2 Simulacao Pedagogica Inicial
February 23, 2017 | Author: Ricardo Grade Nogueira | Category: N/A
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Formação Pedagógica Incial de Formadores |Módulo 2 – Simulação Pedagógica Inicial
Realizado por: M&P – Consultadoria Informática, lda Data: 19-11-2012
Simulação Pedagógica Inicial
COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR Preparar, desenvolver e avaliar sessões de formação; Identificar os aspetos pedagógicos considerados mais importantes no processo de ensino-aprendizagem; Propor
soluções
alternativas,
apresentar
sugestões
de
estratégias
pedagógicas diversificadas; Exercitar competências de análise e de autoanálise relativamente a comportamentos observados no desenvolvimento de uma sessão de ensinoaprendizagem.
CONTEÚDOS__________________________________________________________ SUB-MÓDULO 1 - PREPARAÇÃO E CONCRETIZAÇÃO DAS SIMULAÇÕES Características da técnica de simulação pedagógica Processo de desenvolvimento das simulações
SUB-MÓDULO 2 - ANÁLISE E PROJETO DE MELHORIA Análise e autoanálise dos comportamentos pedagógicos observados Diagnóstico das competências demonstradas e a adquirir/melhorar Elaboração de um projeto de melhoria para acompanhamento da progressão das aprendizagens
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Índice A formação de formadores .............................................................................................................. 3 Técnica da autoscopia ...................................................................................................................... 6 Realização da autoscopia ................................................................................................................. 8 Preparação ....................................................................................................................................... 8 O tema da sessão ............................................................................................................................. 8 A definição da população-alvo ......................................................................................................... 9 A duração da sessão ......................................................................................................................... 9 A necessidade de elaboração de um plano de sessão ..................................................................... 9 Desenvolvimento ............................................................................................................................. 9 Visionamento ................................................................................................................................. 10 Análise ............................................................................................................................................ 10 Modelos genéricos para a realização da autoscopia ..................................................................... 12 Conceitos chave ............................................................................................................................. 14 Questões frequentes: ..................................................................................................................... 14 Mecânica da apresentação: ........................................................................................................... 15 Conselhos práticos ......................................................................................................................... 15 Os erros mais comuns: ................................................................................................................... 16 Bibliografia ..................................................................................................................................... 17
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A formação de formadores A formação profissional tem evoluído nos últimos anos no sentido de alargar os seus campos de intervenção, melhorar as práticas e tornar-se um instrumento estratégico de promoção de qualidade das empresas. A noção tradicional de “formador” adquire o significado de “agente de formação” quando se pensa nos novos campos de exercício da profissão: consultadoria, mediação, diagnóstico de competências, avaliação e auditoria, gestão e engenharia da formação. As funções de organização, conceção e de aconselhamento adquirem cada vez maior importância. A sua atuação tem como referencias os contextos sociais, as práticas de trabalho, a organização sociotécnica e as práticas empresariais. O conceito de aprendizagem também se alarga e se situa noutros espaços sociais que não apenas a escola ou instituições formais. A aprendizagem ao longo da vida implica metodologias pedagógicas inteiramente diferentes, baseadas numa pedagogia ativa e em processos de aprendizagem cognitivistas. A formação aberta e à distância abrem também perspetivas, mais individualizadas, no exercício da atividade formativa. O tutor lida com um publico cada vez mais heterogéneo, mas em que a tónica é posta na personalidade dos “serviços-formação”. Chamado a ultrapassar a sua função tradicional de “transmissor de conhecimentos” o formador deve estar apto a favorecer uma aprendizagem autónoma dos formandos. O esquema de Théry aponta a definição do formador como um especialista das situações de aprendizagem e como um agente de mudança. As quatro dimensões, que Théry refere, definem o perfil de formador. Um formador detém o saber técnico-científico, é um especialista, em determinado tema e põe esse saber à disposição de um público. As capacidades pedagógicas tornam-se objeto de treino e formação. Não são inatas, são adquiridas. A dimensão interpessoal e relacional - aberta social – refere-se a uma formação pessoal adquirida como adulto e cidadão e a uma motivação intrínseca para ensinar, comunicar e interagir com outros.
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As culturas tradicionais deram lugar a uma cultura organizacional que alicerça os saberes sociais. A formação é, antes de mais, um instrumento de desenvolvimento das organizações e, parece, por isso, importante que os formadores aliem às suas competências técnicas e cientificas a uma cultura empresarial que contextualize a formação. O formador é um ator social que trabalha o ato pedagógico na sua multiplicidade e riqueza, não é um mero executor de tarefas. Deve ser um profissional capaz de teorizar as suas práticas e de as comunicar aos outros. Fundamentalmente o formador devera ser um “decisor pedagógico”. Tem, pois, de se munir de uma formação pedagógica consistente que o habilite a essa versatilidade de atuação. A variedade de públicos solicita-lhe a necessidades de conceber e realizar ações eficazes, coerentes, eficientes e adequadas às exigências desses mesmos públicos.
A dimensão pedagógica do formador deve torna-lo apto a:
Definir objetivos de formação a diferentes níveis de operacionalidade; Identificar / diagnosticar necessidades de aprendizagem; Caracterizar e aplicar diferentes métodos e técnicas pedagógicas; Elaborar e aplicar variadas técnicas e instrumentos de avaliação; Planificar sessões de formação; Executar o plano de sessão. A aprendizagem pode ser entendida como um sistema multidimensional de combinação das características do “aprendente” com as estratégias de ensino e de interação entre esses dois sistemas de variáveis com vista à consecução de determinados objetivos.
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A função do formador consiste em decidir e pôr em marcha um conjunto de meios e fins adequado a um dado formando ou grupo de formandos.
A concetualização do papel do formador é aqui entendida como aquele que é capaz de: Perspetivar a sua atividade no contexto da formação de adultos e das organizações; Compreender as exigências da sua profissão; Potenciar as capacidades dos formandos; Consciencializar a importância da relação pedagógica; Suscitar nos formandos a capacidade de conquistar a sua própria aprendizagem; Utilizar adequada e criativamente as metodologias pedagógicas. O ato de formar é, necessariamente, um apelo à mudança. A melhoria dos conhecimentos, o melhor desempenho técnico, a transformação das mentalidades e o alargamento da capacidade relacional são uma mudança, socialmente requerida, institucionalizada. Os formadores propõem aos outros “mudar”. Devem, pois, ser eles próprios também, a viver a dinâmica de mudança, de analisar criticamente os seus métodos de trabalho e as relações interpessoais. A formação de formadores deve basear-se numa estratégia de objetivação das competências a adquirir e o seu desempenho deve receber diversos tipos de feedback, o supervisor, dos pares e de si próprio. Por este motivo, a vídeoformação tem sido apresentada e utilizada como uma das formas mais interessantes para demonstrar e analisar as competências e destrezas do formador.
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A vídeo-formação, como processo pedagógico, pode levar o formando a refletir sobre si próprio e sobre a imagem de si no “outro”. Conduz certamente a mudanças e modifica os comportamentos. A vídeo-formação pode eliminar o distanciamento entre a realização e a tomada de consciência do formando. A dificuldade que os formandos demonstram em avaliar as suas próprias atividades pedagógicas, mesmo que em contacto com o supervisor, pode ser eliminada com este processo.
Os efeitos persuasivos da autoscopia podem contribuir decisivamente para a mudança e aperfeiçoamento dos comportamentos do formando.
Técnica da autoscopia A autoscopia consiste e filmar os indivíduos em situações de expressão e comunicação, de modo a que se possam observar e melhorar o seu comportamento, ou seja, a autoscopia constitui-se num processo de auto-análise que permite ao individuo rever-se na ação e conhecer-se melhor, tomando consciência dos seus pontos fortes e fracos a fim de se aceitar e melhorar. Um docente, um político, um dirigente ou um desportista que visiona a lição, o discurso, a reunião, a entrevista, o jogo, para analisar a sua “performance”, utiliza a autoscopia. A autoscopia pode incluir desde a gravação de gestos desportivos e profissionais, em que o “modelo” é essencial na melhoria dos comportamentos, até ao “jogo dos papéis” analisa-se a personalidade, a partir da composição encontrada e gravada : “eu sou aquele”, eis o que se fica a saber na autoscopia. A autoscopia é um fenómeno total de exposição de mim aos outros e a mim mesmo. Como posso observar-me sem me desequilibrar? A autoscopia tem a sua origem na atividade desenvolvida, em 1967, pelo Centro de Audiovisuais da Escola Normal de Saint Cloud – em França – FAUQUET e STRASFOGEL. A utilização da autoscopia, na formação ou aperfeiçoamento pedagógico de docentes, permite:
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A identificação e descrição das principais aptidões, expressas em termos de comportamentos, indispensáveis na preparação, desenvolvimento e análise de uma sessão de formação A auto-analise; A identificação dos comportamentos pedagógicos a adquirir ou a melhorar. A autoscopia visa melhorar o comportamento do formador, mediante a observação global da sua intervenção, em situações didáticas normais ou próximas das reais. A ideia base é a de colocar o “formador-em-formação” numa situação de formação (sessão), a fim de ser observado pelos restantes que analisam e criticam com ele a atuação. Assim, é desenvolvida ao docente a imagem – o ”feedback” – do seu comportamento perante os formandos e das reações destes à sua intervenção. A autoscopia permite, deste modo, o aperfeiçoamento do formador, através da integração da opinião do grupo e, ainda pelo desenvolvimento das faculdades de auto-observação e da autocritica. O interesse da filmagem neste tipo de trabalho reside, essencialmente, no facto de propor rápida, fácil e economicamente um “feedback” muito mais objetivo do que aquele que os observadores humanos fornecem. Além de objetividade que proporciona, também facilita as relações “formando-formador/animador” porque permite àquele descobrir por si os seus pontos fracos, evitando que o animador se coloque na posição de censor. A conservação de uma gravação permite comparar ”performances” distantes no tempo e, assim, medir os progressos efetuados. Em síntese podemos dizer que a autoscopia na formação de formadores visa: Treinar competências na área de preparação, animação e análise de sessões de formação. Desenvolver capacidades de critica, de síntese e de trabalho em grupo. Diagnosticar comportamentos pedagógicos a melhor.
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Realização da autoscopia No contexto da Formação Profissional, a autoscopia realizada para formação dos formadores baseia-se, em geral, na simulação de sessões. Assim, cada “formador-em-formação” simula uma sessão, desempenhando os colegas do grupo o “papel” de formandos. A sequência dos trabalhos, as regras estabelecidas e os critérios da análise resultam de um diálogo entre o animador e o grupo de “formadores-em-formação”. Variando por vezes na ordem das operações, o esquema seguido para autoscopia assenta, globalmente, nas seguintes frases: Preparação; Desenvolvimento; Visionamento; Análise; Síntese.
Preparação Uma vez clarificados os objetivos e o processo da autoscopia, os participantes preparam as suas sessões, tendo em conta um conjunto de aspetos importantes.
O tema da sessão O tema da sessão deve ser simples para que o trabalho se centre, preferencialmente, na forma de condução da sessão, relegando para segundo plano o conteúdo. Exemplo de temas para sessões de simulação Partes de um instrumento de medida ou de uma máquina (micrómetro, comparador, multímetro, torno); Utilização ou redação de um documento (vale postal, cheque, requerimento); Aplicação de um procedimento ou de uma receita (transplante de uma planta, preparar um “cocktail”). 8
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Numa autoscopia inicial o tema pode ser livre mas, nas intervenções seguintes, os participantes deverão escolher conteúdos da sua área profissional, uma vez que se pretende o treino na função monitor.
A definição da população-alvo A população-alvo para quem é dirigida a lição, deve ser definida através do estabelecimento do perfil dos participantes da sessão (níveis etário e escolar, situação profissional, pré-requisitos).
A duração da sessão A sessão deve ser curta (aproximadamente 10 minutos). A sessão deve, no entanto, compreender todas as etapas necessárias para a consecução dos objetivos visados, isto é, deve permitir a aprendizagem do tema por formandos com perfil previamente estabelecido.
A necessidade de elaboração de um plano de sessão Numa autoscopia inicial, a elaboração de um plano de sessão poderá revestir o aspeto simples de um esquema que inclua os objetivos visados, o conteúdo e o desenvolvimento previsto. Em autoscopias subsequentes e após o tratamento deste assunto, o plano revestirá uma forma progressivamente complexa e rigorosa que facilite ao formador um suporte pessoal e consistente para o desenvolvimento da sessão.
Desenvolvimento Antes do início da sessão, cada formador deverá clarificar a população-alvo, estabelecendo um “contrato” com os colegas que desempenharão o “papel” de formandos durante a sessão. A sequência das intervenções e o horário respetivo 9
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deverá resultar do diálogo entre os participantes e será registada num quadro afixado. Pelas razoes atras e expostas, há toda a vantagem em videogravar a sessão. Este registo deve obedecer as regras relacionadas com a isenção da câmara, o enquadramento da situação global da sessão, em suma, com princípios de ordem pedagógica. Os restantes participantes e o animador da autoscopia anotam alguns aspetos observados, numa perspetiva de detenção os pontos fortes e fracos da sessão.
Visionamento Nesta fase, realizada quando as lições são gravadas em vídeo, cada formadorem formação assiste ao registo da sua sessão, integrado no grupo. É esse o momento em que cada formador se confronta com a sua imagem, enquanto monitor de uma sessão de formação; é a oportunidade de rever os seus comportamentos e de registar os aspetos mais e menos positivos.
Análise No início da fase de análise, na autoscopia inicial de um grupo e, em geral, a propósito da primeira intervenção visionada, são discutidos e definidos os critérios de análise a utilizar. Um dos processos de realizar a análise de cada sessão é baseá-la na autocritica do monitor dessa sessão, apos o visionamento. Às opiniões manifestadas pelo autor da intervenção deverão, de seguida, juntar-se as criticas (positivas e negativas) dos restantes elementos do grupo e, finalmente, as do animador com a intenção de integrar os pareceres manifestados e de focar alguns aspetos relevantes ainda não abordados. É importante que as críticas apresentadas pelos participantes sejam centradas nos critérios previamente estabelecidos pelo grupo, afastando-se de aspetos menos objetivos que poderão gerar alguma sensação de mal-estar entre os elementos do grupo. 10
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Para a análise da sessão podem ser utilizadas outras sequências de apreciação, apos o visionamento: criticas dos restantes participantes, analise do animador e, finalmente, a autocritica. Um outro processo de conduzir autoscopia é, ainda, fazer a analise da sessão, imediatamente apos o desenvolvimento, através das criticas dos outros participantes e, seguidamente, do animador. Após todas as observações, o autor da intervenção faz o visionamento integrado no grupo e, finalmente, procede à sua autocritica. Nesta fase de análise, em que cada formador em formação é confrontado com a própria imagem e com as apreciações dos colegas e animador, é essencial que o grupo desenvolva um espirito de entreajuda e a noção clara de que todo o processo visa o diagnóstico dos comportamentos a melhorar e, por consequência, o seu aperfeiçoamento pedagógico.
Síntese No final do processo de autoscopia é indispensável que cada participante reconheça os pontos fortes e fracos relativos à sua sessão, identificando quais os aspetos a melhorar na sua ação pedagógica. Este objetivo pode ser obtido através do preenchimento da avaliação final. O preenchimento basear-se-á nas apreciações feitas anteriormente pelos diversos intervenientes, e pode resultar de uma reflexão individual (com o apoio do animado) ou do diálogo do grupo. A grelha de avaliação final permite recolher informação sobre a autoscopia inicial e final e estabelecer comparações.
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Modelos genéricos para a realização da autoscopia Modelo 1
– Gravação inicial de todas as gravações; visionamento, análise e síntese de cada sessão
Fases Preparação
Clarificação das regras; Definição do tema; população alvo, duração, plano de sessão e meios materiais.
Desenvolvimento
São gravadas as sessões de todos os participantes, desenvolvidas a seguir umas às outras, para serem depois analisadas uma a uma, a partir do visionamento de cada sessão.
Visionamento
Seguindo a ordem das sessões desenvolvidas para cada sessão visionada, é feita a respectiva análise.
Análise
Para cada sessão visionada a análise passa pela: autocritica; critica dos participantes; crítica do animador.
Síntese
É preenchida uma grelha síntese para cada sessão observada (preenchimento individual ou em grupo).
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Modelo 2 – Gravação de cada sessão imediatamente da análise, visionamento e síntese.
Fases
Preparação
Clarificação das regras; Definição do tema; população alvo, duração, plano de sessão e meios materiais.
Desenvolvimento
Após o desenvolvimento e gravação de cada sessão, segue-se imediatamente a respectiva análise, visionamento e síntese, antes do desenvolvimento da sessão seguinte,
Visionamento
Cada intervenção é seguida de: crítica dos outros participantes; crítica do animador. O formador em formação recolhe, nesta fase, elementos para a sua autocritica, após o visionamento.
Análise
Neste modo, o visionamento constitui um fator de confirmação das críticas recebidas e da facilidade da autocritica.
Síntese
O monitor de cada lição, após escutar os colegas e o animador e depois de ter visionado a sessão, faz a sua autocritica. O preenchimento da grelha-síntese é, em geral, feito em grupo,
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Conceitos chave 1 - O que é uma autoscopia? É um processo de levantamento de necessidades individuais de formação que visam identificar comportamentos a adquirir, desenvolver ou melhorar, assim como, comportamentos a evitar numa sessão de formação
2 - Como se realiza a autoscopia? A autoscopia tem a realização de uma mini sessão de ensino-aprendizagem de 10 minutos. Esta sessão é gravada em videio. Posteriormente é visionada e objeto de análise pelo próprio (autocritica), pelo grupo e pelo formador (hétero-crítica).
3 - O que permite a autoscopia? A autoscopia permite verificar os pontos susceptíveis de melhoria: a nível comportamental; a nível pedagógico. Permite a consciencialização de atitudes outrora inconscientes que dificultam o trabalho do formador, permitindo também o desenvolvimento de todo o conjunto de técnicas de “bem-fazer formação”
Questões frequentes: Qual a postura adequada em frente a um grupo? Como transmitir a informação? Quais os movimentos corretos e qual a colocação das mãos? 14
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Como gerir correctamente o contacto ocular? Como é que as suas palavras fluem quando fala?
Mecânica da apresentação: Manter-se do lado esquerdo da sala (relativamente aos participantes) Procurar estar sempre virado para a audiência Evitar gestos que dificultem a visualização Construir um triângulo imaginário (boa visibilidade para todos os participantes) Regra do ombro direito Regra do pé esquerdo
Conselhos práticos Individualização dos participantes (sempre que souber o nome de uma pessoa, utilize-o, o que proporciona proximidade); Procure obter reconhecimento da audiência (evita confronto se obter empatia); Procure sorrir (cria um sentimento confortável na audiência); O que fazer com as mãos? (as mãos manipulam/influenciam os olhos da audiência, nunca esconder as mãos); Respire entre frases (e não durante as mesmas); Projete a sua voz (projete-a para o fundo da sala, sempre que quiser realçar uma ideia, eleve-a um pouco); Postura e movimento (deverá fazer movimentos direcionados);
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Gestos e expressões faciais (entusiasmo e naturalidade); Voz (varie o tom, volume e ritmo); Comunicação visual (3-6 segundos (1-2 frases) com cada ouvinte); Linguagem e pausas (breve e objetivo – pausas para interagir – criar imagens) Humor (introduza histórias pessoais, observações ou exemplos humorísticos apropriados.
Os erros mais comuns: Falar sem parar; Assuntos não adequados à audiência; Sobrecarga de informação; Linguagem demasiado técnica; Fraca preparação; Falta de prática no discurso; Aspetos que distraem (visuais, verbais (o que ouvem) e orais (como ouvem)); Ritmo inadequado; Ausência de contacto visual; Falta de entusiasmo
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Bibliografia
A autoscopia na formação, Lisboa, Instituto do Emprego e Formação Profissional, 1999. - ISBN972-9003-58-0
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