emplo! encontraremos a mesma cad-ncia intracelular! e a "ida em con#unto do ser será constitu,da pela Garmonia entre todas as cad-ncias das células de que se comp.em% / porque e+iste uma estreita harmonia entre as correntes que entram e saem em cada célula! estreita harmonia entre o funcionamento de milh.es de células que nos comp.em! que a sa0de se conser"a em bom estado% ;e o ritmo interno se perturba! a doença aparece se as correntes que saem se desregram e saem mal! a colFnia celular se incrusta de produtos e+crement,cios! se auto'into+ica nos seus "enenos e corre para a desagregação e a morte%C K;e as correntes que entram se retardam! a colFnia celular! insuficientemente nutrida! enlanguesce e morre% aturista, página FCW. 8 9r. 6aulo (arton eprime também, claramente, o mesmo pensamento< P( estudo dos ritmos obser"ados em todas as manifestaç.es da nature$a condu$ a deduç.es de prática cl,nica e terap-utica da mais alta import7nciaP. Q Q Q >a série das relaçes quaternárias, retomamos com utilidade o ensino dos quatro temperamentos que, conhecidos pelos antigos hermetistas, reapareceram em nossos dias ! lu% da ci"ncia. (olocando$nos sob o nico ponto de vista fisiol5gico, achamos, como já temos dito< o linfático, o sangN&neo, o bilioso e o atrabiliário. 9i%emos sob o nico ponto de vista fisiol5gico, porque a lista dos temperamentos, sendo completa, seria necessário acrescentar o nervoso. -odavia, o estado do Pner"osoP, sendo, principalmente, o resultado de um desregramento das forças ps&quicas, depressão e superecitação, não poderia ser comparado aos outros temperamentos que estão estabelecidos sobre bases org2nicas. 6ode$se, como fe% o 9r. 7astão 9urville, na sua 1ura &aturista, representar os quatro temperamentos como inscritos sobre uma curva. )e essa curva representa o movimento ascendente e declinante, vemo$la partir do linfático, subir ao sangN&neo, descer para o bilioso, terminando a sua queda no atrabiliário. Essa forma de representação é ainda mais epl&cita se a curva é hori%ontalmente cortada por uma linha mediana que esquemati%ará a sade perfeita. >o esquema representado pela figura J, v"m$se, pois, dois temperamentos acima da linha ideal que representa a sade perfeita/ são o linfático e o atrabiliário. 9ois temperamentos aparecem acima desta mesma linha< o sangN&neo e o bilioso. ?esulta desta indicação que o linfático e o atrabiliário sofrem de uma subatividade de suas funçes, que lhes é prejudicial/ enquanto que os dois outros temperamentos, achando$se em estado de superatividade, sofrem por eagero do ritmo, por ecesso no mecanismo de suas funçes. Mas, podemos colocar mais longe as conseqN"ncias deste esquema< 8 ponto da curva que parte do linfático corresponde ! inf2ncia, ! subatividade por superabund2ncia de humores, pela permeabilidade para todas as influ"ncias eteriores. Essa parte da curva corresponde ! primavera, que sofre, !s ve%es, a superabund2ncia de seivas e de chuvas. Acima da linha da sade encontramos o sangN&nea. # o moço, é o verão em plena efervesc"ncia de suas paies, de seus sentimentos, de suas ambiçes e que imagina que o mundo é muito pequeno para ele.
Aquele peca pela superatividade e tende a queimar a vela pelas duas etremidades e não procura regular suas forças para despend"$las na idade das reali%açes. Ouanto ao bilioso, que vemos igualmente acima da linha da sade perfeita, governando demais as suas forças f&sicas, gasta, entretanto, ativamente, a sua personalidade ps&quica. Está também em superatividade, mas em superatividade racionada, afetando menos o dom&nio f&sico do que o dom&nio das idéias/ é a idade madura, o outono. Enfim, ultrapassando a linha da sade e descendo em subatividade, encontramos o atrabiliário, esgotado de força e cuja subatividade é estéril. 6or ser mais raro, este tipo de atrabiliário não é, entretanto, menos surpreendente. Esses quatro temperamentos podem, como dissemos, ser comparados !s quatro estaçes/ são etapas fiadas de uma revolução que nos é menos precisa que a vida humana ou que as estaçes do ano, porém, que não eistem menos. Aquele que, nesta eist"ncia, tem um temperamento bem caracteri%ado, se não fa% longos esforços, é fiado no seu temperamento pela duração da presente eist"ncia, e esta determinação vem de numerosos fatores, de sua hereditariedade, de seu atavismo e, sem dvida, das condiçes da eist"ncia que tem assumido do melhor modo poss&vel para a sua evolução definitiva. ?esumindo, diremos, pois, que o linfático representa a inf2ncia, a primavera/ que o sangN&neo corresponde ! juventude, ao estio/ que o biliário tem as caracter&sticas do outono e da idade madura/ e que o atrabiliário apresenta os sinais da velhice e do inverno. As correspond"ncias gerais nos sendo conhecidas, estudemos agora, de maneira mais precisa, cada um destes temperamentos. (omparando a nature%a pr5pria de cada tipo, veremos que a cor$respond"ncia se estabelece, mais e mais n&tida, entre estes temperamentos e os per&odos do ano e da vida. Q Q Q 8 linfático é, no f&sico, um ser de te% branca e pálida, a carne mole e a pele sem pigmento. )eus cabelos são frágeis e descorados. )eu andar é lento, seus gestos sem energia. Aparece$nos acabrunhado pela preguiça. A sua caligrafia é redonda, pouco firme e nem grande caráter/ as letras são geralmente espaçadas no interior das palavras. 6sicologicamente, o linfático é o homem descrito pela sua apar"ncia eterior/ é lento, t&mido diante das pessoas, medroso diante das idéias e falta$lhe a vontade e a decisão. Aborrece todo esforço, tanto o esforço cerebral como o f&sico e é inteiramente contrário ao reali%ador. (omo todos os t&midos, é influenciável e crédulo/ pertence !quele que lhe sugere não importa que idéia, boa ou má, que lhe poupa, assim, o trabalho de escolher uma direção. Em geral, os linfáticos t"m convicçes religiosas de uma forma sentimental, !s quais estão ligados desde a sua inf2ncia e que não tratam de mudar, a fim de evitarem o esforço de um eame cr&tico para o qual não nasceram. 9epois destes ensinos, é fácil ver que o linfático é feito ! imagem de uma criança da qual tem a fraque%a e a passividade. (omo a criança se arrasta fisicamente, a vontade do linfático se arrasta e espera o apoio de todos para se dirigir utilmente. >ão tem vontade, porém, como a criança, é capa% de manias e caprichos. -em uma boa nature%a, mas não parece despertado e podemos estar mesmo seguros que, se não fosse a preguiça, não cometeria nenhum mal. >ão obstante, se é pouco ativo, tem qualidades e a sua alma é acess&vel aos sentimentos e !s sensaçes. # benevolente e devotado, na medida restrita de suas forças. 8 sangN&neo é muito diferente. -em a te% colorida, a carne firme/ é musculoso e nervoso/ é a imagem da sade e, como todos aqueles que sentem possuir plenamente uma coisa, é tentado a abusar dela. 6or isso, não é econ'mico de suas forças. 6sicologicamente, é audacioso/ vai adiante nas empresas arriscadas. # ativo e acredita possuir bastante força para quebrar todos os obstáculos e remover montanhas. >ão desconfia de coisa alguma. -em confiança em sua boa estrela e, tanto em neg5cios como em amor, nunca duvida do sucesso. )e sofre algum obstáculo, tem a certe%a de que será passageiro e que chegará ao fim. # franco, epansivo, confiante nos outros e rápido em prestar serviços a todo mundo. # um criador e um organi%ador/ é também um amoroso, mas no sentido anti$plat'nico. Essa tend"ncia org2nica e essa forma de esp&rito fa%em do sangN&neo a correspond"ncia eata do verão de que ele tem todas as ard"ncias e todas as energias. >ele, a vida transborda como a euber2ncia quase selvagem do estio. ?espira a jovialidade e a alegria/ opera de todas as maneiras e acha as jornadas muito curtas. 8 estio, do mesmo modo, prolonga as horas de atividade/ é a época de curtas e claras noites em que a nature%a é tão bela e as horas tão deliciosas que se cede ao sono penosamente e com desgosto. 8 estio regurgita de flamas e de seivas/ acontece o mesmo com o sangN&neo que se sente transbordando de
sade moral e f&sica/ que não imagina que esta subida possa ter limites e que a velhice e a noite possam estender sobre ele o seu véu. # vermelho, luminoso como as flores, como tudo o que é epansão, flama, atividade. A sua alegria se espalha em torno/ irradia força/ como o sol generoso do estio, desejaria cintilar sobre todos. Q Q Q 8 bilioso, fisicamente, é magro, seco, muitas ve%es de talhe médio. -em a te% pálida e amarelada, indicando por isso a insufici"ncia muitas ve%es perigosa das funçes do f&gado. >ão tem a alegria que emana do sangN&neo. >o bilioso, a atividade é toda ps&quica/ parece que a terra vai faltar ao seu esforço e que deve apressar como se escutasse algum apelo misterioso. Essa atividade ultrapassa, muitas ve%es, as forças f&sicas daquele que tenta despend"$la. Então se estabelece o mais prejudicial desequil&brio. 8 bilioso é falho de forças f&sicas/ quer fa%er além daquilo que pode e essa desproporção entre a sua atividade f&sica e as suas forças materiais o tornam sombrio, pessimista, colérico, levado a ver tudo negro, como se todo o universo conspirasse contra ele. >ão tendo uma epansão de força suficiente para impor docemente sua vontade, torna$se frágil e autoritário/ é irasc&vel e melanc5lico. *a%$se amar raramente. A semelhança se impe entre o bilioso e o outono. A cor terrosa da pele é a das folhas sem seiva. As folhas caem molemente das árvores, como as iluses invadem o esp&rito do bilioso. As chuvas e os longos gemidos do vento espalham sobre a >ature%a uma espécie de consternação que encontramos no bilioso. Então, caminha s5, com os olhos fios na terra e é condu%ido ao pessimismo, ao des2nimo. >ão tem mais a força de encarar os obstáculos com confiança. >ão tem mais o esplendor do estio, o vigor f&sico do sangN&neo que olha todas as coisas alegremente e do alto. 8 vento do outono fa% estremecer as árvores e semeia a triste%a que vaga no 9ia dos Mortos. -al é o esp&rito do bilioso. 8s obstáculos e as contrariedades tomam para ele proporçes desmedidas/ as idéias, emoçes, triste%as e sensaçes, tudo o agita e o atormenta. *ica s5 na sua triste%a e foge a todos os pra%eres do mundo. )eu corpo magro e perdido nas vestimentas fa% pensar nestas árvores que o vento despojou e que parecem mortas. Q Q Q 8 atrabiliário é a imagem perfeita do inverno. # o seu espectro vivo. *isicamente, ele se parece com o bilioso do qual é o eagero. # dele que o 9r. 7astão 9urville di%, na sua (ura >aturista Vpág. DLHW< P/ o mais bai+o degrau da escada da degeneresc-ncia% ( atrabiliário tem a te$ terrosa e pl0mbea% / magro% / reconhecido! di$ ;tahl! por uma te$ escurecida e uma magre$a e+trema% ;ua pele é seca% ;eus gestos são estreitos e tr-mulos% =odas as suas funç.es são rela+adas não gosta do mo"imento e não pode mesmo fa$-'lo seu apetite é fraco! caprichosoP. 0emo$lo, nesta descrição, encarquilhado, ético, tendo o aspecto enrugado dos frutos da estação precedente, conservados em um celeiro. # seco de coração e de esp&rito, tanto quanto de corpo e seu rosto repele a simpatia. 6sicologicamente, como sob o ponto de vista f&sico, o atrabiliário é a eageração do bilioso. 8 bilioso eagera os obstáculos/ o atrabiliário não v" senão obstáculos, não v" nos outros senão defeitos e más tend"ncia !s quais todo mundo está sujeito. >ão encontra qualidades nem virtudes em ninguém e, nas açes mais espont2neas, procura o traço do cálculo. Essa forma de pensamento o torna instável ao etremo nas suas tristes ami%ades e nas suas vãs ambiçes. @ma idéia lhe agrada durante rápido momento/ encontra nela tantas dificuldades que não sente as vantagens e recua diante da possibilidade do esforço a empregar. *ica isolado, preso aos seus negros humores que se agravam ainda mais nesse isolamento. # ego&sta e bi%arro porque imagina que todo mundo vive preocupado em lhe causar desgosto. >ão é de sua época, nem pode ser/ a alegria dos outros o aborrece e lhe parece sempre grosseira/ o sol lhe fa% medo como !s aves noturnas. 0emos no atrabiliário a correspond"ncia com o inverno. (omo a estação fria, é avaro de belos dias e de raios luminosos. *eli% se pode, como o lavrador previdente, enriquecer esta estação triste de provises do ano anterior. *eli% aquele que, triste e frio por compleição, sabe ao menos interessar$se pelos estudos e pelas idéias, aproveitando a sua solicitude para procurar o caminho que condu% ! u%. 8 inverno, compreendido desta maneira, é a gestação do ano novo/ termina em claridade.
atrabiliário o é um "elho% 8 9r. 7astão 9urville di% ainda deste temperamento< P?m #o"em atrabiliári =em dele todos os aspectos e todas as caracter,sti caracter,sticas cas anatFmicas anatFmicas profundas profundas como o "elho! tem os seus órgãos impermeá"eis! esclerosos poder'se'ia di$er! com 9acon! que o seu corpo sofre a incrustação incrustação terrosa terrosa que o recondu$ recondu$ para a terra% Está su#eito su#eito a todas as decrepitudes decrepitudes é inapto a procriar% A sua "ida é lamentá"el! in0til e curtaP. V(ura >aturista, pág. DLHW.
Q Q Q Esta Esta situ situaç ação ão seri seria a inqu inquie ieta tant nte e se não não foss fosse e poss poss&v &vel el reag reagir ir cont contra ra o noss nosso o temperamento e se dev"ssemos submet"$lo durante todos os anos que nos é dado viver neste mundo. *eli%mente, se devemos considerar cada temperamento temperamento como um estado mais mais ou menos durável de um desequil&brio, não o devemos ver senão como um fundo hereditário que nos predispe a tal ou tal categoria de fen'menos, sem nos constranger, todavia, com o rigor de uma lei. 8 temperamento nos deve aparecer como uma predisposição doentia que corresponde não somente aos nossos pr5prios desvios de regime e de conduta, porém, mais ainda, !s faltas que foram cometidas pelos nossos ascendentes e que nos foram transmitidas com o seu sangue. 9e erros em em erros, o homem está afastado da >ature%a/ abre a porta a todos os desequil&brios pela má direção que imp's imp's ! sua sua vida. vida. 6rimeirame 6rimeiramente, nte, no ancestral ancestral em quem a sade começ começou ou a enfraquece enfraquecer, r, a intoicação aparece, benigna muitas ve%es, a menos que não tenha tomado cuidado/ porém a higiene defeituosa não cessou por isso/ do contrário, o luo e o bem$estar cresceram na fam&lia, a& criando nova novass nece necess ssid idade ades/ s/ o que que era era into intoi icaç cação ão pass passag agei eira ra passo passou u a ser ser tara tara trans transmi miss ss&v &vel el aos aos descendentes. E esta tara que herdamos herdamos que constitui constitui o temperamento e que dá ! nossa pessoa e aos nossos pensamentos todas as formas e tend"ncias que descrevemos. 8 9r. 9r. 7ast 7astão ão 9urv 9urvilille le di%, di%, a esse esse resp respei eito to,, em sua sua (ura (ura >atu >aturi rist sta, a, e muit muito o me aparece nitidamente como sendo a conseqJ-ncia judiciosamente< P1ada um dos temperamentos me da "ida "ida antina antinatur tural al entre entre os ascende ascendentes ntes contém contém as suas suas taras taras sob a forma forma de predis predispos posiç. iç.es es doentias contém um mundo especial de defesa! um modo d e adaptação contra essas tarasP. 8 temperamento é, pois, posto que inato, uma coisa anormal que deve ser disciplinada e combatida/ devemos considerá$lo como uma predisposição doentia e nos esforçamos por diminuir os seus efeitos. 8 9r. 7astão 9urville acrescenta na obra já citada< temperamento! pelo fato de ser um modo de resist-ncia resist-ncia * P( temperamento! enfermidade enfermidade e um terreno terreno predisposto predisposto a certa "ariedade "ariedade de misérias! misérias! é por si mesmo! uma "erdadeira "erdadeira doença% Porque a doença de"e ser considerada considerada como um esforço que tenta a nature$a para restabelecer restabelecer o seu equil,brio equil,brio perturbado% ( temperamento é o terreno org7nico sobre o qual e"olucionam todas as nossas moléstias é dele que depende a nossa resist-ncia para os micróbios! micróbios! é ele que Indica! antecipadam antecipadamente! ente! quais os órgãos que de"em estar doentes doentes antes de outros! é ele que edifica os traços gerais da nossa V(ura a menta mentalilida dade de e marc marca a a duraç duração ão apro+ apro+im imat ati" i"a a da noss nossa a "ida "idaP. V(ur >aturista, pág. CHW.
#, pois, necessário combater o temperamento e temos possibilidades para isso. 6odemo 6odemoss sempre sempre vir a ser menos menos nervosos nervosos pela cultur cultura a da nossa nossa personal personalida idade de ps&quica. >o que concerne aos quatro temperamentos constitu&dos sobre base org2nica Vlinfática, sangN&nea, biliosa e atrabiliáriaW podemos sempre melhorá$los, curar ao menos parcialmente o que há de defeituoso nas suas tend"ncias, por meio de um regime apropriado. # um fato que não poderia ser posto em dvida. Em nosso 1urso de 3agnetismo Pessoal indicamos indicamos a linha de conduta que cada um deve seguir, tanto sob o ponto de vista ps&quico, como sob o ponto de vista org2nico. ;ndicamos essa obra aos nossos leitores que estão desejosos de mais amplos detalhes a respeito. >a sua 1ura &aturista, o 9r. 7astão 9urville retomou a questão sob outro ponto de vista e chegou aos mesmos resultados/ indica cuidados e um regime para combater cada temperamento, reformar as suas predisposiçes e, por esse meio, chegar ao equil&brio, sem o qual não há sade durável. Q
Q Q >o que se refere ! doença, a medicina ps&quica = do mesmo modo que a medicina naturista = não admite senão uma nica doença, que é o desequil&brio das forças. 6ara as doenças nervosas, isto toma a evid"ncia de um aioma, porém, veremos que essa concepção se aplica também !s moléstias de origem org2nica. )ob o ponto de vista nervoso, podemos encontrar$nos com uma superabund2ncia de forças que condu% ! irritabilidade dos nervos, uma instabil instabilida idade de de caráter caráter que agitam agitam e perturb perturbam am as funçe funçess e idéias idéias.. Essa Essa ecita ecitabil bilida idade de nervosa é uma perturbação que é poss&vel apa%iguar, restabelecendo o equil&brio. ;nversamente, os nervos podem sofrer um desperd&cio de força/ então, o ser é um deprimido, não tem gosto para coisa alguma e se deia abater ao menor choque que lhe chega. # neurast"nico e se abandona !s idéias negras/ esgota em sombrias quimeras o pouco vigor que lhe resta e, quando se resolve a tomar uma deliberação, falta$lhe a vontade e a energia, ficando inapto a toda ação seguida. (olocando$nos sob o ponto de vista org2nico, chegamos a um resultado semelhante. 6arece que a sade é devida ao equil&brio de duas forças adversas, uma ativa, outra passiva/ uma ocupação na construção e na fomentação da vida, a outra em sua destruição, ambas baseando$se sobre os nossos fatos e gestos. Ap5s um mau regime, faltas alimentares e outras, provenientes da ignor2ncia das leis naturais e de uma estafa intensa, chegamos a um momento em que os 5rgãos cansados em ecesso se recusam a preencher preencher o seu papel/ a nutrição nutrição se relaa, relaa, as eliminaçes eliminaçes são perturbadas, perturbadas, os res&duos res&duos ficam nos nossos 5rgãos e os entorpecem. )ob o ponto de vista do funcionamento de seus 5rgãos, o ser humano pode ser comparado a uma caldeira. 9o mesmo modo que a caldeira, tem necessidade de alimentos que fa%em o papel do carvão/ tem necessidade de ar para que o combust&vel queime utilmente e d" o rendimento de calorias que nos são necessárias. )e o corpo humano, porém, tem necessidade de combust&vel, é$lhe preciso, como ! caldeira, uma quantidade determinada, passada a qual, o ecesso é mais nocivo do que til. # preciso deiar lugar ao ar, por cuja falta a caldeira não pua mais/ é preciso também desembaraçá$la pu+ar P convenientemente, a máquina humana tem das cin%as e esc5rias. 9o mesmo modo, para P pu+ar necessidade de alimentos judiciosamente escolhidos e de ar puro. A escolha dos alimentos é de grande import2ncia/ a sua limitação o é mais ainda. # igualmente necessário que o aparelho humano seja regularmente desembaraçado de res&duos, cuja acumulação prejudicaria o seu rendimento. -odo ecesso na alimentação, todo alimento suscet&vel de criar uma superecitação intil Válcool, açcar, carneW causa uma estafa, criando a intoicação. 8s res&duos não rejeitados, por outro motivo, intoicam igualmente/ criam no corpo toinas que condu%em aos perigos mais sérios. 8 ser, ser, mal mal ou muit muito o nutr nutrid ido, o, super supere eci citad tado o e into intoi icad cado, o, torna$ torna$se se um camp campo o de eperi"ncias, um verdadeiro caldo de cultura onde os micr5bios se desenvolvem em breve e ! vontad vontade. e. 8 intoic intoicado ado torna$s torna$se e presa presa indica indicada da pelo pelo micr5b micr5bio io de qualqu qualquer er doença doença ao primei primeiro ro encontro. (ons (onsid ider erad ada a assi assim, m, a doen doença ça,, seja seja nerv nervos osa a ou org2 org2ni nica ca,, apar aparec ece$ e$no noss como como conseqN"ncia de nossas faltas, condu%a um outro nome, seja reumatismo, gota, neurastenia ou tenha qualquer outra etiqueta, não é mais do que uma resultante, do que uma forma da nica moléstia que eiste< desarmonia, falta cometida para com as leis vitais. # o que o 9r. (arton eprime neste termos< P;ob o ponto de "ista patog-nico! isto é! original! a doença é sempre sempre a conclusão conclusão de faltas cometidas cometidas na circulação circulação das energias energias "itais atra"és atra"és do organismo% organismo% Aparece como a sanção das infraç.es cometidas cometidas contra as leis naturais.P V-ratado de Medicina >aturistaW. E isto é muito justo. 8 organismo, porém, não vence sem combater essa decad"ncia/ tenta lutar e eliminar a causa desse desequil&brio que o fa% sofrer/ procura desembaraçar$se dos produtos t5icos, capturar e encerrar em um ponto do corpo as col'nias microbianas. 9esse combate resulta uma febre, ! qual o médico dá um nome especial segundo o 5rgão em que se manifesta. Além desta luta direta contra os agentes patog"nicos, são feitas tentativas de todas as espécies pelo organismo doente para eliminar o que envenena, e da& os suores ecessivos, as urinas turvas, as diarréias abundantes. Q Q Q 8 que se toma por moléstias não é mais do que o esforço feito pela >ature%a para se desembaraçar do mal. A doença é devida ao enfraquecimento de nossos 5rgãos, ao relaamento de nossas forças vitais e nas eliminaçes que ela provoca, na pr5pria dor que atrai a nossa atenção sobre os 5rgãos ameaçados, a doença é um meio de defesa posto em obra pela >ature%a para
restaurar o nosso equil&brio. # um trabalho til do organismo e, como tal, é, em si mesmo, um sinal feli%, pois tende a reparar as rudes faltas que cometemos por ignor2ncia. Assim, di%, com muito acerto, o 9r. (arton< P;ob o ponto de "ista cl,nico! cl,nico! isto é! essencial! essencial! a doença não é realmente mais do que a tradução de um trabalho interior de neutrali$ação e de dese desemb mbara araço ço de tó+i tó+ico cos! s! que que o orga organi nism smo o efet efetua ua!! com com o fim fim de cons conser er"a "açã ção o e de reno reno"a "açã ção% o% Em outr outros os term termos os!! a molés olésti tia a é um "encimento "encimento de pra$o e não um acidente% )emais! )emais! ela e+prime e+prime um esforço de purificação e de preser"ação e não um trabalho de destruição da sa0de.P Q Q Q Estu Estude demo moss o proc proces esso so m5rb m5rbid ido, o, a fim fim de esta estarm rmos os apto aptoss a segu segui$ i$lo lo e de nos nos desembaraçarm desembaraçarmos os da doença doença que que eerce eerce devastaçes devastaçes no organismo. organismo. 8 organismo organismo tira, tira, das das suas pr5prias forças, maneiras especiais para essa eliminação. 8 prim primeir eiro o modo modo de elim elimin inaç ação, ão, de defes defesa, a, é um modo modo rápi rápido do.. As pert pertur urbaç baçe ess produ% produ%ida idass no equil&br equil&brio io são pronta prontass e violentas violentas.. ?esulta ?esulta da& da& uma doença doença aguda aguda que causa causa desordens desordens de gravidade gravidade imediatame imediatamente nte aparente aparente e que eigem enérgica enérgica intervenção. intervenção. >o primeiro primeiro momento, momento, a luta se desenha. desenha. Em qualquer qualquer ponto ponto do corpo que a moléstia moléstia se declare, declare, o combate combate é logo violento violento e decisivo. Em conseqN"ncia disso, manifesta$se uma febre muito muito forte, além de uma temperatura temperatura e del&ri del&rio o nas organi%açes organi%açes que a isso isso estão sujeitas. sujeitas. )eguem$se )eguem$se também também ativas ativas eliminaçes. )e a doença segue um curso normal, em um tempo tempo bastante limitado, o doente está fora de perigo. 9epois de uma convalescença, convalescença, algumas algumas ve%es ve%es muito muito longa, adquirirá de novo sade aparente até que novas faltas desencadeiem no seu organismo uma nova crise. *eli% aquele que, aproveitando a lição, volta a uma linha de conduta que não deveria deiar maisY 8 mal, fortemente enrai%ado, não pode ser vencido/ passou ao estado cr'nico. 6or mais atenuado que pareça, não deve preocupar menos. A >ature%a o sabe e continua a luta/ porém, essa luta difere de aspecto. >ão é mais o violento esforço que verificamos na $moléstia aguda, de evolução rápida/ rápida/ aqui, na moléstia cr'nica, cr'nica, há esforço esforço constante constante de neutrali%ação neutrali%ação.. -al é o caso, por eemplo, do reumatismo que deforma. A moléstia vem de longa data e não apresenta perigo aparente/ é entretanto caracter&stica da fraque%a dos meios de defesa do organismo, de insufici"ncia dos filtros de eliminação em face de uma intoicação entretida ininterruptamente. Ouer seja uma doença aguda ou cr'nica, produ%em$se, nos dois casos, no processo m5rbido, quatro fases de desenvolvimento, quatro tempos que manifestam ainda o ritmo, o ciclo que é a lei do @niverso. Q Q Q 0ejamos primeiramente, em detalhe, o ciclo que percorre uma doença aguda. 6odemos seguir facilmente a evolução da crise que nos inspirou o esquema da fig. \, que publicamos mais adiante. A linha hori%ontal é a linha da sade da qual não nos dever&amos afastar. # por nossa pr5pria falta, porém, que deiamos esse agradável caminho e que condu%imos a nossa sade !s mais perigosas aventuras. >a linha linha a estudar estudar,, vamos vamos reconh reconhece ecerr logo logo as quatro quatro fases que nos aparecera apareceram m igualmente na direção e evolução de nossa vida e nas estaçes do ano. D.[ tempo. = 9ia a dia, em conseqN"ncia das faltas que comete e de seu afastamento costumeiro das leis da >ature%a, o ser deia a senda normal/ entrega$se a um esgotamento ecessivo, a uma alimentação superabundante e prejudicial/ não dispensa ao corpo os cuidados que lhe são necessários para ser o colaborador submisso e harmonioso da vontade. ?esultam da& diversas pequenas indisposiçes que não impressionam aquele que as sofre, principalmente quando está em pleno per&odo de atividade. )egundo o temperamento, sente$se predisposto, pelo fato dessas indisposiçes despercebidas, !s doenças que lhe são pr5prias/ cada dia de má higiene e esgotamento intenso enfraquece o terreno e o predispe ! invasão do inimigo. Entre Entretan tanto to,, não esta estamo moss doen doente tes/ s/ somo somoss capa capa%e %ess aind ainda a de eer eerce cerr as noss nossas as ocupaçes, porém, apesar de termos a apar"ncia eterior de sade, sentimos já, daqui e dali, certas pequenas perturbaçes, inc'modos, indisposiçes, fadigas e lentidão. # a fase preparat5ria preparat5ria da moléstia. )ão os pr5dromos pr5dromos do mal, as primeiras advert"ncias advert"ncias que o organismo nos dá e que não sabemos eecutar.
.[ tempo. = @m dia, quando o terreno está suficientemente preparado para as lentas e traiçoeiras infiltraçes do inimigo, quando se acha, ! sua vontade, em um estado de enfraquecimento prop&cio a todos os males, um acontecimento inesperado se produ%. # como um aviso mais sério que nos fa% o pr5prio organismo. # obrigado, esse organismo vigilante, a intensificar a luta que ele vem dirigindo até aqui, tão obscuramente. As faltas cometidas sem um momento de tréguas facilitaram ao inimigo, que ganha terreno cada dia. # preciso impedir esse progresso e repelir o assaltante. 9á$se uma primeira escaramuça. Ela nos obriga a ficar de cama alguns dias ou nos dá sob outra forma Vhemorragia, diarréia, dores de cabeça intoleráveis, etc. etc.W um aviso tão forte, que somos obrigados a chamar o médico. 1ruscamente, de um nico salto, encontramo$nos afastados da linha da sade. )e o médico pergunta o motivo, isto é, qual o ecesso cometido para chegar a tal estado, o doente responde com toda a sinceridade que nada fe% de etraordinário e que aquilo veio na tranqNila vida corrente. # que a tranqNila vida diária causou a doença pela pr5pria const2ncia no mau caminho. Entretanto, o afastamento da linha de sade se fa% mais pronto e mais violento. A febre assume, de repente, uma grande viol"ncia/ a temperatura se eleva de maneira inquietante, acidentes graves se manifestam e tanto mais violentos e alarmantes, quanto mais fechamos os olhos para não os ver chegar. # o segundo tempo da moléstia, a crise, a febre terr&vel. 6ouco importa o nome com que o médico a bati%ará mais tarde. Ela não provém senão de um fato< de faltas que cometemos, as quais, enfraquecendo o nosso terreno org2nico e nossos elementos de defesa, abriram toda a grande porta aos invasores. Então os elementos patog"nicos t"m belo campo de epansão. 8s micr5bios encontram um meio prop&cio e vão pulular ! vontade. !n(a $a %a7$e
F!ura 8 E%que"a $e u"a $oen)a au$a e3o'3en$o ara a -ura A evolução de uma doença aguda é feita em .G per&odos< DW 6er&odo de incubação. = FW 6er&odo de invasão. = FW 6er&odo de estado. = GW 6er&odo final. = Em nosso esquema, esse per&odo final condu% o doente ! sade, mas duas outras conseqN"ncias podem ser verificadas< ou a passagem da doença ao estado cr'nico, ou a morte do doente. F.[ tempo. = A doença se fia/ o per&odo de febre era também o per&odo de incubação. 8 mal eistia, porém não elegera completamente o domic&lio em lugar determinado. Agora, escolheu o seu lugar e a doença passa ao seu per&odo de estado. 8 médico, mesmo se não a curou, terá o consolo de a poder bati%ar. G.[ tempo. = Enfim, depois de um tempo variável, o per&odo de estado cessa e a linha do nosso esquema, que fora tão bruscamente afastada da linha da sade, começa a se aproimar dela. 8 doente está vitorioso/ a febre o deia/ é o arrefecimento, o restabelecimento que está pr5imo, a menos que o abaiamento de temperatura não condu%a o doente a uma calma maior e definitiva< a morte. Essa evolução das moléstias infecciosas em quatro etapas não passou despercebida a todos os esculápios modernos. # assim que o 6rofessor 7. +. ?oger di%, na sua ;ntrodução ao Estudo da Medicina< P/ uso admitir! na e"olução das infecç.es! quatro per,odosCB A incubação! que corresponde ao desen"ol"imento do agente patog-nicoC A in"asão! que indica o começo da reação do organismoC ( per,odo de estado! durante o qual a moléstia fica estacionaria! não apresentando senão algumas oscilaç.es! mais ou menos notadas! de a gra"ação ou melhoraC K( per,odo final! caracteri$ado se#a pela agra"ação e a morte! se#a pelo decréscimo e a cura! se#a pela passagem ao estado crFnicoP.
Q Q Q Ainda que os per&odos sejam menos nitidamente vis&veis nas moléstias cr'nicas do que nas agudas, é, entretanto, poss&vel discerni$los. 8 primeiro per&odo é o da preparação. As faltas são, de longa data, cometidas contra a higiene salutar. A mais pesada falta e que passa despercebida, é talve% a super$alimentação, ! qual são devidos em grande parte não somente o reumatismo e a gota, como também a tuberculose/ vem, em seguida, o uso constante dos produtos t5icos como a carne, o álcool e o açcar industrial, aos quais o doente deve a ação de se porém em subatividade as suas defesas org2nicas. # assim que o terreno se prepara e que estamos prestes a sofrer, de um dia para outro, os violentos ataques do malQ. >o segundo per&odo, os impulsos da moléstia são primeiramente leves e largamente espaçados. )ão as doenças que parecem sem import2ncia/ não se lhes presta atenção. A crise não é instant2nea. 8 doente tem recursos em algumas drogas que acalmam o mal. Este mal, porém, não é curado assim. # dissimulado, prestes a reaparecer ao menor descuido. 8 doente se contenta com essa vit5ria ilus5ria que tem por efeito prender o lobo no aprisco/ volta aos seus mesmos processos, supondo t"$los abandonado/ a sua higiene é sempre pouco racional e sua nutrição não cessa de ser superabundante e ecessiva. 6repara$se para novas crises que não se farão esperar. 8 remédio que acalmou a dor não fa% desaparecer a causa do mal e uma nova investida muito mais aguda e mais prolongada se produ%irá de um dia para outro. # o terceiro per&odo na evolução do mal. Então, a pr5pria vida pode ficar em perigo. 8cupam$se desta ve% do estado geral porque a inquietação também é despertada e há preocupação em saber se o doente triunfará da doença que o oprime. # a fase de paroismo. A luta suprema se estabelece entre o paciente e os elementos nocivos de que se sente envenenado. +á, nessa luta de todos os instantes, angstias que fa%em suspeitar uma agonia. >essa áspera batalha, o doente perde pouco a pouco a confiança, ! medida que sente declinar suas forças/ chega a pensar que a sua hora derradeira é chegada, A& começa a quarta fase da moléstia. Ouem será vitorioso nesse combateS )e é o organismo, um encadeamento para a cura não tarda a se produ%ir. Esta cura, penosamente esperada, será da duração que lhe imporá o doente por mudança de regime.
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III
Desenvolvemos esta tese em nosso Curso de Magnetismo Pessoal (5ª edição), que Indicamos ao leitor para estudo mais detalhado.
II IB F!ura 8 O -!-'o $e u"a $oen)a/ IQ Per?o$o reara#2r!o/ 0 IIQ A $oen)a %e $e-'ara/ 0 IIIQ Fa%e $e aro;!%"o/ 0 IBQ Bo'#a 5 %a7$e/ )e regressa aos seus antigos erros, não terá feito mais que recuar para saltar melhor. Essa hora em que o doente eperimenta ainda a sensação muito pr5ima da dor a custo acalmada é aquela que convém para lhe fa%er compreender qual é o seu verdadeiro interesse na direção da vida. )e as forças já estão bastante gastas para não apresentarem a resist"ncia necessária, se o homem se encontra mais fraco que o mal para o qual tão cegamente preparou os caminhos de acesso no seu organismo, se o médico vem ainda, sob a forma de medicamentos, dar a esse organismo contaminado t5icos que não poderá eliminar, é a morte. Q Q Q >o curso desse quarto per&odo, o organismo do doente é a sede de uma luta intensa. >ele se dá um assalto das forças conservadoras da vida contra os elementos nefastos e esgotantes. 8 organismo, tendo concentrado todas as suas energias, abre a luta, fa% um esforço desesperado para eliminar tudo aquilo que o oprime. 9ado esse esforço, o organismo toma a atitude necessária para reunir novas forças que lhe servirão para um novo assalto, ao qual sucederá um tempo de parada. 6ortanto, encontramos de novo, aqui, nessa luta entre a vida a morte, o ritmo binário. Ouer o doente caminhe para a cura ou para a morte, não o fa% seguindo uma linha reta. A subida ou a descida verificar$se$á por saltos, por oscilaçes. # o que mostram os dois esquemas das figuras DL e DD. 8 primeiro é o da moléstia cr'nica operando para a cura. 8 segundo é o da moléstia cr'nica caminhando para a morte. >os dois casos, a evolução se fa% sob uma forma r&tmica. A >ature%a luta e repousa para refa%er um novo esforço. >o primeiro caso, as defesas org2nicas do doente são mais fortes que o mal e, de salto em salto, de crises em crises, o doente regressa lentamente ! linha da sade.
F!ura 8 Doen)a -rn!-a e3o'3en$o ara a -ura/ Ca$a -r!%e : u" e%,or)o que o oran!%"o ,a4 ara %e $e%e"&ara)ar $o que er#ur&a a% %ua% ,un)+e%/
>o seu esforço de neutrali%ação, o organismo rene e circunda os produtos t5icos, criando assim abscessos, flegmes etc., que são os meios de defesa/ elimina por todas as vias que se lhe oferecem, dando lugar a diarréias profusas, hemorragias abundantes, suores freqNentes, urinas turvas e fétidas, todos os sinais feli%es em si mesmos, pois que são modos de eliminação. >o segundo caso, as energias do doente estão sempre abaio de sua tarefa. Apesar dos esforços que irão enfraquecendo de saltos em saltos, menores e mais distantes, o doente se encaminha para a morte. Q Q Q Acontece, muitas ve%es, que o médico, ignorante dessas leis do ritmo e não encarando a doença sob o seu verdadeiro aspecto, não procura conhecer o estado profundo do organismo e se contenta em obviar ! crise que vai imediatamente sob os seus sentidos. 6rocura somente acalmar a febre e afastar as evacuaçes que lhe parecem muito abundantes. # um erro capital que o médico naturista não se permitiria absolutamente.
F!ura 8 Doen)a -rn!-a e3o'3en$o ara a "or#e/ Ae%ar $o% e%,or)o% $o oran!%"o1 que 39o1 a'!.%1 %e en,raque-en$o1 $e %a'#o% e" %a'#o% "enore%1 o $oen#e -a"!n(a ara a "or#e/ 9epois do primeiro esforço, o organismo alquebrado toma algum repouso e essa depressão é notada pela curva descendente, porém as eliminaçes que são produ%idas em uma nature%a ainda resistente causaram melhora sens&vel. A curva não desce tão baio como o ponto de onde partiu. A luta retoma maior intensidade, produ%em$se novas eliminaçes/ o doente, cujos 5rgãos se isentam, se aproima sempre mais do equil&brio, fora do qual não eiste a sade. >ova descida, por lassidão consecutiva, ao esforço dado/ depois, nova subida. Mas, de luta em luta, de esforços em esforços, de eliminaçes em eliminaçes, o doente vem a ter uma liberdade completa/ a sade é vitoriosa, a calma é restabelecida. 8 paciente torna a encontrar todas as suas forças, toda a vitalidade de seu corpo/ está curado. >ão há dvida que é porque a medicina ordinária dá medicamentos que apa%igem a dor = que as lutas entre a moléstia e a sade se tornam menos vis&veis. Administrando um calmante, a moléstia cr'nica não é repelida por isso, porém dissimulada pelo efeito do remédio/ ela continua a sua obra traiçoeira ao abrigo da medicação. 8 doente, sentindo o seu mal contido, continua os seus erros que deverá pagar mais tarde. # certo que, limitando$se a acalmar a dor, a medicina ordinária criou para o doente o maior preju&%o. Esse erro terap"utico não escapa aos médicos naturistas. # assim que o 9r. 7aston 9urville di% na sua (uro >aturista< PPor que se ignora esse ensinamento! a meu "er! capitalD Porque a medicina ordinária falsifica ela falsifica! engana desde que o doente sofre! para acalmar a sua dor ela adultera desde que a temperatura se ele"a e! fa$endo isto! afasta as reaç.es do organismo quando um sintoma aparece! ela o combate! sem se perguntar se esse mesmo sintoma não é um esforço que fa$ a nature$a para se desembaraçar da moléstia firma um ec$ema! acaba uma diarréia! afasta uma hemorragia uterina ou hemorroidal! sem se inquietar se esse ec$ema! essas hemorragias eram
uma "ál"ula pela qual o organismo elimina"a um reser"atório transbordante e re#eita"a "enenos assim ela agra"a o en"enenamento do organismo e perturba! sem se aperceber! o ritmo reacional pelo qual o organismo procura defender contra o mal% ( doente! satisfeito por "er desaparecer que! para ele! constitu,a todo o mal! re#ubila'se pelo seu desaparecimento! ignorando que corre para no"as desgraças% Porém! feli$mente para o ser! a boa &ature$a é geralmente mais forte que a arte do médico o acesso salutar da febre que se acredita"a refreada reprodu$'se algumas horas depois a doença da pele ou da mucosa! que se tinha fechado! reabre'se o organismo! pri"ado de sua "ál"ula hemorroidal pelo bisturi do cirurgião! cria um engorgitamento nasal a mulher pri"ada do 0tero que sangra"a! "aparecer! em troca! hemorragias anais suplementares% Assim! o organismo! não somente tem a lutar contra a doença que o assalta! mas ainda contra a terap-utica moderna que "em perturbar o esforço pelo qual ele pretende defender'se. Ueli$mente! di$ o )r% Encausse! a moléstia é! de ordinário! mais inteligente que o médico e o doente cura'se do mesmo modo tão poderosa é a tend-ncia pela qual a força de "ida resiste aos agentes de morteYP V6ágs. GL$GDW.
Q Q Q (ertamente, muitas ve%es, o médico toma por uma agravação o que não é senão o resultado da luta do organismo contra os produtos t5icos. 8 que é preciso é não obstruir de produtos farmac"uticos um organismo já muito intoicado/ o que é preciso é, ao contrário, auiliar a >ature%a na batalha a que ela se entrega e dar$lhe forças vivas que lhe permitirão alcançar a vit5ria. # o que fa%em o médico, o naturista, o magneti%ador, o psiquista. # certo que, mesmo no apogeu da batalha, é preciso nunca abandonar a partida, é preciso escutar o provérbio comum que di%< PEnquanto há "ida! há esperançaP. )e o magneti%ador intervém, mesmo no per&odo de maior depressão, pode, entretanto, dar um impulso poderoso, infundir diretamente no corpo alquebrado novas energias que igualarão as probabilidades da luta. Muitas ve%es, por esse impulso, por uma força natural e viva que emana de sua pessoa, o iniciado chega a curar o doente abandonado pelos médicos que julgam o seu estado inteiramente desesperador. *i%emos alusão a essas curas na nossa obra< Voici Ia 2umi>re, e no curso do presente trabalho, no cap&tulo que consagramos ! força vital, citaremos, a t&tulo de eemplo, dois fatos pessoais. 9e toda maneira, o magneti%ador pode ser til ao doente mais enfraquecido, porque lhe é poss&vel prolongar a vida, e, por conseqN"ncia, as probabilidades de cura. 6ode acalmar a dor sem a ingestão de remédios muitas ve%es piores do que o mal. E, por isso, não é necessário o sono, nem a sugestão. # um ponto de grande import2ncia ao qual voltaremos com mais amplos detalhes.
O% C!-'o% na% Co'e#!3!$a$e% Do "e%"o "o$o que o oran!%"o (u"ano1 a% -o'e#!3!$a$e% #os nossos dias, a raça vermelha é ainda, posto que menos numerosa relativamente ! imensidade do continente onde ela se manifesta, bastante importante e viva% para fa%er supor que ela evolucionará em um sentido que lhe será pessoal e que, talve%, não se assemelhará em coisa alguma ao que tenham deiado os seus ancestrais. Q Q Q A raça branca parece ter dado a sua plena e soberba floração. >ão está ainda afastada do ponto culminante, mas parece certo que ultrapassou a época florescente do estio. 7eraçes nos precederam que povoaram a Europa de primores de arte e que espalharam no mundo inteiro idéias inteiramente novas de fraternidade e liberdade. 8s pensadores e fil5sofos, tanto na 4ndia ariana como na :udéia sem&tica ou na 6érsia e na Europa = deiaram$nos civili%açes e religies maravilhosas e, mais recentemente, a 7récia antiga deiou a todo o universo o modelo da bele%a perfeita, do corpo humano considerado como um ritmo superior, tão puro e tão belo que os pr5prios deuses não hesitavam em vir animá$lo e consentiam em se mostrar através deles. 9epois, quando ?oma imp's a sua lei de ferro sobre todos os povos conhecidos, um pensamento novo, uma religião sobre$humana na sua bondade e clem"ncia, aproima os povos e nos dá a maravilhosa floração do pensamento cristão, latino ou grego, do pensamento criador ao qual devemos tantos palácios e catedrais que formam uma floresta de pedra tão recortada como uma folhagem sob o céu delicadamente colorido dos nossos pa&ses do >orte. Essa raça teve os seus fil5sofos que se mergulharam nos problemas mais árduos da alma e da vida. )ão muito numerosos, desde 6itágoras até aqueles com os quais nos acotovelamos em nossos dias, para que os possamos citar. A raça branca deu também a sua medida no dom&nio cient&fico e, no nosso tempo ainda, descobertas como as de 1ranl^ e Edison atestam que, se ela se aproima da velhice, ainda está de posse de todos os seus meios, que fa% muito mal em gastar nas guerras &mpias. (ertamente, tocamos o outono, mas esse outono está ainda perto do estio/ está cheio de frutos e rico de colheitas adquiridas pelo nosso pr5prio labor. Está em n5s o prolongar até os limites do inverno, por um trabalho mais bem eecutado, mais bem disciplinado e uma cordialidade mais estreita. Q Q Q 8 inverno, a velhice, a raça amarela os atingiu. A (hina imemorial parece estar adormecida no seu imenso império que fa% somente palpitar os sobressaltos fict&cios da guerra civil. A (hina, que possuiu uma das mais altas filosofias que conhecemos, deu !s artes, sobretudo !s artes menores, uma perfeição minuciosa e bi%arra que não poderá, talve%, ser ultrapassada/ a (hina nos mostra, atualmente, a decad"ncia da raça amarela. E, nesta raça ainda, vemos que a velhice das raças não poderá, devido ! sua persist"ncia, ser perfeitamente comparada ! dos indiv&duos, porque o :apão se desperta de maneira perturbadora para aqueles que cr"em na morte da ]sia.
(omeça um novo cicloS +á alguma apar"ncia disso e singulares lu%es nos fa%em voltar para o Etremo 8riente com uma atenção cheia de simpatia. Mas, se a duração das raças não lhes permite se etinguirem inteiramente, ela lhes deia seguir, todavia, o ritmo que assinalamos entre os homens. (ada raça, cada civili%ação, cada povo, considerados isoladamente, segue o movimento da >ature%a, esse ciclo ascendente e descendente, segue o movimento da >ature%a, esse ciclo ascendente e descendente que é, para n5s, imagem da incompreens&vel Eternidade. @ma raça nasce, forma$se, epande$se e chega ao seu apogeu, do qual não tem mais que descer e sua decrepitude não é mais do que um sono hibernai de que se despertará quando os 9estinos o quiserem, segundo leis que não são ainda conhecidas. Essa civili%ação nova não será certamente calcada sob os moldes da que a precedeu. 8 mundo progride e a civili%ação que segue aproveita$se dos progressos reali%ados pela precedente. >enhum esforço é perdido. -omemos, por eemplo, este ciclo de uma civili%ação, a hist5ria da nossa raça. Encontramos, no nosso pa&s, traços do homem das cavernas, que vivia nas grutas, apenas vestido de peles de animais, sem artes nem cultura, disputando aos animais a sua pastagem e sua vida. Em seguida, este ser quase tão animal como os monstros de que estava rodeado, aprende a se servir da pedra polida/ descobre o fogo, torna$se senhor dos metais e, desde que possui esse elemento civili%ador, adquire a arte, a lu% e progride cada dia, descobrindo, no curso de longos séculos, meios de comunicação os mais rudimentares, o vapor, capturando a eletricidade, descobrindo as ondas hert%ianas que são uma das nossas mais recentes conquistas e, amanhã, o caminho está aberto a aperfeiçoamentos novos. 8 psiquismo, que começa apenas a possuir direito de cidade na coletividade humana, decuplará as forças do indiv&duo, permitindo$lhe uma ação cuja etensão não terá mais limites. Este fato parece$nos imposs&vel e quimérico, porém o mesmo se deu para todas as outras invençes. +á DHL anos, o pensamento de se servir do raio para iluminar os aposentos foi considerado como uma loucura absurda/ aquele que, então, intentou uma eperi"ncia de telegrafia sem fio não escapou de ser queimado como feiticeiro. 8 dom&nio ps&quico será a conquista de amanhã, conquista benéfica, que pode levar a pa% entre os povos, ao mesmo tempo que o desenvolvimento da ci"ncia. (ertamente, uma parte da ci"ncia que se apresenta diante de nossos olhos é uma ci"ncia secreta que não será nunca completamente revelada, mas grande parte é acess&vel !queles que procuram e, se o desenvolvimento moral se associa ao desenvolvimento industrial, muitas barreiras cairão = julgadas intranspon&veis. 8 1i-ncia secreta defende$se somente dos profanos. Essa perfeição da (i"ncia v"$se, infeli%mente, da maneira mais evidente, na evolução da arte da guerra. >o tempo do homem das cavernas, o homem lutava com as armas naturais< seus pinhos, seus dentes ou qualquer pedaço de pau tirado da árvore mais pr5ima. 9epois o ramo curva$se e dá a idéia do arco/ o movimento da mão que lança a pedra dá o pensamento de o ampliar pela funda/ depois vieram os dardos, as espadas, as lanças e, enfim, as armas de fogo que, agora, pela ci"ncia dos eplosivos, lançam a morte a muitos quil'metros e envenenam pelos gases nocivos populaçes inteiras. Aperfeiçoamento detestável ao qual deveremos, com horror, o esgotamento de nossa raça. Mas trata$ se de um futuro feli%mente muito afastado. Q Q Q Efetivamente, a evolução de uma raça e sua morte pedem uma longa série de séculos. (omo di% muito bem 7ustavo e 1on< PPara criar em uma raça tal como a nossa! e isso em um grau ainda muito fraco! essa comunhão de sentimentos e pensamentos que constituem a alma! foram precisos mais de de$ séculos.P 7ustavo e 1on v", falando assim, a nossa raça francesa. 0" por que série de fatos e por que hábil pol&tica a nossa nação se formou dos elementos mais disparatados e que começaram por uma luta sem miseric5rdia. 8s (eltas aut5ctones e os invasores, sejam eles francos como em orena, latinos como no Meio$dia, escandinavos como na >ormandia, fundiram$se em um todo homog"neo, depois de muitos séculos de guerras e, se cada um ama, com justo t&tulo, o que Mistral chama a pequena pátria, não há mais, propriamente falando, nem bretes, nem gasces/ não há mais que franceses e, nos momentos de perigo, a nação se levanta de um s5 lance e com um s5 coração. Mas essa fusão de tipos diversos em um espaço tão grande como a *rança é obra de longo f'lego e dif&cil de reali%ar. )éculos de vi%inhança não fi%eram dos irlandeses, ingleses/ polacos,
alemães ou russos, e, na Europa (entral, vemos, num espaço relativamente restrito, naçes balc2nicas numa situação complicada, um desequil&brio doloroso que provém de rivalidades, interesses contradit5rios, conflitos, diferenças de ideal e de religião. (omo nos mostra 7ustavo e 1on, é preciso, para que uma nação eista, que todos os seus membros tenham em comum sentimentos, interesses e crenças. A estabilidade, que se obtiver assim, é rara e dif&cil de adquirir/ acredita$se que se possa obviar por tratados e convençes pol&ticas/ nada eiste de mais fict&cio e mais frágil. A todo instante surge a guerra e o interesse dos povos se ressente destes tratados pouco respeitados. # devagar e, de idade em idade, que se fa% a evolução de uma raça, mas, se considerarmos uma data precisa, vemos a lei que agrupa os indiv&duos. *alando da raça branca, di% 7ustavo e 1on< PGo#e! um po"o superior pode! sob o ponto de "ista intelectual! ser considerado como uma espécie de pir7mide com degraus cu#a porte mais larga é formada pelas massas profundas da população! os degraus superiores pelas camadas inteligentes! a ponta da pir7mide por uma pequena elite de sábios! in"entores! artistas! escritores! grupo infinitamente restrito! "is'a'"is da população! porém que! por ele só! dá o n,"el de um pa,s sobre a escala intelectual da ci"ili$ação.P Veis 6sicol5gicas da Evolução dos 6ovosW. Q Q Q 9issemos que os povos e as raças seguem um ciclo análogo ao ciclo das estaçes que t"m, como o ano solar, uma primavera, um estio, um outono e um inverno, o que equivale, com relação ao ser humano, ! inf2ncia, ! juventude, ! maturidade e ! velhice, assim como o demonstramos. Em cada povo e em cada raça, as leis de evolução seguem o mesmo curso que na nossa pr5pria vida e, se os povos fossem todos esses Ppo"os feli$es que não t-m históriaP as fases de sua evolução seguir$se$iam tão harmoniosamente como as estaçes do ano, o nascimento condu%indo o povo a uma civili%ação sempre cada ve% mais adiantada, até a raça perder as suas forças e se gastar como um velho que se sente etinguir pouco a pouco. -anto para os seres humanos, porém, como para as raças, esse caminho agradável e essa morte calma são o que há de mais raro. (omo o ser individual, a coletividade comete faltas, atravessando seus grandes riscos e perigos. 6ara o indiv&duo, é a doença a conseqN"ncia dessas faltas/ para a coletividade, são as guerras nacionais ou intestinas, as revoluçes, as epidemias, as perturbaçes de todo g"nero. Mas, quando o ser humano desapareceu, seu esp&rito sobrevive e sua obra, se tem algum valor, é$nos conservada. Acontece o mesmo com as raças. Aqueles que desapareceram, deiaram$nos um tesouro de primores de arte acumulados. >inguém sabe quem erigiu a Esfinge, quem edificou os -emplos das &ndias/ eles eistem, entretanto, ainda, e nos maravilham pela sua prodigiosa bele%a. 8 pensamento sobrevive do mesmo modo. >em uma idéia til jamais se perdeu. Ouer se tenha guardado para com o seu instigador o reconhecimento que lhe é devido, quer se tenha transmitido até os nossos dias sob o véu do anonimato, pouco importa/ ela vive e espalha os seus frutos. 8 pensamento sobrevive ao povo e outro povo se utili%a dele, ou porque a raça que ca&a em degeneresc"ncia o retomasse para seu uso, ou porque novos povos o encontram e o adaptam !s necessidades da sua civili%ação. 8s eemplos a citar seriam muito numerosos para entrarem em nosso quadro. (ontentar$nos$emos em di%er algumas palavras a respeito do Egito e da 7récia antiga. 0eremos rapidamente o seu nascimento, a sua formação, a sua epansão, o seu fim e as relaçes que unem essas diversas fases de sua vida. Q Q Q # poss&vel circunscrever a evolução do Egito antigo de H.LLL anos, mais ou menos, antes de :esus (risto, a D.DLL antes da era cristã. As datas mais caracter&sticas, sem copiar nomes de reis nas listas algo tanto fabulosas de Manethon, nos são dadas pelas dinastias e as cidades em que residiram de prefer"ncia. -emos, mais ou menos, H.LLL anos antes de :esus o per&odo de M"nfis, da D_ ! DL_ dinastias. 9epois, dois séculos mais tarde, é o esplendor de -ebas Vda `; ! ``; dinastiasW. Enfim, a supremacia de )ais e das cidades do delta se estende até D.DLL antes da era cristã, com as de% ltimas dinastias. Esses per&odos nos dão o nascimento do Egito, a sua mocidade,
o seu per&odo de organi%ação, a sua floresc"ncia e o seu decl&nio, a datar das primeiras invases sofridas pelo Egito, primeiramente da parte de (ambises e dos 6ersas, dos 7regos, em seguida, e dos ?omanos, que o englobaram no nmero de suas prov&ncias, até que, despojado de sua antiga força, porém, embele%ado ainda pela civili%ação grega, que criara em Aleandria um foco de pensamento e de cultura cujo brilho não foi esquecido. 7. Maspero, o erudito egipt5logo, fe% ressurgir nitidamente a evolução da arte no Egito. 6rimeiramente, temos a arte tinita. Encontram$se os princ&pios deste hieratismo das formas que, em seguida, deram ! arte eg&pcia a sua fisionomia tão particular. Em seguida, vem a arte menfite, que atinge o seu apogeu da ;0 ! 0; dinastias. # a época das construçes formidáveis, aquela em que se ergueram as pir2mides, especialmente as de 7hiseh. # de supor que a grande Esfinge que se ergue sobre o planalto é também da mesma época. Essa arte formidável, testemunha, todavia, conhecimentos muito vastos e de civili%ação muito avançada/ podemos, para o demonstrar, referir$nos !quilo que dissemos precedentemente sobre a orientação das pir2mides, que revela profundos conhecimentos em astronomia e cosmografia. A arte tebana vem em seguida e se estende da `; ! ``; dinastias. # a época dos templos e dos palácios. Aqui, a matéria$prima não se contenta mais com a enormidade harmoniosa de sua massa geométrica e com as ci"ncias secretas que ela deia suspeitar. As colunas tomam a forma de palmeiras e de flores/ todos os muros são pintados e ornados de esculturas que manifestam uma arte delicada e sutil. 8s obeliscos que se alçam em colunatas diante dos templos de LarnáM e de 2ugsor estão cobertos de hier5glifos cujos tidos recortes não sofreram a afronta do tempo. A arte salta floresceu em seguida, e, ainda que Maspero a considere como o fim da arte eg&pcia devido !s influ"ncias que sofreu então o caráter aut5ctone da inspiração, é ainda capa% de inspirar aos maiores artistas. -odavia, a penetração das idéias estranhas muda completamente a orientação das artes e das idéias/ a invasão das formas e das idéias precede a dos soldados vitoriosos. 8 Egito está virtualmente conquistado. 6odemos mostrar outro eemplo no estudo da 7récia antiga. >o seu primeiro per&odo = que podemos comparar ! mocidade a arte grega pede emprestados ao Egito e ! Ass&ria os seus modelos e não os adapta senão ligeiramente !s suas necessidades art&sticas, porque as suas concepçes pessoais são ainda apagadas e grosseiras. )ão os comerciantes fen&cios que lhe condu%em esses objetos de arte e de adorno que lhe indicaram as formas feli%es e mais perfeita bele%a. 0em, em seguida, a adolesc"ncia, em formas bem mais caracter&sticas, porém ainda grosseiras. Mas a maturidade se revela, enfim, como um brilho ofuscante. A assimilação dos materiais aut5ctones e importados criou uma arte toda pessoal, cujas maravilhas são e serão ainda a admiração da terra. )eriam precisos longos anos para reali%ar essa evolução. 7ustavo e 1on di% muito bem, demonstrando a duração dos estádios percorridos pela arte grega em formação< P( esforço mais longo para um po"o não é mais ultrapassar as etapas superiores da ci"ili$ação! porém! suas etapas inferiores% (s mais antigos produtos da arte grega! os do =esouro de 3icenas! do século NII antes da nossa era! indicam bárbaros ensaios! cópias informes de ob#etos orientaisC% ;eis séculos mais tarde! a arte fica mais oriental ainda o Apolo da =enéia e o Apolo de (rcFmeno se assemelham sensi"elmente *s estátuas eg,pcias mas os progressos "ão tornar'se muito rápidos e! um século depois somente! chegamos a ,dias e *s mara"ilhosas estátuas do Partenon! isto é! a uma arte desprendida das suas origens orientais e muito superior aos modelos nos quais era inspirada durante muito tempoC% A mesma obser"ação se aplicará * arquitetura! ainda que as tapas da sua e"olução se#am fáceis de estabelecerC% Ignoramos o que podiam ser os palácios dos heróis homéricos! mais ou menos no século IN antes da nossa era porém! os muros de bron$e! as lumieiras de cores brilhantes! os animais de ouro e prata guardando as portas! de que nos fala o poeta! fa$em imediatamente pensar nos palácios ass,rios! re"estidos de placas de bron$e e de ti#olos esmaltados! guardados por touros esculpidos% ;abemos! em todo caso! que o tipa das mais antigas colunas dóricas'gregas que pareciam remontar ao VII século! se encontra no Egito em LarnaM e em 9eni'Gassan que a
coluna iFnica tem "árias partes tiradas da Ass,ria mas sabemos também que! desses elementos estranhos! um pouco superpostos primeiramente! depois fundidos e! enfim! transformados! nasceram no"as colunas! muito diferentes de seus primiti"os modelos.P V eis 6sicol5gicas da Evolução dos 6ovosW.
Ouando a 7récia deu essa floresc"ncia miraculosa das artes, letras e instituiçes, da qual todas as naçes da Europa tiraram grande parte do que t"m tido de melhor, o decl&nio não podia deiar de vir, e aqui ainda ele se produ%iu pela intrusão de formas estranhas. 8s gregos cessaram de ser artistas para tornarem$se hábeis, para se entregarem ao Pengana a "istaP, !s fantasias bi%arras, que se ressentiram de falta de grande%a e de caráter. 8 momento de sua velhice chegou/ as guerras civis tinham já morto a 7récia, e ?oma não conquistou senão o seu cadáver. Q Q Q A pr5pria ?oma pode servir de eemplo para ilustrar essa teoria demonstrada constantemente. ?oma ergue$se por um ato de vontade e, fundada nas condiçes que nos são conhecidas, podemos seguir a sua completa evolução. ?oma, em toda a sua eist"ncia, viveu do pensamento orgulhoso de sua pr5pria divindade. 9esde os seus primeiros dias, cada qual se disp's á tudo sacrificar< fam&lia, fortuna e vida ! cidade soberana e é esse ideal muito forte que lhe infundiu a vitalidade suficiente para resistir a lutas cont&nuas. Apesar das dificuldades interiores, a (idade formidável não perde um s5 instante o desejo e a vontade de submeter o mundo inteiro ao que ela cr" a maior perfeição do mundo< ?oma. 6elas armas, pelo comércio, pela difusão de suas idéias, ela se torna a (idade mais pr5spera do mundo. ?oma é uma espécie de monstro magn&fico que domina toda a terra. Mas os apogeus não são mais do que o meio$dia muito luminoso de um dia que sente vir a tarde. ?oma é muito grande para poder ser guardada/ as suas imensas fronteiras deiam filtrar para a (idade mil influ"ncias desastrosas que desvirili%avam a virtude antiga. A alma nacional dissolvia$se no luo e no deboche. 9esde o fim da ?epblica, processos escandalosos, como o de 0enes, nos demonstram que a conquista não é mais um apostolado, porém uma pilhagem organi%ada. )ob os primeiros imperadores, ?oma torna$se já toda oriental, e :uvenal o eprime com uma acrim'nia selvagem. Mas, sob os imperadores s&rios, nada fica daquilo que constitui a grande%a da cidade/ ela deve cair pelo nico fato de que tudo aquilo que a sustinha não conserva mais a força primitiva. 0"m os bárbaros. ?oma lhes abrirá as suas portas. *ustel de (oulanges eprimiu perfeitamente o mal sofrido pela dominadora dos impérios< P( mal de que sofria então a sociedade romana não era mais a corrupção dos costumes era o amolecimento da "ontade e! por assim di$er! o ener"amento do caráter .P As causas do decl&nio de ?oma são mltiplas e dif&ceis de analisar, porém, de maneira geral, elas dependem do caráter da raça. Enquanto um alto ideal agrupou em torno da (idade homens decididos a viver e a morrer por ela, homens que a consideravam como a sua 9ivindade suprema, ?oma foi e devia ser invenc&vel. Mas, no dia em que vis interesses tomam o lugar das idéias, as naçes, como os indiv&duos, não t"m mais força para viver, tendo apenas a de morrer em bele%a. # o destino comum aos indiv&duos e !s coletividades. 8 caráter é o elemento primordial de sua vida e de sua duração. Aquele que abaia o n&vel de sua vida interior, que coloca a sua reta vontade abaio de suas sensaçes, seja ele um ser ou uma coletividade, está prestes a morrer. Q Q Q 7ustavo e 1on eprime esta verdade procurando estabelecer as leis psicol5gicas da evolução dos povos< P8 poder de um povo não depende de sua intelig"ncia, mas de seu caráter. A intelig"ncia permite perscrutar os mistérios da nature%a e utili%ar as suas forças. 8 caráter aprende a se condu%ir e a resistir, vitoriosamente, !s sugestes.P
Acrescenta algures< P As qualidades do caráter! cu#o con#unto constitui a alma nacional de um po"o! são formadas pelas lentas acumulaç.es ancestraisB Elas terminam por constituir um agregado muito está"el de sentimento! de tradiç.es e de crenças! codificando! atra"és das idades! as necessidades *s quais é submetida a "ida de cada nação.P # em ra%ão da compleidade dessas necessidades que se não pode prever, senão depois de tem&veis eperi"ncias, que a alma de uma nação é tão lenta e tão dif&cil de constituir. # também esse lento processo da formação de um pensamento nacional que nos obriga a considerar a educação coletiva de um povo como necessidade de primeira ordem/ é o nico meio de chegar a criar um caráter nacional, como assim eprime 7ustavo e 1on< P( problema "ital do futuro entre os po"os de ci"ili$ação apurada será superpor * sua cultura intelectual uma educação rigorosa do caráter e! sobretudo! da "ontade! 0nicas forças capa$es de assegurar *s naç.es a sua independ-ncia.P Q Q Q )ão as faltas do indiv&duo que o condu%em ao estado funesto de doença/ do mesmo modo são as faltas das coletividades que as guiam para a ru&na. 6odemos encontrar um eemplo no povo alemão que, desde muitos anos, não se deia guiam senão pelo seu orgulho e está certo de que a sua raça é a encarregada de uma missão divina, como se todas as raças não tivessem, nos des&gnios eternos, cada uma a sua missão a cumprirY Essa idéia falsa, desenvolvida e sustentada pelos fil5sofos alemães, tornou$se uma preocupação para todos os alemães, desde o imperador até o ltimo operário. )eu orgulho cresceu desmedidamente e proclamaram que a Alemanha está acima de tudo. Ouiseram tudo dominar e impor$se pela força bruta !s naçes que eles deviam, seguindo a sua idéia, condu%ir para a evolução. 8 seu orgulho, porém, ultrapassava toda medida/ e eis porque aquele que se acreditava superior aos homens desceu abaio do animal e esse povo que se di%ia intelectual entregou$se ! mais inqualificável agressão, penetrando em um pa&s neutro, condu%indo o ferro e o fogo, encarniçando$se contra os fracos< civis, velhos, mulheres e crianças/ matando uns, violando outros, não deiando atrás dele senão a carnificina e a desolação. *oram vencidos e, apesar de sua força aparente, o serão ainda em todos os terrenos, se não compreenderem a sua falta, se não renunciarem !s suas práticas odiosas. @ma nação de orgulho e de rapina é sempre rebaiada e despojada, porque a justiça eiste, e s5 as pessoas de vista curta a negam durante os curtos instantes em que se acreditam poupados. Q Q Q Eemplo contrário é$nos fornecido pela 1élgica. (olocada entre poderosos impérios, submetida a numerosas invases, humilhada muitas ve%es sob o direito do mais forte, a her5ica 1élgica tem sabido conquistar e conservar sempre a sua liberdade, porque a sua liberdade está na sua alma ainda mais do que nos escritos diplomáticos. Ela acalenta, desde tempos long&nquos, um ideal de trabalho e de independ"ncia que se manifesta da sombria altive% de suas possantes corporaçes, magn&fica encarnação de um pa&s que não quis alevantar a sua gl5ria senão a preço de seu trabalho e que nunca combateu senão contra seus invasores pela integridade de sua terra. utou contra a ;nglaterra e a *rança no tempo do grande Arteveld/ afastou sucessivamente de seu territ5rio a Espanha e a ]ustria, que ali se haviam implantado e agora, depois da guerra, a pequena nação mostrou$se grande entre as maiores, e soube classificar$se entre as pot"ncias de primeira ordem pelo seu hero&smo cavalheiresco e sua fidelidade ! honra. # preciso proclamar a verdade que a 1élgica teve, nas suas horas trágicas, os chefes que mereceu. )eu rei$ cavaleiro condu%iu$a e sustentou$a no caminho da vit5ria como a sustem e condu% para a vit5ria econ'mica, enquanto junto dele, toda graça, bondade, toda ideal em pensamento, a rainha se inclina com um sorriso maternal para todas as feridas, para todos os sofrimentos, continuando na pa% o que fi%era durante a guerra< não poupando as suas forças e as suas horas quando se trata do bem de seu povo que a tem no coração como um de seus pr5prios filhos. Q Q Q Esse destino diferente, esse contraste nos chefes, que não atesta senão que cada um dos chefes encarna o ideal do pa&s que ele dirige, mostra$nos que as naçes, como os indiv&duos,
não podem viver sem um alto pensamento dirigente de todas as suas açes. (omo os indiv&duos, os povos devem ter uma fé, uma crença, uma vida pessoal bastante poderosa, para que possam desejar viver sem causar mal a ninguém. @m povo, justamente altivo, não deve utili%ar$se de sua força senão para o seu desenvolvimento e, se se ocupa daqueles que o rodeiam, deve ser para servir em au&lio aos fracos e não para os acabrunhar. A *rança foi sempre o ideal das naçes generosas e é isto o que fe% dela a rainha do mundo. 8 tempo dos desenvolvimentos harmoniosos sofre dolorosa crise. # dever dos povos recondu%ir a calma ao hori%onte perturbado. Oue a pa% fraternal seja o nosso ideal comumY Oue reine a pa% no coração de cada homemY Oue cada um governe as suas paies e compreenderá que a sua ambição lhe é funesta e que cada ser tem o direito do seu lugar ao sol. Oue reine a pa% em cada lar, e cada um daqueles que a& vivem aceite alegremente a sua parte de deveres e pra%eresY Oue reine a pa% no mundo, considerando$se cada nação como uma pessoa viva, com seus direitos e suas obrigaçesY )eria necessário tão pouco de boa vontade para que os povos vivessem em boa intelig"nciaY A incompreensão de leis tão simples e tão justas condu% ao decl&nio dos povos. 7ustavo e 1on, na sua obra precedentemente citada, mostra$nos bem o mecanismo desse decl&nio< PPara todas as ci"ili$aç.es passadas! o mecanismo da dissolução foi id-ntico e id-ntico a tal ponto que se poderia perguntar! como o fe$ um poeta! se a história que tem tantos li"ros não teria mais que uma página% 1hegado a este grau de ci"ili$ação e de pot-ncia em que! #ulgando' se seguro de não ser mais atacado pelos "i$inhos! um po"o começa a go$ar dos benef,cios e do lu+o que as rique$as concedem! as "irtudes militares se des"anecem! o e+cesso de ci"ili$ação cria no"as necessidades! o ego,smo se desen"ol"e% &ão tendo outro ideal além da alegria prematura de bens rapidamente adquiridos! os cidadãos abandonam a gestão dos negócios p0blicos ao Estado e logo perdem todas as qualidades que fi$eram a sua grande$a% Então! "i$inhos bárbaros ou semibárbaros! tendo necessidades mais fracas! porém um ideal mais forte! in"adem o po"o muito ci"ili$ado e depois formam uma no"a ci"ili$ação com os restos daquela que abateuP. Q Q Q (omo há doenças individuais, há doenças sociais e todas prov"m de nossas faltas, = faltas cujo peso se junta !s cometidas pelos nossos ascendentes. # o que o 9r. 6aul (arton assim eprime< U&o que concerne * espécie! as moléstias se declaram de acordo com os "encimentos de pra$o e sanç.es das desobedi-ncias coleti"as *s leis naturais da "erdade! bondade! unidade! abnegação! trabalho! sobriedade e disciplina de si mesmo! que são as condiç.es fundamentais do progresso! da sa0de e da felicidade das raças humanasC% os per&odos em que cresce o nmero das manchas, sofremos ciclones, catástrofes c5smicas, fen'menos magnéticos. >o que concerne aos ciclones, o Abade Moreu nota que o 9r. Meldrum estabeleceu Pque o n0mero dos ciclones obser"ados no (ceano Wndico esta"a ligado ao n0mero de manchas do sol! a tal ponto que a estat,stica de uns permitia determinar a quantidade desses 0ltimos fenFmenos.P V;ntrodução ! Meteorologia do *uturoW.
F!ura 8 A% ,'u#ua)+e% r?#"!-a% $a a#!3!$a$e %o'ar1 %eun$o F'a"ar!on/ Eiste, pois, uma relação muito clara e poder&amos citar provas numerosas da relação que eiste entre as manchas do sol e os fen'menos magnéticos. Mas a ação das manchas solares não se fa% somente sentir na nature%a/ ela se manifesta igualmente sobre o ser humano, quer seja tomado isoladamente ou em uma coletividade. Esta ação é naturalmente mais vis&vel sobre as coletividades, porque os fatos são mais aparentes. >os per&odos em que as manchas solares são mais numerosas constatamos viol"ncias e todas as espécies< perturbaçes sociais, guerras, revoluçes. >os per&odos de lu% calma, vemos reflorir os trabalhos de pa%, desenvolvimento harm'nico das artes, do comércio e da indstria. ;sso não escapou ao 9r. 6aul (arton, que traçou um quadro muito detalhado, fa%endo ressaltar, da maneira mais edificante, esses per&odos de ação e repouso. Esse quadro, que colocamos sob os olhos dos nossos leitores, relaciona$se mais particularmente com a *rança, nação especialmente nervosa, impressionável, sensitiva, que eperimenta, por conseqN"ncia, com mais acuidade, as influ"ncias ambientes e reage mais fortemente ! sua ação. Eis a& primeiramente os anos em que as manchas solares apareceram em maior abund2ncia, dando assim um per&odo em que as perturbaçes sociais/ guerras e revoluçes, atingiram o seu máimo. *aremos seguir os anos em que essa ação foi mais fraca, sendo as manchas menos numerosas.
DJIC DJJ\ DJ\J
D\LG D\DI D\FL
Ano% $e ".;!"a = 7uerra russo$turca. = 7uerra naval entre a *rança e a ;nglaterra. = ;ntervenção da *rança na guerra da ;ndepend"ncia Americana. = Atividade solar considerável em força e duração, de DJ\J a DJCG. = ?evolução francesa. = -error. = 6artilha da 6ol'nia. = Apogeu das guerras de >apoleão/ Austerlit% VD\LHW/ ;éna VD\LIW. = aterloo e o -error branco VD\DHW. = 6er&odos de borrascas magnéticas intensas.
D\FJ D\G\ D\IL
D\JL D\\F D\CF DCDJ
= Epedição da Argélia. = ?evolução de D\FL. = ;nsurreição da 6ol'nia. = )ublevação da 1élgica. = Movimentos insurrecionais na Alemanha. = )ublevaçes na ;tália. = *orte atividade solar que se estende até D\GL. = ;nsurreição 1lanqui e 1arbés VD\FCW. = ?evolução na Espanha e insurreição no Egito VD\GLW. = ?evolução na *rança e na ;tália. = Epedição da (ochinchina. = Massacres na )&ria. = Epedição da )&ria. = 7uerra do Méico VD\IDW. = Atividade solar intensa/ guerra franco$alemã. = (omuna VD\JDW. = Epediçes coloniais< -un&sia, )udan, Anam, -onquim = 7uerra sino$japonesa. = Madagascar VD\CHW. = 7rande guerra européia. = 1olchevismo. Q
Q Q Ouanto !s m&nimas de atividade solar, produ%em m&nimas de perturbaçes sociais. 8 9r. 6aul (arton notou, no quadro seguinte, as principais correspond"ncias. )ão impressionantes no que se relaciona com a *rança. Ano% $e "?n!"a DJJH = 6rosperidade do comércio, da indstria e da agricultura na *rança. DJ\G = -ratado de 0ersalhes VDJ\FW, que p's fim ! guerra da América. DJC\ = 8rgani%ação administrativa, financeira, judiciária e religiosa da *rança sob o consulado VDJCCW. D\DL = 9ecl&nio de >apoleão ;. D\F = 6er&odo de eposiçes industriais organi%adas em toda a *rança. = 6rogresso da indstria, do comércio e da agricultura. D\FF = Ouádrupla aliança< *rança, ;nglaterra, Espanha e 6ortugal. D\GF = 6er&odo pac&fico. D\HI = Eposição universal de 6aris VD\HHW. =7randes trabalhos pblicos< estradas, caminhos de ferro, engrandecimento dos portos. D\IJ = Eposição universal de 6aris. D\J\ = Eposição universal de 6aris. D\\C = Eposição universal de 6aris. DCLL = Eposição universal de 6aris. DCD = ?elaamentos sociais< pacifismo, anarquismo. Q Q Q Oue é o homem diante de tais influ"nciasS 6ascal o definiu rigorosamente< um caniço, porém um caniço pensante. Está submetido a energias formidáveis que o vulgo não suspeita. Esse conhecimento está reservado para aquele que eleva o seu esp&rito, abre o seu coração e, longe de absurdas agitaçes do mundo, isola$se para se entregar ! pesquisa da verdade. Essa verdade que lhe é cara, ele a atinge e condu% a um mundo inteiramente novo, onde se banha em força, tão potentes e tão doces como a msica das esferas. Essas forças não se recusam a ninguém, mas é preciso adquiri$las por si mesmo e é porque o nosso fim deve ser o de nos aproimarmos cada qual segundo as suas possibilidades. >ão há senão um nico meio que permite fa%"$lo< é renunciar aos fins ego&sticos e vulgares, ter um ideal superior, comungar com a >ature%a e deiar$nos arrebatar pelos arroubos superiores. Oue a comunhão com a >ature%a não seja apenas o pra%er f&sico que eperimentamos ao contemplá$la. Ela é muito bela, deveras, mas a sua bele%a maior está oculta aos olhos da carne/ é
dever do )ábio, daquele que encontrou a sua )enda, procurar surpreender$lhe os profundos segredos. EX um magn&fico idealY 8 livro que se abre aos nossos olhos contém todas as bele%as e seu nico aspecto, na solidão benéfica, encanta e sustem o nosso coração. Admiremos os esplendores do mundo, porém que essa admiração nos condu%a a um estudo mais profundo e nossa admiração crescerá de acordo com a nossa alegria. (onsiderando a vida nas suas obras e na sua ess"ncia, n5s a sentiremos pr5ima, lançar$lhe$emos o nosso apelo e esse apelo será ouvido. 8 au&lio das 6ot"ncias superiores far$se$á logo sentir. >as horas de ação, o ser elevado tira, da fonte superior, energias formidáveis que o dotam de poderes desconhecidos/ ele não se torna, por isso, um super$homem, no sentido devastador e ego&sta que se tem dado a esta palavra, mas torna$se um ser poderoso, capa% das mais altas atividades. ?eali%a, então, na plenitude dos meios inatos e adquiridos, aquilo que tinha sido o seu sonho e lhe parecera irreali%ável, quando se retorcia penosamente sem fé, sem ideal. >as horas de repouso, de epectativa, o iniciado se entrega ! doçura da >ature%a calma. Oue serenidade eperimenta ele, deiando o seu esp&rito vagar nas long&nquas regies a%uis do céu. A calma da >ature%a lhe penetra. A brisa o toca de leve com a sua asa flu&dica, porém, mais doces ainda, roçam$lhe as emanaçes pac&ficas das forças do Alto/ v"m$lhe apa%iguar, a acariciar, reconfortar, dar$lhe o repouso necessário ! luta. Q Q Q >ovel iniciado, não compreendes já toda a bele%a desses mundos que te são abertosS >ão go%as com alegria toda a poesia que se oferece ! tua almaS 8 magn&fico livro da >ature%a volta as suas folhas misteriosas diante de teus olhos. >ão v"s primeiramente senão que as imagens são ainda hier5glifos que te são pouco intelig&veis, mas olha mais profundamente, volta as páginas tu mesmo, sem precipitação, e recebe a nova iniciação que te dá a >ature%a maternal. @ma alegria sublime te inunda então, mas não acredites que atingistes ao fim porque apenas tocastes a porta. 9ia a dia, sob o teu olhar tena%, o véu de 4sis far$se$á mais transparente e deveras a ti mesmo a tua força. 8lha e escutaY A primavera espalha a sua força jovem desde o tenro ninho e a onda murmurante até a mais long&nqua estrela. E tu, coberto pelas asas invis&veis, das quais, porém, sentes a tepide% natural, notas que te penetra a doçura de viver. -eus olhos se perturbam um pouco diante da imensidade de teu dom&nio, porém, como aquele que herda uma fortuna inesperada, terás bem depressa o teu poder e desejaras aumentá$lo. @m pensamento mais alto se revela a teu esp&rito e o guia a presença sentida da alma diretri% dos @niversos, o pensamento sublime de 9eusY
O AMOR O e%#a$o $e a'"a $o !n!-!a$o/ 0 A a'!#a)9o $a% ,or)a% !n,!n!#a% que #e "o3e" e" #o$o% o% %en#!$o%1 $a e%#re'a ao .#o"o/ 0 Co"'e;!$a$e $o %er (u"ano/ 0 O (o"e" #r!'o/ 0 Ne-e%%!$a$e $e -(ear a u"a %?n#e%e "ara3!'(o%a $o% #rada lhe parece imposs&vel. E alguma coisa poderia ser$lhe uma resist"nciaS 6's$se em comunhão com as harmonias da >ature%a superior. )eu canto é o divino entusiasmo que o embriaga e o ealta sem lhe roubar essa calma, essa serenidade que, tão alegremente, se harmoni%am com toda a sua pessoa. Esse entusiasmo, como o canto do pássaro, espalha$se em seu derredor, levando a alegria aos outros. >ão sente mais obstáculos e tudo se oferece em torno ao seu justo desejo, porque ele soube mudar de dom&nio, lançar$se acima das conting"ncias, deiar a terra, o mundo dos efeitos mutáveis, pelo céu, o universo das causas imortais. >asceu pela segunda ve%. Ao seu olhar etasiado se apresentam vises espl"ndidas. A vida que o rodeia não é mais como para aquele que não a v" na sua totalidade, um conjunto de cuidados, uma sucessão de aspere%as, uma costa árida de que não v" o cimo/ para ele, os vastos hori%ontes derrubam$lhe os declives que o seu v'o ultrapassou. 8 mundo é para ele como um livro/ a sua harmonia, como um canto. E esse livro desenrola, sem cessar, imagens mais magn&ficas/ um sentido novo, a cada instante desvenda$lhe os segredos da vida/ esses segredos, ele se dispe a descobri$los e sabe com certe%a que, em breve, os penetrará. E essa msica das esferas que fe% sonhar os fil5sofos leva$lhe os dois ecos desse mundo divino que lhe será aberto pela iniciação. Q Q Q 8 primeiro objeto que o impressiona na fantasmagoria dos seres e das coisas é a palpitação das forças infinitas, que se movem em todos os sentidos, da estrela ao átomo, do átomo ao ser humano. Antes, parecia$lhe que forças cegas se entrechocavam e pisavam os desgraçados que se achavam no seu ambiente, em mesmo ver o que resultaria. Agora, sabe que nada de imprevisto se produ%iria em um mundo onde tudo é harmonia. -udo que vive eiste e tudo o que vive é movido pelas forças inteligentes que não fa%em senão o que deve ser feito de melhor para a evolução geral. 8 iniciado não teme mais as forças que representam para ele a vontade divina/ tomou o hábito de estudar o universo e de encontrar na sua pessoa uma imagem eata desse universo, posto que redu%ida. -omou também o hábito de se analisar para melhor conhecer os outros. 6arecera$lhe que todo o mal que eiste se achava ao redor dele e que ele era o nico a sofrer. Agora, v" que cada
um sofre por outrem e, vendo quanto os nossos males v"m da incompreensão em que vivemos, uns em relação aos outros, procura as relaçes que lhe escaparam outrora para criar uma nova harmonia que evitará os choques em torno de si. Q Q Q 8 ser humano que, ao primeiro olhar, nos parece tão simples, é, ao contrário, bastante compleo para o fil5sofo e o pensador. Ainda o é mais para o iniciado, porém, porque este perscruta a vida nas suas menores pulsaçes e, quando penetrou os seus segredos, dirige$a, conhece o movimento das forças que pem em jogo o desejo Vamor f&sicoW, a atração Vamor sentimentalW, a simpatia Vamor cerebralW. )abe, em conseqN"ncia da sua iniciação, que o ser humano pode fa%er nascer, em si, faculdades novas/ compreende até que ponto elas são mltiplas e como lhe permitem operar sobre os outros para lhes dar, tanto quanto dependa dele, a felicidade ou, a.o menos, o repouso. >o nosso (urso de Magnetismo 6essoal comparamos o ser humano a uma usina que se compe< D.[ = 9e um conjunto de rodas e 5rgãos agrupados em séries, que eecutam o trabalho material Vfunção digestiva, respirat5ria, circulat5ria, nervosa, todas aquelas que não pedem a colaboração de nosso esp&ritoW/ .[ = @m diretor que assume a responsabilidade do funcionamento dessa usina< a nossa consci"ncia, diretri% das faculdades superiores Vjulgamento, mem5ria, discernimentoW/ F.[ = @m subdiretor ou contramestre, encarregado de eecutar e fa%er eecutar as ordens do diretor, desembaraçando$o das funçes automáticas, trabalho considerável que se opera sem nosso conhecimento. 6ensando nessa trindade que se encontra em cada homem, Marco Aurélio se eprime assim, nos seus 6ensamentos< P A tua pessoa se comp.e de tr-s subst7nciasB de um corpo! de uma alma animal e de uma racional% As duas primeiras estão em ti! no sentido em que és obrigado a tomar cuidado a terceira! porém! é a 0nica que está propriamente em ti P. Vivro `;;, pensamento F.[.W P=udo o que constitui o meu ser não é senão um pouco de carne com um sopro de "ida e uma faculdade de pensamentoP. Vivro ;;, pensamento .LW Q Q Q Eis ai quais os elementos que são conhecidos pelo psic5logo. Ele sabe, por outro lado, que a usina tanto melhor funcionará, quanto mais as rodas estiverem em bom estado. # preciso, pois, não somente que o corpo se ache em um estado de sade perfeita, porém que a consci"ncia tenha sido educada/ é preciso que o inconsciente aceite, sem revolta, a direção da consci"ncia e que seja um au&lio para ela, sem usurpar coisa alguma de suas funçes de diretor. 6ara chegar a essa s&ntese, que é o equil&brio necessário, é preciso, pois< D.[ = Oue o corpo seja condu%ido a esse ponto por uma alimentação sã, escolhida e por uma ginástica médica que lhe dá força e destre%a, sem ocasionar fadiga/ .[ = Oue o esp&rito esteja apto a possuir um ju&%o são, uma fiel e poderosa mem5ria, uma força de associação de idéias que faça dessa mem5ria um instrumento til e maleável/ F.[ = Oue o inconsciente seja inteiramente dominado/ que não gaste em impulsividades vãs as forças que lhe são confiadas/ é preciso que ele conheça o seu papel, sem procurar ultrapassá$ lo. >ão temos aqui lugar para desenvolver .esses pontos que tratamos em nosso (urso de Magnetismo 6essoal, o qual aconselhamos. -udo isso é a base, a primeira etapa para o ensinamento que damos aqui/ devemos, pois, nesta obra, considerá$la como ultrapassada. Q Q Q Este estudo do magnetismo pessoal, condu%indo ! perfeita s&ntese, não é mais do que o primeiro degrau da imensa escadaria que sobe para o -emplo/ em seguida, v"m outros conhecimentos e de import2ncia maior. 8 mundo que se abre para o ;niciado é de outra grande%a e de outra majestade. Ele não se contenta mais em eplorar a célula humana/ é o @niverso o seu dom&nio. 8 que, n5 presente, interessa ao adepto, é o estudo das forças que o rodeiam e que deve captar. 6ara chegar a este fim, deve p'r$se em un&ssono com as harmonias superiores e, por
isso, deve estender as relaçes que unem o grande cosmos com essa pequena célula que representa o ser humano. Mas essa pequena célula deve ser ampliada, deve ser transformada/ ela pode adquirir poderes desconhecidos, faculdades novas que ampliam consideravelmente o seu campo de ação. 8 adepto entrev" novas possibilidades de percepção que lhe despertam revelaçes inesperadas/ cessa de se julgar o centro do mundo para tornar$se uma força em plena e benéfica atividade. Então, cheio de alegria sublime, sente$se solidário com todas as forças ambientes/ percebe em seu coração o fr"mito da vida universal. 6ara ter uma noção real da personalidade humana, é necessário conhecer$se a si mesmo, como o afirmam os velhos )ábios. Oue é o ser humano para aquele que ignora as suas possibilidades quase infinitasS @m pequeno mundo, movido por energias formidáveis, para as quais não possui um meio de resist"ncia. )ente$se arrastado em um v5rtice enorme, um turbilhão incessante que lhe não deia liberdade alguma. (r" que somos cegamente submetidos a essas forças, que nos agitamos em vão para contrabalançarmos os seus efeitos. )e ouve falar de poderes ps&quicos, não v" neles mais do que a utili%ação interessada/ e se não concebe a possibilidade de entrar em harmonia com as energias c5smicas, quer e cr", ao menos na sua esfera imediata, poder dominar, fascinar, impor a todos e a tudo a sua autoridade e o seu amor. )obre que repousaria essa autoridade, se ela eistisseS A que corresponderia esse amor, se ele pudesse ser despertadoS >ão se interroga e é ele, pobre insensato, que é atra&do e fascinado por todas as pot"ncias de que se fa% joguete por sua ambição perniciosa. >ão sabe quais são as forças universais que o rodeiam. @m dia ou outro lhes deverá ceder ou se quebrar contra o seu impulso. (omo a vida e os seus efeitos são diferentes para aquele que conhece a ordem e a lu%Y Ele se v" no seu verdadeiro lugar. >ão espera que a criação se dobre ao seu capricho, porém sabe que, em certa ordem de fatos, pode fa%er grandes coisas. (onhece as forças c5smicas e é capa% de as utili%ar na medida em que acredita que a sua ação é boa. )abe que aquele que está de acordo harmonicamente com as energias universais pode reali%as grandes coisas, porém, procura conhecer a sua nature%a e não se entrega cegamente a umas e outras. )abe que as há boas e más/ discerne$as/ evita aquelas que o perderiam. Aquele que ignora o que o homem pode tornar$se não é mais do que um pobre náufrago ! merc" dos turbilhes, mas para o iniciado que penetrou o enigma da esfinge, o jogo das forças naturais é um espetáculo que o enche de admiração. Enfim, é confundido diante dos contrastes cuja pot"ncia se harmoni%a/ v", a todo instante, novos prod&gios/ bendi% Aquele que os criou. 6ara o iniciado, o fim da vida está no estudo do @niverso, porque desde que compreendeu a import2ncia das forças que nos circundam de todos os lados, procura conhecer$lhes as atraçes e repulses/ traça$as, desata$as/ aprende a moderá$las e a ealtá$las em benef&cio daqueles que v"m para ele. Q Q Q 9e alto a baio, tudo é afinidade, atração, repulsão nas forças que nos rodeiam. 0ejamos primeiramente aquelas que se eercem no ser humano. A mais baia, dentre elas, se manifesta sob a forma de apetite seual. Essa força brutal que usurpa o nome de amor assegura a continuidade das espécies pela armadilha do desejo. Acima dessas forças grosseiras, outras mais tem&veis perturbam o coração. @m ser sente$se atra&do por outro pela doçura de se sentir junto, de fundir coração a coração e é o amor sentimental que pode ter horas de "tases magn&ficos, porém, muitas ve%es, ! merc" da impulsividade. 0"m, acima, forças mais delicadamente coloridas que manifestam o esp&rito criando o amor cerebral. Essa atração se manifesta sob a forma de interesse que um ser desperta em outro no dom&nio intelectual, da comunhão de pensamentos, de um impulso espont2neo de simpatias. # uma ami%ade mais ardente que procura grandes alegrias para aquele que ultrapassou o instinto. A >ature%a, porém, nos pode dar alegrias mais altas e mais puras/ aquele que sentiu seu coração se epandir sob os raios do sol, que saboreou como uma confidencia os ternos sil"ncios da lua, aquele que compreendeu que as forças nos banham em seu poderoso influo, aquele que se sente em comunhão com o ;nfinito, adivinha as pot"ncias que estão em si, em redor de si. E, contudo, não se afasta do seu "tase, se é realmente chamado. 8utras forças eistem, superiores ainda !quela que acabamos de descrever. )entimo$las sem poder compreend"$ las. )ão as leis eternas graças !s quais o @niverso é criado.
Em tudo e por tudo, o jogo das *orças se afirma, todo poderoso. )ão elas que presidem ao amor, ou desencadeando os ardores do amor f&sico, ou os ternos langores do amor sentimental, ou arrebatando duas almas na torrente das harmonias espirituais, ou ultrapassando todos os fins humanos, fa%endo$os pairar no infinito das forças onde a 0ida começa e freme. -odas essas emoçes, todas essas palpitaçes, todos esses desfalecimentos, todas essas dores, essas alegrias, são manifestaçes sem cessar renovadas de uma nica forçaY *orça toda poderosa, ela é a dominadora dos homensY Eiste sob diferentes nomes< atração, amor, magnetismo, vida. 8 papel do iniciado é conhecer os seus diferentes aspectos, segui$los nas suas mltiplas manifestaçes. 6ara tornar$se senhor dessas forças, deve dominar primeiramente as que estão em si/ tem o dever de domá$las e torná$las r&tmicas, para se porem em perfeito acordo com as da >ature%a, que deve chamar em seu au&lio. 9eve p'r$se em harmonia com as intelig"ncias que esclarecem os homens, porque as forças de baio são forças grosseiras que nos solicitam a descer. Mas, ! medida que nos elevamos, elas se tornam mais harmoniosas, mas belas/ deiam perceber melhor as intelig"ncias que as animam. As pot"ncias do alto são, no grande cosmos, estes *achos, estas (laridades puras que iluminam a fronte do pensador, do fil5sofo, do inspirado, do iniciado. Essas forças são fomentadoras das alegrias mais puras/ são as fontes dessa inspiração divina$que dão ao poeta, ao artista, um tal refleo do céu que todas as mitologias as representam como puras formas aladas e luminosas, tais como as Musas e os Anjos. Q Q Q 6ara bem compreender até que ponto somos penetrados pelas pot"ncias formidáveis que nos rodeiam e o impulso que elas nos podem comunicar, estudemos mais de perto o problema e tomemos o ser humano por ponto de partida. *orças eistem em n5s e não podemos negar a sua eist"ncia. *orças nervosas, magnéticas, vitais, pouco importa o nome. Elas estão em n5s/ temos a noção disso. )ão a pr5pria ess"ncia da nossa vida. Essas forças que movem a máquina humana, podemos aumentá$las ou perd"$las, segundo a higiene f&sica e moral a que nos sujeitemos. )e temos medo, se nos ressentimos de uma impressão violenta, essas forças nervosas se concentram nos pleos, especialmente na cavidade do est'mago Vpleo solarW/ sentimo$lo e di%emos com eatidão que o nosso est'mago se aperta. 6odemos di%er, se cedemos assim a uma emoção !s ve%es sem causa, que somos senhores de n5s mesmosS Essas forças foram mobili%adas sem a nossa intervenção/ elas determinaram no interior do nosso organismo um trabalho muscular intenso/ o est'mago se aperta e eperimentamos um grande mal$estar. Mas não é somente sob o golpe de um violento choque emocional que eperimentamos essa penosa sensação. -ambém, constantemente, ficamos sob o peso de tristes e maus pensamentos, se nos acostumamos a ficar deprimidos pelo temor, pelo medo, pela timide%, pelas idéias negras, o aperto do est'mago não nos deia mais/ perdemos o apetite/ enfraquecemo$nos/ somos candidatos a todos os males. 8 choque emocional não se limita ao nosso est'mago, e mostramos, no nosso (urso de Magnetismo 6essoal, que todos os nossos 5rgãos, que todas as nossas funçes podem ser a sede de todas as espécies de inc'modos desencadeados sob o efeito do medo, da c5lera, da ansiedade, do susto. 8 nosso sistema nervoso acusa particularmente os choques emocionais e a ação torna$ se claramente vis&vel no dom&nio do nosso sistema nervoso grande$simpático. Efetivamente, quantas ve%es a nossa energia é mobili%ada sem a nossa intervenção para os nervos vasomotoresY )abe$se que é por meio desses nervos que se reali%a o trabalho automático da circulação que leva o sangue puro a todos os 5rgãos e fa% voltar ao coração o sangue usado. Mas, se uma sbita emoção se produ%, o ritmo circulat5rio é violentamente modificado. 8 nosso inconsciente libertou, sem que o soubéssemos, forças que operaram sobre os vasomotores. Essa ação pode ter por efeito contrair ou dilatar os vasos sangN&neos que estão ! superf&cie da pele/ no primeiro caso, envia um fluo de sangue para os vasos profundos, e, em seguida, verificamos uma palide% tanto mais acentuada quanto mais forte foi o refluo/ no caso contrário, os vasos superficiais do corpo se dilatam bruscamente e o sangue aflui ! periferia, produ%indo uma vermelhidão tanto mais intensa quanto mais vivo foi o choque emocional. -emos todos mais ou menos sofrido essas espécies de efeitos e a menos que se tenha aprendido o dom&nio pr5prio por meio de um treinamento especial, não nos podemos subtrair a esses efeitos. # mesmo um dos eemplos que se pode dar ao presunçoso que se imagina poder dominar, sem longa preparação, as forças mais elevadas e que não são capa%es de dominar nem ao menos os
seus nervos nas ocasies mais simples. #, pois, necessário proceder a uma forte educação da vontade, antes de procurar uma iniciação mais alta e eis porque o estudo do magnetismo pessoal nos parece de primeira necessidade, o primeiro degrau que é indispensável vencer antes de querer seguir o caminho iniciáticoQ. Q Q Q 6ara aquele que conhece as forças que o homem possui nas suas reservas, o mais das ve%es sem o seu conhecimento, é poss&vel, fácil mesmo, tirar grande utilidade por meios ao seu alcance. )e o terror nos paralisa quando toma posse de nos, inversamente a alegria, o entusiasmo podem decuplicar as nossas forças, dando$lhes um louco impulso de que não nos acreditar&amos capa%es, se a eperi"ncia não nos viesse demonstrar. -omai o soldado fatigado/ a msica, sobretudo uma msica viva e fortemente vibrada, torna$o cheio de energia e coragem necessárias para chegar até a desejada etapa. >as circunst2ncias mais graves, porém, que a guerra nos tem dado muitas ocasies de observar, a carga que voa e o pr5prio perigo são ecitantes que lançam contra o inimigo, com o furor de uma onda que se quebra, o soldado etenuado, esgotado, desanimado. -al é, em n5s, o jogo das forças que escapam ! nossa empresa, mas para quem as sabe compreender e condu%ir, tornam$se a fonte de muitas açes que, antes, lhe pareciam sobre$humanas. Rs ve%es, é suficiente um nada da palavra precisa que era necessário di%er, para despertar em qualquer pessoa, energias das quais nem sequer suspeitava. 8utras ve%es, o perigo que corre o ser amado fa% do amoroso um ser novo. -omai a mais t&mida das mulheres, a que foge diante de um rato ou uma aranha, e colocai$a diante de um animal fero% que vai devorar seu filho, e ela se lançará diante do perigo, sem mesmo nele pensar, para salvar o filho que lhe é mais caro que a sua pr5pria vida. *alamos longamente sobre todas essas manifestaçes no nosso (urso de Magnetismo 6essoal e indicamos nesse mesmo trabalho que a auto$sugestão e algumas outras práticas mais simples, como a educação do olhar, o dom&nio do gesto e o hábito da respiração profunda podem permitir$nos eercer um perfeito dom&nio sobre essas forças, suprimindo os seus efeitos nocivos e aumentando, ao contrário, as suas açes feli%es. Aqui desejar&amos demorar sobre um lado particular da questão< as forças atrativas do amor. Q Q Q Esse amor, que nos aparece como uXa manifestação tão pessoal de nossas forças, é, ao contrário, a impulsão de forças c5smicas formidáveis, das quais aquele que não sabe tornar$se o senhor, tornar$se$á o miserável joguete. Estamos todos mais ou menos submetidos a essas forças e seus impulsos se transmudam em paião, desejo, ternura, afeição, simpatia, segundo o estado de nossa evolução e o centro emocional sobre o qual operam mais poderosamente essas forças. # sempre o amor, porém, epresso diferentemente, segundo aquele que o eperimenta, e alguém que não se cr" amado, o é profundamente e mais do que merece, porém, de maneira que não lhe é acess&vel, que não compreende. )inteticamente, o ser humano se compe de tr"s centros< = 0entre, 6eito e (abeça. )e o centro inferior predominar e se o ser, mesmo adiantado até certo ponto, se deia dominar por ele, a atração será puramente sensual/ é o apelo da espécie que anima em n5s sensaçes eclusivamente animais. 8 centro médio e o peito, contendo o coração, representam a sede dos sentimentos afetuosos. )e o ente, mais emotivo do que sensual ou refletido, sofre eclusivamente as sensaçes desse coração, é o amor sentimental que o domina, um amor cheio de ternura e de suavidade na felicidade, submetido, porém, ao cime, ! paião e a todas as impulsividades. )e é o centro superior, a cabeça, que domina, segue$se uma afeição clarividente, mas de apar"ncia fria, que condu% mais ! fusão de idéias, ao trabalho comum, do que !s epanses sentimentais ou sensuais. Q Q Q Encaremos a impulsão do amor nos tr"s centros. *
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8 homem cr" dominar as forças que estão em si, mas, na maioria dos casos, é o joguete dos seus apetites, de suas atraçes, de suas afinidades. Ele acredita possuir$se, e as circunst2ncias lhe demonstram que a sua vigil2ncia a este respeito deve ser incessante para não vir a ser a presa das forças que cr" dirigir. (ertamente, elas não são sem encanto e aquele que lhes cede, mascara a sua queda com mil engenhosos pretetos/ não confessa facilmente que perdeu a direção do seu ser e que se deiou arrastar para onde não desejava ir. 0amos ver rapidamente os maus efeitos dessas quedas/ é intil nos estendermos muito, porque são conhecidas de todos, porém, é preciso não esquec"$las para as vigiar em n5s e sustentar os outros, em caso de necessidade. Ouantos plet5ricos, seres eclusivamente submetidos ! matéria, quer estejam entorpecidos pela digestão ou trepidamente de super$ecitaçes artificiais, não v"m no amor senão a atração sensualY ;maginam que todo o mundo se lhes assemelha e tratam de loucos e hip5critas aqueles que buscam, na sua escolha, mais alguma coisa além da paião brutal. 0ão de uma a outra. @m desejo baio os atrai. (r"em$se amorosos, quando não passam de v&timas dos mais vulgares apetites. )eus olhos estão iluminados de cupide% e seus prop5sitos se demoram em numerosas lembranças voluptuosas. >ão sabem falar senão das coisas mais baias e seus prop5sitos são tão triviais como o seu pensamento/ se se sentem atra&dos por um ser mais elevado do que eles, da mesma forma repugnante e grosseira lhe falam e infundem desgosto no ser delicado que eles desejariam conquistar. (r"em$se muito fortes porque são vivamente agitadosY ;maginam$se muito poderosos e são escravos de sua luria. @m belo corpo os perturba. )e v"m um pouco de carne descoberta, um seio que se descobre, um contorno que a saia revela, ei$los transtornados. (ertamente, como não pedem senão alegrias fáceis e pra%eres que se podem encontrar ! custa de dinheiro, obt"m o que desejam/ mas quanto o seu contentamento é de curta duraçãoY Envelhecidos precocemente, procuram nos afrodis&acos o meio de satisfa%er sua paião que sobreviveu ! suas forças/ eles se intoicam e descem toda a escala do aviltamento. -ornam$se neurast"nicos porque sua força nervosa está gasta pelo uso de baias alegrias. *reqNentemente morrem jovens, cansados, mas não saciados, enleados pelas forças inferiores que, mesmo no Além, retardam a sua evolução. Q Q Q >o dom&nio do coração, há forças análogas, porém de uma ess"ncia superior. -ambém podem ser poderosas, mas o seu jogo é bem diferente daquele que caracteri%a o amor carnal. A sua ação é mais traiçoeira e, muitas ve%es, ela se oculta sob um aspecto de devotamento ou de ami%ade. Ouantos se t"m deiado comover por um belo olhar que lhe é lançado e ao qual eles emprestaram toda a eloqN"ncia de sua almaS @ma palavra amiga os emociona profundamente. Acreditaram, com ra%ão ou não, na promessa de um coração que se oferece. 8s olhares se encontram e uma deliciosa perturbação penetra os dois seres. 8s lábios murmuram, com ternura, palavras apaionadas que lhes parecem irrevogáveis. Muitos empenharam a sua vida nessa sedutora miragem. 6or ve%es, a apar"ncia era fundada/ um id&lio se estabelecia e uma união durável florescia nesses coraçes abertos eclusivamente um para o outro, em uma adoração sem fim. Mas, muitas ve%es, aquele que foi emocionado por um olhar indiferente no fundo e que se velava de languide%, o foi somente sob o pra%er de uma msica, uma cor, uma palavra acariciadora. Essa emoção furtiva, prontamente dissipada, não deia mais do que uma desdita amarga, uma espécie de decepção e aquele que se sente enganado fica cheio de rancor. 8utros conheceram iluses mais longas. Acreditaram no amor do ser que amavam. *icaram encantados por uma vo% doce, pelos olhares acariciadores. Embriagaram$se com um perfume, por ve%es, num abraço, porém, depois de minutos de doçura, viram que tinham enfeitado com todos os encantos de seu sonho uma criatura banal que lhes deu algumas alegrias com tanta indiferença como uma árvore daria a sua sombra. Então, um profundo desgosto se estabelece naquele que, contudo, não foi tra&do senão por si mesmo, pelas armadilhas de sua imaginação. A neurastenia cedo toma a sua presa/ o desiludido toma rapidamente desgosto pela vida e, se uXa mão amiga e forte não o assiste para subir o declive, idéias negras surgem/ ele pensa no suic&dio. # que o imprudente sentimental jogou com forças que não conhecia. >ão acreditava no mal. 9eiou$se prender ingenuamente na armadilha do amor insidioso, porque julgou o coração do outro segundo o seu pr5prio coração, e lhe emprestou sentimentos sinceros.
Ouando a desilusão chega, o belo castelo de nuvens se dissipa, deiando um vácuo horr&vel. 6recisará de tempo e de consolaçes para chegar a dissipar a decepção que torna todo o ser desordenado. Q Q Q 8 amor cerebral tem grandes encantos para os esp&ritos evolucionados. )entimo$nos em simpatia de idéias com aqueles que nos agradam/ sentimo$nos espontaneamente atra&dos/ trocam$se altos pensamentos que nos levam a cumprir as açes mais merit5rias/ imaginamos estar acima de todas as forças, plainar sobre o mal como um pássaro voa acima das forças terrestres. # o que se imagina, e, sinceramente, abandonamo$nos ! doçura dessas conversaçes com uma ternura que parece angélica. -em$se, por outrem, um liame e deveres/ promete$se ser fiel ! honra e ! fé jurada/ mas como o declive é doce e forte, condu%indo$nos ! faltaY >ão é preciso mais que um momento de vertigem para nos tornarmos indignos de n5s mesmos. Então, para o ser já adiantado que tem o sentimento do dever e que falhou ! sua palavra, é o remorso que o arrasta ap5s si, como cadeias. A inveross&mil tend"ncia da nature%a humana nos impele, na maioria dos casos, a acusar o outro do mal que fi%emos. 8 5dio sucede depressa ao amor. # que ignoramos que forças são postas em jogo na atração dos corpos e das almas. 1rincamos ! margem de um abismo com a idéia de que asas nos viriam no momento em que a terra faltasse sob os nossos passos/ a terra faltou/ seguiu$se a queda/ sentimo$nos envergonhados e miseráveis porque não sab&amos. Q Q Q # preciso conhecer todas estas forças, as que movem corpos, embriagam almas e atormentam os esp&ritos. )ob cores deliciosas e enervantes, elas t"m, cada uma, a sua vertigem. -"m tudo o que é preciso para nos desviar dos nossos deveres, para fa%erem perder de vista o nico fim para o qual nos devemos encaminhar< para a evolução que nos condu%irá !s esferas elevadas prometidas a nossa leg&tima esperança. (omo são desgraçadas as v&timas das forças que nos rodeiamY Acreditaram$se livres e estão ligadas por laços de carne, de coração e de esp&rito. )eguem, sem vontade, um caminho no qual não é mais a consci"ncia que os dirige. (ada uma dessas trilhas tem os seus escolhos e muitos t"m sofrido desventuras surgidas nessas perigosas sendas. Acontece$lhes, muitas ve%es, depois de uma longa convalesc"ncia, tentar uma nova eperi"ncia, tentar refa%er$se por uma vida sentimental, procurar a felicidade que lhes foge porque não a sabem procurar onde se encontra< no dever e no equil&brio. >ovo ensaio é tentado, freqNentemente, com a mesma preocupação que o precedente/ o sensual fica sensual e o sentimental fica sentimental. Entretanto, certos seres, para combater a sua desilusão, fa%em sobre si mesmo um tal assédio que procuram resolutamente em uma nova senda a satisfação desse desejo de felicidade que está no fundo de cada um de n5s. Ouem estreou por afeiçes puramente carnais, se eleva, gradativamente, do amor sensual ao amor sentimental e depois ao amor cerebral. 8utros que acharam, desde a sua idade mais tenra, as puras alegrias do amor cerebral e que foram enganados, sucumbem, na sua idade madura, no que os sábios chamam Po demFnio do meio'diaP, esse desejo de go%ar materialmente, que vem freqNentemente ao homem, no apogeu de sua carreira, quando a saciedade dos deveres e das honras lhe fa% pensar, como no Eclesiastes, que tudo é vaidade, salvo comer, beber e divertir$se com a mulher que vos agrada. # uma tentação poderosa entre os qNinquagenários que tudo sacrificaram na sua mocidade com o fim cient&fico ou social que eles tinham por bem atingir. Q Q Q +enri 1ataille escreveu, a esse respeito, um trabalho< 2es lambeau+ , em que apresenta dois sábios que percorreram essa escala em um sentido inverso e que as circunst2ncias da vida se fa%em encontrar. @m, que entrara na vida pelos pra%eres sensuais e tornou$se sentimental, depois cerebral. 8 outro que, desde tenra idade, se encerrara no seu laborat5rio, que encontrou em sua mulher um perfeito amor cerebral, uma inteira comunhão de idéias, um constante au&lio nas suas pesquisas cient&ficas, termina por sucumbir !s atraçes diferentes/ primeiramente enganou a sua mulher sentimentalmente, depois cedeu ! carne. 9esceu do amor cerebral ! atração sentimental, depois ao desejo sensual e se encontra, então, nessa etapa, enquanto o outro, fatigado pelos pra%eres dos sentidos, subiu a mesma encosta e se encontra atingido pelo amor cerebral, depois de
ter sofrido, como se sofre sempre, do amor sensual e do amor sentimental. Ambos são movidos por forças que ignoram, forças tão potentes contra aqueles que não penetram previamente o enigma da Esfinge. Ambos são, entretanto, grandes cérebros. 0iram melhor certos aspectos da vida que aqueles que não a conhecem senão por seus lados eteriores/ entretanto, obedeceram, todos os dois, por sendas diferentes, ao turbilhão do instinto. >a obra de +enri 1ataille, o grande sábio que partiu dos sentidos para entrar no mundo do pensamento, chama$se +ernet. o outro, 1ouguet, seguiu o caminho oposto e desceu do pensamento para o mundo sensual. +ernet renunciou ao pr"mio >obel em favor de 1ouguet que nem conhecia, mas cuja obra o apaionou sob diversos pontos de vista. Q Q Q Eis o diálogo pelo qual esses dois seres superiores trocam as suas idéias< P9ouguet% — %%% Perguntei a mim mesmo! muitas "e$es! porque "ós! o autor dramático glorioso! o autor de tão belos poemas! ti"estes esse belo gesto de "os retirardes da concorr-ncia em consideração para com um homem tão afastado de "ós% &ão falta grande$a nessa fraternidade dos esp,ritos de escol que não se conhecem% 3as! por que mereci a honra que me concedestesST PGernet% — (h@ é uma "elha d,"ida! uma "elh,ssima d,"ida! contra,da há "ários anos% 8enunciei ao teatro! "ós o sabeis% )espre$o agora a forma poética e plástica% 1heguei a não conceber senão o pensamento abstrato% Esta metamorfose! eu a de"o a muitos acontecimentos! a uma e"olução natural pode ser porém é a "ós principalmente! e! apagando'me diante de "ós! paga"a uma di"ida de reconhecimento da qual não podeis adi"inhar a pungente história%%% =odo um drama que ninguém conhece e ninguém conhecerá #amaisYP A essa revelação incompleta, 1ouguet sente despertar$se em s& uma curiosidade simpática. Adivinha, naquele que lhe fala, tend"ncias comuns, afinidades que fa%em dois seres muito pr5imos, quase fraternais, atraçes tão poderosas que a sua intimidade pode queimar etapas que as conveni"ncias costumam impor !s pessoas que cedem a consideraçes vulgares. 0ão encontrar$se, por efeito de sua vontade e da consci"ncia que t"m de sua semelhança intelectual, de repente, sobre esse plano de confiança e de confidencia que não se atinge nunca com as almas inferiores e que é o que reclama a ami%ade nascente de 1ouguet. Então, +ernet, dominando o pudor com que se preocupava em ocultar a ferida &ntima de seu coração, abre$se com ele. P9ouguet% — %%%&os dom,nios mais pró+imos! os da pesquisa e da idéia! #á estamos em fam,lia%C Gernet% — 3as! eu sou o neófito% ;ou o recém'"indo% Vós tendes sempre "i"ido no pensamento eu não% Eu parti dos sentidos% ;im! fui um sensual até aos trinta anos depois dos sentidos! atra"essei o sentimento%%% Go#e! cheguei ao pensamento e me entreguei a ele completamente%%% Aqueles que compreendem melhor! imaginam que eu atra"essei esses tr-s c,rculos sucessi"osB os sentidos! os sentimentos e as idéias! por um encadeamento todo natural% Enfim! foi a um grande golpe que eu o de"o% oi simples! foi terr,"el% &inguém o sabe% Vós podereis sab-' lo.P E abraçado por 1ouguet, +ernet revela a seu amigo o segredo que lhe pesa no coração< PGernet% — Gá "ários anos! oculta"a um amor tranqJilo e feli$%%% um amor sem publicidade que! contudo! alimentou de$ anos a minha "ida! de$ anos@%%% )e repente! um dia! em uma tarde! nas "erdes solid.es da &ormandia onde "i"ia! deu'se o tremendo choque! a ruptura mais atro$ — as imundas re"elaç.es! o grito furioso do ódio%%% A desilusão se "olta"a para todo o meu assado e essa mulher destruiu! na derrocada! até a lembrança! até as imagens@C
?ma noite! fui ao #ardim! como este! inundado pelo luar% Arrastei'me sob um humilde car"alho — lembro'me bem — para morrer% Apoiei o cano do re"ol"er sobre o lugar escolhido% Estendi'me na posição da morte e! então! nessa posição! meus olhos se fi+a"am naturalmente no céu%%% oi o que me sal"ou% &ão "i )eus! certamente@%%% 3as nesse encolhimento supremo da "ontade! no momento do esforço sobre o trampolim! "i! lá no alto! por uma espécie de s,ntese conhecida por todos aqueles que t-m querido morrer e que interrogaram ao céu! eu "i as flamas%%% as idéias que iluminam toda a consci-ncia do mundo que eu ia dei+ar@%%% Vi lá no alto! preso! por assim di$er! de estrela em estrela! todo o pensamento humano%%% como desagregado! porém! não perdido! ele "i"ia realmente acima dos mortos e forma"a este grande nimbo uni"ersal que nos arrebata para os fins da claridade ou da serenidade% %% 3inha mão demorou'se muito tempo! muito tempo! indefinidamente%%% Por esse olhar supremo! eu tinha sido arrebatado para o céu do homem! para o céu di"ino — o outro! não@%%% ão se deve deiar vencer pelo apelo dos sentidos, pela curiosidade sentimental, pela atração de um pensamento que o pode condu%ir a uma descida. 9eve ter dominado todos os seus impulsos e, uma ve% que tenha escolhido a sua trilha, não deve mais permitir$se uma distração que o afaste dela/ sabe que não se brinca com as forças. Q Q Q 9ominar, porém, não equivale a suprimir. 8 defeito de certos métodos é precisamente tenderem a fa%er rejeitar totalmente o amor sensual, a desenvolver entre os adeptos um ascetismo que tem por fim suprimir uma função natural sem se preocupar se graves perturbaçes não surgirão para todo o organismo. Alguns não suprimiram somente a vida sensual, mas tudo o que é afeição no plano humano lhes pareceu culpável. 8utros, ainda, não querem deiar subsistir nenhum sentimento, procurando suprimir mesmo toda a idéia que nos seja pessoal para chegar mais depressa ! iluminação. Ao nosso ver é cometer graves erros, é contrariar gravemente as leis sãs da >ature%a. ?esulta da& sempre um desequil&brio. Ouantos dissabores esperam aqueles que escutam esses conselhosY (ertos m&sticos encaram o problema sob outro prisma e, admitindo o ato do amor carnal como meio de procriação, procuram utili%ar a aproimação f&sica no fim da maior comunhão espiritual, porém com a condição de que esse contato não traga nenhuma perda da energia geradoraY Assim, o doutora Alice )tocham nos chega até a di%er do ato carnal entre esposos<
PVindo o momento! sem fadiga do corpo! sem inquietação do esp,rito! entregai'"os ao ato carnal! acompanhando o ato de união de e+press.es de ternura! mas conser"ando o corpo sempre sob a inteira subordinação do esp,rito! da "ontade e sem dei+ar o fr-mito da pai+ão ir além de uma simples sensação de pra$er% A menos que não dese#eis a procriação! e"itai consumar o ato.T P1om um pouco de tempo e de boa "ontade de parte a parte! o interc7mbio se fará sem emissão e sem crise% )urante uma hora estareis submetidos a uma tensão f,sica acompanhada de e+altação espiritual não é raro que! em semelhante caso! tenhamos "is.es de uma "ida transcendente e e+perimentemos a consci-ncia de uma força no"a.P 8 menos que se pode di%er dessa etravagante higiene é que é etremamente perigosa/ há nela uma tend"ncia ao amor f&sico$m&stico que não tardará a prejudicar profundamente a personalidade. -odavia, poucas pessoas sensatas são levadas a seguir esses desconcertantes preceitos, e essas elucubraçes sobre uma ética especial do casamento arriscam a fa%er poucos adeptos. # til, entretanto, desanimar imediatamente os curiosos que se entregariam a esse treinamento especial, com grande detrimento de sua sade nervosa. Q Q Q 8 que é preciso é ceder ! vida sensual quando for conveniente, mas sem se deiar dominar pela impetuosidade do desejo. Aquele que não é senhor de suas reaçes particulares, fa%$se um escravo dos seus sentidos e cria um estado de necessidade assimilável, em menor grau, ao do morfin'mano ou do opi'mano que não podem passar sem os seus venenos. # preciso considerar a função geradora como um ato normal cujo fim é perpetuar a espécie, criar um lar, unindo pelo amor, em todos os seus dom&nios, dois seres que se dão reciprocamente, tanto na boa como na má fortuna. A união desses dois seres não é uma banalidade galante/ é um ato sério, no qual devemos ver o meio de regenerar a raça e restabelecer a fam&lia. #, pois, um ato grave e que reclama consideração. # preciso não encará$lo eclusivamente como um pra%er, não torná$lo essencialmente sensual, porque isso cria uma espécie de tend"ncia a despertar os v&cios que prolongam o desejo e o produ%em. Essas curiosidades malsãs não chegam senão a dar ao esp&rito um impulso m5rbido, a inspirar ! imaginação pesquisas que esgotam o corpo, levando o sistema nervoso ! neurastenia e o esp&rito !s idéias negras e ao des2nimo. # preciso não mais ceder cegamente ao seu coração. 8s impulsos sentimentais são, muitas ve%es, mais perigosos, porque são violentos e parecem puros aos esp&ritos que se elevam acima da matéria. 8 essencial é dominar os impulsos/ não ceder senão ao bom senso. As alegrias que dá o amor cerebral são de ordem mais elevada/ porém, que necessidade temos n5s do amor para encontrar no comércio do esp&rito uma ami%ade s5lida e fielS +á a& grandes doçuras que nascem de uma id"ntica compreensão dos seres e das coisas e convém ficar sempre senhor de seu pensamento como se deve ficar senhor do corpo e do coração. 8 bem s5 está no equil&brio. # graças a ele que o ser se sente normal e perfeitamente feli%. Q Q Q 8 nosso dever é, pois, educarmos a n5s mesmos, criando um lar onde reine o amor poderoso e superior, baseado em sentimentos duráveis. Esse lar não pode ter por fim senão o melhoramento da raça, porque o fim do iniciado é o aperfeiçoamento de si mesmo para espalhar o bem em torno dele, criando assim um melhoramento coletivo. (onvém, pois, amar unicamente o ser escolhido, abrir$se com ele, viver em inteira comunhão de sentimentos e de pensamentos, evitando os atritos que prejudicariam essa união tão doce. # pelas mtuas concesses que se chega a essa estabilidade, a essa vida de lar que é o maior bem do ser social. # por uma escolha judiciosa, por uma ternura constante que se chega ! unificação de dois, a se compreender antes de se ter epressado o pensamento, que se vem a reali%ar essa união que fa% de dois corpos, de dois coraçes e de dois esp&ritos, os criadores de uma fam&lia. Eperimenta$se, nessa afeição natural, o que se sente diante da >ature%a, um porto onde se possa abrigar, nas horas más. # porque a >ature%a nos mostra que doçura pode espalhar tanto nas nossas alegrias como nos pesares, que !queles que amam verdadeiramente, t"m tanto pra%er em se perderem juntos sob as verdes ogivas da floresta, a contemplar, mãos e coraçes unidos, a imensa etensão movimentada do mar.
Ambos admiram a >ature%a e sentem, em si mesmos, a vida ardente e doce que fa% crescer as plantas e protege os ninhos. )entem$se penetrados de suas harmonias/ vivem em comunhão com o que os rodeia e acaricia. Q Q Q Esses pra%eres superiores não são dados !queles que não se afastam das forças inferiores. )5 os outros podem atingir as altas regies onde a alma está serena. >esse momento, um campo imenso se desenrola diante do pensamento, então, dominador da matéria. (ompreendemos que os ritmos a dirigem e participam desses ritmos que nos enlaçam no seu encanto puro. 8 coração, percebendo o encantamento da atração universal desse magnetismo superior que opera sobre todas as formas da vida, procura fiá$lo em si mesmo e o consegue. A sua sede infinita é saciada nas fontes sagradas, longe dos desejos impuros e dos pensamentos odiosos. # bebendo nessas fontes ideais que saboreamos as maiores alegrias que ao nosso ser seja dado eperimentar. Mas, essa felicidade não se consegue sem trabalho. 6ara se desalterar nas fontes que saltam nas alturas/ devemos primeiramente ter o trabalho de procurá$las, devemos fa%er esforços para atingi$las, tentando$o continuamente. Essas reservas podem parecer bem long&nquas, porém quanto o nosso esforço é recompensado por prodigiosos resultadosY Q Q Q 8 campo de ação do iniciado é ainda maior do que o imaginais. (ompreende todas as forças que eistem. 0ai dos impulsos mais baios da matéria até as quintess"ncias mais maravilhosas do esp&rito. -odas as forças lhe são amigas, porque sabe dominar as más e se conciliar com as que são boas e harmoniosas. 8 astr'nomo conhece o movimento dos astros/ segue$os no céu e seu pensamento os acompanha na 5rbita que vão percorrer, porque penetrou as leis que presidem a sua evolução. Essas leis não tendo segredos, para ele, informam$no de sua marcha precisa, de sua influ"ncia sobre o mundo. 9o mesmo modo, o iniciado que estudou as forças ambientes conhece, em certa medida, o seu jogo. >ão somente contempla o astro que rola no céu, porém sabe que, em certa medida, pode derivar seu influo e torná$lo benéfico para aqueles que t"m necessidade dele. 8 iniciado é senhor das forças que estão nele. Antes de procurar reinar sobre a matéria sutil e as pot"ncias que o rodeiam, dominou os seus impulsos e as suas emoçes mais involuntárias, fa%endo calar os arrebatamentos que lhe impunha o seu long&nquo atavismo. *e% obedecer ! sua vontade o seu temperamento e o seu corpo. (hegou a esse equil&brio voluntário, que é, ao mesmo tempo, a estabilidade, o poder. >ele está o pensamento que manda, o elemento superior, uma vontade calma e firme, sem rigor, mas sustentada e perseverante, que não desanima diante de um s5 obstáculo. Q Q Q )enhor de si mesmo, o adepto facilmente é senhor dos outros. Efetivamente, aquele que sabe refreiar o seu pr5prio magnetismo, dominando os seus impulsos, é capa% também de o polari%ar e emitir da maneira que lhe convier melhor. )5 vos colocardes perto de um foco incandescente, eperimentais o que irradia de sua chama. >a esfera de irradiação desse foco, não vos podeis subtrair ! ação do calor desprendido. Esse calor se propaga em torno do foco segundo as leis f&sicas conhecidas, sempre as mesmas. A ação do iniciado é, em certos pontos, comparável ! do foco. ;rradia normalmente em torno de si e todos, quer queiram ou não, quando se encontram no seu campo de ação, eperimentam os efeitos de seu influo misterioso. A comparação do iniciado com o foco incandescente não é, entretanto, rigorosamente eata, porque o foco não pode propagar em torno dele senão uma certa forma de calor, sempre a mesma, apesar das diferenças de intensidade/ o iniciado, ao contrário, tem poder de dar, na sua irradiação, pelo magnetismo que emana de toda a sua pessoa, as qualidades particulares que deseja. 8 iniciado polari%a, pois, ! sua vontade, sua pr5pria energia, a sua pr5pria vitalidade. 9esprende os seus raios quentes como o foco envia os seus e qualquer que se encontre na sua vi%inhança se sente atra&do para ele, como os pobres desgraçados que se entorpeceram pela geada correm para a chama alegre que dará novo vigor ao seus membros gelados.
6or outro lado, o iniciado tem a possibilidade de modificar o campo de sua irradiação, concentrar forças para eteriori%á$las em seguida e projetá$las ao longe na direção que se prop's. (ertos seres possuem naturalmente essa espécie de irradiação, porém, não lhe conhecem as leis e os efeitos que dela obt"m, pois são caprichosos e passageiros. Entretanto, atraem para si tudo quanto constitui o objetivo de seu desejo e de sua ambição. -udo lhes vem. As ami%ades preciosas se apresentam naturalmente/ as simpatias os rodeiam e, cada qual lhes quer ser til. 6arece que tudo o que é agradável lhe vem espontaneamente e o amor mesmo se apresenta como uma flor ! altura da mão, que lhe é permitido colher ! sua vontade. 6or que esses seres tão singularmente dotados possuem esse poderS # um mistério impenetrável para aqueles que não estudaram os problemas ps&quicos. 8 segredo é bem simples, entretanto. Esses seres são, sem dvida, os reservat5rios de um magnetismo muito sutil que se escapa de sua pessoa e vai impressionar aqueles para quem se dirige o seu sentimento ou o seu desejo. >ão há necessidade de palavras/ é uma comunicação ps&quica prontamente estabelecida, instant2nea, por assim di%er, que se funciona de um ao outro, criando entre duas pessoas um equil&brio e coloca o mais fraco sob o dom&nio do mais forte. Esses fatos espont2neos, de que o profano se admira, devem$nos fa%er compreender quanto mais forte será o iniciado quando, em lugar de projetar a torto e a direito uma emissão da qual não é senhor, dirige com uma vontade consciente eflvios que lhe são conhecidos e de que conhece o manejo perfeito. 8 iniciado sente em si forças infinitas de que pode fa%er uso ! sua vontade. @tili%a$as sensatamente, sabendo que pode torná$las maiores e renová$las sem cessar, não se deiando jamais empobrecer. >ão somente o seu poder é muito superior, mas, polari%ando as suas emisses flu&dicas, pode lhes dar tal qualidade que julgue necessária. 6ode aumentar ou tornar delicadas as vibraçes de suas forças/ pode sustentar ou dominar/ despertar ou fa%er dormir. # porque os iniciados de todos os tempos conheciam esse segredo da polari%ação das forças que possu&am tão grandes poderes, que tinham o poder de curar, salvar e p'r ao serviço da dor e segredo das forças ocultas. Q Q Q Essa polari%ação das forças é um dos conhecimentos que o iniciado adquire em primeiro lugar. Está ele em presença de uma pessoa deprimidaS 6or sua orientação de pensamento, por uma vontade calma, sustentada e perseverante, ele dá ao seu magnetismo e a todas as forças benéficas que sente em si e que pode irradiar para aqueles que lhe fa%em apelo, aquilo de que necessitam realmente, a vibração apropriada ao seu estado particular, o que os magneti%adores do ltimo século chamam o Ptom de mo"imentoP. ?esulta dai, para aquele sobre o qual se opera, uma emissão particular, ativa e estimulante que o desperta do seu torpor. 8 deprimido é tomado por essa PauraP, por essa atmosfera especial que irradia em torno do magneti%ador. E, como nos aquecemos junto ao fogão, do mesmo modo o deprimido eperimenta, por essa simples presença, uma energia nova que o reconforta e o sustem. )ente$se logo menos abatido, menos triste e, progressivamente, se revigori%a, retoma a sua força, a sua coragem, a sua alegria. Essa ação se simboli%a na atividade solar. Ouando o inverno nos afasta dos raios do sol, tudo parece morto na >ature%a/ não há folhas nem flores/ os pr5prios animais se ocultam/ toda a vida parece abandonar a terra. Mas, desde que a primavera condu% de novo lu%, as folhas saltam dos ramos nus/ os animais parecem ressuscitar/ os pássaros fa%em ouvir os seus cantos alegres/ a alegria reina sobre a terra. 8 iniciado é como o sol/ desde que aparece, a sua atmosfera quente condu% ao corpo a vitalidade, ao esp&rito os pensamentos otimistas, ao coração novas alegrias. ;nversamente, se o iniciado se acha diante de um doente que tem necessidade de estar calmo, era presença de um ecitado que não conhece mais o repouso, é a calma de seu pensamento e de seu magnetismo que ele fa% irradiar em torno. @m bem$estar inesperado e uma pa% deliciosa penetra no sistema nervoso daquele que estava agitado/ resultam da& um agradável repouso e um doce sono reconfortante que prometem e freqNentemente recondu%em o equil&brio ! sade. -endes, talve%, sentido já essa calma ao contato de certos seres. Emanava de toda a sua pessoa um magnetismo tão doce como um perfume, que tra%ia a pa% ao vosso coração, mesmo nas horas mais perturbadas. 9iante desses seres, vos sentistes confiantes/ v5s lhes abristes a vossa alma, como a terra gelada se abre aos primeiros raios do sol. >ão somente o iniciado dá ao seu magnetismo qualidades de calma ou de ecitação, tornando$o ativo ou passivo, mas ainda pode dar qualidades que julgue necessárias. EX um ponto
muito importante, sobre o qual voltaremos a tratar no pr5imo cap&tulo, que consagramos ! transfusão da força. >a nossa obra Voici Ia 2umi>re, demonstramos, por eemplos pessoais, o que se pode fa%er com o au&lio dessa irradiação benéfica na cura das doenças f&sicas, no al&vio das mágoas do coração, no apa%iguamento das desordens do esp&rito, porque tudo o que é desequil&brio = não há outra causa de sofrimento do que a falta de equil&brio = pode ser aliviado e curado. -udo isso fa% parte do dom&nio do sábio, do pesquisador sério que não se preocupa com a vaidade da gl5ria e a cupide% do dinheiro, mas emprega as suas forças para surpreender os segredos da >ature%a e as vibraçes da vida para a sade daqueles que o rodeiam. 8 dom&nio do iniciado é imenso e o sol que o ilumina é o da eterna verdade. Q Q Q Esse dom&nio, compreende$se não estaria sem perigo, aberto a todo o mundo. 8 poder que se adquire com ele tornar$se$ia perigoso nas mãos do intrigante e do mau. # por isso que é indispensável fechá$lo diante daqueles que não possuem qualidades necessárias de coração e de esp&rito. 8 iniciado possui um poder infinitamente etenso. 7overna a vida. # senhor das sensaçes e dos sentimentos, de tudo o que emociona, perturba, impressiona. # o dominador de todas as impulsividades, tanto que não se pode iniciar senão aquele que não abusaria do poder que a ci"ncia lhe confere. Essa ci"ncia maravilhosa, a ci"ncia secreta de todos os santuários, não deve ser confiada senão a pessoas eperimentadas e é o que justifica a duração e o caráter das eperi"ncias com que semeavam outrora o limiar do -emplo/ uma longa espera e duros trabalhos pareciam indispensáveis para se assegurar o valor do candidato. *alando assim, tocamos em um dos mais altos arcanos da ci"ncia secreta, arcano interdito aos profanos, porque eles, não veriam a& senão o meio de satisfa%er aos seus mais grosseiros apetites. # uma das faces, e talve% a mais tem&vel, do grande problema. (ertamente, os mais altos poderes são conferidos ao adepto/ ele tem direito sobre as forças poderosas que poderá dirigir a seu gosto, mas a arma que se lhe confia tem dois gumes. ;maginemos por um instante que aquele que recebe a chave do manejo dessas forças as queira usar em um fim de cupide% ego&stico. ?esultarão, da&, açes da mais baia e mais odiosa feitiçaria. 8 adepto pode operar ! dist2ncia, mas aquele que se quer tornar culpado pode perpetrar, assim, muitos atentados. 6ode projetar com força a sua vontade nociva/ esse fen'meno é muito freqNente nos campos. 6essoas rudes, absolutamente analfabetas, reali%am, segundo os ritos, cujo sentido elas mesmo não penetraram, açes que operam sobre as forças inferiores, causando a moléstia e, por ve%es, a ru&na. -riunfo de curta duração porque o feiticeiro nunca termina por uXa morte serena. A malquerença que lançou volta$se contra ele/ termina morrendo do mal que desejou impor. Aquele que não v" no manejo das forças senão um objeto de curiosidade, desejará brincar com as forças P para "er P/ o sentimental procurará emoçes inéditas e fortes/ o sensual não terá outro fim além de criar o desejo voluptuoso entre os seres cuja posse cobiça. -odos, de uma ou de outra maneira, desejarão humilhar e dominar. -odos chegarão ao mesmo fim, porque a posse das forças não pode ser empregada para uma obra nefasta. +á perigo para aqueles que rodeiam o feiticeiro/ há mais perigo ainda para ele mesmo. # por isso que o véu não pode ser levantado. # nos permitido p'r sobre o caminho aquele que acreditamos capa% de procurar com o coração puro, mas, cada um deve avançar por seu pr5prio esforço. 8 simples curioso não achará o que ele procura porque não possui a fé que atrai as virtudes superiores. 8 mau poderá achá$lo, porque não lhe falta a const2ncia/ acha$o, porém, para a sua desgraça e não convém auiliá$lo. A porta do mistério fica rigorosamente fechada para aqueles que não adquiriram os méritos necessários e que não deram provas da sinceridade do seu trabalho. >ão há, sobre esse ponto, dissimulação poss&vel/ aquele que quer mentir, trai$se sem o perceber. (ada um se fa% a si mesmo. >ão se pode operar senão depois de longos estudos e pesquisas pacientes que parecem intermináveis ao curioso de pouca fé. As forças não se obt"m por uma palavra ou um gesto/ é um desenvolvimento lento da percepção, dia a dia mais delicado, que nos revelará a presença das forças e nada poderia suprir a essa revelação. E que procurará o voluptuosoS 8 segredo do amorS 9as atraçes sensuaisS Afinidades essenciaisS
8 esforço do adepto sincero deve tender a descobrir propriamente esse arcano, a fim de quebrar as cadeias daqueles que estão presos. >ão se pode, porém, ser bem sucedido nessa obra senão quando se coloca acima da cadeia que se quer quebrar, acima da sensação, da perturbação passional dos sentidos, da emoção desregrada do coração. Aquele que quer reger o amor, deve ser o seu senhor e não o seu escravo. Aquele que quer dominar o amor não deve ter cedido senão a atraçes elevadas/ deve ter procurado mais alto, belas, sãs e puras harmonias/ deve iluminar$se nas grandes flamas que, do alto da ab5bada celeste, nos tra%em solenes e santas inspiraçes. (ertamente, o iniciado conhece o segredo das atraçes, das afinidades e dos amores, mas sabe também que este dom&nio deve ficar fechado para aquele que não se mostrar digno. 9a& vem a necessidade de lançar um véu sobre esses segredos que se ensinam lentamente, que se descobrem mais lentamente ainda !quele que os tem merecido. 8 amor puro se envolve no véu delicado do pudor. 8 segredo, mais precioso ainda do que a castidade mais estrita, está envolvido em mais véus. >ão é aqui o lugar de os levantar. Q Q Q >ovo iniciado, eis$te no limiar dos mistérios. -u os transpuseste e estás em estado de te dirigires a ti mesmo. 9á, sem cessar, provas das qualidades que te condu%iram a essa altura. Eleva o teu esp&rito para as altas harmonias onde te será revelado o segredo que desejas/ esse segredo não se recusará, se tu o procurares como deves. Abre o teu coração !s palavras que a >ature%a te canta, aos sil"ncios melodiosos que estão cheios de palavras sagradas na noite. (aminha sobre a senda que está aberta aos teus passos. Agora, que escolheste esta senda, ela te levará aonde deves ir. A medida que avançares, compreenderás e sentirás. 8s teus sentidos e o teu esp&rito far$se$ão mais delicados e mais sens&veis, a fim de que tomes o que está oculto ao sentido do profano. Mas, cessaste de ser um profano. )obe ao -emplo e a tua ess"ncia se tornará, sem cessar, mais nobre e mais pura. Mostra por tuas açes que és digno da direção que te foi concedida. )obe e serás digno de descobrir, letra por letra, de levantar, véu por véu, o segredo que te foi prometido e que te não será arrebatado. )obe e adquirirás o poder sem limites. ?einaras sobre o que pode emocionar o ser em todas as suas partes, mas esse poder, ao mesmo tempo perigoso e magn&fico, o ocultarás preciosamente e não o confiarás senão a pessoas seguras. # o segredo dos )ábios.
A FORÇA BITA O oo $a% ,or)a% na#ura!%/ 0 A ,or)a 3!#a' e a% $!,eren#e% "o$a'!$a$e% $a ener!a un!3er%a'/ 0 O %er (u"ano : a %e$e $e ,or)a% nu"ero%a% que %o"en#e aora1 $e no3o1 %e ro-ura $e%-o&r!r/ 0 O ro&'e"a r!"or$!a' : -on(e-er a ,or)a 3!#a' e no% #ornar"o% %en(ore% $e'a/ 0 O "ane#!%"o : u" aen#e ,?%!-o/ 0 A %ua a)9o ,!%!o'2!-a X !n-on#e%#.3e'8 e'e %e e;er-e !n$een$en#e"en#e $e #o$a %ue%#9o ou au#o=%ue%#9o/ 0 A a)9o $o "ane#!%"o %o&re a% 'an#a% e o% "!-r2&!o%/ 0 A a)9o $o "ane#!%"o e a %ue%#9o/ 0 E;er!o estado atual dos nossos conhecimentos é dif&cil pronunciarmo$nos a respeito. A medida que avança, o psiquista sente, mais e mais, a imensidade de problemas a resolver. @m nico fato é inegável< essas forças eistem/ elas se nos apresentam sob aspectos etremamente vários/ não se limita ! etensão de nosso corpo a ação que lhes é permitida/ irradiam de n5s, eteriori%am$se em condiçes particulares/ estão estreitamente ligadas !s energias ambientes/ são submissas, em grande parte, ! vontade do homem que desenvolveu metodicamente os seus poderes. # graças !s forças que ele tira de si mesmo e da atmosfera que o rodeia, que o magneti%ador cura e reconforta os doentes. Essa força vital encontra$se por toda a nature%a/ ela nos envolve, nos penetra, sem que o percebamos. Emana do sol que revitali%a, sem cessar, do ar que respiramos e que nos banha de todo lado. (omo di% muito bem o 6rofessor 1ouchard< P( sistema ner"oso! pelas suas e+tremidades periféricas! tira! sem cessar! da irradiação solar! elementos de força! que transmite aos órgãos! segundo as necessidades da metamorfose org7nica.P Essa força vital encontramo$la nos alimentos, na planta que absorvemos e que no$la restitui sob uma forma adaptada !s necessidades do nosso organismo. )em essa força vital, nenhum ser pode viver. )em ela, os nossos 5rgãos cessam de funcionar, de se mover e, sob o império dessa inibição, perdemos igualmente a nossa faculdade de pensar, de associar idéias e imagens, de raciocinar. 8s nossos 5rgãos cessam as suas funçes, perdemos também a atividade sensorial que renova os dep5sitos do mundo eterior ao nosso cérebro. A força vital é, pois, essencial ! nossa eist"ncia/ é a base de toda a nossa atividade org2nica, mental e emocional. Q Q Q 8 problema primordial é conhecermos essa força vital e nos tornarmos senhor dela. 8ra, este problema ainda não foi encarado sob o seu verdadeiro aspecto. #, nesta hora, quase inteiramente ignorado. 6reocupamo$nos com a sade, mas não procuramos conhecer nem a sua origem, nem as suas causas. 8 pr5prio princ&pio da vida não está em uma p&lula, uma cápsula, uma poção. Apesar de todos os sonhos que t"m sido verificados a esse respeito, a panacéia, o remédio material para todos os males é uma quimera. 8s alquimistas empalideceram sobre os seus formulários durante séculos, sem reali%á$la/ o eliir de longa vida sempre fugiu diante de seus olhos. # que o remédio, por mais perfeito que seja, não dará mais que um al&vio passageiro, uma ecitação fugitiva/ despertará momentaneamente os centros nervosos, animará certas reaçes, fornecerá ao doente, ao enfraquecido, ao an"mico forças latentes que dormitavam. A&, porém, fica o seu poder. 8 remédio qu&mico< cápsula, poção ou outro, pode ealtar o que eiste, mas não pode criar o que não eiste. 8 bem$estar almejado não é senão um fogo de palha que um médico hábil pode certamente aproveitar para obter uXa melhora, mas o remédio empregado não lhe condu% nenhuma energia vital. EX uma vergastada/ dá um sobressalto seguido muitas ve%es de imediata depressão. 8 problema é infinitamente mais compleo. )5 alguns raros iniciados o resolveram. (ompreenderam que a vida não está na p&lula nem em uma beberagem qualquer, mas por toda parte onde podemos respirar a plenos pulmes, fiando$a em n5s em grande abund2ncia. 6or um eerc&cio apropriado, cada ser humano pode tirar das forças ambientes o que lhe falta/ ou, melhor ainda, pode transfundir o seu pr5prio vitalismo em um ser em depressão. 8 adepto são, robusto, bem equilibrado, pode transmitir a uma pessoa enfraquecida, depauperada, a um doente, a energia que lhe falta. 9á$ lhe essa força vital por simples irradiação, como o sol, com os seus raios ardentes, vivifica a planta, como a lu% emanada de um astro ou de um fogão chega a um recanto sombrio, condu%indo a& a vida
e a alegria, como o som vindo do instrumento sonoro e, por ondas sucessivas, chega a ferir o nosso ouvido. Essas leis são análogas para todos os agentes f&sicos. Meu pai, +eitor 9urville, mostrou que essa força vital, esse magnetismo é refletido por um espelho, refratado por um prisma, condu%ido a dist2ncia por um fio/ é polari%ado/ age sobre instrumentos de precisão. Em uma palavra, comporta$ se como um verdadeiro agente f&sico. >ão precisamos nos estender aqui sobre esse ponto que, entretanto, mereceria longo desenvolvimento. ;ndicaremos, para todas as minud"ncias, a *&sica Magnética, de +eitor 9urville, e a obra do 9r. 1onna^méão é eato. Aqueles que falam assim não eperimentaram nunca de um modo direto/ são observadores superficiais que repetem f5rmulas já feitas e que julgam engenhosas. )ão v&timas de uma idéia preconcebida/ guardam$na ciosamente e, muitas ve%es, por temor do erro e do rid&culo. # essa concepção falsa que eles defendem com sofreguidão, para continuar a fa%er figura de Pesp,ritos fortesPY Entretanto, os fatos falam por si mesmos. 8 magnetismo humano é um agente cuja eist"ncia é fácil demonstrar. # uma ação clara, incontestável, não somente sobre a vitalidade dos seres humanos que podem parecer facilmente sugestionáveis, mas sobre os seres não submetidos ! persuasão, como as plantas e os micr5bios. >o que concerne aos vegetais, o magnetismo ativa o crescimento. >o estudo sobre as PEnergias )esconhecidasP, no 6s^chic Maga%ine, notamos as eperi"ncias do magneti%ador afontaine sobre p"ssegos, do 9r. 6icard sobre roseiras, de +eitor 9urville sobre plantas de saladas, de 7. *abius de (hampville e 7ravier sobre diferentes grãos, de Emilio Magnin sobre os enertos, de *avre e do 9r. 7astão 9urville sobre o mastruço. Essas eperi"ncias são concludentes e muito fáceis de eperimentar. 6or simples magenti%ação, 7ravier combateu a clorose das plantas, a sua descoloração. As plantas assim cuidadas retomaram a sua bela cor verde/ as roseiras deram flores mais precoces e mais belas que os arbustos não magneti%ados. # dif&cil admitir que as plantas magneti%adas tenham sido v&timas de sugestão ou auto$sugestãoY 8s fatos reali%ados t"m uma eatidão tão perfeita que afastaram toda possibilidade de erro. 8s resultados são n&tidos e indiscut&veis. ?esulta da& que o magnetismo humano possui ação sobre a vida e o crescimento dos vegetais. A ação do magnetismo humano não é menos precisa sobre os micr5bios. >este mesmo estudo sobre as PEnergias )esconhecidasP, citamos os resultados obtidos por *abre sobre o bacilo sutil, pelo 9r. 7astão 9urville sobre o bacilo de Eberth Vfebre tif5ideW. Essas eperi"ncias, coroadas de sucesso, reali%adas sob o mais minucioso cuidado, tinham sido já assinaladas por 7. *abius de (hampville ! ;ociedade 3agnética da rança, há uns quin%e anos. Q Q Q (ircunscreve os focos microbianos, cicatri%a as leses, repara as desordens cometidas. 6rende$se ! vida, melhora rapidamente e, muitas ve%es, é curado. 6essoas mal$informadas confundem o magnetismo e a sugestão. )ão, contudo, modos de ação tão diferentes que parece imposs&vel confundi$los. Esse erro tem sido espalhado por certos adeptos da Escola sugestiva. )em ra%ão, eles não quiseram ver nos resultados obtidos pelos magneti%adores mais do que uma ação da idéia. (ertamente, em muitos casos, o poder do magneti%ador cresceu pela fé, pela confiança que o doente tem no tratamento daquele que o aplica/ há uma parte importante de sugestão e auto$sugestão. Mas, longe de mudar a ação do magnetismo e de se lhe substituir, a sugestão e a auto$ sugestão se unem a essa força real para aumentar os seus efeitos. >a realidade, estamos muitas ve%es em presença de dois fatores terap"uticos que se prestam um mtuo au&lio< o magnetismo e a sugestão. #, entretanto, dif&cil confundi$los e importa, aqui, distingui$los nitidamente. 8 magnetismo se apresenta, já o dissemos, sob o aspecto de um agente f&sico do mesmo modo que a lu%, o calor ou a eletricidade. Ouanto ! sugestão, tem ela, também, grande valor terap"utico. Esses dois agentes t"m, aliás, um campo de ação que lhes é
pr5prio< o magnetismo tem o império do corpo e seu poder é essencialmente fisiol5gico/ a sugestão se eerce em um vasto campo mental e sua intervenção é toda psicol5gica. # preciso reconhecer ainda que um e outro desses dois agentes não estão estritamente limitados no seu dom&nio/ cada um pode agir secundariamente no dom&nio vi%inho e dar lugar a infinitas repercusses. -rataremos em detalhe sobre a ação do pensamento no nosso cap&tulo seguinte. *iquemos aqui sobre a ação fisiol5gica do magnetismo. Q Q Q )e a confusão do magnetismo e da sugestão provém da maior parte do preconceito de certos sugestionadores, aterrados em atribuir todo o valor terap"utico ! idéia, é preciso reconhecer, entretanto, que, entre esses adversários, certos há que, desprendendo$se de toda idéia preconcebida, procuram reforçar a sua opinião sobre eperi"ncias muito precisas. Esses verdadeiros e sinceros pesquisadores eaminam imparcialmente a questão e s5 depois de longas séries de eperi"ncias, condu%idas com todo o rigor cient&fico desejável, é que se manifestam. ?econheceram a import2ncia curativa do magnetismo e, confessando os seus erros passados, tornaram$se, desde esse tempo, partidários entusiastas do PfluidoP. 9esses adversários convertidos, o mais em evid"ncia é, talve%, o fundador da Escola sugestiva. 8 9r. iébeault não acreditava, primeiramente, no poder curativo do magnetismo e não via nos resultados obtidos pelos magneti%adores senão a ação da idéia. Entretanto, como verdadeiro homem de ci"ncia e ! inst2ncia de um magneti%ador, quis observar por si mesmo, aprofundar a questão e ter, a respeito do assunto, uma opinião bem fundada. )eu intuito era eliminar do tratamento magnético todo fator sugestivo. 6ensou, com ra%ão, que entre os adultos ou as crianças de certa idade, a imaginação podia entrar em jogo e criar um fator curativo capa% de falsificar as suas concluses. 6or isso, dirigiu as suas pesquisas sobre crianças de tenra idade. Assinalamos essas eperi"ncias e os resultados obtidos pelo 9r. iébeault no nosso 1urso de 3agnetismo Pessoal , porém achamos til di%er aqui algumas palavras, porque s5 esse estudo demonstra que toda pessoa desembaraçada de preconceitos pode, por eperi"ncias pessoais, calcular o valor terap"utico do magnetismo. Q Q Q A pesquisa do 9r. iébeault se fe%, pois, com GH crianças< = F abaio de F anos< DF entre F a H anos. A sugestão é inadmiss&vel sobre crianças de tenra idade. Entretanto, o 9r. iébeult, cuidadoso por eliminar todas as possibilidades de erro, aproveitou o momento em que os doentinhos dormiam o seu sono natural para tratá$los magneticamente. 8 doutor não era homem para negar os fatos. *eitas as suas constataçes, publicou o resultado em uma das brochuras mais interessantes. # desse trabalho que etra&mos as seguintes linhas< P;obre YS crianças! hou"e YS casos de melhora ou de cura! pelo simples toque das mãos e sem estabelecer a m,nima pressão% Eis a, um resultado que! ao primeiro e+ame! parece fabuloso! e! entretanto! esse resultado obti"emo'lo e estamos aptos a mostrar sempre um análogo diante de qualquer contraditor .P Mas, dirão talve% os negadores animados de preconceitos, o calor não pode ser posto como causa para eplicar os resultados obtidosS (ertamente, não. E o 9r. iébeault, a quem é feita essa objeção, responde< P;omos condu$idos a crer que as mudanças org7nicas produ$idas não foram de"idas senão a uma influ-ncia ner"osa transmitida de nós a essas crianças porque para as e+plicar de outro modo não se pode in"ocar apenas a influ-ncia do calor% (ra! elas todas esta"am sob condiç.es de calor! e seria absurdo! por conseqJ-ncia! que o que não tinha causado nenhum bem antes da nossa inter"enção! ti"esse causado depois% Ainda menos se podem atribuir os resultados adquiridos sobre esses pequenos seres a uma sugestão qualquer% ;e essa influ-ncia moral ti"esse realmente efeito! ter,amos constatado a melhora entre aqueles que! estranhando! chora"am quando os tocá"amos O"er na citada brochuraB l%a
série 'crianças abai+o de 6 anosB obser"aç.es 4Y! 4! 6Q e 4%a série 'crianças acima de 6 anosB obser"ação Q! ou que sentiam uma sensação penosa como a do frio de nossas mãosD O"er o mesmo trabalho! QZ sérieB obser"ação 4C Ao contrário! nesses casos! de"endo sofrer uma sugestão no sentido oposto ao nosso dese#o! de"eriam ficar piores em "e$ de melhorar! como aconteceu%C Admitamos! mesmo por hipótese! que se#a poss,"el ha"er um efeito sugesti"o nas trocas fisiológicas sobre"indas t,nhamos ainda um meio de esclarecer essa d0"idaB era agir sobre crianças adormecidas! o que ha",amos feito #á com notá"el sucesso e durante o seu sono! sobre uma criança de Y anos O"er 4%a sérieB obser"ação Q6% Esta e+perimentação! porém! não sendo bastante comprobatória! em "ista da idade a"ançada dessa criança! procuramos repeti'la sobre uma mais no"a% ( caso se apresentou%C ?ma menina! chamada 2uisa 3eUer! de um ano! foi'me apresentada nas condiç.es que dese#á"amos% Ga"ia quatro semanas! essa criança chora"a dia e noite e! apesar dos esforçados cuidados de um bom médico! nem uXa melhora apresenta"a% Pareceu'nos ter eólicas cont,nuas! de"idas a uma pertina$ prisão de "entre% A custo ela dormia! de tempos em tempos! durante cinco ou seis minutos seguidos% )urante um de seus curtos sonos! e! por conseqJ-ncia! sem que ela o soubesse! prolongamos esse estado e ti"emo'la "inte minutos sob as nossas mãos! até que fe$ sinal de despertar% )esde esse momento! como por encanto! não mais chorou! dormiu mesmo grande parte da noite e! no dia seguinte! "imo'la tranqJila! começando a ter os intestinos regulari$ados% =r-s e+peri-ncias feitas nos dias que se seguiram! mas sem que ela esti"esse dormindo! acabaram a cura.P
E o 9r. iébeault julgou$se autori%ado a concluir< P)epois dos efeitos curati"os que relatamos e depois deste 0ltimo principalmente! somos condu$idos a admitir uma ação direta da neuricidade transmitida de homem a homem! e a concluir que esta ação tem este caráter essencial! irredut,"el e sui generis! o de restabelecer o funcionamento fisiológico dos órgãos.P Q Q Q # a confirmação do que disseram todos os grandes mestres do magnetismo, os Mesmer, os 6u^ségur, os 9eleu%e, os afontaine, os du 6otet, os +eitor 9urville, os 1ué e tantos outros. # a conclusão com a qual terminam todos aqueles que querem bem estudar a questão. A negação sistemática cede diante dos fatos. 8 magnetismo é uma realidade, o que não restringe de modo algum as possibilidades da sugestão. )ão necessárias ainda novas provasS -alve%, porque há sempre cépticos e incrédulos. Entregamos ! sua meditação duas observaçes pessoais. Escolhemos essas relaçes entre muitas outras que poder&amos citar, mas esses dois casos apresentam, ao nosso ver, um particular interesse. 8s dois doentes de que tratamos estavam ! morte, em um estado julgado desesperador pelos médicos Vum deles é 6rofessor da *aculdade de Medicina, membro da Academia de MedicinaW. Ambos foram rapidamente curados pela magneti%ação feita sob a forma de transfusão vital. 8 magnetismo parece bem ser, nos dois casos, o nico agente principal de cura. Escolhemos dois casos em que a infecção microbiana era muito grande. >a primeira observação, tratava$se de um menino atingido por uma broncopneumonia dupla/ no segundo, graves perturbaçes originadas de um parto Vfebre puerperal, flegmão do ligamento largoW. )e apresentamos aos leitores casos em que a infecção microbiana era particularmente grave, é que se imagina que o dom&nio do magneti%ador é o das moléstias nervosas. Oue erroY -ende$se absolutamente a limitar a influ"ncia do magnetismo a perturbaçes nervosas ou morais. 8ra, os fatos provam que é principalmente nas doenças org2nicas que o magnetismo obtém o seu máimo de eficácia. As perturbaçes da idéia e as doenças nervosas estão, antes, no dom&nio da sugestão.
Acrescentemos ainda que as duas relaçes que se vão seguir foram redigidas segundo as constataçes que fi%emos no curso do tratamento. (ada dia, notamos escrupulosamente o que ocorrera na marcha da moléstia/ melhoras ou reca&das. (ontentamo$nos apenas em dar uma forma mais correta a essas notas que seguimos escrupulosamente para redigir as duas análises seguintes.
Y O&%er3a)9o Ca%o $o "en!no A'&er#o D///=1 &ron-oneu"on!a au$a/ Em :aneiro de DC, o menino Alberto 9..., de sete anos de idade, estava afetado de broncopneumonia que tomou imediatamente um caráter de e trema gravidade. Gereditariedade. = 8 menino Alberto 9... foi sempre de uma constituição muito delicada, fraca mesmo. # o terceiro filho de uma fam&lia, cujo pai, atualmente com F\ anos, também tem uma nature%a muito fraca. A mãe está enfraquecida pelo nascimento de I filhos em DD anos. Ouando nasceu Alberto, a mãe estava particularmente débil. 9e I filhos, H estão ainda vivos hoje, tendo respectivamente< DD, DL, J e F anos, e a ltima D\ meses. -odas essas crianças são de uma sade muito delicada e reclamam muitos cuidados. @m morreu, o quarto, com a idade de anos, de uma broncopneumonia sobrevinda logo ap5s a coqueluche. )oenças anteriores. = 9issemos que o menino Alberto foi sempre de sade muito delicada. Efetivamente, em sua tenra idade, sofrerá de coqueluche e freqNentes transtornos. Aos F anos e meio, sofrerá de uma pleuris e de uma broncopneumonia. Esta afecção, cujo per&odo agudo durou de I a J semanas, apresentou o caráter de uma gravidade particular. 8s progn5sticos eram sombrios. 8 menino foi tratado magneticamente pela senhora e 1outeiller e foi salvo por ela/ entretanto, o peito estava profundamente afetado e a sade ficou débil. 8eca,da da broncopneumonia em Q44. = 8 menino, restabelecido de sua broncopneumonia, ficou, pois, fraco e sujeito a resfriados. (omeçou o inverno de DCD$DC muito bem, embora endefluado e seus pulmes fossem muito sens&veis. >ada, porém, fa%ia perceber um sério ataque. 9e repente, a DJ de :aneiro de DC, !s DD horas da noite, o menino recaiu com a broncopneumonia. A afecção estava limitada ao pulmão direito. 8 doentinho eperimenta uma grande angstia respirat5ria/ sua tosse é freqNente e penosa/ a temperatura oscila entre FC[,F e GL[/ o pulso acelera$se ! medida que a febre sobe. 8 doente está muito abatido. Aparecem alguns v'mitos, mas a angstia respirat5ria persiste. 9urante os primeiros dias, a moléstia fica limitada ao pulmão direito. 9urante este per&odo, a senhora e 1outeillerQ cuida da criança pelo magnetismo e chega a reprimir momentaneamente a invasão do mal. Ela acrescenta aos cuidados magnéticos os inv5lucros frios.
*
A senhora e !outeiller " encarre#ada do curso da $scola %r&tica de 'a#netismo (sica 'a#n"tica, eorias e %rocessos do 'a#netismo, +istria e iloso-ia) e de con-erncias na /ociedade 'a#n"tica de rança. 01teve, em 2324, o %rmio Dr. Durville. De acordo com a vontade testament&ria do Dr. Durville, este prmio " dedicado cada ano ao aluno ou e6aluno da $scola %r&tica de 'a#netismo que o1teve, durante o ano, o maior n7mero de curas pela massa#em e o ma#netismo, ecluindo outro tratamento.
)ubitamente, no seto dia, o segundo pulmão se compromete. Estamos a F de :aneiro de DC. A afecção é, então, de toda a gravidade. 9ois médicos velam o menino, a quem v"em duas ou tr"s ve%es por dia. 8 seu progn5stico é muito sombrio. 8 rosto da criança estava desfigurado. A cabeça cai com o seu peso sobre o travesseiro, sem que tenha forças de a levantar. >ão se pode mover por menor que seja o movimento de qualquer de seus membros. A vista está turva e, se levanta francamente as pálpebras, é para deiá$ las cair novamente em breve. 6arece reconhecer a custo as pessoas que o rodeiam e não pode falar. Está abatido, em um estado de profunda prostração. @m suor abundante inunda$lhe todo o corpo. A emissão das urinas e o trabalho intestinal estão absolutamente suspensos/ nem urinas, nem dejeçes durante numerosas horas. As epectoraçes abundantes dos dias precedentes cessaram igualmente. A dispnéia é grave/ a criança sufoca e estertora/ a asfiia aumenta rapidamente/ o nari% está fortemente afilado/ as asas do nari% frementes/ a cianose dos lábios se verifica. A percussão revelou um profundo endurecimento em toda a altura dos dois pulmes, com eagerada sonoridade nos dois ápices. A auscultação< enorme sopro de cada lado sobre a altura da omoplata, nesse n&vel e ao redor dos focos de hepati%ação, numerosos estertores subcrepitantes, etremos e meios. )iagnóstico bacteriológico. = >umerosos gl5bulos brancos degenerados, grossa quantidade de pneumococos com associaçes microbianas Vprincipalmente< tetrágenos, estreptococos, estafilococos e micrococos catarraisW. A temperatura oscila entre GL[ e GL[,\. A morte parece pró+ima. 8s dois médicos, chamados !s \ horas da noite, julgam o estado desesperador e declaram que é preciso esperar que a morte sobrevenha durante a noite. Ambos, que vieram eaminar o doente separadamente, fi%eram o mesmo progn5stico desesperador. Ambos declararam não haver probabilidade, de uma sobre de%, para que a criança passe a noite e, mesmo, se passar essa noite, é preciso não esperar que se restabeleça. # preciso chamar telegraficamente a fam&lia que está no prov&ncia e é bem poss&vel que os pobres pais cheguem muito tarde para verem o menino ainda vivo. 8 primeiro médico não julgou til formular uma receita< é muito tarde. 8 segundo aconselha uma injeção de L c.c. de sérum anti$pneumoc5cico, que é feita imediatamente. >esse momento em que a morte é julgada iminente e quase certa é que sou chamado. 8 magnetismo poderá dar a esse organismo moribundo elementos de defesa suficientemente poderosos para que ele possa deter$se na queda fatalS A ação magnética vai necessitar de um grande disp"ndio de força. A senhora e 1outeiller continuará os seus cuidados magnéticos habituais, fa%endo, cada dia, muitos passes de uma a duas horas. Eu me ocupo da criança toda a noite e, além disso, durante o dia, se houver necessidade imediata. A partir do momento em que começo os cuidados magnéticos, o menino não tomará mais alimento algum. )5 agirá o magnetismo. 8s dois médicos, a nosso pedido, continuarão, entretanto, suas visitas cotidianas, mas somente para seguir o curso da afecção. Enceto, pois, os cuidados a F de :aneiro de DC, !s C horas da noite. 8 caso, etremamente grave, necessita de uma intervenção imediata para salvar o menino/ a ação magnética deve ser poderosa. As magneti%açes habitualmente empregadas pelos magneti%adores Vaplicaçes, passes etc.W me parecem aqui insuficientes. # preciso uma verdadeira transfusão vital e, por assim di%er, sem uma s5 parada, enquanto a criança não acuse melhora notável. >ão empreguei mais do que o sopro quente que é para o magneti%ador o processo mais eaustivo/ porém, para o doente, é o mais ativo. 6ermite imediatamente, e em grande abund2ncia, fa%er passar a vida de um organismo em boa sade para um organismo enfraquecido. Antes de magneti%ar o menino doente, magneti%ei, pelo mesmo processo do sopro quente, muitas grandes pastas de algodão. Assim magneti%adas, estas pastas rodeiam o peito, o ventre, os membros do moribundo. -erminados esses preparativos dentro de um quarto de hora, comecei a insuflar o sopro quente diretamente sobre o peito. 8 emprego desse processo é muito simples. (oloca$se um pano, lenço ou flanela sobre a parte a magneti%ar. Em seguida, depois de encher de ar os pulmes ao máimo, coloca$se a boca bem aberta em circulo sobre a parte que deve ser magneti%ada. E esta mesma forma de sopro que, quando temos as mãos frias, nos permite aquec"$las. A boca estando perfeitamente colocada sobre a parte a influenciar, epele$se o ar regularmente com grande energia, como se quiséssemos fa%er penetrar o ar muito profundamente nos tecidos do enfermo.
Ouando se rejeita todo o ar que os pulmes cont"m, afasta$se a cabeça, do doente, e respira$se de novo a plenos pulmes, e a boca sendo novamente pousada, fa%$se um segundo sopro quente, e assim sucessivamente. A ação é eaustiva, mas etremamente efica%. (om o sopro quente, quando bem praticado, a força vital do magneti%ador passa em abund2ncia/ é verdadeiramente uma transfusão de vida que se opera. -enho inteira confiança na intervenção magnética/ meus resultados anteriores solidificaram a minha certe%a de que se pode curar muitas ve%es, mesmo quando a morte se aproima e a medicina oficial se declara impotente. Eu quero que a criança seja salva e o será. Eu o desejo com energia elevada ao máimo, porém o quero calmamente, sem nenhuma impaci"ncia, perturbação ou abalo. (omeço a magneti%ação direta !s C horas da noite. A primeira sessão persiste até o dia seguinte, !s C horas da manhã. 9urante essas D horas, eu s5 empreguei um nico processo< o sopro quente. 8 meu nico objetivo é o peito. # sobre ele, s5, que eu dirijo a minha ação. Esta ação deve ser enérgica. # preciso fa%er passar a vida para esse corpo que parece viver as suas ltimas horas. 9urante D horas de cuidado, eu procedi assim< faço GL a HL insuflaçes quentes seguidas, depois um intervalo de H minutos. ?ecomeço uma nova série de algumas HL insuflaçes, depois nova parada de H minutos e assim seguidamente durante D horas. >o momento da magneti%ação, descobre$se rapidamente uma parte do peito da criança, sobre a qual se aplica logo uma flanela quente, a fim de evitar todo resfriamento, estando o corpo inundado de suor. ogo que foi aplicada a flanela, pousando a minha boca em cima, como foi dito, fi% a série de insuflaçes e o menino é de novo coberto. )opro com toda a energia de que sou capa%. >esse momento, no desejo ardente de salvar essa criança que agoni%a, no perfeito dom&nio pr5prio, sinto forças insuspeitas. A vontade calma e a fé em um poder, tra%em, em si, forças ativas/ sentimo$nos potentes, vivificantes. 8 estertor do doente e a asfiia fa%em apressar a ação/ pe$se nela toda a energia. A ação é poderosa, mas nos eaure. # toda a nossa força vital que parece passar no nosso sopro. Ouanto é efica%, porémY # preciso agir, agir sem cessar. 8 tempo o eige. >essas horas em que o combate está empenhado entre a vida e a morte, cada minuto é decisivo/ inclinamo$nos sobre esse peito de criança com uma energia fero%, porém calma, com uma fisionomia segura, o coração cheio de fé, um esp&rito lcido e cheio de coragem. 9urante as seis primeiras horas, não se produ%iu nenhuma mudança/ mas, entre as e \ horas da manhã, a criança teve alguns per&odos de al&vio. 9e hora em hora, cinco a seis minutos de abatimento. )ão os primeiros sinais de melhoraS 8u, ao contrário, é um caminho para a morteS A asfiia é sempre a mesma/ nenhuma tosse/ o mesmo estertor traqueal/ a mesma cianose dos lábios. 8 aspecto eterior não variou. (ontinuo o sopro quente, procedendo sempre do mesmo modo, ainda que a criança seja aliviada apenas por instantes. 9as \ !s C horas da manhã, depois de DD horas de sopro, salvo os intervalos de H minutos de repouso entre duas séries de insuflaçes, uma notável melhora se operou. 8 descanso se acusa, muito sens&vel/ a respiração se desprende, a criança que asfiiava desde muitas horas, começa a respirar um pouco livremente/ o estertor cessou/ o doente começa a mover a cabeça e os braços/ fala novamente/ abre os olhos e se anima. ?econhece perfeitamente as pessoas que o rodeiam. A cianose dos lábios diminuiu/ as narinas não fremem mais. @ma ligeira emissão de urina se produ%, assim como uma ligeira dejeção. Entre as C e DL horas, chegam os dois médicos, etremamente surpresos de constatar essa melhora muito notável. Auscultam os pulmes, tomam a temperatura, o pulso e não podem eplicar a profunda mudança registrada. A criança não tomou nenhum medicamento. 8 magnetismo apenas foi posto em jogo, mas a ação foi poderosa. Achando$se a criança melhor, aproveitei para repousar um pouco. A senhora e 1outeiller vigia$a e continua os cuidados. 9urante toda a noite forneci grande disp"ndio< a série de HL insuflaçes eaure. Entre duas séries de insuflaçes, disse que tinha cinco minutos de repouso. >a verdade, cinco minutos permitem a um eperimentado magneti%ador retomar a maior parte de energias vitais que acaba de dar, graças aos eerc&cios de respiração profunda feitos diante da janela inteiramente aberta. # o meio de recuperar, nos celeiros naturais, provises de novas energias que permitem recomeçar logo os cuidados e continuar durante longas horas. Mas, a luta não está terminada e será rude/ é preciso repousarmos se quisermos reconquistar todo o poder em algumas horas.
9as DL horas ao meio$dia, isolo$me. 9escrevi em minud"ncias essa prática, assim como a respiração profunda, no meu 1urso de 3agnetismo Pessoal , que recomendo, para mais amplos detalhes, a todos aqueles que queiram aprofundar esses dois modos de recuperação de forças que nos são necessárias. Eu me contentarei, pois, em lembrar, de um modo breve, em que consiste o isolamento. # um estado que, melhor do que o sono, permite retomar ! vontade e rapidamente a plenitude de suas faculdades e poderes ps&quicos. Estendido ! vontade, todos os msculos relaados, domina$se completamente a atividade mental e, dando ! sua respiração uma calma r&tmica e profunda, encontra$se um estado de bem$estar completo. -em$se, muitas ve%es, a consci"ncia do que se passa em torno/ algumas ve%es se adormece/ é um sono calmo e reparador. Ouando se está treinado, fica$se nesse estado quando se o deseja/ entra$se nele em alguns segundos e sai$se dele também facilmente. 9esde que se abrem os olhos, seja que se tenha cochilado somente ou que se tenha desusado pelo sono, entra$se na posse da completa lucide%. >ão fica nenhuma hesitação, nenhuma lassidão de esp&rito/ está$se imediatamente prestes a agir, a pensar, em plena posse de si mesmo, com uma nova abund2ncia de energias. Estamos a G de :aneiro. (omecei o tratamento na véspera, !s C horas da noite. 9epois de D horas de insuflaçes quentes, das DL ao meio$dia isolo$me, depois de ter constatado com os doutores uXa melhora muito sens&vel. 9urante o meu repouso, a senhora e 1outeiller continuou a magneti%ar a criança, sendo que a melhora persistiu. 9epois de uma ligeira refeição, retomei a magneti%ação. Essa segunda sessão durou de D hora até !s \ da noite. 9urante essas sete horas, o mesmo tratamento por série de GL a HL insuflaçes sobre o peito, com cinco minutos de intervalo, tempo de que me sirvo para me revivificar pela respiração profunda. 8 menino conservou a sua melhora. Menos prostrado, p'de ser mudado de posição, para um lado e para o outro, levantando, o que permitiu eercer o sopro quente sobre a totalidade do peito Vdiante, atrás e dos ladosW. Rs \ horas, a criança continua a conservar este estado melhor. (omeça a epectorar abundantemente. *ala e está mais animada. 9eio$a para fa%er, na Escola 6rática de Magnetismo, a minha lição habitual. 9urante a minha aus"ncia, os médicos verificam que a melhora se mantinha. 0oltando !s DD da noite, achei a criança no mesmo estado, ainda que tivesse altas e baias. A oscilação, em semelhante caso, é de regra constante. (omeço logo a minha terceira sessão. Ela será particularmente penosa e, começada !s DD da noite, terminará !s C horas da manhã. 9urante essas de% horas, eu emprego sempre o sopro quente com uma energia sempre crescente. 6rimeiramente, a noite se anuncia bem. A melhora persiste. 9urante todo o curso do dia, a senhora e 1outeiller continuou a magneti%ação pelos processos habituais. A criança epeliu urinas abundantes e duas dejeçes. >este &nterim, cai em sonol"ncias que duram de DL a DH minutos. E assim permanece até a D hora da manhã. 9epois, de repente, nessa hora, o menino solta grandes gritos que aumentam sempre cada ve% mais. )ão longas queias e esses gritos dolorosos duram tr"s horas. 8 menino não responde mais !s nossas perguntas, continuando a gemer. A palpação não revela nenhum ponto especialmente doloroso/ porém, o rosto do doentinho está inteiramente desfigurado/ os olhos estão intumescidos porque a criança sufoca e a dispnéia torna$se etrema. Alguns v'mitos se produ%em/ o ventre está proeminente. A temperatura é de GL,\. 8 mal nunca atingiu a esse paroismo. A lu% parece torturar o doente que, encolhido, conserva os olhos fechados. A auscultação mostra que nunca os dois pulmes estiveram tomados a esse ponto. @m suor$ viscoso, muito abundante, cobre inteiramente o doente. @m dos médicos, chamado com urg"ncia, fala em meningite ou peritonite aguda poss&veis. A infecção pneumoc5cica se generali%a. Em todo caso, a reca&da é muito grave/ o menino parece estar ao etremo. 8 papel do médico se limita a essa triste verificação. ;ntervenho, de novo, magneticamente, com toda a energia de que sou capa%. Magneti%o durante uma hora sobre a garganta e ao alto do peito para lutar contra a asfiia. )irvo$me sempre do mesmo processo do sopro quente, tendo a boca aplicada sobre uma flanela quente. 8pero durante uma hora, sem mesmo perder tempo nos intervalos dos cinco minutos, entre as séries de HL insuflaçes. Apesar do estado desesperado do enfermo, conservo a confiança na possibilidade de salvá$lo. +á talve% uma possibilidade ainda. # preciso tentar, mas é preciso lançar mão da ltima energia.
Magneti%o, pois, sem cessar, durante uma hora. # preciso ter feito o sopro quente em tais condiçes para saber quanto eaure, mas se desejamos triunfar na luta, a vit5ria é posta a esse preço. Essa hora de sopro quente sobre a garganta e ao alto do peito não troue nenhuma mudança aparente. Mudo de direção, receando uma peritonite de forma pneumoc5cica e, durante uma hora ainda, magneti%o o ventre pelo mesmo sopro quente. 9urante essa segunda hora, nenhuma mudança aparente. A mesma sufocação, as mesmas queias surdas e prolongadas, a mesma cianose dos lábios. Então, deiei o ventre para retomar o peito em toda a sua etensão. Ainda que a criança pareça agoni%ar, voltamo$la, colocando$ a, de quarto em quarto de hora, ora sobre um lado ora sobre o outro, para magneti%ar todo o peito. 9uas horas se passam assim, durante as quais continuo as minhas séries de HL insuflaçes seguidas, intercalando, entre cada série, cinco a de% minutos de repouso, durante os quais eu me PreforçoP por meio da respiração profunda. +á quatro horas que magneti%o sempre, sem nenhum resultado aparente. Mas, a partir desse momento, um ligeiro repouso parece que se produ%. >ão cesso de prosseguir a magneti%ação e verifico que, depois de tr"s a cinco séries de insuflaçes Vde DL a HLW, o doente sufoca um pouco menos, mas a angstia respirat5ria recomeça cinco a de% minutos seguidos. Algumas novas séries de insuflaçes diminuem de novo a sufocação e, de quarto em quarto de hora, uma ligeira parada se acentua. 6arece, nesse momento, que isto seja uXa melhora. )erá necessária, ! medida dos cuidados cada ve% mais insistentes, a mesma vontade de vencer. Enfim, depois de tr"s horas de sopro sobre a totalidade do peito = isto é, na quinta hora de ação = a melhora é muito n&tida. 6or esta ve% ainda, a morte não fará a sua obra. 8 menino está sensivelmente melhor. Abre os olhos, responde por monoss&labos ou por ligeiros sinais de cabeça !s perguntas que lhe fa%emos/ queia$se, mas não estertora mais/ conserva sempre uma grande angstia respirat5ria. Está abatido, prostrado e acalma de quarto em quarto de hora. Rs C horas da manhã = isto é, depois de DL horas de sopro quente = a melhora é nitidamente. sens&vel. A respiração, ainda muito angustiosa, é sensivelmente melhor. 8 menino fala um pouco/ move a cabeça e também ligeiramente os braços e as pernas. A crise, que parecia fatal, está conjurada. Estamos a H de :aneiro. A senhora e 1outeiller substitui$me durante o dia ! cabeceira do enfermo/ e a melhora persiste. Aproveitei o dia para me Pre"itali$ar P por tr"s horas de isolamento que terminaram de manhã/ em seguida, passei ao ar livre, respirando muito amplamente. Rs H horas, eu fi% como cada quarta$feira, uma confer"ncia no meu 1entro Iniciático. ?etomo os cuidados !s \ horas da noite. A melhora obtida de manhã persistiu. -omo, então, para a noite, novas disposiçes. *arei tr"s sesses de tr"s horas< das \ !s DD horas, de D !s G horas, das H !s \ horas e, entre cada sessão, tomarei uma hora de repouso. 9urante os per&odos de ação, utili%o$me eclusivamente do sopro quente, por séries de GL a HL insuflaçes seguidas de cinco minutos de parada, durante os quais faço eerc&cios de respiração profunda. (onsagro a hora da parada a me isolar, estendido bem a meu gosto em um quarto vi%inho/ e, ! hora combinada, me despertam. 9e manhã, depois de nove horas de cuidados, o menino está sensivelmente melhor. Está alegre/ fala e respira livremente. Epectora abundantemente/ a face está animada. 8s lábios não estão mais congestionados/ o fr"mito das narinas desapareceu. 9urante a noite, a criança teve suores abundantes/ urinou diversas ve%es/ quer beber agora, depressa uma tisana/ pede para beber de tempos em tempos. Estamos a I de janeiro. A senhora e 1outeiller substitui$me junto do doente durante todo o dia/ aplica$lhe diversas sesses de magnetismo habitual/ passes, aplicaçes e sopro quente, seja diretamente, seja sobre folhas de algodão com que ela rodeia o peito e o ventre. A melhora se acentua. Eu passo ainda a noite junto do doente e procedo como na noite precedente e, pela manhã, a melhora aumenta. A respiração, o pulso e a temperatura estão bem melhores. >o dia seguinte J de janeiro, a manhã foi boa, a melhora persiste. A senhora e 1outeiller vigia a criança e magneti%a$a de hora em hora. )ubitamente, a D hora da tarde, uma agravação se produ%< o menino eperimenta uma grande dificuldade em respirar/ repete$se uma crise de asfiia/ os seus olhos se apertam e se fecham/ seus lábios se intumescem e a%ulam/ as asas do nari% fremem/ o seu rosto torna$se ligeiramente esverdeado.
0oltando !s tr"s horas junto do enfermo, não o deio senão depois de ter obtido uma nova melhora bem n&tida. )ão H horas. 9uas horas de ação enérgica fi%eram voltar a calma. >ão há mais asfiia/ porém a respiração torna$se dif&cil e o progn5stico dos dois médicos é sombrio. @m dos pulmes que estava livre tinha sido, então, inteiramente retomado. *iquei ao seu lado para intervir. A noite chegou/ !s \ horas, o menino estava bem. 8s olhos estavam vivos, embora abatidos. Magneti%o durante toda a noite. 6ara arma%enar forças, magneti%o por per&odos de uma hora seguida e uma hora de repouso. A ação não varia/ sempre o sopro quente por séries de umas HL insuflaçes seguidas de cinco minutos de repouso. 9urante uma hora inteira de espera, isolamento e respiração profunda diante da janela aberta/ o ar fresco da noite é um ecelente estimulante. 8 menino geme toda a noite/ teve varias emisses de urina, duas pequenas dejeçes, um suor abundante por todo o corpo. 6ela manhã, uXa melhora aparece/ o menino move um pouco a cabeça e os membros. A sua respiração é menos ansiosa/ pede muitas ve%es de beber/ dá$se$lhe uma &cara de leite com muita água. \ de janeiro. = A senhora e 1outeiller substitui$me junto do doente e continua a magneti%ar de tempos em tempos. As urinas tornam$se cada ve% mais abundantes. Entre os per&odos de sonol"ncia que se tornam mais longos, o menino não geme e a dificuldade respirat5ria parece que se dissipa. 6ela tarde, fui pedir not&cias e tornei a empregar, durante uma hora e meia, sopros quentes sobre o peito. A noite, encontro o menino em melhor estado do que eu tinha deiado tr"s horas antes. A melhora se acentua claramente. ?etomo, entretanto, o meu posto essa noite junto do doente. 9iante dessas oscilaçes e essas reca&das, haveria talve% perigo em deiá$lo. 8rgani%o, então, as do%e horas da noite< D hora de sopros quentes, de repouso, D de sopro, de repouso etc. 9epois que o mal atingiu os dois pulmes, esta noite foi a melhor. 8 menino dormiu por per&odos de meia hora. Escarrou muito/ os pulmes se desprenderam/ as emisses de urina e as dejeçes aumentaram. C de janeiro. = 6ela manhã, o menino acha$se melhor do que tem estado depois do começo da moléstia. Está muito esperto e fala muito. Embora ainda abatido, consegue, periodicamente, levantar a cabeça do travesseiro, insensivelmente no começo, mas em dois ou tr"s dias poderá levantá$la inteiramente. A senhora e 1outeiller continua os cuidados e eu mesmo, pelo meio do dia, torno a fa%er tr"s horas de sopro. A epectoração aumenta sensivelmente da mesma forma que todas as outras eliminaçes. >esse momento, a temperatura oscila entre F\[,I e F\[,J. 9a& por diante, o doentinho caminha rapidamente para a cura. A senhora e 1outeiller e eu prosseguimos ativamente nos cuidados magnéticos. 9urante o dia, venho ver regularmente o menino pelas \ horas da manhã, volto pelas horas e, durante esses momentos, aplico$lhe uma sessão de sopro de uma hora ou duas. 0olto !s C horas da noite e faço uma sessão de sopro de tr"s horas. >esse &nterim, a senhora e 1outeiller continua a ação pelos processos habituais. Até aqui, o menino foi inteiramente passivo, não se movendo, por assim di%er/ por isso, os cuidados foram eclusivamente magnéticos. Mas, desde que a criança retoma consci"ncia de si mesma, desenvolvi nela o desejo de viver< = Muito breve te levantarás e brincarás... 8 menino sentia$se feli% a estas palavras, ainda que não pudesse levantar$se então/ a imobilidade lhe pesa/ a cura lhe parece pr5ima/ ele a deseja e lhe fa%emos perceb"$lo para muito breve< = )im, leventar$te$ás muito breve. Amanhã, depois de amanhã no máimo, poderás brincar com o teu belo cavalo de que tanto gostasY... = 8hY sim... 8 menino quer viver/ fa% esforços/ inconscientemente, aplica todas as suas energias para a cura anunciada. 9á$se$lhe um brinquedo novo que ele deseja havia muito tempo. A vida irradia de seus olhos. >ão se pode brincar ainda, mas o brinquedo está ali sobre o leito, perto dele/ olha$o, está etasiado e é esta alegria que lhe dá novas forças. = E depois, muito breve, deiarás 6aris. ;rás para o sul, para um lugar magn&fico, onde brincarás ao solY... 8 doentinho está contente/ renovam$se sem cessar as sugestes de sade/ cria$se um estado de alma e o menino renasce. A ação é dupla< eterior e interior. 8 desejo de viver, que se tem
estimulado no menino, dota$o de meios de defesa e a magneti%ação renova sem cessar, condu% forças vivas ao organismo para levá$lo ! luta vitoriosa. Assim, Assim, graças a essa dupla ação levada ao máimo de intensidade, dia a dia, o menino renasce e se fortifica. # um milagre que se opera. Agora fala e tem fome/ começa docemente a nutrição. 9ia a dia, os médicos se admiram dessa profunda transformação. A cura caminha a grandes passos. # preciso que assim seja/ o sucesso definitivo, sem medo de derrota, é obtido a esse preço. 8 ataque de broncopneumonia dupla manifestou$se bruscamente em F de janeiro de DC/ o estado da criança era dos mais graves. >o dia seguinte, ! noite, uma agravação piorava as coisas/ o estado do menino era desesperador. >os quatro dias seguintes, uma sens&vel melhora se manifesta. A partir do quinto, a cura marcha rapidamente. (edo a criança pode ficar sentada sobre o leito/ as suas forças voltam depressa. >o duodécimo dia, depois do ataque que tomou os dois pulmes, o menino levantou$se, podendo dar alguns passos pelo quarto. A epe epect ctor oraç ação ão cont contin inua ua.. 9ia 9ia a dia, dia, anda anda e come come melh melhor or,, entr entran ando do logo logo em convalescença. 8 restabelecimento da criança caminhava rapidamente. (esso as magneti%açes/ somente a senhora e 1outeiller fará, durante alguns dias ainda, uma sessão de magnetismo habitual de manhã e de noite. 9epois de ter brincado em seu quarto durante alguns dias, o menino p'de sair, bem agasalhado, uma hora e depois mais. Enfim, a D de março, partiu para P1ote dXA$ur P e, desde a sua chegada, começou a cura solar. A H de março, o menino está já tão bem que pode fa%er uma longa ecursão a pé, a uma certa altitude/ esse resultado é tanto mais interessante a notar quanto essa ecursão eige esforços f&sicos que parecem penosos a pessoas saudáveis. 9epois de tr"s meses de estadia no sul, o menino voltou a 6aris. >unca tivera tão boa sade/ estava alegre, vivo, muito desenvolvido. 8s pulmes, eaminados de novo, não guardavam vest&gios da moléstia. 1onclusão. = >otemos brevemente os fatos que epomos em detalhe. 8 menino era predisposto pelos seus precedentes hereditários e suas moléstias anteriores !s afecçes do peito. +erdou uma constituição delicada. 9epois de diferentes afecçes da primeira idade, teve, tr"s anos e meio antes da moléstia atual, um primeiro ataque de pleuris e de broncopneumonia, particularmente grave, da qual dificilmente escapou. (onservou uma fraque%a geral e, em particular, uma fraque%a nos pulmes. @m de seus seus irmã irmãos os morr morreu eu,, aos aos dois dois anos anos de idade idade,, em cons conseq eqN" N"nci ncia a de uma uma broncopneumonia. 8 segundo ataque de broncopneumonia foi grave/ parece bem ter posto a vida do doente em perigo. >a paroi paroismo smo do mal, mal, o médico médico encara a possib possibili ilidade dade de uma peritoni peritonite. te. >etter considerava a peritonite como uma rara manifestação da infecção pneumoc5cica Vo pneumococo é o princi principa pall agen agente te patog patog"ni "nico co da bronco broncopne pneum umoni oniaW aW.. Mas, Mas, depo depois is de >ett >etter er,, algu alguns ns autor autores es,, notadamente E. Aviragnet, cr"em esta complicação mais freqNente. 8 progn5stico é sempre muito sombrio. A morte em breve pra%o quase sempre é a regra geral. 8 médi médico co encar encarou ou igual igualme ment nte e a meni mening ngitite, e, outra outra form forma a poss& poss&ve vell da septi septice cemi mia a pneumoc5cica. Essa complicação é freqNente, di% E. 9upré. Ela é conhecida graças aos trabalhos de >etter. >a imensa maioria dos casos, a meningite aguda termina pela morte. +á cura poss&vel pelos meios médicosS E. 9upré di%< P/ a propósito da meningite pneumocócica que! nestes nestes 0ltimos anos! anos! certos certos autore autores! s! e particu particular larmen mente te &etter! &etter! quiser quiseram am le"ar le"ar qualqu qualquer er atenuação * fatalidade prognostica das meningites% 1itaram'se casos de cura cura mas esses esses casos casos são de tal modo modo raros! raros! dei+am dei+am tanta tanta d0"ida no esp,rito esp,rito sobre a nature$a nature$a realmente realmente inflamatória inflamatória das les.es nos doentes doentes rest restab abel elec ecid idos% os%%% %% que que é pref prefer er," ,"el el!! sob sob o pont ponto o de "ist "ista a práti prático co!! não não beneficiar beneficiar o prognóstico geral das meningites meningites com a feli$ terminação terminação dos casos e+cepcionais.P 6ode$se objetar que não é absolutamente certo que o menino tivesse, como complicação de sua broncopneumonia dupla, uma peritonite ou meningite de forma pneumoc5cica. (ertamente. >ão se poderá nunca, porque seria desumano, deiar o mal se desenvolver, para se dar a satisfação de verificar os seus diagn5sticos. Entretanto, essas complicaçes eram de temer, pois o primeiro médico pensou nisso e o segundo, no n o dia seguinte, confirmou esse temor.
Mesmo Mesmo redu%i redu%indo ndo a molésti moléstia a a uma bronco broncopne pneumo umonia nia dupla dupla com pneumo pneumococ cocos os e numerosos agentes de infecção secundária Vtetrágenos, estreptococos, estafilococos e micrococos catarraisW, sabemos que, para o médico, o progn5stico é sempre sombrio. Entre as crianças acima de tr"s anos, a mortalidade na broncopneumonia seria um total de , segundo ?oger. Esse progn5stico varia segundo os antecedentes hereditários ou adquiridos. 8ra, no caso em que nos ocupamos, esses antecedentes são os piores. Em todo caso, encontramo$nos incontestavelmente em presença de um caso muito grave. (omo tratamento médico, não foi feita senão uma nica injeção de L c.c. de sérum anti$ pneumoc5cico, no dia F de janeiro. Essa injeção não impediu a invasão microbiana, pois que o mal atingia ao seu paroismo na tarde do dia seguinte. (omo nenhuma outra ação médica, senão esta injeção de F de janeiro, foi praticada e como o doente foi curado apesar do progn5stico sombrio, como a sua cura se deu rápida e completamente, estamos certos de que o magnetismo foi o principal = senão o nico = agente dessa cura.
Y O&%er3a)9o Ca%o $a %en(ora enr! Dur3!''e8 %e#!-e"!a uerera'/ >esta >esta segund segunda a observ observaçã ação, o, trata$s trata$se e de minha minha mulher mulher que, que, ap5s ap5s um parto parto infeli infeli%, %, apresentava perturbaçes septic"micas de completa gravidade. A morte inevitável parecia ser o nico ep&logo poss&vel. Apesar deste progn5stico muito sombrio, a transfusão vital p'de conter a invasão microbiana. microbiana. A cura efetuou$se em tais condiçes condiçes que o cirurgião que seguiu, dia a dia, os efeitos do tratamento magnético, declarou que se tratava de um verdadeiro PmilagreP. @m tal julgamento apresentava valor inestimável, quando se sabe que foi formulado por uma das maiores gl5rias francesas da obstétrica. Antes de relatar detalhadamente as circunst2ncias que condu%iram a doente ao etremo, permitam$me di%er algumas palavras como introdução. >ão foi senão depois de madura refleão que eu me decidi a publicar esta cura. R sua leitura, compreender$se$ão as ra%es. 6arece$me ecessivo citar ainda um sucesso pessoal/ é$me penoso relatar lembranças &ntimas e dolorosas. )omente alguns médicos amigos tinham até então recebido tal confidencia. Adeptos de nossas idéias acharam, acharam, porém, que o caso apresentava apresentava um interesse interesse particular particular e me aconselharam aconselharam que o publicasse. Meses decorreram... A sua insist"ncia amigável e a força dos seus argumentos tiveram ra%ão e, pouco a pouco, venceram a minha oposição. Eis porque eu me decido, enfim, a repisar tristes lembranças, esperando que elas serviam para a difusão de idéias que constituem o objetivo de minha vida. :ra"ide$. = (om grande alegria nossa, minha mulher, desde o começo do nosso casamento, teve uma gravide% magn&fica que se passou sem um s5 incidente, salvo alguns v'mitos como sempre acontece com as mulheres em tal situação. >o princ& princ&pio pio do quarto quarto m"s, m"s, dirigi dirigi$me $me a um especi especiali alista sta em evid"nc evid"ncia, ia, que velou regularmente o trabalho uterino. Em vista de seu t&tulo de professor da *aculdade de Medicina, acreditei poder depositar nesse prático toda a minha confiança. Minha mulher, bem$conformada, estava de ecelente sade. 8 ventre não tendo sido comprimido no colete, mas somente sustentado durante as ltimas semanas por uma cinta leve, a criança havia tomado um grande desenvolvimento. 8 parto se anunciava normal. >enhum incidente sério a temer. Entretanto, dois dias antes do parto, minha mulher, tendo perdido águas, entrou logo para a casa de sade do doutor e ficou de cama. >o terceiro dia, depois de um minucioso minucioso eame, o prático anunciou que as pequenas dores começariam na mesma tarde pelas H horas e que o parto se produ%iria ! meia$noite. = )ofrereis um pouco = disse ele para minha mulher = mas sede corajosa/ tereis uma bela criança.
Parto. = As prime primeir iras as dores dores apar aparec ecer eram am,, efet efetiv ivam amen ente te,, ! hora hora indi indica cada da.. 8 part parto o reali%ou$se. reali%ou$se. A apresentação apresentação foi ecelente ecelente VvérticeW. Entretanto, Entretanto, a criança, criança, não estando estando encaiada encaiada na pequena bacia, em breve fi%eram sentir$se as a s primeiras dificuldades. 6elas DL horas da noite, começam as primeiras grandes dores. Elas eram muito vivas e, para permitir ! parturiente suportá$las, fe%$lhe respirar algumas gotas de clorof5rmio no começo de cada contração. @ma ou duas horas passam assim. 9epois, progressivamente, as dores, que eram mais fortes e aproimadas, aproimadas, se espaçam e enfraquecem enfraquecem para cessar completame completamente. nte. A dilatação dilatação que não se fi%era senão muito dificilmente e imperfeita, não se verifica mais. 8 colo se apertara. A parteira tenta combater a inércia uterina< fricçes sobre o ventre, eerc&cios de c5coras, etc. = não dão resultado. 6ensa$se nos ferros. Inter"enção do forceps% = A parteira inquieta$se pelo médico. +avia$se combinado que, que, em caso caso de difi dificul culda dades des,, o mest mestre re em ques questã tão o devi devia a inte interv rvir ir ele ele mesm mesmo/ o/ ora, ora, fica ficamo moss surpreendidos ao ver chegar em seu lugar um de seus assistentes. 8 mestre, chamado com urg"ncia em uma cidade do sul para um parto mais remunerador, não hesitou e partiu sem nos prevenir. *orçoso nos foi aceitar o médico que se apresentou. Eu dei o clorof5rmio. clorof5 rmio. 8 médico estava em presença de sérias dificuldades. >ão somente o parto se devia fa%er a seco, mas a cabeça da criança, não estando encravada na pequena bacia, precisaria fa%er uma tomada de PfórcepsP no estreito superior. 8 doutor tenta sucessivamente quatro tomadas, mas, a cada tração, o PfórcepsP escorrega sobre a apresentação e escapa. >a quinta intervenção e em seguida a uma tração muito forte, o PfórcepsP, tendo afrouado, investe bruscamente e fe% saltar uma golfada de sangue que veio inundar o leito. 8 traumatismo operat5rio produ%ira uma dilaceração cont&nua e profunda que interessava toda a etensão do per&neo e se prolongava pela vagina. 9iante dessas complicaçes, o médico perdeu o sangue$frio e, tomando$me de parte, falou deste modo< = >ão posso terminar. terminar. 6rocurai um mestre para me auiliar. >ão se podia confessar mais claramente todo o perigo da situação. A parteira fe% um tampão para conter a onda hemorrágica e, tendo o médico renunciado definitivamente a intervir, parti !s pressas ! procura de outro cirurgião. 9urante a minha aus"ncia, minha mulher foi mantida sob ligeira anestesia. >esse momento, 6aris era visitada freqNentemente, ! noite, por avies alemães. E precisamente nessas horas dolorosas, voavam eles sobre a capital. Estávamos alerta. A cidade lu%, engolfada nas trevas, despertava ao ru&do dos canhes. >enhum ve&culo e poucos médicos não mobili%ados, o que não simplificava a nossa tarefa. *ui ver o professor ?ibemont 9essaigne. 8 mestre, retido no leito, não p'de vir e me aconselhou a chamar um de seus colegas. *oi o que fi%. # intil relatar aqui todas as dificuldades que tive de vencer para achar o cirurgião salvador. ?egressei depois de duas horas de corrida louca, mas tinha a consolação de tra%er um dos nossos especialistas em obstetr&cia dos mais reputados. 6rofessor da *aculdade de Medicina e membro da Academia de Medicina, !s suas qualidades de homem de ci"ncia acrescentava a habilidade de cirurgião e o devotamento incansável de homem de coração. 9evia, pela sua intervenção feli%, terminar o primeiro ato da tragédia que se desenrolava. >ão me foi permitido publicar o seu nome. Oue ele receba, entretanto, aqui, a epressão de toda a minha gratidão. Inter"enção cir0rgica% = 8 menino tendo morrido, sem duvida, no decurso das diferentes aplicaçes de PfórcepsP, o 6rofessor ` Vé assim que o designaremos no curso desta narrativaW, fe% logo uma basiotripsia. A operação consiste, como é sabido, em se utili%ar de um aparelho especial Vo basiotribeW para triturar a base do cr2nio do feto, de maneira a redu%ir completamente o volume da cabeça. 9e outro lado, para facilitar a passagem do corpo, é preciso ainda desconjuntar um ombro. Achamo$nos em presença de uma criança soberbamente desenvolvida, pesando DL libras e meia. (om mão segura, o 6rofessor ` não tinha tomado mais que de% minutos para efetuar a embriotomia cefálica e a deliverance. Entretanto, a operação tinha largamente reaberto o canal vagino$peritoneal e o sangue tinha corrido em jorros durante todo o tempo da intervenção cirrgica. 8 tero estava deslocado. Mas, depois de mais de duas horas e meia de clorof5rmio, minha mulher sa&a de seu sono etremamente etenuada. A situação era particularmente cr&tica. As hemorragias sucessivas tinham transformado em cadáver um corpo que, algumas horas antes, apresentava os sinais de uma sade florescente. 8 olhar estava etinto, os traços decompostos/ a fisionomia e as mucosas descoloridas. >otava$se um enfraquecimento etremo nas pulsaçes do coração e dos movimentos respirat5rios. 8 pulso não era mais percept&vel. Era imposs&vel perceber a
menor pulsação, tanto na radial como na car5tida. A doente tinha perdido a consci"ncia. A asfiia aumentava. A morte parecia que se apresentaria rapidamente. Este desenlace fatal pareceu ao cirurgião o nico resultado poss&vel. 9eiou$nos, com efeito, não sem ter dito ! minha sogra que assistira ! operação< = -enho um outro parto a ajudar e devo deiar$vos. 6enso estar de volta dentro de tr"s horas. ;nfeli%mente, vossa filha está neste instante em etremo. (omeçai a preparar o seu marido. Ela estará morta minha volta. Este julgamento não fa%ia mais do que justificar os seus temores. (omeçamos imediatamente os cuidados. Era preciso agir sem demora. Em tal circunst2ncia, todo minuto perdido seria um passo mais para a morte. A descida é rápida. Aliás o estado da doente nos apressa. 8s movimentos do coração são impercept&veis. A asfiia aumenta rapidamente. As asas do nari% fremem violentamente. 8s lábios estão cianosados. A boca se abre como para facilitar a entrada do ar nos pulmes. @ma angstia profunda se acusa sobre o rosto da moribunda. 8 progn5stico parecia tornar$se mais sombrio de minuto a minuto. (onformamo$nos com as indicaçes do 6rofessor `< = inalaçes de oig"nio/ faremos sem cessar durante algumas horas. 9epois, para tornar a dar a pressão sangN&nea, uma primeira injeção de sérum artificial. @m certo nmero de injeçes intramusculares V5leo canforado, cafe&na, esparte&na...W R eceção de algumas ampolas de electrargol e de F ampolas de sérum artificial de HL c. c. que serão dadas ! doente nos dias seguintes Vduas no pr5imo dia e uma no outro diaW, não serão mais feitas outras injeçes. 8ponho$me a todo tratamento puramente médico. 8s meios ps&quicos serão, desde esse momento, os nicos empregados. As injeçes intra$uterinas de água quente adicionada ao licor de abarraque vieram logo, de manhã e ! noite, secundar o tratamento magnético. (omeço do tratamento magnético. = Este tratamento é institu&do logo depois da delivrance, ao mesmo tempo que as primeiras inalaçes d e oig"nio. # preciso di%er que t&nhamos recusado ver o primeiro cirurgião depois do seu regresso. 6osto que em sua casa de sade, recusamos a sua presença no quarto. Minha mulher estando intransportável, tomamos, no pr5prio lugar, todas as nossas disposiçes para os cuidados assépticos e magnéticos. 8 6rofessor ` continua a velar pela doente até a sua cura completa< de manhã e ! noite, durante o per&odo etremamente cr&tico, uma ve% por dia. A meu pedido, quis limitar o seu papel ao do cl&nico que segue com a vista muito atenta a evolução do mal. A sua ci"ncia esclarecida, a sua grande consci"ncia profissional, o seu devotamento incansável foram para n5s um valios&ssimo concurso. 8s cuidados assépticos foram confiados pelo 6rofessor a uma parteira, chefe do serviço de desinfecção de uXa maternidade parisiense. 9ia e noite, de tempos em tempos, minha cunhada, senhora Mesn^, envolve a doente de cuidados intensos e esclarecidos, com um devotamento incansável. A tarefa que nos competia, sob o ponto de vista magnético, parecia acima das forças humanas. )em dvida alguma poss&vel, a doente estava muito pr5ima da morte. 6ara aumentar as possibilidades do sucesso, eu me devia fa%er secundar na minha ação magnética. *i% um apelo a meu irmão, o 9r. 7astão 9urville, que mobili%ado em 8rleans, p'de vir por intermit"ncias. Meu pai +eitor 9urville, vem juntar os seus esforços aos nossos. Enfim, o au&lio de minha sogra, senhora e 1outeiller, devia ser particularmente precioso. Ambos, dev&amos empregar um grande esforço, reve%ando$nos dia e noite, sem descuido, durante as tr"s semanas em que persistiu a invasão microbiana. (omo proced&amos n5s dois para os cuidados magnéticosS >o caso de tal gravidade, é preciso fa%er uma verdadeira transfusão vital. >ão se pode operar senão pelo sopro quente. >a observação precedente, mostrei como proceder e o direi sem detalhe aqui. 1asta di%er que concentramos o nosso esforço sobre o coração e os pulmes. 6ara dar um novo impulso vital ao coração e combater a asfiia, o sopro quente fa% maravilhas se for aplicado com férrea vontade. (ertamente, o processo é penoso e é preciso empregá$lo sem desfalecimentos. Ouantas lutas são necessárias para renovar no organismo eausto uma centelha de vidaY 6orém, que esforços não far&amos em uma hora tão trágicaS A salvação, aliás, é posta a esse preço. 8 espectro da morte, que imaginamos rodeando a doente, fe%$nos apressar.
Em tal circunst2ncia, a vontade de arrancar da tumba um ser querido ou, mesmo que se tratasse de um estranho, o sentimento de um dever a cumprir, fa% nascer em n5s forças vivas. )entimo$nos animados de pot"ncias desconhecidas. onge de nos espantarmos com o perigo, julgamos claramente toda a sua import2ncia/ armamo$nos melhor para a luta. # preciso, principalmente, ter a mais intensa fé em seu poder. >ão duvidar de si mesmo. # nesse estado de esp&rito que nos colocamos em socorro da moribunda. 9urante todo o per&odo etremamente cr&tico, a senhora e 1outeiller e eu magneti%amos alternadamente a doente com toda a energia de que dispomos, sucedendo$nos dia e noite. (ada um intervém durante um per&odo de seis horas, mais ou menos. Enquanto um age, o outro recupera novas energias. >esse momento, todo o nosso esforço está concentrado sobre o coração e os pulmes. 8 tratamento é simples em si mesmo. Aplicando a nossa boca sobre a região precordial, sopramos através de um pano Vlenço, flanelaW colocado sobre a caia torácica/ sopramos com vontade, ao máimo, despertando o 5rgão desfalecido. ;nsuflamos o ar de nossos pulmes com uma vontade calma, disciplinada, sempre igual. >enhuma impaci"ncia. ogo que o sopro esteja terminado, fa%emos uma respiração profunda e retomamos a ação. Assim, durante seis horas consecutivas. >o fim das tr"s primeiras horas que sucederam ! intervenção cirrgica, a ação magnética, secundada pelas injeçes e inalaçes de oig"nio, nos permitiram conter a vida da doente. A morte não fe% a sua obra. Ao contrário, notamos uma ligeira melhora< a asfiia diminuiu, o coração manifesta, por fraqu&ssimas pulsaçes, uma possibilidade de viver/ as asas do nari% não fremem mais/ a cianose dos lábios tende a desaparecer. 8 6rofessor `, voltando neste momento, manifesta uma viva admiração por tornar a ver a doente viva. Encara ainda a eventualidade de fa%er uma restauração perineal no dia seguinte. Mas deveria renunciar em ra%ão da febre puerperal que ia aparecer, pois a infecção não permitiria, efetivamente, a sutura dos tecidos. ;epticemia puerperal . = Essa ligeira melhora não devia durar e novas perturbaçes não tardaram a aparecer. (om efeito, desde o segundo dia, notamos uma febre intensa. A temperatura oscila entre FC[ e GD[. 8 estado geral se agrava ainda. A respiração é consideravelmente inc'moda. As emisses de urina estão suspensas. >enhuma dor de barriga. Alguns estremecimentos. 0'mitos aparecem e tornam$se mais freqNentes. 8 estado da doente piora visivelmente. A febre puerperal se declara. Estremecimentos e suores profundos se multiplicam. 8s v'mitos redobram. As feiçes da doente se alteram cada ve% mais/ os olhos estão cavados. 8 progn5stico é grave. 6or todo tratamento médico, dá$se, duas ve%es por dia, uma injeção intra$uterina de dois litros de água fervida com licor de abarraque. (ontinuamos sem enfraquecer, a senhora e 1outeiller e eu, nossas insuflaçes sobre o coração e toda a etensão do peito. ?edobramos de ardor. ?esistimos assim durante muitos dias. Eu disse que, logo em seguida !s hemorragias abundantes, o pulso não era percept&vel. 6orém, nesse momento, ! parte ligeiro afrouamento geral, o caso apresentava sempre o mesmo perigo< os mesmos saltos de temperatura de FC[ a GD[, os mesmos v'mitos. 6assam$se alguns dias. A moléstia estacionou. >otam$se algumas ligeiras oscilaçes< pequenas melhoras, seguidas imediatamente de reca&das, porém, nada de decisivo. A infecção segue o seu curso. Minha mulher está em estado de etrema fraque%a/ o progn5stico é sempre muito grave. (oncebe$se facilmente como é penosa, para o magneti%ador, uma luta que se prolonga. >ossas forças vitais se esgotam rapidamente se não pensamos em recuperá$las. Essa recuperação não apresenta absolutamente dificuldades ao magneti%ador eperimentado, conhecedor da sua arte. 9eve ser feita, entretanto, ! medida ou ! proporção das perdas Assim, como já disse na precedente observação, essa nova carregação de nossos pleos nervosos se opera principalmente pela respiração profunda. 1asta respirar com calma, procurando dar aos pulmes a maior amplitude poss&vel. ;mediatamente terminada a aspiração, deiar cair a caia torácica por si mesma, sem forçar, somente para o repouso dos msculos inspiradores. ?enovar o ato respirat5rio em um ritmo muito regular durante alguns minutos. Ajudados pela auto$sugestão, parece que tiramos, do ambiente, energias poderosas. )entimo$nos imediatamente dispostos a renovar o esforço. >os momentos de etrema fadiga, a frescura da noite dá$nos o seu est&mulo benéfico< nas primeiras horas do dia, quando tudo está silencioso, de% a quin%e minutos de respiração diante da janela inteiramente aberta, revivifica poderosamente o organismo mais deprimido.
Acrescentamos !s práticas respirat5rias o isolamento. 9epois do choque operat5rio, minha mulher teve alguns per&odos de modorra, porém, não p'de mais dormir. 8 menor ru&do, por mais fraco que fosse, arrancava$a bruscamente de sua sonol"ncia. Esforcei$me por acalmar a sua ins'nia. >ão desejando utili%ar nenhum medicamento em ra%ão de convicçes pessoais, empregava meios ps&quicos. Apesar dos meus conselhos, minha mulher reclama um calmante/ o doente que sofre de ins'nias deseja dormir, custe o que custar. 6rometi o medicamento desejado e, ! tarde, levei um belo frasco a%ul cuidadosamente etiquetado, não sem lhe haver recomendado que fi%esse uso dele com a maior prud"ncia, pois o sopor&fico era particularmente ativo, não devendo ser utili%ado senão em caso de etrema necessidade. (omo bem se pode avaliar, a doente não p'de resistir ! tentação, tomando uma colherinha da poção, ciosamente medida e dormiu logo. 8 frasco não continha, entretanto, mais do que água pura adicionada com algumas gotas de água de flor$de$laranjeiras. 8 esp&rito da doente teve a satisfação, e a virtude sopor&fica toda imaginária concedida ! água pura fora suficiente para determinar um sono de algumas horas. 8 mesmo processo pode ser empregado com igual sucesso para a maioria dos doentes em estado de completo depauperamento. Mas, por til que seja esse subterfgio, não é mais do que um processo acess5rio. Eu tinha a possibilidade de adormecer magneticamente minha mulher. -oda pessoa, pelo simples fato de seu estado doentio e sem que tenha verdadeiramente predisposição especial, é tanto mais sens&vel ao magnetismo quanto mais enfraquecida. A menos que ela não seja paciente magnético no estado normal, o que é ecepcional, essa sensibilidade para o magnetismo se atenua ! medida que se restabelece. Apesar de não ter apresentado, antes de sua doença, nenhum caracter&stico de paciente magnético, eu teria certamente podido mergulhar minha mulher em hipnose e transformar esse sono provocado em sono natural, mas abstive$me, preferindo guardar todas as minhas forças para op'$las diretamente ! pr5pria moléstia. -ive de recorrer a outro processo. )em o au&lio de nenhum medicamento, é poss&vel determinar o sono natural na maioria dos doentes< agitados, intoicados, enfraquecidos, neurast"nicos, grandes operados, convalescentes de todas as espécies. @tili%o$me, para esse efeito, de uma forma particular de sugestão. Antes de toda ação, procuro diminuir a atenção do doente. 6eço$lhe, em um tom muito carinhoso, acalmar toda agitação muscular, repousar, não pensar em nada. 9esde que esse resultado é obtido em parte, não lhe dirijo mais uma palavra. Estendo$me sobre uma Pchaise$longueP pr5imo de seu leito e simulo dormir. 9epois de alguns instantes = e isso o mais naturalmente poss&vel = eu ronco. A tentativa dessa sugestão é poderosa. 9escrevi em detalhe, no meu (urso de Magnetismo 6essoal VH.a ed., p. J\CW, esse processo de sugestão auditiva e me abstenho de citá$lo aqui. 1asta$me notar que, depois de algum tempo de roncar, procuro p'r o meu pr5prio ritmo respirat5rio em un&ssono com o do doente. Aspiro e rejeito o ar ao mesmo tempo que ele. 9esde que os movimentos são sincr'nicos, eagero progressivamente os ru&dos de meus roncos. Aplico esse processo ! minha mulher. Arrastada pelo meu roncar, em breve cai em sonol"ncia. 9epois, os per&odos de sono, breves ao começo, se prolongam. Em dois ou tr"s dias, a doente dorme regularmente por per&odos de quatro a cinco horas, um sono calmo, profundo, reparador. Encontra de novo, nos dias subseqNentes, a sua aptidão para o sono. A situação é ainda muito grave. -emos todos as mesmas apreenses. A asfiia desapareceu totalmente. 8s movimentos do coração são mais ativos e o pulso é nitidamente percept&vel. >enhuma angstia sobre o rosto. A febre, entretanto, oscila sempre na vi%inhança de GL[. A infecção segue o seu curso. 9e ve% em quando, ainda há v'mitos. 6rosseguimos sem desfalecimentos, a senhora e 1outeiller e eu, os nossos cuidados magnéticos. 6osto que o funcionamento do coração e dos pulmes seja melhor, continuamos sobre esses 5rgãos as nossas insuflaçes quentes. )ão feitas nas mesmas condiçes, quase sem repouso. ?eve%amo$nos. Ouando a doente dorme, aproveitamos para repousar, porém retomamos a ação desde que ela entreabre os olhos. *a%emos cessar os v'mitos utili%ando o mesmo processo do sopro quente sobre o est'mago. 9urante os primeiros dias que se sucederam ao choque operat5rio, a doente está em tal estado de esgotamento que não lhe posso estimular o desejo de viver. Evitamos falar$lhe para poupar
todo disp"ndio de forças, por menor que seja. Rs nossas raras perguntas, ela não pode responder senão por monoss&labos, com uma vo% muito fraca. *ica, então, inteiramente passiva sob a nossa ação magnética. Entretanto, desde que uma ligeira melhora se manifesta, procuro imediatamente estimular$lhe o desejo de viver. >o seu estado de prostração, minha mulher não percebeu a gravidade da situação. = -u queres viver = disse$lhe eu. = Em breve estarás curada. 9eiaremos 6aris... 9ei$lhe tal sugestão o mais docemente poss&vel. Essa sugestão fe% o seu curso. Apegou$se ao esp&rito da doente. Eu a renovo freqNentemente, manifestando a maior confiança. (lares de esperança brilham nos olhos de minha mulher. Ela quer viver. -em fé no sucesso. = )im, sim, tenha confiançaY A sugestão muito afetuosa desperta o desejo de viver. A doente nos auilia. uta contra a morte. (ondenso imediatamente a minha ação sugestiva em uma s5 palavra< 0iverY *i% dela uma alavanca ps&quica. Essas poucas letras fomentarão poderosas energias. (onstituirão o motivo de nossa fé. )ervir$nos$ão para canali%ar todas as nossas forças, harmoni%ar as nossas vontades, manter também viva% a nossa certe%a de arrancar a doente da morte. 0iverY Esta palavra, pronunciá$la$emos freqNentemente. 6ossui uma virtude mágica. 6arece$nos escrita com letras de ouro no destino de minha mulher. 0iverY ?eanima, conforta, galvani%a. Envolv"$la$emos em um olhar radiante de alegria. Acompanhá$la$emos com um gesto medido da mão, com um ligeiro movimento da cabeça e um sorriso confiante que tradu%irão a nossa fé inquebrantável. )airá de nossos lábios imantada por todos os nossos afetuosos pensamentos. Apresso$me em fa%er a doente reagir. -enho necessidade do seu concurso. 6or mais fraco que seja, ser$nos$á muito til. EX que a febre apresenta sempre a mesma gravidade. 8 mal envolveu. Alguns estremecimentos aparecem. A doente acusa, no baio ventre, ao menor movimento, uma dor que tende a se generali%ar. Assa% viva, aumenta ! pressão. Alguns v'mitos. A doente fica im5vel sobre o dorso, as pernas ligeiramente fleionadas para diminuir a tensão abdominal. 8 professor ` dá o diagn5stico da peritonite puerperal e aconselha a colocar, permanentemente, gelo sobre o ventre. *oi feito isto. (ontinuamos sempre as nossas magneti%açes. Alguns dias passam assim. 6osto que o mal esteja em um ponto muito cr&tico, o 6rofessor ` me autori%a a recondu%ir minha mulher para o nosso apartamento. @ma ambul2ncia veio tomá$la algumas horas depois. 9eiamos, sem pesar, a casa de sade. 8 moral da doente se ressentiu logo. ?eviu com alegria o seu quarto, os seus objetos familiares/ sentiu$se em um ambiente amigo. A seus olhos era ecelente augrio. *legmão do ligamento largo. = Estamos no DH[ dia depois do parto. 8 mal atinge ao seu paroismo. 9ores se precisam no baio ventre. A locali%ação se fa% ! direita. 8 6rofessor ` constata logo um flegmão do ligamento largo. Em alguns dias, ele atingiu o tamanho de uma laranja pequena. A febre oscila entre FC[ e GD[. A parteira encarrega$se d5s cuidados higi"nicos aconselhados< de manhã e ! noite, injeção intra$uterina, sob fraca pressão, de FL a GL litros de água fervida quente, ! qual se adiciona o licor de abarraque Vduas colheres por litroW. 9urante esse tempo, o gelo permanece sobre o ventre. 8 professor ` toma parte nos meus temores/ não v" a sade senão em uma intervenção cirrgica imediata. Entretanto, o flegmão se abre espontaneamente e se esva%ia, duas ve%es, a algumas horas de dist2ncia, por via vaginal. 9esde esse momento, minha mulher vai recuperar as forças rapidamente. (ombatemos sempre magneticamente, com o mesmo ardor. 8s dias se passam e as dificuldades !s quais dev&amos fa%er face, dia e noite, não entorpeceram a nossa vontade de vencer. )ubstitu&mos o gelo sobre o ventre por uma larga faia de flanela dobrada em dois que magneti%amos com o au&lio do sopro quente. Mudamo$la de quarto em quarto de hora. A mesma transfusão vital sobre o coração e os pulmes. 8 mesmo desejo de viver que insuflamos ! doente. 8 per&odo cr&tico passou. Minha mulher renasce visivelmente. )eu rosto se anima. A febre diminuiu. ;ntensificamos ao etremo a sua fé na cura/ mostramo$la muito pr5ima A doente se rego%ija de deiar 6aris. (ada dia que passa, marca uma notável melhora.
6recisamos o nosso projeto de partida. Minha mulher, posto que muito fraca ainda, pode sentar$se no leito. Ela se interessa de novo com as mil minud"ncias da casa/ fala a uns e outros. (omeçamos a alimentá$la muito ligeiramente. Estamos no D[dia. A luta contra o mal eigiu uma considerável etensão de forças, mas triunfamos. E cada qual mais se rego%ijaY 8 6rofessor `, que tomou vivo interesse pelo tratamento, fe%$nos conhecer o seu sentimento< = P/ um milagreYP, disse ele. (edo cessamos com as injeçes intra$uterinas e as magneti%açes. A doente ergueu$ se rapidamente. 1iática infecciosa aguda. = @ma nova complicação originada pela infecção puerperal devia retardar a nossa partida. 9esde alguns dias, a doente se queiava de c2imbras, picadas e dores na perna direita. Essas perturbaçes aumentam de intensidade. Estávamos diante de uma ciática aguda. Ao menor movimento, minha mulher eperimentava vivas dores em toda a etensão do membro atingido. A perna se dobra e toda tentativa de esticamento é vã/ a menor tração condu% a dor ao seu paroismo e arranca um grito ! doente. 6icadas dolorosas percorrem toda a etensão do membro. >otamos logo uma diminuição ou encurta$mento de mais de L cent&metros. *aço massagens enérgicas, fumigaçes locais e a reeducação motora. 8 mal é tena% Entretanto, o estado geral se levanta com uma rapide% admirável. Minha mulher se interessa cada ve% mais por tudo que a rodeia. Anima$se. 0em$lhe uma nova vida. )e não fosse a dor ciática que lhe impede de ficar em pé, ter&amos já deiado 6aris. 8 menor esforço da perna, porém, desperta vivas dores. *orçoso é ficar de cama. Esses dias de imobilidade forçada lhe pesam. @ma ou duas semanas se passam. Minha mulher pode dar os seus primeiros passos no quarto/ o andar é penoso/ depois de alguns ensaios, a doente pára, vencida pela dor/ devemos sust"$ la no seu andar/ a perna está sempre fortemente curvada. Enfim, uma séria melhora sobrevém. Marcamos a data da nossa partida. >a véspera, fi% com que minha.mulher desse um passeio de uma hora e meia em 6aris, em carruagem descoberta, por entre as ruas cheias de sol. Eis$nos logo caminhando para )aint 1rieuc, onde ganhamos uma pequena praia perdida na solidão bretã. 9eiamos 6aris seis semanas, eatamente, depois da operação. Minha mulher não sofre mais do que a dor ciática que bem depressa será combatida pelas enérgicas massagens e a reeducação motora. Ainda muito emagrecida ao partir, repara em algumas semanas o seu esgotamento muscular. A laceração foi reparada por si mesma, sem sutura. A volta dos partos deu$se dois anos depois. 1onclusão. = ?ecapitulemos brevemente os fatos. A ruptura da camada de águas sobrevém dois dias antes do parto. A apresentação é boa. Entretanto, há um retardamento no trabalho uterino< a cabeça da criança não está encravada na pequena bacia. PEntre as prim,paras! a descida da cabeça se efetua! habitualmente! dois meses antes do termo da gra"ide$.P V9ubrisa^ et :eannin< -ratado de 6artos, DCLF, p. CGW. A criança é muito grande< DL libras e meia. 8 primeiro parteiro não pode fa%er a tomada no estreito superior e, no curso de sua quinta intervenção, em seguida a uma tração mais violenta, o PfórcepsP escapa e provoca uma rasgadura que interessa a totalidade do per&neo e se prolonga pelo interior da vagina. 8 médico perde o seu sangue$frio e, diante da dificuldade, pede que procure um mestre para que se responsabili%e. 8 momento é muito grave. 9uas horas depois, o 6rofessor ` fa% uma basiotripsia. >o curso de duas intervençes, minha mulher perdeu sangue em abund2ncia, achando$se num estado de etremo esgotamento. 8s movimentos do coração são impercept&veis. A s&ncope toma um caráter de etrema gravidade/ sabe$se que, sobrevindo nessas condiçes, é quase sempre fatal. A asfiia se manifesta em seguida ao esgotamento do l&quido sangN&neo. A morte parece certa em breve tempo. #, para o 6rofessor `, a nica solução poss&vel. A laceração profunda da vagina e do per&neo abriu, de par em par, a porta ! infecção. A septicemia puerperal não tarda a se declarar. (onhecemos$lhe toda a gravidade. )obrevindo em tais condiçes, depois das hemorragias abundantes que esgotaram toda a vitalidade da parturiente, deia pouca esperança. 6or outro lado, sabe$se que a infecção é tanto mais grave quando sobrevém prontamente/ ora, desde o segundo dia notamos uma febre intensa.
;mediatamente depois do choque operat5rio, damos inalaçes de oig"nio, certo nmero de injeçes Vde 5leo canforado, cafe&na e esparte&naW, depois G ampolas de HL c. c. de serum artificial para reanimar a pressão sangN&nea, e, nos dias seguintes, ou F ampolas de electrargol. *oi este todo o tratamento puramente médico. (omo desinfetante< injeçes intra$uterinas de água quente adicionada do licor de abarraque. >o momento mais cr&tico, gelo sobre o ventre. 8 verdadeiro tratamento é ps&quico. (onsiste em uma transfusão vital operada diretamente sobre os 5rgãos doentes Vcoração e pulmes, principalmenteW pelo sopro quente. # efetuado pela senhora e 1outeiller e por mim mesmo, sem descanso. ?eve%a$mo$nos dia e noite. @ma tal ação é etremamente poderosa. 9á ao organismo desfalecido uma abundante provisão de forças vivas que lhe permitem lutar contra os elementos invasores e venc"$los. A luta se intensifica. 8 organismo utili%a os seus elementos de defesa e, feli% sinal, começa a circunscrever o mal. Aparecem dores no baio ventre, A luta interna é tão violenta que fa% temer uma peritonite septic"mica. 6rosseguimos, sem cessar, a nossa transfusão vital. 8 organismo, secundado pelo nosso concurso entretido continuamente, intensifica a luta ao máimo. ocali%o o mal sob a forma de um flegmão do ligamento largo que se abre, em breve, espontaneamente. 9esde esse dia, a doente recupera as forças com rapide%. Em tr"s semanas, a invasão microbiana foi debelada. 8 6rofessor ` tradu%iu a sua impressão por estas simples palavras< # um milagre.
O Po$er Man:#!-o O "ane#!%"o : u" aen#e -ura#!3o $e r!"e!ra or$e"/ 0 6 !neren#e $ e%%oa (u"ana/ 0 Vue" 3o% re3e'ar. o %ere$o $a ".qu!na (u"ana> 0 O %!%#e"a ner3o%o1 ran$e reu'a$or ,!%!o'2!-o $o% 2r9o% 3!3o%/ 0 A "e$!-!na $o ,u#uro/ 0 A% qua'!$a$e% $o "ane#!4a$or/ 0 A ,: : o ano $a uar$a $e no%%a 3!$a/ Estas duas observaçes, assim esperamos, mostrarão ao leitor que o magnetismo é um agente curativo de primeira ordem. Essa ação nos parece incontestável. (ontrariamente ao que se poderia pensar, os dois casos que relatamos não são ecepcionais. 6oder&amos citar muitos outros. E isto, aos nossos olhos, nada de etraordinário apresenta. (ada magneti%ador possui, desses casos, um grande nmero em seu ativo. 1asta conhecer a sua arteQ, estar em perfeita sade f&sica e moral, tendo no coração sentimentos altru&stas para reconfortar e curar os outros. Q Q Q Esse magnetismo é inerente ! pessoa humana. # a pr5pria ess"ncia da nossa vida. Estamos inteiramente mergulhados nele. Emana de n5s, sem que o saibamos. 8s nossos pleos nervosos estão cheios dele. # um mistério que nos escapa. *
ormamos todos os anos, na Escola Prático de Magnetismo, certo n7mero de ecelentes ma#neti8adores. A escola, que " um esta1elecimento da /ociedade 'a#n"tica de rança, est& inscrita na 9niversidade (Academia de %aris) entre os esta1elecimentos de ensino superior livre.
Este magnetismo nos anima desde o nosso nascimento. # ele que entretém no fundo de n5s mesmos a flama da vida. Ouando este magnetismo nos falta, a morte sobrevém. 6ensamos em desenvolver a força muscular do ser raqu&tico, porém, que fa%emos n5s pela sua pr5pria vitalidadeS >ada. # um problema que não nos preocupa. (ontudo, o poder magnético se desenvolve. )e há eerc&cios suscet&veis de fa%er crescer a nossa força muscular, há outros também simples que dotam o ser humano de mais vitalidade, desse magnetismo que todo o mundo suspeita, porém que poucos conhecem. (ada um possui em si um misterioso poder. Mas, quem pensa nissoS *alta de observação e de análise. -odos o temos em estado latente. 1asta$nos querer intensificá$lo, submetendo$nos a uma vida sã, disciplinando o nosso esp&rito, tornando$nos senhores de nossos impulsos para nos tornarmos, por esse fato, radiante de sade, de alegria, de magnetismo. Esse poder estranho se eteriori%a sem cessar de n5s na nossa alegria que eplode, na mão que estendemos afetuosamente ao desgraçado, no nosso olhar que contempla os infortnios. )egundo o nosso estado de alma, esse dinamismo apa%igua ou estimula. ;manta$se ao contato da nossa vontade. -orna$se, para quem sabe, o ve&culo dos seus mais secretos desejos. Essa força vital está por toda parte na nature%a. 7raças a ela, estamos em contato permanente com tudo o que nos rodeia. P(s diferentes meios terrestres e os seres que os po"oam estão impregnados de força "ital% Ela está espalhada principalmente no ar! cu#as propriedades "i"ificantes não são uma pala"ra "ã% / a própria ess-ncia dos raios solares que condu$em a "ida * nature$a inteira% =ransborda nos efl0"ios magnéticos do solo% / absor"ida pela água% / acumulada e hierarqui$ada nos tecidos dos "egetais e dos animais% ( homem! que não pode "i"er sem absor"er forças "itais de função! ao mesmo tempo que energias qu,micas de nutrição! acha! nessas diferentes fontes! com que satisfa$er as suas necessidades essenciais% E esses meios de "ida constituem! igualmente para ele! poderosos agentes de cura! quando a sua sa0de se encontra comprometida.P Assim fala o 9r. 6aul (arton estudando as leis da vida sã. Q Q Q Ouem nos revelará o segredo da máquina humanaS (omo funcionam as suas engrenagensS )e o magnetismo é a pr5pria ess"ncia da vida humana, por qual mecanismo a força vital que transfundimos pode vir em au&lio de um organismo depauperadoS (om o simples sopro pode ele reconfortar, reparar, cicatri%ar, circunscrever, curarS )ão problemas compleos, que eigiriam, para serem apresentados como convém, longos desenvolvimentos. >ão podemos di%er aqui mais do que algumas palavras a respeito. A máquina humana é feita para produ%ir certo trabalho, em condiçes regulares, nitidamente determinado. A sua produção não deve ser nem deficiente nem ecessiva. Ela não deve utili%ar senão materiais previstos. 6or outro lado, para não entorpecer$se ou engordurar$se, deve eliminar regularmente os seus res&duos. -odo afastamento de linha normal tradu%$se por uma desordem mais ou menos aparente que, renovada, constituirá o pra%o mais ou menos longo de vencimento, a moléstia. 8 primeiro efeito desse trabalho manifesta$se nas nossas forças vitais, cujo funcionamento é logo perturbado. As nossas resist"ncias se enfraquecem. 8s nossos elementos naturais de defesa contra os micr5bios Vleuc5citosW acham$se diminu&dos. )e voltamos a uma vida normal, encontramos progressivamente a sade. A harmonia se estabeleceu onde estava perturbada. Q Q Q Mas, essa força vital que nos permite dirigir o combate, de onde vem elaS 9o eterior. (omo di% muito bem o 6rofessor (. +. ?oger, em sua ;ntrodução ! Medicina VH_ ed., DCDF, p. FGW< P=odos os atos "itais não são mais do que reaç.es pro"ocadas por agentes e+ternos.P Essas reaçes se operam graças ao nosso sistema nervoso. (omo pensava (laude 1ernard, esse sistema nervoso é bem o grande regulador fisiol5gico dos organismos vivos. # pela sua rede que o nosso magnetismo se introdu% na economia do doente e a& fa% a sua obra. # certo que o sistema nervoso é o distribuidor de todas as energias que recebemos do eterior. # ele que se apodera do magnetismo que retiramos, a cada instante, do ambiente/ é ele que
arma%ena preciosamente a vitalidade que o magneti%ador transfunde para o seu doente, que distribui essa energia a qualquer local do organismo onde ele falta/ é ainda quem regulari%a e equilibra. 8 magnetismo não possui, em si mesmo, nenhuma virtude espec&fica. Ainda que pareça provado que retarda o desenvolvimento das culturas microbianas, não tem a propriedade de combater tal ou tal afecção e p'r$se vitoriosamente a tal micr5bio em ve% de outro. 8 magnetismo é uma projeção de vida. )ob a influ"ncia de nossa vontade deia os nossos pleos nervosos e, irradiando$se atinge os centros nervosos do doente. Estes, estimulados pela ecitação, retomam a luta com novo impulso. As eliminaçes tornam$se mais ativas. As lutas internas redobram de ardor. 8s leuc5citos = essa pol&cia do organismo = estimulados, retomam a luta contra os elementos microbianos invasores e triunfam. -riunfam ainda melhor se estão galvani%ados mais poderosamente pelo sopro de vida do magneti%ador. 1em depressa se verifica o enfraquecimento da crise e a volta ao equil&brio, ! sade. Q Q Q A medicina do futuro não é aquela que procura acalmar a dor sem se preocupar com a verdadeira causa do mal. >ão é aquela que aplica drogas. A medicina do futuro é aquela que se ocupa do terreno, que procura, por meios naturais, reforçar os nossos elementos de defesa/ é aquela que tenta surpreender o mistério da vida, o jogo de todas as forças que estão em n5s e em torno de n5s. (laude 1ernard não suspeitava da eist"ncia do magnetismo quando escreveu nas suas içes sobre o (alor Animal Vpág.GGJW< P A ação terap-utica mais racional! a 0nica fisiologicamente indicada! seria e"identemente aquela que se dirigisse diretamente ao sistema ner"oso mas! no estado atual dos nossos conhecimentos! esta ação nos é imposs,"el YP 8 magnetismo é precisamente este agente de cura. Ele se dirige diretamente ao sistema nervoso. (ria, por simples irradiação, poderosas reaçes das quais o organismo doente tem necessidade para a sua cura. PEsta ação terap-utica que acreditais imposs,"el! conhecemo' la@ — disse A% 9lué% — =emo'la em nossas mãos e nos ser"imos dela% Por um trabalho perse"erante e tena$! estudamos o seu funcionamento! constatamos a sua eficácia e admiramos o seu poder@C Este mara"ilhoso agente! do qual não conhecestes nem pressentistes a e+ist-ncia! é tão "elho quanto o mundo@ / uma destas forças admirá"eis da nature$a! posta * disposição de todos! desde o mais ignorante até o mais sábio! do mais humilde ao mais poderoso% / o agente terap-utico uni"ersal que nos chega das profunde$as do infinito e que emerge das mesmas fontes de "ida! como o calor! a eletricidade e a lu$% / o magnetismoYP Q Q Q -odos são aptos para magneti%ar. >ão eiste, entre n5s, senão diferenças de intensidade e de qualidades de PfluidoP, que é fácil, aliás, modificar. >enhuma consideração de seo, idade ou temperamento. 6ara eercer em torno de si mesmo uma ação benéfica, basta estar, em si mesmo, em perfeito equil&brio f&sico e moral. (ertamente, algumas noçes são indispensáveis. Encontram$se essas noçes detalhadamente epostas nas =eorias e Processos de 3agnetismo e na ,sica 3agnética, de meu pai, assim como no meu 1urso de 3agnetismo Pessoal . >ão podemos descrever aqui todos os processos Vpasses, aplicaçes, imposiçes etc.W que, além do sopro, estão ! disposição de cada um de n5s. Esses conhecimentos, uma ve% adquiridos, não podemos pensar em influenciar em torno de n5s senão quando estamos em perfeita sade. # preciso sentir no organismo uma abundante provisão de vitalidade. )enão, que é que irradiaremosS )ão precisas também qualidades morais, uma vontade calma e perseverante, um perfeito dom&nio de seus impulsos. P( melhor magneti$ador — di$ )eleu$e — é aquele que tem um bom temperamento! um caráter ao mesmo tempo firme e tranqJilo! o germe das pai+.es "i"as sem ser sub#ugado por elas! uma "ontade firme sem entusiasmo! ati"idade reunida * paci-ncia! a faculdade de concentrar a
sua atenção sem esforços! e que! magneti$ando! se ocupe unicamente do que fa$P.
E, acima de tudo, o magneti%ador deve ter uma fé poderosa. P1reio na e+ist-ncia de um poder em mim — escre"e o marqu-s de PuUségur% — )esta crença! deri"a a minha "ontade de e+ercer% E o ato de minha "ontade determina todos os efeitos que me "istes produ$ir e que não podeis pFr em d0"ida%P = OueY >ão é senão issoS = observam todos os alunos, com admiração. E o marqu"s de 6u^ségur acrescentou< P&ão sei nada de mais%%% =oda a doutrina do magnetismo animal está encerrada em duas pala"rasB crer e querer% 1reio que tenho o poder de acionar o princ,pio "ital de meus semelhantes quero fa$er uso desse poder eis a, toda a minha ci-ncia e os meus meios% 1rede e dese#ai intensamente! senhores! e fareis tanto quanto eu.PV9o Magnetismo Animal, D\LJ, p. DG\W. A féY A fé, di%em, levanta montanhas. -ransmite, de nossos pleos, a totalidade de nossas energias, no momento preciso, para onde desejamos. # ela que nos coloca em &ntimo contato com todas as potencialidades eteriores. )5 ela nos permite transfundir a nossa pr5pria vida com tal energia que, mesmo nas proimidades da morte, ainda que toda a esperança pareça perdida, a centelha de vida que se manifesta ainda reacende e inflama. A fé é o anjo da guarda de nossa vida.
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