24 Pateman Participacao e Teoria Democratica

May 17, 2018 | Author: Anderson Torres | Category: Democracy, Sociology, Politics, Totalitarianism, State (Polity)
Share Embed Donate


Short Description

Download 24 Pateman Participacao e Teoria Democratica...

Description

© Cambridge University Press, 1970 Traduzido do original em inglês Participation and Democratic Theory Revisão técnica: Anna Maria Quirino Preparação: Eliana Antoniolli Revisão: Ana Maria O. M. Barbosa Capa: Pinky Wainer Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Pateman, Carole Participação e teoria democrática/ Carole Pateman; tradução de Luiz Paulo Rouanet. — Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

ÍNDICE

I.

II. II. III.

Bibliografia. 1. Autogestão 2. Democracia 3. Participação I. Título.

Teorias recentes da democracia e o "mito clássico "  Rousseau,  Rousse au, John Joh n Stuart Mill e G.D.H. G.D.H . Cole: uma teoria participativa da democracia

IV. "Participação" e "democracia" na indústria CDD-321.80

92-0919 índice para catálogo sistemático: 1. Democracia: Ciência política 321.80

Direitos adquiridos pela EDITORA PAZ E TERRA S.A. Rua do Triunfo, 177 01212 - São Paulo, SP Tel. (011) 223-6522 Rua São José, 90 -II2 andar, cj. 1111 20010 - Rio de Janeiro, RJ Tel. (021) 221-4066 que se reserva a propriedade desta tradução. Conselho Editorial Antônio Cândido Fernando Gasparian Fernando Henrique Cardoso

1992 Impresso no Brasil / Printed in Brazil

35

O sentido de eficácia política e a  participação  participaç ão no local lo cal de trabalho tr abalho

V.

9

 Autogestão de trabalhadores na Iugoslávia

VI. VI. Conclusões

65 93 115 115 137

 Bibliografia  Bibliograf ia

149

índice remissivo

157 

TEORIAS RECENTES DA DEMOCRACIA E O "MITO CLÁSSICO"

Nos últimos anos da década de 60, a palavra "participação" tornou-se parte do vocabulário político popular. Isso aconteceu na onda de reivindicações, em especial por parte dos estudantes, pela abertura de novas áreas de participação — nesse caso na esfera da educação de nível superior —, e também por parte de vários grupos que queriam, na prática, a implementação dos direitos que eram seus na teoria. Na França, "participação" foi uma das últimas palavras de ordem utilizadas por de Gaulle em campanhas políticas; na Grã-Bretanha, vimos a idéia receber a bênção oficial no Relatório Skeffington sobre planejamento, e nos Estados Unidos o programa antipobreza incluía fundos para o "máximo possível de participação" dos afetados por ela. O uso generalizado do termo nos meios de comunicação de massa parecia indicar que qualquer conteúdo preciso ou significativo praticamente desaparecera; "participação" era empregada por diferentes pessoas para se referirem a uma grande variedade de situações. A popularidade do conceito fornece uma boa razão para que se dedique alguma atenção a ele. Porém, mais importante do que isso, a recente intensificação dos movimentos em prol de uma participação maior coloca uma questão crucial para a teoria política: qual o lugar da "participação" numa teoria da democracia moderna e viável? É um bocado irônico que a idéia de participação tenha se tornado tão popular, particularmente entre os estudantes, pois entre os teóricos da política e sociólogos políticos a teoria da democracia mais aceita (aceita de maneira tão ampla que se poderia chamá-la de doutrina ortodoxa) é aquela na qual o conceito de participação as-

TEORIAS RECENTES DA DEMOCRACIA E O "MITO CLÁSSICO"

Nos últimos anos da década de 60, a palavra "participação" tornou-se parte do vocabulário político popular. Isso aconteceu na onda de reivindicações, em especial por parte dos estudantes, pela abertura de novas áreas de participação — nesse caso na esfera da educação de nível superior —, e também por parte de vários grupos que queriam, na prática, a implementação dos direitos que eram seus na teoria. Na França, "participação" foi uma das últimas palavras de ordem utilizadas por de Gaulle em campanhas políticas; na Grã-Bretanha, vimos a idéia receber a bênção oficial no Relatório Skeffington sobre planejamento, e nos Estados Unidos o programa antipobreza incluía fundos para o "máximo possível de participação" dos afetados por ela. O uso generalizado do termo nos meios de comunicação de massa parecia indicar que qualquer conteúdo preciso ou significativo praticamente desaparecera; "participação" era empregada por diferentes pessoas para se referirem a uma grande variedade de situações. A popularidade do conceito fornece uma boa razão para que se dedique alguma atenção a ele. Porém, mais importante do que isso, a recente intensificação dos movimentos em prol de uma participação maior coloca uma questão crucial para a teoria política: qual o lugar da "participação" numa teoria da democracia moderna e viável? É um bocado irônico que a idéia de participação tenha se tornado tão popular, particularmente entre os estudantes, pois entre os teóricos da política e sociólogos políticos a teoria da democracia mais aceita (aceita de maneira tão ampla que se poderia chamá-la de doutrina ortodoxa) é aquela na qual o conceito de participação as-

BIBLIOGRAFIA

Junto com as obras citadas no texto, a bibliografia contém mais algumas fontes às quais foram feitas referências. ALFORD, R. R, Party and Society, Londres, John Murray, 1964. ALMOND, G. A., e Verba, S., The Civic Culture, Boston, Little Brown & Co., 1965. ANDERSON, N., Work andLeisure, Londres, Routledge & Kegan Paul, 1961. ARGYRIS, C., Personality and Organization, Nova York, Harper Bros., 1957. ARGYRIS, C., Integrating the Individual and the Organization, Nova York, Wiley, 1964. AUTY, P, Yugoslavia, Londres, Thames & Hudson, 1965. BACHRACH, P, The Theory ofDemocratic Elitism: A Critique, Boston, Little, Brown & Co., 1967. BANKS, J. A., Industrial Participation, Liverpool, Leverpool University Press, 1963. BARRATT Brown, M., "Yugoslavia Revisited", New Left Review, n.° l, 1960, pp. 39-43. BARRATT Brown, M.,'"Workers'Control in a Planned Economy", New Left Review,n.°2,1960a, pp. 28-31. BARRY, B. M., "The Public Interest", Proceedings ofthe Aristotelian Society, supl. vol.38, 1964, pp. 1-18. BAY, C., "Politics and Pseudo-politics", American Political Science Review, vol. LIX, n.° 2, 1965, pp. 39-51. BELL, D., "Work and its Discontents", in The End ofldeology, Nova York, Free Press, 1960. BENDIX, R., Work andAutority in Industry, Nova York, Wiley, 1956. BENDIX, R., e Fischer, L. H., "The Perspectives of Elton Mayo", in Etzioni, A. (org.), Complex Organizations, Nova York, Holt, Rinehart, 1962. BENTHAM, J., Works Edimburgo; Bowring, J. (org.), Tait, 1843. BERELSON, B. R., "Democratic Theory and Public Opinion", Public Opinion Quarterly, vol. 16, n.° 3, 1952, pp. 313-30. BERELSON, B. R., Lazarsfeld, P. F., e MacPhee, W. N., Voting, Chicago, University of Chicago Press, 1954.

149

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF