7 Aula - Sistemas Adesivos

June 18, 2018 | Author: Cristiane Santos | Category: Tooth Enamel, Dentin, Tooth, Mouth, Chemistry
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SISTEMAS ADESIVOS PERGUNTAS: 1. O que “prende” uma restauração ao dente? O que é um sistema adesivo? (conceito, requisitos, substratos, tipos,  etc...)  Como os sistemas adesivos funcionam?  Onde são aplicados e quais os tipos?  Como são classificados?  Quais são suas vantagens? 2. E quando ocorre uma falha?  Quais as possíveis causas? 3. E quanto a dor pós operatória?  Por que ocorre?

Adesivos “O maior avanço da Odontologia nos último imos tempos tem sido o desenv desenvolv olvime imento nto dos sistem sistemas as adesiv adesivos, os, que permit permitem em que os prepar preparos os cavitários sejam cada vez mais conservadores (menor desgaste do dente), fazendo com quem a estrutura dental sejam preservadas” ADESIVOS “Oss sist “O sistem emas as ades adesiv ivos os têm têm por por fina finali lida dade de prom promov over er a uniã união o entr entree materiais restauradores e a estrutura dental” (o adesivo gruda no dente e o mat. Rest. Gruda no adesivo) ADESÃO “Estado em que duas superfícies são mantidas unidas, por forças interfaciais, as quais podem consistir em forças covalentes (reação química), forças de interpenetração mecânica, ou ambas”. Definição Uma resina fluida com uma química específica que se liga a hidroxiapatita (parte mineral do esmalte e da dentina) da dentina e do esmalte, promovendo uma adesão química verdadeira, através de ligações iônicas e covalentes (reação química) e uma retenção micro-mecânica no colágeno dentinário. Requisitos para um adesivo dental  Alta resistência de união aos tecidos dentais e materiais restauradores; (alta adesão adesão do dente e da rest.)  União imediata e durável;  Prevenir o ingresso de bactérias;( evitar espaço na margen do dente)  Proteger a polpa;  Simples de usar.

VANTAGENS  Conservação da estrutura dental - Preparo cavitário (menor) - Reforço cuspídeo  Redução ou eliminação da infiltração marginal - Injúria pulpar  - Descoloração marginal - Cáries secundárias  Menor potencial de sensibilidade da polpa (penetra nos canalicolos)  Melhor estética SUBSTRATOS ADERENTES (superfície que adere) Esmalte e dentina   Resina composta Porcelana  Metal  PRÍNCIPIO DE AÇÃO “A tensão superficial do adesivo deve ser menor que a energia superficial livre do esmalte e dentina” A tensão superficial do adesivo está em função: 1. Molhamento (o quanto o adesivo espalha na seperficie) 2. Ângulo de contato 

1- MOLHAMENTO  “É a capacidade que um liquido apresenta de escoar prontamente sobre toda a superfície de um sólido, aderindo-se a este.” “Primers: São monômeros empregados para aumentar a capacidade de molhamento das superfícies em que são aplicados, facilitando a penetração do agente adesivo”. 

2 - ÂNGULO DE CONTATO “É a determinação da extensão no qual um adesivo molha a superfície de um aderente, determinando o grau de adesividade do adesivo sobre o aderente.”(quanto maior o molhamento maior o ângulo de contato e melhor a retenção) Adesão ao esmalte  FUNDAMENTOS  Michael Buonocore (1955) – ácido fosfórico 37% (preparo e condicionamento acido do esmalte)  Através da introdução da técnica do condicionamento ácido do esmalte por Buonocore, em 1955, criou-se uma nova perspectiva nos procedimentos restauradores dando início à Odontologia Adesiva.

CONDICIONAMENTO DO ESMALTE Vantagens: Protege os cristais remanescente contra futuras dissoluções. Promove a união efetiva do esmalte condicionado com a massa de resina composta ou cimento resinoso que podem ser aplicados a cavidade Condicionamento ácido É um dos métodos mais eficientes de se melhorar a adesão e o selamento marginal. Gera uma forte união entre a resina e o esmalte dental.

O condicionamento ácido do esmalte cria uma descalcificação seletiva, formando microporos. Esses microporos na superfície do esmalte aumenta o embricamento mecânico pela penetração da resina formando o que se chama de “tags” permitindo a adesão. Formar micro poros para que a resina penetre esses microporos Condicionamento ácido Tipos de Ácidos: - Ác. Fosfórico (+ usado) - a 37%, mas pode ser usado de 30 a 50%. Concentrações acima dos 50% inibem a dissolução contínua dos prismas do esmalte. - Ác. Maleico 50% - Ác. Cítrico 50% - Ác. Oxálico 15% TÉCNICA  Condicionamento com ácido fosfórico (30 – 50%) 37%  Tempo de aplicação: - 15 segundos - 60 segundos – dentes decíduos e permanentes de regiões de elevado teor de flúor   Enxágua: - 20 segundos (ao secar – aparência branca descalcificada) Fica em contato com o dente após a aplicação do acido fosfórico (obs) O substrato Dentina:   Tecido vivo  Natureza tubular   “smear layer”: (em cima da dentina)  Lama dentinaria formada durante o preparo cavitário resíduos de estrutura dental cortada, saliva, bactérias  Condicionamento da dentina (quanto mais profundo o preparo mais sensibilidade a polpa) Fatores que determinam a adesão dentinária: - Profundidade de penetração do monômero.(adesivo liquido)

- Profundidade de polimerização. - Grau de conversão monômero/polímero.(transformação do liquido p/ o acrílico) - Cobertura efetiva das fibras colágenas.

Vantagens: - Selamento efetivo dos tubulos dentinários pela camada híbrida. - Diminuição ou eliminação da sensibilidade pós operatória pelo bloqueio do fluxo intra-tubular. (pq o adesivo fechou os tubos dentinarios) - Diminuição de cáries recorrentes.

Fatores relacionados ao mecanismo de adesão 1. Smear layer  2. Camada híbrida 3. Tempo de condicionamento 4. Umidade dentinária 1 - Smear layer  O termo “smear layer” é mais usado para descrever os microfragmentos ou microdetritos deixados sobre a dentina durante o preparo cavitário. O termo também se aplica a qualquer tipo de fragmento produzido iatrogenicamente(um dano causado a um elemento, nesse caso o dente)  pelo corte ou desgaste, não somente da dentina, mas também do esmalte, cemento e mesmo da dentina do canal radicular 

2 – CAMADA HÍBRIDA “É a interpenetração ou impregnação de um monômero (gruda) hidrofílico nas fibras colágenas da superfície desmineralizada da dentina, formando uma camada ácido-resistente de dentina, reforçada por resina”. (ocorre uma melhor  adesão) “É composta pelo colágeno da dentina, exposta pelo ataque ácido e preenchido pela resina fluída polimerizada, do qual o escoamento foi favorecido pelo primer”.

3 - TEMPO DE CONDICIONAMENTO - Pode variar de 3 a 60 segundos.( em dente decíduo ou permanente com alto teor de flúor pode deixar um pouco mais) (esmalte de 15 a 20 seg. e na dentina de 30 a 40 seg.) - Tempo determina a quantidade de hidroxiapatita que será destruída. - Quanto mais profundo o condicionamento menor a resistência de união.

4 – UMIDADE DENTINÁRIA Dentina seca: jato de ar provoca a desmoronamento das fibras colagénas Dentina úmida: fribras colágenas não desmoronam, melhor adesão CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS - Química - Smear layer (modificação, dissolução ou remoção). - Gerações - Passos (passos clínicos, antes eram 3 depois 2 e os mais modernos 1)

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS Química:  - Classificação baseada nos componentes formadores do “primer” e do adesivo. (afinidade por água, viscosidade do material, capacidade de molhamento (quanto mais fluido melhor o escoamento), etc...). Smear layer: - Classificação que dividia os sistemas adesivos de acordo com a forma com que eles agiam sobre a smear-layer: - Modificação - Dissolução - Remoção 

Gerações: - Atualmente existem seis (oito ??) gerações e cada uma foi melhorada em termos de adesão à dentina, levando, ainda, a combinação de produtos e diminuição dos passos. 

Passos: - Classificação mais recente na qual os adesivos são agrupados de acordo com as fases operatórias (passos) que são necessários à realização de uma restauração ou cimentação com cimentos resinosos. 

Adesivos dentinários 1ª geração: (já não existem mais no mercado)  União ao colágeno ou aos íons cálcio  Baixa resistência de união  Remoção da “smear layer”  Resultados clínicos insatisfatórios  Ex: NPG-GMA (N-Fenil glicina e glicidil metacrilato) Cervident (S.S.White) 2ª geração: (desuso)  Dependiam da “smear layer” para união.

Ésteres fosfonados - Bis-GMAou HEMA - Bis-GMA (hidrófobo).  Baixa resistência de união (2 a 7 MPa).  Resultados clínicos insatisfatórios (adesão a smear layer e não a dentina subjacente). 

3ª geração: (não se usa muito) Remoção ou alteração significante da “smear layer”.  Apresentação em três componentes:  condicionador, primer e adesivo; Utilização de monômeros (primers) mais hidrofílicos que as gerações  anteriores (HEMA E 4-META). Aumento da capacidade de molhamento e formação de radicais livres  para o estabelecimento de ligações quimicas superficiais (tratamento dentinário). Resistência de união (18 a 25 MPa).  4ª geração: Características:  Remoção da “smear layer”.  Sistemas adesivos multi-uso (união à diversos substratos). Aplicação do agente condicionador simultaneamente sobre o esmalte e  a dentina (condicionamento ácido total).  “Primer” com componentes hidrofílicos e hidrofóbicos (4-META e BisGMA).  Adesividade baseada na “camada hibrida” 4ª geração: 

 All etch (total):

Esmalte – condicionamento Dentina – remoção da smear layer   Sistema adesivo: (separdo)  Ácido – fosfórico a 37% Primers – monômeros hidrofílicos dissolvidos em álcool ou acetona Resina fluida – Bis-GMA + TEGDMA  Ex: Scotchbond Multi-porpuse (3M); All-Bond 2 (são 3 passos clinico) 5ª geração: All etch (total):  Esmalte – condicionamento  Dentina – remoção da smear layer   “Primer” e agente adesivo em um único frasco  Dois passos:  Condicionamento – ácido fosfórico 37%  Aplicação do adesivo – acetona ou etano + HEMA + Bis-GMA –  fotopolimerização Ex: One-Step (Bisco), Single Bond (3M), OptiBond Solo Plus (Kerr),  Prime & Bond (Dentsply) 

  

6ª geração:  Self-Etching-Prime (auto condicionantes) Não remove a smear layer , mas expõe o colágeno devido ao pH   Condicionador (ácido) e primer no mesmo frasco (agente de união em frasco separado).  Ex: Etch-Prime 3.0 (Degussa); Clearfil Bond II (Kuraray) CLASSIFICAÇÃO quanto ao passo clinico 1° - Sistema adesivos convencionais de 3 passos: condicionamento ácido, aplicação do primer e aplicação do adesivo (Primer e Bond em dois frascos). 2° - Sistema adesivos convencionais de 2 passos: condicionamento ácido, aplicação de uma única solução primer/adesivo (ataque ácido no esmalte e na dentina “All Etch” e Primer e Bond frasco único). 3° - Sem ataque ácido e Primer e Bond “Self Etching” em único frasco. - Sistema adesivo de autocondicionamento de 2 passos: primer  autocondicionante (ácido e fluido) sem ataque ácido e Primer e Bond “Self  Etching” em único frasco.

Falhas dos sistemas adesivos 

FATORES QUE DETERMINAM A FALHA DO ADESIVO

1. Contração de polimerização 2. Falha na formação da camada híbrida. (secar dom jato) 3. Iatrogenias e técnicas incorretas. (danos causado por tec. Incorreta) 4. Habilidade do profissional. 1 - Contração de polimerização - Conversão monômero/polímero. - Contração da matriz resinosa - stress de polimerização - Contração de polimerização 2 - Falhas na formação da camada híbrida - Fluidez da resina. - Solvente utilizado no adesivo. - Umidade superficial da dentina. - potencial hidrofílico dos monômeros utilizados - capacidade de molhamento do monômero - energia de superfície 3 – Iatrogenias e técnicas incorretas TECNICA INCORRETA: - Dispensar o adesivo muito antes da utilização. 

- Falha na aplicação do adesivo ou aplicação incompleta. - Inadequada evaporação do solvente. IATROGENIAS: - Camada de adesivo muito fina. - Falha ou falta de polimerização do adesivo. 

4 - Habilidade do profissional “A habilidade do dentista é o fator principal para o sucesso das restaurações adesivas”. Teoria hidrodinâmica da dor  Teoria hidrodinâmica da dor  - Trauma causado pelo preparo da cavidade. (caneta sem refrigeração) - Inflamação pulpar pré-existente. - Problemas oclusais (restauração alta, atrapalha a mastigação) - Técnica adesiva incorreta. 

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