A Bíblia Entre Os Dois Testamentos
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A BÍBLIA ENTRE OS DOIS TESTAMENTOS
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Ezequiel Camilo da Silva
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A BÍBLIA ENTRE OS DOIS TESTAMENTOS RESUMO HISTÓRICO DO PERÍODO QUE COMPREENDEM OS QUATRO SÉCULOS ENTRE OS DOIS TESTAMENTOS BÍBLICOS
EZEQUIEL CAMILO DA SILVA
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Ezequiel Camilo da Silva
FICHA TÉCNICA © 2011 Ezequiel Camilo da Silva CAPA: ILUSTRAÇÃO ENCONTRADA NA INTERNET DIREITOS AUTORAIS: As fotos são de domínio publico Textos – Textos históricos com respectivos créditos registrados em notas de rodapé e bibliografia. Todos os diretos reservados ao autor Copyright 2011 – Louveira – SP – Brasil
1ª edição – 1ª impressão © 2012 Bubok Publishing S.L. ISBN: Impresso em Portugal / Printed in Portugal Impresso pela Bubok
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Ezequiel Camilo da Silva
INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR
Ezequiel Camilo da Silva É professor atualmente aposentado, licenciado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, com Mestrado em História Econômica e Regional. Atuou mais de quarenta anos na área educacional nas escolas públicas estaduais, municipais e particulares da grande São Paulo. Tem uma longa experiência como coordenador de Turismo, Viagens, Roteiros Culturais e Projetos Turísticos Ecológicos; é autor dos livros “A Conquista da Amazônia”, “Que País é Esse?”, “Os Povos Bíblicos”, “Arqueologia Bíblica e As grandes Descobertas”, “Uma Jornada no Livro de Jó”, “O Bom Samaritano”, “Poemas e Poesias”, “A Montanha”, “A Grande Mentira”, “Fugindo e Viajando com Jonas”, “Estou Aposentado e Agora?”, “Ser Escritor. . . Um Sonho”, “As Mulheres Bíblicas”, “Dicionário Brasileiro de Nomes”, “Brasáfrica”, “Viagem a Manaus – Impressões”, “Sonhos & Desejos”, “Aventuras na Austrália e Nova Zelandia” e outros
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“Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.” Amós 3:7
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ÍNDICE 1 – INTRODUÇAO – UMA SÍNTESE HISTÓRICA ....... 09 2 - A IMPORTÂNCIA DO RETORNO DOS JUDEUS DO CATIVEIRO BABILÔNICO .......................................15 3 - A IMPORTANCIA DO PERÍODO ENTRE OS DOIS TESTAMENTOS .................................................. 17 4 - OS PERSAS DOMINADORES E PARCEIROS DOS JUDEUS ..............................................................19 5 - AS INFLUÊNCIAS DE ALEXANDRE E A CULTURA GREGA .............................................................. 22 6 - A CIDADE DE ALEXANDRIA NA ANTIGUIDADE .. 23 7 - A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA ...................... 29 8 - A DESTRUIÇÃO DA BIBLIOT. DE ALEXANDRIA ....36 9 - OS MACABEUS – O MUNDO GREGO – SEPTUAGINTA......................................................37 10 - RESUMO CRONOLÓGICO – ―REVOLTA DOS MACABEUS‖ ........................................................45 11 - AS INFLUÊNCIAS HELÊNICAS ENTRE JUDEUS .. 51 12 – OS ROMANOS ............................................. 56 13 - HERODES ―O GRANDE‖...................................59 14 – AS SEITAS JUDAICAS ....................................60 15 – OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO ............... 66 16 – O ADVENTO DE CRISTO .................................75 17 – FLAVIO JOSEFO ........................................... 77 18 - BIOGRAFIA DE FLAVIO JOSEFO .......................79 19 – AS PROFECIAS DE DANIEL PREVIRAM OS GRANDES IMPÉRIOS ............................................87 20 - ISAAC NEWTON E AS PROFECIAS DE DANIEL. 107 21 – CONCLUSÃO .............................................. 113 22 – BIBLIOGRAFIA ........................................... 114
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1 - INTRODUÇÃO – UMA SÍNTESE HISTÓRICA Ao longo dos quatrocentos anos que separam os registros deixados pelo Velho Testamento da Bíblia Sagrada edição canônica, que é considerada e aceita como inspirada, até os relatos do Novo Testamento, temos um vácuo histórico que abre em nossas mentes uma grande interrogação. Este período compreende os eventos que desenrolaram entre o fim do Antigo Testamento e o início do Novo Testamento. As datas mais precisas ou aproximadas são de 424 a.C. até o ano 5 a.C. Afinal, ocorreram quatro longos séculos, o mundo não dormiu no final do Livro de Malaquias e acordou de repente no início do Evangelho de Mateus! Os judeus, como sendo remanescente do Povo de Israel, foram subjugados pelas potencias estrangeiras, primeiro os persas, depois os gregos e finalmente os romanos. Passaram por uma fase muito difícil, porque no meio de tantas dificuldades eles não tiveram profetas para dar as orientações precisas, as instruções necessárias e a condução segura. Neste período, eles ficaram como ovelhas sem um pastor.
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Mesmo assim, sendo os guardiões dos livros sagrados, possuíam todas as instruções divinas apropriadas para cada situação e circunstancias. Contudo, quando estavam diante das grandes adversidades, um grupo fiel deste povo manteve a fidelidade nos relatos sagradas e a crença que Deus enviaria um messias, de acordo com as profecias, que deveria vir como grande e poderoso rei libertador e vingar todo o tipo de atrocidades que eles haviam sofrido e suportado neste longo período. Estes quatrocentos anos foram deveras importantes e porque não dizer, cruciais para que o curso natural da história do mundo e dos judeus tivesse uma continuidade e um desfecho favorável até o nascimento de Jesus. Todavia, não houve uma calmaria ao longo destes anos neste cenário que compreendeu o cotidiano da vida na Palestina, nem tampouco os judeus foram agraciados com um período de paz duradouro, pelo contrário, atravessaram tempos difíceis intermeados com períodos de relativa calma com momentos terríveis nos quais foram perseguidos e até deportados. Estes acontecimentos que tiveram seu principal palco a Palestina, ainda o impacto marcante do retorno do cativeiro babilônico com a reconstrução de Jerusalém, de suas muralhas e o templo do Senhor, foram determinantes e 10
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moldaram uma e nova e distinta etapa na história deste povo. Logo após a chegada do cativeiro babilônico, apesar dos judeus terem a importante tutela dos persas que promoveram o seu retorno sob o patrocínio de Ciro o Grande,1 para que se cumprissem as profecias. Notamos que este retorno era parte do grande plano divino para preparar o nascimento do Messias. Este povo enfrentou uma enorme dificuldade em se readaptarem a sua terra que já não lhe pertenciam mais, agora a Judeia havia se transformado numa simples província persa, que deixara os judeus sem liberdade politica e econômica, apenas gozavam do direito de se instalarem, cumprir as leis dos seus dominadores. Entretanto, tinham todos os direitos religiosos preservados e assegurados pelas leis
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- Temos dois textos bíblicos que registram as profecias que prediziam a atuação de Ciro Reis da Persa como patrocinador do retorno dos judeus e da reconstrução de Jerusalém. “Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado. Isaías 44:28. No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Esdras 1:1”
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dos persas, coisa que em outras épocas não lhe foram permitidos. Nestes tempos difíceis logo após o retorno, as dificuldades foram acrescidas com a oposição dos samaritanos, além da dispersão de muitos dos judeus, como resultado do cativeiro babilônico, dos quais a grande maioria não conseguira retornar por vários motivos, devido a isso estavam vivendo em outras nações e partes do mundo conhecido. Esta dispersão acarretou outras influencias entre o povo judeu que estavam longe da Palestina, entre estas estava, a assimilação de novos costumes, outras línguas, que trouxeram vários problemas para a preservação da unidade do povo para que então, permanecessem fiéis aos mesmos princípios religiosos. Com a reconstrução do templo houve o fortalecimento desta unidade em torno da mesma fé. Esta regra de obediência e fidelidade em um único Deus, somada a observância das leis e de todas as regras estabelecidas, mais a esperança em torno da vinda de um messias era a essência e a viga mestra da nova ordem judaica. Após a superação de muitas dificuldades, a vida entrou numa rotina na sua readaptação na Palestina debaixo das mãos dos dominadores, novos costumes foram incorporados; criaram-se novas ordens religiosas, entre elas estavam em 12
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destaque os fariseus, os saduceus e mais tarde surgiram os zelotes. Entretanto, com o passar dos anos, ocorreu gradualmente o enfraquecimento e a queda gradual do poderoso império persa, levantou se uma nova potencia com um novo domínio, eram os gregos que tomaram o poder. Por breve tempo, houve certa tolerância, porém com a morte prematura de Alexandre o Grande, resultou na divisão do grande império, os judeus sofreram também estas mudanças; atravessou um período tenebroso, primeiro com os ptolomeus seus novos dominadores, depois vieram os selêucidas também gregos, mas intolerantes e intransigentes com os dominados, impuseram aos judeus os mais cruéis tratamentos e severos castigos. As guerras, as lutas, as perseguições, o sofrimento, as incertezas, a morte, as deportações foram cruéis com os judeus. É neste período crucial desta história entre os dois testamentos que surgem os Macabeus, uma família de linhagem sacerdotal que pelas circunstancias adversas transformaram se em heróis que auxiliaram esta nação a atravessar esta fase tão delicada que pôs em risco até a existência deste povo.
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Grandes barbaridades e terríveis crueldades, verdadeiras atrocidades foram praticadas pelos selêucidas contra os judeus, que chegou ao limite de proibir suas práticas religiosas, os relatos nos dois livros de Macabeus2 nos dão uma ideia destes acontecimentos.
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- Os Livros dos Macabeus estão na versão da Bíblia Vulgata Latina, são livros apócrifos, não inspirados, mas apresenta um valor histórico e nos ajuda a entender os acontecimentos neste período difícil da existência do povo judeu.
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2 - A IMPORTÂNCIA DO RETORNO DOS JUDEUS DO CATIVEIRO BABILÔNICO Ao reportarmos sobre esta ocorrência de grande dimensão e significado, não poderíamos deixar de citar nesta obra esta personagem norte americana, que se destacou pelo seu trabalho realizado como educadora e também sobre as suas considerações e referencias que abordam de maneira sábia e oportuna a saga dos judeus no seu retorno do cativeiro babilônico. Mary Ellen Chase - foi uma das mais importantes escritoras cristãs americanas e educadora do seu tempo, respeitada e admirada pelo seu trabalho, escreveu e publicou mais de 30 livros. Como cientista e educadora, numa de suas importantes afirmações em 1926, declarou que “a humanidade de hoje deve a estes judeus como destemidos e intrépidos, que enfrentaram todo o tipo de adversidade para retornarem do cativeiro babilônico à Jerusalém”. Sendo eles os judeus fiéis guardiões das Escrituras Sagradas, portanto, a existência e a divulgação deste livro, trouxe uma crença num único e verdadeiro Deus, um cristianismo, uma esperança e a formação de uma cultura ocidental, como referenciais pautados e fundamentados na ética e moral. 15
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Complementando estas afirmações sobre este marcante acontecimento como parte dos cumprimentos das profecias e também do grande plano divino para redenção da humanidade.
Mary Ellen Chase 24 de fevereiro de 1887 a julho de 1973
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3 - A IMPORTANCIA DO PERÍODO ENTRE OS DOIS TESTAMENTOS Entre o final do Antigo Testamento e o início do Novo Testamento há uma lacuna de 400 anos sem a manifestação de um profeta de Deus. Durante esse longo período ocorreu eventos marcantes, guerras e o surgimento de diversos grupos que estão presentes nas páginas do Novo Testamento. Qual a característica desses grupos? O que idealizavam? Nesse artigo procuramos destacar, no formato esboço, uma coletânea de eventos ocorridos entre o Período Persa, Período Grego e o Período Romano, os quais envolveram a nação do povo de Israel, os judeus. Este importante período histórico, entre os Testamentos, de define como uma longa etapa histórica recheada de eventos significativos. Os estudiosos deparam com algumas dificuldades para encontrar as fontes de informações extra bíblicas. Por isso, muitos são as razões e motivos históricos, que justificam esta busca, como uma forma de explicar os resultados de quatro séculos de existência que atravessou o povo judeu: A seguir temos uma relação destes motivos e razões: 1 - "Razões Históricas" que explicam os acontecimentos "de fundo" do Novo Testamento.; 17
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2 - "Razões Culturais" que explicam a origem e desenvolvimento dos costumes, instituições e vida espiritual do povo judaico do período do NT; 3 - "Razões Messiânicas" que demonstram como Deus preparou o mundo para o Seu Advento. As Divisões do Período Inter bíblico Entre as datas marcadas para este estudo, muitos eventos passaram que não teremos oportunidade de reconhecer. Estamos assinalando e dando uma atenção especial ao fim do Antigo Testamento, este período em que os judeus estiveram dominados pelas potencias estrangeiras, destacando em especial, entre estes, o tempo de Alexandre, as "Guerras dos Macabeus" e Herodes. Estas são a seguir, as divisões deste período histórico: 1. Período da dominação persa (536-331); 2. Período do domínio grego (331-167); a-Período Grego – Alexandre “O Grande” (331-323); b-Período Egípcio - Ptolomeus (323-198); c-Período Sírio – Selêceucidas (198-167); 3. Período dos Macabeus (167-63); 4. Período da dominação romana (63-5). 18
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4 - OS PERSAS DOMINADORES E PARCEIROS DOS JUDEUS Apesar de tudo, podia se notar que as profecias bíblicas estavam se cumprindo, o retorno dos judeus à Jerusalém, a retomada ainda que de forma precária de suas propriedades, com a restauração das muralhas e a reconstrução do templo, foram vitais para dar uma base de sustentação nesta árdua tarefa de reiniciar a vida na Judéia subjugada. Eram os sinais visíveis de que Deus estava conduzindo tudo isto e que o grande plano de Deus preparando o mundo para o nascimento do Messias estava sendo conduzido. Entretanto, os persas, apesar de serem os dominadores, foram parcimoniosos, complacentes e até parceiros judeus nesta tarefa de manter a unidade religiosa em torno dos princípios sagrados. Neste período pouco se sabe a respeito dos acontecimentos, mas é importante registrar algumas descobertas arqueológicas que estão inseridas neste trabalho, que nos forneceram uma ideia mais concreta desta situação e nos dão algumas respostas pertinentes a estas questões. Os persas não só permitiram, mas também apoiaram os líderes judeus, para que impusessem 19
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a obrigatoriedade da obediência de suas leis, tanto foi assim que os relatos confirmam no livro de Esdras 7: 23 a 26.3 Complementando estas afirmações em 1905 nas escavações arqueológicas realizadas em Elefantina, uma ilha do Nilo junto à primeira catarata, nas proximidades da represa de Assuã, ocorreu uma surpreendente descoberta. Neste local foram achados três documentos em papiros, escritos em aramaico datados de 419 ªC, um deles era uma carta pascal de Dario II, na qual havia instruções sobre a maneira de celebrar 3
- 23-Tudo quanto se ordenar, segundo o mandado do Deus do céu, prontamente se faça para a casa do Deus dos céus; pois, para que haveria grande ira sobre o reino do rei e de seus filhos? 24- Também vos fazemos saber acerca de todos os sacerdotes e levitas, cantores, porteiros, servidores do templo e ministros desta casa de Deus, que não será lícito impor-lhes, nem tributo, nem contribuição, nem renda.25-E tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que possuis, nomeia magistrados e juízes, que julguem a todo o povo que está dalém do rio, a todos os que sabem as leis do teu Deus; e ao que não as sabe, lhe ensinarás. 26-E todo aquele que não observar a lei do teu Deus e a lei do rei, seja julgado prontamente; quer seja morte, quer desterro, quer multa sobre os seus bens, quer prisão. 27 - Bendito seja o SENHOR Deus de nossos pais, que tal inspirou ao coração do rei, para ornar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém. 28 - E que estendeu para mim a sua benignidade perante o rei e os seus conselheiros e todos os príncipes poderosos do rei. Assim me animei, segundo a mão do SENHOR meu Deus sobre mim, e ajuntei dentre Israel alguns chefes para subirem comigo. Esdras 7:23-28
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corretamente a festa da Páscoa, assinada por Hananja, encarregado dos assuntos judeus na corte do governador persa no Egito. Sobre a comunidade judaica que se estabeleceu nesta ilha, formada principalmente por soldados mercenários judeus que haviam fugido de Jerusalém após a invasão dos caldeus. Estes judeus chegaram a construir um templo em Elefantina, chegaram até oferecer sacrifícios e concederam as mulheres um nível maior de liberdade. Este templo foi destruído pelos próprios judeus obedecendo às ordens do sumo sacerdote em Jerusalém assim que chegou ao seu conhecimento. Esta determinação foi cumprida com o apoio das autoridades persas, era uma espécie de corretivo, para que toda a adoração à Deus deveria ser em um único templo, aquele que esta em Jerusalém, entretanto foram permitidas a implantação das sinagogas que foram construídas nas cidades que haviam um considerável grupo de judeus. Os privilégios dos judeus se estenderam pela grande extensão do império persa, consolidado até quase o final desta supremacia, com o casamento do rei Assuero (Xerxes) com uma linda jovem judia, a rainha Ester. Esta notável monarca judia deixou uma interessante história do seu povo no exílio, 21
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registrada no livro que recebeu o nome da rainha que é de autoria judaica desconhecida, escrito possivelmente no século IV a.C. na cidade de Susã, local em que os judeus permaneceram numa considerável tranquilidade em sua colônia até a queda de império persa por volta de 331 ªC. até a conquista de Alexandre O Grande.4 5 - AS INFLUÊNCIAS DE ALEXANDRE E A CULTURA GREGA Com as conquistas de Alexandre, as influências da cultura grega se espalharam em quase todo o mundo conhecido, do qual havia sido subjugado, sendo assim de grande abrangência. Além do alto nível de conhecimento filosófico, os gregos dominavam uma avançada tecnologia na arte e na arquitetura. Por isso, estas influências foram bem marcantes por toda a extensão territorial em que eles permaneceram. Nestas áreas dominadas estabeleceu centros de comércio e cultura, que se intensificou em toda a extensão do seu império; Com a imposição da cultura grega, e a assimilação pelos povos dominados, as 4
- SILVA, Ezequiel Camilo da. ARQUEOLOGIA BÍBLICA – As Grandes Descobertas. Editora Bubok, Portugal. 2011.
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superstições que faziam parte das crenças orientais, cederam à liberdade do pensamento grego, na filosofia, arquitetura, seus deuses, religiosidade, atletismo (primeira olímpiada em 776 a.C). Surgiram as bibliotecas e universidades em Alexandria e Tarso como em outros lugares. Preparou-se assim o campo para que nos gregos impusessem uma religião universal. Por outro lado com o incremento dessa cultura, foi de grande importância a disseminação da língua grega, criando a possibilidade da pregação do evangelho fazendo uso de uma língua universal e a criação de uma Bíblia legível neste idioma, abrangendo toda a extensão da bacia do Mediterrâneo. Este avassalador domínio grego propiciou a realização das grandes obras da antiguidade.
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6 - A CIDADE DE ALEXANDRIA NA ANTIGUIDADE Em 332 a.C., o Egito estava sob domínio persa. Nesse mesmo ano, Alexandre, o Grande entrou triunfalmente como vencedor do rei persa Dario III e os egípcios aceitaram-no, aclamando-o como libertador. Um dos motivos que provocou esta efusiva acolhida foi com certeza a considerável colônia de gregos que haviam se instalados há muitos anos antes. Estas colônias gregas estavam de certa forma incorporada à sociedade egípcia, portanto, os gregos não eram mais considerados como estrangeiros. Apenas um ano após a chegada de Alexandre a cidade que levaria o seu nome foi fundada num local privilegiado no delta do Nilo, a partir de um antigo povoado chamado Rakotis habitado por pescadores. A escolha deste local foi muito afortunada, pois estava ao abrigo das variações que o rio Nilo apresentava, e, por outro lado, suficientemente perto do rio para que se pudesse chegar através das suas águas às mercadorias destinadas ao porto, através de um canal que unia o rio com o lago Mareotis e o porto. Este local que foi escolhido estava em frente a uma ilha chamada Faros, que com o tempo e as 24
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múltiplas melhorias que se fariam ficaria unida por um longo dique à cidade de Alexandre. O arquiteto que realizou esta obra chamavase Dinócrates de Rodes. O dique tinha um comprimento de sete estádios (185 m é a medida de um estádio), pelo que se lhe chamou Heptastadio (Επταστάδιο). A construção do dique formou dois portos, de ambos os lados: o Grande Porto, a leste, o mais importante; e o Porto do Bom Regresso (Εύνοστος), a oeste, que é o que ainda hoje se usa. Nos amplos cais do Grande Porto atracavam barcos que navegavam pelo mar Mediterrâneo e as costas do oceano Atlântico. Traziam mercadorias que se empilhavam nos cais: lingotes de bronze da Hispânia, além de barras de estanho da Bretanha, algodão das Índias, sedas da China. O famoso farol construído na ilha de Faros por Sostral de Cnido, em 280 a. C., dispunha no alto do seu topo uma grande chama um fogo permanentemente alimentado que guiava os navegantes, até o ano de 1340, quando foi destruído. O arquiteto Dinócrates preparou e planejou o traçado da cidade e fez segundo um plano hipodâmico, sistema que vinha utilizando desde o século V a.C., era composto de uma grande 25
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praça, uma rua maior com trinta metros de largura e seis quilômetros de comprimento que atravessava a cidade, com ruas paralelas e perpendiculares, cruzando-se sempre em ângulo reto. Seu planejamento urbano era constituído por bairros com traçados compostos por quadras. As ruas tinham condutores para facilitar o escoamento das águas de chuva para evitar a inundações. Administrativamente a cidade era dividida em cinco distritos, cada um dos quais tinha como nome uma das cinco primeiras letras do alfabeto grego. Quando Alexandre saiu do Egito para continuar as suas lutas contra os persas deixou como administrador de Alexandria Cleómenes de Naucratis.
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Uma ilustração do Farol de Alexandria disponível na Internet
Desde sua fundação a Cidade de Alexandria transformou se na mais rica e opulenta cidade do seu tempo no mundo. Os Ptolomeus construíram um palácio de mármore com um grande jardim no qual havia fontes e estátuas. Do outro lado desse jardim havia outro edifício construído em mármore a que se chamava Museu. Foi uma inovação do rei Ptolomeu I ―Sóter‖ e nele se reunia toda a cultura da época. O museu tinha uma grande biblioteca. Perto deste edifício 27
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erguia-se o templo de Serápis, a nova divindade greco-egípcia. Na parte central da cidade encontravam-se a Assembleia, as praças, os mercados, as basílicas, os banhos, os ginásios, os estádios e demais edifícios públicos necessários para os costumes da época. Os habitantes desta magnífica cidade eram na sua maioria gregos de todas as procedências. Alexandria transformou se no esplendor da cultura grega em pleno Egito. Também havia uma colônia judaica que tornou tão numerosa, que chegou a haver mais judeus em Alexandria do que na própria cidade de Jerusalém. Enquanto que um bairro egípcio, de pescadores, era o mais pobre e abandonado da grande metrópole. De imediato a cidade de Alexandria se converteu no centro mundial da cultura grega na época helenística e contribuiu para promover a helenização do resto do país de tal maneira que quando os romanos conquistaram este país, todo o Egito era bilíngue. Somente a arte e a arquitetura permaneceram como as áreas genuinamente egípcias. Tão importante, que chegou pela sua grandiosidade a chamarem de Alexandria ad Aegyptum, ou seja, "Alexandria que está perto do Egito", perdendo importância o resto do país. 28
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7 - A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA A Biblioteca Real de Alexandria ou Antiga Biblioteca de Alexandria foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo. Ela floresceu sob o patrocínio da dinastia ptolemaica e existiu até a Idade Média, quando foi totalmente destruída por um incêndio casual. Acredita-se que a biblioteca foi fundada no início do século III a.C., concebida e aberta durante o reinado do faraó Ptolemeu I Sóter ou
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durante o de seu filho Ptolomeu II. Plutarco nas suas obras fez referencias a esta biblioteca.5 Durante sua visita a Alexandria em 48 a.C., Júlio César queimou acidentalmente a biblioteca quando ele incendiou seus próprios navios para frustrar a tentativa de Achillas de limitar a sua capacidade de comunicação por via marítima. De acordo com Plutarco, o incêndio se espalhou para as docas e daí à biblioteca. No entanto, acontecimentos não
esta versão é confirmada
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dos na
- Plutarco de Queroneia (46 a 126 d.C.), filósofo e prosador grego do período greco-romano, estudou na Academia de Atenas (fundada por Platão). Ele foi um discípulo de Ammonius de Lamprae, um filósofo peripatético com profundo conhecimento de religião. Viajou pela Ásia e Egito, viveu em Roma e foi sacerdote de Apolo em Delfos em 95 d.C. O seu enorme prestígio valeu-lhe deter direitos de cidadão em Delfos, Atenas e mesmo em Roma (Mestrius Plutarchus). A sua ética baseia-se na convicção de que para alcançar a felicidade e a paz, é preciso controlar os impulsos das paixões. Escreveu sobre Platão, sobre os estóicos e os epicuristas, e estudou a inteligência dos animais comparando-a à dos humanos. É dele um pequeno ensaio, onde expõe a habilidade no uso da astúcia com ética, Como tirar proveito do inimigo. Segundo a tradição, Plutarco escreveu mais de 200 livros. Chegaram até nós cerca de 50 biografias de gregos (entre elas a "Vida de Licurgo") e romanos ilustres em que ambas são comparadas, conhecidas como as Vidas Paralelas e dezenas de outros escritos sobre os mais variados tópicos, designadas genericamente por Obras Morais ("Moralia"), sobre Filosofia, Religião, Moral, Crítica literária e Pedagogia.
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contemporaneidade. Atualmente, tem sido estabelecido que a biblioteca, ou pelo menos segmentos de sua coleção, foram destruídos em várias ocasiões, antes e após o século I a.C..
Fragmento da Septuaginta, traduzida do hebraico para o grego koiné, entre os séculos III a.C. e I a.C. em Alexandria.
Considera-se que tenha sido fundada no início do século III a.C., durante o reinado de Ptolomeu II, após seu pai ter construído o Templo das Musas (Museum). É atribuída a Demétrio de Faleros sua organização inicial. Uma nova 31
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biblioteca foi inaugurada em 2002, próximo ao sítio da antiga. Complementando os relatos sobre as aventuras de Júlio Cesar em Alexandria. Conta-se que num destes incêndios da histórica biblioteca foi provocado por César. Em caçada a Pompeu, o seu inimigo de Triunvirato (formado por Pompeu, Crasso e ele), César deparou-se com a cidade de Alexandria, governada na época por Ptolomeu XII, irmão de Cleópatra. Pompeu foi decapitado por um dos tutores do jovem Ptolomeu, e sua cabeça foi entregue a César juntamente com o seu anel. Diz-se que ao ver a cabeça do inimigo César pôs-se a chorar. A narrativa prossegue afirmando que ao apaixonar-se perdidamente por Cleópatra, César conseguiu colocá-la no poder através da força. Os tutores do jovem faraó foram mortos, mas um conseguiu escapar. Temendo que o homem pudesse fugir de navio mandou incendiar todos, inclusive os seus. Como decorrência desta estúpida iniciativa, o incêndio alastrou-se e atingiu uma parte da famosa biblioteca. A instituição da antiga biblioteca de Alexandria tinha como o principal objetivo preservar e divulgar a cultura grega e do mundo conhecido. Continha livros que foram levados de 32
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Atenas. Existiram também matemáticos ligados à biblioteca, como por exemplo, Euclides de Alexandria. Ela se tornou um grande centro de comércio e fabricação de papiros. De fato, existiram duas grandes Bibliotecas de Alexandria. A Biblioteca Mãe e a Filha. De início a Filha era usada apenas como complemento da primeira, mas com o incêndio acidental (por Júlio César), no século I, da Biblioteca Mãe, a Filha ganhou uma nova importância. Os sábios viam de todo o mundo para Alexandria e debatiam os mais variados temas. Em 272 d.C., durante a guerra entre o imperador Aureliano e a rainha Zenóbia,6 a Biblioteca Filha, foi provavelmente destruída, quando as legiões de Aureliano tomaram a cidade de assalto. A lista dos grandes pensadores que frequentaram a biblioteca e o museu de Alexandria inclui nomes de grandes gênios do passado. Importantes obras sobre geometria, trigonometria e astronomia, bem como sobre idiomas, literatura e medicina, são creditados a eruditos de Alexandria. 6
- Zenóbia (Tibur - hoje Tívoli -, 274), foi uma rainha de Palmira (Síria). Depois da morte do marido (Odenato), reinou em nome do filho (Vabalato) e fez de Palmira uma brilhante capital no Oriente Médio. Foi vencida e reduzida ao cativeiro, pelo imperador romano Aureliano (273).
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Segundo a tradição, foi ali que 72 eruditos judeus traduziram as Escrituras Hebraicas para o grego, produzindo assim a famosa Septuaginta. Os grandes nomes da Alexandria antiga Euclides: matemático do século IV a.C.. O pai da geometria e o pioneiro no estudo da óptica. Sua obra Os Elementos foi usada como padrão da geometria até o século XIX. Aristarco de Samos: astrônomo do século III a.C.. O primeiro a presumir que os planetas giram em torno do Sol. Usou a trigonometria na tentativa de calcular a distância do Sol e da Lua, e o tamanho deles. Arquimedes: matemático e inventor do século III a.C.. Realizou diversas descobertas e fez os primeiros esforços científicos para determinar o valor do pi (π). Calímaco (c. 305–c. 240 a.C.): poeta e bibliotecário grego, compilou o primeiro catálogo da Biblioteca de Alexandria, um marco na história do controle bibliográfico, o que possibilitou a criação da relação oficial (cânon) da literatura grega clássica. Seu catálogo ocupava 120 rolos de papiro. Eratóstenes: polímata (conhecedor de muitas ciências) e um dos primeiros bibliotecários 34
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de Alexandria, do terceiro século a.C.. Calculou a circunferência da Terra com razoável exatidão. Galeno: médico do século II d.C.. Seus 15 livros sobre a ciência da medicina tornaram-se padrão por mais de 12 séculos. Hipátia: astrônoma, matemática e filósofa do século III d.C.. Uma das maiores matemáticas, diretora da Biblioteca de Alexandria; por ser pagã, foi assassinada durante um motim de cristãos. Herófilo: médico, considerado o fundador do método científico, o primeiro a sugerir que a inteligência e as emoções faziam parte do cérebro e não do coração. Ptolomeu: astrônomo do século II d.C.. Os escritos geográficos e astronômicos eram aceitos como padrão.
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8 - A DESTRUIÇÃO DA BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA A destruição da biblioteca é um lamentável evento que divide os historiadores pelo menos desde o século XVIII. Há uma versão que é mais comum e mais citada pelos historiadores, pelo menos entre os apreciadores da história antiga, é a de que a biblioteca foi destruída por ordem de Amr ibn al-As,7 governador provincial do Egito em nome do califa Rashidun Omar ibn al-Khattab, pouco depois da conquista do Egito comandada por Amr em 642, mas desde o século XVIII que diversos estudiosos questionam a veracidade dessa versão da história. Foi um período difícil para a cultura ocidental que esteve ameaçada pelo surgimento do islamismo, que por sua vez impôs aos vencidos uma nova ordem política e religiosa e um fanatismo que dominou e transformou uma considerável parte do mundo conhecido.
7
- Amr ibn al-` Como 'Amru ibn al-'As; c. 573 - 06 de janeiro, 664) foi um Árabe militar comandante que foi mais conhecido por liderar a conquista muçulmana do Egito em 640. Um contemporâneo de Maomé, e um dos Sahaba ("Companheiros"), que subiu rapidamente na hierarquia muçulmana após sua conversão ao Islam no ano 8 AH (629). Ele fundou a egípcia capital da Fustat , e construiu a Mesquita de Amr ibn al-As no seu centro - a primeira mesquita no continente da África.
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9 - OS MACABEUS – O MUNDO GREGO – A SEPTUAGINTA Por dois séculos, sob o domínio e a tolerância dos persas, os judeus puderam se refazer, fortalecendo se em torno da unidade religiosa no templo restaurado, embora bem aquém do outrora e glorioso templo construído por Salomão, agora, para alguns que já de idade avançada, recordavam a glória do majestoso e magnífico templo construído pelo Rei Salomão, via somente que o novo templo, não passava de apenas uma caricatura do anterior. Entretanto, o templo passou a representar um grande símbolo e o emblema maior da fé judaica. Aglutinava e acolhia os judeus vindos de várias partes do mundo conhecido. Os serviços foram novamente restaurados, anualmente judeus peregrinos de outras partes afluíam para as festas e cerimônias, principalmente na época da Páscoa. Havia uma determinação que deveria ser cumprida ao pé letra, consistia numa regra de fé e sobrevivência da unidade judaica, que praticamente obrigava a todos os judeus, não importando onde ou qual lugar estivesse estabelecido no mundo conhecido.
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O importante era que tinham que comparecer ao menos uma vez ao templo em cada ano, sob o risco de não serem mais reconhecidos como participante deste povo ou de serem banidos. Este período somado mais os anos do cativeiro foram propícios para a compilação e transcrição dos seus livros sagrados escritos no antigo hebraico e traduzidos para o aramaico, que resultou posteriormente na composição das Escrituras Sagradas, mas para chegar até lá, muita coisa aconteceu. O aramaico se tornou a língua comum e popular entre os vários povos e grupos étnicos que habitavam as províncias da palestina subjugada. Ainda no século IV ªC.; iniciava a influência da cultura grega e começava a tomar corpo e ocupar espaços entre os judeus, já era percebida nos principais centros comerciais e aos poucos a sua língua se tornava conhecida. Além disso, as influencias dos costumes sociais e nas práticas esportivas com o culto ao físico atraíram muitos judeus a participarem deste novo estilo de vida. O poderoso império persa dava sinais de decadência e enfraquecimento com a independência de suas províncias mais importantes, uma delas foi o Egito. 38
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Os gregos de forma avassaladora a partir do mar e por terra iniciaram um período de intensas guerras contra os persas, em várias batalhas, os persas se enfraqueceram e perderam aos poucos seus domínios, seus territórios e sua hegemonia. Entrou em cena, na Macedônia um grande líder militar, dotada de uma inteligência para as artes militares até então inigualável, jovem macedônio, temível guerreiro e conquistador chamado Alexandre, que comandando um poderoso e bem treinado exército com suas falanges, em guerras relâmpagos conseguiu tornar o senhor de todas as cidades gregas. Unificou toda a Grécia, sob o seu domínio, senhor pleno do poder, adotando novas táticas militares, com sua engenhosidade, equipado com grandes máquinas mortíferas de guerra. Seus exércitos construíram torres de assalto de até cinquenta metros de altura, com vinte andares, quando colocadas ao lado das muralhas inimigas, permitia que o seus soldados, arqueiros e lanceiros, atingissem com facilidade seus alvos e punham abaixo toda a resistência da cidade atacada. Usando estes fantásticos aparatos bélicos, expandiu suas conquistas para além das fronteiras gregas. As grandes cidades, que eram bem 39
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protegidas e guardadas por poderosas forças militares não resistiram. Depois de sete cercos, conseguem infligir uma pesada derrota aos fenícios e destruir a até então a toda poderosa e inexpugnável cidade fortaleza de Tiro. Alexandre comandou seus vitoriosos exércitos percorrendo longas distancias, era temível perante seus inimigos. Enfrentou em duras e sangrentas batalhas, infligindo pesadas derrotas aos grandes numerosos exércitos persas. Consolidou o seu domínio, conquistando finalmente o Egito em 332 e 331, cuja população recebeu e foi aclamado um herói libertador. Em poucos anos era senhor do mundo conhecido. No ponto mais saliente do delta do Nilo junto ao litoral do Mediterrâneo, fundou em sua própria homenagem a cidade de Alexandria,8 não havia mais nada pra conquistar. Dez anos depois quando Alexandre regressava para Babilônia de uma campanha militar da distante Índia contraiu uma doença, cuja enfermidade o levou à morte.
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- Em poucos anos a cidade de Alexandria transformou na principal e mais importante cidade do mundo do seu tempo.
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Nesta que foi a gloriosa cidade, agora era o palco que presenciava o fim de sua breve vida que chegou ao fim em 13 de junho de 323 ªC, após contrair uma misteriosa febre que até os dias atuais é ainda motivo de polêmica, morreu aos 33 anos, Alexandre o Grande. Seu imenso império abrangia todos os povos e nações daquele mundo conhecido, estendia desde o Egito, Grécia até as proximidades do Himalaia. Após sua morte seus principais generais entraram em confronto e o grande reino foi fragmentado. Ptolomeu um dos seus principais líderes militares manteve sob o seu poder o Egito e a Palestina.9 Naquela ocasião, nos primeiro anos de seu governo, a Judéia estava com uma superpovoação, então Ptolomeu autorizou a imigração em massa daquela província para o Egito, ocorreu que Alexandria recebeu uma grande quantidade de judeus e tornou o maior centro judaico fora de Jerusalém. Segundo o historiador judeu Josefo, o que houve na realidade foi uma grande deportação em massa de judeus, ocorrida em pleno sábado 9
- O general Ptolomeu assume o governo do Egito como Faraó e dá inicio a uma longa dinastia grega no comando do Egito acerca de três séculos.
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aproveitando o descanso do dia sagrado, esta versão parece verdadeira, pois fazia parte desta deportação até um sacerdote chamado Ezequias que era tesoureiro do templo.
Os textos em manuscritos em aramaico foram traduzidos para o grego.
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A SEPTUAGINTA - No reinado de Philadelpho rei do Egito, intitulado Faraó Ptolomeu II (285-246), por sua iniciativa pacífica, segundo a tradição que registra, ele fez um pedido ao sumo sacerdote de Jerusalém, para que desse uma autorização para a tradução dos livros sagrados judaicos, escritos em aramaico para o grego. O Rei Ptolomeu II nesta tarefa com o objetivo de incrementar a cultura no seu reino empenhou se em montar uma grande biblioteca, que mais tarde se tornaria a lendária biblioteca de Alexandria com as obras contendo a cultura literária de todas as nações do mundo conhecido. Ocorreu que o sumo sacerdote autorizou com a condição de nomear uma grande comitiva formada por setenta e dois sábios escribas, que se dirigiram a Alexandria e passaram vários meses internos num grande palácio, em quartos individuais, realizando a tradução desses livros do aramaico para o grego. Ao cabo de vários meses quando chegaram ao término desta grande missão, eles fizeram uma confrontação entre os resultados obtidos nesta enorme tarefa, a conclusão foi que todos chegaram ao um mesmo resultado comum, isto é todas as setenta e duas traduções estavam absolutamente iguais! Milagre? Tudo indica que sim, Deus tinha um propósito de revelar sua palavra ao mundo 43
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conhecido daquela época, e para que este objetivo fosse atingido, estava pronta a tradução das Sagradas Escrituras10 para o grego, exatamente o Velho Testamento da Bíblia, da mesma Bíblia que estudamos hoje, que inicia no Livro de Gênesis até ao livro profético de Malaquias. Naquele período o idioma mais popular e mais falado e escrito já era o grego.
10
- Esta era a Bíblia da época de Cristo quando ele deu a seguinte instrução: João 5:39 ―Examinai as Escrituras porque cuidais ter nelas a vida eterna e são elas que de mim testificam‖. Paulo também recomendou na Epístola de II Timóteo 3:16 Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça‖.
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10 - RESUMO CRONOLÓGICO – “REVOLTA DOS MACABEUS” Um dos personagens que marcou bem a vida dos judeus foi Antíoco Epifânio. Antíoco significa "Opositor" (grego). Foi este o nome de treze reis da "Dinastia Selêucida". Estabeleceram-se após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C. OS REIS 1. 2. 3. 4. 5.
Antíoco Antíoco Antíoco Antíoco Antíoco
I ―Soter‖ - (324 a 261); II ―Theos‖ - (286 a 246); III ―O Grande‖ - (242 a 187); IV ―Epifânio‖ - (170 a 169); V ―Eupator‖ - (173 a 162).
Eventos Relacionados com Alexandre e com Antíoco 1. Após a morte de Alexandre, ocorreram as lutas, guerras e disputas militares pelo controle do império; 2. Em 301 a.C, na batalha de Ipso, a divisão se definiu efetuando-se em quatro partes;
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3. O Egito e a Palestina ficaram com Ptolomeu Soter (Lagos) e a Síria do Norte e Ásia Menor com Seleuco; 4. Os Ptolomeus dominaram a Palestina até 198 quando os sírios com Seleuco anexaram a Terra Santa ao seu domínio; 5. Antíoco III, o Grande, que conquistou a Palestina, morreu e cedeu lugar a seu filho, Seleuco Filopater (187–175) que foi envenenado, abrindo caminho para a sucessão de seu irmão Antíoco Epifânio (IV). Os Atos de Antíoco Epifânio (175–164) 1. Epifânio (nome que deu a si mesmo) significa ―deus manifesto‖; 2. O sumo sacerdote, Onias III, liderou os nacionalistas; Jasom, seu irmão dirigiu os helenistas.11 Jasom ofereceu grande soma de dinheiro a Antíoco por ser apontado sumo sacerdote no lugar do seu irmão. Prometeu
11
- Estes helenistas atraíram para si um considerável número de judeus, eles eram adeptos fervorosos da cultura e dos costumes gregos, embora diziam ser observadores das leis judaicas, provocaram uma guerra civil e deram origem aos saduceus.
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também helenizar12 Jerusalém. Quando assim foi apontado, tornou o povo cidadãos da capital da Síria (Antioquia), erigiu um ginásio grego logo em baixo o Templo e os jovens judeus começaram tomar parte nos jogos gregos. Jasom criou um altar, até mandou ofertas às festas de Hércules, em Tiro. Os nacionalistas são os antecedentes dos Fariseus, helenistas dos Saduceus; 3. Antíoco fez várias expedições para o Egito. Numa delas surgiram rumores de sua morte, algo que provocou grande regozijo entre os judeus. Ao ouvir isto, Antíoco massacrou 40.000 judeus num só dia. Muitos judeus foram escravizados e o Templo roubado; 4- Numa campanha seguinte, os romanos forçaram sua desistência no Egito. Em face desta derrota, derramou sua grande ira sobre Jerusalém. No Sábado matou muitos, escravizou outros e destruiu partes da cidade. Mandou erradicar a religião judaica. Quem possuía cópia da Lei (Torah), ou tivesse circuncidado a criança, seria morto. Finalmente converteu o Templo em "templo de Zeus". Profanou o Templo, em cujo altar, ofereceu uma porca em sacrifício. 12
- Helenizar é um verbo que deriva da palavra ―heleno‖, tem o mesmo significado do adjetivo pátrio grego. Portanto, helenizar é o mesmo que adotar os costumes ou a cultura grega.
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Destruiu cópias das Escrituras, vendeu milhares de judias para o cativeiro e recorreu a toda espécie imaginável de tortura para forçar os judeus a renunciar sua religião. Estas atrocidades provocaram naquela ocasião à "Revolta dos Macabeus", umas das mais heróicas façanhas da história. A Revolta dos Macabeus (167–63) A revolta começou com Matatias, sacerdote em Modim (167). Período de Independência, também chamado de Hasmoneano. Matatias, era sacerdote patriota e de imensa coragem, furioso com a tentativa de Antioco Epifânio de destruir os judeus e sua religião, reuniu um grupo de leais compatriotas judeus e ergueu a bandeira da revolta. Essa revolta foi deflagrada quando Matatias, sendo obrigado por um agente de Antioco a oferecer um sacrifício pagão, este recusou matando-o, e fugiu na companhia dos cinco filhos, refugiando num região montanhosa. Seus filhos eram: Judas, Jônatas, Simão, João e Eleazar. Essa família era chamada de "Hasmoneanos", por causa de Hasmom, bisavô de Matatias, e também de "Macabeus", devido ao apelido Macabeu (Martelo) conferido a Judas, um dos filhos de Matatias; 48
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Judas Macabeus encabeçou uma campanha de guerrilhas de extraordinário sucesso, até que os judeus se viram capazes de derrotar os sírios em campo de batalha regular. Na revolta dos Macabeus, havia entretanto disputas internas que enfraquecia a nação, foi na realidade uma guerra civil deflagrada entre os judeus pró-helenistas e anti–helenistas; Judas conseguiu entrar em Jerusalém e restaurar o Templo. Houve uma trégua e os judeus recuperaram a liberdade religiosa, sendo esta a origem da Festa da Dedicação (João 10:22), entre 165 e 164 a.C; Este ato teve um importante significado sobre a opressão síria e a revolta dos macabeus: Promoveu a restauração da nação da decadência política e religiosa, com esta iniciativa, foi fortalecido o espírito nacionalista que unificou a nação e com bravura. Renovou e motivou os ideais do judaísmo com um novo impulso, revigorando o zelo às leis e a esperança na vinda de um messias. Entretanto, foi Intensificado ao longo deste período o desenvolvimento dos dois movimentos que se transformaram em grupos distintos: Os Fariseus e os Saduceus.
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Os Fariseus surgiram e de destacando como um grupo purista e nacionalista e o saduceus como um grupo simpático e aliado aos dominadores estrangeiros.13 Deu maior ímpeto ao movimento da Dispersão, com muitos judeus querendo se ausentar durante as terríveis perseguições de Antíoco.
13
- Os saduceus tiveram suas origens na dominação grega e permaneceram também fieis à dominação romana, como aliados de Roma tiraram grandes proveitos na política e também nas vantagens econômicas, por isso se transformaram no grupo de judeus que detiveram as riquezas e eram os grandes proprietários. Dominavam o sinédrio e ordenaram a morte de Jesus.
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11 - AS INFLUÊNCIAS HELÊNICAS ENTRE OS JUDEUS Por outro lado as influências helênicas marcaram determinantemente a vida e o cotidiano de muitos judeus, temos como exemplo os relatos nos livros apócrifos dos Macabeus, aceitos por uma boa parte da comunidade científica como relatos históricos. Nestes registros consta que alguns dos judeus influenciados pela cultura grega, chegaram até a dissimular os sinais da circuncisão para participar dos jogos olímpicos nus. (I Macabeus 1:15)14 A bíblia relata no livro Atos dos Apóstolos, comprovando a existência da Cidade de Alexandria e ainda registra um judeu com o nome de uma divindade grega, que afirma a influência helenística sobre os judeus. Atos 18:24, “Ora veio à Éfeso um judeu, chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente, versado nas Escrituras”.15
14
- Foi edificado em Jerusalém um ginásio como os gentios, dissimularam os sinais da circuncisão, afastaram-se da aliança com Deus, para se unirem aos estrangeiros e venderam-se ao pecado. 15
- Apolo foi um dos baluartes na pregação do evangelho no período de Paulo, apesar de ter nome grego era judeu.
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A Judéia passou por um período agitado, com as guerras de disputas territoriais entre o Egito dos Ptolomeus e os Selêucidas, trouxeram grandes distúrbios à Judéia e afligiram diretamente os judeus. Os registros nos livros dos Macabeus relatam a dramaticidade destes acontecimentos, principalmente quando os gregos profanaram o templo, oferecendo porcos no altar de sacrifícios, um animal imundo para os judeus, além de colocar no templo a estátua da principal divindade o deus grego Zeus. Nestes fatos ocorridos surgem alguns heróis, entre eles o sacerdote Matatias Macabeus e seus filhos, com destaque os irmãos Judas e Jônatas Macabeus que tentam organizar a resistência para a independência da Judéia do jugo grego, embora tenham conseguido com muitas perdas por alguns anos. Todavia nesta tentativa fracassada, a realidade fora cruel aos revoltosos e como consequência muitas vidas foram sacrificadas em vão nesta luta inglória. Neste período de grandes incertezas que foi marcado pelas guerras e disputas, um perigo maior rondou aquela região e a soberania grega estava ameaçada, era o avanço das poderosas legiões romanas, cuja expansão daquele império, com suas avassaladoras campanhas militares, 52
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impôs se um pesado jugo a todas as nações e reinos conquistados. O império grego entrou em declínio e preparava para seu colapso total, por este motivo a grande preocupação dos exércitos de Antíoco IV foi concentrar todas suas forças e últimas reservas militares para defender seus territórios. Nesta trégua no ano de 135 a.C, por estas circunstancias, ocorreu um breve período de paz para a Judéia, então João Hircano, não perdeu a oportunidade e se autodeclarou rei e sacerdote em Jerusalém. Ele apesar de ser acusado de corrupto e oportunista, iniciou um curto período de total independência ao povo judeu com uma nova dinastia. No ano de 128 a.C o rei Antíoco IV morreu em combate numa campanha militar contra os exércitos romanos. Este fato proporcionou algo inédito, agraciou aos judeus com algo extraordinário, uma Palestina com a Judéia momentaneamente livre e sem a dominação estrangeira. Eles não perderam tempo, restauraram os rituais de sacrifícios e cerimoniais do templo, prenunciava uma nova fase para o povo judeu.
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Houve um grande esforço para reunificar as ideias em torno de uma doutrina judaica, numa dispersão de seis séculos de diáspora havia criado várias versões conflitantes pela transmissão das leis oralmente. Este período inédito na história judaica foi chamado de ―hasmoneu‖, derivado da ―Casa de Hasmon‖, como foi denominada esta dinastia iniciada por João Hircano e mais três filhos seus sucessores, governaram a Palestina entre 135 a 47 a.C., cunharam até moedas com a Judéia independente. Elementos Gregos – As influências da filosofia grega que se aproximava do monoteísmo, com uma clara tendência para a imortalidade da alma, dava bastante ênfase sobre a consciência e dignidade humana e liberalismo de pensamento, notoriamente destacada na arte de fazer a política que já era chamado de democracia. A língua grega ganhou corpo e abrangeu praticamente o mundo conhecido, com a tradução do Antigo Testamento para o grego, foi de fundamental importância para a pregação do evangelho. A língua grega foi também muito importante para os discípulos e apóstolos que escreveram o Novo Testamento, junto com os termos adotados 54
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por Paulo e outros pregadores Testamento para explicar o evangelho.
do
Novo
No primeiro século os romanos cultos já conheciam tanto o grego e também latim. O dialeto grego usado no quinto século a.C, na época da glória de Atenas, tornou-se o dialeto ―Koiné‖ (comum) do primeiro século. O dialeto da literatura clássica de Atenas foi modificado e enriquecido pelas mudanças que sofreu nas conquistas de Alexandre Magno no período entre 338 e 146 a.C. O Novo Testamento foi escrito nesse dialeto "comum". As influências exercidas pela cultura helenística em geral com seu espírito cosmopolita, superou todas as barreiras, o judeu helenizado que serviria como ponte entre o judeu e gentio e a busca da salvação do mundo romano; Por um lado a filosofia grega trouxe uma marcante e positiva contribuição, destacando e revelando o melhor que o homem poderia fazer na busca de Deus pelo intelecto. Entretanto, também pode contribuir negativamente, pois, nunca trouxe uma resposta aos reclamos dos corações e deixou de aproximar o homem a seu Deus como seu criador e seu salvador pessoal.
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12 - OS ROMANOS Após esta etapa no ano 63 a.C. iniciou o domínio dos romanos, com a ocupação vitoriosa pelo poderoso exército romano comandado pelo imponente general Pompeu, dez anos depois Herodes Antipas, que recebeu o título de Herodes ―O Grande‖ e foi constituído rei pelos novos dominadores. A imposição de uma paz relativa ocorreu na Palestina, sob a égide desta nova potência tão poderosa e avassaladora. Este grande império denominado de ferro, oriundo da península itálica chamado de Roma, com os seus exércitos compostos pelas temíveis legiões, derrotaram os gregos e tornaram senhores do mundo conhecido de então. Esta campanha vitoriosa romana teve seu ápice no ano de 63 ªC, quando o general romano Pompeu general Damasco em seguida invadiu a Judéia e sitiou Jerusalém, derrubou seus muros com as máquinas de guerra, profanou o templo, penetrando no lugar santíssimo e o incendiou. Os judeus tentaram em vão uma resistência, mas foram impotentes diante de tão grande poderio e doze mil judeus foram massacrados pelos romanos, com outra multidão de judeus sendo sumariamente deportada para Roma como 56
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escravos, então a Judéia passou as mãos de mais uma potencia estrangeira e foi definitiva anexada, se transformou em província romana. Enquanto, que em Roma no seio do poder, houve uma disputa determinante que definiu para quem iria tomar as rédeas da direção do império romano, na qual a participação de alguns personagens se tornou decisiva, ocorreram até disputas amorosas, muitas lutas que resultaram em guerras, batalhas cruciais e intrigas políticas, entre Júlio César, Cássio, Brutus, Otávio e Marco Antonio e a formosa rainha egípcia Cleópatra. Estes fatos culminaram com o assassinato de Julio César pelo seu filho adotivo Brutus, numa conspiração e cilada urdida em pleno senado romano, a vitória de Otávio sobre Marco Antonio em batalha naval, que por sua vez é atraído e se apaixona por Cleópatra. Finalmente esta rainha do Egito que foi subjugado pelos exércitos romanos, deu cabo com sua própria vida, deixando se picar por uma víbora. Lembrando que Otávio vitorioso nestas campanhas tornou se o grande ditador de Roma, em 27 ªC., consolidado no poder, se autodeclarou com o título de César Augusto, foi aclamado o todo poderoso imperador de Roma e governou este império desde este período até o nascimento de Jesus Cristo e parte de sua vida terrestre. 57
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Os Romanos e a Sua Política - Cristo veio ao mundo na época em que o império romano dominava o mundo conhecido. Todas as nações e reinos estavam subjugados e todas as leis e regras emanavam de um único centro de poder que era Roma. Era possível obter cidadania romana, ainda que a pessoa não fosse romana. O Império Romano mostrou as tendências de unificar os povos de raças diferentes sob o comando de uma única organização política e um único poder, o romano. Havia uma relativa paz na terra quando Cristo nasceu. Os soldados romanos asseguravam esta paz nas estradas da Ásia, África e Europa. Construíram excelentes estradas ligando Roma a todas as partes do Império. As estradas principais foram construídas com pavimentação de pedras e concreto. As estradas romanas forneceram conforto e segurança nos transportes, tinham uma ótima infraestrutura para atender estas cidades em pontos estratégicos que estavam localizadas nos caminhos, por isso foram indispensáveis para a evangelização do mundo no primeiro século.
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13 - HERODES “O GRANDE” Neste período no início do domínio romano na Palestina com o apoio das autoridades desse império, desde 37 a.C. Herodes denominado o Grande que era Idumeu,16 se intitulou rei dos judeus. Contudo, para muitos dos principais líderes judeus, no entanto, o considerava um impostor. Dotado de muitos recursos porque possuía uma enorme fortuna, erigiu o seu suntuoso palácio em Jerusalém no local onde fora a outrora cidadela de Davi. Para agradar os judeus reconstruiu o templo ampliando suas dependências, demonstrando respeito pelos seus lugares sagrados, trouxe especialistas de Alexandria que ensinaram os próprios sacerdotes a trabalharem nesta construção. Apesar de obedecer todos os detalhes da planta do templo de Salomão, este templo tinha as linhas arquitetônicas helenísticas, isto é, sua fachada era de estilo grego. 16
- Herodes ―O Grande‖, era um homem riquíssimo e seu poder estava fundamentado em sua riqueza, não era judeu, mas idumeu, tinha grande influencia entre os dominadores e era homem de confiança dos romanos.
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Depois de oito anos de trabalho no templo a grande obra ficou concluída no ano 10 ªC e pronto para o culto. O templo tornou o orgulho dos judeus, sua cúpula revestida de ouro podia ser contemplada a longa distância de Jerusalém. Os historiadores descrevem o brilho da cúpula de ouro do templo, refletida pelos raios solares como uma imensa bola de fogo que atraía a atenção de todos. 14 - AS SEITAS JUDAICAS Nestes quatrocentos anos, houve uma grande concentração de esforços em torno da obediência as leis mosaicas e da observância de todos os preceitos e regras estabelecidas no Torá. As duras lições aprendidas após os terríveis períodos de cativeiros, motivados pela desobediência e pela apostasia religiosa, havia sido colocados como a grande consequência que resumia todos os males que haviam pairados sobre este povo. Devido a isto, como resultado deste estremo zelo pela guarda de todos estes preceitos, formou se os grupos de pessoas que se aglutinaram em torno de crenças e objetivos comuns. Já relatamos alguns conceitos e registramos alguns fatos sobre estes grupos, contudo, a seguir 60
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iremos complementar mais algumas interessantes informações sobre este tema. Muito desses grupos como os fariseus atingiram o máximo do fanatismo. E passaram a exercer de forma impecável e intransigente as ordenanças legais. 1. Os Fariseus – Esta seita arraigada entre os judeus, que exercitavam com estremo zelo a observância dos preceitos de suas leis, teve a sua origem desde seus antecedentes que foram os primeiros reformadores ainda dos tempos de Esdras e Neemias; Quando Matatias revoltou-se contra os esforços de Antíoco, os Hasidim (―Os Piedosos‖), o apoiaram e se ligaram a ele; Mais tarde os Hasidim foram denominados Perushim (―Os Separados‖) Fariseus - Constituíram o aristocracia religiosa e acadêmica.
núcleo
da
Entre suas crenças, ensinavam que a alma era imortal, que havia uma ressurreição corporal e julgamento futuro com galardão ou castigo. Acreditavam na espíritos bons e maus.
existência
Predestinatários, homem tinha livre moralmente;
mas aceitaram que o arbítrio e responsável
61
de
anjos
e
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Eram radicais no cumprimento dos preceitos e normas, coordenaram a tradição e a Lei escrita num conjunto de regras de fé e a prática, evoluindo com os tempos. 2. Os Saduceus - O nome possivelmente vem de Zadoque, o sumo sacerdote dos tempos de Davi (II Sm 8:17 e 15:24); Eles aparecem na história na mesma época que os Fariseus; Enquanto os Fariseus eram nacionalistas, a tendência dos saduceus era na direção da filosofia grega com a cultura grega; serem politicamente corretos com os dominadores para tirarem vantagens econômicas e preservarem seus patrimônios, pois eram os detentores do poder econômico e das grandes propriedades. Sendo eles um partido político de tendências sacerdotais e aristocráticas, tinham pouca influência com o povo comum. Os saduceus formava o núcleo aristocracia sacerdotal, política e social;
da
Ensinaram que não há nem galardão nem castigo, por incrível que pareça, apesar de se apossarem dos serviços sacerdotais do tempo, eram mais materialistas do que espirituais; Influenciados pela cultura e filosofia grega, negaram até a existência de espíritos e anjos; 62
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Enfatizaram a liberdade da vontade humana, rejeitando o determinismo e o azar; Mantinham que a Torah era única fonte infalível de fé e prática. Os saduceus, representados pelos sacerdotes que atuavam no templo, no tempo de Jesus, foram determinantes na política, eram em maior número no sinédrio e decidiram pela prisão e morte de Cristo. 4. Os Essênios Não há registro algum sobre os essênios no Novo Testamento, mas segundo os historiadores, afirmava se que havia 4.000 ou mais essênios, que eram participantes de uma seita ascética com sede na beira ocidental do mar morto. Calculava se que muitos dos essênios viviam nas vilas e cidades espalhadas pela Palestina. Eram austeros na vida em comum, seguiram o conceito de comunidade na distribuição e aquisição de bens, abstinência, meditação, trabalho zeloso e o celibato. 5. Os Herodianos Eram os partidários desta dinastia, formada pelos Herodes, estas pessoas que faziam parte deste partido político que não estava ligado a 63
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nenhuma religião; Esperaram que estes reis cumprissem a realização da esperança da nação. 6. Os Zelotes Legalistas, fiéis pietistas, messianistas nacionalistas, intolerantes dos judeus impiedosos e de Israel na subjugação aos romanos. Quem foram os Zelotes?! - Foi um grupo de judeus radicais em sua oposição à Roma que dominava a Palestina e subjugava o povo de Deus. Os zelotes estimulavam e agitavam o povo conduzindo os a revolta contra os romanos, o que provocou a utópica Guerra judia (anos 66-70), que terminou com a destruição de Jerusalém e do templo por obra de Tito Flávio. Nos evangelhos eles não são nomeados, embora a um dos doze, Simão, seja dado o apelido de Zelotes (Luc 6,15 - Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Zelotes ou "fervorosos". Este movimento unia o fervor religioso com o compromisso social. Segundo eles, os sacerdotes e os demais líderes religiosos estavam preocupados demais com o poder e não faziam nada para libertar a terra prometida da dominação dos romanos.
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Os zelotes defendiam a guerra santa e pretendiam alcançar a libertação da Palestina através da violência. A luta deles visava combater os impostos que esmagavam o povo, a idolatria do Imperador romano que exigia ser adorado como um Deus, e a má distribuição da terra. A terra, na opinião do movimento, era propriedade de Javé e os romanos não tinham o direito de ocupá-la e exigir imposto dos camponeses. Apesar de lutar pela justiça, os zelotes também tinham um forte preconceito em relação aos pobres. Como os fariseus e os saduceus, achavam que os pobres não tinham condições de seguir a Lei e que não eram úteis na luta de libertação. Os saduceus eram fariseus os "legalistas" "revolucionários".
os "ritualistas", e os zelotes
os os
Embora no seu ministério terrestre, Jesus questionasse a proposta religiosa destes três movimentos, ainda hoje, temos em nossas comunidades religiosas, pessoas que convivem com a fé em Cristo, mas são semelhantes aos saduceus: frequentando as reuniões, porém, desinteressando-se totalmente com a miséria e o sofrimento dos "pequeninos" de Deus; como os fariseus: respeitando todas as Leis da Igreja mas separados do povo e cheios de preconceitos em 65
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relação aos pobres e aos fiéis de outras religiões ou Igrejas; como os zelotes: idealizando a violência e desvalorizando a cultura e a religiosidade popular. A Esperança Messiânica dos Judeus 1. No surgimento no Período Inter bíblico Na época da restauração, e com o desaparecimento dos profetas, houve pouca ênfase na esperança messiânica. O interesse do povo era a observação da Lei. Neemias 8 1 a 3 -E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel. E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês. E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei. Neemias 8:1-3 66
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15 - OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO Os Pergaminhos do Mar Morto, ou manuscritos do Mar Morto são uma coleção de cerca de 800 documentos em pergaminho, incluindo textos da Bíblia Hebraica Antigo Testamento, que foram descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas próximas de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, em Israel, que foi uma região pertencente à Judéia. Eles foram escritos em Hebraico, Aramaico e grego, entre o século II a.C. e no primeiro século depois de Cristo. Foram encontrados mais de oitocentos textos, representando vários pontos de vista, incluindo as crenças dos Essênios e outras seitas. O mapa mostra o lugar no qual se localizam as cavernas que foram encontradas os rolos do Mar Morto. Estes textos são importantes porque eles confirmam a veracidade da Bíblia e por serem praticamente os únicos documentos bíblicos judaicos hoje existentes relativos a este período e porque eles podem explicar muito sobre o contexto político e religioso nos tempos do nascimento do cristianismo.
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Estes pergaminhos contêm pelo menos um fragmento de todos os livros do das escrituras hebraicas, exceto o livro de Ester. Além de fragmentos bíblicos, contêm regras da comunidade, escritos apócrifos, filatérios, calendários e outros documentos. Antes da descoberta dos Rolos do Mar Morto, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam da época do nono e do décimo século de nossa era. Havia muitas duvidas se podíamos mesmo confiar nesses manuscritos como cópias fiéis de manuscritos mais antigos, visto que a escrita das Escrituras Hebraicas foi completada há bem mais de mil anos antes. Todavia, o Professor Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do Mar Morto, declarou: ―O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a transmissão do texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas judeus, foi extremamente fiel e cuidadosa.‖ O ROLO mencionado por Barrera contém o inteiro livro de Isaías. Dessemelhantes do Rolo de Isaías, a maioria deles é representada apenas por fragmentos, com menos de um décimo de qualquer dos livros. 68
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Os livros bíblicos mais populares em Qumran foram os Salmos (36 exemplares), Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21 exemplares). Estes são também os livros mais frequentemente citados nas Escrituras Gregas Cristãs. Embora os rolos tenham confirmado e fazem uma demonstração de que a Bíblia não sofreu mudanças eles também revelam até certo ponto, que havia versões diferentes dos textos bíblicos hebraicos usados pelos judeus no período do Segundo Templo, cada uma com as suas próprias variações. Nem todos os rolos são idênticos ao texto massorético, tanto na grafia como na fraseologia. Alguns se aproximam mais da Septuaginta grega. Anteriormente, os eruditos achavam que as diferenças na Septuaginta talvez resultassem de erros ou mesmo de invenções deliberadas do tradutor. Agora, os rolos revelam que muitas das diferenças realmente se deviam a variações no texto hebraico. Isto talvez explique alguns dos casos em que os primeiros cristãos citavam textos das Escrituras Hebraicas usando fraseologia diferente do texto massorético. — Êxodo 1:5; Atos 7:14. Os Rolos do Mar Morto confirmaram o valor tanto da Septuaginta como do Pentateuco samaritano para a comparação textual. Fornecem 69
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uma fonte adicional para os tradutores da Bíblia considerassem possíveis emendas ao texto massorético. Por exemplo, em vários casos, eles confirmam decisões feitas pela Comissão da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, para restaurar o Nome de Deus nos lugares onde havia sido removido do texto massorético. Os rolos que descrevem as normas e as crenças da seita de Qumran tornam bem claro que não havia apenas uma forma de judaísmo no tempo de Jesus. A seita de Qumran tinha tradições diferentes daquelas dos fariseus e dos saduceus. É provável que essas diferenças tenham levado a seita a se retirar para o ermo. Eles se encaravam como cumprindo Isaías 40:3 a respeito duma voz no ermo para tornar reta a estrada de YHWH. Diversos fragmentos de rolos mencionam o Messias, cuja vinda era encarada como iminente pelos autores deles. Isso é de interesse especial por causa do comentário de Lucas, de que ―o povo estava em expectativa‖ da vinda do Messias. — Lucas 3:15. Os Rolos do Mar Morto nos traz uma ideia para compreender melhor o contexto da vida judaica no tempo do ministério terrestre de Jesus. Fornecem informações comparativas para o estudo do hebraico antigo e do texto da Bíblia. O texto de muitos dos Rolos do Mar Morto ainda exige 70
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uma análise mais de perto. Portanto, é possível que haja mais revelações. Entretanto, é a maior descoberta arqueológica do século vinte e continua a empolgar tanto eruditos como estudantes da Bíblia. HISTÓRICO - Em 1947 na Palestina, nos arredores do vilarejo de Khirbet Qumran, perto do lado ocidental do Mar Morto; foram encontrados por acaso uns antigos manuscritos que revelaram a extraordinária descoberta arqueológica, cujas consequências ainda não estão completamente esclarecidas. Infelizmente, por mais de 30 anos, os documentos encontrados desta descoberta foram estritamente monopolizados e impedidos de serem examinados ou pesquisados pela comunidade acadêmica internacional. Em 1947 quando o Estado de Israel ainda não tinha nascido; ao lado leste do Mar Morto ficava em território jordaniano, e o lado ocidental sob o protetorado inglês. Naquela época as estradas que levavam ao Mar Morto eram poucas e muito ruins, e a região ao redor era a pátria dos beduínos, os quais sempre foram nômades deslocando se de um lado para o outro suas tendas com seu gado. Nesta ocasião, um jovem pastor árabe, Mohammed adh-Dhib, que estava tentando retirar a sua cabra de uma caverna, descobriu por acaso uma série de acessos de grutas na encosta de 71
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uma perigosa rocha escarpada, próxima da aldeia de Khibet Qumran. O beduíno entrou e encontrou no seu interior muitos jarros abandonados. Voltou novamente com um amigo para recuperar os jarros (podiam ser usados para a água) quando os dois descobriram que nos jarros encontravam-se alguns rolos de pele embrulhados em tecidos em decomposição. Esta história não foi ainda bem esclarecida, há grande dificuldade em saber quantos manuscritos foram originariamente encontrados pelos beduínos, nem se há ainda com alguém alguns manuscritos escondidos. Em 1954 alguns manuscritos acabaram no cofre do hotel Waldorf Astoria de New York, de onde saíram quando o governo israelita os comprou por 250.000 dólares (ajudado por um rico benfeitor). Outros manuscritos chegaram ao Museu Rockfeller, na parte leste de Jerusalém, na época em mão jordaniana. Nasceram assim duas diferentes comissões independentes: uma chefiada por Yigael Yadin, em Israel, a outra, controlada por Padre de Vaux, um sacerdote católico, na Jordânia. Hoje, os manuscritos são conservados no Museu de Israel, que passou a ser chamado Shrine of the book. Por causa do péssimo relacionamento entre os dois países, as comissões trabalharam 72
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sobre os manuscritos de forma completamente independente, sem possibilidade nenhuma de comunicação, com todas as desvantagens da situação. O problema foi resolvido em 1967 após a guerra dos seis dias, quando a parte leste de Jerusalém passou para as mãos israelitas e tudo o que aí se encontrava se tornou de propriedade do governo de Israel como despojos de guerra, inclusive os rolos de Qumran conservados no Rockfeller Museum. A curiosa e significativa a reação a este acontecimento do Padre de Vaux, da conta de que, até o material permaneceu em mão jordaniana e que havia sido impedido que os israelenses tivessem acesso aos manuscritos, e que, quando eles passaram sob a autoridade judaica, de Vaux ficou literalmente enfurecido e aterrorizado pela ideia de perder o controle do material qumraniano. O padre de Vaux era um dominicano que foi enviado, em 1929, à École Biblique de Jerusalém onde primeiro foi professor e depois diretor. Era um homem dedicado aos estudos e pesquisas, carismático, enérgico, autoritário e carola. O governo israelita, que em 1967 estava ocupado em assuntos muito diferentes que os manuscritos do Mar Morto; deixou ao padre de Vaux a responsabilidade de supervisionar o trabalho de análise e lhe deu o encargo de formar e dirigir uma equipe internacional, com o compromisso de 73
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publicar o mais rápido possível os resultados das pesquisas. Claramente, a expressão "equipe internacional" faz pensar numa precisa intenção de criar um grupo amplo, caracterizado pela presença de diferentes componentes que pudessem dar garantia de uma gestão não parcial do trabalho. Os manuscritos encontrados a Khirbet Qumran abriram a porta de uma longa série de incômodas perguntas sobre os primeiros cristãos? De fato, nos rolos se encontram elementos que, além de mostrar evidentes ligações com o cristianismo das origens, põem em seria discussão alguns fundamentos da mesma doutrina e da interpretação histórica da pessoa de Jesus Cristo. Em 1992, depois de 25 anos de monopólio absoluto da equipe, a situação começou a mudar. Sobretudo pela enorme quantidade de críticas internacionais contra o absurdo de um pequeno grupo de pesquisadores, tratar e controlar como propriedade privada estes materiais arqueológicos daquela extraordinária importância, e muitos daqueles rolos acabaram sendo publicados. Mas ainda assim fica a suspeita que parte dos documentos continua ficando ignorados e desconhecidos à coletividade. Para não falar da profunda influência cultural, que continua a condicionar o endereço interpretativo, causado por esses mais de 25 anos 74
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de monopólio. Serão precisos muitos anos para a situação se ajeitar até o ponto de poder avaliar o material de maneira objetiva baseada sobre posições realmente desinteressadas. 16 - O ADVENTO DE CRISTO Nesta longa etapa denominada de "Período de Silêncio", o mundo foi preparado para a vinda de Cristo através de vários povos. O Apóstolo Paulo escreveu: “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu filho” (Gal. 4:4). Marcos o evangelista afirmou o mesmo no seu livro, dizendo: ―O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo‖ (Marc. 1:15). É interessante observar que houve uma preparação do mundo para a primeira vinda de Cristo e as contribuições dos três grandes povos daquela época. Verdadeiramente, havia uma necessidade, em meio dos graves problemas sociais, das injustiças, das desigualdades e opressão dos mais fortes sobre os desfavorecidos. O povo clamava por justiça, por liberdade e Cristo preencheu aquele vazio que era exatamente o que as pessoas esperavam no aspecto do amor, para aliviar a dor, o sofrimento, a opressão dos mais fortes sobre os mais fracos. 75
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Neste clima de expectativa e de esperança, então foi chegado a ―plenitude do tempo‖ e Jesus instituiu seu ministério terrestre e preparou um grupo de abnegados apóstolos para a pregação do evangelho que transformou o mundo. Os Judeus estavam se preparando para a vinda de Cristo. Os verdadeiros e abnegados judeus, fiéis servos de Deus, foi parte deste povo privilegiado e guardião das Escrituras Sagradas como um livro divinamente inspirado e a verdadeira carta aberta de Deus para a humanidade. Como está escrito nos textos bíblicos, sendo um povo divinamente preparado; escolhido para ser testemunha entre as nações;17 As Escrituras Sagradas relatam muitas profecias que prediziam a vinda do Messias; A dispersão dos judeus em todo o mundo conhecido; Sinagoga onde se estudava as Escrituras que forneceriam local para a pregação do evangelho; Proselitismo que trouxe muitos gentios para o judaísmo; Era o povo do Livro Sagrado, interessado na prática da religião e na busca da salvação; 17
- Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1 Pedro 2:9 - e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel. Êxodo 19:6
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Uma esperança da vinda do Messias foi oferecida pelos judeus a um mundo de religiões pagãs. Também o judaísmo ofereceu, pela parte moral da Lei Judaica, o sistema de ética mais íntegra do mundo. Contudo, o mais importante é que os judeus prepararam o caminho para vinda de Cristo pelo fornecimento de um Livro Sagrado, o Velho Testamento. 17 - FLÁVIO JOSEFO
Busto romano considerado como sendo de Flávio Josefo - Nome completo - Yosef ben Matityahu Nascimento 37 d.C. ou 37 d.C. Morte 100 d.C.
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Flávio Josefo, ou apenas Josefo (em latim Flavius Josephus conhecido pelo seu nome hebraico Yosef ben Matityahu "José, filho de Matias") e, após se tornar um cidadão romano, como Tito Flávio Josefo (latim: Titus Flavius Josephus), foi um historiador e apologista judaicoromano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in loco a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano, comandadas por seu filho Tito, futuro imperador. As obras de Josefo fornecem um importante panorama do judaísmo no século I. Suas duas obras, mais importantes são Guerra dos Judeus (c. 75) e Antiguidades Judaicas (c. 94). O primeiro é fonte primária para o estudo da revolta judaica que ocorreu contra Roma (6670), enquanto, que no segundo livro há um relato da história do mundo, visto sob uma perspectiva judaica. Estas obras fornecem informações valiosas sobre a sociedade judaica da época, bem como o período que viu a separação definitiva do cristianismo do judaísmo e as origens da Dinastia Flaviana, que reinaria de 69 a 96.18
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- Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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18 - BIOGRAFIA DE FLAVIO JOSEFO As informações disponíveis sobre a sua vida são oriundas principalmente de sua autobiografia (Vida de Flávio Josefo). Josefo, que se apresentou em grego como Iósepos, filho de Matias, sacerdote judaico, teria nascido em Jerusalém numa família de cohanim (sacerdotes), onde recebera uma educação sólida na Torá. Sua mãe era descendente da família real dos Hasmoneus. Em plena adolescência, ainda aos treze anos de idade, iniciou o seu aprendizado sobre três das quatro seitas judaicas: saduceus, fariseus e essênios, fez uma pessoal opção aos dezenove anos de idade ao farisaísmo. Em sua obra, Josefo atribuiu aos zelotes, a quarta seita, a responsabilidade por ter incitado e fomentado a revolta contra os romanos, que conduziu à destruição de Jerusalém e do Templo. No ano de 64 de nossa era, aos vinte e seis anos de idade, seguiu numa embaixada a Roma onde obteve, por intermédio de Popeia Sabina, esposa do imperador romano Nero, a libertação de alguns sacerdotes judeus condenados pelo governador da Judeia, Marco Antônio Félix. Ao regressar à Judeia, Jerusalém encontrava-se na imenência da revolta. Josefo 79
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procurou dissuadir os líderes, mas os seus esforços foram inúteis. Os revoltosos já haviam tomado a Fortaleza Antônia. Neste interim Josefo, com receio de ser acusado de partidário dos romanos, refugiou-se no Templo. Entretanto, após a morte de Manaém e dos principais líderes da revolta, uniu-se aos sacerdotes do Sinédrio (Sanhedrin) que, naquele momento, aguardavam a chegada das tropas de Cássio para sufocar a revolta, o que não se concretizou porque esta tropa foi derrotada pelos revoltosos. Em seguida, foi enviado pelo Sinédrio para a Galileia. À sua chegada, relatou a Jerusalém que os galileus estavam prestes a marchar sobre Séforis, cidade leal a Roma. Foi designado então, pelo Sinédrio, para governar militarmente a província, que fez fortificar. Defrontou-se com a oposição dos extremistas liderados por João de Giscala, que o acusavam de tender à contemporização. Galileia, governada brevemente por Josefo. Enfrentou as forças de Plácido, enviadas por Géstio Galo para a região. Em 67, as tropas de Vespasiano tomaram Jotapata, então Flávio Josefo, com quarenta homens, escondeu-se em uma cisterna. 80
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Com a descoberta do esconderijo, foi-lhes proposto que se rendessem, em troca, de suas próprias vidas. Josefo teria sugerido então um método de suicídio coletivo: tirariam a sorte e matariam se uns aos outros, de três em três pessoas; restaram apenas Josefo e mais um homem. Há quem veja o ocorrido como um problema matemático, por vezes designado como problema de Josefo ou Roleta Romana. Josefo convenceu este seu soldado a se entregar então às forças romanas que invadiram a Galileia, em julho de 67, tornando-se prisioneiro de guerra. As tropas romanas do imperador romano, (Flávio) Vespasiano, eram comandadas por seu filho, Tito, ele próprio futuro imperador. Em 69, Josefo foi libertado e, de acordo com seu próprio relato, teria tido um papel de relevo como negociador com as tropas de resistência durante o cerco de Jerusalém, em 70, fazendo discursos incitando os revoltosos ao arrependimento, sem que fosse ouvido. Viajou para Roma, após a queda de Jerusalém, foi bem aceito, assumindo o nome romano de seu protetor Flávio Vespasiano, e recebido a cidadania romana. Passou também a receber uma generosa pensão. Além disso, tratou de aumentar suas rendas, obtendo permissão de Vespasiano para, 81
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através de seus agentes, adquirir, a preço vil, terras na Judeia, confiscadas dos envolvidos na revolta. As honrarias prosseguiram sob o reinado de Tito e de Domiciano. Em 71, Josefo chegou a Roma com a comitiva de Tito; cidadão romano passou a ser um cliente da dinastia dominante, os flavianos; foi durante sua estada em Roma, e sob a patronagem flaviana, que escreveu todas as suas obras conhecidas. Embora Josefo só se refira a si próprio por este nome, parece ter adotado o prenome de Titus (Tito) e o nome Flavius (Flávio) de seus patrões. Esta prática era costumeira para todos os 'novos ' cidadãos romanos. A primeira esposa de Josefo morreu, juntamente com seus pais, durante o cerco de Jerusalém, e Vespasiano arranjou-lhe um casamento com uma mulher judaica que também havia sido capturada. Esta mulher o abandonou e, por volta de 70, ele casou com uma judia de Alexandria, com quem teve três filhos. Apenas um, Flávio Hircano (Flavius Hyrcanus), sobreviveu além da infância. Josefo se divorciou posteriormente desta sua terceira esposa, aos 75 anos de idade, se casou pela quarta vez, com uma judia de uma família distinta de Creta. Este último casamento produziu dois 82
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filhos, Flávio Justo (Flavius Justus) e Flávio Simônides Agripa (Flavius Simonides Agrippa). A vida de Flávio Josefo é recheada de ambiguidades; para seus críticos, ele nunca explicou satisfatoriamente seus atos durante a Guerra Judaica, justificando como, por que ele não teria cometido suicídio na Galileia, com seus companheiros, e por que, depois de sua captura, submeteu aos romanos? Seus críticos, no entanto, ignoram o fato de que Simão Bar Giora e João de Giscala, ambos zelotes extremistas e grandes oponentes de Josefo permaneceram em Jerusalém e lideraram os combates contra os romanos em sua última etapa, preferiram — num momento de honestidade — a vida ao suicídio, e humildemente se renderam aos romanos. Aqueles que viram Josefo como um traidor e informante também questionaram sua credibilidade como historiador — desprezando suas obras como propaganda romana ou uma apologética pessoal, destinada a reabilitar sua reputação histórica. Mais recentemente, os críticos vêm reavaliando as visões pré-concebidas de Josefo. Um argumento importante é a comparação entre os danos causados por seus atos e aqueles dos idealistas que reprovaram seu comportamento; enquanto Josefo teria sido responsável pelo 83
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suicídio de alguns soldados, pela humilhação temporária de um exército enfraquecido e pelo transtorno de uma esposa, os bons, leais, idealistas e corajosos, devotos e patrióticos líderes de Jerusalém tinham sacrificados dezenas de milhares de vidas à causa da liberdade. Os generais romanos Tito e Vespasiano sacrificaram dezenas de milhares de judeus, mas à causa da ordem civil, e até mesmo Agria II, o rei da Judéia, cliente romano, que fez tudo o que podia para evitar a guerra, acabou supervisionando a destruição de meia dúzia de cidades e a venda de seus habitantes como escravos. Josefo foi sem dúvida alguma, um importante apologista, no mundo romano, para a cultura e o povo judaico, particularmente numa época de conflito e tensão. Aparentemente sempre demonstrou ser, pelo menos em seus próprios olhos, um judeu leal e cumpridor das leis. Fez tudo o que podia para indicar o judaísmo aos gentis letrados, e para insistir sobre sua compatibilidade com o pensamento aculturado greco-romano. Constantemente se manifestou a respeito da antiguidade da cultura judaica, apresentando seu povo como civilizado, devoto e filosófico. O historiador Eusébio relata que uma estátua de Josefo teria sido erguida em Roma. 84
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OBRAS - Escreveu um relato da Grande Revolta Judaica, dirigida à comunidade judaica da Mesopotâmia, em língua aramaica. Escreveu, depois, em grego, outra obra de estilo histórico que abarcava o período que vai dos Macabeus até à queda de Jerusalém. Este livro, a Guerra dos Judeus, foi publicado em 79. A maior parte do livro é diretamente inspirada, relata os fatos de sua própria vida e experiência militar e administrativa. As Antiguidades Judaicas (escritas cerca do ano de 94 em grego) é a história dos Judeus desde a criação do Génesis até à irrupção da guerra da década de 60. Acrescentou, no final, um apêndice autobiográfico onde defendeu a sua polêmica posição de colaboracionista em relação aos invasores romanos. Seu relato, ainda que com um paralelismo evidente em relação ao Antigo Testamento, não é idêntico ao das escrituras sagradas. Há quem defenda que estas diferenças se devam à possibilidade de Josefo ter tido acesso a documentos antigos (que remontariam até à época de Neemias) que teriam sobrevivido à destruição do templo. A maior parte dos acadêmicos não dá crédito a tal suposição. Neste livro encontra-se o famoso Testimonium Flavianum, uma das referências mais 85
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antigas à Jesus mas considerada por alguns estudiosos uma interpolação fraudulenta posterior. Contra Apião é outra obra importante deste autor, onde o Judaísmo é defendido como religião e filosofia realmente clássica, em contraponto às tradições mais recentes dos gregos. O livro serve para expor e refutar algumas alegações anti semíticas de Apião, bem como mitos antigos, como os de Maneton. Sua última obra foi uma autobiografia (Vida de Flávio Josefo), que nos revela o nome do adversário ("Justo de Tiberíades", filho de Pistos), ao qual essa obra vem responder e as censuras que lhe faz Josefo. Essa obra é cheia de lacunas, confusa e hipertrofiada. Esta obra continua fazendo registros sobre a vida de Flávio Josefo contendo informações preciosas, que não encontramos em nenhum outro historiador da antiguidade.
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19 - AS PROFECIAS DE DANIEL PREVIRAM OS GRANDES IMPÉRIOS No período que é chamado de inter bíblico ou entre os testamentos, as ocorrências políticas, a atuação das grandes potencias, as mudanças de poder que transformariam o mundo, foram reveladas por Deus ao Profeta Daniel. Um estudo minucioso das profecias de Daniel é o caminho histórico deixado pela Bíblia que projeta e revela os acontecimentos futuros que iriam ocorrer neste período em questão, devemos então, não deixar de percorrer este caminho para elucidar as mudanças ocorridas naquele cenário. Observamos o que está escrito, aproveitamos a oportunidade para deixar alguns textos pertinentes a este tema encontrados nas Escrituras Sagradas que julgamos muito importante: Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. Amós 3: 7.19 Respondeu o rei a Daniel, e disse: Certamente o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis e revelador de mistérios, 19
- Este texto do Livro de Amós está bem de acordo e em conformidade com os relatos do Livro de Daniel.
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pois pudeste revelar este mistério. Daniel 2:47 E te fizesse saber os segredos da sabedoria, que é multíplice em eficácia; sabe, pois, que Deus exige de ti menos do que merece a tua iniquidade. Jó 11:6 Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça que tiveste na tua cama são estes: Daniel 2:28 Aproximadamente no ano de 606 a.C, o Império Babilônico dominava o mundo de então. O poderoso monarca Nabucodonosor, o rei deste império, com seus vitoriosos exércitos havia subjugado o Reino de Judá e a grande maioria do povo foi levado para o cativeiro. Dentre estes cativos estava o jovem Daniel, da Tribo de Judá. Babilônia era uma cidade de beleza e luxo. Seus palácios e Jardins Suspensos se tornaram uma das sete maravilhas do mundo antigo. Era cercada por imensos muros e gigantescas portas, além de um profundo fosso rodeando os muros. Babilônia era uma cidade muito bem fortificada protegida por altas e largas muralhas, que muitos a consideravam como inexpugnável. O 88
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Rio Eufrates cortava a cidade em diagonal, sob os muros, fertilizando os maravilhosos jardins. O território que Nabucodonosor governava tinha tido uma longa e variada história e estado sob o governo de diferentes povos e reinos. De acordo com o Gênesis, a cidade de Babilônia foi parte do reino fundado por Nimrod, bisneto de Noé. Nabopolasar (626-605 a.C.) foi o fundador do que se chama o Império Caldeu ou Império Neo-Babilônico, o qual teve sua idade de ouro nos dias do rei Nabucodonosor e durou até que Babilônia caiu nas mãos dos medos-persas no ano 539. Nabucodonosor se orgulhava de "sua Babilônia", que ele dizia ter criado por suas próprias mãos, com a força de seu poder, para glória de sua magnificência. Mas ele se preocupava em como seria quando ele não fosse mais o governante. Visão do contexto narrado enquanto alegoria? Há uma edição bíblica que é chamada de Pastoral, faz uma interpretação das profecias de Daniel de maneira que, em nosso ver, consideramos errônea, por tratar as interpretações apenas como alegorias, por que rejeita as confirmações e os dados históricos, sustenta que a referência à Nabucodonosor é alegórica, pois o 89
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autor queria criticar Antíoco IV que perseguia a comunidade judaica no século II a.C. Sob o nosso entendimento, a interpretação dos sonhos seguem essa perspectiva, a visão da estátua tem o seguinte significado: - cabeça de ouro: Império Babilônico - peito e braços de prata: Reino Medo Persa - ventre e coxas de bronze: Império Grego - pernas de ferro e pés de ferro/argila: Império Romano, depois dividido entre os povos bárbaros. A Tradução Ecumênica da Bíblia, tenta desvirtuar a interpretação correta dessa profecia, lembra que Antíoco III procurou casar sua filha com Ptolomeu V que se refere a um reino dividido, ou seja, os sucessores de Alexandre (Império Selêucida e a Dinastia Ptolemaica). A pedra simboliza o reino messiânico, o reino divino de Cristo, definitivo, que destrói os poderes humanos. Esta é a pedra que esmaga todos estes reinos. RELATO BÍBLICO - O profeta Daniel interpretou o sonho do rei Nabucodonosor. Como todos os antigos, Nabucodonosor acreditava em os sonhos como um dos meios pelos quais os deuses revelavam sua vontade aos homens. Segundo a Bíblia, em uma noite Deus decidiu revelar a Nabucodonosor o futuro em uma Profecia, não só 90
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do império da Babilônia, mas também a história de toda a humanidade. Nabucodonosor sonhou com uma grande estátua, a cabeça era de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e coxas de bronze, as pernas de ferro e os pés eram parte de ferro e parte de barro. Enquanto admirava a estátua uma grande pedra veio do alto e acertou os pés da estátua que acabou sendo totalmente destruída. Depois disso a pedra cresceu até cobrir toda a face da terra. No dia seguinte ao pensar no sonho, o rei percebeu que não conseguia se lembrar de nada. Não conformado com o esquecimento procurou ajuda dos sábios de sua corte. Exigiu que eles o fizessem lembrar esse sonho e também dessem a sua interpretação Daniel não estava presente quando os sábios foram convocados e notificados da difícil tarefa. Se o mistério não fosse solucionado todos os sábios seriam executados. A severidade do castigo não estava fora de tom com os costumes desses tempos. No entanto, era um passo temerário do rei porque os homens cuja morte tinha ordenado constituíam a classe mais culta da sociedade. Daniel pediu um tempo para buscar o auxílio de Deus e então solucionar o que parecia impossível. 91
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Segundo a Bíblia, naquela mesma noite Deus enviou a Daniel o mesmo sonho que o Rei havia sonhado. Na manhã seguinte Daniel foi levado até Nabucodonosor. Daniel descreveu o sonho com exatidão ao rei, contou até mesmo o que Nabucodonosor pensara antes de dormir. Nabucodonosor não tinha nenhuma dúvida que aquele era o sonho e que Deus havia revelado essas coisas a Daniel. Em seguida Daniel deu a interpretação do sonho. Daniel descreveu, segundo o relato bíblico, história da humanidade desde a babilônia até o dia do juízo final. Segundo Daniel as diferentes partes da estátua eram os grandes e diferentes impérios que se sucederiam no controle e domínio do mundo. As mais óbvias interpretações preteristas sobre a revelação do sonho de Daniel estão contidas nas próprias Escrituras Sagradas onde se tem revelações sobrenaturais bem como a do próprio jovem Daniel. Vejamos por partes: 1.a cabeça de ouro: as sagradas escrituras definem essa cabeça de ouro como o poder babilônico da época cujo rei era Nabucodonosor e todo seu império conquistador;
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2.o peito e os braços de prata: seria um segundo reinado um pouco inferior ao babilônico; 3.o ventre e o quadril: seria um terceiro reino, um reinado de bronze que governaria toda terra; 4.o as pernas de ferro: se refere a um quarto reino forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro despedaça tudo também ele destruirá e quebrará todos os outros reinos que já existiram; 5.o os pés eram em parte ferro e parte barro: essa parte da revelação que Daniel revelara ao rei se refere aos dedos dos pés que eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil; quanto ao ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro. Referindo-se desta forma às alianças que as nações futuras tentarão fazer umas com as outras, mas sem grandes resultados; 6.a pedra que caiu sem auxílio de mãos: se refere ao Messias e Salvador da humanidade, o próprio Jesus Cristo, a quem as escrituras sagradas se referem (Daniel 2:44) - Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este 93
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reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre.) INTERPRETAÇÃO - Segundo esta linha de interpretação, a profecia do capítulo sete cobre essencialmente o mesmo lapso histórico que o sonho do capítulo dois de Daniel. Ambos abarcam desde os dias do profeta até o dia do juízo final. Em Daniel 2, Nabucodonosor viu os poderes mundiais representados por uma grande estátua de metal, já no capítulo 7, Daniel os viu mediante o simbolismo de bestas e chifres. Os estudiosos que defendem esta linha de raciocínio entendem que tema do capítulo 2 de Daniel é essencialmente político. Foi dado, em primeiro lugar, para informar a Nabucodonosor e assim conseguir sua cooperação com o plano divino. Já a profecia do capítulo 7, como as do resto do livro, foram dadas especialmente para que o plano divino, através de todos os séculos, pudesse ser entendido e revelado. Estas profecias têm como pano de fundo a luta do bem contra o mal. Antes de prosseguir nesta leitura veja os artigos Simbologia Bíblica e Tabela de Símbolos Bíblicos. Rei
A Cabeça de Ouro – Daniel dizendo ao Nabucodonosor: Ele deu ao senhor o 94
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domínio em todo o mundo sobre os seres humanos, os animais e as aves. O senhor é a cabeça feita de ouro. O Primeiro Reino - Nabucodonosor era a personificação do Império Neobabilônico. As conquistas militares e o esplendor arquitetônico de Babilônia se deviam, em grande parte, a suas proezas. Literalmente, Daniel diz que a destacada cabeça de ouro da estátua era o Império Babilônico representado por seu governante Nabucodonosor. Ouro - Para embelezar a cidade de Babilônia se tinha usado ouro em abundância. Heródoto descreve com profusão de termos o resplendor do ouro nos templos sagrados da cidade. A imagem do deus, o trono sobre o qual estava sentado, a mesa e o altar estavam feitos de ouro. Cabeça - Nabucodonosor sobressaía entre os reis da antiguidade, era o primeiro pela ordem, então só poderia ser a cabeça, também pela ordem cronológica. Peito e Braços de Prata - Depois do seu reino haverá outro, que não será tão poderoso como o seu. depois
O Segundo Reino - Dario Medo Persa e Ciro que permitiu que os judeus 95
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retornassem para a reconstrução de Jerusalém, das suas muralhas e do Templo do Senhor. Este segundo reino da profecia de Daniel é chamado às vezes Império Medo-Persa, incluía o mais antigo Império Medo e as aquisições mais recentes do conquistador persa Ciro. Império Medo caiu nas mãos de Ciro o persa antes da queda da Babilônia. O livro de Daniel se refere várias vezes à nação que conquistou a Babilônia, à qual Darío representava, como "os medos e os persas". Segundo Heródoto, Ciro venceu os medos e tornou se rei expandindo o poderoso império persa. havia dito que era parte Persa e parte Medo. Ciro, que tinha chegado a ser rei da Persia, derrotou a Astíages dos Medos no ano 553 ou 550 a.C. Já que os persas governaram desde o tempo de Ciro em adiante, se os menciona normalmente como Império Persa. Mas o prestígio mais antigo se refletia na frase "Medos e Persas" que se aplicava aos conquistadores da Babilônia no tempo de Daniel e ainda mais tarde. Prata - Como a prata é inferior ao ouro, o Império Medo-Persa foi inferior ao Neobabilônico. Ao contrastar os dois reinos, notamos apesar do segundo reino, haver durado mais tempo, certamente foi inferior em luxo e esplendor. Os conquistadores medos e persas adotaram e assimilaram a cultura da complexa civilização 96
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babilônica, porque a sua estava muito menos desenvolvida. Ventre e Coxas de Bronze - e depois desse reino haverá ainda outro, um reino de bronze, que dominará o mundo inteiro. O Terceiro Reino - O sucessor do Império Medo-Persa foi o Império de Alexandre, o Grande e seus sucessores. Grécia estava dividida em pequenas cidades-estados que tinham um idioma comum, mas não unificada. A Grécia antiga, atingiu seu apogeu da civilização grega sob a liderança de Atenas, no século V a.C. Este florescimento da cultura grega seguiu ao período de maior esforço unido das cidades-estados autônomas, a exitosa defesa de Grécia contra a Pérsia, possivelmente no período da rainha Ester. A "Grécia" de Daniel 8:2120 não se refere às cidades-estados autônomas do período da Grécia clássica, mas ao posterior reino macedônico que venceu a Pérsia. Macedônia era uma nação consanguínea situada ao norte de Grécia territorial, propriamente dita, conquistou as cidades gregas e 20
- Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei; Daniel 8:21
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as incorporou pela primeira vez a um Estado forte e unificado. Alexandre ―O Grande‖, depois de ter herdado de seu pai, o recém fortalecido e engrandecido reino grego macedônico, então pôs se em marcha para estender a dominação macedônica e a cultura grega para o oriente e venceu ao Império Persa. A profecia apresenta o reino da Grécia como um reino que viria depois da Pérsia, porque Grécia nunca se uniu para formar um reino até a formação do Império Macedónico que substituiu a Persia como principal poder do mundo desse tempo. O último rei do Império Persa foi Dario III, que foi derrotado por Alexandre nas batalhas de Granico (334 ac), Issos (333 ac), e Batalha de Gaugamela (331 ac). Bronze - O Império de Alexandre Magno: Os soldados gregos se distinguiam por sua armadura de bronze. Seus capacetes, escudos e machados eram de bronze. Heródoto nos diz que Psamético I do Egito viu nos piratas gregos que invadiam suas costas o cumprimento de um oráculo que predizia a "homens de bronze que saem do mar". Dominará o Mundo Inteiro - A história registra que o domínio de Alexandre se estendeu sobre Macedônia, Grécia e o Império Persa. Incluiu a Egito e se expandiu pelo oriente até a Índia. 98
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Foi o império mais extenso do mundo antigo até esse tempo. Seu domínio foi "sobre toda a terra" no sentido de que nenhum poder da terra era igual a ele, e não porque cobrisse todo mundo, nem ainda toda a terra conhecida nesse tempo. Um "poder mundial" pode definir-se como aquele que está acima de todos os demais, invencível; não necessariamente porque governe a todo mundo. As afirmações superlativas eram comumente usadas pelos reis da antiguidade. Ciro denomina a si mesmo "rei do mundo… e dos quatro bodes (regiões da terra)". Pernas de Ferro - Depois, virá um quarto reino, que será forte como o ferro, que quebra e despedaça tudo. E assim como o ferro quebra tudo, esse reino destruirá completamente todos os outros reinos do mundo. O Quarto Reino - Esta não é a etapa posterior quando se dividiu o império de Alexandre, mas império que conquistou o mundo macedónico. Muito antes da tradicional data de 753 a.C, Roma tinha sido estabelecida por tribos latinas que tinham vindo a Itália em ondas sucessivas arredor do tempo em que outras tribos indo europeias se tinham estabelecido na Grécia. Por volta do século VIII a.C. até o V a.C. a cidade-estado latina de Roma foi governada por 99
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reis etruscos vizinhos. A civilização romana teve uma grande influencia etrusca, que vieram a Itália no século X a.C., e especialmente influenciados pelos gregos que chegaram dois séculos mais tarde. Pelo ano 500 a.C., o estado romano se converteu em república, e seguiu dessa forma por quase 500 anos. Em 265 a.C. toda Itália estava sob o domino romano. Em 200 a.C. Roma saiu vitoriosa da luta a morte que tinha sustentado com sua poderosa rival do norte de África, Cartago (originalmente uma colônia fenícia). Desde então Roma fez senhora absoluta do Mediterrâneo Ocidental e era mais poderosa do que qualquer dos estados do oriente. Desde então Roma primeiro dominou e depois absorveu, um a um, os três reinos que sobraram dos sucessores de Alexandre, e assim chegou a ser o seguinte grande poder mundial depois de Alexandre. Este quarto império foi o que mais durou e o mais extenso dos quatro, pois no século II d.C. estendia-se desde Inglaterra até o Eufrates. Ferro - Edward Gibbon21 chamou muito adequadamente Roma de a "monarquia de ferro", 21
- Edward Gibbon (Putney, 27 de abril de 1737 — Londres, 16 de janeiro de 1794) foi um historiador inglês que expressou se dentro do espírito do iluminismo, autor de A História do Declínio e Queda do Império Romano.
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ainda que não era monarquia no tempo em que chegou a ser o principal poder do mundo. Quebrava e Despedaçava Tudo - Tudo o que se pôde reconstruir da história romana confirma esta descrição. Roma ganhou seu território pela força ou pelo temor que representava seu poderio armado. Ao princípio interveio em conflitos internacionais numa luta por sobreviver contra seu rival, Cartago, e se viu assim envolvida numa guerra depois de outra. Destruindo seus adversários um após outro, chegou a ser finalmente a agressiva e irresistível conquistadora do mundo mediterrâneo e da Europa Ocidental. No princípio da era cristã, e um pouco mais tarde, o poder de ferro das legiões romanas respaldava à Pax Romana (a paz de Roma). Roma era o império maior e mais forte do que o mundo tinha conhecido até então. Dedos de Ferro e Barro - Na estátua que o Rei Nabucodonosor vira, os pés e os dedos dos pés eram metade de ferro e metade de barro. Isso quer dizer que esse reino seria dividido, mas terá alguma coisa da força do ferro; pois, como o senhor viu, o ferro estava misturado com barro. O Quinto Reino - Ainda menciona sendo os dedos da estátua, Daniel não chama especificamente atenção a seu número. Declara que o reino seria dividido. 101
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Isso significa que esse Reino representa a forma de governo em que se encontra a sociedade humana dividida, com alguns reinos fortes como o ferro e outros frágeis como o barro. Os dois pés de ferro não misturado, mas em partes de ferro e em partes de barro, representavam os dez reinos dos povos bárbaros que atacavam Roma e enfraqueceram seus domínios, estes dedos também simbolizavam o que os dez chifres simbolizavam. Mas havia algo do qual os historiadores não gostam de falar, refere-se a pequena cabeça que falava com voz humana, de acordo com o texto de Daniel: Esta pequena ponta que surge com autoridade é uma referencia ao poder papal: E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. Daniel 7:25 Barro e Ferro, Fraco e Forte - Roma tinha perdido sua tenacidade e força férreas, e seus sucessores eram manifestamente débeis, isto significa que Roma permaneceria até os dias de hoje, contudo como mistura dela (Ferro) com o barro, sabemos que não existe mais atualmente o império Romano, e sim o que sobrou dele, o papado que se estendeu seu poder total durante toda a Idade Média. 102
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Vejamos o texto a seguir que é pertinente a este grande poder o papado: Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. Daniel 7:25 Daniel 7:822 Também existia entre aquelas nações que surgiam uma parte forte. Os reinos bárbaros diferiam grandemente em valor militar, como o diz Gibbon ao referir-se a "as poderosas monarquias dos francos e os visigodos, e os reinos subordinados dos suevos e burgundios". Não Ficarão Unidos - Os versos 42 e 43 dizem: "Como os artelhos dos pés eram, em parte de ferro e em parte de barro, assim, por uma parte o reino será forte e, por outra, será frágil. Quando ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um 22
- Esta pequena cabeça é o papado que foi instituído a partir do terceiro século de nossa era, uma fusão entre o cristianismo e o paganismo.
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ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.". A profecia de Daniel suportou a prova do tempo. A arqueologia comprovou a veracidade e a autenticidade destas profecias, quando foram encontradas cópias intactas destes textos entre outros textos nas cavernas junto ao Mar Morto em 1947. Algumas potências mundiais foram débeis, outras fortes. O nacionalismo continuou com vigor. As tentativas de converter num império único e grande as diversas nações que surgiram do quarto império terminaram no fracasso. Certas seções se uniram transitoriamente, mas a união não resultou nem pacífica nem permanente. Existiram também muitas alianças políticas entre as nações. Mas todas essas tentativas se frustraram. A profecia não declara especificamente que não poderia ter uma união transitória de vários elementos, por meio da força das armas ou de uma dominação política. No entanto, afirma que se tentasse ou se conseguisse formar tal união, as nações que a integrassem não funcionariam organicamente, e continuariam com seus receios mútuos e hostis. Uma federação formada sobre tal fundamento está condenada à ruína. O sucesso passageiro de algum ditador ou de alguma nação não deve assinalar-se como o fracasso da profecia de Daniel. 104
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A Pedra - O verso 44 diz: No tempo desses reis, o Deus do céu fará aparecer um reino que nunca será destruído, nem será conquistado por outro reino. Pelo contrário, esse reino acabará com todos os outros e durará para sempre. É isso o que quer dizer a pedra que o rei viu vinda do espaço, sem que ninguém a tivesse atirado, e que despedaçou a estátua feita de ferro, bronze, prata, barro e ouro. O Grande Deus está revelando ao rei o que vai acontecer no futuro. Foi este o sonho que a sua majestade teve, e esta é a correta explicação. Fará Aparecer um Reino - Alguns estudiosos apresentam este detalhe da profecia uma predição da primeira chegada de Cristo e da posterior conquista do mundo pelo Evangelho. Outros estudiosos afirmam que isto é improvável porque este novo "Reino" não devia coexistir com nenhum daqueles quatro reinos; devia suceder à fase do ferro e barro misturados, que ainda não existiam quando Cristo esteve na terra. Segundo eles o reino de Deus ainda estava por vir, como Jesus afirmou a seus discípulos. Esta linha de interpretação defende a ideia que este último Reino será estabelecido quando Cristo voltar para resgatar aqueles que O aceitaram como Salvador.Também há outras especulações sugerindo a possibilidade de esta pedra ser um movimento intelectual como foi o helenismo, pode ser o domínio religioso universal, pode ser até um movimento político de nacionalismo, há muitas 105
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possiblidades não avaliadas pelos estudiosos que aceitam a interpretação cristã. Significado para “Pedra” - Em Aramaico ―ében‖, é uma palavra idêntica a palavra ―ében‖' do Hebraico. Sua tradução é "pedra", e é usada para referir-se a lousas, pedras para atirar com funda, pedras talhadas, vasilhas de pedra, pedras preciosas. A palavra ‗'rocha'‘ é usada frequentemente na bíblia como uma referência a Deus (Deut. 32:4, 18;1 Sam. 2:2; etc.). Esta palavra ―rocha‖ vem da palavra hebraica 'tsur'. A palavra usada no original por Daniel foi 'tsur' e não 'eben'. Daniel é claro em sua interpretação para Nabucodonosor apresenta e descreve todos os símbolos usados na profecia. Sem que Ninguém Tivesse Atirado Muitos comentaristas acreditam que este é um indício de que este último reino tem origem sobre humana. Acreditam que o último reino não será fundado pelas hábeis mãos dos homens, mas pela poderosa mão de Deus. Assim como todo reino tem sua existência debaixo da vontade de Deus, este novo movimento também será estabelecido por Deus. Será um reino que se estabelecerá para durar para sempre, de forma abrangente atingirá toda a terra e será certamente será um reino universal. 106
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Newton retratado por Godfrey Kneller, 1689, 46 anos de idade
20 - ISAAC NEWTON E AS PROFECIAS DE DANIEL O ilustre cientista inglês Sir Isaac Newton, como um profundo estudioso das Escrituras Sagradas, fez uma interpretação das profecias contidas no Livro de Daniel. Sir Isaac Newton,23 autor da física clássica foi um devoto cristão, nesta interpretação do Livro 23
- Isaac Newton - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Sir Isaac Newton. Nascimento 4 de janeiro de 1643 Woolsthorpe-byColsterworth, Inglaterra – Morte 31 de março de 1727 (84 anos) Londres – Nacionalidade – Inglês – Ocupação Cientista. Principais interesses Ciência, química, física, mecânica e matemática, foi o
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de Daniel, está fornecendo as introspecções que ainda hoje são consideradas como profundas. A seguir estamos considerando em nossos registros trechos do livro escrito por Isaac Newton; na primeira parte este cientista destaca uma descrição detalhada e minuciosa de como foram escritos os livros das Escrituras Sagradas e cita algumas ocorrências pertinentes ao período pós cativeiro babilônico que estão registrados nos Livros apócrifos dos Macabeus, na segunda parte há comentários sobre as interpretações dos sonhos e visões do Livro de Daniel: “As Profecias escritas pelo próprio Daniel em diferentes ocasiões; os seis primeiros, uma coleção de escritos históricos de outros autores. O quarto capítulo é um Decreto de Nabucodonosor. O primeiro capítulo foi escrito depois da morte de Daniel, pois aí se diz que Daniel viveu até o primeiro ano do reinado de Ciro, isto é, até o primeiro ano do domínio deste rei sobre os Persas e os Medas e o terceiro ano sobre a Babilônia. E, pelo mesmo motivo, o quinto e sexto capítulos também foram escritos após a morte de Daniel, pois terminam com estas palavras: "E Daniel descobridor de Ideias notáveis Lei Fundamental da Dinâmica, Lei da Gravitação Universal, Cálculo embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
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permaneceu sempre em dignidade, durante o reinado de Dario e o reinado do persa Ciro" (Daniel 6:28). Também estas palavras deveriam ter sido adicionadas pelo coletor dos escritos, que suponho tenha sido o próprio Ezra. Parece que os Salmos, compostos por Moisés, Davi e outros, foram colecionados por Ezra pois, na coleção, encontro alguns até da época do cativeiro de Babilônia, mas nenhum posterior. Ezra os reuniu num grande volume que conhecemos atualmente como livro dos Salmos. Depois disto, Antíoco Epifânio saqueou o Templo, proibiu os Judeus de respeitar a Lei, sob pena de morte, e mandou queimar todos os livros sagrados que fossem encontrados. Nesses distúrbios, é bem provável que o livro das Crônicas dos Reis de Israel se haja perdido por completo. Passada a opressão, Judas Macabeu recolheu todos os escritos que foi possível encontrar (cf. 2 Macabeus 2:14).”24 “As profecias de Daniel ligam-se todas umas às outras, como se fosse simples parte de uma profecia geral, dadas em várias épocas. A primeira deve ser compreendida em primeiro lugar; e cada uma das que se seguem adicionam algo de novo às anteriores. A primeira foi dada num sonho a Nabucodonosor, rei da Babilônia, no segundo ano 24
- OBSERVAÇÕES SOBRE AS PROFECIAS DE DANIEL E O APOCALIPSE DE SÃO JOÃO, POR Sir Isaac Newton. TRADUZIDAS DA EDIÇÃO INGLESA DE 1733, POR JULIO ABREU FILHO - RUA ALFERES MAGALHÃES, 304 SÃO PAULO – BRASIL, p. 14.
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de seu reinado. Tendo o rei esquecido do sonho que havia tido, a mesma foi dada novamente a Daniel, também num sonho, que o revela então à Nabucodonosor. Assim Daniel tornou-se famoso por seu saber e pela faculdade de revelar coisas secretas, de tal modo que Ezequiel, seu contemporâneo, no décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, assim fala ao rei de Tiro: "Porque és mais sábio que Daniel, nenhum segredo há oculto para ti" (Ezeq. 28:3). E o mesmo Ezequiel, noutra passagem, reúne Daniel a Noé e a Jó, como os mais distinguidos pelos favores de Deus (Ezeq. 14:14, 16, 18, 20). E no último ano de Baltazar, dele disse a rainha-mãe ao rei: "No teu reino há um homem que tem em si o espírito dos deuses santos; e no tempo de teu pai, manifestaram-se nele a ciência e a sabedoria; por isto até o rei Nabucodonosor, teu pai, o constituiu chefe dos magos, dos encantadores, dos caldeus e dos agoureiros; porque um espírito superior aos dos outros, e prudência, e inteligência, e interpretação de sonhos, e declaração de segredos, e solução de dificuldades, tudo se achou nele, isto é, Daniel, a quem o rei pôs o nome de Baltazar" (Daniel v. 11, 12). Tinha Daniel o maior prestígio. . .” 25 25
- OBSERVAÇÕES SOBRE AS PROFECIAS DE DANIEL E O APOCALIPSE DE SÃO JOÃO, POR Sir Isaac Newton. TRADUZIDAS DA EDIÇÃO INGLESA DE 1733, POR JULIO ABREU FILHO - RUA ALFERES MAGALHÃES, 304 SÃO PAULO – BRASIL, p. 26.
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Ilustrações sobre as visões e a profecias interpretadas pelo profeta Daniel
A visão era de uma grande estátua de um homem de aspecto terrível, sua cabeça era de ouro, o peito e os braços de prata, o quadril de bronze, as pernas de ferro e os pés em parte de ferro e barro.
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Uma pedra arremessada sem mãos golpeou a estátua em seus pés e a reduziu a pó. Transformando-se numa montanha que encheu a terra. O senhor disse a Daniel a interpretação que as quatro partes representaram quatro reinos que dominarão o mundo. O primeiro é a Babilônia sob o reinado de Nabucodonosor e aqueles outros três reinos seguintes seria cada vez mais inferior, como indicado pelo valor dos metais. Mas o reino do ferro seria muito forte e destruirá muitos outros reinos. O barro e o ferro que compõe os pés com os dez dedos do pé seriam separados e não se juntarão mais, porque o ferro e o barro não misturam. A pedra representa um reino ajustado acima pelo Deus dos Céus que destruirá em partes e consome todos estes reinos e que reinará para sempre e jamais será destruído. (Dan. 2:31 - 45).
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21 - CONCLUSÃO Este trabalho, só foi possível a sua realização pelo desejo que se manifestou em nós no sentido de adquirir mais conhecimento a respeito desta história tão fascinante sobre este longo período de transformações e mudanças radicais no cenário histórico da humanidade. Todavia ao longo deste processo os judeus, remanescentes Israel, conseguiram superar estes quatro séculos, com fé e determinação, foram guiados pela crença nas Escrituras Sagradas, fiéis ao único e verdadeiro Deus, nas profecias que anunciavam a vinda do Messias. Por isso, apesar de nossas falhas e dificuldades em somar ainda além dessas, outras informações, preparamos este resumo que, como resultado de tudo o que juntamos e conseguimos; então nos restou compartilhar este trabalho com os leitores, nossos amigos e irmãos de fé.
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22 - BIBLIOGRAFIA 1 – TOGNINI, Enéas. Resumo Histórico - livro "O Período Inter bíblico". 2 – JOSEFO, Flavio. HISTÓRIA DOS JUDEUS. 3 – Wikipédia, A Enciclopédia Livre da Internet. 4 – NEWTON, Isaac. AS PROFECIAS DE DANIEL E O APOCALIPSE DE SÃO JOÃO, Traduzidas da Edição Inglesa de 1733, por Julio Abreu Filho - São Paulo – Brasil, p.p. 14 e 26. 5 – Biblia Sagrada – Edição Almeida Revisada – Internet – Bíblia Online. 6 - Bíblia Católica Online – Internet.
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