76901372 Pregacao Pura e Simples Stuart Olyott
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Suar Olyot
Editora Fiel
PEGAÇÃO PUR E SIMPLES ©2005 by Suar Olyot. íulo do Original: Preach Original: Preaching ing Pure and and Simple •
raduzido e impresso com permissão de Brynirion Press - País de Gales - eino Unido. Copyrigh © 2008 Ediora Fiel Primeira Edição em Poruguês - Fevereiro de 2008 •
odos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Fiel da Missão Evangélica Evangélica Literária Literária P������� � ���������� ����� ����� ��� ��������� �����, ��� � ��������� ������� ��� ��������, ����� �� ������ ��������, ��� ��������� �� �����.
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Editora Fiel Av. Cidade Jardim, Av. Jardim, 3978 Bosque dos Eucalipos São José dos Campos-SP PABX.: (12) 3936-2529
www.editor www. editorafiel.c afiel.com.br om.br
Edior: Pr. icardo Denham Coordenação Ediorial: iago Sanos radução: Pr. Wellingon Ferreira evisão: Laura Macal e Marilene Paschoal Capa e diagramação: Edvânio Silva Direção de are: ick Denham ISBN: 978-85-99145-40-1
Este livro é dedicado à memória de Hugh David Morgan (1928-1992), que já foi descrito como “o pastor mais amado do País de Gales”
Índice
Introdução ................................................................................................9 Parte 1
O que é Pregação?...................................................................................13 Parte 2 O que Torna a Pregação Excelente?
1 2 3 4 5 6 7
Exaidão Exegéica ................................................................29 Coneúdo Dourinário .........................................................49 Esruura Clara .......................................................................67 Ilusrações Vívidas .................................................................83 Aplicação Penerane ......................................................... 101 Pregação Eficiene .............................................................. 115 Auoridade Sobrenaural................................................... 131
Parte 3
Sugesão de um Méodo de Preparação de Sermões .................. 149
Introdução
J
ohn esá em seus vine anos de idade e Jack em quase cinqüena, mas se ornaram bons amigos. Eles não se conheciam, aé se enconrarem em uma série de seminários mensais sobre pregação, em uma cidade vizinha. Essas reuniões mensais lhes proporcionaram não somene uma nova amizade, como ambém mudaram as suas vidas para sempre. Anes de assisir aos seminários, John nunca havia pregado. Ele pensara no assuno por muio empo, mas nunca soubera como começar. Mas, o que é realmene pregar? Qual a diferença enre um sermão e uma palesra? Por que algumas pregações são poderosas e caivanes, enquano ouras são enfadonhas e monóonas? Quais os elemenos essenciais de um bom sermão? Os seminários responderam as pergunas de John e o colocaram no rumo cero. Hoje, ele prega com regularidade e seu minisério realiza uma boa obra espiriual. A hisória de Jack é muio diferene. Anes de assisir aos seminários, ele esivera envolvido na pregação por mais de vine anos. Apesar disso, senia que precisava melhorá-la. Havia lido alguns livros sobre o assuno e buscara o conselho de algumas pessoas. Por que os seus sermões pareciam não alimenar ninguém? Por que as pessoas se desligavam menalmene, quando ele ainda esava nos minuos iniciais de seu sermão? E, o que é mais imporane, por que Jack conhecia ão poucas pessoas ransformadas por seus sermões? Os seminários rouxeram-lhe alívio inenso, colocando udo em ordem ao fazerem-no livrar-se de coisas desnecessárias, preservando as essenciais. Agora, muias pessoas agradecem ao Senhor pela poderosa pregação de Jack.
Pregação Pura e Simples
Os seminários foram bem modesos. Cada um deles consisia em uma palesra inroduória que não apresenava nenhuma novidade e devia muio ao discernimeno de ouros. Enão, era seguido por pergunas e meia hora de discussão orienada. Mas, os Johns e os Jacks que freqüenaram aquelas reuniões se referem a elas com freqüência e usam o maerial dos seminários para avaliarem não somene a si mesmos, mas ambém uns aos ouros. Eles pediram que a essência do que aprenderam fosse colocada na forma de um livro. Eis o livro. Suar Olyot Movimeno Evangélico do País de Gales Brynirion, Bridgend Novembro de 2004
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Parte 1 O que é Pregação?
O que é Pregação?
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e alguém gasasse uma semana lendo oda a Bíblia e, na semana seguine, se familiarizasse com os principais aconecimenos da hisória da igreja, o que observaria? Que a obra de Deus no mundo e a pregação esão inimamene ligadas. Onde Deus age, ali a pregação floresce. Em odos os lugares em que a pregação é menosprezada ou esá ausene, ali a causa de Deus passa por um empo de improduividade. O reino de Deus e a pregação são irmãos siameses que não podem ser separados. Junos, eles permanecem de pé ou caem. O que iso significa para nós? Significa que, se emos um desejo sério de ver Deus sendo adorado mais do que Ele realmene o é, precisamos nos ineressar ardenemene pelo assuno da pregação. Iso será verdade, quer sejamos pregadores, quer não. Se pregamos, desejaremos fazê-lo melhor. Se não pregamos, desejaremos fazer udo o que pudermos para ajudar e encorajar aqueles que pregam. Enão, o que é pregação? Ficamos admirados ao observar quão poucas pessoas são capazes de apresenar uma resposa exaa a esa perguna. Iso é verdade aé enre aqueles que pregam durane muios anos! O problema é que muias pessoas êm formulado sua idéia de pregação a parir do que ouvem e lêem, e não a parir de um esudo aencioso das Escriuras. Quatro palavras do Novo Testamento que significam pregar
O Novo esameno descreve a pregação usando mais de sessena ma-
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neiras diferenes, porém reserva um lugar especial para quaro palavras.1 Ao escrever sobre elas, usarei a sua forma verbal, mas erei em mene ouras palavras da mesma família. Por exemplo, quando uso kerusso (“pregar”), ambém enho em mene kerygma (“a mensagem pregada”) e keryx (“um arauo”). Porano, consideremos esas quaro palavras e vejamos de que forma elas nos ajudam a compreender o que é pregação. alvez alguns de nós devamos nos preparar para uma surpresa! (1) kerusso
Nenhuma oura palavra que significa pregar é mais imporane do que esa. Ela sempre nos ocorre quando falamos sobre pregação. É usada mais de sessena vezes no Novo esameno. Significa “declarar, como o faz um arauo”. efere-se à mensagem de um rei. Quando um soberano inha uma mensagem para seus súdios, ele a enregava aos arauos. Eses a ransmiiam às pessoas sem mudá-la ou corrigi-la. Simplesmene ransmiiam a mensagem que lhes havia sido enregue. Os ouvines sabiam que esavam recebendo uma proclamação oficial. O Novo esameno usa ese verbo para enfaizar que o pregador não deve anunciar sua própria mensagem. Ele fala como pora-voz de Ourem. A ênfase desa palavra esá na transmissão exaa da mensagem. O pregador não fala com sua própria auoridade. Ele oi enviado e fala com a auoridade dAquele que o enviou. Palavras da família de kerusso são usadas para descrever a pregação de Jonas (M 12.41), de João Baisa (M 3.1), de nosso Senhor Jesus Criso (“proclamar” e “apregoar” � Lc 4.18b-19) e de seus apósolos (“pregador” � 1 m 2.7; 2 m 1.11). (2) euangelizo
Esa é a palavra da qual obivemos a nossa palavra “evangelizar”. O ver bo grego significa “razer boas noícias” ou “anunciar boas-novas”. Em Lucas 2.10, onde lemos que o anjo disse: “Eis aqui vos trago boa-nova...”, ele usou ese verbo. Mas é imporane observar que kerusso e euangelizo não significam algo oalmene diferene. Muias pessoas abraçaram a idéia de que esses verbos falam sobre duas aividades separadas. Apegaram-se a esa idéia •
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sem esudar as Escriuras, para saber o que elas dizem a respeio do assuno. Assim, desenvolveram ponos de visa errados quano à pregação. Precisamos considerar com aenção Lucas 4.18-19. Eses versículos descrevem nosso Senhor falando na sinagoga de Nazaré, a cidade da Galiléia na qual Ele fora criado. Nosso Senhor começou a sua mensagem lendo o profea Isaías. Ele escolheu uma passagem que, cenenas de anos anes, predissera o seu minisério. Não há dúvida de que sua leiura ocorreu em língua hebraica, mas Lucas narrou o aconecimeno usando a língua grega. No versículo 18a, “evangelizar” é uma forma do verbo euangelizo, enquano nos versículos 18b e 19, “proclamar e anunciar” são formas do verbo kerusso. Nosso Senhor usou ambos os verbos para descrever seu minisério. Ao fazer um, Ele fazia ambém o ouro. “Proclamar” é “evangelizar”, que, por sua vez, é “proclamar”! “Evangelizar” pode aé ser usado em referência a algo que fazemos aos crenes! Iso pode ser viso, por exemplo, em omanos 1.15. Depois de saudar os seus leiores, que eram crenes, no versículo 7, e de apresenar as informações dos versículos 8-14, Paulo coninuou: “Quano esá em mim, esou prono a anunciar o evangelho ambém a vós ouros que esais em oma”. A expressão “anunciar o evangelho” é uma radução do verbo euan gelizo. Paulo iria a oma para evangelizar aqueles que já eram converidos! É empo de pensarmos novamene a respeio de como usamos nossas várias palavras que expressam a idéia de pregar. 3) martureo
Ese verbo significa “dar esemunho dos faos”. Hoje, porém, quando os crenes falam sobre testemunhar, o que eles geralmene querem dizer? Com freqüência, usam esa palavra a fim de descrever aqueles momenos em que conam aos ouros sua experiência pessoal com o Senhor. Na Bíblia, martureo não é usado dessa maneira, em nenhuma ocasião. Muio freqüenemene, esse verbo é usado ao dar esemunho no ribunal. Em ouras ocasiões, martureo é usado com o senido de invocar a Deus (ou mesmo pedras) para esemunhar algo. Esse verbo se refere compleamene à objeividade, e não à subjeividade; refere-se a conar às pessoas faos e aconecimenos, e não •
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os meus senimenos ou o que aconeceu a mim. Quem já omou empo para esudar a Sepuagina (a aniga radução grega do Anigo esameno) sabe que as afirmações do parágrafo anerior são verdadeiras. Um esudo do Novo esameno nos leva rapidamene à mesma conclusão. No relao de João, João, quando a mulher samariana samari ana usou martureo (“anunciara” � Jo 4.39), ela se referiu ao coneúdo de uma conversa. Em 1 João 1.2, quando o apósolo empregou martureo (“damos esemunho”), ele falava do que vira e ouvira. Em Aos 26.5, quando Paulo usou martureo (“esemunhar”), ele o fez porque esava apelando a um esemunho diane de uma core. Mas, ao esudarmos esa palavra, exise uma passagem que é sobremodo relevane. A passagem é Lucas 24.44-48. Neses versículos, nosso Senhor ressusciado esá dizendo aos discípulos o que deveriam fazer. fazer. Deveriam sair por odo o mundo pregando (kerusso) o arrependimeno e a remissão dos pecados (v. 47 � “pregasse”) e sendo testemunhas (uma palavra da família de martureo) dos grandes faos do evangelho, que eles mesmos presenciaram presenc iaram (v. 48). Aqueles que proclamam dão esemunho; e aqueles que dão esemunho proclamam. E, se olhássemos Maeus 28.20, perceberíamos que os recepores da Grande Comissão ambém deveriam ensinar ( didasko). A que conclusão chegamos? chegamos? Aprendemos que kerusso não é algo separado de euangelizo. ambém aprendemos que kerusso não é algo separado de martureo. E agora emos aprendido que kerusso e martureo não são aividades divorciadas de didasko � nossa quara grande palavra � à qual nos volveremos volver emos em seguida. Por favor, observe: não esou dizendo que esas palavras são inercam biáveis. Esou mosrando que, ao fazermos algumas desas coisas, fazemos ambém as ouras � viso v iso que pregar inclui todas elas! Ese é um argumeno que não podemos enfaizar demais. Adiane, ressalaremos novamene ese argumeno. Por enquano, devemos considerar nossa quara palavra. 4) didasko
Esa palavra significa “pronunciar em ermos concreos o que a mensagem significa em referência ao viver”. É um erro grave separar kerygma (uma •
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palavra da família de kerusso) de didache (uma palavra da família de disdasko). Não são apenas os eólogos erudios que êm procurado fazer isso, pois há inúmeros crenes, em nossas igrejas, que fazem uma clara disinção enre uma “mensagem evangelísica” e uma “mensagem dourinária”. Logo falaremos um pouco mais sobre isso. “Pronunciar em ermos concreos o que a mensagem significa em referência ao viver” não deve ser um mero acréscimo à nossa pregação; deve ser uma pare da mensagem que proclamamos. Iso pode ser comprovado ao lermos Aos dos Apósolos. Em Aos 5.42, lemos que os apósolos não cessavam “de ensinar e de pregar” (didasko e euangelizo) a Jesus, o Criso. Em Aos 15.35, lemos que Paulo e Barnabé demoraram-se em Anioquia, “ensinando e pregando” (didasko e euangelizo), a palavra do Senhor. Em Aos 28.31, lemos que Paulo usou sua casa em oma para prega p regarr e ensinar (kerusso e didasko). Precisamos ser sensíveis ao vocabulário do rela relaoo inspirado.. Quando alguém faz o que significa um desses verbos, essa pessoa esá rado fazendo, ao mesmo empo, o que significa algum ouro deles! Precisamos dizer mais do que isso. Se compararmos Aos 19.13 com Aos 19.8, veremos veremos que Paulo Paulo,, ao pregar (kerusso) em Éfeso, ambém “falava ousadamene, disserando e persuadindo”. Desa maneira, Lucas nos mosra que, quando alguém prega (kerusso), esá fazendo muio mais do que os ouros rês verbos expressam. Seguir esa linha de pensameno nos levaria a um esudo que vai além do escopo dese livro. Mas, anes anes de deixarmos dei xarmos Aos dos Apósolos, devemos observar obser var Aos 20.24-25. Nesa passagem, Paulo Paulo explicou aos presbíeros de Éfeso que dar esemunho solene do evangelho (“esemunhar” (“es emunhar” � uma palavra da família famí lia de martureo) foi algo que ocorreu enquano ele eseve “pregando” ( kerusso). O que isto significa para nós
Esamos em perigo de dar muia aenção aos dealhes e não enender o que é realmene imporane. Que argumeno esamos, de fao, procurando esabelecer? É ese: quando alguém prega, não impora o lugar em que eseja ou para quem esá falando, esá fazendo odas as quaro coisas que menciona•
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mos. No Novo esameno, esameno, não emos uma palavra que signifique sig nifique pregar para o perdido e oura que signifique pregar para o salvo. Simplesmene não enconramos mensagens conhecidas como “mensagens dourinárias”, enquano ouras são conhecidas como “mensagens evangelísicas”. Alguns leiores podem achar iso desagradável, mas não podemos alerar o que a Bíblia diz. A pregação, oda a pregação, envolve fazer quaro coisas de uma vez. Se pudermos enender isso, muias passagens das Escriuras nos aingirão de maneira diferene. Um bom exemplo é 2 imóeo 4.1-5. Neses versículos, Pa Paulo ulo escreve escreveuu suas palavras finais a alguém que, mesmo sendo jovem, já era um imporane líder crisão. Paulo o insrui solenemene a pregar “a Palavra”! Nesse pono, ele usou o verbo kerusso. Mas, por que imóeo devia fazer isso? Por que viria o empo em que as pessoas não suporariam a sã “dourina” (uma palavra da família de didasko) e se cercariam de “mesres” (oura palavra da família de didasko). É óbvio que Paulo esava dizendo a imóeo que pregar (kerusso) é a maneira de ensinar ( didasko) a igreja e proegê-la do erro. Mas isso não é udo. Paulo exorou imóeo a fazer o rabalho de um “evangelisa” (uma palavra da família famíl ia de euangelizo). É claro que Paulo Paulo queria dizer que, à medida que imóeo pregasse (kerusso) e, conseqüenemene, ensinasse [didasko], deveria assegurar-se de que o verdadeiro evangelho (euangelizo) fosse manido em primeiro plano. Assim, em um único parágrafo, vemos que rês de nossas quaro palavras foram usadas para descrever a arefa de imóeo. Se ele era um verdadeiro pregador, não faria apenas uma dessas coisas e sim odas elas. Onde quer que enconr enconremos emos a verdadeira pregação, várias coisas aconecem ao mesmo empo. Se não levarmos isso em cona, jamais seremos verdadeiros pregadores. emos de nos livrar da idéia de que exisem dois ipos de pregação: uma que é adequada ao não-converido e oura que é conveniene para o converido. De agora em diane, emos de rejeiar o pensameno de que pregar para o perdido e pregar para o salvo são dois fenômenos disinos. Não devemos esabelecer uma divisão enre um ipo e ouro de pregação. oda pregação é uma proclamação da salvação (no pleno senido desse ermo) a homens e mulheres, rapazes e moças. É verdade que a audiência pode ser consiuída de pessoas •
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muio diferenes. É verdade que os não-converidos e os converidos não êm as mesmas necessidades. Porano, é verdade que a maneira como a Bíblia é aplicada pode variar consideravelmene. Mas não é verdade que a pregação minisrada aos não-converidos possui uma naureza diferene da pregação apresenada aos converidos. A idéia de que há dois ipos disinos de pregação (e de que algumas pessoas são boas para um ipo de pregação; e ouras pessoas são boas para ouro ipo de pregação) esá impedindo as pessoas de odos os lugares a enenderem o que é a verdadeira pregação. Resposta à nossa pergunta
Enão, o que é pregação? A pregação, oda a pregação, é consiuída de quaro coisas: 1. É proclamar a mensagem dada pelo ei ( kerusso). Iso nos fala sobre a onte da mensagem e a autoridade que a acompanha. 2. É anunciar boas-novas (euangelizo). Iso nos fala sobre a qualidade da mensagem e o espírito com que ela é apresenada. 3. É dar esemunho dos faos (martureo). Iso nos fala sobre a natureza da mensagem e a base na qual ela esá consruída. 4. É um esclarecimeno das implicações da mensagem (didasko). Iso nos fala sobre o alvo da mensagem (a consciência do ouvine) e a medida do seu sucesso (ela muda a vida de alguém?). Enquano não esivermos esclarecidos quano a ese assuno, nunca eremos pregado realmene, de modo algum. Porano, a fim de ornar as coisas ão claras quano possível, você virá comigo a uma igreja local? Ela não possui muios membros, e, conforme pensamos, odos eles são verdadeiros crenes. Quando subo ao púlpio a fim de pregar para eles, o que faço? Primeiramene, oda a minha mensagem é obida nas Escriuras. Não a inveno. Descobrirei o que o ei afirma em sua Palavra e mosrarei isso aos membros da igreja. Iso é kerusso. alvez eu enha de falar ousadamene sobre o pecado deles. Esas serão más noícias. Mas não os deixarei confusos, em desespero. Eu lhes •
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mosrarei como a passagem os leva a Criso, dizendo-lhes como Ele é, e o que fez em benefício dos pecadores. Isso afeará o modo como udo é anunciado. Anes de erminar o culo, eles erão ouvido as boas-novas da graça de Deus. Iso é euangelizo. Minha mensagem lhes falará sobre a daa e os empos do livro bíblico que esamos considerando; eu lhes darei abundância de informações facuais, quer sejam aconecimenos, geografia, culura ou ouras coisas. E o melhor de udo: eles ouvirão novamene os grandes faos da encarnação, da vida, more, ressurreição e ascensão do Senhor Jesus Criso. Não os deixarei aeando em um mundo absrao. Iso é martureo. Falarei direamene à consciência deles. Mosrarei o que a passagem significa, mas não pararei ali. Eu lhes mosrarei o que a passagem significa para eles. E saberão de que maneira a passagem exige uma mudança em sua vida. Em nome de Criso, insisirei no arrependimeno. Apresenarei insruções práicas fundamenadas na Bíblia. Por úlimo, lhes recordarei como eles presarão conas a Deus mesmo. Iso é didasko. Ao final, terei pregado porque fiz as quaro coisas que a Palavra de Deus exige de mim. E volarei para casa. Conudo, no caminho de vola, enconrarei alguns adolescenes nas ruas. E, viso que vocês esão comigo, pararemos para conversar com eles. Vocês e eu sabemos que emos de suporar alguns momenos de insensibilidade. ambém sabemos que evenualmene eles concordarão em ouvir o que emos a dizer-lhes. Enão, onde começaremos? Não invenarei o que devo dizer-lhes. alvez não possamos abrir nossa Bíblia diane deles, mas udo que dissermos virá do Livro. ransmiiremos, ão fielmene quano possível, o que o ei em a dizer a jovens como esses. Iso é kerusso. É claro que nos concenraremos nas grandes verdades do evangelho. Nós lhes falaremos a respeio de Deus, de suas exigências, do seu Filho, da necessidade de que se arrependam e creiam. Falaremos sobre a ira de Deus. E, com alegria, lhes proclamaremos o amor de Deus e o que Ele fez na cruz. Amaremos esses jovens enquano conversarmos com eles. E odos eles sa berão que a nossa mensagem é boas-novas. Iso é euangelizo. Não seremos desviados de nossa arefa. Conaremos a eles os faos so•
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bre a exisência de Deus, o pecado deles, a vinda de Criso, a sua expiação e a sua ressurreição, o fim do mundo e o que Deus promee àqueles que se converem a Ele. Iso é martureo. Incuiremos nossa mensagem com oda a energia que pudermos. Explicaremos que eles se perderão eernamene, se permanecerem como são. Nós lhes ordenaremos, exoraremos, convidaremos e apelaremos a que se arrependam de seus pecados e converam-se a Criso. Diremos a eles que não há nada mais imporane do que isso. Insisiremos que precisam se arrepender e volar-se para Criso agora. Iso é didasko. Assim, ano na igreja como nas ruas, eremos feio as mesmas quaro coisas � kerusso, euangelizo, martureo, didasko. Daremos apenas um sermão, mas eremos pregado duas vezes! Passaremos por duas siuações bem diferenes: uma na igreja, oura na rua. Falaremos a pessoas que são muio diferenes umas das ouras, mas cujas necessidades profundas são as mesmas. Faremos aplicações diferenes. Experimenaremos resulados diferenes. Mas não eremos feio duas coisas diferenes. Apesar das diferenças enormes, no que concerne às siuações, em ambas teremos pregado! Algumas das características-chave da pregação do Novo Testamento
Porano, já ficou claro o que significa a pregação. Agora, sabemos o suficiene sobre ela para descobrirmos se esamos realmene pregando ou não. ambém já sabemos a respeio do espírio em que ela deve ser realizada. Mas seria errado erminar um capíulo inroduório como ese, sem obser varmos que o Novo esameno enfaiza rês caracerísicas pariculares da verdadeira pregação. 1) Compulsão
A primeira é compulsão. Exise algo no ínimo do pregador que o impulsiona à sua obra. Ele possui um consrangimeno inerior que é maior do que ele mesmo. Em seu coração, há um fogo que se recusa a exinguir-se. Ele não pode deixar de pregar. Ele tem de pregar. E clama: “Ai de mim, se não •
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pregar o evangelho!” (1 Co 9.16). Quando ordenado a parar, o pregador declara como os apósolos: “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (A 4.20). Ele em um senso de vocação que não enconra dificuldade para enender o que significavam as palavras de seu Senhor, quando disse: “Vamos a ouros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue ambém ali, pois para isso é que eu vim” (Mc 1.38). Onde não exise essa coerção inerior, ambém não exise um verdadeiro pregador. Na Bíblia, o homem que proclama, anuncia, dá esemunho dos faos e deseja aingir a consciência é um homem impulsionado. Nos recessos de sua alma, Deus o conquisou, e esse homem vive cada hora com a consciência de que foi enviado. A experiência é ão profunda que ele não enconra palavras para descrevê-la. O melhor que ele pode fazer é conversar a respeio do seu “chamado”, embora nunca enha escuado uma voz ou recebido uma visão. Em circunsâncias normais, o “chamado” do pregador é reconhecido, de um modo ou de ouro, pela igreja de Jesus Criso. Ese reconhecimeno é designado, freqüenemene, de “chamado exerior”. Seria anormal um homem coninuar pregando sem esse chamado. odavia, muias vezes, as igrejas evangélicas possuem ão pouco discernimeno e mauridade; são ão mundanas e dominadas pelo pecado, que são incapazes de reconhecer um homem enviado dos céus. O homem que é verdadeiramene chamado não desisirá por causa disso. O fogo dado por Deus arderá ão inensamene como sempre ardeu. A energia inerior impelirá esse homem. Ele pregará, pregará e pregará de novo, porque a compulsão de seu ínimo é invencível e o deixará sem opções. 2) Clareza
A segunda caracerísica-chave é clareza. E em de ser! Os arauos sempre falam na linguagem das pessoas que os ouvem. A boa-nova apresenada com palavras e frases difíceis não é boa-nova. Se os faos são mosrados sem clareza parecerão ficção. E como alguma coisa pode ser incuida na consciência, se não pode ser enendida? Os verdadeiros pregadores são pregadores de linguagem clara. Declaram a palavra do ei; por isso, não araem a aenção para si mesmos. Não •
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permiem que nada obscureça a mensagem da cruz. Anseiam que cada ouvine grave os faos e não seja disraído pela maneira como eses são apresenados. Mosram-se resoluos a fazer com que ninguém enha dúvidas quano ao que se espera deles em seguida. O apósolo Paulo falou por odos os verdadeiros pregadores da Palavra, quando descreveu a sua pregação como uma proclamação franca da verdade (2 Co 4.2). Ele decidiu “pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Criso” (1 Co 1.17). Eis uma descrição de seu minisério: Eu, irmãos, quando ui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este cruci ficado. E oi em faqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em lin guagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa é não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. (1 Co 2.1-5.) 3) Cristocêntrica
A erceira caracerísica-chave é a cenralidade de Criso. E em de ser. Iso é verdade, porque os pregadores são arauos da Escriura. E oda a Escriura fala sobre a pessoa de Criso. Implícia ou expliciamene, direa ou indireamene, cada pare da Bíblia nos revela Criso. Em oda a Escriura, não há qualquer passagem que seja uma exceção. O Espírio de Criso moveu odos os auores do Anigo esameno a escreverem os seus livros (1 Pe 1.10-12). O próprio Senhor Jesus esclareceu o Anigo esameno para os seus discípulos e lhes explicou que Ele esava conido em cada pare das Escriuras (Lc 24.25-27, 44-48). Jesus é o grande assuno dos quaro evangelhos, de Aos dos Apósolos, de odas as epísolas e do Apocalipse. Enão, o que diremos a respeio de um pregador que abre a sua Bíblia e não prega a Criso com base na passagem que em diane de si? Esse pregador não enendeu o Livro; e, se não o enendeu, não deveria esar pregando! •
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O Senhor Jesus Criso é o coneúdo e o cenro de udo o que Deus re velou em sua Palavra. Jesus é o foco da hisória bíblica. É o âmago de odos os escriores sagrados, desvendando-se a Si mesmo à mene deles e guiando os seus escrios. Ele se revela nas páginas das Escriuras a cada pessoa que comissionou, pessoalmene, ao minisério da pregação. Onde Criso não é pregado, ali não exise pregação. Por que este livro possui esta estrutura
Com odas esas coisas em mene, esamos em condições de enender por que ese livro possui esa esruura. Agora, sabemos o que significa a pregação. emos viso rês das suas caracerísicas-chave. Enão, como pregar com deerminação? Como podemos er cereza de que esamos pregando correamene? Não é difícil responder a esas pergunas. econhecendo que somos arauos do ei e que em seu Livro esá escrio udo que Ele em a dizer-nos, não pode haver nada mais imporane do que ober o seu significado correo. E não obemos ese significado, se não vemos a Criso nas páginas das Escriuras. Pregar requer exatidão exegética. A Bíblia é um livro compleo. Nada lhe pode ser acrescenado. Se iso é verdade, podemos esudá-la e desenvolver o que ela ensina a respeio de um assuno específico. Ao esudá-la, descobrimos que ela ensina um sisema compleo de dourina, que revelo em qualquer passagem sobre a qual eu prego. Por isso, enho de mosrar às pessoas que sisema é esse. Pregar exige conteúdo doutrinário. Mas, não aprendemos que a clareza é uma das caracerísicas-chave da pregação bíblica? Podemos dizer que uma mensagem é clara, se emos dificuldade em acompanhá-la e não podemos recordá-la? Pregar exige clareza na estrutura. E, por essa mesma razão, requer ilustrações vívidas. Não devemos esquecer que a Palavra do ei, as boas-novas, enreecida nos faos, em de aingir a consciência (didasko). Ela insise que odo ouvine corrija o seu viver. Pregar requer aplicação penetrante. Aconeça o que aconecer, a mensagem divina em de alcançar seu alvo. •
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O que é Pregação?
Não devemos permiir que nada lhe obsrua o seu objeivo. A maneira como um pregador fala e se movimena pode ser uma ajuda ou um obsáculo. Pregar exige uma pregação eficiente. Por causa do fogo inerior que se recusa a apagar-se, o pregador se en volverá emocionalmene com os seus ouvines. O pregador falará a palavra do ei em nome dEle, mas não desejará fazer isso sem experimenar a presença e a bênção do ei. Na verdadeira pregação, há uma dimensão que não ousamos desprezar. Pregar requer autoridade sobrenatural. Eses são os elemenos que consiuem a verdadeira pregação. Não basa er a maioria deles; precisamos de odos eles. ambém precisamos de um méodo de preparar sermões que, enquano possível, nos proporcione eses elemenos. Por isso, nosso livro ermina com uma sugesão de um méodo de preparação de sermões.
Noas: 1 Minha aenção foi araída, pela primeira vez, a esas quaro palavras pela leiura do clássico Preaching and Biblical Teology (Pregação e eologia Bíblica), escrio por Edmund P. Clowney (London, Te yndale Press, 1962), p. 54-59. •
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Parte 2 O que Torna a Pregação Excelente?
1 Exatidão Exegética
N
ossa arefa é clara: emos de usar os lábios para explicar e proclamar a Palavra de Deus, aplicando-a à consciência e vida das pessoas que nos ouvem. Mas, onde enconramos a Palavra de Deus? udo o que Deus em a dizer aos homens e mulheres foi escrio nas palavras e senenças que consiuem a Bíblia. Essas palavras e senenças possuem um significado inencional. Porano, nada � nada mesmo � pode ser mais imporane do que conhecer o significado correo. O esudo que revela o significado inencional das palavras e senenças da Bíblia chama-se exegese. Não haverá um pregador verdadeiro, se udo o que ese disser não esiver fundamenado em exatidão exegética. Pecamos quando pregamos aquilo que achamos que as Escriuras afirmam, e não pregamos o seu verdadeiro significado. ambém pecamos quando pregamos os pensamenos que a Palavra despera em nosso ineleco e não aquilo que a Palavra realmene declara. Um arauo é um raidor, se não ransmie exatamente o que o ei diz. Quem ousará colocar-se diane de uma congregação e proclamar: “Assim diz o Senhor”, afirmando em seguida, no nome do Senhor, aquilo que Ele não disse? Precisamos enfaizar novamene: na pregação, não exise nada � nada mesmo � que seja mais imporane do que a exaidão exegéica. Quando a “exegese” não é exegese
Não devemos pensar que odos os pregadores que gasam muias ho-
Pregação Pura e Simples
ras esudando a Bíblia são bons exegeas. Oração, empo e esforço precisam ser unidos a princípios correos de inerpreação. Muias pessoas sinceras enendem a Bíblia de modo oalmene errado. Eles se manifesam e levam seus ouvines ao erro. Iso não pode aconecer. 1 1) Superstição
Por exemplo, algumas pessoas esudam a Bíblia de maneira supersticiosa. Em vez de focalizarem o senido claro das palavras e senenças das Escriuras, esão sempre procurando significados oculos. O que esá escrio com clareza na Bíblia não comove ais pessoas; porém, se enconrarem algo que as pessoas comuns não podem ver, ficam foremene impressionadas! Para elas, ese é o significado “espiriual” das Escriuras, e o consideram mais imporane do que o seu significado evidene. Enre os que esudam as Escriuras desa maneira, enconram-se aqueles que ribuam grande aenção ao valor numérico das leras do hebraico. Quase odo o Anigo esameno foi escrio em hebraico. Cada lera do alfa beo hebraico serve não apenas como lera, mas ambém como número. Se você quiser, pode somar os números represenados pelas leras de uma pala vra, dando a esa um valor numérico. Pode fazer o mesmo com as senenças. Pode aé enconrar ouras leras e senenças com o mesmo valor numérico. Com odos esses números ane os seus olhos e um pouco de imaginação, pode chegar a odo ipo de conclusão. Considere o que você poderá dizer às pessoas depois de um esudo de odas as palavras e senenças que êm valor numérico igual a 666! Ouras pessoas não chegam a esse pono, mas são conroladas por essa menalidade. Se não se mosram ineressadas em leras hebraicas, podem ser fascinadas pelo significados dos nomes dos lugares na Bíblia, sobre os quais fundamenam grande pare de seu ensino. Para eses, o imporane é o significado que as pessoas comuns não podem ver. “Afinal de conas”, eles argumenam, “1 Corínios 2.14 não ensina que as coisas espiriuais são discernidas espiriualmene?” O fao de que eles usam ese versículo nos mosra como eles são péssimos exegeas! No versículo, Paulo esava falando sobre pessoas não•
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converidas. Esava ensinando que ais pessoas não aceiam as coisas espiriuais, nem se imporam com elas. Pensam que essas coisas são loucura e irrelevanes. Esa é a razão por que não êm qualquer senso espiriual. Para que venha a apreciar as coisas espiriuais, uma pessoa em de experimenar uma mudança de naureza e receber um novo coração. A Bíblia não ensina que sua mensagem pode ser enendida somene por uma elie espiriual. E, com cereza, ambém não afirma que seu verdadeiro significado é al que a maioria das pessoas não pode descobri-lo! Os verdadeiros pregadores da Palavra rejeiam oda exegese supersiciosa. 2) Alegoria
Algumas pessoas esudam a Bíblia alegoricamente. A maneira de pensar deles possui ceras semelhanças com o que acabamos de descrever, mas não é idênica. Elas esão verdadeiramene ineressadas no senido gramaical da Palavra de Deus, mas crêem que, em adição a ese senido, algo mais precisa ser descobero. Pessoas êm esudado a Bíblia de maneira alegórica desde os primeiros séculos da igreja crisã. Para enendermos como elas analisam as Escriuras, devemos alvez pensar no famoso livro O Peregrino, de John Bunyan. Nese livro, enconramos diversos personagens que passam por avenuras exraordinárias. Os personagens e as avenuras são imporanes, porque sem eles o livro não exisiria. Mas o que realmene impora não são os dealhes da hisória, e sim o que John Bunyan esá ransmiindo, enquano cona a hisória. Ele em verdades a ensinar e lições que precisamos aprender. Esas são as coisas imporanes, e não os personagens e as avenuras usadas para ransmii-las. Os que esudam a Bíblia de maneira alegórica lêem-na de modo semelhane. O significado claro das palavras e senenças é imporane, mas não é ão imporane quano as verdades e lições que esão por rás desse significado. A Bíblia esá replea de significados, e o significado evidene esá enre os menos valiosos. Esse ipo de inerpreação leva a fanasias ilimiadas e às mais grosseiras inerpreações. O Anigo esameno, em paricular, significa aquilo que •
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o pregador deseja que signifique. Esse ipo de “exegese” aniquila o esudo sério e recompensa a ingenuidade. Pregar orna-se apenas uma demonsração dos poderes invenivos do pregador, enquano o rabalho árduo exigido pela exegese séria desaparece de cena. Cera vez, ouvi um sermão baseado em Gênesis 24. Fiquei assenado em meu banco por 75 minuos, senindo-me oalmene encanado, enquano o pregador conava a hisória de como Abraão mandara seu servo de confiança à Mesopoâmia, a fim de enconrar uma esposa para Isaque, seu filho. O propósio da mensagem era mosrar como Deus Pai raz uma noiva para seu Filho. No sermão, Abraão foi igualado a Deus Pai; Isaque, a Deus Filho; o servo de confiança, ao Espírio Sano; ebeca, à igreja; e os camelos, às promessas divinas que levam a igreja, guiada pelo Espírio, em segurança ao céu! Já passaram-se quarena anos desde que ouvi esse sermão. Ainda posso recordar quase odas as palavras. Foi pregado por um homem a quem eu devo mais do que posso expressar. Ele já esá no céu há alguns anos, e não preendo manchar sua memória, de maneira alguma. odavia, o seu sermão eria sido oalmene correo, se ele ivesse apenas usado Gênesis 24 como ilusração da dourina que esava ensinando. Mas não o fez. Ele deu a impressão de que Gênesis 24 foi escrio com a intenção de ensinar como Deus raz uma noiva para seu Filho. Conudo, esse não é, de modo algum, o significado encionado pela passagem. Assim, infelizmene, preciso dizer: um sermão que me deixou fascinado era um péssimo sermão. A verdadeira pregação exige que descubramos o significado proposital da passagem que esamos abordando. Não há lugar para o alegorismo, a menos que digamos às pessoas que o esamos fazendo para ilusrar nosso argumeno � e em de ser um argumeno já esabelecido pela exegese correa. Não é proveioso apelarmos à passagem como Gálaas 4.21-31 para argumenarmos que às vezes a alegoria é permiida. Algumas pessoas am bém mencionam 1 Corínios 10.1-3 e Hebreus 7.1-3, para apoiar ese pono de visa. Se considerarmos com aenção esas passagens, perceberemos que não são realmene alegorias, embora pareçam à primeira visa. São exemplos de como o Anigo esameno pode ser usado como ilusração. ambém é •
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ineressane observar que nenhuma desas passagens é usada para provar qualquer ipo de dourina. É empo de abandonar o uso de exegese alegórica. Há uma perguna simples que nos diz quando usamos uma passagem como alegoria ou como ilusração: no esudo desa passagem, o significado intencional das palavras e senenças esá em primeiro plano ou oculo no conexo? Se o significado intencional não ocupa a posição primária de nossa exegese, a alegoria esá espreiando perigosamene em algum lugar � e em de ser aniquilada imediaamene! 3) Dogma
Exise ouro grupo de pessoas que esuda a Bíblia dogmaticamente. Não há nada errado com o vocábulo dogma, desde que enendamos o que ele significa. Esa não é uma palavra que goso de usar com freqüência, porque é aniquada e, no que diz respeio a muias pessoas, ransmie idéias indesejáveis. “Dogma” é uma palavra aniga que significa dourina. “eologia dogmáica” é oura maneira de descrever “eologia sisemáica”. Mas, o que é isso realmene? É uma afirmação do sisema de dourina ensinado na Bíblia, sem o emprego de qualquer oura informação, além daquela que a própria Bíblia nos fornece. Os pregadores mais poderosos são sempre aqueles que são fores em eologia dogmáica. Aceiam um sisema de dourina que governa odo o seu viver. Esse sisema de dourina deermina a crença e conrola o comporameno deles. Expressa-se nas orações e se manifesa claramene na pregação deles. São homens de convicções; por isso, esão em perigo. À medida que esudam qualquer pare da Bíblia, enconram facilidade em inerpreá-la à luz de seu sisema, em vez de lembrarem que a própria Bí blia é a fone do sisema eológico deles. O fao é que algumas passagens das Escriuras são muios difíceis de serem enendidas. Somos enados a fazer com que elas se encaixem em nosso sisema eológico, em vez de gasarmos empo e esforço necessários para fazermos uma exegese rigorosa. Muios pregadores que são fores em eologia dogmáica caem nessa armadilha. Pode-se aé dizer que caem com regularidade. Fazem ceros exos e passagens •
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parecerem dizer coisas que realmene não dizem! Podemos omar Hebreus 6.4-8 como exemplo. Inúmeros pregadores e comenarisas bíblicos êm inerpreado eses versículos à luz do seu sisema e, por isso, êm deixado de enendê-los correamene. Aqueles que êm um sisema de eologia que ensina a perda de salvação do verdadeiro crene usam eses versículos para provar o seu ensino. Aqueles que possuem um sisema de eologia cujo ensino é de que o crene não perde a salvação, afirmam que a adverência dada nesa passagem de Hebreus é apenas hipoéica � o auor esava pinando um quadro ameaçador, mas não descrevia a realidade. Em ambos os casos, esudar as Escriuras com uma abordagem dogmáica leva os seus seguidores ao erro. Se qualquer desses ponos de visa for pregado, o pregador será culpado de inexatidão exegéica. A passagem não esá comenando se o crene pode ou não perder a salvação. Esse não é o propósio. E a siuação sobre a qual a passagem fala não é hipoéica, como é bem evidene no versículo 9. A passagem é uma das várias na Epísola aos Hebreus que êm a inenção de mosrar que é possível alguém er uma verdadeira experiência do Espírio Sano, sem er necessariamene uma experiência de salvação. A prova de que você eve uma experiência salvadora da pare do Espírio Sano não é o fao de que seniu algo, e sim de que você persevera na fé e produz fruo. Se isso não aconece, você esá perdido � porano, precisa examinar a si mesmo e omar os passos concreos para assegurar-se de seu progresso espiriual. Somene um compromisso com a exegese complea nos capacia a pregar o significado inencional da passagem. E o que é verdade a respeio de Hebreus 6.4-8 ambém é verdade a respeio de qualquer oura pare da Bí blia. A eologia dogmáica é boa, mas emos de aprender a manê-la no seu devido lugar. Se não o fizermos, ela arruinará nossa pregação. 4) Razão humana
Gosaria de concluir esa secção dizendo que exisem pessoas que esudam a Bíblia racionalisticamente. Para eses, o grande faor é a razão humana; eles rejeiam udo que a ofendem. Iso significa que elas não crêem em milagres ou em qualquer fenômeno sobrenaural. Esas pessoas esão ceras de •
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que a verdade esá na Bíblia, mas não podem crer que oda pare da Bíblia seja verdadeira. Como poderia ser verdadeira oda a Bíblia? Ela não foi escria por homens imperfeios? Esse ipo de abordagem em um grande efeio na maneira como a Bí blia é inerpreada. Moisés e os israelias não aravessaram o mar Vermelho da maneira como foi descria no livro de Êxodo, pois quem pode acrediar que as águas se abriram formando muros em ambos os lados dos israelias? Podemos realmene crer que Isaías predisse o surgimeno de Ciro, citando-o por nome, muio anes de ele nascer? A alimenação de cinco mil pessoas em de ser explicada de alguma oura maneira, bem como a ressurreição física de nosso Senhor Jesus Criso. A “desmisificação” da Bíblia, e dos evangelhos em paricular, em sido uma das maneiras pelas quais a confiança na razão humana em se manifesado em anos recenes. A idéia é que, ao escreverem os quaro evangelhos, os seus auores, do século I, podiam pensar apenas como pensavam as pessoas daquele século. Para enendermos o que disseram, não devemos seguir a maneira que eles inham para ver as coisas, e sim considerar as verdades subjacenes usando uma perspeciva do século presene. Por exemplo, não emos de crer que Jesus ressusciou fisicamene denre os moros. Basa crer que, por meio da experiência de Jesus, homens e mulheres podem er vida verdadeira. A hisória da ascensão de Jesus não deve ser enendida lieralmene. O que aconeceu foi que os escriores dos evangelhos esavam ressalando a oura naureza de Jesus. O que devemos dizer a respeio disso? ejeiamos essa abordagem, e a rejeiamos por compleo. A Bíblia, embora escria por homens imperfeios, é a Palavra de Deus. Ele a inspirou e garaniu que seus auores humanos escre vessem com exaidão, sem massacrar, de alguma maneira, a personalidade e os diferenes esilos deles. Se reirarmos da Bíblia o sobrenaural, ela não em mensagem. emos de enender o Anigo esameno como nosso Senhor o enendeu. emos de crer no Novo esameno, sujeiando-nos a ele como as Escriuras que nosso Senhor ordenou a seus apósolos que escrevessem. Se reirarmos da Bíblia udo que causa dificuldade à razão humana, seremos culpados de disorção exegéica. erminaremos pregando nada mais •
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do que nossas próprias idéias. ejeiar o sobrenaural reduz a Bíblia ao absurdo. Assim, o pregador pode fazê-la dizer apenas o que ele quer. Princípios de inerpreação que esão cenralizados compleamene no homem, nunca serão bem-sucedidos em enender o Livro de Deus. Nenhuma exegese verdadeira (e, conseqüenemene, nenhuma pregação verdadeira) resula do campo racionalisa. Que princípios devem governar o exegeta?
Enão, que princípios devo adoar para descobrir o que deerminada passagem realmene diz? Como descubro o seu significado inencional e, ainda assim, enho algo para pregar? Muios livros foram escrios sobre ese assuno, e os maiores deles não são necessariamene os melhores. Ese pequeno livro sobre pregação alvez não possa resumir o que eles êm a dizer. Pode apenas ressalar alguns ponos, caivando nossa aenção ao que é básico. Ese livro pode impedir que você caia no abismo do desasre exegéico, ao colocar seu pé em solo firme e seguro. Para eviar a ruína ano de nós mesmos como de nossos ouvines, emos de pergunar e responder see pergunas, anes de pregar qualquer passagem da Palavra de Deus. Gase empo! Não esude para produzir um sermão � não! não! Esude a fim de enender o exo. Esta é a regra que o pregador tem de respeitar antes de qualquer outra regra. O sermão que você prega evenualmene é quase nada, se comparado com aquela grandiosa obra que você realiza no lugar secreo. 1) O que Deus espera de mim quando me envolvo nesta tarefa?
Ele espera haver em mim a recordação de que o Livro a ser esudado é a sua sana Palavra. Espera que eu encare ese livro com admiração e sussurre em emor: “Deus alou neste livro! Deus ala neste livro!” Ele espera que eu o abra com adoração, emor, graidão e reverência. As profundezas de minha alma êm de ser laceradas pelo pensameno de que esou na presença de •
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uma revelação divina. Ese é um momeno sagrado. Lágrimas podem surgir, bem como um choro de alegria. Deus espera que eu creia em udo que vier a ler. Deseja que eu fale com Ele, enquano faço a leiura. Deus espera que eu enesoure udo no coração, comprovando que o Livro é mais doce do que o mel e mais precioso do que o ouro. Ele espera que eu renove meus voos de colocar udo em práica. Deus espera haver em mim a lembrança de que Ele me deu o seu Livro como uma revelação. Porano, ele em um significado. Sim, a passagem que esou lendo em um significado. O auor humano esava cero não somene do significado que encionava ransmiir (e isso eu preciso descobrir), mas ambém do fao que as suas palavras inham um significado mais compleo do que ele mesmo podia assimilar. Ele esava ciene de que escrevia para raar de uma siuação específica e de que suas palavras aingiriam oda a igreja de Criso, em odas as gerações. Como posso esar cero disso? Por que 1 Pedro 1.10-12 o ensina. O Senhor espera que eu ambém lembre isso. Deus espera que eu me aproxime de sua Palavra sem quaisquer noções preconcebidas a respeio do que ela deveria dizer e que, em vez disso, descubra com humildade e obediência o que a Palavra realmene diz. Ele espera que haja a lembrança de que sou uma criaura cujo enendimeno é basane limiado. E não somene isso, mas ambém que sou um pecador cuja habilidade de enender foi severamene prejudicada. Deus espera que eu admia que jamais enenderei seu Livro sem a ajuda pessoal dEle mesmo, e que suplique essa ajuda. A Bíblia pode ser esudada por qualquer homem em seu escriório. Mas ese não pode ser um verdadeiro exegea, e um verdadeiro pregador, se não esudar com uma aiude ínima de submissão. A exegese é um rabalho árduo. É uma disciplina acadêmica que impomos sobre nós mesmos. Anes de udo isso, a exegese é um ao de adoração. 2) Qual o significado gramatical das palavras?
O Sagrado Livro de Deus é consiuído de palavras. Algumas delas são subsanivos; ouras, verbos. Há ambém arigos, adjeivos, advérbios, numerais, pronomes, preposições, conjunções, inerjeições, ec. Os subs•
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anivos podem esar no singular ou no plural. Os verbos podem er variação de senidos, empos, modos e vozes. odas as palavras esão disposas em senenças, e a maneira como esão disposas dá significado à senença! Iso não deve amedronar-nos. Você já leu ese livro por algum empo. Ele ambém é formado de palavras de várias classes, disposas em senenças, endo em visa comunicar algo de minha mene à sua. Se eu ivesse usado palavras diferenes ou se ivesse disposo as mesmas palavras em oura ordem, você oberia um significado diferene. Porano, a gramáica é imporane. Sem ela, é impossível escrever um livro. De modo semelhane, cada senença da Bíblia em um significado. Se as palavras fossem diferenes, e a esruura gramaical fosse modificada, eria um significado diferene. Porano, quer gosemos, quer não, jamais poderemos er exaidão exegéica, se não ribuarmos aenção cuidadosa às palavras e à maneira como elas esão disposas na senença. Ese é o rabalho da exegese. Os pregadores êm de aprender a amar gramáica! Precisam fazer o esforço para enender como a linguagem funciona. Se não fazem isso, é impossível que cumpram a sua arefa. É verdade que a Bíblia é um livro inspirado por Deus. Mas é um livro. em de ser lida como um livro. Precisamos respeiar o senido gramaical básico de suas palavras e senenças. Sem dú vida, iso pode ser afeado pelo ipo de lieraura em que as suas palavras foram escrias � e ese é o assuno que consideraremos a seguir. Mas, emos de encarar o fao: a exegese pode ser feia apenas por pessoas que enendem a Bíblia em seu primeiro senido e que aceiam as suas palavras e senenças no seu significado normal. Nesa época de minha vida, enho desfruado do privilégio de viajar por muios lugares e conhecer vários pregadores. Sino-me rise em dizer-lhe que muios deles êm sido infecados pela epidemia mundial de negligência para com a gramáica. Não conhecem a gramáica, não se imporam com ela, não lhe ribuam muia aenção, quando esudam as passagens bíblicas sobre as quais pregarão. Apesar disso, quase odos os pregadores que conheço crêem que a inspiração divina da Bíblia se esende a cada uma de suas palavras! Há algo seriamene errado; é empo de corrigirmos isso. •
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3) Em que tipo específico de literatura se encontram as palavras da Bíblia?
As palavras não exisem para si mesmas. Aé o simples “não” é uma resposa a algo que acabou de ser dio. oda palavra em um conexo. Algo foi dio anes e algo virá depois. Não esamos apenas falando sobre frases e senenças, mas ambém sobre o ipo de lieraura em que essas frases e senenças foram escrias. Iso é algo ao que devemos dar aenção cuidadosa, enquano procuramos descobrir o significado inencional de uma pare específica da Palavra de Deus. Exisem inúmeras leis na Bíblia, especialmene na primeira pare do Anigo esameno. As leis foram escrias em forma de prosa, bem como os relaos hisóricos. Mas o esilo que usamos para falar uns com os ouros é bem diferene. ornamos nossa conversa mais ineressane por usarmos odo ipo de linguagem figurada � “Ela é uma fera”, “Ele caiu do cavalo!”, “O feiiço virou-se conra o feiiceiro”, “Ele é uma besa!”. odos sabemos que essas frases não devem ser enendidas lieralmene, mas compreendemos o seu significado. Porano, é evidene que a prosa e a conversa pessoal não devem ser inerpreadas da mesma maneira. Iso ambém é verdade quando lemos a Bíblia. Não podemos inerprear da mesma maneira odo ipo de lieraura. Além da prosa usada na Lei e nos relaos hisóricos, conforme já mencionamos, exise abundância de poesia na Bíblia: uma pare dessa poesia se enconra no livros de Jó, Salmos e Cânico dos Cânicos; oura pare, nos livros proféicos; e oura pare, em seções longas ou curas de ouros livros das Escriuras. Enconramos ambém a lieraura sapiencial, os evangelhos e as epísolas. E emos ainda a linguagem apocalípica � uma maneira de argumenar usando linguagem exagerada, números, figuras de monsros e visões exraordinárias. Se lêssemos odos esses ipos de lieraura da mesma maneira, ficaríamos realmene basane confusos! Embora enhamos diferenes ipos de lieraura na Bíblia, jamais devemos esquecer de presar aenção ao senido gramaical de udo que lemos. Mas, ao fazer isso, devemos gasar empo para recordar que o significado lieral de uma passagem pode não ser, necessariamene, o seu significado •
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intencional. E este é o significado que esamos buscando. Por exemplo, ao escrever a respeio de um empo de alegria exraordinária, Isaías predisse: “E odas as árvores do campo baerão palmas” (Is 55.12). O que ele preendia dizer? Com cereza, Isaías não esava dizendo que as árvores desenvolverão novas qualidades admiráveis em algum empo fuuro! De modo semelhane, a afirmação “o juso florescerá como a palmeira” (Sl 92.12) não ensina que os crenes idosos broarão. Igualmene, a exoração “acauelai-vos dos falsos profeas, que se vos apresenam disfarçados em ovelhas” (M 7.15) não é uma adverência conra pregadores que vesem casacos feios de lã! Não podemos enender esas afirmações sem assimilarmos o senido gramaical das suas palavras, mas nenhum de nós é demasiadamene olo, a pono de pensar que o senido lieral de ais palavras é o significado intencional. É esse significado inencional que nossa exegese procura descobrir, para depois pregarmos em público. 4) Qual é o contexto imediato e o mais amplo?
As palavras são enconradas em frases e senenças; e senenças formam, geralmene, parágrafos. Esses parágrafos, por sua vez, fazem pare de algo maior, como um capíulo. E os capíulos são pares de um livro. ambém precisamos er isso em mene quando nos dedicamos à exegese. Se ignorarmos o conexo imediao e o conexo mais amplo, podemos fazer a Bíblia afirmar o que desejamos que ela afirme. O maerial que consiui ese livro sobre pregação foi apresenado originalmene em forma de palesras. odas as palesras foram gravadas. Agora, imaginemos alguém comprando uma fia cassee ou CD e gasando empo para ediar as palesras. Imaginemos que essa pessoa maném cada senença inaca, mas usa seus aparelhos elerônicos para colocar as senenças em ordem diferene. Depois de fazer isso, al pessoa coloca um anúncio num jornal evangélico e começa a vender seus próprios cassees e CDs. A voz na gravação seria a minha. Cada senença seria minha, exaamene como as proferi. Mas a palesra seria oura. alvez pareceria uma miscelânea de senenças incoerenes ou eria um significado diferene do que eu encionava originalmene. •
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Iso é exaamene o que aconece quando pregamos sobre uma frase ou senença da Bíblia e não esclarecemos o seu conexo imediao ou mais amplo. Quanas vezes já ouvimos “impora-vos nascer de novo” sendo pregado como um mandamento. Iso é uma oal disorção do seu significado. Pregar essas palavras como um mandameno equivale a enganar cada adulo e cada criança que nos ouve. O novo nascimeno não é ordenado em nenhum lugar da Bí blia. O arrependimeno é ordenado. A fé no Senhor Jesus ambém é ordenada. Mas o novo nascimeno não é, nem pode ser, ordenado na Bíblia, porque é uma obra realizada compleamene por Deus. Quando nosso Senhor disse a Nicodemos: “Impora-vos nascer de novo”, esava fazendo uma declaração veemene do fao. Essa é a verdade que em de ser enfaizada a qualquer congregação que nos ouve em nossos dias. Pregar qualquer ouro significado não é somene uma fala de exaidão exegéica, é ambém um pecado. Em várias ocasiões, ouvi sermões que mencionam 1 Corínios 2.9, um versículo em que Paulo se refere a Isaías 64.4. A pare principal dese versículo diz: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penerou em coração humano o que Deus em preparado para aqueles que o amam”. odos os pregadores que ouvi usaram ese versículo para falar sobre o céu. Fizeram isso porque iraram as palavras de seu conexo. 1 Corínios 2 não é um capíulo que fala sobre o céu, mas sobre o fao de que o povo do Senhor pode ver e apreciar coisas que esão escondidas para os não-converidos. Que privilégio exraordinário nós emos! Que coisas maravilhosas podemos ver! O coração não-converido é incapaz aé de imaginar essas coisas. Mas essas são as coisas que nos emocionam compleamene. Este é o assuno do versículo. Por isso, ano é errado como prejudicial dar-lhe um significado que o auor divino não encionava que ele ivesse. Dedicar-se mais é a única maneira de eviar erro exegéico. Anes de pregar sobre qualquer pare de um livro da Bíblia, devemos er familiaridade com odo o livro. Não somene isso, devemos possuir um enendimeno compeene a respeio de quem o escreveu, para quem, por que e quando o escreveu. O quando é especialmene imporane, pois é a razão da nossa próxima perguna. •
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5) Qual o contexto histórico?
A Bíblia menciona lieralmene milhares de aconecimenos, e não ocorreram odos na mesma época. Cia inúmeras pessoas, que não viveram no mesmo empo. Ensina inúmeras verdades, mas esas não foram reveladas na mesma época. Exise uma grande linha hisórica que odo pregador em de saber ano em esboço como em dealhes. Ele precisa saber com cereza o que aconeceu e quando aconeceu. Ele precisa ser capaz de idenificar cada momeno dessa linha hisórica e dizer o que esava sendo revelado naquele momeno, bem como o que seria revelado depois. Se não pode fazer isso com facilidade, esá se encaminhando ao desasre exegéico; os efeios do seu minisério sobre os ouros serão caasróficos. Deus é gracioso, mas Ele não dispensa a sua graça na mesma medida a odos os homens e mulheres. Há semelhanças admiráveis, porém grandes diferenças, enre um rascunho de pinura, um esboço cheio, um quadro pinado e um filme colorido, mas essa foi a maneira como Deus revelou seu grandioso plano de redenção aravés dos séculos. A hisória do Anigo esameno não é a mesma no começo, no meio e no fim. O Anigo esameno não é o Novo. A sombra não é a subsância. A siuação nos evangelhos não é a mesma que os precedeu ou que os sucedeu. Os crenes anes do Dia de Penecoses, não eram iguais aos que se convereram depois. No início, a igreja de Aos não era ão madura ou inernacional como o era no final do relao do livro. A igreja na erra ainda não goza o que gozará depois da segunda vinda de Criso. Em Jó 19.25-27, aquele crene sofredor exclama: “Porque eu sei que o meu edenor vive e por fim se levanará sobre a erra. Depois, revesido ese meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não ouros”. Se sabemos onde Jó se encaixa na grande linha hisórica das Escriuras, podemos começar a apreciar quão exraordinária foi essa declaração. Mas, se Jó disse essas palavras depois que Paulo escreveu 1 Corínios 15, não exise nada especial nelas. E seríamos forçados a dizer que a maior pare do seu comporameno era assusador. Em Aos 19.2, doze homens religiosos declararam: “Nem mesmo ouvimos que exise o Espírio Sano”. Se esses homens ivessem vivido no empo •
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de Abraão, nada haveria de incomum na afirmação deles. Mas eles disseram isso depois do Penecoses, quando a igreja já exisia por vários anos. A ignorância desses homens era uma prova de que não eram converidos, e isso explica por que Paulo os raou da maneira descria no relao de Aos 19. Em Números 15.32-36, o Senhor ordenou que fosse execuado um homem enconrado apanhando lenha no sábado. Creio que precisamos esar bem ceros de onde se encaixa ese incidene na grande linha hisórica. De ouro modo, alvez nos veríamos aplicando esa ordem do Senhor ao seu povo hoje. E isso resularia em uma drásica diminuição das pessoas em nossas igrejas! Precisamos dizer algo mais? O argumeno é claro: ninguém pode ser um exegea responsável e, por conseguine, um verdadeiro pregador da Palavra, se não possui muias clareza a respeio do conexo hisórico da passagem sobre a qual pregará. 6) Outras passagens da Bíblia trazem luz a esta passagem?
A Bíblia, consiuída de 66 livros, é um livro único que inerprea a si mesmo. Se enconrarmos alguma passagem obscura, ouras passagens nos ajudarão a enendê-la. Quando esamos presunçosamene ceros de que é correa a nossa inerpreação pessoal de cera passagem, ouras passagens nos corrigirão e nos humilharão. Se ivermos de ser bons exegeas, é essencial que conheçamos oda a Bíblia. Se esivéssemos pregando odo o livro de Isaías, no devido empo chegaríamos no capíulo 42. O capíulo começa com esas palavras: “Eis aqui o meu servo, a quem susenho” (Is 42.1). Mas a respeio de quem o profea falava? Nem preciso imaginar. Não preciso ser confundido pela grande variedade de eorias exposas por alguns comenários bíblicos. Maeus 12.15-21 nos diz que esa passagem se cumpriu no minisério erreno de nosso Senhor Jesus Criso. O seu caráer foi al, que não provocou conflio desnecessário com seus inimigos. Posso pregar uma mensagem clara com base em Isaías por causa da luz razida por oura passagem bíblica. Se pregasse sobre Amós 9.11-15, seria enado a dizer aos meus ouvines que o profea esava afirmando que, um dia, os descendenes de Davi •
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serão resaurados aos judeus, como uma família real, e que, naquele empo, a erra de Israel erá influência e prosperidade renovadas. À primeira visa, iso é o que as palavras parecem significar. Mas não podemos descansar na primeira impressão. E não podemos inerprear uma passagem sem fazermos a sexa perguna. Aos 15.15-17 nos fornece luz admirável sobre o que Amós disse. Aos nos mosra que a predição de Amós se cumpre na conversão dos genios e de sua inclusão como pare da igreja de Criso. Ao fazer isso, Aos ambém nos dá um princípio pelo qual podemos descobrir o significado de muias profecias similares enconradas no Anigo esameno. Não pode haver exaidão exegéica onde não há inerpreação da Escriura à luz da Escriura. Quem ousaria pregar sobre Melquisedeque, em Gênesis 14.18-24 sem referir-se a Hebreus 5.5-11 e 7.1-28? Quem conaria a hisória do maná, em Êxodo 16, sem esudar, igualmene, oda a hisória de João 6? Quem ousaria explicar por que a ribo de Dã esá ausene da lisa de Apocalipse 7.4-8, sem deerminar à hisória dessa ribo em odo o Anigo esameno? E quem seria ão ousado que falaria sobre qualquer afirmação dourinária das Escriuras, sem er em mene odas as passagens que raam do mesmo assuno? É vial compararmos Escriura com Escriura. Se não o fizermos, afundaremos na areia movediça da confusão, do desequilíbrio e do erro. 7) De que maneira esta passagem aponta para Cristo?
Dissemos algo a respeio disso na Pare 1, mas esse é um pono que devemos enfaizar novamene. A Bíblia revela Criso. Ele é o grande ema das Escriuras. Cada pare da Bíblia apona para Criso. Se não podemos ver como uma passagem específica apona para Ele, isso aconece porque ainda não enendemos a passagem como deveríamos. Onde Criso não é o cenro, ali não há exaidão exegéica. Não posso me desculpar pelo que escrevi anes. udo ao meu redor são vozes que dizem algo diferene. Esão proclamando que é errado insisir no fao de que a Bíblia é crisocênrica. Esou indo longe demais, dizem essas vozes. De acordo com elas, devemos, anes, afirmar que a Bíblia é eocênrica. Ela é mais eocênrica do que crisocênrica. •
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Concordo com isso � mas não oalmene. É claro que a Bíblia é um livro que fala sobre Deus e que nos ensina sobre Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírio Sano. Mas ese Deus se relaciona conosco somene por meio de Criso. O único Deus que exise é o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Criso. Ele nunca se revelou a Si mesmo, a não ser por meio de Criso. Não há ouro caminho para esse Deus, exceo Criso. O Espírio que age em nós é o Espírio de Criso. Quando chegarmos ao céu, o único Deus que veremos é Criso. Nada � nada mesmo � pode ser eocênrico, se não for crisocênrico. Pensar que algo pode ser eocênrico sem ser crisocênrico é um enorme erro. Admiir que a Bíblia é um livro que fala sobre Deus é admiir que ela fala sobre Cristo! Mas odas as pares da Bíblia não aponam da mesma maneira para Criso. Por exemplo, onde esá Criso em Eclesiases? Ese livro nos ensina que, se Deus esá fora de nossa vida, ela não em significado; e que, se amamos a Deus e O adoramos, a nossa vida esá replea de significado. Enão, como podemos conhecer a Deus? Eclesiases suscia essa perguna em nossa mene, mas não nos dá a resposa. Deixa-nos com fome de conhecer a Deus, mas não nos mosra o caminho para Ele. É dessa maneira que Eclesiases apona para Criso. Suscia a perguna para a qual Criso é a única resposa. Porano, Eclesiases apona implicitamente para Criso. Ouros livros aponam explicitamente para Ele. Iso é verdade a respeio de cada livro do Novo esameno. odos eles O mencionam por nome. ambém podemos dizer, que eses livros aponam para Ele diretamente. Mas há ouros livros das Escriuras que aponam direamene para Ele e não O mencionam por nome. Isaías e o livro de Salmos seriam bons exemplos disso. Ouros livros, ais como os cinco primeiros livros da Bíblia, por exemplo, aponam para Ele por meio de predições, figuras, símbolos e cerimônias. Podemos dizer que esses livros falam sobre Ele indiretamente. Alguns leiores podem não se senir à vonade com as quaro palavras que desaquei. Mas creio que odos concordarão que o Espírio Sano, que inspirou cada auor bíblico, é o Espírio de Criso. Creio que odos recordarão que o minisério do Espírio Sano é sempre aponar para Cristo. Essa foi a razão por que nosso Senhor disse: “Abraão... alegrou-se por ver o meu •
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dia” (Jo 8.56); “Moisés... escreveu a meu respeio” (Jo 5.46); “Davi... lhe [me] chama Senhor” (M 22.45). odo auor bíblico escreveu a respeio do Senhor Jesus. Porano, aqueles que pregam esses auores devem pregar o Senhor Jesus Criso. Se Criso não é o coneúdo e o âmago da pregação deles, são culpados de inexaidão exegéica. O que podemos fazer para sermos melhores exegetas?
Se udo isso é verdade, precisamos fazer esa perguna urgene: “O que podemos fazer de modo concreto que nos ajudará a sermos melhores exegeas?” Ninguém pode exagerar a imporância desa perguna. Onde desaparece a exaidão exegéica, ali desaparece a pregação � e nenhum dos leiores dese livro deseja que isso aconeça. Há algumas coisas que podemos fazer. Se não esamos disposos a fazêlas, devemos parar de pregar. Nem odos nós seremos capazes de realizá-las com a mesma eficiência, mas, sem exceção, odos somos capazes de ober algum progresso nesas áreas. 1) Podemos aprimorar nosso conhecimento bíblico
A primeira coisa que emos de fazer é aprimorar nosso conhecimeno bíblico. Ese capíulo em salienado como é imporane que o pregador enha familiaridade ínima e complea com odas as pares da revelação escria de Deus. odos nós somos capazes de ler a Bíblia mais do que o fazemos no momeno, de quesionar mais o que lemos, de memorizar mais versículos e passagens e de gasar mais empo para mediar na Palavra de Deus, em diferenes pares no decorrer do dia. Cera vez, um professor baeu em Winson Churchill porque ese não havia memorizado as erminações de algumas palavras lainas. Poseriormene, Churchill comenou que a única ofensa pela qual ele disciplinaria um jovem seria a fala de conhecimeno da língua maerna. De modo semelhane, podemos ser brandos para com um pregador em muias áreas. Mas esamos ceros ao expressar-lhe nossa profunda riseza, se ele em menos do que um conhecimeno excelene da Bíblia em sua língua maerna. •
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2) Podemos ler
Nenhuma geração de pregadores jamais eve acesso a anos livros como o emos hoje! Podemos aprimorar nosso conhecimeno, e aprimorá-lo subsancialmene, em cada área onde somos deficienes. Nenhum pregador em desculpa para a ignorância quano à vida e aos empos de qualquer personagem bíblico, ao desdobrameno da hisória bíblica, à eologia bíblica, à eologia sisemáica ou a qualquer ramo de conhecimeno que seja úil ao arauo de Deus. Por meio de livros, podemos nos assenar aos pés dos grandes ensinadores que o Criso ressusciado êm enviado à sua igreja, quer vivos, quer moros. Além disso, nós que vivemos no Ocidene emos acesso aos amplos recursos disponíveis por meio de gravações, programas de compuador e websites . Nosso Senhor disse: “Àquele a quem muio foi dado, muio lhe será exigido; e àquele a quem muio se confia, muio mais lhe pedirão” (Lc 12.48). Dizem que não há diferença real enre a pessoa que não sabe ler e a que não quer ler. Vivemos em um mundo repleo de aividades. Muios de nós vivemos sob pressão. Muios pregadores êm anos compromissos, que não podem imaginar a si mesmos envolvidos em mais um compromisso. Mas quase odos nós, com um pouco de reflexão e reorganização das prioridades, podemos enconrar mais empo para ler � podemos realmene! É empo de conrolarmos a nós mesmos. Nossa uilidade depende disso. A causa do evangelho exige essa aiude. 3) Podemos desenvolver habilidades que nos ajudarão a entender o texto
Não há muios pregadores capazes de aprender hebraico, aramaico e grego, em um nível eficaz. Mas alguns podem aprender essas línguas, e esa é uma das razões por que acho que um pregador da Palavra deveria enar aprendê-las. Muios logo descobrirão que possuem habilidades modesas, mas pelo menos aprenderão o suficiene para serem capazes de reconhecer palavras em comenários, léxicos e livros écnicos. Quase odos podem aprender a usar concordâncias, comenários exegéicos, Bíblias em diversas •
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versões e inúmeros ouros recursos agora disponíveis � não esquecendo os noáveis programas de compuador e as páginas na internet que esão pronos para serem usados por esudanes sérios da Bíblia. É maravilhoso viver no século XXI. emos acesso a recursos que nossos anecessores jamais poderiam er imaginado. Agora, o pregador mais humilde pode er cereza do senido gramaical de qualquer pare das Escriuras. Ele pode subir ao púlpio e falar com auoridade, fundamenado na passagem sobre a qual esá pregando. Mas, infelizmene, isso não esá aconecendo em muios lugares. Por quê? Freqüenemene, porque o pregador é negligene ou, simplesmene, porque não compreendeu a absolua imporância da exaidão exegéica. O alvo dese capíulo era deixar isso bem claro. Exercício 1. Escreva um parágrafo a respeio da disinção enre exegese, hermenêui-
ca e exposição, descrevendo a ínima conexão enre eles. 2. O Sr. Smih, um fraco exegea, pasoreou sua igreja durane vine anos e foi sucedido pelo Sr. Jones, um óimo exegea, que ambém a pasoreou durane vine anos. Cone a hisória dessa igreja nesses quarena anos. 3. Escreva uma cara a um jovem pasor, dando-lhe conselhos a respeio de como aprimorar e maner suas habilidades exegéicas.
Noas: 1 Uma pare desa secção esá baseada em uma palesra do Dr. Ernes F. Kevan, que ouvi quando era esudane de eologia. Exraos desa palesra já foram publicados com o íulo de Te Principles o Interpretation (Os Princípios de Inerpreação), na obra Revelation and the Bible (A evelação e a Bíblia), ediada por Carl F. Henry (London, Te yndale Press, 1959, p. 283-298). •
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emos viso o que significa a prega pregação ção e que nenhum pregador pregador pode ser um verdadeiro pregador sem compromeer-se com a exaidão exegéica. Nada é mais imporane. Conudo, exise um elemeno na pregação que ocupa o segundo lugar em imporância e que em sido muio negligenciado em nossos dias. É o conteúdo doutrinário. O que isso significa?
O que preendemos dizer quando usamos esse ermo? Queremos dizer que odo sermão deveria esar repleo de dourina. Deve ser rico em eologia. Afinal de conas, a Bíblia é uma revelação divina. evela a mene de Deus. Ela nos mosra o que devemos crer a respeio dEle e o que Ele espera de nós em nossa cura exisência. oda vez que a Bíblia é pregada, aqueles que a ouvem devem crescer no enendimeno da dourina e do dever. A nossa nossa expecaiva expecaiva de vida esá enre seena e oiena oiena anos. Iso é emempo suficiene para lermos a Bíblia muias dezenas de vezes. Um pasor de empo inegral que prega durane quarena anos ambém desfrua de empo suficiene para fazer exegese de oda a Bíblia. E o que o leior da Bíblia, especialmene o exegea, acaba descobrindo? Ele descobre que as Escriuras conêm um sisema de dourina. Com oda a Bíblia em mene, é possível afirmar o que ela ensina a respeio de Deus, dos seus decreos, da criação, da providência, da redençã redenção, o, do livre-arbírio, da jusificação jusificação,, do juízo juízo,, do céu, do inferno e de ouros inumeráveis assunos. As pessoas fracas em eologia
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sisemáica, sem dúvida, são pessoas fracas no conhecimeno da Bíblia. O fao de que a Bíblia coném um sisema de dourina ende a produzir um efeio imenso em nossa pregação. Cada passagem sobre a qual eu prego, ainda que seja pequena, é pare de um sisema de dourinas e esa passagem conribui de alguma maneira para esse sisema. Iso deve se manifesar na pregação. Mas a passagem não coném odo o sisema e pode ser mal compreendida, se não enho em mene odo o sisema, enquano prego. Preciso da passagem para dar algum esclarecimeno sobre o sisema e enho de usar o sisema de dourina para esclarecer a passagem. O fluxo em de seguir am bas as direções. Se não o fizer fizer,, meu sermão pode ornar-se desequilibrado desequilibrado.. Quem deseja ouvir sermões que não possuem harmonia dourinária? E quem deseja pregar sermões que levem as pessoas ao erro? A Bíblia é uma grande grande caixa replea de pedras preciosas. preciosas. É maravilhoso maravilhoso pegar cada pedra preciosa, examiná-la em dealhes e ser comovido por sua beleza. Mas, por que não dizer às pessoas que essas jóias perencem ao ei que em lugar para cada uma delas em sua coroa? Devemos permiir que as pessoas vejam como odas as jóias se encaixam para adornar a coroa do ei. Elas nunca esquecerão al conemplação. E nunca mais olharão para cada jóia como o fizeram fizeram anes. anes. A Bíblia é um glorioso jardim formado de sessena e seis caneir caneiros. os. Você, V ocê, pregador pregador,, é o guia que o mosra às pessoas ao seu redor. redor. Alguns guias levam as pessoas para que vejam um caneiro por vez. Iso é bom, porém há mais a ser viso v iso em um jardim. Ouros guias explicam expl icam que diferenes cores cores e subespécies esão em mais do que um caneiro e levam os visianes vi sianes a verem odas as flores vermelhas ou odas as planas da família das rosas. Iso é bom, porém há mais para ser viso em um jardim. Por que não lhes mosrar que um plano divino decidiu o lugar de cada caneiro e o seu empo de planio, que o om de cor e o formao de cada flor são pares de um padrão enorme e impressionane? impressionane? Por que não pedir-lhes que se afasem e vejam que odas as coisas no jardim esão direamene relacionadas umas com as ouras? Por que ocular-lhes o admirável fao de que odos os dealhes se combinam para formar um rerao perfeio do Proprieário? Deixemos de lado, agora, a nossa figura de linguagem e reornemos •
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mais direamene di reamene ao assuno da pregação. Esa é a minha firme convicção: se no final de meu sermão os ouvines enendem a passagem pregada, mas não êm um enendimeno melhor do sistema de verdades ensinado na Bíblia, minha pregação é um fracasso. Vou V ou mais além. Se aqueles que me ouvem com regularidade não podem ver que a Bíblia ensina um sisema de dourina e não podem começar a assimilar qual é esse sisema, enho de duvidar, com seriedade, se o Cabeça da igreja me enviou realmene para pregar a “forma de dourina” (m 6.17) e o “padrão das sãs palavras” palavras ” (2 m m 1.13) a respeio dos quais nos n os fala a Pala vra de Deus. Sim, prega pregadores dores cujos sermões não êm coneúdo coneúdo dourinário devem abandonar a pregação. O Senhor não os enviou. O que acontece quando a pregação não tem conteúdo doutrinário?
Para enfaizar a imporância do que acabei de dizer Para dizer,, quero mosrar-lhe o que aconece quando a pregação não em coneúdo dourinário. 1) Deus não é adorado e amado como deve ser
As pessoas que não em assimilado o sisema de dourina conido na Bíblia não sabem quem é Deus. Elas não enendem enendem o que significa ser Deus um Espírio. Não compreendem compreendem que exisem coisas a respeio dEle as quais não podemos falar a respeio de qualquer ouro ser. Por exemplo, Ele é infinio, eerno e imuável. Não enendem que Deus é infinio, eerno e imuável em seu Ser e em udo que qu e Ele é. O resulado é que qu e o emor de Deus não lhes domina o coração. Não sabem o que significa buscar a Deus em remor afeivo. Sua vida não em senso de admiração. Fala à vida espiriual dessas pessoas oda uma dimensão. Não exise ouro Deus. Ele é o Deus verdadeiro porque é o Deus vivo. Conudo,, embora exisa um único Deus, há rês pessoas que são Deus � o Conudo Pai, o Filho e o Espírio Sano. Cada um dEles é Deus em seu próprio direio e no mesmo senido. Eles são disinos, mas iguais em poder e glória. Mas não exisem rês deuses. A pessoa pessoa que sabe udo isso vive perplexa. per plexa. Ela expe•
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rimena admiração desconcerane. Ele crê no que Deus em dio a respeio de Si mesmo e se prosra diane do misério. Esa é, ambém, uma dimensão que fala à pessoa fraca em dourina. Deus em um propósio eerno que não depende de nada, exceo do que Ele mesmo decidiu. Uma vez que Ele é Deus, Ele ordena odos os aconecimenos ecimen os em odos os lugares, de al modo que seu propósio se cumpre e seu nome é glorificado glorificado.. ão-somene ão-somene por meio de sua palavra, Ele criou do nada odo o universo, para que seja o palco desses aconecimenos; e Deus conrola pessoalmene udo e odos nesse palco. Porano, aqueles que são insruídos dourinariamene esudam a hisória, lêem jornais e recebem odas as alegrias e emoções da vida, vida , de um modo compleamene compleamene diferene de como as recebe a pessoa que é dourinariamene ignorane. Olham para o céu e dão graças por odas as coisas. 2) A natureza trinitariana da salvação não é admirada
A melhor melho r e mais elevada criação cr iação de Deus Deu s é a raça humana. hu mana. O que qu e nos orna disinos é que fomos criados à imagem de Deus. É rise observar que milhões de pessoas que ouvem sermões com regularidade não êm qualquer idéia do que isso significa. Sabem pouco ou nada a respeio da exraordinária dignidade que possuem e da humildade com a qual deveriam andar nese mundo. oda a nossa raça descende de um único casal, e por meio dese casal Deus enrou em aliança com odos nós. Ele promeeu vida aos que Lhe obedecessem obedecesse m e more aos que Lhe desobedecessem. Nossos Nossos primeiros pais escolheram desobedecer e, com uma única Exceção, odos nós desobedecemos. Como resulado, a imagem de Deus em nós foi deformada, nossa naureza foi corrompida e deurpada de modo irreversível. Agora, vivemos cada dia em impiedade. Não nos regozijamos mais em Deus, nem sabemos nada a respeio da doçura ínima de andar com Ele. Em vez disso, vivemos sob o desprazer dEle e somos objeos de sua ira. Cada revés da vida em o propósio de nos lembrar isso. Nesse ínerim, a more espera para ceifar os homens, e o inferno aguarda para queimá-los. Aqueles que são dour dourinaria inariamene mene imauros não lamenam a queda •
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da raça humana. Não percebem que a siuação da raça humana é erri velmene ruim � e não perceber isso é pecado. ais pessoas raramene pensam (se pensam) na quebra da aliança da vida e nas conseqüências desasrosas que afearam a odos nós. Por isso, não O invocam, com alívio, quando ouvem sobre a aliança da graça. De fao, a maioria dessas pessoas nem sabe o que é a “aliança da graça”! Nunca canaram nem se alegraram com a música desa dourina. Enquano Deus é Deus, há milhões de pecadores que Ele amou de maneira especial. Por razões pessoais, Deus resolveu salvá-los da corrupção e ruína de sua vida desobediene, para lhes ouorgar seu favor e vida eerna. Ele planejou fazer isso por meio de um edenor. Ese edenor é o Senhor Jesus Criso, o eerno Filho de Deus, que se ornou homem e permanece o Deus-Homem. Inúmeros pecadores vivem, morrem e são condenados. Mas alguns enendem o caminho de salvação. Isso aconece porque o Senhor Jesus é o proeta deles. E o Senhor Jesus por meio do seu Espírio, se revela a eles. Eles esão cheios de pecado, mas Jesus viveu uma vida perfeia em favor deles. Mereciam perecer, porém Jesus fez isso por eles. Não podem se aproximar de Deus, mas Jesus inercede por eles; e faz isso porque é o Sacerdote deles. Não podem crer; odavia, Jesus lhes dá fé. Não são capazes de coninuar crendo, mas Jesus lhes dá poder. E faz isso porque é o Rei deles. Da glória celesial, Criso veio ao mundo, à cruz e ao sepulcro. Ele reornou ao mais elevado de odos os lugares como uma Pessoa que é ano Deus como homem. Ele envia o seu Espírio aos milhões que salvou; e, dese modo, eles enram realmene no gozo da salvação. Vêem seu pecado e sua ruína, enendem o que Criso fez e enregam-se compleamene a Ele. Aqueles que enendem a dourina crisã são humilhados em saber que o Pai sempre eve um amor especial por eles, a pono de lhes dar seu Filho. Lágrimas calorosas broam de sua face, enquano sussurram: “O Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se enregou por mim” (Gl 2.20). Com graidão surpreendene, eles falam sobre como o Espírio de Deus agiu em sua vida e os levou a confiar em Criso, para se beneficiarem pessoalmene da vida, more e ressurreição dEle. Para eles, Deus Pai é o seu Salvador, •
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Deus Filho é o seu Salvador, e Deus Espírio Sano é o seu Salvador. Eles não podem pensar de oura maneira, e isso os disingue daqueles que nunca ouviram a pregação que em coneúdo dourinário. 3) Os crentes ignoram seus privilégios
Com cera freqüência, os crenes dão seu esemunho nos culos. Falam a respeio do que eram anes de serem converidos, como foram salvos e o que aconeceu desde enão. Você pode dizer muias coisas sobre um crene ao ouvir o seu esemunho. Por exemplo, pode dizer se ele ouve ou não pregações que êm coneúdo dourinário. Quando pessoas vêm a Criso, recebem imediaamene inúmeras bênçãos. ecebem ambém a cereza de que desfruarão de mais bênçãos depois da more e na ressurreição. Algumas das bênçãos que recebem imediaamene são primárias, enquano ouras são secundárias e acompanham ou resulam das primárias. Duas das bênçãos primárias são recebidas em oda a sua pleniude, enquano uma dessas bênçãos é recebida em pare, sendo acrescenada dia após dia. Quais são as bênçãos da vida crisã? Quais delas desfruamos agora? E quais receberemos depois? Quanas são as bênçãos primárias? Quanas são as bênçãos secundárias? Quais das bênçãos primárias podem ser descrias como atos e quais podem ser descrias como processos? As pessoas que ou vem pregações ricas em dourina podem responder essas pergunas e dar um esemunho que reflee o crisianismo enconrado na Bíblia. As pessoas que não ouvem esse ipo de pregação não podem fazer nem uma coisa nem oura e, por isso, êm uma vida crisã relaivamene pobre. A primeira das bênçãos da vida crisã é a justificação. Não é a mais ele vada das bênçãos, mas é uma das quais dependem odas as ouras bênçãos. A jusificação é algo que Deus faz. É um ao que flui da sua generosidade. Ele perdoa odos os nossos pecados e nos considera jusos, como Ele é! Isso aconece porque odos os nossos pecados foram lançados na cona de Criso e sua jusiça imaculada foi crediada em nossa cona. Não somos jusificados por causa de qualquer coisa que enhamos feio; somos jusificados oalmene por causa do que Criso fez por nós. ornamo-nos jusificados no •
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exao momeno em que nos enregamos ao Senhor Jesus Criso. Quase odos os problemas ineriores experimenados pelo crene se devem ao fao de que ele esquece sua jusificação ou não a enende. Onde a jusificação é pregada e enendida, ali há crenes felizes e ousados. Onde a jusificação não é pregada e enendida, ali há pessoas medrosas e perseguidas por emores desnecessários. Muias das dificuldades de nossas igrejas evaporariam, se a jusificação fosse enendida como o deveria ser. Quão infeliz é a igreja em que esa dourina é negligenciada ou perverida! A segunda grande bênção da vida crisã é a adoção. Ese é o mais elevado privilégio que o evangelho nos oferece. É algo que Deus faz. É um ao que flui de sua generosidade. Ele declara que é nosso Pai e que somos seus filhos, abençoados com direios e privilégios. Jesus, o eerno Filho do Pai, é nosso irmão mais velho. odos os ouros crenes, homens e mulheres, são nossos irmãos e irmãs. Um senimeno de família, ouorgado pelo Espírio Sano, nos une. Os deveres familiares ambém nos perencem. Mas, que cuidado o Pai demonsra para conosco e que liberdade emos em oração! Os crenes que não ouvem pregações dourinárias regularmene não sabem muio a respeio da adoção e, enho de dizer, caem facilmene em riseza e odo ipo de legalismo. A erceira grande bênção da vida crisã é a santificação. Iso ambém é algo que Deus faz, mas é um processo, e não um ao. Em ouras palavras, não recebemos oda esa bênção imediaamene. Deus muda o nosso inerior e sua imagem é renovada em nós. Esa mudança inerior implica em que nosso comporameno começa a mudar. Pouco a pouco, devagar mas com cereza, pecamos menos e nos ornamos mais piedosos. Nos esforçamos em busca de sanidade porque Deus esá agindo em nós. A pregação dourinária não somene nos mosra essa maravilhosa bênção, mas ambém as insruções de Deus para que enhamos uma vida semelhane à de Criso. odos os ouros ipos de bênçãos acompanham essas rês primeiras e resulam delas. Por exemplo, chegamos a desfruar de uma segurança pessoal de que Deus nos ama. A paz invade nossa consciência. O Espírio Sano nos dá um gozo que jamais pode ser reirado. ornamo-nos cada vez mais fores em nossa vida espiriual. Apesar de odos os obsáculos e enações, perseveramos em crer mesmo enfrenando risco de more. •
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E o que aconece quando morremos? Muios crenes morrem em riseza porque não sabem a resposa para essa perguna. A pregação de coneúdo dourinário eria poupado essas pessoas da agonia dessa incereza. Negligenciar o lugar da dourina na pregação é insensibilidade e fala de amor pasoral. A more é a separação enre a alma e o corpo. A alma do crene, agora sem pecado, vai imediaa e conscienemene à presença de Criso, enquano seu corpo permanece como propriedade de Criso e aguarda a ressurreição. A ressurreição será um dia de glória para odo crene. Ele erá um corpo semelhane ao corpo ressurreo de Criso. Será inocenado no julgameno do úlimo dia e bem recebido no céu. Desfruará a presença complea, perfeia e eerna de Deus. Ele será ão feliz quano lhe será possível. Sim, o crene em um fuuro maravilhoso. Nenhum pregador deveria se maner em silêncio quano a essas coisas. 4) Os crentes são confundidos a respeito de como viver
Esamos aguardando a vida no céu, mas ainda esamos na erra. Viso que somos crenes, quais devem ser nossas grandes prioridades? Que princípios devem governar nosso comporameno diário? Aqueles que não ouvem pregações dourinárias nunca saberão responder essas pergunas. Somos povo do Senhor e, por isso, emos um único dever: obedecer a Deus. Iso é udo. É ão simples assim. Infelizmene, milhões de crenes acordam odos os dias compleamene confusos a respeio do que Deus espera deles. Nenhum princípio bíblico rege as suas vidas durane odo o dia; e, como resulado, o viver deles é desordenado por meio de decisões imprudenes e inúeis. Freqüenemene, eles não sabem o que fazer. Causam dores a si mesmos e razem sofrimeno à vida dos ouros. udo o que Deus sempre desejou é que Lhe obedeçamos. Isso era verdade no jardim do Éden e ainda é verdade hoje. Não impora o que somos, onde vivemos, as nossas circunsâncias, um princípio (apenas um princípio) é suficiene para nos guiar com segurança durane oda a vida: emos de obedecer a Deus. Enão, como descobrimos o que Deus quer? A sua Lei nos diz. Essa Lei •
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consise de 66 livros do Anigo e do Novo esameno � nada mais, nada menos. A Bíblia nos fala a respeio de udo o que precisamos crer e de udo o que Deus quer que façamos. Precisamos de oda a Bíblia, mas não precisamos acrescenar nada à Bíblia. Ela é suficiene. Mas emos um problema. Em média, a Bíblia impressa em aproximadamene 1200 páginas. E muios de nós não a conhecemos bem ou não a recordamos com facilidade. Enão, como podemos praicá-la na realidade concrea de nosso viver diário? Deus é nosso Pai celesial; e Ele é cheio de ernura. Ele nos deu um resumo do que espera de nós. Ese resumo chama-se os Dez Mandamenos. Eses consiuem-se de dez senenças que Deus ouorgou ao seu povo nos empos do Anigo esameno e que nosso Senhor Jesus Criso ressalou como normas para governar seu povo em odos os ouros empos. Nosso Senhor foi ambém basane amável em nos dar um resumo do resumo! Ele disse: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Proetas (Mt 22.37-40). Os Dez Mandamenos são maravilhosos. Eles nos mosram quem é o nosso Deus, por que devemos amá-Lo e como expressar esse amor. Os Dez Mandamenos nos dizem o que se passa em nosso coração, como devemos adorar, como devemos usar a língua e gasar o nosso empo. Eles nos mosram como honrar a Deus na família e na comunidade. Os Dez Mandamenos nos ensinam a valorizar a vida, o casameno, a propriedade e a verdade. Eles nos revelam como viver conenes nesa vida e preparar-nos melhor para a vida fuura. São ão simples que quase odos podem recordá-los facilmene; ão profundos que aé aqueles que gasam sua vida esudando-os coninuam a senir-se admirados pela sabedoria dos mandamenos. Os Dez Mandamenos aparecem, de um modo e de ouro, em oda a Bíblia e são incorporados com beleza na vida de Criso. Eles nos mosram o quano necessiamos de Criso e se cumprem nEle. •
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Os crenes que ouvem pregações dourinárias não precisam aear na escuridão durane a vida. Eles vêem com clareza o caminho e andam com seu Senhor. Fazem isso com prazer, sem murmurar, e não com insaisfação. E desfruam de maravilhosa liberdade, porque sua consciência não se vê obrigada a qualquer oura coisa, a não ser o que Deus exige de modo específico em sua Palavra. Ceramene, a sanidade e a felicidade deles são imperfeias. Mas, apesar disso, são um anegozo do que os aguarda no céu. 5) O testemunho pessoal é pobre
Onde os crenes não ouvem pregação dourinária, eles ficam confusos não somene a respeio de como viver, mas ambém a respeio do que falar aos incrédulos. O resulado disso é que há poucos crenes que conhecem a alegria de ganhar almas. Em odo o mundo, o Senhor em seu povo vivendo enre os não-converidos, viajando nas mesmas formas de ranspore, ra balhando ao lado deles nas fábricas, escriórios, fazendas, universidades e escolas. Muios crenes rabalham em lugares aos quais nenhum pasor ou missionário jamais poderá ir. Que oporunidade para disseminar o evangelho! Mas, freqüenemene, a oporunidade é desperdiçada, porque os crenes não sabem o que dizer. Assim como odos os ouros crenes, aqueles que são insruídos dourinariamene enfrenam o problema do emor. Senem emor de falar. Mas, uma vez que falam, não lhes falam palavras. Sabem a mensagem que possuem para apresenar. E isso aconece porque a pregação dourinária os insruiu sobre o assuno que os não-converidos precisam saber. As pessoas não-converidas precisam ser lembradas de que conhecem a Deus, embora não O conheçam como Pai e Amigo. alvez elas dêem as cosas e proesem dizendo que iso não é verdade, mas o crene em de coninuar insisindo que esa é a siuação delas e que dar as cosas e proesar é um exemplo de como homens e mulheres suprimem a verdade. Esão negando aberamene o que o seu ínimo sabe que é verdade. Não são honesos. São culpados de engano. Os seus lábios e corações conradizem um ao ouro. As pessoas não-converidas precisam ouvir que sua culpa é ainda maior •
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do que isso. Em seu coração, elas êm um senso de cero e errado. Sabem que a Lei de Deus é correa e, apesar disso, desobedecem-lhe em pensamenos, palavras e ações. Fazem isso odos os dias. Assim, enfurecem odos os dias o Deus que as criou e a quem erão de presar conas. A vida é breve, a more é cera, e o julgameno do úlimo dia chamará essas pessoas ao acero de conas. Se coninuarem a se rebelar conra Deus; se coninuarem recusando-se a amar a Deus com odo o seu ser, erão de sofrer as conseqüências. Ele é infinio e eerno. Esse é o Ser que elas em ofendido. Porano, a jusiça exigirá uma punição que ambém é infinia e eerna. Os crenes que são insruídos com dourina esão ceros de udo isso. Esão ceros de que esa mensagem em de ser apresenada com amor e ineresse, por meio das pessoas que vivem de modo semelhane à vida de Jesus e que al mensagem não pode ser minimizada. Esão ceros ambém de que êm de falar ao não-converido a respeio do Senhor Jesus. Deus não quer que os pecadores se percam. Os pecadores não podem fazer compensação pelo passado, nem salvar a si mesmos. Deus enviou um Salvador que, por meio de sua vida, more e ressurreição, salva os pecadores. O crene insruído dourinariamene convida, exora e ordena aos não-converidos a não desprezarem ese Salvador, e sim a enregarem-se aos cuidados dEle, a confiarem-se a Ele e a viverem sob o seu cuidado e governo. As pessoas não-converidas êm de se arrepender. Precisam ver o seu pecado, admii-lo, envergonhar-se por causa dele e abandoná-lo. êm de ser graas pela bondade e misericórdia de Deus e vir a Criso, dispondo sua mene a amá-Lo e segui-Lo. Precisam enender que seguir significa viver pela Palavra dEle, associando-se aberamene com o povo dEle, em uma igreja que ama o evangelho, e andando com Ele, em oração. O crene insruído dourinariamene não procura ornar o evangelho uma mensagem “amigável”, embora a amizade sincera seja pare da vida desse crene. Ele fala a respeio do pecado, da culpa, da ira de Deus e do inferno. Fala a respeio da bondade de Deus, de seu Filho e de sua disposição de salvar. Esse crene não ocula o fao de que ninguém é salvo sem arrependerse. Ele roga às pessoas que venham a Criso. Mosra que vir a Criso não é algo que ocorre apenas de palavra, mas envolve obediência às Escriuras, •
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uma paricipação aiva na vida da igreja de Criso e um compromisso com a oração. Aqueles que são fracos em dourina sempre êm uma mensagem que não é um verdadeiro reflexo da mensagem da Bíblia. A mensagem deles normalmene não começa com Deus. endem a enfaizar as necessidades das pessoas, e não a sua culpa. Com freqüência, rivializam o assuno do arrependimeno. Muias vezes, fazem uma apresenação confusa das grandes verdades salvadoras do evangelho. Quase deixam de mosrar que vir a Criso significa ser compromeido com uma congregação de membros do povo dEle. Em resumo, a mensagem deles é fraca e sem poder, em vez de robusa, exigene, gloriosa e emocionane. Não é uma surpresa que o verdadeiro evangelho eseja se propagando ão lenamene no mundo! 6) O caminho de santidade é obscurecido
Os crenes dourinariamene ignoranes ambém são fracos em ouras áreas. Em paricular, são fracos a respeio de como ornar-se um homem ou uma mulher de Deus. Não enendem como os crenes se desenvolvem. Não sabem como se ornar espiriualmene fores. Nese século XXI, podemos enconrar exemplos disso em odos os lugares. Milhões de crenes modernos êm a impressão de que a sanidade é algo que você absorve. Você pode cercar-se de uma amosfera sana, e alguma coisa lhe aconecerá. O Senhor se aproximará de você, e você se senirá foralecido e capaz de reornar à sua vida normal com um senso de vigor e poder espiriual. Esa maneira de ver as coisas explica por que a música ocupa um lugar imporane em muios enconros e igrejas evangélicas. Às vezes, os crenes uilizam a música durane mais da meade do empo de culo. À medida que as músicas coninuam a ser ocadas, as pessoas se senem cada vez mais comovidas e elevadas. Senem que as coisas espiriuais lhes são preciosas e que o Senhor esá se enconrando com elas. Senem que o Espírio Sano esá agindo enre elas, que o mundo não é araene e que será maravilhoso esar no céu. Escrevo isso como um homem que aprecia basane a música e que •
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ama o canar os salmos, bem como qualquer hino excelene, quer radicional, quer moderno. Mas os faos são faos, e não podemos negá-los. É fao que a igreja do Novo esameno não era paricularmene musical e que o canar junos não ocupava grande pare de sua vida. É fao que a igreja de Jesus Criso gasou os primeiros seiscenos anos de sua vida sem insrumenos musicais. É fao que os apósolos de nosso Senhor e os crenes da igreja primiiva ficariam confusos pelo lugar dado à música, se paricipassem de um culo em nossos dias. Os crenes insruídos dourinariamene podem ser verdadeiros amanes da música, mas são cuidadosos em não dar à música um lugar imporane em sua vida espiriual. Isso aconece porque eles sabem como se realiza o crescimeno espiriual. Não é algo que você embebe ou absorve. Não é algo que lhe aconece porque você esá numa amosfera espiriual. Pode ser expresso correamene em senimenos, mas você não o consegue por meio de senimenos. Você cresce espiriualmene porque o Espírio Sano faz as Escriuras erem impaco sobre a sua mente. As Escriuras são a Palavra de Deus. Iso é verdade quer você lhes ese ja dando aenção, quer não. Às vezes, quando as Escriuras são lidas, nossa mene esá disane. Nesses momenos, as Escriuras não êm qualquer efeio sobre nós, e não há crescimeno espiriual. Mas, em ouras ocasiões, as Escriuras nos aingem. ecebemos algum enendimeno do que elas esão dizendo, e, ao mesmo empo, as Escriuras nos esimulam e nos compelem. Iso não é udo. ambém percebemos que emos de colocá-las em práica. É neste momento que somos foralecidos espiriualmene. É a vonade do Senhor que as Escriuras sejam lidas publicamene, quando o seu povo se congrega. Iso é ainda mais imporane do que a leiura bíblica pessoal. Como posso dizer isso? Por que Deus não deu a sua Palavra a indivíduos, e sim à sua igreja; e a Bíblia é mais abençoada e mais bem enendida quando à sua vola se reúne o povo de Deus. No enano, a leiura pública das Escriuras não é o basane. Nosso Senhor Jesus Criso, assenado à desra de Deus, envia à igreja homens que Ele capaciou para ensinar as Escriuras ao seu povo. Assim como a pregação é o principal meio pelo qual os pecadores são convencidos da verdade do •
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evangelho e converidos, assim ambém a pregação é o principal meio de Deus para edificar o seu povo em sanidade, de conforá-los e preservá-los na fé aé ao fim de suas vidas. Nenhum crene pode crescer como deveria, se não ouvir muia pregação. É uma impossibilidade. Evidenemene, ese fao exige que os pregadores façam bem o seu rabalho � e explica por que ese livro sobre pregação é mais imporane do que alguns possam imaginar. Os crenes insruídos dourinariamene sabem udo isso. ambém sa bem que essa pregação em de ser ouvida de cera maneira. Pregar é ão vialmene necessário ao nosso vigor espiriual, que emos de fazer odo esforço para ouvi-la com regularidade. Anes de ouvi-la, precisamos preparar o coração e orar em favor dos pregadores. Durane o sermão, precisamos rejeiar o que é falso, crer e amar o que é verdadeiro. Quando o sermão aca bar, precisamos omar empo e esforçar-nos para recordá-lo, cuidando para colocá-lo em práica. Esa é a maneira de crescermos espiriualmene. Esa é a maneira como Deus nos dá um caráer crisão. 7) A vida da igreja não é ordenada
A vida da igreja é mais do que apenas reunir-se com ouros crenes para ouvir os sermões. Esa é a aividade mais imporane da igreja, mas não é a sua única aividade, conforme deixarão claro os sermões fundamenados na Palavra de Deus. Crenes insruídos dourinariamene enendem a vida da igreja. Sabem que, se uma pessoa afirma er se arrependido e deposiado a sua confiança em Jesus, essa afirmação em de ser examinada. As pessoas mais qualificadas para ese exame são os homens espiriualmene maduros que consiuem a liderança de uma igreja amável, fundamenada nas Escriuras. Se a afirmação parece esar bem fundamenada nas Escriuras, o novo converido em de ser baizado e admiido na comunhão da congregação. É somene nesse conexo que um novo crene pode amadurecer apropriadamene. A igreja local recebe o novo crene como um novo irmão ou irmã em Criso. Fornece amor, enendimeno, apoio, ajuda práica, ensino, disciplina correiva e udo mais que um novo crene possa necessiar. É por meio da perseverança na fé, em um conexo de igreja •
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local, que damos prova de que somos realmene nova criaura em Criso e membros da verdadeira igreja, que inclui odos os crenes, em odos os lugares, em odas as gerações. Um dos compromissos mais sublimes e regulares na vida da igreja local é a Ceia do Senhor. É a vonade de Criso que nossa vida espiriual seja foralecida não somene por sua Palavra e pela oração, mas ambém pelas suas ordenanças ou sacramenos. Algumas pessoas não gosam da palavra “sacrameno” mas, uma palavra melhor nunca foi enconrada. O baismo é o primeiro dos sacramenos ou ordenanças, e a Ceia do Senhor é o segundo. Nenhum desses aos pode nos ornar melhor, se Criso não os abençoar e seu Espírio não agir por meio deles. Esas ordenanças são figuras vívidas que nos ensinam a respeio de Criso e de seu evangelho, que nos dão uma apreciação mais complea do que Ele fez por nós, que nos foralecem a fé nEle e o desfruar dEle. Quando nos ornamos crenes, somos baizados um de cada vez e uma única vez. O baismo é nosso selo de discipulado. É feio em nome do Pai, do Filho e do Espírio Sano, para demonsrar que agora emos o Deus riúno como nosso Salvador e Senhor e que devemos nossa salvação compleamene à sua graça, e não a qualquer coisa em nós mesmos. A Ceia do Senhor é diferene. É algo que celebramos junos como membros da igreja e que fazemos com regularidade durane oda a nossa vida. Da maneira como Criso ordenou, odos junos comemos o pão e bebemos o vinho. O pão represena o corpo de Criso e o vinho, o seu sangue. Por comermos e be bermos, lembramos e proclamamos a more dEle. Quando fazemos isso (na medida em que emos consciência do que esamos fazendo), nosso coração se une com o dEle, somos nuridos e foralecidos espiriualmene. Nosso coração ambém se une com o de cada crene em comunhão de amor. A Bíblia nos ensina que o nosso inerior é realmene mais imporane do que celebrações e símbolos exeriores, porque, se nosso coração não esá naquilo que celebra, oda a experiência será espiriualmene prejudicial. Qual a relação de udo isso com a pregação? Esamos desenvolvendo o argumeno de que a pregação precisa er um coneúdo dourinário e de que a pregação sem esse coneúdo rouba de seus ouvines inconáveis benefí•
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cios. Milhões de crenes manquejam em fraqueza espiriual, porque nunca enenderam que é impossível fazerem progresso espiriual, se não são mem bros de uma igreja verdadeiramene evangélica. Quanas pessoas confessam ser crenes, mas nunca iveram sua confissão examinada por qualquer oura pessoa, além delas mesmas? Quanos crenes exisem que jamais foram baizados e que vivem em franca desobediência a Criso, por não se compromeerem com uma igreja fundamenada nas Escriuras? Quanos crenes exisem que consideram a paricipação na Ceia do Senhor como algo que podem perder sem reardar o seu desenvolvimeno espiriual? Quem pode calcular o número de crenes que realmene crê que é mais imporane ler a Bíblia sozinho do que ouvi-la em uma pregação? Onde esão os crenes que são ousados a pono de deender o ensino bíblico de que a igreja local é o único lugar apropriado para a nurição de um crene jovem? O que podemos dizer sobre o abandono quase universal da disciplina por pare da igreja, a despeio do fao de que a disciplina na igreja é um mandameno de Criso? E quando presenciaremos o fim da menira que nos diz que podemos omar com seriedade a confissão de alguém que declara ser membro da igreja de Criso, ainda que não enha compromisso com uma igreja local? O que pode ser feio? Há algo que possa arrumar essa bagunça? Sim, apenas uma coisa � um reorno à pregação que em coneúdo dourinário. 8) A oração se torna superficial
Não podemos erminar ese capíulo sem dizer algo mais a respeio da oração. odos os crenes lhe dirão que orar é imporane. A maioria deles lhe falará que começamos a vida crisã com oração e que precisamos dela em odos os dias poseriores à nossa conversão. Mas, o que é realmene a oração? Esa é a perguna que deixa muios crenes hesianes, porque sa bem que a sua resposa não é clara nem complea. O crene insruído com pregação dourinária não em esse problema. Ele sabe que a oração não é uma quesão apenas de palavras, embora seja expressa com palavras. A oração é uma coisa do coração. É o coração ornando os seus desejos conhecidos a Deus. O sublime desejo do coração é que Deus •
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lhe conceda somene o que Ele quiser. O crene sabe que não em acesso à presença de Deus, exceo por meio de Criso. Assim, ele apresena seus desejos a Deus, confiando oalmene em Criso. ambém sabe que o pecado é a única coisa que impede a comunhão com Deus. Por isso, confessa odo pecado conhecido. Além disso, não vê a oração apenas como um simples ao de fazer peições. em o desejo de agradecer a Deus por odas as demonsrações de sua bondade. À medida que os desejos ascendem a Deus provenienes de um coração que ora, ais desejos não fluem como uma orrene inconrolável, porque há um desejo que conrola odos os demais: obedecer a Deus. As pessoas de menalidade espiriual sabem: Deus não quer que elas orem de um modo confuso e desordenado. Iso é verdade porque Ele nos dá muios exemplos de oração em sua Palavra, mas especialmene porque seu Filho ensinou os discípulos a orar. A Oração do Senhor deve ser o nosso modelo. Os arquieos não preparam modelos a fim de viverem neles, e sim para usá-los como base de suas consruções. De modo semelhane, a alma consagrada à oração não se saisfaz em reciar a Oração do Senhor, mas usa-a para organizar os desejos que fluem de seu ínimo. Enão, é raro que a verdadeira oração seja dirigida a Jesus ou ao Espírio Sano. A oração se expressa com dependência, amor e emor ao Pai. A oração nure grandes pensamenos sobre Ele e deseja que os ouros façam o mesmo. Suplica que o mal seja aniquilado, que o reino de Deus se propague em odo o mundo e que seu reino final venha em breve. Anela que a igreja na erra seja ão obediene a Deus como os anjos eleios o são, no céu. Pede que sejam supridas as necessidades diárias de cada membro da igreja de Criso. Em profunda consciência de seu pecado, roga perdão, mas ão-semene sob a condição de que seja governada por um espírio perdoador. reme ao pensar no pecado, roga que seja poupada da enação, implorando que nunca seja víima do poder das enações do Maligno. Com alívio, descansa no fao de que Deus é o ei eerno e de que, ao orar, falou com ninguém menos do que Ele mesmo. Poucos crenes modernos são giganes na oração. As orações proferidas em nossos culos são superficiais, banais, repeiivas e, às vezes, heréicas. •
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aramene ouvimos algo que segue o padrão bíblico, fazendo que nos en volvamos com Deus, deixando-nos emocionados, humildes e enobrecidos. O que aconeceu? A verdadeira oração nos abandonou para sempre? Alguma coisa pode mudar esa siuação? A verdadeira pregação bíblica pode mudar a siuação. Não é uma pregação que possui apenas exaidão exegéica; é uma pregação que possui ambém coneúdo dourinário. Se Deus a abençoar, ela curará odos os males e risezas, e corrigirá odos os erros que mencionamos nese capíulo. A pregação que não em coneúdo dourinário esá arruinando a igreja. Não podemos permiir que as coisas coninuem assim. emos de mudá-las e o faremos, com a ajuda de Deus � por meio de um reorno à pregação ousada, sincera, crisocênrica e de coneúdo dourinário. Exercício 1. “Sem eologia, não há pregação, pelo menos no senido expresso no Novo
esameno” (Donald MacLeod).1 Discua esa afirmação. 2. Faça um esboço de um sermão que você pregaria sobre 1 Samuel 3, alisando o ensino dourinário que incluiria. 3. Apresene sugesões práicas a respeio de como odas as principais dourinas da fé podem ser ensinadas na igreja.
Noas 1 M��L���, Donald. Preaching and Sysemaic Teology. In: L����, Samuel . (Ed.) Preaching. Welwyn: Evangelical Press, 1986. Capíulo 19, p. 246. •
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á aprendemos o que é pregação. Aprendemos ambém que a nossa pregação em de ser caracerizada por exaidão exegéica e coneúdo dourinário. Mas odo o nosso rabalho árduo será desperdiçado, e odas as oporunidades serão perdidas, se nossos ouvines não puderem acompanhar-nos, quando falamos, e depois não puderem recordar o que pregamos. A boa noícia é que isso não precisa aconecer. Nossos sermões podem ser fáceis de ser acompanhados e relembrados, se iverem uma estrutura clara. Os pregadores que amam seus ouvines são meiculosos quano à esruura de seus sermões. Sabem que as pessoas compreenderão os sermões, se eles iverem unidade, ordem e proporção. Unidade significa que odas as pares da mensagem se manêm unidas; a mensagem não é formada de vários sermonees desconexos. Ordem significa que o sermão é formado de idéias disinas que seguem umas às ouras, em uma cadeia lógica que conduz a um clímax. Proporção significa que cada idéia em o seu devido lugar; as coisas insignificanes não são magnificadas, e as imporanes não são menosprezadas. O pior dos pregadores na erra melhorará imediaamene, se lembrar esas rês palavras. Com freqüência, enho ouvido que “ordem é a primeira lei do céu”. Ceramene, Deus é um Deus de ordem. Alguém que já refleiu sobre a Sana rindade sabe que exise ordem e simeria no ser de Deus, uma ordem e simeria que é exasiane em sua beleza. Desordem pode ser um sinônimo de impiedade. Durane muios anos, dei palesras sobre pregação em uma faculdade
Pregação Pura e Simples
eológica, ou, como ambém é chamado, um seminário. Meus alunos eram homens reinados para o minisério pasoral e para a obra missionária ransculural. odos eles queriam ser pregadores convincenes. Mas eu sabia que alguns deles provavelmene não o seriam, e quano a isso eu raramene erra va. Isso aconecia porque eu os visiava em seu dormiório ou em seu lar. Permia-me falar sobre um aluno que chamarei de Frank. oda vez que o visiava em seu dormiório, ele esava vesido com roupas limpas e passadas, fazendo seus rabalhos em uma mesa arrumada, num quaro limpo e organizado. Suas roupas esavam dobradas primorosamene nas gaveas ou penduradas em seu guarda-roupa. Ordem era algo imporane para Frank. Mas o asseio de Frank não era algo parecido com o asseio fanáico que orna os visianes desconforáveis. Ordem fazia pare da alma de Frank. Por isso, eu espera que ele se ornasse um excelene pregador. E isso de fao aconeceu. Ele prega mensagens peneranes e sermões poderosos nos quais as idéias seguem umas às ouras, em uma lógica araene que aé as crianças podem acompanhar, sem esforço. As pessoas da igreja de Frank o amam e sua uilidade cresce ano após ano. Falarei sobre ouro aluno chamado George, que é o conrário de Frank. O quaro de George parecia um cômodo que uma bomba havia aingido! Nunca esava limpo! O chão esava cobero de roupas, xícaras, livros e pedaços de papel. A mesa de George esava replea de desordem. Por isso, ele fazia a maioria de suas arefas assenado em uma cama replea de bagunça. Ele não valorizava a ordem. Esa não fazia pare de sua vida, nem de sua pregação. O que George dizia era bom, mas suas idéias não eram organizadas. De sua boca saía um miso de esouros que caíam uns sobre os ouros e confundiam a mene dos ouvines. Depois de uma pregação ão ruim, realizada durane muio empo, posso lhe dizer com alegria que George esá fazendo algum progresso � somene por que, finalmente, ele esá começando a ver a imporância de uma esruura clara. Esruura clara significa que cada sermão pregado erá uma inrodução, algo a dizer (radicionalmene chamado “o discurso”) e uma conclusão. Consideraremos agora cada um desses elemenos.
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1) A introdução Definição
A inrodução é composa composa de observações iniciais que preparam os ou vines para udo que será será dio em seguida. Ese capíulo capíulo começou com com uma inrodução! A inrodução é a pora que o recebe em casa, a aurora que precede o nascer do sol, o prelúdio que o faz desejar ouvir oda a sinfonia, e o peisco que lhe l he esimula o apeie anes de sua refeição. Propósito
A inrodução em em apenas um propósio: propósio: deixar as pessoas p essoas ineressadas ineressadas pelo assuno sobre o qual o pregador falará. Quando nos levanamos para pregar, emos odos os ipos de pessoas diane de nós e odos os ipos de obsáculos a vencermos. Um obsáculo é a a patia patia:: o ouvine não esá ineressado em qualquer coisa que será dia. Ouro obsáculo é a antipatia: o ouvine esá realmene conra conra nós e conra aquilo que falaremos. Ouro obsáculo é a incredulidade: o ouvine não crê no Livro sobre o qual pregaremos. De uma maneira ou de oura, emos de preparar cada pessoa ali presene para ouvir o que emos a dizer. Precisamos vencer a inércia, desperar a aenção, esimular o ineresse e preparar o caminho. emos emos de irar i rar as pessoas de onde elas esão e razê-las ao pono em que nos darão ouvidos aenos. “Qual é a melhor maneira de ober a aenção dos ouvines?”, pergunou um jovem pregador. “Dê-lhes algo ao qual possam ficar aenos”, respondeu um velho crene crene.. Uma hisória aniga nos fala sobre um camponês russo que inha um jumeno eimoso. eimoso. Obedecia o seu dono somene quando queria! E isso era muio raro! raro! Mas o camponês ouviu falar f alar sobre um veerinário que afirmav afirmavaa er um méodo indolor para reinar jumenos a serem obedienes. Por isso, o camponês suplicou ao veerinário que viesse ao seu síio. Ao ver o jumeno, o veerinário irou de sua malea um grande basão de madeira e começou a espancar a cabeça do jumeno. “Pare! Pare!”, griou o camponês. “Você me disse que seu méodo de reinameno era sem dores!” O douor respondeu: “É mesmo! Mas, primeiro, enho de ganhar a aenção do jumeno!” •
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É fácil pregar a ouvines que nos dão oda a sua aenção e se mosram ineressados no que vamos dizer. Um anigo provérbio diz: “Quando começamos bem um rabalho, já fizemos a meade dele”. Sugestões
A inrodução inrodução deve nos nos levar direamen direamene e ao ao discurso. discurso. Não Não é um desvio, desvio, e sim a própria rodovia que nos conduz ao assuno de nossa pregação. udo que dissermos na inrodução deve servir serv ir a ese único propósio. propósio. A inrodução não deve promeer mais do que o sermão pode dar-nos. Algumas inroduções inroduções são ão boas, que o sermão apresenado apresenado em seguida é um aniclímax. Se a pora é impressionane, esperamos que a casa, depois da pora, seja muio mais impressionane. Sempre é um desaponameno aravessar uma linda pora e enrar num barracão horrível! A inrodução deve cone conerr um único pensamen pensameno o.. Deve ser simples e modesa. Quem deseja passar de uma pora a oura, que, por sua vez, leva a oura pora? É imporane variar nossa inrodução. Passei grande pare de minha vida em uma casa com com varanda, varanda, no cenro de uma uma cidade. cidade. Em Em uma uma rua de cacasas com varanda, várias casas se unem umas às ouras. Parecem Parecem odas iguais. Mas, ainda nesa siuação, alguma variedade é possível. Pelo menos, cada casa pode er uma cor diferene em sua enrada! A inrodução inrodução não deve ser muio muio longa. longa. O Sr Sr. Smih, um homem homem de negócios, chega cedo para uma reunião imporane. Sena-se em uma cadeira no corredor e adormece. Pouco depois, a secreária bae em seu braço e o conduz à sala de reunião, reunião, onde o deixa com seus colegas, para prosseguirem seus negócios. O nome da secreária é Sra. Inrodução. A inrodução leva leva as pessoas aos principais negócios do dia, mas não é o principal negócio negócio.. Seu alvo é desperar as pessoas e prepará-las para o que vem depois. Com cereza, o seu alvo não é desperar as pessoas e levá-las a dormir novamene. Ela precisa ser apresenada com cuidado para eviar confusão ou mal-enendido, anes que as pessoas ouçam as grandes verdades que serão explanadas. Uma inrodução longa é sempre um erro. Uma inrodução breve ra•
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ramene é um erro. Não devemos gasar ano empo arrumando a mesa, a pono de que as pessoas cheguem a duvidar se janarã janarãoo alguma coisa! Enão, que cuidados devemos er ao preparar a inrodução! Queremos caivar as pessoas! emos de mediar sobre quais serão nossas observações iniciais. iniciai s. Pregadores Pregadores inexperienes inex perienes alvez deveriam escrevê-las. Coloquemo-nos no lugar de nossos ouvines e desenvolvamos maneiras de conquisar a aenção deles. Se, ao final da inrodução, virmos as pessoas levanarem as suas cabeças e olharem direamene para nós, saberemos que fomos bem-sucedidos. Fontes
Quando procuro melhorar a minha inrodução, onde posso enconrar algumas idéias? Livros sobre pregação geralmene êm muio a dizer sobre ese assuno. Minha própria convicção é que odos precisamos conhecer nossos ouvines ão bem quano pudermos e usar discernimeno e originalidade na maneira como os caivamos. De maneira ão rápida e araiva quano possível, queremos que fiquem enusiasmados com nosso assuno, sempre lembrando que a verdade apresenada em seguida é infiniamene mais gloriosa do que a inrodução que a precedeu. Não enho uma fórmula mágica. Boas inroduções resulam de mediação, amor e oração por nossos ouvines. Se ivermos esses rês elemenos, raramene seremos malsucedidos. 2) O discurso Definição
A inrodução é seguida por aquilo que em sido radicionalmene radicionalmene chamado de “o discurso”. Mas o que é isso? É a verdade a ser ensinada a estas pessoas logo após a inrodução. É consiuída do maerial que o pregador se dispõe a comunicar naquele deerminado sermão. Um plano básico
Para levar eficazmene as pessoas a se convencerem desa verdade, preciso er um plano. Afinal de conas, esarei ensinando a verdade ao •
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povo. Meus pensamenos devem seguir uns ao ouros em algum ipo de ordem preesabelecida; pois, do conrário, não chegarei a lugar algum. As pessoas êm de senir que há movimeno no sermão que as conduz em uma direção específica. O plano de um sermão deve ser ão simples quano possível, de modo que odos os ouvines vejam aonde esão indo. É difícil dirigir em uma rodo via escura à noie. Mas, se há objeos sinalizadores no meio da rodovia, udo fica mais fácil. Quando os faróis brilham, os objeos refleores aparecem aos nossos olhos um de cada vez. emos abundância de orienação, anes de chegarmos a alguma curva ou sinuosidade. Embora o plano seja simples, ambém deve ser agradável e impressionane. Se não o for, a congregação se desligará menalmene. odo crene falará consigo mesmo: “Já sei o que ele vai dizer”. Porém, o plano não deve ser excessivamene brilhane, engenhoso ou esquisio. Precisamos de uma esruura fácil de memorizar que não levará as pessoas a nos admirarem nem a nos rejeiarem, mas que fixará as suas menes nas verdades que esamos apresenando. É empo de abandonarmos odos os planos de sermões que são difíceis, monóonos e enfadonhos, bem como aqueles que são brilhanes e emocionanes em demasia. É a verdade de Deus que esamos pregando! Nada deve orná-la difícil de ser assimilada, nem impedir que as pessoas lhe dêem aenção. Nossa razão para ermos um plano surge de nosso inenso desejo de que cada pessoa não enha qualquer problema em perceber o que significa a verdade de Deus. A utilidade das divisões
A fim de nos manermos em nosso plano e ajudar os ouvines a perce bê-lo com clareza, um sermão deve er divisões ou subíulos claros. Eses agem como poses sinalizadores em uma rodovia cobera de neve. Quando a neve esá ala, o moorisa não pode ver onde esá a rodovia. É fácil sair do rumo e perder-se compleamene. Poses inensamene coloridos marcando as margens da rodovia são udo o que ele necessia. Se eses se enconram no devido lugar, o moorisa esá seguro. •
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Divisões, ou subíulos, ornam o sermão fácil de ser acompanhado. Os ouvines podem acompanhar o argumeno que esá sendo desenvolvido. Podem ver em que pono esão e aonde irão em seguida. Não devemos esquecer que homem e mulher foram criados originalmene à imagem de Deus. Essa imagem foi horrivelmene disorcida e danificada, mas ainda esá presene no homem; por isso, a mene humana não aprecia desordem e caos. Sermões sem divisões incenivam desordem menal nas pessoas. As divisões ornam o sermão fácil de ser lembrado. Como a nossa pregação pode causar algum benefício duradouro, se as pessoas não podem recordá-la? Cada subíulo age como uma hase em que podemos pendurar uma verdade recém-aprendida. Quando odas as hases (subíulos) esão em nossa mene, podem não somene nos razer à memória odo o sermão, mas ambém dar melhor enendimeno a respeio de como uma verdade se relaciona à oura. Algumas regras sobre as divisões
As divisões ou subíulos deixam de ser úeis quando são mal elaboradas. Esruuraremos bem nossos sermões, se as divisões saisfizerem as seguines descrições: Distinção
Cada subíulo em de ser disino de odos os ouros, não sendo uma repeição de qualquer deles. Precisa er sua própria idenidade. Dese modo, os ouvines perceberão que o sermão possui progressão. Eles observarão que cada divisão esá consruída sobre a anerior e conduz à poserior. Cada subíulo é disino porque em um lugar único no argumeno. Ordem, movimento e progresso
Um carrossel num parque de diversões em ordem e movimeno, mas não faz qualquer progresso. Quem deseja ouvir um sermão desse ipo? Uma mulidão de rebeldes em movimeno e progresso, mas não possui ordem. Em bom esado menal, quem desejaria ouvir um sermão dessa naureza? Mas um exércio em movimeno possui esas rês caracerísicas. Vai a algum lugar e consegue alguma coisa. Precisamos dizer mais alguma coisa? •
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Acumulação
Um objeo em queda se orna cada vez mais rápido, à medida que cai. Por causa de sua energia acumulada, aé uma bola de golfe poderia maar alguém, se fosse airada de um lugar elevadíssimo. Um sermão deveria adquirir força, à medida que é pregado; e a força adquirida deveria ser expressa nos subíulos. odos deveriam saber com clareza que o argumeno esá se movendo para frene e ganhando força. Uma divisão deve levar nauralmene à seguine, de modo que deixe claro que o fluxo de pensameno esá canalizado e não desorienado. Cada divisão deve ornar os ouvines mais e mais ineressados no clímax que esá por vir. Abrangência
Anes de começar a falar, o pregador deve ser oalmene claro a respeio de quana verdade ele enciona comunicar. Em circunsâncias normais, ele deve se prender a isso e não acrescenar nada mais, exceo a explicação, as ilusrações ou as aplicações. Seus subíulos devem prover um resumo conciso da verdade que ele esá abordando. Devem exrair da laranja odo o suco que ele quer dar, nem uma goa a mais. Naturalidade
Os subíulos devem ser naurais e não arificiais. Em sua preparação, o pregador em sempre de pergunar como o seu versículo, ou passagem, ou assuno, se divide nauralmene. Nada que não eseja no esboço deve ser imposo. Os subíulos são alavancas que removem esouros do solo, não são veículos que os ransporam para algum lugar. Poucas divisões
Um sermão não deve er muias divisões. Quando eu era menino, ainda era permiido por lei reirar os ovos do ninho de ceros pássaros. Achar ninhos de pássaros era uma diversão favoria de muias crianças e, em nossa família, fazíamos uma boa colea. Se rouxéssemos um ovo para casa, nossos pais queriam saber quanos haviam no ninho. Se houvessem mais de quaro, nossos pais ficariam conenes. Como muias ouras pessoas, eles •
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maninham a eoria de que um pássaro só pode conar aé quaro! Porano, não seniria fala do ovo roubado e não seniria qualquer riseza! Não sei se essa eoria é correa ou não. Mas sei que as pessoas acham difícil seguir ou reer um sermão que enha mais do que quaro ponos. Se há apenas dois ponos, é difícil maner o ineresse das pessoas, er progressão e inroduzir muia variedade. Se há ponos demais, os sermões se ornam exremamene difíceis de serem lembrados. Esa é a razão por que é sábio fazer sermões com rês ponos (a despeio de oda a gozação que exise a respeio disso) ou, no máximo, quaro. Um sermão com rês ou quaro divisões evia muios perigos. A forma mais simples de lógica, o silogismo, se expressa em rês ponos. Eis um exemplo de silogismo: odos os careiros usam uniforme azul e amarelo. João é um careiro. Logo, João usa uniforme azul e amarelo.
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Porano, em um sermão de rês ponos é possível er não somene muia variedade, mas ambém um argumeno lógico que conduz a um clímax ou uma conclusão. Devemos parar de rir dos pregadores que usam rês ponos em seus sermões. Esse ipo de sermão em sido uma boa ferramena de ensino aravés dos séculos. Com muia freqüência, sermões desse ipo êm sido usados maravilhosamene para apresenar com clareza a verdade de Deus. Proporção
Como regra geral, cada divisão em um sermão deve er o mesmo amanho. ecenemene, ouvi um jovem pregador cuja mensagem inha rês ponos bem claros. Ele gasou vine e rês minuos no primeiro pono; see minuos, no segundo e apenas rês, no úlimo! A impressão deixada foi a de que ele gasou muio empo em sua primeira divisão e nos desaponou nas ouras duas. Senimos que o sermão não inha equilíbrio e que havíamos sido, miseriosamene, iludidos. Nenhum pregador deve causar esse ipo de •
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impressão. As pessoas devem sair da igreja comovidas, emocionadas e sub jugadas pela Palavra de Deus. A esruura exise para servir à Palavra, não para nos afasar dela. Persuasão
Se pensarmos cuidadosamene em nossos subíulos, podemos escrevê-los de modo que sejam mais persuasivos. Em Maeus 6.1-18, nosso Senhor ensinou seus discípulos a respeio de obras de caridade, oração e jejum. Em cada ensino, Ele lhes disse primeiro o que não fazer; depois, o que deviam fazer. Ese é um bom exemplo a ser seguido. O negaivo deve preceder o posiivo. Da mesma maneira, o absrao deve aneceder o concreo; o falso vir anes do verdadeiro; afirmações, anes de apelos e exorações. Por que roubar da mensagem a sua força, quando, por meio de uma pequena consideração e reorganização, podemos orná-la mais convincene? Atratividade
De modo semelhane, após mediar em odos os iens, podemos ornar nossos subíulos mais araenes. Afinal de conas, não anelamos que nossos sermões sejam ineressanes, fáceis de seguir e mais fáceis de serem lembrados? Faremos progresso imediao apenas simplificando as palavras � “rês raos cegos” faz mais senido às pessoas do que “um rio de roedores visualmene incapazes”! Um subíulo colocado em palavras simples sempre em mais poder do que um subíulo colocado em frase exensa � por exemplo: “Uau!” é mais fácil de ser memorizado do que “Esou surpreso!” E por que os subíulos êm de ser expressos em afirmações? Deerminados subíulos não seriam mais caivanes se fossem expressos na forma de pergunas? Com oração e cuidado, odos nós podemos apresenar nossas divisões de maneira mais araene. 3) A conclusão
odas as coisas boas chegam ao fim. E isso aconece com sermões, quer bons, quer ruins. Mas, qual é a melhor maneira de encerrá-los? O que cons•
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iui uma conclusão proveiosa? Os ineressados na esruura do sermão nunca esão disposos a eviar pergunas como essas. Definição
A conclusão é formada por observações que encerram o sermão. O seu alvo é concluir a mensagem de um modo que seja digno das verdades que foram pregadas. ambém procura assegurar que nada imporane seja perdido e que o ensino seja enfaizado na mene e consciência das pessoas presenes. Há alguns anos, minha esposa e eu ficamos surpresos ao enconrar uma pequena fábrica de chocolae escondida em uma vila ao nore do País de Gales. O proprieário era um chocolaeiro suíço que fazia à mão cada chocolae. Evidenemene, iso significa que seu produo era exremamene caro. Porque ele fora ão amável conosco e porque havíamos enconrado aquela fábrica ão ineressane em nossa viagem, decidimos comprar seis caixas de chocolae. Ele raou cada chocolae com afeição paernal, enquano os colocava em uma sacola de cores brilhanes, que, depois, fechou com uma fia e enregou ao nosso cuidado. Assim como nós, ele se mosrou ansioso de que nenhum dos chocolaes se perdesse na viagem de vola. O cuidado dele e aquela sacola foram uma conclusão adequada de nossa visia. Importância
A conclusão é capaz de aumenar a uilidade do sermão, assim como é capaz de arruiná-lo. Pode incuir a verdade no ouvine, mas ambém pode fazê-lo rejeiar a verdade. A conclusão do sermão pode gravar a verdade no coração de cada ouvine ou corrompê-la de modo que se orne irreconhecível. As úlimas frases de um sermão êm uma imporância que ninguém pode exagerar. Que vanagem há em pregar um sermão esimulane, se os seus úlimos minuos deixam as pessoas enediadas? Que proveio raz um sermão, se inicialmene despera as pessoas, mas depois as faz dormir? Se o ensino é ão claro quano pode ser, mas a conclusão é vaga e confusa, que benefício duradouro ele raz consigo? •
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Quando eu era criança, aprendi a fazer balas de açúcar. Grandes quanidades de açúcar eram derramadas na água fervene, que depois era deixada a esfriar. À medida que a água esfriava, o açúcar dissolvido começava a crisalizar ao redor dos barbanes que deixávamos oscilando na água. Essas deliciosas balas são semelhanes a boas conclusões: odas as pares do sermão crisalizam em uma forma que pode ser facilmene levada embora. Conudo, sabemos que nem udo em um sermão é agradável. alvez seja melhor comparar a conclusão à pona de uma flecha. Ela é airada velozmene conra o ar pela corda do arco (a inrodução), manida no rumo por rês ou quaro penas (as divisões), mas sua obra se realiza quando ainge o alvo. Nesse momeno, oda a força se concenra em sua pona, que penera o alvo. Uma flecha emboada ainge o alvo e cai no chão. Não faz nada. Que desperdício! udo seria diferene, se a pona da flecha ivesse sido afiada. Sugestões
Afie a pona da flecha! Prepare com cuidado a conclusão de seu sermão. Escreva exatamente o que você quer deixar reinindo nos ouvidos de seu povo, ou memorize-o, ou inclua-o (na ínegra) em suas noas. Devemos preparar a conclusão anes de prepararmos a versão final de nossa mensagem. A conclusão deve esar em nossa mene a cada pono da mensagem. Devemos irar do arsenal a arma que sirva à conclusão. Nunca devemos perdê-la de visa. A cada pono, devemos er perfeiamene claro a respeio de onde desejamos que o sermão ermine. Sou uma pessoa que acredia que os emplos das igrejas deveriam ser simples e sem ornamenação. Mas imaginemos por um momeno que sou um arquieo conraado para projear um edifício magnífico com um pináculo. Ese pináculo esaria em minha mene desde o começo. Seria algo que eu desejaria que odos vissem. Apareceria em odos os rascunhos e dominaria os meus planos. Mas em que pono da consrução o pináculo seria feio? De modo semelhane, a conclusão de um sermão é o primeiro na concepção, mas o úlimo na execução. A conclusão deve ser cura. O discurso acabou e não é correo iniciá-lo novamene. É hora de erminar! É verdade que a conclusão deve ser longa o •
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suficiene para honrar o discurso que a precedeu. Mas emos de lembrar que seu propósio é concluir! Nossas conclusões devem ser variadas. Se não forem, nossos ouvines mais freqüenes saberão o que virá no final, e não haverá qualquer elemeno de surpresa. Começarão a se mexer e pegar seus hinários, anes que erminemos. Sino-me feliz por haver passado meus anos de esudo sob a influência do poderoso minisério de Paul ucker, no Eas London abernacle. Os sermões dele não eram muio exensos, mas era impossível imaginar quando ele erminaria. De repene, ele reunia udo que havia dio e o incuia, com afeição e auoridade, em nosso coração e vida. Não o percebíamos. Ele nos maninha fascinados aé ao úlimo momeno. Mas nunca saíamos do emplo sem ouvir palavras reinines que encapsulavam a mensagem e nos diziam o que fazer com ela. Hoje não exisem muios homens que pregam como o Sr. ucker. Parece que inúmeros pregadores esudam pero de uma cenrifugadora de roupas. A mensagem esá indo a oda velocidade, mas, de um modo quase impercepível, começa a perder velocidade. Depois, ao ficar cada vez mais lena, chega a uma parada leal. A congregação olha com incereza: é o fim da mensagem, ou ele começará novamene? Esse é o único momeno de suspense que sino em ais mensagens! Esses érminos enfadonhos não sugerem respeio pela verdade que acabou de ser pregada. Nossas conclusões devem ser direas e pessoais. odo o propósio da pregação da Palavra de Deus é que as pessoas sejam ransformadas por ela. A conclusão em de exigir um veredico de todos os ouvines. Cada pessoa precisa enender que esá diane de uma escolha � em de colocar em práica o que ouviu ou recusar-se a fazer isso. Não pode permanecer neura. A verdade de Deus exige uma resposa pessoal. Os ouvines êm de desfruar as verdades, crer nas promessas, enrar no gozo dos privilégios, receber as consolações, cumprir os deveres, abandonar o pecado e aceiar com seriedade as adverências � ou desprezar udo isso. Mas ninguém deve permanecer como esá. Uma decisão em de ser feia agora mesmo. A conclusão em de insisir nisso. E parar.
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*** A história de duas salas de estar
Já falamos sobre udo que precisava ser dio a respeio de esruura clara. Permia-me, agora, erminar com a hisória de duas salas de esar. No domingo passado, a Sra. McGregor assisiu ao culo. O sermão foi exegeicamene correo e repleo de sã dourina, mas não lhe rouxe nenhum benefício. Quando ela volou para casa, ambém não conseguiu ransmiir ao seu marido incrédulo grande pare do sermão; e seu marido parecia ineressado em saber o que ela inha ouvido. Qual era o problema? A fao é que o sermão foi um aglomerado de senenças que inham pouca ou quase nenhuma esruura, pelo menos aé onde ela recordava. Por isso, não pôde acompanhá-lo, nem reê-lo, nem comparilhá-lo. Como Deus foi glorificado nisso? No domingo passado, John Jones eseve na igreja. O sermão foi exegeicamene correo e repleo de sã dourina. Ele mal podia esperar para chegar em casa. Subiu apressadamene os degraus e conou o sermão à sua esposa deficiene. John podia lembrar o sermão com ana facilidade, que o expôs à sua esposa em dealhes, um pono após ouro. De fao, John quase lhe pregou o sermão. Ela, por sua vez, ficou emocionada, seniuse comovida e foralecida. Naquela sala de esar, dois corações buscaram novamene ao Senhor. Por amor a Deus, endo em visa o bem daqueles que nos ouvem, con veridos ou não, dediquemo-nos à arefa de dominar a habilidade de pregar com esruura clara!
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Exercício 1. Você esá almoçando com uma família crisã, no domingo. Enquano al-
moçam, a família discue a fala de esruura no sermão pregado naquela manhã. Descreva o que você pode er ouvido. 2. Faça um esboço ampliado para um sermão baseado em omanos 12.1-2. Jusifique a sua esruura. 3. Algumas pessoas argumenam que o Espírio Sano é o Ensinador Divino, e que somene Ele pode ornar evidene as coisas de Deus. Não há, porano, necessidade alguma de ficarmos preocupados com a esruura de um sermão. Escreva o que você pensa sobre esa opinião.
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4 Ilustrações Vívidas
A
gora, deve esar claro para nós que a boa pregação exige muio rabalho de preparação. Mas odo o nosso rabalho se perderá, se os ouvines não puderem praicar e recordar o que foi pregado. Foi por essa razão que gasamos um capíulo considerando o assuno da esruura clara. A mesma razão agora nos leva ao assuno de ilustrações vívidas. 1) O valor das ilustrações
Uma ilusração é uma linguagem figurada que raz clareza ou discernimeno a um assuno. É uma janela que permie a luz enrar em uma sala escura. Muias pessoas não êm muia facilidade no manuseio das palavras. Acham difícil lidar com a lógica absraa e a argumenação eórica. Argumenos profundos e consisenes deixam-nas confusas. Quando as palavras são usadas desa maneira, ais pessoas se senem perdidas na escuridão. Alguém quer ajudá-las a ver? Será que alguém pode lhes dar um par de óculos infravermelhos? Ou melhor, uma ocha? Muias pessoas não podem enender muio bem alguma coisa, se não puderem vê-la em sua mene. Elas reagem posiivamene a palavras que projeam imagens, mas consideram as palavras em si mesmas como algo monóono, obscuro e desineressane. Os Arqueiros é um programa de rádio inglês que em sido ransmiido quase odos os dias por mais de cinqüena anos. Milhões de pessoas ainda o sinonizam. Elas ouvem as palavras dos
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aores, mas não vêem nada. Enão, o que é ão araene nesse programa? Divulga-se a si mesmo como “uma hisória diária do povo inglês”. Os seus fãs não esão sinonizados em um dilúvio de proposições absraas, e sim em uma hisória que podem ver descorinada em sua mene. Muios pregadores são basane críicos da culura moderna, especialmene de sua dependência de linguagem figurada. Peço-lhes que enfrenem a realidade. alvez não gosem da maneira como as coisas são. Mas precisam lembrar que esa é uma geração que precisa de linguagem figurada. E, o que há de errado nisso? As escriuras conêm ilusrações em cada uma de suas páginas, e nosso Senhor as usou em odo o empo. O assuno de ilusrações exige nossa aenção urgene. Não precisamos ser semelhanes a radialisas que enam comenar uma parida de fuebol, quando os holofoes já apagaram. Acenda as luzes! Mosre a Palavra de Deus em odas as suas cores e movimenos. Prepare suas ilusrações e, para comprovar seu valor, considere eses rês ponos: As ilustrações explicam a verdade
Esa é a razão porque o Senhor dizia freqüenemene: “O reino dos céus é semelhane a... (M 13.24, 31, 33, 44-45, 47). Uma vez que uma ilusração se abrigue na mene de uma pessoa, udo se orna claro. Em omanos 6 e 7, o apósolo Paulo explica por que coninuar no pecado é um absurdo para uma pessoa jusificada pela fé. Eu mesmo, por exemplo, acharia difícil enender aqueles capíulos, se esivessem cheios de argumenos complexos e racionalizados. Mas não esão. Paulo fala sobre um escravo que morre para um senhor, mas é ressusciado para servir a ouro. Ele se refere a um mercado de escravos no qual você pode dizer quem é o senhor de cada servo. Fala a respeio de um casameno em que um cônjuge morre e deixa o ouro livre para casar com oura pessoa. O apósolo não usa nada mais do que palavras, mas nos fala por meio de figuras. E esas não somene nos ajudam a enender, mas ambém nos convencem do que ele esá dizendo. Não devemos copiar o exemplo do apósolo? Alguém conhece uma maneira melhor de explicar a verdade?
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Ilustrações Vívidas
As ilustrações tornam a verdade atraente
Você já viu um pregador perdendo a aenção de seus ouvines? As pessoas esão no emplo, mas seus pensamenos esão em ouro lugar. epeninamene, elas se concenram, olham para o pregador e lhe dão oda a sua aenção. O que aconeceu? O que causou a mudança de aiude? Ele esá usando uma ilusração! Os pregadores nem sempre podem ornar udo fácil. Algumas coisas na Bíblia são difíceis de enender. Mas as pessoas só podem ouvir coisas difíceis por um período limiado de empo. Dê-lhes um descanso, um refrigério e, logo, esarão pronas para ouvi-lo novamene. A maioria das pessoas da Suíça não vive em chalés, e sim em blocos de aparamenos. Quase odos os blocos de aparamenos êm um ele vador � maravilha das maravilhas! � que quase nunca quebra. Mas, se quebrar, pode-se usar as escadas. Há dois lances de escadas para cada andar, e, onde os lances se enconram, há sempre uma cadeira! É difícil subir escadas, mas, se você parar e senar na cadeira para descansar, descobrirá que, afinal de conas, subir escadas não é ão difícil. As ilusrações de um sermão são como essas cadeiras. Se ivéssemos de fazer uma longa viagem em um breve período de empo, acharíamos melhor ir por uma auo-esrada. Isso não é ão ineressane como dirigir pelas esradas do inerior. Na auo-esrada, cada quilômero parece exaamene igual ao anerior. Depois de um empo, cansamos da auo-esrada e paramos nos seus resauranes e lojas de conveniência. Vamos ao banheiro, omamos um cafezinho e passamos alguns minuos nas lojas. Assim, achamos que esamos pronos para coninuar a viagem e desejamos coninuá-la. O que aconeceu conosco? Descansamos e fomos revigorados. As ilusrações dos sermões são como essas paradas na auo-esrada. Você já leu uma hisória para uma criança que assenou ao seu lado? A princípio, ela esá ineressada e se deleia com a hisória. Mas, depois de alguns minuos, começa a inquiear-se. Enão, udo muda: ela insise que você prossiga. Você virou a página e a criança viu uma figura! Viso que as ilusrações ornam a verdade araene, elas ambém a ornam impressionane. Nosso Senhor poderia er dio algo assim: “Não •
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impora como você vive, nem onde, nem durane, ou por quano empo em vivido assim, se você se volar para Deus, Ele o receberá”. Mas esas não foram as suas palavras. Pelo conrário, Ele disse: “Cero homem inha dois filhos...” (Lc 15.11). A parábola do Filho Pródigo imprime em nós a recepção do Pai de um modo que nenhuma oura afirmação poderia fazê-lo. Vemos a verdade, vemos com clareza e choramos de alegria. Quando Davi pecou ão descaradamene conra o Senhor, com adulério e crime de assassinao, e meses se passaram sem que ele se volasse para Deus em oração, Deus lhe enviou o profea Naã. Ese invadiu a presença do rei, aponou-lhe o dedo, com ira, e o denunciou? Não. Naã foi muio sábio ao fazer isso. Seu alvo era resaurar o pecador caído, e não levá-lo a aposaar. Ele enrou com genileza e conou uma hisória a Davi. Pouco depois, era o rei, e não o profea, quem esava furioso. Conudo, milhares de anos mais arde, ainda ficamos chocados com a auoridade de Naã, ao dizer: “u és o homem” (2 Sm 12.7). As ilustrações fazem com que a verdade fique gravada em nossa mente
O que você recorda do úlimo sermão que ouviu? Algumas frases lhe causaram impaco? A linguagem o comoveu? Houve alguns exemplos brilhanes de argumenos persuasivos? São esas as coisas que você recorda? alvez não. Mas esou cero de que você, assim como eu, pode lembrar as ilusrações! Muios anos arás, no início de meu minisério, recebi um convie especial para assisir o exame cadavérico de um fumane. O propósio era que eu ficasse ão chocado ao ver o que o abaco faz aos pulmões das pessoas, que usaria minha influência miniserial para desesimular a práica de fumar em odos os lugares. Sou um homem frágil e provavelmene eria desmaiado, se ivesse assisido ao exame. Por isso, recusei o convie. Mas de uma coisa esou cero: se aceiasse o convie, eria ficado infiniamene mais impressionado pelo que eria viso do que por odas as esaísicas que já li a respeio de fumar. ecordamos aquilo que vemos. Esquecemos muio do que lemos e ouvimos. Como pregadores, não usamos recursos visuais. Nosso Senhor nos chamou a rabalhar com palavras. Mas devemos usá-las para esimular o poder •
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Ilustrações Vívidas
de imaginação que Deus ouorgou às pessoas. emos de colocar olhos nos ouvidos das pessoas. Não há maneira melhor de aingirmos a sua mene. Quando nos levanamos para pregar, emos diane de nós odos os ipos de pessoas. Elas são diferenes em raça, idade, culura, educação, habilidades, conhecimeno, caráer, emperameno e ouras coisas mais. odavia, podemos araí-las com ilusrações bem ponderadas. Foi isso que nosso Senhor fez durane os dias que o levaram à crucificação. Um exemplo é a parábola dos lavradores maus que enconramos em Marcos 12.1-12, bem como as rês parábolas em Maeus 25. Durane esse período, nosso Senhor falou a uma variedade de pessoas excessivamene ampla. Sua audiência incluía inimigos erudios que não esavam presenes em seu minisério fora de Jerusalém. Ele lhes ensinou verdades desagradáveis que nunca esqueceriam! Uma verdade lembrada pode cumprir seu objeivo muio, muio empo depois de o sermão haver sido pregado. Quando eu inha os meus vine anos, li vários sermões de F. B. Meyer. Os sermões coninham ilusrações que êm ajudado minha vida crisã aé aos dias de hoje. De modo semelhane, minha alma coninua a se alimenar dos sermões de Hywel Griffihs, de Bridgend, que foi indubiavelmene o maior pregador que já ouvi. Eu inha vine anos de idade quando o ouvi pela primeira vez, em uma de suas visias anuais à nossa pequena vila no Sul do condado de Pembroke. E suas pregações, proferidas naquela época, ainda me fazem bem, quase odos os dias. Isso ocorre não porque as gravei em cassees, e sim porque eu as recordo. enho escuado milhares de sermões aravés dos anos, e quase odos eles não se abrigaram em minha memória. Mas a pregação de Hywel Griffihs coninua viva, primeiramene por causa de seu poder celesial (um assuno que abordaremos em ouro capíulo) e, em segundo lugar, porque a pregação dele era ilusraiva do começo ao fim. O que as pessoas vêem, elas o recordam. O que as pessoas vêem em sua mente, elas ambém recordam. Esa é a maneira como somos consiuídos. Pessoas que êm se ausenado da igreja por muios anos, mas que freqüenaram a escola dominical quando crianças, ainda podem lembrar muias hisórias bíblicas. Porano, podemos uilizar ilusrações em nossa pregação e ajudar os ouvines a lembrar o evangelho. •
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Pregação Pura e Simples
Um dos livros que êm moldado meus ponos de visa sobre a pregação é Some Great Preachers o Wales (Grandes Pregadores do País de Gales), escrio por Owen Jones. 1 Esse livro considera em dealhes vários homens cuja pregação poderosa resulou na conversão de milhares de pessoas e, conseqüenemene, ransformou a nação. A pare mais proveiosa desse livro é sua inrodução, na qual Owen Jones idenifica cinco caracerísicas que esses homens inham em comum. É ineressane observar que uma dessas caracerísicas era a imaginação. Esses homens, em medidas diferenes, levavam os seus ouvines a ver algo. Não podemos fazer o mesmo? 2) Fontes de ilustrações
odo pregador que conheço me diz que é fraco no uso de ilusrações e que gosaria de melhorar. ambém me diz que apreciaria ajuda no que concerne às fones de ilusrações. As Escrituras
Pode obê-las nas Escriuras. Quando raamos do assuno de exaidão exegéica, vimos que a Bíblia é auo-inerpreaiva. Ela ambém é auoilusraiva. Ela é rica em hisórias, biografias, poesias e provérbios; e udo isso pode ser usado para ilusrar quase odas as dourinas ou lições que ensinamos com base nas Escriuras. econhecendo que os próprios crenes conhecem ão mal a sua Bíblia, por que não usar sempre as Escriuras como sua primeira fone, quando esá à procura de ilusrações? Mas precisamos ser cuidadosos. Quando lemos sermões dos purianos do século XVII ou de Charles H. Spurgeon, do século XIX, observamos que eles usaram cada livro da Bíblia para ilusrar o que inham a dizer. Não podemos fazer exaamene como eles o fizeram. Pregaram a congregações que conheciam muio bem as Escriuras. Às vezes, as referências deles aos aconecimenos bíblicos eram meras alusões. Falaram sobre “sibolee”, bar ba rapada pela meade, o Vale de Bacaa, a casa do oleiro, a orla da sobrepeliz e a enfermidade de Públio � e odos sabiam a respeio do que eles fala vam! Não podemos fazer isso hoje. A fim de usarmos essas alusões como •
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ilusrações, eríamos de apresenar uma explicação mais ampla ou conar a hisória. No enano, ao fazer isso, poderíamos maar dois coelhos com uma só cajadada: ilusraríamos o que emos a dizer e daríamos aos ouvines um melhor conhecimeno de odo o conselho de Deus. Há oura coisa a respeio da qual precisamos ser cuidadosos. Falamos sobre isso no capíulo anerior, mas precisamos mencioná-lo de novo. Sempre precisamos disinguir enre o significado intencional das Escriuras e o seu uso como ilustração. Essa disinção em de ficar clara para os ouvines. Use Naamã como uma ilusração da fé reluane e infanil, mas nunca dê a impressão de que ese é o único propósio de 2 eis 5.1-19. Use a chamada de Samuel para ilusrar a proximidade de Deus, porém não deixe as pessoas imaginarem que o propósio de 1 Samuel 3 é ransmiir essa verdade. Com cereza, devemos usar porções das Escriuras para esclarecer a passagem sobre a qual esamos pregando. odavia, ao fazer isso, não queremos obscurecer o enendimeno que as pessoas êm a respeio da passagem que usamos como ilusração! Observação
Deus em dado a cada pregador uma cona bancária cheia, não de dinheiro, mas de ilusrações para os sermões. Se irássemos dessa cona mil ilusrações por dia, nunca ficaríamos falidos. Como emos acesso a esa cona? Não com um alão de cheques ou com um carão de crédio, e sim com os olhos e os ouvidos. Devemos apenas manê-los aberos, anoar em nossos pensamenos o que vemos e ouvimos e acrescenar um pouco de raciocínio. As coisas que vemos, as que ouvimos e as experiências do viver diário são uma fone inesgoável de ilusrações. eire dessa esane udo que você puder e perceberá que seu esoque se renova imediaamene. Encha o seu sermão com a água desse poço, porque ele nunca em o aviso “fora de uso”. Aé uma baeria de longa durabilidade se acaba, mas esa baeria nunca o deixa na mão. Ese é um sol que sempre resplandece, um veno que sempre sopra, um manancial que nunca seca, uma esperança que não desapona � um suprimeno de ilusrações que nunca se acaba! Foi o Senhor mesmo que nos ensinou a enconrar ilusrações à nossa •
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vola. Ele falou sobre semear rigo, edificar casas, conservação de vinho, levedar a massa, assar pães, empresar do vizinho, acender lâmpadas, varrer a casa e achar esouros. Jesus falou sobre os deveres dos servos, cães embaixo da mesa, ladrões assalando, raças desruindo roupas, devedores na prisão, crianças brincando, fesas, casamenos, julgamenos e evenos coidianos. Ele veio do céu, mas viveu na erra. Conversou com homens e mulheres da erra usando figuras que eles podiam enender. Seus mais fiéis seguidores fazem o mesmo. C. H. Spurgeon queria que odos os seus alunos fossem pregadores que usassem ilusrações. Ele os exorava freqüenemene a maner os olhos aberos e mediar no que viam. Em uma ocasião, Spurgeon lhes disse que, se udo que ivessem diane de si fosse uma vela, essa vela lhes daria ilusrações suficienes para muios sermões! Eles riram. Spurgeon provou sua afirmação pregando-lhes dois sermões consiuídos oalmene de lições obidas de velas. Seu livro Sermons on Candles (Sermões sobre Velas) é uma versão impressa desses sermões. As ilusrações obidas de velas não eriam muio efeio sobre as pessoas de nossos dias. Vivemos em um mundo de energia elérica, elevisão, compuadores, carros, celulares, supermercados, música comercializada, espores profissionais, viagens mundiais e esperanças de exploração do espaço. Nosso Senhor reirou suas ilusrações da Palesina do século I; Calvino, da Genebra do século XVI, enquano as palavras de Spurgeon refleiam a Londres do século XIX. E nós? Os nossos ouvines do século XXI ouvem ilusrações de nossa época? Se não ouvem, falhamos para com eles. A criatividade total
O conhecimeno da Bíblia, dois olhos, dois ouvidos e uma mene ponderadora são udo que um bom ilusrador precisa. Mas ele pode fazer ainda melhor, se esiver disposo a enrar no mundo da criaividade oal. Parábolas e alegorias criadas pela própria pessoa são especialmene eficazes. É claro que as alegorias de O Peregrino e Guerra Santa, escrios por John Bunyan, não podem nem mesmo começar a rivalizar com as parábolas de nosso Senhor, mas esses livros não êm sido uma bênção para milhões? •
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Durane quase rina anos, enho ilusrado o ensino de Paulo em omanos 7 usando uma hisória simples. Fala de um homem que esá caminhando para casa em uma noie escura. Ele cai em uma poça de lama, mas não percebe o quano esá sujo aé que se aproxima de uma luz. Ele faz o melhor para ficar limpo. Mas o problema é ese: quano mais ele se aproxima da luz, ano mais percebe a sujeira e mais dificuldade enconra para ficar limpo. Finalmene, ele se coloca bem debaixo da luz e clama em desespero ao ver oda a sujeira que ainda esá grudada nele: “Desvenurado homem que sou!” (omanos 7.24.) Esse clamor pode ser proferido ão-somene por aqueles que esão próximos do Senhor. Por que menciono isso? Bem, alguns meses arás, depois de um iner valo de quarena anos, decidi reler um livro que li quando era esudane. Queria observar o que penso sobre o livro hoje. Ele se chama A Vida Cristã Normal, escrio por Wachman Nee. Fiquei admirado em enconrar nele a parábola da poça de lama que eu pensava sinceramene haver invenado! O fao é ese: a parábola do Sr. Nee se mosrara ão eficaz, pelo menos em mim, porque, embora não a esivesse usando como ele fizera, a parábola enrara ão profundamene em meu coração, que eu pensava havê-la invenado. Em minha pregação, enho usado, cenenas de vezes, hisórias, parábolas e alegorias criadas por mim mesmo. Em odas as ocasiões, o efeio em sido o mesmo: as pessoas ficam senadas, mudam-se para assenos mais à frene, dão-me oda a sua aenção e me agradecem depois. Por que não pensar no que aconece aos seus ouvines em um dia normal e conar-lhes uma hisória ineressane a respeio desses aconecimenos? Em vez de falar absraamene a respeio da enação, da dúvida, da ousadia em esemunhar, por que não invenar cenários que odos enenderão? A criaividade pessoal não é enganosa. As pessoas sabem o que você esá fazendo. ambém sabem que o Senhor fez esse ipo de coisa há dois mil anos. Onde mais
Além da Bíblia e do que obemos por meio dos senidos e da imaginação, há inúmeras fones de ilusração. Como pregadores, cremos que oda verdade vem de Deus. Cremos que o mundo Lhe perence. Cremos que •
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devemos conhecer ano menos quano possível o pecado e conhecer ano mais quano possível odas as ouras coisas. Assim, no melhor que pudermos, fazemos esforço para aumenar nosso conhecimeno em odas as áreas que se abrem diane de nós � hisória, geografia, maemáica, ciências, línguas, medicina, ares, lieraura, poesia, música, ciências sociais, ecnologia, aconecimenos auais, políica, direio, negócios, espores, habilidade de comunicação ou qualquer oura coisa. Cremos que é correo er fome em nossa mene. Lemos livros, assisimos a elevisão, vídeos e filmes, ouvimos palesras, vamos ao earo e a conceros, omamos pare em discussões � e fazemos pergunas aonde quer que vamos! Quana coisa há para conhecermos! Conhecemos apenas a menor pare de udo! Mas, nessa menor pare, enconramos abundância que podemos usar para ilusrar nossa pregação. Desejamos conhecimeno por amor ao próprio conhecimeno, porém, à medida que o obemos, ambém aumenamos nossa habilidade de proclamar de um modo mais ineressane a verdade de Deus. No enano, precisamos er cuidado. As ilusrações são ferramenas que ajudam as pessoas a saírem do conhecido para o desconhecido. Se a ilusração é reirada de uma área sobre a qual elas não sabem nada, a ilusração não as ajudará. Além disso, nosso próprio coração é enganoso. É fácil usar o púlpio como plaaforma sobre a qual demonsramos o quano sabemos. emos de resisir a essa enação, com a força que o Senhor nos dá. Se o fizermos, ela fugirá de nós (g 4.7), pelo menos por algum empo. Enreano, gosaria de apelar que você obenha mais ilusrações da hisória da igreja, a despeio da quase complea ignorância dos ouvines quano a ese assuno. À medida que contamos a hisória e não apenas a mencionamos, podemos maar dois coelhos com uma só cajadada: podemos usar ilusrações para esimular a alma e, ao mesmo empo, cumprir nosso dever bíblico de relembrar às pessoas os grandes aos de Deus. Nossos ouvines devem ser informados a respeio dos grandes heróis da fé e do que lhes de vemos. Devem ser informados sobre as aflições que a igreja de Criso em passado e como as em enfrenado. Nossos ouvines devem ser comovidos por hisórias de coragem, discernimeno e esforços missionários. Devem ser •
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capazes de perceber que a nossa escolha das ilusrações esá lhes fazendo conhecer sua hisória e herança. enho ouro apelo, que se refere à internet . A providência de Deus nos dá recursos fanásicos, e devemos agradecer-Lhe por esses recursos. Sim, à semelhança de odas as coisas invenadas e adminisradas pelo homem, a internet é horrivelmene corrompida pelo pecado. Sim, a internet é uma poderosa fone de enação e perigo sério para aqueles que a usam sem er em visa a glória de Deus. Mas que grande benefício é a internet para o pregador! Pode oferecer-lhe basane ajuda em odas as áreas abordadas nese livro. Há aé sites que oferecem milhares de ilusrações para sermões! Meu apelo é que você use a internet não de maneira pecaminosa, nem como um meio de eviar o rabalho árduo, e sim com oração e sensibilidade � especialmene para ober ajuda nesa área de ilusrações de sermão, onde odos admiimos que precisamos fazer melhor. 3) A escolha das ilustrações
Se fizermos udo que sugeri na seção anerior, logo eremos mais ilusrações do que necessiamos! Jogaremos fora algumas delas e maneremos conosco somene as melhores. Porano, quais são as caracerísicas de uma boa ilusração? Subordinação
A coisa mais imporane em uma ilusração é que eseja em subordinação à mensagem. Em ouras palavras, em de ser bem-sucedida em arair a aenção à verdade que esá ilusrando. Algumas ilusrações araem a aenção para si mesmas. Ouras, se mosram ão esimulanes que deixam a mene dos ouvines pensando em alguma oura coisa. E ouras, subjugam a verdade por ocuparem maior lugar do que a própria verdade. Esses ipos de ilusração devem ser rejeiados. Não cumprem a sua arefa. Cera vez, levei um grupo de esudanes infanis ao Louvre, em Paris, para que vissem a Monalisa. Não a apreciaram de maneira alguma! Ao reornarem, não falaram sobre o quadro famoso, e sim a respeio de odo o •
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equipameno de segurança que o cercava. Falaram sobre as luzes, os sensores, as poras de segurança, mas não mencionaram o sorriso legendário. Era como se as crianças nunca ivessem viso aquele quadro. Aquele sisema elerônico me recorda muias das ilusrações de meus sermões! As ilusrações não êm qualquer ouro propósio além de jogar luz sobre a verdade exposa. Pregadores que não usam nenhuma ilusração nos deixam aeando na escuridão. E aqueles que usam ilusrações demais nos expõem ao desconforo de viver em uma esufa. udo que precisamos é basane luz, para que vejamos a verdade com clareza; e nada mais do que isso. E, se a verdade que esamos pregando é incapaz de ser ilusrada? Ese é o caso, por exemplo, da dourina da rindade. A riunidade de Deus não é semelhante a nada! Se enarmos ilusrar a rindade, ceramene cairemos em heresia. E iso já aconeceu realmene! Algumas pessoas em assemelhado a rindade a H2O, que se enconra no gelo, na água e no vapor. O gelo não é água; a água não é vapor; e o vapor não é gelo � mas os rês são H2O: rês em um! Isso não ajuda as pessoas a enender? Não, não ajuda. Essa ilusração serve apenas para ensinar modalismo, ambém conhecido como sabelianismo, que é uma heresia. O modalismo ensina que exise um só Deus, que se revela em rês formas diferenes: o Pai, o Filho e o Espírio Sano. H2O ambém se revela em rês formas diferenes. O problema é que cada molécula de H2O não aparece no gelo, na água e no vapor, ao mesmo empo. Iso é exaamene o que o modalismo crê a respeio de Deus: o único Deus, quando se manifesa como o Pai, não é ambém, naquele momeno, o Filho e o Espírio Sano. A verdade bíblica é bem diferene: o Pai é compleamene Deus, assim como o Filho e o Espírio Sano. Mas o Pai não é o Filho, e o Filho não é o Espírio Sano, e o Espírio Sano não é o Pai! Podemos afirmar isso em palavras simples, mas não podemos enender como isso é assim! ampouco podemos ilusrá-lo. Se não o podemos, não devemos nem enar. A dourina da rindade é o maior de odos os misérios. E ao seu lado esá a dourina das duas naurezas disinas na pessoa de nosso Senhor Jesus Criso. Para ensinar essas dourinas em nossa pregação, devemos nos •
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resringir a afirmações simples. Se usarmos ilusrações, deveremos fazê-lo para ressalar os erros comeidos em relação a elas. Podemos corrigi-los com afirmações mais simples e, assim, ober sucesso em fazer as pessoas enenderem a verdade. As ilusrações êm de esar subordinadas à verdade. Se, em qualquer aspeco, falham nesse ese, devemos abandoná-las. Deus nos chamou a proclamar a sua verdade, não a perverê-la ou a silenciá-la. Clareza
As ilusrações não êm qualquer valor se não são claras. Algumas são ão complicadas que só conseguem razer confusão à mene dos ouvines. Há pregadores que gasam empo explicando suas ilusrações e, aé, ilusrando-as! Mas por que apagar as luzes, quando nossa arefa é acendê-las? enho um amigo que hoje é um minisro fiel. Anes, porém, ele era um esudane de eologia inexperiene; e, cera vez, me convidou para ouvi-lo pregar. O coneúdo de sua mensagem era excelene. Mas o seu começo foi um desasre. Ele começou falando à congregação sobre a Grande Pirâmide, e logo ficou claro que os ouvines não sabiam nada a respeio da pirâmide. Porano, ele gasou vários minuos explicando onde ela esava, quando e por que a consruíram. Depois, ele enou inroduzir seu sermão com uma lição exraída da consrução da pirâmide � um assuno sobre o qual os ouvines ambém não sabiam nada. Porano, a lição de hisória coninuou, misurada com muias informações sobre engenharia civil. odo o sermão durou cerca de rina e cinco minuos, dez dos quais foram gasos na Grande Pirâmide! Pregadores, enham cuidado! As ilusrações êm de ser claras; de fao, ão claras que seja impossível não compreender o que elas ransmiem. Brevidade
As ilusrações êm de ser breves. Se uma ilusração esá replea de inúmeros dealhes insignificanes e irrelevanes, levará os seus ouvines à disração. Esqueça odos os aalhos curos, ome a auo-esrada e leve os seus ouvines do pono A ao B ão direamene quano possível! No que diz respeio à ilusração, o que vale é o desino, e não a jornada. •
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Conudo, se você começa a usar uma ilusração exensa, por favor, enha a genileza de erminá-la. Uma vez comecei a ler um arigo fascinane em uma revisa semanal. Falava sobre o esilo de vida e as opiniões do príncipe Charles e me dizia coisas a respeio das quais eu nada sa bia. Cheguei ao final da página e virei-a. Mas o arigo não coninuava. E não havia qualquer indicação disso em oda a revisa. Fiquei frusrado e seni-me enganado. Há pregadores que agem assim. Começam uma ilusração e logo percebem que é irrelevane ou demasiadamene grande. Por isso, deixam-na de lado e dão coninuidade ao sermão. É verdade que as congregações não gosam de ilusrações exensas, a menos que sejam hisórias, parábolas ou alegorias. No enano, os ouvines ambém não gosam de ser deixados a imaginar o que aconeceu depois. E você gosaria que eles ficassem pensando a respeio de qualquer oura coisa? Você não gosaria que eles dessem oda a sua mene ao reso do sermão? Dignidade
Quer sejam curas, quer sejam exensas, odas as ilusrações precisam ser dignas. Não é a verdade divina que esamos pregando? Podemos razer luz às coisas sanas por usarmos figuras daquilo que é impuro, indelicado e frívolo? Não há lugar para mau goso na vida crisã. Com cereza, ambém não há lugar para impurezas no púlpio crisão. Um amigo ínimo levou-me, em cera ocasião, para ver a caedral de Le Puy. Ela esá na pare mais ala de uma cidade pioresca e parece mais impressionane a cada degrau que você sobe em direção a ela. Um de seus esouros é um quadro medieval pendurado acima do alar principal. eraa um homem idoso, de feição genil, com barba branca, assenado em algumas nuvens. Supõe-se que ele seja Deus! Os peregrinos e urisas são araídos a esse quadro e encorajam ouros a vir e a conemplá-lo. ezam diane do quadro e depois compram carões posais que o reraam. Mas esse quadro realmene degrada a Deus. É uma blasfêmia. A sua própria exisência é uma violação da lei de Deus. ouba-O de sua majesade, não fazendo nada além de esimu•
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lar a idolaria no coração das pessoas. Sim, o fao de que um quadro é popular não implica que é legíimo. Isso ambém se aplica a ilusrações. Elas precisam er dignidade. êm de reverenciar a verdade que procuram ilusrar. Iso significa que nunca devemos usar humor no púlpio? Meu pono de visa é que, em geral, não planejemos ser engraçados no púlpio, mas, se o humor surge nauralmene, pode ser uma coisa boa, conano que seja puro. Embora, haja vários raços de humor na Bíblia, ele não é usado habiualmene para ensinar dourina, mesmo havendo alguma exceção. Seu uso normal é, com freqüência, para incuir a verdade e, em paricular, para revelar a hipocrisia e a fala de sinceridade. Se guardarmos em mene o princípio da subordinação, não comeeremos muios erros nesa área. Variedade
Em adição a udo que já dissemos, as ilusrações precisam ser variadas. Apesar de C. H. Spurgeon er uma habilidade exraordinária para exrair das velas inúmeras lições, alegro-me em observar que ele nunca pregou um sermão em que odas as ilusrações se referiam a velas. Se ivesse feio isso, os analisas modernos o diagnosicariam como alguém que sofria de uma obsessiva desordem compulsiva! O que seria o inerior de um país, se houvesse apenas um om de verde? E o que é um sermão em que odas as ilusrações são iradas da vida da família do pregador, ou de sua diversão favoria, ou do fuebol? odos sabemos o que significa a “mesmice” e nos cansamos dela. Pessoas que rabalham em fábricas de doce podem comer ano doce quano desejam durane as suas horas de rabalho, mas em pouco empo elas não comem doce nenhum. A variedade é, de fao, um empero da vida. Somos embaixadores do Deus que criou as esações e pinou odas as cores do arco-íris. Encheu ese mundo com uma muliplicidade de espécies e deu a cada roso um formao diferene. Mesmo em seu Ser indivisível há diversidade. Se manivermos variedade por obermos ilusrações de odas as fones já mencionadas, nós O honraremos.
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Exatidão
A úlima coisa que precisa ser dio é que nossas ilusrações devem ser exaas. Não podemos ilusrar uma verdade sendo mentirosos. Não podemos dizer que coisas nos aconeceram, quando elas não nos aconeceram. Se nos referimos à hisória, biografia ou qualquer oura área de conhecimeno, emos de esar ceros dos faos. Se as pessoas percebem que somos uma fone desconfiável de informação a respeio das coisas comuns, o que pensarão quando lhes falarmos sobre as coisas de Deus? Cera vez, usei uma ilusração baseada na esruura do sisema solar. As pessoas ficaram ineressadas, mas várias delas mosravam uma feição de esranheza. Logo que o culo acabou, um fila se formou rapidamene à pora. Cada pessoa queria me dizer a mesma coisa: os planeas não esavam na ordem que eu havia mencionado! Fiquei embaraçado e envergonhado. Eu havia pregado um erro como se fosse uma realidade e, porano, sufocara a minha própria credibilidade. Um deslize no falar é uma coisa; um erro eviável é oura bem diferene. Nossas ilusrações êm de ser consiuídas de faos exaos, bem como de eologia exaa. Precisamos dizer algo mais a respeio da ilusração com a molécula H2O? Essa é uma perversão óbvia da verdade. Mas usar uma ilusração exaa em assunos dourinários pode ser uma ferramena poderosa. Por exemplo, algumas pessoas êm obido melhor enendimeno do que aconece na conversão apenas por serem informadas a respeio do nascimeno de um bebê. O bebê chora para nascer ou porque já nasceu? De modo semelhane, o nosso clamor a Deus para que nos salve é a prova de nosso novo nascimeno, e não a sua causa. Novamene, o princípio da subordinação nos guiará aravés de odos os perigos que enfrenaremos aqui. Uma ilusração eologicamene inexaa não pode servir à verdade. Ao conrário, porém, uma ilusração eologicamene exaa pode gravar a verdade na memória para sempre.
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Ilustrações Vívidas
Encerramos agora ese capíulo. Suplico que odos nos asseguremos de que seja bem ilusrada cada mensagem que pregamos. Nosso povo não é capaz de ver sempre a forma do que esamos enando descrever-lhes. Acendamos as luzes! Não devemos possuir ana luz que os deixemos fascinados e, ainda, incapazes de ver. Não devemos er candelabros que os deixam ofegando em admiração. As luzes comuns serão suficienes. Saberemos que nosso sermão causou algum bem, quando ouvirmos nosso povo dizer: “Agora, sei o que ele quer dizer”. Exercício 1. Você em um amigo que ilusra com facilidade e profusão, mas pessoas
que o ouvem dizem que ele é apenas um conador de hisórias? O que você pode dizer-lhe? 2. Ilusre rês dourinas do que pode ver na sala em que esá assenado. 3. Que ilusrações você usaria para ajudá-lo em um sermão sobre Efésios 2.8-9?
Noas: 1 eimpresso e comercializado por enmaker Publicaions, 121 Harshill oad, Sokeon-ren S4 7LU. •
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5 Aplicação Penetrante
N
unca fui a um alfaiae, viso que sempre compro meus ernos em uma loja. Mas ouço que ainda exisem muias pessoas que fazem suas roupas sob medida. É com ese pensameno que desejo começar ese capíulo. Imagine um alfaiae que ece suas próprias roupas. Não há falhas na exura (exaidão exegéica). O maerial (coneúdo dourinário) é de ala qualidade. O ecido em um padrão araene (esruura clara). Aé uma pessoa simples pode senir e ver quão bom é o ecido (ilusração vívida). Porano, não há nada a reclamar, há? Conudo, odos sabemos que o alfaiae ainda não erminou o seu rabalho. O rabalho de um alfaiae consise em fazer roupas para as pessoas. Seus clienes o procuram com odos os moldes, amanhos e necessidades diferenes. O alfaiae em de fazer mais do que escolher o ecido; ele precisa corá-lo de modo a se adequar aos clienes, para que eses o usem odos os dias. Um alfaiae que não pode fazer iso não deve esar nesa profissão. udo o que fazemos como pregadores é desperdiçado, se nossos ou vines não vesirem nosso maerial odos os dias da semana. Eles êm de ser praicanes da Palavra, e não somene ouvines (g 1.22). É um erro pregar sermões de “molde padrão”. As pessoas que nos ouvem êm de usar o mesmo maerial, mas emos de corá-lo de modo que seja adequado a cada um, individualmene, e assim eles possam usá-lo com facilidade em suas circunsâncias pessoais. Um minisério de “molde padrão” não conseguirá isso. Se a verdade de Deus em de ser vesida com honra nese mundo, os sermões êm de ser eitos sob medida.
Pregação Pura e Simples
1) O que é uma aplicação penetrante Definição
John A. Broadus pregou com poder nos Esados do Sul dos Esados Unidos, no século XIX. Seu livro Te Preparation and Delivery o Sermons (A Preparação e Apresenação de Sermões) é um clássico. Embora não seja um livro de leiura fácil, cada página esá cheia de ensino claro e conselhos sá bios. Por que não omarmos alguns minuos para refleir sobre cada palavra que ele usou para definir a aplicação. Eis a definição: A aplicação é, no sentido restrito, aquela parte, ou aquelas partes, do discurso nas quais mostramos como o assunto se aplica aos ouvintes; mostramos que instruções práticas o sermão lhes oerece e que exi gências práticas o sermão lhes az. 1 Daniel Webser, o grande educador e filósofo americano, ambém viveu e escreveu no século XIX. Em uma ocasião, ele disse: “Quando um homem prega para mim, quero que orne a pregação um assuno pessoal, um assuno pessoal, um assuno pessoal”.2 Como os raios do sol focalizados sobre a pele por uma lene ampliadora, a aplicação reflee na consciência do ouvine as sérias reivindicações da verdade. A aplicação prega às pessoas, e não apenas diante das pessoas. Isola cada indivíduo e o faz enender que a mensagem é para ele pessoalmene. A aplicação confrona o ouvine. Enconra-o como um oficial de jusiça baendo à pora de seu coração e enregando-lhe uma inimação pessoal. Exige uma resposa e insise que esa lhe seja dada ali, naquele momeno. Importância
Quando não há aplicação, a pregação perde seu senido, sua vida, seu ineresse. Não raz à consciência nenhuma convicção penerane, nem oferece qualquer consolação resauradora à alma. Deixa cada ouvine senindo-se como uma criança que nunca recebeu carinho e nunca foi disciplinada. Po bre criança! O que será dela? erá uma vida desorienada e confusa, sem marcos e valores. •
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Aplicação Penetrante
Pregar sem a aplicação é como airar uma flecha no ar com a esperança de que ela alvez ainja alguém, em algum lugar. Na providência de Deus, isso pode aconecer, al como infelizmene o descobriu o rei Acabe, conforme relaado em 1 eis 22.34-35. Sermões sem objeivo às vezes realizam algo! Conudo, a maneira normal de Deus agir é bem diferene. Na baalha de Agincour, quando os arqueiros galeses airaram ao ar, eles sabiam exaamene o que esavam fazendo. Aceraram o alvo e desruíram os franceses. Um cirurgião em a vocação de curar, e o insrumeno que ele usa é um bisuri. Sem o bisuri, ele não pode curar, mas, se não sabe onde fazer o core, maará o paciene. O pregador em de ser muio mais cuidadoso. A aplicação pode curar uma alma, enquano o erro na aplicação pode arruinála para sempre. A aplicação que é conveniene a um ouvine pode causar danos irreparáveis em ouro. Onde não há aplicação penerane, não há pregação verdadeira. emos muio a aprender dos apósolos. Suas epísolas esão repleas de dourina, mas eles não disseram: “Bem, é isso. Expliquei a dourina. Agora deixarei que o Espírio Sano lhes mosre como essas verdades devem ser colocadas em práica”. Não! Não! Não! Eles deixaram isso bem claro. ogaram que seus leiores ivessem uma vida digna da vocação a que haviam sido chamados (Ef 4.1). Mosraram-lhes com dealhes o que isso significava, falando a respeio de sua vida pessoal e seu comporameno na igreja, na família e na sociedade. Lidaram com pecados, deveres, problemas, oporunidade e alegrias específicas. E, dese modo, nos dão um modelo que devemos imiar. A aplicação penerane, que consiui a verdadeira pregação bíblica, não em correspondene no mundo dos não-converidos. Discursar era uma pare muio imporane da vida nos anigos impérios grego e romano, mas a aplicação pública não era encorajada. Não a enconramos em Plaão, ou em Arisóeles, ou em seus discípulos. Mas a enconramos em Paulo, Crisósomo, Wickliffe, Luero, Calvino, Owen, Bunyan, Whiefield, Wesley, Spurgeon, Lloyd-Jones e Hugh Morgan! Não podemos explicar o poder do púlpio crisão, sem considerarmos o assuno da aplicação. Quando Criso envia um homem a pregar, Ele não o comissiona apenas para expor a verdade, mas ambém para dizer aos seus ouvines como praicá-la. •
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Pregação Pura e Simples
No enano, os homens e as mulheres não-converidos não gosam de ouvir a aplicação. ampouco os crenes ineressados nas coisas espiriuais. Lembro que, em cera ocasião, preguei em uma convenção evangélica nas monanhas Jura, que dividem a França e a Suíça. Um grande número de crenes, de ambos os países, esavam ali reunidos. Um deles era um pasor que se mosrou inensamene agiado, enquano eu pregava. Logo depois da reunião, ele me procurou e disse irriado: “Senhor Olyot, as pessoas de minha igreja não são crianças, nem olos. Quando você prega a Palavra, eles são perfeiamene capazes de deduzir, por si mesmos, a maneira como devem colocá-la em práica. Eles não precisam que você a apresene em dealhes e de modo ão direo!” Admio que minha pregação esá longe de ser perfeia. Mas aquele homem esava errado. O coração humano é corrupo e não quer ser mudado. Ele fica feliz quando a Palavra é pregada e não pressiona a consciência. Pode ver como a verdade de Deus se aplica aos ouros, mas não quer aceiá-la para si mesmo. Age com alruísmo egoísa e passa a responsabilidade a ourem. A pregação não cumprirá seu propósio, se não for aplicada às pessoas que nos ouvem. emos de incui-la nos ouvines e usá-la para aingi-los, porque, se não fizermos isso, eles acharão que a pregação não em nada a dizer-lhes pessoalmene. Mas como fazemos isso? 2) Como a aplicação penetrante é realizada Seja específico
Somos pregadores. Pregar é falar sobre mudanças; iso é udo que consiui a pregação. Não somos chamados a falar de modo vago e geral ou somene para explicar princípios. Somos chamados a falar sobre o pecado, a mosrar Criso e a apresenar, com firmeza, às pessoas os deveres e consolações do evangelho. Escrevendo para uma oura geração, Charles Bridges afirmou: “Para que seja eficaz, a pregação em de ser reduzida de meras generalidades a caráer pessoal percepível � influenciando os negócios e às afeições de cada pessoa”.3 Em Maeus 19.21, podemos ver como nosso Senhor fez isso. Ele podia •
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ver que o jovem rico inha um ídolo, não em sua casa, mas em seu coração. O jovem rico era um maerialisa religioso que amava seu dinheiro mais do que ao seu Criador. Nosso Senhor não lhe deu uma palesra sobre os princípios que fundamenam a idolaria, deixando-lhe, em seguida, a imaginar o que deveria er feio como resulado da palesra. Jesus lhe disse que fosse para casa, desruísse o seu ídolo, pensasse na recompensa eerna e seguisse a Ele � “Se queres ser perfeio, vai, vende os eus bens, dá aos pobres e erás um esouro no céu; depois, vem e segue-me”. Veja o que nosso Senhor fez em João 4.15-16. rouxe a mulher samariana (que era imoral) ao pono em que ela mosrou ineresse pessoal na água viva sobre a qual Ele falava. O próximo passo do Senhor não foi dizerlhe que, de maneira geral, ela deveria se arrepender de sua vida passada. O Senhor a fez encarar sua própria condição. Jesus lhe disse: “Vai, chama eu marido e vem cá” (Jo 4.16). E sabemos o que aconeceu em seguida. Veja o que nosso Senhor fez em Marcos 7.20-23. Ele esava lidando com pessoas que não enendiam a corrupção do coração. Por isso, lhes mosrou o seu erro e lhes ensinou um princípio geral: “O que sai do homem, isso é o que o conamina”. Esse é o pono em que param muios dos pregadores modernos. Não dizem mais nada, deixando as pessoas pensarem o que iso realmene significa. Nosso Senhor não agiu assim. Ele descreveu com basane clareza a maneira como as pessoas deviam pensar: Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os urtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem (Mc 7.22-23). Veja como o apósolo Paulo seguiu com precisão o méodo de nosso Senhor. Em Gálaas 5.16-18, ele disse aos seus leiores que nese mundo há dois ipos de comporameno. Um deles é inspirado pelo Espírio Sano; o ouro, pela “concupiscência da carne”. Se vivermos à maneira do Espírio, não seguiremos o comporameno da carne, ainda que o achemos muio araene. As regras não impedem que você siga o comporameno errado, •
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mas o andar no Espírio impede! O que Paulo escreveu é claro, e suscia a perguna: os crenes da Galácia realmene sabiam de que maneira se expressava cada um desses comporamenos? Paulo era um pregador e não os deixou com dúvida: Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, eitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, acções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o futo do Espírito é: amor, alegria, paz, lon ganimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei (Gl 5.19-23). Depois da leiura de um parágrafo como esse, odo crene da Galácia saberia, em dealhes, a diferença enre o caráer de um não-crene e o de um crene. De modo semelhane, o apósolo especificou a imóeo que exisem dois ipos de pessoas na erra: o juso e o ímpio. Mas, em ermos concreos, a que se assemelha a impiedade? Novamene, o apósolo seguiu o méodo de ensino de seu Senhor: endo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e proanos, parricidas e matricidas, homicidas, impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina, segundo o evangelho da glória do Deus bendito, do qual ui encarregado (1 m 1.9-11). Nem o nosso Senhor, nem o seu apósolo se saisfez com afirmações gerais. Eles as dealharam. Deram uma lisa de exemplos do assuno a respeio do qual falavam. Se a aplicação é muio geral, ela deixa de ser aplicação. O alvo do pregador é a consciência, sempre. Ele a ainge por meio da mene, esperando que a consciência moive a vida. Ele a invade, faz-lhe pergunas e insise que ela pense e se compore à luz da verdade pregada. John Jones, de alsarn, um dos maiores pregadores do País de Gales, •
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Aplicação Penetrante
no século XIX, às vezes fazia comenários sobre o seu méodo de pregação. Ele disse que sempre subia ao púlpio levando várias bombas. Jogava uma delas sobre a congregação no início do sermão, observando-a maar algumas pessoas. E coninuava jogando bombas durane odo o sermão, aé que odos os seus ouvines esivessem “aniquilados”! O que ele queria dizer? John Jones acrediava na aplicação, usando-a de maneiras diferenes para incuir a Palavra, aé que ela ivesse efeio em odos os ouvines. Os pregadores mais poderosos da Hisória sempre fizeram isso. Um sermão impresso não é semelhane a um sermão pregado, mas podemos ver essa caracerísica em homens como John Wesley, George Whiefield e Jonahan Edwards. Os purianos fizeram isso anes desses homens, acompanhando sempre a sua exposição e dourina com o que chamavam de “usos”. Esses “usos”, ou aplicações, eram freqüenemene numerosos, e a principal caracerísica deles era que falavam de modo específico às suas congregações a respeio do seu pecado, deveres, problemas e privilégios. O erro de não falarmos de modo específico, como o fizeram os purianos, de cera forma, explica a fala de poder em nossa pregação, hoje. Seja discriminador
Quando nos levanamos para pregar e olhamos para a congregação, podemos esar ceros de que enconraremos vários ipos de pessoas presenes. alvez eseja ali um visiane que em pouco ou nenhum conao com o evangelho. Provavelmene, há alguém que freqüena a igreja com regularidade, mas não parece ser converido; ou uma pessoa que “fez uma decisão por Criso” e não mosra qualquer evidência de er vida espiriual; ou alguns que ainda são perdidos, mas esão buscando o Senhor com sinceridade. Há ambém os novos converidos, os crenes amadurecidos e os que passam por fores enações, dúvidas ou ribulações. Há aqueles que esão se ornando egoísas e cujo andar espiriual se ornou desesimulane e cansaivo. Veremos crianças que se mosram conenes por esarem ali e ouras que apenas oleram aquele lugar. Há um adolescene aborrecido, segurando sua cabeça enre as mãos. E assim por diane. Quem sabe quanos ipos diferenes de pessoas podemos acrescenar à lisa? •
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Pregação Pura e Simples
O que faremos com odas essas pessoas? Colocaremos o remédio no balcão e diremos: “Aqui esá, pessoal! O remédio lhes fará bem. omem a dosagem que acharem conveniene”? Ou, como um farmacêuico responsá vel, daremos a medida cera para cada um? É claro que na pregação pública não focalizamos os indivíduos, nem ciamos o nome de alguém. Mas, quando a verdade é pregada, cada grupo de pessoas precisa saber como aquela verdade se aplica a elas, e cada indivíduo presene precisa ser capaz de dizer a si mesmo: “Exise algo para mim nessa mensagem”. Pensemos na cidade imoral de Corino, do século I, e gasemos um momeno com a igreja crisã daquele lugar. Os crenes recebem uma cara do apósolo Paulo! odos se assenam e alguém começa a ler a cara. Em cero momeno, há um silêncio especial: Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem eeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. ais ostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas ostes santificados, mas ostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (1 Co 6.9-11). Você pode imaginar como cada pessoa se seniu, quando seu pecado paricular foi mencionado publicamene? Pode imaginar o senso de alívio que se propagou na congregação, quando as duas úlimas senenças foram lidas? Haveria esse senso de alívio e admiração, se o apósolo ivesse dio: “Alguns dos pecados de vocês eram erríveis, mas Deus perdoou odos eles?” Há um poder na aplicação que não somene é específico, mas ambém fala a grupos definidos de pessoas. Exise um livro, escrio originalmene em inglês, que Deus em usado para dar vida espiriual a milhares de pessoas. Foi escrio pelo puriano Joseph Alleine e se chama An Alarm to the Unconverted. Alleine menciona dez ipos de pessoas que são evidenemene não-converidas. Depois, ele se refere a doze marcas secreas de uma pessoa não-converida. Em ouras •
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Aplicação Penetrante
palavras, ele mosra que há vine e dois ipos de pessoas não-converidas, dirigindo-se a cada um desses ipos, sem corromper um único versículo das Escriuras.4 Se Deus descreve os homens e mulheres não-converidos de maneiras ão diferenes, não deveríamos ambém reconhecer que esses ipos exisem e dirigir-nos aos não-converidos de acordo com seus ipos? O que udo iso significa na práica? Anes de me levanar e pregar, devo pensar nos ouvines do sermão. Devo pensar na congregação que enho diane de mim, e não na congregação que eu gostaria de er! O que a minha passagem em a dizer ao menino que cursa o Ensino Fundamenal? Como o exo se aplica ao adolescene e ao esudane que esá com seus pais apenas em gozo de férias? De que maneiras pariculares a mensagem fala aos jovens recém-casados, aos que preendem ser missionários, ao soleiro de quarena anos, ao desempregado, à viúva, ao rise, ao soliário, ao ancião, ao enfermo e ao aribulado? Não basa preparar um ecido de ala qualidade. Chegou a hora de corá-lo. oda pessoa do audiório precisa ver que você em pendurado no púlpio roupas feias exaamene para elas. Mas iso não é udo; você em de exorá-las a vesir ais roupas. Iso nos leva ao nosso pono final. Seja persuasivo
Nossos ouvines precisam saber não somene que as roupas devem ser vesidas, mas ambém que podem ser vesidas e que esá neles mesmos o ineresse de fazer isso. O pregador não cumpre o seu dever, se apenas diz às pessoas o que fazer. Ele em de mosrar-lhes como e por que al coisa é digna de ser feia. A Bíblia é sempre clara em mosrar o que fazer. O “ por que” é apresenado no seu ensino geral a respeio das bênçãos da obediência � bênçãos que desfruaremos ano nesa vida como no porvir. O como é exposo no ensino bíblico a respeio da sabedoria, e nese pono o pregador precisa fazer algumas sugesões práicas que abençoarão seu povo, e não somene falar com a auoridade direa da Palavra de Deus. Esa é uma área em que ele não pode ser negligene. Ele não esaria raando os seus ouvines com amor, se fizesse isso. alhar não é a melhor maneira de persuadir as pessoas a fazerem algo •
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digno. A Palavra de Deus em muio a dizer a respeio de mulheres rabugenas, e nada do que ela diz sobre isso é posiivo! Pregadores fiéis são firmes quano ao pecado e à necessidade de arrependimeno, mas, como homens que cuidam das pessoas, eles ainda preferem as promessas à vara. Os pais que amam seus filhos aplicam-lhes disciplina quando necessário, mas gasam muio de seu empo dando-lhes encorajameno e docinhos. Um cachorrinho aprende obediência mais por meio de uma recompensa em pedaços de chocolae do que por meio de palavras severas e pancadas. Quando eu era um jovem pasor, fui convidado a palesrar em algumas reuniões especiais em uma pequena cidade do Sul do País de Gales. Achei o emplo mais rapidamene do que esperava; por isso, cheguei anes que o abrissem. Duas senhoras de idade avançada já esperavam do lado de fora. Pergunei-lhes: “Vieram à reunião?” Elas responderam: “Sim, viemos para ouvir o Chicoe!” O Chicoe? As senhoras, que não me reconheceram, me disseram que alguns meses anes inham ouvido um pregador que havia sido convidado. Que chicoada ele lhes havia dado! Não esavam ceras de que concordariam com ele hoje, mas esavam lhe dando o benefício da dúvida e inham vindo para escuá-lo novamene. Não preciso lhe dizer que ficaram embaraçadas quando compreenderam, repeninamene, que esavam falando com o “Chicoe”. Mas, não ão embaraçadas como eu, por haver recebido aquele apelido. Aprendi muio com aquelas duas irmãs em Criso. Elas não fizeram nada para diminuir meu desejo de ser franco e direo, mas revelaram-me que repreender severamene as pessoas e persuadi-las são duas coisas diferenes. A persuasão em o propósio de mosrar que a roupa criada por você é digna de ser vesida. Fala aos ouvines sobre a felicidade e bênção que gozarão em sua vida, se colocarem em práica a verdade de Deus. Expõe-lhes os perigos que enfrenarão, o progresso que conquisarão, as experiências que desfruarão e como a obediência agrada ao seu edenor. A persuasão deixa as pessoas não somene dispostas, mas ambém desejosas de andar com Deus. Aravés dos anos, enho passado muio empo levando jovens para caminharmos pelas colinas e monanhas do Nore do País de Gales. Eles •
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sempre reclamam que os faço levar muias coisas. Por que não levar apenas alguns sanduíches e algo para beber? Por que insiso em algumas roupas sobressalenes, um chapéu, jaqueas e calças à prova d’água, ki de primeiros socorros, um apio, uma lanerna, comida de emergência, um liro de água, um saco de dormir e várias ouras coisas � e udo isso em um dia de verão? Eu lhes explico o que em aconecido a ouros e por que cada iem é necessário. A murmuração cessa, cada um pega a sua mochila, e desfruamos o dia! Dizer: “ragam apenas o que lhes disse ou não poderão ir comigo” não produziria o mesmo efeio. A persuasão faz pare da vida, porém, muio freqüenemene, ela não em seu lugar na pregação. Quanos jovens você conhece que gosam de fue bol, mas não gosam dos reinos iniciais? Nesses reinos, eles aprendem que, se iverem melhor preparo do que o ouro ime, se iverem maior resisência física, se puderem driblar com muia habilidade, quase sempre vencerão. O pensameno de viórias regulares ransforma o ânimo dos jogadores. Um quilo de persuasão equivale a uma onelada de repreensão. A verdadeira persuasão envolve emoção, paixão. Direi mais sobre isso em ouro capíulo. Agora, porém, algo precisa ser dio. Alguns pregadores não gosam de qualquer expressão de emoção, e alguns dos que ensinam os pregadores desencorajam as emoções. Eles precisam lembrar que você não pode persuadir ninguém, a menos que seu coração eseja envolvido na persuasão. O discurso persuasivo esá repleo de senimenos. Pregadores persuasivos falam sobre o mal com desgoso, de Criso com ardor, dos crenes com amor, do céu com enusiasmo! São esimulados no profundo de seu ser, e odos os adulos e crianças que os ouvem esão cienes disso! Os pregadores que permanecem como esáuas, falando com seriedade e calma , mas sem senimenos, não persuadem as pessoas. Eles êm perdido seu “oque” humano. Por que ouvir uma pessoa que expõe os faos sem expressão, quando você pode ober a mesma informação em cores, na internet ? Pensemos na Grande Guerra de 1914 a 1918. Um grupo de soldados emerosos esá posicionado arás dos sacos de areia, em uma rincheira lamacena. Em poucos minuos, um apio soará, e eles erão de subir as escadas, salar por sobre os sacos de areia e correr por enre uma chuva de balas, •
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em direção ao inimigo. Muios morrerão imediaamene, ouros sangrarão aé à more na erra de ninguém, e somene alguns reornarão. Como você moiva homens como esses? Como você os convence a subir as escadas e a correr em direção à more? O sargeno fala com eles com um profundo senimeno em sua voz. Ele lhes explica o que esá em jogo nessa guerra. Se perderem-na, não erão mais liberdade. Seus pais serão moros; suas esposas alvez serão violenadas, e seus filhos serão escravizados. udo o que eles sempre valorizaram desaparecerá para sempre. Essa baalha é imporane. De fao, é vialmene imporane. Se vencerem-na, a guerra não esará ganha, mas erão dado um passo adiane. Nesse pono, o sargeno levana a arma, soa o apio e gria com uma paixão de vencedor: “Avançar! Avançar!” Onde não há paixão, não há persuasão. Se o próprio general ivesse vindo e apresenado os mesmos faos, mas o houvesse feio em om gélido, sem ardor, senimeno, vigor e inensidade, a baalha eria sido perdida. Os homens eriam ficado desanimados e cheios de dúvidas. O dever os eria levado às escadas, mas não à viória. Embora o pregador use palavras oalmene verdadeiras, as únicas palavras que aingem o coração são aquelas que vêm do coração. Os pregadores nunca esimulam alguém, se eles mesmos não esão esimulados.
***
O ese final de um sermão não é o que as pessoas senem, enquano o sermão esá sendo apresenado. Já vimos que a “emoção” do momeno é imporane, e que sem ela o sermão não pode cumprir o seu propósio. No enano, ainda permanece a grande perguna: a verdade pregada se ornou uma verdade praticada? Numa manhã de segunda-feira, nosso alfaiae imaginário anda pela cidade na qual ele pregou sermões para vine pessoas nos úlimos meses. Ele as conhecia bem e decidiu enconrar-se inesperadamene com cada uma delas, se fosse possível. Achou John e Mary esperando o ônibus que omariam para ir à escola. Conversou com Mônica, que rabalhava no ban•
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Aplicação Penetrante
co. omou café com Sephen, que reornaria à universidade apenas na oura semana. Foi ao supermercado, à clínica, ao poso de gasolina, à biblioeca, à floriculura, ao escriório de advogados, à prefeiura e à coleoria. Por fim, ele checou a sua lisa, e percebeu que se enconrara com dezenove pessoas; por isso, reornou para casa, a fim de almoçar com a vigésima, a sua esposa. Observou que ela, assim como os demais, vesia as roupas que ele mesmo fizera. Ele foi ao andar superior, para lavar as mãos, anes de comer, enrou em seu quaro, ajoelhou-se e agradeceu a Deus. Exercício 1. Você deve pregar numa igreja em que não eseve anes e da qual não
conhece ninguém. O que você pode fazer para assegurar-se de que seu sermão esará cheio de aplicações significaivas? 2. Seu novo pasor é ão preocupado em pregar de maneira penerane, que se ornou censurador. Dê-lhe alguns conselhos. 3. Esboce um sermão sobre Ezequiel 37.1-14 e faça uma lisa de suas aplicações.
Noas: 1 B������, John A. On the preparation and delivery o sermons . London: Hodder & Soughon. p. 211. 2 Ciado por John A. Broadus, p. 210. 3 B������, Charles. Te christian ministry. London: Te Banner of ruh rus, 1958. p. 271. 4 Ver Capíulo 4, Te Marks of he Unconvered (As Marcas do Não-Converido), em An alarm to the unconverted (em poruguês, Um guia seguro para o céu, Ediora PES), London: Te Banner of ruh rus, 1959. p. 44-53. •
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6 Pregação Eficiente
Q
uando um livro não é um livro? É fácil responder a essa perguna. Esou senando em frene a um compuador no qual enho digiado udo que você leu aé ese pono. Iso será um livro, mais ainda não é. Um livro não em exisência aé que seja impresso e receba o acabameno gráfico. Quando um sermão não é um sermão? Quando a exegese foi concluída; a dourina, reunida; a esruura, harmonizada; as ilusrações, selecionadas; as aplicações, preparadas; e, a versão final, escria. Mas, ainda não há um sermão � nenhum sermão! Um sermão não em exisência enquano não é pregado. Esa é a razão por que a apresenação pública de um sermão em imporância crucial. A mensagem mais bem preparada do mundo erá pouco valor, se não for apresenada ão bem quano deveria ser. O rabalho árduo de nossas horas e dias pode se perder em um momeno. Um bebê pode ser concebido no venre da mãe e crescer bem, aé o insane de seu nascimeno, mas poderá desroçar o coração dos pais, se nascer moro. Penso que já disse isso anes: em minha vida, cheguei a um eságio em que ouço muios sermões. Por causa de meus círculos de convivência, enho poucas queixas a respeio do coneúdo desses sermões. Mas muios denre eles são apresenados de modo sofrível. Iso aconece porque os pregadores dão mais aenção à preparação do sermão do que à sua exposição pública. Sobem ao púlpio com o senso de que já êm algo compleo. Dizem a si mesmos: “enho um sermão”, não admiindo que um verdadeiro sermão é aquele que as pessoas levam consigo para casa. Eles são cuidadosos na
Pregação Pura e Simples
maneira de elaborar seus sermões, mas negligenes, e aé medíocres, na maneira de comunicá-los. Isso não produzirá resulado algum. Sermões pregados de modo negligene não glorificam a Deus. Desaponam as pessoas, reardam a progresso do evangelho e provocam grande medida de rejeição. odo pregador em de avaliar como apresena o seu sermão, a cada vez que o prega. Ele não progredirá auomaicamene. Pode aé piorar, especialmene se os seus maus hábios se ornam ão arraigados, que o incapaciam de livrar-se deles. Se negligenciarmos o assuno da apresenação do sermão, logo será muio arde para progredirmos. Peço-lhe que considere eses see aspecos:1 1) Seu espírito
A pregação que você prepara não pode ser divorciada de você mesmo! Quando você prega a homens e mulheres, algo do seu espírito se revela a eles, e não pode ficar oculo. A mais famosa afirmação desa ligação indissolúvel enre o pregador e sua pregação se enconra na palesra de Phillips Brooks, iniulada Os Dois Elementos da Pregação, apresenada na Conferência Lyman Beecher, em 1877: A pregação é a comunicação da verdade eita de homens para homens. Ela tem dois elementos essenciais: verdade e personalidade... Nenhum destes pode estar ausente e, ao mesmo tempo, haver pregação... Pregar é apresentar a verdade por meio da personalidade... A verdade, em si mesma, é um elemento fixo e estável; a personalidade é um elemento variável, sujeito a crescimento. 2 odos nós emos caráer e personalidade diferenes. No enano, exisem algumas qualidades que êm de ser verdadeiras em cada pregador. Primeiramene, emos de ser corajosos. Somos chamados a permanecer na fila daqueles que se mosraram fiéis a Deus, sem imporarem-se com as opiniões dos homens e das mulheres � na fila em que permanecem Moisés, Elias, Jeremias, João Baisa, nosso Senhor Jesus Criso, os apósolos, os márires, os reformadores como Marinho Luero, John Knox, os avivalisas do século XVIII e •
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Pregação Eficiente
inúmeros ouros. Somos os poradores da Palavra de Deus! Pregamos a cruz desprezada. Nossa mensagem esá replea de consolação, mas não emos palavras agradáveis para os impenienes e nenhum compromeimeno com o espírio de impiedade que predomina em odas as épocas. emos de ser humildes. Sabemos que o orgulho, nosso maior obsáculo, pode arruinar nosso minisério e roubar-nos o poder. Com cereza, não pediremos desculpas pela mensagem que razemos: “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus” (1 Pe 4.11). Enreano, não podemos ser fiéis ao evangelho do Criso que humilhou-se a Si mesmo, se pregamos com um espírio de auo-imporância. Cairemos no orgulho odos os dias, se esquecermos o nosso pecado, a cruz do Salvador e o fao de que não podemos fazer nada sem a bênção do Senhor. emos de ser sinceros. As pessoas, em especial os jovens, odeiam a falsidade. É rise dizer que a meade das pessoas espera deecar a falsidade no pregador. emos de ser ão verdadeiros, a pono de eviar a impressão de que somos perfeios; devemos ser sanos o suficiene para que odos saibam que vivemos o que pregamos. Podemos desruir odo o nosso minisério por vi vermos de modo incoerene. odos sabemos que as pessoas sinceras exercem sobre nós um poder que dificilmene conseguimos expressar com palavras. Sendo sincero é a única maneira de se falar como uma pessoa sincera! emos de ser ervorosos. Volamos à quesão dos senimenos, que é ão pouco enfaizada neses dias. emos de crer no que falamos, as nossas pala vras êm de significar exaamene o que afirmamos, e devemos sentir o que dizemos. Nos imporamos ou não com as pessoas que esão diane de nós? O desino eerno delas depende de sua reação ao que esamos dizendo. Como podemos ser insensíveis? Somos indesculpáveis, se pregamos uma mensagem fria, quando assunos eernos esão em jogo. Mas não podemos fabricar por nós mesmos uma pregação fervorosa. emos de senir a força esimulane da verdade em nossa alma; assim, falaremos com grande persuasão. emos de ser auocontrolados. Se conhecermos bem o maerial sobre o qual pregaremos; se em nosso coração cremos nesse maerial e preparamos bem o nosso sermão, nossa apresenação será caracerizada por calma e confiança. A sinceridade e o fervor nos moverão a expressar-nos com •
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Pregação Pura e Simples
persuasão. Onde não há moderação e calma, os pregadores ransmiem a mensagem como fanáicos alucinados. Quando não êm auo-renúncia, os pregadores falam como pessoas insensíveis. Na pregação, em de haver com busível e fogo. O fogo sem combusível se apaga rapidamene, enquano o combusível sem fogo é frio e inúil. Precisamos realmene de ambos e não saisfazer-nos com nada menos do que ambos! Alegro-me em saber que um discípulo que gasta tempo com o seu Senhor ressusciado, ouvindo a voz dEle, nas Escriuras, será levado à experiência da esrada de Emaús, e seu coração arderá por escuá-Lo (Lc 24.32). emos de ser corteses. Ninguém deve pregar a menos que saiba a diferença enre ser direo e ser rude. Se ofendermos as pessoas, nunca devemos fazê-lo pelo modo como falamos as coisas, e sim apenas por causa daquilo que a Palavra de Deus coném. Ilusrações grosseiras, maus cosumes, pala vras riviais e aiudes hosis não êm lugar no púlpio crisão. O pregador ambém não deve repreender as pessoas presenes por causa do pecado daquelas que esão ausenes! emos de ser bem-humorados. Há “empo de chorar e empo de rir” (Ec 3.4). Já falamos um pouco sobre o assuno de humor no púlpio. Conudo, desejamos falar um pouco mais agora. É faal alguém misurar a seriedade com a riseza excessiva. É claro que exisem alguns emas que nunca devem ser moivo de riso, ais como Deus, a expiação, a more, o julgameno, o céu e o inferno. Mas, quando o humor pode ser servo da verdade (e, ceramene, esse é um grande princípio), não enhamos medo de usá-lo. O humor pode aliviar a pressão emocional, ajudar na concenração, caivar aqueles que nos são hosis, invesir conra a hipocrisia, mosrar quão ridículas são ceras idéias e provar aos nossos ouvines que somos humanos. Se Deus colocou essa ferramena ao nosso dispor, seria correo rejeiá-la? 2) Sua linguagem
Como ransmiimos a mensagem àqueles que esão diane de nós? Por meio de palavras! Se essas palavras são claras e vigorosas, a mensagem será clara e vigorosa. As palavras são o veículo pelo qual os pensamenos •
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Pregação Eficiente
de nossa mene chegam ao coração dos ouvines. odos os ouros faores mencionados nese capíulo podem ajudar ou prejudicar a mensagem, que, em si mesma, é consiuída de palavras. Quão poucos pregadores mediam consanemene nas palavras que usam! Esse não é o maior erro apenas daqueles que são jovens e inexperienes, mas ambém de muios que pregam há décadas. Você já mediou no quano a Palavra de Deus em a dizer sobre o uso das palavras? alvez você descubra que algumas horas usando a Bíblia e uma concordância abririam verdadeiramene os seus olhos. Embora já enha feio esse esudo, não enho espaço para falar sobre isso agora. udo que posso dizer-lhe é que a Bíblia nos ensina que a escolha das palavras é um assuno deveras imporane. Além disso, a Bíblia não nos foi dada em forma de palavras escolhidas pelo Espírio Sano? Pensemos sobre a pregação, passada e presene. Muias pregações que, de ouro modo, poderiam ser excelenes, não êm sido ridicularizadas por causa das palavras mal escolhidas, gramaicalmene erradas e mal pronunciadas que alguns pregadores usaram? Milhares e milhares de mensagens que, de ouro modo, seriam excelenes não em provocado nenhuma resposa da pare dos ouvines, ão-somene porque os pregadores usaram palavras que as pessoas não acharam fáceis de enender? Não pode haver uma boa comunicação da mensagem, se não houver um uso cuidadoso das palavras. Eis quaro coisas que devemos sempre lembrar: Simplicidade
Falamos com simplicidade quando: Apresenamos cada pono em uma única frase. Muias de nossas frases não êm mais do que dez palavras. 90% de nossas palavras são com poucas sílabas. Usamos palavras que nossos ouvines enendem com acilidade. • • • •
As frases são como ijolos; consruímos nosso sermão na mene das pessoas colocando um pensameno por vez. Gasei boa pare de minha vida enando dizer aos pregadores que um estilo oral não é o mesmo que um estilo escrito. E agora o digo novamene. Precisamos er pensamenos profundos, •
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mas precisamos ambém expressá-los com simplicidade. Se as crianças não podem enendê-los, esamos sendo muio complicados. Por isso, devemos er as crianças em mene odo o empo. Em um conexo diferene, o apósolo Paulo escreveu: “Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se enenderá o que dizeis? Porque esareis como se falásseis ao ar” (1 Co 14.9). Foi dio a respeio de nosso Senhor: “E a grande mulidão o ouvia com prazer” (Mc 12.37). Gramática
Por que irar a aenção da mensagem para focalizá-la no mensageiro? Isso aconece quando usamos um poruguês incorreo. Não devemos ser ão melindrosos que acabemos falando de maneira arificial e enjoaiva. O imporane é ser claro, e não correo. Mas não somos claros, se comeemos erros que esridulam nos ouvidos das pessoas. Não é difícil falar bom poruguês. Se lermos muios livros bem escrios, absorveremos bom poruguês sem percebermos. Além do mais, é proveioso ler alguns livros simples de gramáica poruguesa, resringindo-nos à leiura de duas ou rês páginas por vez, a fim de deixarmos o assuno penerar em nossa mene. E por que não pedir que um irmão anoe os nossos erros e nos fale sobre eles depois? É melhor você receber a avaliação dele do que a igreja ser disraída pelo seu uso do poruguês. Convicção
emos de escolher as palavras ceras que expressem exatamente o que preendemos dizer. Se não fizermos isso, o que desejamos que as pessoas enendam não será o que elas realmente enenderão. A linguagem não é convincene, quando os pregadores usam palavras que indicam hesiação. Essas palavras mais comuns são “eh!” e “hum!” Os jovens são especialmene propensos a usá-las. Não precisamos delas. Fazem o pregador parecer hesiane, incero e esúpido. oubam sua auoridade. Se você for culpado desse hábio irriane, não ene fazer nada a respeio dele. Apenas observe quando você usa palavras que indicam hesiação, e elas desaparecerão por si mesmas. •
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Quase ão más quano essas palavras são as palavras riviais. São palavras que não acrescenam nada ao significado das frases e, no enano, êm o poder de orná-las irrelevanes. Se você encara com seriedade o seu chamado, abandonará esse ipo de palavras para sempre. As mais comuns são “enende?” e “Enende o que eu quero dizer?” A pior delas é “apenas” � “Vamos apenas orar”; “Leiamos apenas alguns versículos de Marcos”; “Quero apenas dizer-lhes”; porque dá a impressão de que você esá se desculpando pelo que esá falando. odas as senenças que usam “apenas” se ornam mais vigorosas e convincenes se esa palavra for reirada. Pronúncia correta
Novamene, por que afasar da mensagem a aenção dos ouvines? Nada deve ser um obsáculo. odos nós devemos usar o dicionário para aprender como proferir correamene qualquer palavra cuja pronúncia não conhecemos bem. Devemos ambém usar um dicionário bíblico para aprendermos a pronúncia correa dos nomes próprios dados no exo. Há muio empo a Bíblia foi raduzida para o poruguês. Exise uma maneira correa de pronunciar o nome de cada pessoa e cada lugar mencionado na Bíblia, por que, enão, invenamos hesianemene nossa própria maneira de pronunciá-los? No que diz respeio às palavras, não devemos nunca usar uma palavra que não sabemos, com certeza, como pronunciá-la. Aprimore a sua linguagem! Não orne o evangelho ridículo por causa da maneira como você fala, quando esá pregando! As palavras que usamos na pregação são as veses dela � por que vesi-la com rapos? 3) Sua voz
Os pregadores jovens sempre me pedem algumas regras simples que os ajudem a desenvolver uma voz ineressane, proegida do desgase. Nunca me seni capaz de dar-lhes ais regras, mas enho lhes ransmiido algumas dicas. A mais imporane dessas dicas é enender que “a perfeição ao pregar esá em falar normalmene” (C. H. Spurgeon). Na conversa normal, não •
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pensamos muio em nossa voz. Nossa mene é omada pelo que desejamos comunicar e pelo que desejamos que aconeça em seguida. Se isso ambém aconece conosco quando pregamos, falaremos muio bem. Nossa comunicação será fluene, fácil e quase conversacional. Eu digo “quase” porque não será exaamene uma conversa. Como pode ser isso, viso que esaremos falando de uma plaaforma ou de um púlpio e não de uma polrona? Nossa voz se ornará melhor apenas por sabermos como são feias as cordas vocais. A voz é um insrumeno resulane de sopro. O ar em nossos pulmões, o qual expelimos com nosso diafragma, passa pelas cordas vocais, fazendo-as vibrar. As cordas vocais esão na laringe, no opo de nossa raquéia. As vibrações se ornam ondas de som, que são amplificadas pelos espaços vazios de nossa laringe, pelas cavidades e pela boca. O palao, os maxilares, os denes, os lábios e a língua mudam o formao dessas cavidades ressonanes e, assim, produzem sons diferenes. Porano, para falarmos com clareza, conforo e de modo audível, emos de aprender a conrolar nossa respiração, a não abusar das cordas vocais, a uilizar nossos ressonadores e a movimenar aquilo que modifica o som. Entender isso nos leva freqüenemene a aprimoramenos noáveis. Para ornar nossa voz mais ineressane e agradável a alguém, devemos ambém enender as cinco capacidades com as quais nosso Criador doou a nossa voz: 1. Nível: ela pode subir ou descer; 2. imo: ela pode ser rápida ou lena; 3. Volume: ela pode ser ala ou baixa; 4. om: ela pode ser grave ou aguda; 5. Ênfase: ela pode enfaizar ceras palavras em uma senença. Lembre-se ambém do maravilhoso poder da pausa. O que udyard Kipling queria dizer, ao afirmar: “Você fala por meio do seu silêncio”? Por que Cícero, o grande orador público, declarou: “O segredo da reórica é... a pausa”? A verdade é que o silêncio premediado sempre arai a aenção e pode ser usado para causar ênfase especial em palavras e idéias. Você já ouviu um pregador que não parava de falar? O que você seniu enquano o ouvia? •
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Muias pessoas acham esse ipo de discurso muio cansaivo e irriane. Elas se desligam. Não podem assimilar os assunos, se eses são comunicados em fluxo incessane, sem pausa. Mas lembre-se: “A pausa deve ser suficienemene longa para arair a aenção ao pensameno, mas não deve ser exensa demais para arair a aenção à própria pausa”.3 4) Sua comunicação não-verbal
Em anos recenes, em havido muias pesquisas no âmbio da comunicação verbal. Em odo o empo (e não emos consciência disso!), esamos ransmiindo mensagens por meio da maneira como nos assenamos ou ficamos de pé; por meio de nossa expressão e gesos faciais, bem como por meio do espaço que gosamos de usar. Por causa da variedade de culuras, essas coisas êm significados diferenes nos diversos povos. Não ousemos ignorar esse fenômeno! Não o ridicularize. onalidade de voz, sorrisos, roso franzido, piscadelas, fiar alguém e acenar com os olhos ransmiem realmente uma mensagem, como o reconhece a Palavra de Deus (Pv 6.12-14). Pregar não é apenas algo que ouvimos; é ambém algo que vemos. Quando as pessoas o vêem pregando, seus olhos, mãos, face e pés esão comunicando algo. E iso pode ser em seu favor ou conra você. Iso não deve nos consranger. odos precisamos reconhecer que a mensagem verbal não deve ser conradiada pela mensagem não-verbal. O que você diria a respeio de um pregador que ergue os punhos e os balança, enquano prega sobre “Vinde a mim, odos os que esais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (M 11.28)? O que pensaria de um homem que prega sobre o inferno e conserva ambas as mãos nos bolsos? O que diria a respeio de um pregador que fala sobre “Não possuo nem praa nem ouro” (A 3.6), enquano brinca freqüenemene com seu anel de ouro? emos de conscienizar-nos dese assuno. Se o fizermos, o mau uso de comunicação não-verbal será curado. Um dos aspecos do assuno que ora consideramos é o contato visual. Esa é uma área em que aé os mais experienes pregadores falham horrivel•
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mene. Olhe para os seus ouvines! Olhe para eles! Conemple o roso de odos os presenes, enquano você prega! Você não erá um meio de comunicação não-verbal mais proveioso do que ese. O conao visual exige aenção � quem se concenrará na mensagem de um pregador que nunca olha para seus ouvines? Olhe para eles nos olhos e cada um senirá que a mensagem é pessoalmente para si. Sim, durane a mensagem, conece-se com cada pessoa, enquanto você está alando. Não as rae como uma mulidão e sim como indivíduos, o que elas realmene são. Quando um pregador em bom conao visual com as pessoas, esas provavelmene o levarão a sério. odos desconfiamos de pessoas que não nos olham nos olhos. Pensamos que são indignas de confiança e asuas, que procuram ocular-nos alguma coisa. Nenhum pregador do evangelho deve passar essa impressão, nem mesmo involunariamene. Permia que seus ouvines vejam os seus olhos; faça-os perceber que você esá olhando para eles. Além disso, o conao visual em oura vanagem. Capacia-o a ver como as pessoas esão reagindo à sua mensagem. Elas parecem ineressadas? Confusas? Insaisfeias? Esimuladas? Aribuladas? Hosis? Esão começando a cansar-se? É empo de usar uma ilusração, para caivar-lhes a aenção? Se você não olha para os seus ouvines, não pode responder nenhuma dessas pergunas. odos os pregadores que amam sua igreja são habilidosos no conao visual. De que modo eles reconhecerão a pessoa aribulada, à qual poderão oferecer uma palavra de ajuda pessoal? De que ouro modo poderão obser var se a congregação esá bem acomodada � se esá senindo calor ou frio, se é incomodada pelo excesso de claridade, se êm de luar conra a fala de luminosidade ou qualquer oura dificuldade de acomodação? Esas coisas não serão corrigidas, se o homem que esá diane deles não agir � e o Sr. Pregador, o homem que esá diane deles, é você! Ese não é o empo de olhar por cima da cabeça dos ouvines, fixar os olhos nas anoações da pregação, conemplar as janelas ou fechar os olhos; pelo conrário, é empo de olhar as pessoas nos olhos e minisrar-lhes, sem emor, a Palavra de Deus. •
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5) Sua aparência
Ao considerar o assuno de apresenação do sermão, precisamos aenar à apresenação pessoal e às roupas. alvez sejamos enados a pensar que ese assuno não é muio imporane, mas esamos errados, porque a maneira como nos vesimos causa diferença na maneira como nossos ouvines respondem a nós. Porano, ese é um assuno de grande ineresse. No enano, devemos er cuidado para eviar o esabelecimeno de normas rígidas e precipiadas nesa área. Não exisem ais normas. Modas no vesir e esilos de roupa esão mudando consanemene. econhecendo isso, odo pregador precisa lembrar o seguine princípio: nada deve atrair a atenção das pessoas, tirando-a da mensagem e fixando-a no mensageiro; não devemos permitir que nada desonre ou envergonhe a mensagem. Como um homem que prega a Palavra na Inglaerra do século XXI, gosaria de recomendar essas dicas essenciais em minha siuação: Cabelos limpos e peneados Nenhum adorno excessivo Corpo asseado, denes limpos e bom hálio Vesir-se como um homem que em algo imporane a dizer. Em minha culura, isso inclui erno e gravaa. Essa é a maneira como nossos represenanes se vesem no Parlameno. É ambém a maneira como se vesem os médicos e os empresários bem-sucedidos, bem como os dirigenes famosos de clubes esporivos. Sapaos limpos, calças bem passadas, bolsos sem excesso de volume, camisa limpa e gravaa bem arrumada. • • • •
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Com muia freqüência, enho me disraído da Palavra por causa das veses do homem que a proclama. Não é agradável gasar muio empo vendo uma enorme mancha de café abaixo do queixo do pregador, um esquiador sorridene em um pulôver vermelho ou dois personagens famosos de desenho animado impressos na camisea do pregador! Mais do que uma vez, pessoas me disseram que não puderam levar à sério pasores convidados, porque, embora eles ivessem orado e apresenado as Escriuras, se vesiam •
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com camiseas de fuebol. Nem odos concordamos a respeio do que é ou não permissível. Mas odos precisamos concordar que esa é uma área em que precisamos mediar mais profundamene. 6) Seus movimentos e gestos
É imporane recordar que a pregação ano é vista como ouvida. Anes de aprendermos a subir no púlpio, nós, pregadores, devemos aprender a ter postura. Devemos nos porar como arauos, em posição firme, mas sem rigidez no corpo. Iso significa er nosso peso disribuído uniformemene sobre ambas as pernas, durane oda a mensagem. Significa não ficar preso ao púlpio e aprender a ficar de pé com os braços para baixo, quando não esiverem em uso. A princípio, iso parece esranho, logo, porém, você se acosumará e, com cereza, iso fará com que respire melhor. Ou seja, evitar que as mãos esejam freqüenemene nos bolsos, pois isso pode dar a impressão de negligência com o assuno. Procurar ambém o abandono permanene do ao de coçar-se, de irriarse, de fazer gesos engraçados com os dedos, orelhas, cabelos ou óculos. Às vezes, apóie-se no púlpio para falar sobre um pono agradável e pessoal; mas depois, vole à posura anerior. O que fazemos com o nosso corpo, cabeça e mãos durane a conversa normal, em especial quando esamos de pé? Não os usamos normalmene para expressar nervosismo e sim para nos ajudar a fazer que os ouros enendam melhor o que esamos dizendo e, se necessário, para descrever o assuno com mais exaidão. Devemos fazer a mesma coisa quando pregamos. Se lembrarmos que a pregação deve assemelhar-se a uma conversa em público, eviaremos muios dos maiores erros. Não devemos er medo de sermos visos, nem de nos locomovermos! Se pudermos fazer uma escolha do local, devemos escolher o lugar em que as pessoas possam nos ver da cabeça aos pés. emos nos escondido arás de cercas de madeira, por muio empo, e isso não nos em ajudado a comunicar a mensagem. Um homem que em uma mensagem, fala com odo o corpo, e não apenas com a cabeça e os pés. Chegou a hora de sepularmos •
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com dignidade o púlpio radicional e de usarmos esruuras das quais poderemos ser visos com facilidade. Se usarmos um púlpio ou uma plaaforma, nossos gesos podem levar as pessoas a enender-nos ou a ignorar-nos. Quando usados correamene, os gesos nos auxiliam a apresenar com mais vigor o nosso argumeno. Nossos ouvines são moivados a olhar para nós, a coninuar olhando para nós e dar-nos oda a sua aenção. Percebem o que esamos querendo dizer e assimilam-no mais compleamene. E, se algo nos aconece, podemos agir com mais nauralidade. Quais as caracerísicas de gesos proveiosos? Haddon W. obinson nos diz que são: 1. Espontâneos, não planejados. Surgem nauralmene, por causa dos senimenos que emos a respeio do que falamos. 2. Específicos, não insinceros, nem esquisios. Colocamos o nosso corpo nos gesos. 3. Variados, porque qualquer geso repeido logo se orna irriane e afasa a aenção do que esá sendo pregado. 4. No momento certo, precedendo ou acompanhando o argumeno que esá sendo apresenado. Se os gesos vierem depois do argumeno, parecerão ridículos.4 Na hisória da igreja, há muios relaos sobre pregadores que praica vam seus gesos em frene de um espelho. Acho que esa não é uma boa idéia. enho cereza de que isso deixa o pregador muio consciene do que esá fazendo e, assim, quebra a primeira regra de obinson. No enano, penso que é bom assisirmos, ocasionalmene, a um vídeo de nossa pregação, a fim de idenificarmos que gesos são inúeis. Acho que não devemos fazer isso mais do que duas vezes por ano, para não ficarmos muio desanimados! Mas, se a ecnologia moderna pode nos ajudar, por que não aproveiarmos dos seus benefícios? 7) Seu tempo
erminamos ese capíulo considerando um aspeco da comunicação •
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da mensagem sobre o qual muios fazem piadas, mas que possui grande imporância. É o empo. emos de lembrar que não esamos vivendo na época de um grande avivameno. É encorajador ver o avanço consane do evangelho em odo o mundo, mas ninguém alegará que esamos experimenando algo semelhane ao Avivameno Evangélico do século XVIII. Naquele empo, John Wesley, por exemplo, pregava freqüenemene por duas horas; e Jonahan Edwards, por rês horas! Não era incomum que os homens pregassem vários sermões consecuivos. As igrejas deles permaneciam ineressadas no esudo da Pala vra, e uma obra espiriual duradoura era realizada. Cada pregador que Criso em enviado esá ciene de que, por cona própria, não pode converer ninguém, nem fazer qualquer bem duradouro. Ele se mosra grao por udo o que sabe a respeio da ajuda do Espírio Sano em expor a Palavra e anela que esse Espírio venha sobre ele de maneira singular. Cada pregador sabe que essa experiência será muio diferene de um fluxo de adrenalina ou de um senso de enusiasmo que odos os pregadores senem de vez em quando. Ele sabe que poderia pregar durane horas ininerrupas. Mas ambém sabe que as regras normais devem ser aplicadas! As regras normais são esas: 1. Cerifique-se do empo que lhe é colocado à disposição. 2. Comece na hora � não recompense aqueles que se arasam persisenemene! 3. ermine na hora � as pessoas enendem que o culo durará cero empo. erminar na hora é uma quesão de inegridade. ambém faz com que você seja respeiado e, conseqüenemene, isso aumena a sua uilidade. 4. Não se aproprie do empo desinado a ourem que poderia esar comparilhando do culo com você. Iso em sido chamado correamene de “o roubo proveniene do púlpio”, viso que envolve omar dos ouros aquilo que nunca lhes será devolvido. Sempre é melhor deixar a congregação anelando por oura mensagem do que deixá-la odiando-nos. Não vivemos em uma época que, de modo •
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geral, as pessoas apreciem mensagens longas. Você não pode falar muio so bre a essência do sermão em dez minuos, e a maioria das pessoas acha que quarena minuos de sermão é faigane. Conudo, algumas igrejas, por haverem sido pacienemene educadas, são mais capazes do que ouras a ouvir por mais empo. Iso é algo que precisamos er em mene, quando decidirmos a quanidade de assuno que apresenaremos. alvez uma boa regra é pregar durane rina minuos ou um pouco mais, fazendo-os, odavia, parecer vine minuos,5 pois “a verdadeira maneira de encurar um sermão é orná-lo mais ineressane” (H. W. Beecher). Quando erminarmos nosso sermão, devemos parar! É errado esender um sermão apenas para complear o empo! Por que um pregador faria isso? alvez ele não queira ser criicado por erminar muio rápido. Nese caso, seu moivo é oalmene egoísa e indigno de um crene e, muio mais, de um arauo da Palavra. Ou alvez ele não queira desaponar a congregação. Conudo, é provável que ele desaponará as pessoas mais por falar coisas desnecessárias do que por ser breve. No enano, muios pregadores sofrem do problema oposo: acham difícil erminar na hora! Nada os curará, exceo uma boa dose de consideração pelos ouros. Se o empo esiver quase acabado, devem simplificar o resane e erminar na hora. Depois, devem ir para casa e arrepender-se da preparação inadequada. Os pregadores que se preparam adequadamene não excedem o empo do sermão. Alguns homens, conscienes de que não êm empo suficiene para complear a mensagem, comeem o pecado da desonesidade pública. Dizem aos seus ouvines que logo erminarão e coninuam pregando por um bom empo. Se você é um desses pregadores, alguém precisa dirigir-lhe esa perguna ousada: “Por que deveríamos guardar no coração a sua mensagem, se nossos ouvidos esemunharam que você é um mentiroso?” Quão imporane é a pregação eficiene! Não é uma habilidade que aprendemos em um dia. Se esivermos nos desenvolvendo como pregadores, seremos cada vez mais conscienes de quano progresso ainda emos de fazer nesa área. Coninuaremos a ler obras sobre pregação, ouvir palesras e paricipar de conferências; ambém procuraremos oda ajuda que pudermos •
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ober. Ficaremos aenos à pregação de ouros, observando se há quaisquer dicas que possamos assimilar. Não eremos vergonha de pedir aos amigos e colegas que comenem a nossa pregação. No enano, exise algo que é mais imporane do que udo isso: a capacidade de nos despojarmos de nós mesmos, para que vejamos e ouçamos a nossa própria pregação. emos de aprender a nos colocar no lugar daqueles que nos ouvem e fazer uma avaliação objeiva de nossa própria mensagem. Enquano vivermos, precisaremos fazer isso toda vez que pregarmos! Exercício
1. Avalie a sua própria pregação e elabore um plano para melhorá-la. 2. Em sua opinião, quais os dez pecados mais graves comeidos por aqueles cuja pregação é ineficiene? Escreva em dealhes a sua resposa. 3. Em que senido oda pregação é um drama, e como iso afea a maneira de apresenarmos a pregação? Discua iso com ouros pregadores.
Noas: 1 Minha aenção foi araída, primeira vez, a eses see ponos ao ler Preaching the Word (Pregando a Palavra), escrio por Alfred P. Gibbs (Oak Park, Illinois, Emmaus, 1958). O que apreseno em seguida se baseia no esboço de Alfred P. Gibbs, embora complemenado e consideravelmene modificado. Mas quero regisrar como sou grao por aquele livro e o quano me ajudou em odas as minhas deficienes enaivas iniciais de pregar. 2 B�����, Phillips. Lectures on preaching: he 1877 Yale lecures. Grand apids: Baker, 1969. p. 5, 28. 3 �������, Haddon W. Expository preaching: principles and pracice. Leiceser: Iner Varsiy Press, 1986. p. 207. Já exise uma edição nova e aualizada dese livro excelene. 4 Idem. p. 200-201. 5 Ese pequeno conselho se baseia em S��, John . W. I believe in preaching . London: Hodder & Soughon, 1982. p. 294. •
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7 Autoridade Sobrenatural
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m 1973, fiz minha primeira visia aos Esados Unidos. Durane essa visia, gasei vários dias com o pasor A. N. Marin, da Igreja Baisa riniy, em Monville, Esado de New Jersey. Um dos membros de sua igreja me deu um panfleo que apresenava dealhes sobre as pregações gravadas do pasor Marin, e havia ali um comenário que mudou minha vida para sempre. O panfleo dizia que os sermões do pasor Marin eram caracerizados por “exaidão exegéica, coneúdo dourinário, esruura clara, ilusrações vívidas, aplicação penerane e urgência espiriual. Finalmene, eu inha uma lisa de avaliação dos ingredienes que consiuíam uma pregação excelene! Como você pode observar, embora eu enha acrescenado um capíulo sobre “Pregação Eficiene”, usei livremene essa lisa de avaliação, enquano escrevia ese livro. Enão, você poderia esperar que ese capíulo final se iniularia “Urgência Espiriual”. Mas ese não é o caso, e eis a explicação. Em um capíulo, eu disse que reornaria ao assuno da paixão, emoção. Agora chegou o momeno para isso. Muio mais precisa ser dio a respeio da necessidade de envolvimeno emocional, enquano pregamos. Escrevo ese livro na Inglaerra, no início do século XXI. Vivo em um empo em que muio em sido dio e escrio a respeio da pregação; e inúmeros cursos esão sendo organizados para ajudar os crenes a pregarem melhor. Mas não posso ocular minha convicção pessoal de que muio do que esá aconecendo provavelmene arruinará a verdadeira pregação, em vez de resaurá-la. A impressão que esá sendo ransmiida amplamene é a de que o pregador esá fazendo bem, se oferece uma explicação clara do exo bíblico e
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o aplica às pessoas que o ouvem. Se o pregador ornou relevane e clara a sua exposição bíblica, cumpriu plenamene a sua responsabilidade. Ele não precisa fazer mais nada. A Palavra de Deus fará agora a sua obra singular. Se esa idéia ganhar erreno e predominar, logo assisiremos ao funeral da verdadeira pregação. Seu corpo permanecerá (embora logo venha a apodrecer), mas sua alma erá parido. Essa alma é consiuída de dois elemenos unidos de al modo que é impossível separá-los. “Urgência Espiriual” é um desses elemenos e se refere ao fao de que, ao ransmiir a Palavra de Deus, o pregador ransmie a sua própria alma � a mensagem esá revesida de paixão, seriedade, ineresse, preocupação, emoção, os quais esão oculos nos recessos da alma do pregador. O ouro elemeno é “Auoridade Sobrenaural”. Somene Deus pode revelar a Si mesmo, e, se o Espírio Sano não omar a mensagem e levá-la aos recessos ínimos dos ouvines � os recessos que nenhuma voz humana pode alcançar � a mensagem bíblica, ainda que seja bem apresenada, não poderá fazer coisa alguma. Se o que esou dizendo lhe parece esranho, gosaria de pedir-lhe que pensasse sobre um bloco de aparamenos que esá sendo desruído por um incêndio. Ainda há um pouco de empo, enão você corre para denro do prédio, para avisar às pessoas que moram lá. O que você lhes cona é a verdade: o edifício esá realmene pegando fogo (exaidão exegéica). Você lhes diz que, se não saírem imediaamene, perecerão nas chamas (coneúdo dourinário). Você se expressa com clareza (esruura clara, ilusrações vívidas). Olha em seus olhos e fala com elas de modo pessoal (aplicação penerane e pregação eficiene). Mas, o que aconecerá, se você fizer udo isso sem expressar urgência em seu om de voz ou em sua maneira de falar? O que aconecerá, se conar-lhes udo de um modo “indiferene”? Você não lhes parecerá como um brincalhão? E que sucesso oberá com seus avisos? Onde não há emoção, ali não há persuasão. Iso é verdadeiro no que se refere a ese mundo e muio mais verdadeiro na dimensão espiriual. A pregação sem senimenos não é pregação de maneira alguma. E não somene isso, é ambém um insulo a Deus, como ichard Baxer enfaizava ão freqüenemene: •
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Autoridade Sobrenatural
O quê? Falar com fieza como porta-voz de Deus, buscando a salvação dos homens? Podemos crer que os ouvintes serão convertidos ou condenados e, apesar disso, alar com um tom de sonolência? Em nome de Deus, irmãos, esorcem-se para despertar seu próprio coração, antes de subirem ao púlpito, a fim de que sejam capazes de despertar o coração dos pecadores. Lembrem-se: eles têm de ser despertados ou condenados, e um pregador sonolento não acordará pecadores que dormem. Embora você aça, com palavras, os mais elevados louvores às coisas santas de Deus, você parecerá alguém que, por sua maneira de alar, está contradizendo o que acabou de afirmar sobre o assunto. Falar sobre as coisas sublimes (especialmente, as mais sublimes) sem muita aeição ou ervor é um tipo de menosprezo dessas coisas. A maneira de alar, bem como as próprias palavras, tem de mostrar com clareza as coisas sublimes.1
Nossa necessidade do Espírito
A paixão, ou emoção, por si mesma, não pode realizar uma obra espiriual. Iso é verdade aé quando falamos sobre a emoção que ransborda do coração de um crene piedoso. Embora seja uma emoção sanificada, ela ainda em um sabor humano e, por isso, não pode realizar a obra divina. Somene o Espírio de Deus pode realizar uma ransformação espiriual. Sem o oque do Espírio, a melhor pregação do mundo é nada. A mensagem bíblica, por si mesma, ainda que seja correamene exposa, nada pode fazer por alguém. A verdade bíblica em de ser incuida no coração humano por meio do seu Auor divino. em de aconecer algo divino, para que o pregador fale com auoridade sobrenaural. Se isso não aconecer, os ouvines sempre receberão a Palavra de Deus como se fosse palavra de homens (ver 1 essalonicenses 1.5, 2.13). Enão, como posso falar com urgência espiriual? Podemos aprender a falar com auoridade espiriual? Esas são as pergunas que agora emos de considerar. •
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Pregação Pura e Simples
Urgência Espiritual
Urgência Espiriual é o fruo de uma convicção simples. Quando esa convicção se apossa de um homem e o domina, ele não falhará nesa área. Qual é essa convicção? É a convicção de que eu tenho a verdade que homens e mulheres precisam ouvir. Você crê nisso? Crê nisso verdadeira e profundamene? Crê nisso não somene quando você prega evangelisicamene, mas ambém quando prega aquelas mensagens chamadas de “mensagens dourinárias”? Se você crê, falará muio bem, pois a convicção é a mãe da verdadeira eloqüência. Os pregadores descrios na Bíblia falavam com urgência espiriual. Eles se levanavam e enregavam sua mensagem, reconhecendo que possuíam a verdade que as pessoas de odos os lugares inham de levar em cona. Paulo e imóeo ecoaram as palavras do salmisa, quando disseram: “endo, porém, o mesmo espírio da fé, como esá escrio: Eu cri; por isso, é que alei. ambém nós cremos; por isso, ambém falamos” (2 Co 4.13). Pedro e João, revelando o coração de odos os apósolos, disseram anos anes: “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (A 4.20). Eles falavam com senimenos! A pregação deles era consrangedora! Conforme aprendi quando esava no seminário eológico: “Aquele que só sabe falar, falará a pessoas que só sabem ouvir”. A parir do momeno que formos convencidos de que emos a verdade que odos precisam ouvir, falaremos como homens fervorosos. Nossa mensagem será persuasiva, conforme o dizia Hywel Griffihs: “Somene o que vem do coração pode alcançar ao coração”. O om de voz, a expressão no roso e odo o nosso ser se combinarão para caivar a aenção do ouvine. A consciência dos ouvines lhes dirá que esão ouvindo a um homem que crê nas coisas que diz. Pessoas de odos os lugares esão no perigo do fogo eerno. O impeniene irá para o inferno, bem como odos aqueles que confessam serem crisãos mas não perseveram na fé. Nada, exceo a verdade, poderá livrá-los. Nada, exceo a verdade, os fará crescer na graça e conhecimeno de nosso Senhor Jesus Criso. E você em esa verdade! Se essa convicção ransbordar •
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em seu coração, você nunca deixará de desperar homens, mulheres, adolescenes e crianças que o ouvem, apesar de odas as imperfeições no coneúdo e apresenação de sua mensagem. Sua urgência se manifesará. Os pregadores expressão esa urgência de maneiras diferenes, e um único pregador a expressará de maneiras variadas em ocasiões diferenes. Mas a sua urgência se manifesará. O espírio humano deeca a presença dessa urgência, e os ouvidos de nosso espírio começam a aenar à mensagem. Mas, precisamos observar, o espírio humano ambém deeca a ausência desa urgência e, nese caso, mergulha num sono de indiferença. George Whiefield, o grande evangelisa do século XVIII, conhecia essa urgência espiriual. Quando as congregações educadas começavam a fazer barulho e a sussurrar, ele baia o pé e lhes falava direamene, insisindo para que o ouvissem. Quando mulidões hosis recorriam a odas as áicas imagináveis para abafá-lo, ele erguia a voz, a fim de sobrepujá-los. Whiefield inha a verdade que eles precisavam ouvir para serem salvos! Não ficaria calado! De um modo ou de ouro, ele inroduziria sua mensagem nos ouvidos das mulidões! Sim, Whiefield lhes falava em palavras claras, usando figuras que eles poderiam enender. Fazia aplicações adequadas aos seus ouvines. Mas, por rás de udo o que dizia, esava a inensa paixão que o impelia a coninuar e, com a bênção do Espírio, levava à conversão de milhares e milhares de pessoas. Emoção
Por que emos medo de emoções? Enquano forem direcionadas pela verdade, e somente pela verdade, como podem ser perigosas? alvez, o pro blema eseja em nós? ememos ser chamados de loucos? (ver 2 Corínios 5.13)? Esamos resisindo ao espírio de nosso Senhor, expresso no zelo do salmisa: “O zelo da ua casa me consumiu” (Sl 69.9; cf. Jo 2.17)? Esamos nos disanciando do apósolo Paulo, cujo “espírio se revolava em face da idolaria dominane na cidade” (A 17.16)? emos nos ornado ão hipócrias, que honramos homens como Daniel owland, mas esquecemos, convenienemene, de que ele sempre pregava como alguém que esava “em fogo”? Cona-se que um famoso pregador londrino do século XX sempre dei•
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xava odos os seus ouvines consolados, aliviados e em paz. Esa era a razão por que as pessoas o amavam ano. A Palavra de Deus nos chama a rejeiar esse ipo de pregação. Ela nos exora a abandonar discursos suaves, que ranqüilizam as pessoas com um falso senso de segurança ou iludem-nas com um profundo senso de saisfação pessoal. A Bíblia nos chama a pregar com convicção, fervor, energia e seriedade. Ela despreza oda pompa, exibição e falsa emoção, insruindo-nos a proclamar a verdade de Deus com senimenos profundos, compaixão, ardor, vida e amor. Somos chamados a derrubar e edificar, ferir e curar, enrisecer e consolar, chorar, anelar, apelar e exorar. Não basa pregar a mensagem correa; precisamos estar na mensagem, in vesindo odo o nosso ser em sua proclamação. Muios sermões hoje em dia são ão monóonos quano o reinir de um sino de funeral. O coneúdo é saisfaório, mas o coração do pregador não pode ser viso no sermão. Não há o risco de que ais pregadores se jam acusados de possuírem fogo esranho ou de fanaismo, pois não exise qualquer evidência de que alguma chama eseja ardendo em seu ínimo. Onde esão o zelo e os apelos cheios de paixão dos pregadores bíblicos? Onde esão as lágrimas dos apósolos e profeas? Quanos pregadores modernos podem dizer honesamene: “Não cessei de admoesar, com lágrimas, a cada um” (A 20.31)? Procuremos ouvir um pregador evangélico caracerísico do século XXI. O que parece moivá-lo é o desejo de maner seus ouvines ineressados, e não o desejo de ver o Deus vivo sendo glorificado na conversão e no crescimeno espiriual deles. Durane mais ou menos rina minuos, ele ece uma mensagem bíblica que é basane agradável aos ouvidos. Mas ela não pode, de maneira alguma, ser descria como o aconecimeno mais inesquecível da semana. Não mexe com ninguém, nem emociona seus ouvines. udo o que podemos dizer sobre o sermão é que esava correo. Nenhuma consciência foi aormenada, ninguém quis clamar com gozo inenso. Muios dos programas de elevisão da semana foram infiniamene mais recordáveis do que esa explanação da verdade de Deus! Que desgraça! Nós, que pregamos, emos de buscar a Deus, confessando-Lhe nossa exrema perversidade. Pensamenos sublimes não envolvem a •
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nossa mene por compleo. Muias vezes, pregamos a verdade de Deus com frieza e mediocridade. Vemos as pessoas perdidas, e as deixamos sem apelo à conversão, e não nos dedicamos à persuasão incessane. O nosso coração não em esado em udo o que fazemos. Comunicamos a mensagem sem seriedade e, às vezes, com leviandade. Nosso coração esá endurecido. emos de admiir que o anigo pregador esava correo, ao dizer: “Viso que há ana insensibilidade no púlpio, há muio mais nos bancos da igreja”. Agradeça a Deus por que em Criso há perdão para homens como nós! Autoridade sobrenatural
A auoridade sobrenaural é experimenada por pregadores dominados por uma convicção singular. Quando essa convicção se apossa de um homem e governa odo o seu minisério, ele não deixa de conhecer esa bênção gloriosa. Qual é essa convicção? É a convicção de que a mensagem que eu pre go não pode azer nenhum bem a qualquer pessoa, se não estiver acompanhada do Espírito de Deus. Nenhuma mensagem pode fazer alguma coisa, se Deus não a abençoar. Podemos planar a semene, podemos regá-la, mas somene Deus pode darlhe vida (1 Co 3.6). Se pregarmos com fidelidade e não vermos conversões, qual é a explicação para isso? Se expusermos a Palavra e não presenciarmos a ransformação nos crenes por nossa mensagem, como poderemos jusificar isso? A resposa é sempre que Deus em reido o seu poder. Deus não fez o que somene Ele pode fazer. Nenhuma obra espiriual pode ser realizada onde o Espírio de Deus não esiver agindo. A pregação sempre falhará, se Deus mesmo não agir por meio dela. Isaías enendeu isso: “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do S�����?” (Is 53.1) As duas pergunas são, na realidade, apenas uma, e a segunda coném a resposa da primeira � se alguém realmene creu, isso aconeceu porque o braço do Senhor lhe foi revelado; mas, se alguém não creu, isso ocorreu porque o braço do Senhor não lhe foi revelado. Ninguém pode crer, se Deus não visiar o coração com grande poder. Nem mesmo a realização de milagres pode fazer com que pessoas •
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creiam (ver João 12.37-38). Algo em de ser realizado no íntimo das pessoas, e somene Deus pode fazer isso. Nosso Senhor ensinou esa lição de modo basane claro. Foi uma lição que muios dos seus discípulos se recusaram a aceiar e, a parir do momeno que a ouviram, volaram para rás e deixaram de segui-Lo (Jo 6.66). Aqueles que aceiaram a lição coninuaram com Ele. Haviam aprendido o segredo mais fundamenal do minisério crisão. As palavras exaas de nosso Senhor foram esas: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o rouxer... ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido” (Jo 6.44, 65). Se Deus mesmo não agir, nada poderemos fazer para razer uma única pessoa a Criso. Precisamos ter a sua bênção quando pregamos. ichard Cecil aprendeu esa lição bem cedo em seu minisério e se ornou um dos mais poderosos pregadores do Avivameno Evangélico, do século XVIII, na Inglaerra. Eis o seu esemunho: Certa vez, disse a mim mesmo, na tolice do coração: “Que sermão oi aquele que o apóstolo Pedro pregou, quando três mil pessoas se converteram de uma vez!” Que tipo de sermão? Um sermão como qualquer outro. Não tinha nada extraordinário. O eeito não oi produzido pela eloqüência de Pedro, e sim pelo grande poder de Deus que acompanhou sua Palavra. É inútil ouvir um pastor após outro, ouvir um sermão após outro, se não rogarmos que o Espírito Santo acompanhe sua Palavra.2 Deus usa homens para levar avane sua causa, mas odo avanço deve ser aribuído a Ele. Como foi que aquelas primeiras esemunhas obiveram sucesso em Anioquia da Síria? “A mão do Senhor esava com eles, e muios, crendo, se convereram ao Senhor” (A 11.21). Por que Lídia foi a única converida naquela reunião de oração à beira do rio, em Filipos? “O Senhor lhe abriu o coração para aender às coisas que Paulo dizia” (A 16.14). Como podemos explicar a conversão imediaa de dezenas de genios e judeus em essalônica? O nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção... Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é •
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que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com eeito, está operando eficazmente em vós, os que credes” (1 s 1.5, 2.13).
Com Deus, odas as coisas são possíveis. Sem Ele, nada é possível. Dois mil anos de hisória da igreja revelam que não basa ser um pregador cheio de alenos ou perfeiamene écnico, embora os dons e o rabalho árduo não devam ser rejeiados. Muios homens de dons modesos são usados por Deus para ransformar comunidades ineiras e, às vezes, nações. Em ceras ocasiões, uma simples senença conquisa os inimigos do evangelho, quando odos os argumenos falham. Às vezes, a Palavra vem com poder; às vezes, não. Porano, ao pregar, não devemos depender da qualidade de nossa pregação ou apresenação, embora esas coisas sejam imporanes. emos de confiar somene em Deus e jamais adoar qualquer abordagem que diminua nossa dependência dEle. Paulo nos dá a abordagem correa, quando descreve o seu minisério em Corino: Eu, irmãos, quando ui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este cruci ficado. E oi em faqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em lin guagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa é não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus (1 Co 2.1-5). Unção
Em 1961, deparei-me com um livro que, desde enão, enho lido uma vez por ano. O livro chama-se Power Trough Prayer (Poder Aravés da Oração), escrio por E. M. Bounds.3 Junamene com a Bíblia e o Breve Caecismo de Wesminser, posso dizer que ese livro me influenciou mais do •
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que qualquer ouro que já li. Enquano o lia, cheguei ao capíulo iniulado “Under he Dew of Heaven” (Sob o Orvalho do Céu). Ali, achei coisas que me assusaram. Esavam além da minha experiência. Eu não podia enender sobre o que o auor falava. Eis alguns exemplos: Unção é algo indescritível e indefinível que um antigo e amoso pre gador escocês delineou assim: “Às vezes, existe na pregação algo que não pode ser descrito; não se pode dizer o que é, nem de onde procede. Mas isso penetra o coração e as aeições, com suave violência; e vem diretamente do Senhor. Entretanto, se existe uma maneira de obter isso, tem de ser por meio da disposição espiritual do pregador...” Esta unção divina é a característica que separa e distingue a verdadeira pregação evangélica de todos os outros métodos de apresentar a verdade, e que cria um abismo espiritual entre o pregador que a possui e aquele que não a possui. Esta unção suporta e impregna a verdade revelada com toda a energia de Deus. Unção é simplesmente o colocar-se Deus em sua própria Palavra e em seu pregador... Amplitude, liberdade, plenitude de pensamento, objetividade e sim plicidade de discurso são os futos desta unção... Esta unção é a capacitação divina pela qual o pregador cumpre os objetivos peculiares e salvíficos da pregação. Sem esta unção, não há resultados espirituais. Sem esta unção, os resultados e a orça da pre gação são equivalentes aos do discurso não-santificado. Sem unção, o pregador é tão poderoso quanto o púlpito. A presença desta unção no pregador cria o estímulo e o ervor em muitos crentes. Um pregador ensina as mesmas verdades na exatidão da letra, mas nenhuma movimentação pode ser vista; nenhuma dor, nenhuma pulsação pode ser sentida. udo permanece quieto como um cemitério. Outro pregador vem à igreja, e esta influência misteriosa está nele: a letra da Palavra é inflamada pelo Espírito, e os espasmos de um movimento poderoso são sentidos. É a unção que invade e estimula a consciência, quebrantando o coração. udo se torna árido, insensível, desagradável e sem vida, quando a pregação não possui esta unção. •
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Unção! Aé hoje não esou convencido de que esa palavra é o ermo correo para descrever aquilo sobre o que falou o Dr. Bounds. Mas, sobre o que ele falou? � essa foi a minha perguna. Naquela época da vida, eu não inha qualquer experiência dese fenômeno, quer em minha própria vida, quer na vida de ouros. Não podia imaginar o que o auor inha em mene. Na primavera do ano seguine, seni que as coisas logo mudariam. Naquele empo, eu era um esudane, e minha mãe elefonou-me, pergunando se eu poderia ir para casa. Havia um homem que ela desejava que eu conhecesse. Ele inha aproximadamene sessena anos. Anes ele rabalhara nas minas de carvão, porém já fazia mais de vine e cinco anos que era pasor. Esava pregando em uma semana de reuniões em nossa cidade; e havia algo sobre ele que mamãe não podia expressar em palavras. Eu enenderia isso, se o ouvisse pessoalmene. Ela só podia dizer que ouvi-lo era maravilhoso. Não me foi possível ir para casa e ive de esperar um ano, aé que pude ouvir a pregação de Hywell Griffihs. Quando me senei no audiório da igreja Cosheson Mission, enendi finalmene o que era “unção”. Os sermões do pregador eram exensos, repleos de ilusrações e ransmiidos com amor e profunda emoção. Mas havia algo mais. Eram acompanhados por uma influência indescriível. À medida que Hywell Griffihs pregava, o céu vinha à erra. O mundo invisível era mais real do que o visível. Havia um oque de glória. Criso era mais precioso do que qualquer pessoa ou coisa do universo. A Palavra vinha com um poder auoconfirmador irresisível. Crer era a única opção, porque o conrário era indescriivelmene insensao. A única coisa sábia a fazer era confiar oalmene no Senhor, amá-Lo de odo o coração, alma, mene e força. Esas impressões não eram apenas minhas. Após cada sermão, a congregação se assenava em profundo silêncio, dominada pelo absoluo poder da Palavra. Às vezes, o silêncio era seguido por oração esponânea. Alguns se converiam a Criso. Muios ouros, como eu, que já eram crenes, eram mudados para sempre. Haviam experimenado uma pequena prova do que aconece nos avivamenos, e odos agora sabíamos o que era a “unção”. Eu nunca mais eria qualquer dificuldade para enender aquilo sobre o que escrevera E. M. Bounds! •
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A unção, a unção divina, esta unção celestial é aquilo de que o púl pito necessita e precisa ter. Este óleo divino e celestial derramado sobre o púlpito pela imposição das mãos de Deus tem de amolecer e lubrificar todo o homem � coração, mente e espírito � até que o separe, com uma poderosa separação, de todos os motivos terrenos, seculares, egoístas e mundanos, santificando-o para tudo o que é puro e divino. Obtendo a unção
Enão, como podemos ober a unção? Alegro-me em dizer-lhe que agora sei a resposa, não somene com base no que enho lido, mas ambém por experiência própria. Não podemos dar ordens ao Espírio de Deus. O veno celesial sopra onde quer (Jo 3.8). Não sabemos onde Ele já soprou e onde soprará. Não emos qualquer conrole sobre ese veno celesial. Deus é Deus e faz o que Lhe agrada (Sl 115.3, 135.6). Ele nunca se obrigará a fazer a vonade de um homem. Mas, apesar disso, Deus responde a oração. Ele realmene o faz! E o faz porque promeeu fazê-lo. Aos pecadores salvos Ele faz a promessa: “E udo quano pedirdes em oração, crendo, recebereis” (M 21.22). Deus coloca nas mãos de pecadores salvos argumenos poderosos que podem usar em oração: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quano mais vosso Pai, que esá nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (M 7.11.) Aos pecadores salvos o Filho de Deus faz ese exraordinário convie: “E udo quano pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13-14). E esas rês passagens são apenas exemplos. odos sabemos que há dezenas de promessas semelhanes espalhadas por oda a Bíblia. odo crene e, conseqüenemene, odo pregador êm o dever de remo ver de sua vida udo que enrisece o Espírio Sano (Ef 4.30). O chamado dos pregadores crisãos consise em proclamar a Criso, sabendo que o Espírio Sano ama glorificar a Criso e abençoar a pregação (Jo 16.14). Mas o •
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melhor resumo das prioridades do pregador é aquele formulado pelos apósolos na infância da igreja crisã: “Quano a nós, nos consagraremos à oração e ao minisério da palavra” (A 6.4). E em de ser nessa ordem! Exise uma coisa chamada conquisar a Deus. É possível rabalharmos e nos apropriarmos dEle em oração, de al modo que recebemos dEle a segurança pessoal que nos acompanhará sobrenauralmene quando pregarmos. É possível luar, labuar e suar em oração de al modo que deixamos o lugar de oração em paz e exausos, ceros de que o Senhor mesmo abençoará a próxima mensagem e nos acompanhará, de um modo maravilhoso, quando a esivermos pregando. Iso não significa que é possível obtermos como recompensa a bênção de Deus. Não significa que haja alguma obra que Lhe podemos oferecer e pela qual Ele esá obrigado a recompensar-nos. Significa apenas que, em sua graça, Ele se permie ser conquisado por oração imporuna. Você crê nisso? Crê que um homem pode dizer ao seu Deus: “Não e deixarei ir se me não abençoares” (Gn 32.26)? Você crê que podemos dizer sobre esse homem: “E o abençoou ali” (Gn 32.29)? Se não, como você enenderá o minisério de homens como João Crisósomo, Marinho Luero, John Wesley, Jonahan Edwards, Daniel owland, John Elias, C. H. Spurgeon, Hywel Griffihs, D. Marin Lloyd-Jones? Eses homens eram bem diferenes uns dos ouros e pregavam em siuações diferenes; enão, o que inham em comum? Eles dependiam de Deus, e dependiam compleamene. Por isso, se dedicavam a buscá-Lo, a enconrá-Lo, a conquisá-Lo e a experimenar a sua bênção. Eles não eram primeiramene pregadores; anes, eram homens de oração. E, nas ocasiões em que oravam e Deus não lhes concedia a sua bênção, conenavam-se em sussurrar: “Sim, ó Pai, porque assim foi do eu agrado” (M 11.26). E. M. Bounds enendeu: Como e quando vem esta unção? Diretamente de Deus, em resposta à oração. Corações que oram são os únicos corações cheios deste óleo sa grado; lábios que oram são os únicos ungidos com esta unção divina. Oração, muita oração, é o preço da unção na pregação. Oração, muita oração, é a única condição de manter esta unção. Sem oração incessan•
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te, a unção nunca vem ao pregador. Sem perseverança em oração, a unção produz vermes, como o ez o maná colhido em excesso.
*** A principal pare dese livro modeso chegou ao final. enei mosrar-lhe o que é a pregação e quais os seus ingredienes essenciais. Quero agradecer-lhe por er lido aé ese pono. Desejo encorajá-lo a ler o resane. Creio que udo o que eu disse é imporane. Se algum de seus capíulos fosse reirado, acho que o livro seria defeiuoso e não eria equilíbrio. Mas, se vocês me pressionassem a dizer quais capíulos considero paricularmene imporanes nesa hora, eria de indicar os capíulos sobre Exatidão Exegética e Autoridade Sobrenatural. Iso é verdade por causa de minhas convicções a respeio de nossa necessidade ano da Palavra como do Espírio. enho sessena e dois anos de idade; espero que o Senhor ainda me dará mais alguns anos de minisério. Aconeça o que aconecer, enho cereza de que esou mais próximo do fim de minha vida, e não do seu começo. Minha súplica especial é que odos os jovens pasores obenham ajuda especial dese livro e se dediquem ao que ele ensina, pelo menos enquano esiver em harmonia com as Escriuras. E que o minisério deles seja uma bênção em qualquer pare do mundo! Meus talentos, dons e graças, ó Senhor, Possam tuas benditas mãos receber; Deixa-me viver a pregar a tua Palavra, E para tua glória seja o meu viver! E que eu gaste cada momento de meus labores Em proclamar o Amigo dos pecadores. Charles Wesley, 1707-1788
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Autoridade Sobrenatural
Exercício
1. Você sene ão profundamene o que esá pregando, que fala em excesso. Felizmene, a sua esposa lhe advere sobre isso. O que você fará? 2. Explique a um jovem crene ineressado o que os evangélicos êm preendido dizer, em oda a sua hisória, ao usarem o ermo “unção”? 3. Explore a conexão enre a oração e a “unção”.
Noas: 1 B�����, ichard. Te reormed pastor (em poruguês, O pastor aprovado , Ediora PES). Edinburgh: Te Banner of ruh rus, 1974. p. 148. 2 Ciado por B������, Charles. Te christian ministry. London: Te Banner of ruh rus, 1958. p. 79. 3 B�����, E. M. Power through prayer. World-wide Circulaion Ediion. London: Marshall Morgan & Scot. odas as ciações foram reiradas do Capíulo 10, p. 43, ss. •
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Parte 3 Sugestão de um Método de Preparação de Sermões
Sugestão de um Método de Preparação de Sermões
S
ermões precisam de preparo. “Ir freqüenemene despreparado ao púlpio é uma presunção imperdoável”, disse C. H. Spurgeon. 1 John Sot nos recorda ouro pono: “Os grandes pregadores que influenciaram a sua geração odos deram esemunho da necessidade de preparo consciene”. 2 A pregação é o meio que Deus usa para vivificar os moros e edificar os vivos. Se cremos nisso, não ousaremos nos aproximar da pregação de qualquer oura maneira, exceo com um espírio de oração, seriedade e esudo. Nosso dom de pregação vem de Deus; o desenvolvimento desse dom é nossa responsabilidade. O advogado prepara cuidadosamene o seu relao dos faos. O arquieo raça seus planos; o médico esuda ano as suas anoações como o paciene. Devo eu, um pregador do evangelho, realizar com desmazelo a obra mais importante do mundo? Apesar do excelene exemplo dado em Eclesiases 12.9-12, não há regras rígidas e imediaas para a preparação de sermões. O que apreseno em seguida é um méodo pessoal que gosaria de recomendar-lhes, especialmene se vocês começaram a pregar recenemene. Esse méodo envolve odos os ponos essenciais, unindo o preparo do sermão à oração. A inenção não é que o méodo seja uma regra, e sim um guia. É provável que você desejará modificá-lo, ou rejeiá-lo, em ceros ponos. Conudo, esou cero de que alguns o acharão proveioso.
Pregação Pura e Simples
Algumas sugestões para uma pregação eficaz
Comece seu preparo ão cedo quano possível. O preparo apressado é um péssimo preparo. Coninuar adiando o preparo é um convie ao fracasso. Deus não opera milagres desnecessários, a fim de compensar a negligência do pregador. A coisa essencial é começar � não pense em começar � comece-o! Sene-se diane de uma mesa grande, em uma cadeira firme, onde haja basane luz. Pegue a sua Bíblia, uma canea e basane papel. Siga ese guia, passo a passo, nunca enrando no passo seguine anes de erminar compleamene o anerior.
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1. Medite sobre a sua tarefa
Pare Fique em silêncio absoluo na presença do Senhor. ecorde qual é a sua arefa. Você deve glorificar a Deus, por levar incrédulos a se ornarem crenes e crenes fracos a se ornarem fores. É verdade que iso é feio por meio da exposição e da aplicação da Palavra de Deus. Porano, você não é primariamene um preparador de sermões, e sim um insrumeno de azer santos. É essencial que, durane odo o seu preparo, você enha iso sempre diane de si.
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2. Medite no seu texto
A palavra “exo” significa aquela pare das Escriuras sobre a qual você pregará. alvez seja um versículo ou vários, um parágrafo, um capíulo, um livro, um ema bíblico... A maneira como você escolhe o seu exo é algo que não abordamos nese livro, mas você achará, facilmene, conselhos a respeio dese assuno em ouros livros sobre pregação.
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Sugestão de um Método de Preparação de Sermões
De joelhos (literalmente!). Leia agora o seu exo. Leia senença por senença, palavra por palavra, usando cada pare como combusível para a oração. Sim, concenre-se no exo, excluindo odas as ouras coisas. Evie odas (odas!) as inerrupções. Medie sobre o exo na presença do Senhor. Adore-O por oda verdade e lição que você percebe. Se há alguma pare do exo que você não enende, ore e medie aé que a enenda. Se ainda não obeve esclarecimeno, leia comenários e ouros recursos � mas somene para descobrir o que esa frase ou senença significa, e nada mais. Enquano você espera em Deus, os pensamenos começarão a surgir, alvez devagar, no princípio. Mas um pensameno desperará ouro, que, por sua vez, levará a ouro. Fique de joelhos aé que a passagem inflame sua alma, aé que o fogo irrompa, ornando-o impaciene para pregar as verdades que você omou para si e, especialmene, a “grande idéia”, ou seja, o pensameno predominane que resume o assuno do exo. Você não pediu uma mensagem. Mas a Palavra de Deus é emocionane, e a orienação de sua mensagem é clara.
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3. Comece a escrever •
Vá à mesa e faça pergunas ao seu exo. Escreva as resposas. Não ene colocar udo em uma seqüência lógica � iso pode ser feio depois. Demore-se nesta tarea, aé fazê-la por compleo. O papel não esá em escassez, e você pode usar muio papel, se precisar.
Primeiramene, faça esas pergunas básicas: * Qual é o conexo imediao, o mais disane e o hisórico? * O que ese exo significava para o auor e os leiores originais? O que ese exo nos diz hoje? * O que ele ensina sobre Deus, o Pai, o Filho e o Espírio Sano? * O que ensina sobre os homens e suas aiudes em relação a Deus
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e em relação uns aos ouros? Há um bom exemplo a ser seguido ou um mau exemplo a ser eviado? Há uma ordem a obedecermos? Há uma adverência à qual devemos aenar? Há uma promessa que devemos crer e proclamar? Há resposa a uma perguna pessoal ou bíblica? Há um ensino a ser guardado no coração? Há algum ensino confirmado por ouras passagens das Escriuras?
Agora, faça ouras pergunas que julgue necessárias. Exisem sugesões em livros sobre pregação.
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4. Organize seu material
Ainda em aiude de oração, faça um rascunho das anoações de seu sermão. Iso significa ler as várias folhas de papel nas quais você já escreveu, aproveiando o que elas coném e acrescenando novos pensamenos que ceramene surgirão. Comece pegando uma nova folha de papel e descrevendo por que você pregará esa mensagem. Qual é o propósio? Afirme iso em uma única frase. Decida que orma o sermão omará, para cumprir ese propósio. Por exemplo, você em uma idéia a explicar? Uma proposição a compro var? Um princípio a aplicar? Uma hisória a conar? Um assuno a complear? Ou o quê? Deixe espaço para a Introdução, que você acrescenará depois. Divida o seu papel em rês colunas, iniulando-as Afirmar, Ilustrar, Aplicar. Na coluna iniulada Afirmar, escreva a mensagem que você rará a parir do exo. Não faça oura coisa, aé que a esruura seja clara, simples e naural � uma esruura suprida pelo próprio exo. Enão, encha essa esruura.
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Sugestão de um Método de Preparação de Sermões
ecuse-se a escrever um manuscrio compleo. Escreva um pensameno em cada linha. Concenre-se no pono principal. Descare udo que não serve à “grande idéia”. Para cada grande verdade escria, ache ou crie uma ilusração. Escre va-a ao lado da verdade, na coluna iniulada Ilustrar. Visualize as pessoas que o ouvirão e, na coluna Aplicar, escreva uma aplicação ao lado de cada grande verdade ensinada e ilusrada. Será proveioso subdividir esa coluna em O que (fazer), Como (fazer), Por que (deve ser feio). Quando acabar o rascunho, cada uma das rês colunas devem esar igualmene cheias. Depois disso, escreva uma Introdução no espaço que você deixou vazio. Ela em de desperar o ineresse e levar os ouvines ao assuno do sermão. Finalmene, prepare a Conclusão da mensagem. enha consigo algo que possa lançar ao coração dos ouvines, de modo a persuadi-los a agir em relação à “grande idéia” do exo. Ese é o momeno de violência sana.
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5. Verifique se o sermão contém os elementos essenciais
rabalhe novamene em seu rascunho, reirando ou acrescenando ano maerial quano necessário, à luz dos seguines elemenos essenciais. Não seja mesquinho nese passo vial de sua preparação. Gaste tempo.
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1. Exatidão exegética. A sua mensagem assimila e ransmie realmene o significado intencional do exo bíblico, focalizando e incuindo o pensameno predominane (“a grande idéia”)? Se a exegese esá correa, a mensagem arairá a aenção ao Senhor Jesus Criso e à sua cruz (Lc 24.27, A 3.24). Use comenários e dicionários para confirmar ese pono. •
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Pregação Pura e Simples
2. Conteúdo doutrinário. De que maneiras específicas esa mensagem aprimorará o enendimeno das pessoas a respeio do sisema de dourina que as Escriuras ensinam? Avalie odos os ponos dourinários à luz das confissões de fé hisóricas da igreja crisã (por exemplo, Confissão Londrina ou a Confissão de Wesminser), a fim de assegurar-se de que não há erro ou desequilíbrio dourinário. 3. Estrutura clara. Você lidou com o maerial por algum empo, mas a igreja o ouvirá somene uma vez. A esruura da mensagem é óbvia, basane clara e fácil de ser acompanhada? Como regra geral, enha somene rês ou quaro ponos e nenhum subpono. oda a esruura esá em sujeição ao pensameno predominane? A inrodução é bre ve, ineressane, caivane e serve ao que vem depois? A conclusão resume a mensagem e insise em um veredico? 4. Ilustrações vívidas. As ilusrações consiuem 1/3 da mensagem? Elas são realmene adequadas às verdades que serão explicadas ou às aplicações que serão feias? Exclua oda ilusração que chama a aenção para você mesmo. 5. Aplicação penetrante. Há aplicações para odas as verdades que serão apresenadas? Elas consiuem 1/3 da mensagem? São relevanes àqueles que ouvirão a mensagem? São expressas com amabilidade? 6. Reescreva suas anotações
eescreva suas anoações com um aspeco final e melhorado. Medie e se esforce para er uma linguagem correta. orne a sua linguagem concrea e evidene. Escolha palavras simples e claras � muias delas devem er poucas sílabas. Faça senenças breves, conendo apenas um pensameno. Use o pronome “você” sempre que possível. enha cereza de que incluiu muitas pergunas reóricas. Considere onde seria úil fazer repeições.
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Sugestão de um Método de Preparação de Sermões
Ao preparar suas anoações, almeje er clareza, anes de qualquer oura coisa. As anoações devem ser de leiura fácil. Escreva com leras grandes � ou digie. Escreva somene em um dos lados do papel. Numere as páginas. Sublinhe em vermelho os ponos principais e, se houver subponos, sublinhe-os em azul ou verde.
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7. Fale com o seu Deus
De joelhos, novamene, ore ao seu Deus a respeio das anoações erminadas. Iso é mil vezes melhor do que ensaiar a mensagem! Na primeira vez, ore em favor de cada linha da mensagem, pedindo que possa arair a aenção das pessoas ao Deus riuno e levá-las a nurir pensamenos sublimes a respeio dEle. Na segunda vez, ore em favor de cada linha, pedindo que raga o não-converido a Criso e faça o converido crescer na graça e no conhecimeno. Ese empo de oração alvez o moive a fazer alerações nas anoações concluídas. Não hesie em fazer iso. Suas anoações não são infalí veis, nem sagradas. Coninue de joelhos. Escolha os salmos e os hinos. Organize odos os ouros dealhes concernenes à ordem do culo. O culo deve ser uma oalidade. udo que consiui o culo deve esar a serviço e enfaizar o pensameno predominane (ou a “grande idéia”) que será proclamada na mensagem.
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8. Faça os preparativos finais
Chegue cedo à igreja. Suba à plaaforma e familiarize-se com o púlpio, a acúsica, o arranjo dos bancos e odas as circunsâncias físicas relacionadas à sua pregação.
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Pregação Pura e Simples
Arrume a sua Bíblia, as anoações, a ordem do culo e o hinário muio anes do início do culo. Cumprimene anas pessoas quano você puder. Se possível, enha um momeno de oração com os líderes da igreja, anes do início do culo.
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9. Faça a sua obra
A providência de Deus o designou para dirigir o culo e pregar hoje. Porano, faça-o, em aiude de oração, com auoridade e amor. Olhe para os seus ouvines e fale em voz audível. Concenre-se apenas em duas coisas � exalar o Senhor e sanificar as pessoas. O culo e a pregação são apenas os meios para aingir eses grandes objeivos. Não devem ser os objeivos em si mesmos.
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10. Retire-se a um lugar secreto
Algum empo depois do culo, procure um lugar quieo, para desfruar de um longo momeno de oração paricular. raga novamene a ordem do culo, as anoações do sermão e ore a respeio deles. Peça perdão a Deus por odos os ponos em você poderia er feio melhor. Ore a respeio de cada verdade anunciada. Peça que as pessoas guardem essas verdades no coração; que iso as leve a nurir pensamenos sublimes a respeio de Deus; que os não-salvos sejam converidos; que os converidos façam progresso significaivo no enendimeno e na vida espiriual. Ore em favor de odas as pessoas específicas que puder lembrar. Deixe udo nas mãos do Senhor � e comece a preparar a próxima mensagem.
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Sugestão de um Método de Preparação de Sermões
Quano empo será gaso na preparação de um sermão? A resposa é: o empo que for preciso! Quem pode dizer quão rapidamene odas as pares do sermão serão concreizadas e quano empo você luará com Deus, em oração, aé que enha cereza pessoal de que Ele abençoará ese sermão, nesa ocasião paricular? Podemos dizer iso: a fim de preparar um sermão de rina minuos, você precisará, no início, de doze horas, pelo menos. Esa quanidade de horas pode diminuir, e diminuirá, com o passar dos anos. O mínimo de empo ao qual você precisará dedicar-se é uma hora de preparação para cada cinco minuos pregados. O méodo que sugeri enfaiza que os sermões não são um fim em si mesmos. O sermão é ão-somene o meio pelo qual Deus é glorificado na edificação dos crenes e na conversão de incrédulos. O méodo encoraja a mediação demorada no exo, o compromisso franco com a pureza dourinária, o esforço resoluo de produzir uma esruura clara, o preparo diligene de ilusrações e aplicações, a revisão consane à luz de um criério definido, a aenção minuciosa ao escrever as anoações, a oração perseverane, a proclamação ousada e o arrependimeno pessoal. Se você seguir ese méodo, o preparo de seu sermão nunca será uma arefa apressada e incluirá cada elemeno exigido para pregações excelenes. Esse ipo de pregação não é a grande necessidade de nossa época?
Noas 1 S�������, C. H. Lectures to my students. Second series. London: Passmore & Alabaser, 1882. p. 4. 2 S��, John . W. I believe in preaching. London: Hodder & Soughon, 1982. p. 212. •
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