48543335-A-Maconaria-e-a-Liturgia-Joao-Nery-Guimaraes

December 2, 2018 | Author: Washington Silva Negreiros | Category: Freemasonry, Masonic Lodge, Ancient History, Liturgy, Saint
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Coleção Conferências  JOÃO NERY  GUIMARÃES A M A Ç O N A ER I AA L I T U R G Conferência pronunciada na Loja "Evolução III" na farde de 19 de Julho de 1952

LIVRARIA EDITORA EVOLUÇÃO SÃO PAULO — 1954 RECOMENDAÇÃO Esta Esta publ public icaç ação ão é re resser erv vada ada para para maç aço ons e não não deve ficar ao alcance de profanos "Os símbolos são imutáveis, mas as interpretações variam. Essa é a lei do Esoterismo". Armand BEDARRIDE — "Le travail sur la Pierre Brute", Paris, 1925.

Parecer aprovado pelo ilustre Conselho Estadual do Grande Oriente de São Paulo em 10 de Março de 1954. PROCESSO No 240/54 RELATÓRIO — O Pod. Ir. Dr. Joaquim Rodrigues Gonçalves, em prancha de 27 de Janeiro de 1954, E. V. bate às portas deste ilustre Conselho Estadual, solicitando autorização para publicar, na íntegra, uma conferência pronunciada pelo Pod. Ir. Dr. João Nery Guimarães, na Aug. e Resp. Loja "Evolução III", na presença das mais altas autoridades do Grande Orie ien nte de São Paulo.  Trata-se de uma conferência que vem prefaciada pelo Pod. Ir. Roberto Pabst, 33. Adotamos em todos os seus termos o prefácio da obra. É toda ela vasada em termos elevados, dem demonstr nstran ando do pro rofu fund ndo o co conh nhe ecim cimento ento do seu autor nos assuntos abordados. Servirá ela de orientação e ilustração a todos os que se iniciarem na Sub. Sub. Inst Inst., ., e, porq porque ue não não co conf nfes essa sar, r, a muit muitos os Maçons altamente graduados, pois que muita coisa aprendemos naquela conferência que contém tém ensinamentos indispensáveis a todos quantos se dedicam aos nossos sublimes trabalhos. O Dr. Dr. Joã João Ne Nery ry Guima uimarrãe ãess, ilus lustre tre e estim stimad ado o irmão, já tem abordado outros assuntos maçônicos e se tem tem revelado homem de cultura invulgar, competente e estudioso, com o que tem grangeado a nossa admiração e o nosso respeito,

o respeito e a admiração do povo profano também, em favor de cujos direitos e liberdade muito se dedica na sua brilhante atividade profissional. Pena é que outros Mr., não lhe sigam os exemplos, o que concorreria para a maior difu difussão dos co conh nhec ecim ime ento ntos maç açô ônico nicoss e ma maio iorr ilustração de todos quantos se dispõem a lutar pel pelos nos osso soss pri rinc ncíp ípio ioss e pel elo os noss sso os ide ideai aiss. Lam La menta entam mos que nos nos falt falte em habi habillita itaçõ çõe es para para comentar a obra que merecia, sem dúvida alguma, crítica elevada e à altura do seu conteúdo. Felicitamos o Dr. João Nery Guimarães por mais este trabalho altamente valioso e que deve ser divulgado. VOTO — Pelo confronto dos arts. 4.°, n.° 4 da Constituição do Grande Oriente do Brasil, 92 e 94 do Regulamento Geral da Ordem, verificamos que cabe ao Em.'. Gr.'. Mestre autorísar expressamente a publicação ou impre resssão de qualquer trabalho sobre assunto maçônico — pelo que, deve o autor da conferência cumprir o que determina o art. 94 citado, se já não o fez, enviando à Grande Secretaria três exemplares da obra cuja publicação pretende — e, por ser a mesma de grande valia para o povo maçônico, RECOMENDO ao Em.-. Grão Mestre no sentido de autorisar a publicação da conferência, na conformid conformidade ade com o que dispõe o art. 4.°, n.° 4 da citada Constituição. Sala das Sessões, 10 de Março dc 1954. CARLOS TEIXEIRA PINTO 30. R e l a t o r

DECRETO

No 2 1 7

  Autoriza a publicação do livro "A Maçonaria e a Liturgia".

EU, EU, Dini Dinizz Gonç Gonçal alve vess More Moreir ira a 33." 33."., ., Gr." Gr.".. Mest Mestr. r.". ". Interino do Gr.". Or.". de São Paulo, sob os auspícios do Gr.’. Or.’. do Brasil, FAÇO saber a toda odas as LLoj oj." .".. e MMaç aç." .".. da Obed. bed.""., par ara a que que cumpram e façam cumprir, que o Cons.". Estadual, em Ses., realizada no dia 10 do corrente mês, aprovou, e eu promulgo a seguinte RESOLUÇÃO Art. 1º. — Pica autorizada a publicação e distribuição do livro "A Maçonaria e a Liturgia" de autoria do Pod.". Ir.". Dr. João Nery Guimarães M.". M.". . Art. 2.'' — Este Dec.". entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário. O Pod.". Ir.". Gr.". Sec.". Interino deste Gr.". Or."., fica incumbido da publicação e notificação deste Dec.". . Dado e traçado no Gabinete do Gr.'. Mestrado em São Paulo, aos 15 de Março de 1954 (E.\ V.".) . Diniz Gonça Gonçalve lves s Morei Moreira ra O Gr.". Mestr.'. Interino Diniz 33.'. Olavo Sampai Sampaio o Carva Carvalho lho O Gr." Gr.".. Sec. Sec.". ". Inte Interi rino no Olavo 32.'. O Gr.". Tes.". Dr. Adolpho Eisele de Carvalho 33.'.

O Gr.". Chanc.". Dr. Waldomiro Franco da Silveira 33.'.

PREFÁCIO

Lemos e relemos com imensa satisfação e grande enlevo, as páginas deste interessante e utilíssimo livro, intitulado: " A M A Ç O N A R I A E A LI LI T U R G I A " de aut autor oria ia do do noss nosso o esti estima mado do e pro prove vect cto o Ir.'. Dr.  João Nery Guimarães, e achamos que o mesmo é bem merecedor de ser classificado como um portentoso manancial de sabedoria e cultura maçônicas, e de grande valor na disseminação e form formaç açã ão de nov novos cara caract cter eres es maçóni çónico cos s dos recém-admitidos, para os quais esse livro servirá de estímulo em enriquecer os seus cabedais de conhecimentos com novos valores e ensinamentos; aos Maçons graduados, encanecidos nas lides maçônicas, e aos graduados que apena penas s "pass passa aram ram" pelo pelos s graus raus,, sem a devid evida a instruç instrução ão e conhec conhecim iment entos os litúrg litúrgico icos, s, concor concorrer rerá á   para recuperarem aquilo que, pela falta de bons livros, redigidos em nosso idioma, a seu tempo, foram inhibidos de alcançar, o que agora com facilidade lhes é proporcionado, proporcionado, com o lançamento do presente livro. O apar aparec ecim imen ento to opor oportu tuní níss ssim imo o dest desta a obra obra veiu veiu   pre pree enche ncherr uma lac lacuna una exis existe tent nte e na lite litera ratu tura ra maçó maçóni nica ca pelo pelo que que toma tomase se impr impres esci cind ndív ível el o seu seu uso e não deverá faltar na biblioteca particular dos Maçons e das Lojas em geral. Pela sua feitura, é-nos grato admitir, que o livro é red redigido numa linguagem acessível a todos e otimamen otimamente te concatena concatenado do pela seqüência seqüência que lhes dão os seus capítulos dispostos da seguinte maneira:

I — A antiguidade dos símbolos II — A Maçonaria e a Liturgia III — A Loja Maçônica IV — As Luzes, as Jóias e outros símbolos V  — As Cores, os Números, os Sinais c a Linguagem V I — A Liturgia e a força da Maçonaria Portanto, sem grande esforço, qualquer obreiro da   Art Arte e Real Real está está apto apto a apre aprend nder er a inte interp rpre reta taçã ção o exata dos nossos símbolos los, ao mesmo tempo facilitando às Lojas a divulgação e aplicação da nossa liturgia, cuja prática em algumas oficinas é rele relega gada da a um plan plano o secu secund ndár ário io,, prev preval alec ecen endo do,, quasi que com exclusividade, a realização de obras de caráter social e beneficente, em detrimento das de cunho essencialmente espiritual e filosófico. Ensin nsina a o noss nosso o gra grau 7 (Rit (Rit.' .'.. Esc.' sc.'..) que: ue: "Sem Sem necessidade de esperar por muito tempo, há fatos que desde já devem despertar a vossa atenção: o estudo da Maçonaria; além disso, é um assunto que que se impõ impõe e ao vos vosso espí espíri rito to.. Adem demais, ais, como como não buscar conhecer uma uma corp corpo oraçã ração o de que que se fas fas parte parte? ? Lere Lereis is os livr livros os que que dela dela trat tratam am.. Essa Essa leit leitur ura a auxil uxilia iará rá voss ossos estud studo os". s". Fina Finali liz zand ando, encontramos a seguinte exortação: "Como conclusã conclusão o a estes ensinam ensinamentos entos,, lembrai-v lembrai-vos os que contraístes a obrigação de estudar a Maçonaria: 1°) — Em sua História; 2º.) — Nos Nos Símb Símbol olos os;; lemb lembra rand ndoo-vo vos s que que esse esses s símbolos contribuíram não para revelar sua doutrina, antes para ocultá-la;

3 º . ) — Em sua Moral. Juramos fidelidade a o dever, seja ele qual for. No grau 14 encontramos o seguinte preceito : "Devo obter de vós um compromisso de empregardes alguns momentos de vossos laseres, dora dorava vant nte, e, a o estu estudo do da dout doutrin rina a maçó maçóni nica ca,, não não somente da letra dos seus estatutos, mas sobretudo do sent sentid ido o oculto e elevado de seus eus ensinamentos. Prometeis-nos isso?" Compreendemos, perfeitamente, que a vida agita gitada da e tum tumult ultuari uaria a da atua atuallidad idade e, dif dificul iculta ta e   pri priva va muit muitas as veze vezes s dess dessa a supr suprem ema a aspir aspiraç ação ão de instruirse, à muitos dos nossos Ilr.'., mas, havendo bôa vontade e com um pequeno esforço em, sobrepujar esse óbice, não vemos motivos para que que os Maço Maçons ns deix deixem em de usuf usufru ruiir esse esses s goso gosos s intelectuais. No desempenho do cargo de Gr . '. Sec.', das RRel.'. LLit.'. encarecemos aos Maçons a leitura e meditação sobre os conceitos exarados no livro: "A MAÇONARIA E A LITURGIA", cujos ensina ensiname mento ntos s possam possam penetr penetrar ar e ficar ficar grava gravados dos na mente de todos, auxiliando e corroborando na formação de uma plêiade de obreiros dedicados e cônscios de seus deveres para com a parte intelectual e espiritual da nossa Sublime Ordem e da razão de serem Maçons.  Ao  A o ilustre ilustre autor, nosso nosso presado presado e estimado estimado amigo, amigo, D r . J o ã o Nery Guimarães, as nossas efusiva ivas congratulações e louvores em profusão pelo seu belíssimo trabalho, que honra e enaltece a literatura maçônica brasileira.

ROBE ROBERT RTO O PABS PABST, T, 33.'. Grande Grande Secret Secretári ário o das Relações Litúrgicas do Grande Oriente do Brasil e Ven.', da Aug.'. e Resp.'. Loj.'. Cao.'. "Rangel Pestana" São Paulo, 14 de Janeiro de 1954.

A ANTIGUIDADE DOS SÍMBOLOS

A primeira constatação que empolga aquele que se aprofunda na interpretação da liturgia maçônica é a da antiguidade dos seus símbolos, de suas alegorias. Remontam as origens dos símbolos maçônicos à aurora do homem sobre a terra. Daí terem alguns observadores apressados concluido que a FrancoMaçonaria é tão antiga quanto o mundo. Trata-se, evid eviden ente teme ment nte, e, de um exag exager ero, o, pois pois a Fran Franco co-Maçonaria, com as características atuais, data do sécu sé cullo 18, 18, ou mel elho hor, r, do ano de 1717, 717, ponto onto de partida da Franco-Maçonaria moderna. Foi nessa data que se firmou a preponderância da FrancoMaçonaria especulativa, sobre a operativa. Mas as,, ante nteri rio ormen rmente te à mem emo orá ráve vell reuniã união o das das quatro lojas franco-maçônicas de Londres, existiam várias lojas por toda a Inglaterra, Alemanha, França e Itália, formadas por pedreiros de profissão, reunidos em confrarias, com regulamentos próprios, sinais de reconhecimento, símbolos litúrgicos, e se tratando por irmãos. Guardavam ciosamente a sua arte de construir do conhecimento do vulgo ou profanos. A par desses conhecimentos, essas confrarias (Guilds,

Brothe Brotherho rhood ods, s, Bruder Brudersch schaft aften, en, Co Confr nfrèri èries) es) consti consti-tuídas por verdadeiros artistas (foram os construtores das grandes catedrais européias e os criadores da arte gótica) reuniam e conservavam a tradiç tradição ão eso esotér térica ica da antigu antiguida idade de pagã, pagã, às vezes vezes confundidas com as tradições mais novas do cris cristi tian anis ismo mo.. Co Comp mpre reen ende de-s -se, e, as assi sim, m, o re resp spei eito to que os príncipes tiveram por essas corporações de artesãos, às quais dotaram de regalias e privilégios. Dess Desse e imen imenso so le leg gado ado das das trad tradiç içõe õess antig ntigas as,, de que os pedreiros (maçons, masons, maurerei) foram os depositários conscientes ou inconscientes, faziam parte também as tradições ocultas, herméticas, dos mistérios antigos, perpetuados em símbolos e práticas esotéricas. Esta Estabe bele lece ceuu-se se,, as assi sim, m, um liam liame e entr entre e a Fran Franco co-Maçonaria do século 18 e a mais remota antig ntigui uid dade ade, que le levo vou u os es escr crit ito ore ress a que que nos referimos, a declarar a Franco-Maçonaria coeva da vinda do homem sobre a face da terra. A verdade, contudo, como já dissemos, é um pouco diferente: os legítimos símbolos maçônicos é que se perdem na noit noite e dos dos temp tempos os,, ma mass a Fran Franco co-M -Maç açon onar aria ia,, como a conhecemos, data de pouco mais de dois séculos, ou por outra, a Instituição é nova e a sua essência é antiga.   Tão antigos são os símbolos adotados e conservado vadoss zelo zelosa same ment nte e pela pela Fran Franco co-M -Maç açon onar aria ia,, que que sem receio de errar podemos afirmar que nenhum deles é de data posterior ao ano um da era cristã.  Tal afirmativa se reveste de tanta importância que o poder mantê-la compensa todas as pesquisas,

todas as vigílias gastas em escavar o dourado veio das tradições antigas. Exis Existe tem m sí símb mbol olos os na Fran Franco co-M -Maç açon onar aria ia,, usad usados os desd desde e a sua sua fase fase ope opera rati tiva va,, cujo cujo si sign gnif ific icad ado o foi foi inteiramente estranho aos homens da época, não inici nicia ados dos nos nos mis isté téri rios os maçô çôni nico coss, quand uando o não não foram foram comple completam tament ente e descon desconhec hecido idos. s. Pois Pois bem, bem, quando teve o mundo notícia dos descobrimentos arqueológicos verificados no século 19, constataram os franco-maçons que muitos de seus símbolos figuravam nos objetos encontrados, pertencentes à civilizações já desaparecidas, com as quais os homens haviam perdido todo contacto, anteriores ao advento do cristianismo. E' forçoso admitir que os franco-maçons não inventaram, por coincidência, tais símbolos, pois muitos deles tinham o mesmo significado maçó ma çóni nico co de hoje hoje.. Algu Alguns ns,, por por exem exempl plo, o, sã são o tão tão evidentes, que não permitem margem à dúvidas. Existiu, portanto, um misterioso fio que preservou a tradição antiga, fio esse que não trepidamos em declarar — o segredo dos iniciados. A sabedoria antiga, velada em alegorias e guardada pelo compromisso, entre determinado grupo de homens, congregados em torno de um ideal iniciático, poude, assim, chegar até nós. Só desta form forma a compre mpreen ende de-s -se e o mis mistéri tério o que a muito uitoss pareceu indecifrável. Ensinam a história, a sociologia e a literatura, que as obras homéricas foram guardadas pela tradição oral durante séculos, antes de receberem a forma escrita. escrita. O mesmo mesmo processo processo sofreram sofreram quase quase todas todas as lendas lendas dos dos primó primórdi rdios os da civili civilizaç zação ão.. Se ass assim im

acontec aco ntece eu em rela laçã ção o a obr obras lite literá rári ria as e narnarrativas históricas, porque não sucederia o mesmo com co m uma uma trad tradiç ição ão inic iniciá iátic tica, a, perp perpet etua uada da atra atravé véss de símbolos? Sobre o poder conservador dos símbolos, já disse o nosso Ir.’. MICHA que "se a verdade sobre a natureza essencial do ser e da vida universal é tão alta e tão sublime que nenhuma ciência vulgar ou profana não pode chegar a descobrir, o simbolismo é por sua vez como uma espécie de revestimento, de meio de conservação ideal dessa verdade e uma linguagem ideográfica que a iniciação entrega à nossa meditação, e que só os iniciados podem traduzir sem deformar-lhe o sentido". A longevidade das prá ráti ticcas maçónicas repousa tranquilamente na imutabilidade dos seus símbolos, muito mais fáceis de se guarda rdarem puros do que longas narrativas. E o que é a liturgia senão o conjunto desses símbolos realizados sob determinada forma e em determinadas circunstâncias? A MAÇONARIA E A LITURGIA

Den Dentro tro da Fra Franco nco-Maç -Maço onari naria a a litu liturg rgia ia não não nos pode interessar só como fenômeno histórico, como manifestação de pompa, de suntuosidade, de festa para os olhos, velada pelos preconceitos e pela ignorância, aos distraídos e indiferentes que são arrastados pela absorvente corrente dos interesses cotidianos .

A Franco-Maçonaria está tão ligada à liturgia, que contém toda a sua interpretação esotérica e filosófica, que, sem a litur turgia a nossa Sub.'. Ord. rd.'. seria corpo exânime. Em seus "Estudos Filosóficos", o Ir.'. DARÈRES, disse com exatidão que, ue, "pri riva varr a Fran Franco co-M -Ma aço çon nar ariia da sua líng língua ua sagrada é despojá-la da sua força diretora e do sopro vivifi ificador de sua animação univers rsa al; é roubar-lhe todo o encanto que está unido à sua crença e às doces esperanças que lhe inspiram seus se us es esfo forç rços os fila filant ntró rópi pico coss. Há mist mistér ério ioss ness nessa a Instituição — diz ainda DARÈRES —, que o espírito deve saber compreender sem procurar defini-los". A litu iturgia rgia é um fen fenômen ômeno o vita ital, uma uma concr oncre eçã ção o orgânica, uma forma de vida perene e atraente. Com felicidade disse ilustre escritor que, "a liturgia mostra sua beleza inter terior por uma dinâmica inexausta". Como Co mo disc discip ipli lina nado dora ra das das noss nossas as tend tendên ênci cias as nenegativas, ela impõe a renúncia generosa às próprias expansões que não se enquadrem dentro da regula regulamen mentaç tação ão comum. comum. É a submis submissã são o de toda toda a tend tendên ênci cia a antro antropo pocê cênt ntric rica, a, de toda toda a insu insurgê rgênc ncia ia egoísta. Em liturgia não existe o singular "eu", mas o plural "nós".   Tem Temos os na litu liturg rgia ia uma uma co comp mple leta ta co conc ncep epçã ção o de forma e de estilo, no sentido puro do vocábulo: limp limpid idez ez de ling lingua uage gem m, medid edida a har arm mônic ônica a dos ges gestos os,, perf perfei eita ta co conf nfo ormaç rmaçã ão do espaç aço o e das das tona onalid lidade ades plás plásti tica cass e so sono nora ras. s. Tud Tudo, idéi idéia as, palavras, atitudes, expressões e imagens, extraído dos dos el elem emen ento toss ma mais is si simp mple less da vida vida es espi piri ritu tual al..

Riqueza opulenta, variedade inesgotável, transparência nítida. A ro rob bustecer e cimentar tar esse conjunto de qualidades, temos o fato importante de que a liturgia se exprime por uma linguagem desusada entre os homens de hoje, mas profunda e majestosamente clássica. Resulta, pois, que instintiva e naturalmente vamos olvi ol vida dan ndo os deta detalh lhes es hist histór óric icos os,, abst abstra rain indo do as part partic icul ular arid idad ades es que que ence encerr rra, a, para para co conc ncen entra trarr a atenção em seu sentido eterno e supra-histórico. supra-histórico. A liturgia encerra dentro de si algo que nos convida a dirigir os olhos e o pensamento para as estrelas. Que nos relembra o giro imutável e eterno de suas órbitas, e nos fala de sua ordem equ equilib ilibra rada da e harm harmô ônica ica e de se seu u maj ajes esto tosso e solene silêncio, na imensidão por onde os astros caminham. PAUL VALÉRY, poeta do simbolismo, sentiu a força expr expres essi siva va da litu liturg rgia ia,, tamb também ém co como mo form forma a de arte, rte, pro proclam clama ando ndo que que a "litu liturg rgia ia e a arte rte vão vão unidos em estreito consórcio, guardando afinidades profundas e se desenvolvendo em uma atmosfera de mistério e de encanto, despertando no homem o instinto do divino". Percorrendo o tesouro de símbolos, signos, imagens, alegorias e, por extensão, as metáforas, as hipérboles, as metonímias e os tropos empregados na nossa liturgia, cada um deles polivalente em seus significados, o maçom que tiver olhos para ver e ouvidos para escutar, verá quão mesquinhas e inglórias são as lutas profanas que o cercam, e verificará a antítese violenta entre

o brutal realismo de nossos dias, que se infiltrou em todos os setores da vida, com o aguilhão da sensualidade ou o poder penetrante de suas arestas, e o mundo das idéias encerradas na litu liturg rgiia, co com m tod toda a sua imp imponen nente gra ravi vid dade ade e limpidez, harmonia e seleção de formas. E que melhor forma para encerrar os seus segredos poderi ria a escolher a Franco-Maçonari ria a, senã se não o a de env envol olvê vê-l -los os no extr extrao aord rdin iná ári rio o pode poderr preservad preservador or das alegorias? alegorias? Que melhor melhor linguagem linguagem poderia ser usada para manter viva a mensagem de que é portadora, através dos séculos, senão a linguagem simbólica, visível e inteligível somente aos iniciados? AURE AURELI LIUS US AUGU AUGUST STIN INUS US,, o pens pensad ador or de Tagas agaste te que a Igreja Romana canonizou, referindo-se ao valor do símbolo, gravou indelevelmente este conceito: "omnia sunt per allegoriam dieta" — tudo é dito através da alegoria. Mas, para entendê-la é preciso vê-la pelos olhos do espírito. A LOJA MAÇÔNICA

  Temos frequentemente ouvido os maçons denominar o local onde se reúnem, de "templo", enq enquant uanto o cha chama mam m à entid ntida ade ma maçô çôn nica ica a que que pertencem, de "loja". O local onde os trabalhos maçônicos se realizam, é pois, o templo, o edifício em que a loja tem sede. E loja é um conceito abstrato, que classifica a corporação maçônica no conjun junto, é o nome por assim dizer "legal" do agrupamento, na hierarquia dos corpos maçônicos de uma determinada potência ia.. Todas as lojas

recebem um "título distintivo", que é o seu nome. Assim, "loja" é o conjunto de irmãos que trabalham sob a chefia de um Ven.'. Mest.'. num determinado "templo". Mas se hoje assim se entende, antigamente não. A palavra "templo" era pouco usada, dando-se larga pref prefer erên ênci cia a à pala palavr vra a "l "loj oja" a" que que co cong ngre rega gava va os dois significados. O Ir.'. RAGON, em sua quase desconhecida obra — "La messe et ses mystéres compares aux mystére téress anciens" —, ensina que "os templos maçónicos maçónicos chamavamchamavam-se se loja lojas, s, que na linguagem linguagem sagrada do Ganges quer dizer mundo, donde também se deriva a palavra sagrada logos, que quer uer dize izer ver erb bo, disc discur ursso, ra razzão ão"". "Lo Loja ja — diz diz RAGON — é o lugar em que a palavra é dada, a razão das cousas explicadas e o verdadeiro sent se ntid ido o das ale leg gor oria iass é desv desvel ela ado sem peri perig go, perante homens experimentados". experimentados". O etimologista ALÓIS WALDE esclarece que "templo é palavra latina que denominava o lugar quadrado, delimitado e orientado, no qual o augure tomava no céu os auspícios". auspícios". A construção de um templo obedece às regras da arquitetura sagrada antiga, que devem ser seguidas. A primeira delas é a da orientação, isto é, deve o templo estar disposto de tal forma que a entrada se dê pelo Ocidente, e a parte oposta, onde se fixa o altar, esteja voltada para o Oriente. Essa regra preliminar encontra raízes velhíssimas em todos os povos do universo que sempre viram no Oriente a fonte da sabedoria. Dessa orientação dos templos deriva a posição das duas colunas,

uma significando o norte e outra o sul. O templo vai do Oriente ao Ocidente, do zenit ao nadir, de norte a sul ou do setentrião ao meio-dia, conforme se adotar a moderna ou antiga denominação das pos osiç içõe õess geo geográ ráfi ficcas as.. A altu ltura do tem templo plo é da superfície da Terra ao Céu e a profundidade, da mesma superfície ao centro da Terra. É o símbolo do Mundo. Tão forte é a influência solar em toda a antiguidade, que a maioria das religiões antigas comparam as suas divindades ao astro rei, quando não é o próprio Sol o adorado. Durante milênios foi o mediador visível entre o Supremo Arquiteto e a Humanidade. Os brâmanes, os hebreus, os romanos, viravam-se viravam-se para o Oriente para orar. Deus é o Sol. O domingo é o dia do Senhor, "domin "dominus us dei", dei", dos romano romanos, s, "s "sund unday" ay" dos dos anglo anglo-saxões, "sonntag" dos teutões, "dimanche" dos gauleses. As representações do Sol são frequentes nas obras de arte e obras religiosas de toda a antiguidade. O Sol é o símbolo da luz, da inteligência, da origem, do princípio ativo, enquanto a Lua representa o princípio negativo, é o feminino, a passividade, a imaginação. O que é o ostensório usado pela igreja romana, senão a imagem do Sol resplendente de sua própria luz? As igrejas, desde DIOCLECIANO, tanto quanto possível, vêm sendo orientadas de modo que a sua entrada se faça pelo Ocidente situandose o al altar tar,, invari invariave avelme lmente nte,, no Orient Oriente. e. DIONÍS DIONÍSIO IO DA TR TRÁC ÁCIA IA ensi ensina nava va que que os temp templo loss dos dos anti antigo goss eram colocados de acordo com a marcha do Sol e

VITRÚVIO dizia o mesmo: "Templa orientem spectari debet". Visto o templo por fora, batamos ritualisticamente à sua porta, para que o Ir.'. Cobr.'. nô-la venha abrir. Qual a razão das... pancadas, compassadas e re regu gula lare res? s? Entre ntre os vári rios os si sig gnifi nifica cado doss dess dessa a prática, que distingue aquele que foi iniciado, que most mostra ra as assi sim m sa sabe berr co comu muni nica car-s r-se e co com m se seus us Ur.' Ur.',, que es esttão trab traba alha lhando ndo, está stá a al alus usão ão da fra rase se bíbl bíblic ica: a: "Ped "Pedii e dardar-se se-v -vos os-á -á;; busc buscai ai,, e ac acha hare reis is;; batei e abrir-se-vos-á ". O profano não saberia como chamar o Ir.'. Cobr.'. pela forma exata. Fra ranq nqui uia ada a noss nossa a entr entra ada, olhem lhemo os à nos nossa volta. Nenhuma janela ou porta de acesso! Sentimo-nos como se estivéssemos no santo tabernáculo, fora de todas as vistas. Segundo MACKEY, a forma da loja é a de um paralelogramo, mais extenso no sentido OrienteOcidente, como se fossem dois quadrados unidos, sem linhas curvas. O teto, abobadado, é uma representação viva do firmamento estrelado, ostentando ao Ocidente a Lua, no quarto minguante, e ao Oriente o Sol resplendente, projetando sua luz viva sobre o Livro da Lei Sagrada. Algumas lojas antigas costumavam representar no seu firmamento, os doze signos do Zodíaco. Era a presença viva da Astrologia, com uma simbologia velhíssima, contemporânea da civilização caldáica, senão mais antiga ainda, cujos rudimentos conhecemos através das tábuas de escrever e que teve como cultores homens cuja reputação

atravessou os séculos, e que se aperfeiçoando e desenvolvendo transformo rmou-se numa ciência moderna, a Astronomia, destinada apenas a homens de cultura especializadíssima e dev devotam otamen ento to se sem m par par ao aoss es estu tudo doss el elev evad ados os de matemática e física. Separando o teto das paredes, contemplamos a Cadeia de União, ora em forma de uma corrente de metal, ora em forma de uma corda com nós, símbolo da união dos maçons espalhados pela superfície da Terra. Essa Cadeia de União é interrompida junto ao pórtico pelo qual se ingressa na Lo Loja ja.. Ta Tall ce cesu sura ra indi indica ca que que por por al alii pode poderã rão o se unir novos irmãos. Aos nossos olhos surgem, em seguida, as duas colunas, estranhamente dispostas, pois emergem do chão e não chegam ao teto. Uma significa a força, a firmeza, e a outra a beleza, ostentando cada uma delas, uma determinada letra. Recordam, segundo a tradição maçônica, as colunas do t e m p l o de Salomão. Ornadas de lírios, símbolo da pureza, essas colunas nas sust susten enta tam, m, em al algu guns ns ri rito toss ma maçô çôni nico cos, s, duas duas esferas, sendo uma o globo terrestre e outra a pro jeção do mundo celeste sobre a Terra. Em outros ritos, em lugar das duas esferas, servem de base a três romãs, fendidas pela sazão, símbolo da abundânc dância ia,, da prol prolif ifer eraç ação ão dos dos ma maço çons ns so sobr bre e a face face do globo. Costumam essas romãs estar envoltas numa rede, emblematização da união. Mas porque essas colunas estão assim singularmente dispostas, sem exercerem a função de sustentar o edifício? Evidentemente têm elas outro

significado. São mais obeliscos do que colunas de sustentação. Os obeliscos, os pilares, as colunas, são formas arquiteturais muito antigas. Segundo o historiador HERÓDOTO, os obeliscos egípcios eram uma homenagem ao Sol. O Velho Testamento nos conta como Jacob plantou um pilar em Betei para memorializar a escada que desceu do Céu à Terra.   Jos Josué ué le lev vanto antou u doz doze pila pilare ress par ara a as assi sin nal ala ar em Gilg Gilgal al a le lemb mbra ranç nça a da sua trav traves essi sia a do Jord Jordã ão. Samuel Samuel festej festejou ou a derrot derrota a dos filist filisteus eus,, erguen erguendo do um pila pilarr entr entre e Misp Mispeh eh e Shem Shem,, e Absa Absalã lão o er ergu gueu eu outr outro o em sua sua próp própri ria a honr honra. a. E, o prof profet eta a Isai Isaia as, numa linguagem maçónica, quando quis dizer que os prín prínci cipe pess egip egipci cios os ca caír íram am do pode poder, r, as assi sim m se exprimiu: "Suas colunas abateram-se". abateram-se". Os estudiosos da Bíblia e os arqueologistas em geral, sabem que no templo de Salomão as duas colu co luna nas, s, fund fundid idas as por por Hi Hira ram, m, es esta tava vam m se sepa para rada dass da construção, à sua entrada, do lado de fora. Os antigos escritores gregos, referindo-se aos templos daquelas épocas afastadas da história, citam, em suas descrições, diversos templos que apresentavam, na entrada, colunas separadas do edifício. Em 1882, durante escavações arqueológicas procedidas em Roma, descobriu-se um prato de cerâmica reproduzindo o templo de Salomão, com as duas colunas de bronze na parte exterior, seguindo idêntica disposição que se observa em certos templos fenícios. Dividindo o templo encontramos uma balaustrada de peq pequen uena al altu tura ra,, no se sent ntiido tra transv nsver erssal al.. Na parte menor, que é a do Oriente, têm assento o

Ven.' Ven.'.. Mest. Mest.'. '. , o Orad.'. Orad.'. e o See.'. See.'. , alé além m de We Wen.' n.'.. MMest.'. visitantes, ex-VVen.'. e altas dignidades maçônicas. Na parte maior, que é a do Ocidente, alinham-se filas de cadeiras, onde sentam-se os aprendizes, os companheiros e os mestres. Nesta segunda parte, tomam também assento os dois Wig., um ao pé de cada coluna, ou seja, na parte extrema, quasi próximos à porta. O Ven.'. Mest.'. senta-se de frente para os obre obreir iros os,, dand dando o as co cost stas as à pare parede de onde onde deve devem m estar representados o Delta, símbolo do Absoluto (tendo no centro o Olho da Sabedoria), o Sol e a Lua. Sobre o Ven.'. Mest.'. deve estender-se um dossel, símbolo da hierarquia sagrada. A mesa que serve ao Ven.'. Mest.'., erroneamente chamada de altar, apóia-se num tablado de três degraus de altu al tura ra,, se send ndo o o prim prime eir iro o deg degra rau u o emble mblem ma da fortaleza, o segundo o da beleza e o terceiro o da pureza. Saindo-se do Oriente, desce-se um degrau e logo se nos depara um Altar, onde encontra-se o Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso. E' o altar dos juramentos. O Livro da Lei Sagrada, durante os trabalhos da Loja deve estar aberto, (1) tendo sobre si o Esquadro e o Compasso, com as duas pontas escondidas, no primeiro grau, em que as verdades estão por ser reveladas; com uma ponta só do Compasso aparecendo, no segundo grau, em que parte da verdade já foi revelada; e as duas pontas pousadas sobre o Esquadro, quando a verdade já se most mostro rou u por por inte inteir iro, o, ou se seja ja,, no terc tercei eiro ro grau. grau.

Encerrados os trabalhos da Loja, o Livro da Lei Sagrada deve ser fechado. Ensi Ensina na o Ir.' Ir.'.. LAWR LAWREN ENCE CE,, autor utor de vári várias as obras bras maçónicas, que o Livro da Lei Sagrada não é obrigatoriamente a Bíblia, mas sim o livro sagrado da religião do maçom. Pode ser o Corão, o ZendAvesta, o Sastras, o Rig-Veda, como qualquer outro. Conta LEADBE DBEATER que numa loja maçónica de Bomb Bombai aim m havi havia a cris cristã tãos os,, indú indús, s, budi budist stas as,, pars parsis is,,  judeus, síquios, mussulmanos e jainos. A Loja costumava colocar sobre o altar os livros sagrados das religiões professadas pelos seus membros. É mais uma manifestação do espírito tolerante da Fra Franconco-M Maç açon onar aria ia,, que que não não dete determ rmin ina a aos se seus us membros a profissão de nenhuma religião determinada, exigindo apenas a crença num ente supremo, o G.\ A.'. D.'. U.\, que lhe imprime o sentido espiritua tualista do qual não abdica sob quaisquer circunstâncias. No centro da Loja, estendido sobre o chão, é colocado o Tapete de Mosaico, que representa o perímetro quadriculado do Sancto Sanctorum. Não deve, por isso, ser pisado pelos obreiros. Aos nossos olhos, o Tapete de Mosaico emblematiza as alternativas da vida, das alegrias e das tristezas, do bem e do mal, do dia e da noite, dos vícios e das virtudes, num contraste harmonioso. Aos pés das mesas em que se apoiam os VVig.'., vêem-se duas pedras, uma em estado natural e outra polida. A primeira pedra, que é a que fica próxima ao 2.° Vig.'. é o símbolo da paixão, do egoísmo, da imperfeição dos aprendizes. A

segunda pedra, já trabalhada, fica à frente do 1.° Vig.'. .'. e alegorisa o aperfeiçoamento moral, e significa que o aprendiz enriqueceu os seus conhecimentos. Querem alguns tratadistas maçôn maçônico icoss que uma terce terceira ira pedra pedra sej seja a coloca colocada da no Oriente, junto à mesa do Ven.'. Mest.'. , pedra essa que tem o nome de "perpendicular". Dado as particularidades que envolvem este símbolo, não o poderemos esclarecer neste pequeno ensaio. AS LUZES, AS JÓIAS E OUTROS SÍMBOLOS

Na organização maçônica são chamados de "luzes" aqueles que dirigem a Loja e nela exercem funções de relevo. São cinco as principais "luzes" : Ven.'. Mest.'. .'., 1.° e 2.° VVig.\, Orad.'. e Sec.-.. Como o próprio nome o indica, devem iluminar da Loja, concorrendo sempre com a sua sabedoria, espírito de tolerâ rân ncia e firmeza. Dessas cinco luzes uzes,, so sobr bres esssae aem m-s -se e o Ven.'. n.'. Mes est. t.'. '. e os dois Wig.', que forma rmam as três luzes vitai tais que iluiluminam a Loja, conjuntamente com as três luzes astrais, o Sol, a Lua e a Estrela Radiosa. O Ven.'. Mest.'. que ocupa a cadeira do rei Sal alo omão ão,, enca encarn rna a a Sabe abedori doria a. 0 1.° Vig Vig.'. .'. é a Força para realizar, e o 2.° Vig.'. é a Beleza que adorna. Toda grande obra reúne essas três qualidades. O Ven.'. Mest.'. é também chamado "hierofante", ou seja o sacerdote que nos mistérios egípcios era encarregado de iniciar os neófitos e de interpretar os mistérios. Os VVig.'. por sua vez, são os

"episcopos", isto é, aqueles que vêem com segurança. O Ven.' en.'.. e os VVig.' ig.'.. em empu pun nham ham Malhe lhetes, tes, em em-blema do poder e da autoridade. E' o símbolo do comando. Assim como os reis e soberanos usam o cetro, o Ven.'. Mest.'. empunha o malhete. Outro símbolo maçónico, de grande valor, é o Avental, interpretado como o emblema do trabalho e da inocência. De uso obrigatório, o Avental não pode ser dispensado sob pretexto algum. Const Co nstitu itui, i, na lingua linguagem gem maçôni maçônica ca,, o "vest "vestido ido"" do obreiro, sem o qual ele está nu. "No princípio do século dezoito os aventais eram idênticos àqueles usados pelos pedreiros operativos. Eram grandes, chegando até o peito e descendo até os joelhos, de couro irregular, ficando a parte da cabeça do bói sobre o peito e o restante apenas com as pernas cortadas. Contudo, já naquela época alguns irmãos costum tumavam dec decor orar ar se seus us aven aventa tais is co com m dese desenh nhos os de ar arco coss, colunas etc. Não havia o cuidado de um modelo único, agindo cada um como melhor lhe parecia. Com o tempo, alguns desenhos tornaram-se popu popula lare ress e fora foram m co copi piad ados os por outr outros os ma maço çons ns.. Em fins do século dezoito pintavam-se cenas da legenda maçónica ou detalhes das cerimônias. Logo depois do Ato de União, em 1813, foi estabelecida a forma atual". O Avental deve ser feito de pele branca, com um friso de pano azul nas bordas, tendo uma abeta, também frisada de modo idêntico, que é usada abaixada nos graus de mestre e companheiro. Os aprendizes apresentam-se com a abeta levantada,

sendo que o seu avental não possui friso algum. Dissemos friso azul, pois essa é a cor do simbolismo maçônico, sendo um erro generalizado o uso da cor vermelha, o que mais adiante melhor esclareceremos. Os OOf.'. usam em volta do pescoço um Fitão ou colar de pano azul, caindo em ângulo sobre o peito. peito. Na extremidade extremidade do fitão, deve pender pender a Jóia do seu cargo. Algumas lojas costumam inscrever o seu título distintivo ou número, no fitão. Ao cont co ntrá rári rio o do Aven Aventa tal, l, o Fitã Fitão o é de uso uso facu facult ltat ativ ivo o para os obreiros, excetuados, é claro, os que exercem cargos. Do fitão do Ven.'. Mest.'. pende um Esquadro abert berto o, apo apoiado sobre obre uma uma mei eia a circ circun unfe ferê rênc ncia ia graduada, tendo ao centro o Sol. Isso no rito Escocês Antigo e Aceito. No rito de York, o Ven.'. Mest.'. usa simplesmente um Esquadro, símbolo da verdade. O Esquadro apoiado pelo Malhete significa a verdade apoiada pela autoridade. As Jóias do primeiro e segundo VVig.'. são respectivamente, o Nivel, emblema da igualdade e o Prumo, emblema da equidade. O Orad.', ou Cap.', ostenta o Livro da Lei Sagrada, sobreposto aos raios de um Sol cujo centro não se vê. Os CCobr.'. carregam no fitão uma pequena Espada, emblema da luta franca, do combate leal. Os Diáconos usam como jóia uma Pomba, em lembrança da pomba mensageira que Noé soltou da Arca. Este símbolo, porém, é de uso mais recente, pois os maçons primitivos preferiam a figura de Mercúrio, com o caduceu, figura clássica da mitologia, onde Mercúrio era considerado o mensageiro dos

deuses e o condutor dos mortos pelos mundos subte ubterr rrâ âneo neos. Ess sse e sí sím mbolo bolo pers persis iste te ainda inda em algu al guma mass lo loja jass ingl ingles esas as.. O Sec. Sec.', ', usa usa duas duas Pe Pena nass cruzadas e o Tes.', duas Chaves, também cruzadas. O Hosp.'. é simbolizado por uma Bolsa, e o Chanc.'. tem o timbre da Loja, dentro de um triângulo. Os MMest.'. de BBanq.'. trazem como jóia uma Cornucopia da qual se derramam frutos variados e outros alimentos e os MMest.'. de Harm.' rm.'.. , uma Lir ira a. O Mes est. t.'. '. de CCe Cer. r.'. '. usa usa um Laço de fita ou um Triângulo simples, devendo também trazer em uma das mãos, uma pequena vara. O Arq.'. carrega uma pequena Trolha. As jóias do Ven.'. .'. Mest.' t.'. e dos VVig.'. são chamadas jóias móveis porque são transmitidas aos seus sucessores na noite de posse da nova administração. Assim como há três jóias móveis, exis existe tem m tam também bém trê rêss jó jóia iass imó imóvei eiss, que são a  Tá  T ábua bua de Deli Deline near ar (1), (1), a Pedra edra Bruta ruta e a Pedra edra Polida, já descritas por nós. São chamadas jóias imóveis porque permanecem expostas e imóveis na Loja para os irmãos ir mãos nelas estudarem a moral.

AS CORES, OS NÚMEROS, OS SINAIS E A LINGUAGEM

Na opulência da simbologia maçónica encontramos outros veios magníficos a explorar.  Tomemos, para começar, as cores utilizadas pela Franco-Maçonaria. A cor que predomina entre nós é o azul. É a cor do simbolismo, em contraposição

ao vermelho, que é a cor do filosofismo. Daí  termos assinalado, páginas atrás, o engano que se verifica no Brasil em se classificar as lojas do rito esco es cocê cêss antig ntigo o e ac acei eitto, de loj oja as "ver erm mel elha has" s".. Vermelhos são os Capítulos, nunca as lojas. Qualquer que seja o rito, as lojas que trabalham nos três graus básicos são "azuis". Portanto, ainda é tempo de se começar as retificações necessárias, pintando-se novamente de azul todas as paredes internas dos nossos templos. O azul é a cor magnética por excelência. Cor do planeta Júpiter, que rege o pensamento moral, a idéi idéia a filo filosó sófi fica ca.. Segu Segund ndo o DARI DARIO O VELO VELOSO SO,, "o azul azul repousa o corpo e fortalece o espírito, convida à medi me dita taçã ção, o, ao em embe beve veci cime ment nto, o, derr derram aman ando do na alma al ma si sile lenc ncio iosa sa,, eflú eflúvi vios os de bond bondad ade" e".. Po Porr is isso so a safira é a pedra dos sábio ioss, dos filó lóssofos, dos teurgos. É a cor do céu. O branco, cor dos aventais, é a paz, a virgindade de Isis. Bra ran nco era o avental tal do profeta Elias e branco também o avental que cingia João Batista, como também eram brancos os "efods" dos israelitas que serviam no Santo dos Santos. Nos mist mistér ério ioss pérs pérsic icos os de Mitra Mitra,, os inic inicia iado doss surgi surgiam am revestidos de um avental branco, e de modo igual eram paramentados os iniciados nos mistérios de Eleu Eleusi siss, pois pois se segu gund ndo o CICE CICERO RO,, "o bran branco co é a co corr preferida dos deuses". De tal forma o branco se associou à idéia de pureza, de virgindade, que os Essênios cobriam os seus postulantes com uma veste alva, com as extremidades azuis.   Já o vermelho é a luta, o combate, é o planeta Marte. Indica o sacrifício, o sangue. No rubi é o

Direito, é o litígio entre a razão e o erro. Na púrpura é a cor preferida pelos magos. O preto é a dor, a desesperança, a morte. Saturno é negro como o ónix. A cor negra é usada em certas câmaras maçônicas e em determinadas cerimônias. A nume numero rolo logi gia, a, es esse senc ncia ialm lmen ente te si simb mból ólic ica, a, oc ocup upa a lugar relevante na Franco-Maçonaria. Nem poderia suce sucede derr de modo modo dife difere rent nte e numa numa Inst Instit itui uiçã ção o cuja cuja base é fundamentalmente esotérica. O número um é a unidade, o pri rin ncípio, o gra ran nde mistério, o átomo, a causa sem causa. O número dois é a mulher, a dualidade do ser, o antagonismo. O número três, clássico por excelência no simbolismo, é a idéia da trindade, do principio trino, da perfeição. Nele se baseia o triângulo. O número quatro é a forma, a adaptação. Número da família, é o símbolo da  Terra. O número cinco é o pentagrama, o número do G.-. A.'. A.'. D.'. D.'. U.'. U.'. , núme número ro pred predil ilet eto o dos dos pita pitagó gó-ricos . O número seis é o equilíbrio das idéias, número preferido pelos martinistas. Encerra a idéia do bem e do mal. Dele se formam os números apocalípticos. O número sete é a realização, a aliança da idéia e da forma, número da sabedoria, reunião do ternário e do quaternário. A tradição bíblica é riquíssima no número sete. "Lava-te sete vezes nas águas do Jordão", foi dito a Naaman. "O justo tombará sete vezes". "Não digo sete vezes mas setenta vezes sete". Número pleno e perfeito, o sete impera na liturgia da igreja roma ro mana na.. Em sua sua "De "De divi divini niss offi offici ciis is", ", RUPE RUPERT RT DE  TUYS diz que o "ofício santo, com suas sete horas,

é um fulcro divino de luz e de fervor que pode ser comparado ao sol cujos sete raios iluminam, aquecem e vivifi ificam tod todos os dias, a natureza inteira". Uma loja maçónica só é perfeita quando tem sete maçons, colados no grau de mestre. Sete ou mais. Entre ntre os símbo ímbolo loss maçó çóni nico coss cujo cujo signi ignifi fica cad do é bast bastan ante te oc ocul ulto to,, si situ tuam am-s -se e os si sina nais is.. Po Porr el eles es os maçons se reconhecem e constituem um segredo que não pode ser revelado, sob pena de perjúrio ao jura urame ment nto o pres presta tado do.. Dev Devem se serr feit feito os co com m muita discri riçção e atenção. Digamos até: com unção. Os sinais mal feitos, além de denotar negligência são uma demonstração de ignorância maçó ma çóni nica ca.. Evid Eviden ente teme ment nte e quem quem os faz faz de modo modo pouco cuidadoso ou sem o devido respeito, ignora o seu verdadeiro significado. O gesto é a palavra muda. Quando o maçom faz sina si nais is,, es está tá tra transmi nsmiti tind ndo o uma uma me mens nsag agem em,, es está tá realiz rea lizand ando o uma cerimô cerimônia nia,, que pelo pelo se seu u segred segredo, o, escapa ao entendimento dos profanos. Os sinais maçónicos merecem um estudo a parte, tal a sua complexidade. O Ir.'. WARD, já citado, dedicou um belíssimo livro ao estudo dos sinais maçônicos, a cujas origens remonta. Faz mesmo uma interpretação profunda, à luz de elementos colhidos nas fontes mais insuspeitas da antiguidade, através de obras de arte recolhidas aos museus da Europa e da Ásia. E nos aponta a existência dos sinais tão nossos conhecidos, em pint pintur uras as,, es escu culltura turass e desc descri riçõ ções es antig ntigas as,, onde onde têm têm o me mesm smo o signi ignifi fica cado do co comp mpre reen end dido pelo peloss maçons.

Os sinais são classificados em "guturais", aqueles que se relacionam com a garganta, "cordiais", com o coração, "capitais", com a cabeça, "manuais", com as mãos, "umbrais", com os ombros, e o sinal do "plexo solar", e exprimem a desgraça e o desesp desespero ero,, a exalt exaltaçã ação, o, a reverê reverênci ncia, a, o horro horror, r, a resi re sign gnaç açã ão, o pesa pesar, r, a ador adoraç açã ão, o sa sacr crif ifíc ício io,, a simpatia, a fidelidade, a obrigação, a destruição, o céu e a terra, o fim, a prece, o socorro. Inúmeras são as estátuas clássicas e os quadros antigos que ele nos apresenta, em que constatamos a exec execuç ução ão dess desses es si sina nais is,, em co cond ndiç içõe õess que não não significam e nem podem significar somente uma coincidência. O sinal de preservação, por exemplo, que se pratica pratica no segundo grau, é encontrad encontrado o em objetos objetos contem contempor porâne âneos os às civili civilizaç zações ões egípci egípcia a e ma maia, ia, e também nas pinturas sacras, principalmente nos quadros representando o juízo final, em que alguns espíritos imploram ao G.'. A.'. D.'. U.'. que os preservem, enquanto que outros, condenados às chamas eternas (notemos que a pintura é sacra e se encontra em igrejas da idade-média), fazem o sinal de desespero, ou o sinal de horror, pertinente ao terceiro grau. A linguagem dos sinais só é inteligível aos iniciados, dado o seu significado recôndito. Os maçon maçons, s, porém porém,, possue possuem m uma lingua linguagem gem falada falada,, igualme lmente desconhecida dos profanos. Com ligeiras variações, é a mesma na Inglaterra, na França, na Alemanha, nos países de fala espanhola e port portug ugu ues esa a. Os seus eus term termo os são gera ralm lmen ente te tira rad dos da arte do pedre reiiro ou da construção.

Assim Assim,, esc escrev rever er é "traça "traçar", r", ca carta rta é "pran "prancha cha"" e a ata é "balaustre", discurso é "traçado geométrico", exam examin ina ar algu lguém para para veri verifficar icar se é ma maço çom m é "trolhar", cruzar as espadas sobre a cabeça de visitantes ilustres é formar "abóbodas de aço". A presença de profanos entre maçons é assinalada pela palavra "goteira" intercalada numa frase. Os filhos de maçons são "lowtons" isto é, cordeirinhos, e os maçons na linguagem comum se chamam de "filhos da viúva", pois são irmãos de Hiram, filho de uma viúva de Neftali. A LITURGIA É A FORÇA DA MAÇONARIA

Qual a Instituição, no mundo moderno, que conserv se rva a tão tão prec precio iosso teso tesou uro da sa sabe bedo dori ria a anti antiga ga senão a Franco-Maçonaria? Reunindo tantos elementos esotéricos, dentro dos princípios e da tradição iniciática, a Ordem Maçônica é a instituição que os perpetua, sendo a ponte de ligação entre um passado que remonta à noite dos tempos, dona de uma sabedoria e conhecimentos que se perderam para o mundo profano, em ondas de sangue e de barbárie, que durante séculos, em crises periódicas, convulsionaram o mundo. A litu liturg rgia ia ma maçó çón nica ica, re real aliz izan ando do e inte interp rpre reta tand ndo o esses símbolos, que são verdadeiros mistérios, na acepção etimológica do vocábulo, isto é, "verdades guardadas", ocultas, tem de ser imperativamente a sua hierogramata, ou seja, a sua intérprete. Aos maçons incumbe decifrá-los e desvelá-los, enriquecendo o seu espírito e fortalecendo a sua alma, aperfeiçoando-se,

"polindo-se" para poder se "ajustar" na obra imortal da construção do templo da virtude, como uma pedra exata e perfeita. Em conhecer esses símbolos, essas alegorias, reside a ciência e a arte maçónicas. Para isso é preciso ter abertos, não só os olhos do rosto, mas os do espírito, pois senão vereis e não entendereis. À Franco-Maçonaria compete a missão de ser a vanguardeira da Humanidade, sobre ela derramando a sua luz bem fazeja. "Vós sois a luz do mundo" — disse uma vez o Grande Iniciado. Não podemos fugir a esse destino glorioso. A Fran Franco co-M -Maç açon ona ari ria, a, na sua sua lo long nga a his istó tóri ria, a, tem tem sido às vezes instrumento da política, tem sido vítima da política, tem atravessado períodos de perseguição e períodos de fastígio. Sempre, poré porém, m, ma mant ntev eve e re resg sgua uard rdad ado o o se seu u inap inapre reci ciáv ável el tesouro, contido na liturgia, que é o alimento da sua sua forç força a es espi piri ritu tual al.. Afas Afasta taii a litu liturg rgia ia da Fra FranconcoMaçonaria e vê-la-eis fenecer até extinguir-se, como uma instituição profana qualquer, corroída pela luta fratricida, atirada ao pasto das competições pessoais. Interpretemos os símbolos, cultuemos o legado da sabe sa bedo dori ria a anti antiga ga e es esta tare remo moss ro robu bust stec ecid idos os para para enfrentar todas as vicissitudes. Í N D I C E

Parecer do Conselho Estadual Decreto 217 Prefácio

I — A antiguidade dos símbolos II — A Maçonaria e a Liturgia III — A Loja Maçônica IV - - As Luzes, as Jóias e outros símbolos V — As Cores, os Números, os Sinais e a Linguagem VI — A Liturgia é a força da Maçonaria

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