76901372 Pregacao Pura e Simples Stuart Olyott

July 17, 2019 | Author: prsergioier | Category: Bíblia, Jesus, Atos dos Apóstolos, Apóstolo Paulo, Evangelho de Lucas
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Suar Olyot

Editora Fiel

PEGAÇÃO PUR E SIMPLES ©2005 by Suar Olyot. íulo do Original: Preach Original: Preaching ing Pure and and Simple •

raduzido e impresso com permissão de Brynirion Press - País de Gales - eino Unido. Copyrigh © 2008 Ediora Fiel Primeira Edição em Poruguês - Fevereiro de 2008 •

odos os direitos em língua portuguesa reservados por  Editora Fiel da Missão Evangélica Evangélica Literária Literária P������� � ���������� ����� ����� ��� ��������� �����, ��� � ��������� ������� ��� ��������, ����� �� ������ ��������, ��� ��������� �� �����.



Editora Fiel  Av. Cidade Jardim,  Av. Jardim, 3978 Bosque dos Eucalipos São José dos Campos-SP PABX.: (12) 3936-2529

 www.editor  www. editorafiel.c afiel.com.br om.br

Edior: Pr. icardo Denham Coordenação Ediorial: iago Sanos radução: Pr. Wellingon Ferreira evisão: Laura Macal e Marilene Paschoal Capa e diagramação: Edvânio Silva Direção de are: ick Denham ISBN: 978-85-99145-40-1

Este livro é dedicado à memória de Hugh David Morgan (1928-1992), que já foi descrito como “o pastor mais amado do País de Gales”

Índice

Introdução  ................................................................................................9 Parte 1

O que é Pregação?...................................................................................13 Parte 2 O que Torna a Pregação Excelente?

1 2 3 4 5 6 7

Exaidão Exegéica ................................................................29 Coneúdo Dourinário .........................................................49 Esruura Clara .......................................................................67 Ilusrações Vívidas .................................................................83 Aplicação Penerane ......................................................... 101 Pregação Eficiene .............................................................. 115 Auoridade Sobrenaural................................................... 131

Parte 3

Sugesão de um Méodo de Preparação de Sermões .................. 149

Introdução

 J

ohn esá em seus vine anos de idade e Jack em quase cinqüena, mas se ornaram bons amigos. Eles não se conheciam, aé se enconrarem em uma série de seminários mensais sobre pregação, em uma cidade vizinha. Essas reuniões mensais lhes proporcionaram não somene uma nova amizade, como ambém mudaram as suas vidas para sempre.  Anes de assisir aos seminários, John nunca havia pregado. Ele pensara no assuno por muio empo, mas nunca soubera como começar. Mas, o que é realmene pregar? Qual a diferença enre um sermão e uma palesra? Por que algumas pregações são poderosas e caivanes, enquano ouras são enfadonhas e monóonas? Quais os elemenos essenciais de um bom sermão? Os seminários responderam as pergunas de John e o colocaram no rumo cero. Hoje, ele prega com regularidade e seu minisério realiza uma boa obra espiriual.  A hisória de Jack é muio diferene. Anes de assisir aos seminários, ele esivera envolvido na pregação por mais de vine anos. Apesar disso, senia que precisava melhorá-la. Havia lido alguns livros sobre o assuno e buscara o conselho de algumas pessoas. Por que os seus sermões pareciam não alimenar ninguém? Por que as pessoas se desligavam menalmene, quando ele ainda esava nos minuos iniciais de seu sermão? E, o que é mais imporane, por que Jack conhecia ão poucas pessoas ransformadas por seus sermões? Os seminários rouxeram-lhe alívio inenso, colocando udo em ordem ao fazerem-no livrar-se de coisas desnecessárias, preservando as essenciais. Agora, muias pessoas agradecem ao Senhor pela poderosa pregação de Jack.

Pregação Pura e Simples

Os seminários foram bem modesos. Cada um deles consisia em uma palesra inroduória que não apresenava nenhuma novidade e devia muio ao discernimeno de ouros. Enão, era seguido por pergunas e meia hora de discussão orienada. Mas, os Johns e os Jacks que freqüenaram aquelas reuniões se referem a elas com freqüência e usam o maerial dos seminários para avaliarem não somene a si mesmos, mas ambém uns aos ouros. Eles pediram que a essência do que aprenderam fosse colocada na forma de um livro. Eis o livro. Suar Olyot Movimeno Evangélico do País de Gales Brynirion, Bridgend Novembro de 2004



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Parte 1 O que é Pregação?

O que é Pregação?

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e alguém gasasse uma semana lendo oda a Bíblia e, na semana seguine, se familiarizasse com os principais aconecimenos da hisória da igreja, o que observaria? Que a obra de Deus no mundo e a pregação esão inimamene ligadas. Onde Deus age, ali a pregação floresce. Em odos os lugares em que a pregação é menosprezada ou esá ausene, ali a causa de Deus passa por um empo de improduividade. O reino de Deus e a pregação são irmãos siameses que não podem ser separados. Junos, eles permanecem de pé ou caem. O que iso significa para nós? Significa que, se emos um desejo sério de ver Deus sendo adorado mais do que Ele realmene o é, precisamos nos ineressar ardenemene pelo assuno da pregação. Iso será verdade, quer sejamos pregadores, quer não. Se pregamos, desejaremos fazê-lo melhor. Se não pregamos, desejaremos fazer udo o que pudermos para ajudar e encorajar aqueles que pregam. Enão, o que é pregação? Ficamos admirados ao observar quão poucas pessoas são capazes de apresenar uma resposa exaa a esa perguna. Iso é verdade aé enre aqueles que pregam durane muios anos! O problema é que muias pessoas êm formulado sua idéia de pregação a parir do que ouvem e lêem, e não a parir de um esudo aencioso das Escriuras. Quatro palavras do Novo Testamento que significam pregar

O Novo esameno descreve a pregação usando mais de sessena ma-

Pregação Pura e Simples

neiras diferenes, porém reserva um lugar especial para quaro palavras.1 Ao escrever sobre elas, usarei a sua forma verbal, mas erei em mene ouras palavras da mesma família. Por exemplo, quando uso kerusso (“pregar”), ambém enho em mene kerygma (“a mensagem pregada”) e keryx (“um arauo”). Porano, consideremos esas quaro palavras e vejamos de que forma elas nos ajudam a compreender o que é  pregação. alvez alguns de nós devamos nos preparar para uma surpresa! (1) kerusso

Nenhuma oura palavra que significa pregar é mais imporane do que esa. Ela sempre nos ocorre quando falamos sobre pregação. É usada mais de sessena vezes no Novo esameno. Significa “declarar, como o faz um arauo”. efere-se à mensagem de um rei. Quando um soberano inha uma mensagem para seus súdios, ele a enregava aos arauos. Eses a ransmiiam às pessoas sem mudá-la ou corrigi-la. Simplesmene ransmiiam a mensagem que lhes havia sido enregue. Os ouvines sabiam que esavam recebendo uma proclamação oficial. O Novo esameno usa ese verbo para enfaizar que o pregador não deve anunciar sua própria mensagem. Ele fala como pora-voz de Ourem. A ênfase desa palavra esá na transmissão exaa da mensagem. O pregador não fala com sua própria auoridade. Ele oi enviado e fala com a auoridade dAquele que o enviou. Palavras da família de kerusso são usadas para descrever a pregação de Jonas (M 12.41), de João Baisa (M 3.1), de nosso Senhor  Jesus Criso (“proclamar” e “apregoar” � Lc 4.18b-19) e de seus apósolos (“pregador” � 1 m 2.7; 2 m 1.11). (2) euangelizo

Esa é a palavra da qual obivemos a nossa palavra “evangelizar”. O ver bo grego significa “razer boas noícias” ou “anunciar boas-novas”. Em Lucas 2.10, onde lemos que o anjo disse: “Eis aqui vos trago boa-nova...”, ele usou ese verbo. Mas é imporane observar que kerusso e euangelizo não significam algo oalmene diferene. Muias pessoas abraçaram a idéia de que esses verbos falam sobre duas aividades separadas. Apegaram-se a esa idéia •

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sem esudar as Escriuras, para saber o que elas dizem a respeio do assuno.  Assim, desenvolveram ponos de visa errados quano à pregação. Precisamos considerar com aenção Lucas 4.18-19. Eses versículos descrevem nosso Senhor falando na sinagoga de Nazaré, a cidade da Galiléia na qual Ele fora criado. Nosso Senhor começou a sua mensagem lendo o profea Isaías. Ele escolheu uma passagem que, cenenas de anos anes, predissera o seu minisério. Não há dúvida de que sua leiura ocorreu em língua hebraica, mas Lucas narrou o aconecimeno usando a língua grega. No versículo 18a, “evangelizar” é uma forma do verbo euangelizo, enquano nos versículos 18b e 19, “proclamar e anunciar” são formas do verbo kerusso. Nosso Senhor usou ambos os verbos para descrever seu minisério. Ao fazer um, Ele fazia ambém o ouro. “Proclamar” é “evangelizar”, que, por sua vez, é “proclamar”! “Evangelizar” pode aé ser usado em referência a algo que fazemos aos crenes! Iso pode ser viso, por exemplo, em omanos 1.15. Depois de saudar os seus leiores, que eram crenes, no versículo 7, e de apresenar as informações dos versículos 8-14, Paulo coninuou: “Quano esá em mim, esou prono a anunciar o evangelho ambém a vós ouros que esais em oma”. A expressão “anunciar o evangelho” é uma radução do verbo euan gelizo. Paulo iria a oma para evangelizar aqueles que já eram converidos! É empo de pensarmos novamene a respeio de como usamos nossas várias palavras que expressam a idéia de pregar. 3) martureo

Ese verbo significa “dar esemunho dos faos”. Hoje, porém, quando os crenes falam sobre testemunhar, o que eles geralmene querem dizer? Com freqüência, usam esa palavra a fim de descrever aqueles momenos em que conam aos ouros sua experiência pessoal com o Senhor. Na Bíblia, martureo não é usado dessa maneira, em nenhuma ocasião. Muio freqüenemene, esse verbo é usado ao dar esemunho no ribunal. Em ouras ocasiões, martureo é usado com o senido de invocar a Deus (ou mesmo pedras) para esemunhar algo. Esse verbo se refere compleamene à objeividade, e não à subjeividade; refere-se a conar às pessoas faos e aconecimenos, e não •

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os meus senimenos ou o que aconeceu a mim. Quem já omou empo para esudar a Sepuagina (a aniga radução grega do Anigo esameno) sabe que as afirmações do parágrafo anerior são verdadeiras. Um esudo do Novo esameno nos leva rapidamene à mesma conclusão. No relao de João, João, quando a mulher samariana samari ana usou martureo (“anunciara” � Jo 4.39), ela se referiu ao coneúdo de uma conversa. Em 1 João 1.2, quando o apósolo empregou martureo (“damos esemunho”), ele falava do que vira e ouvira. Em Aos 26.5, quando Paulo usou martureo (“esemunhar”), ele o fez porque esava apelando a um esemunho diane de uma core. Mas, ao esudarmos esa palavra, exise uma passagem que é sobremodo relevane. A passagem é Lucas 24.44-48. Neses versículos, nosso Senhor ressusciado esá dizendo aos discípulos o que deveriam fazer. fazer. Deveriam sair por odo o mundo pregando (kerusso) o arrependimeno e a remissão dos pecados (v. 47 � “pregasse”) e sendo testemunhas (uma palavra da família de martureo) dos grandes faos do evangelho, que eles mesmos presenciaram presenc iaram (v. 48). Aqueles que proclamam dão esemunho; e aqueles que dão esemunho proclamam. E, se olhássemos Maeus 28.20, perceberíamos que os recepores da Grande Comissão ambém deveriam ensinar ( didasko).  A que conclusão chegamos? chegamos? Aprendemos que kerusso não é algo separado de euangelizo. ambém aprendemos que kerusso não é algo separado de martureo. E agora emos aprendido que kerusso e martureo não são aividades divorciadas de didasko � nossa quara grande palavra � à qual nos  volveremos  volver emos em seguida. Por favor, observe: não esou dizendo que esas palavras são inercam biáveis. Esou mosrando que, ao fazermos algumas desas coisas, fazemos ambém as ouras � viso v iso que pregar inclui todas elas! Ese é um argumeno que não podemos enfaizar demais. Adiane, ressalaremos novamene ese argumeno. Por enquano, devemos considerar nossa quara palavra. 4) didasko

Esa palavra significa “pronunciar em ermos concreos o que a mensagem significa em referência ao viver”. É um erro grave separar kerygma (uma •

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palavra da família de kerusso) de didache (uma palavra da família de disdasko). Não são apenas os eólogos erudios que êm procurado fazer isso, pois há inúmeros crenes, em nossas igrejas, que fazem uma clara disinção enre uma “mensagem evangelísica” e uma “mensagem dourinária”. Logo falaremos um pouco mais sobre isso. “Pronunciar em ermos concreos o que a mensagem significa em referência ao viver” não deve ser um mero acréscimo à nossa pregação; deve ser uma pare da mensagem que proclamamos. Iso pode ser comprovado ao lermos Aos dos Apósolos. Em Aos 5.42, lemos que os apósolos não cessavam “de ensinar e de pregar” (didasko e euangelizo) a Jesus, o Criso. Em Aos 15.35, lemos que Paulo e Barnabé demoraram-se em Anioquia, “ensinando e pregando” (didasko e euangelizo), a palavra do Senhor. Em  Aos 28.31, lemos que Paulo usou sua casa em oma para prega p regarr e ensinar (kerusso e didasko). Precisamos ser sensíveis ao vocabulário do rela relaoo inspirado.. Quando alguém faz o que significa um desses verbos, essa pessoa esá rado fazendo, ao mesmo empo, o que significa algum ouro deles! Precisamos dizer mais do que isso. Se compararmos Aos 19.13 com  Aos 19.8, veremos veremos que Paulo Paulo,, ao pregar (kerusso) em Éfeso, ambém “falava ousadamene, disserando e persuadindo”. Desa maneira, Lucas nos mosra que, quando alguém prega (kerusso), esá fazendo muio mais do que os ouros rês verbos expressam. Seguir esa linha de pensameno nos levaria a um esudo que vai além do escopo dese livro. Mas, anes anes de deixarmos dei xarmos Aos dos Apósolos, devemos observar obser var Aos 20.24-25. Nesa passagem, Paulo Paulo explicou aos presbíeros de Éfeso que dar esemunho solene do evangelho (“esemunhar” (“es emunhar” � uma palavra da família famí lia de martureo) foi algo que ocorreu enquano ele eseve “pregando” ( kerusso). O que isto significa para nós

Esamos em perigo de dar muia aenção aos dealhes e não enender o que é realmene imporane. Que argumeno esamos, de fao, procurando esabelecer? É ese: quando alguém prega, não impora o lugar em que eseja ou para quem esá falando, esá fazendo odas as quaro coisas que menciona•

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mos. No Novo esameno, esameno, não emos uma palavra que signifique sig nifique pregar para o perdido e oura que signifique pregar para o salvo. Simplesmene não enconramos mensagens conhecidas como “mensagens dourinárias”, enquano ouras são conhecidas como “mensagens evangelísicas”. Alguns leiores podem achar iso desagradável, mas não podemos alerar o que a Bíblia diz. A pregação, oda a pregação, envolve fazer quaro coisas de uma vez. Se pudermos enender isso, muias passagens das Escriuras nos aingirão de maneira diferene. Um bom exemplo é 2 imóeo 4.1-5. Neses  versículos, Pa Paulo ulo escreve escreveuu suas palavras finais a alguém que, mesmo sendo jovem, já era um imporane líder crisão. Paulo o insrui solenemene a pregar “a Palavra”! Nesse pono, ele usou o verbo kerusso. Mas, por que imóeo devia fazer isso? Por que viria o empo em que as pessoas não suporariam a sã “dourina” (uma palavra da família de didasko) e se cercariam de “mesres” (oura palavra da família de didasko). É óbvio que Paulo esava dizendo a imóeo que pregar (kerusso) é a maneira de ensinar ( didasko) a igreja e proegê-la do erro. Mas isso não é udo. Paulo exorou imóeo a fazer o rabalho de um “evangelisa” (uma palavra da família famíl ia de euangelizo). É claro que Paulo Paulo queria dizer que, à medida que imóeo pregasse (kerusso) e, conseqüenemene, ensinasse [didasko], deveria assegurar-se de que o verdadeiro evangelho (euangelizo) fosse manido em primeiro plano. Assim, em um único parágrafo, vemos que rês de nossas quaro palavras foram usadas para descrever a arefa de imóeo. Se ele era um verdadeiro pregador, não faria apenas uma dessas coisas e sim odas elas. Onde quer que enconr enconremos emos a verdadeira pregação, várias coisas aconecem ao mesmo empo. Se não levarmos isso em cona, jamais seremos verdadeiros pregadores. emos de nos livrar da idéia de que exisem dois ipos de pregação: uma que é adequada ao não-converido e oura que é conveniene para o converido. De agora em diane, emos de rejeiar o pensameno de que pregar para o perdido e pregar para o salvo são dois fenômenos disinos. Não devemos esabelecer uma divisão enre um ipo e ouro de pregação. oda pregação é uma proclamação da salvação (no pleno senido desse ermo) a homens e mulheres, rapazes e moças. É verdade que a audiência pode ser consiuída de pessoas •

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muio diferenes. É verdade que os não-converidos e os converidos não êm as mesmas necessidades. Porano, é verdade que a maneira como a Bíblia é aplicada pode variar consideravelmene. Mas não é verdade que a pregação minisrada aos não-converidos possui uma naureza diferene da pregação apresenada aos converidos. A idéia de que há dois ipos disinos de pregação (e de que algumas pessoas são boas para um ipo de pregação; e ouras pessoas são boas para ouro ipo de pregação) esá impedindo as pessoas de odos os lugares a enenderem o que é a verdadeira pregação. Resposta à nossa pergunta

Enão, o que é pregação? A pregação, oda a pregação, é consiuída de quaro coisas: 1. É proclamar a mensagem dada pelo ei ( kerusso). Iso nos fala sobre a  onte da mensagem e a autoridade que a acompanha. 2. É anunciar boas-novas (euangelizo). Iso nos fala sobre a qualidade da mensagem e o espírito com que ela é apresenada. 3. É dar esemunho dos faos (martureo). Iso nos fala sobre a natureza da mensagem e a base na qual ela esá consruída. 4. É um esclarecimeno das implicações da mensagem (didasko). Iso nos fala sobre o alvo da mensagem (a consciência do ouvine) e a medida do seu sucesso (ela muda a vida de alguém?). Enquano não esivermos esclarecidos quano a ese assuno, nunca eremos pregado realmene, de modo algum. Porano, a fim de ornar as coisas ão claras quano possível, você virá comigo a uma igreja local? Ela não possui muios membros, e, conforme pensamos, odos eles são verdadeiros crenes. Quando subo ao púlpio a fim de pregar para eles, o que faço? Primeiramene, oda a minha mensagem é obida nas Escriuras. Não a inveno. Descobrirei o que o ei afirma em sua Palavra e mosrarei isso aos membros da igreja. Iso é kerusso. alvez eu enha de falar ousadamene sobre o pecado deles. Esas serão más noícias. Mas não os deixarei confusos, em desespero. Eu lhes •

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mosrarei como a passagem os leva a Criso, dizendo-lhes como Ele é, e o que fez em benefício dos pecadores. Isso afeará o modo como udo é anunciado. Anes de erminar o culo, eles erão ouvido as boas-novas da graça de Deus. Iso é euangelizo. Minha mensagem lhes falará sobre a daa e os empos do livro bíblico que esamos considerando; eu lhes darei abundância de informações facuais, quer sejam aconecimenos, geografia, culura ou ouras coisas. E o melhor de udo: eles ouvirão novamene os grandes faos da encarnação, da  vida, more, ressurreição e ascensão do Senhor Jesus Criso. Não os deixarei aeando em um mundo absrao. Iso é martureo. Falarei direamene à consciência deles. Mosrarei o que a passagem significa, mas não pararei ali. Eu lhes mosrarei o que a passagem significa para eles. E saberão de que maneira a passagem exige uma mudança em sua  vida. Em nome de Criso, insisirei no arrependimeno. Apresenarei insruções práicas fundamenadas na Bíblia. Por úlimo, lhes recordarei como eles presarão conas a Deus mesmo. Iso é didasko.  Ao final, terei pregado porque fiz as quaro coisas que a Palavra de Deus exige de mim. E volarei para casa. Conudo, no caminho de vola, enconrarei alguns adolescenes nas ruas. E, viso que vocês esão comigo, pararemos para conversar com eles. Vocês e eu sabemos que emos de suporar alguns momenos de insensibilidade. ambém sabemos que evenualmene eles concordarão em ouvir o que emos a dizer-lhes. Enão, onde começaremos? Não invenarei o que devo dizer-lhes. alvez não possamos abrir nossa Bíblia diane deles, mas udo que dissermos virá do Livro. ransmiiremos, ão fielmene quano possível, o que o ei em a dizer a jovens como esses. Iso é kerusso. É claro que nos concenraremos nas grandes verdades do evangelho. Nós lhes falaremos a respeio de Deus, de suas exigências, do seu Filho, da necessidade de que se arrependam e creiam. Falaremos sobre a ira de Deus. E, com alegria, lhes proclamaremos o amor de Deus e o que Ele fez na cruz.  Amaremos esses jovens enquano conversarmos com eles. E odos eles sa berão que a nossa mensagem é boas-novas. Iso é euangelizo. Não seremos desviados de nossa arefa. Conaremos a eles os faos so•

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 bre a exisência de Deus, o pecado deles, a vinda de Criso, a sua expiação e a sua ressurreição, o fim do mundo e o que Deus promee àqueles que se converem a Ele. Iso é martureo. Incuiremos nossa mensagem com oda a energia que pudermos. Explicaremos que eles se perderão eernamene, se permanecerem como são. Nós lhes ordenaremos, exoraremos, convidaremos e apelaremos a que se arrependam de seus pecados e converam-se a Criso. Diremos a eles que não há nada mais imporane do que isso. Insisiremos que precisam se arrepender e volar-se para Criso agora. Iso é didasko.  Assim, ano na igreja como nas ruas, eremos feio as mesmas quaro coisas � kerusso, euangelizo, martureo, didasko.   Daremos apenas um sermão, mas eremos pregado duas vezes! Passaremos por duas siuações  bem diferenes: uma na igreja, oura na rua. Falaremos a pessoas que são muio diferenes umas das ouras, mas cujas necessidades profundas são as mesmas. Faremos aplicações diferenes. Experimenaremos resulados diferenes. Mas não eremos feio duas coisas diferenes. Apesar das diferenças enormes, no que concerne às siuações, em ambas teremos pregado! Algumas das características-chave da pregação do Novo Testamento

Porano, já ficou claro o que significa a pregação. Agora, sabemos o suficiene sobre ela para descobrirmos se esamos realmene pregando ou não. ambém já sabemos a respeio do espírio em que ela deve ser realizada. Mas seria errado erminar um capíulo inroduório como ese, sem obser varmos que o Novo esameno enfaiza rês caracerísicas pariculares da  verdadeira pregação. 1) Compulsão

 A primeira é compulsão. Exise algo no ínimo do pregador que o impulsiona à sua obra. Ele possui um consrangimeno inerior que é maior do que ele mesmo. Em seu coração, há um fogo que se recusa a exinguir-se. Ele não pode deixar de pregar. Ele tem de pregar. E clama: “Ai de mim, se não •

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pregar o evangelho!” (1 Co 9.16). Quando ordenado a parar, o pregador declara como os apósolos: “Não podemos deixar de falar das coisas que  vimos e ouvimos” (A 4.20). Ele em um senso de vocação que não enconra dificuldade para enender o que significavam as palavras de seu Senhor, quando disse: “Vamos a ouros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue ambém ali, pois para isso é que eu vim” (Mc 1.38). Onde não exise essa coerção inerior, ambém não exise um verdadeiro pregador. Na Bíblia, o homem que proclama, anuncia, dá esemunho dos faos e deseja aingir a consciência é um homem impulsionado. Nos recessos de sua alma, Deus o conquisou, e esse homem vive cada hora com a consciência de que foi enviado. A experiência é ão profunda que ele não enconra palavras para descrevê-la. O melhor que ele pode fazer é conversar a respeio do seu “chamado”, embora nunca enha escuado uma voz ou recebido uma visão. Em circunsâncias normais, o “chamado” do pregador é reconhecido, de um modo ou de ouro, pela igreja de Jesus Criso. Ese reconhecimeno é designado, freqüenemene, de “chamado exerior”. Seria anormal um homem coninuar pregando sem esse chamado. odavia, muias vezes, as igrejas evangélicas possuem ão pouco discernimeno e mauridade; são ão mundanas e dominadas pelo pecado, que são incapazes de reconhecer um homem enviado dos céus. O homem que é verdadeiramene chamado não desisirá por causa disso. O fogo dado por Deus arderá ão inensamene como sempre ardeu. A energia inerior impelirá esse homem. Ele pregará, pregará e pregará de novo, porque a compulsão de seu ínimo é invencível e o deixará sem opções. 2) Clareza

 A segunda caracerísica-chave é clareza. E em de ser! Os arauos sempre falam na linguagem das pessoas que os ouvem. A boa-nova apresenada com palavras e frases difíceis não é boa-nova. Se os faos são mosrados sem clareza parecerão ficção. E como alguma coisa pode ser incuida na consciência, se não pode ser enendida? Os verdadeiros pregadores são pregadores de linguagem clara. Declaram a palavra do ei; por isso, não araem a aenção para si mesmos. Não •

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permiem que nada obscureça a mensagem da cruz. Anseiam que cada ouvine grave os faos e não seja disraído pela maneira como eses são apresenados. Mosram-se resoluos a fazer com que ninguém enha dúvidas quano ao que se espera deles em seguida. O apósolo Paulo falou por odos os verdadeiros pregadores da Palavra, quando descreveu a sua pregação como uma proclamação franca da verdade (2 Co 4.2). Ele decidiu “pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Criso” (1 Co 1.17). Eis uma descrição de seu minisério:  Eu, irmãos, quando ui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.  Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este cruci ficado. E oi em faqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em lin guagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa é não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. (1 Co 2.1-5.) 3) Cristocêntrica

 A erceira caracerísica-chave é a cenralidade de Criso. E em de ser. Iso é verdade, porque os pregadores são arauos da Escriura. E oda a Escriura fala sobre a pessoa de Criso. Implícia ou expliciamene, direa ou indireamene, cada pare da Bíblia nos revela Criso. Em oda a Escriura, não há qualquer passagem que seja uma exceção. O Espírio de Criso moveu odos os auores do Anigo esameno a escreverem os seus livros (1 Pe 1.10-12). O próprio Senhor Jesus esclareceu o Anigo esameno para os seus discípulos e lhes explicou que Ele esava conido em cada pare das Escriuras (Lc 24.25-27, 44-48). Jesus é o grande assuno dos quaro evangelhos, de Aos dos Apósolos, de odas as epísolas e do Apocalipse. Enão, o que diremos a respeio de um pregador que abre a sua Bíblia e não prega a Criso com base na passagem que em diane de si? Esse pregador não enendeu o Livro; e, se não o enendeu, não deveria esar pregando! •

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O Senhor Jesus Criso é o coneúdo e o cenro de udo o que Deus re velou em sua Palavra. Jesus é o foco da hisória bíblica. É o âmago de odos os escriores sagrados, desvendando-se a Si mesmo à mene deles e guiando os seus escrios. Ele se revela nas páginas das Escriuras a cada pessoa que comissionou, pessoalmene, ao minisério da pregação. Onde Criso não é pregado, ali não exise pregação. Por que este livro possui esta estrutura

Com odas esas coisas em mene, esamos em condições de enender por que ese livro possui esa esruura. Agora, sabemos o que significa a pregação. emos viso rês das suas caracerísicas-chave. Enão, como pregar com deerminação? Como podemos er cereza de que esamos pregando correamene? Não é difícil responder a esas pergunas. econhecendo que somos arauos do ei e que em seu Livro esá escrio udo que Ele em a dizer-nos, não pode haver nada mais imporane do que ober o seu significado correo. E não obemos ese significado, se não vemos a Criso nas páginas das Escriuras. Pregar requer exatidão exegética.  A Bíblia é um livro compleo. Nada lhe pode ser acrescenado. Se iso é verdade, podemos esudá-la e desenvolver o que ela ensina a respeio de um assuno específico. Ao esudá-la, descobrimos que ela ensina um sisema compleo de dourina, que revelo em qualquer passagem sobre a qual eu prego. Por isso, enho de mosrar às pessoas que sisema é esse. Pregar exige conteúdo doutrinário. Mas, não aprendemos que a clareza é uma das caracerísicas-chave da pregação bíblica? Podemos dizer que uma mensagem é clara, se emos dificuldade em acompanhá-la e não podemos recordá-la? Pregar exige clareza na estrutura. E, por essa mesma razão, requer ilustrações vívidas. Não devemos esquecer que a Palavra do ei, as boas-novas, enreecida nos faos, em de aingir a consciência (didasko). Ela insise que odo ouvine corrija o seu viver. Pregar requer aplicação penetrante.  Aconeça o que aconecer, a mensagem divina em de alcançar seu alvo. •

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Não devemos permiir que nada lhe obsrua o seu objeivo. A maneira como um pregador fala e se movimena pode ser uma ajuda ou um obsáculo. Pregar exige uma pregação eficiente. Por causa do fogo inerior que se recusa a apagar-se, o pregador se en volverá emocionalmene com os seus ouvines. O pregador falará a palavra do ei em nome dEle, mas não desejará fazer isso sem experimenar a presença e a bênção do ei. Na verdadeira pregação, há uma dimensão que não ousamos desprezar. Pregar requer autoridade sobrenatural. Eses são os elemenos que consiuem a verdadeira pregação. Não basa er a maioria deles; precisamos de odos eles. ambém precisamos de um méodo de preparar sermões que, enquano possível, nos proporcione eses elemenos. Por isso, nosso livro ermina com uma sugesão de um méodo de preparação de sermões.

Noas: 1 Minha aenção foi araída, pela primeira vez, a esas quaro palavras pela leiura do clássico Preaching and Biblical Teology (Pregação e eologia Bíblica), escrio por Edmund P. Clowney (London, Te yndale Press, 1962), p. 54-59. •

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Parte 2 O que Torna a Pregação Excelente?

1 Exatidão Exegética

N

ossa arefa é clara: emos de usar os lábios para explicar e proclamar a Palavra de Deus, aplicando-a à consciência e vida das pessoas que nos ouvem. Mas, onde enconramos a Palavra de Deus? udo o que Deus em a dizer aos homens e mulheres foi escrio nas palavras e senenças que consiuem a Bíblia. Essas palavras e senenças possuem um significado inencional. Porano, nada � nada mesmo � pode ser mais imporane do que conhecer o significado correo. O esudo que revela o significado inencional das palavras e senenças da Bíblia chama-se exegese. Não haverá um pregador verdadeiro, se udo o que ese disser não esiver fundamenado em exatidão exegética. Pecamos quando pregamos aquilo que achamos que as Escriuras afirmam, e não pregamos o seu verdadeiro significado. ambém pecamos quando pregamos os pensamenos que a Palavra despera em nosso ineleco e não aquilo que a Palavra realmene declara. Um arauo é um raidor, se não ransmie exatamente o que o ei diz. Quem ousará colocar-se diane de uma congregação e proclamar: “Assim diz o Senhor”, afirmando em seguida, no nome do Senhor, aquilo que Ele não disse? Precisamos enfaizar novamene: na pregação, não exise nada � nada mesmo � que seja mais imporane do que a exaidão exegéica. Quando a “exegese” não é exegese

Não devemos pensar que odos os pregadores que gasam muias ho-

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ras esudando a Bíblia são bons exegeas. Oração, empo e esforço precisam ser unidos a princípios correos de inerpreação. Muias pessoas sinceras enendem a Bíblia de modo oalmene errado. Eles se manifesam e levam seus ouvines ao erro. Iso não pode aconecer. 1 1) Superstição

Por exemplo, algumas pessoas esudam a Bíblia de maneira supersticiosa. Em vez de focalizarem o senido claro das palavras e senenças das Escriuras, esão sempre procurando significados oculos. O que esá escrio com clareza na Bíblia não comove ais pessoas; porém, se enconrarem algo que as pessoas comuns não podem ver, ficam foremene impressionadas! Para elas, ese é o significado “espiriual” das Escriuras, e o consideram mais imporane do que o seu significado evidene. Enre os que esudam as Escriuras desa maneira, enconram-se aqueles que ribuam grande aenção ao valor numérico das leras do hebraico. Quase odo o Anigo esameno foi escrio em hebraico. Cada lera do alfa beo hebraico serve não apenas como lera, mas ambém como número. Se  você quiser, pode somar os números represenados pelas leras de uma pala vra, dando a esa um valor numérico. Pode fazer o mesmo com as senenças. Pode aé enconrar ouras leras e senenças com o mesmo valor numérico. Com odos esses números ane os seus olhos e um pouco de imaginação, pode chegar a odo ipo de conclusão. Considere o que você poderá dizer às pessoas depois de um esudo de odas as palavras e senenças que êm valor numérico igual a 666! Ouras pessoas não chegam a esse pono, mas são conroladas por essa menalidade. Se não se mosram ineressadas em leras hebraicas, podem ser fascinadas pelo significados dos nomes dos lugares na Bíblia, sobre os quais fundamenam grande pare de seu ensino. Para eses, o imporane é o significado que as pessoas comuns não podem ver. “Afinal de conas”, eles argumenam, “1 Corínios 2.14 não ensina que as coisas espiriuais são discernidas espiriualmene?” O fao de que eles usam ese versículo nos mosra como eles são péssimos exegeas! No versículo, Paulo esava falando sobre pessoas não•

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converidas. Esava ensinando que ais pessoas não aceiam as coisas espiriuais, nem se imporam com elas. Pensam que essas coisas são loucura e irrelevanes. Esa é a razão por que não êm qualquer senso espiriual. Para que venha a apreciar as coisas espiriuais, uma pessoa em de experimenar uma mudança de naureza e receber um novo coração.  A Bíblia não ensina que sua mensagem pode ser enendida somene por uma elie espiriual. E, com cereza, ambém não afirma que seu verdadeiro significado é al que a maioria das pessoas não pode descobri-lo! Os  verdadeiros pregadores da Palavra rejeiam oda exegese supersiciosa. 2) Alegoria

 Algumas pessoas esudam a Bíblia alegoricamente.  A maneira de pensar deles possui ceras semelhanças com o que acabamos de descrever, mas não é idênica. Elas esão verdadeiramene ineressadas no senido gramaical da Palavra de Deus, mas crêem que, em adição a ese senido, algo mais precisa ser descobero. Pessoas êm esudado a Bíblia de maneira alegórica desde os primeiros séculos da igreja crisã. Para enendermos como elas analisam as Escriuras, devemos alvez pensar no famoso livro O Peregrino, de John Bunyan. Nese livro, enconramos diversos personagens que passam por avenuras exraordinárias. Os personagens e as avenuras são imporanes, porque sem eles o livro não exisiria. Mas o que realmene impora não são os dealhes da hisória, e sim o que John Bunyan esá ransmiindo, enquano cona a hisória. Ele em verdades a ensinar e lições que precisamos aprender. Esas são as coisas imporanes, e não os personagens e as avenuras usadas para ransmii-las. Os que esudam a Bíblia de maneira alegórica lêem-na de modo semelhane. O significado claro das palavras e senenças é imporane, mas não é ão imporane quano as verdades e lições que esão por rás desse significado. A Bíblia esá replea de significados, e o significado evidene esá enre os menos valiosos. Esse ipo de inerpreação leva a fanasias ilimiadas e às mais grosseiras inerpreações. O Anigo esameno, em paricular, significa aquilo que •

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o pregador deseja que signifique. Esse ipo de “exegese” aniquila o esudo sério e recompensa a ingenuidade. Pregar orna-se apenas uma demonsração dos poderes invenivos do pregador, enquano o rabalho árduo exigido pela exegese séria desaparece de cena. Cera vez, ouvi um sermão baseado em Gênesis 24. Fiquei assenado em meu banco por 75 minuos, senindo-me oalmene encanado, enquano o pregador conava a hisória de como Abraão mandara seu servo de confiança à Mesopoâmia, a fim de enconrar uma esposa para Isaque, seu filho. O propósio da mensagem era mosrar como Deus Pai raz uma noiva para seu Filho. No sermão, Abraão foi igualado a Deus Pai; Isaque, a Deus Filho; o servo de confiança, ao Espírio Sano; ebeca, à igreja; e os camelos, às promessas divinas que levam a igreja, guiada pelo Espírio, em segurança ao céu!  Já passaram-se quarena anos desde que ouvi esse sermão. Ainda posso recordar quase odas as palavras. Foi pregado por um homem a quem eu devo mais do que posso expressar. Ele já esá no céu há alguns anos, e não preendo manchar sua memória, de maneira alguma. odavia, o seu sermão eria sido oalmene correo, se ele ivesse apenas usado Gênesis 24 como ilusração da dourina que esava ensinando. Mas não o fez. Ele deu a impressão de que Gênesis 24 foi escrio com a intenção de ensinar como Deus raz uma noiva para seu Filho. Conudo, esse não é, de modo algum, o significado encionado pela passagem. Assim, infelizmene, preciso dizer: um sermão que me deixou fascinado era um péssimo sermão.  A verdadeira pregação exige que descubramos o significado proposital da passagem que esamos abordando. Não há lugar para o alegorismo, a menos que digamos às pessoas que o esamos fazendo para ilusrar nosso argumeno � e em de ser um argumeno já esabelecido pela exegese correa. Não é proveioso apelarmos à passagem como Gálaas 4.21-31 para argumenarmos que às vezes a alegoria é permiida. Algumas pessoas am bém mencionam 1 Corínios 10.1-3 e Hebreus 7.1-3, para apoiar ese pono de visa. Se considerarmos com aenção esas passagens, perceberemos que não são realmene alegorias, embora pareçam à primeira visa. São exemplos de como o Anigo esameno pode ser usado como ilusração. ambém é •

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ineressane observar que nenhuma desas passagens é usada para provar qualquer ipo de dourina. É empo de abandonar o uso de exegese alegórica. Há uma perguna simples que nos diz quando usamos uma passagem como alegoria ou como ilusração: no esudo desa passagem, o significado intencional das palavras e senenças esá em primeiro plano ou oculo no conexo? Se o significado intencional não ocupa a posição primária de nossa exegese, a alegoria esá espreiando perigosamene em algum lugar � e em de ser aniquilada imediaamene! 3) Dogma

Exise ouro grupo de pessoas que esuda a Bíblia dogmaticamente.  Não há nada errado com o vocábulo dogma, desde que enendamos o que ele significa. Esa não é uma palavra que goso de usar com freqüência, porque é aniquada e, no que diz respeio a muias pessoas, ransmie idéias indesejáveis. “Dogma” é uma palavra aniga que significa dourina. “eologia dogmáica” é oura maneira de descrever “eologia sisemáica”. Mas, o que é isso realmene? É uma afirmação do sisema de dourina ensinado na Bíblia, sem o emprego de qualquer oura informação, além daquela que a própria Bíblia nos fornece. Os pregadores mais poderosos são sempre aqueles que são fores em eologia dogmáica. Aceiam um sisema de dourina que governa odo o seu viver. Esse sisema de dourina deermina a crença e conrola o comporameno deles. Expressa-se nas orações e se manifesa claramene na pregação deles. São homens de convicções; por isso, esão em perigo.  À medida que esudam qualquer pare da Bíblia, enconram facilidade em inerpreá-la à luz de seu sisema, em vez de lembrarem que a própria Bí blia é a fone do sisema eológico deles. O fao é que algumas passagens das Escriuras são muios difíceis de serem enendidas. Somos enados a fazer com que elas se encaixem em nosso sisema eológico, em vez de gasarmos empo e esforço necessários para fazermos uma exegese rigorosa. Muios pregadores que são fores em eologia dogmáica caem nessa armadilha. Pode-se aé dizer que caem com regularidade. Fazem ceros exos e passagens •

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parecerem dizer coisas que realmene não dizem! Podemos omar Hebreus 6.4-8 como exemplo. Inúmeros pregadores e comenarisas bíblicos êm inerpreado eses versículos à luz do seu sisema e, por isso, êm deixado de enendê-los correamene. Aqueles que êm um sisema de eologia que ensina a perda de salvação do verdadeiro crene usam eses versículos para provar o seu ensino. Aqueles que possuem um sisema de eologia cujo ensino é de que o crene não perde a salvação, afirmam que a adverência dada nesa passagem de Hebreus é apenas hipoéica � o auor esava pinando um quadro ameaçador, mas não descrevia a realidade. Em ambos os casos, esudar as Escriuras com uma abordagem dogmáica leva os seus seguidores ao erro. Se qualquer desses ponos de visa for pregado, o pregador será culpado de inexatidão exegéica. A passagem não esá comenando se o crene pode ou não perder a salvação. Esse não é o propósio. E a siuação sobre a qual a passagem fala não é hipoéica, como é bem evidene no versículo 9. A passagem é uma das várias na Epísola aos Hebreus que êm a inenção de mosrar que é possível alguém er uma verdadeira experiência do Espírio Sano, sem er necessariamene uma experiência de salvação. A prova de que você eve uma experiência salvadora da pare do Espírio Sano não é o fao de que seniu algo, e sim de que  você persevera na fé e produz fruo. Se isso não aconece, você esá perdido � porano, precisa examinar a si mesmo e omar os passos concreos para assegurar-se de seu progresso espiriual. Somene um compromisso com a exegese complea nos capacia a pregar o significado inencional da passagem. E o que é verdade a respeio de Hebreus 6.4-8 ambém é verdade a respeio de qualquer oura pare da Bí blia. A eologia dogmáica é boa, mas emos de aprender a manê-la no seu devido lugar. Se não o fizermos, ela arruinará nossa pregação. 4) Razão humana

Gosaria de concluir esa secção dizendo que exisem pessoas que esudam a Bíblia racionalisticamente. Para eses, o grande faor é a razão humana; eles rejeiam udo que a ofendem. Iso significa que elas não crêem em milagres ou em qualquer fenômeno sobrenaural. Esas pessoas esão ceras de •

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que a verdade esá na Bíblia, mas não podem crer que oda pare da Bíblia seja verdadeira. Como poderia ser verdadeira oda a Bíblia? Ela não foi escria por homens imperfeios? Esse ipo de abordagem em um grande efeio na maneira como a Bí blia é inerpreada. Moisés e os israelias não aravessaram o mar Vermelho da maneira como foi descria no livro de Êxodo, pois quem pode acrediar que as águas se abriram formando muros em ambos os lados dos israelias? Podemos realmene crer que Isaías predisse o surgimeno de Ciro, citando-o  por nome, muio anes de ele nascer? A alimenação de cinco mil pessoas em de ser explicada de alguma oura maneira, bem como a ressurreição física de nosso Senhor Jesus Criso.  A “desmisificação” da Bíblia, e dos evangelhos em paricular, em sido uma das maneiras pelas quais a confiança na razão humana em se manifesado em anos recenes. A idéia é que, ao escreverem os quaro evangelhos, os seus auores, do século I, podiam pensar apenas como pensavam as pessoas daquele século. Para enendermos o que disseram, não devemos seguir a maneira que eles inham para ver as coisas, e sim considerar as verdades subjacenes usando uma perspeciva do século presene. Por exemplo, não emos de crer que Jesus ressusciou fisicamene denre os moros. Basa crer que, por meio da experiência de Jesus, homens e mulheres podem er  vida verdadeira. A hisória da ascensão de Jesus não deve ser enendida lieralmene. O que aconeceu foi que os escriores dos evangelhos esavam ressalando a oura naureza de Jesus. O que devemos dizer a respeio disso? ejeiamos essa abordagem, e a rejeiamos por compleo. A Bíblia, embora escria por homens imperfeios, é a Palavra de Deus. Ele a inspirou e garaniu que seus auores humanos escre vessem com exaidão, sem massacrar, de alguma maneira, a personalidade e os diferenes esilos deles. Se reirarmos da Bíblia o sobrenaural, ela não em mensagem. emos de enender o Anigo esameno como nosso Senhor o enendeu. emos de crer no Novo esameno, sujeiando-nos a ele como as Escriuras que nosso Senhor ordenou a seus apósolos que escrevessem. Se reirarmos da Bíblia udo que causa dificuldade à razão humana, seremos culpados de disorção exegéica. erminaremos pregando nada mais •

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do que nossas próprias idéias. ejeiar o sobrenaural reduz a Bíblia ao absurdo. Assim, o pregador pode fazê-la dizer apenas o que ele quer. Princípios de inerpreação que esão cenralizados compleamene no homem, nunca serão bem-sucedidos em enender o Livro de Deus. Nenhuma exegese verdadeira (e, conseqüenemene, nenhuma pregação verdadeira) resula do campo racionalisa. Que princípios devem governar o exegeta?

Enão, que princípios devo adoar para descobrir o que deerminada passagem realmene diz? Como descubro o seu significado inencional e, ainda assim, enho algo para pregar? Muios livros foram escrios sobre ese assuno, e os maiores deles não são necessariamene os melhores. Ese pequeno livro sobre pregação alvez não possa resumir o que eles êm a dizer. Pode apenas ressalar alguns ponos, caivando nossa aenção ao que é básico. Ese livro pode impedir que você caia no abismo do desasre exegéico, ao colocar seu pé em solo firme e seguro. Para eviar a ruína ano de nós mesmos como de nossos ouvines, emos de pergunar e responder see pergunas, anes de pregar qualquer passagem da Palavra de Deus. Gase empo! Não esude para produzir um sermão � não! não! Esude a fim de enender o exo.  Esta é a regra que o  pregador tem de respeitar antes de qualquer outra regra. O sermão que você prega evenualmene é quase nada, se comparado com aquela grandiosa obra que você realiza no lugar secreo. 1) O que Deus espera de mim quando me envolvo nesta tarefa?

Ele espera haver em mim a recordação de que o Livro a ser esudado é a sua sana Palavra. Espera que eu encare ese livro com admiração e sussurre em emor: “Deus alou neste livro! Deus ala neste livro!” Ele espera que eu o abra com adoração, emor, graidão e reverência. As profundezas de minha alma êm de ser laceradas pelo pensameno de que esou na presença de •

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uma revelação divina. Ese é um momeno sagrado. Lágrimas podem surgir,  bem como um choro de alegria. Deus espera que eu creia em udo que vier a ler. Deseja que eu fale com Ele, enquano faço a leiura. Deus espera que eu enesoure udo no coração, comprovando que o Livro é mais doce do que o mel e mais precioso do que o ouro. Ele espera que eu renove meus voos de colocar udo em práica. Deus espera haver em mim a lembrança de que Ele me deu o seu Livro como uma revelação. Porano, ele em um significado. Sim, a passagem que esou lendo em um significado. O auor humano esava cero não somene do significado que encionava ransmiir (e isso eu preciso descobrir), mas ambém do fao que as suas palavras inham um significado mais compleo do que ele mesmo podia assimilar. Ele esava ciene de que escrevia para raar de uma siuação específica e de que suas palavras aingiriam oda a igreja de Criso, em odas as gerações. Como posso esar cero disso? Por que 1 Pedro 1.10-12 o ensina. O Senhor espera que eu ambém lembre isso. Deus espera que eu me aproxime de sua Palavra sem quaisquer noções preconcebidas a respeio do que ela deveria dizer e que, em vez disso, descubra com humildade e obediência o que a Palavra realmene diz. Ele espera que haja a lembrança de que sou uma criaura cujo enendimeno é basane limiado. E não somene isso, mas ambém que sou um pecador cuja habilidade de enender foi severamene prejudicada. Deus espera que eu admia que jamais enenderei seu Livro sem a ajuda pessoal dEle mesmo, e que suplique essa ajuda.  A Bíblia pode ser esudada por qualquer homem em seu escriório. Mas ese não pode ser um verdadeiro exegea, e um verdadeiro pregador, se não esudar com uma aiude ínima de submissão. A exegese é um rabalho árduo. É uma disciplina acadêmica que impomos sobre nós mesmos. Anes de udo isso, a exegese é um ao de adoração. 2) Qual o significado gramatical das palavras?

O Sagrado Livro de Deus é consiuído de palavras. Algumas delas são subsanivos; ouras, verbos. Há ambém arigos, adjeivos, advérbios, numerais, pronomes, preposições, conjunções, inerjeições, ec. Os subs•

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anivos podem esar no singular ou no plural. Os verbos podem er variação de senidos, empos, modos e vozes. odas as palavras esão disposas em senenças, e a maneira como esão disposas dá significado à senença! Iso não deve amedronar-nos. Você já leu ese livro por algum empo. Ele ambém é formado de palavras de várias classes, disposas em senenças, endo em visa comunicar algo de minha mene à sua. Se eu ivesse usado palavras diferenes ou se ivesse disposo as mesmas palavras em oura ordem, você oberia um significado diferene. Porano, a gramáica é imporane. Sem ela, é impossível escrever um livro. De modo semelhane, cada senença da Bíblia em um significado. Se as palavras fossem diferenes, e a esruura gramaical fosse modificada, eria um significado diferene. Porano, quer gosemos, quer não, jamais poderemos er exaidão exegéica, se não ribuarmos aenção cuidadosa às palavras e à maneira como elas esão disposas na senença. Ese é o rabalho da exegese. Os pregadores êm de aprender a amar gramáica! Precisam fazer o esforço para enender como a linguagem funciona. Se não fazem isso, é impossível que cumpram a sua arefa. É verdade que a Bíblia é um livro inspirado por Deus. Mas é um livro. em de ser lida como um livro. Precisamos respeiar o senido gramaical básico de suas palavras e senenças. Sem dú vida, iso pode ser afeado pelo ipo de lieraura em que as suas palavras foram escrias � e ese é o assuno que consideraremos a seguir. Mas, emos de encarar o fao: a exegese pode ser feia apenas por pessoas que enendem a Bíblia em seu primeiro senido e que aceiam as suas palavras e senenças no seu significado normal. Nesa época de minha vida, enho desfruado do privilégio de viajar por muios lugares e conhecer vários pregadores. Sino-me rise em dizer-lhe que muios deles êm sido infecados pela epidemia mundial de negligência para com a gramáica. Não conhecem a gramáica, não se imporam com ela, não lhe ribuam muia aenção, quando esudam as passagens bíblicas sobre as quais pregarão. Apesar disso, quase odos os pregadores que conheço crêem que a inspiração divina da Bíblia se esende a cada uma de suas palavras! Há algo seriamene errado; é empo de corrigirmos isso. •

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Exatidão Exegética

3) Em que tipo específico de literatura se encontram as palavras da Bíblia?

 As palavras não exisem para si mesmas. Aé o simples “não” é uma resposa a algo que acabou de ser dio. oda palavra em um conexo. Algo foi dio anes e algo virá depois. Não esamos apenas falando sobre frases e senenças, mas ambém sobre o ipo de lieraura em que essas frases e senenças foram escrias. Iso é algo ao que devemos dar aenção cuidadosa, enquano procuramos descobrir o significado inencional de uma pare específica da Palavra de Deus. Exisem inúmeras leis na Bíblia, especialmene na primeira pare do  Anigo esameno. As leis foram escrias em forma de prosa, bem como os relaos hisóricos. Mas o esilo que usamos para falar uns com os ouros é bem diferene. ornamos nossa conversa mais ineressane por usarmos odo ipo de linguagem figurada � “Ela é uma fera”, “Ele caiu do cavalo!”, “O feiiço virou-se conra o feiiceiro”, “Ele é uma besa!”. odos sabemos que essas frases não devem ser enendidas lieralmene, mas compreendemos o seu significado. Porano, é evidene que a prosa e a conversa pessoal não devem ser inerpreadas da mesma maneira. Iso ambém é verdade quando lemos a Bíblia. Não podemos inerprear da mesma maneira odo ipo de lieraura.  Além da prosa usada na Lei e nos relaos hisóricos, conforme já mencionamos, exise abundância de poesia na Bíblia: uma pare dessa poesia se enconra no livros de Jó, Salmos e Cânico dos Cânicos; oura pare, nos livros proféicos; e oura pare, em seções longas ou curas de ouros livros das Escriuras. Enconramos ambém a lieraura sapiencial, os evangelhos e as epísolas. E emos ainda a linguagem apocalípica � uma maneira de argumenar usando linguagem exagerada, números, figuras de monsros e  visões exraordinárias. Se lêssemos odos esses ipos de lieraura da mesma maneira, ficaríamos realmene basane confusos! Embora enhamos diferenes ipos de lieraura na Bíblia, jamais devemos esquecer de presar aenção ao senido gramaical de udo que lemos. Mas, ao fazer isso, devemos gasar empo para recordar que o significado lieral de uma passagem pode não ser, necessariamene, o seu significado •

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intencional. E este é o significado que esamos buscando. Por exemplo, ao escrever a respeio de um empo de alegria exraordinária, Isaías predisse: “E odas as árvores do campo baerão palmas” (Is 55.12). O que ele preendia dizer? Com cereza, Isaías não esava dizendo que as árvores desenvolverão novas qualidades admiráveis em algum empo fuuro! De modo semelhane, a afirmação “o juso florescerá como a palmeira” (Sl 92.12) não ensina que os crenes idosos broarão. Igualmene, a exoração “acauelai-vos dos falsos profeas, que se vos apresenam disfarçados em ovelhas” (M 7.15) não é uma adverência conra pregadores que  vesem casacos feios de lã! Não podemos enender esas afirmações sem assimilarmos o senido gramaical das suas palavras, mas nenhum de nós é demasiadamene olo, a pono de pensar que o senido lieral de ais palavras é o significado intencional. É esse significado inencional que nossa exegese procura descobrir, para depois pregarmos em público. 4) Qual é o contexto imediato e o mais amplo?

 As palavras são enconradas em frases e senenças; e senenças formam, geralmene, parágrafos. Esses parágrafos, por sua vez, fazem pare de algo maior, como um capíulo. E os capíulos são pares de um livro. ambém precisamos er isso em mene quando nos dedicamos à exegese. Se ignorarmos o conexo imediao e o conexo mais amplo, podemos fazer a Bíblia afirmar o que desejamos que ela afirme. O maerial que consiui ese livro sobre pregação foi apresenado originalmene em forma de palesras. odas as palesras foram gravadas. Agora, imaginemos alguém comprando uma fia cassee ou CD e gasando empo para ediar as palesras. Imaginemos que essa pessoa maném cada senença inaca, mas usa seus aparelhos elerônicos para colocar as senenças em ordem diferene. Depois de fazer isso, al pessoa coloca um anúncio num jornal evangélico e começa a vender seus próprios cassees e CDs.  A voz na gravação seria a minha. Cada senença seria minha, exaamene como as proferi. Mas a palesra seria oura. alvez pareceria uma miscelânea de senenças incoerenes ou eria um significado diferene do que eu encionava originalmene. •

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Iso é exaamene o que aconece quando pregamos sobre uma frase ou senença da Bíblia e não esclarecemos o seu conexo imediao ou mais amplo. Quanas vezes já ouvimos “impora-vos nascer de novo” sendo pregado como um mandamento. Iso é uma oal disorção do seu significado. Pregar essas palavras como um mandameno equivale a enganar cada adulo e cada criança que nos ouve. O novo nascimeno não é ordenado em nenhum lugar da Bí blia. O arrependimeno é ordenado. A fé no Senhor Jesus ambém é ordenada. Mas o novo nascimeno não é, nem pode ser, ordenado na Bíblia, porque é uma obra realizada compleamene por Deus. Quando nosso Senhor disse a Nicodemos: “Impora-vos nascer de novo”, esava fazendo uma declaração  veemene do fao. Essa é a verdade que em de ser enfaizada a qualquer congregação que nos ouve em nossos dias. Pregar qualquer ouro significado não é somene uma fala de exaidão exegéica, é ambém um pecado. Em várias ocasiões, ouvi sermões que mencionam 1 Corínios 2.9, um  versículo em que Paulo se refere a Isaías 64.4. A pare principal dese versículo diz: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penerou em coração humano o que Deus em preparado para aqueles que o amam”. odos os pregadores que ouvi usaram ese versículo para falar sobre o céu. Fizeram isso porque iraram as palavras de seu conexo. 1 Corínios 2 não é um capíulo que fala sobre o céu, mas sobre o fao de que o povo do Senhor pode ver e apreciar coisas que esão escondidas para os não-converidos. Que privilégio exraordinário nós emos! Que coisas maravilhosas podemos  ver! O coração não-converido é incapaz aé de imaginar essas coisas. Mas essas são as coisas que nos emocionam compleamene. Este é o assuno do  versículo. Por isso, ano é errado como prejudicial dar-lhe um significado que o auor divino não encionava que ele ivesse. Dedicar-se mais é a única maneira de eviar erro exegéico. Anes de pregar sobre qualquer pare de um livro da Bíblia, devemos er familiaridade com odo o livro. Não somene isso, devemos possuir um enendimeno compeene a respeio de quem o escreveu, para quem, por que e quando o escreveu. O quando é especialmene imporane, pois é a razão da nossa próxima perguna. •

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5) Qual o contexto histórico?

 A Bíblia menciona lieralmene milhares de aconecimenos, e não ocorreram odos na mesma época. Cia inúmeras pessoas, que não viveram no mesmo empo. Ensina inúmeras verdades, mas esas não foram reveladas na mesma época. Exise uma grande linha hisórica que odo pregador em de saber ano em esboço como em dealhes. Ele precisa saber com cereza o que aconeceu e quando aconeceu. Ele precisa ser capaz de idenificar cada momeno dessa linha hisórica e dizer o que esava sendo revelado naquele momeno, bem como o que seria revelado depois. Se não pode fazer isso com facilidade, esá se encaminhando ao desasre exegéico; os efeios do seu minisério sobre os ouros serão caasróficos. Deus é gracioso, mas Ele não dispensa a sua graça na mesma medida a odos os homens e mulheres. Há semelhanças admiráveis, porém grandes diferenças, enre um rascunho de pinura, um esboço cheio, um quadro pinado e um filme colorido, mas essa foi a maneira como Deus revelou seu grandioso plano de redenção aravés dos séculos. A hisória do  Anigo esameno não é a mesma no começo, no meio e no fim. O Anigo esameno não é o Novo. A sombra não é a subsância. A siuação nos evangelhos não é a mesma que os precedeu ou que os sucedeu. Os crenes anes do Dia de Penecoses, não eram iguais aos que se convereram depois. No início, a igreja de Aos não era ão madura ou inernacional como o era no final do relao do livro. A igreja na erra ainda não goza o que gozará depois da segunda vinda de Criso. Em Jó 19.25-27, aquele crene sofredor exclama: “Porque eu sei que o meu edenor vive e por fim se levanará sobre a erra. Depois, revesido ese meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não ouros”. Se sabemos onde Jó se encaixa na grande linha hisórica das Escriuras, podemos começar a apreciar quão exraordinária foi essa declaração. Mas, se Jó disse essas palavras depois que Paulo escreveu 1 Corínios 15, não exise nada especial nelas. E seríamos forçados a dizer que a maior pare do seu comporameno era assusador. Em Aos 19.2, doze homens religiosos declararam: “Nem mesmo ouvimos que exise o Espírio Sano”. Se esses homens ivessem vivido no empo •

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Exatidão Exegética

de Abraão, nada haveria de incomum na afirmação deles. Mas eles disseram isso depois do Penecoses, quando a igreja já exisia por vários anos. A ignorância desses homens era uma prova de que não eram converidos, e isso explica por que Paulo os raou da maneira descria no relao de Aos 19. Em Números 15.32-36, o Senhor ordenou que fosse execuado um homem enconrado apanhando lenha no sábado. Creio que precisamos esar  bem ceros de onde se encaixa ese incidene na grande linha hisórica. De ouro modo, alvez nos veríamos aplicando esa ordem do Senhor ao seu povo hoje. E isso resularia em uma drásica diminuição das pessoas em nossas igrejas! Precisamos dizer algo mais? O argumeno é claro: ninguém pode ser um exegea responsável e, por conseguine, um verdadeiro pregador da Palavra, se não possui muias clareza a respeio do conexo hisórico da passagem sobre a qual pregará. 6) Outras passagens da Bíblia trazem luz a esta passagem?

 A Bíblia, consiuída de 66 livros, é um livro único que inerprea a si mesmo. Se enconrarmos alguma passagem obscura, ouras passagens nos ajudarão a enendê-la. Quando esamos presunçosamene ceros de que é correa a nossa inerpreação pessoal de cera passagem, ouras passagens nos corrigirão e nos humilharão. Se ivermos de ser bons exegeas, é essencial que conheçamos oda a Bíblia. Se esivéssemos pregando odo o livro de Isaías, no devido empo chegaríamos no capíulo 42. O capíulo começa com esas palavras: “Eis aqui o meu servo, a quem susenho” (Is 42.1). Mas a respeio de quem o profea falava? Nem preciso imaginar. Não preciso ser confundido pela grande  variedade de eorias exposas por alguns comenários bíblicos. Maeus 12.15-21 nos diz que esa passagem se cumpriu no minisério erreno de nosso Senhor Jesus Criso. O seu caráer foi al, que não provocou conflio desnecessário com seus inimigos. Posso pregar uma mensagem clara com  base em Isaías por causa da luz razida por oura passagem bíblica. Se pregasse sobre Amós 9.11-15, seria enado a dizer aos meus ouvines que o profea esava afirmando que, um dia, os descendenes de Davi •

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serão resaurados aos judeus, como uma família real, e que, naquele empo, a erra de Israel erá influência e prosperidade renovadas. À primeira visa, iso é o que as palavras parecem significar. Mas não podemos descansar na primeira impressão. E não podemos inerprear uma passagem sem fazermos a sexa perguna. Aos 15.15-17 nos fornece luz admirável sobre o que  Amós disse. Aos nos mosra que a predição de Amós se cumpre na conversão dos genios e de sua inclusão como pare da igreja de Criso. Ao fazer isso, Aos ambém nos dá um princípio pelo qual podemos descobrir o significado de muias profecias similares enconradas no Anigo esameno. Não pode haver exaidão exegéica onde não há inerpreação da Escriura à luz da Escriura. Quem ousaria pregar sobre Melquisedeque, em Gênesis 14.18-24 sem referir-se a Hebreus 5.5-11 e 7.1-28? Quem conaria a hisória do maná, em Êxodo 16, sem esudar, igualmene, oda a hisória de João 6? Quem ousaria explicar por que a ribo de Dã esá ausene da lisa de Apocalipse 7.4-8, sem deerminar à hisória dessa ribo em odo o Anigo esameno? E quem seria ão ousado que falaria sobre qualquer afirmação dourinária das Escriuras, sem er em mene odas as passagens que raam do mesmo assuno? É vial compararmos Escriura com Escriura. Se não o fizermos, afundaremos na areia movediça da confusão, do desequilíbrio e do erro. 7) De que maneira esta passagem aponta para Cristo?

Dissemos algo a respeio disso na Pare 1, mas esse é um pono que devemos enfaizar novamene. A Bíblia revela Criso. Ele é o grande ema das Escriuras. Cada pare da Bíblia apona para Criso. Se não podemos ver como uma passagem específica apona para Ele, isso aconece porque ainda não enendemos a passagem como deveríamos. Onde Criso não é o cenro, ali não há exaidão exegéica. Não posso me desculpar pelo que escrevi anes. udo ao meu redor são  vozes que dizem algo diferene. Esão proclamando que é errado insisir no fao de que a Bíblia é crisocênrica. Esou indo longe demais, dizem essas  vozes. De acordo com elas, devemos, anes, afirmar que a Bíblia é eocênrica. Ela é mais eocênrica do que crisocênrica. •

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Concordo com isso � mas não oalmene. É claro que a Bíblia é um livro que fala sobre Deus e que nos ensina sobre Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírio Sano. Mas ese Deus se relaciona conosco somene por meio de Criso. O único Deus que exise é o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Criso. Ele nunca se revelou a Si mesmo, a não ser por meio de Criso. Não há ouro caminho para esse Deus, exceo Criso. O Espírio que age em nós é o Espírio de Criso. Quando chegarmos ao céu, o único Deus que veremos é Criso. Nada � nada mesmo � pode ser eocênrico, se não for crisocênrico. Pensar que algo pode ser eocênrico sem ser crisocênrico é um enorme erro. Admiir que a Bíblia é um livro que fala sobre Deus é admiir que ela fala sobre Cristo! Mas odas as pares da Bíblia não aponam da mesma maneira para Criso. Por exemplo, onde esá Criso em Eclesiases? Ese livro nos ensina que, se Deus esá fora de nossa vida, ela não em significado; e que, se amamos a Deus e O adoramos, a nossa vida esá replea de significado. Enão, como podemos conhecer a Deus? Eclesiases suscia essa perguna em nossa mene, mas não nos dá a resposa. Deixa-nos com fome de conhecer a Deus, mas não nos mosra o caminho para Ele. É dessa maneira que Eclesiases apona para Criso. Suscia a perguna para a qual Criso é a única resposa. Porano, Eclesiases apona implicitamente para Criso. Ouros livros aponam explicitamente para Ele. Iso é verdade a respeio de cada livro do Novo esameno. odos eles O mencionam por nome. ambém podemos dizer, que eses livros aponam para Ele diretamente. Mas há ouros livros das Escriuras que aponam direamene para Ele e não O mencionam por nome. Isaías e o livro de Salmos seriam bons exemplos disso. Ouros livros, ais como os cinco primeiros livros da Bíblia, por exemplo, aponam para Ele por meio de predições, figuras, símbolos e cerimônias. Podemos dizer que esses livros falam sobre Ele indiretamente.  Alguns leiores podem não se senir à vonade com as quaro palavras que desaquei. Mas creio que odos concordarão que o Espírio Sano, que inspirou cada auor bíblico, é o Espírio de Criso. Creio que odos recordarão que o minisério do Espírio Sano é sempre aponar para Cristo. Essa foi a razão por que nosso Senhor disse: “Abraão... alegrou-se por ver o meu •

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dia” (Jo 8.56); “Moisés... escreveu a meu respeio” (Jo 5.46); “Davi... lhe [me] chama Senhor” (M 22.45). odo auor bíblico escreveu a respeio do Senhor Jesus. Porano, aqueles que pregam esses auores devem pregar o Senhor Jesus Criso. Se Criso não é o coneúdo e o âmago da pregação deles, são culpados de inexaidão exegéica. O que podemos fazer para sermos melhores exegetas?

Se udo isso é verdade, precisamos fazer esa perguna urgene: “O que podemos fazer de modo concreto que nos ajudará a sermos melhores exegeas?” Ninguém pode exagerar a imporância desa perguna. Onde desaparece a exaidão exegéica, ali desaparece a pregação � e nenhum dos leiores dese livro deseja que isso aconeça. Há algumas coisas que podemos fazer. Se não esamos disposos a fazêlas, devemos parar de pregar. Nem odos nós seremos capazes de realizá-las com a mesma eficiência, mas, sem exceção, odos somos capazes de ober algum progresso nesas áreas. 1) Podemos aprimorar nosso conhecimento bíblico

 A primeira coisa que emos de fazer é aprimorar nosso conhecimeno  bíblico. Ese capíulo em salienado como é imporane que o pregador enha familiaridade ínima e complea com odas as pares da revelação escria de Deus. odos nós somos capazes de ler a Bíblia mais do que o fazemos no momeno, de quesionar mais o que lemos, de memorizar mais versículos e passagens e de gasar mais empo para mediar na Palavra de Deus, em diferenes pares no decorrer do dia. Cera vez, um professor baeu em Winson Churchill porque ese não havia memorizado as erminações de algumas palavras lainas. Poseriormene, Churchill comenou que a única ofensa pela qual ele disciplinaria um jovem seria a fala de conhecimeno da língua maerna. De modo semelhane, podemos ser brandos para com um pregador em muias áreas. Mas esamos ceros ao expressar-lhe nossa profunda riseza, se ele em menos do que um conhecimeno excelene da Bíblia em sua língua maerna. •

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2) Podemos ler

Nenhuma geração de pregadores jamais eve acesso a anos livros como o emos hoje! Podemos aprimorar nosso conhecimeno, e aprimorá-lo subsancialmene, em cada área onde somos deficienes. Nenhum pregador em desculpa para a ignorância quano à vida e aos empos de qualquer personagem bíblico, ao desdobrameno da hisória bíblica, à eologia bíblica, à eologia sisemáica ou a qualquer ramo de conhecimeno que seja úil ao arauo de Deus. Por meio de livros, podemos nos assenar aos pés dos grandes ensinadores que o Criso ressusciado êm enviado à sua igreja, quer vivos, quer moros. Além disso, nós que vivemos no Ocidene emos acesso aos amplos recursos disponíveis por meio de gravações, programas de compuador e websites . Nosso Senhor disse: “Àquele a quem muio foi dado, muio lhe será exigido; e àquele a quem muio se confia, muio mais lhe pedirão” (Lc 12.48). Dizem que não há diferença real enre a pessoa que não sabe ler e a que não quer ler. Vivemos em um mundo repleo de aividades. Muios de nós vivemos sob pressão. Muios pregadores êm anos compromissos, que não podem imaginar a si mesmos envolvidos em mais um compromisso. Mas quase odos nós, com um pouco de reflexão e reorganização das prioridades, podemos enconrar mais empo para ler � podemos realmene! É empo de conrolarmos a nós mesmos. Nossa uilidade depende disso. A causa do evangelho exige essa aiude. 3) Podemos desenvolver habilidades que nos ajudarão a entender o texto

Não há muios pregadores capazes de aprender hebraico, aramaico e grego, em um nível eficaz. Mas alguns podem aprender essas línguas, e esa é uma das razões por que acho que um pregador da Palavra deveria enar aprendê-las. Muios logo descobrirão que possuem habilidades modesas, mas pelo menos aprenderão o suficiene para serem capazes de reconhecer palavras em comenários, léxicos e livros écnicos. Quase odos podem aprender a usar concordâncias, comenários exegéicos, Bíblias em diversas •

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 versões e inúmeros ouros recursos agora disponíveis � não esquecendo os noáveis programas de compuador e as páginas na internet  que esão pronos para serem usados por esudanes sérios da Bíblia. É maravilhoso viver no século XXI. emos acesso a recursos que nossos anecessores jamais poderiam er imaginado. Agora, o pregador mais humilde pode er cereza do senido gramaical de qualquer pare das Escriuras. Ele pode subir ao púlpio e falar com auoridade, fundamenado na passagem sobre a qual esá pregando. Mas, infelizmene, isso não esá aconecendo em muios lugares. Por quê? Freqüenemene, porque o pregador é negligene ou, simplesmene, porque não compreendeu a absolua imporância da exaidão exegéica. O alvo dese capíulo era deixar isso bem claro. Exercício 1. Escreva um parágrafo a respeio da disinção enre exegese, hermenêui-

ca e exposição, descrevendo a ínima conexão enre eles. 2. O Sr. Smih, um fraco exegea, pasoreou sua igreja durane vine anos e foi sucedido pelo Sr. Jones, um óimo exegea, que ambém a pasoreou durane vine anos. Cone a hisória dessa igreja nesses quarena anos. 3. Escreva uma cara a um jovem pasor, dando-lhe conselhos a respeio de como aprimorar e maner suas habilidades exegéicas.

Noas: 1 Uma pare desa secção esá baseada em uma palesra do Dr. Ernes F. Kevan, que ouvi quando era esudane de eologia. Exraos desa palesra já foram publicados com o íulo de Te Principles o Interpretation (Os Princípios de Inerpreação), na obra Revelation and the Bible (A evelação e a Bíblia), ediada por Carl F. Henry (London, Te yndale Press, 1959, p. 283-298). •

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2 Conteúdo Doutrinário



emos viso o que significa a prega pregação ção e que nenhum pregador pregador pode ser um verdadeiro pregador sem compromeer-se com a exaidão exegéica. Nada é mais imporane. Conudo, exise um elemeno na pregação que ocupa o segundo lugar em imporância e que em sido muio negligenciado em nossos dias. É o conteúdo doutrinário. O que isso significa?

O que preendemos dizer quando usamos esse ermo? Queremos dizer que odo sermão deveria esar repleo de dourina. Deve ser rico em eologia. Afinal de conas, a Bíblia é uma revelação divina. evela a mene de Deus. Ela nos mosra o que devemos crer a respeio dEle e o que Ele espera de nós em nossa cura exisência. oda vez que a Bíblia é pregada, aqueles que a ouvem devem crescer no enendimeno da dourina e do dever.  A nossa nossa expecaiva expecaiva de vida esá enre seena e oiena oiena anos. Iso é emempo suficiene para lermos a Bíblia muias dezenas de vezes. Um pasor de empo inegral que prega durane quarena anos ambém desfrua de empo suficiene para fazer exegese de oda a Bíblia. E o que o leior da Bíblia, especialmene o exegea, acaba descobrindo? Ele descobre que as Escriuras conêm um sisema de dourina. Com oda a Bíblia em mene, é possível afirmar o que ela ensina a respeio de Deus, dos seus decreos, da criação, da providência, da redençã redenção, o, do livre-arbírio, da jusificação jusificação,, do juízo juízo,, do céu, do inferno e de ouros inumeráveis assunos. As pessoas fracas em eologia

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sisemáica, sem dúvida, são pessoas fracas no conhecimeno da Bíblia. O fao de que a Bíblia coném um sisema de dourina ende a produzir um efeio imenso em nossa pregação. Cada passagem sobre a qual eu prego, ainda que seja pequena, é pare de um sisema de dourinas e esa passagem conribui de alguma maneira para esse sisema. Iso deve se manifesar na pregação. Mas a passagem não coném odo o sisema e pode ser mal compreendida, se não enho em mene odo o sisema, enquano prego. Preciso da passagem para dar algum esclarecimeno sobre o sisema e enho de usar o sisema de dourina para esclarecer a passagem. O fluxo em de seguir am bas as direções. Se não o fizer fizer,, meu sermão pode ornar-se desequilibrado desequilibrado.. Quem deseja ouvir sermões que não possuem harmonia dourinária? E quem deseja pregar sermões que levem as pessoas ao erro?  A Bíblia é uma grande grande caixa replea de pedras preciosas. preciosas. É maravilhoso maravilhoso pegar cada pedra preciosa, examiná-la em dealhes e ser comovido por sua  beleza. Mas, por que não dizer às pessoas que essas jóias perencem ao ei que em lugar para cada uma delas em sua coroa? Devemos permiir que as pessoas vejam como odas as jóias se encaixam para adornar a coroa do ei. Elas nunca esquecerão al conemplação. E nunca mais olharão para cada  jóia como o fizeram fizeram anes. anes.  A Bíblia é um glorioso jardim formado de sessena e seis caneir caneiros. os.  Você,  V ocê, pregador pregador,, é o guia que o mosra às pessoas ao seu redor. redor. Alguns guias levam as pessoas para que vejam um caneiro por vez. Iso é bom, porém há mais a ser viso v iso em um jardim. Ouros guias explicam expl icam que diferenes cores cores e subespécies esão em mais do que um caneiro e levam os visianes vi sianes a verem odas as flores vermelhas ou odas as planas da família das rosas. Iso é bom, porém há mais para ser viso em um jardim. Por que não lhes mosrar que um plano divino decidiu o lugar de cada caneiro e o seu empo de planio, que o om de cor e o formao de cada flor são pares de um padrão enorme e impressionane? impressionane? Por que não pedir-lhes que se afasem e vejam que odas as coisas no jardim esão direamene relacionadas umas com as ouras? Por que ocular-lhes o admirável fao de que odos os dealhes se combinam para formar um rerao perfeio do Proprieário? Deixemos de lado, agora, a nossa figura de linguagem e reornemos •

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mais direamene di reamene ao assuno da pregação. Esa é a minha firme convicção: se no final de meu sermão os ouvines enendem a passagem pregada, mas não êm um enendimeno melhor do sistema de verdades ensinado na Bíblia, minha pregação é um fracasso.  Vou  V ou mais além. Se aqueles que me ouvem com regularidade não podem ver que a Bíblia ensina um sisema de dourina e não podem começar a assimilar qual é esse sisema, enho de duvidar, com seriedade, se o Cabeça da igreja me enviou realmene para pregar a “forma de dourina” (m 6.17) e o “padrão das sãs palavras” palavras ” (2 m m 1.13) a respeio dos quais nos n os fala a Pala vra de Deus. Sim, prega pregadores dores cujos sermões não êm coneúdo coneúdo dourinário devem abandonar a pregação. O Senhor não os enviou. O que acontece quando a pregação não tem conteúdo doutrinário?

Para enfaizar a imporância do que acabei de dizer Para dizer,, quero mosrar-lhe o que aconece quando a pregação não em coneúdo dourinário. 1) Deus não é adorado e amado como deve ser

 As pessoas que não em assimilado o sisema de dourina conido na Bíblia não sabem quem é Deus. Elas não enendem enendem o que significa ser Deus um Espírio. Não compreendem compreendem que exisem coisas a respeio dEle as quais não podemos falar a respeio de qualquer ouro ser. Por exemplo, Ele é infinio, eerno e imuável. Não enendem que Deus é infinio, eerno e imuável em seu Ser e em udo que qu e Ele é. O resulado é que qu e o emor de Deus não lhes domina o coração. Não sabem o que significa buscar a Deus em remor afeivo. Sua vida não em senso de admiração. Fala à vida espiriual dessas pessoas oda uma dimensão. Não exise ouro Deus. Ele é o Deus verdadeiro porque é o Deus vivo. Conudo,, embora exisa um único Deus, há rês pessoas que são Deus � o Conudo Pai, o Filho e o Espírio Sano. Cada um dEles é Deus em seu próprio direio e no mesmo senido. Eles são disinos, mas iguais em poder e glória. Mas não exisem rês deuses. A pessoa pessoa que sabe udo isso vive perplexa. per plexa. Ela expe•

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rimena admiração desconcerane. Ele crê no que Deus em dio a respeio de Si mesmo e se prosra diane do misério. Esa é, ambém, uma dimensão que fala à pessoa fraca em dourina. Deus em um propósio eerno que não depende de nada, exceo do que Ele mesmo decidiu. Uma vez que Ele é Deus, Ele ordena odos os aconecimenos ecimen os em odos os lugares, de al modo que seu propósio se cumpre e seu nome é glorificado glorificado.. ão-somene ão-somene por meio de sua palavra, Ele criou do nada odo o universo, para que seja o palco desses aconecimenos; e Deus conrola pessoalmene udo e odos nesse palco. Porano, aqueles que são insruídos dourinariamene esudam a hisória, lêem jornais e recebem odas as alegrias e emoções da vida, vida , de um modo compleamene compleamene diferene de como as recebe a pessoa que é dourinariamene ignorane. Olham para o céu e dão graças por odas as coisas. 2) A natureza trinitariana da salvação não é admirada

 A melhor melho r e mais elevada criação cr iação de Deus Deu s é a raça humana. hu mana. O que qu e nos orna disinos é que fomos criados à imagem de Deus. É rise observar que milhões de pessoas que ouvem sermões com regularidade não êm qualquer idéia do que isso significa. Sabem pouco ou nada a respeio da exraordinária dignidade que possuem e da humildade com a qual deveriam andar nese mundo. oda a nossa raça descende de um único casal, e por meio dese casal Deus enrou em aliança com odos nós. Ele promeeu vida aos que Lhe obedecessem obedecesse m e more aos que Lhe desobedecessem. Nossos Nossos primeiros pais escolheram desobedecer e, com uma única Exceção, odos nós desobedecemos. Como resulado, a imagem de Deus em nós foi deformada, nossa naureza foi corrompida e deurpada de modo irreversível. Agora, vivemos cada dia em impiedade. Não nos regozijamos mais em Deus, nem sabemos nada a respeio da doçura ínima de andar com Ele. Em vez disso, vivemos sob o desprazer dEle e somos objeos de sua ira. Cada revés da vida em o propósio de nos lembrar isso. Nesse ínerim, a more espera para ceifar os homens, e o inferno aguarda para queimá-los.  Aqueles que são dour dourinaria inariamene mene imauros não lamenam a queda •

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da raça humana. Não percebem que a siuação da raça humana é erri velmene ruim � e não perceber isso é pecado. ais pessoas raramene pensam (se pensam) na quebra da aliança da vida e nas conseqüências desasrosas que afearam a odos nós. Por isso, não O invocam, com alívio, quando ouvem sobre a aliança da graça. De fao, a maioria dessas pessoas nem sabe o que é a “aliança da graça”! Nunca canaram nem se alegraram com a música desa dourina. Enquano Deus é Deus, há milhões de pecadores que Ele amou de maneira especial. Por razões pessoais, Deus resolveu salvá-los da corrupção e ruína de sua vida desobediene, para lhes ouorgar seu favor e vida eerna. Ele planejou fazer isso por meio de um edenor. Ese edenor é o Senhor Jesus Criso, o eerno Filho de Deus, que se ornou homem e permanece o Deus-Homem. Inúmeros pecadores vivem, morrem e são condenados. Mas alguns enendem o caminho de salvação. Isso aconece porque o Senhor Jesus é o  proeta deles. E o Senhor Jesus por meio do seu Espírio, se revela a eles. Eles esão cheios de pecado, mas Jesus viveu uma vida perfeia em favor deles. Mereciam perecer, porém Jesus fez isso por eles. Não podem se aproximar de Deus, mas Jesus inercede por eles; e faz isso porque é o Sacerdote deles. Não podem crer; odavia, Jesus lhes dá fé. Não são capazes de coninuar crendo, mas Jesus lhes dá poder. E faz isso porque é o Rei deles. Da glória celesial, Criso veio ao mundo, à cruz e ao sepulcro. Ele reornou ao mais elevado de odos os lugares como uma Pessoa que é ano Deus como homem. Ele envia o seu Espírio aos milhões que salvou; e, dese modo, eles enram realmene no gozo da salvação. Vêem seu pecado e sua ruína, enendem o que Criso fez e enregam-se compleamene a Ele.  Aqueles que enendem a dourina crisã são humilhados em saber que o Pai sempre eve um amor especial por eles, a pono de lhes dar seu Filho. Lágrimas calorosas broam de sua face, enquano sussurram: “O Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se enregou por mim” (Gl 2.20). Com graidão surpreendene, eles falam sobre como o Espírio de Deus agiu em sua vida e os levou a confiar em Criso, para se beneficiarem pessoalmene da vida, more e ressurreição dEle. Para eles, Deus Pai é o seu Salvador, •

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Deus Filho é o seu Salvador, e Deus Espírio Sano é o seu Salvador. Eles não podem pensar de oura maneira, e isso os disingue daqueles que nunca ouviram a pregação que em coneúdo dourinário. 3) Os crentes ignoram seus privilégios

Com cera freqüência, os crenes dão seu esemunho nos culos. Falam a respeio do que eram anes de serem converidos, como foram salvos e o que aconeceu desde enão. Você pode dizer muias coisas sobre um crene ao ouvir o seu esemunho. Por exemplo, pode dizer se ele ouve ou não pregações que êm coneúdo dourinário. Quando pessoas vêm a Criso, recebem imediaamene inúmeras  bênçãos. ecebem ambém a cereza de que desfruarão de mais bênçãos depois da more e na ressurreição. Algumas das bênçãos que recebem imediaamene são primárias, enquano ouras são secundárias e acompanham ou resulam das primárias. Duas das bênçãos primárias são recebidas em oda a sua pleniude, enquano uma dessas bênçãos é recebida em pare, sendo acrescenada dia após dia. Quais são as bênçãos da vida crisã? Quais delas desfruamos agora? E quais receberemos depois? Quanas são as bênçãos primárias? Quanas são as bênçãos secundárias? Quais das bênçãos primárias podem ser descrias como atos e quais podem ser descrias como  processos? As pessoas que ou vem pregações ricas em dourina podem responder essas pergunas e dar um esemunho que reflee o crisianismo enconrado na Bíblia. As pessoas que não ouvem esse ipo de pregação não podem fazer nem uma coisa nem oura e, por isso, êm uma vida crisã relaivamene pobre.  A primeira das bênçãos da vida crisã é a justificação. Não é a mais ele vada das bênçãos, mas é uma das quais dependem odas as ouras bênçãos.  A jusificação é algo que Deus faz. É um ao que flui da sua generosidade. Ele perdoa odos os nossos pecados e nos considera jusos, como Ele é! Isso aconece porque odos os nossos pecados foram lançados na cona de Criso e sua jusiça imaculada foi crediada em nossa cona. Não somos jusificados por causa de qualquer coisa que enhamos feio; somos jusificados oalmene por causa do que Criso fez por nós. ornamo-nos jusificados no •

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exao momeno em que nos enregamos ao Senhor Jesus Criso. Quase odos os problemas ineriores experimenados pelo crene se devem ao fao de que ele esquece sua jusificação ou não a enende. Onde a jusificação é pregada e enendida, ali há crenes felizes e ousados. Onde a  jusificação não é pregada e enendida, ali há pessoas medrosas e perseguidas por emores desnecessários. Muias das dificuldades de nossas igrejas evaporariam, se a jusificação fosse enendida como o deveria ser. Quão infeliz é a igreja em que esa dourina é negligenciada ou perverida!  A segunda grande bênção da vida crisã é a adoção. Ese é o mais elevado privilégio que o evangelho nos oferece. É algo que Deus faz. É um ao que flui de sua generosidade. Ele declara que é nosso Pai e que somos seus filhos, abençoados com direios e privilégios. Jesus, o eerno Filho do Pai, é nosso irmão mais velho. odos os ouros crenes, homens e mulheres, são nossos irmãos e irmãs. Um senimeno de família, ouorgado pelo Espírio Sano, nos une. Os deveres familiares ambém nos perencem. Mas, que cuidado o Pai demonsra para conosco e que liberdade emos em oração! Os crenes que não ouvem pregações dourinárias regularmene não sabem muio a respeio da adoção e, enho de dizer, caem facilmene em riseza e odo ipo de legalismo.  A erceira grande bênção da vida crisã é a santificação. Iso ambém é algo que Deus faz, mas é um processo, e não um ao. Em ouras palavras, não recebemos oda esa bênção imediaamene. Deus muda o nosso inerior e sua imagem é renovada em nós. Esa mudança inerior implica em que nosso comporameno começa a mudar. Pouco a pouco, devagar mas com cereza, pecamos menos e nos ornamos mais piedosos. Nos esforçamos em busca de sanidade porque Deus esá agindo em nós. A pregação dourinária não somene nos mosra essa maravilhosa bênção, mas ambém as insruções de Deus para que enhamos uma vida semelhane à de Criso. odos os ouros ipos de bênçãos acompanham essas rês primeiras e resulam delas. Por exemplo, chegamos a desfruar de uma segurança pessoal de que Deus nos ama. A paz invade nossa consciência. O Espírio Sano nos dá um gozo que jamais pode ser reirado. ornamo-nos cada vez mais fores em nossa vida espiriual. Apesar de odos os obsáculos e enações, perseveramos em crer mesmo enfrenando risco de more. •

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E o que aconece quando morremos? Muios crenes morrem em riseza porque não sabem a resposa para essa perguna. A pregação de coneúdo dourinário eria poupado essas pessoas da agonia dessa incereza. Negligenciar o lugar da dourina na pregação é insensibilidade e fala de amor pasoral.  A more é a separação enre a alma e o corpo. A alma do crene, agora sem pecado, vai imediaa e conscienemene à presença de Criso, enquano seu corpo permanece como propriedade de Criso e aguarda a ressurreição.  A ressurreição será um dia de glória para odo crene. Ele erá um corpo semelhane ao corpo ressurreo de Criso. Será inocenado no julgameno do úlimo dia e bem recebido no céu. Desfruará a presença complea, perfeia e eerna de Deus. Ele será ão feliz quano lhe será possível. Sim, o crene em um fuuro maravilhoso. Nenhum pregador deveria se maner em silêncio quano a essas coisas. 4) Os crentes são confundidos a respeito de como viver

Esamos aguardando a vida no céu, mas ainda esamos na erra. Viso que somos crenes, quais devem ser nossas grandes prioridades? Que princípios devem governar nosso comporameno diário? Aqueles que não ouvem pregações dourinárias nunca saberão responder essas pergunas. Somos povo do Senhor e, por isso, emos um único dever: obedecer a Deus. Iso é udo. É ão simples assim. Infelizmene, milhões de crenes acordam odos os dias compleamene confusos a respeio do que Deus espera deles. Nenhum princípio bíblico rege as suas vidas durane odo o dia; e, como resulado, o viver deles é desordenado por meio de decisões imprudenes e inúeis. Freqüenemene, eles não sabem o que fazer. Causam dores a si mesmos e razem sofrimeno à vida dos ouros. udo o que Deus sempre desejou é que Lhe obedeçamos. Isso era verdade no jardim do Éden e ainda é verdade hoje. Não impora o que somos, onde vivemos, as nossas circunsâncias, um princípio (apenas um princípio) é suficiene para nos guiar com segurança durane oda a vida: emos de obedecer a Deus. Enão, como descobrimos o que Deus quer? A sua Lei nos diz. Essa Lei •

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consise de 66 livros do Anigo e do Novo esameno � nada mais, nada menos. A Bíblia nos fala a respeio de udo o que precisamos crer e de udo o que Deus quer que façamos. Precisamos de oda a Bíblia, mas não precisamos acrescenar nada à Bíblia. Ela é suficiene. Mas emos um problema. Em média, a Bíblia impressa em aproximadamene 1200 páginas. E muios de nós não a conhecemos bem ou não a recordamos com facilidade. Enão, como podemos praicá-la na realidade concrea de nosso viver diário? Deus é nosso Pai celesial; e Ele é cheio de ernura. Ele nos deu um resumo do que espera de nós. Ese resumo chama-se os Dez Mandamenos. Eses consiuem-se de dez senenças que Deus ouorgou ao seu povo nos empos do Anigo esameno e que nosso Senhor Jesus Criso ressalou como normas para governar seu povo em odos os ouros empos. Nosso Senhor foi ambém basane amável em nos dar um resumo do resumo! Ele disse: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é:  Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Proetas (Mt 22.37-40). Os Dez Mandamenos são maravilhosos. Eles nos mosram quem é o nosso Deus, por que devemos amá-Lo e como expressar esse amor. Os Dez Mandamenos nos dizem o que se passa em nosso coração, como devemos adorar, como devemos usar a língua e gasar o nosso empo. Eles nos mosram como honrar a Deus na família e na comunidade. Os Dez Mandamenos nos ensinam a valorizar a vida, o casameno, a propriedade e a verdade. Eles nos revelam como viver conenes nesa vida e preparar-nos melhor para a vida fuura. São ão simples que quase odos podem recordá-los facilmene; ão profundos que aé aqueles que gasam sua vida esudando-os coninuam a senir-se admirados pela sabedoria dos mandamenos. Os Dez Mandamenos aparecem, de um modo e de ouro, em oda a Bíblia e são incorporados com beleza na vida de Criso. Eles nos mosram o quano necessiamos de Criso e se cumprem nEle. •

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Os crenes que ouvem pregações dourinárias não precisam aear na escuridão durane a vida. Eles vêem com clareza o caminho e andam com seu Senhor. Fazem isso com prazer, sem murmurar, e não com insaisfação. E desfruam de maravilhosa liberdade, porque sua consciência não se vê obrigada a qualquer oura coisa, a não ser o que Deus exige de modo específico em sua Palavra. Ceramene, a sanidade e a felicidade deles são imperfeias. Mas, apesar disso, são um anegozo do que os aguarda no céu. 5) O testemunho pessoal é pobre

Onde os crenes não ouvem pregação dourinária, eles ficam confusos não somene a respeio de como viver, mas ambém a respeio do que falar aos incrédulos. O resulado disso é que há poucos crenes que conhecem a alegria de ganhar almas. Em odo o mundo, o Senhor em seu povo vivendo enre os não-converidos, viajando nas mesmas formas de ranspore, ra balhando ao lado deles nas fábricas, escriórios, fazendas, universidades e escolas. Muios crenes rabalham em lugares aos quais nenhum pasor ou missionário jamais poderá ir. Que oporunidade para disseminar o evangelho! Mas, freqüenemene, a oporunidade é desperdiçada, porque os crenes não sabem o que dizer.  Assim como odos os ouros crenes, aqueles que são insruídos dourinariamene enfrenam o problema do emor. Senem emor de falar. Mas, uma vez que falam, não lhes falam palavras. Sabem a mensagem que possuem para apresenar. E isso aconece porque a pregação dourinária os insruiu sobre o assuno que os não-converidos precisam saber.  As pessoas não-converidas precisam ser lembradas de que conhecem a Deus, embora não O conheçam como Pai e Amigo. alvez elas dêem as cosas e proesem dizendo que iso não é verdade, mas o crene em de coninuar insisindo que esa é a siuação delas e que dar as cosas e proesar é um exemplo de como homens e mulheres suprimem a verdade. Esão negando aberamene o que o seu ínimo sabe que é verdade. Não são honesos. São culpados de engano. Os seus lábios e corações conradizem um ao ouro.  As pessoas não-converidas precisam ouvir que sua culpa é ainda maior •

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do que isso. Em seu coração, elas êm um senso de cero e errado. Sabem que a Lei de Deus é correa e, apesar disso, desobedecem-lhe em pensamenos, palavras e ações. Fazem isso odos os dias. Assim, enfurecem odos os dias o Deus que as criou e a quem erão de presar conas. A vida é breve, a more é cera, e o julgameno do úlimo dia chamará essas pessoas ao acero de conas. Se coninuarem a se rebelar conra Deus; se coninuarem recusando-se a amar a Deus com odo o seu ser, erão de sofrer as conseqüências. Ele é infinio e eerno. Esse é o Ser que elas em ofendido. Porano, a jusiça exigirá uma punição que ambém é infinia e eerna. Os crenes que são insruídos com dourina esão ceros de udo isso. Esão ceros de que esa mensagem em de ser apresenada com amor e ineresse, por meio das pessoas que vivem de modo semelhane à vida de  Jesus e que al mensagem não pode ser minimizada. Esão ceros ambém de que êm de falar ao não-converido a respeio do Senhor Jesus. Deus não quer que os pecadores se percam. Os pecadores não podem fazer compensação pelo passado, nem salvar a si mesmos. Deus enviou um Salvador que, por meio de sua vida, more e ressurreição, salva os pecadores. O crene insruído dourinariamene convida, exora e ordena aos não-converidos a não desprezarem ese Salvador, e sim a enregarem-se aos cuidados dEle, a confiarem-se a Ele e a viverem sob o seu cuidado e governo.  As pessoas não-converidas êm de se arrepender. Precisam ver o seu pecado, admii-lo, envergonhar-se por causa dele e abandoná-lo. êm de ser graas pela bondade e misericórdia de Deus e vir a Criso, dispondo sua mene a amá-Lo e segui-Lo. Precisam enender que seguir significa viver pela Palavra dEle, associando-se aberamene com o povo dEle, em uma igreja que ama o evangelho, e andando com Ele, em oração. O crene insruído dourinariamene não procura ornar o evangelho uma mensagem “amigável”, embora a amizade sincera seja pare da vida desse crene. Ele fala a respeio do pecado, da culpa, da ira de Deus e do inferno. Fala a respeio da bondade de Deus, de seu Filho e de sua disposição de salvar. Esse crene não ocula o fao de que ninguém é salvo sem arrependerse. Ele roga às pessoas que venham a Criso. Mosra que vir a Criso não é algo que ocorre apenas de palavra, mas envolve obediência às Escriuras, •

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uma paricipação aiva na vida da igreja de Criso e um compromisso com a oração.  Aqueles que são fracos em dourina sempre êm uma mensagem que não é um verdadeiro reflexo da mensagem da Bíblia. A mensagem deles normalmene não começa com Deus. endem a enfaizar as necessidades das pessoas, e não a sua culpa. Com freqüência, rivializam o assuno do arrependimeno. Muias vezes, fazem uma apresenação confusa das grandes verdades salvadoras do evangelho. Quase deixam de mosrar que vir a Criso significa ser compromeido com uma congregação de membros do povo dEle. Em resumo, a mensagem deles é fraca e sem poder, em vez de robusa, exigene, gloriosa e emocionane. Não é uma surpresa que o verdadeiro evangelho eseja se propagando ão lenamene no mundo! 6) O caminho de santidade é obscurecido

Os crenes dourinariamene ignoranes ambém são fracos em ouras áreas. Em paricular, são fracos a respeio de como ornar-se um homem ou uma mulher de Deus. Não enendem como os crenes se desenvolvem. Não sabem como se ornar espiriualmene fores. Nese século XXI, podemos enconrar exemplos disso em odos os lugares. Milhões de crenes modernos êm a impressão de que a sanidade é algo que você absorve.  Você pode cercar-se de uma amosfera sana, e alguma coisa lhe aconecerá. O Senhor se aproximará de você, e você se senirá foralecido e capaz de reornar à sua vida normal com um senso de  vigor e poder espiriual. Esa maneira de ver as coisas explica por que a música ocupa um lugar imporane em muios enconros e igrejas evangélicas. Às vezes, os crenes uilizam a música durane mais da meade do empo de culo. À medida que as músicas coninuam a ser ocadas, as pessoas se senem cada  vez mais comovidas e elevadas. Senem que as coisas espiriuais lhes são preciosas e que o Senhor esá se enconrando com elas. Senem que o Espírio Sano esá agindo enre elas, que o mundo não é araene e que será maravilhoso esar no céu. Escrevo isso como um homem que aprecia basane a música e que •

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ama o canar os salmos, bem como qualquer hino excelene, quer radicional, quer moderno. Mas os faos são faos, e não podemos negá-los. É fao que a igreja do Novo esameno não era paricularmene musical e que o canar junos não ocupava grande pare de sua vida. É fao que a igreja de  Jesus Criso gasou os primeiros seiscenos anos de sua vida sem insrumenos musicais. É fao que os apósolos de nosso Senhor e os crenes da igreja primiiva ficariam confusos pelo lugar dado à música, se paricipassem de um culo em nossos dias. Os crenes insruídos dourinariamene podem ser verdadeiros amanes da música, mas são cuidadosos em não dar à música um lugar imporane em sua vida espiriual. Isso aconece porque eles sabem como se realiza o crescimeno espiriual. Não é algo que você embebe ou absorve. Não é algo que lhe aconece porque você esá numa amosfera espiriual. Pode ser expresso correamene em senimenos, mas você não o consegue por meio de senimenos. Você cresce espiriualmene porque o Espírio Sano faz as Escriuras erem impaco sobre a sua mente.  As Escriuras são a Palavra de Deus. Iso é verdade quer você lhes ese ja dando aenção, quer não. Às vezes, quando as Escriuras são lidas, nossa mene esá disane. Nesses momenos, as Escriuras não êm qualquer efeio sobre nós, e não há crescimeno espiriual. Mas, em ouras ocasiões, as Escriuras nos aingem. ecebemos algum enendimeno do que elas esão dizendo, e, ao mesmo empo, as Escriuras nos esimulam e nos compelem. Iso não é udo. ambém percebemos que emos de colocá-las em práica. É neste momento que somos foralecidos espiriualmene. É a vonade do Senhor que as Escriuras sejam lidas publicamene, quando o seu povo se congrega. Iso é ainda mais imporane do que a leiura bíblica pessoal. Como posso dizer isso? Por que Deus não deu a sua Palavra a indivíduos, e sim à sua igreja; e a Bíblia é mais abençoada e mais  bem enendida quando à sua vola se reúne o povo de Deus. No enano, a leiura pública das Escriuras não é o basane. Nosso Senhor Jesus Criso, assenado à desra de Deus, envia à igreja homens que Ele capaciou para ensinar as Escriuras ao seu povo. Assim como a pregação é o principal meio pelo qual os pecadores são convencidos da verdade do •

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evangelho e converidos, assim ambém a pregação é o principal meio de Deus para edificar o seu povo em sanidade, de conforá-los e preservá-los na fé aé ao fim de suas vidas. Nenhum crene pode crescer como deveria, se não ouvir muia pregação. É uma impossibilidade. Evidenemene, ese fao exige que os pregadores façam bem o seu rabalho � e explica por que ese livro sobre pregação é mais imporane do que alguns possam imaginar. Os crenes insruídos dourinariamene sabem udo isso. ambém sa bem que essa pregação em de ser ouvida de cera maneira. Pregar é ão  vialmene necessário ao nosso vigor espiriual, que emos de fazer odo esforço para ouvi-la com regularidade. Anes de ouvi-la, precisamos preparar o coração e orar em favor dos pregadores. Durane o sermão, precisamos rejeiar o que é falso, crer e amar o que é verdadeiro. Quando o sermão aca bar, precisamos omar empo e esforçar-nos para recordá-lo, cuidando para colocá-lo em práica. Esa é a maneira de crescermos espiriualmene. Esa é a maneira como Deus nos dá um caráer crisão. 7) A vida da igreja não é ordenada

 A vida da igreja é mais do que apenas reunir-se com ouros crenes para ouvir os sermões. Esa é a aividade mais imporane da igreja, mas não é a sua única aividade, conforme deixarão claro os sermões fundamenados na Palavra de Deus. Crenes insruídos dourinariamene enendem a vida da igreja. Sabem que, se uma pessoa afirma er se arrependido e deposiado a sua confiança em Jesus, essa afirmação em de ser examinada. As pessoas mais qualificadas para ese exame são os homens espiriualmene maduros que consiuem a liderança de uma igreja amável, fundamenada nas Escriuras. Se a afirmação parece esar bem fundamenada nas Escriuras, o novo converido em de ser baizado e admiido na comunhão da congregação. É somene nesse conexo que um novo crene pode amadurecer apropriadamene. A igreja local recebe o novo crene como um novo irmão ou irmã em Criso. Fornece amor, enendimeno, apoio, ajuda práica, ensino, disciplina correiva e udo mais que um novo crene possa necessiar. É por meio da perseverança na fé, em um conexo de igreja •

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local, que damos prova de que somos realmene nova criaura em Criso e membros da verdadeira igreja, que inclui odos os crenes, em odos os lugares, em odas as gerações. Um dos compromissos mais sublimes e regulares na vida da igreja local é a Ceia do Senhor. É a vonade de Criso que nossa vida espiriual seja foralecida não somene por sua Palavra e pela oração, mas ambém pelas suas ordenanças ou sacramenos. Algumas pessoas não gosam da palavra “sacrameno” mas, uma palavra melhor nunca foi enconrada. O baismo é o primeiro dos sacramenos ou ordenanças, e a Ceia do Senhor é o segundo. Nenhum desses aos pode nos ornar melhor, se Criso não os abençoar e seu Espírio não agir por meio deles. Esas ordenanças são figuras vívidas que nos ensinam a respeio de Criso e de seu evangelho, que nos dão uma apreciação mais complea do que Ele fez por nós, que nos foralecem a fé nEle e o desfruar dEle. Quando nos ornamos crenes, somos baizados um de cada vez e uma única vez. O baismo é nosso selo de discipulado. É feio em nome do Pai, do Filho e do Espírio Sano, para demonsrar que agora emos o Deus riúno como nosso Salvador e Senhor e que devemos nossa salvação compleamene à sua graça, e não a qualquer coisa em nós mesmos. A Ceia do Senhor é diferene. É algo que celebramos junos como membros da igreja e que fazemos com regularidade durane oda a nossa vida. Da maneira como Criso ordenou, odos junos comemos o pão e bebemos o vinho. O pão represena o corpo de Criso e o vinho, o seu sangue. Por comermos e be bermos, lembramos e proclamamos a more dEle. Quando fazemos isso (na medida em que emos consciência do que esamos fazendo), nosso coração se une com o dEle, somos nuridos e foralecidos espiriualmene. Nosso coração ambém se une com o de cada crene em comunhão de amor. A Bíblia nos ensina que o nosso inerior é realmene mais imporane do que celebrações e símbolos exeriores, porque, se nosso coração não esá naquilo que celebra, oda a experiência será espiriualmene prejudicial. Qual a relação de udo isso com a pregação? Esamos desenvolvendo o argumeno de que a pregação precisa er um coneúdo dourinário e de que a pregação sem esse coneúdo rouba de seus ouvines inconáveis benefí•

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cios. Milhões de crenes manquejam em fraqueza espiriual, porque nunca enenderam que é impossível fazerem progresso espiriual, se não são mem bros de uma igreja verdadeiramene evangélica. Quanas pessoas confessam ser crenes, mas nunca iveram sua confissão examinada por qualquer oura pessoa, além delas mesmas? Quanos crenes exisem que jamais foram  baizados e que vivem em franca desobediência a Criso, por não se compromeerem com uma igreja fundamenada nas Escriuras? Quanos crenes exisem que consideram a paricipação na Ceia do Senhor como algo que podem perder sem reardar o seu desenvolvimeno espiriual? Quem pode calcular o número de crenes que realmene crê que é mais imporane ler a Bíblia sozinho do que ouvi-la em uma pregação? Onde esão os crenes que são ousados a pono de deender o ensino bíblico de que a igreja local é o único lugar apropriado para a nurição de um crene jovem? O que podemos dizer sobre o abandono quase universal da disciplina por pare da igreja, a despeio do fao de que a disciplina na igreja é um mandameno de Criso? E quando presenciaremos o fim da menira que nos diz que podemos omar com seriedade a confissão de alguém que declara ser membro da igreja de Criso, ainda que não enha compromisso com uma igreja local? O que pode ser feio? Há algo que possa arrumar essa bagunça? Sim, apenas uma coisa � um reorno à pregação que em coneúdo dourinário. 8) A oração se torna superficial

Não podemos erminar ese capíulo sem dizer algo mais a respeio da oração. odos os crenes lhe dirão que orar é imporane. A maioria deles lhe falará que começamos a vida crisã com oração e que precisamos dela em odos os dias poseriores à nossa conversão. Mas, o que é realmene a oração? Esa é a perguna que deixa muios crenes hesianes, porque sa bem que a sua resposa não é clara nem complea. O crene insruído com pregação dourinária não em esse problema. Ele sabe que a oração não é uma quesão apenas de palavras, embora seja expressa com palavras. A oração é uma coisa do coração. É o coração ornando os seus desejos conhecidos a Deus. O sublime desejo do coração é que Deus •

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lhe conceda somene o que Ele quiser. O crene sabe que não em acesso à presença de Deus, exceo por meio de Criso. Assim, ele apresena seus desejos a Deus, confiando oalmene em Criso. ambém sabe que o pecado é a única coisa que impede a comunhão com Deus. Por isso, confessa odo pecado conhecido. Além disso, não  vê a oração apenas como um simples ao de fazer peições. em o desejo de agradecer a Deus por odas as demonsrações de sua bondade.  À medida que os desejos ascendem a Deus provenienes de um coração que ora, ais desejos não fluem como uma orrene inconrolável, porque há um desejo que conrola odos os demais: obedecer a Deus. As pessoas de menalidade espiriual sabem: Deus não quer que elas orem de um modo confuso e desordenado. Iso é verdade porque Ele nos dá muios exemplos de oração em sua Palavra, mas especialmene porque seu Filho ensinou os discípulos a orar. A Oração do Senhor deve ser o nosso modelo. Os arquieos não preparam modelos a fim de viverem neles, e sim para usá-los como  base de suas consruções. De modo semelhane, a alma consagrada à oração não se saisfaz em reciar a Oração do Senhor, mas usa-a para organizar os desejos que fluem de seu ínimo. Enão, é raro que a verdadeira oração seja dirigida a Jesus ou ao Espírio Sano. A oração se expressa com dependência, amor e emor ao Pai.  A oração nure grandes pensamenos sobre Ele e deseja que os ouros façam o mesmo. Suplica que o mal seja aniquilado, que o reino de Deus se propague em odo o mundo e que seu reino final venha em breve. Anela que a igreja na erra seja ão obediene a Deus como os anjos eleios o são, no céu. Pede que sejam supridas as necessidades diárias de cada membro da igreja de Criso. Em profunda consciência de seu pecado, roga perdão, mas ão-semene sob a condição de que seja governada por um espírio perdoador. reme ao pensar no pecado, roga que seja poupada da enação, implorando que nunca seja víima do poder das enações do Maligno. Com alívio, descansa no fao de que Deus é o ei eerno e de que, ao orar, falou com ninguém menos do que Ele mesmo. Poucos crenes modernos são giganes na oração. As orações proferidas em nossos culos são superficiais, banais, repeiivas e, às vezes, heréicas. •

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aramene ouvimos algo que segue o padrão bíblico, fazendo que nos en volvamos com Deus, deixando-nos emocionados, humildes e enobrecidos. O que aconeceu? A verdadeira oração nos abandonou para sempre? Alguma coisa pode mudar esa siuação?  A verdadeira pregação bíblica pode mudar a siuação. Não é uma pregação que possui apenas exaidão exegéica; é uma pregação que possui ambém coneúdo dourinário. Se Deus a abençoar, ela curará odos os males e risezas, e corrigirá odos os erros que mencionamos nese capíulo. A pregação que não em coneúdo dourinário esá arruinando a igreja. Não podemos permiir que as coisas coninuem assim. emos de mudá-las e o faremos, com a ajuda de Deus � por meio de um reorno à pregação ousada, sincera, crisocênrica e de coneúdo dourinário. Exercício 1. “Sem eologia, não há pregação, pelo menos no senido expresso no Novo

esameno” (Donald MacLeod).1 Discua esa afirmação. 2. Faça um esboço de um sermão que você pregaria sobre 1 Samuel 3, alisando o ensino dourinário que incluiria. 3. Apresene sugesões práicas a respeio de como odas as principais dourinas da fé podem ser ensinadas na igreja.

Noas 1 M��L���, Donald. Preaching and Sysemaic Teology. In: L����, Samuel . (Ed.)  Preaching. Welwyn: Evangelical Press, 1986. Capíulo 19, p. 246. •

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á aprendemos o que é pregação. Aprendemos ambém que a nossa pregação em de ser caracerizada por exaidão exegéica e coneúdo dourinário. Mas odo o nosso rabalho árduo será desperdiçado, e odas as oporunidades serão perdidas, se nossos ouvines não puderem acompanhar-nos, quando falamos, e depois não puderem recordar o que pregamos.  A boa noícia é que isso não precisa aconecer. Nossos sermões podem ser fáceis de ser acompanhados e relembrados, se iverem uma estrutura clara. Os pregadores que amam seus ouvines são meiculosos quano à esruura de seus sermões. Sabem que as pessoas compreenderão os sermões, se eles iverem unidade, ordem e proporção. Unidade significa que odas as pares da mensagem se manêm unidas; a mensagem não é formada de vários sermonees desconexos. Ordem significa que o sermão é formado de idéias disinas que seguem umas às ouras, em uma cadeia lógica que conduz a um clímax. Proporção significa que cada idéia em o seu devido lugar; as coisas insignificanes não são magnificadas, e as imporanes não são menosprezadas. O pior dos pregadores na erra melhorará imediaamene, se lembrar esas rês palavras. Com freqüência, enho ouvido que “ordem é a primeira lei do céu”. Ceramene, Deus é um Deus de ordem. Alguém que já refleiu sobre a Sana rindade sabe que exise ordem e simeria no ser de Deus, uma ordem e simeria que é exasiane em sua beleza. Desordem pode ser um sinônimo de impiedade. Durane muios anos, dei palesras sobre pregação em uma faculdade

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eológica, ou, como ambém é chamado, um seminário. Meus alunos eram homens reinados para o minisério pasoral e para a obra missionária ransculural. odos eles queriam ser pregadores convincenes. Mas eu sabia que alguns deles provavelmene não o seriam, e quano a isso eu raramene erra va. Isso aconecia porque eu os visiava em seu dormiório ou em seu lar. Permia-me falar sobre um aluno que chamarei de Frank. oda vez que o visiava em seu dormiório, ele esava vesido com roupas limpas e passadas, fazendo seus rabalhos em uma mesa arrumada, num quaro limpo e organizado. Suas roupas esavam dobradas primorosamene nas gaveas ou penduradas em seu guarda-roupa. Ordem era algo imporane para Frank. Mas o asseio de Frank não era algo parecido com o asseio fanáico que orna os visianes desconforáveis. Ordem fazia pare da alma de Frank. Por isso, eu espera que ele se ornasse um excelene pregador. E isso de fao aconeceu. Ele prega mensagens peneranes e sermões poderosos nos quais as idéias seguem umas às ouras, em uma lógica araene que aé as crianças podem acompanhar, sem esforço. As pessoas da igreja de Frank o amam e sua uilidade cresce ano após ano. Falarei sobre ouro aluno chamado George, que é o conrário de Frank. O quaro de George parecia um cômodo que uma bomba havia aingido! Nunca esava limpo! O chão esava cobero de roupas, xícaras, livros e pedaços de papel. A mesa de George esava replea de desordem. Por isso, ele fazia a maioria de suas arefas assenado em uma cama replea de bagunça. Ele não valorizava a ordem. Esa não fazia pare de sua vida, nem de sua pregação. O que George dizia era bom, mas suas idéias não eram organizadas. De sua boca saía um miso de esouros que caíam uns sobre os ouros e confundiam a mene dos ouvines. Depois de uma pregação ão ruim, realizada durane muio empo, posso lhe dizer com alegria que George esá fazendo algum progresso � somene por que, finalmente, ele esá começando a ver a imporância de uma esruura clara. Esruura clara significa que cada sermão pregado erá uma inrodução, algo a dizer (radicionalmene chamado “o discurso”) e uma conclusão. Consideraremos agora cada um desses elemenos.



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1) A introdução Definição

 A inrodução é composa composa de observações iniciais que preparam os ou vines para udo que será será dio em seguida. Ese capíulo capíulo começou com com uma inrodução! A inrodução é a pora que o recebe em casa, a aurora que precede o nascer do sol, o prelúdio que o faz desejar ouvir oda a sinfonia, e o peisco que lhe l he esimula o apeie anes de sua refeição. Propósito

 A inrodução em em apenas um propósio: propósio: deixar as pessoas p essoas ineressadas ineressadas pelo assuno sobre o qual o pregador falará. Quando nos levanamos para pregar, emos odos os ipos de pessoas diane de nós e odos os ipos de obsáculos a vencermos. Um obsáculo é a a patia  patia:: o ouvine não esá ineressado em qualquer coisa que será dia. Ouro obsáculo é a antipatia: o ouvine esá realmene conra conra nós e conra aquilo que falaremos. Ouro obsáculo é a incredulidade: o ouvine não crê no Livro sobre o qual pregaremos. De uma maneira ou de oura, emos de preparar cada pessoa ali presene para ouvir o que emos a dizer. Precisamos vencer a inércia, desperar a aenção, esimular o ineresse e preparar o caminho. emos emos de irar i rar as pessoas de onde elas esão e razê-las ao pono em que nos darão ouvidos aenos. “Qual é a melhor maneira de ober a aenção dos ouvines?”, pergunou um jovem pregador. “Dê-lhes algo ao qual possam ficar aenos”, respondeu um velho crene crene.. Uma hisória aniga nos fala sobre um camponês russo que inha um  jumeno eimoso. eimoso. Obedecia o seu dono somene quando queria! E isso era muio raro! raro! Mas o camponês ouviu falar f alar sobre um veerinário que afirmav afirmavaa er um méodo indolor para reinar jumenos a serem obedienes. Por isso, o camponês suplicou ao veerinário que viesse ao seu síio. Ao ver o jumeno, o veerinário irou de sua malea um grande basão de madeira e começou a espancar a cabeça do jumeno. “Pare! Pare!”, griou o camponês. “Você me disse que seu méodo de reinameno era sem dores!” O douor respondeu: “É mesmo! Mas, primeiro, enho de ganhar a aenção do jumeno!” •

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É fácil pregar a ouvines que nos dão oda a sua aenção e se mosram ineressados no que vamos dizer. Um anigo provérbio diz: “Quando começamos bem um rabalho, já fizemos a meade dele”. Sugestões

 A inrodução inrodução deve nos nos levar direamen direamene e ao ao discurso. discurso. Não Não é um desvio, desvio, e sim a própria rodovia que nos conduz ao assuno de nossa pregação. udo que dissermos na inrodução deve servir serv ir a ese único propósio. propósio.  A inrodução não deve promeer mais do que o sermão pode dar-nos.  Algumas inroduções inroduções são ão boas, que o sermão apresenado apresenado em seguida é um aniclímax. Se a pora é impressionane, esperamos que a casa, depois da pora, seja muio mais impressionane. Sempre é um desaponameno aravessar uma linda pora e enrar num barracão horrível!  A inrodução deve cone conerr um único pensamen pensameno o.. Deve ser simples e modesa. Quem deseja passar de uma pora a oura, que, por sua vez, leva a oura pora? É imporane variar nossa inrodução. Passei grande pare de minha  vida em uma casa com com varanda, varanda, no cenro de uma uma cidade. cidade. Em Em uma uma rua de cacasas com varanda, várias casas se unem umas às ouras. Parecem Parecem odas iguais. Mas, ainda nesa siuação, alguma variedade é possível. Pelo menos, cada casa pode er uma cor diferene em sua enrada!  A inrodução inrodução não deve ser muio muio longa. longa. O Sr Sr. Smih, um homem homem de negócios, chega cedo para uma reunião imporane. Sena-se em uma cadeira no corredor e adormece. Pouco depois, a secreária bae em seu braço e o conduz à sala de reunião, reunião, onde o deixa com seus colegas, para prosseguirem seus negócios. O nome da secreária é Sra. Inrodução.  A inrodução leva leva as pessoas aos principais negócios do dia, mas não é o principal negócio negócio.. Seu alvo é desperar as pessoas e prepará-las para o que  vem depois. Com cereza, o seu alvo não é desperar as pessoas e levá-las a dormir novamene. Ela precisa ser apresenada com cuidado para eviar confusão ou mal-enendido, anes que as pessoas ouçam as grandes verdades que serão explanadas. Uma inrodução longa é sempre um erro. Uma inrodução breve ra•

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ramene é um erro. Não devemos gasar ano empo arrumando a mesa, a pono de que as pessoas cheguem a duvidar se janarã janarãoo alguma coisa! Enão, que cuidados devemos er ao preparar a inrodução! Queremos caivar as pessoas! emos de mediar sobre quais serão nossas observações iniciais. iniciai s. Pregadores Pregadores inexperienes inex perienes alvez deveriam escrevê-las. Coloquemo-nos no lugar de nossos ouvines e desenvolvamos maneiras de conquisar a aenção deles. Se, ao final da inrodução, virmos as pessoas levanarem as suas cabeças e olharem direamene para nós, saberemos que fomos bem-sucedidos. Fontes

Quando procuro melhorar a minha inrodução, onde posso enconrar algumas idéias? Livros sobre pregação geralmene êm muio a dizer sobre ese assuno. Minha própria convicção é que odos precisamos conhecer nossos ouvines ão bem quano pudermos e usar discernimeno e originalidade na maneira como os caivamos. De maneira ão rápida e araiva quano possível, queremos que fiquem enusiasmados com nosso assuno, sempre lembrando que a verdade apresenada em seguida é infiniamene mais gloriosa do que a inrodução que a precedeu. Não enho uma fórmula mágica. Boas inroduções resulam de mediação, amor e oração por nossos ouvines. Se ivermos esses rês elemenos, raramene seremos malsucedidos. 2) O discurso Definição

 A inrodução é seguida por aquilo que em sido radicionalmene radicionalmene chamado de “o discurso”. Mas o que é isso? É a verdade a ser ensinada a estas pessoas logo após a inrodução. É consiuída do maerial que o pregador se dispõe a comunicar naquele deerminado sermão. Um plano básico

Para levar eficazmene as pessoas a se convencerem desa verdade, preciso er um plano. Afinal de conas, esarei ensinando a verdade ao •

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povo. Meus pensamenos devem seguir uns ao ouros em algum ipo de ordem preesabelecida; pois, do conrário, não chegarei a lugar algum. As pessoas êm de senir que há movimeno no sermão que as conduz em uma direção específica. O plano de um sermão deve ser ão simples quano possível, de modo que odos os ouvines vejam aonde esão indo. É difícil dirigir em uma rodo via escura à noie. Mas, se há objeos sinalizadores no meio da rodovia, udo fica mais fácil. Quando os faróis brilham, os objeos refleores aparecem aos nossos olhos um de cada vez. emos abundância de orienação, anes de chegarmos a alguma curva ou sinuosidade. Embora o plano seja simples, ambém deve ser agradável e impressionane. Se não o for, a congregação se desligará menalmene. odo crene falará consigo mesmo: “Já sei o que ele vai dizer”. Porém, o plano não deve ser excessivamene brilhane, engenhoso ou esquisio. Precisamos de uma esruura fácil de memorizar que não levará as pessoas a nos admirarem nem a nos rejeiarem, mas que fixará as suas menes nas verdades que esamos apresenando. É empo de abandonarmos odos os planos de sermões que são difíceis, monóonos e enfadonhos, bem como aqueles que são brilhanes e emocionanes em demasia. É a verdade de Deus que esamos pregando! Nada deve orná-la difícil de ser assimilada, nem impedir que as pessoas lhe dêem aenção. Nossa razão para ermos um plano surge de nosso inenso desejo de que cada pessoa não enha qualquer problema em perceber o que significa a verdade de Deus. A utilidade das divisões

 A fim de nos manermos em nosso plano e ajudar os ouvines a perce bê-lo com clareza, um sermão deve er divisões ou subíulos claros. Eses agem como poses sinalizadores em uma rodovia cobera de neve. Quando a neve esá ala, o moorisa não pode ver onde esá a rodovia. É fácil sair do rumo e perder-se compleamene. Poses inensamene coloridos marcando as margens da rodovia são udo o que ele necessia. Se eses se enconram no devido lugar, o moorisa esá seguro. •

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Divisões, ou subíulos, ornam o sermão fácil de ser acompanhado. Os ouvines podem acompanhar o argumeno que esá sendo desenvolvido. Podem ver em que pono esão e aonde irão em seguida. Não devemos esquecer que homem e mulher foram criados originalmene à imagem de Deus. Essa imagem foi horrivelmene disorcida e danificada, mas ainda esá presene no homem; por isso, a mene humana não aprecia desordem e caos. Sermões sem divisões incenivam desordem menal nas pessoas.  As divisões ornam o sermão fácil de ser lembrado. Como a nossa pregação pode causar algum benefício duradouro, se as pessoas não podem recordá-la? Cada subíulo age como uma hase em que podemos pendurar uma verdade recém-aprendida. Quando odas as hases (subíulos) esão em nossa mene, podem não somene nos razer à memória odo o sermão, mas ambém dar melhor enendimeno a respeio de como uma verdade se relaciona à oura. Algumas regras sobre as divisões

 As divisões ou subíulos deixam de ser úeis quando são mal elaboradas. Esruuraremos bem nossos sermões, se as divisões saisfizerem as seguines descrições: Distinção

Cada subíulo em de ser disino de odos os ouros, não sendo uma repeição de qualquer deles. Precisa er sua própria idenidade. Dese modo, os ouvines perceberão que o sermão possui progressão. Eles observarão que cada divisão esá consruída sobre a anerior e conduz à poserior. Cada subíulo é disino porque em um lugar único no argumeno. Ordem, movimento e progresso

Um carrossel num parque de diversões em ordem e movimeno, mas não faz qualquer progresso. Quem deseja ouvir um sermão desse ipo? Uma mulidão de rebeldes em movimeno e progresso, mas não possui ordem. Em bom esado menal, quem desejaria ouvir um sermão dessa naureza? Mas um exércio em movimeno possui esas rês caracerísicas. Vai a algum lugar e consegue alguma coisa. Precisamos dizer mais alguma coisa? •

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 Acumulação

Um objeo em queda se orna cada vez mais rápido, à medida que cai. Por causa de sua energia acumulada, aé uma bola de golfe poderia maar alguém, se fosse airada de um lugar elevadíssimo. Um sermão deveria adquirir força, à medida que é pregado; e a força adquirida deveria ser expressa nos subíulos. odos deveriam saber com clareza que o argumeno esá se movendo para frene e ganhando força. Uma divisão deve levar nauralmene à seguine, de modo que deixe claro que o fluxo de pensameno esá canalizado e não desorienado. Cada divisão deve ornar os ouvines mais e mais ineressados no clímax que esá por vir.  Abrangência

 Anes de começar a falar, o pregador deve ser oalmene claro a respeio de quana verdade ele enciona comunicar. Em circunsâncias normais, ele deve se prender a isso e não acrescenar nada mais, exceo a explicação, as ilusrações ou as aplicações. Seus subíulos devem prover um resumo conciso da verdade que ele esá abordando. Devem exrair da laranja odo o suco que ele quer dar, nem uma goa a mais. Naturalidade

Os subíulos devem ser naurais e não arificiais. Em sua preparação, o pregador em sempre de pergunar como o seu versículo, ou passagem, ou assuno, se divide nauralmene. Nada que não eseja no esboço deve ser imposo. Os subíulos são alavancas que removem esouros do solo, não são veículos que os ransporam para algum lugar. Poucas divisões

Um sermão não deve er muias divisões. Quando eu era menino, ainda era permiido por lei reirar os ovos do ninho de ceros pássaros. Achar ninhos de pássaros era uma diversão favoria de muias crianças e, em nossa família, fazíamos uma boa colea. Se rouxéssemos um ovo para casa, nossos pais queriam saber quanos haviam no ninho. Se houvessem mais de quaro, nossos pais ficariam conenes. Como muias ouras pessoas, eles •

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maninham a eoria de que um pássaro só pode conar aé quaro! Porano, não seniria fala do ovo roubado e não seniria qualquer riseza! Não sei se essa eoria é correa ou não. Mas sei que as pessoas acham difícil seguir ou reer um sermão que enha mais do que quaro ponos. Se há apenas dois ponos, é difícil maner o ineresse das pessoas, er progressão e inroduzir muia variedade. Se há ponos demais, os sermões se ornam exremamene difíceis de serem lembrados. Esa é a razão por que é sábio fazer sermões com rês ponos (a despeio de oda a gozação que exise a respeio disso) ou, no máximo, quaro. Um sermão com rês ou quaro divisões evia muios perigos. A forma mais simples de lógica, o silogismo, se expressa em rês ponos. Eis um exemplo de silogismo:  odos os careiros usam uniforme azul e amarelo.  João é um careiro.  Logo, João usa uniforme azul e amarelo.

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Porano, em um sermão de rês ponos é possível er não somene muia variedade, mas ambém um argumeno lógico que conduz a um clímax ou uma conclusão. Devemos parar de rir dos pregadores que usam rês ponos em seus sermões. Esse ipo de sermão em sido uma boa ferramena de ensino aravés dos séculos. Com muia freqüência, sermões desse ipo êm sido usados maravilhosamene para apresenar com clareza a verdade de Deus. Proporção

Como regra geral, cada divisão em um sermão deve er o mesmo amanho. ecenemene, ouvi um jovem pregador cuja mensagem inha rês ponos bem claros. Ele gasou vine e rês minuos no primeiro pono; see minuos, no segundo e apenas rês, no úlimo! A impressão deixada foi a de que ele gasou muio empo em sua primeira divisão e nos desaponou nas ouras duas. Senimos que o sermão não inha equilíbrio e que havíamos sido, miseriosamene, iludidos. Nenhum pregador deve causar esse ipo de •

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impressão. As pessoas devem sair da igreja comovidas, emocionadas e sub jugadas pela Palavra de Deus. A esruura exise para servir à Palavra, não para nos afasar dela. Persuasão

Se pensarmos cuidadosamene em nossos subíulos, podemos escrevê-los de modo que sejam mais persuasivos. Em Maeus 6.1-18, nosso Senhor ensinou seus discípulos a respeio de obras de caridade, oração e  jejum. Em cada ensino, Ele lhes disse primeiro o que não fazer; depois, o que deviam fazer. Ese é um bom exemplo a ser seguido. O negaivo deve preceder o posiivo. Da mesma maneira, o absrao deve aneceder o concreo; o falso vir anes do verdadeiro; afirmações, anes de apelos e exorações. Por que roubar da mensagem a sua força, quando, por meio de uma pequena consideração e reorganização, podemos orná-la mais convincene?  Atratividade

De modo semelhane, após mediar em odos os iens, podemos ornar nossos subíulos mais araenes. Afinal de conas, não anelamos que nossos sermões sejam ineressanes, fáceis de seguir e mais fáceis de serem lembrados? Faremos progresso imediao apenas simplificando as palavras � “rês raos cegos” faz mais senido às pessoas do que “um rio de roedores visualmene incapazes”! Um subíulo colocado em palavras simples sempre em mais poder do que um subíulo colocado em frase exensa � por exemplo: “Uau!” é mais fácil de ser memorizado do que “Esou surpreso!” E por que os subíulos êm de ser expressos em afirmações? Deerminados subíulos não seriam mais caivanes se fossem expressos na forma de pergunas? Com oração e cuidado, odos nós podemos apresenar nossas divisões de maneira mais araene. 3) A conclusão

odas as coisas boas chegam ao fim. E isso aconece com sermões, quer  bons, quer ruins. Mas, qual é a melhor maneira de encerrá-los? O que cons•

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iui uma conclusão proveiosa? Os ineressados na esruura do sermão nunca esão disposos a eviar pergunas como essas. Definição

 A conclusão é formada por observações que encerram o sermão. O seu alvo é concluir a mensagem de um modo que seja digno das verdades que foram pregadas. ambém procura assegurar que nada imporane seja perdido e que o ensino seja enfaizado na mene e consciência das pessoas presenes. Há alguns anos, minha esposa e eu ficamos surpresos ao enconrar uma pequena fábrica de chocolae escondida em uma vila ao nore do País de Gales. O proprieário era um chocolaeiro suíço que fazia à mão cada chocolae. Evidenemene, iso significa que seu produo era exremamene caro. Porque ele fora ão amável conosco e porque havíamos enconrado aquela fábrica ão ineressane em nossa viagem, decidimos comprar seis caixas de chocolae. Ele raou cada chocolae com afeição paernal, enquano os colocava em uma sacola de cores brilhanes, que, depois, fechou com uma fia e enregou ao nosso cuidado. Assim como nós, ele se mosrou ansioso de que nenhum dos chocolaes se perdesse na viagem de vola. O cuidado dele e aquela sacola foram uma conclusão adequada de nossa visia. Importância

 A conclusão é capaz de aumenar a uilidade do sermão, assim como é capaz de arruiná-lo. Pode incuir a verdade no ouvine, mas ambém pode fazê-lo rejeiar a verdade. A conclusão do sermão pode gravar a verdade no coração de cada ouvine ou corrompê-la de modo que se orne irreconhecível. As úlimas frases de um sermão êm uma imporância que ninguém pode exagerar. Que vanagem há em pregar um sermão esimulane, se os seus úlimos minuos deixam as pessoas enediadas? Que proveio raz um sermão, se inicialmene despera as pessoas, mas depois as faz dormir? Se o ensino é ão claro quano pode ser, mas a conclusão é vaga e confusa, que benefício duradouro ele raz consigo? •

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Quando eu era criança, aprendi a fazer balas de açúcar. Grandes quanidades de açúcar eram derramadas na água fervene, que depois era deixada a esfriar. À medida que a água esfriava, o açúcar dissolvido começava a crisalizar ao redor dos barbanes que deixávamos oscilando na água. Essas deliciosas balas são semelhanes a boas conclusões: odas as pares do sermão crisalizam em uma forma que pode ser facilmene levada embora. Conudo, sabemos que nem udo em um sermão é agradável. alvez seja melhor comparar a conclusão à pona de uma flecha. Ela é airada velozmene conra o ar pela corda do arco (a inrodução), manida no rumo por rês ou quaro penas (as divisões), mas sua obra se realiza quando ainge o alvo. Nesse momeno, oda a força se concenra em sua pona, que penera o alvo. Uma flecha emboada ainge o alvo e cai no chão. Não faz nada. Que desperdício! udo seria diferene, se a pona da flecha ivesse sido afiada. Sugestões

 Afie a pona da flecha! Prepare com cuidado a conclusão de seu sermão. Escreva exatamente o que você quer deixar reinindo nos ouvidos de seu povo, ou memorize-o, ou inclua-o (na ínegra) em suas noas. Devemos preparar a conclusão anes de prepararmos a versão final de nossa mensagem. A conclusão deve esar em nossa mene a cada pono da mensagem. Devemos irar do arsenal a arma que sirva à conclusão. Nunca devemos perdê-la de visa. A cada pono, devemos er perfeiamene claro a respeio de onde desejamos que o sermão ermine. Sou uma pessoa que acredia que os emplos das igrejas deveriam ser simples e sem ornamenação. Mas imaginemos por um momeno que sou um arquieo conraado para projear um edifício magnífico com um pináculo. Ese pináculo esaria em minha mene desde o começo. Seria algo que eu desejaria que odos vissem. Apareceria em odos os rascunhos e dominaria os meus planos. Mas em que pono da consrução o pináculo seria feio? De modo semelhane, a conclusão de um sermão é o primeiro na concepção, mas o úlimo na execução.  A conclusão deve ser cura. O discurso acabou e não é correo iniciá-lo novamene. É hora de erminar! É verdade que a conclusão deve ser longa o •

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suficiene para honrar o discurso que a precedeu. Mas emos de lembrar que seu propósio é concluir! Nossas conclusões devem ser variadas. Se não forem, nossos ouvines mais freqüenes saberão o que virá no final, e não haverá qualquer elemeno de surpresa. Começarão a se mexer e pegar seus hinários, anes que erminemos. Sino-me feliz por haver passado meus anos de esudo sob a influência do poderoso minisério de Paul ucker, no Eas London abernacle. Os sermões dele não eram muio exensos, mas era impossível imaginar quando ele erminaria. De repene, ele reunia udo que havia dio e o incuia, com afeição e auoridade, em nosso coração e vida. Não o percebíamos. Ele nos maninha fascinados aé ao úlimo momeno. Mas nunca saíamos do emplo sem ouvir palavras reinines que encapsulavam a mensagem e nos diziam o que fazer com ela. Hoje não exisem muios homens que pregam como o Sr. ucker. Parece que inúmeros pregadores esudam pero de uma cenrifugadora de roupas. A mensagem esá indo a oda velocidade, mas, de um modo quase impercepível, começa a perder velocidade. Depois, ao ficar cada vez mais lena, chega a uma parada leal. A congregação olha com incereza: é o fim da mensagem, ou ele começará novamene? Esse é o único momeno de suspense que sino em ais mensagens! Esses érminos enfadonhos não sugerem respeio pela verdade que acabou de ser pregada. Nossas conclusões devem ser direas e pessoais. odo o propósio da pregação da Palavra de Deus é que as pessoas sejam ransformadas por ela. A conclusão em de exigir um veredico de todos os ouvines. Cada pessoa precisa enender que esá diane de uma escolha � em de colocar em práica o que ouviu ou recusar-se a fazer isso. Não pode permanecer neura. A verdade de Deus exige uma resposa pessoal. Os ouvines êm de desfruar as  verdades, crer nas promessas, enrar no gozo dos privilégios, receber as consolações, cumprir os deveres, abandonar o pecado e aceiar com seriedade as adverências � ou desprezar udo isso. Mas ninguém deve permanecer como esá. Uma decisão em de ser feia agora mesmo. A conclusão em de insisir nisso. E parar.



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*** A história de duas salas de estar

 Já falamos sobre udo que precisava ser dio a respeio de esruura clara. Permia-me, agora, erminar com a hisória de duas salas de esar. No domingo passado, a Sra. McGregor assisiu ao culo. O sermão foi exegeicamene correo e repleo de sã dourina, mas não lhe rouxe nenhum benefício. Quando ela volou para casa, ambém não conseguiu ransmiir ao seu marido incrédulo grande pare do sermão; e seu marido parecia ineressado em saber o que ela inha ouvido. Qual era o problema?  A fao é que o sermão foi um aglomerado de senenças que inham pouca ou quase nenhuma esruura, pelo menos aé onde ela recordava. Por isso, não pôde acompanhá-lo, nem reê-lo, nem comparilhá-lo. Como Deus foi glorificado nisso? No domingo passado, John Jones eseve na igreja. O sermão foi exegeicamene correo e repleo de sã dourina. Ele mal podia esperar para chegar em casa. Subiu apressadamene os degraus e conou o sermão à sua esposa deficiene. John podia lembrar o sermão com ana facilidade, que o expôs à sua esposa em dealhes, um pono após ouro. De fao, John quase lhe pregou o sermão. Ela, por sua vez, ficou emocionada, seniuse comovida e foralecida. Naquela sala de esar, dois corações buscaram novamene ao Senhor. Por amor a Deus, endo em visa o bem daqueles que nos ouvem, con veridos ou não, dediquemo-nos à arefa de dominar a habilidade de pregar com esruura clara!



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Exercício 1. Você esá almoçando com uma família crisã, no domingo. Enquano al-

moçam, a família discue a fala de esruura no sermão pregado naquela manhã. Descreva o que você pode er ouvido. 2. Faça um esboço ampliado para um sermão baseado em omanos 12.1-2.  Jusifique a sua esruura. 3. Algumas pessoas argumenam que o Espírio Sano é o Ensinador Divino, e que somene Ele pode ornar evidene as coisas de Deus. Não há, porano, necessidade alguma de ficarmos preocupados com a esruura de um sermão. Escreva o que você pensa sobre esa opinião.



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4 Ilustrações Vívidas

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gora, deve esar claro para nós que a boa pregação exige muio rabalho de preparação. Mas odo o nosso rabalho se perderá, se os ouvines não puderem praicar e recordar o que foi pregado. Foi por essa razão que gasamos um capíulo considerando o assuno da esruura clara. A mesma razão agora nos leva ao assuno de ilustrações vívidas. 1) O valor das ilustrações

Uma ilusração é uma linguagem figurada que raz clareza ou discernimeno a um assuno. É uma janela que permie a luz enrar em uma sala escura. Muias pessoas não êm muia facilidade no manuseio das palavras.  Acham difícil lidar com a lógica absraa e a argumenação eórica. Argumenos profundos e consisenes deixam-nas confusas. Quando as palavras são usadas desa maneira, ais pessoas se senem perdidas na escuridão. Alguém quer ajudá-las a ver? Será que alguém pode lhes dar um par de óculos infravermelhos? Ou melhor, uma ocha? Muias pessoas não podem enender muio bem alguma coisa, se não puderem vê-la em sua mene. Elas reagem posiivamene a palavras que projeam imagens, mas consideram as palavras em si mesmas como algo monóono, obscuro e desineressane. Os Arqueiros é um programa de rádio inglês que em sido ransmiido quase odos os dias por mais de cinqüena anos. Milhões de pessoas ainda o sinonizam. Elas ouvem as palavras dos

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aores, mas não vêem nada. Enão, o que é ão araene nesse programa? Divulga-se a si mesmo como “uma hisória diária do povo inglês”. Os seus fãs não esão sinonizados em um dilúvio de proposições absraas, e sim em uma hisória que podem ver descorinada em sua mene. Muios pregadores são basane críicos da culura moderna, especialmene de sua dependência de linguagem figurada. Peço-lhes que enfrenem a realidade. alvez não gosem da maneira como as coisas são. Mas precisam lembrar que esa é uma geração que precisa de linguagem figurada. E, o que há de errado nisso? As escriuras conêm ilusrações em cada uma de suas páginas, e nosso Senhor as usou em odo o empo. O assuno de ilusrações exige nossa aenção urgene. Não precisamos ser semelhanes a radialisas que enam comenar uma parida de fuebol, quando os holofoes já apagaram. Acenda as luzes! Mosre a Palavra de Deus em odas as suas cores e movimenos. Prepare suas ilusrações e, para comprovar seu valor, considere eses rês ponos: As ilustrações explicam a verdade

Esa é a razão porque o Senhor dizia freqüenemene: “O reino dos céus é semelhane a... (M 13.24, 31, 33, 44-45, 47). Uma vez que uma ilusração se abrigue na mene de uma pessoa, udo se orna claro. Em omanos 6 e 7, o apósolo Paulo explica por que coninuar no pecado é um absurdo para uma pessoa jusificada pela fé. Eu mesmo, por exemplo, acharia difícil enender aqueles capíulos, se esivessem cheios de argumenos complexos e racionalizados. Mas não esão. Paulo fala sobre um escravo que morre para um senhor, mas é ressusciado para servir a ouro. Ele se refere a um mercado de escravos no qual você pode dizer quem é o senhor de cada servo. Fala a respeio de um casameno em que um cônjuge morre e deixa o ouro livre para casar com oura pessoa. O apósolo não usa nada mais do que palavras, mas nos fala por meio de figuras. E esas não somene nos ajudam a enender, mas ambém nos convencem do que ele esá dizendo. Não devemos copiar o exemplo do apósolo? Alguém conhece uma maneira melhor de explicar a verdade?



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Ilustrações Vívidas

As ilustrações tornam a verdade atraente

 Você já viu um pregador perdendo a aenção de seus ouvines? As pessoas esão no emplo, mas seus pensamenos esão em ouro lugar. epeninamene, elas se concenram, olham para o pregador e lhe dão oda a sua aenção. O que aconeceu? O que causou a mudança de aiude? Ele esá usando uma ilusração! Os pregadores nem sempre podem ornar udo fácil. Algumas coisas na Bíblia são difíceis de enender. Mas as pessoas só podem ouvir coisas difíceis por um período limiado de empo. Dê-lhes um descanso, um refrigério e, logo, esarão pronas para ouvi-lo novamene.  A maioria das pessoas da Suíça não vive em chalés, e sim em blocos de aparamenos. Quase odos os blocos de aparamenos êm um ele vador � maravilha das maravilhas! � que quase nunca quebra. Mas, se quebrar, pode-se usar as escadas. Há dois lances de escadas para cada andar, e, onde os lances se enconram, há sempre uma cadeira! É difícil subir escadas, mas, se você parar e senar na cadeira para descansar, descobrirá que, afinal de conas, subir escadas não é ão difícil. As ilusrações de um sermão são como essas cadeiras. Se ivéssemos de fazer uma longa viagem em um breve período de empo, acharíamos melhor ir por uma auo-esrada. Isso não é ão ineressane como dirigir pelas esradas do inerior. Na auo-esrada, cada quilômero parece exaamene igual ao anerior. Depois de um empo, cansamos da auo-esrada e paramos nos seus resauranes e lojas de conveniência. Vamos ao banheiro, omamos um cafezinho e passamos alguns minuos nas lojas.  Assim, achamos que esamos pronos para coninuar a viagem e desejamos coninuá-la. O que aconeceu conosco? Descansamos e fomos revigorados.  As ilusrações dos sermões são como essas paradas na auo-esrada.  Você já leu uma hisória para uma criança que assenou ao seu lado?  A princípio, ela esá ineressada e se deleia com a hisória. Mas, depois de alguns minuos, começa a inquiear-se. Enão, udo muda: ela insise que  você prossiga. Você virou a página e a criança viu uma figura!  Viso que as ilusrações ornam a verdade araene, elas ambém a ornam impressionane. Nosso Senhor poderia er dio algo assim: “Não •

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impora como você vive, nem onde, nem durane, ou por quano empo em vivido assim, se você se volar para Deus, Ele o receberá”. Mas esas não foram as suas palavras. Pelo conrário, Ele disse: “Cero homem inha dois filhos...” (Lc 15.11). A parábola do Filho Pródigo imprime em nós a recepção do Pai de um modo que nenhuma oura afirmação poderia fazê-lo.  Vemos a verdade, vemos com clareza e choramos de alegria. Quando Davi pecou ão descaradamene conra o Senhor, com adulério e crime de assassinao, e meses se passaram sem que ele se volasse para Deus em oração, Deus lhe enviou o profea Naã. Ese invadiu a presença do rei, aponou-lhe o dedo, com ira, e o denunciou? Não. Naã foi muio sábio ao fazer isso. Seu alvo era resaurar o pecador caído, e não levá-lo a aposaar. Ele enrou com genileza e conou uma hisória a Davi. Pouco depois, era o rei, e não o profea, quem esava furioso. Conudo, milhares de anos mais arde, ainda ficamos chocados com a auoridade de Naã, ao dizer: “u és o homem” (2 Sm 12.7). As ilustrações fazem com que a verdade fique gravada em nossa mente

O que você recorda do úlimo sermão que ouviu? Algumas frases lhe causaram impaco? A linguagem o comoveu? Houve alguns exemplos brilhanes de argumenos persuasivos? São esas as coisas que você recorda? alvez não. Mas esou cero de que você, assim como eu, pode lembrar as ilusrações! Muios anos arás, no início de meu minisério, recebi um convie especial para assisir o exame cadavérico de um fumane. O propósio era que eu ficasse ão chocado ao ver o que o abaco faz aos pulmões das pessoas, que usaria minha influência miniserial para desesimular a práica de fumar em odos os lugares. Sou um homem frágil e provavelmene eria desmaiado, se ivesse assisido ao exame. Por isso, recusei o convie. Mas de uma coisa esou cero: se aceiasse o convie, eria ficado infiniamene mais impressionado pelo que eria viso do que por odas as esaísicas que já li a respeio de fumar. ecordamos aquilo que vemos. Esquecemos muio do que lemos e ouvimos. Como pregadores, não usamos recursos visuais. Nosso Senhor nos chamou a rabalhar com palavras. Mas devemos usá-las para esimular o poder •

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de imaginação que Deus ouorgou às pessoas. emos de colocar olhos nos ouvidos das pessoas. Não há maneira melhor de aingirmos a sua mene. Quando nos levanamos para pregar, emos diane de nós odos os ipos de pessoas. Elas são diferenes em raça, idade, culura, educação, habilidades, conhecimeno, caráer, emperameno e ouras coisas mais. odavia, podemos araí-las com ilusrações bem ponderadas. Foi isso que nosso Senhor fez durane os dias que o levaram à crucificação. Um exemplo é a parábola dos lavradores maus que enconramos em Marcos 12.1-12, bem como as rês parábolas em Maeus 25. Durane esse período, nosso Senhor falou a uma  variedade de pessoas excessivamene ampla. Sua audiência incluía inimigos erudios que não esavam presenes em seu minisério fora de Jerusalém. Ele lhes ensinou verdades desagradáveis que nunca esqueceriam! Uma verdade lembrada pode cumprir seu objeivo muio, muio empo depois de o sermão haver sido pregado. Quando eu inha os meus vine anos, li vários sermões de F. B. Meyer. Os sermões coninham ilusrações que êm ajudado minha vida crisã aé aos dias de hoje. De modo semelhane, minha alma coninua a se alimenar dos sermões de Hywel Griffihs, de Bridgend, que foi indubiavelmene o maior pregador que já ouvi. Eu inha  vine anos de idade quando o ouvi pela primeira vez, em uma de suas visias anuais à nossa pequena vila no Sul do condado de Pembroke. E suas pregações, proferidas naquela época, ainda me fazem bem, quase odos os dias. Isso ocorre não porque as gravei em cassees, e sim porque eu as recordo. enho escuado milhares de sermões aravés dos anos, e quase odos eles não se abrigaram em minha memória. Mas a pregação de Hywel Griffihs coninua viva, primeiramene por causa de seu poder celesial (um assuno que abordaremos em ouro capíulo) e, em segundo lugar, porque a pregação dele era ilusraiva do começo ao fim. O que as pessoas vêem, elas o recordam. O que as pessoas vêem em sua mente, elas ambém recordam. Esa é a maneira como somos consiuídos. Pessoas que êm se ausenado da igreja por muios anos, mas que freqüenaram a escola dominical quando crianças, ainda podem lembrar muias hisórias bíblicas. Porano, podemos uilizar ilusrações em nossa pregação e ajudar os ouvines a lembrar o evangelho. •

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Um dos livros que êm moldado meus ponos de visa sobre a pregação é Some Great Preachers o Wales (Grandes Pregadores do País de Gales), escrio por Owen Jones. 1 Esse livro considera em dealhes vários homens cuja pregação poderosa resulou na conversão de milhares de pessoas e, conseqüenemene, ransformou a nação. A pare mais proveiosa desse livro é sua inrodução, na qual Owen Jones idenifica cinco caracerísicas que esses homens inham em comum. É ineressane observar que uma dessas caracerísicas era a imaginação. Esses homens, em medidas diferenes, levavam os seus ouvines a ver algo. Não podemos fazer o mesmo? 2) Fontes de ilustrações

odo pregador que conheço me diz que é fraco no uso de ilusrações e que gosaria de melhorar. ambém me diz que apreciaria ajuda no que concerne às fones de ilusrações. As Escrituras

Pode obê-las nas Escriuras. Quando raamos do assuno de exaidão exegéica, vimos que a Bíblia é auo-inerpreaiva. Ela ambém é auoilusraiva. Ela é rica em hisórias, biografias, poesias e provérbios; e udo isso pode ser usado para ilusrar quase odas as dourinas ou lições que ensinamos com base nas Escriuras. econhecendo que os próprios crenes conhecem ão mal a sua Bíblia, por que não usar sempre as Escriuras como sua primeira fone, quando esá à procura de ilusrações? Mas precisamos ser cuidadosos. Quando lemos sermões dos purianos do século XVII ou de Charles H. Spurgeon, do século XIX, observamos que eles usaram cada livro da Bíblia para ilusrar o que inham a dizer. Não podemos fazer exaamene como eles o fizeram. Pregaram a congregações que conheciam muio bem as Escriuras. Às vezes, as referências deles aos aconecimenos bíblicos eram meras alusões. Falaram sobre “sibolee”, bar ba rapada pela meade, o Vale de Bacaa, a casa do oleiro, a orla da sobrepeliz e a enfermidade de Públio � e odos sabiam a respeio do que eles fala vam! Não podemos fazer isso hoje. A fim de usarmos essas alusões como •

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ilusrações, eríamos de apresenar uma explicação mais ampla ou conar a hisória. No enano, ao fazer isso, poderíamos maar dois coelhos com uma só cajadada: ilusraríamos o que emos a dizer e daríamos aos ouvines um melhor conhecimeno de odo o conselho de Deus. Há oura coisa a respeio da qual precisamos ser cuidadosos. Falamos sobre isso no capíulo anerior, mas precisamos mencioná-lo de novo. Sempre precisamos disinguir enre o significado intencional das Escriuras e o seu uso como ilustração. Essa disinção em de ficar clara para os ouvines. Use Naamã como uma ilusração da fé reluane e infanil, mas nunca dê a impressão de que ese é o único propósio de 2 eis 5.1-19. Use a chamada de Samuel para ilusrar a proximidade de Deus, porém não deixe as pessoas imaginarem que o propósio de 1 Samuel 3 é ransmiir essa verdade. Com cereza, devemos usar porções das Escriuras para esclarecer a passagem sobre a qual esamos pregando. odavia, ao fazer isso, não queremos obscurecer o enendimeno que as pessoas êm a respeio da passagem que usamos como ilusração! Observação

Deus em dado a cada pregador uma cona bancária cheia, não de dinheiro, mas de ilusrações para os sermões. Se irássemos dessa cona mil ilusrações por dia, nunca ficaríamos falidos. Como emos acesso a esa cona? Não com um alão de cheques ou com um carão de crédio, e sim com os olhos e os ouvidos. Devemos apenas manê-los aberos, anoar em nossos pensamenos o que vemos e ouvimos e acrescenar um pouco de raciocínio.  As coisas que vemos, as que ouvimos e as experiências do viver diário são uma fone inesgoável de ilusrações. eire dessa esane udo que você puder e perceberá que seu esoque se renova imediaamene. Encha o seu sermão com a água desse poço, porque ele nunca em o aviso “fora de uso”.  Aé uma baeria de longa durabilidade se acaba, mas esa baeria nunca o deixa na mão. Ese é um sol que sempre resplandece, um veno que sempre sopra, um manancial que nunca seca, uma esperança que não desapona � um suprimeno de ilusrações que nunca se acaba! Foi o Senhor mesmo que nos ensinou a enconrar ilusrações à nossa •

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 vola. Ele falou sobre semear rigo, edificar casas, conservação de vinho, levedar a massa, assar pães, empresar do vizinho, acender lâmpadas, varrer a casa e achar esouros. Jesus falou sobre os deveres dos servos, cães embaixo da mesa, ladrões assalando, raças desruindo roupas, devedores na prisão, crianças brincando, fesas, casamenos, julgamenos e evenos coidianos. Ele veio do céu, mas viveu na erra. Conversou com homens e mulheres da erra usando figuras que eles podiam enender. Seus mais fiéis seguidores fazem o mesmo. C. H. Spurgeon queria que odos os seus alunos fossem pregadores que usassem ilusrações. Ele os exorava freqüenemene a maner os olhos aberos e mediar no que viam. Em uma ocasião, Spurgeon lhes disse que, se udo que ivessem diane de si fosse uma vela, essa vela lhes daria ilusrações suficienes para muios sermões! Eles riram. Spurgeon provou sua afirmação pregando-lhes dois sermões consiuídos oalmene de lições obidas de velas. Seu livro Sermons on Candles (Sermões sobre Velas) é uma versão impressa desses sermões.  As ilusrações obidas de velas não eriam muio efeio sobre as pessoas de nossos dias. Vivemos em um mundo de energia elérica, elevisão, compuadores, carros, celulares, supermercados, música comercializada, espores profissionais, viagens mundiais e esperanças de exploração do espaço. Nosso Senhor reirou suas ilusrações da Palesina do século I; Calvino, da Genebra do século XVI, enquano as palavras de Spurgeon refleiam a Londres do século XIX. E nós? Os nossos ouvines do século XXI ouvem ilusrações de nossa época? Se não ouvem, falhamos para com eles. A criatividade total

O conhecimeno da Bíblia, dois olhos, dois ouvidos e uma mene ponderadora são udo que um bom ilusrador precisa. Mas ele pode fazer ainda melhor, se esiver disposo a enrar no mundo da criaividade oal. Parábolas e alegorias criadas pela própria pessoa são especialmene eficazes. É claro que as alegorias de O Peregrino e Guerra Santa, escrios por John Bunyan, não podem nem mesmo começar a rivalizar com as parábolas de nosso Senhor, mas esses livros não êm sido uma bênção para milhões? •

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Durane quase rina anos, enho ilusrado o ensino de Paulo em omanos 7 usando uma hisória simples. Fala de um homem que esá caminhando para casa em uma noie escura. Ele cai em uma poça de lama, mas não percebe o quano esá sujo aé que se aproxima de uma luz. Ele faz o melhor para ficar limpo. Mas o problema é ese: quano mais ele se aproxima da luz, ano mais percebe a sujeira e mais dificuldade enconra para ficar limpo. Finalmene, ele se coloca bem debaixo da luz e clama em desespero ao ver oda a sujeira que ainda esá grudada nele: “Desvenurado homem que sou!” (omanos 7.24.) Esse clamor pode ser proferido ão-somene por aqueles que esão próximos do Senhor. Por que menciono isso? Bem, alguns meses arás, depois de um iner valo de quarena anos, decidi reler um livro que li quando era esudane. Queria observar o que penso sobre o livro hoje. Ele se chama A Vida Cristã  Normal, escrio por Wachman Nee. Fiquei admirado em enconrar nele a parábola da poça de lama que eu pensava sinceramene haver invenado! O fao é ese: a parábola do Sr. Nee se mosrara ão eficaz, pelo menos em mim, porque, embora não a esivesse usando como ele fizera, a parábola enrara ão profundamene em meu coração, que eu pensava havê-la invenado. Em minha pregação, enho usado, cenenas de vezes, hisórias, parábolas e alegorias criadas por mim mesmo. Em odas as ocasiões, o efeio em sido o mesmo: as pessoas ficam senadas, mudam-se para assenos mais à frene, dão-me oda a sua aenção e me agradecem depois. Por que não pensar no que aconece aos seus ouvines em um dia normal e conar-lhes uma hisória ineressane a respeio desses aconecimenos? Em vez de falar absraamene a respeio da enação, da dúvida, da ousadia em esemunhar, por que não invenar cenários que odos enenderão? A criaividade pessoal não é enganosa. As pessoas sabem o que você esá fazendo. ambém sabem que o Senhor fez esse ipo de coisa há dois mil anos. Onde mais

 Além da Bíblia e do que obemos por meio dos senidos e da imaginação, há inúmeras fones de ilusração. Como pregadores, cremos que oda  verdade vem de Deus. Cremos que o mundo Lhe perence. Cremos que •

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devemos conhecer ano menos quano possível o pecado e conhecer ano mais quano possível odas as ouras coisas. Assim, no melhor que pudermos, fazemos esforço para aumenar nosso conhecimeno em odas as áreas que se abrem diane de nós � hisória, geografia, maemáica, ciências, línguas, medicina, ares, lieraura, poesia, música, ciências sociais, ecnologia, aconecimenos auais, políica, direio, negócios, espores, habilidade de comunicação ou qualquer oura coisa. Cremos que é correo er fome em nossa mene. Lemos livros, assisimos a elevisão, vídeos e filmes, ouvimos palesras, vamos ao earo e a conceros, omamos pare em discussões � e fazemos pergunas aonde quer que vamos! Quana coisa há para conhecermos! Conhecemos apenas a menor pare de udo! Mas, nessa menor pare, enconramos abundância que podemos usar para ilusrar nossa pregação. Desejamos conhecimeno por amor ao próprio conhecimeno, porém, à medida que o obemos, ambém aumenamos nossa habilidade de proclamar de um modo mais ineressane a verdade de Deus. No enano, precisamos er cuidado. As ilusrações são ferramenas que ajudam as pessoas a saírem do conhecido para o desconhecido. Se a ilusração é reirada de uma área sobre a qual elas não sabem nada, a ilusração não as ajudará. Além disso, nosso próprio coração é enganoso. É fácil usar o púlpio como plaaforma sobre a qual demonsramos o quano sabemos. emos de resisir a essa enação, com a força que o Senhor nos dá. Se o fizermos, ela fugirá de nós (g 4.7), pelo menos por algum empo. Enreano, gosaria de apelar que você obenha mais ilusrações da hisória da igreja, a despeio da quase complea ignorância dos ouvines quano a ese assuno. À medida que contamos a hisória e não apenas a mencionamos, podemos maar dois coelhos com uma só cajadada: podemos usar ilusrações para esimular a alma e, ao mesmo empo, cumprir nosso dever  bíblico de relembrar às pessoas os grandes aos de Deus. Nossos ouvines devem ser informados a respeio dos grandes heróis da fé e do que lhes de vemos. Devem ser informados sobre as aflições que a igreja de Criso em passado e como as em enfrenado. Nossos ouvines devem ser comovidos por hisórias de coragem, discernimeno e esforços missionários. Devem ser •

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capazes de perceber que a nossa escolha das ilusrações esá lhes fazendo conhecer sua hisória e herança. enho ouro apelo, que se refere à internet . A providência de Deus nos dá recursos fanásicos, e devemos agradecer-Lhe por esses recursos. Sim, à semelhança de odas as coisas invenadas e adminisradas pelo homem, a internet   é horrivelmene corrompida pelo pecado. Sim, a internet  é uma poderosa fone de enação e perigo sério para aqueles que a usam sem er em  visa a glória de Deus. Mas que grande benefício é a internet  para o pregador! Pode oferecer-lhe basane ajuda em odas as áreas abordadas nese livro. Há aé sites que oferecem milhares de ilusrações para sermões! Meu apelo é que você use a internet  não de maneira pecaminosa, nem como um meio de eviar o rabalho árduo, e sim com oração e sensibilidade � especialmene para ober ajuda nesa área de ilusrações de sermão, onde odos admiimos que precisamos fazer melhor. 3) A escolha das ilustrações

Se fizermos udo que sugeri na seção anerior, logo eremos mais ilusrações do que necessiamos! Jogaremos fora algumas delas e maneremos conosco somene as melhores. Porano, quais são as caracerísicas de uma boa ilusração? Subordinação

 A coisa mais imporane em uma ilusração é que eseja em subordinação à mensagem. Em ouras palavras, em de ser bem-sucedida em arair a aenção à verdade que esá ilusrando. Algumas ilusrações araem a aenção para si mesmas. Ouras, se mosram ão esimulanes que deixam a mene dos ouvines pensando em alguma oura coisa. E ouras, subjugam a verdade por ocuparem maior lugar do que a própria verdade. Esses ipos de ilusração devem ser rejeiados. Não cumprem a sua arefa. Cera vez, levei um grupo de esudanes infanis ao Louvre, em Paris, para que vissem a Monalisa. Não a apreciaram de maneira alguma! Ao reornarem, não falaram sobre o quadro famoso, e sim a respeio de odo o •

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equipameno de segurança que o cercava. Falaram sobre as luzes, os sensores, as poras de segurança, mas não mencionaram o sorriso legendário. Era como se as crianças nunca ivessem viso aquele quadro. Aquele sisema elerônico me recorda muias das ilusrações de meus sermões!  As ilusrações não êm qualquer ouro propósio além de jogar luz sobre a verdade exposa. Pregadores que não usam nenhuma ilusração nos deixam aeando na escuridão. E aqueles que usam ilusrações demais nos expõem ao desconforo de viver em uma esufa. udo que precisamos é basane luz, para que vejamos a verdade com clareza; e nada mais do que isso. E, se a verdade que esamos pregando é incapaz de ser ilusrada? Ese é o caso, por exemplo, da dourina da rindade. A riunidade de Deus não é semelhante a nada! Se enarmos ilusrar a rindade, ceramene cairemos em heresia. E iso já aconeceu realmene! Algumas pessoas em assemelhado a rindade a H2O, que se enconra no gelo, na água e no vapor. O gelo não é água; a água não é vapor; e o vapor não é gelo � mas os rês são H2O: rês em um! Isso não ajuda as pessoas a enender? Não, não ajuda. Essa ilusração serve apenas para ensinar modalismo, ambém conhecido como sabelianismo, que é uma heresia. O modalismo ensina que exise um só Deus, que se revela em rês formas diferenes: o Pai, o Filho e o Espírio Sano. H2O ambém se revela em rês formas diferenes. O problema é que cada molécula de H2O não aparece no gelo, na água e no  vapor, ao mesmo empo. Iso é exaamene o que o modalismo crê a respeio de Deus: o único Deus, quando se manifesa como o Pai, não é ambém, naquele momeno, o Filho e o Espírio Sano. A verdade bíblica é bem diferene: o Pai é compleamene Deus, assim como o Filho e o Espírio Sano. Mas o Pai não é o Filho, e o Filho não é o Espírio Sano, e o Espírio Sano não é o Pai! Podemos afirmar isso em palavras simples, mas não podemos enender como isso é assim! ampouco podemos ilusrá-lo. Se não o podemos, não devemos nem enar.  A dourina da rindade é o maior de odos os misérios. E ao seu lado esá a dourina das duas naurezas disinas na pessoa de nosso Senhor Jesus Criso. Para ensinar essas dourinas em nossa pregação, devemos nos •

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resringir a afirmações simples. Se usarmos ilusrações, deveremos fazê-lo para ressalar os erros comeidos em relação a elas. Podemos corrigi-los com afirmações mais simples e, assim, ober sucesso em fazer as pessoas enenderem a verdade.  As ilusrações êm de esar subordinadas à verdade. Se, em qualquer aspeco, falham nesse ese, devemos abandoná-las. Deus nos chamou a proclamar a sua verdade, não a perverê-la ou a silenciá-la. Clareza

 As ilusrações não êm qualquer valor se não são claras. Algumas são ão complicadas que só conseguem razer confusão à mene dos ouvines. Há pregadores que gasam empo explicando suas ilusrações e, aé, ilusrando-as! Mas por que apagar as luzes, quando nossa arefa é acendê-las? enho um amigo que hoje é um minisro fiel. Anes, porém, ele era um esudane de eologia inexperiene; e, cera vez, me convidou para ouvi-lo pregar. O coneúdo de sua mensagem era excelene. Mas o seu começo foi um desasre. Ele começou falando à congregação sobre a Grande Pirâmide, e logo ficou claro que os ouvines não sabiam nada a respeio da pirâmide. Porano, ele gasou vários minuos explicando onde ela esava, quando e por que a consruíram. Depois, ele enou inroduzir seu sermão com uma lição exraída da consrução da pirâmide � um assuno sobre o qual os ouvines ambém não sabiam nada. Porano, a lição de hisória coninuou, misurada com muias informações sobre engenharia civil. odo o sermão durou cerca de rina e cinco minuos, dez dos quais foram gasos na Grande Pirâmide! Pregadores, enham cuidado! As ilusrações êm de ser claras; de fao, ão claras que seja impossível não compreender o que elas ransmiem. Brevidade

 As ilusrações êm de ser breves. Se uma ilusração esá replea de inúmeros dealhes insignificanes e irrelevanes, levará os seus ouvines à disração. Esqueça odos os aalhos curos, ome a auo-esrada e leve os seus ouvines do pono A ao B ão direamene quano possível! No que diz respeio à ilusração, o que vale é o desino, e não a jornada. •

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Conudo, se você começa a usar uma ilusração exensa, por favor, enha a genileza de erminá-la. Uma vez comecei a ler um arigo fascinane em uma revisa semanal. Falava sobre o esilo de vida e as opiniões do príncipe Charles e me dizia coisas a respeio das quais eu nada sa bia. Cheguei ao final da página e virei-a. Mas o arigo não coninuava. E não havia qualquer indicação disso em oda a revisa. Fiquei frusrado e seni-me enganado. Há pregadores que agem assim. Começam uma ilusração e logo percebem que é irrelevane ou demasiadamene grande. Por isso, deixam-na de lado e dão coninuidade ao sermão. É verdade que as congregações não gosam de ilusrações exensas, a menos que sejam hisórias, parábolas ou alegorias. No enano, os ouvines ambém não gosam de ser deixados a imaginar o que aconeceu depois. E você gosaria que eles ficassem pensando a respeio de qualquer oura coisa? Você não gosaria que eles dessem oda a sua mene ao reso do sermão? Dignidade

Quer sejam curas, quer sejam exensas, odas as ilusrações precisam ser dignas. Não é a verdade divina que esamos pregando? Podemos razer luz às coisas sanas por usarmos figuras daquilo que é impuro, indelicado e frívolo? Não há lugar para mau goso na vida crisã. Com cereza, ambém não há lugar para impurezas no púlpio crisão. Um amigo ínimo levou-me, em cera ocasião, para ver a caedral de Le Puy. Ela esá na pare mais ala de uma cidade pioresca e parece mais impressionane a cada degrau que você sobe em direção a ela. Um de seus esouros é um quadro medieval pendurado acima do alar principal. eraa um homem idoso, de feição genil, com barba branca, assenado em algumas nuvens. Supõe-se que ele seja Deus! Os peregrinos e urisas são araídos a esse quadro e encorajam ouros a vir e a conemplá-lo. ezam diane do quadro e depois compram carões posais que o reraam. Mas esse quadro realmene degrada a Deus. É uma blasfêmia. A sua própria exisência é uma violação da lei de Deus. ouba-O de sua majesade, não fazendo nada além de esimu•

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Ilustrações Vívidas

lar a idolaria no coração das pessoas. Sim, o fao de que um quadro é popular não implica que é legíimo. Isso ambém se aplica a ilusrações. Elas precisam er dignidade. êm de reverenciar a verdade que procuram ilusrar. Iso significa que nunca devemos usar humor no púlpio? Meu pono de visa é que, em geral, não planejemos ser engraçados no púlpio, mas, se o humor surge nauralmene, pode ser uma coisa boa, conano que seja puro. Embora, haja vários raços de humor na Bíblia, ele não é usado habiualmene para ensinar dourina, mesmo havendo alguma exceção. Seu uso normal é, com freqüência, para incuir a verdade e, em paricular, para revelar a hipocrisia e a fala de sinceridade. Se guardarmos em mene o princípio da subordinação, não comeeremos muios erros nesa área.  Variedade

Em adição a udo que já dissemos, as ilusrações precisam ser variadas.  Apesar de C. H. Spurgeon er uma habilidade exraordinária para exrair das velas inúmeras lições, alegro-me em observar que ele nunca pregou um sermão em que odas as ilusrações se referiam a velas. Se ivesse feio isso, os analisas modernos o diagnosicariam como alguém que sofria de uma obsessiva desordem compulsiva! O que seria o inerior de um país, se houvesse apenas um om de verde? E o que é um sermão em que odas as ilusrações são iradas da vida da família do pregador, ou de sua diversão favoria, ou do fuebol? odos sabemos o que significa a “mesmice” e nos cansamos dela. Pessoas que rabalham em fábricas de doce podem comer ano doce quano desejam durane as suas horas de rabalho, mas em pouco empo elas não comem doce nenhum. A  variedade é, de fao, um empero da vida. Somos embaixadores do Deus que criou as esações e pinou odas as cores do arco-íris. Encheu ese mundo com uma muliplicidade de espécies e deu a cada roso um formao diferene. Mesmo em seu Ser indivisível há diversidade. Se manivermos variedade por obermos ilusrações de odas as fones já mencionadas, nós O honraremos.



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Pregação Pura e Simples

Exatidão

 A úlima coisa que precisa ser dio é que nossas ilusrações devem ser exaas. Não podemos ilusrar uma verdade sendo mentirosos. Não podemos dizer que coisas nos aconeceram, quando elas não nos aconeceram. Se nos referimos à hisória, biografia ou qualquer oura área de conhecimeno, emos de esar ceros dos faos. Se as pessoas percebem que somos uma fone desconfiável de informação a respeio das coisas comuns, o que pensarão quando lhes falarmos sobre as coisas de Deus? Cera vez, usei uma ilusração baseada na esruura do sisema solar.  As pessoas ficaram ineressadas, mas várias delas mosravam uma feição de esranheza. Logo que o culo acabou, um fila se formou rapidamene à pora. Cada pessoa queria me dizer a mesma coisa: os planeas não esavam na ordem que eu havia mencionado! Fiquei embaraçado e envergonhado. Eu havia pregado um erro como se fosse uma realidade e, porano, sufocara a minha própria credibilidade. Um deslize no falar é uma coisa; um erro eviável é oura bem diferene. Nossas ilusrações êm de ser consiuídas de faos exaos, bem como de eologia exaa. Precisamos dizer algo mais a respeio da ilusração com a molécula H2O? Essa é uma perversão óbvia da verdade. Mas usar uma ilusração exaa em assunos dourinários pode ser uma ferramena poderosa. Por exemplo, algumas pessoas êm obido melhor enendimeno do que aconece na conversão apenas por serem informadas a respeio do nascimeno de um bebê. O bebê chora para nascer ou porque já nasceu? De modo semelhane, o nosso clamor a Deus para que nos salve é a prova de nosso novo nascimeno, e não a sua causa. Novamene, o princípio da subordinação nos guiará aravés de odos os perigos que enfrenaremos aqui. Uma ilusração eologicamene inexaa não pode servir à verdade. Ao conrário, porém, uma ilusração eologicamene exaa pode gravar a verdade na memória para sempre.

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Ilustrações Vívidas

Encerramos agora ese capíulo. Suplico que odos nos asseguremos de que seja bem ilusrada cada mensagem que pregamos. Nosso povo não é capaz de ver sempre a forma do que esamos enando descrever-lhes. Acendamos as luzes! Não devemos possuir ana luz que os deixemos fascinados e, ainda, incapazes de ver. Não devemos er candelabros que os deixam ofegando em admiração. As luzes comuns serão suficienes. Saberemos que nosso sermão causou algum bem, quando ouvirmos nosso povo dizer: “Agora, sei o que ele quer dizer”. Exercício 1. Você em um amigo que ilusra com facilidade e profusão, mas pessoas

que o ouvem dizem que ele é apenas um conador de hisórias? O que  você pode dizer-lhe? 2. Ilusre rês dourinas do que pode ver na sala em que esá assenado. 3. Que ilusrações você usaria para ajudá-lo em um sermão sobre Efésios 2.8-9?

Noas: 1 eimpresso e comercializado por enmaker Publicaions, 121 Harshill oad, Sokeon-ren S4 7LU. •

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5  Aplicação Penetrante

N

unca fui a um alfaiae, viso que sempre compro meus ernos em uma loja. Mas ouço que ainda exisem muias pessoas que fazem suas roupas sob medida. É com ese pensameno que desejo começar ese capíulo. Imagine um alfaiae que ece suas próprias roupas. Não há falhas na exura (exaidão exegéica). O maerial (coneúdo dourinário) é de ala qualidade. O ecido em um padrão araene (esruura clara). Aé uma pessoa simples pode senir e ver quão bom é o ecido (ilusração vívida). Porano, não há nada a reclamar, há? Conudo, odos sabemos que o alfaiae ainda não erminou o seu rabalho. O rabalho de um alfaiae consise em fazer roupas para as pessoas. Seus clienes o procuram com odos os moldes, amanhos e necessidades diferenes. O alfaiae em de fazer mais do que escolher o ecido; ele precisa corá-lo de modo a se adequar aos clienes, para que eses o usem odos os dias. Um alfaiae que não pode fazer iso não deve esar nesa profissão. udo o que fazemos como pregadores é desperdiçado, se nossos ou vines não vesirem nosso maerial odos os dias da semana. Eles êm de ser praicanes da Palavra, e não somene ouvines (g 1.22). É um erro pregar sermões de “molde padrão”. As pessoas que nos ouvem êm de usar o mesmo maerial, mas emos de corá-lo de modo que seja adequado a cada um, individualmene, e assim eles possam usá-lo com facilidade em suas circunsâncias pessoais. Um minisério de “molde padrão” não conseguirá isso. Se a verdade de Deus em de ser vesida com honra nese mundo, os sermões êm de ser eitos sob medida.

Pregação Pura e Simples

1) O que é uma aplicação penetrante Definição

 John A. Broadus pregou com poder nos Esados do Sul dos Esados Unidos, no século XIX. Seu livro Te Preparation and Delivery o Sermons (A Preparação e Apresenação de Sermões) é um clássico. Embora não seja um livro de leiura fácil, cada página esá cheia de ensino claro e conselhos sá bios. Por que não omarmos alguns minuos para refleir sobre cada palavra que ele usou para definir a aplicação. Eis a definição:  A aplicação é, no sentido restrito, aquela parte, ou aquelas partes, do discurso nas quais mostramos como o assunto se aplica aos ouvintes; mostramos que instruções práticas o sermão lhes oerece e que exi gências práticas o sermão lhes az. 1 Daniel Webser, o grande educador e filósofo americano, ambém  viveu e escreveu no século XIX. Em uma ocasião, ele disse: “Quando um homem prega para mim, quero que orne a pregação um assuno pessoal, um assuno pessoal, um assuno pessoal”.2 Como os raios do sol focalizados sobre a pele por uma lene ampliadora, a aplicação reflee na consciência do ouvine as sérias reivindicações da  verdade. A aplicação prega às pessoas, e não apenas diante das pessoas. Isola cada indivíduo e o faz enender que a mensagem é para ele pessoalmene. A aplicação confrona o ouvine. Enconra-o como um oficial de jusiça baendo à pora de seu coração e enregando-lhe uma inimação pessoal. Exige uma resposa e insise que esa lhe seja dada ali, naquele momeno. Importância

Quando não há aplicação, a pregação perde seu senido, sua vida, seu ineresse. Não raz à consciência nenhuma convicção penerane, nem oferece qualquer consolação resauradora à alma. Deixa cada ouvine senindo-se como uma criança que nunca recebeu carinho e nunca foi disciplinada. Po bre criança! O que será dela? erá uma vida desorienada e confusa, sem marcos e valores. •

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 Aplicação Penetrante

Pregar sem a aplicação é como airar uma flecha no ar com a esperança de que ela alvez ainja alguém, em algum lugar. Na providência de Deus, isso pode aconecer, al como infelizmene o descobriu o rei Acabe, conforme relaado em 1 eis 22.34-35. Sermões sem objeivo às vezes realizam algo! Conudo, a maneira normal de Deus agir é bem diferene. Na baalha de Agincour, quando os arqueiros galeses airaram ao ar, eles sabiam exaamene o que esavam fazendo. Aceraram o alvo e desruíram os franceses. Um cirurgião em a vocação de curar, e o insrumeno que ele usa é um bisuri. Sem o bisuri, ele não pode curar, mas, se não sabe onde fazer o core, maará o paciene. O pregador em de ser muio mais cuidadoso. A aplicação pode curar uma alma, enquano o erro na aplicação pode arruinála para sempre. A aplicação que é conveniene a um ouvine pode causar danos irreparáveis em ouro. Onde não há aplicação penerane, não há pregação verdadeira. emos muio a aprender dos apósolos. Suas epísolas esão repleas de dourina, mas eles não disseram: “Bem, é isso. Expliquei a dourina. Agora deixarei que o Espírio Sano lhes mosre como essas verdades devem ser colocadas em práica”. Não! Não! Não! Eles deixaram isso bem claro. ogaram que seus leiores ivessem uma vida digna da vocação a que haviam sido chamados (Ef 4.1). Mosraram-lhes com dealhes o que isso significava, falando a respeio de sua vida pessoal e seu comporameno na igreja, na família e na sociedade. Lidaram com pecados, deveres, problemas, oporunidade e alegrias específicas. E, dese modo, nos dão um modelo que devemos imiar.  A aplicação penerane, que consiui a verdadeira pregação bíblica, não em correspondene no mundo dos não-converidos. Discursar era uma pare muio imporane da vida nos anigos impérios grego e romano, mas a aplicação pública não era encorajada. Não a enconramos em Plaão, ou em Arisóeles, ou em seus discípulos. Mas a enconramos em Paulo, Crisósomo, Wickliffe, Luero, Calvino, Owen, Bunyan, Whiefield, Wesley, Spurgeon, Lloyd-Jones e Hugh Morgan! Não podemos explicar o poder do púlpio crisão, sem considerarmos o assuno da aplicação. Quando Criso envia um homem a pregar, Ele não o comissiona apenas para expor a verdade, mas ambém para dizer aos seus ouvines como praicá-la. •

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Pregação Pura e Simples

No enano, os homens e as mulheres não-converidos não gosam de ouvir a aplicação. ampouco os crenes ineressados nas coisas espiriuais. Lembro que, em cera ocasião, preguei em uma convenção evangélica nas monanhas Jura, que dividem a França e a Suíça. Um grande número de crenes, de ambos os países, esavam ali reunidos. Um deles era um pasor que se mosrou inensamene agiado, enquano eu pregava. Logo depois da reunião, ele me procurou e disse irriado: “Senhor Olyot, as pessoas de minha igreja não são crianças, nem olos. Quando você prega a Palavra, eles são perfeiamene capazes de deduzir, por si mesmos, a maneira como devem colocá-la em práica. Eles não precisam que você a apresene em dealhes e de modo ão direo!”  Admio que minha pregação esá longe de ser perfeia. Mas aquele homem esava errado. O coração humano é corrupo e não quer ser mudado. Ele fica feliz quando a Palavra é pregada e não pressiona a consciência. Pode  ver como a verdade de Deus se aplica aos ouros, mas não quer aceiá-la para si mesmo. Age com alruísmo egoísa e passa a responsabilidade a ourem.  A pregação não cumprirá seu propósio, se não for aplicada às pessoas que nos ouvem. emos de incui-la nos ouvines e usá-la para aingi-los, porque, se não fizermos isso, eles acharão que a pregação não em nada a dizer-lhes pessoalmene. Mas como fazemos isso? 2) Como a aplicação penetrante é realizada Seja específico

Somos pregadores. Pregar é falar sobre mudanças;  iso é udo que consiui a pregação. Não somos chamados a falar de modo vago e geral ou somene para explicar princípios. Somos chamados a falar sobre o pecado, a mosrar Criso e a apresenar, com firmeza, às pessoas os deveres e consolações do evangelho. Escrevendo para uma oura geração, Charles Bridges afirmou: “Para que seja eficaz, a pregação em de ser reduzida de meras generalidades a caráer pessoal percepível � influenciando os negócios e às afeições de cada pessoa”.3 Em Maeus 19.21, podemos ver como nosso Senhor fez isso. Ele podia •

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 Aplicação Penetrante

 ver que o jovem rico inha um ídolo, não em sua casa, mas em seu coração. O jovem rico era um maerialisa religioso que amava seu dinheiro mais do que ao seu Criador. Nosso Senhor não lhe deu uma palesra sobre os princípios que fundamenam a idolaria, deixando-lhe, em seguida, a imaginar o que deveria er feio como resulado da palesra. Jesus lhe disse que fosse para casa, desruísse o seu ídolo, pensasse na recompensa eerna e seguisse a Ele � “Se queres ser perfeio, vai, vende os eus bens, dá aos pobres e erás um esouro no céu; depois, vem e segue-me”.  Veja o que nosso Senhor fez em João 4.15-16. rouxe a mulher samariana (que era imoral) ao pono em que ela mosrou ineresse pessoal na água viva sobre a qual Ele falava. O próximo passo do Senhor não foi dizerlhe que, de maneira geral, ela deveria se arrepender de sua vida passada. O Senhor a fez encarar sua própria condição. Jesus lhe disse: “Vai, chama eu marido e vem cá” (Jo 4.16). E sabemos o que aconeceu em seguida.  Veja o que nosso Senhor fez em Marcos 7.20-23. Ele esava lidando com pessoas que não enendiam a corrupção do coração. Por isso, lhes mosrou o seu erro e lhes ensinou um princípio geral: “O que sai do homem, isso é o que o conamina”. Esse é o pono em que param muios dos pregadores modernos. Não dizem mais nada, deixando as pessoas pensarem o que iso realmene significa. Nosso Senhor não agiu assim. Ele descreveu com basane clareza a maneira como as pessoas deviam pensar:  Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os urtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem (Mc 7.22-23).  Veja como o apósolo Paulo seguiu com precisão o méodo de nosso Senhor. Em Gálaas 5.16-18, ele disse aos seus leiores que nese mundo há dois ipos de comporameno. Um deles é inspirado pelo Espírio Sano; o ouro, pela “concupiscência da carne”. Se vivermos à maneira do Espírio, não seguiremos o comporameno da carne, ainda que o achemos muio araene. As regras não impedem que você siga o comporameno errado, •

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Pregação Pura e Simples

mas o andar no Espírio impede! O que Paulo escreveu é claro, e suscia a perguna: os crenes da Galácia realmene sabiam de que maneira se expressava cada um desses comporamenos? Paulo era um pregador e não os deixou com dúvida: Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, eitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, acções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o futo do Espírito é: amor, alegria, paz, lon ganimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio  próprio. Contra estas coisas não há lei (Gl 5.19-23). Depois da leiura de um parágrafo como esse, odo crene da Galácia saberia, em dealhes, a diferença enre o caráer de um não-crene e o de um crene. De modo semelhane, o apósolo especificou a imóeo que exisem dois ipos de pessoas na erra: o juso e o ímpio. Mas, em ermos concreos, a que se assemelha a impiedade? Novamene, o apósolo seguiu o méodo de ensino de seu Senhor: endo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e proanos,  parricidas e matricidas, homicidas, impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina, segundo o evangelho da glória do Deus bendito, do qual ui encarregado (1 m 1.9-11). Nem o nosso Senhor, nem o seu apósolo se saisfez com afirmações gerais. Eles as dealharam. Deram uma lisa de exemplos do assuno a respeio do qual falavam. Se a aplicação é muio geral, ela deixa de ser aplicação. O alvo do pregador é a consciência, sempre. Ele a ainge por meio da mene, esperando que a consciência moive a vida. Ele a invade, faz-lhe pergunas e insise que ela pense e se compore à luz da verdade pregada.  John Jones, de alsarn, um dos maiores pregadores do País de Gales, •

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no século XIX, às vezes fazia comenários sobre o seu méodo de pregação. Ele disse que sempre subia ao púlpio levando várias bombas. Jogava uma delas sobre a congregação no início do sermão, observando-a maar algumas pessoas. E coninuava jogando bombas durane odo o sermão, aé que odos os seus ouvines esivessem “aniquilados”! O que ele queria dizer? John Jones acrediava na aplicação, usando-a de maneiras diferenes para incuir a Palavra, aé que ela ivesse efeio em odos os ouvines. Os pregadores mais poderosos da Hisória sempre fizeram isso. Um sermão impresso não é semelhane a um sermão pregado, mas podemos  ver essa caracerísica em homens como John Wesley, George Whiefield e  Jonahan Edwards. Os purianos fizeram isso anes desses homens, acompanhando sempre a sua exposição e dourina com o que chamavam de “usos”. Esses “usos”, ou aplicações, eram freqüenemene numerosos, e a principal caracerísica deles era que falavam de modo específico às suas congregações a respeio do seu pecado, deveres, problemas e privilégios. O erro de não falarmos de modo específico, como o fizeram os purianos, de cera forma, explica a fala de poder em nossa pregação, hoje. Seja discriminador

Quando nos levanamos para pregar e olhamos para a congregação, podemos esar ceros de que enconraremos vários ipos de pessoas presenes. alvez eseja ali um visiane que em pouco ou nenhum conao com o evangelho. Provavelmene, há alguém que freqüena a igreja com regularidade, mas não parece ser converido; ou uma pessoa que “fez uma decisão por Criso” e não mosra qualquer evidência de er vida espiriual; ou alguns que ainda são perdidos, mas esão buscando o Senhor com sinceridade. Há ambém os novos converidos, os crenes amadurecidos e os que passam por fores enações, dúvidas ou ribulações. Há aqueles que esão se ornando egoísas e cujo andar espiriual se ornou desesimulane e cansaivo.  Veremos crianças que se mosram conenes por esarem ali e ouras que apenas oleram aquele lugar. Há um adolescene aborrecido, segurando sua cabeça enre as mãos. E assim por diane. Quem sabe quanos ipos diferenes de pessoas podemos acrescenar à lisa? •

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O que faremos com odas essas pessoas? Colocaremos o remédio no  balcão e diremos: “Aqui esá, pessoal! O remédio lhes fará bem. omem a dosagem que acharem conveniene”? Ou, como um farmacêuico responsá vel, daremos a medida cera para cada um? É claro que na pregação pública não focalizamos os indivíduos, nem ciamos o nome de alguém. Mas, quando a verdade é pregada, cada grupo de pessoas precisa saber como aquela verdade se aplica a elas, e cada indivíduo presene precisa ser capaz de dizer a si mesmo: “Exise algo para mim nessa mensagem”. Pensemos na cidade imoral de Corino, do século I, e gasemos um momeno com a igreja crisã daquele lugar. Os crenes recebem uma cara do apósolo Paulo! odos se assenam e alguém começa a ler a cara. Em cero momeno, há um silêncio especial: Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem eeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. ais ostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas ostes santificados, mas ostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (1 Co 6.9-11).  Você pode imaginar como cada pessoa se seniu, quando seu pecado paricular foi mencionado publicamene? Pode imaginar o senso de alívio que se propagou na congregação, quando as duas úlimas senenças foram lidas? Haveria esse senso de alívio e admiração, se o apósolo ivesse dio: “Alguns dos pecados de vocês eram erríveis, mas Deus perdoou odos eles?” Há um poder na aplicação que não somene é específico, mas ambém fala a grupos definidos de pessoas. Exise um livro, escrio originalmene em inglês, que Deus em usado para dar vida espiriual a milhares de pessoas. Foi escrio pelo puriano  Joseph Alleine e se chama An Alarm to the Unconverted. Alleine menciona dez ipos de pessoas que são evidenemene não-converidas. Depois, ele se refere a doze marcas secreas de uma pessoa não-converida. Em ouras •

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palavras, ele mosra que há vine e dois ipos de pessoas não-converidas, dirigindo-se a cada um desses ipos, sem corromper um único versículo das Escriuras.4 Se Deus descreve os homens e mulheres não-converidos de maneiras ão diferenes, não deveríamos ambém reconhecer que esses ipos exisem e dirigir-nos aos não-converidos de acordo com seus ipos? O que udo iso significa na práica? Anes de me levanar e pregar, devo pensar nos ouvines do sermão. Devo pensar na congregação que enho diane de mim, e não na congregação que eu  gostaria de er! O que a minha passagem em a dizer ao menino que cursa o Ensino Fundamenal? Como o exo se aplica ao adolescene e ao esudane que esá com seus pais apenas em gozo de férias? De que maneiras pariculares a mensagem fala aos jovens recém-casados, aos que preendem ser missionários, ao soleiro de quarena anos, ao desempregado, à viúva, ao rise, ao soliário, ao ancião, ao enfermo e ao aribulado? Não basa preparar um ecido de ala qualidade. Chegou a hora de corá-lo. oda pessoa do audiório precisa ver que você em pendurado no púlpio roupas feias exaamene para elas. Mas iso não é udo; você em de exorá-las a vesir ais roupas. Iso nos leva ao nosso pono final. Seja persuasivo

Nossos ouvines precisam saber não somene que as roupas devem ser  vesidas, mas ambém que  podem ser vesidas e que esá neles mesmos o ineresse de fazer isso. O pregador não cumpre o seu dever, se apenas diz às pessoas o que fazer. Ele em de mosrar-lhes como e  por que al coisa é digna de ser feia. A Bíblia é sempre clara em mosrar o que fazer. O “ por que”  é apresenado no seu ensino geral a respeio das bênçãos da obediência � bênçãos que desfruaremos ano nesa vida como no porvir. O como é exposo no ensino bíblico a respeio da sabedoria, e nese pono o pregador precisa fazer algumas sugesões práicas que abençoarão seu povo, e não somene falar com a auoridade direa da Palavra de Deus. Esa é uma área em que ele não pode ser negligene. Ele não esaria raando os seus ouvines com amor, se fizesse isso. alhar não é a melhor maneira de persuadir as pessoas a fazerem algo •

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digno. A Palavra de Deus em muio a dizer a respeio de mulheres rabugenas, e nada do que ela diz sobre isso é posiivo! Pregadores fiéis são firmes quano ao pecado e à necessidade de arrependimeno, mas, como homens que cuidam das pessoas, eles ainda preferem as promessas à vara. Os pais que amam seus filhos aplicam-lhes disciplina quando necessário, mas gasam muio de seu empo dando-lhes encorajameno e docinhos. Um cachorrinho aprende obediência mais por meio de uma recompensa em pedaços de chocolae do que por meio de palavras severas e pancadas. Quando eu era um jovem pasor, fui convidado a palesrar em algumas reuniões especiais em uma pequena cidade do Sul do País de Gales.  Achei o emplo mais rapidamene do que esperava; por isso, cheguei anes que o abrissem. Duas senhoras de idade avançada já esperavam do lado de fora. Pergunei-lhes: “Vieram à reunião?” Elas responderam: “Sim, viemos para ouvir o Chicoe!” O Chicoe? As senhoras, que não me reconheceram, me disseram que alguns meses anes inham ouvido um pregador que havia sido convidado. Que chicoada ele lhes havia dado! Não esavam ceras de que concordariam com ele hoje, mas esavam lhe dando o benefício da dúvida e inham  vindo para escuá-lo novamene. Não preciso lhe dizer que ficaram embaraçadas quando compreenderam, repeninamene, que esavam falando com o “Chicoe”. Mas, não ão embaraçadas como eu, por haver recebido aquele apelido. Aprendi muio com aquelas duas irmãs em Criso. Elas não fizeram nada para diminuir meu desejo de ser franco e direo, mas revelaram-me que repreender severamene as pessoas e persuadi-las são duas coisas diferenes.  A  persuasão em o propósio de mosrar que a roupa criada por você é digna de ser vesida. Fala aos ouvines sobre a felicidade e bênção que gozarão em sua vida, se colocarem em práica a verdade de Deus. Expõe-lhes os perigos que enfrenarão, o progresso que conquisarão, as experiências que desfruarão e como a obediência agrada ao seu edenor. A persuasão deixa as pessoas não somene dispostas, mas ambém desejosas de andar com Deus.  Aravés dos anos, enho passado muio empo levando jovens para caminharmos pelas colinas e monanhas do Nore do País de Gales. Eles •

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 Aplicação Penetrante

sempre reclamam que os faço levar muias coisas. Por que não levar apenas alguns sanduíches e algo para beber? Por que insiso em algumas roupas sobressalenes, um chapéu, jaqueas e calças à prova d’água, ki de primeiros socorros, um apio, uma lanerna, comida de emergência, um liro de água, um saco de dormir e várias ouras coisas � e udo isso em um dia de verão? Eu lhes explico o que em aconecido a ouros e por que cada iem é necessário. A murmuração cessa, cada um pega a sua mochila, e desfruamos o dia! Dizer: “ragam apenas o que lhes disse ou não poderão ir comigo” não produziria o mesmo efeio.  A persuasão faz pare da vida, porém, muio freqüenemene, ela não em seu lugar na pregação. Quanos jovens você conhece que gosam de fue bol, mas não gosam dos reinos iniciais? Nesses reinos, eles aprendem que, se iverem melhor preparo do que o ouro ime, se iverem maior resisência física, se puderem driblar com muia habilidade, quase sempre vencerão. O pensameno de viórias regulares ransforma o ânimo dos jogadores. Um quilo de persuasão equivale a uma onelada de repreensão.  A verdadeira persuasão envolve emoção, paixão. Direi mais sobre isso em ouro capíulo. Agora, porém, algo precisa ser dio. Alguns pregadores não gosam de qualquer expressão de emoção, e alguns dos que ensinam os pregadores desencorajam as emoções. Eles precisam lembrar que você não pode persuadir ninguém, a menos que seu coração eseja envolvido na persuasão. O discurso persuasivo esá repleo de senimenos. Pregadores persuasivos falam sobre o mal com desgoso, de Criso com ardor, dos crenes com amor, do céu com enusiasmo! São esimulados no profundo de seu ser, e odos os adulos e crianças que os ouvem esão cienes disso! Os pregadores que permanecem como esáuas, falando com seriedade e calma , mas sem senimenos, não persuadem as pessoas. Eles êm perdido seu “oque” humano. Por que ouvir uma pessoa que expõe os faos sem expressão, quando você pode ober a mesma informação em cores, na internet ? Pensemos na Grande Guerra de 1914 a 1918. Um grupo de soldados emerosos esá posicionado arás dos sacos de areia, em uma rincheira lamacena. Em poucos minuos, um apio soará, e eles erão de subir as escadas, salar por sobre os sacos de areia e correr por enre uma chuva de balas, •

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em direção ao inimigo. Muios morrerão imediaamene, ouros sangrarão aé à more na erra de ninguém, e somene alguns reornarão. Como você moiva homens como esses? Como você os convence a subir as escadas e a correr em direção à more? O sargeno fala com eles com um profundo senimeno em sua voz. Ele lhes explica o que esá em jogo nessa guerra. Se perderem-na, não erão mais liberdade. Seus pais serão moros; suas esposas alvez serão violenadas, e seus filhos serão escravizados. udo o que eles sempre valorizaram desaparecerá para sempre. Essa baalha é imporane. De fao, é vialmene imporane. Se vencerem-na, a guerra não esará ganha, mas erão dado um passo adiane. Nesse pono, o sargeno levana a arma, soa o apio e gria com uma paixão de vencedor: “Avançar! Avançar!” Onde não há paixão, não há persuasão. Se o próprio general ivesse  vindo e apresenado os mesmos faos, mas o houvesse feio em om gélido, sem ardor, senimeno, vigor e inensidade, a baalha eria sido perdida. Os homens eriam ficado desanimados e cheios de dúvidas. O dever os eria levado às escadas, mas não à viória. Embora o pregador use palavras oalmene verdadeiras, as únicas palavras que aingem o coração são aquelas que vêm do coração. Os pregadores nunca esimulam alguém, se eles mesmos não esão esimulados.

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O ese final de um sermão não é o que as pessoas senem, enquano o sermão esá sendo apresenado. Já vimos que a “emoção” do momeno é imporane, e que sem ela o sermão não pode cumprir o seu propósio. No enano, ainda permanece a grande perguna: a verdade  pregada se ornou uma verdade praticada? Numa manhã de segunda-feira, nosso alfaiae imaginário anda pela cidade na qual ele pregou sermões para vine pessoas nos úlimos meses. Ele as conhecia bem e decidiu enconrar-se inesperadamene com cada uma delas, se fosse possível. Achou John e Mary esperando o ônibus que omariam para ir à escola. Conversou com Mônica, que rabalhava no ban•

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 Aplicação Penetrante

co. omou café com Sephen, que reornaria à universidade apenas na oura semana. Foi ao supermercado, à clínica, ao poso de gasolina, à biblioeca, à floriculura, ao escriório de advogados, à prefeiura e à coleoria. Por fim, ele checou a sua lisa, e percebeu que se enconrara com dezenove pessoas; por isso, reornou para casa, a fim de almoçar com a vigésima, a sua esposa. Observou que ela, assim como os demais, vesia as roupas que ele mesmo fizera. Ele foi ao andar superior, para lavar as mãos, anes de comer, enrou em seu quaro, ajoelhou-se e agradeceu a Deus. Exercício 1.  Você deve pregar numa igreja em que não eseve anes e da qual não

conhece ninguém. O que você pode fazer para assegurar-se de que seu sermão esará cheio de aplicações significaivas? 2. Seu novo pasor é ão preocupado em pregar de maneira penerane, que se ornou censurador. Dê-lhe alguns conselhos. 3. Esboce um sermão sobre Ezequiel 37.1-14 e faça uma lisa de suas aplicações.

Noas: 1 B������, John A. On the preparation and delivery o sermons . London: Hodder & Soughon. p. 211. 2 Ciado por John A. Broadus, p. 210. 3 B������, Charles. Te christian ministry. London: Te Banner of ruh rus, 1958. p. 271. 4 Ver Capíulo 4, Te Marks of he Unconvered (As Marcas do Não-Converido), em  An alarm to the unconverted (em poruguês, Um guia seguro para o céu, Ediora PES), London: Te Banner of ruh rus, 1959. p. 44-53. •

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6 Pregação Eficiente

Q  

uando um livro não é um livro? É fácil responder a essa perguna. Esou senando em frene a um compuador no qual enho digiado udo que você leu aé ese pono. Iso será um livro, mais ainda não é. Um livro não em exisência aé que seja impresso e receba o acabameno gráfico. Quando um sermão não é um sermão? Quando a exegese foi concluída; a dourina, reunida; a esruura, harmonizada; as ilusrações, selecionadas; as aplicações, preparadas; e, a versão final, escria. Mas, ainda não há um sermão � nenhum sermão! Um sermão não em exisência enquano não é pregado. Esa é a razão por que a apresenação pública de um sermão em imporância crucial. A mensagem mais bem preparada do mundo erá pouco  valor, se não for apresenada ão bem quano deveria ser. O rabalho árduo de nossas horas e dias pode se perder em um momeno. Um bebê pode ser concebido no venre da mãe e crescer bem, aé o insane de seu nascimeno, mas poderá desroçar o coração dos pais, se nascer moro. Penso que já disse isso anes: em minha vida, cheguei a um eságio em que ouço muios sermões. Por causa de meus círculos de convivência, enho poucas queixas a respeio do coneúdo desses sermões. Mas muios denre eles são apresenados de modo sofrível. Iso aconece porque os pregadores dão mais aenção à preparação do sermão do que à sua exposição pública. Sobem ao púlpio com o senso de que já êm algo compleo. Dizem a si mesmos: “enho um sermão”, não admiindo que um verdadeiro sermão é aquele que as pessoas levam consigo para casa. Eles são cuidadosos na

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maneira de elaborar seus sermões, mas negligenes, e aé medíocres, na maneira de comunicá-los. Isso não produzirá resulado algum. Sermões pregados de modo negligene não glorificam a Deus. Desaponam as pessoas, reardam a progresso do evangelho e provocam grande medida de rejeição. odo pregador em de avaliar como apresena o seu sermão, a cada vez que o prega. Ele não progredirá auomaicamene. Pode aé piorar, especialmene se os seus maus hábios se ornam ão arraigados, que o incapaciam de livrar-se deles. Se negligenciarmos o assuno da apresenação do sermão, logo será muio arde para progredirmos. Peço-lhe que considere eses see aspecos:1 1) Seu espírito

 A pregação que você prepara não pode ser divorciada de você mesmo! Quando você prega a homens e mulheres, algo do seu espírito se revela a eles, e não pode ficar oculo. A mais famosa afirmação desa ligação indissolúvel enre o pregador e sua pregação se enconra na palesra de Phillips Brooks, iniulada Os Dois Elementos da Pregação, apresenada na Conferência Lyman Beecher, em 1877:  A pregação é a comunicação da verdade eita de homens para homens. Ela tem dois elementos essenciais: verdade e personalidade...  Nenhum destes pode estar ausente e, ao mesmo tempo, haver pregação... Pregar é apresentar a verdade por meio da personalidade... A verdade, em si mesma, é um elemento fixo e estável; a personalidade é um elemento variável, sujeito a crescimento. 2 odos nós emos caráer e personalidade diferenes. No enano, exisem algumas qualidades que êm de ser verdadeiras em cada pregador. Primeiramene, emos de ser corajosos. Somos chamados a permanecer na fila daqueles que se mosraram fiéis a Deus, sem imporarem-se com as opiniões dos homens e das mulheres � na fila em que permanecem Moisés, Elias, Jeremias,  João Baisa, nosso Senhor Jesus Criso, os apósolos, os márires, os reformadores como Marinho Luero, John Knox, os avivalisas do século XVIII e •

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inúmeros ouros. Somos os poradores da Palavra de Deus! Pregamos a cruz desprezada. Nossa mensagem esá replea de consolação, mas não emos palavras agradáveis para os impenienes e nenhum compromeimeno com o espírio de impiedade que predomina em odas as épocas. emos de ser humildes. Sabemos que o orgulho, nosso maior obsáculo, pode arruinar nosso minisério e roubar-nos o poder. Com cereza, não pediremos desculpas pela mensagem que razemos: “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus” (1 Pe 4.11). Enreano, não podemos ser fiéis ao evangelho do Criso que humilhou-se a Si mesmo, se pregamos com um espírio de auo-imporância. Cairemos no orgulho odos os dias, se esquecermos o nosso pecado, a cruz do Salvador e o fao de que não podemos fazer nada sem a bênção do Senhor. emos de ser sinceros. As pessoas, em especial os jovens, odeiam a falsidade. É rise dizer que a meade das pessoas espera deecar a falsidade no pregador. emos de ser ão verdadeiros, a pono de eviar a impressão de que somos perfeios; devemos ser sanos o suficiene para que odos saibam que  vivemos o que pregamos. Podemos desruir odo o nosso minisério por vi vermos de modo incoerene. odos sabemos que as pessoas sinceras exercem sobre nós um poder que dificilmene conseguimos expressar com palavras. Sendo sincero é a única maneira de se falar como uma pessoa sincera! emos de ser ervorosos. Volamos à quesão dos senimenos, que é ão pouco enfaizada neses dias. emos de crer no que falamos, as nossas pala vras êm de significar exaamene o que afirmamos, e devemos sentir o que dizemos. Nos imporamos ou não com as pessoas que esão diane de nós? O desino eerno delas depende de sua reação ao que esamos dizendo. Como podemos ser insensíveis? Somos indesculpáveis, se pregamos uma mensagem fria, quando assunos eernos esão em jogo. Mas não podemos fabricar por nós mesmos uma pregação fervorosa. emos de senir a força esimulane da  verdade em nossa alma; assim, falaremos com grande persuasão. emos de ser auocontrolados. Se conhecermos bem o maerial sobre o qual pregaremos; se em nosso coração cremos nesse maerial e preparamos bem o nosso sermão, nossa apresenação será caracerizada por calma e confiança. A sinceridade e o fervor nos moverão a expressar-nos com •

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persuasão. Onde não há moderação e calma, os pregadores ransmiem a mensagem como fanáicos alucinados. Quando não êm auo-renúncia, os pregadores falam como pessoas insensíveis. Na pregação, em de haver com busível e fogo. O fogo sem combusível se apaga rapidamene, enquano o combusível sem fogo é frio e inúil. Precisamos realmene de ambos e não saisfazer-nos com nada menos do que ambos! Alegro-me em saber que um discípulo que  gasta tempo com o seu Senhor ressusciado, ouvindo a voz dEle, nas Escriuras, será levado à experiência da esrada de Emaús, e seu coração arderá por escuá-Lo (Lc 24.32). emos de ser corteses. Ninguém deve pregar a menos que saiba a diferença enre ser direo e ser rude. Se ofendermos as pessoas, nunca devemos fazê-lo pelo modo como falamos as coisas, e sim apenas por causa daquilo que a Palavra de Deus coném. Ilusrações grosseiras, maus cosumes, pala vras riviais e aiudes hosis não êm lugar no púlpio crisão. O pregador ambém não deve repreender as pessoas presenes por causa do pecado daquelas que esão ausenes! emos de ser bem-humorados. Há “empo de chorar e empo de rir” (Ec 3.4). Já falamos um pouco sobre o assuno de humor no púlpio. Conudo, desejamos falar um pouco mais agora. É faal alguém misurar a seriedade com a riseza excessiva. É claro que exisem alguns emas que nunca devem ser moivo de riso, ais como Deus, a expiação, a more, o julgameno, o céu e o inferno. Mas, quando o humor pode ser servo da verdade (e, ceramene, esse é um grande princípio), não enhamos medo de usá-lo. O humor pode aliviar a pressão emocional, ajudar na concenração, caivar aqueles que nos são hosis, invesir conra a hipocrisia, mosrar quão ridículas são ceras idéias e provar aos nossos ouvines que somos humanos. Se Deus colocou essa ferramena ao nosso dispor, seria correo rejeiá-la? 2) Sua linguagem

Como ransmiimos a mensagem àqueles que esão diane de nós? Por meio de palavras! Se essas palavras são claras e vigorosas, a mensagem será clara e vigorosa. As palavras são o veículo pelo qual os pensamenos •

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de nossa mene chegam ao coração dos ouvines. odos os ouros faores mencionados nese capíulo podem ajudar ou prejudicar a mensagem, que, em si mesma, é consiuída de palavras. Quão poucos pregadores mediam consanemene nas palavras que usam! Esse não é o maior erro apenas daqueles que são jovens e inexperienes, mas ambém de muios que pregam há décadas. Você já mediou no quano a Palavra de Deus em a dizer sobre o uso das palavras? alvez você descubra que algumas horas usando a Bíblia e uma concordância abririam verdadeiramene os seus olhos. Embora já enha feio esse esudo, não enho espaço para falar sobre isso agora. udo que posso dizer-lhe é que a Bíblia nos ensina que a escolha das palavras é um assuno deveras imporane. Além disso, a Bíblia não nos foi dada em forma de palavras escolhidas pelo Espírio Sano? Pensemos sobre a pregação, passada e presene. Muias pregações que, de ouro modo, poderiam ser excelenes, não êm sido ridicularizadas por causa das palavras mal escolhidas, gramaicalmene erradas e mal pronunciadas que alguns pregadores usaram? Milhares e milhares de mensagens que, de ouro modo, seriam excelenes não em provocado nenhuma resposa da pare dos ouvines, ão-somene porque os pregadores usaram palavras que as pessoas não acharam fáceis de enender? Não pode haver uma boa comunicação da mensagem, se não houver um uso cuidadoso das palavras. Eis quaro coisas que devemos sempre lembrar: Simplicidade

Falamos com simplicidade quando:  Apresenamos cada pono em uma única frase.  Muias de nossas frases não êm mais do que dez palavras.  90% de nossas palavras são com poucas sílabas.  Usamos palavras que nossos ouvines enendem com acilidade. • • • •

 As frases são como ijolos; consruímos nosso sermão na mene das pessoas colocando um pensameno por vez. Gasei boa pare de minha vida enando dizer aos pregadores que um estilo oral não é o mesmo que um estilo escrito. E agora o digo novamene. Precisamos er pensamenos profundos, •

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mas precisamos ambém expressá-los com simplicidade. Se as crianças não podem enendê-los, esamos sendo muio complicados. Por isso, devemos er as crianças em mene odo o empo. Em um conexo diferene, o apósolo Paulo escreveu: “Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se enenderá o que dizeis? Porque esareis como se falásseis ao ar” (1 Co 14.9). Foi dio a respeio de nosso Senhor: “E a grande mulidão o ouvia com prazer” (Mc 12.37). Gramática

Por que irar a aenção da mensagem para focalizá-la no mensageiro? Isso aconece quando usamos um poruguês incorreo. Não devemos ser ão melindrosos que acabemos falando de maneira arificial e enjoaiva. O imporane é ser claro, e não correo. Mas não somos claros, se comeemos erros que esridulam nos ouvidos das pessoas. Não é difícil falar bom poruguês. Se lermos muios livros bem escrios, absorveremos bom poruguês sem percebermos. Além do mais, é proveioso ler alguns livros simples de gramáica poruguesa, resringindo-nos à leiura de duas ou rês páginas por vez, a fim de deixarmos o assuno penerar em nossa mene. E por que não pedir que um irmão anoe os nossos erros e nos fale sobre eles depois? É melhor você receber a avaliação dele do que a igreja ser disraída pelo seu uso do poruguês. Convicção

emos de escolher as palavras ceras que expressem exatamente o que preendemos dizer. Se não fizermos isso, o que  desejamos que as pessoas enendam não será o que elas realmente enenderão.  A linguagem não é convincene, quando os pregadores usam palavras que indicam hesiação. Essas palavras mais comuns são “eh!” e “hum!” Os  jovens são especialmene propensos a usá-las. Não precisamos delas. Fazem o pregador parecer hesiane, incero e esúpido. oubam sua auoridade. Se  você for culpado desse hábio irriane, não ene fazer nada a respeio dele.  Apenas observe quando você usa palavras que indicam hesiação, e elas desaparecerão por si mesmas. •

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Quase ão más quano essas palavras são as palavras riviais. São palavras que não acrescenam nada ao significado das frases e, no enano, êm o poder de orná-las irrelevanes. Se você encara com seriedade o seu chamado, abandonará esse ipo de palavras para sempre. As mais comuns são “enende?” e “Enende o que eu quero dizer?” A pior delas é “apenas” � “Vamos apenas orar”; “Leiamos apenas alguns versículos de Marcos”; “Quero apenas dizer-lhes”; porque dá a impressão de que você esá se desculpando pelo que esá falando. odas as senenças que usam “apenas” se ornam mais vigorosas e convincenes se esa palavra for reirada. Pronúncia correta

Novamene, por que afasar da mensagem a aenção dos ouvines?  Nada deve ser um obsáculo. odos nós devemos usar o dicionário para aprender como proferir correamene qualquer palavra cuja pronúncia não conhecemos bem. Devemos ambém usar um dicionário bíblico para aprendermos a pronúncia correa dos nomes próprios dados no exo. Há muio empo a Bíblia foi raduzida para o poruguês. Exise uma maneira correa de pronunciar o nome de cada pessoa e cada lugar mencionado na Bíblia, por que, enão, invenamos hesianemene nossa própria maneira de pronunciá-los? No que diz respeio às palavras, não devemos nunca usar uma palavra que não sabemos, com certeza, como pronunciá-la. Aprimore a sua linguagem! Não orne o evangelho ridículo por causa da maneira como você fala, quando esá pregando! As palavras que usamos na pregação são as veses dela � por que vesi-la com rapos? 3) Sua voz

Os pregadores jovens sempre me pedem algumas regras simples que os ajudem a desenvolver uma voz ineressane, proegida do desgase. Nunca me seni capaz de dar-lhes ais regras, mas enho lhes ransmiido algumas dicas. A mais imporane dessas dicas é enender que “a perfeição ao pregar esá em falar normalmene” (C. H. Spurgeon). Na conversa normal, não •

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pensamos muio em nossa voz. Nossa mene é omada pelo que desejamos comunicar e pelo que desejamos que aconeça em seguida. Se isso ambém aconece conosco quando pregamos, falaremos muio bem. Nossa comunicação será fluene, fácil e quase conversacional. Eu digo “quase” porque não será exaamene uma conversa. Como pode ser isso, viso que esaremos falando de uma plaaforma ou de um púlpio e não de uma polrona? Nossa voz se ornará melhor apenas por sabermos como são feias as cordas vocais. A voz é um insrumeno resulane de sopro. O ar em nossos pulmões, o qual expelimos com nosso diafragma, passa pelas cordas vocais, fazendo-as vibrar. As cordas vocais esão na laringe, no opo de nossa raquéia. As vibrações se ornam ondas de som, que são amplificadas pelos espaços vazios de nossa laringe, pelas cavidades e pela boca. O palao, os maxilares, os denes, os lábios e a língua mudam o formao dessas cavidades ressonanes e, assim, produzem sons diferenes. Porano, para falarmos com clareza, conforo e de modo audível, emos de aprender a conrolar nossa respiração, a não abusar das cordas vocais, a uilizar nossos ressonadores e a movimenar aquilo que modifica o som.  Entender isso nos leva freqüenemene a aprimoramenos noáveis. Para ornar nossa voz mais ineressane e agradável a alguém, devemos ambém enender as cinco capacidades com as quais nosso Criador doou a nossa voz: 1. Nível: ela pode subir ou descer; 2. imo: ela pode ser rápida ou lena; 3. Volume: ela pode ser ala ou baixa; 4. om: ela pode ser grave ou aguda; 5. Ênfase: ela pode enfaizar ceras palavras em uma senença. Lembre-se ambém do maravilhoso poder da pausa. O que udyard Kipling queria dizer, ao afirmar: “Você fala por meio do seu silêncio”? Por que Cícero, o grande orador público, declarou: “O segredo da reórica é... a pausa”? A verdade é que o silêncio premediado sempre arai a aenção e pode ser usado para causar ênfase especial em palavras e idéias. Você já ouviu um pregador que não parava de falar? O que você seniu enquano o ouvia? •

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Muias pessoas acham esse ipo de discurso muio cansaivo e irriane. Elas se desligam. Não podem assimilar os assunos, se eses são comunicados em fluxo incessane, sem pausa. Mas lembre-se: “A pausa deve ser suficienemene longa para arair a aenção ao pensameno, mas não deve ser exensa demais para arair a aenção à própria pausa”.3 4) Sua comunicação não-verbal

Em anos recenes, em havido muias pesquisas no âmbio da comunicação verbal. Em odo o empo (e não emos consciência disso!), esamos ransmiindo mensagens por meio da maneira como nos assenamos ou ficamos de pé; por meio de nossa expressão e gesos faciais, bem como por meio do espaço que gosamos de usar. Por causa da variedade de culuras, essas coisas êm significados diferenes nos diversos povos. Não ousemos ignorar esse fenômeno! Não o ridicularize. onalidade de voz, sorrisos, roso franzido, piscadelas, fiar alguém e acenar com os olhos ransmiem realmente uma mensagem, como o reconhece a Palavra de Deus (Pv 6.12-14). Pregar não é apenas algo que ouvimos; é ambém algo que vemos. Quando as pessoas o vêem pregando, seus olhos, mãos, face e pés esão comunicando algo. E iso pode ser em seu favor ou conra você. Iso não deve nos consranger. odos precisamos reconhecer que a mensagem verbal não deve ser conradiada pela mensagem não-verbal. O que você diria a respeio de um pregador que ergue os punhos e os balança, enquano prega sobre “Vinde a mim, odos os que esais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (M 11.28)? O que pensaria de um homem que prega sobre o inferno e conserva ambas as mãos nos bolsos? O que diria a respeio de um pregador que fala sobre “Não possuo nem praa nem ouro” (A 3.6), enquano brinca freqüenemene com seu anel de ouro? emos de conscienizar-nos dese assuno. Se o fizermos, o mau uso de comunicação não-verbal será curado. Um dos aspecos do assuno que ora consideramos é o contato visual. Esa é uma área em que aé os mais experienes pregadores falham horrivel•

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mene. Olhe para os seus ouvines! Olhe para eles! Conemple o roso de odos os presenes, enquano você prega!  Você não erá um meio de comunicação não-verbal mais proveioso do que ese. O conao visual exige aenção � quem se concenrará na mensagem de um pregador que nunca olha para seus ouvines? Olhe para eles nos olhos e cada um senirá que a mensagem é pessoalmente para si. Sim, durane a mensagem, conece-se com cada pessoa,  enquanto você está alando.  Não as rae como uma mulidão e sim como indivíduos, o que elas realmene são. Quando um pregador em bom conao visual com as pessoas, esas provavelmene o levarão a sério. odos desconfiamos de pessoas que não nos olham nos olhos. Pensamos que são indignas de confiança e asuas, que procuram ocular-nos alguma coisa. Nenhum pregador do evangelho deve passar essa impressão, nem mesmo involunariamene. Permia que seus ouvines vejam os seus olhos; faça-os perceber que você esá olhando para eles.  Além disso, o conao visual em oura vanagem. Capacia-o a ver como as pessoas esão reagindo à sua mensagem. Elas parecem ineressadas? Confusas? Insaisfeias? Esimuladas? Aribuladas? Hosis? Esão começando a cansar-se? É empo de usar uma ilusração, para caivar-lhes a aenção? Se você não olha para os seus ouvines, não pode responder nenhuma dessas pergunas. odos os pregadores que amam sua igreja são habilidosos no conao  visual. De que modo eles reconhecerão a pessoa aribulada, à qual poderão oferecer uma palavra de ajuda pessoal? De que ouro modo poderão obser var se a congregação esá bem acomodada � se esá senindo calor ou frio, se é incomodada pelo excesso de claridade, se êm de luar conra a fala de luminosidade ou qualquer oura dificuldade de acomodação? Esas coisas não serão corrigidas, se o homem que esá diane deles não agir � e o Sr. Pregador, o homem que esá diane deles, é você! Ese não é o empo de olhar por cima da cabeça dos ouvines, fixar os olhos nas anoações da pregação, conemplar as janelas ou fechar os olhos; pelo conrário, é empo de olhar as pessoas nos olhos e minisrar-lhes, sem emor, a Palavra de Deus. •

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5) Sua aparência

 Ao considerar o assuno de apresenação do sermão, precisamos aenar à apresenação pessoal e às roupas. alvez sejamos enados a pensar que ese assuno não é muio imporane, mas esamos errados, porque a maneira como nos vesimos causa diferença na maneira como nossos ouvines respondem a nós. Porano, ese é um assuno de grande ineresse. No enano, devemos er cuidado para eviar o esabelecimeno de normas rígidas e precipiadas nesa área. Não exisem ais normas. Modas no vesir e esilos de roupa esão mudando consanemene. econhecendo isso, odo pregador precisa lembrar o seguine princípio: nada deve atrair a atenção das pessoas, tirando-a da mensagem e fixando-a no mensageiro; não devemos permitir que nada desonre ou envergonhe a mensagem. Como um homem que prega a Palavra na Inglaerra do século XXI, gosaria de recomendar essas dicas essenciais em minha siuação:  Cabelos limpos e peneados  Nenhum adorno excessivo  Corpo asseado, denes limpos e bom hálio  Vesir-se como um homem que em algo imporane a dizer. Em minha culura, isso inclui erno e gravaa. Essa é a maneira como nossos represenanes se vesem no Parlameno. É ambém a maneira como se vesem os médicos e os empresários bem-sucedidos, bem como os dirigenes famosos de clubes esporivos.  Sapaos limpos, calças bem passadas, bolsos sem excesso de volume, camisa limpa e gravaa bem arrumada. • • • •



Com muia freqüência, enho me disraído da Palavra por causa das veses do homem que a proclama. Não é agradável gasar muio empo vendo uma enorme mancha de café abaixo do queixo do pregador, um esquiador sorridene em um pulôver vermelho ou dois personagens famosos de desenho animado impressos na camisea do pregador! Mais do que uma vez, pessoas me disseram que não puderam levar à sério pasores convidados, porque, embora eles ivessem orado e apresenado as Escriuras, se vesiam •

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com camiseas de fuebol. Nem odos concordamos a respeio do que é ou não permissível. Mas odos precisamos concordar que esa é uma área em que precisamos mediar mais profundamene. 6) Seus movimentos e gestos

É imporane recordar que a pregação ano é vista como ouvida.  Anes de aprendermos a subir no púlpio, nós, pregadores, devemos aprender a ter postura. Devemos nos porar como arauos, em posição firme, mas sem rigidez no corpo. Iso significa er nosso peso disribuído uniformemene sobre ambas as pernas, durane oda a mensagem. Significa não ficar preso ao púlpio e aprender a ficar de pé com os braços para baixo, quando não esiverem em uso. A princípio, iso parece esranho, logo, porém, você se acosumará e, com cereza, iso fará com que respire melhor. Ou seja, evitar  que as mãos esejam freqüenemene nos bolsos, pois isso pode dar a impressão de negligência com o assuno. Procurar ambém o abandono permanene do ao de coçar-se, de irriarse, de fazer gesos engraçados com os dedos, orelhas, cabelos ou óculos.  Às vezes, apóie-se no púlpio para falar sobre um pono agradável e pessoal; mas depois, vole à posura anerior. O que fazemos com o nosso corpo, cabeça e mãos durane a conversa normal, em especial quando esamos de pé? Não os usamos normalmene para expressar nervosismo e sim para nos ajudar a fazer que os ouros enendam melhor o que esamos dizendo e, se necessário, para descrever o assuno com mais exaidão. Devemos fazer a mesma coisa quando pregamos. Se lembrarmos que a pregação deve assemelhar-se a uma conversa em público, eviaremos muios dos maiores erros. Não devemos er medo de sermos visos, nem de nos locomovermos! Se pudermos fazer uma escolha do local, devemos escolher o lugar em que as pessoas possam nos ver da cabeça aos pés. emos nos escondido arás de cercas de madeira, por muio empo, e isso não nos em ajudado a comunicar a mensagem. Um homem que em uma mensagem, fala com odo o corpo, e não apenas com a cabeça e os pés. Chegou a hora de sepularmos •

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Pregação Eficiente

com dignidade o púlpio radicional e de usarmos esruuras das quais poderemos ser visos com facilidade. Se usarmos um púlpio ou uma plaaforma, nossos gesos podem levar as pessoas a enender-nos ou a ignorar-nos. Quando usados correamene, os gesos nos auxiliam a apresenar com mais vigor o nosso argumeno. Nossos ouvines são moivados a olhar para nós, a coninuar olhando para nós e dar-nos oda a sua aenção. Percebem o que esamos querendo dizer e assimilam-no mais compleamene. E, se algo nos aconece, podemos agir com mais nauralidade. Quais as caracerísicas de gesos proveiosos? Haddon W. obinson nos diz que são: 1.  Espontâneos,  não planejados. Surgem nauralmene, por causa dos senimenos que emos a respeio do que falamos. 2.  Específicos, não insinceros, nem esquisios. Colocamos o nosso corpo nos gesos. 3. Variados, porque qualquer geso repeido logo se orna irriane e afasa a aenção do que esá sendo pregado. 4.  No momento certo, precedendo ou acompanhando o argumeno que esá sendo apresenado. Se os gesos vierem depois do argumeno, parecerão ridículos.4 Na hisória da igreja, há muios relaos sobre pregadores que praica vam seus gesos em frene de um espelho. Acho que esa não é uma boa idéia. enho cereza de que isso deixa o pregador muio consciene do que esá fazendo e, assim, quebra a primeira regra de obinson. No enano, penso que é bom assisirmos, ocasionalmene, a um vídeo de nossa pregação, a fim de idenificarmos que gesos são inúeis. Acho que não devemos fazer isso mais do que duas vezes por ano, para não ficarmos muio desanimados! Mas, se a ecnologia moderna pode nos ajudar, por que não aproveiarmos dos seus benefícios? 7) Seu tempo

erminamos ese capíulo considerando um aspeco da comunicação •

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da mensagem sobre o qual muios fazem piadas, mas que possui grande imporância. É o empo. emos de lembrar que não esamos vivendo na época de um grande avivameno. É encorajador ver o avanço consane do evangelho em odo o mundo, mas ninguém alegará que esamos experimenando algo semelhane ao Avivameno Evangélico do século XVIII. Naquele empo, John Wesley, por exemplo, pregava freqüenemene por duas horas; e Jonahan Edwards, por rês horas! Não era incomum que os homens pregassem vários sermões consecuivos. As igrejas deles permaneciam ineressadas no esudo da Pala vra, e uma obra espiriual duradoura era realizada. Cada pregador que Criso em enviado esá ciene de que, por cona própria, não pode converer ninguém, nem fazer qualquer bem duradouro. Ele se mosra grao por udo o que sabe a respeio da ajuda do Espírio Sano em expor a Palavra e anela que esse Espírio venha sobre ele de maneira singular. Cada pregador sabe que essa experiência será muio diferene de um fluxo de adrenalina ou de um senso de enusiasmo que odos os pregadores senem de vez em quando. Ele sabe que poderia pregar durane horas ininerrupas. Mas ambém sabe que as regras normais devem ser aplicadas!  As regras normais são esas: 1. Cerifique-se do empo que lhe é colocado à disposição. 2. Comece na hora � não recompense aqueles que se arasam persisenemene! 3. ermine na hora � as pessoas enendem que o culo durará cero empo. erminar na hora é uma quesão de inegridade. ambém faz com que você seja respeiado e, conseqüenemene, isso aumena a sua uilidade. 4. Não se aproprie do empo desinado a ourem que poderia esar comparilhando do culo com você. Iso em sido chamado correamene de “o roubo proveniene do púlpio”, viso que envolve omar dos ouros aquilo que nunca lhes será devolvido. Sempre é melhor deixar a congregação anelando por oura mensagem do que deixá-la odiando-nos. Não vivemos em uma época que, de modo •

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geral, as pessoas apreciem mensagens longas. Você não pode falar muio so bre a essência do sermão em dez minuos, e a maioria das pessoas acha que quarena minuos de sermão é faigane. Conudo, algumas igrejas, por haverem sido pacienemene educadas, são mais capazes do que ouras a ouvir por mais empo. Iso é algo que precisamos er em mene, quando decidirmos a quanidade de assuno que apresenaremos. alvez uma boa regra é pregar durane rina minuos ou um pouco mais, fazendo-os, odavia, parecer vine minuos,5 pois “a verdadeira maneira de encurar um sermão é orná-lo mais ineressane” (H. W. Beecher). Quando erminarmos nosso sermão, devemos  parar! É errado esender um sermão apenas para complear o empo! Por que um pregador faria isso? alvez ele não queira ser criicado por erminar muio rápido. Nese caso, seu moivo é oalmene egoísa e indigno de um crene e, muio mais, de um arauo da Palavra. Ou alvez ele não queira desaponar a congregação. Conudo, é provável que ele desaponará as pessoas mais por falar coisas desnecessárias do que por ser breve. No enano, muios pregadores sofrem do problema oposo: acham difícil erminar na hora! Nada os curará, exceo uma boa dose de consideração pelos ouros. Se o empo esiver quase acabado, devem simplificar o resane e erminar na hora. Depois, devem ir para casa e arrepender-se da preparação inadequada. Os pregadores que se preparam adequadamene não excedem o empo do sermão.  Alguns homens, conscienes de que não êm empo suficiene para complear a mensagem, comeem o pecado da desonesidade pública. Dizem aos seus ouvines que logo erminarão e coninuam pregando por um  bom empo. Se você é um desses pregadores, alguém precisa dirigir-lhe esa perguna ousada: “Por que deveríamos guardar no coração a sua mensagem, se nossos ouvidos esemunharam que você é um mentiroso?” Quão imporane é a pregação eficiene! Não é uma habilidade que aprendemos em um dia. Se esivermos nos desenvolvendo como pregadores, seremos cada vez mais conscienes de quano progresso ainda emos de fazer nesa área. Coninuaremos a ler obras sobre pregação, ouvir palesras e paricipar de conferências; ambém procuraremos oda ajuda que pudermos •

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Pregação Pura e Simples

ober. Ficaremos aenos à pregação de ouros, observando se há quaisquer dicas que possamos assimilar. Não eremos vergonha de pedir aos amigos e colegas que comenem a nossa pregação. No enano, exise algo que é mais imporane do que udo isso: a capacidade de nos despojarmos de nós mesmos, para que vejamos e ouçamos a nossa própria pregação. emos de aprender a nos colocar no lugar daqueles que nos ouvem e fazer uma avaliação objeiva de nossa própria mensagem. Enquano vivermos, precisaremos fazer isso toda vez que pregarmos! Exercício

1. Avalie a sua própria pregação e elabore um plano para melhorá-la. 2. Em sua opinião, quais os dez pecados mais graves comeidos por aqueles cuja pregação é ineficiene? Escreva em dealhes a sua resposa. 3. Em que senido oda pregação é um drama, e como iso afea a maneira de apresenarmos a pregação? Discua iso com ouros pregadores.

Noas: 1 Minha aenção foi araída, primeira vez, a eses see ponos ao ler  Preaching the Word (Pregando a Palavra), escrio por Alfred P. Gibbs (Oak Park, Illinois, Emmaus, 1958). O que apreseno em seguida se baseia no esboço de Alfred P. Gibbs, embora complemenado e consideravelmene modificado. Mas quero regisrar como sou grao por aquele livro e o quano me ajudou em odas as minhas deficienes enaivas iniciais de pregar. 2 B�����, Phillips.  Lectures on preaching: he 1877 Yale lecures. Grand apids: Baker, 1969. p. 5, 28. 3 �������, Haddon W.  Expository preaching: principles and pracice. Leiceser: Iner Varsiy Press, 1986. p. 207. Já exise uma edição nova e aualizada dese livro excelene. 4 Idem. p. 200-201. 5 Ese pequeno conselho se baseia em S��, John . W.  I believe in preaching . London: Hodder & Soughon, 1982. p. 294. •

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E

m 1973, fiz minha primeira visia aos Esados Unidos. Durane essa visia, gasei vários dias com o pasor A. N. Marin, da Igreja Baisa riniy, em Monville, Esado de New Jersey. Um dos membros de sua igreja me deu um panfleo que apresenava dealhes sobre as pregações gravadas do pasor Marin, e havia ali um comenário que mudou minha vida para sempre. O panfleo dizia que os sermões do pasor Marin eram caracerizados por “exaidão exegéica, coneúdo dourinário, esruura clara, ilusrações vívidas, aplicação penerane e urgência espiriual. Finalmene, eu inha uma lisa de avaliação dos ingredienes que consiuíam uma pregação excelene! Como você pode observar, embora eu enha acrescenado um capíulo sobre “Pregação Eficiene”, usei livremene essa lisa de avaliação, enquano escrevia ese livro. Enão, você poderia esperar que ese capíulo final se iniularia “Urgência Espiriual”. Mas ese não é o caso, e eis a explicação. Em um capíulo, eu disse que reornaria ao assuno da paixão, emoção.  Agora chegou o momeno para isso. Muio mais precisa ser dio a respeio da necessidade de envolvimeno emocional, enquano pregamos. Escrevo ese livro na Inglaerra, no início do século XXI. Vivo em um empo em que muio em sido dio e escrio a respeio da pregação; e inúmeros cursos esão sendo organizados para ajudar os crenes a pregarem melhor. Mas não posso ocular minha convicção pessoal de que muio do que esá aconecendo provavelmene arruinará a verdadeira pregação, em vez de resaurá-la.  A impressão que esá sendo ransmiida amplamene é a de que o pregador esá fazendo bem, se oferece uma explicação clara do exo bíblico e

Pregação Pura e Simples

o aplica às pessoas que o ouvem. Se o pregador ornou relevane e clara a sua exposição bíblica, cumpriu plenamene a sua responsabilidade. Ele não precisa fazer mais nada. A Palavra de Deus fará agora a sua obra singular. Se esa idéia ganhar erreno e predominar, logo assisiremos ao funeral da verdadeira pregação. Seu corpo permanecerá (embora logo venha a apodrecer), mas sua alma erá parido. Essa alma é consiuída de dois elemenos unidos de al modo que é impossível separá-los. “Urgência Espiriual” é um desses elemenos e se refere ao fao de que, ao ransmiir a Palavra de Deus, o pregador ransmie a sua própria alma � a mensagem esá revesida de paixão, seriedade, ineresse, preocupação, emoção, os quais esão oculos nos recessos da alma do pregador. O ouro elemeno é “Auoridade Sobrenaural”. Somene Deus pode revelar a Si mesmo, e, se o Espírio Sano não omar a mensagem e levá-la aos recessos ínimos dos ouvines � os recessos que nenhuma voz humana pode alcançar � a mensagem bíblica, ainda que seja bem apresenada, não poderá fazer coisa alguma. Se o que esou dizendo lhe parece esranho, gosaria de pedir-lhe que pensasse sobre um bloco de aparamenos que esá sendo desruído por um incêndio. Ainda há um pouco de empo, enão você corre para denro do prédio, para avisar às pessoas que moram lá. O que você lhes cona é a verdade: o edifício esá realmene pegando fogo (exaidão exegéica).  Você lhes diz que, se não saírem imediaamene, perecerão nas chamas (coneúdo dourinário). Você se expressa com clareza (esruura clara, ilusrações vívidas). Olha em seus olhos e fala com elas de modo pessoal (aplicação penerane e pregação eficiene). Mas, o que aconecerá, se  você fizer udo isso sem expressar urgência em seu om de voz ou em sua maneira de falar? O que aconecerá, se conar-lhes udo de um modo “indiferene”? Você não lhes parecerá como um brincalhão? E que sucesso oberá com seus avisos? Onde não há emoção, ali não há persuasão. Iso é verdadeiro no que se refere a ese mundo e muio mais verdadeiro na dimensão espiriual. A pregação sem senimenos não é pregação de maneira alguma. E não somene isso, é ambém um insulo a Deus, como ichard Baxer enfaizava ão freqüenemene: •

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O quê? Falar com fieza como porta-voz de Deus, buscando a salvação dos homens? Podemos crer que os ouvintes serão convertidos ou condenados e, apesar disso, alar com um tom de sonolência?  Em nome de Deus, irmãos, esorcem-se para despertar seu próprio coração, antes de subirem ao púlpito, a fim de que sejam capazes de despertar o coração dos pecadores. Lembrem-se: eles têm de ser despertados ou condenados, e um pregador sonolento não acordará  pecadores que dormem. Embora você aça, com palavras, os mais elevados louvores às coisas santas de Deus, você parecerá alguém que, por sua maneira de alar, está contradizendo o que acabou de afirmar sobre o assunto. Falar sobre as coisas sublimes (especialmente, as mais sublimes) sem muita aeição ou ervor é um tipo de menosprezo dessas coisas. A maneira de alar, bem como as próprias  palavras, tem de mostrar com clareza as coisas sublimes.1

Nossa necessidade do Espírito

 A paixão, ou emoção, por si mesma, não pode realizar uma obra espiriual. Iso é verdade aé quando falamos sobre a emoção que ransborda do coração de um crene piedoso. Embora seja uma emoção sanificada, ela ainda em um sabor humano e, por isso, não pode realizar a obra divina. Somene o Espírio de Deus pode realizar uma ransformação espiriual. Sem o oque do Espírio, a melhor pregação do mundo é nada. A mensagem bíblica, por si mesma, ainda que seja correamene exposa, nada pode fazer por alguém. A verdade bíblica em de ser incuida no coração humano por meio do seu Auor divino. em de aconecer algo divino, para que o pregador fale com auoridade sobrenaural. Se isso não aconecer, os ouvines sempre receberão a Palavra de Deus como se fosse palavra de homens  (ver 1 essalonicenses 1.5, 2.13). Enão, como posso falar com urgência espiriual? Podemos aprender a falar com auoridade espiriual? Esas são as pergunas que agora emos de considerar. •

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Urgência Espiritual

Urgência Espiriual é o fruo de uma convicção simples. Quando esa convicção se apossa de um homem e o domina, ele não falhará nesa área. Qual é essa convicção? É a convicção de que eu tenho a verdade que homens e mulheres precisam ouvir.  Você crê nisso? Crê nisso verdadeira e profundamene? Crê nisso não somene quando você prega evangelisicamene, mas ambém quando prega aquelas mensagens chamadas de “mensagens dourinárias”? Se você crê, falará muio bem, pois a convicção é a mãe da verdadeira eloqüência. Os pregadores descrios na Bíblia falavam com urgência espiriual. Eles se levanavam e enregavam sua mensagem, reconhecendo que possuíam a verdade que as pessoas de odos os lugares inham de levar em cona. Paulo e imóeo ecoaram as palavras do salmisa, quando disseram: “endo, porém, o mesmo espírio da fé, como esá escrio:  Eu cri; por isso, é que alei. ambém nós cremos; por isso, ambém falamos” (2 Co 4.13). Pedro e João, revelando o coração de odos os apósolos, disseram anos anes: “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (A 4.20). Eles falavam com senimenos! A pregação deles era consrangedora! Conforme aprendi quando esava no seminário eológico: “Aquele que só sabe falar, falará a pessoas que só sabem ouvir”.  A parir do momeno que formos convencidos de que emos a verdade que odos precisam ouvir, falaremos como homens fervorosos. Nossa mensagem será persuasiva, conforme o dizia Hywel Griffihs: “Somene o que vem do coração pode alcançar ao coração”. O om de voz, a expressão no roso e odo o nosso ser se combinarão para caivar a aenção do ouvine. A consciência dos ouvines lhes dirá que esão ouvindo a um homem que crê nas coisas que diz. Pessoas de odos os lugares esão no perigo do fogo eerno. O impeniene irá para o inferno, bem como odos aqueles que confessam serem crisãos mas não perseveram na fé. Nada, exceo a verdade, poderá livrá-los. Nada, exceo a verdade, os fará crescer na graça e conhecimeno de nosso Senhor Jesus Criso. E você em esa verdade! Se essa convicção ransbordar •

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em seu coração, você nunca deixará de desperar homens, mulheres, adolescenes e crianças que o ouvem, apesar de odas as imperfeições no coneúdo e apresenação de sua mensagem. Sua urgência se manifesará. Os pregadores expressão esa urgência de maneiras diferenes, e um único pregador a expressará de maneiras variadas em ocasiões diferenes. Mas a sua urgência se manifesará. O espírio humano deeca a presença dessa urgência, e os ouvidos de nosso espírio começam a aenar à mensagem. Mas, precisamos observar, o espírio humano ambém deeca a ausência desa urgência e, nese caso, mergulha num sono de indiferença. George Whiefield, o grande evangelisa do século XVIII, conhecia essa urgência espiriual. Quando as congregações educadas começavam a fazer barulho e a sussurrar, ele baia o pé e lhes falava direamene, insisindo para que o ouvissem. Quando mulidões hosis recorriam a odas as áicas imagináveis para abafá-lo, ele erguia a voz, a fim de sobrepujá-los. Whiefield inha a verdade que eles precisavam ouvir para serem salvos! Não ficaria calado! De um modo ou de ouro, ele inroduziria sua mensagem nos ouvidos das mulidões! Sim, Whiefield lhes falava em palavras claras, usando figuras que eles poderiam enender. Fazia aplicações adequadas aos seus ouvines. Mas, por rás de udo o que dizia, esava a inensa paixão que o impelia a coninuar e, com a  bênção do Espírio, levava à conversão de milhares e milhares de pessoas. Emoção

Por que emos medo de emoções? Enquano forem direcionadas pela  verdade, e somente pela verdade, como podem ser perigosas? alvez, o pro blema eseja em nós? ememos ser chamados de loucos? (ver 2 Corínios 5.13)? Esamos resisindo ao espírio de nosso Senhor, expresso no zelo do salmisa: “O zelo da ua casa me consumiu” (Sl 69.9; cf. Jo 2.17)? Esamos nos disanciando do apósolo Paulo, cujo “espírio se revolava em face da idolaria dominane na cidade” (A 17.16)? emos nos ornado ão hipócrias, que honramos homens como Daniel owland, mas esquecemos, convenienemene, de que ele sempre pregava como alguém que esava “em fogo”? Cona-se que um famoso pregador londrino do século XX sempre dei•

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 xava odos os seus ouvines consolados, aliviados e em paz. Esa era a razão por que as pessoas o amavam ano. A Palavra de Deus nos chama a rejeiar esse ipo de pregação. Ela nos exora a abandonar discursos suaves, que ranqüilizam as pessoas com um falso senso de segurança ou iludem-nas com um profundo senso de saisfação pessoal. A Bíblia nos chama a pregar com convicção, fervor, energia e seriedade. Ela despreza oda pompa, exibição e falsa emoção, insruindo-nos a proclamar a verdade de Deus com senimenos profundos, compaixão, ardor, vida e amor. Somos chamados a derrubar e edificar, ferir e curar, enrisecer e consolar, chorar, anelar, apelar e exorar. Não basa pregar a mensagem correa; precisamos estar na mensagem, in vesindo odo o nosso ser em sua proclamação. Muios sermões hoje em dia são ão monóonos quano o reinir de um sino de funeral. O coneúdo é saisfaório, mas o coração do pregador não pode ser viso no sermão. Não há o risco de que ais pregadores se jam acusados de possuírem fogo esranho ou de fanaismo, pois não exise qualquer evidência de que alguma chama eseja ardendo em seu ínimo. Onde esão o zelo e os apelos cheios de paixão dos pregadores bíblicos? Onde esão as lágrimas dos apósolos e profeas? Quanos pregadores modernos podem dizer honesamene: “Não cessei de admoesar, com lágrimas, a cada um” (A 20.31)? Procuremos ouvir um pregador evangélico caracerísico do século  XXI. O que parece moivá-lo é o desejo de maner seus ouvines ineressados, e não o desejo de ver o Deus vivo sendo glorificado na conversão e no crescimeno espiriual deles. Durane mais ou menos rina minuos, ele ece uma mensagem bíblica que é basane agradável aos ouvidos. Mas ela não pode, de maneira alguma, ser descria como o aconecimeno mais inesquecível da semana. Não mexe com ninguém, nem emociona seus ouvines. udo o que podemos dizer sobre o sermão é que esava correo. Nenhuma consciência foi aormenada, ninguém quis clamar com gozo inenso. Muios dos programas de elevisão da semana foram infiniamene mais recordáveis do que esa explanação da verdade de Deus! Que desgraça! Nós, que pregamos, emos de buscar a Deus, confessando-Lhe nossa exrema perversidade. Pensamenos sublimes não envolvem a •

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nossa mene por compleo. Muias vezes, pregamos a verdade de Deus com frieza e mediocridade. Vemos as pessoas perdidas, e as deixamos sem apelo à conversão, e não nos dedicamos à persuasão incessane. O nosso coração não em esado em udo o que fazemos. Comunicamos a mensagem sem seriedade e, às vezes, com leviandade. Nosso coração esá endurecido. emos de admiir que o anigo pregador esava correo, ao dizer: “Viso que há ana insensibilidade no púlpio, há muio mais nos bancos da igreja”. Agradeça a Deus por que em Criso há perdão para homens como nós! Autoridade sobrenatural

 A auoridade sobrenaural é experimenada por pregadores dominados por uma convicção singular. Quando essa convicção se apossa de um homem e governa odo o seu minisério, ele não deixa de conhecer esa bênção gloriosa. Qual é essa convicção? É a convicção de que a mensagem que eu pre go não pode azer nenhum bem a qualquer pessoa, se não estiver acompanhada do Espírito de Deus. Nenhuma mensagem pode fazer alguma coisa, se Deus não a abençoar. Podemos planar a semene, podemos regá-la, mas somene Deus pode darlhe vida (1 Co 3.6). Se pregarmos com fidelidade e não vermos conversões, qual é a explicação para isso? Se expusermos a Palavra e não presenciarmos a ransformação nos crenes por nossa mensagem, como poderemos jusificar isso? A resposa é sempre que Deus em reido o seu poder. Deus não fez o que somene Ele pode fazer. Nenhuma obra espiriual pode ser realizada onde o Espírio de Deus não esiver agindo. A pregação sempre falhará, se Deus mesmo não agir por meio dela. Isaías enendeu isso: “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do S�����?” (Is 53.1) As duas pergunas são, na realidade, apenas uma, e a segunda coném a resposa da primeira � se alguém realmene creu, isso aconeceu porque o braço do Senhor lhe foi revelado; mas, se alguém não creu, isso ocorreu porque o braço do Senhor não lhe foi revelado. Ninguém pode crer, se Deus não visiar o coração com grande poder. Nem mesmo a realização de milagres pode fazer com que pessoas •

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creiam (ver João 12.37-38). Algo em de ser realizado no íntimo das pessoas, e somene Deus pode fazer isso. Nosso Senhor ensinou esa lição de modo basane claro. Foi uma lição que muios dos seus discípulos se recusaram a aceiar e, a parir do momeno que a ouviram, volaram para rás e deixaram de segui-Lo (Jo 6.66).  Aqueles que aceiaram a lição coninuaram com Ele. Haviam aprendido o segredo mais fundamenal do minisério crisão. As palavras exaas de nosso Senhor foram esas: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o rouxer... ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido” (Jo 6.44, 65). Se Deus mesmo não agir, nada poderemos fazer para razer uma única pessoa a Criso. Precisamos ter a sua bênção quando pregamos. ichard Cecil aprendeu esa lição bem cedo em seu minisério e se ornou um dos mais poderosos pregadores do Avivameno Evangélico, do século XVIII, na Inglaerra. Eis o seu esemunho: Certa vez, disse a mim mesmo, na tolice do coração: “Que sermão  oi aquele que o apóstolo Pedro pregou, quando três mil pessoas se converteram de uma vez!” Que tipo de sermão? Um sermão como qualquer outro. Não tinha nada extraordinário. O eeito não oi produzido pela eloqüência de Pedro, e sim pelo grande poder de Deus que acompanhou sua Palavra. É inútil ouvir um pastor após outro, ouvir um sermão após outro, se não rogarmos que o Espírito Santo acompanhe sua Palavra.2 Deus usa homens para levar avane sua causa, mas odo avanço deve ser aribuído a Ele. Como foi que aquelas primeiras esemunhas obiveram sucesso em Anioquia da Síria? “A mão do Senhor esava com eles, e muios, crendo, se convereram ao Senhor” (A 11.21). Por que Lídia foi a única converida naquela reunião de oração à beira do rio, em Filipos? “O Senhor lhe abriu o coração para aender às coisas que Paulo dizia” (A 16.14). Como podemos explicar a conversão imediaa de dezenas de genios e judeus em essalônica? O nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção... Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é •

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que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com eeito, está operando eficazmente em vós, os que credes” (1 s 1.5, 2.13).

Com Deus, odas as coisas são possíveis. Sem Ele, nada é possível. Dois mil anos de hisória da igreja revelam que não basa ser um pregador cheio de alenos ou perfeiamene écnico, embora os dons e o rabalho árduo não devam ser rejeiados. Muios homens de dons modesos são usados por Deus para ransformar comunidades ineiras e, às vezes, nações. Em ceras ocasiões, uma simples senença conquisa os inimigos do evangelho, quando odos os argumenos falham. Às vezes, a Palavra vem com poder; às vezes, não. Porano, ao pregar, não devemos depender da qualidade de nossa pregação ou apresenação, embora esas coisas sejam imporanes. emos de confiar somene em Deus e jamais adoar qualquer abordagem que diminua nossa dependência dEle. Paulo nos dá a abordagem correa, quando descreve o seu minisério em Corino:  Eu, irmãos, quando ui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.  Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este cruci ficado. E oi em faqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em lin guagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa é não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus (1 Co 2.1-5). Unção

Em 1961, deparei-me com um livro que, desde enão, enho lido uma  vez por ano. O livro chama-se  Power Trough Prayer (Poder Aravés da Oração), escrio por E. M. Bounds.3 Junamene com a Bíblia e o Breve Caecismo de Wesminser, posso dizer que ese livro me influenciou mais do •

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que qualquer ouro que já li. Enquano o lia, cheguei ao capíulo iniulado “Under he Dew of Heaven” (Sob o Orvalho do Céu). Ali, achei coisas que me assusaram. Esavam além da minha experiência. Eu não podia enender sobre o que o auor falava. Eis alguns exemplos: Unção é algo indescritível e indefinível que um antigo e amoso pre gador escocês delineou assim: “Às vezes, existe na pregação algo que não pode ser descrito; não se pode dizer o que é, nem de onde procede.  Mas isso penetra o coração e as aeições, com suave violência; e vem diretamente do Senhor. Entretanto, se existe uma maneira de obter isso, tem de ser por meio da disposição espiritual do pregador...”   Esta unção divina é a característica que separa e distingue a verdadeira pregação evangélica de todos os outros métodos de apresentar a verdade, e que cria um abismo espiritual entre o pregador que a  possui e aquele que não a possui. Esta unção suporta e impregna a verdade revelada com toda a energia de Deus. Unção é simplesmente o colocar-se Deus em sua própria Palavra e em seu pregador...  Amplitude, liberdade, plenitude de pensamento, objetividade e sim plicidade de discurso são os futos desta unção... Esta unção é a capacitação divina pela qual o pregador cumpre os objetivos peculiares e salvíficos da pregação. Sem esta unção, não há resultados espirituais. Sem esta unção, os resultados e a orça da pre gação são equivalentes aos do discurso não-santificado. Sem unção, o pregador é tão poderoso quanto o púlpito. A presença desta unção no pregador cria o estímulo e o ervor em muitos crentes. Um pregador ensina as mesmas verdades na exatidão da letra, mas nenhuma movimentação pode ser vista; nenhuma dor, nenhuma pulsação pode ser sentida. udo permanece quieto como um cemitério. Outro pregador vem à igreja, e esta influência misteriosa está nele: a letra da Palavra é inflamada pelo Espírito, e os espasmos de um movimento poderoso são sentidos. É a unção que invade e estimula a consciência, quebrantando o coração. udo se torna árido, insensível, desagradável e sem vida, quando a pregação não possui esta unção. •

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Unção! Aé hoje não esou convencido de que esa palavra é o ermo correo para descrever aquilo sobre o que falou o Dr. Bounds. Mas, sobre o que ele falou? � essa foi a minha perguna. Naquela época da vida, eu não inha qualquer experiência dese fenômeno, quer em minha própria vida, quer na vida de ouros. Não podia imaginar o que o auor inha em mene. Na primavera do ano seguine, seni que as coisas logo mudariam. Naquele empo, eu era um esudane, e minha mãe elefonou-me, pergunando se eu poderia ir para casa. Havia um homem que ela desejava que eu conhecesse. Ele inha aproximadamene sessena anos. Anes ele rabalhara nas minas de carvão, porém já fazia mais de vine e cinco anos que era pasor. Esava pregando em uma semana de reuniões em nossa cidade; e havia algo sobre ele que mamãe não podia expressar em palavras. Eu enenderia isso, se o ouvisse pessoalmene. Ela só podia dizer que ouvi-lo era maravilhoso. Não me foi possível ir para casa e ive de esperar um ano, aé que pude ouvir a pregação de Hywell Griffihs. Quando me senei no audiório da igreja Cosheson Mission, enendi finalmene o que era “unção”. Os sermões do pregador eram exensos, repleos de ilusrações e ransmiidos com amor e profunda emoção. Mas havia algo mais. Eram acompanhados por uma influência indescriível. À medida que Hywell Griffihs pregava, o céu vinha à erra. O mundo invisível era mais real do que o visível. Havia um oque de glória. Criso era mais precioso do que qualquer pessoa ou coisa do universo. A Palavra vinha com um poder auoconfirmador irresisível. Crer era a única opção, porque o conrário era indescriivelmene insensao. A única coisa sábia a fazer era confiar oalmene no Senhor, amá-Lo de odo o coração, alma, mene e força. Esas impressões não eram apenas minhas. Após cada sermão, a congregação se assenava em profundo silêncio, dominada pelo absoluo poder da Palavra. Às vezes, o silêncio era seguido por oração esponânea. Alguns se converiam a Criso. Muios ouros, como eu, que já eram crenes, eram mudados para sempre. Haviam experimenado uma pequena prova do que aconece nos avivamenos, e odos agora sabíamos o que era a “unção”. Eu nunca mais eria qualquer dificuldade para enender aquilo sobre o que escrevera E. M. Bounds! •

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 A unção, a unção divina, esta unção celestial é aquilo de que o púl pito necessita e precisa ter. Este óleo divino e celestial derramado sobre o púlpito pela imposição das mãos de Deus tem de amolecer e lubrificar todo o homem � coração, mente e espírito � até que o separe, com uma poderosa separação, de todos os motivos terrenos, seculares, egoístas e mundanos, santificando-o para tudo o que é puro e divino. Obtendo a unção

Enão, como podemos ober a unção? Alegro-me em dizer-lhe que agora sei a resposa, não somene com base no que enho lido, mas ambém por experiência própria. Não podemos dar ordens ao Espírio de Deus. O  veno celesial sopra onde quer (Jo 3.8). Não sabemos onde Ele já soprou e onde soprará. Não emos qualquer conrole sobre ese veno celesial. Deus é Deus e faz o que Lhe agrada (Sl 115.3, 135.6). Ele nunca se obrigará a fazer a vonade de um homem. Mas, apesar disso, Deus responde a oração. Ele realmene o faz! E o faz porque promeeu fazê-lo. Aos pecadores salvos Ele faz a promessa: “E udo quano pedirdes em oração, crendo, recebereis” (M 21.22). Deus coloca nas mãos de pecadores salvos argumenos poderosos que podem usar em oração: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos  vossos filhos, quano mais vosso Pai, que esá nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (M 7.11.) Aos pecadores salvos o Filho de Deus faz ese exraordinário convie: “E udo quano pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13-14). E esas rês passagens são apenas exemplos. odos sabemos que há dezenas de promessas semelhanes espalhadas por oda a Bíblia. odo crene e, conseqüenemene, odo pregador êm o dever de remo ver de sua vida udo que enrisece o Espírio Sano (Ef 4.30). O chamado dos pregadores crisãos consise em proclamar a Criso, sabendo que o Espírio Sano ama glorificar a Criso e abençoar a pregação (Jo 16.14). Mas o •

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melhor resumo das prioridades do pregador é aquele formulado pelos apósolos na infância da igreja crisã: “Quano a nós, nos consagraremos à oração e ao minisério da palavra” (A 6.4). E em de ser nessa ordem! Exise uma coisa chamada conquisar a Deus. É possível rabalharmos e nos apropriarmos dEle em oração, de al modo que recebemos dEle a segurança pessoal que nos acompanhará sobrenauralmene quando pregarmos. É possível luar, labuar e suar em oração de al modo que deixamos o lugar de oração em paz e exausos, ceros de que o Senhor mesmo abençoará a próxima mensagem e nos acompanhará, de um modo maravilhoso, quando a esivermos pregando. Iso não significa que é possível obtermos como recompensa a bênção de Deus. Não significa que haja alguma obra que Lhe podemos oferecer e pela qual Ele esá obrigado a recompensar-nos. Significa apenas que, em sua graça, Ele se permie ser conquisado por oração imporuna.  Você crê nisso? Crê que um homem pode dizer ao seu Deus: “Não e deixarei ir se me não abençoares” (Gn 32.26)? Você crê que podemos dizer sobre esse homem: “E o abençoou ali” (Gn 32.29)? Se não, como você enenderá o minisério de homens como João Crisósomo, Marinho Luero, John Wesley, Jonahan Edwards, Daniel owland, John Elias, C. H. Spurgeon, Hywel Griffihs, D. Marin Lloyd-Jones? Eses homens eram  bem diferenes uns dos ouros e pregavam em siuações diferenes; enão, o que inham em comum? Eles dependiam de Deus, e dependiam compleamene. Por isso, se dedicavam a buscá-Lo, a enconrá-Lo, a conquisá-Lo e a experimenar a sua bênção. Eles não eram primeiramene pregadores; anes, eram homens de oração. E, nas ocasiões em que oravam e Deus não lhes concedia a sua bênção, conenavam-se em sussurrar: “Sim, ó Pai, porque assim foi do eu agrado” (M 11.26). E. M. Bounds enendeu: Como e quando vem esta unção? Diretamente de Deus, em resposta à oração. Corações que oram são os únicos corações cheios deste óleo sa grado; lábios que oram são os únicos ungidos com esta unção divina. Oração, muita oração, é o preço da unção na pregação. Oração, muita oração, é a única condição de manter esta unção. Sem oração incessan•

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te, a unção nunca vem ao pregador. Sem perseverança em oração, a unção produz vermes, como o ez o maná colhido em excesso.

***  A principal pare dese livro modeso chegou ao final. enei mosrar-lhe o que é a pregação e quais os seus ingredienes essenciais. Quero agradecer-lhe por er lido aé ese pono. Desejo encorajá-lo a ler o resane. Creio que udo o que eu disse é imporane. Se algum de seus capíulos fosse reirado, acho que o livro seria defeiuoso e não eria equilíbrio. Mas, se  vocês me pressionassem a dizer quais capíulos considero paricularmene imporanes nesa hora, eria de indicar os capíulos sobre Exatidão Exegética e Autoridade Sobrenatural. Iso é verdade por causa de minhas convicções a respeio de nossa necessidade ano da Palavra como do Espírio. enho sessena e dois anos de idade; espero que o Senhor ainda me dará mais alguns anos de minisério. Aconeça o que aconecer, enho cereza de que esou mais próximo do fim de minha vida, e não do seu começo. Minha súplica especial é que odos os jovens pasores obenham ajuda especial dese livro e se dediquem ao que ele ensina, pelo menos enquano esiver em harmonia com as Escriuras. E que o minisério deles seja uma  bênção em qualquer pare do mundo!  Meus talentos, dons e graças, ó Senhor,  Possam tuas benditas mãos receber;  Deixa-me viver a pregar a tua Palavra,  E para tua glória seja o meu viver!  E que eu gaste cada momento de meus labores  Em proclamar o Amigo dos pecadores. Charles Wesley, 1707-1788



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Exercício

1. Você sene ão profundamene o que esá pregando, que fala em excesso. Felizmene, a sua esposa lhe advere sobre isso. O que você fará? 2. Explique a um jovem crene ineressado o que os evangélicos êm preendido dizer, em oda a sua hisória, ao usarem o ermo “unção”?  3. Explore a conexão enre a oração e a “unção”.

Noas: 1 B�����, ichard. Te reormed pastor   (em poruguês, O pastor aprovado , Ediora PES). Edinburgh: Te Banner of ruh rus, 1974. p. 148. 2 Ciado por B������, Charles. Te christian ministry. London: Te Banner of ruh rus, 1958. p. 79. 3 B�����, E. M.  Power through prayer. World-wide Circulaion Ediion. London: Marshall Morgan & Scot. odas as ciações foram reiradas do Capíulo 10, p. 43, ss. •

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Parte 3 Sugestão de um Método de Preparação de Sermões

Sugestão de um Método de Preparação de Sermões

S

ermões precisam de preparo. “Ir freqüenemene despreparado ao púlpio é uma presunção imperdoável”, disse C. H. Spurgeon. 1 John Sot nos recorda ouro pono: “Os grandes pregadores que influenciaram a sua geração odos deram esemunho da necessidade de preparo consciene”. 2  A pregação é o meio que Deus usa para vivificar os moros e edificar os  vivos. Se cremos nisso, não ousaremos nos aproximar da pregação de qualquer oura maneira, exceo com um espírio de oração, seriedade e esudo. Nosso dom de pregação vem de Deus; o desenvolvimento desse dom é nossa responsabilidade. O advogado prepara cuidadosamene o seu relao dos faos. O arquieo raça seus planos; o médico esuda ano as suas anoações como o paciene. Devo eu, um pregador do evangelho, realizar com desmazelo a obra mais importante do mundo?  Apesar do excelene exemplo dado em Eclesiases 12.9-12, não há regras rígidas e imediaas para a preparação de sermões. O que apreseno em seguida é um méodo pessoal que gosaria de recomendar-lhes, especialmene se vocês começaram a pregar recenemene. Esse méodo envolve odos os ponos essenciais, unindo o preparo do sermão à oração. A inenção não é que o méodo seja uma regra, e sim um guia. É provável que você desejará modificá-lo, ou rejeiá-lo, em ceros ponos. Conudo, esou cero de que alguns o acharão proveioso.

Pregação Pura e Simples

Algumas sugestões para uma pregação eficaz

 Comece seu preparo ão cedo quano possível. O preparo apressado é um péssimo preparo.   Coninuar adiando o preparo é um convie ao fracasso. Deus não opera milagres desnecessários, a fim de compensar a negligência do pregador.  A coisa essencial é começar � não pense em começar � comece-o!  Sene-se diane de uma mesa grande, em uma cadeira firme, onde haja  basane luz. Pegue a sua Bíblia, uma canea e basane papel.  Siga ese guia, passo a passo, nunca enrando no passo seguine anes de erminar compleamene o anerior.





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1. Medite sobre a sua tarefa

 Pare  Fique em silêncio absoluo na presença do Senhor.  ecorde qual é a sua arefa. Você deve glorificar a Deus, por levar incrédulos a se ornarem crenes e crenes fracos a se ornarem fores.  É verdade que iso é feio por meio da exposição e da aplicação da Palavra de Deus. Porano, você não é primariamene um preparador de sermões, e sim um insrumeno de azer santos.  É essencial que, durane odo o seu preparo, você enha iso sempre diane de si.

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2. Medite no seu texto

 A palavra “exo” significa aquela pare das Escriuras sobre a qual  você pregará. alvez seja um versículo ou vários, um parágrafo, um capíulo, um livro, um ema bíblico...  A maneira como você escolhe o seu exo é algo que não abordamos nese livro, mas você achará, facilmene, conselhos a respeio dese assuno em ouros livros sobre pregação.







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Sugestão de um Método de Preparação de Sermões

 De joelhos (literalmente!). Leia agora o seu exo.  Leia senença por senença, palavra por palavra, usando cada pare como combusível para a oração.  Sim, concenre-se no exo, excluindo odas as ouras coisas. Evie odas (odas!) as inerrupções. Medie sobre o exo na presença do Senhor.  Adore-O por oda verdade e lição que você percebe.  Se há alguma pare do exo que você não enende, ore e medie aé que a enenda. Se ainda não obeve esclarecimeno, leia comenários e ouros recursos � mas somene para descobrir o que esa frase ou senença significa, e nada mais.  Enquano você espera em Deus, os pensamenos começarão a surgir, alvez devagar, no princípio. Mas um pensameno desperará ouro, que, por sua vez, levará a ouro.  Fique de joelhos aé que a passagem inflame sua alma, aé que o fogo irrompa, ornando-o impaciene para pregar as verdades que você omou para si e, especialmene, a “grande idéia”, ou seja, o pensameno predominane que resume o assuno do exo.  Você não pediu uma mensagem. Mas a Palavra de Deus é emocionane, e a orienação de sua mensagem é clara.

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3. Comece a escrever •

Vá à mesa e faça pergunas ao seu exo. Escreva as resposas. Não ene colocar udo em uma seqüência lógica � iso pode ser feio depois. Demore-se nesta tarea, aé fazê-la por compleo. O papel não esá em escassez, e você pode usar muio papel, se precisar.

 Primeiramene, faça esas pergunas básicas: * Qual é o conexo imediao, o mais disane e o hisórico? * O que ese exo significava para o auor e os leiores originais? O que ese exo nos diz hoje? * O que ele ensina sobre Deus, o Pai, o Filho e o Espírio Sano? * O que ensina sobre os homens e suas aiudes em relação a Deus





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Pregação Pura e Simples

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e em relação uns aos ouros? Há um bom exemplo a ser seguido ou um mau exemplo a ser eviado? Há uma ordem a obedecermos? Há uma adverência à qual devemos aenar? Há uma promessa que devemos crer e proclamar? Há resposa a uma perguna pessoal ou bíblica? Há um ensino a ser guardado no coração? Há algum ensino confirmado por ouras passagens das Escriuras?

 Agora, faça ouras pergunas que julgue necessárias. Exisem sugesões em livros sobre pregação.



4. Organize seu material

 Ainda em aiude de oração, faça um rascunho das anoações de seu sermão. Iso significa ler as várias folhas de papel nas quais você já escreveu, aproveiando o que elas coném e acrescenando novos pensamenos que ceramene surgirão.   Comece pegando uma nova folha de papel e descrevendo  por que  você pregará esa mensagem. Qual é o propósio? Afirme iso em uma única frase.  Decida que orma o sermão omará, para cumprir ese propósio. Por exemplo, você em uma idéia a explicar? Uma proposição a compro var? Um princípio a aplicar? Uma hisória a conar? Um assuno a complear? Ou o quê?  Deixe espaço para a Introdução, que você acrescenará depois.  Divida o seu papel em rês colunas, iniulando-as  Afirmar, Ilustrar,  Aplicar.  Na coluna iniulada  Afirmar, escreva a mensagem que você rará a parir do exo. Não faça oura coisa, aé que a esruura seja clara, simples e naural � uma esruura suprida pelo próprio exo. Enão, encha essa esruura.







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Sugestão de um Método de Preparação de Sermões

  ecuse-se a escrever um manuscrio compleo. Escreva um pensameno em cada linha.   Concenre-se no pono principal. Descare udo que não serve à “grande idéia”.  Para cada grande verdade escria, ache ou crie uma ilusração. Escre va-a ao lado da verdade, na coluna iniulada Ilustrar.  Visualize as pessoas que o ouvirão e, na coluna  Aplicar, escreva uma aplicação ao lado de cada grande verdade ensinada e ilusrada. Será proveioso subdividir esa coluna em O que (fazer), Como (fazer),  Por que (deve ser feio).  Quando acabar o rascunho, cada uma das rês colunas devem esar igualmene cheias.  Depois disso, escreva uma Introdução no espaço que você deixou vazio. Ela em de desperar o ineresse e levar os ouvines ao assuno do sermão.  Finalmene, prepare a Conclusão da mensagem. enha consigo algo que possa lançar ao coração dos ouvines, de modo a persuadi-los a agir em relação à “grande idéia” do exo. Ese é o momeno de violência sana.















5. Verifique se o sermão contém os elementos essenciais

 rabalhe novamene em seu rascunho, reirando ou acrescenando ano maerial quano necessário, à luz dos seguines elemenos essenciais. Não seja mesquinho nese passo vial de sua preparação. Gaste tempo.



1. Exatidão exegética. A sua mensagem assimila e ransmie realmene o significado intencional do exo bíblico, focalizando e incuindo o pensameno predominane (“a grande idéia”)? Se a exegese esá correa, a mensagem arairá a aenção ao Senhor Jesus Criso e à sua cruz (Lc 24.27, A 3.24). Use comenários e dicionários para confirmar ese pono. •

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Pregação Pura e Simples

2. Conteúdo doutrinário.   De que maneiras específicas esa mensagem aprimorará o enendimeno das pessoas a respeio do sisema de dourina que as Escriuras ensinam? Avalie odos os ponos dourinários à luz das confissões de fé hisóricas da igreja crisã (por exemplo, Confissão Londrina ou a Confissão de Wesminser), a fim de assegurar-se de que não há erro ou desequilíbrio dourinário. 3. Estrutura clara. Você lidou com o maerial por algum empo, mas a igreja o ouvirá somene uma vez. A esruura da mensagem é óbvia,  basane clara e fácil de ser acompanhada? Como regra geral, enha somene rês ou quaro ponos e nenhum subpono. oda a esruura esá em sujeição ao pensameno predominane? A inrodução é bre ve, ineressane, caivane e serve ao que vem depois? A conclusão resume a mensagem e insise em um veredico? 4. Ilustrações vívidas.  As ilusrações consiuem 1/3 da mensagem? Elas são realmene adequadas às verdades que serão explicadas ou às aplicações que serão feias? Exclua oda ilusração que chama a aenção para você mesmo. 5. Aplicação penetrante. Há aplicações para odas as verdades que serão apresenadas? Elas consiuem 1/3 da mensagem? São relevanes àqueles que ouvirão a mensagem? São expressas com amabilidade? 6. Reescreva suas anotações

 eescreva suas anoações com um aspeco final e melhorado.  Medie e se esforce para er uma linguagem correta. orne a sua linguagem concrea e evidene. Escolha palavras simples e claras � muias delas devem er poucas sílabas. Faça senenças breves, conendo apenas um pensameno. Use o pronome “você” sempre que possível.  enha cereza de que incluiu muitas pergunas reóricas.  Considere onde seria úil fazer repeições.

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Sugestão de um Método de Preparação de Sermões

 Ao preparar suas anoações, almeje er clareza, anes de qualquer oura coisa. As anoações devem ser de leiura fácil.  Escreva com leras grandes � ou digie.  Escreva somene em um dos lados do papel.  Numere as páginas.  Sublinhe em vermelho os ponos principais e, se houver subponos, sublinhe-os em azul ou verde.



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7. Fale com o seu Deus

 De joelhos, novamene, ore ao seu Deus a respeio das anoações erminadas. Iso é mil vezes melhor do que ensaiar a mensagem!  Na primeira vez, ore em favor de cada linha da mensagem, pedindo que possa arair a aenção das pessoas ao Deus riuno e levá-las a nurir pensamenos sublimes a respeio dEle.  Na segunda vez, ore em favor de cada linha, pedindo que raga o não-converido a Criso e faça o converido crescer na graça e no conhecimeno.  Ese empo de oração alvez o moive a fazer alerações nas anoações concluídas. Não hesie em fazer iso. Suas anoações não são infalí veis, nem sagradas.  Coninue de joelhos. Escolha os salmos e os hinos. Organize odos os ouros dealhes concernenes à ordem do culo.  O culo deve ser uma oalidade. udo que consiui o culo deve esar a serviço e enfaizar o pensameno predominane (ou a “grande idéia”) que será proclamada na mensagem.













8. Faça os preparativos finais

 Chegue cedo à igreja.  Suba à plaaforma e familiarize-se com o púlpio, a acúsica, o arranjo dos bancos e odas as circunsâncias físicas relacionadas à sua pregação.

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Pregação Pura e Simples

 Arrume a sua Bíblia, as anoações, a ordem do culo e o hinário muio anes do início do culo.  Cumprimene anas pessoas quano você puder. Se possível, enha um momeno de oração com os líderes da igreja, anes do início do culo.





9. Faça a sua obra

 A providência de Deus o designou para dirigir o culo e pregar hoje. Porano, faça-o, em aiude de oração, com auoridade e amor.  Olhe para os seus ouvines e fale em voz audível.  Concenre-se apenas em duas coisas � exalar o Senhor e sanificar as pessoas. O culo e a pregação são apenas os meios para aingir eses grandes objeivos. Não devem ser os objeivos em si mesmos.



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10. Retire-se a um lugar secreto

 Algum empo depois do culo, procure um lugar quieo, para desfruar de um longo momeno de oração paricular.  raga novamene a ordem do culo, as anoações do sermão e ore a respeio deles.  Peça perdão a Deus por odos os ponos em você poderia er feio melhor.  Ore a respeio de cada verdade anunciada. Peça que as pessoas guardem essas verdades no coração; que iso as leve a nurir pensamenos sublimes a respeio de Deus; que os não-salvos sejam converidos; que os converidos façam progresso significaivo no enendimeno e na vida espiriual.  Ore em favor de odas as pessoas específicas que puder lembrar.  Deixe udo nas mãos do Senhor � e comece a preparar a próxima mensagem.









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Sugestão de um Método de Preparação de Sermões

Quano empo será gaso na preparação de um sermão? A resposa é: o empo que for preciso! Quem pode dizer quão rapidamene odas as pares do sermão serão concreizadas e quano empo você luará com Deus, em oração, aé que enha cereza pessoal de que Ele abençoará ese sermão, nesa ocasião paricular? Podemos dizer iso: a fim de preparar um sermão de rina minuos,  você precisará, no início, de doze horas, pelo menos. Esa quanidade de horas pode diminuir, e diminuirá, com o passar dos anos. O mínimo de empo ao qual você precisará dedicar-se é uma hora de preparação para cada cinco minuos pregados. O méodo que sugeri enfaiza que os sermões não são um fim em si mesmos. O sermão é ão-somene o meio pelo qual Deus é glorificado na edificação dos crenes e na conversão de incrédulos. O méodo encoraja a mediação demorada no exo, o compromisso franco com a pureza dourinária, o esforço resoluo de produzir uma esruura clara, o preparo diligene de ilusrações e aplicações, a revisão consane à luz de um criério definido, a aenção minuciosa ao escrever as anoações, a oração perseverane, a proclamação ousada e o arrependimeno pessoal. Se você seguir ese méodo, o preparo de seu sermão nunca será uma arefa apressada e incluirá cada elemeno exigido para pregações excelenes. Esse ipo de pregação não é a grande necessidade de nossa época?

Noas 1 S�������, C. H. Lectures to my students. Second series. London: Passmore & Alabaser, 1882. p. 4. 2 S��, John . W. I believe in preaching. London: Hodder & Soughon, 1982. p. 212. •

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