4 Instrucao Do Aprendiz

November 13, 2018 | Author: alberto_caal6297 | Category: Freemasonry, Masonic Lodge, Morality, Philosophical Science, Science
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A.´.G.´. D.´. G.´. A.´. D.´. U.´. Quarta instrução do grau de aprendiz A.´.R.´.L.´.S.´. Cavaleiros Noaquitas - Or.´. de Santos Or.´. de Santos, 05 de Dezembro de 2011 da E.´.V.´. Autor: Apr.´. Alberto Marques Nunes e Apr.´. Wilson Roberto Nigro MORAL MAÇÔNICA E SUAS APLICAÇÕES

Em Loja e fora dela falamos constantemente sobre moral, ética, dever, virtude, vício, sobre o bem e o mal e conceitos afins, pressupondo que todos tenham a mesma compreensão dessas idéias. Raramente paramos para refletir, de maneira crítica, sobre tais valores, a fim de estabelecer um conhecimento mais preciso e claro sobre eles, de forma a ter validade e entendimento gerais, entre todos nós. A primeira Constituição Maçônica, aquela de 1721, publica em Londres em 1723, no seu primeiro artigo, já estabelecia que "Um Maçom é obrigado, por sua Condição, a obedecer à Lei moral;" Portanto, esse é o primeiro dever do Maçom, dever esse que  precede a todos os outros e decorre, logicamente, do pressuposto de uma Ordem Superior  e Inteligente, da qual temos consciência e atribuímos à sabedoria do G.'. A.'. D.'. U.'.. Moral é algo que diz respeito exclusivamente ao homem, enquanto ser livre e inteligente e, portanto, com capacidade para escolher entre esta ou aquela conduta, e agir  conforme sua vontade. Não há moral entre os seres inferiores, pois estes, quando agem, o fazem em razão de sua natureza, sem interferência de juízo de valor. O leão que abate sua   presa não age moral ou imoralmente, simplesmente segue sua natureza felina, para atender a uma necessidade vital. A idéia de Moral implica, portanto, em noções de bem e de mal, de dever, de obrigação, de responsabilidade, enfim, de valores humanos que são necessários à vida em grupo. Para alcançar a perfeição de nossa natureza, quer física, quer espiritual, será necessário desenvolver nossas virtudes físicas e espirituais, procurando afastar de nós o seu contrário, a que damos o nome de vício. Segundo Aristóteles, há duas espécies de virtude: uma intelectual e outra moral. A  primeira, via de regra, adquire-se e cresce em nós graças ao ensino. Por isso requer  experiência e tempo dedicado à instrução. A virtude moral, por outro lado, é adquirida como resultado de uma prática constante, ou seja, do hábito. É interessante notar que a  palavra grega "éthos", que significa "hábito", deu origem também à palavra ética, que significa moral. E aqui nós chegamos a um ponto fundamental para compreender o valor da Maçonaria, de seus métodos de ensino e de sua Moral. Se a virtude moral não se adquire

 pela instrução, pelo aprendizado teórico, mas sim pela prática de atos virtuosos, todo o esforço da Ordem deve estar direcionado para criar, desenvolver, conservar e aprimorar  os hábitos que conduzam a essa virtude moral. Todos nós nascemos com aptidão para desenvolver hábitos, bons ou maus. A Maçonaria oferece ao iniciado um método apropriado para desenvolver sua autodisciplina, a partir da reiteração ritualística constante, exaltando os valores superiores que devem guiar o homem em suas relações consigo mesmo e com os seus semelhantes. A própria dinâmica de uma sessão maçônica acaba por desenvolver a tolerância de seus participantes, fazendo com que aprendam a ouvir e somente falar nos momentos oportunos. A prática de ações e gestos ritualísticos são exercícios simbólicos que trazem  para a consciência a natureza de hábitos que, muitas vezes, não foram devidamente considerados por nós. Para entendermos Moral Maçônica e implicações, precisamos definir claramente qual a missão do Apr.·. M.·. sendo estes conceitos aplicáveis não apenas a este grau mais a todos os maçons de todos os graus. Para a Maçonaria, o Gr.·. de Apr.·. M.·. é considerado como sendo o alicerce de sua Filosofia Simbólica. A principal missão de um Apr.·. M.·. é o desbastar da pedra bruta, isto é: • Vencer as suas paixões; • Desvencilhar-se de seus defeitos; • Criar sólida fundamentação para sua própria Elevação; • Contribuir para a reestruturação moral da humanidade; Esta missão dar-se-á inicialmente através da inteligência que é o sentimento não adulterado do homem ainda no seu estado primitivo, áspero e despolido, conservando-se neste estado ate que pelo cuidado de seus Mestres e pelo próprio esforço e perseverança adquire a educação liberal, virtuosa e indispensável para que se transforme em um homem culto e valioso, plenamente capaz de fazer parte da sociedade civilizada. O Apr.·. M.·. deve abrir seu coração para: • Praticar o Bem; • Exercer a Fraternidade; • Exercer a Caridade;

• Ser exemplo no âmbito familiar, no trabalho e no ambiente social; Assim procedendo tornar-se-á útil para a construção do Verdadeiro Templo à Virtude. A Maçonaria (e nós Maçons) tem como obrigação, defender: • A liberdade dos homens e dos bons costumes; • O reconhecimento da igualdade de todos perante a Lei Natural e perante o G:.A:.D:.U:.; • A prática permanente da Fraternidade; • A prática permanente da Solidariedade; • O reconhecimento de todos como verdadeiros IIr.·. E lutar contra; • Os Vícios; • A Ignorância; • Os erros; • A Intolerância; • O Fanatismo. A maçonaria é reconhecida por seu espírito de corpo e de solidariedade. O maçom não tem por dever, em todas as circunstâncias ajudar, esclarecer e proteger seu irmão, mesmo com o perigo de sua vida; os maçons prestam efetivamente o juramento de dar  socorro e assistência a um irmão em necessidade. A maçonaria tem por dever estender a todos os membros da humanidade, os laços fraternais que unem os maçons sobre toda a superfície do globo. A solidariedade e a ajuda mútua serem foram em nossa Ordem as grandes regras que devem ser exercitadas com muito discernimento. Em nível de Loja, eu diria que existe em nossa obediência um grande malentendido: eu gostaria de falar sobre o Irmão Hospitaleiro, cujo papel nem sempre é valorizado, e a tarefa reduzida a circular com o “Tronco de Beneficiencia”. Colaborador  direto do VM, ele deve conhecer a situação de cada um dos IIr.´. da loja e suas famílias. A ele cabe, à medida que tenha recolhido as informações sociais que lhe competem, orientar todos os IIr.´. que tenham necessidade de uma intervenção ou de um apoio. Com relação a isso, e sempre de acordo com seu VM, ele deve apontar sem demora os casos difíceis que ele não tenha podido resolver sozinho.

 No interior de nossas lojas, esta solidariedade é exercida materialmente, graças aos fundos recolhidos pelo “Tronco do Hospitaleiro” que o Ir.´. Hospitaleiro nos apresenta ao fim de cada Sessão. Caixas especiais previstas nas lojas para atender aos mais apertados, sempre que um irmão se encontra em uma situação material embaraçosa. Existe outra forma de solidariedade, totalmente imaterial desta vez, que consiste em ajudar moralmente os irmãos e irmãs. Esta solidariedade é exercida no dia-a-dia, na  busca da verdade e do aperfeiçoamento, a pesquisa iniciática e uma pesquisa coletiva. Ela é, ao mesmo tempo, o objetivo e a força da maçonaria. Se ele quer assumir plenamente seu cargo, o Ir.´. Hospitaleiro deve tomar  consciência da importância da tarefa que lhe foi confiada. Por sua ação, ele sublinha o caráter universal e filantrópico da Maçonaria, e é assim que ele figura em um bom lugar  na lista de Oficiais de todas as Lojas do mundo inteiro, sem distinção de obediência. Encontra-se sempre entre os maçons, homens devotados que tiveram o coração  para se dedicar a socorrer os Irmãos menos afortunados, suas viúvas, seus órfãos; um  bom número de homens, de irmãos e de irmãs que sacrificam uma parte de seu tempo, de seu lazer para praticar a virtude da solidariedade. O universalismo maçônico não consiste apenas em um reconhecimento dos Maçons entre si, unidos pelos laços da Fraternidade e da Solidariedade. Ele não se expressa unicamente na conjuração dos Iniciados, assentados à mesa da Sabedoria, enquanto que os outros homens se contentariam com as migalhas. O universalismo maçônico é o sentimento, assim como a solidariedade dos maçons com o conjunto da Fraternidade humana. Este sentimento de solidariedade, que o Maçom não pode suprimir, mesmo dentro do quadro de sua pesquisa interior, deve se manifestar concretamente no mundo profano. Enumerar as obras maçônicas de solidariedade em favor de maçons e do mundo   profano inteiro exigiria toda uma compilação. Numerosas instituições de assistência foram organizadas, orfanatos e durante a guerra de 1870, ambulâncias.  No mundo profano, “Maçonaria” é sinônimo da dependência dos homens, uns em relação aos outros, dependência que faz com que os indivíduos sejam parte de um mesmo todo. A solidariedade e a ajuda mútua sempre foram em nossa Ordem as grandes regras que devem ser exercitadas com muito discernimento. A maçonaria universal tem por missão reunir as boas-vontades esparsas no universo. Com freqüência caricatura-se esta solidariedade como uma sociedade de serviços mútuos, assegurando o sucesso social de seus membros. Isto é esquecer que suas  preocupações são essencialmente filosóficas e cívicas, e que sua filantropia é exercida muito mais no plano moral que no plano material. Com efeito, quando os candidatos à

iniciação entram pela primeira vez na câmara negra de reflexão, antes de serem iniciados no grau de aprendiz, eles podem ler um aviso escrito na parede: “Se você aqui vem por  interesse, saia imediatamente!”. A Ordem não está a serviço de seus membros, mas a serviço de seu ideal. Antes de terminar este trabalho gostaria de ilustrar a idéia de solidariedade demonstrada acima em uma transcrição de uma apresentação em Power Point que recebi poucos dias após a minha iniciação na nossa Ordem, a qual na época não havia entendido a mensagem oculta em tão belas imagens que trazia:

O carro de um vendedor que viajava pelo interior quebrou e conversando com um fazendeiro de um campo próximo, eles descobrem que são “IRMÃOS”...! O vendedor está preocupado porque ele tem um compromisso importante na cidade local. - Não se preocupe...! (diz o fazendeiro) - Você pode usar meu carro...! Vou chamar um amigo e mandar consertar o carro enquanto você vai ao seu compromisso... E lá foi o vendedor...; Umas três horas mais tarde ele voltou...; Mas infelizmente o carro precisava de uma peça que somente chegará logo cedo, no dia seguinte. - Sem problemas...! (diz o fazendeiro) - Use meu telefone e reprograme seu primeiro compromisso de amanhã...; Fique conosco hoje...; E providenciaremos para que seu carro esteja pronto logo cedo...! A esposa do fazendeiro preparou um jantar maravilhoso e eles tomaram um pouco de malte puro em uma noite muito agradável... O vendedor dormiu profundamente e quando acordou, lá estava seu carro, consertado e pronto para ir. Após um excelente café da manhã, o vendedor agradeceu a ambos pela hospitalidade. Quando ele e o fazendeiro caminhavam para seu carro, ele se voltou e perguntou: - Meu Irmão...! Muito Obrigado...! Mas preciso perguntar... - Você ajudou-me porque sou MAÇOM...? -NÃO...! EU AJUDEI VOCÊ PORQUE...............EU SOU MAÇOM...!

Bibliografia: Ritual do Aprendiz Portal Maçonico Maçonaria.net

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