21 DIAS DE ORAÇÃO TOCANDO O CÉU PARA MUDAR A TERRA

July 1, 2019 | Author: Osvaldir Pinheiro | Category: Justificação (Teologia), Oração, Pecado, Jesus,
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Primeiro Dia Tratando com Deus e sendo tratado por ele

Nesse primeiro dia do nosso jejum precisamos entender en tender como a oração é importante para o nosso crescimento espiritual. A oração é um meio fundamental por meio do qual nós tratamos com Deus e somos tratados por ele. O conhecimento das escrituras é fundamental, mas o mero conhecimento da Bíblia não significa conhecimento de Deus. Evidentemente nós conhecemos a Deus por meio da sua Palavra, mas esse conhecimento só é impresso em nosso espírito quando temos uma experiência pessoal com o Senhor. O mero conhecimento intelectual é insuficiente. Precisamos conhecer a Deus e a maneira de termos essa experiência é por meio da oração. É possível conhecermos a Bíblia e mesmo assim não conhecermos a Deus. Em Mateus capítulo 2 os magos chegaram em Jerusalém perguntando aos escribas onde o Messias deveria nascer. Aqueles escribas tinham o conhecimento correto da Bíblia, eles apontaram Belém como o local do nascimento e ainda mencionaram o texto bíblico como prova, no entanto nenhum deles foi a Belém com os magos para ver se realmente o Messias tinha nascido. Conheciam a Bíblia, mas não conheciam a Deus. Como podemos conhecer a Deus? O salmista apresenta duas maneiras básicas de o conhecermos: conhecendo os seus caminhos caminhos e também os seus feitos: “Manifestou os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos, aos filhos de Israel” (Sl. 103.7). O Senhor Jesus mostrou essa mesma verdade quando respondeu aos fariseus dizendo: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.” (Mt 22:29). Conhecer as escrituras é o mesmo que conhecer os caminhos de Deus. Caminhos nos fala de princípios. Esses princípios nada mais são que o propósito, a vontade de Deus registrada em sua Palavra. Os feitos são a expressão do poder de Deus. Portanto, o conhecimento que temos de Deus é proporcional ao conhecimento que adquirimos dos princípios revelados na Palavra e de experimentarmos o seu poder em nossa experiência pessoal. Se você não tem percebido a ação de Deus em sua vida, provavelmente você não está crescendo espiritualmente. É possível conhecer os caminhos ou os princípios de Deus e mesmo assim ter muito pouca experiência de seu poder em nossa vida. Alguns irmãos querem conhecer somente as Escrituras; outros, só o poder de Deus. Na prática, aqueles que se restringem ao conhecimento das Escrituras se tornam frios e teóricos, enquanto os que buscam exclusivamente o poder se tornam completamente místicos. Precisamos de equilíbrio. Precisamos conhecer tanto os caminhos quanto o poder de Deus ou seja, tanto as Escrituras quanto o seu poder. E como é que conhecemos os feitos ou o poder de Deus?  Através da oração. Nós Nó s conhecemos a Deus na medida em que tratamos e somos tratados por ele. Isso acontece através da oração. Como esse processo ocorre? Suponhamos que o irmão Ricardo precise muito de um carro para trabalhar. Então, ele começa a orar pedindo um carro e não desiste. Muitos infelizmente não conhecem o poder de Deus porque desistem de orar; interpretam a demora como uma resposta negativa. Mas o irmão Ricardo persevera em oração, pois quer a resposta. Ele não desanima, pois quer ver o poder de Deus em sua vida. Os dias transformam-se em semanas e as semanas em meses. E o irmão Ricardo continua orando pelo carro. – Senhor, o que está acontecendo? O que qu e está impedindo a resposta à minha oração? – Há mágoas no seu coração, filho! Primeiro, resolva essa questão; depois, você terá o que me pede. O irmão Ricardo entra em contrição e quebrantamento diante de Deus. Por um momento, ele até se esquece do carro. A prioridade agora é resolver a questão da mágoa. Depois que ele decide perdoar o Senhor lhe concede o carro que ele pedia.

Qual é a circunstância mais importante desse processo? A bênção material ou a revelação sobre o caráter de Deus? É óbvio que, ao ganhar o carro, o irmão Ricardo cresceu um pouco mais no conhecimento de Deus. Agora, ele sabe como é o Deus que ouve e responde à oração, como é o Deus provedor, abençoador, galardoador. Entretanto, ele precisava conhecer a Deus na área mais íntima e mais importante: no caráter. E como foi que ele se aprofundou no conhecimento do caráter de Deus? Ao lidar com seus sentimentos sombrios: mágoa, ressentimento, falta de perdão, hostilidade e amargura. O irmão Ricardo, finalmente, entendeu que Deus não aceita nem convive com essas atitudes malignas. Ele compreendeu que, ao resolvê-las e extirpá-las de si mesmo, suas orações se alinharam com a vontade de Deus. E isso significa que, a partir de agora, sempre que o irmão Ricardo apresentar a Deus qualquer súplica, antes de tudo, ele irá avaliar o próprio coração à procura desses sentimentos cuja presença bloqueiam o mover de Deus em sua vida. E quando os dias, novamente, transcorrerem como da vez anterior, ele não insistirá mais em sua teimosia. Ao contrário, se prostrará diante do Trono. Numa outra ocasião o irmão Ricardo começa novamente a orar por alguma outra necessidade específica. Ele precisa de um emprego com salário melhor. Ele agora já foi tratado por Deus na área do ressentimento e não permite que ele cresça no seu coração. Ele ora insistentemente, mas o Senhor parece não ouvir a sua oração. Ele então pergunta ao Senhor: – O que está errado na minha vida? O que está impedindo que o Senhor me responda? – Filho, dê mais atenção ao seu relacionamento conjugal. Quando há problemas entre você e sua esposa, a oração de ambos é obstruída obstru ída – nem chega diante de mim. Então, ele fica apurado: corre para esposa; ajoelha-se ao lado dela, assume o próprio pecado e lhe pede perdão. – Querida, perdoa-me, em nome de Jesus. Estas palavras saram qualquer mágoa no coração da esposa, e desbloqueiam as orações do esposo. Depois disso ele rapidamente é promovido em seu trabalho. Deus certamente deseja ouvir nossas orações, mas ele deseja muito mais que cresçamos no conhecimento dele. O irmão Ricardo aprendeu mais uma importante lição: se ele estiver mal com a sua esposa, ele também estará mal com Deus. A resposta da oração fortaleceu a sua fé, mas ele próprio foi transformado, pois foi tratado por Deus. Todo esse crescimento não teria acontecido se o irmãos Ricardo não estivesse orando. O exemplo acima foi de alguém que estava orando por algo que ele desejava no seu coração, mas certamente todos nós precisamos de orar por causa de problemas e lutas que enfrentamos. A  maioria dos crentes deixa que dificuldades ou problemas passem por sua vida sem o devido tratamento de Deus. Não sabem porque estão passando por aquilo. Ignoram o propósito de Deus. Isso acontece porque não oram. Imagine que um irmão que está lutando contra determinado pecado. Ele não ignora a questão do pecado displicentemente, mas vai buscar a Deus por livramento. Fazendo assim ele acumula conhecimento de Deus. No seu tempo de clamor o Espírito Santo lhe abre os olhos e ele descobre Romanos 6:14 onde lê que o pecado não terá domínio sobre ele porque agora ele está debaixo da graça de Deus e não debaixo da lei.  Aquela revelação explode no seu s eu coração e ele experimenta libertação. No entanto depois de algum tempo, para o seu espanto, ele volta a cair naquele pecado. Ele vai orar para receber luz do Senhor que lhe mostra que aquela queda foi para que ele aprendesse que na sua carne não habita bem nenhum e, que por isso deve aprender a depender de Deus e não confiar em si mesmo. Se você deseja crescer precisa de conhecimento da Palavra, mas apenas isso não será suficiente,  você precisa também conhecer a Deus. A oração é a chave para aprendermos a nos relacionar com Deus e assim conhecê-lo.

Infelizmente a vida de oração de muitos não envolve tal relacionamento porque não tratam com Deus e nem são tratados por ele. Simplesmente não oram até o fim, até obterem uma resposta do Senhor. Quando a resposta não vem, presumem que não era a vontade de Deus e simplesmente esquecem o assunto. Porque muitos não crescem em seu relacionamento com Deus por meio da oração? 1. Porque desconhecem a vontade de Deus

Uma das condições mais importantes para orarmos é uma convicção clara de que é a vontade de Deus ouvir a nossa oração. Na verdade muitos duvidam que a vontade de Deus seja boa e agradável. Outro dia assistia a um filme sobre a queda de um avião. No decorrer de todo o filme as pessoas diziam que aquele desastre tinha sido a vontade de Deus. Mas a vontade de Deus é que todo avião decole e chegue ao aeroporto de destino a salvo. Se duvidamos que essa é a vontade de Deus como podemos orar para que o Senhor nos guarde em nossa viagem? Imagine alguém orando dentro de um avião dizendo: “Senhor faça a tua vontade nesse vôo!” Todos vão fic ar bem assustados. Jesus nos ensinou a orar em Mateus 6 dizendo: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se faça- se a tua vontade, assim na terra como no céu...” (Mt. 6:9 -10). Se o Senhor nos mandou orar para que a vontade dele seja feita na terra é porque nem tudo o que acontece na terra é da vontade de Deus. Precisamos crer que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável para conosco os seus filhos. Se duvidamos disso jamais vamos orar: “faça-se “faça -se a tua  vontade!” Muitos não são curados porque acalentam o pensamento de que a enfermidade é a vontade de Deus para eles. Outros vivem conformados com uma vida de derrota e miséria porque acreditam que Deus quer que seja assim. Se nós que somos maus sabemos dar coisas boas a nossos filhos, quanto o mais o nosso Pai celeste dará toda sorte de bênção para aqueles que foram feitos filhos de Deus em Cristo Jesus. Somente podemos exercitar fé quando conhecemos a vontade de Deus. Toda a dúvida está baseada no fato de não sabermos se é a vontade de Deus nos dar aquilo que estamos pedindo. Por causa disso precisamos orar em linha com a Palavra de Deus. A Palavra de Deus é a revelação da sua  vontade para nós.  Antes de orar precisamos saber se o motivo pelo qual oramos está de acordo com a revelação da Palavra. Nunca deveríamos desejar algo que a Bíblia nos proíbe. Mas se temos uma promessa  bíblica para nos embasar então podemos orar com fé e ousadia. É a vontade de Deus que seus filhos desfrutem de todas as suas su as promessas na Nova Aliança. 2. Porque duvidamos da bondade de Deus

Se alguém vai ao médico e ele diz: “agora só Deus pode agir!” Logo pensa que deve comprar o caixão. Afinal agora ele depende exclusivamente de Deus e isso é uma grande enrascada. Se ouvimos um missionário vindo de um pais muito pobre e distante dizer que ali ele vive apenas pela fé, logo imaginamos que ele vive na mais completa miséria. “Porque deixaram esse homem cometer essa loucura? Qual igreja faz missões deixando que os missionário vivam pela fé?” A  expressão “pela fé” tornou-se tornou-se em nossa mente sinônimo de necessidade e privação. Mas se vemos alguém chegando no estacionamento da Igreja com uma Mercedez zero quilômetro, usando um terno muito elegante, testemunhando que também é missionário e que também vive pela fé caímos na gargalhada. “Pela fé vivo eu com o meu salário! Vê lá se Deus dá Mercedez para alguém.” 3. Não oramos até o fim

Orar até o fim significa orar até que a resposta de Deus venha. Se queremos conhecer a Deus por meio da oração precisamos orar completamente.

Em Mateus 26 lemos que por três vezes v ezes o Senhor orou ao Pai.  Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. Deixando-os novamente, foi orar pela terceira  vez, repetindo as mesmas palavras. Mt. 26:39-44 O Senhor não orou três vezes por ser algum tipo de fórmula, ele orou três vezes simplesmente porque o Pai não tinha respondido na primeira vez e nem na segunda. Ele orou até conhecer a resposta de Deus Pai. O mesmo princípio pode ser observado na vida de Paulo. Por três vezes ele orou para que o Pai removesse o espinho em sua carne. E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três  vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. II Cor. 12:7-9 Paulo orou até que o Senhor lhe respondesse. Infelizmente muitos oram, mas nunca se preocupam se a sua oração é respondida ou não. Se oramos, mas não vemos a resposta não vamos crescer no Senhor porque não teremos sido tratados por ele por meio da demanda de nossa oração. É preciso ir até o fim com o Senhor. 4. Porque desconhecemos a graça de Deus

Muitos não oram porque acreditam que não são bons o suficiente para receberem algo de Deus. Essa é a acusação constante que o diabo faz na mente dos filhos de Deus. Mas o Senhor não nos ouve porque somos bons, mas porque ele é bom. Se você pensa que precisa ser justo para ser ouvido pelo Pai, você está completamente certo. Deus só pode ouvir aquele que é justo. Mas as boas novas é que o Senhor Jesus se tornou a nossa justiça. Hoje quando chegamos diante de Deus o fazemos pela justiça que recebemos pela fé no sangue de Jesus. Nem no céu você será mais justo do que é hoje, pois a sua justiça é a Cristo. Muitos vivem debaixo de acusação e condenação e por isso não se acham dignos de ter a resposta de suas orações. Vivendo assim eles não têm t êm fé para receberem algo de Deus. Muitos vivem debaixo da mentira de que Deus está zangado com eles. Por causa disso vivem uma  vida cristã cr istã dividida e doentia. Num momento eles pregam que Deus cura, mas no outro declaram que Deus lhes mandou uma doença para ensinar-lhes uma lição. Num momento Deus os faz prosperar e no outro lhes dá pobreza para aprenderem a humildade. A verdade é que algumas  vezes crêem que Ele os ama, mas quase sempre sentem que Deus esta zangado com eles. Simplesmente não dá para orar e obter respostas da nossa oração com pensamentos divididos a respeito do Senhor. Por causa da obra consumada de Jesus a ira de Deus não pode mais estar sobre nós. Toda a ira de Deus por causa do pecado caiu sobre o Senhor Jesus na cruz. Se toda a ira já caiu sobre Jesus, então ele não pode estar irado conosco. Não estamos mais debaixo da velha aliança segundo a qual Deus as vezes estava feliz com você e as vezes estava zangado. Hoje ele tem total prazer em você por causa de Jesus.

Segundo Dia  Você precisa orar

 A oração é uma disciplina espiritual. Quando falamos de disciplina espiritual corremos o risco de sermos mal interpretados. Precisamos dizer antes de tudo que a disciplina espiritual da oração não é uma lei, nem é algum tipo de legalismo místico. A oração é, na verdade, um grande privilégio espiritual. É a oportunidade dada pela graça de Deus de mergulharmos na sua presença santa. É poder comer do maná escondido e desfrutar do rio que flui do trono de Deus. Somos exortados a orar sem cessar, mas se acontecer de não conseguir, não fique pensando que Deus agora está irado com você. Você não acrescenta nada a Deus quando ora, mas certamente perde muito quando deixa de orar. Não transforme a oração em mais um fardo que você precisa carregar. Veja-a como o mais saboroso privilégio do universo. Muitos crentes vivem angustiados porque pensam equivocadamente que precisam fazer boas obras para agradar a Deus e para aplacar a sua ira quando não fazem o que deveriam fazer. Mas a  verdade é que não precisamos fazer coisa alguma para agradar a Deus. Ele já está feliz conosco.  Agradamos ao Senhor não pelo que fazemos para Ele, mas por aquilo que Jesus já realizou na cruz por nós. Fomos reconciliados com o Pai, Ele nos olha agora com olhos de amor.  A oração produz unção

 A oração é um dos fundamentos da vida cristã, pois sem oração não há crescimento espiritual. O crescimento espiritual se manifesta de muitas formas, mas de todas elas, as mais importantes estão relacionadas com a fé e a unção. Para crescer em fé o crente precisa de mergulhar na Palavra de Deus, pois a fé vem pelo ouvir a palavra da verdade. Em segundo lugar, o crente precisa crescer em unção. É a unção do Espírito que nos capacita e nos dá poder para fazer a vontade de Deus. A unção flui através da fé, mas ela cresce por meio da oração. É a unção que faz todas as coisas acontecer em nossa vida. Precisamos ter unção para fazer tudo para Deus. Se tudo o que temos na igreja é só uma boa organização, então, não temos nada diferente daquilo que o mundo também possui. Se tudo o que temos é apenas engenhosidade humana, então não há  valor espiritual em nossa obra. Certa vez, um garoto perguntou para um homem de Deus: – O que é unção? O homem de Deus chamou a atenção do garoto para um boi que estava pastando adiante e indagou: – Você está vendo aquele boi pastando? – Sim. – Aquilo não é unção. Em seguida, olhou para um passarinho, que gorjeava, alegremente, no galho de uma árvore e disse: – Você está ouvindo aquele passarinho gorjeando? – Sim. – Aquilo também não é unção. O garoto, então, insistiu com o ancião: – Diga-me, então; o que é unção?  Após uma breve pausa, o homem voltou-se para o garoto e concluiu, dizendo: – Quando você vir um boi, no galho de uma árvore, gorjeando feito passarinho, isso é unção.

Unção é aquilo que não é natural. Se tudo o que temos é um boi pastando e um passarinho cantando no telhado, então não temos nada que o mundo não tenha. A diferença entre nós – a Igreja – e o mundo é o boi cantando no telhado, irmãos!  A unção está para a Igreja assim como o combustível está para o carro. Pode ser um carro zero, importado e muito bem equipado, mas, se o tanque está vazio, não vai a lugar nenhum. O crente é como esse carro. Pode estar limpinho, lavado pelo sangue de Jesus, com tudo no seu devido lugar mas, se não tiver unção, não cumprirá o propósito de Deus. Mas se for cheio com a unção, aí Deus pode dirigi-Io. Mas a unção só vem quando há oração.  Apesar de a vida cristã ser espontânea, precisamos cooperar com Deus para que haja crescimento. Na verdade, ninguém muda coisa alguma por si mesmo. É Deus quem muda você. E a verdadeira mudança é aquela que passa despercebida de você. O verdadeiro crescimento espiritual é aquele para o qual você nem atenta. O mesmo ocorreu com o seu crescimento físico: você cresceu, mas não sentiu. Foram as outras pessoas que perceberam e acompanharam o seu crescimento. Você apenas cooperou com esse crescimento. Como? Alimentando-se, dormindo, descansando e se exercitando. Espiritualmente, dá- se o mesmo. Não produzimos o crescimento em nós mesmos, mas cooperamos para que ele aconteça.  Veja uma criança. Você não pode forçá-la a crescer. Pode até exortá-la dizendo: “Menino, você tem de crescer!” Não vai adiantar. No entanto, eu posso cooperar para que ela cresça, dando-lhe comida. Quando oramos a imagem de Deus é formada em nós

 A obra do Espírito Santo hoje em nós é levar-nos à estatura de Cristo, é nos transformar para sermos semelhantes a Ele. Essa obra de transformação depende da Palavra de Deus e da oração. Em primeiro lugar a nossa mudança depende da renovação da nossa mente por meio da sua Palavra. Em Romanos 12.1-2 Paulo disse: Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício  vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.  A palavra-chave deste versículo é: transformai-vos. – E como é que somos transformados? – Pela renovação da nossa mente. – E como é que a nossa mente é renovada? – Por meio da Palavra. – Então as disciplinas espirituais estão ligadas à Palavra – conclui um irmão mais experiente. – Por que temos de praticá-las? Volta à carga o irmão novo convertido. – Para cooperar com Deus, na renovação da mente e assim sermos transformados na alma.  A mente humana é renovada através da Palavra de Deus. Na medida em que renovamos nossa mente com a Palavra de Deus uma transformação metabólica vai acontecendo em nós. Mas existe um outro aspecto da transformação da nossa alma que depende de uma vida de oração. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. II Cor. 3:18 Paulo diz que precisamos ser como espelhos contemplando e refletindo a glória do Senhor. Um espelho reflete tudo o que contempla. Quando estamos contemplando o Senhor nós o refletimos. O versículo poderia ser parafraseado da seguinte maneira: “todos nós com o rosto desvendado somos um espelho refletindo a glória do Senhor e, quanto mais o refletimos mais somos transformados na sua própria imagem refletida em nós.” Porque Paulo diz que precisamos ter o rosto desvendado? Se um véu for colocado sobre o espelho nada poderá ser refletido. Paulo diz que precisamos contemplar o Senhor com o rosto desvendado.

O que vem a ser este véu a que Paulo se refere? Hebreus 10 fala de um véu, mas ali é o véu da parte interna do tabernáculo (Hb. 9:3), enquanto o véu de II Coríntios 3 é o véu posto sobre o rosto de Moisés, como é mencionado no verso 13. O véu aqui representa as tradições humanas. O véu cobrindo o coração dos filhos de Israel era a  velha religião tradicional. Se a tradição estiver encobrindo o nosso coração não poderemos refletir a glória do Senhor e sermos por ele transformados de glória em glória.  Além de estar desvendado, o espelho precisa também ser posicionado corretamente. O verso 16 fala-nos que quando o coração “se converte ao Senhor, o véu lhe é tirado.” Nosso coração precisa estar voltado para o Senhor de modo a podermos contempla-lo com o rosto desvendado. Um espelho precisa estar voltado na direção do seu rosto para que possa refleti-lo. O mesmo princípio se aplica ao Senhor, podemos ter o véu retirado, mas isto não adiantará coisa alguma se o espelho está focalizado em outra direção. Contemplar o Senhor é gastar tempo com todos os tipos de oração: petição, súplica, louvor, adoração, consagração, entrega, intercessão, meditação, contemplação e tudo mais. Isto é o mesmo que direcionar apropriadamente o espelho de nossa alma. Nossa vida de oração é um processo gradual de transformação de glória em glória. Quanto mais contemplamos o Senhor mais a imagem dele é refletida em nós. E quando essa imagem é refletida durante muito tempo ela fica impressa no espelho. Paulo viveu quase dois mil anos antes da invenção da fotografia, mas o processo que ele descreve aqui é o mesmo da máquina fotográfica. A ilustração de um espelho que se transforma na imagem que está refletindo é o mesmo que uma fotografia. No processo de tirar uma foto quatro elementos são necessários: luz, lente, diafragma e filme. A luz é o meio pelo qual o cenário é trazido para dentro da câmara. Na esfera espiritual a luz é o desvendar do Espírito Santo explodindo em nosso interior. A máquina fotográfica só tira uma foto se houver luz suficiente para formar e fixar sobre o filme. Em outras palavras, sem luz não se pode tirar uma fotografia. Semelhantemente, você precisa estar debaixo do foco da luz de Deus. É ela que lhe permite refletir e fixar a imagem de Deus em sua alma. Quando a luz de Deus está sobre nós, o Espírito vem sobre a nossa alma, para formar e fixar a imagem de Cristo em nós. Uma vez que temos luz necessitamos da lente. A lente aponta para a nossa mente. Se a nossa mente não compreender, nada pode entrar dentro de nós. Para que a imagem não seja gravada com distorções, a máquina fotográfica é provida de um jogo de lentes, cuja função é formar uma imagem nítida e real. Uma imagem desfocada produz uma foto distorcida. A lente nos fala de nossa mente. Esta é que focaliza, compreende, traduz e clarifica a imagem que passa através dela.  Além da lente ainda precisamos do diafragma. É ele que se abre e fecha fazendo o click. O diafragma aponta para o nosso coração. Se o coração não abrir a luz de Deus não entra, ainda que a lente de nossa mente possa compreender. O coração é a porta de entrada e saída para o nosso ser. Tudo o que entra e que sai tem que passar por ele. O Antigo Testamento relata as circunstâncias em que Davi foi escolhido rei de Israel. Deus havia mandado Samuel ungir um dos filhos de Jessé como rei. Samuel, todavia, agiu pela ótica natural. Os olhos do profeta estavam à procura de detalhes, tais como força, beleza, estatura, postura... Quando entrou Eliabe, o primogênito, Samuel disse consigo: “Certamente está perante o Senhor o seu ungido.” Deus, porém, deu ao profeta uma palavra que, para nós, também deve ser um marco no nosso coração: “Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, [ ... ] o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração.” Para Deus, não importa muito como você é por fora. O que importa mesmo é aqui dentro – o coração. Um coração que esteja faminto e sedento da justiça divina, um coração quebrantado e contrito diante do Espírito, um coração cheio de temor e obediência à Palavra jamais será desprezado por Deus. Este é o coração que Deus busca, pois, ao abrir-se – como um diafragma – permitirá a passagem da luz divina, e, então, ela se refletirá sobre a alma até que a imagem de Cristo seja formada.

Meu irmão, a sua alma é um filme que precisa ser sensibilizado e gravado com a imagem de Deus. Foi isto o que o apóstolo Paulo quis dizer em 1 Coríntios 3.18. Somos um espelho, e sempre que  voltamos esse espelho para Deus, a imagem Dele se reflete em nós até “sermos transformados na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Por fim temos o filme que é a nossa alma. É em nossa alma que a imagem de Deus fica impressa. Dia e noite precisamos contemplar o Senhor e, então, Cristo, a imagem celestial será impressa em nós repetidamente. Tudo isso somente acontece quando existe a oração, o ato de contemplar o Senhor. Sem oração simplesmente não há transformação. Nosso espírito foi criado para conter a Deus, mas a nossa alma foi criada para refleti-lo. O propósito de Deus ao criar o homem

Deus criou o homem para que este fosse sua imagem e semelhança. Mas o pecado distorceu essa imagem. Hoje, Cristo está restaurando a imagem de Deus em nossas vidas. Por isso, para que essa imagem se tome uma realidade, precisamos contemplar o Senhor. Contemplar o Senhor é orar, interceder, louvar, adorar, ouvir e estudar a Palavra, a fim de buscar e receber a unção e ser cheio do Espírito. Quando isso acontece, você é transformado e se toma semelhante Àquele que você adora. Esta é a razão pela qual Deus abomina as imagens de idolatria: elas tomam o lugar de Deus, e as pessoas que as adoram tomam-se abomináveis e semelhantes a elas. Davi disse a respeito dos que adoram ídolos: “Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam.” (Sl. 115:8). Quando adoramos a Deus, algo de Deus é impresso em nós. Mas, ao contrário da fotografia, cuja imagem é gravada imediatamente, a imagem de Deus vai sendo gravada em nós pouco a pouco. A  mesma coisa acontecia com a tela dos monitores dos computadores antigos. As telas desses monitores eram muito sensíveis. E quando uma imagem ficava exposta por muito tempo numa tela, aquela imagem era gravada nela. Por causa disso os fabricantes criaram o descanso de tela, que impede que esse problema ocorra. Mas, se você encontrar vídeos de computadores antigos, perceberá que as telas estão marcadas. Essas marcas não surgiram de um dia para o outro. Foi depois de um período de tempo (meses e anos) e da contínua repetição e exposição que a imagem ficou gravada definitivamente.  Assim também acontece conosco: cada dia um pouquinho, de glória em glória, até que a imagem se impregne inteiramente em nós. É claro que isso demanda tempo; não acontece em dois dias. Isso é obra de Deus, mas exige a nossa cooperação. Cooperação é uma palavra-chave e, portanto, não pode ser esquecida nesse processo de transformação da alma e renovação da mente. Precisamos cooperar com Deus se quisermos realmente que essa mudança aconteça em nós. Essa cooperação não é outra coisa senão a disciplina da oração. Para entendermos melhor essa questão basta sabermos que a Palavra aponta para a comida, e o espírito aponta para bebida. Alias, é assim na Bíblia, sabia? O Espírito quase sempre é ilustrado como algo liquido para se beber: é a água que brota do interior. A palavra, normalmente, é ilustrada como sendo comida ou pão. Dizem os nutricionistas que somos aquilo que comemos. Qualquer alteração no nosso corpo físico tende a passar primeiramente pela comida, através de uma dieta. Se você come a comida do céu, vai tomar-se o quê? Celestial. Na Bíblia, comer e beber é muito mais do que ingerir; é colocar dentro, é introjetar. A palavra comer foi mencionada pela primeira vez, lá em Gênesis, quando o homem comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal. Mas lá, além da árvore, havia também o rio da vida. O homem pecou porque comeu a comida errada mas hoje ele é salvo se comer a comida verdadeira: Jesus Cristo – o pão da vida. Em Êxodo vemos que o cordeiro tinha que ser comido.” Depois, no capítulo 16.4, Deus mandou o maná, que caiu do céu, para que o homem entendesse que não vive só de pão terreno, mas também

do pão que sai da boca de Deus: ou seja, a Palavra de Deus. No capítulo 17.6, a rocha foi ferida por Moisés, e dela jorrou água para dessedentar o povo de Israel. Essa rocha é o Senhor Jesus, mas a água que jorrou dEle veio do rio de água viva – o Espírito de Deus. No Novo Testamento, Jesus se identificou como o verdadeiro maná – o pão da vida que desceu do céu” Em seguida, Ele se identifica como a fonte de água viva quando afirma: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7.37-28). E em Apocalipse 22.1-2 são mostrados o rio da água da vida, que sai do trono de Deus, e a árvore da  vida que cresce em suas duas margens e produz 12 tipos de frutos. Pela eternidade afora o Senhor será a nossa comida. Deus, então, espera que você coopere com ele nesse processo de mudança e transformação. Você não será transformado compulsoriamente. Deus jamais coagirá você a fazer qualquer coisa. Mas o que Ele espera de você é apenas sua cooperação. E você se pergunta: “como”? E eu lhe respondo: “Comendo a comida verdadeira”. Esta não é uma questão de usar a lei e determinar: “É proibido comer a comida errada”. Não é uma questão de saber se algo é proibido ou não. A questão é cooperar com Deus, e comer a comida que nos proporciona um crescimento saudável. Infelizmente muitos têm comido apenas o alimento do Egito, enquanto poderiam ser nutridos do maná celestial.  Voltemos aos velhos questionamentos: – Pastor, ouvir FM é pecado? – Quem lhe disse que ouvir música é pecado? Você pode ouvir o que quiser. Você é livre! – Pastor, ver televisão é pecado? – Claro que não! – Ir ao cinema, também é pecado? – Muito menos.  A questão não é saber se o que eu faço ou deixo de fazer é pecado ou não. A verdadeira questão é esta: É uma “comida” apropriada? Comendo este tipo de comida eu estarei cooperando com Deus? Depois de ter assistido a um programa de televisão durante todo o dia ainda terei vontade de orar,  jejuar e ler a Bíblia? Quanto a mim, eu quero cooperar com o Senhor, pois desejo ser transformado a cada dia. Sabe por que deixo de fazer certas coisas? Não é porque alguém me proibiu de fazê-las. É porque eu entendi que, ao invés de me ajudarem a cooperar com Deus, certos tipos de “comida” prejudicam o meu relacionamento com Ele. Na verdade, somos aquilo que comemos. Assim como o nosso organismo absorve os nutrientes do alimento que ingerimos, a nossa alma também absorve toda a impureza, lascívia e maldade daquilo que vemos e ouvimos. O importante é saber: de onde você está  buscando os valores que compõem o seu caráter? Uma das coisas boas da vida é comer. Se não há prazer em comer uma determinada iguaria, logo ela é deixada de lado. Qualquer que seja a comida só nos sentamos diante dela se nos causar prazer. Imagine-se agora assando uma carne em sua casa. Sinta o cheiro. Hum! Pense numa picanha bem suculenta ou num cupim bem caprichado ... Deu água na boca? Saiba que tudo o que você assiste na TV é assimilado por você. Se o programa não lhe agrada, você troca imediatamente de canal. Raramente as pessoas assistem a um programa por acaso ou sem que Ihes cause nenhum tipo de prazer. Se não houver prazer não tem graça nenhuma: ou você muda de canal ou desliga a TV. Só gastamos o nosso tempo naquilo que é prazeroso. E sabe de uma coisa? Aquilo se torna um alimento para nós, e muda os nossos valores. Observe a trama de uma novela. É sempre a mesma coisa: mulheres traindo seus maridos, mulheres solteiras apaixonandose por homens casados ou mais velhos do que elas, maridos mantendo casos extraconjugais, triângulos amorosos, relações incestuosas, consumo de bebidas e drogas, traições de todos os tipos. É daí para pior. E você ali, diante da telinha, torce para que o marido da fulana não descubra a traição dela, ou que a outra heroína conquiste sua paixão ilícita.

“Todos têm o direito de ser felizes à sua maneira” – racionalizam, inteligentemente, os defensores da permissividade. É como se a felicidade dependesse de satisfazermos impulsos carnais. Somos felizes quando praticamos a Palavra de Deus. Somos felizes quando a imagem de Deus vai cobrindo a imagem do pecado e somos transformados na própria imagem do Senhor. Lembre-se porém, que tudo o que Deus faz; Ele faz pela Palavra e pelo Espírito. Todo o seu crescimento e transformação dependem da sua disposição de contemplar o Senhor pela oração. Ouso dizer que não há transformação sem oração. O frente que não ora simplesmente não tem a imagem de Deus sendo formada em sua vida.

Terceiro Dia Deus somente ouve o justo

Uma vez que entendemos que a oração é a maneira de crescermos em nosso conhecimento do Senhor, podemos agora avançar para entendermos quais são as chaves espirituais que desvendam a glória da oração respondida. A primeira chave fundamental é entendermos que fomos  justificados em Cristo Jesus. Como poderemos ter a certeza de que nossas orações sempre serão ouvidas e atendidas por Deus?  Você certamente já deve ter ouvido que Deus somente ouve as orações do justo. As pessoas estão sempre procurando alguém que esteja mais perto de Deus para que eles orem por elas. E as pessoas intuitivamente estão completamente corretas. Mas o que elas não sabem é que em Cristo nós somos declarados justos e por causa do sangue de Jesus já estamos tão perto do Pai quanto é possível estar. “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê...”Rm 10.4 Se as mentiras do diabo convencerem-no que você não é suficientemente bom para receber uma resposta da parte de Deus à sua oração, ou que você não merece uma resposta, ele já o derrotou. Se chegarmos diante de Deus com esse sentimento de condenação e de acusação nunca conseguiremos ter fé para apresentar nosso pedido diante de Deus. Então não podemos orar apropriadamente se não compreendemos que fomos justificados pela obra do Senhor Jesus na Cruz. O que é a justificação?

Em Romanos 3:24 Paulo diz que fomos “justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”. Isso significa que você foi declarado justo por causa da redenção de Jesus na cruz.  A Palavra de Deus diz que todo homem é pecador, no entanto a humanidade não sabia disso.  Assim Deus mandou o seu prumo para a terra. O prumo de Deus é a lei. Pela lei ficamos sabendo que estamos fora do padrão da justiça de Deus. Mas não era a intenção de Deus justificar o homem pela lei, pela lei apenas vem o pleno conhecimento do pecado. Assim veio Cristo Jesus e morreu e ressuscitou para ser a nossa justiça. Desta forma podemos compreender o que é justificação: justificação é o ato de Deus aprovar as pessoas de acordo com o seu padrão de justiça. Embora pensemos que somos justos, nossa justiça não é nada quando colocada no prumo da justiça de Deus. Deus mesmo é o padrão. Sendo Deus o padrão, a sua exigência de justiça é absurdamente alta. Por isso nenhum homem poderia se justificar diante de Deus, o padrão é inatingivelmente alto. Precisamos da justificação pela fé e não por obras da lei.

Muitos dizem que justificação pode ser definida em termos de “como se você nunca tivesse pecado”. Essa definição, porém, é incompleta. Se nunca tivéssemos pecado isso nos faria neutros, mas não justos. Ser justificado significa que Deus tomou os meus pecados e colocou sobre Cristo e pegou a justiça de Cristo e a colocou em mim. Deus tomou a lei e a substituiu pela fé. Crer é a única lei que Deus exige do homem pecador. Se o homem crê em Cristo esta fé lhe é imputada por justiça. Não que o homem possa crer por si mesmo, a sua fé é apenas um eco do voz de Cristo o chamando. Cristo é o autor da minha fé e a minha própria justiça.  Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. II Cor. 5:21 Em Cristo Jesus nós fomos feitos justiça de Deus. Você não foi apenas perdoado, você foi declarado  justo. Ser justificado é muito mais que ser perdoado. Ser perdoado significa que o pecador pode ser liberado de ter que pagar a penalidade que ele merece. Mas ser justificado significa que posso entrar na comunhão com Deus pois sou justo, jamais cometi pecado. O perdão é negativo, é o cancelamento de um débito, enquanto a justificação é positiva, é receber um novo status de justo diante de Deus. É o caso de um assassino. Um assassino perdoado continua sendo um assassino, ainda que um assassino perdoado. Mas se de uma forma miraculosa ele pudesse nascer de novo ele poderia ser declarado justo em sua nova vida. Isto é justificação. Quando Cristo morreu eu morri com ele e quando ele ressuscitou eu renasci para uma nova vida. Isso tudo se torna uma realidade no momento em que confesso a Jesus. O fundamento do evangelho é que a salvação começa e termina com Deus. Na salvação não há lugar para a obra humana. Somente a graça de Deus é a fonte de nossa salvação.  A justificação é pela fé apenas. Hoje somos declarados justos quando cremos na redenção de Cristo, na sua obra consumada na cruz.  Você deve orar como um justo

Quando você é perdoado pelos seus pecados, você tem tanto direito de receber uma resposta à oração quanto Jesus tinha. Você crê que se morresse hoje entraria no céu? Pois a mesma qualificação que lhe garante entrar no céu lhe garante que o céu pode baixar até você.  A justiça que você recebeu é a mesma justiça de Cristo. Isso significa que quando você se achega diante de Deus ele não pode rejeitá-lo por que você tem a justiça de Cristo. Tiago 5:16 diz que “muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” No entanto sempre pensamos que justo é aquele que possui um comportamento mais santo que os demais e que por causa disso está mais perto de Deus. Mas não é esse o conceito de justo na Nova Aliança. Justo hoje é aquele que teve todos os seus pecados perdoados pelo sangue de Jesus e que recebeu a justiça de Cristo pela fé. Ele é nova criatura e essa nova criatura não tem passado. É justo.  Você não pode se tornar justo pelo seu esforço. Você jamais pode se tornar justo pelas suas boas obras. A justiça é um dom, um presente de Deus. O dom da justiça

 A nossa justiça é um dom de Deus. Você foi feito tão justo como Jesus, não por meio do seu comportamento, mas pela fé nele e em sua obra consumada na cruz. Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. Rm. 5:17 Mas a verdade é que o diabo fica constantemente lembrando-o o quanto você é pecador. Você deve rejeitar toda acusação maligna. Não há nada que você possa fazer para Deus amá-lo mais e não há nada que você faça que o leve a amá-lo menos.

Seu direito de ser justo foi comprado pelo sangue de Jesus. Mas muitos crentes ainda vivem debaixo de condenação e acusação. Nunca poderemos ter uma vida de oração prevalecente debaixo de culpa. Simplesmente não temos fé quando estamos debaixo de condenação.  A razão porque muitos crentes vivem uma vida de derrota é porque acreditam na mentira de que Deus está zangado com eles. Estão sempre com a sensação de que não fizeram o suficiente e se sentem sempre em falta. Por causa disso vivem uma vida cristã dividida e doentia. Num momento eles pregam que Deus cura, mas no outro declaram que Deus lhes mandou uma doença para ensinar-lhes uma lição. Num momento Deus os faz prosperar e no outro lhes dá pobreza para aprenderem a humildade. Num momento ele perdoa os seus pecados, mas depois se sente condenado e indigno por causa de todos eles. A verdade é que algumas vezes crêem que Ele os ama, mas quase sempre sentem que Deus esta zangado com eles. Como poderemos orar se presumimos sempre que Deus está insatisfeito conosco? Temos sempre a sensação de que ele está zangado por causa de nossa inconstância. Simplesmente não dá para orar e ver os milagres de Deus com pensamentos divididos a respeito do Senhor. Por causa da obra consumada de Jesus a ira de Deus não pode mais estar sobre nós. Toda a ira de Deus por causa do pecado caiu sobre o Senhor Jesus na cruz. Se toda a ira já caiu sobre Jesus, então ele não pode estar irado conosco. Não estamos mais debaixo da velha aliança segundo a qual Deus as vezes estava feliz com você e as vezes estava zangado. Hoje ele tem total prazer em você por causa de Jesus. Sei que, na tentativa de ser zeloso, você está sempre olhando para si mesmo a procura de alguma coisa errada. Existe um grande perigo na introspecção. Ficar o tempo todo se analisando e se  vasculhando para ver se há algo errado vai levá-lo ao abismo. Pode parecer zelo e santidade, mas na verdade é a carne tentando se justificar diante de Deus sem depender do sangue de Jesus. Reconheça que você já foi justificado. Hoje somos justos por causa da obra consumada na cruz. Não precisamos ficar nos analisando porque essa é a função do Espírito. Se houver algo errado em  você ele vai trazer luz e você poderá se arrepender e mudar de conduta. Já fomos perdoados de todo pecado e de toda iniquidade. Muitos confundem a introspecção com o convencimento do Espírito Santo a respeito do pecado. Hoje não precisamos mais ser convencidos do pecado, pois já fomos convencidos do pecado quando nos convertemos. Hoje o trabalho do Espírito Santo é nos convencer da justiça (Jo. 16:8).  Você precisa receber a revelação de que já é justo em Cristo Jesus. Ajoelhe agora mesmo e ore pedindo luz sobre essa verdade. Sem esse conhecimento a sua vida de oração ficará sempre  bloqueada. O problema é que muitos vivem debaixo de acusação e condenação do diabo, mas pensam que se trata do convencimento do Espírito Santo. Quando o Espírito opera ele nos convence que, mesmo quando falhamos, somos justiça de Deus em Cristo. Ele nos convence de que já fomos perdoados. O pensamento de que Deus está algumas vezes zangado e outras está feliz com você de acordo com o seu desempenho, fará de você um crente doente. Esse pensamento não é bíblico. Você já é justo por causa de Cristo Jesus. Quanto mais revelação você tem da graça de Deus e do seu perdão, mais  você tem ousadia para orar e pedir grandes coisas para o Pai. Mas o diabo tem martelado acusações na cabeça dos crentes de modo que eles se sintam o tempo todo condenados e culpados. O diabo é o mestre do legalismo que procura lembrar-lhe o tempo todo o quanto indigno você é. Ele é o acusador dos irmãos. Certamente você já teve pensamentos do tipo: “Como você ainda consegue chamar a si mesmo de cristão?” “Você é um hipócrita!” “Pare de orar! Deus nunca vai ouvir sua oração!” “Olhe para a sua vida. Você ainda ousa liderar na igreja?” Meu irmão, isso é tudo mentira do diabo. Ele está usando a lei para acusá-lo e fazê-lo consciente de toda a sua inferioridade. Mas a verdade é que você está em Cristo e por causa do seu sangue não há

mais nenhuma condenação sobre você. Por meio do sacrifício de Jesus você foi feito justo sem que as suas boas obras contassem para isso. Você foi feito justiça de Deus em Cristo Jesus. Vamos lá! Levante a sua cabeça! Você foi chamado para reinar em vida. Repita ousadamente essa verdade: “Eu sou justiça de Deus por intermédio de Cristo Jesus! Eu sou destinado para reinar em vida! Eu recebo hoje a abundância da graça e o dom da justiça e determino que reinarei sobre as circunstâncias da minha vida.  A resposta é pela graça

Deus somente pode responder a sua oração por causa da sua graça. Ele jamais vai ouvi-lo porque  você merece. Se esperar merecer algo para só então pedi-lo a Deus, você morrerá sem receber coisa alguma do Senhor, pelo simples motivo que nenhum homem é suficientemente justo para merecer a bênção de Deus. Deus o abençoa não porque você é bom, mas porque ele é bom. A graça é baseada na bondade de Deus para com você e não no seu próprio desempenho. A graça é o favor imerecido de Deus. Ela não é um prêmio pelo quanto você é fiel. Se a graça fosse um prêmio ela seria um favor merecido. Essa, na verdade, é a grande diferença entre a velha e a nova aliança. A velha aliança é baseada na lei. A lei é favor MERECIDO – quando você obedece perfeitamente aos mandamentos então você é abençoado. Mas a graça é favor IMERECIDO – o Senhor Jesus obedeceu perfeitamente, então você é abençoado quando crê nele. Em Deuteronômio 28 o Senhor disse: “Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno... Se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos” (Dt. 28:1-2). Veja bem que somente seriam abençoados e teriam o favor de Deus se obedecessem primeiro. O favor era merecido. Se obedecessem teriam o favor. Esse era o padrão da Velha Aliança. Mas na Nova Aliança o padrão é a graça de Deus, o favor imerecido. Para aquele que trabalha o salário é um favor merecido. Mas para aquele que não trabalhou e mesmo assim veio receber o pagamento, isso é graça, um favor que ele não merece. Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça. Rm. 4:4-5 Nós somos esse tremendo cara-de-pau que veio receber sem ter trabalhado. Cristo Jesus trabalhou, ele fez todo o trabalho e nós viemos e participamos do seu salário. Essa é a base da nossa oração. Somente podemos orar por causa da graça de Deus e da justiça de Cristo que nos foi atribuída.  Você está debaixo de qual aliança? A antiga aliança do favor merecido ou a nova aliança do favor imerecido? Favor merecido ou imerecido? Se você acredita que a sua bênção depende de cumprir as condições da lei então você ainda está debaixo da antiga aliança e as boas novas do evangelho ainda não chegaram a você. Todas as vezes que falo sobre o perdão dos pecados as pessoas dizem que é uma mensagem muito simples. Mas isso é um engano pois se fosse assim tão simples as pessoas teriam o entendimento de que seus pecados foram perdoados e que, portanto, não precisam mais viver debaixo de culpa e condenação. Quanto mais revelação você tiver da obra consumada de Jesus, mais receberá fé para orar a cada dia. Só tem fé para orar aquele que sabe que sua oração não pode ser rejeitada. Nós sabemos que somos aceitos por Deus porque fomos justificados pela fé na sua graça maravilhosa. Não tente orar confiado em sua justiça própria. O esforço próprio vai roubar de você a bênção de reinar em vida por meio da graça de Deus. O maior milagre que recebemos foi o perdão dos pecados. Se ele nos deu esse milagre pela graça, então podemos estar certos que sua graça também nos dará todos os milagres menores como cura, prosperidade, casamentos restaurados e muito mais.

Quarto Dia Deus não está zangado com você

 A segunda chave espiritual da oração que prevalece é a revelação de que Deus nos ama e não está zangado conosco. Quando confiamos no amor de Deus, então temos o céu aberto para a nossa oração. No dia do seu batismo no rio Jordão, o Senhor ouviu Deus Pai bradar dos céus: “Esse é meu filho amado em quem tenho todo o meu prazer!” (Mt. 3:17). Essa declaração foi registrada no evangelho por causa de nós. Nós somos amados pelo Pai da mesma maneira que o Senhor Jesus. Você é filho de Deus gerado pelo Espírito assim como o Senhor Jesus. Ele é o primogênito, mas nós somos os muitos filhos. O Senhor Jesus orou para que tivéssemos revelação que somos amados pelo Pai do mesmo modo que ele é amado. Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. Jo. 17:23 Nós fomos aceitos no amado. Deus Pai está feliz e satisfeito com você porque você está em Cristo.  Você foi escolhido por Deus antes da fundação do mundo. Todos os dias quando me levanto pela manhã gosto de declarar olhando para os céus que Ele me ama. Eu sou amado de Deus. A cada dia ele tem preparado coisas maravilhosas para mim. Quando você sabe que é amado por Deus, não importa o que o diabo possa fazer, você sempre irá prevalecer sobre ele. Mas se paira alguma dúvida sobre isso, não teremos ousadia e nem firmeza em nossa fé. Sei que poucos ousam concordar que eventualmente sentem-se como se Deus não os amasse, mas a verdade é que muitos filhos de Deus vivem dessa maneira. Garotos que não se sentem amados se entregam a todo tipo de pecado, drogas e destruição, mas aquele garoto que se sente profundamente amado consegue superar todas essas tentações. A  mesma verdade se aplica aos filhos de Deus, quanto mais sabemos que somos amados, mas queremos agradar o Pai. Depois que o Senhor Jesus ouviu o Pai dizer que ele era o seu filho amado, ele foi levado ao deserto para ser tentado pelo diabo. A primeira coisa que o diabo lhe disse foi: “Se você é filho de Deus... Parece que eu ouvi dizer que você é filho de Deus, mas você não se parece com um filho, parece apenas um comum.” Observe que toda a tentação é colocar dúvida sobre aquilo que Deus disse. Depois disso ele disse: “Se você é filho manda que essas pedras se transformem em pães”. Não existe nada de errado em transformar pedras em pães, o problema é quando fazemos algo para termos uma prova da palavra de Deus. O Senhor respondeu: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus.” O que o Senhor quis dizer com isso? Quando o Senhor mencionou a palavra que sai da boca de Deus ele estava se referindo ao rhema de Deus, a sua palavra viva e imediata. Que palavra era essa? “Esse é meu filho amado no qual tenho todo o meu prazer!” Essa é a palavra que o Pai havia dito. Essa é a palavra que deve ser o nosso alimento hoje também. Deus vê você em Cristo. Você foi revestido de Cristo. Lá no Édem Deus fez uma roupa para o homem depois que ele pecou. Eu creio que era uma roupa de lã de cordeiro. Quando Deus nos olha ele vê a Cristo. Ele nos ama como ama a Cristo. Não é possível ser mais amado por Deus que isso. “Para louvor da glória da sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado...” Ef 1.6. Deus não está zangado com você

 A ira de Deus está reservada para os Seus inimigos, não para os Seus filhos! Nós estamos na Sua família “amada”. “Logo, muito mais agora, sendo justificado pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira...” Rm 5:9. Quando eu era adolescente me convenceram que Deus estava zangado comigo cada vez que eu pecava. Assim eu me fechava no quarto sempre que pecava porque tinha certeza que se saísse de casa um raio vindo de Deus me destruiria e eu não queria que inocentes morressem comigo. O meu conhecimento de Deus era muito pequeno, mas o pior é que me sentia constantemente em falta. Não conseguia confiar na bondade de Deus. Pensava que não devia orar muito, pois se orasse muito ele me chamaria para o ministério e depois me enviaria para alguma aldeia indígena no interior da Amazônia e, eu não queria aquilo. Pensava até que se orasse muito ele poderia me mandar casar com uma moça de quem eu não gostasse só para me quebrantar. Não consigo entender como cheguei a isso. Um pastor amigo meu me confidenciou que ele não se permitia ficar muito feliz pois se ficasse muito feliz isso seria soberba e Deus logo viria tratar com ele. Quanta estupidez! Tenha cuidado com os ensinamentos a respeito de Deus. No passado ouvimos que quanto mais conhecemos a Deus mais severo será o nosso castigo se pecarmos. A conclusão imediata é que não  vale a pena conhecer a Deus, é melhor ficar na ignorância e não receber uma punição maior. Também ouvimos dizer que quanto mais intimidade alguém possui com Deus mais provas e tribulações ele vai passar. Nem precisa dizer o quanto um ensino como esse afasta as pessoas da intimidade com Deus. Precisamos entender que a intimidade com Deus é a maior glória nessa terra e quanto mais próximo estamos dele mais abençoados seremos e não o contrário. É claro que aquele que tem maior luz tem maior responsabilidade, assim como o adulto deve ter maior responsabilidade do que a criança, mas não devemos pensar que é melhor ser criança por toda a vida. O Senhor disse que se conhecermos a verdade ela nos libertará. O próprio Senhor é a verdade e quanto mais o conhecemos mais livres somos do pecado e de toda amarra do maligno. O pensamento de que Deus está algumas vezes zangado e outras está feliz com você de acordo com o seu desempenho, fará de você um crente doente. Todos esses conceitos errados tomam conta de nossa mente por causa do ensino de que Deus está zangado ou irado com o seu povo. Mas isso não é verdade. Certa ocasião o Senhor foi pregar numa cidade, mas os habitantes dali não o aceitaram. Revoltados com a incredulidade daquele povo, Tiago e João perguntaram para Jesus se ele queria que eles mandassem cair fogo do céu para destrui-los. A resposta do Senhor deve ser uma revelação para nós.  Vendo isto, os discípulos Tiago e João perguntaram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir? Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salválas. Lc. 9:54-56 O espírito de Jesus é o Espírito da Nova Aliança, o espírito da graça. O Senhor quer que você tenha certeza hoje que ele não veio para destruir ou condenar você. O diabo veio para roubar, matar e destruir; mas o Senhor Jesus veio para que tenhamos vida, e vida em abundância. Gosto de me lembrar do que o anjo disse para Ló quando estava para destruir Sodoma e Gomorra: “Apressa-te, refugia-te nela; pois nada posso fazer, enquanto não tiveres chegado lá.” (Gn. 19:22).  Veja bem que o anjo teve de esperar Ló sair, pois enquanto ele não saísse anjo não poderia fazer coisa alguma. A presença de Ló impedia que o juízo viesse sobre Sodoma e Gomorra. Só choveu enxofre sobre a cidade depois que Ló entrou numa outra cidade e ali se refugiou. Isso não enche o seu coração de alegria? A ira de Deus virá sobre esse mundo, mas não sobre aqueles que são justos, justificados pelo sangue de Jesus. Nós somos aqueles que impedem que o  juízo de Deus venha sobre esse mundo.

Deus é por nós

Todos nós passamos por situações adversas nesse mundo. Isso faz parte da nossa condição humana nesse mundo caído. Sei que há muitas situações que não conseguimos explicar apropriadamente. Não temos todas as respostas, mas podemos ter certeza que muitas coisas que experimentamos não são obra de Deus para nós, nem são disciplinas pelos nossos pecados. Quando cremos que Deus é por nós e não contra nós, podemos ter certeza que ele ouvirá as nossas orações. Deus tem pensamentos bons a nosso respeito. Quando passarmos pelo vale da aflição precisamos ter convicção de que Deus é por nós. Ele luta a nosso favor. Seus pecados já foram punidos na cruz. Deus está do seu lado. Essa deve ser a nossa posição quando nos achegarmos diante de Deus para orar. Você não obterá coisa alguma do Senhor a menos que creia que não está mais debaixo da sua ira. Essa é a base da nossa oração, o fato de que ele nos amou ao ponto de nos fazer seus filhos.  Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. I Jo. 3:1  Vença toda acusação

Estou convencido de que o maior problema que enfrentamos em nossas orações é a acusação. Quando nos ajoelhamos para orar debaixo de acusação e condenação não temos fé de que obteremos do Senhor aquilo que buscamos. Todo aquele que se dispõe a ser instrumento útil nas mãos do Senhor invariavelmente vai orar. Muitos porém, resistem a idéia de orar e buscar a Deus por um determinado milagre. Eles se sentem incapazes e desqualificados e presumem que esse sentimento seja um sinal de Deus de que eles não receberam o dom da oração. Mas esse é um grande equívoco. Esse sentimento de desqualificação não procede de Deus.  Apocalipse 12:11 diz: Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. Todos esses sentimentos que nos bloqueiam e nos deixam paralisados não passam de ataques do maligno. O texto de Apocalipse nos diz que vencemos o maligno por causa de três coisas: • Por causa do sangue do Cordeiro • Por causa da palavra do testemunho • Porque, mesmo em face da morte, não amamos a própria vida. Primeiro, eles venceram por causa do sangue do Cordeiro. Toda a nossa vitória no mundo espiritual é baseada no sangue do Cordeiro. O sangue não é apenas para o perdão e a salvação, mas é a base pela qual vencemos a satanás. Satanás é tentador, assassino e mentiroso, mas a sua maior atividade contra os cristãos é a acusação. Satanás nos acusa de dia e de noite não somente diante de Deus, mas também em nossa consciência. O objetivo da acusação é nos tornar fracos e completamente impotentes. Ele nos acusa até ao ponto de nos considerarmos inúteis e assim percamos a base para prevalecer contra ele e oração. Não estou dizendo que não devemos ser sensíveis ao pecado, o que estou dizendo é que não devemos aceitar as acusações do maligno. Como é a pessoa que está debaixo de condenação e acusação? 1 Durante todo o tempo ele sente que está errado. Quando se ajoelha para orar ele pensa que está errado e que Deus não ouvirá suas orações. Durante todo o tempo ele pondera quão mau e indigno ele é. Vive consumido pelo sentimento de incapacidade. Não existe nem um momento em que não se lembre de sua indignidade.

Tudo isso é acusação de satanás. Quem está nessa situação é impotente diante do maligno. Ninguém que aceite acusações pode permanecer na posição do vencedor. Ninguém pode ter uma  vida de oração nessa situação. Se queremos orar e obter resposta precisamos nos achegar diante de Deus livre de toda acusação. O diabo procura disfarçar a acusação com o sentimento de humildade cristã e por isso muitos  vivem impotentes debaixo de acusação. Ficar se diminuindo e falando quão miserável é não é humildade, mas espírito de condenação. Humildade é reconhecer que a nossa justiça procede do Senhor. É saber que em nós mesmos não há mérito algum, mas nos achegamos diante de Deus confiado no sangue de Jesus. É verdade que muitas vezes pecamos. Mas mesmo tendo pecado não podemos aceitar as acusações do maligno, pois o sangue já nos purificou. Se já confessamos devemos esquecer e ficar em paz. Quem vive no pecado é inútil para Deus, mas aquele que vive debaixo de acusação também não desfruta do melhor de Deus. Se lhes perguntamos que pecado cometeram não sabem dizer, mas insistem que se sentem errados. Ninguém pode ter fé debaixo de acusação. Mas nós temos uma arma para vencer as acusações de satanás: o sangue de Jesus. Eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro. O sangue é a base de nossa vitória. Mas isso não significa que temos de clamar o sangue sobre satanás como fazem alguns de forma mística. Significa que quando o inimigo nos acusar precisamos declarar que sobre nós não há culpa ou condenação por causa do sangue de Jesus. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. I Jo. 1:7 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. I Jo. 1:9 Não há pecado tão grande e nem tão sujo que o sangue não possa perdoar. Quando o inimigo nos acusar precisamos somente nos colocar debaixo da ação do sangue do Cordeiro.  Você deve rejeitar as acusações infundadas e também aquelas que possuem uma causa. Se você errou você precisa apenas do sangue de Jesus e não de acusações.  Alguns presumem que se eles ficarem pensando no quanto são pecadores então serão mais santos. Isso nada mais é que carne e incredulidade disfarçada de zelo e humildade. João diz que o sangue nos purifica de todo pecado. Não importa o tamanho e nem a quantidade de  vezes que o cometi. Não importa se é pecado lembrado ou esquecido. Não importa se é um pecado que pensamos que não pode ser perdoado. João diz que o sangue nos lava de “todo” pecado. Não creia nas acusações mais do que você crê no sangue. Quando pecamos desonramos a Deus, mas quando aceitamos acusações desonramos muito mais. É vergonhoso pecar, mas não crer no sangue é mais vergonhoso ainda. O sangue precioso de Jesus é a base da nossa oração. Se não sabemos o valor do sangue não podemos orar porque não teremos fé de que seremos ouvidos. Não podemos vencer se estamos cheios de culpa. Quem aceita as acusações de satanás está negando o poder do Sangue da cruz. Nós não vencemos por causa de nosso mérito e nem porque temos crescido ou tido experiências; mas nós vencemos por causa do sangue. Uma vez que você aceita o sangue o poder de satanás está anulado. O segundo ponto importante em Apocalipse 12:11 é que nós vencemos o maligno por causa da palavra do testemunho que damos. O significado do testemunho aqui é testemunhar aos outros e não a si mesmo. Quando temos a base do sangue podemos testemunhar com ousadia diante de Deus e diante dos homens. Testemunhar é dizer aos outros o que há em Cristo. É proclamar bem alto a vitória de Cristo. Satanás teme quando confessamos a verdade da palavra bem alto. Confesse que o valente está amarrado e que Cristo é o Senhor e Rei para sempre. Confesse a vitória da cruz. Confesse que Cristo veio e destruiu as obras de satanás. Não tente argumentar apenas confesse proclamando a  verdade da palavra de Deus. Fale bem alto para que o inferno ouça.

 Antes de orar você precisa aprender a confessar a palavra de Deus. Em Marcos 11:23 o Senhor disse: Porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. O Senhor não diz aqui que se uma pessoa orar acontecerá, mas ele diz que o que ela disser acontecerá. Somente quando falamos por fé algo pode se cumprir. E somente podemos ter fé se rejeitamos toda acusação do diabo.  A sua força para orar depende da sua fé de que o Senhor não está irado com você, de que você não está mais debaixo de condenação alguma. O Senhor nos deu o sangue para vencer a satanás, mas ele nos deu também a Palavra do testemunho por meio da qual manifestamos a vitória do Senhor. Por fim nós vencemos o acusador quando em face da morte não amamos a própria vida. Não amar a própria vida é não valorizar a própria habilidade ou força. É não confiar em si mesmo. É perceber que somos frágeis e impotentes em nós mesmos. É não confiar em nossa justiça própria. Quando dependemos completamente da justiça de Cristo que nos foi dada gratuitamente, nós rejeitamos todo esforço próprio para tentar agradar a Deus.  A base de nossa vitória é o sangue de Jesus e a Palavra de nosso testemunho. E a atitude que precisamos ter ao usar essas duas armas é confiar inteiramente no poder de Deus e não em nós mesmos.

Quinto Dia O poder de um desejo profundo

O primeiro princípio para a oração respondida certamente é um desejo profundo. Esse desejo que procede do mais profundo do nosso coração normalmente é fruto de uma grande paixão ou de uma grande necessidade. Sonhos e paixões do coração produzem desejos e anseio profundos em nosso coração. Tais anseios eventualmente explodem na forma de orações intensas e poderosas. Esse é o motivo pelo qual algumas vezes Deus parece demorar a responder nossas orações, ele quer nos testar para saber até aonde iremos com ele, até aonde realmente desejamos aquilo que estamos buscando. Pedidos que são apresentados diante de Deus, mas que são esquecidos dias depois não serão ouvidos. Mas quando realmente queremos algo, nós não desistiremos. Esse desejo profundo é o poder por detrás de orações intensas e poderosas que prevalecem até que os céus se abram. Isso acontece porque tais desejos profundos produzem pressão espiritual. Mas não é apenas os desejos profundos da alma que produzem pressão, as necessidades reais são uma grande fonte de pressão. Quando realmente necessitamos de algo nossa oração será diferente daquela que fazemos quando não temos nenhuma pressão sobre nós. Tanto a paixão quanto a necessidade produzem uma enorme pressão sobre nós.  Você já percebeu que o princípio subjacente a uma oração poderosa é a pressão que a impulsiona.  A pressão da necessidade ou da paixão do coração é o segredo de uma oração poderosa.  A pressão produz poder

Existe uma íntima relação entre pressão e poder. Muitos de nós temos buscado o poder de Deus, mas não entendemos que o poder é o resultado da pressão. Muitos têm pedido poder a Deus, mas não sabem o que realmente estão pedindo. Em resposta, Deus lhes enviará mais pressão para produzir poder.

Mas como exatamente a pressão produzirá poder quando um crente orar? Vamos tomar um exemplo para compreendermos isso, o exemplo do crente panela aberta e do crente panela fechada. Como você sabe, se levarmos uma panela com água ao fogo, no final, produzirá vapor. Se a panela estiver destampada, o vapor escapará – não terá para nós utilidade alguma. Entretanto, se tamparmos a panela, o vapor será contido e, depois de algum tempo, produzirá uma grande pressão. Finalmente, a pressão libera o poder que cozinha qualquer ingrediente dentro da panela. Esse mesmo princípio produz a energia ou poder que move quase todos os tipos de motores utilizados em carros, trens e navios. Todos eles são movidos pelo poder que vem de uma forma de pressão. Podemos dizer, então, que o poder é proporcional à pressão. Quanto mais pressão, mais poder; quanto menos pressão, menos poder. Deus quer que conheçamos seu poder; por isso, Ele permite que sejamos expostos às pressões. O problema é que muitos de nós somos como a panela sem tampa sobre o fogo, é o crente panela aberta. Esse tipo de crente simplesmente não canaliza pressão alguma. Ele aprendeu a conviver com as lutas e tribulações de tal forma, que não sente a força da pressão sobre ele. Esse é o motivo por que muitos não têm provado do poder de Deus em suas vidas. Como isso acontece na prática. Suponha que um crente panela aberta fique desempregado. Essa é uma situação difícil que deveria produzir nele uma enorme pressão. Mas como ele é um crente panela aberta a primeira coisa que faz é tirar férias na praia. Ele vai deixar para pensar nisso depois de um mês. No final do mês a situação já está difícil, as contas já estão vencendo, mas ele simplesmente não liga, sua única atitude é pedir ajuda para amigos e familiares. Ele vai levando e no mês seguinte ele pede ajuda para a igreja. Ele até pede oração aos irmãos, mas ele mesmo não ora com intensidade, afinal, pensa ele, “para quê tanto stress? O país está em crise e eu não posso fazer nada nessa situação.” Ele se acomoda porque aprendeu a viver naquela situação. A pressão veio sobre ele, mas ela se dissipou como o vapor que sai de uma panela aberta. A pressão veio, mas não produziu poder. Para que haja poder é preciso tampar a panela. E como fazemos isso? Quando nos recusamos a conviver com determinadas circunstâncias. As pressões vêm de muitas fontes: do inimigo, das circunstâncias, do pecado, das enfermidades e mesmo da obra de Deus. Em todas elas, Deus quer que conheçamos o poder de sua ressurreição. Suponha agora que um irmão panela tampada também fique desempregado. Se você é como uma panela destampada, simplesmente se prostrará e se resignará diante das circunstâncias. O fogo  veio, mas não produziu pressão alguma. Todas as vezes que nos resignamos e deixamos de orar, estamos sendo tal qual uma panela destampada. Mas nessa mesma situação aquele que tem a panela tampada se levanta e diz: “Eu não vou aceitar ficar desempregado. Deus prometeu que eu comerei do trabalho de minhas mãos. Eu vou encontrar um emprego.” Nessa situação, você ora uma vez, e nada parece acontecer. Depois de um mês a resposta ainda não veio e as contas começam a vencer. Nessa situação a pressão aumenta, você ora uma segunda vez, mas dessa vez com uma pressão interior maior, mas ainda nada acontece. Na terceira vez, você nem ora; ao contrário, berra e grita com um clamor de alma. Veja: a pressão está aumentando e o poder da oração também. Na quarta vez, você simplesmente geme diante de Deus assim como fez Ana, embriagada nas próprias lágrimas ( I Sm 1). Quanto mais o tempo passar, maior será a pressão interior e também mais poderosa será a sua oração.  Você entendeu agora por que a oração de muitas pessoas é completamente ineficaz? Porque são destituídas de poder. Não foram geradas por uma pressão interior. O primeiro princípio da oração respondida é exatamente este: necessidade. Se realmente necessitamos de algo e nos recusamos a  viver sem aquilo, então oramos. Nesse nível, só nos resta esta alternativa: ser uma panela tampada que produz pressão e poder.

Há uma relação proporcional entre o poder e a pressão. Se desejarmos o poder, é necessário que saibamos lidar com a pressão. Não há poder sem uma pressão equivalente. Hebreus diz que o Senhor Jesus foi ouvido por causa do forte clamor diante de Deus. A força desse clamor certamente foi proporcional à pressão que estava sobre ele. Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade Hb. 5:7 O tempo de fogo varia, mas não desista. Não abra a tampa. Não busque alternativas. Você verá que Deus irá com você até o fim da sua vida. Não adianta ensinar princípios de oração para você, porque não existe fórmula mágica de oração. Se você é alguém que tem poder na oração, algo vai acontecer. Existem irmãos que pedem para eu orar porque acreditam que minha oração tem mais poder. A  oração que tem poder não é aquela do pastor ou de A ou B. A oração que tem poder é aquela que tem encargo e pressão interior para aquilo. Tem muitas mães que me procuram para eu orar para os seus filhos. Qual o dia em que algum pastor vai orar com mais poder do que uma mãe? Oração de mãe, quando é panela fechada, arrebenta tudo, meus irmãos! É um negócio poderoso. Eu aconselho a todas as mães a orarem e não tirar a tampa, mesmo que não haja mais lágrimas para chorar, jamais devem desistir, porque há muito poder envolvido. Quando eu vou orar para alguém, eu procuro ouvir a história primeiro para eu sentir compaixão. A história tem que tocar em mim, porque se ela não tocar em mim, não tocará o Senhor também. Se eu não sou tocado como posso esperar que o céu seja tocado? O milagre depende do poder de como a oração é feita.  Algum tempo atrás, eu conheci uma mulher que tinha um filho pequeno. Surgiu um tumor na região do ouvido desta criança, não sei como surgiu, mas apareceram ali vermes que estavam devorando algumas partes, e a criança gritava agoniada com uma dor intensa. A mulher foi à igreja e ali compartilhou o seu problema. Sabe como a igreja reagiu? A igreja foi tomada de uma pressão por aquilo. Eles estavam indignados. É engraçado. Nós toleramos algumas coisas às vezes, mas outras não. Deveríamos ser mais indignados, mais intolerantes com o diabo. Naquele dia todos  viram que houve poder na oração. Então, eu declarei que aquela criança tinha sido curada. O poder de Deus tinha sido liberado aqui. E, de fato, na semana seguinte, a mãe voltou para testemunhar e disse que tinha acontecido mais do que a cura – a parte que aos vermes tinham danificado havia sido regenerada, restaurada. O milagre aconteceu porque houve uma oração de poder. Mas o mesmo não acontece quando oramos por um pedido de alguém que está gravemente enfermo. Eu digo aos irmãos: “Vamos orar, meus irmãos.” Alguns continuam conversando. Um outro cutuca o irmão do lado e fala do trabalho de amanhã; o pastor ora e todos concordam dizendo amém. Só que nada aconteceu, porque não havia poder liberado. Não havia pressão por aquilo. Não havia compaixão envolvida. Antes de orar, temos que ter pressão interior. O problema é que brincamos de orar e, por isso, não crescemos nem avançamos. As pessoas começam a pedir hoje, e amanhã esquecem tudo. Nem se lembram do que pediram, pois estão brincando com Deus e, dessa forma, não recebem nada Dele. Irmãos, a única maneira de você receber é falando assim: “Senhor, eu não arredo o pé daqui e não fico sem, ou o Senhor faz ou eu morro. Mas eu não vou ficar sem esta bênção.” Isso é uma atitude de fé. Ser panela fechada é ter fé e dizer: “Não vou dar escape à pressão.” A maioria de nós corre da pressão. Quando vier a pressão, vo cê deve se alegrar, meu irmão! É neste momento que você terá sua chance de ver o poder de Deus agindo. Quando  vier a pressão, não saia correndo. Ore e jejue porque, assim, sua oração terá muito poder.  A pressão faz com que a oração seja poderosa

 Você certamente está pensando que alguém que fica desempregado e não sente pressão alguma certamente é muito irresponsável. Talvez pense que você seria uma panela fechada naquela circunstância. Mas há outras situação onde precisamos liberar uma oração cheia de poder, mas não fazemos isso porque nos falta o poder da pressão. Um exemplo disso é o pecado. Muitos infelizmente aprenderam a conviver com o pecado em suas vidas. Somente experimentaremos

libertação, se o desejo de libertação produzir uma pressão tal que o poder da oração seja liberado.  Alguém que tem problemas com a ira, por exemplo, depois de definir que não vai mais aceitar esse pecado em sua vida, começa então a orar. No início, as orações serão em um tom moderado, mas depois de algum tempo, em forte clamor, com lágrimas e, então, o poder se manifestará. Precisamos ter uma atitude semelhante em relação a cada pecado. Muitos irmãos não experimentaram ainda uma vitória completa, porque não chegaram a esse nível de insatisfação e de pressão interior por mudança. Quando se trata de vencer o pecado muitos são panelas abertas.  Você tem orado a respeito do pecado que o assedia? Que tipo de oração tem feito, uma oração panela aberta ou panela fechada? Todos nós sabemos quando uma oração não passa do teto. Existe uma experiência na Bíblia, chamada de o poder da ressurreição (Fl 3.10). O que vem a ser esse poder? Uma ilustração nos permitirá entendê-lo melhor. Suponhamos que você, antes de tornar-se cristã, era uma pessoa conhecida e elogiada pela paciência com que enfrentava as  vicissitudes da vida. De repente, então, você se converteu e, justamente agora, a sua paciência se esgotou. Você começa a orar para obter paciência. Em resposta à sua oração, Deus permite que  venham situações adversas sobre você, justamente nas áreas onde a sua paciência se esgota, para capacitá-lo a tornar-se paciente. A paciência que você demonstrava anteriormente, era natural. Tudo aquilo que trazemos de nossa vida antes da conversão pertencem a velha criação. Não podemos supor que a paciência de um ímpio seja fruto do Espírito. Deus vai acabar com a paciência da velha criação e nos dará aquela que vem do Espírito. Depois de perdermos toda aquela paciência antiga nós vamos orar e o Senhor virá sobre nós com a sua paciência. Esta, agora, é espiritual. Veio da ressurreição. É fruto de uma crise entre você e Deus, regada com lágrimas e clamor.  A pressão é importante, para podermos experimentar o poder da ressurreição do Senhor. Muitos de nós trazemos coisas naturais para a vida com Deus. O Senhor, então, permitirá que nos sobrevenham muitas pressões para que essas virtudes naturais cessem e alcancemos aquelas que  vêm do Espírito.  A pressão faz com que a oração seja poderosa. Quando buscamos algo com muito empenho, não descansamos até receber a resposta. Isto é poder canalizado. O primeiro princípio da oração não é a fé, nem em alguma promessa da Palavra, mas na necessidade (Êx 32.32 e Rm 9.3). Não se conforme com a sua condição de vida, se Deus tem prometido algo melhor para você. Mas lembrese de que Deus somente lhe dará aquilo que você realmente desejar. Esse querer, gerado pela necessidade, gera uma grande pressão e poder na oração. Não se conforme com menos do que o melhor de Deus. Lembre-se de que Deus tem permitido essa tribulação, para que você possa conhecê-lo como Jeová Jiré, o Senhor provedor. Muitos obreiros não são bem sucedidos na obra de Deus, porque não conhecem o poder das lágrimas que fluem da pressão. A obra de Deus é regada com muitas lágrimas. Paulo serviu a Deus com lágrimas, e esta é também a forma como devemos servir ao Senhor hoje. Se a pressão interior por unção, revelação ou poder na vida da Igreja forem suficientemente grandes, isso vai produzir uma pressão em alta escala. As orações que fluirão dessa pressão serão carregadas de poder e detonarão o mover de Deus.  Você percebe que o nosso grande problema é que somos panelas abertas quando se trata de lutar contra o pecado e de receber o poder e a unção do Espírito. Nós oramos, mas se nada acontece, simplesmente dissipamos a pressão dizendo que Deus algum dia nos dará. Inventamos todo tipo de desculpas para tolerar o pecado e uma vida sem poder. O de que precisamos hoje, na vida da Igreja, é de gente que tenha um profundo desejo de ver as obras do diabo desfeitas. Quando o inimigo vier como torrentes de águas, deixe fluir, de você mesmo, um clamor carregado de ânsia, zelo e necessidade. Não seja como uma panela destampada, que deixa escapar o vapor. Não olhe para as obras do diabo, sem sentir antes uma profunda indignação. E essa indignação, canalizada na oração, detonará a dinamite do poder e da  vingança do nosso Deus.

 As lágrimas na oração

Ouve, SENHOR, a minha oração, escuta-me quando grito por socorro; não te emudeças à vista de minhas lágrimas, porque sou forasteiro à tua presença, peregrino como todos os meus pais o foram. Sl. 39:12. Orações acompanhadas de lágrimas são a melhor maneira de sermos ouvidos diante de Deus. Na  verdade quando a pressão crescer em você as lágrimas jorrarão dos seus olhos.  Volta e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à Casa do SENHOR. II Rs. 20:5. Deus vê as nossas lágrimas! Ezequias orou e também chorou. E Deus o respondeu dizendo que tinha visto as suas lágrimas. Isto mostra como o Senhor se agrada com lágrimas na oração, tal oração pode mover seu coração. Aquilo que não pode mover o nosso coração também não pode mover o coração de Deus.  As lágrimas são completamente inúteis se não são derramadas diante de Deus. No entanto cada lágrima derramada diante de Deus será guardada por Ele Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro? Sl. 56:8 O Senhor colocará as suas lágrimas em um vaso, o que significa que ele se lembrará de todos os seus sofrimentos. Nós precisamos entender que muitas orações não produzem efeito simplesmente porque não são acompanhadas de lágrimas. A ausência das lágrimas é apenas um sinal de que não há poder que vem pela pressão. Não estou dizendo que Deus apenas nos ouve quando choramos, estou afirmando que as lágrimas são um sinal de poder em sua oração. Muito embora as lágrimas algumas vezes fluam por causa de uma alegria genuína, usualmente elas são causadas por pressão além da medida. As lágrimas descarregam os fardos do coração. Os meus amigos zombam de mim, mas os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus. Jó 16:20 Estas palavras foram proferidas por Jó depois que ele foi atacado pelo Diabo e zombado pelos seus três amigos. É verdade que diante do homem o choro é um sinal de fraqueza, mas diante de Deus é a coisa mais apropriada a fazer. Eu frequentemente digo que feliz é o homem que derrama as suas lágrimas diante de Deus, pois quem nunca chorou diante de Deus não sabe o que é comunhão, ou o que é estar perto de Deus, nem tão pouco como lançar o fardo sobre o Senhor. Quando seu caminho na terra parecer completamente bloqueado, quando você for provocado de todas as formas, quando todos o acusarem de estar errado, e tudo ao redor parecer se levantar contra você, então esse é o tempo de você chorar diante de Deus; pois este é o caminho de escape, a maneira de resolver os problemas. Jamais houve um crente fiel que nunca tenha derramado lágrimas. Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago. Sl. 6:6. Davi chorou cada noite até poder como que nadar no seu leito. O que é realmente precioso para Deus não são as nossas lágrimas em público com o objetivo de ser visto pelos homens, mas o nosso choro secreto, as lágrimas que nós derramamos diante dele e somente ele vê. Lágrimas diante de Deus são verdadeiras e preciosas. Mas as lágrimas que vêm sem a pressão não têm nenhum significado porque não são fruto do poder. Quando os filhos de Israel foram levados cativos e espalhados entre as nações, pessoas ridicularizavam deles. Foi debaixo de tais circunstâncias que os filhos de Coré escreveram um salmo muito significativo: Minhas lágrimas têm sido meu alimento dia e noite, enquanto continuamente me dizem: o teu Deus onde está? (Sl. 42:3).

 As lágrimas mostram o nível da pressão dentro de nós. Há um poder tremendo na oração liberada com pressão, e essas orações normalmente são banhadas de muitas lágrimas. Um desejo profundo é a primeira condição para a oração respondida e o caminho pelo qual o poder é liberado.

Sexto dia Princípios da oração respondida

 Aquilo que para nós é um estímulo para orarmos cada vez mais, para outros parece ser justamente o contrário, um desestímulo para orar.  Alguns dizem que se o Pai sabe todas as nossas necessidades antes que o peçamos então para quê orar? Além do mais os pais humanos não esperam que seus filhos lhes peçam para então poderem dar a eles. Esta verdade se aplica muito mais a Deus que é bom (Mt.5:45). É verdade que Deus sabe todas as nossas necessidades muito antes que o peçamos, mas ele espera que lhe peçamos, não porque não saiba, nem porque é relutante em nos dar. A questão é que Deus somente pode nos abençoar se nos humilhamos diante dele. O ato de pedir é uma declaração de incapacidade, insuficiência e humildade. A oração é a nossa declaração de dependência. Há algo mais constrangedor que pedir algo para alguém? Experimente pedir algo para quem você não conhece no meio da rua. Deus está pronto para dar, mas quer saber se estamos prontos para receber. Deus espera que reconheçamos a nossa necessidade e então em humildade recorramos a ele. Uma outra questão frequentemente levantada com relação a oração é o fato de que Jesus disse que o Pai celeste abençoa os maus e os bons e faz chover sobre ambos. Ora se os ímpios possuem coisas de Deus sem precisar orar então para que orar?  A resposta aqui é que existe uma diferença entre as dádivas de Deus como criador e suas dádivas como Pai. É verdade que ele dá certas coisas quer oremos ou não, creiamos ou não como o sol, a chuva, o ar, a capacidade de ter filhos, etc. Mas os dons da redenção são diferentes. As bênçãos espirituais resultantes da salvação dependem de invocarmos e crermos em Deus (Rm. 10:12-13). Infelizmente há muitos que deixam de orar porque pensam que se trata de algo muito profundo ou misterioso. Ficam perplexos porque existem muitas pessoas que pedem e não recebem. Muitas pessoas clamam a Deus e parece que Deus não as ouve. Precisamos entender que as promessas de Jesus sobre oração são condicionais. Se não nos dispomos a cumprir as condições de Deus não podemos esperar resultados em nossas orações. Gostaria de apresentar alguns princípios importantes da oração prevalecente. Seja específico

Seja específico, mas em linha com a Palavra de Deus e com o Espírito Santo. Se pedimos algo fora da Palavra de Deus não temos como receber. Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em  vossos prazeres. Tg. 4:2-3 Por outro lado sabemos que a promessa é clara: “todo que pede recebe...” (Mt. 7:8). Creio que é importante ser específico em nosso pedido. Quando somos específicos em nossa oração demonstramos que realmente cremos no cuidado do Pai. Não estou dizendo que Deus não ouvirá se não formos específicos. Numa ocasião fui orar com uma pessoa enferma e havia ali alguém que

também estava orando por ela. Antes de começar a orar o intercessor me passou por escrito o nome científico da doença e toda as suas características. Não é isso que quero dizer com o ser específico ao orar. Ser específico e detalhado é reconhecer que o Pai tem cuidado de você. Devemos colocar diante dele nossos pedidos porque ele tem cuidado de nós (1 Pedro 5:7). A menos que você tenha absoluta confiança que Ele se importa com você, não vai lançar sobre ele seus sonhos e anseios. Quando  você orar saiba que você tem a completa atenção dele com todos os recursos do céu para ajudá-lo. Talvez você possa pensar que o Senhor Jesus tem coisas mais importantes para fazer do que se importar com seus problemas. Dizendo isso você demonstra que não acredita realmente que ele se importa com você. O Senhor Jesus disse: “Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais” (Lucas 12:7). Eu amo minhas filhas. Amo estar com elas e me importo profundamente com os seus problemas, no entanto nunca me ocorreu contar os cabelos da cabeça delas. Mas o Pai conta os muitos fios de cabelo da sua cabeça. Tudo o que diz respeito a você é importante para ele. Quando minhas duas filhas começaram a crescer eu tive de aprender muito sobre as coisas de meninas. Tive de aprender a comprar bijuterias, acessórios e muitas coisas próprias de mulher. Se aquilo era importante para elas, então eu me empenhei para saber como agradá-las. Deus está interessado em cada mínimo detalhe da sua vida. O amor de Deus por você é infinitamente detalhista. Qualquer coisa pequena que o faz chorar também toca o coração dele. Ele não é Deus distante que está preocupado apenas com as grandes questões do universo. Seu pequeno mundo é importante para ele. Essa é a razão porque precisamos ser específicos em nossas orações. Deus se agrada de saber o que  vai em nosso coração e tem prazer em fazer a nossa alegria completa em todos os detalhes. Tenha um desejo profundo

É preciso querer e, então pedir a Deus. A seqüência do pedir-buscar-bater fala de um desejo ardente no coração. Somente alguém possuído por um desejo profundo e uma necessidade inadiável pode realmente seguir pedindo, depois buscando e, então batendo na porta. Pedir, buscar e bater nos mostra uma seqüência ascendente de intensidade. Deus somente se deixa achar por aqueles que o buscam de todo o coração. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Jr. 29:13  Você nunca terá aquilo que você não deseja, não busca. A primeira condição para a oração nem é a fé, mas um desejo ardente, um desejo que não encontra obstáculos. Somente aqueles que possuem esse fogo queimando no seu coração estão aptos para receberem de Deus. É preciso ter um desejo que nos faça suspirar. Já aconteceu de você tentar respirar, mas em vez de respirar você suspira? O ar sai meio entrecortado do pulmão, certamente é algum desejo ainda não realizado do fundo do coração.  A alegria de Deus é cumprir o desejo do seu coração. A Palavra do Senhor diz no Salmo 37:4: “Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração.” Muitos pedem e não recebem porque não desejavam realmente receber. Quem realmente quer algo não se acomoda. Quando queremos profundamente receber algo, aquilo se torna uma santa obsessão e não conseguimos pensar em outra coisa. Quem tem um desejo profundo não abrirá mão dele facilmente. Será ainda mais poderoso se a pessoa tiver completa convicção de que é a vontade de Deus atendê-lo. Certa vez conversava com uma irmã que gostaria que eu orasse para que ela se casasse. Então ela me confidenciou sua dúvida: “Pastor, eu não sei se é a vontade de Deus que eu me case. Por causa disso tenho receio de orar.” Então eu lhe disse algo muito simples: “não pergunte agora se é a  vontade de Deus, mas apenas veja se você realmente deseja se casar.” “Você quer ou não? Porque se realmente quiser você pode se apropriar da promessa: “todo o que pede recebe!” A pergunta é essa: Você quer?

“Ah pastor, mas eu tenho medo de querer algo que Deus não quer!” Não se preocupe com isso, apenas assuma aquilo que vai no seu coração. A vontade de Deus é surprir a sua necessidade. Você precisa orar de acordo com a palavra, mas você precisa orar com uma santa obsessão no seu coração. Muitos não são curados porque imaginam que é a vontade de Deus que eles estejam doentes.  Apesar de pensarem assim eles vão ao médico para se livrarem da vontade de Deus. Assuma aquilo que você quer. Você quer é ser curado. A pergunta do Senhor para você é esse: “o que você quer que eu lhe faça?”  Aquele que está doente não deveria perguntar se é da vontade de Deus curá-lo. Aquele que está se separando, vendo o seu lar destruído, não deveria perguntar se é da vontade de Deus a restauração do seu casamento. Alguém que está infeliz sozinho não tem que perguntar se é da vontade de Deus que ele fique solteiro. Essas coisas você não tem que se perguntar, tem apenas que apresentar a Deus o que você quer receber. O que você quiser profundamente, Deus vai dar para você! Evidentemente não adianta desejar algo que vai contra a Palavra de Deus. É preciso que os nossos desejos estejam em linha com a vontade de Deus revelada em sua Palavra. Seja positivo em relação a Deus

Não duvide da bondade de Deus. Em Mateus 9:11 a lógica do Senhor Jesus é clara, se nós que somos maus sabemos dar boas coisas a nossos filhos, quanto mais o Pai celestial. Tenha uma imagem correta de Deus. Veja-o como um pai amoroso interessado em nossas vidas. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? Mt. 7:9-11 Coisas boas e tremendas acontecem com pessoas que crêem que Deus as ama. As coisas boas que  você receberá não dependem de quem você é ou das suas muitas qualificações. As boas coisas simplesmente acontecem quando você crê que Deus o ama. Faça a experiência. Lance fora todo pensamento de que Deus está zangado com você. Rejeite a sugestão de que não é a vontade dele responder a sua oração. Ele o am[a o tempo todo, até mesmo quando você falha. O amor de Deus não é como o nosso. O amor do Pai é incondicional. Para que os irmãos pudessem experimentar a plenitude da bondade de Deus Paulo faz uma oração muito poderosa. Ele ora para que os irmãos tivessem revelação e pudessem compreender qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.  A fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ef. 3:18-19. Quando você conhecer o amor de Deus você será cheio de toda a plenitude da divindade. Mas o mais extraordinário é o que Paulo diz logo em seguida. Quando compreendemos o amor de Deus podemos experimentar o seu poder para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós (Ef. 3:20). Deus o amou tanto que não poupou a seu próprio Filho por amor de você. Seja sempre positivo em relação ao amor de Deus. Quem não poupou o próprio filho não vai lhe negar coisa alguma. Deus não o ama apenas quando você é bonzinho, ele o ama sempre imutavelmente e incondicionalmente. Frequentemente ouço irmãos dizendo que estão mal com Deus. Dizem isso porque pecaram e imaginam que agora Deus está irado e muito zangado com eles e, nem de longe vai lhes ouvir a voz quando orarem. Mas isso é uma grande mentira do diabo. Deus não pode estar irado com você pois o sangue de Jesus já pagou toda divida e aplacou toda a sua ira. Você não pode estar mal com Deus se já foi reconciliado pelo sangue de Jesus.

Jamais pense que não é a vontade de Deus ouvi-lo. Se houve a menor sombra de dúvida de que a  vontade de Deus é ouvi-lo você não terá fé para orar. A nossa fé depende do nosso conhecimento da graça de Deus. Na verdade a fé é uma fé na graça. O tamanho de nossos pedidos demonstram o quanto acreditamos que estamos debaixo do favor imerecido da graça de Deus. Faça da oração uma declaração de fé

Jesus disse que podemos ligar e desligar sobre a terra. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.Mt. 18:18-19 Nossa fé ou incredulidade é determinada pela nossa confissão. Quanto mais confessamos a  verdade da Palavra de Deus, a grande vitória da cruz, o perdão do calvário, mais cheios somos de fé nessas verdades. A Palavra só se torna real quando confessamos sua realidade (Hebreus 4:14).  A fé é expressa pela confissão dos lábios. O que os lábios dizem deve concordar com a fé do coração. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Rm 10:9-10  A fé tem como fundamento a fidelidade de Deus e da Sua Palavra (Nm 23:19). Ela é uma confiança ousada em Deus. É uma certeza antecipada do milagre que virá (Mc 11:23-24).  A verdadeira fé é aquela que se apropria da promessa no reino do espírito, antes que ela se materialize diante dos olhos (Hb 11:1; 11:6). A única oração que Deus ouve é aquela feita em fé. Mas a nossa fé se baseia na graça de Deus. Quando conhecemos a sua graça temos fé e ousadia para orar. Você sabia que só existem duas pessoas nos evangelhos que Jesus disse que possuíam uma grande fé?  A primeira pessoa foi o centurião romano. Ele veio a Jesus e lhe disse: “Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta” (Mt. 8:6-10). Porque você acha que esse homem teve uma grande fé? Muitos certamente se limitam a dizer que ele era um soldado que entendia a autoridade e assim entendeu a autoridade do Senhor Jesus. Isso é verdade, mas não explica porque a mulher siro-fenícia foi mencionada por Jesus como também tendo uma grande fé. Aquela mulher tinha uma filhinha possessa de demônio e ela foi clamar ao Senhor para que libertasse a menina. Mas o Senhor lhe disse: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos. Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres” (Mt. 15:26-28). O que essas pessoas tinham em comum para terem uma grande fé? Surpreendentemente ambos eram gentios, ou seja, não eram judeus, não faziam parte da aliança de Israel. Eles não podiam reinvindicar coisa alguma, pois não tinham direitos, mas ambos sabiam que eram indignos, entretanto, confiaram na graça do Senhor Jesus.  Aqueles que vivem debaixo da lei do merecimento nunca podem ter fé para receber de Deus. Paulo na verdade diz que a lei não é da fé e ninguém pode ter fé caminhando pela lei (Gl. 3:12). A lei sempre vai desqualificá-lo para receber qualquer coisa de Deus, mas a graça o levará a ter uma grande fé. Se você não entendeu vou explicar melhor. Andar pela lei é andar pelo merecimento. Quando esperamos merecer ou imaginamos que podemos merecer receber a bênção nunca teremos fé para recebê-la, pois sempre teremos uma acusação em nossa mente nos mostrando o quanto somos

pecadores. Mas se nos achegarmos confiados na graça dependeremos exclusivamente da obra do Senhor na cruz e, então teremos uma grande fé pois, por causa do sangue, Deus não nos pode negar ouvir a oração. Se você quer orar com uma grande fé, ore confiado exclusivamente na graça. Não se preocupe em dizer o quão indigno é, concentre-se em declarar que Jesus é digno e oramos no nome dele. Não desista, ore sem esmorecer

Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer. E o outro lhe responda lá de dentro, dizendo: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade. Lc. 11:5 a 8 No texto paralelo a este, em Lucas 11, Jesus mostra que a seqüência pedir-buscar-bater é uma atitude de perseverar em oração e quem persevera recebe de Deus. Não sabemos todas as coisas que acontecem no mundo espiritual. A Palavra de Deus diz que existem batalhas sendo travadas agora mesmo nas regiões celestes, por isso as orações podem parecer demoradas. Daniel estava orando a vinte um dias, mas a resposta da sua oração tinha sido liberada desde o primeiro dia. Todavia, por causa da resistência de hostes malignas, o anjo custou a chegar com a resposta. Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia. Dn. 10:1213  As resistência demoníacas não são a única causa para a demora em responder nossas orações. Existem muitas coisas que o Senhor deseja nos ensinar e certamente precisamos amadurecer antes de receber determinadas bênçãos. No entanto mesmo que não compreendamos os motivos todos, precisamos continuar crendo que é a vontade de Deus nos ouvir. Não devemos presumir que o Senhor não quer nos abençoar. Persevere crendo na bondade de Deus e nos seus planos maravilhosos a nosso respeito.  Visualize a resposta

Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos; guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso; porque serão vida para a tua alma e adorno ao teu pescoço. Pv. 3:21-22 Gosto dessa expressão: “Não se apartem elas de diante dos teus olhos...” Quando a promessa é guardada diante dos nossos olhos, trocamos a imagem do problema pela imagem da promessa. Nossas vitórias ou derrotas são alcançadas primeiro na mente. Construa uma imagem em sua mente daquilo que você espera receber de Deus. Rejeite toda imagem da situação natural, mas procure ver o que vai acontecer pela fé. Se você está orando pela conversão de alguém, por exemplo, veja-o de antemão louvando a Deus no meio da igreja. Veja a sua vida como Deus sonhou a seu respeito. Dê graças a Deus pela resposta antes mesmo de você vê-la

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; EM TUDO, porém, sejam conhecidas as vossas petições, pela oração e pela súplica, COM AÇÕES DE GRAÇA. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas MENTES em Cristo Jesus...”Fp 4.6,7.  Você não deve esperar a manifestação da bênção para poder agradecer. Agradeça logo, pois a sua convicção é que Deus é fiel à Sua Palavra e a materialização da resposta é apenas uma questão de tempo.

O louvor é uma expressão de fé em Deus, e se baseia na promessa de Deus. Ele é fiel (Fl 4:6,7). Toda a petição deve ser marcada por ações de graça. O louvor fortalece a fé (Rm 4:20). O louvor, pela resposta à oração, antes de ver sua manifestação, libera a operação do poder de Deus (Jo 11:41).

Sétimo Dia Todo o que pede receb e

O segredo de uma vida cristã frutífera e abençoada, de uma vida cristã que faz a diferença é a oração respondida. Oração respondida é a diferença entre o cristão vencedor e aquele derrotado. Essa é a diferença entre um ministério grande e vencedor, e um ministério medíocre. Oração respondida. É isso que faz a diferença entre filho e filho, entre discípulo e discípulo. Oração respondida é o que enriquece você, é o aquilo que acrescenta realidade na sua vida espiritual. Todos nós precisamos ter experiências de orações respondidas. São essas experiências que fortalecem e aumentam a nossa fé. Pessoas que oram e vêem a resposta da sua oração adquirem mais fé para orar por outros, e elas oram cada vez mais porque sabem que a oração funciona. Pessoas que têm a oração respondida são prósperas e abençoadas, elas desfrutam do melhor de Deus. O segredo portanto, de uma vida cristã realmente plena e abundante é a “oração respondida”. Isso é vital. “Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis...”. Tg 4:2 Qual é o veredito de Tiago? “Nada tendes porque não pedis”. A vontade de Deus é dar. E o verso 3 continua: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”. Por que alguns pedem e não recebem? Porque pedem mal. Não sabem pedir e por isso pedem mal. Não compreendem como funciona a oração e por isso não desfrutam da alegria de ver a resposta. O Espírito Santo vai abrir o seu entendimento para você compreender alguns princípios bem simples da Palavra de Deus que, se praticados, podem revolucionar sua relação com Deus. Nossa vida cristã torna-se meramente religiosa se as orações não funcionam. Nosso culto será apenas um ritual vazio se as orações não funcionam. De nada adianta nosso empenho e trabalho na  vida da Igreja se as orações não funcionam. Se nós oramos apenas por orar, se as nossas orações são apenas um ritual religioso e não esperamos realmente que nada aconteça, então a vida espiritual fica completamente sem sentido. Se não conseguimos ser ouvidos por Deus em nossas orações, então não vale a pena servi-lo. Mas se a oração realmente é respondida, se Deus do alto ouve nosso pedido e atende nosso clamor, então não existe nada mais poderoso na face da terra do que quando um crente se ajoelha diante do Pai. Certamente não existe nada que o inferno tema mais do que um homem ou uma mulher que buscam a face do Senhor e crêem que Deus responde a oração. A oração é o segredo da vitória. É o explosivo celestial. É poder que move o braço de Deus. Eu já passei por momentos de aflição na minha vida. As tempestades são reais e eu já passei por algumas delas, mas não houve nenhuma vez que eu orasse com o coração angustiado diante do Senhor e clamasse com forte clamor e lágrima que Ele não me ouvisse. Todas as vezes que gritei por socorro ele atendeu a minha voz. Todas as vezes que estendi a minha mão e gritei por socorro, Ele ouviu o meu clamor e liberou os seus anjos para trazer a resposta da minha oração. Algumas  vezes a resposta foi muito rápida, outras porém, demoraram um pouco mais. Porém, todas as vezes

que eu insisti e não desisti, mas perseverei de todo o meu coração com todas as forças, eu vi a resposta de Deus. E quando você tem resposta de oração você ganha autoridade, você cresce em fé, você adquire intimidade com Deus. Por que alguns recebem a resposta e outros não? Qual é o segredo desses que tem resposta das suas orações? Será que há algum mistério envolvido? Certamente não existe mistério, mas há princípios espirituais e quero compartilhar alguns deles com você. 1. Reconheça que você é justo através de Cristo Jesus

Paulo diz em Rm 10:4 “que o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê”.  Aquele que crê é justificado, é declarado justo diante de Deus. Você foi declarado justo diante de Deus porque o Senhor Jesus foi feito a sua justiça. É como se Ele fosse sua vestimenta, e você agora se vestisse com o manto da justiça de Cristo, “porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes” (Gl 3:27). Nenhum homem é justo, nossa justiça para Deus não passa de trapos de imundícia. Nós não temos nada em nós mesmos em que nos basear para chegar diante de Deus, mas podemos nos aproximar de Deus porque Cristo Jesus se tornou a nossa justiça. “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (II Cor. 5:21). Você foi feito justiça de Deus. Declare isso com ousadia. Por que isso é tão importante na oração? É absolutamente vital. Se o Diabo conseguir convencê-lo de que você não é bom o suficiente para ter a resposta para sua oração, então você não terá fé para orar. Por que muitas pessoas não oram por coisas grandes? Porque o Diabo as acusa dizendo: “quem é  você para orar por isso? Quem é você para orar por algo deste tamanho? Você não tem condições de chegar diante de Deus e orar por isso.” Por que algumas pessoas quando estão diante de um enfermo não tem fé para orar pela cura? Porque ele pensa que a cura só pode ser concedida para alguém que seja justo, alguém que seja perfeito e completamente íntegro. E o Diabo o acusa convencendo-o de que ele não tem nenhuma  justiça, então ele não tem fé e não consegue orar.  Você não tem recebido porque não pede. E por que não pede? Não pede porque se acha indigno. Mas eu tenho uma boa notícia para você. Você está realmente certo. Somente pessoas perfeitas podem entrar no céu. Apenas os justos podem ter a sua oração ouvida. Mas a grande boa nova é que o Senhor Jesus já lhe deu a perfeição que era dele e a justiça que ele possuía. Quando você crê na obra consumada da cruz você recebe a justiça de Cristo. Já não importa o que você é, mas o que ele é. Deus agora vê você em Cristo. Hoje podemos nos achegar com ousadia diante do Trono pelo Sangue de Jesus que já nos lavou de todo pecado e toda iniqüidade. “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram” Ap 12:11.  Você precisa subjugar o diabo cada vez que ora, porque o inimigo sempre quer convencê-lo de que não é digno de pedir coisa alguma para o Pai. Ele tem muitos argumentos para afirmar que nada merecemos, que não estamos em condições de orar sobre isso. Mas a sua resposta deve ser ousada em Deus. Eu mesmo não tenho justiça nenhuma em mim mesmo, mas cada vez que oro eu levanto minha cabeça e ousadamente declaro aquilo que o Senhor vai fazer. Declare para o inimigo: “Cristo Jesus é a minha justiça. Nem no céu eu serei mais justo do que sou hoje, porque Cristo Jesus é a minha justiça.”  Você crê que se você morresse hoje você entraria no céu? Você crê que é salvo? Mesmo com seus defeitos você entraria pelos portais da glória? Se sua resposta é sim, então o principio é o mesmo. Se você está em condições de ir para o céu, também está em condições de trazer o céu para cá. Por que muitos não recebem o batismo no Espírito Santo? Porque nunca se acham dignos. Por que muitos não recebem grandes bênçãos de Deus? Porque não se acham dignos. Isso agride a Deus

porque anula a sua graça. Enquanto você pensa que precisa ser digno e merecedor você está debaixo da lei, mas quando confia completamente no sacrifício de Jesus você entra para a esfera da graça. Quando um crente fica meditando no quão indigno é, ele até parece humilde, mas na verdade isso é incredulidade cheia de justiça própria. Quem vive assim torna-se um derrotado debaixo da acusação do diabo.  Você foi feito filho de Deus em Cristo e filhos não procedem assim. Filhos falam, eu recebi as chaves da minha casa, eu tenho as chaves do tesouro, eu sou co-herdeiro com Cristo. O que é dele é meu também. Eu sou participante das heranças do Senhor, por isso eu vou chegar com ousadia diante do Trono da Graça e vou receber da provisão de Deus para mim. O mundo pode ter medo de Deus, mas eu não, porque eu sou filho. Entre confiado na justiça de Cristo. Ele é a nossa cobertura e a nossa justiça. Precisamos compreender que essa é a base. Por que alguns crentes não agem assim? Porque cedem à acusação. Estão acostumados com a falsa humildade. Vivem declarando que não são dignos de receber coisa alguma e pensam com isso agradar a Deus com a sua humildade. Mas a humildade de Deus não é essa. Deus quer que você seja ousado para chegar diante dEle pelo sangue de Jesus. Deus quer que você seja ousado em fé para dizer: eu vou ter o melhor de Deus na minha vida. Eu  vou experimentar o melhor de Deus nos meus dias não porque eu mereço, mas porque estou debaixo da sua graça. O Senhor falou algo no meu coração a respeito da minha vida, me testando seriamente nesta área. Disse que nunca faltaria dinheiro na minha conta, e eu ando nessa fé. Todas as vezes que minha conta está zerando eu fico esperando para ver o que vai acontecer, porque nunca acaba a provisão.  Alguns podem pensar que isso é presunção, mas eu digo que isso é ser filho. “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem”. Rm 3:21  A justiça de Deus é para todos e sobre todos. Quando o sangue de Jesus o purifica, não tem jeito de  você ficar mais limpo, nem no céu você ficará mais limpo, porque o sangue de Jesus fez a obra completamente. 2. Lembre-se que Deus o ama e não está zangado com você

Para muitos essa é uma realidade ainda distante. Mas a verdade é que Deus o ama e não está zangado com você.  A Palavra de Deus diz que aquele que foi justificado pelo sangue de Jesus já foi salvo da ira. “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira”. Rm 5:9  A ira de Deus está reservada para os ímpios, para os blasfemos, para os profanos, para aqueles que de alguma maneira desafiam o poder de Deus. A ira de Deus está reservada para aqueles que são incrédulos. A ira de Deus não é para os seus filhos. Para os seus filhos Ele tem reservado sua graça e seu amor. “Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? Lc 11:11  Apesar de sermos maus sabemos ser bons com nossos filhos. Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? Lc 11:13 Ele vai dar a Si mesmo para aqueles que lhe pedirem. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? ”Rm 8:32.  Veja a lógica de Deus. O que Eu tenho de mais precioso, mais valioso é o meu Filho Jesus Cristo. E porque eu amei o mundo de tal maneira eu lhes “dei” meu filho. Se Ele não negou Jesus, negaria

qualquer outra coisa? Mesmo que você peça uma coisa que não existe, Ele vai criar para você. Se não poupou a Jesus não lhe negará mais nada. Há pessoas que não pedem porque não querem incomodar. Imaginam que Deus está cansado, não querem acordá-lo. Por acaso Deus se cansa? Por acaso Deus é homem para que você possa de alguma maneira incomodá-lo? Por acaso Deus não pode fazer tudo que for necessário? Por acaso Deus dorme? O nosso Deus é o Deus eterno. “É certo que não dormita, nem dorm e o guarda de Israel” (Sl 121:4). Não teve começo de dias e nem fim. Portanto, nada que você faça poderá perturbar a Glória de Deus.  Abandone esses conceitos malignos das religiões, mas que na realidade não são de Deus. Nós seguimos a verdade de Deus no Espírito. Nós temos um Pai, e quando você entender que você é filho e que Deus ama você de uma maneira inexplicável e anseia por abençoá-lo, então você desfrutará de bênçãos sem medida. 3. Venha crendo que o Pai atenderá a sua oração

 Venha inteiramente confiante, convencido de que Ele tem prazer em ouvir sua oração. “Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas”. 1 Pe 3:12 “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus”, todavia, o Sangue de Jesus, quando aplicado, remove toda sujeira do pecado. Ele remove os trapos de imundícia e coloca sobre nós as vestes de justiça, as vestes de louvor. O Senhor tira da nossa cabeça as cinzas de tristeza e da melancolia e coloca o óleo de alegria. Porque a unção de Deus repousa sobre nós. Não significa que nós estamos imunes a tribulações, a lutas, mas quando elas vierem clamaremos por socorro, porque o Senhor vem de lá para nos ajudar. Eu fui justificado pela fé, de mim mesmo eu não sou coisa alguma, mas Cristo Jesus se me tornou  justiça da parte de Deus. Por isso eu chego com ousadia diante dele. Eu gosto de pedir coisas grandes para Deus, porque coisas grandes o glorificam mais. Às vezes Deus não dá na hora, porque precisamos primeiro crescer. Para ter coisas grandes primeiro você tem que ficar grande. Tem que crescer para receber certas coisas.  Algumas pessoas têm orado com motivações erradas. O que fazer? Mude as motivações, mas não mude o pedido.  Veja o exemplo de alguém que quer comprar um carro porque está com inveja do vizinho. Deus não vai abençoar a sua inveja. Mas Deus quer dar a ele o carro. Corrija as suas motivações, mude o coração, mas não mude o pedido, não abra mão daquilo que você deseja em Deus. Se percebeu que há algo errado, corrija. Muda o que está errado, mas não desista, porque Deus é rico para abençoar aqueles que O invocam. Certa vez em uma campanha de jejum o Espírito Santo falou-nos claramente para pedirmos coisas grandes, porque quando pedimos coisas grandes nós honramos a Deus. Porque Deus tem prazer em demonstrar a sua imensa graça realizando grandes coisas pelos seus filhos. A glória de Deus é mostrar a sua graça. Precisamos de fé para pedir coisas grandes, mas precisamos ter convicção que a vontade de Deus é que a nossa alegria seja completa. 4. Ore sempre em Nome de Jesus

“Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome. Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa”. Jo 16:23-24 Orar em Nome de Jesus é mais do que repetir essa frase: “em Nome de Jesus, amem!”. Orar em nome de Jesus significa que quando Jesus veio Ele nos deixou um talão de cheque em branco, assinado com tinta vermelha de sangue: “Jesus Cristo o Senhor”. Ele deixou para você esse cheque em branco assinado para você usar. O Senhor lhe autorizou a chegar diante do Banco Celestial e sacar o que for necessário. E se você assim fizer o Banco Celestial vai ter que pagar.

Essa semana eu estava conversando com um irmão americano e ele me falava a respeito de algumas coisas que eu não sabia que havia nos Estados Unidos. Ele me disse que lá, se o marido tem talão de cheque de uma conta no banco, não precisa ser conta conjunta com a esposa, mesmo assim, só pelo fato de serem casados, a esposa pode pegar o talão de cheques, assinar e o banco paga. Só porque é casado. Eu penso que essa é uma visão muito mais clara do que é a aliança de casamento. Nós também estamos em aliança com o Senhor Jesus. De fato, não casamos com ele ainda, mas estamos noivos e já estamos compartilhando dos bens que desfrutaremos para a glória. O Senhor foi preparar a mansão para morarmos depois de casados, e nós estamos aqui já recebendo e utilizando o cheque dele. Orar em Nome de Jesus é chegar diante do Pai e dizer: “Senhor eu estou aqui em Nome de Jesus. Não estou em meu próprio nome, venho no Nome de Jesus e o Senhor não pode negar nada para Jesus porque Ele é justo e perfeito, e eu estou aqui pedindo no Nome dEle. Se nós compreendermos o que significa isso, teremos muita ousadia para orar em Nome de Jesus. Expulsaremos demônios em o Nome de Jesus. Oraremos em outras línguas no Nome de Jesus. Oraremos com os enfermos no Nome de Jesus. O que nos falta é fé para crer que esse talão de cheques tem fundos. Mas alguém pode perguntar: e seu eu pedir errado em Nome de Jesus? Nesse caso você precisa compreender o quinto principio. 5. Ore de acordo com a Palavra de Deus

“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua  vontade, ele nos ouve”. 1 Jo 5:14 Se pedirmos alguma coisa em harmonia com Sua vontade, de acordo com a vontade de Deus, podemos ter certeza que Ele nos concede. Não está escrito que podemos pedir qualquer coisa. Também não está escrito que se pedirmos alguma coisa ele vai nos ouvir se for da sua vontade ouvir-nos. Não é assim que está escrito. O que está escrito é, que se você pedir algo para Deus em harmonia com a vontade dEle, você pode ter certeza ele vai responder. É isso que é orar em Nome de Jesus. Orar em Nome de Jesus é orar de acordo com o que a Palavra de Deus diz. Se a Palavra de Deus diz que a vontade de Deus é que todo homem seja salvo, e chegue ao pleno conhecimento da verdade, então posso orar com fé que ele vai salvar a minha casa (2 Tm 2:4). A vontade de Deus é que minha família, meus amigos e todo homem seja salvo. Então você pode orar com confiança sobre isso? Não duvide. É preciso que você creia nisso, que é a  vontade de Deus salvar todos. Muitos raciocinam: mas nem todos serão salvos, alguns irão para o inferno. Pode ser que alguns irão mesmo, mas no que depender de mim todos os que estão ao meu derredor serão salvos em Nome de Jesus. Jesus não veio morrer por uma minoria. Na glória haverá muito mais pessoas no céu do que no inferno. Diante do Trono haverá uma multidão de pessoas como os grãos de areia na praia do mar, tão grande que ninguém poderá contar. E você vai estar lá, e muitos outros pelos quais você vai orar também estarão lá em Nome de Jesus.  Alguns estão orando por um emprego ou por uma provisão financeira. Você precisa orar de acordo com a Palavra de Deus. “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem”. Sl 128:1-2 Esta é a promessa de Deus. Você não vai comer do trabalho das mãos do seu sogro, nem do seu pai, nem do seu vizinho, nem da igreja. Você vai comer do trabalho das suas próprias mãos, e isso será honra para você. É promessa de Deus. Você pode orar de acordo com essa promessa que o Senhor  vai ouvi-lo. Não é da vontade de Deus que haja um só desempregado no meio do seu povo.

É da vontade de Deus que haja enfermos? Claro que não. Você pode orar com ousadia contra toda doença. Não tenha dúvida, é a vontade de Deus curar sempre. Se não cura é porque não cremos, nos achamos indignos de receber a bênção, pensamos que merecemos a enfermidade. Mas se crer na bondade de Deus, se você crer que foi justificado e que pode orar, então Deus vai curá-lo. Essa é a vontade de Deus. Todas as vezes que você for orar, ore de acordo com a Palavra de Deus. 6. Creia que já recebeu

“Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco”. Mc 11:24 Tudo que em oração eu pedir, se eu crer que já recebi, assim será comigo. Aquele que crê, crê no passado, como algo já realizado. Quem espera, espera no futuro. É pela fé e não pela esperança que recebo a resposta da oração. Existem muitos que não crêem, mas tem esperança. Jesus não disse que se você esperar vai receber. Ele disse que se você pedir e crer vai receber. Agora, quem crê, crê no passado. Quem crê diz já recebi já é meu, isso aqui já aconteceu no mundo espiritual, já é realidade lá. Eu não estou  vendo aqui ainda, mas já é realidade no coração de Deus. Já é realidade. Os anjos estão trazendo e pode ser que agora mesmo está havendo uma batalha espiritual nas regiões celestes. Pode ser que Miguel e Gabriel estejam pelejando para trazer a resposta como foi no caso de Daniel. Pode ser que demore vinte um dias, mas desde o primeiro dia que Daniel começou a orar, a aplicar seu coração, ele já tinha sido ouvido por Deus. Assim também acontece conosco ( Dn. 10:12-13). Nós não sabemos o que acontece no mundo espiritual, nós somos totalmente cegos para as coisas espirituais. Você não faz idéia da batalha espiritual que está acontecendo agora mesmo nos lugares celestiais. Você não tem noção das resistências e das lutas que os anjos estão travando para trazer a resposta da sua oração. O problema é que muitos de nós desistimos antes da hora. O grande sinal da fé é a perseverança. Quem crê persevera, quem crê insiste. Quem desiste é porque não creu. Se  você desistiu é porque em algum momento deixou de crer. Há uma diferença entre fé no coração e concordância mental. Existem pessoas que concordam que Deus pode. Eles até dizem: “se Ele quiser, Ele pode todas as coisas.” Mas na prática, não crêem que Deus já fez na vida deles. Não confiam na bondade de Deus. Não acreditam que a vontade de Deus é sempre nos atender a oração. Não se apropriam porque não acreditam que são dignos de receberem algo de Deus. Deus ama aqueles que crêem. Somente aqueles que crêem tocam no coração de Deus. Aquele que crê confiado exclusivamente na obra consumada de Cristo. Ele sabe que não merece, mas confia na graça que é o favor imerecido. Deus tem um compromisso moral com aqueles que confiam nEle. Nesse tempo da graça tudo é recebido por fé, não espere receber nada de Deus sem crer e declarar de antemão. Eu me lembro o dia que comecei a orar pelo prédio onde nos reunimos. Eu me lembro que falei: Senhor o que tenho que fazer? Qual é a primeira coisa que eu tenho que fazer sobre isso? E o Espírito falou no meu coração: publica, corre o risco, exponha-se. Declara que eu vou fazer, proclama que eu darei. Não foi fácil. Quando eu comecei a declarar que Deus ia nos dar, os proprietários mudaram de ideia e não queriam mais vender. Mas eu continuei dizendo o que seria pela fé. Hoje estamos no prédio e todos se assombram de como pudemos comprá-lo. Deus nos testa até o último instante. Mas não faça segredo da sua fé. Quem crê proclama. Eu cri, por isso falei, diz Paulo (II Cor. 4:13).  A palavra está perto de ti, na tua boca, a palavra da fé que pregamos tem que ser proclamada, tem que ser liberada, ninguém crê em silêncio, quem crê fala, quem crê declara, quem crê diz (Rm. 10:8). Mas não é porque declarou que realmente creu. Há muitos que falam, mas na verdade não crêem. Eles apenas repetem porque aprenderam a doutrina. Infelizmente nem todos que ouvem a palavra realmente crêem no poder de Deus.

O incrédulo ofende a Deus, porque o incrédulo chama Deus de mentiroso. Deus diz: Eu carreguei na cruz as suas enfermidades todas, pelas minhas pisaduras você já foi sarado. Mas o incrédulo diz: “talvez para outro, menos para mim”.  Ansiedade, o que é ansiedade? O Senhor diz; Eu tenho cuidado de você, eu tenho cuidado das aves do céu, dos lírios do campo, não vou cuidar de você? Eu cuido de você porque você é meu filho,  você é mais importante que o pardal no telhado, mais importante que a planta que está nascendo no campo, você é importante. Mas você fica ansioso, angustiado, preocupado.  A sua ansiedade desonra a Deus, porque você está demonstrando com isso que Deus mente, que não vai cuidar de você realmente, que vai desampará-lo. Mas aquele que crê honra a Deus, aquele que crê descansa e fala: eu confio em Deus. Ele está cuidando de mim, eu não estou vendo, mas eu descanso a minha alma e o meu coração. E quando você honra a Deus, Ele honra você. Deus honra aqueles que o honram (I Sm. 2:30). Somente a fé honra a Deus. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que  busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á”. Mt 7:7 Quem crê insiste, quem crê segura no pé, quem crê pega na orla da roupa. Ele diz para Deus: “Senhor eu não te largo enquanto o Senhor não fizeres. Eu vou nadar nas minhas lágrimas, de dia e de noite, mas não vou largar o Senhor porque só o Senhor pode atender a minha oração. Eu não dependo de homens, eu não confio nos homens, eu confio é no Senhor.” É preciso insistir e insistir. Deus se alegra com os filhos que insistem. Mas muitos pedem só uma vez. Mas o Senhor diz: pedi, batei, buscai, insisti. Esse é o padrão de Deus. Quem crê insiste, quem crê vai atrás, quem crê bate de novo, quem crê não volta atrás, quem crê não retrocede. Você expressa a sua fé com persistência, perseverança e insistência. 7. Deus não atende a oração de pessoas ressentidas

“E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas”. Mc 11:25 Por que eu tenho que perdoar? Se eu já não fui perdoado, por que eu tenho que perdoar? Quando  você diz para alguém: “Eu não te perdôo”, na verdade você está dizendo que é justo o suficiente para exigir do outro justiça. Você está dizendo: Eu sou bom o suficiente para não aceitar que você erre comigo. Quando alguém diz isto, ele perde a justiça que vem de Cristo. Porque a justiça que vem de Cristo é só para aqueles que dizem: “em mim mesmo não há nada de bom, eu preciso da justiça que vem de Jesus.” Quando você assume que não é bom, então Cristo pode conceder-lhe justiça. Mas quando  você diz que é bom, está desqualificado para receber a bênção de Deus. Se você reconhece que é pecador, que não é bom, você irá perdoar o outro rapidamente. Você dirá: “quem sou eu para guardar magoa de outra pessoa? Eu não sou melhor do que ela. Quem sou eu para exigir justiça?” Só Deus pode cobrar justiça. Só Deus pode condenar alguém e manda-lo para o inferno. Eu não sou Deus. Só o Senhor é Deus. Quando alguém não quer perdoar, esta dizendo que é deus, e tem o direito de condenar a pessoa e mandá-la para o inferno. Você não tem esse direito, você não é o juiz. O Juiz é o Senhor. Não se coloque no lugar de Deus, porque só há um Deus no universo. Não há espaço para dois, e se  você disser que é Deus, então você estará em guerra com Ele. Você pode guerrear com Deus? Você pode resisti-lo face a face? Portanto, perdoa. Libera aqueles que o ofenderam. Se você liberá-las, Deus também liberará a bênção sobre a sua vida. Se você retivê-las, a bênção de Deus também ficará retida. Porque a bênção de Deus é somente para aqueles que confiam na justiça de Cristo.

Oitavo Dia

Peça que você recebe

 Você certamente já percebeu como são feitos os roteiros de filmes de cinema. Primeiro eles colocam o personagem principal numa situação bem difícil onde parece não haver nenhuma saída. E quando a situação parecer desesperadora, então eles fazem com que fique mais difícil ainda. Eles fazem tudo isso com a intenção de despertar emoções. Deus frequentemente parece agir da mesma maneira, mas não para nos dar mais emoções simplesmente, mas para nos ensinar suas  verdades de forma que nunca mais as esqueçamos. Servir a Deus realmente não é para os de coração fraco. Viver pela fé exige uma atitude de força e ousadia, mas requer de nós dependência completa do Senhor. Não poucas vezes o Senhor nos permitirá entrar em situações que somente ele pode nos livrar. Por isso você precisa aprender a orar. A oração deve ser o primeiro recurso, e não o último. O mais comum é as pessoas orarem depois de esgotarem todos os seus recursos. Oramos quando percebemos que estamos sem saída.  Veja uma pessoa com problemas financeiros. Ela vai tentar usar todo o limite do cartão de crédito, depois do cheque especial, tentará pegar emprestado com amigos, depois com familiares e deve até  vender os móveis de sua casa. Por fim ela vai orar como quem diz: já não tenho mais nada a perder. Deveríamos pensar o contrário: o que eu tenho perdido por não orar? Orar não deve ser o último recurso, mas sim a primeira coisa a ser feita. Ore pelo que Deus quer e não pelo que você quer. E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua  vontade, ele nos ouve. Nada está fora do alcance da oração, exceto aquilo que está fora da vontade de Deus. Jesus nos ensinou a orar: “seja feita a tua vontade...” E a maneira de conhece rmos a vontade de Deus é pelas Escrituras. Quando oramos segundo a vontade de Deus podemos ser ousados na oração e determinar na terra a sua vontade. Mas lembre-se, somente podemos determinar a vontade de Deus e não a nossa. 1. Pedi e dar-se-vos-á

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que  busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Mt. 7:7-8 O primeiro princípio para se receber o milagre é simplesmente pedir, pois todo o que pede recebe. Isso parece exageradamente simples, mas alguns nunca pediram por isso também nunca receberam. Para pedir corretamente o primeiro princípio é ser específico no seu pedido. Seja específico, mas em linha com a Palavra de Deus e com o Espírito. Se pedimos algo fora da Palavra de Deus não temos como receber. Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em  vossos prazeres. Tg. 4:2-3  Algumas vezes você não ora por algo específico, apenas ora pela bênção de Deus sobre si. O Espírito Santo é um cavalheiro. Ele não responde perguntas que não foram feitas, não dirige se não foi solicitado, não se manifesta se não é desejado e não concede o que não foi pedido. Você não é mais abençoado simplesmente porque não pede pela bênção de Deus. Se ontem não lhe pedimos a bênção, então não recebemos hoje o que poderíamos ter ganho. Há  bênção pelas quais não precisamos de pedir, mas existem muitas outras, talvez as mais importantes, que devem ser solicitadas.  Alguns acreditam que seu nome é sinônimo de dor e problema e não se consideram candidatos para a bênção de Deus. Outros acham que por serem salvos as bênçãos cairão automaticamente

nas suas cabeças. São dois conceitos equivocados. A natureza de Deus é abençoar. Ele nos quer abençoar muitíssimo. Mas precisamos orar pedindo. Não importa quem você é ou quem seus pais decidiram que você seria. O que importa realmente é saber quem você quer ser, e pedir isso. Uma simples oração pode mudar o seu futuro. Uma oração hoje pode liberar a bênção e mudar a sua história. Em segundo lugar o seu pedido precisa proceder de um desejo profundo do coração. É preciso querer e pedir a Deus. A seqüência do pedir-buscar-bater fala de um desejo ardente no coração. Na  verdade Deus somente se deixa achar por aqueles que o buscam de todo o coração. Pedir, buscar e  bater nos mostra uma seqüência ascendente de intensidade. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Jr. 29:13 Em terceiro lugar você precisa confiar que o Pai deseja lhe dar. Não duvide da bondade de Deus. No verso 11 a lógica é clara, se nós que somos maus sabemos dar boas coisas a nossos filhos, quanto mais o Pai celestial. Tenha uma imagem correta de Deus. Veja-o como um pai amoroso interessado em nossas vidas. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? Mt. 7:9-11  A graça de Deus nos ensina que nada que diz respeito a nos é tão grande que Deus não possa fazer, mas também nada é tão pequeno que não seja importante para ele. Deus se importa com o sapato que você usa, com a roupa que você veste, ele se importa com o seu trabalho e até mesmo com o carro que você anda. Deus se importa se você ficar doente, e se importa se você passar necessidade. Deus se importa com tudo que diz respeito a sua vida. Porque se nós que somos maus, damos importância a tudo que diz respeito aos nossos filhos, muito mais Deus cuidará dos seus próprios filhos.  Alguns religiosos dizem: “não fique incomodando a Deus com essas coisinhas insignificantes”. Mas isso é um erro. Deus tem prazer em ouvir a sua oração a respeito das suas necessidades. Ele tem prazer de ouvir as suas histórias e ajudar nas suas lutas. Deus é nosso Pai. Se Deus fosse apenas Deus, como é que ele iria se relacionar comigo? No dia que eu oro: Senhor! Estou precisando de um carro. Ele responderia: precisando de carro? Que coisa mais tola! Porque você não ora por coisas mais importantes? Deus está tão acima de tudo que as coisas desse mundo nada significam para ele, pois ele não precisa de nenhuma delas. Mas Deus, não é apenas Deus, ele é o nosso pai. Não importa aquilo que você tem passado, não importa se as pessoas digam que isso é insignificante. A graça de Deus é do tamanho da sua necessidade. Não há necessidade tão grande que ele não possa suprir, e nem há uma necessidade tão pequena que não seja também importante para ele. Oh, como é maravilhoso chamar a Deus de pai, porque isso é mais que uma retórica teológica, isso é mais do que uma expressão bonita para se usada em uma oração solene. Não, isso é um fato.  As pessoas fazem a oração do pai nosso todos os dias, mas quantas percebem que de fato têm um pai que cuida delas? Quantas de fato descansam na graça, na generosidade e na abundância da casa deste pai? Quantos têm de fato sentido o aconchego de saber que estão juntos do pai? Por último você precisa pedir de acordo com a Palavra de Deus. Jesus disse que se orarmos de acordo com a vontade de Deus certamente ele nos ouvirá. “E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa SEGUNDO A SUA   VONTADE, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhes temos feito...” I Jo 5.14,15. Deus somente age de acordo com a sua Palavra. Se você orar tendo a Palavra de Deus como base  você já começa com a resposta. 2. Você nunca terá o que você não busca

 A prova do desejo é a busca. Qualquer coisa destruída pode ser restaurada; qualquer coisa fechada pode ser aberta, qualquer coisa perdida pode ser achada, mas é necessário haver busca.  A busca nos qualifica a receber a bênção. A necessidade somente não nos qualifica, mas a busca, sim. A necessidade não atrai a Deus, mas fé de quem busca o honra.  Você nunca terá um milagre se você se recusa a buscá-lo. Você nunca terá sucesso profissional a menos que o busque numa santa obsessão. Aquilo que você está buscando mostra o que você terá. Muitos dizem que querem crescer, mas não oram, não meditam na Bíblia, não estudam, não trabalham duro, não possuem um discipulador. Estão mentindo para eles mesmos. O lugar onde  você investe o seu tempo mostra o que você está buscando. Quatro horas diante da Tv e cinco minutos diante de Deus. Aquilo que você está buscando mostra o que você terá. Uma oração que não resulta em uma busca é um tipo de auto-engano. Zaqueu teve que subir na árvore para ver Jesus. A mulher hemorrágica teve de buscar a cura. O cego Bartimeu teve de clamar em voz alta. A sua busca precisa encontrar uma expressão exterior. Sem essa expressão a busca é apenas um vago desejo. 3. O milagre é pela graça mediante a fé

 A bênção não é para quem merece, mas para quem confia na graça de Deus. A bênção não é para aquele que melhor se comporta, nem para o mais merecedor, a bênção é para aqueles que confiam na graça de Deus. Deus nunca consulta o seu passado para determinar o seu futuro. Não espere merecer para poder pedir uma grande bênção para o Senhor. Muitos vivem debaixo de uma constante pressão na mente. Eles sempre sentem que não oraram o suficiente, não ofertaram o suficiente, não fizeram boas obras o suficiente. Simplesmente não  vivem debaixo da graça, mas debaixo da pressão de terem de agradar a Deus. Quando tentamos agradar a Deus pelo nosso esforço simplesmente saímos da graça e caímos no padrão da lei. Ninguém jamais recebeu o milagre porque mereceu, mas porque justamente reconheceu que não merecia e confiou exclusivamente na graça. Já observou como algum dos que mais prosperam ou os que mais recebem bênçãos são justamente os que consideramos mais problemáticos? Os crentes mais íntegros e piedosos parece que nunca recebem milagres. O motivo talvez seja o fato de que esses últimos talvez se gloriam na sua justiça própria.  A lei diz “faça, mas a graça diz “eu faço por você”. A verdadeira vitória não é conquistada, mas nos é dada gratuitamente. Deus nos leva até ao ponto em que desistimos de confiar em nós mesmos e passamos a crer pelo seu milagre. Nós recebemos os milagres do mesmo modo que recebemos a salvação: pela graça mediante a fé. Na verdade todas as coisas de Deus somente podem ser recebidas dessa forma. Fomos salvos pela graça mediante a fé que se entrega, somos também vencedores pela graça mediante a fé que se entrega. Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele. Cl. 2:6  A ordem do Senhor é muito clara: como recebestes a Cristo assim andai nele. Como recebemos a Cristo? Devemos continuar vivendo assim para vencer o pecado e nos santificar, para prosperar, para ser feliz no casamento e para receber qualquer milagre.  A graça só é honrada na vida de crentes incapazes e limitados. O que não depende da graça é obra humana e pelas obras ninguém nunca receberá coisa alguma de Deus. 4. Não precisa barganhar com Deus

Um conhecido meu estava passando por uma dificuldade danada, então ele me disse que fez uma promessa para receber a bênção de Deus. Curioso como sou logo lhe perguntei que promessa ele tinha feito. Ele disse que iria usar roupa de uma cor só durante um ano inteiro. Aquilo me deixou

realmente intrigado. Porque as pessoas querem fazer barganha com Deus? E se é uma barganha, o que Deus tem a ganhar com a cor da roupa que eu visto? O mais assustador é que alguns fazem trocas ainda mais estranhas como andar descalço até uma certa cidade, carregar uma cruz numa peregrinação ou andar de joelhos por quilômetros a fio. Será que Deus deseja isso? Deus quer que você prometa dar a ele uma casca de ferida? Outros, mais piedosos, prometem acender tantas velas para Deus como se Deus estivesse no escuro. Porque toda promessa que fazem para Deus são promessas de sofrimento? Deus não faz barganhas, mas aquilo que você promete para ele revela o que você pensa dele. É como se dissesse? “Se tu me deres o que necessito, te darei o que gostas.  As bênçãos de Deus são de graça, não precisamos fazer trocas, mas se é para trocar porque você não promete ser fiel à sua esposa para o resto da vida, ou ser carinhoso e afetuoso com ela para sempre. Porque não promete brincar com seu filho pelo menos uma hora todos os dias ou falar algo de bom para seus colegas cada vez que chegar ao trabalho? É bom dar presentes para pessoas amadas. Para uma pessoa amada, a gente pensa muito antes de comprar um presente, porque o que se deseja é que o presente lhe dê felicidade. Quando dou um presente estou dizendo: “acho que você vai se alegrar”. O que você pensa que Deus gostaria de ganhar? Um grande sorriso de satisfação ou um semblante contorcido pela dor? Mas precisa crer...

Diante dos problemas há aqueles que se escondem, há outros que tolamente negam a existência deles e há os que ficam paralisados pela angústia e a ansiedade. Homens e mulheres de Deus, porém, em vez de enxergar no problema a derrota, vêem no problema a oportunidade de Deus manifestar o seu poder. Diante da ameaça do inimigo de destrui-lo, não retroceda. Essa guerra não é sua. A verdadeira  vitória não é conquistada, mas nos é dada completamente pela graça. A verdadeira guerra é Deus quem luta por nós, a nossa batalha é a batalha de permanecer na fé. A nossa guerra é perseverar crendo em oração. Você não pode mudar as circunstâncias na força do seu braço. Não é a sua força que fará com que o milagre aconteça, mas você receberá isso das mãos de Deus. Tudo é fruto da graça. O milagre não acontece enquanto focamos nossos olhos no natural. O vencedor é aquele que tem um olhar de fé. Mesmo diante de tantas coisas negativas a respeito de sua vida, ele consegue dar graças a Deus pela vitória que já está diante dele. É simplesmente uma questão de crer naquilo que Deus já determinou fazer na sua vida. É como se me alegrasse de antemão vendo a obra completa quando parece que ela ainda nem começou. Tire os seus olhos dos fatos diante de você e olhe para a verdade da Palavra de Deus. Você precisa entender que na vida existem fatos e existe a verdade. O fato é aquilo que podemos perceber com os nossos sentidos, a verdade é aquilo que Deus diz. Não importa os fatos, importa a verdade. É fato que certas doenças são incuráveis, a verdade é que Deus pode todas as coisas. É fato que vivemos no meio de uma crise econômica, mas a verdade é que para o multiplicador de pães não há crise. Todos nós desejamos permanecer na verdade e ignorar os fatos, mas os obstáculos são muitos. A fé não nega os fatos apenas os transforma pela verdade da palavra de Deus. Mas alguém pode dizer, os fatos não são verdade? Não, os fatos são apenas aquilo que está acontecendo, e o que está acontecendo cada um interpreta à sua maneira. Cada um interpreta o fato da sua maneira, mas quanto a verdade não cabe interpretação, a verdade é o que é. O Senhor Jesus é a verdade. Não é questão de interpretação e nem de opinião. A verdade não é o que você vê, a verdade não é o que você ouve, não é o que você sente, não é algo que você toca, a verdade é a Palavra de Deus. Eu quero a verdade da palavra de Deus e não quero viver em função dos fatos, todavia eu sei que os fatos existem.

Há uma ilustração muito conhecida do elefante e dos cegos. O elefante é um fato e havia um grupo de cegos tentando descrever o elefante uns para os outros. Um cego chegou e pegou no rabo e disse o elefante é fininho, o outro pegou na perna e disse não é largo, parece uma coluna de tão forte. O outro pegou na tromba e disse não é flexível parece uma mangueira, e ainda outro tentou abraçar o corpo do elefante e disse, não, ele é macio e largo, nem consigo ver os limites dele. E eles não puderam chegar a uma conclusão, pois cada um tinha um fato. O elefante é tudo isso, como o fato ele é uma questão de interpretação. Fato é aquilo que você consegue enxergar, é a parte com a qual  você tem contato. É aquilo que você consegue explicar. A verdade, porém, é aquilo que Deus diz.  A fé não nega os fatos, apenas se apega à verdade. A fé tem o poder de transformar os fatos pela  verdade da palavra de Deus.

Nono Dia Peça segundo a Palavra

Certamente o aspecto mais importante quando se trata de fé para receber de Deus na oração é o conhecimento da vontade de Deus. Somente podemos ter fé e convicção quando temos certeza que algo é a vontade de Deus. Sendo assim deveríamos investir muito tempo procurando saber qual é a  vontade de Deus a respeito de todos os nossos problemas. E a maneira como conhecemos a  vontade de Deus é conhecendo a sua Palavra. A sua Palavra é a a revelação da sua vontade para nós. “E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa SEGUNDO A SUA   VONTADE, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhes temos feito...” I Jo. 5.14,15. Nesse texto descobrimos como podemos ter segurança que Deus ouve as nossas orações. Qual é a segurança que temos que ele nos ouvirá? Ele nos ouve quando pedimos alguma coisa segundo a sua vontade. Ele nos ouve quando pedimos algo que está em harmonia com a sua vontade. O verso 15 diz: “e se sabemos que ele nos ouve”. Isso significa que existem orações que Deus não ouve. Não é que ele não atende, ele nem mesmo ouve. Se não oramos de acordo com a sua vontade ele não nos ouvirá. O conhecimento da vontade de Deus vai liberar fé para o seu coração. Sabemos que a fé vem pelo ouvir ou receber a Palavra de Deus. “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm. 10:17). “A revelação das tuas palavras esclarece” (Sl 119:130). “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos” (Sl. 119:105). Quando temos a Palavra de Deus não andamos mais em trevas sem saber o caminho a seguir. Quando não conhecemos a vontade de Deus nós estamos orando no escuro, tateando para ver se encontramos uma porta. Dessa maneira não podemos nos achegar com confiança e ousadia. Mas em vez disso ficamos inseguros sempre pensando que talvez ele não nos ouça. Quando temos esse tipo de atitude a oração não vai funcionar. Quando formos orar, precisamos antes de tudo investigar o que a palavra de Deus diz a respeito daquele assunto específico. De maneira geral quase tudo o que precisamos está de alguma forma colocado na Palavra de Deus. Com relação aos temas mais importantes de nosso cotidiano pode ter certeza que as escrituras nos revelam qual é a vontade de Deus. Vou mencionar três áreas a respeito das quais todos nós iremos orar em algum momento de nossas vidas.  A vontade de Deus a respeito da salvação

Esse certamente é o primeiro e mais importante assunto a respeito do qual oramos frequentemente. Todos nós temos algum parente ou amigo pelo qual temos orado para que seja salvo. Você precisa orar com a completa convicção de que é a vontade de Deus que ele seja salvo e chegue ao pleno conhecimento da verdade. Afinal foi justamente para salvar o perdido que o Senhor Jesus veio à terra. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. I Tm. 2:3-4 Eu diria que é um grande absurdo alguém começar a orar pela salvação do outro dizendo: “Senhor, se for da tua vontade, salva-o!” Isso é contradizer a vontade de Deus. Essa pessoa não ora com convicção e fé, por isso não vê resultado na sua petição. Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. II Pe. 3:9  A Palavra de Deus afirma claramente que se orarmos de acordo com a sua vontade, ele vai nos ouvir. Está escrito que é a vontade de Deus que todo homem seja salvo. A expressão “todo homem” certamente inclui os seus parentes, então ore com a convicção de que Deus vai ouvi-lo. O problema é que andamos pela vista e depois que oramos queremos ver imediatamente o resultado. É preciso perseverar em fé na vontade de Deus. Outras vezes ficamos incrédulos porque pensamos que aquele parente ou amigo é muito duro e não deseja ser salvo. Ficamos ponderando: “como Deus pode salvá-lo, se ele não deseja ser salvo?” Mas isso tudo é uma expressão da nossa ignorância. Ninguém no mundo deseja ser salvo, se alguém é salvo é por obra do Espírito Santo. Não há qualquer dúvida de que a vontade de Deus é salvá-lo, assim precisamos nos apegar a promessa de que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. Não olhe as circunstâncias. Deus já está operando na vida nele. A prova disso é que você está orando. Não anule a sua oração. Anulamos a oração quando falamos de forma diferente daquela que oramos. Você está orando pela conversão de um parente, logo em seguida ele profere alguma tolice incrédula e você já vai logo dizendo: “esse aí nunca será salvo mesmo!” Não diga isso, mas repita mais uma vez a promessa de Deus. Todo crente tem autoridade para orar pela sua casa. A promessa de Deus é muito específica: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (At. 16:31). Mas muitos duvidam da palavra de Deus. Reivindique essa promessa de Deus a respeito da sua família. Isso não significa que eles se converterão imediatamente, mas se você permanecer firme na promessa da Palavra de Deus todos eles virão a Cristo. Precisamos crer de todo o nosso coração. Nunca ocorreu na minha mente a ideia de que minhas filhas não seriam salvas. Eu orei por elas e permaneci crendo vendo-as como servas de Deus. Hoje elas cresceram e são nascidas de novo. Também não fique questionando se a família é só marido, mulher e filhos ou se incluiria todos os outros parentes. Eu creio que inclui a todos. Todos os membros da minha família são salvos para a Glória de Deus. A sua família pode ser salva também se você orar nessa fé.  A vontade de Deus a respeito da cura

 Aqui está mais uma área onde as pessoas não conseguem exercitar fé pelo simples fato de não terem certeza de que é a vontade de Deus curá-las. Precisamos nos lembrar da extraordinária promessa do Senhor sobre a oração. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Jo. 15:7 O Senhor colocou duas condições para pedirmos o que quisermos. A primeira condição é permanecer nele. Isso se relaciona com o novo nascimento. Quando nascemos de novo fomos enxertados nele e agora somos membros do seu corpo.

Mas ele colocou uma segunda condição: as palavras dele devem permanecer em nós. Devemos portanto conhecer a sua Palavra e sermos cheios dela para sermos eficazes na oração. Quando temos a sua palavra habitando em nós espontaneamente saberemos qual a vontade de Deus em cada situação. A Palavra de Deus é a sua vontade revelada. Uma vez que permanecemos nele e a palavra dele permanece em nós, então agora podemos pedir o que quisermos e nos será feito. Que promessa extraordinária.  Alguém que está em comunhão com a Palavra de Deus não pedirá nada contrário a ela. Mas se não nos preocupamos em nos encher com a Palavra, também no encheremos de desejos que são contrários a ela e quando orarmos sobre eles o Senhor não nos ouvirá. O Senhor somente atende os pedidos que estão de acordo com a sua Palavra. O que a palavra de Deus diz a respeito da cura? É a sua vontade curar os enfermos? Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Is. 53:4-5  A Palavra de Deus nos diz claramente que o Senhor Jesus levou as nossas enfermidades. Por isso eu lhe digo que a vontade de Deus só pode ser curar você. Se ele enviou Jesus para levar a suas doenças, porque agora ele mandaria enfermidades para você? Se Ele fizesse isso ele seria completamente incoerente. Imagine um laboratório que produz remédios, mas que também espalha enfermidades? Mesmo nesse mundo caído isso seria uma aberração. Se você consegue crer que o laboratório quer curar doenças e não espalhá-las, então você precisa admitir que o nosso Deus infinitamente mais santo e fiel deseja trazer cura e saúde. De uma vez por todas está decretada a sua vontade, pois ele diz: “Eu sou o Senhor que te sara!” (Êxodo 15.26). Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças. Mt. 8:16-17 O fundamento da nossa fé é o conhecimento da vontade de Deus. Quando temos convicção e clareza a respeito da vontade de Deus sobre alguma coisa nós temos fé para entrar na posse dela. Esta é a razão porque muitas pessoas não recebem a cura, elas não têm certeza de que a vontade de Deus é curá-las. Se mostramos para alguém a verdade de que por meio do sangue de Jesus nossos pecados são perdoados eles rapidamente aceitam, mas quando mostramos que pela cruz ele são curados eles ficam reticentes. Mas a mesma Bíblia que diz que se confessarmos os nossos pecados ele é fiel para nos perdoar, também que diz que pelas pisaduras de Jesus nós somos sarados. É a mesma Bíblia e a mesma cruz. Deus é verdadeiro e a obra de Jesus na cruz é perfeita, por isso podemos crer nas duas verdades do mesmo modo.  A base que temos para orar pela cura é mesma que possuímos para declarar que alguém pode ser  batizados e salvo. A base é a cruz do Senhor Jesus. Não sei a resposta para todas as questões sobre cura. Não sei porque pregamos e nem todos se convertem, também não sei porque oramos por cura e nem todos são curados. Mas isso não pode nos impedir de continuar pregando e também de continuar orando pelos enfermos. Faz parte da nossa herança a cura de toda enfermidade. É da vontade de Deus que vivamos uma  vida plena e saudável. Porque o Filho de Deus veio para nos dar vida e vida em abundância. Nós ainda vivemos em mundo caído e estamos sujeitos a enfermidades e a ataques do maligno, mas podemos ter certeza de que a vontade de Deus é sempre a cura. O leproso disse a Jesus: “Se quiseres, podes purificar-me.” A  palavra de Deus diz que “Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o, e disse-lhe: Quero, fica limpo!” (Marcos 1.41). A resposta do Senhor foi enfática: “Eu quero!”. Precisamos repetir para nós mesmos sempre essa verdade: Jesus quer curar. Ele não mudou.

 Aquele leproso tinha fé de que Jesus poderia curá-lo se Ele quisesse. Jesus respondeu de uma vez por todas que realmente era a Sua vontade. Deus deseja curar porque ele é um Deus amoroso. Tudo o que Jesus fez foi para demonstrar o amor e a natureza do Pai. Assim ele só curou os enfermos porque o Pai o comissionou para fazer isso. Enquanto Jesus estava na Terra ele curou todas as pessoas enfermas que vieram a Ele. Não houve uma sequer que tivesse crido que ele deixasse de curar. Ele fez isso porque era a vontade do Pai. Nós hoje podemos ter certeza que a vontade do Pai não mudou, ele continua desejando curar a todos. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele nunca muda. “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.” João 5.19 “E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.” João 12.45 Jesus apenas curou, ele nunca fez pessoa alguma adoecer para lhe ensinar uma lição de moral, para trazê-la para mais perto dEle, ou para ela aprender a paciência. Nem castigou alguém com enfermidades, em ocasião alguma. Certa vez, depois terem sido rejeitados pelos samaritanos, Tiago e João perguntaram a Jesus: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” Assim como Tiago e João nós imaginamos que a intenção de Deus seja exatamente essa, a destruição os pecadores. Mas o Senhor os repreendeu dizendo: “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não  veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.” A intenção do Pai nunca é mandar enfermidades, mas curá-las, nunca é oprimir, mas libertar o cativo. Se a vontade de Deus é sempre curar, então precisamos dizer que a enfermidade é uma obra do diabo “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” Atos 10.38 “Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo.” 1 João 3.8 Estes trechos bíblicos, mostram não somente de onde provém a cura, como também de onde provém a enfermidade. Que tipo de opressão precisa de cura? Só pode ser a enfermidade. Portanto, o diabo oprime as pessoas com doenças, mas Jesus veio para curar os oprimidos de satanás. A  enfermidade é uma obra do diabo, mas o Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do inferno.  A vontade de Deus a respeito da prosperidade

 Algumas pessoas quando vão orar têm a seguinte atitude: “eu vou pedir. Se for da vontade dele, ele o fará, e se não, ele não o fará.” Mas isso é algo absurdo. Devemos descobrir a vontade de Deus antes de orar. Eles dizem isso porque leram a promessa de I João 5:14 de forma errada. A Palavra de Deus diz que “se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” Mas as pessoas colocam a vírgula no lugar errado e lêem assim: se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade ele nos ouve. Dessa maneira fica parecendo que Deus nos ouve se ele quiser. Mas não é isso que está escrito. Se não tenho certeza de que algo é a vontade de Deus eu não terei fé e convicção para orar. E seu eu orar sem fé estarei perdendo meu tempo. Mas eu entendo isso, as pessoas querem jogar toda a responsabilidade sobre Deus. “Eu orei se for a sua vontade”, e ele não fez. Certamente não era da vontade de Deus”. Mas não é bem assim. É nossa responsabilidade examinar as escrituras. Nelas ficamos sabendo a vontade de Deus. Estudar a Palavra é como garimpar pedras preciosas. Podemos achar algumas na superfície, mas se queremos as riquezas de Deus precisamos escavar bastante. Procure na Palavra de Deus uma promessa que embase a sua oração. De posse dessa promessa você vai orar da maneira correta. O terceiro tipo de necessidade mais frequente entre os irmãos, são as necessidades financeiras. Precisamos ter convicção de que é a vontade de Deus nos abençoar com prosperidade.

 Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma. III Jo. 2 E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. Fp. 4:19 Se você deseja ser abençoado financeiramente você deve começar orando com a certeza de que Deus deseja a sua prosperidade. Procure conhecer os princípios bíblicos a respeito do assunto e ande de acordo com eles.

Décimo Dia Ore sempre em nome de Jesus

Existe um mandamento bíblico que foi continuamente negligenciado no meio dos cristãos nas últimas décadas, o mandamento de não falar o nome do Senhor teu Deus em vão. Por causa desse descuido leviano, muitos falam o nome do Senhor Jesus Cristo de forma comum de maneira que o Nome tornou-se demasiadamente corriqueiro na linguagem cotidiana. Frase como “em nome de Jesus”, tornaram-se tão comuns que poucos atentam para sua realidade espiritual. Mas o fato é que o conhecimento do poder do Nome do Senhor Jesus é uma condição básica para sermos usados por Deus. Não podemos estar entre aqueles que pronunciam o nome sem a revelação do seu profundo significado espiritual. O Senhor Jesus recebeu um nome quando nasceu em Belém da Judéia. Enquanto esteve na terra os homens se referiram a ele como Jesus, mas Paulo diz que após a sua ressurreição o Senhor recebeu um nome acima de todo nome. Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. Fp. 2:6-11 Porque o Senhor se humilhou até a morte de cruz, Deus o exaltou e lhe deu um nome acima de todo nome. Esse nome acima de todo nome é o nome de Jesus. Precisamos receber revelação do Espírito para entendermos que após ser elevado aos céus o Senhor Jesus ganhou um nome que foi exaltado acima de todos os outros nomes. O próprio Senhor Jesus disse aos discípulos que “até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa. Naquele dia, pedireis em meu nome” (Jo. 16:24 e 26). Quando o Senhor diz naquele dia ele está se referindo aos dias de hoje. Antes de ser elevado aos céus os discípulos não oravam em nome de Jesus, mas hoje nós oramos porque ele foi exaltado à destra da majestade nas alturas. Qual o significado do nome?

O nome significa autoridade e poder. Paulo diz que ao nome de Jesus deve se dobrar todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra. Isso é autoridade. Numa ocasião os discípulos voltaram maravilhados dizendo: “Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lc. 10:17). Eles estavam experimentando da autoridade que o Senhor lhes tinha dado para subjugar os demônios. A autoridade que tinham era exclusivamente pelo nome de Jesus. Logo em seguida o Senhor lhes explica: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes

serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.” (Lc. 10:19). A nossa autoridade está no nome do Senhor. Mais tarde as autoridades do povo queriam saber com que autoridade os discípulos faziam milagres. Eles perguntaram: “Com que poder ou em nome de quem fizestes isto? (Atos 4:7).  Aqueles homens sabiam que agir em nome de alguém significa exercer a autoridade do seu nome. Podemos compreender o significado do nome quando dizemos para uma pessoa: “vá a tal lugar e diga para essa pessoa fazer isso e isso. Se ela lhe perguntar quem mandou, diga que fui eu.” Esse é o significado de fazer algo no nome. É simplesmente usar o nome. Você autoriza certa pessoa a usar o seu nome e você arca com a responsabilidade do que ela fizer. Uma das coisas mais preciosas é que podemos usar o nome de Jesus quando nos aproximamos do Pai em oração. Achegar-se no nome dele significa que Deus nos recebe como se estivesse recebendo o próprio Senhor Jesus. Não temos mais de Deus porque não temos revelação da suprema autoridade desse nome. O nome de Jesus é uma procuração que o próprio Senhor nos deu para usarmos em seu nome. Os limites dessa procuração estão demarcados na Palavra de Deus, mas dentro desses limites podemos fazer o que for necessário com respeito aos negócio da sua casa. O Rei se ausentou momentaneamente, mas ele nos passou a sua procuração para poder exercer autoridade no seu nome. O nome de Jesus nos confiado e isso é uma grande prova do amor de Deus e de sua confiança em nós. Suponha que eu possua uma grande quantidade de dinheiro em um banco. Suponha ainda que eu confie a você o meu talão de cheques assinado e lhe peço que retire o que for necessário. É uma grande prova de confiança entregar o talão assinado, pois não há garantias que você não sacaria todo o saldo da conta. Se não confiasse em você não teria lhe dado. Mas acima de tudo ele está pronto para sustentar todo cheque que você emitir. Essa é a graça de Deus revelada na provisão do seu nome.  A igreja desfruta hoje da maior posição de autoridade. Ao dar seu nome à Igreja, o Senhor Jesus deu-lhe a mais alta garantia. O Nome representa o seu próprio ser. O nome de Jesus representa a própria pessoa dele presente. Quando dizemos qualquer coisa em nome do Senhor Jesus é como se o próprio Senhor Jesus estivesse dizendo aquilo. Se fazemos alguma coisa no nome de Jesus é o próprio Senhor Jesus quem estará legalmente fazendo. A igreja tem a autorização para falar em nome do Senhor e diante do mundo espiritual é como se o próprio Senhor estivesse falando. É algo absolutamente tremendo. Quem pode usar o nome?

Será que o nome de Jesus pode ser usado por um ímpio? Qualquer homem profano e incrédulo pode simplesmente pronunciar o nome e todas as coisas acontecerão? Certamente que não. No livro de Atos temos a história de uns filhos de Ceva que resolveram expulsar demônios usando o nome de Jesus. Mas eles não tinham autorização para usarem o nome de Jesus. E alguns judeus, exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega. Os que faziam isto eram sete filhos de um judeu chamado Ceva, sumo sacerdote. Mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa. At. 19:13-16  A base para usarmos o nome é o batismo. É por isso que depois que cremos no Senhor a primeira exigência é que sejamos batizados. O que o batismo faz por nós? O batismo nos introduz no nome. “Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus” (At. 19:5). Somente a partir do batismo é que o nome me é confiado. Isso nos mostra como o batismo é uma experiência crucial em nossas vidas. No batismo eu saio da morte e entro na nova vida de ressurreição. Nessa nova  vida eu carrego o seu nome porque fui selado com ele no batismo.

Deus somente poderá honrar o uso do nome se permanecermos na base do batismo que é a cruz. Se confiarmos em nossa justiça própria ou no valor de nossas obras o nome não funcionará pois não estaremos na base da cruz. A base da cruz é que a justiça de Cristo nos foi transmitida e não confiamos em nossas boas obras. Esse é o motivo porque o diabo procura constantemente nos acusar, pois ele sabe que se duvidarmos do poder do sangue da cruz não teremos fé no poder do nome. Muitos ficam se olhando pensando que não possuem a dignidade suficiente para usar o nome. Presumem que são muito errados e por isso o nome não terá autoridade na boca deles. Mas vamos analisar a situação da seguinte forma: suponha que você escreveu uma carta a um amigo e nela  você pede que ele lhe envie uma quantidade de dinheiro que você lhe tinha confiado. Na carta você diz que o dinheiro que deve ser entregue ao portador da carta. Depois que seu amigo verificar que a assinatura na carta é sua mesmo ele certamente entregará o dinheiro. Ele não fará perguntas ao mensageiro que levou a carta, do tipo: Qual o seu grau de escolaridade? Como é o seu relacionamento familiar? Você tem controlado o seu temperamento? E a sua vida moral? Mil vezes não. Ele não vai se incomodar com o mensageiro. Tudo o que lhe importa é a sua assinatura na carta.  Você é esse mensageiro que recebeu uma carta para ser entregue para Deus Pai. Se a carta está assinada, Deus vai lhe dar o que precisa por causa do nome e não por causa de você. Não importa o quão correto e íntegro é o mensageiro, se a sua carta não está assinada ele não está qualificado para pegar o dinheiro. Quem deveria checar a idoneidade do mensageiro é o Senhor Jesus, mas ele confiou em nós. Isso é tremendo! É a maior confiança do universo!  A minha ousadia para orar a Deus é justamente essa, quando vou orar não estou nenhum pouco preocupado com o meu nome, mas eu vou no nome de Jesus. Muita gente pensa que só irá receber respostas para as suas orações no futuro, quando eles se tornarem mais bonzinhos, só nesse momento é que Deus vai ouvi-los. Mas essa é uma questão que não tem nada a ver conosco. Deus nos ouve por causa do nome de Jesus. Permanecemos diante de Deus em nome de Cristo; por causa dele, não por causa de nós mesmos; é pelo seu sangue, não por nossa justiça. Como podemos usar o nome?

O que é a Igreja? A Igreja é constituída daqueles que foram batizados em o nome de Jesus. São aqueles a quem Deus chamou de todas as nações e que se reúnem em o nome do Senhor Jesus. A  igreja está aqui para sustentar o testemunho do nome do Senhor e pelo nome do Senhor manifestar as obras de Deus na terra (Mt. 18:20). Somente a Igreja está autorizada a usar o nome do Senhor Jesus. Esse é um tremendo privilégio que nos foi dado. O nome de Jesus é uma chave que pode ser usada em relação a Deus, em relação a satanás e em relação aos homens. O primeiro nível é o nosso relacionamento com Deus. O Senhor nos confiou o nome para usá-lo em nossa oração. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. Jo. 16:13-14 Não temos outra base para nos achegarmos a Deus que não seja o nome do Senhor Jesus. Quando declaramos o seu nome estamos dizendo que confiamos que ele já pagou o preço pelo seu sangue e que podemos chegar com ousadia diante do trono de Deus. Mas a promessa do Senhor com relação ao uso de seu nome em nossa oração é ainda muito mais abrangente. Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. Jo. 15:16  As possibilidades abrangidas pelo nome estão além do nosso entendimento. Quando o Senhor diz: “qualquer coisa que porventura pedirem” ele está nos dando um cheque em branco assinado. Nós

podemos preencher esse cheque com o valor que nós quisermos e o banco do céu pagará. Deus honra o nome de Jesus. Se formos ousados sempre seremos supridos com abundância pois os recursos do banco celestial são ilimitados. Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome. Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa. Jo. 16:23-24 O nome de Jesus é a garantia de uma vida rica e abundante aqui nesse mundo. A medida da capacidade de Jesus é a medida do seu nome e, tudo quanto está investido nesse nome nos pertence porque Jesus nos deu o uso de seu nome. O nome de Jesus não é uma doutrina, mas é uma revelação. Precisamos ter os nossos olhos abertos para entendermos o poder e o alcance desse nome. Precisamos entender que o uso desse nome está inteiramente relacionado com a cruz. O Senhor ganhou o nome por causa da cruz e somente aqueles que crêem na cruz podem usá-lo. O que significa crer na cruz? Significa que eu reconheço que em mim mesmo não há justiça alguma, que não mereço nada de Deus, mas eu confio na justiça que recebi pelo sangue da cruz. Eu fui feito justiça de Deus e o sangue já me lavou de todo pecado. Se você ainda pensa que o Pai o ouvirá por causa dos seus méritos, então você não poderá usar o nome de Jesus. Só pode usar o nome aquele que confia unicamente na justiça que vem da cruz. Mas nós podemos usar o nome não somente em relação a Deus, mas também em relação ao diabo. Mais uma vez a cruz é a base do nome. Porque o Senhor Jesus já triunfou sobre o diabo na cruz, ele agora recebeu toda a autoridade no céu e na terra. O seu nome tem toda autoridade e nós agora ganhamos o direito de usar essa autoridade. Nós mesmos não temos nenhuma autoridade, mas o nome de Jesus possui toda autoridade. Por causa disso o Senhor disse: “em meu nome expelirão demônios” (Marcos 16:17).  A maneira como expulsamos os demônios hoje é a mesma que Paulo usou em Atos 16. Depois de ser incomodado por muitos dias por uma moça com espírito adivinhador, Paulo se indignou e simplesmente disse: “Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu” (At. 16:18). Veja que Paulo não foi primeiro ver se tinha condições espirituais de enfrentar aquele espírito imundo. Ele não foi primeiro examinar a si mesmo, ele tão somente usou o nome e deu a ordem. O demônio não tinha outra alternativa a não ser obedecer, porque Paulo usou o nome de Jesus. É dessa maneira que usamos o nome para expulsar demônios. Se você permanecer no fundamento da justificação pelo sangue você poderá usar o nome para exercer autoridade sobre as hostes espirituais do mal. Se permanecemos sobre essa base o nome do Senhor está em nosso poder. “Em nome do Senhor Jesus” não é uma mera frase ou uma expressão que se tornou corriqueira na  boca dos crentes. É uma expressão que você e eu podemos usar para expulsar demônios. A  autoridade que lhe foi dada é a autoridade do nome de Jesus. Finalmente o nome de Jesus é usado em nosso relacionamento com os homens quando lhes ministramos as coisas do céu. É no nome do Senhor que pregamos o arrependimento. “E que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lucas 24:47). Nossos pecados são perdoados no nome do Senhor. A igreja hoje tem autoridade para reter pecados e perdoá-los. Ela faz isso quando as pessoas crêem no nome de Jesus. “Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio do seu nome, todo o que nele crê recebe remissão de pecados” (Atos 10:43). “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1 Coríntios 6:11).  Antes de partir ’o Senhor disse: "...em meu nome... imporão as mão sobre os enfermos e eles serão curados (Mc 16:17-18). Tiago, mais tarde, fala do nome do Senhor proferido sobre o enfermo (Tg

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