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May 23, 2018 | Author: marcoscedraz | Category: Triangle, Distance, Constitution, Physics & Mathematics, Mathematics
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TIPOLOGIAS MORFOLÓGICAS (SOMATÓTIPO) 

• A tentativa de elaborar categorias para classificar o ser humano perde-se no tempo. • As tipologias morfológicas pretendem estudar e classificar a variação da forma humana. • Esta classificação é feita segundo cate catego gori rias as ou ti tipo poss cara caract cter erís ísti tico coss defi defini nido doss com base na presença de certos traços dist distin into toss (d (dim imen ensio siona nais is e prop propor orcio ciona nais is). ).

• A tentativa de elaborar categorias para classificar o ser humano perde-se no tempo. • As tipologias morfológicas pretendem estudar e classificar a variação da forma humana. • Esta classificação é feita segundo cate catego gori rias as ou ti tipo poss cara caract cter erís ísti tico coss defi defini nido doss com base na presença de certos traços dist distin into toss (d (dim imen ensio siona nais is e prop propor orcio ciona nais is). ).

CONSTITUIÇ CONSTITUIÇÃO ÃO (Sobr (Sobral al e Silva, Silva, 1997) 1997) • conjunto dos cara caract cter erees so somáti máticcos e fun funcion ionais ais do indivíduo organizados organizados de modo modo peculiar e submetidos submetidos às acçõ acções es regu regula lado dora rass da here heredi dita tarie rieda dade de e do ambiente.

TIPOLOGIA MORFOLÓGICA (Sobral, e Silva, 1997) estabelecime cimento nto de tipos tipos constit constitucio ucionais nais,, excluído excluídoss • estabele os elementos de natureza funcional (sentido fisiológico).

TIPO CONSTITUCIONAL (Sobral, e Silva, 1997) • conjunto de traços morfológicos pelos quais um indivíduo é susceptível de ser incluído numa dada categoria, também designada morfótipo ou tipo morfológico.

Hipócrates no ano de 400 a.c Typus physicus  • sujeito magro • alto • atreito a doenças do foro pulmonar

Typus apopleticus  • sujeito gordo • Baixo • atreito a problemas do foro digestivo.

Macawlif (1???)

Digestivo

Respiratório

Muscular

Cerebral

SOMATÓTIPO • descrição expressa por 3 algarismos, numa sequência fixa, em que cada algarismo representa a cotação atribuída a cada uma das três componentes primárias da constituição.

SOMATOTIPOLOGIA • escola de classificação morfológica introduzida por Sheldon, Stevens e Tucker em 1940.

A constituição, neste sentido, é a expressão das estruturas derivadas dos 3 folhetos embrionários (endoderme, mesoderme e ectoderme). Designam-se em conformidade: - ENDOMORFISMO - MESOMORFISMO - ECTOMORFISMO ENDOMORFISMO - exprime o grau de desenvolvimento em adiposidade (adiposidade relativa). MESOMORFISMO - traduz o desenvolvimento musculoesquelético em relação à altura (muscularidade relativa). - traduz a linearidade ou ECTOMORFISMO desenvolvimento em comprimento (linearidade relativa).

Segundo Sheldon (1940) cada componente é cotada de 1 a 7, definindo-se três tipos extremos: 7 1 1 1 7 1 1 1 7

Endomorfo puro (leia-se sete-um-um) Mesomorfo puro (leia-se um-sete-um) Ectomorfo puro (leia-se um-um-sete)

Existem 343 (73) somatótipos teoricamente possíveis. Contudo, algumas combinações são pouco prováveis e outras pouco frequentes. Em qualquer indivíduo estão representadas as 3 componentes primárias, variando apenas o peso relativo de cada uma (Sheldon, 1940).

A determinação do somatótipo não implicava valores antropométricos directamente obtidos. O método era basicamete antroposcópico, i. e. o indivíduo era fotografado em três posições (frente, perfil e costas) a partir das quais, após um exame minucioso das fotografias, era atribuída uma pontuação a cada componente. Nenhuma componente pode ter valor zero ou negativo. Se os cálculos das componentes resultarem em qualquer destes valores, atribui-se à componente em questão 0.1. Em geral, valores de uma componente situados entre 0.5 e 2.5 são considerados baixos. Valores entre 3.0 e 5.0 são considerados médios. Valores entre 5.5 e 7.0 são considerados elevados. Valores acima de 7.0 são considerados muito elevados.

Características do indivíduo ENDOMORFO 

• Obesidade • Predomínio do volume abdominal • Pequenas dimensões "relativas" das extremidades • Flacidez muscular

Características do indivíduo MESOMORFO 

• Acentuado desenvolvimento muscular • Robustez óssea bem patente • As medidas toráxicas predominam sobre as abdominais • O aspecto é massivo e enérgico.

Características do indivíduo ECTOMORFO  • Exemplo

extremo

da

magreza

e

hipotonia muscular • Aspecto geral de fragilidade • Macrosquélia notória • Medidas de comprimento predominando sobre os diâmetros e os perímetros

Endo

Meso

Ecto

DETERMINAÇÃO DO SOMATÓTIPO

É efectuada de acordo com o método proposto por Heath & Carter (1971). Este método derivou de uma revisão fundamentada na antropometria, a partir do método de Sheldon (1940).

O cálculo do somatótipo baseia-se nas equações propostas por Ross & Marfell-Jones (1983).

Cálculo da primeira componente - ENDOMORFISMO (I)

I = - 0.7182 + 0.1451 (X) - 0.00068 (X2) + 0.0000014 (X3) em que X é o somatório de três pregas sendo previamente multiplicado por um valor corrigido para a altura de 170.18/Altura: - Subescapular (Subs) - Tricipital (Tric) - Suprailíaca (Supra)

 \ 

X = (Subs + Tric + Supra) * (170.18 / altura)

Cálculo da segunda componente - MESOMORFISMO (II) II = (0.858 H + 0.601 F + 0.188 B + 0.161 G) - (0.131 A) + 4.50 em que :

- H (diâm bic.umer) - F (diâm bic. fem) - B (perím br tens, corrigido) - G (perím gem, corrigido - A (altura do sujeito).

Passos para o cálculo da II componente: 1º reduzem-se, de mm a cm, as pregas Tric e Gem. 2º corrigem-se os perímetros PBR e PGL da seguinte forma: PBTcorr. = PBT - skfTric PGemcorr. = PGem - skfGML 3º aplica-se a fórmula

Cálculo da terceira componente ECTOMORFISMO (III) IPR (índice ponderal recíproco) = Alt / 3√ Peso Se IPR => 40.75, então:

III = 0.732 IPR - 28.58 Se: 38.25 < IPR < 40.75, então:

III = 0.463 IPR - 17.63 Se: IPR =< 38.25, então:

III = 0.1

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SOMATÓTIPO SOMATOGRAMA Triângulo de lados curvos, designado por triângulo de Reuleux , o qual se define como a curva de raio constante que apresenta a menor área para um dado raio. Três eixos, designados pelo nome de cada componente, intersectam-se no centro do triângulo. Sobre cada eixo, os valores da respectiva componente aumentam do centro para o ponto polar: - Vértice inferior esquerdo (1ª componente) - Vértice superior (2ª componente) - Vértice inferior direito (3ª componente)

Somatograma construído a partir do triângulo de Reuleux Os eixos definem 6 sectores no somatograma

Para plotar  as três componentes na somatocarta é necessário transforma-las em 2 vectores (X e Y) que representam as coordenadas para se localizar o respectivo ponto no somatograma. Para tal utilizam-se as seguintes fórmulas: X = III - I

Y = 2 x II - (I + III)

De acordo com a sua localização (e também segundo os pesos das suas componentes), o somatótipo define um indivíduo de acordo com as seguintes categorias:

CATEGORIAS DO SOMATÓTIPO (Carter 1975) 1. Endomorfo equilibrado: a 1ª componente é dominante; a 2ª e a 3ª são iguais ou não diferem mais de 0.5. 2. Meso-endomorfo: a 1ª componente é dominante; a 2ª é maior que a 3ª. 3. Endomorfo-Mesomorfo: a 1ª e a 2ª componentes são iguais ou não diferem mais de 0.5; a 3ª componente tem o valor mais baixo. 4. Endo-mesomorfo: a 2ª componente é dominante; a 1ª é maior que a 3ª. 5. Mesomorfo equilibrado: a 2ª componente é dominante; a 1ª e a 3ª são iguais ou não diferem mais de 0.5. 6. Ecto-mesomorfo: a 2ª componente é dominante; a 3ª é maior que a 1ª.

7. Mesomorfo-ectomorfo: a 2ª e a 3ª componentes são iguais ou não diferem mais de 0.5; a 1ª componente tem o valor mais baixo. 8. Meso-ectomorfo: a 3ª componente é dominante; a 2ª é maior que a 1ª. 9. Ectomorfo equilibrado: a 3ª componente é dominante; a 1ª e a 2ª são iguais ou não diferem mais de 0.5. 10. Endo-ectomorfo: a 3ª componente é dominante; a 1ª é maior que a 2ª. 11. Endomorfo-ectomorfo: a 1ª e a 3ª componentes são iguais ou não diferem mais de 0.5; a 2ª componente tem o valor mais baixo. 12. Ecto-endomorfo: a 1ª componente é dominante e a 3ª é maior do que a 1ª. 13. Central: nenhuma componente excede em mais de um ponto qualquer das outras; todas as componentes têm valores compreendidos entre 3 ou 4.

ANÁLISE DOS DADOS SOMATOTÍPICOS O somatótipo não é um número, mas uma série de três algarismos que representam pesos ou cotações atribuídas às componentes primárias (Sobral, 1985). Os somatótipos 5 2 1 e 5 5 4 (por exemplo): a informação dada pelo mesmo valor na 1ª componente não é a mesma nos dois casos. No entanto, por motivos práticos, considera-se por vezes o SOMATÓTIPO MÉDIO DE UMA AMOSTRA, isto é, o conjunto das médias das componentes dos somatótipos individuais.

Assim, tornam-se possíveis todas as estatísticas descritivas básicas nas três séries de valores tratados separadamente.

Este procedimento não é, contudo, satisfatório, pois estamos a "partir" componentes que pertencem a um todo. Esta razão levou diversos autores a investigar outras soluções que implicam, por exemplo, a transformação prévia dos dados somatotípicos.

TRANSFORMAÇÃO DOS DADOS SOMATOTÍPICOS O SDD  de Ross & Wilson (1973)

• Os somatótipos são projectados num sistema bidimensional. • SDD (somatotype dispersion distance ): distância no somatograma entre 2 somatótipos de coordenadas x1 y1 e x2 y2. Ver fórmulas 

SDD =

3 ( x1 - x2 )2 + ( y1 - y2 )2

Os valores SDD  são geralmente obtidos entre um somatótipo observado e o somatótipo médio: SDD =

3 ( x1 - x )2 + ( y1 - y )2

SDI  (somatotype dispersion index ): média dos valores SDD obtidos pela fórmula anterior SDI =

SDD / n

O SAD  de Duquet & Hebbelinck (1977) Os somatótipos tridimensional.

são

projectados num sistema

SAD (somatotype attitudinal distance ): distância no somatograma entre 2 somatótipos. Duquet & Hebbelinck criticam o SDI de Ross & Wilson. Segundo Duquet & Hebbelinck, o método Ross & Wilson é uma simplificação, pois o somatótipo, reproduzido no somatograma, é totalmente descrito por um ponto num espaço bidimensional, resultando em perda de informação. Isto vai contra a conceptualização de Sheldon segundo a qual o somatótipo é assimilado a um ponto no espaço tridimensional.

Transformação das três dimensões em 2 eixos (perda de informação)

Duquet & Hebbelinck sugerem então a fórmula: SAD =

( IA - IB )2 + ( IIA - IIb )2 + ( IIIA - IIIB )2

I, II e III são os valores das componentes de dois somatótipos observados, A e B. Os valores SAD  são geralmente obtidos entre um somatótipo observado e o somatótipo médio: SAD =

( IA - IS )2 + ( IIA - IIS )2 + ( IIIA - IIIS )2

I, II e III são os valores das componentes de um somatótipo observado, A. S (barra) é o somatótipo médio. SAM =

SAD / n

Exemplos de SAD  e SDD  calculados para cada um dos pares de somatótipos: Caso A: 1 6 2 - 1 6 3 SAD = 1.00;

SDD = 2.00

1 6 2 - 2 7 2 SAD = 1.41;

SDD = 2.00

Comparando o somatótipo 1 6 2 com os somatótipos 1 6 3 e 2 7 2, o SDD  é 2.00, estando eles equidistantes num somatograma bidimensional. O SAD , contudo, é diferente (1.00 e 1.41, respectivamente), o que reflecte a distância adicional relativa à profundidade na projecção de um ponto tridimensional (i.e. para além da superfície da página).

Caso B: 2 4 2 - 4 5 2 SAD = 2.24;

SDD = 3.46

3 5 3 - 4 5 2 SAD = 1.41;

SDD = 3.46

Os somatótipos 2 4 2 e 3 5 3, possuindo as mesmas coordenadas x e y, estão projectados no mesmo ponto do somatograma, mas diferem em profundidade. Assim, apesar de os SDD s do somatótipo 4 5 2 serem os mesmos (3.46), os SAD s diferem, mostrando uma maior distância do 2 4 2 do que do 3 5 3.

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