1960 Diretrizes Para Um Congresso Sobre a Sexualidade Feminina in Escritos Jacques Lacan OCR

July 9, 2019 | Author: Zhungarian | Category: Jacques Lacan, Relação Sexual, Sigmund Freud, Homossexualidade, Psicanálise
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Escritos, Jacques Lacan, 1966...

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1960 pARA UM CONGRESSO SOBRE A SEXUAIDADE FEMNNA

EscRITos Jacques Lacan CAMPO FREUDIANO NO BRASIL

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Diretrizes para um Congresso sobre a sexualidade feminina

L

Introdução histórica1

Se considerarmos a experênca da pscanálise em seu desenvolvmeno nos últmos sessenta anos, não será surpresa salenarmos salenarmos o fao de que, endo sdo ncalmente concebida baseando na repressão patea o complexo de casração, rebeno prmero de suas origens, ela orienou progressvamente para as frusrações oriundas da mãe um ineresse al que esse complexo, por ter suas formas disorcdas, não fo melhor elucidado. Uma noção de carênca afeva, ligando sem ntermedação às falhas reais dos cuidados mateos os disúrbios do desenvol vmeno, é reforçada por uma dialéica de fanasias das quas o corpo mateo é o campo imagnáro. Que isso consua uma promoção conceitual da sexualidade da mulher, não há dúvida, e permte observar uma neglgênca marcane.

I. Definição do tema Ela diz respeio ao exato pono para o qual gosaríamos, nessa conjunura, de chamar a atenção, ou seja, a pare feminina, se

1.

Esse Congresso teve lugar sob o nome de Colóquio Ineacional de

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Diretrizes para um Congresso sobre a sexualidade feminina 1960 -

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é que esse termo tem sentido, daquio que se articula na relação genital, na qual o ato do coito ocupa um lugar ao menos oca. Ou, para não decair dos elevados referenciais bioógicos com que continuamos a nos comprazer: quais são as vias da ibido concedidas à muer pelos fâneros anatômicos de diferenciação sexual dos organismos superiores? III Levantamento dos fatos Tal projeto ordena evantar, primeiramente ) os fenômenos atestados pelas mueres, nas condições de nossa experiência, sobre as vias e o ato do coito, na medida em que ees confirmem ou não as bases nosológicas de nosso ponto de partida médico; b) a subordinação desses fenômenos às moas que nossa ação reconece como desejos, e especiamente a seus rebentos incons cientes cientes  com os efeito efeitos, s, aferentes aferentes ou eferentes eferentes em relação relação ao ato, que dees resutam para a economia psíquica , dentre os quais os do amor podem ser considerados por si mesmos, sem prejuízo da transição de suas conseqüências para a criança; ) as implicações nunca revogadas de uma bissexuaidade bis sexuaidade psíquica inicialmente relacionada com as duplicações da anato mia  porém cada cada vez mais mais imputadas imputadas a identificações identificações perso perso nalógicas. IV. Fulgor das ausências Em tal resumo destacam-se certas ausências, cujo interesse não pode ser eludido por uma alegação de improcedência: 1. As novas aquisições da fisiologia, as reaidades do sexo cromossômico, por exemplo, e seus correlatos genéticos, sua distinção do sexo ormonal e a proporção que les cabe na determinação anatôm anatômica ica  ou simplesmente o que se evidencia do priviégio libidina do ormônio masculino, e até da ordenação do metabolismo estrogênico no fenômeno menstrual , embora a reserva sempre se impona em sua interpretação clínica, nem por isso deixam de dar o que pensar, por terem permanecido

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Escritos Escritos [Écrits [Écrits - ]acques ]acques Lacan Lacan

 distância guardada aqui do real pode levantar, com efeto, a questão questão do corte tendenci tendencioso oso  o qual, se não tem que ser ser feito entre o somático e o psíquco, soidários, impõese entre o organsmo e o sujeito, sob a condição de que se repudie, quanto a este último, a cota afetva com a qual a teoria do erro o carregou, para articulálo como sujeito de uma combinatória, a única que dá sentdo ao nconscente. 2. nversamente, um paradoxo original da abordagem psica nalítca, a posiçãochave do falo no desenvolvimento ibidna, interessa por sua nsistência em se repetir nos fatos. É aqu que a questão da fase fáica na mulher agrava seu problema, por ter, depos de fazer furor entre os anos de 1927 e 935, sido desde então dexada numa tácta indivisão, ao bel-prazer das interpretações de cada um. É ao nos nterrogarmos sobre suas razões que poderemos romper essa suspensão Imaginário, real ou simbóico, no que concee à ncidência do falo na estrutura subjetiva em que se acomoda o desenvol vmento, não são aqu palavras de um ensino específico, mas  justamente  justamente aquelas aquelas em que se assinalam, na redação dos autores, autores, os deslzes concetuais que, por não terem sido criticados, con duziram à atona da experênca depos da pane do debate.

V A obscuridade quanto ao órgão vaginal O disceimento de uma proibição, por mais oblíquo que seja seu processo, pode servr de prelúdo. Porventura se confrma ee no fato de que uma dscpina que, para responder de seu campo pea sexuaidade, pareca permitir expor todo o segredo desta, tenha deixado o que se revela do gozo femnno no ponto exato em que uma fsooga pouco zeosa se confessa ncapaz de desvendá-o?  oposção bastante trivia entre o gozo citordano e a satsfação vaginal vu a teoria reforçar sua tese, a ponto de situar nela a inquietação dos sujetos, ou até de eevála à categora de tema, tema, se não de reiv reivind indca cação ção sem que no no entant entanto o se possa possa

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Diretrizes para um Congresso sobre a sexualidade feminina 1960 -

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Isso poque a natueza do orgasmo vagna guada invioladas as suas trevas. É que a noção massoteápca da sensbdade do coo, bem como a cúgca de um noli tangere na paede posteo da vagina, eveamse, na pátca, contingentes (nas histerectomas, sem dúvda, mas também nas aplasas vaginais!). As repesentantes do sexo, não mpota que volume produza sua voz entre os psicanalstas, não paecem te dado o meho de si paa a etrada desse lace. À pate a famosa famosa "locação da dependênca retal, a respeto da qua a sa Lou Andéas-Saomé se posconou pessoamente, 2 elas em geal se ativeam a metáfoas cuja atvez, no dea, não sgnfica nada que mereça ser preferido ao que quaquer um nos oferece de uma poesa menos intenciona. Um Congesso sobe a sexuaidade femnina está onge de faze pesa sobre nós a ameaça do destino de Tésias.

VI. O complexo imaginário e as questões do desenvolvimento Se esse estado de coisas dexa entrever um impasse científco na abordagem do rea, o mínimo, no entanto, que se pode espea de psicanaistas eundos em congesso é que eles não esqueçam que seu método nasceu precsamente de um mpasse semelhante. Se os símbolos não têm aqui outa captura senão magnáa, povavelmente é poque as imagens á foam sueitadas a um simbolis simbolismo mo inconscent inconscente, e, ou sea, a um compexo  que toa oportuno lembar que as imagens e símbolos na mulher não podem se solados das imagens e símbolos da mulhe. A epresentação (Vorstellung, no sentdo em que Freud em prega esse termo ao assnaa que é isso que é recacado), a representação da sexuaidade feminina condciona, recacada ou não, sua impantação, e suas emegências deslocadas (onde a doutrina do terapeuta pode se descobir pate nteessada) fixam

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Escritos Escritos [Écrits [Écrits - ]acques ]acques Lacan Lacan

o destino das tendências, por mais naturalmente elucidadas que se as suponha. Devese ter em mente que ones, em seu discurso na Sociedade de Viena que parece ter crestado a terra para quaquer contri buição posterior, á não conseguiu produzir nada além de sua adesão pura e simples aos conceitos keinianos, na perfeita brutaidade com que os expõe sua autora, ou sea, na indiferença em que se coloca coloca Mela Melanie nie Kein Kein  ao inclui incluirr as fanta fantasia siass edipianas edipianas mais mais originais originais no corpo mateo mateo  ante sua sua prove prove niência da realidade suposta peo NomedoPai. Se considerarmos que isso é tudo a que ones é levado pea iniciativa de reduzir o paradoxo de Freud, que instala a muer no desconecimento primário de seu sexo, mas que é também temperado temperado pela confissão confissão instruída instruída de nossa nossa ignorância ignorância  ini ciativa tão movida em Jones pelo preconceito da dominância do natural, que ee se compraz em atestá-la com uma citação do Gênesis , não vemos muito bem o que se possa ter ganho. Pois, á que se trata do preuízo causado ao sexo feminino ("uma mulher nasce ou é feita? , exclama Jones) Jones) pela função equívoca da fase fálica nos dois sexos, a feminilidade não parece ser mais especificada no que a função do fao se impõe, ainda mais equívoca, por ser recuada até a agressão oral. Tanto baruo, com efeito, não terá sido em vão, se permitir modular as perguntas seguintes na lira do desenvolvimento, visto que é essa a sua música. 1. Será o mau obeto de uma falofagia fantástica, que o extrai do seio do corpo mateo, um atributo pateo? 2 Sendo o mesmo eevado à categoria de bom obeto e desejado como um mamilo mais manejável (sic) e mais satisfa tório (em quê?), a pergunta se precisa: será do mesmo terceiro que ele é tomado de empréstimo? Pois não basta adoarse com a noção do casal parenta! combinado, resta ainda saber se é como imagem ou como símbolo que esse íbrido se constitui 3. Como o clitóris, por mais autísticas que sejam suas soici tações, que entretanto se impõe no real, pode ser comparado com as fantasias precedentes? Se é independentemente que ee cooca o sexo da menina sob

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Diretrizes para um Congresso sobre a sexualidade feminina

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Se ele se combina (também ele) com o mau objeto e com o bom, então é necessária uma teoria da função de equivalência do falo no advento de qualquer objeto do desejo, para a qual não poderia bastar a menção menção de seu caráter "parcial . 4 Seja como for, reencontra-se a questão estrutural introduzida pela abordagem de Freud, isto é, a de que a relação de privação ou de falta-a-ser simbolizada pelo falo se estabelece, como uma derivação, com base na faltaater gerada por qualquer frustração particul particular ar ou globa globall da demanda demanda  e de que é a partir partir desse substituto, que afinal o clitóris instaura antes de sucumbir na competição, que o campo do desejo precipita seus novos objetos (antes de mais nada o filho por chegar), pela recuperação da metáfora sexual com que já estavam comprometidas todas as outras necessidades. Esta observação aponta para o limite das questões relativas ao desenvolvimento, exigindo que se as subordine a uma sin cronia fundamental.

VII Desconhecimentos e preconceitos Quanto a esse mesmo ponto, convém indagar se a mediação fálica drena tudo o que pode se manifestar de pulsional na mulher, notadamente toda a corrente do instinto mateo. Por que não dizer aqui que o fato de que tudo o que é analisável é sexual não implica que tudo o que é sexual seja acessível à análise? 1 No que tange ao suposto desconhecimento da vagina, se, de um lado, é difícil conseguirmos não atribuir ao recalque sua persistência freqüente paraalém do plausível, a verdade é que, afora algumas observações (Josine Müller) que declinaremos, em razão mesma dos traumas em que elas se atestam, os

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Escritos Escritos [Écrit [Écrits s - ]acques ]acques Lacan

Tal qualificação, com efeito, não pode ser tomada como simplesmente homônima de uma passividade, ela mesma já metafórica, e sua função idealizadora, inversa a sua noa regres siva, evidencia-se por se maner indiscuida, ao contrário da acumulação, que alvez seja forçada na gênese analítica modea, dos efeitos casradores e devoradores, desariculadores e sidera dores da aividade feminina. Será que podemos nos fiar no que a perversão masoquista deve à invenção masculina, para concluir que o masoquismo da mulher é uma fantasia do desejo do homem? 3 Como quer que seja, é preciso denunciar a debilidade irresponsável que pretende deduzir as fanasias de invasão das fronteiras corporais de uma constane orgânica, cujo proóipo seria o rompimento da membrana ovular. nalogia grosseira, que mostra bastante bem a que disância se esá do modo de pensar característico característico de Freud nesse campo, quando q uando ele esclarec esclarecee o tabu da virgindade. 4 Pois aqui confinamos com o campo pelo qual o agnsmo se disingue dos sinomas neuróticos, mesmo quando eles coe xistem, e que explica que ele ceda ao processo sugesivo, cujo sucesso é noório no paro sem dor. Se a análise, com efeito, está engolindo seu vômio, ao olerar que em sua esfera se confundam angústia e medo, alvez esa seja uma oportunidade de disinguir entre inconsciene e precon ceito, quano aos efeios do significante. E de reconhecer, ao mesmo tempo, que o analisa está ão exposto quanto qualquer ouro a um preconceito relativo ao sexo, a despeito do que lhe revela o inconsciente. Esaremos nós lembrados da recomendação, que Freud repete com freqüência, de não reduzirmos o suplemento do feminino para o masculino ao complemeno do passivo para o aivo?

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Diretrizes para um Congresso sobre a sexualidade feminina- 960

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- e, por outro, do fracasso fracasso corriqueiro dos préstimos do parceiro mais desejado. Somente a análise a mobiliza, às vezes acidentamente, mas sempre numa transferência que não pode ser contida na dialética infantiizante da frustração ou da privação, mas que é tal que põe em ogo a castração simbólica. O que justifica aqui uma evocação de um princípio. 2. Prncípio simples de formular, de que a castração não pode ser deduzida apenas do desenvolvimento, uma vez que pressupõe a subjetividade do Outro como ugar de sua lei. A aterdade do sexo descaracterzase por essa alienação O homem serve aqui de conectr para que a mulher se toe esse Outro para ea mesma, como o é para ee. É nisso que um desvelamento do Outro impicado na trans ferência pode modificar uma defesa simboicamente comandada. Queremos dizer que a defesa concebese aqui, primeiramente, na dimensão de mascarada que a presença do Outro libera no papel seual. Se toarmos a partir desse efeito de véu, para com ee relacionar a posição do obeto, suspeitaremos de como pode esvaziarse a monsuosa conceituação pela qual o ativo anaítico foi interrogado mais acima. Tavez ea simplesmente queira dizer que tudo pode ser imputado à mulher, já que, na diaética faocêntrica, ela representa o Outro absouto. Portanto, convém votarmos à invea do pênis (Penisneid) para observar que, em dois momentos diferentes e com uma certeza iguamente liberada em cada um da embrança do outro, Jones faz dela uma perversão e, depois, uma fobia. As duas apreciações são iguamente falsas e pergosas. Uma marca o apagamento da função da estrtura frente à do desen volvimento, para o qual cada vez mais tem desizado a anáise,

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Escritos Escritos [Écrits [Écrits - ]acques ]acques Lacan Lacan

Talvez esse também seja o termo em que se dsspará a lusão do spliting a que a análse se envscou, ao fazer do bom e do mau atributos do objeto. Se a posção do sexo dfere quanto ao objeto, é por toda a dstânca que separa a forma fetchsta da forma erotomaníaca do amor. Devemos encontrar seus destaques na mas comum das vvêncas. 3. Quando se parte do homem para avalar a posção recíproca dos sexos vêse que as mulheresfalo mulheresfalo cuja equação fo formulada formulada pelo sr. Fenche de manera mertória anda que tateante, prolferam numa Venusberg a ser stuada paraalém do "Você é mnha mnha mulher peo qua ee consttu consttu sua parce parcera ra  no que que se confrma que o que ressurge no nconscente do sujeto é o desejo do Outro ou seja, o fao desejado pea Mãe A partr daí abrese a questão de saber se o pêns real por pertencer a seu parcero sexual, destna a mulher a um apego sem dupcdade excetuando a redução do desejo ncestuoso cujo processo seria aqu natural. Examnaremos o problema às avessas consderando-o reso vdo. 4 De fato por que não admtr que se não há vrdade que a castração não consagre, é um amante castrado ou um homem morto (ou os dos em um) que para a mulher, ocultase por trás do véu para para a nvoca nvocarr sua adoraç adoração ão  ou seja, seja, no mesmo mesmo lugar paraalém do semehante mateo de onde lhe veo a ameaça de uma castração que realmente não he dz respeto? Por consegunte, é a esse íncubo deal que uma receptvdade de abraço tem que se reportar como uma sensbldade de cnta em too do pêns. É a sso que cra obstáculo quaquer dentfcação magnára

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Diretrizes para um Congresso sobre a sexualidade feminina- 1960

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5 A figura de Cisto, nesse aspeco evocadora de ouras mais

antigas, mosra aqui uma instância mais exensa do que implica a fideidade religiosa do sujeio. E não é inútil observar que a revelação do significante mais ocuo, que era o dos Mistérios, ficava às muheres reservada. Num nível mais eaa-erra, damos cona, assim: (a) de que a dupicidade do sujeito é encobera na mulher, tano mais que a servidão do cônjuge o toa especiamene apto a represenar a vítima da castração; () do verdadeiro moivo peo qual a exigência de fideidade do Outro assume na mulher seu caráer particular () do fao de ela justificar mais facimente essa exigência pela suposta aegação de sua própria fideidade. 6. Este esboço do problema da figidez é raçado em emos nos quais as insâncias clássicas da análise se reinstaarão sem dificudade. Ele preende, em suas linhas gerais, ajuda a evita o escolho em que os rabahos analíicos se descaracterizam cada vez mais, ou seja, sua semehança com a remontagem de uma bicicea por um selvagem que nunca ivesse visto uma, por meio de peças retiradas de modeos historicamene ão distantes que nem sequer compotam seus homólogos, com isso não esando excuída sua dupla uilização. Que pelo menos alguma eegância renove o aspeco cômico dos roféus assim obidos

IX  homossexualidade feminina e o amor ideal O esudo do quadro da perversão na mulher abre um outro viés Tendose levado muio longe a demonsração, quanto à maio ria das perversões mascuinas, de que seu motivo imaginário é o desejo de preserva um fao que é aquele que interessou ao

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  [É [É  - ]q ]q L L

periência excepcional com a homossexuaidade na mulher e considera as coisas num meio-termo que tavez tivesse feito melhor em sustentar Ele faz bifurcarse o desejo do sujeito na escolha que a ele se imporia entre seu objeto incestuoso, no caso, o pai, e seu próprio sexo. O esclarecimento daí resultante seria maior se não passasse sem transição para o apoio por demais cômodo na identificação. Uma observação mais bem instrumentada destacaria, parece, que mais se trata de uma substituição do objeto: dir-seia de um desao aceito3• O caso prínceps de Freud, inesgotável como de costume, permite apreender que esse desao parte de uma exigência amorosa escecida no real, e chega a nada menos do que se vangloriar do amor cortês. Se, mais do que outro, tal amor se gaba de ser o que dá aquio que não tem, é exatamente isso que a homossexua se esmera em fazer no tocante àquio que lhe fata. Não é propriamente o objeto incestuoso que ela escohe às custas de seu sexo; o que ea não aceita é que esse objeto só assuma seu sexo às custas da castração. Isso não quer dizer que ea renuncie, no entanto, ao seu: muito pelo contrário, em todas as formas, mesmo inconscientes, da homossexuaidade feminina, é sobre a feminiidade que recai o interesse supremo, e, nesse ponto, Jones detectou muito bem a igação da fantasia do homem, testemunha invisível, com o cuidado que o sujeito tem com o gozo de sua parceira. 2 Resta tirarmos uma ição da naturalidade com que tais

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Diretrizes para um Congresso sobre a sexualidade feminina- 190

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peo signo mascuino? Se ainda por cima aguma configuração química a corroborasse, acaso seria possível não vermos nisso a exaltante conjugação da dissimetria das moécuas, empregada pea construção viva, com a falta preparada no sueito pela inguagem, para que nisso se exercitem como rvais os partidários do desejo e os recorrentes do sexo (sendo aqui sempre idêntica a parcialidade desse termo)?

X  sexualide feminina e a sociedade Restam algumas questões a propor sobre as incidências sociais da sexuaidade feminina. 1. Por que é deficiente o mito anaítico no que concee à proibição do incesto entre o pai e a filha? 2. Como situar os efeitos sociais da homossexuaidade femi nina em reação aos que Freud atribui, com base em pressupostos muito distantes da aegoria a que desde então se reduziram, à homossexuaidade mascuina, quais sejam, uma espécie de en tropia que se exerce rumo à degradação comunitária? Sem chegar a contrastar com ee os efeitos anti-sociais que vaeram ao catarsmo, bem como ao Amor que ee inspirava, seu desaparecimento, não poderíamos nós, ao considerar no movimento mais acessíve das Preciosas o eros da homossexua idade feminina, apreender o que ee veicua de informação como

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