A Alquimia Do Terceiro Grau PDF

February 23, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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 A Alquimia do T Terceiro erceiro Grau Grau  Ir∴ Valério Vitor Bonelli Introdução Há entre nós o conhecimento de que, as instruções previstas no REAA para os maçons que atingiram o terceiro grau são três: A primeira explica o painel da loja de mestre, a terceira faz menção aos mistérios dos números e dá noções de filosofia iniciática relativas ao terceiro grau. O objeto deste trabalho está voltado para a segunda instrução, destinada ao Catecismo do Mestre , procuramos a seguir sintetizar , face a ótica que temos, a respeito desta instrução, uma vez que por mais que estudamos as instruções contidas em nosso rituais, percebemos quão distante está a compreensão da sua essência por parte da humanidade e o mais importante a “prática” destes ensinamentos por parte de alguns maçons. Este trabalho procura evidenciar a transformação que deve haver no M .’. ao atingir a plenitude do terceiro grau. A alquimía dos Metais A alquimía, essa ciência que essencialmente tinha finalidade de transformar metais. era caracterizada pela busca de duas substâncias: a pedra filosofal, capaz de transformar todas as coisas em “ouro”, e também a busca do elixir da longa vida, capaz de manter os homens eternamente jovens. Para GEBER apub CASTELLANI (1982), todos os metais seriam transformados, a partir de enxofre e de mercúrio, sendo que desses elementos, deveriam ser extraídas as essências, que transformariam todos os metais “em ouro” mais puro que o extraído das minas.   Partindo do princípio de que todas as substâncias possuem uma única raiz, parecia possível, para os alquimistas, transformar os corpos, entre os quais os metais, em ouro, que, além de ser o princípio concreto da força que serve para comprar a glória e a felicidade material, seria , também, o símbolo do sol, da luz, do poder criativo, e da revelação divina.  A alquimía Mística e a alquimía Maçônica   O alquimista ocultista despreza o ouro terrestre material, e dirige todos os seus esforços na transmutação do quaternário inferior em ternário divino superior do homem, os quais, quando se unem, acabam constituindo um só.  “A grande obra, para a alquimía mística, consiste no constante renascer, para que o iniciado percorra o caminho do aperfeiçoamento e do conhecimento, até chegar à comunhão com a divindade, conceito muito parecido com aqueles do hinduísmo e com os da doutrina de revelação do mitraísmo” CASTELLANI (1982). Assim, os metais inferiores simbolizam as paixões humanas e os vícios, que devem ser combatidos e transformados em ouro do espírito, que deve ser o objetivo da grande obra.  A Maçonaria conserva muitos símbolos dos alquimistas, para armar a sua doutrina moral e espiritualista, exemplo disso é a câmara das Reflexões, onde o indivíduo permanece em meditação, antes da cerimônia. Essa câmara, que representa os lúgubres subterrâneos, as negras masmorras, tão abominadas pelos libertários maçons, é usada para a “prova da terra”, pela qual deverá passar, com diversos símbolos representativos da espiritualidade e do vapor da vida honrada.  

 

Outro exemplo alquímico na maçonaria são as provas pelas quais o candidato deve passar e que representam os quatro elementos fundamentais, ar, água, terra, e fogo, dos ensinamentos de Aristóteles. Do ponto de vista alquímico a prova da terra é a da câmara das reflexões; a prova do ar é representada por uma tempestade, que simboliza os percalços da vida humana; a prova da água é destinada à purificação das mãos; a prova do fogo, finalmente, representa a purificação total, simbolizando a destruição da matéria pelo fogo, restando o místico ser imaterial aperfeiçoado.  Considerações Finais "Ao terminar o trabalho do A .’. M .’. de desbastar a P .’. B. ‘. , entregando-se ao trabalho de Comp .’. , este mais intelectual para a realização da P.’. Cub.’. , cabe ao Mestre o trabalho espiritual expresso, claramente, na missão que lhe compete de espalhar a luz e reunir o que está esparso, sempre meus Queridos IIr.’. de forma impessoal." (GLESP 1996 p15). A verdadeira alquimía está na consagração à firmeza de caráter, à Moral que não transige com o dever. ”O grau de M M faz do iniciado um ser que se sobrepõe a si mesmo, que se liberta das baixas contingências gregárias para viver nas outras, espalhando a luz e fazendo a fraternidade humana a mais forte, a mais pura e tangível realidade” GLESP (1996:15).  Liberto que está da influência das ilusões, o mestre renasce, morrendo para os vícios, erros e paixões , e o mais importante , servindo de exemplo e em busca da palavra perdida operando o milagre da ressurreição, revelando portanto o Mestre Interior num verdadeiro e constante processo de alquimía e transformação essência do terceiro grau.  Referências Biliográficas:  CASTELANI, J. “Origens do Misticismo na Maçonaria”, Editora Traço: São Paulo, 1982. p35-37, p94-95 GOMES, M. “ Manual do Mestre Maçom” , Editora Aurora: Rio de Janeiro, 1986 GLESP, Ritual do Simbolismo Mestre Maçom: São Paulo, 1996. p.15  

Ir∴ Valério Vitor Bonelli - M ∴ M∴  A∴R∴L∴S∴ Edgard Armond nº 407 Or∴ de São Paulo, 27/10/2004 

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