184727621 Johnson Earle La Evolucion de Las Sociedades Humanas 2003

March 20, 2017 | Author: Mariposa Lunar | Category: N/A
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Allen W. Johnson y Timothy Earle

LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES DESDE

LOS

GRUPOS AL

CAZADORES-RECOLECTORES

ESTADO

AGRARIO

Ariel

Diseño de la cubierta: Joana Gironella a

1. edición: junio 2003 Título original: The Evolution of Human Societies Traducción de: JORDI HERNÁNDEZ © 2000 by t h e B o a r d of Trustees of t h e Leland Stanford J u n i o r University. All r i g h t s reserved. T r a n s l a t e d a n d p u b l i s h e d b y a r r a n g e m e n t w i t h Stanford University Press Traducido y publicado

con permiso

de

Stanford

University

Derechos exclusivos de edición en español reservados p a r a t o d o e l m u n d o y p r o p i e d a d de la t r a d u c c i ó n : © 2003: Editorial Ariel, S. A. Diagonal, 662-664 - 08034 B a r c e l o n a ISBN: 84-344-6695-3 Depósito legal: 21.533 - 2003 Impreso en España Ninguna parte de esta publicación, incluido el diseño de la cubierta, puede ser reproducida, almacenada o transmitida en manera alguna ni por ningún medio, ya sea eléctrico, químico, mecánico, óptico, de grabación o de fotocopia, sin permiso previo del editor.

Press

SUMARIO

Prefacio a la segunda edición CAPÍTULO 1.

Introducción

CAPÍTULO 2.

El nivel familiar

CAPÍTULO 3.

Los c a z a d o r e s - r e c o l e c t o r e s de nivel familiar

CAPÍTULO 4.

Familias c o n d o m e s t i c a c i ó n

CAPÍTULO 5.

El g r u p o local

CAPÍTULO 6.

La familia y el p o b l a d o

CAPÍTULO 7.

El p o b l a d o y el c l a n

CAPÍTULO 8.

El g r u p o corporativo y la colectividad d e l gran h o m b r e

CAPÍTULO 9.

La e n t i d a d política regional

CAPÍTULO 1 0 .

El c a c i c a z g o s i m p l e

CAPÍTULO 11.

El c a c i c a z g o c o m p l e j o

CAPÍTULO 1 2 .

El e s t a d o arcaico

CAPÍTULO 1 3 .

La e c o n o m í a c a m p e s i n a en el e s t a d o agrario

CAPÍTULO 1 4 .

La e v o l u c i ó n de la s o c i e d a d global

PREFACIO A LA S E G U N D A E D I C I Ó N

En la p r i m e r a edición de este trabajo i n t e n t a m o s sintetizar la actual c o m p r e n s i ó n de los procesos m e d i a n t e los cuales las sociedades crecieron (o no lo hicieron) en escala y en complejidad bajo un amplio espectro de circunstancias ambientales. Nuestra experiencia c o m ú n de dar cursos de antropología e c o n ó m i c a y de ecología cultural nos hizo patente las ventajas de c o m b i n a r las perspectivas de la etnología y de la arqueología p a r a llegar a u n a teoría que integre a m b o s c a m p o s . A fin de conseguirlo, h e m o s organizado de m a n e r a instintiva los materiales de los casos que estudiam o s en n u e s t r o curso, desde los cazadores-recolectores móviles de escala p e q u e ñ a a los estados agrarios, tal y c o m o h a c e n m u c h o s de n u e s t r o s colegas. Decidimos explicitar la teoría evolucionista implícita en esta ordenación de lo simple a lo complejo, y así nació este trabajo. Para esta segunda edición, nos h e m o s aprovechado de m á s de u n a déc a d a de e n s e ñ a n z a con respecto a la p r i m e r a edición. Con sus p r e g u n t a s atrevidas y su perspicacia, sacadas de su p r o p i o aprendizaje y experiencia, n u e s t r o s e s t u d i a n t e s n o s h a n b r i n d a d o m u c h a s claves p a r a m e j o r a r e l original; p o r este motivo, t e n e m o s con ellos u n a profunda d e u d a de gratit u d . C o m o r e s u l t a d o de sus c o m e n t a r i o s y de m u c h o s de n u e s t r o s colegas, h e m o s reescrito c o m p l e t a m e n t e los capítulos teóricos p a r a fortalecer y mejorar la fluidez y claridad del a r g u m e n t o . También h e m o s revisado todos los casos y, consultándolo con expertos c u a n d o ha sido posible, h e m o s corregido los errores y actualizado los datos, a m e n u d o , d i l u c i d a n d o las formas en que los procesos básicos de la evolución social c o n t i n ú a n func i o n a n d o h a s t a el presente. También h e m o s a ñ a d i d o un nuevo capítulo final, que u n e n u e s t r o discurso evolutivo con un repaso a c ó m o y p o r q u é las sociedades tradicionales, c o m o las estudiadas aquí, se t r a n s f o r m a r o n en n u e s t r o m u n d o de hoy. En el prefacio de la p r i m e r a edición, señalamos cierto alejamiento de la a n t r o p o l o g í a de e n t o n c e s respecto al evolucionismo social. Hoy la sit u a c i ó n es diferente. Se ha p u b l i c a d o un b u e n n ú m e r o de trabajos excelentes acerca de la guerra, el liderazgo, la intensificación, la confianza y la cooperación, y de m u c h o s otros a s u n t o s desde perspectivas que o bien son francamente evolucionistas o, c o m o m í n i m o , p u e d e n ser útiles a los evolucionistas. Además de este clima general de debate teórico, nos h e m o s beneficiado de c o m e n t a r i o s específicos y cuidadosos que sobre secciones o sobre el conjunto de este trabajo h a n realizado J e a n n e Arnold, R o b e r t

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

Bettinger, Ben Campbell, Napoleon Chagnon, Myron Cohen, S a m Coleman, Terence d'Altroy, N o r m a D i a m o n d , R a d a D y s o n - H u d s o n , Paul E h r l i c h , Walter Goldschmidt, Daniel Gross, Raymond Hames, William Irons, Patrick Kirch, Richard Lee, Sibel Kusimba, Cherry Lowman, Mervin Meggitt, Mark Moberg, Philip N e w m a n , John Olmsted, Wendell Oswalt, Melanie Renfrew, Tawnya Sesi, Nazif S h a h r a n i , Mariko Tamanoi, David H u r s t T h o m a s , J a n Weinpahl, Lynn White, Jr., Johannes Wilbert y Yun-xiang Yan. Amalie Orme dibujó las figuras de los p a t r o n e s de asentamiento, que reflejan su aportación creativa. Los ilustres colegas Roy R a p p a p o r t y Annette Weiner, cuyos trabajos h a n influido en el nuestro, h a n fallecido. L a m e n t a m o s su óbito y a ñ o r a m o s sus amables consejos. Al p r e p a r a r esta revisión, redescubrimos el estímulo y las reflexiones que se derivan de la colaboración entre subdisciplinas. Los arqueólogos y los etnólogos, a pesar de q u e trabajan con materiales empíricos t a n distintos, c o m p a r t e n m u c h a s áreas de interés c u a n d o se t r a t a de la evolución de las sociedades h u m a n a s , y cada disciplina tiene m u c h o que g a n a r de u n a rigurosa c o m p r e n s i ó n de la otra.

CAPÍTULO 1 INTRODUCCIÓN

N u e s t r o p r o p ó s i t o en este libro es el de describir y explicar la evolución de las sociedades h u m a n a s . Algunas sociedades son flexibles y de escala p e q u e ñ a ; o t r a s son g r a n d e s y a l t a m e n t e e s t r u c t u r a d a s , y a ú n otras se e n c u e n t r a n e n t r e estos dos e x t r e m o s . U n a cuestión central en a n t r o pología es la de c ó m o e n t e n d e r la variabilidad en las sociedades h u m a n a s a través del espacio y el t i e m p o . A u n q u e ¿se p u e d e n explicar los procesos históricos de la evolución social h u m a n a ? En cierto sentido, c a d a sociedad es ú n i c a , p r o d u c t o de su p r o p i a historia en un m e d i o distinto, con sus p r o p i a s tecnologías, e c o n o m í a s y valores culturales característicos. Sin e m b a r g o , este relativismo cultural —el esfuerzo de la a n t r o p o logía p o r r e c o n o c e r y r e s p e t a r la integridad cultural— d e b e coexistir en u n a tensión d i n á m i c a c o n el esfuerzo p o r identificar y explicar los m o delos interculturales en el desarrollo y f u n c i o n a m i e n t o de las sociedades humanas. H a c e m o s hincapié en las causas, m e c a n i s m o s y m o d e l o s de la evolución social, que, a p e s a r de que t o m a n u m e r o s a s vías divergentes, u n a teoría c o h e r e n t e es capaz de explicar. Como profesores de e c o n o m í a intercultural y c o m o antropólogos de c a m p o — u n o de los a u t o r e s es etnógrafo, el otro arqueólogo—, h e m o s b u s c a d o un m a r c o teórico que ayude a explicar t a n t o las secuencias culturales prehistóricas de larga duración, de las q u e d i s p o n e m o s en la actualidad, c o m o la diversidad de las sociedades del presente. Los khoisan, cazadores-recolectores de África del Sur, p r o d u c e n alim e n t o a b u n d a n t e con sólo u n a s pocas horas de trabajo por día: ¿son quizá «la p r i m e r a sociedad de la a b u n d a n c i a » ? Los y a n o m a m o de S u d a m é r i c a l u c h a n u n o s c o n t r a los otros con u n a particular ferocidad: ¿se trata de la expresión no refrenada de la agresividad h u m a n a innata? Dentro del llamativo potlach n o r t e a m e r i c a n o y el anillo kula melanesio, los «hombres de renombre» c o m p i t e n p ú b l i c a m e n t e p a r a g a n a r prestigio a costa de otros: ¿es esto u n a primitiva manifestación del apetito h u m a n o por la fama? Estas p r e g u n t a s de tipo c o m p a r a t i v o son de interés t a n t o p a r a el a n t r o p ó l o g o c o m o p a r a el economista, el geógrafo, el historiador, el politólogo y el sociólogo. P a r a todos ellos son cuestiones fundamentales sobre la naturaleza h u m a n a —el p a t r i m o n i o c o m ú n de la h u m a n i d a d c o m o especie— y su ex-

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

presión en distintos ambientes, mediatizados p o r tradiciones culturales diversas. En este libro p r o p o r c i o n a m o s un enfoque teórico sistemático p a r a responder a estas y similares cuestiones en un amplio e intercultural m a r c o de referencia. Nuestra teoría presta especial atención a las causas y consecuencias del crecimiento de la población. A pesar de que veremos que se ha refutado con vehemencia su papel preciso, es innegable que el crecimiento de la población se halla en el centro del proceso de la evolución sociocultural debido a sus claras consecuencias en c ó m o la gente satisface sus necesidades básicas. En cualquier m e d i o , el crecimiento de la población suscita p r o b l e m a s tecnológicos, de organización social de la p r o d u c c i ó n y de regulación política que deben ser resueltos. M o s t r a r e m o s c ó m o las soluciones a estos p r o b l e m a s c a u s a n los c a m b i o s que c o n o c e m o s c o m o evolución sociocultural.

Teorizando la e v o l u c i ó n sociocultural Que la evolución sociocultural se haya producido —o n o — ha dejado de ser un p r o b l e m a a dilucidar. El trabajo arqueológico p r o c e d e n t e de todos los continentes d o c u m e n t a c a m b i o s desde t e m p r a n a s sociedades a peq u e ñ a escala hacia otras complejas m á s tardías. A pesar de que no existe u n a necesidad intrínseca p a r a q u e t o d a sociedad evolucione en esta dirección, describiremos a q u í los tres procesos evolutivos entrelazados de la intensificación de la subsistencia, la integración política, y la estratificación social que h a n sido observados u n a y otra vez en casos históricam e n t e independientes. Los cazadores-recolectores diversifican y a d o p t a n la agricultura, se forman a s e n t a m i e n t o s y se integran en entidades políticas regionales, los jefes consiguen d o m i n a r y t r a n s f o r m a r las relaciones sociales. ¿De qué m a n e r a aparece este modelo regular y a m p l i a m e n t e extendido?

E L PROGRESO

A largo de los a ñ o s , a través de u n a serie de d e b a t e s q u e al día de hoy todavía continúan, se h a n p r o p u e s t o n u m e r o s a s respuestas, cada u n a de las cuales ha suscitado nuevos interrogantes. En el siglo XIX los evolucionistas sociales tendieron hacia la visión optimista de que las sociedades h u m a n a s estaban evolucionando desde u n a condición inferior h a s t a u n a superior. El e s q u e m a de los estadios de Morgan (1877), desde el estadio salvaje al b á r b a r o y de éste a la civilización, describía mejoras en todos los aspectos de la vida, desde los tecnológicos a la moralidad. Maine (1870) vio c ó m o un nuevo derecho público («Contrato») liberaba el individuo de la tiranía del parentesco y el r a n g o («Prestigio»). Incluso Engels (1972 [1884]), quien j u n t o con Marx se centró en la explotación y el sufrim i e n t o de la clase obrera, creyó que la historia estaba conducida p o r un

INTRODUCCIÓN

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irreprimible florecimiento del d o m i n i o h u m a n o sobre la naturaleza, impulsado p o r mejoras en la ciencia y la tecnología. El p r o b l e m a que estas teorías sociales planteaban a los antropólogos era la a c e p t a c i ó n implícita de un c o n c e p t o de p r o g r e s o ligado a la cultura: que la historia es u n a secuencia de cambios que de m a n e r a inevitable hacia el estilo de vida y los valores de las élites intelectuales de E u r o p a y Euroamérica. Esta idea profundamente etnocéntrica —y casi equivalente a u n a fe religiosa— tuvo dos c o m p o n e n t e s que fueron atacados separadam e n t e en dos periodos m u y diferentes de la historia del p e n s a m i e n t o evolucionista. El p r i m e r o era la asunción racista de que el progreso en ciencia, tecnología, ley —en definitiva, todo el conocimiento y la moralidad— estaba intrínsecamente ligado a la raza: las razas inferiores no p o d í a n aspirar a los m á s altos niveles de logros, a causa de su incapacidad p a r a ello. El segundo c o m p o n e n t e era la naturaleza del propio progreso, la cuestión de quién —si es q u e alguien lo hace— se beneficia de los c a m b i o s que llam a m o s evolución sociocultural.

EL RELATIVISMO

Volviendo al p r i m e r c o m p o n e n t e , el vínculo e n t r e r a z a y p r o g r e s o fue objeto de la d e v a s t a d o r a crítica de B o a s (1949 [1920]), q u i e n hizo de la s e p a r a c i ó n de r a z a y c u l t u r a eje de su i n t e r p r e t a c i ó n de la a n t r o pología n o r t e a m e r i c a n a : los individuos, decía, t o m a n las c a r a c t e r í s t i c a s c u l t u r a l e s de las c o m u n i d a d e s en las q u e crecen, s e a n cuales s e a n sus a n t e c e d e n t e s raciales. C o m p r o m e t i d o con u n p r o f u n d o relativismo cultural, B o a s y sus discípulos m á s famosos, R o b e r t Lowie, Alfred Kroeber, R u t h Benedict y M a r g a r e t Mead, r e c h a z a r o n el e v o l u c i o n i s m o cultural. Cada c u l t u r a es ú n i c a y d e b e ser v a l o r a d a del m i s m o m o d o ; si c a m b i a , lo h a c e t a m b i é n de m a n e r a única, y no se p u e d e p e r c i b i r n i n g u n a trayectoria general a s c e n d e n t e . El a t a q u e b o a s i a n o fue m u y c o n v i n c e n t e , en p a r t e d e b i d o a q u e e s t a b a r e l a c i o n a d o c o n criterios n u e v o s y mejores de la investigación etnográfica de c a m p o y de r e c o g i d a de d a t o s . C o m o r e s u l t a d o , en la p r i m e r a g e n e r a c i ó n de la a n t r o p o l o g í a a m e r i c a n a , las ideas de p r o g r e s o y evolución sociocultural fueron h u n d i d a s de m a n e r a efectiva. Sin e m b a r g o , y al igual que m u c h a s de las «soluciones» a p r o b l e m a s teóricos difíciles, el a t a q u e b o a s i a n o fue d e m a s i a d o lejos: a u n q u e eliminó correctamente la raza de la ecuación, negó de m a n e r a inapropiada la existencia de c u a l q u i e r clase de evolución social. El escepticismo h a c i a la parcialidad y los datos decimonónicos desencadenó un a t a q u e a la búsqueda de modelos p a r a la vida social h u m a n a en general, y u n a sospecha que invadía p a r a todas las explicaciones de tales modelos. Al igual que los boasianos particularistas, m u c h o s antropólogos simplemente no encuent r a n n i n g u n a explicación interesante o atractiva; a u n q u e esto no es aceptable p a r a aquellos que quieren explicar modelos de similitudes y de diferencias entre sociedades (Carneiro 1982: 418).

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

LA EVOLUCIÓN UNILINEAL

El cambio sistémico hacia la complejidad era evidente en el registro arqueológico y no podía ser simplemente negado o d e s d e ñ a d o . En el seg u n d o cuarto del siglo xx u n a nueva generación influyente buscó rehabilitar la idea de progreso, pero sin su carga racista, en el lenguaje científico de la «evolución unilineal» (White 1959; cf. Childe 1936, 1942, 1951). En esta teoría, la evolución cultural es p o t e n c i a l m e n t e p r o p i e d a d de todas las c o m u n i d a d e s h u m a n a s , el crecimiento acumulativo en el dominio de la naturaleza a través de la cultura (conocimiento tecnológico). Para Leslie White, el f u n d a m e n t o científico de su teoría reside en la relación entre evolución cultural y captación de energía: m i e n t r a s que las economías de p e q u e ñ a escala de cazadores-recolectores estaban b a s a d a s en la recolección de la energía p r o p o r c i o n a d a p o r la naturaleza (en forma de caza, raíces, semillas, etc.), los agricultores, m á s avanzados, tuvieron éxito al aprovechar la energía a través de la domesticación de plantas y animales. El gran curso de la historia h u m a n a residió en la utilización de crecientes cantidades de energía: desde cosechas a tracción animal, hasta máquinas de vapor, y desde el m o t o r de combustión interna hasta un progreso futuro, presumiblemente sin fin. White (1959) intentó trazar u n a base científica p a r a sus a r g u m e n t o s en fórmulas c o m o las siguientes: ExT-->P

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donde, E es energía, T es tecnología y P es la p r o d u c c i ó n resultante. White y Childe t e n í a n obviamente razón en m u c h o s aspectos. La arqueología, p o r ejemplo, p u e d e d o c u m e n t a r centenares de miles de años de d o m i n i o tecnológico creciente en la m a n u f a c t u r a de i n s t r u m e n t o s de piedra, cerámicas, metales y semejantes. Etnógrafos c o n t e m p o r á n e o s pueden d o c u m e n t a r c o m u n i d a d e s en niveles m u c h o m á s grandes de complejidad tecnológica y social que controlan efectivamente m a y o r e s —a veces vast a m e n t e m a y o r e s — c a n t i d a d e s de energía (Harris y J o h n s o n 2000: 69). A pesar de todo, los p r o b l e m a s suscitados p o r la teoría de la evolución unilineal eran i m p o r t a n t e s , a u n q u e un t a n t o sutiles. Dos p u n t o s en particular requieren u n a revisión fundamental. El p r i m e r o era el alto grado de abstracción de la teoría. La a b s t r a c c i ó n no es en sí m i s m a u n a falta, las teorías científicas m á s consistentes son a d m i r a d a s p o r su abstracción, pero la teoría de White, que reduce la evolución sociocultural a cálculos de captación de energía estaba d e m a s i a d o a p a r t a d a de los datos empíricos. Volvía de nuevo sobre tipologías antiguas —tales c o m o la E d a d de Piedra, la E d a d del Bronce y la E d a d del Hierro—, que funcionaron p a r a describir tradiciones en la producción de útiles, pero q u e no explicaron la extraordinaria diversidad de las sociedades dentro de cada edad: p o r ejemplo, que algunas c o m u n i d a d e s neolíticas e r a n m a y o r e s y m á s complejas q u e o t r a s c o m u n i d a d e s d e l a e d a d del b r o n c e . E n o c a s i o n e s , W h i t e (1959: 241) t a m b i é n fue culpable de p a s a r p o r alto la i m p o r t a n c i a m u c h o m a y o r de algunas actividades sociales que no p u d o conectar directamente

INTRODUCCIÓN

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con la captación de energía, c o m o c u a n d o desechó los t r e m e n d o s alardes públicos de riqueza p a r a el p r o p i o e n g r a n d e c i m i e n t o , detectados en las «economías de prestigio» (véase capítulo 7), que trató de «juegos sociales» irrelevantes p a r a el proceso económico.

LA EVOLUCIÓN MULTILINEAL

Una solución p a r a la excesiva abstracción de White, crítica a d e m á s para el posterior desarrollo del evolucionismo social, fue la teoría de Steward (1955) de la «evolución multilineal». Steward no negó abiertamente el valor teórico del esquema general de la evolución social desde la pequeña escala a la complejidad. De hecho, su trabajo empírico sobre las culturas nativas s u d a m e r i c a n a s h a c í a u n u s o extensivo d e l a tipología u n i l i n e a l : cazadores-recolectores n ó m a d a s , agricultores sedentarios, jefaturas teocráticas y militaristas, civilizaciones (Steward y Faron 1959: 13). A pesar de ello, c o m o estudiante de Kroeber, Steward buscó r e s t a u r a r los cimientos boasianos de su teoría en los detalles propios de aquellas culturas: ¿cómo gente real, en sus propias comunidades, obtiene energía, es decir, la gama completa de los p r o d u c t o s necesarios? Además, ¿cómo organizan su trabajo, su propiedad, sus interacciones con otros individuos y grupos sociales, su conocimiento, actitudes y creencias, a fin de satisfacer sus necesidades? Si, como suele decirse, toda política es local, para Steward, entonces, toda evolución es local, ya que es la gente, al resolver activamente los prob l e m a s de la vida c o t i d i a n a , al c a m b i a r su c o m p o r t a m i e n t o o r e h u s a r cambiarlo, la que constituye el proceso de la evolución social. A este proceso local lo d e n o m i n ó «adaptación», y fue a través de la adaptación que Steward forjó u n a conexión hacia un vasto corpus de teoría y conocimiento en antropología económica que se ha desarrollado hasta la fecha en u n a vía paralela y, desde h a c e m u c h o tiempo, independiente. E x p l o r a r e m o s este vínculo crucial m á s abajo en la discusión sobre la motivación económica. Al m i s m o t i e m p o que Steward escribía, B a r t h (1956) m o s t r ó que la a d a p t a c i ó n a las c o n d i c i o n e s locales t a m b i é n d e b e i m p l i c a r u n a s m á s a m p l i a s relaciones regionales e interregionales de c o m p e t e n c i a e intercambio. En la región de Swat, al n o r t e de Pakistán, tres grupos étnicos diferentes coexistían con historias y economías separadas, explotando zonas diferentes e intercambiando productos especializados unos con otros: agricultores de regadío viviendo en áreas d e n s a m e n t e h a b i t a d a s , g a n a d e r o s dispersos y agricultores-ganaderos. Los grupos sociales de alta densidad, con u n a e c o n o m í a m á s intensiva, excluyeron a los d e m á s de las tierras del valle principal, m i e n t r a s que los ganaderos p e r m a n e c i e r o n solamente en las tierras altas, d o n d e la agricultura era impracticable. E n t o n c e s los ganaderos p o d í a n i n t e r c a m b i a r sus reses p o r los cereales de los agricultores. Cada sociedad tuvo q u e a d a p t a r s e no sólo a la geografía local, sino t a m b i é n a las realidades políticas y económicas de las sociedades vecinas. El concepto de evolución multilineal ofrece u n a flexibilidad teórica m a y o r que la que proporciona la evolución unilineal. La idea de que la evo-

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lución social p u e d e seguir cursos diferentes, en función de la historia y la ecología propias, implica la posibilidad de que c o m u n i d a d e s particulares, que h a n alcanzado u n a solución viable a los problemas que plantean la población y el medio, no necesitan evolucionar de n i n g u n a m a n e r a si las condiciones no c a m b i a n significativamente. N i n g u n a tendencia intrínseca a perfeccionarse dirige la tecnología hacia un i n c r e m e n t o constante de los niveles de eficiencia energética. Los cazadores-recolectores p u e d e n perm a n e c e r c o m o tales indefinidamente, y horticultores y pastores, pese haber producido energía, p u e d e n p e r m a n e c e r igualitarios y a p e q u e ñ a escala. Los a n t r o p ó l o g o s que siguieron a Steward, en un p o s t e r i o r avance de la evolución unilineal, se a p a r t a r o n del reduccionismo tecnológico de uso de h e r r a m i e n t a s , energía o m o d o de p r o d u c c i ó n p a r a crear tipologías de niveles de complejidad sociocultural, desplazándose en c a m b i o hacia tipologías que se c e n t r a b a n en modelos amplios de organización social. Service (1962) p r o p u s o u n a tipología de b a n d a s , tribus, jerarquías y estados, y Fried (1967) le siguió con u n a tipología de tres estados c e n t r a d a en la organización política: sociedad igualitaria/sociedad de rango/sociedad estratificada. Tanto la terminología de Service c o m o la de Fried se emplean a m p l i a m e n t e en las discusiones actuales sobre evolución sociocultural y se ven reflejadas en nuestras propias elecciones. A la luz de la evolución multilineal, estas tipologías organizacionales reconocen que cada clase de solución adaptativa contiene sus propias posibilidades de evolución. La tipología c o m ú n de m a n u a l (basada en gran medida en Service), que incluso hoy empieza con c a m p a m e n t o s de cazadoresrecolectores o b a n d a s y prosigue a través pobladores horticultores hacia estados agrícolas (con pastores de alguna m a n e r a dependientes), se puede reemplazar por líneas evolutivas en las que aparecen cazadores-recolectores c u b r i e n d o t o d o el t r a m o desde los c a m p a m e n t o s a las jefaturas (Arnold 1996a), con distribuciones similares p a r a pueblos pastores y agricultores. La multilinealidad es de sobra evidente en los casos seleccionados para su análisis en este libro. A pesar de que nuestros casos de estudio se encuadran en las categorías familiares de cazadores-recolectores, ganaderos y agricultores, se entrecruzan con éstas las de nuestro esquema unilineal de la escala social: sociedad de nivel familiar, grupo local y agrupación regional. Por eso, desde u n a óptica multilineal, los cazadores-recolectores se pueden sit u a r en el nivel familiar (p. ej., los shoshón, caso 1), pero también en los grupos locales, incluidos los sistemas bastante complejos del gran h o m b r e , posiblemente j e r a r q u í a s (p. ej., la costa noroeste de Norteamérica, caso 9). Los agricultores se distribuyen en todo el rango de niveles de la complejidad social, desde el nivel familiar (p. ej., los machiguenga, caso 3) hasta las agrupaciones regionales (p. ej., Kali Loro, caso 19). Los g a n a d e r o s se p u e d e n hallar t a m b i é n en escalas sociales bastante diferentes. El p o r q u é un grupo de ganaderos es apenas diferente de cazadores-recolectores agrupados en familias (p. ej., los nganasan, caso 4), mientras otros viven en jefaturas insertas en estados agrarios (p. ej., los basseri, caso 14), sólo puede entenderse tras un análisis detenido de la geografía, historia, y medio social locales. En este m i s m o capítulo seguiremos insistiendo en nuestra tipología evolutiva.

INTRODUCCIÓN

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A pesar de que Service y Fried coincidían en u n a tipología similar, sus explicaciones contrastadas de la emergencia de un control político m a y o r y de la estratificación social en el curso de la evolución social evidencian u n a antigua r u p t u r a teórica. Fried, siguiendo a Marx y Engels, veía la aparición de la estratificación c o m o esencialmente política: era el resultado de individuos ambiciosos y codiciosos —algunas veces llamados «trepadores» ( H a y d e n 1955: 16-21)—, los cuales se a p r o v e c h a b a n de u n a p r o ducción a b u n d a n t e (véase la discusión sobre el excedente, capítulo 9) p a r a satisfacer su excesiva necesidad de dominación. En un m a r c o multilineal de referencia, el éxito de un «trepador» d e p e n d e r í a de las o p o r t u n i d a d e s locales p a r a hacerse con el control de la p r o d u c c i ó n excedentaria y dirigirla hacia su propio provecho. Service, p o r otra parte, a d o p t ó u n a perspectiva m á s ecológica. No entendía que los jefes p u d i e r a n d o m i n a r el proceso político, a no ser que prop o r c i o n a r a n un valor real a sus seguidores y súbditos. A los individuos incontrolablemente codiciosos y agresivos, después de todo, a m e n u d o se les m a t a en las sociedades igualitarias. Los líderes o r g a n i z a n p a r t i d a s guerreras y las defensas, construyen y m a n t i e n e n los sistemas de irrigación, a l m a c e n a n c o m i d a p a r a aliviar las h a m b r u n a s y organizan el comercio entre grupos. La población les permite u n a m a y o r participación en la riqueza c o m u n i t a r i a precisamente p o r q u e son necesarios p a r a el bienestar de los m i e m b r o s de la c o m u n i d a d . En esta versión del evolucionismo multilineal, el éxito de un jefe variaría según la propia necesidad de organización del trabajo y de control y desarrollo de los recursos. Este viejo debate, que esencialmente trata de si los líderes t o m a n el p o d e r de la c o m u n i d a d o les es concedido p o r ésta, continúa d a n d o vigor a teorías de la evolución de la complejidad (véase capítulo 9). Defenderemos a q u í que se t r a t a de dos aspectos del m i s m o proceso, artificialmente sep a r a d o s en los debates teóricos, pero inextricablemente u n i d o s en la práctica.

ANTIPROGRESO: POBLACIÓN Y RENDIMIENTOS DECRECIENTES

El s e g u n d o p u n t o flaco del evolucionismo del siglo XIX, después del r a c i s m o / e t n o c e n t r i s m o , fue la acrítica creencia en lo inevitable del p r o greso. En la p r i m e r a mitad del siglo xx, ni el evolucionismo unilineal ni el multilineal afrontaron c o m p l e t a m e n t e esta deficiencia. Despojada de sesgos racistas (e imperialistas), la noción de que la evolución sociocultural r e p r e s e n t a p r o g r e s o tiene u n a p o d e r o s a a t r a c c i ó n , c o m o d e s c r i p c i ó n y c o m o explicación. Muchos teóricos h a n considerado que el progreso tecnológico es la causa del crecimiento de población, y p o r lo t a n t o de u n a m a y o r c o m p l e j i d a d social y política. ¿Por q u é c r e c e n las p o b l a c i o n e s ? Porque las mejoras tecnológicas permitieron c o n t a r con nuevas fuentes de alimentos. ¿Por qué la vida sedentaria r e e m p l a z ó la recolección n ó m a d a ? Porque el cultivo es m á s seguro y m e n o s a r d u o q u e el constante ir y venir. ¿Por qué las h e r r a m i e n t a s de hierro r e e m p l a z a r o n a las de piedra? Porque

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el hierro es m á s maleable y p u e d e afilarse m á s y soportar un uso m á s rudo. ¿Por qué los cultivos de tala y q u e m a de arroz fueron reemplazados p o r campos? Porque el arrozal irrigado es m á s productivo. ¿Por qué pueblos políticamente a u t ó n o m o s se integraron en gobiernos regionales? Porque un gobierno central dispone de m á s medios que un p o b l a d o p a r a proporcionar servicios (seguridad, infraestructura, coordinación). P a r a m u c h o s observadores la asociación entre actividades económicas y la escala de la sociedad ha resultado obvia y r e c i e n t e m e n t e la h a n confirmado meticulosos estudios sobre c ó m o la gente p a s a su t i e m p o en distintas sociedades: El estudio de la distribución del tiempo confirma, de modo tranquilizador, aquello que pensábamos que ya sabíamos: las sociedades a más pequeña escala (identificadas mediante el tamaño de los asentamientos, la densidad de la población, el aislamiento de los centros urbanos y otros indicadores sociales y ecológicos) tiende a gastar el grueso de su tiempo de producción buscando plantas silvestres y animales. A medida que los asentamientos crecen y se hacen más complejos, esa búsqueda se ve complementada de manera creciente (y luego reemplazada) por la producción agrícola. Con posteriores incrementos en escala la producción agrícola tiende a combinarse con actividades comerciales como la venta de excedentes agrícolas y el trabajo asalariado. En sociedades industrializadas casi todo el tiempo de producción se invierte en actividades comerciales; incluso la producción de comida se convierte en una una especialización ocupacional por la que los trabajadores obtienen un salario (Sackett, 1996: 337). Incluso en nuestra época, m u c h o m á s escéptica respecto al progreso que h a c e m e d i o siglo, solemos o p i n a r que el c a m b i o tecnológico y social mejora la vida. Por supuesto, si los cambios no fueran p a r a mejor, ¿por qué iba a aceptarlos la gente? La teoría del progreso tecnológico tiene la virtud de p r o p o r c i o n a r u n a explicación directa y plausible p a r a el cambio económico: la h u m a n i d a d inventa nuevas técnicas, algunas de las cuales se consideran aceptables, y p o r lo t a n t o se copian, se c o m p a r t e n y p e r m a n e c e n hasta que invenciones todavía m á s deseables las desplazan. En esta lógica casi darwinista, la gente acepta los cambios de la m i s m a m a n e r a que hace las cosas, es decir, p o r q u e reconoce los beneficios de o b r a r así. Según la esperanzada sentencia de Childe (1936), «el h o m b r e se hace a sí mismo». Sin e m b a r g o , en contraposición al o p t i m i s m o de los teorizadores del progreso h a n sugerido u n a serie de concepciones m á s pesimistas. Incluso con anterioridad al siglo xix, Malthus (1798) h a b í a p r o p u e s t o que el crecimiento de población no lleva al progreso, sino a la escasez y a la miseria. Y al m e n o s un evolucionista decimonónico, Herbert Spencer (Carneiro, 1967), sostuvo que la evolución social no estaba conducida p o r el progreso sino p o r la guerra: con la n e c e s i d a d de u n a defensa o r g a n i z a d a de m a n e r a creciente contra los enemigos, la sociedad, de rebote, p o r así decirlo, se fue h a c i e n d o m á s compleja, y la vida de las p e r s o n a s no fue m e j o r a n d o c o m o resultado de ello. En estas concepciones de la historia, no era el pro-

INTRODUCCIÓN

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greso s i n o los c u a t r o jinetes del Apocalipsis —la Guerra, el H a m b r e , la Enfermedad y la Muerte— los que tenían el d o m i n i o . Después de Steward, los teóricos se t o r n a r o n cada vez m á s escépticos respecto a la idea de que la evolución sociocultural mejora el e s t á n d a r de vida de la población. Quizá fue m á s influyente el u s o que Boserup (1965) dio a la ley e c o n ó m i c a de los r e n d i m i e n t o s decrecientes, a r g u m e n t a n d o que m u c h a s de las llamadas mejoras económicas son de hecho m e n o s eficientes que las que las precedieron: se a d o p t a n p o r desesperación, p u e s t o que las poblaciones que crecen se ven forzadas a utilizar técnicas de p r o ducción cada vez m á s intensivas si no quieren m o r i r s e de h a m b r e . En las a v a n z a d a s e c o n o m í a s m o d e r n a s las largas j o r n a d a s laborales y un sentido creciente de «hambre de tiempo» alimentan d u d a s de la existencia real de un progreso (Linder, 1970; Scitovsky, 1976). En los setenta, la visión pesimista de la historia h u m a n a fue parte de un ecologismo creciente, u n a conciencia política a m p l i a m e n t e extendida de que los medios no son infinitamente productivos ni resistentes. El uso intensivo del medio conlleva un coste cuando se agotan recursos no renovables y se degradan los renovables. Las vividas imágenes de los informativos de los medios de comunicación de hectáreas de bosques perdidas, erosión del suelo y desertización lleva a casa el mensaje de que la intensificación puede destruir los recursos. Restaurar y sostener la productividad en paisajes d a ñ a d o s precisa de inversiones de trabajo y de gestión, y éstos son practicables solamente allá donde haya u n a voluntad política de pagar los costes. La «bomba de población» (Ehrlich 1968) fue vista como u n a a m e n a z a que le surgía a la condición h u m a n a y no como un indicador de progreso. La ecuación del juicio final. A fin de elucidar algunos p u n t o s teóricos relevantes, p o d e m o s r e p a s a r la peculiar historia de la fórmula m a t e m á t i c a que se conoció c o m o la ecuación del juicio final (Umpleby, 1987). Por la m i s m a época en que emergía en antropología la visión pesimista y antiprogresista, Foerster et al. (1960) publicaron u n a ecuación que representaba u n a mejor estimación de la curva del crecimiento de la población h u m a n a desde los tiempos de Cristo:

La ecuación describe u n a población que crece exponencialmente, que t e ó r i c a m e n t e alcanza el infinito el viernes 13 de noviembre de 2026; A pesar de e m p l a z a r c a p r i c h o s a m e n t e esta «interesante singularidad» (el día del juicio final) en un viernes trece, los autores t e n í a n un mensaje serio: el resultado de dos milenios de crecimiento de población h u m a n a contin u a m e n t e acelerado terminaría p r o n t o en un desastre, si las tendencias del p a s a d o c o n t i n ú a n t a n sólo u n a s pocas décadas m á s . La cuestión está en la unicidad del modelo h u m a n o de crecimiento de la población. La m a y o r p a r t e de los organismos biológicos son capaces

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de un crecimiento de población rápido c u a n d o los recursos son a b u n d a n tes, p e r o su c r e c i m i e n t o d e b e ir d i s m i n u y e n d o y f i n a l m e n t e d e t e n e r s e cuando se alcanza el límite ecológico, o la capacidad de sostén (Pearl, 1925). Este m o d e l o de crecimiento de la población, d o c u m e n t a d o en un sinfín de estudios de laboratorio y de campo, se ajusta a u n a curva de crecimiento logística de forma sigmoide, la llamada curva S (fig. l a ) . Por el contrario, el modelo de crecimiento exponencial, o curva J, descrita en la ecuación del juicio final, es la que sería esperada en el «paraíso»

FIG. 1. Dos tipos de crecimiento de la población: naturaleza versus cultura? a) «Curva S»: Crecimiento de la población de Drosophila en una botella de cerveza (Fuente: De Sapio, 1978:447); b) «Curva J»: Crecimiento de la población mundial a lo largo de la historia (Fuente: Population Reference Bureau 1995: 6)

INTRODUCCIÓN

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(Foerster et al., 1960: 1291), es decir, allá d o n d e los recursos son tan abundantes q u e los cuatro jinetes a p e n a s h a c e n su aparición. La ecuación del juicio final confirma aquello q u e m u c h o s h a n creído, q u e la p o b l a c i ó n h u m a n a creció l e n t a m e n t e en el p a s a d o remoto, pero que ha ido g a n a n d o fuerza desde entonces, y en época m o d e r n a está a u m e n t a n d o , según parece, sin límite (fig. 1b). Lo que Foerster et al. sostenían, en esencia, era q u e los h u m a n o s —a través de la «tecnología a l i m e n t a r i a y las ciencias industriales» (Schmeck, 1960: 10)— h a n c a m b i a d o las leyes de la n a t u r a leza. En vez de estar sujeto a los límites dispuestos p o r la c a p a c i d a d de acarreo, los h u m a n o s se hallan en u n a disputa con la n a t u r a l e z a que están g a n a n d o , en el sentido de que su población continúa i n c r e m e n t á n d o s e exponencialmente. La curva J del crecimiento de la población h u m a n a representa el triunfo de la cultura sobre la naturaleza. Lo q u e pareció c a p t a r la m a y o r a t e n c i ó n en aquel m o m e n t o fue la predicción de que en aquel día calamitoso, la población h u m a n a iría hacia un «infinito que llena el universo» (Time, 1960: 90). Desde luego, eso no p u e d e suceder, y, en efecto, un periodista c o n t e m p o r á n e o , esforzándose en la b ú s q u e d a de u n a m a n e r a metafórica de describir lo inconcebible, aseveró h u m o r í s t i c a m e n t e ¡que en aquel día del juicio la m a s a de los cuerpos h u m a n o s se expandiría desde la Tierra en t o d a s las direcciones a la velocidad de la luz! Los críticos de la época r e s p o n d i e r o n que la tasa de crecimiento de la población h u m a n a había estado reduciéndose y que la ecuación del Juicio Final no podía aplicarse m á s . Sin embargo, la revisión de la ecuación del Juicio Final en 1987 m o s t r ó que no sólo el crecimiento de la población no había disminuido, sino que de hecho iba por delante de la predicción (fig. 2). En efecto, si la tercera g u e r r a m u n d i a l h u b i e r a estallado en esta época, c o m o m u c h o s t e m í a n , los previstos c u a t r o c i e n t o s m i l l o n e s d e bajas e n E u r o p a y América h a b r í a n apenas ajustado la población m u n d i a l actual al nivel predicho por la ecuación del Juicio Final (Umpleby, 1987: 1556). ¿Qué estaba pasando? A través de la historia los c u a t r o jinetes del Apocalipsis sin d u d a h a n limitado el crecimiento de la población, de la m i s m a m a n e r a que h a n lim i t a d o el crecimiento de poblaciones no h u m a n a s . D u r a n t e d e c e n a s de miles de a ñ o s los h u m a n o s h a n tenido t a m b i é n acceso a medios de control de la población culturalmente mediatizados, entre ellos la prevención del e m b a r a z o , el a b o r t o y el infanticidio, que h a n utilizado en algunas circunstancias p a r a m a n t e n e r las poblaciones p o r debajo de la capacidad de acarreo (Read, 1986: 20-21; Read, 1998). Aun así, la población m u n d i a l se ha elevado inexorablemente y, en recientes décadas, las vastas mejoras en salud pública, u n a nueva eficiencia en la p r o d u c c i ó n de alimentos y la exp a n s i ó n de la agricultura en bosques, desiertos y m a r i s m a s , h a n m a n t e nido la distancia (hasta cierto p u n t o ) con, c o m o m í n i m o , dos de los jinetes: la enfermedad y el hambre. La cultura ha permitido mantener el aumento de la capacidad de soporte de la tierra. La e c u a c i ó n del j u i c i o final, en este s e n t i d o , a p o y a la visión optimista de que el d o m i n i o cultural h u m a n o sobre la naturaleza posibilitará

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que la población crezca indefinidamente, a u n q u e se trata de un optimismo con un giro m á s a m a r g o : Así, podemos concluir con una confianza considerable que el principio de la «tecnología adecuada», que se ha revelado correcto durante más de cien generaciones, se mantendrá por, al menos, tres más. Afortunadamente, no hay necesidad de extrapolar más allá la teoría, ya que —y aquí los pesimistas erraron de nuevo— nuestros tataranietos no morirán de hambre. Morirán apretujados (Foerster y otros, 1960: 1295). Esta visión «optimista» es, desde luego, tan pesimista c o m o cualquier otra. Lo q u e la ecuación del Juicio Final ilustra de m a n e r a radical es que la población no p u e d e c o n t i n u a r creciendo indefinidamente. En algún mom e n t o cualquier población real debe crecer m á s lentamente que la curva /. De hecho, a p e s a r de q u e la p o b l a c i ó n m u n d i a l c o n t i n u ó s u p e r a n d o las predicciones de la ecuación del Juicio Final hasta alrededor de 1992, term i n ó p o r suceder lo inevitable: la población real e m p e z ó a situarse p o r debajo de las predicciones de la ecuación (fig. 2). Por alguna c o m b i n a c i ó n de desastres y de regulación de la fertilidad, el crecimiento de la población mundial en los últimos años se parece m á s a u n a línea recta, pues el m u n d o c u e n t a con entre o c h e n t a y noventa millones de personas m á s c a d a año. Lo que está por ver es si e m p e z a r á a curvarse hacia la derecha p a r a adopt a r u n a forma de curva S. La intuición nos dice que el crecimiento de la población m u n d i a l t e n d r á que frenarse en algún m o m e n t o , y los indicios recientes sugieren que la ralentización puede estar ya en c a m i n o (Naciones U n i d a s , 1996). E x i s t e n c a d a vez m á s p r u e b a s d e q u e las p r e s e n t e s tasas de uso están m e r m a n d o los recursos esenciales, incluso los suelos y el agua de los que depende la agricultura (Ehrlich et al, 1992: 23). No obstante, los especialistas d e b a t e n si la capacidad de acarreo de la tierra es de diez mil millones de personas o más, o bien si ya h e m o s excedido en m u cho esta c a p a c i d a d y la h u m a n i d a d debería e m p e z a r a contraerse hacia u n a p o b l a c i ó n s o s t e n i b l e de a l r e d e d o r de mil m i l l o n e s ( E r h l i c h y Ehrlich, 1997; Moffat, 1996). La lección de la ecuación del Juicio Final es que la población h u m a n a es capaz de crecer de un m o d o rápido e inexorable c u a n d o hay recursos disponibles p a r a sostenerla. La c a p a c i d a d p a r a la cultura, que los optimistas ven c o m o u n a forma de d o m i n a r la naturaleza, permite a los hum a n o s i n c r e m e n t a r los recursos disponibles hasta u n a tasa sin precedentes. Sin e m b a r g o , este proceso, no p u e d e c o n t i n u a r indefinidamente. En épocas m o d e r n a s —y de hecho a lo largo de la historia— los recursos a duras p e n a s h a n a g u a n t a d o el r i t m o de la población, que ha crecido a pesar de la ausencia de algo parecido al paraíso, excepto p a r a u n a a c a u d a l a d a minoría. P a r a la i n m e n s a mayoría, el crecimiento de la población ha supuesto desafíos constantes p a r a conseguir y gestionar los recursos de los q u e d e p e n d e n p a r a c u b r i r sus n e c e s i d a d e s básicas. E l c o n o c i m i e n t o d e estos desafíos, y c o m o h a n sido afrontados, es la clave p a r a e n t e n d e r los procesos de la evolución sociocultural.

INTRODUCCIÓN

FlG. 2.

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La población mundial y la ecuación del Juicio Final desde 1960.

En el a m b i e n t e intelectual de las b o m b a s de población y de la ecuación del Juicio Final, antropólogos culturales c o m o Harris (1977) y Carneiro (1970b), y arqueólogos c o m o Cohen (1977; 1994), exploraron la probabilidad de que la evolución sociocultural esté conducida p o r la lucha h u m a n a p a r a afrontar el deterioro en la calidad de vida causado por un crecimiento implacable de la población. Pruebas procedentes de culturas diversas muest r a n u n a fuerte correlación positiva entre la complejidad socioeconómica y la p r e s i ó n de la p o b l a c i ó n (Keeley, 1988). Al i n c r e m e n t a r s e la c o m p e tencia p o r los recursos, los individuos d e b e n vivir m á s j u n t o s p a r a defenderse a sí m i s m o s , a sus alimentos a l m a c e n a d o s y a sus tierras. El liderazgo se convierte en u n a n e c e s i d a d p a r a la defensa y la f o r m a c i ó n de alianzas. El g r u p o debe e m p r e n d e r proyectos complejos y difíciles a fin de aprovechar al m á x i m o u n o s recursos m e n g u a n t e s . Desde este p u n t o de vista, el crecimiento de la población y u n a reacción en cadena de cambios económicos y sociales se sitúan en la base de la evolución sociocultural. El crecimiento de la población y la evolución social. Depende de la interpretación de los datos d e t e r m i n a r si estos c a m b i o s r e p r e s e n t a n o no u n a mejora en la calidad de las vidas de los individuos (la e c o n o m í a de s u b s i s t e n c i a ) . L a i n f o r m a c i ó n s o b r e e l r e p a r t o del t i e m p o m u e s t r a u n modelo consistente de cambios desde las sociedades a pequeña escala hasta las industriales (Sackett, 1996: 338-342): 1. El trabajo diario a u m e n t a e n o r m e m e n t e , desde u n a m e d i a de un poco m e n o s de seis h o r a s p o r adulto entre los cazadores-recolectores y al-

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rededor de seis h o r a s y tres cuartos entre los horticultores, h a s t a nueve horas entre los agricultores intensivos y algo m e n o s entre los u r b a n i t a s industrializados. El a u m e n t o en el tiempo de trabajo se distribuye p o r igual entre h o m b r e s y mujeres. 2. El t i e m p o e m p l e a d o en p r o d u c i r y r e p a r a r las posesiones familiares decrece en alrededor de dos tercios (probablemente c o m o resultado de la c o m p r a de tales bienes a los especialistas a través del m e r c a d o ) . 3. El t i e m p o p a s a d o en tareas domésticas a u m e n t a desde alrededor de m e d i a h o r a p o r día hasta cerca de u n a h o r a y tres cuartos, hecho relacionado con la p e r m a n e n c i a cada vez m a y o r de las casas y del n ú m e r o de posesiones en ellas g u a r d a d a s . A m e d i d a que a u m e n t a el t a m a ñ o de la sociedad se i n c r e m e n t a el tiempo que las mujeres dedican diariamente al trabajo doméstico y disminuye el que e m p l e a n los h o m b r e s . 4. El trabajo, de m a n e r a creciente, tiende a dividirse en dos d o m i nios: un reino doméstico femenino centrado en el hogar y la familia, y u n a esfera p r o d u c t i v a m a s c u l i n a c o n c e n t r a d a e n a c t i v i d a d e s c o m e r c i a l e s (cf. Minge-Klevana, 1980). Estos modelos se e n c u e n t r a n sólidamente apoyados p o r datos cuantitativos transculturales. Sin embargo, no r e s p o n d e n a la cuestión de si la innovación tecnológica posibilita un incremento general en la producción, o si los a u m e n t o s en la población fuerzan las mejoras tecnológicas a fin de p o n e r s e a la par. En este libro nos alejaremos del debate del huevo y la gallina sobre si es el crecimiento de la población o el avance tecnológico lo q u e conduce la evolución social. Aquí identificamos el proceso de retroalimentación entre población y tecnología c o m o el m o t o r del proceso evolutivo. P a r a los h u m a n o s , t a n t o el crecimiento de la población c o m o la creación tecnológica son posibilidades siempre presentes. Tal y c o m o representa la curva S, las poblaciones crecerán hasta que alcancen los límites del m e d i o (capacidad de acarreo). Este proceso está sujeto a la ley del m í n i m o de Leibig, que establece que las poblaciones se verán limitadas p o r los recursos básicos (p. ej., el agua) que tengan un m e n o r abastecimiento (Hardesty, 1977: 196-197). Los individuos b u s c a r á n soluciones nuevas y creativas p a r a los p r o b l e m a s creados p o r la superpoblación, en consonancia c o n la tecnología existente y las posibilidades presentadas p o r el medio. No todos los m e dios p e r m i t e n un c r e c i m i e n t o de población ni todas las tecnologías prop o r c i o n a n u n a b a s e sobre la cual construir u n a nueva productividad que a u m e n t e la capacidad de acarreo. Pero d o n d e está activo el proceso de retroalimentación entre el crecimiento de la población y el c a m b i o tecnológico es probable q u e los c a m b i o s en la complejidad socioeconómica suced a n siguiendo el m o d e l o que desarrollamos m á s adelante (p. 39). El problema de la guerra. Los casos de estudio en este libro ilustran u n a verdad básica: los h u m a n o s en todas partes y en todas las épocas tien e n el p o t e n c i a l de r e c u r r i r a la violencia p a r a c o n s e g u i r s u s objetivos (Keeley 1996: 26-32). Si entendemos la guerra como un «conflicto a r m a d o ,

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las actividades asociadas a él y las relaciones entre u n i d a d e s políticas ind e p e n d i e n t e s en t o d o tipo de sociedades» (Haas, 1996: 1357), entonces, ciertamente, c o m o sostuvo Herbert Spencer, la necesidad de defender el p r o p i o g r u p o de poderosas a m e n a z a s externas es en sí m i s m o suficiente p a r a estimular la integración política p a r a resistir la aniquilación y opon e r c o n t r a a m e n a z a s efectivas. Hasta este p u n t o , la guerra ha sido identificada correctamente como u n a de las causas de la evolución social (Carneiro, 1970b). A pesar de que la guerra es un proceso importante, la b ú s q u e d a de las causas del estado de guerra es de hecho u n a desviación que oscurece la naturaleza de la guerra y su lugar en la evolución de las sociedades humanas. Existe un sinfín de teorías sobre las causas y las razones p a r a la guerra, desde las populares, c o m o la competencia p o r los recursos, hasta las idiosincrásicas, c o m o la obsesión de un rey p o r la venganza (Keeley, 1996: 114). El p r o b l e m a reside en q u e el i n t e n t o de explicar la g u e r r a p r e s u p o n e que se trata de u n a entidad que p u e d e ser descrita, analizada y explicada. Resulta m á s productivo reconocer que el recurso a la agresión para alcanzar las propias m e t a s es parte de n u e s t r a herencia biológica y que lo que hay que explicar es c ó m o se expresa la agresión bajo circunstancias variables. Entonces se ve con claridad que la agresión adopta formas apropiadas al sistema social y político en el que ocurre. En sociedades p e q u e ñ a s , de nivel familiar, la agresión es personal y p u e d e o no llevar a un ciclo de m u e r t e s p o r venganza; es posible q u e la guerra, tal y c o m o la definimos, apenas existiera h a s t a hace u n o s diez mil años (Haas, 1996: 1360). En los poblados de grupos locales, la guerra opone a pequeños grupos de guerreros u n o s contra otros en los ataques; algunas veces estos grupos se a t a c a n u n o s a otros dentro del poblado, escindiéndolo. En grupos b a s a d o s en clanes locales, la guerra está organizada p o r los jefes y, c o m o m í n i m o , en p a r t e r e g u l a d a p o r u n a colectividad intergrupal. En los cacicazgos, un caudillo i m p o n e el o r d e n dentro de su cacicazgo, trayendo u n a paz a l t a m e n t e valorada a sus subditos, p e r o entonces libra u n a guerra violenta y sistemática contra los cacicazgos y estados vecinos. En r e s u m e n , la guerra no es un solo fenómeno, sino la expresión variable de la agresión en escenarios institucionales cambiantes. Explicamos la naturaleza de la guerra c u a n d o explicamos el nivel de integración sociopolítica en el que se p r o d u c e . La guerra p o r sí m i s m a explica cierta integración, pero son necesarios otros principios (gestión del riesgo, capital tecnológico, comercio) p a r a u n a explicación completa de la evolución de la sociedad. Esta forma de explicar el estado de guerra tiene u n a ventaja adicional: en lugar de centrarse sólo en la violencia y r u p t u r a del orden, se atiende t a m b i é n a la consecución de un o r d e n p o r el cual los pueblos h a n intentado siempre evitar la guerra y controlar sus efectos devastadores (Sponsel, 1996). Si el recurso a la violencia es parte de la caja de h e r r a m i e n t a s h u m a n a , t a m b i é n lo es el de la cooperación, la generosid a d y la confianza. En la evolución de las sociedades h u m a n a s , los dos potenciales se actualizan de m a n e r a diferente según c a m b i a la escala de la integración sociopolítica.

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Las teorías de la m o t i v a c i ó n e c o n ó m i c a Al t r a b a j a r en su m a y o r p a r t e s e p a r a d o s de los evolucionistas, los antropólogos e c o n ó m i c o s h a n estado h i s t ó r i c a m e n t e m e n o s interesados en explicar modelos de c a m b i o a largo plazo que en explicar la motivación e c o n ó m i c a de los individuos en c o m u n i d a d e s culturalmente diversas. La última tendencia en el p e n s a m i e n t o occidental ha sido la de s u p o n e r (explícitamente) que los individuos están motivados por su propio interés económico, e (implícitamente) que este interés egoísta se debe a la adquisición de la riqueza material. A p e s a r de que los e c o n o m i s t a s teóricos no dicen c r u d a m e n t e q u e la gente s i m p l e m e n t e quiere llegar a ser rica, su énfasis m e t o d o l ó g i c o en c ó m o las c o m p a ñ í a s m a x i m i z a n los beneficios sitúa la codicia y la motivación del beneficio en un nivel profundo de teoría implícita.

ANTROPOLOGÍA ECONÓMICA

Una economía antropológica distintiva emergió en el proceso de identificar la teoría económica c o m o racionalista, materialista y etnocéntrica. Los occidentales son n o t a b l e m e n t e materialistas en sus valores, m i e n t r a s que m u c h o s pueblos de todo el m u n d o sitúan otras metas, particularmente las relaciones sociales y el prestigio, p o r e n c i m a de la riqueza material. F o m e n t a n el sacrificio de la riqueza personal p a r a conseguir fines valorados social y culturalmente. Malinowski (1922) ayudó a originar esta crítica antropológica de la e c o n o m í a tradicional con su análisis clásico del anillo en las islas kula Trobriand (caso 12), s e n t a n d o las bases de un debate fundamental que, con algunos cambios, continúa hoy en día. En su forma original, el d e b a t e t r a t a b a ostensiblemente sobre el etn o c e n t r i s m o y la solución antropológica fue un relativismo similar al programa de Boas: el comportamiento económico individual se halla ante todo motivado p o r valores que no se originan en el propio interés material del individuo, sino en u n a matriz social y cultural de creencias y c o m p r o m i sos. Del m i s m o m o d o que varían las c o m u n i d a d e s culturales, t a m b i é n lo h a c e n las motivaciones económicas de sus m i e m b r o s . Sustantivismo. Tal y como lo desarrolló Polanyi (1957), la crítica antropológica cristalizó en u n a «economía sustantiva», que él vio c o m o la antítesis de la e c o n o m í a tradicional. R e c h a z a n d o las necesidades m a t e riales c o m o la b a s e de la motivación económica, Polanyi definió la econ o m í a c o m o un «proceso instituido»: de qué m a n e r a las n o r m a s sociales e s t r u c t u r a n el c o m p o r t a m i e n t o económico. Por ejemplo, en las sociedades campesinas (capítulo 13), la c o m u n i d a d requiere a m e n u d o a la gente p a r a financiar lujosos banquetes ceremoniales y no les q u e d a otra elección que hacerlo, a pesar de que m u c h o s de ellos deben resentirse de los gastos. En estos casos, «la e c o n o m í a está i n c r u s t a d a en la sociedad» y lo que los individuos p u e d a n querer no tiene m u c h a importancia.

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En u n a de sus m á s influyentes contribuciones, Polanyi a r g u m e n t ó que la m a n e r a en que los bienes y servicios se i n t e r c a m b i a n en sociedad p u e d e estar instituida de tres formas fundamentales opuestas. La reciprocidad, en la que los individuos (o grupos) de a p r o x i m a d a m e n t e igual rango se comp r o m e t e n a dar y recibir p o r un valor equivalente al cabo del tiempo, caracteriza el m o d e l o de i n t e r c a m b i o típico de las familias, linajes, poblados y m u c h o s otros p e q u e ñ o s grupos sociales. La redistribución, un flujo i n t r í n s e c a m e n t e jerárquico de bienes hacia un centro d o n d e u n a autoridad central los controla y luego los redistribuye, es típica de los festines y de los intercambios de regalos de algunos sistemas de gran h o m b r e y de la centralización de c o m u n i d a d e s a m á s gran escala, c o m o los cacicazgos (véanse capítulos 7 y 9), así c o m o la m a y o r parte de los gobiernos modernos. El intercambio, el m e r c a d o i m p u l s a d o p o r la c o r r i e n t e de bienes y servicios bajo el régimen de la oferta y la d e m a n d a , tipifica la e c o n o m í a de m e r c a d o m o d e r n a (capítulo 14). Uno de los principales propósitos de Polanyi fue a t r a e r n u e s t r a atención hacia la limitada distribución del tipo de c a m b i o de la transacción económica, s u p e r a n d o la tendencia etnocéntrica que p r e s u p o n e que n u e s t r a m a n e r a c o n t e m p o r á n e a de vivir en térm i n o s económicos, tal y c o m o la describe la teoría económica, es de alg u n a m a n e r a natural, inevitable y universal. Una consecuencia práctica de la elaboración del p u n t o de vista sustantivista fue la revelación de que el etnocentrismo de las ideas económicas decimonónicas implicaba dos supuestos que no tenían necesariamente conexión u n o c o n otro: p r i m e r o , q u e el c o m p o r t a m i e n t o e c o n ó m i c o es r a c i o n a l ; y s e g u n d o , q u e está m o t i v a d o p o r el interés m a t e r i a l p r o p i o . Formalismo. La idea de que el c o m p o r t a m i e n t o e c o n ó m i c o es el resultado de u n a t o m a de decisión racional, que Polanyi llama «economía formal» (siguiendo a Weber, 1947: 184-86), simplemente expone el supuesto de sentido c o m ú n de que u n a p e r s o n a «dispone del total de sus recursos p a r a así o b t e n e r la m á x i m a satisfacción» (Goodfellow, 1968 [1939]: 60). Este s u p u e s t o m a x i m i z a d o r ( t a m b i é n o p t i m i z a d o r o satisfactorio) de la e c o n o m í a tradicional m a n t i e n e que todo el m u n d o tiene los criterios según los cuales decide qué hacer en cada m o m e n t o (Burling, 1962; H o m a n s 1967; LeClair, 1962). Polanyi, p o r el c o n t r a r i o , negó q u e los individuos h a g a n cálculos racionales de su propio interés c u a n d o se ven confrontados con u n a serie de opciones económicas. Como los campesinos que deb e n afrontar los requerimientos de «generosidad» de la c o m u n i d a d , no tien e n otra alternativa que ajustarse a las expectativas sociales. No escogen, sino que siguen las n o r m a s (Dalton 1961): su motivación económica está instituida en la sociedad. La respuesta formalista a la crítica sustantivista fue franca. Los formalistas se limitaron a señalar que no h a c í a n suposiciones acerca del lugar del que procedía el interés personal. Una p e r s o n a p u e d e satisfacer su interés a l m a c e n a n d o riquezas e invirtiéndolas para obtener beneficios; otra p u e d e hacerlo g a s t a n d o la riqueza e incurriendo en d e u d a s a fin de organizar un b a n q u e t e . En cualquiera de los casos, el c o m p o r t a m i e n t o es ra-

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cional si satisface r a z o n a b l e m e n t e a la p e r s o n a . De h e c h o , en el capítulo 8 e x a m i n a m o s ejemplos en los que los individuos sirven a su propio interés h a c i e n d o a m b a s cosas: e c o n o m i z a n y a h o r r a n p a r a luego gastar y e n d e u d a r s e en un festín, y todo en espera de beneficios. Afirmar que el c o m p o r t a m i e n t o económico es racional no equivale a decir que se a d e c u a a las nociones etnocéntricas de racionalidad. Si estamos de acuerdo en que el c o m p o r t a m i e n t o económico es el resultado de decisiones, el formalismo y el sustantivismo no tienen por qué entrar en conflicto: el comportamiento de la gente p u e d e ser a la vez racional ( ó p t i m a m e n t e satisfactorio) e instituido (conforme a los valores culturales). Los e c o n o m i s t a s formalistas, p o r t a n t o , atrajeron n u e s t r a atención hacia la importancia de la elección en el c o m p o r t a m i e n t o económico, aunque se abstuvieron deliberadamente de tratar de explicar la motivación tras el c o m p o r t a m i e n t o económico. En esencia, los economistas formalistas no se p r e o c u p a n p o r la procedencia de la motivación. La gente p u e d e estar motivada por cualquier cosa: incluso puede buscar el dolor m á s que el placer, preferir lo m a l o a lo b u e n o , e s t i m a r la p o b r e z a p o r e n c i m a de la riqueza. ¿Por qué lo u n o y no lo otro? Responder que la gente hace lo que m a x i m i z a la satisfacción no r e s p o n d e a lo que motiva el c o m p o r t a m i e n t o económico —por qué esto satisface m á s que aquello—, u n a gran cuestión que debe ser resuelta previamente al análisis formal de la t o m a racional de decisiones, o al m a r g e n de éste. La respuesta sustantivista —que valora la motivación del comportam i e n t o e c o n ó m i c o — fue u n a perspectiva antropológica apropiada. A pes a r de ello, c o m p a r t í a la d e b i l i d a d del r e l a t i v i s m o b o a s i a n o , el posibilismo del «todo vale» en el que el c o m p o r t a m i e n t o económico de cualquier clase —los tabúes alimentarios, el salvajismo de la guerra primitiva, la destrucción de la riqueza d u r a n t e los banquetes, las vacas sagradas— no debe tener sentido alguno. Se t r a t a b a t a n sólo de «misterios de la cultura» que h e m o s de aceptar c o m o p r o d u c t o s de la creatividad cultural e s p o n t á n e a (véase Harris, 1974). Muchos observadores, sin e m b a r g o , se p r e g u n t a r o n p o r q u é algunos valores (p. ej., el pillaje endémico y la obtención de trofeos) p r e d o m i n a b a en cierto tipo de sociedades (p. ej., las tribus), p e r o no en o t r a s (p. ej., e n t r e los c a m p e s i n o s ) . Su b ú s q u e d a de r e s p u e s t a s m á s allá del accidente histórico les retrotrajo a la hipótesis e c o n ó m i c a decim o n ó n i c a que h a b í a sido a t a c a d a p o r el sustantivismo, la idea de que el c o m p o r t a m i e n t o económico está motivado p o r un deseo de bienestar material. Materialismo. A pesar de que hablaban con conocimiento de causa al negar que la gente está universalmente motivada p a r a buscar el beneficio a la m a n e r a de u n a empresa capitalista, los sustantivistas tendieron, de hecho, a tener un p r o g r a m a m á s amplio, implícito y m e n o s fácilmente defendible: d e n e g a r la i m p o r t a n c i a de la biología h u m a n a c o m o fuente de la motivación económica. Los sustantivistas evidentemente sentían que referirse al c l a m o r de las necesidades corporales p a r a explicar el c o m p o r t a m i e n t o e c o n ó m i c o era i n c o m p a t i b l e c o n el a x i o m a de que la e c o n o m í a

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está t r a b a d a en la sociedad (Sahlins, 1976). En un resurgimiento del sustantivismo, los «marxistas estructuralistas» tildaron la referencia a la motivación biológica como de «marxismo vulgar» (Friedman 1974). Al centrarse en c ó m o la e s t r u c t u r a social d e t e r m i n a el proceso e c o n ó m i c o (Godelier, 1977; Legros, 1977; Meillassoux, 1972), estos sustantivistas desviaron la atención de la biología a la cultura en lugar de explorar los nexos entre a m b a s . Y sin e m b a r g o , claro está, la gente tiene que alimentarse, cobijarse y protegerse si quiere vivir y r e p r o d u c i r la especie (y la cultura). Los biólogos h u m a n o s , los ecólogos y los psicólogos nos h a n p r o p o r c i o n a d o un conocimiento a b u n d a n t e y sofisticado de la motivación, que es consecuente con la evolución biológica y la adaptación. Es aquí d o n d e el uso que hace Steward del concepto de a d a p t a c i ó n tiende un p u e n t e entre el evolucion i s m o social y la antropología económica. Las teorías de evolución social q u e siguió Steward i n t e n t a r o n c a d a vez m á s ser c o h e r e n t e s con los hallazgos de la biología y la ecología. P o d e m o s a p r o x i m a r n o s a estas fuentes materiales de la motivación económica desde dos direcciones que —a pesar de que a veces se ven c o m o explicaciones en competencia— se entienden mejor como las caras opuestas de u n a m i s m a m o n e d a . Biología evolucionista. U n a corriente se c e n t r a en lo q u e m u c h o s consideran la fuente primordial de la motivación en los o r g a n i s m o s vivos: el instinto de reproducción. La biología evolucionista y la psicología h a n reunido y sistematizado infinidad de descubrimientos sobre este t e m a que s o b r e p a s a n el alcance de este libro (Boyd y Richerson, 1985; Ridley, 1997; Tooby y Cosmides, 1992; Wright, 1994). Sin embargo, d e b e m o s m e n c i o n a r brevemente u n a serie de descubrimientos clave, a fin de e n t e n d e r plenam e n t e los a r g u m e n t o s específicos que aparecen en la discusión de los casos que se presentan m á s adelante. 1. H o m b r e s y mujeres tienen distintos objetivos al emparejarse y casarse, similares a las diferencias m a c h o - h e m b r a e n c o n t r a d a s en m u c h a s otras especies. Los h o m b r e s b u s c a n oportunidades de emparejamiento con m u c h a s mujeres y b u s c a n parejas que sean jóvenes, con un largo futuro fértil p o r delante. Las mujeres prefieren emparejarse con un h o m b r e que controle recursos, que sea un proveedor estable como m a r i d o y padre. Estos h o m b r e s suelen ser de m a y o r edad y políticamente situados en un nivel alto. 2. Los h u m a n o s tienen celos de sus parejas, y los h o m b r e s son especialmente propensos a la agresividad p a r a defender su derecho exclusivo a emparejarse con sus esposas. 3. H o m b r e s y mujeres p o r igual se ven fuertemente atraídos p o r territorios d o n d e los recursos son a b u n d a n t e s , y tienden a ser agresivos a fin de defender de invasiones foráneas su derecho exclusivo sobre estos territorios. La defensa del territorio p o r parte de los h o m b r e s constituye un medio de a t r a e r y m a n t e n e r a las mujeres c o m o parejas. 4. Las personas saben quiénes son sus parientes cercanos y los alim e n t a n , defienden y apoyan (selección familiar). La lealtad, confianza y

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c o m p o r t a m i e n t o altruista son m á x i m o s entre familiares cercanos y tienden a d i s m i n u i r entre parientes lejanos y a desaparecer con los extraños. 5. El cerebro grande de los p r i m a t e s , especialmente el extraordinario cerebro h u m a n o , evolucionó, al m e n o s en parte, para almacenar y m a n tener el extenso conocimiento social necesario p a r a hacer los complejos juicios interpersonales en los que se b a s a n la confianza y la cooperación, y para comunicarlos (Dunbar 1996). La charla constante dentro de un grupo p u e d e actuar, c o m o el acicalado m u t u o entre los m o n o s , p a r a establecer i n t i m i d a d y coordinación. El p o d e r simbólico asociado con el habla hum a n a p e r m i t e construir relaciones sociales m á s allá de la fronteras biológicas de la selección familiar. 6. En cualquier sociedad algunos individuos, especialmente los h o m bres, b u s c a n la d o m i n a c i ó n sobre todos los otros. Estos «matones» gener a l m e n t e están dispuestos a a s u m i r i m p o r t a n t e s riesgos de d a ñ o físico a fin de establecer agresivamente su d o m i n i o y defenderlo (Hayden, 1995). A este respecto, las diferencias entre los individuos p u e d e n explicar por qué algunos parecen tener mayores afanes jerárquicos que otros. 7. En las interacciones sociales, el engaño y el fraude m i n a n los esfuerzos de cooperación para el m u t u o provecho. Los miembros cooperantes de la c o m u n i d a d deben controlar a los t r a m p o s o s , o a «los que van p o r libre», sino d e s a p a r e c e n las ventajas de la cooperación. 8. No obstante, los seres h u m a n o s «vienen al m u n d o dotados de u n a predisposición p a r a a p r e n d e r c ó m o cooperar, p a r a discriminar los honrados de los traicioneros, p a r a c o m p r o m e t e r s e a sí m i s m o s en la honradez, p a r a granjearse u n a b u e n a reputación, p a r a i n t e r c a m b i a r bienes e inform a c i ó n y p a r a dividir el trabajo» (Ridley, 1997: 249). 9. Las personas adquieren b u e n a parte de su nuevo c o m p o r t a m i e n t o i m i t a n d o a personas a p a r e n t e m e n t e exitosas, p r i m e r o sus p a d r e s y luego m i e m b r o s bien situados de su c o m u n i d a d . En estos casos, lo que determ i n a el c o m p o r t a m i e n t o e c o n ó m i c o no es u n a elección racional, sino la imitación del modelo de otros. Como veremos, el c o m p o r t a m i e n t o descrito en nuestros casos de estudio rara vez entra en conflicto con estos principios básicos. Sin embargo, p o r ser básicos, y m á s o m e n o s universales, no p u e d e n por sí solos ayud a r n o s a entender las diferencias p a u t a d a s que hallamos entre distintos tipos de sociedades h u m a n a s . La naturaleza h u m a n a se distingue p o r su maleabilidad respecto a diferentes necesidades. Para explicar estas diferencias en el c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o precisamos u n a teoría que a b a r q u e patrones de a d a p t a c i ó n característicos de c o m b i n a c i o n e s p a r t i c u l a r e s de población, m e d i o y tecnología.

LA ECOLOGÍA HUMANA

A p e s a r de las d u d a s sobre la universalidad de las elecciones h u m a nas, m u c h o s c o m p o r t a m i e n t o s adaptativos reflejan c l a r a m e n t e cálculos

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del coste y el beneficio de estrategias alternativas. En la ecología h u m a n a , la perspectiva biológica desplaza su centro de interés de reproducción (el individuo c o m o un receptáculo p a r a la t r a n s m i s i ó n de genes de u n a generación a la siguiente) a la salud y el bienestar del propio individuo. Las dos aproximaciones son c o m p l e m e n t a r i a s , ya que si los individuos tienen que reproducirse, deben sobrevivir con u n a salud razonable hasta la e d a d de reproducción y m a n t e n e r s e sanos p a r a ser capaces de alimentar a sus vástagos h a s t a que éstos p u e d a n sobrevivir p o r sus propios medios. Desde el p u n t o de vista de la ecología h u m a n a , la motivación económica se c e n t r a en la b ú s q u e d a de salud y seguridad. Esto empieza al asegurar u n a dieta c o n t i n u a d a y nutritiva, y la protección de los peligros (enfermedad, p r e d a d o r e s , c l i m a e x t r e m o , e n e m i g o s ) . Los individuos y sus grupos nucleares precisan del acceso a los recursos básicos y a la tecnología p a r a explotarlos. Participan en grupos sociales que lo hacen posible y acceden a ciertas restricciones en su p r o p i o c o m p o r t a m i e n t o a fin de cosechar los beneficios de la sociedad, incluida la protección de los riesgos. Sin e m b a r g o , estas restricciones p u e d e n , bajo ciertas circunstancias, incluir requerimientos a la participación en eventos rituales, c o m p a r t i r la riqueza en redistribuciones c o m u n a l e s y a c a t a r órdenes de las autoridades. De este m o d o , el enfoque materialista de perspectiva ecológica no se q u e d a en los nutrientes, el cobijo y la defensa, sino que se expande hacia el m u n d o social y cultural, d o n d e se hallan m u c h a s soluciones adaptativas a los p r o b l e m a s que h a n de afrontar los individuos en su esfuerzo p a r a alcanzar salud y seguridad. La siguiente escala de medios socioculturales p a r a resolver prob l e m a s a d a p t a t i v o s fue d e n o m i n a d a p o r S t e w a r d (1955: 37) c o m o «núcleo c u l t u r a l » . E n este libro h e m o s u s a d o u n a lista d e d e s c r i p c i ó n del n ú c l e o c u l t u r a l p a r a g u i a r n u e s t r a elección de t e m a s a c u b r i r en n u e s t r o s casos de estudio: — — — — — — — —

Medio Población Tecnología Organización social de la p r o d u c c i ó n Territorialidad/Guerra Integración política Estratificación Santidad

Cada c o m u n i d a d h u m a n a existe en un m e d i o de posibilidades y restricciones y cuenta con d e t e r m i n a d a tecnología p a r a cubrir las necesidades básicas de su población. La organización social de la producción, intrínseca a este proceso, está caracterizada p o r u n a división del trabajo y m é t o d o s p a r a obtener, almacenar, modificar y c o m p a r t i r los recursos. Es preciso afrontar y resolver la c o m p e t e n c i a sobre el acceso a los recursos. A m e d i d a q u e a u m e n t a la escala, todos estos rasgos —tecnología, organización social de la producción y competencia— d e s e m b o c a n en regímenes

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de liderazgo y desigualdad. Y a t o d o s los niveles, las prácticas e instituciones se santifican m e d i a n t e rituales, tabúes y otros medios de invocar el respeto reverencial a fin de estabilizar n o r m a s de c o m p o r t a m i e n t o .

LA ECONOMÍA DE SUBSISTENCIA Y LA ECONOMÍA POLÍTICA

De a c u e r d o con n u e s t r a aproximación materialista y ecológica, defin i m o s la e c o n o m í a c o m o la m a n e r a en que la población cubre sus necesidades básicas, proveyéndose de los medios materiales de su existencia. La e c o n o m í a incluye la p r o d u c c i ó n y la distribución de alimentos, tecnología y otros bienes materiales necesarios p a r a la supervivencia y reproducción de los seres h u m a n o s y de las instituciones sociales de las cuales dep e n d e su supervivencia. Tanto si estudiamos el soporte subsistencial de la e c o n o m í a doméstica c o m o las finanzas de u n a institución mayor, el prob l e m a del aprovisionamiento material es básico. N u e s t r a definición de e c o n o m í a está cercana a la noción ecológica de nicho, o la m a n e r a en que la población obtiene la m a t e r i a y la energía necesarias del hábitat que le rodea (Odum, 1971). Es t a m b i é n similar a la noción sustantivista de la e c o n o m í a c o m o «el intercambio entre el h o m b r e y su m e d i o n a t u r a l y social, en t a n t o que dicho i n t e r c a m b i o tiene p o r objeto proporcionarle los medios p a r a la satisfacción de sus necesidades materiales» (Polanyi, 1957: 243). A diferencia de los substantivistas, vemos c ó m o la motivación económica que Polanyi llama «satisfacción de la necesidad material» se deriva ante todo de necesidades básicas (biológicas), a pesar de que reconocemos que los valores culturales no son fácilmente separables y a m e n u d o coinciden. Analíticamente, la e c o n o m í a se p u e d e subdividir en dos: la econom í a de subsistencia y la e c o n o m í a política. Sus d i n á m i c a s básicas difieren y contribuyen de m a n e r a b a s t a n t e distinta a la evolución social. La economía de subsistencia. El p u n t o en el que las necesidades básicas e m p i e z a n a satisfacerse es la e c o n o m í a de subsistencia, q u e es en esencia la e c o n o m í a doméstica. De hecho, se organiza a nivel doméstico a fin de cubrir la necesidad de alimento, vestido, vivienda, defensa y obtención de tecnología. La forma m á s simple de e c o n o m í a de subsistencia es el «modo doméstico de producción» (Sahlins, 1972). En este modelo se considera que cada familia es similar y autosuficiente, q u e p r o d u c e todo lo que necesita y que incorpora u n a división del trabajo p o r edad y sexo. C o m b i n a n d o el enfoque de la ecología h u m a n a respecto a la necesidad básica de satisfacción con el énfasis formalista en la t o m a racional de decisiones, nuestra perspectiva es que la naturaleza de la economía de subsistencia está d e t e r m i n a d a p o r las n e c e s i d a d e s de la p o b l a c i ó n y p o r el coste de p r o c u r a r recursos necesarios (cf. Earle, 1980a). Teóricamente no se p r o d u c e beneficio m á s allá de un m a r g e n de seguridad, que p u e d e necesitarse si las cosas van mal. El objetivo imperioso es satisfacer las necesidades domésticas al coste m á s bajo que permite la seguridad.

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Para cumplir este objetivo, las familias seleccionan de entre las estrategias potenciales de obtención de recursos aquellas que parecen mejor dot a d a s p a r a o b t e n e r alimentos y otros p r o d u c t o s del medio. Siguiendo la ley de los recursos decrecientes, p a r a cada estrategia d a d a el coste de producción de los alimentos tiende a subir, al a u m e n t a r la producción de dicha estrategia: los cazadores, al m a t a r m á s ciervos, dejan m e n o s y la dificultad de cazarlos a u m e n t a . Cuando u n a c o m u n i d a d entra por p r i m e r a vez en un territorio virgen, las estrategias disponibles a fin de obtener comida difieren en sus costes iniciales. Por ejemplo, p u e d e resultar m á s económico obtener u n a b u e n a dieta cazando ciervos que recogiendo semillas e insectos. Pero con el tiempo, al ser cazados los ciervos, éstos son m e n o s abundantes y por tanto m á s costosos de obtener. Entonces se a ñ a d e n otras estrategias, c o m o la de recoger semillas e insectos, ya que sus costes se hacen comparables al coste creciente de cazar ciervos. Así, el n ú m e r o de estrategias que los cazadores-recolectores u s a n p a r a obtener comida tiende a incrementarse c u a n t o m á s tiempo habitan en un área determinada. El crecimiento de la población tiene dos consecuencias clave p a r a la e c o n o m í a de subsistencia: a m e d i d a q u e un creciente n ú m e r o de gente m e r m a los recursos, se debe a) t o m a r alternativas m e n o s deseables y m á s costosas, y b) mejorar la productividad desarrollando nuevas tecnologías y m o d i f i c a n d o el m e d i o (p. ej., el desarrollo agrícola). Los intentos restringidos de mejorar el estilo de vida i n c r e m e n t a n d o los recursos a b r e n un gran potencial de crecimiento, p e r o la población p r o n t o agota las nuevas o p o r t u n i d a d e s y se necesitan m á s cambios. El ciclo ha c o n t i n u a d o hasta el presente, puesto que un m e d i o incesantemente modificado sostiene u n a población h u m a n a que se dirige hacia un m á x i m o desconocido. Esta lógica se deriva de la e c o n o m í a formal (cf. Earle, 1980a) y tiene su aplicación en la caza ó p t i m a en poblaciones animales (Pianka, 1974; Winterhalder y Smith, 1981). En la e c o n o m í a de subsistencia, el objetivo no es el de m a x i m i z a r la producción, sino el de m i n i m i z a r el esfuerzo invertido en cubrir las necesidades domésticas. Una mezcla específica de estrategias, explotadas todas ellas a un m i s m o nivel de coste, m i n i m i z a los costes de obtención de las familias de u n a región. Tal mezcla debería perm a n e c e r estable, excepto c u a n d o se ve alterada p o r cambios en la población, la tecnología o el medio. Como ejemplo de tales cambios, las dietas de las poblaciones de época p r e h i s t ó r i c a se a m p l i a r o n p a r a incluir u n a g a m a creciente de alimentos, a la p a r que el territorio se iba g r a d u a l m e n t e llenando g r a d u a l m e n t e de cazadores-recolectores. El crecimiento en la economía de subsistencia es resultado de u n a retroalimentación positiva entre el crecimiento de la población y el desarrollo tecnológico (cf. Wilkinson, 1973). C o m o h e m o s visto en la e c u a c i ó n del Juicio Final, en sociedades tecnológicamente simples el crecimiento de la población era a m e n u d o m u y lento, pero al cabo de los siglos la tasa global de crecimiento se había disparado (Taagapera, 1981). Al crecer la población, las n e c e s i d a d e s globales se e x p a n d e n . La disponibilidad de recursos p a r a m a n t e n e r a u n a población se halla d e t e r m i n a d a p o r el medio y p o r la tecnología usada.

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A p e s a r de q u e t e n d e m o s a p e n s a r en el m e d i o c o m o en u n a constante, c o m o m á s a p r e n d e m o s de la historia, m á s a c a b a m o s viéndolo c o m o u n a creación de la actividad h u m a n a . Se destruyen los bosques, se const r u y e n acequias y c a m p o s , se t r a n s f o r m a n los recursos. De m a n e r a creciente, los h u m a n o s se ven envueltos en la gestión de los procesos de la nat u r a l e z a y ello i m p l i c a m u c h o t r a b a j o . La r e t r o a l i m e n t a c i ó n e n t r e el crecimiento de la población y el desarrollo tecnológico modifica de m a n e r a creciente el medio, de forma que limita las posibilidades de elección de la población. El resultado m á s corriente es el de u n i r a la gente a sus c a m p o s y a su e s m e r a d o cuidado. La economía política. En la esfera de la e c o n o m í a de subsistencia, enraizada en p e q u e ñ a s familias y en la satisfacción de las necesidades básicas, la relevancia de u n a teoría biológica de la motivación económica es s o b r a d a m e n t e clara. Sin embargo, los seres h u m a n o s r u t i n a r i a m e n t e exceden estos límites estrechos de la subsistencia en su c o m p o r t a m i e n t o económico. Como los sustantivistas, los marxistas estructuralistas h a c e n especial hincapié en c ó m o actúa la p r o p i e d a d de los medios de producción (tierra, trabajo y capital) p a r a canalizar la corriente de bienes y p a r a apoyar las relaciones de p o d e r existentes (Earle, 1997). A p r i m e r a vista, su insistencia en el control político c o m o rasgo e s t r u c t u r a l clave de la socied a d nos aleja de la satisfacción de las necesidades básicas. En efecto, esto sugiere la posibilidad, c o m o vio Fried, de que el proceso de satisfacción de las carencias materiales en la e c o n o m í a de subsistencia sea víctima de las m a n i p u l a c i o n e s de u n a élite q u e ejerce el p o d e r en su p r o p i o provecho. La c o m p r e n s i ó n de la n a t u r a l e z a distintiva de la e c o n o m í a política nos p e r m i t e cubrir el h u e c o a p a r e n t e entre la e c o n o m í a de subsistencia y el poder de la élite. En el curso de la evolución h u m a n a , la emergencia de la capacidad p a r a la c u l t u r a p r o p o r c i o n ó soluciones p a r a los p r o b l e m a s fundamentales de la e c o n o m í a de subsistencia. A m e d i d a que los territorios o c u p a d o s p o r h u m a n o s (u originalmente p o r p r o t o h u m a n o s ) se poblaron, el potencial constante p a r a competir agresivamente sobre los recursos m á s deseados llevó al conflicto, al desplazamiento, e incluso a la m u e r t e , de m a n e r a m u y similar a lo que se observa hoy entre grupos de p r i m a t e s (Manson y W r a n g h a m 1991). Dentro del grupo íntimo de la familia —la economía de subsistencia— cierto volumen de sentimiento familiar — b a s a d o en refuerzos biológicos (como predijo la teoría de la selección familiar), pero reforzado p o r u n a m i r í a d a de p e q u e ñ a s reciprocidades— m i n i m i z a r í a tal competencia y permitiría la reconciliación después de episodios violentos (Wall, 1996). Sin embargo, con familiares distantes y extraños, d o n d e los sentimientos familiares son débiles o están ausentes, las dificultades para regular la competencia destructiva son masivas y nos conducen al reino de lo que T h o m a s Hobbes llamó «la guerra de todos contra todos». La capacidad p a r a la cultura permite u n a nueva solución poderosa y decisiva al dilema de la lucha p o r la subsistencia. A través de medios simbólicos —codificados c o m o n o r m a s de b u e n a conducta, incorporados en

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identidades c o m o el linaje y el clan, parentescos ficticios y u n i d a d étnica, y e m o c i o n a l m e n t e b a s a d o s en el respeto (santidad)—, las personas son capaces de t r a t a r a los familiares lejanos y a los extraños con algo del m i s m o respeto y p r e o c u p a c i ó n que m u e s t r a n hacia los parientes cercanos. Hay n o r m a s que obligan a los !kung (capítulo 3) a solicitar autorización p a r a b e b e r de la c h a r c a de otro grupo, y n o r m a s que obligan a los esquimales a pedir permiso para cazar en el alcance territorial de otro, aunque el grupo q u e los alberga en a m b o s casos se ve obligado p o r las n o r m a s a d a r l o . Un ejemplo a l t a m e n t e significativo de la m a n e r a en que se resuelve un potencial destructor de la economía de subsistencia en la economía política es lo q u e H a r d i n (1968) llamó «la tragedia de los comunes». El clásico caso de Hardin, sobre los p r o b l e m a s que a p a r e c e n c u a n d o u n o s ext r a ñ o s i n t e n t a n e x p l o t a r los m i s m o s r e c u r s o s , t r a t a d e g a n a d e r o s q u e explotan u n o s pastos c o m u n e s : si un pastor b u s c a de m a n e r a consciente m a n t e n e r viable el pasto restringiendo el t i e m p o en que su r e b a ñ o pace, el siguiente p a s t o r s i m p l e m e n t e p u e d e a p o d e r a r s e de la o p o r t u n i d a d de pastos extras p a r a su propio rebaño. La restricción del «buen» pastor opera así en su desventaja, m i e n t r a s que la codicia del «mal» pastor, en su ventaja m o m e n t á n e a . Finalmente, los p a s t o s se d e g r a d a n p o r sobreexplotación, y todos los p a s t o r e s pierden. Un ejemplo i n t u i t i v a m e n t e obvio del m i s m o fenómeno es evidente p a r a los c o n d u c t o r e s que, en u n a autovía, t r a t a n de observar u n a velocidad a d e c u a d a y u n a distancia de seguridad respecto a los otros coches, sólo para tener delante a los conductores egoístas que adelantan t e m e r a r i a m e n t e o r e b a s a n de m a n e r a peligrosa, imponiendo u n a s condiciones m á s s a t u r a d a s y peligrosas a los d e m á s conductores. La única solución práctica p a r a los m i e m b r o s de un grupo es la de observar un código de c o n d u c t a que los regule a todos y proteja los recursos c o m u n e s . Se debe castigar a los violadores del código (los que van por libre). Sólo a través de la elaboración política de instituciones y norm a s p a r a controlar a los que van p o r libre las c o m u n i d a d e s mayores que los grupos familiares p u e d e n m a n t e n e r s e en un m e d i o competitivo. Cabe calificar de e c o n o m í a política a cualquier e c o n o m í a que exhiba tales instituciones y n o r m a s . A pesar de que existe, p o r q u e soluciona p r o b l e m a s económicos reales de las familias individuales —o sea, problemas de la econ o m í a de subsistencia—, crea nuevas formas de complejidad social que t o m a n vida p o r sí m i s m a s . La e c o n o m í a política c o m p r e n d e el i n t e r c a m b i o de bienes y servicios en u n a sociedad integrada por familias interconectadas. Todas las sociedades tienen como m í n i m o u n a economía política rudimentaria, puesto que las familias n u n c a p u e d e n ser del todo autosuficientes, sino que se hallan unidas p o r la necesidad de seguridad, e m p a r e j a m i e n t o y comercio. La economía política se hace m á s elaborada a través del proceso de evolución social. Mientras que la e c o n o m í a de subsistencia, b a s a d a en el hogar, es extraordinariamente estable y p e r d u r a a través del tiempo, las dinámicas de la economía política conducen a cambios i m p o r t a n t e s en su propia naturaleza. Al evolucionar, la economía política se e n g r a n a a fin de movili-

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

zar un excedente (o impuesto) a partir de la economía de subsistencia. Este excedente se usa p a r a financiar las instituciones sociales, políticas y religiosas que en sus formas m á s elaboradas son dirigidas p o r aquellos que no p r o d u c e n comida. Estas instituciones, a su vez, se u s a n p a r a apoyar y justificar la élite de propietarios de los recursos productivos de la región, especialmente las tierras mejoradas p o r la agricultura. Quizá la diferencia m á s i m p o r t a n t e e n t r e la e c o n o m í a política y la de subsistencia se vea en sus racionalidades diferentes y sus d i n á m i c a s . L a e c o n o m í a d e s u b s i s t e n c i a funciona p a r a c u b r i r las n e c e s i d a d e s domésticas; si las variables clave de la subsistencia (población, tecnología y medio) se m a n t i e n e n constantes, es i n h e r e n t e m e n t e estable. Por el contrario, la e c o n o m í a política funciona p a r a m a x i m i z a r la p r o d u c c i ó n dest i n a d a al u s o de la clase dirigente; orienta el crecimiento hacia un d o m i nio político a l t a m e n t e competitivo y, de esta m a n e r a , es i n h e r e n t e m e n t e inestable. Las élites m a n t i e n e n su posición e ingresos p o r m e d i o del poder, de su habilidad p a r a resistir los esfuerzos de otros poderes emergentes p a r a atraer sus esferas de control económico. El poder, a su vez, depende de m a ximizar los ingresos a través de invertir en proyectos de producción de ingresos. En efecto, p a r a m a n t e n e r s e a la cabeza de la carrera, las élites deb e n reinvertir de nuevo gran parte de las ganancias procedentes de nuevas inversiones en otras. La economía política crece a través de u n a retroalimentación positiva entre la inversión y los ingresos en expansión. La e c o n o m í a política crecerá a no ser que se vea detenida p o r factores q u e c a u s a n r e n d i m i e n t o s decrecientes. E n las sociedades m á s c o m plejas e n c o n t r a m o s un modelo cíclico en el que la economía política se expande hasta sus límites, se derrumba por conflictos internos y luego empieza a expandirse de nuevo. Las élites reconocen los límites al crecimiento e int e n t a n vencerlos instituyendo grandes mejoras de capital. En Hawai, p o r ejemplo (capítulo 11), d o n d e existía u n a c o m p e t e n c i a entre los jefes p a r a el control de las poblaciones de la isla, los jefes invirtieron en mejoras importantes c o m o viveros de peces, sistemas de irrigación y reclamaciones de tierras, en un esfuerzo p a r a i n c r e m e n t a r sus ingresos y, con ellos, su poder militar. P o r el contrario, en D i n a m a r c a , d u r a n t e la E d a d del Bronce (1700-700 a . C ) , los cacicazgos locales expandieron la cría de g a n a d o a fin de obtener animales p a r a comerciar, pero la intensificación degradó la región y condujo a la ruina, c u a n d o los p r a d o s q u e d a r o n reemplazados p o r m o n t e improductivo y la a r e n a se desplazó tierra adentro sobre las tierras de cultivo (Earle, 1997).

LA EVOLUCIÓN SOCIAL COMO ECOLOGÍA POLÍTICA

H e m o s utilizado el enfoque adaptativista de Steward p a r a t e n d e r un p u e n t e e n t r e el evolucionismo social y la antropología e c o n ó m i c a , part i c u l a r m e n t e a fin de t r a s l a d a r el énfasis del e s t r u c t u r a l i s m o marxista sob r e el p o d e r y el control de los r e c u r s o s h a c i a u n a m á s a m p l i a c o n c e p -

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ción ecológica de la e c o n o m í a política, c o m o u n a serie de soluciones a los p r o b l e m a s que aparecen en la economía de subsistencia. Sin embargo, ello significa, no h a c e falta decirlo, que la integración de la subsistencia y las e c o n o m í a s p o l í t i c a s es en sí m i s m a a d a p t a t i v a , t r a n q u i l a , y sin c o n t r a d i c c i o n e s . Más que u n a c o n s t r u c c i ó n analítica, el conflicto e n t r e la subsistencia y las e c o n o m í a s políticas —entre las n e c e s i d a d e s d o m é s ticas y las solicitudes p r o c e d e n t e s de la esfera política— es un lugar com ú n y m u y c e r c a n o a la experiencia de las familias en c u a l q u i e r p a r t e del m u n d o . Los líderes g u e r r e r o s tienen dificultades p a r a reclutar guerreros, los q u e ofrecen b a n q u e t e s deben h a l a g a r e incluso i n t i m i d a r a sus seguidores p a r a q u e a p r o v i s i o n e n el festín, los g o b i e r n o s deben seguir la pista y castigar a los evasores de i m p u e s t o s . En la privacidad de sus casas, las familias discuten las peticiones de la e c o n o m í a política y su g r a d o de c o m p r o m i s o p a r a satisfacer las obligaciones políticas. Las «soluciones» de la e c o n o m í a política, incluidas las guerras, el uso de exced e n t e s p a r a f i n a n c i a r las i n v e r s i o n e s de élites d i s t a n t e s y la e r r a d i c a ción de forajidos, p u e d e n ser inadaptativas p a r a los n u m e r o s o s h o g a r e s q u e son víctimas de ellas. El potencial p a r a las c o n t r a d i c c i o n e s e n t r e la e c o n o m í a de subsistencia y las e c o n o m í a s políticas — c o m o interacción dinámica de ecología y política— ayuda a explicar los límites del crecimiento de la economía política en cualquier m o m e n t o de la historia. La e c o n o m í a política, al ser fin a n c i a d a p o r el excedente obtenido de la e c o n o m í a de subsistencia (capítulo 9), no p u e d e funcionar, y m e n o s crecer, si no es que la participación de la familia está asegurada. La pregunta evolutiva, ¿qué hace crecer a la e c o n o m í a política?, e n c u e n t r a su respuesta en la motivación económica: la familia p a r t i c i p a r á en la e c o n o m í a política h a s t a el p u n t o en que los beneficios de participación excedan a los costes. En sociedades de p e q u e ñ a escala, con poblaciones dispersas, los beneficios de integrarse en u n i d a d e s políticas mayores son p e q u e ñ o s y los costes elevados. Al crecer la población, el espacio se llena y la competencia por los recursos se incrementa. Aparecen graves problemas en la econ o m í a de subsistencia, entre los cuales la tragedia de los c o m u n e s es un solo ejemplo. Las poblaciones se ven circunscritas por sus inversiones a sus propios territorios y p o r la falta de libertad de movimientos, ya que los espacios vecinos están t a m b i é n llenos de gente p r e p a r a d a p a r a defenderlos (Carneiro, 1967 xxxvi; 1970b). Solucionar los problemas de subsistencia requiere de m a n e r a creciente la acción del grupo y un liderazgo, que son las condiciones que estimulan el control económico y la expansión de la economía política. En su función de resolver los problemas, los líderes gestionan la econ o m í a p a r a el p r o v e c h o de las familias i n t e g r a n t e s , a u m e n t a n d o los beneficios de la p a r t i c i p a c i ó n en la e c o n o m í a política a m e d i d a que la presión de la p o b l a c i ó n crece. Lo m i s m o , en o t r a s p a l a b r a s : el coste de la familia que no p a r t i c i p a en la e c o n o m í a política se vuelve insoportable; en tierras áridas, ¿qué familia de c a m p e s i n o s p u e d e girar la espalda a las élites q u e c o n t r o l a n la irrigación? P o d e m o s visualizar la e c o n o m í a poli-

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tica e v o l u c i o n a n d o c o m o u n a b u r b u j a . P a r a las familias en el i n t e r i o r de la burbuja, los beneficios de p a r t i c i p a r en la e c o n o m í a política exceden a los costes; p a r a aquellas que están fuera, los costes exceden a los beneficios. Al ser e x t r e m a d a m e n t e costoso controlar a las poblaciones hostiles que no ven los beneficios p a r a sí m i s m a s de su participación en la econom í a política, las élites no invertirán en el control militar de poblaciones lej a n a s sin razones que las fuercen a hacerlo. A m o d o de ejemplo, el Estado inca logró integrar a las c o m u n i d a d e s agrarias asentadas en u n a franja de territorio que se extendía u n o s tres mil kilómetros de norte a sur p o r la cordillera andina, a u n q u e fracasó r e i t e r a d a m e n t e al intentar p o n e r bajo su control a las aldeas y pueblos dispersos de la selva amazónica adyacente, tan sólo ochenta kilómetros al este. Como va a m o s t r a r n u e s t r a discusión sobre los m a c h i g u e n g a (caso 3) y los incas (caso 16), los costes y beneficios de la participación familiar en la e c o n o m í a política incaica fueron c o m p l e t a m e n t e diferentes en la cordillera y en la selva. Periféricos, sin e m b a r g o , son aquellos que están fuera de la estruct u r a de beneficios de la e c o n o m í a política (la burbuja), m á s que simplem e n t e aquellos situados a cierta distancia geográfica de los centros de poder. No es i n u s u a l , p a r a a l g u n o s s e g m e n t o s de la p o b l a c i ó n q u e no se benefician de la participación de la economía política, quedarse fuera de la ley (forajidos) pese a estar en el interior del estado. En las zonas urban a s c o n t e m p o r á n e a s —incluso W a s h i n g t o n D.C., en el vértice del p o d e r m u n d i a l actual— hay grupos fuera de la ley, el c o m p o r t a m i e n t o político y e c o n ó m i c o de los cuales se a p r o x i m a m u c h o m á s a aquel de los grupos locales (capítulo 5): altas tasas de m u e r t e m a s c u l i n a p o r violencia, liderazgo limitado de h o m b r e s valientes sobre grupos pequeños, agrupaciones informales de líderes (que algunas veces se coordinan desde la prisión) y u n a endémica y violenta competencia sobre territorios y recursos m a r c a d a p o r homicidas oportunistas. A pesar de estar dentro del estado, no forman parte política del m i s m o : viven d u r a n t e la m a y o r parte del tiempo fuera de la burbuja. El estado intenta limitar sus efectos perturbadores sobre el resto de la sociedad, a u n q u e s o r p r e n d e n t e m e n t e no tiene p o d e r p a r a m a n t e n e r su c o m p o r t a m i e n t o bajo control. Sin embargo, la m a y o r parte de las opciones de la gente c o m ú n , están totalmente circunscritas, con escasas posibilidades de permanecer fuera de la burbuja de la economía política. Esta falta de opciones es u n a fuente de o p o r t u n i d a d e s p a r a el control a través del cual las élites g a n a n poder. En tal p u n t o —y esto es a lo que Fried y los marxistas estructuralistas llegar o n al final— las élites p u e d e n usar sus posiciones de p o d e r p a r a su propio engrandecimiento. La economía política, el origen de la cual reside en la solución de p r o b l e m a s de la e c o n o m í a de subsistencia, finalmente desemboca en u n a oposición parcial al bienestar de las familias, enarbolando el espectro de la d o m i n a c i ó n y la explotación. El proceso ecológicamente adaptativo de la e c o n o m í a de subsistencia se enfrenta a los a c u e r d o s de poder de la e c o n o m í a política, con u n a ecología política contradictoria y conflictiva c o m o resultado.

INTRODUCCIÓN

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El p r o c e s o evolutivo La evolución de las sociedades h u m a n a s es u n a espiral en dirección ascendente. Como consecuencia del proceso de intensificación —la retroalimentación positiva entre el crecimiento de la población y el desarrollo tecnológico— aparecen problemas graves que h a n de resolverse si se quiere sostener la intensificación. Si no, u n a crisis de superpoblación precipitaría u n a baja fertilidad/alta mortalidad, reajustando la población a la baja hacia la capacidad de sostén. Las soluciones a estos p r o b l e m a s se encuent r a n , la m a y o r í a de las veces, en la creación o la elaboración de instituciones de la e c o n o m í a política, que a p o r t a n u n a integración político-econ ó m i c a m á s a m p l i a y líderes m á s poderosos. C u a n d o estas soluciones son c o m p r o b a d a s y redefinidas y p a s a n a formar parte de la experiencia ordinaria, p r e p a r a n a su vez la escena p a r a nuevas intensificaciones y nuevos desarrollos de la economía política en u n a espiral ascendente. La figura 3 ilustra este proceso iterativo de la evolución social. A pesar de que la intensificación no es un imperativo, y p o d e m o s hallar ejemplos de ello — c o m o los esquimales del interior (caso 6), d o n d e los refina-

FIG. 3.

Modelo para la evolución de las sociedades humanas.

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mientos tecnológicos sólo tuvieron u n a s pequeñas consecuencias en el crecimiento de la población d u r a n t e miles de años—, el registro arqueológico e histórico a través del largo trayecto del desarrollo cultural h u m a n o muestra un i n c r e m e n t o sostenido y al final e n o r m e en la población h u m a n a en todo el m u n d o (Coale, 1974; fig. 1b). Como resultado del i n c r e m e n t o de la población, la e c o n o m í a de subsistencia tiene q u e ser intensificada p a r a m a n t e n e r a un m a y o r n ú m e r o de gente sobre la m i s m a base de recursos. La intensificación no a p a r e c e sin coste alguno, sino q u e de m a n e r a característica genera cuatro tipo de problemas, la importancia relativa de los cuales varía según los condicionantes ambientales. Se trata del riesgo de producción, el pillaje y la guerra, las necesidades tecnológicas y las deficiencias en los recursos. P a r a solucionar estos p r o b l e m a s g e n e r a l m e n t e es preciso a u m e n t a r la i n t e g r a c i ó n e c o n ó m i c a de las c o m u n i d a d e s y el p o d e r de los líderes. El riesgo de producción es el p r i m e r problema. A m e d i d a que un paraje se llena de gente, los alimentos m á s deseables se ven p r o n t o esquilm a d o s y los m e n o s deseables, aquellos que otras veces sirvieron p a r a mitigar la h a m b r u n a en años malos, se convierten en parte de la dieta regular. Con m e n o s p a r a c h o q u e s y g e n e r a l m e n t e m e n o s a l i m e n t o s , el riesgo de h a m b r u n a a u m e n t a , y cada familia se enfrenta a la necesidad de crear un m a r g e n de seguridad en la p r o d u c c i ó n alimentaria contra la posibilidad de estaciones o a ñ o s m a g r o s (cf. la citada ley del m í n i m o de Leibig). Las familias p u e d e n h a c e r algo al respecto de m a n e r a individual, a través de la s o b r e p r o d u c c i ó n (p. ej., caso 3) o del a l m a c e n a m i e n t o privado de alim e n t o s (p. ej., casos 9 y 12). Sin embargo, en algún m o m e n t o c o m p a r t i r los costes de la seguridad da mejores resultados a la c o m u n i d a d . Una man e r a clásica de gestión del riesgo es el a l m a c e n a m i e n t o comunitario de alimentos, otro son los acuerdos recíprocos entre c o m u n i d a d e s p a r a visitarse (y ofrecerse b a n q u e t e s ) en t i e m p o s de escasez. Una región que tenga alm a c e n a m i e n t o c o m u n i t a r i o o festines recíprocos p u e d e sostener u n a población m á s amplia, a u n q u e tales acuerdos requieren un liderazgo y crean oportunidades de control. El segundo p r o b l e m a es la competencia p o r los recursos. En todos los niveles e c o n ó m i c o s c o n o c i d o s e t n o g r á f i c a m e n t e existe la c o m p e t e n c i a entre familias p o r recursos preciados. En el nivel familiar, caracterizado p o r densidades de población bajas y recursos dispersos, las familias tienden a evitar la competencia dispersándose y a p a r t á n d o s e del c a m i n o de las otras. A pesar de ello, con la intensificación, los recursos localmente ricos, c o m o las tierras bajas fértiles, se convierten incluso en m á s preciosos, y las mejoras en el c a m p o , c o m o las plantaciones de árboles de larga recolección, se hacen m á s c o m u n e s . Estos desarrollos a u m e n t a n los beneficios de u n a t o m a violenta del territorio en relación a los costes de la violencia. El nivel general de violencia en u n a región a u m e n t a en consonancia con esto, y los g r u p o s p e q u e ñ o s p a c t a n alianzas con o t r o s g r u p o s también pequeños p a r a u n a defensa m á s eficaz de sus recursos. Esto último t a m b i é n precisa de u n a integración social m a y o r y genera o p o r t u n i d a d e s p a r a el control.

INTRODUCCIÓN

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El t e r c e r p r o b l e m a , el u s o i n a d e c u a d o de los r e c u r s o s , se refiere a los r e c u r s o s q u e sólo p u e d e n usarse si se desarrollan tecnologías costosas. Al a u m e n t a r la población en u n a zona de recursos, y con ello los riesgos de p r o d u c c i ó n , se vuelve ventajoso invertir en tecnologías que utilizan recursos q u e fueron ignorados en niveles de población m á s bajos. Por ejemplo, el u s o eficiente de los recursos m a r i n o s p u e d e requerir la construcción de e n o r m e s canoas o barcos balleneros; el u s o de terrenos áridos p a r a cultivos p u e d e requerir un sistema de irrigación; en el lejano norte, la a b u n d a n c i a de alimento en verano puede conjurar el h a m b r e en invierno sólo a través de tecnologías a gran escala de recolección y almacenamiento. Estas tecnologías se hallan frecuentemente m á s allá de la capacidad de u n a sola familia, precisan de la colaboración de las familias en u n a c o m u n i d a d y, a su debido tiempo, se someten al control de un director. El c u a r t o p r o b l e m a , el a g o t a m i e n t o de los r e c u r s o s locales, consecuencia del crecimiento de la población, p u e d e a u m e n t a r la necesidad de bienes que no se p u e d e n producir de m a n e r a local pero que sí se p u e d e n obtener al i n t e r c a m b i a r los bienes locales. El comercio p u e d e corregir la escasez estacional o a n u a l en la p r o d u c c i ó n y a u m e n t a r la p r o d u c c i ó n de a l i m e n t o s t r a y e n d o h e r r a m i e n t a s (p. ej., h a c h a s ) a lugares q u e carecen de las materias p r i m a s necesarias p a r a fabricarlas. De a m b a s formas el com e r c i o de bienes especializados a u m e n t a la eficiencia global con la q u e u n a población se p u e d e aprovisionar de recursos limitados y, de esta m a nera, crece la capacidad para sostener u n a población mayor sobre la m i s m a b a s e de recursos, q u e es el objetivo de la intensificación. No obstante, el comercio, en especial el comercio a larga distancia, precisa de un comerciante con conocimientos, capaz de t o m a r decisiones que vinculen al grupo comercial. Y esto t a m b i é n significa u n a o p o r t u n i d a d p a r a el control. El riesgo de producción, entonces, se c o n t r a r r e s t a con los acuerdos de gestión de riesgos; la c o m p e t e n c i a p o r los r e c u r s o s lleva a la formación de alianzas a fin de defenderlos; las contribuciones del grupo a tecnologías de m a y o r escala corrigen el uso ineficiente de los recursos, y las deficiencias de los recursos se ven compensadas por el comercio. Estas resp u e s t a s de intensificación se hallan abiertas a las familias s o l a m e n t e de m a n e r a parcial y limitada. Precisan de grupos m a y o r e s y con líderes, y éstos van surgiendo. Se resuelven los p r o b l e m a s de la intensificación, p e r o la población crece al hacerlo contra los recursos. C o n t i n u a m e n t e se pres e n t a n respuestas tecnológicas, y el proceso es c o n d u c i d o espiral a r r i b a h a s t a el desarrollo de la nación-estado.

La tipología evolutiva Los evolucionistas d e c i m o n ó n i c o s t e n d i e r o n a clasificar sus estadios evolutivos en t é r m i n o s tecnológicos: E d a d de Piedra, E d a d del Bronce, E d a d del H i e r r o . Al a u m e n t a r el c o n o c i m i e n t o de la complejidad de los sistemas económicos, estas etiquetas tecnológicas dieron p a s o a t é r m i n o s m á s genéricos tales c o m o cazadores-recolectores, horticultores, ganade-

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ros, que i n d i c a b a n sistemas económicos m á s a m p l i o s y no rasgos individuales de tecnología. A pesar de ello, los antropólogos ya no se sienten cóm o d o s con u n a tipología q u e echa en un m i s m o saco a g r u p o s t a n divergentes c o m o son los !kung y los indios de la costa n o r o e s t e de E s t a d o s Unidos c o m o c a z a d o r e s - r e c o l e c t o r e s , los m a c h i g u e n g a y los m a e enga c o m o agricultores, y los t u r c a n a y los basseri c o m o pastores. Siguiendo a Service (1962) y Fried (1967) h e m o s escogido designaciones m á s globales b a s a d a s en la organización social y política de la econ o m í a . H e m o s identificado tres niveles críticos de la integración socioeconómica c o m o base p a r a organizar n u e s t r a a r g u m e n t a c i ó n en este libro: a) el grupo de nivel familiar, incluido la familia-campamento y la familiaaldea; b) el g r u p o local, que incluye el g r u p o local acéfalo y la colectivid a d del g r a n h o m b r e , y c) la entidad política regional, que incluye el cacicazgo y el E s t a d o . El grupo de nivel familiar. La familia o el grupo del hogar es el grupo p r i m a r i o de subsistencia. Es capaz de u n a gran autosuficiencia, p e r o se mueve de m a n e r a oportunista dentro y fuera de los c a m p a m e n t o s de la familia extensa o de la aldea, al c o m p á s de la aparición de problemas u oportunidades. La familia-campamento es característica de las sociedades cazadorasrecolectoras de densidad baja (menos de u n a p e r s o n a p o r veinticinco kilómetros c u a d r a d o s ) . Los g r u p o s de c a m p a m e n t o de veinte a c i n c u e n t a personas se forman n o r m a l m e n t e c u a n d o los recursos se hallan altamente localizados o c u a n d o se necesita a un grupo m a y o r q u e u n a familia individual p a r a la gestión del riesgo o p a r a u n a actividad particular de la subs i s t e n c i a . E l g r u p o p u e d e luego dividirse e n p e q u e ñ o s s e g m e n t o s q u e consisten en familias individuales (de cinco a ocho personas) que explotan de m a n e r a independiente recursos dispersos de baja densidad. Estas sociedades se caracterizan p o r u n a división simple del trabajo p o r sexo. El liderazgo suprafamiliar es efímero y específico de un contexto concreto relacionado con requerimientos inmediatos de tipo organizativo c o m o u n a expedición de caza q u e precisa de la participación de n u m e r o s a s familias. A p e s a r de q u e el h o m i c i d i o es b a s t a n t e c o m ú n , la agresión o r g a n i z a d a (guerra) no lo es. El ceremonial es ad hoc y poco desarrollado. Un camp a m e n t o d i s p o n e de un territorio propio, p e r o no r e c l a m a acceso exclusivo sobre éste ni lo defiende estrictamente contra los extraños. La familia-aldea es característica de las sociedades de densidad algo m a y o r (de u n a p e r s o n a p o r veinticinco kilómetros c u a d r a d o s a u n a p o r kil ó m e t r o c u a d r a d o ) . Las familias se a g r u p a n en a s e n t a m i e n t o s o aldeas (de veinticinco a treinta y cinco personas) sobre u n a base m á s p e r m a n e n t e . La e c o n o m í a de subsistencia continúa confiando en alimentos silvestres, algunas veces en conjunción con un tímido inicio del cultivo o el pastoreo. El a l m a c e n a m i e n t o se halla m á s consolidado. D u r a n t e el a ñ o los individuos o las familias se mueven p a r a explotar recursos específicos; de un a ñ o al otro, la aldea se vuelve a formar y partes de ella, c o m o las casas, camb i a n de lugar p a r a reducir los costes de obtención de los recursos.

INTRODUCCIÓN

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La aldea no forma un grupo político claramente delimitado y el liderazgo continúa siendo específico del contexto y m í n i m o . El ceremonial está poco desarrollado. Como en el caso de la familia-campamento, el territorio de la aldea consiste en terrenos domésticos sin defensas, y la guerra no es c o m ú n . El grupo local. Los grupos locales de m u c h a s familias, que van de cinco a diez veces el t a m a ñ o de los grupos de nivel familiar, se forman en torno a algún interés c o m ú n c o m o la defensa o el a l m a c e n a m i e n t o de comida. Se hallan n o r m a l m e n t e subdivididos en líneas de p a r e n t e s c o dentro de linajes corporativos o clanes. En función del alcance de sus intereses c o m u n e s , estos grupos son o bien u n i d a d e s del t a m a ñ o de un poblado, acéfalas, o bien grupos mayores integrados p o r redes regionales de interc a m b i o encabezadas p o r u n gran h o m b r e . El g r u p o local acéfalo se halla típicamente en sociedades con densid a d e s s u p e r i o r e s a u n a p e r s o n a p o r dos k i l ó m e t r o s c u a d r a d o s . La econ o m í a de subsistencia se centra, en la m a y o r p a r t e de los casos, en especies d o m e s t i c a d a s , a p e s a r de que en ocasiones p r e d o m i n a n los recursos salvajes, e s p e c i a l m e n t e los r e c u r s o s m a r i n o s . Un m o d e l o f r e c u e n t e de a s e n t a m i e n t o es un p o b l a d o de entre cien y doscientas p e r s o n a s , subdividido en segmentos de clan o linaje del t a m a ñ o de u n a aldea (esto es, de veinticinco a treinta y cinco personas). El grupo local forma un grupo político r i t u a l m e n t e integrado y p u e d e tener un cabecilla, p e r o se fragmenta n o r m a l m e n t e en los g r u p o s de p a r e n t e s c o que lo constituyen, o bien est a c i o n a l m e n t e o bien p e r i ó d i c a m e n t e c o m o resultado de d i s p u t a s internas. A c a u s a de la g u e r r a e n d é m i c a , las relaciones i n t e r c o m u n i t a r i a s de distintos tipos son s u m a m e n t e i m p o r t a n t e s p a r a la seguridad de la com u n i d a d , a u n q u e estas relaciones sólo se p r o d u c e n en un nivel r e d u c i d o de familia p o r familia. El ceremonial es i m p o r t a n t e p a r a g r u p o s q u e se definen p ú b l i c a m e n t e y p a r a sus interrelaciones. Los recursos están controlados exclusivamente p o r los g r u p o s familiares y la defensa territorial es c o m ú n . El g r a n h o m b r e y la colectividad intergrupal que dirige se e n c u e n t r a n en u n a densidad de población m á s alta, a u n q u e variable en zonas en que la guerra entre grupos territoriales ha sido tradicionalmente intensa. La subsistencia se centra b á s i c a m e n t e en la agricultura, el pastoreo o en recursos naturales e x t r e m a d a m e n t e productivos. La c o m u n i d a d local, de entre trescientas y quinientas personas, es u n a división territorial que norm a l m e n t e contiene segmentos de un clan múltiple o de linajes que o bien viven juntos en un pueblo o bien se hallan dispersos por el territorio bien definido del grupo. El grupo local está representado p o r el gran h o m b r e , un líder fuerte y carismático, que es esencial p a r a el m a n t e n i m i e n t o de la cohesión interna del grupo y p a r a negociar las alianzas intergrupales. El gran h o m b r e t a m b i é n es i m p o r t a n t e en la gestión del riesgo, el comercio y las disputas i n t e r n a s del a s e n t a m i e n t o , y representa a su grupo en las cerem o n i a s m á s i m p o r t a n t e s que c o o r d i n a n y formalizan las relaciones intergrupales. Su p o d e r depende, sin e m b a r g o , de su iniciativa personal: si sus

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seguidores le a b a n d o n a r a n por un competidor, poco le quedaría de la reputación que intentó construir p a r a sí m i s m o y p a r a su g r u p o local, o de las posibles alianzas establecidas. La entidad política regional. Las organizaciones regionales aparecen a partir de grupos locales a n t e r i o r m e n t e fragmentados en condiciones que examinaremos en detalle. Según la escala de integración, pueden ser o bien cacicazgos, o bien estados. Los cacicazgos se desarrollan en sociedades en las que la guerra entre grupos es endémica, p e r o está dirigida hacia la conquista y la incorporación de los grupos derrotados m á s que hacia la expulsión de éstos de sus tierras. La e c o n o m í a de subsistencia es similar a aquella de la colectividad del gran h o m b r e y requiere u n a gestión similar. En cambio, las estrategias económicas, en especial la agricultura de regadío y el comercio exterior, p r o c u r a n o p o r t u n i d a d e s p a r a las inversiones y el control de la élite, que se u s a n p a r a sacar un p r o d u c c i ó n excedentaria de la economía de subsistencia con la que financiar las operaciones del cacicazgo. Al proseguir la integración de la entidad política regional e m e r g e n claramente definidos a nivel local y regional puestos de liderazgo q u e son o c u p a d o s p o r m i e m b r o s de u n a élite hereditaria. Los jefes, siempre en b u s c a de nuevas fuentes de ingresos, intentan expandir su control territorial m e d i a n t e conquistas. Aquí se observa un modelo cíclico típico: las c o m u n i d a d e s locales y miles de personas se ven i n c o r p o r a d a s bajo el control de un jefe eficaz, p e r o se f r a g m e n t a n a la m u e r t e de éste en las c o m u n i d a d e s constituyentes. La competencia es intensa, t a n t o d e n t r o de la jefatura p o r los cargos políticos c o m o entre jefat u r a s p o r el control de los recursos que p r o d u c e n excedentes. Las cerem o n i a s legitiman el liderazgo y el control de la élite gobernante. El desarrollo de estados e imperios implica la extensión de la d o m i n a c i ó n política, g e n e r a l m e n t e p o r conquista, de u n a z o n a todavía mayor. Los estados formados p o r conquista p u e d e n i n c o r p o r a r poblaciones vastas, a m e n u d o de millones, que son étnica y e c o n ó m i c a m e n t e diversas. Como en los cacicazgos, las élites gestionan la e c o n o m í a c u i d a d o s a m e n t e a fin de m a x i m i z a r el excedente de producción, q u e p u e d e ser t r a d u c i d o en p o d e r y en supervivencia política. La p r o p i e d a d elitista de los recursos y de la tecnología suele formalizarse en un sistema de p r o p i e d a d legal. Las instituciones nacionales y regionales — u n ejército, u n a b u r o c r a cia, un sistema legal coercitivo— se desarrollan p a r a manejar las funciones del estado c r e c i e n t e m e n t e complejas. Las c e r e m o n i a s m a r c a n fases significativas en el ciclo e c o n ó m i c o a n u a l y legitiman el acceso desigual a los recursos. De la cantidad a la calidad: la aparición de nuevas formas sociales. Hasta a h o r a nos h e m o s c e n t r a d o en el c a m b i o gradual, cuantitativo. En los capítulos que siguen nos o c u p a r e m o s del difícil p r o b l e m a del c a m b i o cualitativo en la c r e a c i ó n de nuevas instituciones sociales. En la evolución de la complejidad social aparece un c a m b i o crítico c u a n d o se h a c e

INTRODUCCIÓN

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preciso integrar unidades anteriormente autónomas o separadas (cf. Steward, 1955). Como Service (1962) indicaba, no se p u e d e n f o r m a r unidades sociopolíticas mayores a no ser q u e aparezcan nuevos m e c a n i s m o s integradores q u e inhiban la segmentación en las u n i d a d e s m á s p e q u e ñ a s que los componen. M e c á n i c a m e n t e , p a r e c e q u e las nuevas instituciones integradas, tales c o m o el poblado o el cacicazgo, se forman p o r «promoción» (Flannery, 1972): de e n t r e las originales u n i d a d e s a u t ó n o m a s , u n a de ellas se convierte en d o m i n a n t e y s u b o r d i n a a las otras. Por ejemplo, en la Polinesia, un solo linaje local p u e d e expandirse m e d i a n t e conquista h a s t a formar un cacicazgo local. El cacicazgo empieza organizándose sobre la base de principios familiares que g o b e r n a b a n a n t e r i o r m e n t e el linaje local; p e r o sus nuevas funciones regionales c o n d u c e n de u n a m a n e r a inexorable a cambios en su m o d o de organización. Las formas e instituciones b a s a d a s en la familia g r a d u a l m e n t e dejan p a s o a nuevas y m á s b u r o c r á t i c a s instituciones, diseñadas p a r a resolver los problemas que aparecen al integrar u n a sociedad a u n a escala m u c h o mayor. En el p a s a d o , los antropólogos no incidieron lo suficiente en la naturaleza d i n á m i c a del c a m b i o evolutivo, p r o b a b l e m e n t e debido a q u e la conveniencia de las tipologías de «estadio» les llevaron a plantearse cuestiones simples sobre el origen, c o m o , p o r ejemplo, q u é causó la evolución de los cacicazgos. Como q u e r e m o s d e m o s t r a r en este libro, los cacicazgos no se c r e a n de r e p e n t e ni se p u e d e n explicar c o m o r e s u l t a d o directo de un ú n i c o factor. En realidad, cualquier forma social compleja evoluciona g r a d u a l m e n t e , r e s p o n d i e n d o a c a m b i o s cuantitativos en las variables de intensificación, integración y estratificación. En ocasiones, un nuevo nivel de integración no representa un c a m b i o cualitativo significativo si no se ve a c o m p a ñ a d o p o r c a m b i o s en estas variables s u b r a y a d a s : p u e d e estar formado de u n a m a n e r a débil y sujeto a fragmentación, c o m o el imperio heian del J a p ó n medieval (capítulo 12). Según n u e s t r o p u n t o de vista, es m á s i m p o r t a n t e entender c ó m o se alcanza un nuevo nivel de integración y se estabiliza, que r e s p o n d e r cualquier cuestión simple sobre sus orígenes. É s t a va a ser n u e s t r a t a r e a en este libro.

El p l a n d e l libro El libro está organizado en tres partes que c o r r e s p o n d e n a nuestros tres niveles críticos de la integración sociocultural: el grupo de nivel familiar, el grupo local y el entidad política regional. La tabla 1 identifica los casos etnográficos que discutimos y su nivel de integración. Sólo m e d i a n t e el e x a m e n cuidadoso de estos casos, j u n t o c o n la información arqueológica de los tiempos prehistóricos, p o d e m o s e m p e z a r a e n t e n d e r la evolución de la e c o n o m í a política. Aquí es d o n d e u n a teoría unilineal de los estados universales de desarrollo se puede c o m b i n a r fructíferamente con u n a teoría multilineal de líneas alternativas de desarrollo, que a p a r e c e n a partir de circunstancias únicas históricas y del medio.

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PRIMERA PARTE E L G R U P O D E N I V E L FAMILIAR

CAPÍTULO 2 EL N I V E L FAMILIAR

La o r g a n i z a c i ó n de nivel familiar es u n a forma elemental de la sociedad h u m a n a . Un g r u p o típico tiene alrededor de veinticinco m i e m b r o s que residen j u n t o s en un c a m p a m e n t o o aldea de quizá cinco familias nucleares o extendidas m í n i m a m e n t e . Las relaciones clave son bioculturales: padres-hijos, m a r i d o - m u j e r y h e r m a n o s . Un c a m p a m e n t o de recolectores es c o m o u n a familia a m p l i a d a , q u e incluye los h e r m a n o s m a y o r e s , sus esposas y sus hijos. Los individuos p u e d e n moverse entre los c a m p a m e n t o s , i n c o r p o r á n d o s e a los g r u p o s p e q u e ñ o s en los q u e tienen parientes c e r c a n o s . La familia biológica de p a d r e s e hijos organiza m u c h a s actividades básicas c o m p l e m e n t a r i a s : c o m e n j u n t o s , c o o p e r a n y c o m p a r t e n . Los h o m b r e s suelen a y u d a r s e m u t u a m e n t e y les gusta sentarse a p a r t e y dedicarse a actividades masculinas. Las mujeres se j u n t a n p a r a ayudarse entre ellas y hacerse c o m p a ñ í a . Los niños j u e g a n y trabajan c o m o amigos y competidores. Las relaciones son p e r s o n a l e s e íntimas. Cada familia m a n t i e n e u n a amplia red de relaciones que vinculan de m a n e r a sutil los p e q u e ñ o s c a m p a m e n t o s o aldeas de u n a región, p e r m i t i e n d o un movimiento fácil y u n a asociación flexible d e n t r o de y entre los a s e n t a m i e n t o s . Los antropólogos t a r d a r o n en reconocer el nivel familiar c o m o un tipo distinto de sociedad h u m a n a . D a m o s p o r supuesto que las familias, los hogares y los grupos e m p a r e n t a d o s son u n i d a d e s económicas fundamentales. Aun así e s t u d i a m o s las familias, incluso en sociedades no estratificadas, c o m o s u b o r d i n a d a s a instituciones sociales m a y o r e s . En el p a s a d o , los r e t r a t o s a n t r o p o l ó g i c o s de los «primitivos» t e n d i e r o n a c e n t r a r s e en sociedades con e s t r u c t u r a s sociales m á s desarrolladas, tales c o m o grupos familiares corporativos, sistemas políticos de rango, y asociaciones ceremoniales. Esta idea ha provocado d e m a s i a d o a m e n u d o que describamos a las sociedades de nivel familiar en t é r m i n o s de lo que les «falta», c o m o s i m o s t r a r a n u n a imposibilidad deplorable p a r a alcanzar u n t a m a ñ o respetable y u n a sofisticación institucional (p. ej., Evans-Pritchard, 1940: 262; Holmberg, 1969: 124-60). Incluso S t e w a r d (1955: 120), cuyo relato de los s h o s h ó n (caso 1) contribuyó en g r a n m e d i d a a clarificar el concepto de sociedad de nivel familiar, los c o n s i d e r a b a «tipológicamente únicos» y negó su significación teórica en la prehistoria. Service (1962: 64-66) negó total-

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m e n t e la existencia del nivel familiar, excepto en instancias aisladas de contacto m o d e r n o y r u p t u r a social. Sin e m b a r g o , el análisis de Steward del nivel familiar de los s h o s h ó n es válido p a r a m u c h a s sociedades cazadoras-recolectoras —algunas con domesticación— existentes hoy en día y p a r a m u c h a s otras conocidas sólo a través del registro prehistórico. Steward acertó al identificar un modelo de poblaciones dispersas que b u s c a n distintos recursos a nivel local: alim e n t o s vegetales silvestres y u n o s pocos animales. Y estaba en lo cierto al p e n s a r q u e en estas situaciones u n a familia, que p a r a él significaba u n a familia n u c l e a r ampliada con u n o s pocos parientes cercanos, podía ser en g r a n m a n e r a autosuficiente y no estar p e r m a n e n t e m e n t e s u b o r d i n a d a a u n g r u p o plurifamiliar estable (Steward, 1 9 5 5 : 1 0 2 ) . La característica notable de las sociedades de nivel familiar es su lib e r t a d respecto a las instituciones formales p o r e n c i m a de la familia. Más q u e c o n s i d e r a r l a s u n a deficiencia, d e b e r í a m o s m i r a r las n o r m a s f l e x i bles del nivel familiar c o m o u n a consecuencia adaptativa n a t u r a l de las d i n á m i c a s específicas de los cazadores-recolectores de baja densidad. Las e c o n o m í a s de nivel familiar d e p e n d e n de ser capaces de conseguir y utilizar r e c u r s o s de m a n e r a o p o r t u n i s t a . El acceso a la p r o d i g a l i d a d de la tierra d e b e ser p o c o restringido, y el trabajo y la tecnología p a r a conseguir la r e c o m p e n s a debe estar disponible p a r a todas las familias. En térm i n o s económicos, los factores p r i m a r i o s de p r o d u c c i ó n —tierra, trabajo y capital— d e b e n ser retenidos p o r la familia. Como veremos en capítulos posteriores, sólo con la erosión del acceso i n d e p e n d i e n t e de la familia a los medios de p r o d u c c i ó n surge la formación de instituciones a u n a escala m á s amplia. No o b s t a n t e , es preciso no exagerar el c a r á c t e r no e s t r u c t u r a d o del nivel familiar. Tan p l e n a m e n t e culturales c o m o c u a l q u i e r c o m u n i d a d hum a n a , las sociedades d e nivel familiar a b u n d a n e n e s t r u c t u r a s q u e regulan el acceso a los recursos, m o d e l o s de p r o d u c c i ó n , d i s t r i b u c i ó n del a l i m e n t o y relaciones e c o n ó m i c a s m á s allá de la familia. Son características las n o r m a s q u e g o b i e r n a n la división sexual del trabajo y las formas de compartir de manera interpersonal. No se trata tanto de principios formales c o m o de s o b r e e n t e n d i d o s c o m u n e s relativos a las esferas p r o pias de la actividad de mujeres y h o m b r e s , y al apoyo h a c i a los familiares y amigos de u n o m i s m o . U n a violación no es un crimen, sino u n a vergüenza: el violador tiene m e n o s posibilidades de ser castigado físicamente q u e de ser escarnecido y ridiculizado. La b a s e e s t r u c t u r a l de estas norm a s es t a n p r o f u n d a y p e r d u r a b l e q u e h o m b r e s y m u j e r e s casi n u n c a realizan la m i s m a tarea: incluso en un afán c o m ú n c o m o la o b t e n c i ó n de a l i m e n t o s , las t a r e a s t i e n d e n a dividirse entre actividades m a s c u l i n a s y femeninas, en lugar de desdibujar la distinción de género. Y c u a n d o se m a t a u n a n i m a l s e e s p e r a seguir u n a p a u t a establecida d e d i s t r i b u c i ó n de la c a r n e . La o r g a n i z a c i ó n social de la e c o n o m í a , flexible e individualista c o m o es, m a r c a el c o m p o r t a m i e n t o de m a n e r a p o d e r o s a y p e n e t r a n t e a través de s o b r e e n t e n d i d o s culturales de lo q u e es respetable, a d e c u a d o y valiente.

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Siguiendo la lista de descripción del núcleo cultural de las ocho variables (véase capítulo 1), r e s u m i m o s las principales características de las sociedades de nivel familiar: 1. El medio, p a r a los casos m o d e r n o s , es marginal en las estrategias de s u b s i s t e n c i a intensivas. Los r e c u r s o s se hallan g e n e r a l m e n t e dispersos, son improductivos y a l t a m e n t e variables. En la prehistoria, y en alg u n a s situaciones del presente etnográfico, los cazadores-recolectores se desenvolvieron en medios m u c h o m á s ricos. Mientras las d e n s i d a d e s de población h u m a n a fueron relativamente bajas y la e c o n o m í a se c e n t r a b a en las plantas, p u d o c o n t i n u a r u n a sociedad de nivel familiar; a m e d i d a que las densidades de población a u m e n t a r o n se hicieron necesarias instituciones m á s complejas. 2. La densidad de población es baja, n o r m a l m e n t e m u y p o r debajo de u n a persona por cada dos kilómetros cuadrados. Las causas de u n a densidad de población baja p u e d e n incluir un a s e n t a m i e n t o reciente, u n a fertilidad baja r e s u l t a n t e de las actividades de subsistencia o — m e n o s com ú n m e n t e — u n a alta mortalidad resultado de la enfermedad. 3. La tecnología consiste en h e r r a m i e n t a s personales, tales c o m o el u b i c u o palo p a r a cavar o el arco y la flecha, que se u s a n de m a n e r a individual p a r a p r o c u r a r s e y p r o c e s a r los a l i m e n t o s y las m a t e r i a s p r i m a s . P o r lo g e n e r a l , la t e c n o l o g í a p a r a r e c o l e c t a r y p a r a c u l t i v a r es m e n o s complicada que la de cazar y p o r eso m á s fácilmente conseguida y utilizada dentro del contexto familiar (Oswalt, 1976). 4. La organización social de producción es familiar e informal. El parentesco, flexible y bilateral, permite a los grupos pequeños formarse y dispersarse. La división sexual del trabajo organiza la p r o d u c c i ó n en las familias, y la reciprocidad entre las familias ayuda a resolver los impredecibles problemas cotidianos, especialmente en la caza. Las familias individuales p u e d e n ser m á s autosuficientes c u a n d o p r e d o m i n a n los alimentos vegetales. Dentro de los c a m p a m e n t o s y las aldeas se t r a b a n amistades entre individuos del m i s m o sexo y edad similar, que se j u n t a n p a r a cooperar y hacerse c o m p a ñ í a . 5. La guerra y la territorialidad s o n v i r t u a l m e n t e i n e x i s t e n t e s . El m e c a n i s m o p r i m a r i o p a r a l a exclusión e s social: p a r a u s a r u n r e c u r s o , u n a p e r s o n a se d e b e c o n e c t a r a través de lazos de p a r e n t e s c o o de o t r o tipo a los m i e m b r o s del c a m p a m e n t o local. La escasez y lo i m p r e d e c i ble d e los r e c u r s o s favorece u n acceso r e c í p r o c o a b i e r t o , d e m o d o q u e las familias s e p u e d e n m o v e r h a c i a z o n a s m á s p r o m e t e d o r a s c u a n d o l o n e c e s i t a n . Las h o s t i l i d a d e s p e r s o n a l e s , e s p e c i a l m e n t e e n t r e h o m b r e s , p u e d e n a c a b a r e n h o m i c i d i o s c o m p u l s i v o s c u a n d o las a g r e s i o n e s estallan p o r las mujeres u o t r o s p r o b l e m a s , a u n q u e se desalienta la a g r e s i ó n a fin de m a n t e n e r u n a red extensiva de r e l a c i o n e s . P u e s t o q u e las b a s e s territoriales son a m p l i a s en relación al n ú m e r o de p o b l a d o r e s , las conf r o n t a c i o n e s i n t e r g r u p a l e s s o b r e e l a c c e s o exclusivo s o n p o c o c o m u n e s . La d e f e n s a del t e r r i t o r i o es difícil, c u a n d o no s i m p l e m e n t e p o c o práctica.

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6. La integración política es m í n i m a y no institucionalizada. C o m o m á x i m o existe cierta identidad cultural de grupo, a u n q u e la flexibilidad de asociación — r e u n i o n e s y separaciones o p o r t u n i s t a s — i m p r e g n a n las relaciones entre familias. 7. La estratificación prácticamente brilla por su ausencia. Poseer m á s riqueza o recursos equivale a ser requerido p a r a c o m p a r t i r m á s c o n los o t r o s . El liderazgo a p a r e c e en los m o m e n t o s en q u e es n e c e s a r i o p a r a p r o p o r c i o n a r dirección, luego se evapora, c o m o con los «jefes de las liebres» de los shoshón. Las diferencias en habilidades, a u n q u e a m p l i a m e n t e conocidas y reconocidas, no confieren p o d e r alguno sobre los otros, a pesar de que p u e d e n conllevar algunas ventajas a la h o r a de p r o c u r a r s e com i d a o parejas. 8. La santidad se ve reducida en gran parte a prácticas c h a m á n i c a s destinadas a la salud y el bienestar de la familia: rituales curativos, caza mágica y otras p o r el estilo. Los c h a m a n e s p u e d e n adquirir algún a u r a local de poder, en la que los d e m á s observan u n a ambivalencia entre lo beneficiosa y lo a m e n a z a n t e , a u n q u e la reputación de los c h a m a n e s fluctúa a lo largo del t i e m p o . Los c h a m a n e s no suelen presidir los elaborados rituales c o m u n a l e s . Las c e r e m o n i a s ocasionales ad hoc que a c o m p a ñ a n a ganancias inesperadas de recursos no son acontecimientos característicam e n t e rituales o sagrados. En la s o c i e d a d de nivel familiar, las c o n s i d e r a c i o n e s p r a g m á t i c a s son de la m a y o r importancia. Las personas se p r o c u r a n alimento, se m u e ven, forman grupos y realizan ceremonias según los beneficios percibidos y sus necesidades. Es p a r t i c u l a r m e n t e llamativo, c o m o m u e s t r a n n u e s tros casos, c ó m o las familias dividen p r a g m á t i c a m e n t e el m u n d o del trabajo en u n a esfera m a s c u l i n a y otra femenina. Casi siempre los h o m b r e s cazan, c o n s t r u y e n y realizan los t r a n s p o r t e s pesados. Las mujeres recolectan los alimentos vegetales silvestres, los procesan p a r a comerlos y almacenarlos, confeccionan la r o p a y crían a los niños. Esta división de tareas conduce a u n a fuerte interdependencia entre maridos y mujeres: cada u n o es i n c o m p l e t o p o r sí solo y la necesidad del otro es t a n fuerte e inmediata que las relaciones de género tienden a ser igualitarias, fundadas en el respeto p o r aquello que cada cual aporta a la vida en c o m ú n . En el nivel familiar, la p r i m e r a y principal consideración es la necesidad de reducir los riesgos, lo cual se resuelve en u n a dieta ecléctica, u n a red extensiva de parientes y lazos de amistad y la agregación y dispersión oportunista de c a m p a m e n t o s y aldeas. E s t a descripción constituye el m o delo básico de la e c o n o m í a y la organización social de la m a y o r p a r t e de los c a z a d o r e s - r e c o l e c t o r e s de baja densidad, q u e confían en la recolección y a m e n u d o en la caza. Y el m o d e l o p u e d e c o n t i n u a r p a r a g r u p o s que utilizan plantas cultivadas y animales domesticados. La incorporación de especies d o m e s t i c a d a s no p r o d u c e p o r sí m i s m a el a s e n t a m i e n t o y la construcción de un hogar p o r parte de los h u m a n o s : los agricultores pueden vivir i n d e p e n d i e n t e m e n t e en grupos familiares pequeños; en c a m b i o , cuidar rebaños de animales requiere tal movilidad oportunista que, incluso

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en las sociedades m á s complejas que v a m o s a e x a m i n a r m á s tarde en el presente libro, los pastores se resisten al control y vuelven a los grupos familiares p e q u e ñ o s c u a n d o les es posible.

En búsqueda de los humanos no domesticados La b ú s q u e d a de los primitivos ha constituido u n a p e r m a n e n t e preocupación de los antropólogos. B u s c a m o s conocer la profundidad de nuestra historia y documentar nuestros extraordinarios logros a través del tiempo y del espacio. La revolución cultural fue el p r i m e r c a m b i o profundo en la historia h u m a n a y se produjo hace m á s de c u a r e n t a mil años, c o m o resultado de la selección natural: c r e a n d o tecnologías, lenguajes, inteligencias y relaciones interpersonales o r d e n a d a s . Aunque m u c h o s animales tien e n la habilidad p a r a fabricar h e r r a m i e n t a s (desde las telarañas, p a s a n d o p o r los n i d o s de los pájaros h a s t a el palo p a r a las t e r m i t a s de los chimpancés), la flexibilidad en la capacidad h u m a n a p a r a forjar nuevas tecnologías es extraordinaria, y al m i s m o t i e m p o cabe decir de su c a p a c i d a d p a r a la percepción, la t o m a de decisiones y la sociabilidad. Sin e m b a r g o , t e n e m o s pocas p r u e b a s directas de tipo arqueológico de la emergencia de estas p r i m e r a s sociedades h u m a n a s y t a m p o c o se h a n hallado en las sociedades que los etnógrafos e s t u d i a n hoy en día. E s t a s sociedades vivientes existen en el m u n d o m o d e r n o y cada u n a tiene u n a historia cultural t a n profunda como la nuestra. Sin embargo, a pesar de que no se p u e d e n descubrir sociedades primitivas de n u e s t r o p a s a d o viviendo aisladas en algún b o s q u e oscuro, en u n a isla r e m o t a o en un desierto árido, p o d e m o s aceptar u n a hipótesis universal sobre los h u m a n o s que nos p e r m i t a entender el p a s a d o en conjunción con las evidencias arqueológicas disponibles, a saber, q u e los procesos que operan en el presente se aplican también al pasado siempre que las condiciones fuesen las mismas entonces que ahora. P o r ejemplo, los geólogos s a b e n q u e el p l e i s t o c e n o es un p e r í o d o prehistórico, a u n q u e condiciones similares de formación y movimiento de hielos que existen hoy en día p u e d e n usarse p a r a m o d e l a r características de la edad del hielo. Muchos aspectos del m u n d o m o d e r n o , c o m o la tecnología industrial y el comercio internacional, son sin d u d a nuevos, pero, allá donde estos rasgos tienen u n a presencia limitada y las condiciones medioambientales, la tecnología y la e c o n o m í a son similares a aquellas que existieron en el p a s a d o , p o d e m o s esperar observar c a m b i o s y soluciones similares. Hace al m e n o s u n o s cien mil años la fisiología h u m a n a m o d e r n a había evolucionado a p a r t i r de anteriores formas de h o m í n i d o s , y es razonable s u p o n e r que las características de c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o estaban asentadas desde hacía largo tiempo. Ciertamente, los datos arqueológicos sugieren q u e h a c e u n o s c u a r e n t a mil a ñ o s los h u m a n o s e r a n m o d e r n o s en todos los sentidos fisiológicos. Las habilidades cognitivas h u m a n a s p a r a el lenguaje, el simbolismo y el p e n s a m i e n t o abstracto son c o m p a r t i d a s p o r

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todas las poblaciones h u m a n a s , algunas aisladas de las otras d u r a n t e decenas de miles de años. Estas capacidades, ellas m i s m a s p r o d u c t o de largas historias evolutivas, constituyen u n a naturaleza h u m a n a c o m p a r t i d a p o r las personas tanto m o d e r n a s c o m o antiguas. La gente puede tener culturas m u y distintas, pero las bases de sus p e n s a m i e n t o s y emociones son equivalentes. La b ú s q u e d a de lo primitivo es un viaje hacia nosotros mismos: u n a b ú s q u e d a de la naturaleza h u m a n a . P a r a e n t e n d e r las obras de los h u m a n o s hay que m i r a r los contextos en los cuales evolucionamos: los a p r o x i m a d a m e n t e cien mil años que los h u m a n o s vivieron c o m o cazadores-recolectores antes del cultivo de plantas y de la domesticación de animales y de nosotros m i s m o s . Los cazadores-recolectores tienen un conocimiento complejo y efectivo de su m u n d o y a m e n u d o tecnologías bastante complicadas. En un reciente examen de la etnografía de las sociedades cazadoras-recolectoras, Kelly (1995) destacó su variabilidad. No existe un único m o d o de p r o d u c c i ó n cazador-recolector, ni formas de organización cazadoras-recolectoras, ni u n a tecnología cazadora-recolectora. Sin embargo, la variación es todo menos aleatorio o i n f i n i t a m e n t e variable. S i e n d o p r a g m á t i c o s , los h u m a n o s c o m p a r t e n cierta racionalidad que les permite sobrevivir y p r o s p e r a r en situaciones extraordinariamente distintas. Fue este p r a g m a t i s m o , conciencia y creatividad lo que permitió a los h u m a n o s reconocer las o p o r t u n i d a d e s en medios v a s t a m e n t e diferentes, y desarrollar formas culturales p a r a vivir en ellos y p a r a colonizar el m u n d o . Los h u m a n o s «domesticados» que vamos a analizar m á s tarde —atados a regiones concretas, rodeados p o r restricciones en el acceso a compañeros y recursos, sujetos a la dominación respaldada p o r la fuerza— cont r a s t a n con los cazadores-recolectores de nivel familiar, o r g a n i z a d o s de m a n e r a e l e m e n t a l . Éstos son d i s t i n t o s , n o p o r u n a falta d e c a p a c i d a d p a r a desarrollarse, sino por u n a preferencia p a r a vivir sin la carga de u n a elaboración institucional: sin g r a n d e s poblados, sin j e r a r q u í a s de poder. Éstas fueron las condiciones h u m a n a s d u r a n t e gran p a r t e de la prehistoria y es en estas circunstancias en las que se f u n d a m e n t a todo lo que vino después: las posibilidades, las p r o m e s a s y los problemas de la civilización h u m a n a . B u s c a m o s los primitivos, o quizá mejor, los h u m a n o s de verdad, en el nivel familiar, y vemos que la dinámica de aquel m u n d o , perdido hace m u c h o tiempo, subyace en todos los logros h u m a n o s posteriores.

Teorización de la s o c i e d a d de nivel familiar Nuestro impulso biológico p a r a sobrevivir y r e p r o d u c i r n o s sitúa firm e m e n t e a la h u m a n i d a d en el reino animal. La sociedad a nivel familiar nos fuerza a reconocer este parentesco, especialmente con los grandes prim a t e s . Q u i z á sea ésta u n a r a z ó n p o r l a q u e a l g u n o s a n t r o p ó l o g o s h a n descuidado la i m p o r t a n c i a teórica de este nivel de integración sociocultural. Sin embargo, desde la p r i m e r a E d a d de Piedra los h u m a n o s crearon útiles de m a n e r a formalizada y repetitiva, lo cual d o c u m e n t a u n a capaci-

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d a d primigenia p a r a la cultura, u n a capacidad estratégica p a r a crear un m u n d o p a r c i a l m e n t e m a n u f a c t u r a d o . E n alguna parte ello a u m e n t ó con u n a capacidad p a r a la autorreflexión y la creatividad, que debe r e m o n t a r s e al m e n o s a decenas de miles de a ñ o s . Como insistió Boas, todos los hum a n o s son iguales en su capacidad p a r a la cultura, al m e n o s en el sentido de que la inteligencia y la creatividad se distribuyen p o r cualquier comun i d a d h u m a n a en p r o p o r c i o n e s similares. Es casi seguro que, en alguna parte y en un m o m e n t o t e m p r a n o de la evolución de la cultura, un complejo de prácticas culturales i n m e n s a m e n t e poderosas y generativas emergió de las capacidades evolutivas p a r a confiar, c o m p a r t i r y p a r a la reciprocidad, que forman la base de las relaciones sociales de nivel familiar.

RECIPROCIDAD

Incluso a nivel familiar, la c a p a c i d a d h u m a n a p a r a c o n s t r u i r relaciones sociales a través del i n t e r c a m b i o es notable y única c o m p a r a d a con la de los grandes p r i m a t e s y otros animales. La m i s m a familia nuclear dep e n d e de la voluntad sin p a r a n g ó n del p a d r e h u m a n o p a r a c o m p a r t i r la c o m i d a con su pareja y sus vástagos, y ello a su vez se h a c e posible p o r la aceptación, p o r p a r t e de la m a d r e , de las n o r m a s culturales que le exigen ser s e x u a l m e n t e fiel a su m a r i d o . E s t a r e c i p r o c i d a d , s i m p l e p e r o profunda, que p e r m i t e el a b a s t e c i m i e n t o de c o m i d a p a r a m a d r e e hijos a c a m b i o de los d e r e c h o s de r e p r o d u c c i ó n ( m á s o m e n o s ) exclusivos p o r parte del p a d r e sobre su c o m p a ñ e r a , es u n a c o n s t a n t e h u m a n a con r a r a s excepciones. La voluntad —que le es costosa— de un h o m b r e de aprovisionar a su mujer y a sus vástagos d e p e n d e de su confianza en que él es el p a d r e de sus hijos. A u n q u e elemental, esta confianza se sitúa evidentemente m á s allá de la c a p a c i d a d de n u e s t r o s p a r i e n t e s p r i m a t e s m á s c e r c a n o s ; y de hecho no es un logro del todo fácil p a r a los h u m a n o s . De esta m a n e r a , la vida social h u m a n a , incluso en el nivel familiar, se basa en relaciones de confianza que se extienden m u c h o m á s allá de la familia nuclear, al u s a r el p o d e r c o m b i n a d o del intercambio y los refuerzos simbólicos p a r a construir lazos d u r a d e r o s de ayuda m u t u a entre un n ú m e r o c o m p a r a t i v a m e n t e grande de individuos. En The Gift, Mauss (1967 [1925]) señaló c ó m o los h u m a n o s u s a n un conjunto de entendimientos altamente estructurados sobre la reciprocidad p a r a construir la confianza que a p u n t a l a relaciones fiables de d o n y contradón entre parientes y amigos. A pesar de que Mauss pensaba que su análisis se aplicaba en p r i m e r lugar a los dones entre grupos sociales, de hecho describió de m a n e r a precisa c ó m o los individuos en las sociedades de nivel familiar t a m b i é n construyen lazos perdurables a través de prestaciones: regalos que, a u n q u e p u e d e n presentarse c o m o si no tuvieran ataduras, de hecho conllevan obligaciones implícitas. Las tres obligaciones principales asociadas con prestaciones son las de devolver, recibir y dar. Las p r i m e r a de ellas es la m á s obvia y familiar:

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un regalo crea la obligación de devolverlo. Un «gracias» verbal es un esfuerzo p e q u e ñ o p a r a devolver un regalo, pero la n o r m a m á s c o m ú n es q u e al final se va a d a r algo de valor equivalente p a r a h a c e r recíproco el regalo. C u a n d o se r o m p e esta n o r m a la probabilidad de resentimiento crece (excepto si la relación es i n h e r e n t e m e n t e nutriz, c o m o la de p a d r e e hijo) y un fallo a la h o r a de ser recíprocos es un golpe a la relación. A pesar de q u e las relaciones m á s p r o f u n d a s no se b a s a n n e c e s a r i a m e n t e en un reconocimiento explícito del «intercambio justo», cualquiera que valore u n a relación debe ser cuidadoso en ser recíproco con los regalos a lo largo del tiempo, si no quiere p o n e r en riesgo la relación ( H o m a n s , 1958). La c o n t r i b u c i ó n m á s p r o f u n d a de M a u s s fue m o s t r a r n o s c ó m o las obligaciones de un regalo van m á s allá de la simple devolución. La segunda obligación en u n a relación de confianza es la de aceptar un regalo c u a n d o éste es ofrecido, ya que recibir un regalo es aceptar la obligación de devolverlo: al recibir un regalo estamos de hecho a c e p t a n d o u n a relación con el d o n a n t e . P o d e m o s devolver i n m e d i a t a m e n t e el regalo y de esta m a n e r a intentar cortar la relación de raíz, pero si valoramos la relación p r i m e r o a c e p t a r e m o s el regalo q u e se n o s ofrece y nos p r e o c u p a r e m o s de devolverlo en el m o m e n t o apropiado. Negarnos a aceptar un regalo, o devolverlo inmediatamente, es un insulto p a r a el donante, un rechazo al gesto de confianza q u e el regalo encierra en sí m i s m o . Finalmente, en un relación de reciprocidad hay u n a obligación de dar. Esto p u e d e ser t a n simple c o m o u n a obligación de ser generoso c u a n d o u n o tiene recursos: ésta es la r a z ó n p o r la que a p a r e c e n tantos amigos y parientes c u a n d o conocen la b u e n a suerte de un cazador. O p u e d e ser alt a m e n t e e s t r u c t u r a d o culturalmente, c o m o con las obligaciones de organizar un festín o traer regalos rituales. Al igual que en el caso de las obligaciones de devolver y recibir, no d a r c u a n d o es a p r o p i a d o es un rechazo y un golpe a la relación. Las relaciones fuertes, f u n d a m e n t a d a s en m u c h o s regalos dados, recibidos y devueltos, p u e d e n sobrevivir a u n o s pocos de estos golpes. Cada r e c h a z o l a n z a o n d a s de d e s c o n t e n t o y las p e r s o n a s en general son cuidadosas a fin de r e p a r a r el d a ñ o , a no ser que h a y a n decidido que la relación en cuestión ya no m e r e c e el esfuerzo. La reciprocidad en sí m i s m a p u e d e estructurarse de m a n e r a diferente según los distintos niveles de complejidad social. En su construcción de la economía sustantivista, Polanyi (1957) describió la reciprocidad c o m o la forma de relación económica p a r t i c u l a r m e n t e característica de las sociedades igualitarias. Siendo iguales, la gente i n t e r c a m b i a bienes y servicios con amigos y conocidos de confianza, a la m a n e r a en q u e Mauss lo describió. Aunque estos i n t e r c a m b i o s p u e d e n tener un contenido y funciones económicos, siguen siendo sociales, ya que en estas sociedades sin mercado la economía es fundamentalmente social. Los individuos nacen en familias y redes preexistentes de relaciones, p e r o al m a d u r a r e m p i e z a n a crear y a m a n t e n e r sus propios m u n d o s sociales m e d i a n t e la reciprocidad; escogen en quienes confían al elegirlos con sus regalos. Como se ha señalado en el capítulo 1, Polanyi vio la n a t u r a l e z a del i n t e r c a m b i o determin a d a p o r la organización social de la economía. E n c o n t r a r e m o s los m o -

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delos de i n t e r c a m b i o que él llamó redistribución e intercambio en próxim o s capítulos que t r a t a n de órdenes sociales m á s complejos. Siguiendo a Polanyi, Sahlins (1972) analizó la reciprocidad c o m o un c o m p o r t a m i e n t o complejo p o r sí mismo, estructurado de m a n e r a diferente según la distancia social de los individuos involucrados (fig. 4). La reciprocidad generalizada tiende a caracterizar las relaciones íntimas de la familia cercana, reminiscencia de la ética marxista «de cada cual según su capacidad, y a cada cual según su necesidad». Aquí no existen u n a s cuentas estrictas de pago y devolución. Las p e r s o n a s c o m p a r t e n u n a s con otras p a r a enfatizar su sociabilidad, ayudarse en caso de necesidad y cubrirse contra el riesgo y la i n c e r t i d u m b r e . En c a m b i o , a m a y o r distancia social, las relaciones tienden a estar estructuradas p o r la reciprocidad equilibrada, requiriendo un m a y o r sentido de i n t e r c a m b i o justo. Aquellos c o m p r o m e tidos en la reciprocidad equilibrada p r e s t a n atención al valor de los interc a m b i o s que vienen y van, y se van a quejar de la injusticia si creen que los i n t e r c a m b i o s se e s t á n c o n v i r t i e n d o en d e m a s i a d o u n i d i r e c c i o n a l e s . E n t r e la gente sin lazos sociales, el objetivo es p r o b a b l e m e n t e el de la reciprocidad negativa, un esfuerzo a b i e r t a m e n t e explotador p o r conseguir t a n t o c o m o sea posible d a n d o lo m í n i m o a c a m b i o , llegando incluso a los extremos del r o b o y la extorsión. Mientras q u e la reciprocidad generalizada y equilibrada se usa p a r a crear lazos familiares y amistosos cálidos, la reciprocidad negativa caracteriza las relaciones sociales entre extraños y enemigos.

FIG.

4.

Reciprocidad y

distancia

social

(fuente:

Sahlins,

1972).

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Mauss, Polanyi y Sahlins c e n t r a r o n sus a r g u m e n t o s sobre la reciprocidad en instituciones sociales m á s complejas que aquellas que se hallan en el nivel familiar, especialmente en los grupos familiares corporativos del nivel de grupo local. Como los sustantivistas, tendieron a derivar pat r o n e s d e r e c i p r o c i d a d d e u n a e s t r u c t u r a social p r e e x i s t e n t e , m i e n t r a s que en el nivel familiar tiene m á s sentido darle la vuelta a este a r g u m e n t o : la reciprocidad no deriva de u n a estructura social existente; al contrario, es la sociedad la que se crea y renueva m e d i a n t e la reciprocidad en el esfuerzo p o r construir las redes altamente flexibles, centradas en el individuo, que c o n e c t a n los individuos a las familias, a los c a m p a m e n t o s y a las poblaciones regionales. La familia misma, b a s a d a en u n a división del trabajo p o r edad y sexo, se organiza siguiendo los principios de la reciprocidad generalizada. La división formal de deberes es un m o d o de materializar este apoyo m u t u o de m a n e r a c o n t i n u a d a . Dentro del c a m p a m e n t o o la aldea, los aspectos de la e c o n o m í a requieren cooperación, bien a causa del riesgo, c o m o en la cacería diaria de los !kung (caso 2), o bien a causa de las d e m a n d a s de trabajo, c o m o en la batida de conejos de los s h o s h ó n (caso 1) y el envenenamiento de los peces de los machiguenga (caso 3). Compartir crea un sentido de objetivo c o m ú n , es u n a mezcla de reciprocidad generalizada y equilibrada, que efectivamente crea y m a n t i e n e el grupo del c a m p a m e n t o o la aldea. F u e r a del c a m p a m e n t o o de la aldea, cada individuo establece u n a red personal a m p l i a de vínculos regionales (intercambios recíprocos equilibrados), tales c o m o los intercambios hxaro de los !kung, que p e r m i t e n a las familias moverse a través del terreno, e n c o n t r a r parejas, comerciar con m a t e r i a s valoradas localmente y s i m p l e m e n t e pasarlo bien en reuniones sociales m á s amplias.

M O D O S COMPETITIVOS Y COOPERATIVOS

Si la reciprocidad nos permite e n t e n d e r c ó m o se construye la socied a d en el nivel familiar, el análisis de Steward (1955: 105-107) del aspecto competitivo de la caza-recolección a nivel familiar nos permite e n t e n d e r los límites m á s allá de los cuales la sociedad de nivel familiar no se desarrolla. A no ser que exista u n a base económica p a r a u n a cooperación continuada, dos o m á s familias que vivan j u n t a s simplemente se cruzan en sus caminos al agotar recursos disponibles localmente y compitiendo u n a s con otras p o r los alimentos y materias p r i m a s m á s convenientes y deseables. En este caso, su tendencia n a t u r a l es la de dispersarse a fin de m i n i m i z a r la interferencia. La n o r m a simple, con implicaciones de largo alcance, es que las form a s competitivas p a r a p r o c u r a r s e c o m i d a favorecen la dispersión y las formas cooperativas favorecen la agregación. La descripción de Steward (1938) del p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o de los s h o s h ó n sirve c o m o modelo de d i s p e r s i ó n y a g r e g a c i ó n en el nivel familiar. A lo largo del c u r s o de un año, las familias individuales se mueven hacia posiciones m á s cercanas a

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los mejores alimentos de la estación. En invierno viven en grupos pequeños, multifamiliares, cercanos a los piñones recogidos de pinares altamente productivos y a l m a c e n a d o s cerca de fuentes de agua. Al llegar la primavera, las familias se separan a fin de vivir independientemente en el campo. P a r a periodos cortos se forman grupos mayores p a r a realizar actividades conjuntas c o m o la batida de conejos. Los grupos se forman y se disuelven a lo largo del año según la disponibilidad de alimentos y los requerimientos específicos p a r a obtenerlos. La intuición de Steward sobre la organización de nivel familiar de los s h o s h ó n fue reforzada por la investigación contenida en el histórico libro Man the Hunter (Lee y DeVore, 1968). Este volumen, que algunos dijeron que bien podría haberse titulado «la mujer recolectora», m o s t r ó que muchas sociedades cazadoras-recolectoras dependen de los recursos proporcionados p o r plantas silvestres y m a n t i e n e n u n a organización altamente flexible. La agregación y la dispersión estacionales se ven t a m b i é n en el p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o de los cazadores-recolectores descrito arqueológicamente: con muchos campamentos pequeños y unos pocos campamentos base mayores o c u p a d o s en estaciones específicas. Binford (1980) ve este e s q u e m a c o m o el p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o básico de u n a «estrategia cazadora-recolectora». En la sociedad de nivel familiar, la familia nuclear o la familia extensa m u y u n i d a constituye la u n i d a d económica básica en la que se p r o d u c e n la m a y o r í a de las decisiones s o b r e las actividades diarias. Wolf (1966a) señaló, en un m a r c o de referencia a m p l i a m e n t e comparativo, que es preciso la u n i d a d económica familiar ( n o r m a l m e n t e un hogar) a fin de que asigne u n a b u e n a porción del total de sus recursos p a r a s e p a r a r «fondos»: m í n i m o calórico, reemplazo, ceremonial y arriendo. El fondo del m í n i m o calórico cubre las necesidades básicas de alimentación de la familia, mientras que el fondo de reemplazo incluye los gastos de cobijo, ropa, semillas, h e r r a m i e n t a s , animales de tiro y todo aquello que se «necesite p a r a reemp l a z a r [...] el e q u i p o m í n i m o p a r a la p r o d u c c i ó n y el c o n s u m o » (Wolf 1966a: 6). Nos referiremos a éstos en conjunto c o m o el «fondo de subsistencia». El fondo ceremonial c u b r e aquellos gastos, especialmente de comida y bebida, utilizados p a r a organizar encuentros sociales, y los bienes utilizados p a r a construir y m a n t e n e r las relaciones sociales a través de la reciprocidad. El fondo de a r r i e n d o se refiere a los desembolsos p a r a las élites (propietarios, nobles, sacerdotes y otros poderosos) a c a m b i o de los derechos de acceso a los medios de producción. En la sociedad de nivel familiar, el fondo de subsistencia es el m á s evidente. El fondo c e r e m o n i a l implica festines y entrega de regalos pequeños y ocasionales (ad hoc). El fondo de arriendo a d u r a s p e n a s puede decirse que exista a este nivel, ya q u e la libertad y la flexibilidad del nivel familiar asegura a todos el acceso a los recursos, a pesar de los conflictos entre individuos acerca de e m p l a z a m i e n t o s de recursos particulares. Este énfasis refleja la a u t o n o m í a y autosuficiencia de la familia en este nivel. Cada casa, entendida como la camarilla de t o m a de decisiones, en consulta con los parientes cercanos y amigos, debe resolver cómo proporcionar cada

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día el fondo de subsistencia, planificando p a r a el conjunto del a ñ o y de cara al futuro. La familia, en este sentido, se e n c u e n t r a en t o d a s las sociedades h u m a n a s y nos ayuda a entender algunos de los procesos comunes, así c o m o el carácter individual de las economías h u m a n a s (Halperin, 1994). Sin embargo, la producción, el intercambio y el uso de los bienes primitivos d e s e m p e ñ a n un significativo papel en el fondo ceremonial, que surge en el nivel familiar. Nuestros casos m u e s t r a n que las relaciones entre las familias, en el m i s m o c a m p a m e n t o y entre c a m p a m e n t o s distintos, son esenciales, y q u e las redes de tales relaciones se materializan a través del i n t e r c a m b i o de objetos. Bienes primitivos c o m o las c u e n t a s de concha de ostra de los !kung sirven p a r a m u c h o s fines. Es obvio q u e las pers o n a s se e n g a l a n a n con ellas, p e r o i g u a l m e n t e significativo es el valor social implícito: h a b l a n de la i d e n t i d a d cultural de los i n d i v i d u o s y de sus relaciones d e n t r o de las redes sociales regionales. En algunos casos, los bienes t a m b i é n sirven p a r a a l m a c e n a r riqueza, obtenida m e d i a n t e el i n t e r c a m b i o de a l i m e n t o extra y m a n t e n i d a en vistas a a y u d a s futuras (compárese con la discusión de Vayda [1967] de las cuentas de c o n c h a entre los p o m o ) .

Las dinámicas primarias de la sociedad y la e c o n o m í a del nivel familiar Nuestro reto es el de e n t e n d e r las d i n á m i c a s de c ó m o la t o m a de decisiones entre los grupos cazadores-recolectores tienen c o m o resultado la variabilidad descrita en el registro arqueológico y etnográfico. P a r a conseguirlo volvamos sobre el modelo básico trazado en el capítulo 1 (fig. 3). Los h u m a n o s , en todos los niveles de complejidad social, son altam e n t e inteligentes e incesantemente creativos. Siempre pragmáticos, encuentran y evalúan los costes y los beneficios de toda u n a serie de alimentos dentro de un medio. Desde luego, algunos alimentos p u e d e n p e r m a n e c e r inalcanzables, a la espera del desarrollo de u n a tecnología específica tal c o m o utensilios de pesca o la utilización de semillas. Sin e m b a r g o , la historia p r u e b a que la necesidad es la m a d r e de la invención c u a n d o está en juego proveer a la familia; a largo plazo, se p u e d e esperar que los h u m a nos desarrollen la tecnología p a r a conseguir hacer el trabajo. Dos variables clave afectan lo que este trabajo implica: el m e d i o y la población h u m a n a . La p r i m e r a variable, el medio, está creada p o r procesos físicos y biológicos. Medios opuestos derivan de las diferencias climáticas (especialmente lluvia y temperatura), de la geología (topografía y suelos) y de los procesos biogeográficos de la dispersión de animales y plantas. J u n t o a ello, existen distintos cambios antropogénicos del medio. Éstos incluyen m u c h o s c a m b i o s intencionales, c o m o es la q u e m a anual p a r a anim a r especies concretas de plantas o animales (hecho c o m ú n en m u c h a s sociedades cazadoras-recolectoras), la introducción de especies domesticadas y la modificación del m e d i o p a r a c a p t u r a r la caza o p r o d u c i r cosechas. Consecuencias no intencionales incluyen el potencial de degradación

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del medio, c o m o c u a n d o u n a presa fácil, c o m o las aves no voladoras de Nueva Zelanda, es cazada hasta su extinción. Entre las sociedades de nivel familiar, la baja densidad de población y la tecnología de p e q u e ñ a escala tienden a minimizar, pero en ningún m o d o a eliminar, los cambios antropogénicos. Veremos que tales cambios fueron cada vez más significativos en la evolución de las sociedades m á s complejas. En el pleistoceno, los cazadores-recolectores h u m a n o s colonizaron el m u n d o y afrontaron la extraordinaria variedad m e d i o a m b i e n t a l y de alimentos potenciales. La creatividad cultural h u m a n a permitió a nuestros antepasados vivir en condiciones m u y distintas, desde el glacial Ártico hasta las exuberantes selvas tropicales y las áridas estepas. La mayor parte de la variabilidad económica y social hallada en los cazadores-recolectores hum a n o s es resultado de su flexibilidad adaptativa frente a la gran diversidad de circunstancias medioambientales que hallaron y explotaron (Kelly, 1995). Como m o s t r a b a en el modelo tecnodemográfico de la figura 3, la intensificación es el m o t o r p a r a el c a m b i o en la economía de subsistencia, a m e d i d a q u e la población creciente y el desarrollo tecnológico van u n o en pos del otro. En cierto sentido, d a d a la extraordinaria creatividad cultural de los h u m a n o s , lo que sorprende es lo m u c h o que las poblaciones tardar o n en crecer (Cowgill, 1980). No t e n e m o s m á s remedio que reconocer que los h u m a n o s regulan su capacidad reproductiva. En las sociedades de nivel familiar, las mujeres d e t e r m i n a n cuántos niños van a tener, espaciando los nacimientos p a r a a y u d a r a garantizar la supervivencia de sus hijos y reducir sus cargas diarias. Estas elecciones racionales p u e d e n h a b e r maximizado el éxito reproductivo en las condiciones experimentadas p o r los cazadores-recolectores y los horticultores simples. Sin e m b a r g o , la presión de la población sobre los recursos a lo largo de un lapso suficiente, a la postre provoca la explotación intensiva de los e n t o r n o s existentes. Como entrevió Kelly (1995), la intensificación t o m a diferentes vías, canalizadas p o r las o p o r t u n i d a d e s y restricciones que marcan los distintos medios y tecnologías. El p r o c e s o m á s general fue el de ampliar la dieta en u n a «revolución de a m p l i o espectro» que se produjo a finales del pleistoceno. En g r a n parte del globo los grupos h u m a n o s exploraron u n a e n o r m e variedad de especies, especialmente plantas, para cubrir las necesidades de sus poblaciones en expansión (Earle 1980a). Estas sociedades p r o b a b l e m e n t e se p a r e c í a n m á s a los cazadores-recolectores clásicos del nivel familiar descritos en el capítulo 3. No obstante, en ciertas c o n d i c i o n e s la intensificación p u d o t e n e r c o m o r e s u l t a d o el h e c h o que se a ñ a d i e r a n especies de plantas y animales d o m e s t i c a d a s p a r a a m pliar la dieta, al m i s m o t i e m p o que se p e r m i t í a a los grupos de nivel familiar c o n t i n u a r sin c a m b i o s d u r a n t e m u c h o t i e m p o (p. ej., los m a c h i guenga [caso 3] y los n g a n a s a n [caso 4]). Al final, los problemas planteados p o r la necesidad de proseguir con la intensificación p a r a s o p o r t a r a poblaciones todavía mayores requeriría la creación de nuevas instituciones que o r g a n i z a r a n a la gente por encima del nivel familiar. Estos cambios siguen líneas distintas en las economías cazadoras-recolectoras, agrícolas y ganaderas, q u e se estudian en este volumen.

CAPÍTULO 3 L O S C A Z A D O R E S - R E C O L E C T O R E S D E N I V E L FAMILIAR

H a c e m á s de dos millones de años los cazadores-recolectores h u m a n o s se dispersaron p o r todo el m u n d o p a r a o c u p a r u n a diversidad notable de zonas m e d i o a m b i e n t a l e s . El crecimiento y la dispersión tan grandes de los cazadores-recolectores h u m a n o s sirvió de contexto a n u e s t r a evolución biológica y c o m o f u n d a m e n t o p a r a todos los desarrollos culturales posteriores. Las e c o n o m í a s cazadoras-recolectoras poseen la forma m á s simple de p r o d u c c i ó n de subsistencia: recolectar plantas silvestres y cazar animales salvajes. A p e s a r de que estas e c o n o m í a s son b a s t a n t e variables, tienen en c o m ú n ciertos elementos de u s o de los recursos, de tecnología, de p r o p i e d a d y de organización. Estos elementos c o m p a r t i d o s definen l o q u e Lee ( 1 9 7 9 : 117-119) d e n o m i n a u n m o d o d e p r o d u c c i ó n cazador-recolector. Este m o d o de p r o d u c c i ó n cazador-recolector se atribuye a u n a densidad de población baja, h a b i t u a l m e n t e de m e n o s de u n a persona por c a d a d o s kilómetros c u a d r a d o s . A d e n s i d a d e s de p o b l a c i ó n bajas el m o d o de p r o d u c c i ó n cazador-recolector es p r o b a b l e m e n t e el m á s eficiente; ha prevalecido hasta que densidades de poblaciones m á s altas lo hicieron inviable. Como h e m o s visto, la eficiencia de u n a estrategia de subsistencia está inversamente relacionada c o n su intensidad; c u a n t a m á s gente haya b u s c a n d o ñ a m e o jabalíes, m á s difícil es encontrarlos. Allá d o n d e las densidades de población son bajas, la eficiencia es alta y la atracción relativa p o r la agricultura o la ganadería se ve disminuida. En densidades bajas, los cazadores-recolectores h a n sido d e n o m i n a dos «la sociedad opulenta original» (Sahlins 1968a). A p e s a r de que esta c a r a c t e r i z a c i ó n m i n i m i z a los a p u r o s e s t a c i o n a l e s a los q u e h a n de enfrentarse los cazadores-recolectores, de hecho, en m u c h o s sentidos, viven bien. F u n d a m e n t á n d o s e en la fuerza de los datos sobre los !kung y los aborígenes australianos, Sahlins sostuvo que las necesidades limitadas de los cazadores-recolectores p u e d e n verse satisfechas en sólo u n o s pocos días de trabajo a la s e m a n a , dejando un t i e m p o s o b r a n t e libre p a r a actividades no económicas. Un amplio estudio transcultural de H a y d e n (1981a), que considera el t i e m p o dedicado a procesar alimento s u m a d o al t i e m p o e m p l e a d o en procurárselo, concluye que los cazadores-recolectores neces i t a n o c u p a r sólo e n t r e d o s y cinco h o r a s al día en d i c h a s a c t i v i d a d e s .

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En r e s u m e n , los cazadores-recolectores de baja densidad viven u n a b u e n a vida, y eso que nos hace p e n s a r que el c a m b i o evolutivo desde esta e c o n o m í a simple no p u e d e ser visto simplemente c o m o un a s u n t o de desarrollo tecnológico. Dado que la eficiencia cazadora-recolectora d e p e n d e del uso a baja intensidad de los recursos, ¿por qué la densidad de población p e r m a n e c i ó m u y baja d u r a n t e literalmente millones d e años? ¿No tenía la gente de aquel t i e m p o un potencial p a r a el crecimiento rápido de la población y la capacidad tecnológica p a r a sostener tal crecimiento? Se debe explicar la baja tasa de crecimiento en las poblaciones h u m a n a s dur a n t e el período cazador-recolector si q u e r e m o s e n t e n d e r el t e m p o y las causas de la evolución cultural. Al m e n o s c u a t r o factores biológicos y culturales, asociados c o n un m o d o de vida cazador-recolector, se c o m b i n a r o n p a r a m a n t e n e r la población baja. Primero, u n a deficiencia calórica crónica disminuye la fertilidad; a c a u s a de los ciclos estacionales de disponibilidad de alimentos y las capacidades limitadas de a l m a c e n a m i e n t o , los periodos de escasez alim e n t a r i a fueron c o m u n e s . Segundo, un largo periodo de lactancia retrasa la nueva ovulación; puesto que la mayoría de los alimentos silvestres, seg ú n parece, no son indicados p a r a el destete de los niños pequeños, la lact a n c i a entre los cazadores-recolectores p e r m a n e c e t í p i c a m e n t e c o m o la principal fuente de alimento del niño d u r a n t e los p r i m e r o s dos o tres años. Tercero, el intenso ejercicio físico necesario p a r a u n a recolección móvil puede disminuir la fertilidad femenina (Frisch et al, 1980). Cuarto, a causa de que los nacimientos p o c o espaciados de los niños s u p o n e n u n a dificultad económica en u n a sociedad n ó m a d a , el infanticidio p u e d e haberse utilizado p a r a espaciar los nacimientos (Birdsell, 1968a). A pesar de que est o s f a c t o r e s sin d u d a o p e r a r o n d e m a n e r a d i f e r e n t e bajo c o n d i c i o n e s medioambientales distintas, la fertilidad de los grupos móviles es invariablemente baja. Además, la ley del m í n i m o , en la forma de desastres periódicos tales c o m o sequías, p u e d e provocar h a m b r u n a s e n poblaciones cazadoras-recolectoras, reduciéndolas a u n a fracción de su «densidad potencial»; con tasas bajas de crecimiento, esta población tardaría en r e c u p e r a r su volum e n . Según Lee y DeVore (1968), las densidades de población de los cazadores-recolectores son de m a n e r a característica sólo el 20 o 30 % de su capacidad de sostén media. Los cazadores-recolectores deben adaptarse a las peores condiciones posibles estacionalmente y de m a n e r a periódica, no a la m e d i a de las condiciones (Bartholomew y Birdsell, 1953). La eficiencia de los cazadores-recolectores de baja d e n s i d a d reside t a m b i é n en decisiones p r a g m á t i c a s relacionadas con la dieta, la tecnología, el movimiento y la afiliación del grupo. Son m u y conscientes del coste, p o r eso u s a n sólo u n a porción de los recursos disponibles y varían su dieta de un lugar a otro y de u n a estación a otra p a r a m i n i m i z a r los costes y los riesgos de obtención (cf. Reidhead, 1980; Winterhalder y Smith, 1981). La dieta de m u c h o s cazadores-recolectores, entre ellos los shoshón y los !kung, prioriza las plantas p o r e n c i m a de los animales, ya que los recursos vegetales son m á s a b u n d a n t e s . Cuando la caza es a b u n d a n t e , en cambio, ésta

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es m á s eficiente que la recolección, y las fuentes cárnicas d o m i n a n la dieta, c o m o entre los esquimales. En su estudio transcultural de los cazadoresrecolectores, Kelly (1995: 71) concluyó que «las dietas son c l a r a m e n t e variables [...] y están sistemáticamente relacionadas con u n a s p o c a s variables m e d i o a m b i e n t a l e s simples [tales c o m o la t e m p e r a t u r a efectiva y la p r o d u c t i v i d a d p r i m a r i a ] , q u e m i d e n la a b u n d a n c i a en b r u t o de los alim e n t o s terrestres. [...] Las dietas de los cazadores-recolectores s o n producto de un proceso de t o m a de decisiones que tiene en c u e n t a el coste de adquirir los recursos, ya signifique esto cazar, c o m o recolectar, p e s c a r o recurrir al intercambio». La tecnología e m p l e a d a en la obtención de los alimentos es, de m a nera característica, personal. Se encuentra a pequeña escala, generalmente disponible p a r a todas las familias, tiene m u c h o s usos y es portátil. El poder de la tecnología p a r a t r a n s f o r m a r el ecosistema es limitado y la disponibilidad de recursos no suele verse d e m a s i a d o alterada p o r la explotación h u m a n a . (Por supuesto, existen excepciones, c o m o la caza excesiva de algunas especies de animales, el s o b r e m a r i s q u e o de los crustáceos sésiles y los u s o s diversos del fuego). La tecnología, sin embargo, no es en absoluto simple, en el sentido de carente de inteligencia. De h e c h o , algunas de las tecnologías tradicionales m á s complicadas las desarrollaron las sociedades cazadoras-recolectoras p a r a cazar y pescar (Oswalt, 1976). Se trata de soluciones a p r o p i a d a s y a m e n u d o ingeniosas a los p r o b l e m a s de obtención de recursos al m í n i m o coste. Los cazadores-recolectores siguen un p a t r ó n cíclico de agregación y dispersión q u e responde a la disponibilidad de comida. Cuando los recursos e s t á n d i s t r i b u i d o s u n i f o r m e m e n t e , los costes p a r a e x p l o t a r l o s s o n uniformes. La eficiencia m á x i m a se obtiene con u n a población dispersa que m i n i m i z a la c o m p e t e n c i a entre cazadores-recolectores individuales. Cuando los recursos se c o n c e n t r a n en u n a o dos zonas, los costes de explotación a u m e n t a n con la distancia a aquellas áreas p o r parte del q u e los explota; en tales casos, la eficiencia se consigue al j u n t a r s e distintos grupos. O, c o m o veremos en los casos de los s h o s h ó n y los !kung, la disponibilidad de r e c u r s o s p u e d e c a m b i a r a lo largo del año, con lo cual la población se agrupa en u n a estación a fin de explotar los recursos concentrados en ese periodo —es lo que sucede con los piñones de los shoshón— p a r a romperse de nuevo c u a n d o los recursos alimentarios vuelven a ser m á s disponibles p a r a todos. Los antropólogos h a n ofrecido distintas explicaciones de la organización social cazadora-recolectora (Hayden, 1981a; Lee y DeVore, 1968; Service, 1962; Steward, 1936, 1938; Williams, 1974). En este libro interp r e t a m o s el nivel familiar de los cazadores-recolectores de baja densidad c o m o un m o d o efectivo de vivir en u n a s condiciones medioambientales y e c o n ó m i c a s particulares. A m e n u d o se d a n las condiciones e c o n ó m i c a s clave necesarias p a r a u n a economía de nivel familiar. La tecnología es personal, la división del trabajo es elemental (por sexo y edad) y el trabajo preciso p a r a u n a actividad de obtención r a r a m e n t e sobrepasa el á m b i t o de la familia. Con poca territorialidad y un m o v i m i e n t o c o m p a r a t i v a m e n t e li-

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b r e de la población a través de u n a región, los recursos necesarios están disponibles de m a n e r a m á s o m e n o s directa p a r a todos los hogares. Sin embargo, este nivel elemental de organización es siempre parte de un sist e m a social m á s complejo que r e ú n e a las familias en c a m p a m e n t o s y redes regionales. Como a r g u m e n t a m o s en este libro, las causas p r i m a r i a s de la formación de grupos es la gestión del riesgo, la tecnología, la guerra y el comercio. E n t r e los cazadores-recolectores, la gestión del riesgo es de i m p o r t a n c i a capital y p r o m u e v e la formación de lazos sociales informales y flexibles entre las familias. C o m o veremos a lo largo de esta obra, las poblaciones de cazadores-recolectores son altamente variables (Kelly, 1995) y la dinám i c a evolutiva de éstos generó diversas líneas de desarrollo que reflejan las variables interrelacionadas del medio, la tecnología, la guerra y el comercio. Como entre los esquimales (caso 6) y los pescadores de la costa noroeste de N o r t e a m é r i c a (caso 9), las respuestas sociales a estos factores tienen u n a naturaleza diferente respecto a la respuesta social a la gestión del riesgo, y reflejan, c o m o indicaremos, u n a s densidades de población mayores y u n a s e c o n o m í a s de subsistencia m á s intensivas. El p r o b l e m a crítico del riesgo se genera a p a r t i r de dos circunstancias económicas de alguna m a n e r a diferentes. Primero, y de m a n e r a m á s general, existe el riesgo asociado con la recolección de plantas. En lo cotidiano, recolectar es bastante predecible, ya que las plantas son sésiles (inmóviles) y u n a vez localizadas se hallan disponibles hasta la cosecha. De a ñ o en a ñ o , en c a m b i o , los recursos vegetales son impredecibles, un ter r e n o que es b u e n o un a ñ o p u e d e fallar c o m p l e t a m e n t e el siguiente. P a r a c o m p e n s a r esta variabilidad la población debe ser móvil, desplazándose de un lugar a otro a fin de explotar las mejores o p o r t u n i d a d e s . Sin embargo, p a r a p o d e r hacerlo, las familias deben m a n t e n e r amplias redes regionales de relaciones, a m e n u d o con intercambio y m a t r i m o n i o s mixtos, que les d e n acceso t a n t o a la información sobre d ó n d e se puede hallar la c o m i d a c o m o a los territorios propios de otros grupos. La flexibilidad en la composición del g r u p o y la ausencia de u n a exclusividad territorial están en la base de la e c o n o m í a cazadora-recolectora y del uso de recursos silvestres fluctuantes. En segundo lugar h a y que m e n c i o n a r el riesgo asociado con la caza. Cazar, a diferencia de recolectar, es impredecible día a día: los animales que b u s c a el cazador no siempre p u e d e n hallarse y c u a n d o se e n c u e n t r a n no siempre se los p u e d e matar. Cada cazador tiene bastantes posibilidades de volver a casa con las m a n o s vacías, y el c a m p a m e n t o , c o m p u e s t o p o r un n ú m e r o d e t e r m i n a d o de cazadores, a c t ú a p a r a c o m p e n s a r estos altos riesgos diarios c o m p a r t i e n d o la carne. A pesar de que el c a m p a m e n t o , en este sentido, funciona c o m o u n a casa, c o m p a r t i r y c o o p e r a r están generalmente limitados a la carne y no disminuyen la independencia de la familia, que se p u e d e mover de un c a m p a m e n t o a otro. Por lo general, el nivel familiar de o r g a n i z a c i ó n está n o t a b l e m e n t e d e s e s t r u c t u r a d o . R e c o m p e n s a s sociales y e c o n ó m i c a s de tipo t e m p o r a l r e ú n e n a los g r u p o s sólo p a r a t e n e r costes de o b t e n c i ó n escalados, mien-

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tras q u e la fricción social los s e p a r a . El c e r e m o n i a l y el liderazgo, dos e l e m e n t o s d e l a f o r m a c i ó n del g r u p o q u e e s t u d i a r e m o s e n esta o b r a , son acl hoc. Existen p a r a resolver dificultades particulares de la cohesión del g r u p o , que sólo surgen c u a n d o el g r u p o multifamiliar se halla u n i d o . Tanto el c e r e m o n i a l c o m o el liderazgo existen entre los cazadores-recolectores, p e r o a m b o s son específicos del contexto y relativamente p o c o elaborados. ¿Dónde está la b a n d a , de la cual tanto se ha h a b l a d o (Service, 1962; Williams, 1974)? En la b ú s q u e d a de los primitivos, algunos estudiosos describieron la b a n d a c o m o la forma básica de organización social h u m a n a , que evolucionó bajo condiciones de caza y recolección. En general, la banda — u n g r u p o patrilocal con d e r e c h o s exclusivos sobre el t e r r i t o r i o — parece u n a construcción de los antropólogos en su b ú s q u e d a de u n a estructura en u n a sociedad simple. La b a n d a , en el sentido de un c a m p a m e n t o , existe sin d u d a entre los cazadores-recolectores, especialmente c u a n d o la caza exige un alto grado de colaboración. Sin e m b a r g o , la b a n d a c o m o un grupo corporativo territorialmente definido que regula los m a t r i m o n i o s y el uso de los recursos parece inapropiado p a r a los cazadores-recolectores, ya que ello restringiría la flexibilidad de movimiento del que depende su supervivencia. En este sentido, los s h o s h ó n del valle de Owens se acercan a lo que es u n a b a n d a pero, c o m o veremos, d e p e n d e n de recursos relativamente ricos y seguros. No obstante, la m a y o r parte de los cazadoresr e c o l e c t o r e s d e baja d e n s i d a d n o s o n t e r r i t o r i a l e s , p o r q u e n o p u e d e n permitírselo. Bajo n u e s t r o p u n t o de vista, es poco razonable identificar u n a forma primitiva de organización social. Al contrario, como la caza y la recolección m i s m a s , es de esperar q u e las instituciones sociales h u m a n a s hallan sido m u y variables (cf. Kelly, 1995). Lo c o m ú n a las sociedades h u m a n a s es su maleabilidad, la m a n e r a en que los h u m a n o s forman relaciones apropiadas a sus condiciones de vida. El nivel familiar de los cazadores-recolectores ilustra de m a n e r a i m p a c t a n t e la naturaleza p r a g m á t i c a de la sociedad h u m a n a , a partir de la cual se m o d e l a n formas institucionales m á s complejas. Los casos de los s h o s h ó n y de los !kung ilustran las similitudes y las diferencies entre los cazadores-recolectores de baja intensidad que se basan en la recolección. Después volveremos al p r o b l e m a m á s general del lugar que o c u p a n los cazadores-recolectores en la evolución de la econom í a política.

Caso 1. Los s h o s h ó n de la Gran Cuenca Los grupos s h o s h ó n de la Gran Cuenca a m e r i c a n a fueron históricam e n t e cazadores-recolectores de baja densidad. Como veremos, los shosh ó n estuvieron de hecho organizados en distintos niveles de complejidad, q u e r e p r e s e n t a n el e s p e c t r o de los «tipos» cazadores-recolectores, tal y c o m o los esbozó L. Binford (1980; D. H. T h o m a s , 1983a). Sin e m b a r g o , antes de evaluar este interesante ejemplo de desarrollo evolutivo exami-

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n a r e m o s los cazadores-recolectores de nivel familiar tal c o m o los describió originalmente Steward (1938). La organización de estos cazadores-recolectores no estuvo formalizada, y las relaciones, temporales y m í n i m a s , p o r encima la familia eran ad hoc. Las u n i d a d e s familiares elementales de los s h o s h ó n se reunían y se s e p a r a b a n según la disponibilidad fluctuante de los recursos silvestres. Su organización del trabajo y sus p a t r o n e s de movimiento y asociación se a d a p t a r o n a la explotación de recursos dispersos e impredecibles con u n a tecnología simple.

EL MEDIO Y LA ECONOMÍA

La G r a n Cuenca es seca, con precipitaciones en cotas bajas de m e nos de 250 milímetros p o r año, que en los meses de invierno caen en forma de nieve; la vegetación es escasa y xerofítica. El agua, en particular d u r a n t e los calurosos y secos veranos, se halla restringida a p e q u e ñ a s fuentes sit u a d a s en las faldas de las m o n t a ñ a s y a u n o s pocos arroyos p e r m a n e n t e s . La topografía de la Gran Cuenca aparece quebrada, con elevaciones que varían desde valles de 1.200 metros a picos situados por e n c i m a de los 3.600 m e t r o s . Dentro del p e q u e ñ o alcance territorial de un g r u p o shosh ó n local, los individuos tienen acceso a terrenos con elevaciones que varían h a s t a 1.800 m e t r o s . Tanto las precipitaciones c o m o la t e m p e r a t u r a dependen de la altitud; por cada 300 metros de altura, la m e d i a de precipitaciones a u m e n t a u n o s 50 milímetros y la m e d i a anual de la temperat u r a desciende casi 2 °C (D. H. T h o m a s , 1972: 142). E s t a a g u d a v a r i a c i ó n en a l t u r a s y m i c r o c l i m a s a nivel local tiene c o m o r e s u l t a d o u n a d i s p o s i c i ó n vertical d e m i c r o a m b i e n t e s ( S t e w a r d , 1938: 14-18; T h o m p s o n , 1983). Los m á s i m p o r t a n t e s son la t u n d r a alpina (por e n c i m a de los 3.000 metros), la zona de p i n a r e s con Pinus flexilis y Pinus longaeva (de 2.900 a 5.000 metros), la zona de a r t e m i s a y herbáceas (de 2.300 a 3.000 m e t r o s ) , la z o n a de p i n o s y e n e b r o s (de 1.500 a 1.800 m e t r o s ) , la zona de a r t e m i s a (de 1.500 a 1.800 m e t r o s ) y la z o n a de u m b r í a (de 1.200 a 1.500 m e t r o s ) . Se e n c u e n t r a n distintas p l a n t a s y recursos a n i m a l e s d e n t r o de estos m i c r o a m b i e n t e s distintos. En las zonas altas b o s c o s a s se h a l l a n las e c o n ó m i c a m e n t e i m p o r t a n t e s : p i n o s p i ñ o neros, un n ú m e r o i m p o r t a n t e de plantas que p r o d u c e n bayas, raíces y semillas útiles, y varias especies de a n i m a l e s q u e se cazan, e n t r e ellos el ciervo, el alce y la el b o r r e g o de m o n t a ñ a . En las cotas m á s bajas y m á s secas se hallan hierbas que p r o d u c e n semillas, raíces comestibles, liebres n o r t e a m e r i c a n a s , antílopes y peces en los arroyos p e r m a n e n t e s . La estacionalidad es extrema en la G r a n Cuenca. Los veranos son secos y calurosos, con t e m p e r a t u r a s diurnas n o r m a l m e n t e por encima de los 32 °C (a m e n u d o p o r e n c i m a de los 37 °C) y sin precipitaciones significativas. Los inviernos son m u y fríos y h ú m e d o s , con t e m p e r a t u r a s a m e n u d o p o r debajo del p u n t o de h e l a d a d u r a n t e todo el día (y en ocasiones p o r debajo de los - 1 7 °C) y generalmente con nieve, especialmente en las co-

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tas m á s altas. Estos veranos secos e inviernos h ú m e d o s establecen u n a s condiciones difíciles p a r a u n a sociedad tecnológicamente simple. El medio natural de los s h o s h ó n es severo. Los recursos son escasos, no están disponibles d u r a n t e gran parte del a ñ o y su p e r m a n e n c i a de un a ñ o al otro es poco fiable. Que u n o s cazadores-recolectores que u s a b a n u n a tecnología simple p u d i e r a n sobrevivir aquí es un testimonio de su ingenio. La población, la e c o n o m í a de subsistencia y la organización social de los s h o s h ó n se e n t i e n d e n mejor c o m o soluciones p r a g m á t i c a s a tales condiciones severas. La d e n s i d a d de población p a r a los cazadores-recolectores aborígenes de la Gran Cuenca fue baja, quizá u n a p e r s o n a p o r cada cuarenta kilómetros c u a d r a d o s (Steward, 1938: 48), con variaciones desde m e n o s de u n a p e r s o n a p o r cada cien kilómetros c u a d r a d o s a u n a persona por cada cinco kilómetros c u a d r a d o s (ibíd.: fig. 6). D. H. T h o m a s (1972: 140-41) halló u n a correlación baja entre la densidad de población de los s h o s h ó n y la precipitación anual, similar a la que Birdsell (1953) encontró p a r a los cazadores-recolectores australianos. Aunque el factor básico que limitó la d e n s i d a d de p o b l a c i ó n de los cazadores-recolectores c o m o los s h o s h ó n no fue tanto la lluvia c o m o la disponibilidad de alimento. Los s h o s h ó n fueron cazadores-recolectores de a m p l i o espectro. El grueso de su dieta lo constituían alimentos vegetales tales c o m o nueces, semillas, raíces, tubérculos y bayas. También recogían insectos c o m o las larvas de mosca y los saltamontes, especialmente cuando los había en abundancia, diseminados a lo largo de las orillas del lago. Más importantes eran los piñones, que se recolectaban en grandes cantidades durante un periodo breve en o t o ñ o y se a l m a c e n a b a n p a r a c o n s u m i r l o s d u r a n t e el invierno, época en la que constituían el principal alimento. El final del invierno y el principio de la primavera era tiempo de privaciones, p o r q u e la comida alm a c e n a d a se h a b í a agotado antes de que los nuevos alimentos estuvieran disponibles. Además, la cosecha de piñones es n o t a b l e m e n t e poco fiable; las piñas m a d u r a s se ven a m e n u d o d a ñ a d a s p o r el viento, la lluvia y las plagas de insectos, y las cosechas p u e d e n ser bajas. Las severas h a m b r u n a s estacionales que n a r r a b a Steward (1938) nos d e b e r í a n h a c e r cautos contra cualquier noción simple de a b u n d a n c i a cazadora-recolectora, especialmente c u a n d o la disponibilidad de alimento varía de m a n e r a estacional e impredecible. A diferencia de la mayoría de los cazadores-recolectores, de hecho a diferencia de todos los d e m á s , los s h o s h ó n hicieron un uso limitado del riego. Steward (1930) explicaba que en el valle de Owens, d o n d e las densidades de población son a n o r m a l m e n t e altas, los sistemas de regadío se h a b í a n desarrollado a fin de i n c r e m e n t a r el r e n d i m i e n t o y la predictibilid a d de la c o s e c h a de semillas. C o m o v e r e m o s , los s h o s h ó n del valle de Owens ilustran ciertos aspectos de la intensificación y la evolución social en sociedades cazadoras-recolectoras que prefiguran cambios discutidos en los próximos capítulos. La caza fue i m p o r t a n t e a u n q u e s e c u n d a r i a en la dieta de los shosh ó n (Steward, 1938: 33-44). E n t r e las especies cazadas había algunas de

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caza m a y o r c o m o el ciervo, el borrego de m o n t a ñ a , el antílope, el alce y el bisonte, y otras de caza m e n o r c o m o la liebre n o r t e a m e r i c a n a , roedores y reptiles, a d e m á s de pescado y larvas de insecto. A pesar de que la g a m a de especies animales parece ser b a s t a n t e extensa, la carne constituía u n a p e q u e ñ a porción de la dieta total, p r o b a b l e m e n t e m e n o s del 20 %. La tecnología incluía objetos simples y portátiles, como palos p a r a cavar, bastones p a r a extraer semillas, canastos y arcos y flechas, que p o d r í a n ser manufacturados por cada casa. La obtención de alimento, incluida toda la recolección de plantas y larvas y algo de caza, no requería otra cooperación que la de la propia familia individual. Los h o m b r e s c a z a b a n y construían las estructuras necesarias p a r a la familia y el c a m p a m e n t o . Las mujeres se o c u p a b a n en gran m e d i d a de la recolección. Trabajaban a m e n u d o en grupos, batiendo las plantas p a r a recoger las semillas en sus canastos. P a r a recolectar los piñones, los h o m b r e s tiraban las piñas de los árboles; las mujeres las recogían y las llevaban al c a m p a m e n t o p a r a almacenarlas y procesarlas. La guerra era algo raro o inexistente, a pesar de que el pillaje puede h a b e r tenido un lugar en ciertas áreas de densidad de población m á s alta, c o m o la del valle de Owens. Se p r o d u c í a n actos individuales de violencia, pero la agresión entre grupos era m u y poco frecuente. El comercio sin d u d a existió entre los shoshón, c o m o entre otros cazadores-recolectores. Lo m á s i m p o r t a n t e fue el i n t e r c a m b i o de alimentos p o r m a t e r i a s p r i m a s , c o m o la obsidiana, p a r a la cual no h a b í a en su territorio sustitutos satisfactorios. El comercio extensivo de obsidiana fue b i e n d e s c r i t o en referencia a los c a z a d o r e s - r e c o l e c t o r e s a b o r í g e n e s de California (Ericson, 1977). En r e s u m e n , los cazadores-recolectores shoshón tuvieron que resolver a l g u n o s p r o b l e m a s f u n d a m e n t a l e s de p r o d u c c i ó n y r e p r o d u c c i ó n . Tuvieron que recoger suficiente cantidad de alimentos vegetales, que completaban con la caza. H u b i e r o n de lidiar con un clima extremo y un importante riesgo de falta de comida. Tuvieron que desarrollar patrones de a p a r e j a m i e n t o a p r o p i a d o s y e n c o n t r a r m a n e r a s fiables p a r a o b t e n e r las m a t e r i a s p r i m a s necesarias. C o m o a r g u m e n t a r e m o s , la organización de nivel familiar, con formación de grupo ad hoc, liderazgo y ceremonial, fue la m a n e r a efectiva de conseguir estas cosas.

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

P o r lo general, r e c o l e c t a r e r a u n a actividad individual: a p e s a r de que los recolectores p u e d e n trabajar juntos p a r a tener compañía, no hay n a d a inherente al trabajo que h a g a necesaria la cooperación. El riesgo diario es en general bajo. Sin duda, recursos c o m o los p i ñ o n e s p u e d e n variar de año en año, p e r o d e n t r o de un m i s m o a ñ o su variabilidad es razonablemente predecible, u n a vez d e t e r m i n a d a la situación de la cosecha local. La caza individual era c o m ú n , pero la caza en grupo era quizá m á s i m p o r t a n t e en términos de su contribución en el abastecimiento alimen-

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tario. La caza cooperativa de la liebre n o r t e a m e r i c a n a , el antílope y la polla de a g u a se desarrolló de m a n e r a irregular en los valles abiertos m á s bajos. Las batidas de liebres e r a n e m p r e s a s impresionantes, que requerían la coordinación de grupos b a s t a n t e grandes. Se utilizaban redes enormes, de altura similar a las redes de tenis pero de m u c h o s m e t r o s de longitud, q u e se colocaban formando un gran semicírculo. Entonces, h o m b r e s , mujeres, niños y p e r r o s b a t í a n los a r b u s t o s a lo largo de u n a amplia zona y conducían a las liebres hacia las redes, d o n d e las m a t a b a n a golpes de palo. Los «jefes de la liebre» p r o p o r c i o n a b a n el liderazgo necesario p a r a estas batidas, decidiendo c u á n d o y d ó n d e realizar la batida, d ó n d e colocar las redes y qué trabajo asignar a cada u n o de los participantes. Aunque con frecuencia m u c h o m e n o r —quizás u n a sola vez cada doce a ñ o s — se organizaban batidas de antílope de u n a forma similar. Se conducía a los animales a través de u n a amplia zona hacia el interior de un e m b u d o hecho de arbustos de hasta casi un kilómetro de longitud que conducía a un corral circular, d o n d e se encerraba al r e b a ñ o y se lo sacrificaba. Un « c h a m á n del antílope», al que se creía capaz de atraer las almas de los animales, d e s e m p e ñ a b a un papel central en la coordinación de la batida. Estas cacerías a gran escala b u s c a b a n eliminar la población local a n i m a l p a r a m a x i m i z a r el abastecimiento inmediato de comida, sin hacer n i n g ú n intento p o r salvar a las crías. La población e n t e r a era d e s t r u i d a y no se cazaba de nuevo antílope hasta que alcanzaban un n ú m e r o suficiente p a r a justificar otra batida. La parte m á s i n n o v a d o r a del trabajo de Steward sobre los s h o s h ó n (1938, 1955, 1977) fue la de m o s t r a r de q u é m a n e r a la distribución y la o r g a n i z a c i ó n de los g r u p o s e s t a b a n a d a p t a d a s a los p a t r o n e s m e d i o a m bientales y c o r r e s p o n d í a n a los p r o b l e m a s de o b t e n c i ó n de recursos. El movimiento a n u a l de población respondía al ciclo estacional de la disponibilidad de recursos. En otoño, las familias se c o n c e n t r a b a n en los pinares, d o n d e las grandes cosechas se p r e p a r a b a n p a r a su almacenaje. En invierno se establecían los c a m p a m e n t o s de u n a s cinco a diez familias cerca de u n a fuente y de los pinares. En primavera, al a u m e n t a r las t e m p e r a t u ras, las familias salían de la vida y la dieta m o n ó t o n a s del c a m p a m e n t o invernal y se dispersaban en busca de nuevas fuentes de comida. Las familias n u c l e a r e s se d e s p l a z a b a n hacia cotas m á s altas o m á s bajas y se m a n t e n í a n separadas d u r a n t e el verano. La verticalidad del m e d i o y la estacionalidad conducían a un movimiento m u y definido, llamado a m e n u d o migración estacional. Así, la m a y o r parte del a ñ o los shoshón se movían c o m o u n i d a d e s familiares individuales, f o r m a d a s p o r p a d r e , m a d r e , hijos y a m e n u d o un yerno, abuelos u otras p e r s o n a s e s t r e c h a m e n t e e m p a r e n t a d a s . Esta unidad, l l a m a d a p o r Fowler (1966) «camarilla familiar», corresponde a la familia elemental de Steward (1977). Cada familia e r a u n a u n i d a d económica y de t o m a de decisiones separada. D u r a n t e el otoño y el invierno se r e u n í a n c a m p a m e n t o s de distintas u n i d a d e s familiares en t o r n o a recursos c o m u n e s , pero estos c a m p a m e n tos de c o m o m á x i m o cincuenta personas no tuvieron un sentido de inte-

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gración c o m u n a l ni un líder de grupo (Steward, 1977). La r a z ó n p a r a tener un c a m p a m e n t o invernal fue la proximidad al agua y a las piñas y también el hecho de q u e el invierno era un período de escasez potencial, de m a n e r a que c o b r a b a sentido j u n t a r los recursos y c o m p a r t i r los riesgos. El débil desarrollo de los c a m p a m e n t o s s h o s h ó n c o m o organización suprafamiliar refleja la importancia relativamente m e n o r de la caza, con sus presiones p a r a cooperar y c o m p a r t i r entre familias. Las batidas irregulares de conejos y antílopes eran cuestión aparte, ya que c a u s a b a n un giro periódico hacia u n a organización social considerablemente m á s compleja. S e t r a t a b a d e u n g r u p o g r a n d e , q u e c o n s i s t í a p r o b a b l e m e n t e e n m á s de quince familias (setenta y cinco p e r s o n a s o más), r e u n i d a s p a r a aquella caza, p a r a la cual los líderes ad hoc, el jefe de las liebres o el cham á n del antílope, dirigían las actividades del grupo. En m o m e n t o s de a b u n d a n c i a , c o m o b a t i d a s de liebres o c o s e c h a s i n u s u a l m e n t e b u e n a s de piñas, m u c h a s familias s h o s h ó n se r e u n í a n p a r a un festival bullicioso. Como describía Steward (1938: 106-107), en referencia al río Reese, los h o m b r e s de las familias s h o s h ó n r e u n i d a s cazab a n las liebres d u r a n t e cinco días y p o r las noches bailaban. La d a n z a fue al principia organizada p o r placer y el festival era, en p r i m e r lugar y ante todo, u n a fiesta; las familias, que n o r m a l m e n t e vivían u n a existencia solitaria, se reunían p a r a disfrutar de la compañía recíproca, para bailar y p a r a cortejar. A pesar de no ser un elemento d o m i n a n t e , la c e r e m o n i a formaba parte de esta reunión. El baile en círculo atraía la lluvia y se plañía a los m u e r t o s recientes. La diversión del bullicio m a r c a b a un grupo suprafamiliar t e m p o r a l que, a d e m á s de sus placeres recreacionales, tenía un n ú m e r o i m p o r t a n t e de funciones económicas (D. H. Thomas, 1983a: 86). Primero, la r e u n i ó n j u n t a b a el trabajo de m u c h a s familias, sin el cual la caza cooperativa de liebres o antílopes h a b r í a sido imposible. Segundo, llevaba al u s o m á s eficaz posible de los animales cazados. Tercero, permitía c o m p a r t i r la inform a c i ó n sobre d ó n d e se hallaban los alimentos; es decir, reducía de m a n e r a notable los costes de la b ú s q u e d a de comida. Cuarto, servía c o m o oportunidad p a r a el comercio de materias primas, c o m o la obsidiana, y p a r a tejer u n a red de amistades a través del intercambio. Quinto, era un m o m e n t o excelente p a r a e n c o n t r a r un m a r i d o o u n a mujer, tarea no s i e m p r e fácil d a d o el p r e d o m i n i o de grupos p e q u e ñ o s , las densidades bajas de población y los infrecuentes encuentros. El ceremonial ad hoc de los s h o s h ó n ejemplifica u n a característica i m p o r t a n t e de las poblaciones cazadoras-recolectoras dispersas. A pesar de que n o r m a l m e n t e se s e p a r a b a n c o m o familias p a r a h a c e r un uso óptimo de los recursos dispersos, en ocasiones la población debía reunirse p a r a actividades suprafamiliares que beneficiaban a todos. El ceremonial ad hoc, que involucraba a familias de m u c h o s c a m p a m e n t o s de invierno constituía un importante incentivo p a r a participar. Como veremos, el desarrollo del c e r e m o n i a l se intensificó c u a n d o los territorios e m p e z a r o n a definirse y a defenderse. La ceremonia es u n a invitación oficial a los vecinos a e n t r a r en el territorio de un grupo sin m i e d o a un ataque.

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Estas reuniones infrecuentes, pero importantes desde el p u n t o de vista económico y social, s u b r a y a n tres p u n t o s . El primero, que el a u m e n t o de población entre los cazadores-recolectores depende de recursos localmente densos que con frecuencia son efímeros e impredecibles. Segundo, que el liderazgo resuelve p r o b l e m a s específicos a la h o r a de organizar las actividades de un grupo, a u n q u e , c o m o el m i s m o gran grupo, este liderazgo es efímero y específico del contexto. Tercero, que las actividades festivas están m u y ligadas a p a t r o n e s estacionales e irregulares de disponibilidad de recursos, que a n i m a n la formación de los grandes grupos p o r razones económicas. Entre los shoshón h u b o t a m b i é n u n a ausencia aparente de territorios fuertemente m a r c a d o s . A pesar de que las familias poseían pinos piñoneros e instalaciones tales como acequias, redes de caza, y corrales, los territorios del grupo eran vagos en la m a y o r parte de los casos (Steward, 1977: 275-278). Por el contrario, los derechos flexibles y no exclusivos p a r a u s a r los recursos vegetales y animales p a r e c e n h a b e r sido la n o r m a . Steward (1933: 241) describió que los pinares p o d í a n compartirse, pero que la intrusión era u n a ofensa y podía provocar que un c a m p a m e n t o apedreara a los intrusos. La guerra no tuvo gran i m p o r t a n c i a y no estuvo organizada con anterioridad a los tiempos de contacto. La d e s c r i p c i ó n de S t e w a r d de los p r a g m á t i c o s y flexibles s h o s h ó n constituye la base p a r a n u e s t r o modelo de sociedad de nivel familiar en la que el ceremonial, el liderazgo, la guerra y la territorialidad tienen poca importancia. Service (1962), p o r el contrario, a r g u m e n t ó que el nivel familiar de los s h o s h ó n era s i m p l e m e n t e el r e m a n e n t e etnográfico de u n a sociedad de «bandas» suprafamiliares, las cuales h a b í a n sido llevadas a hábitats marginales p o r grupos que u s a b a n caballos y pistolas. Sólo la arqueología p u e d e decidir qué m o d e l o se a d a p t a mejor a los s h o s h ó n prehistóricos, y eso es lo que ha hecho. En los a ñ o s sesenta y setenta, D. H. T h o m a s (1972, 1973) estudió el p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o arqueológico de la c u e n c a del río Reese, u n a zona s h o s h ó n de recursos dispersos e impredecibles. Al hallar que este p a t r ó n se ajusta al pronóstico de localización de yacimientos, frecuencia y tipo que se deriva del m o d e l o de Steward, Thomas (1983&) concluía que los shoshón de época prehistórica de la cuenca del Reese constituían u n a sociedad de nivel familiar. Los recientes trabajos de D. H. T h o m a s (1983a) y de Bettinger (1978, 1982) m u e s t r a n que diferentes grupos de s h o s h ó n de la G r a n Cuenca se organizan a sí m i s m o s de formas distintas, formas que se p u e d e n entender mejor c o m o adaptaciones locales a condiciones específicas de los recursos (Thomas 1983a). En un extremo del espectro estaban los shoshón de la m o n t a ñ a Kawich, que vivían con densidades de población m u y bajas (una p e r s o n a p o r cada cincuenta kilómetros cuadrados) en u n a región con restricciones de agua y recursos dispersos e impredecibles. El almac e n a m i e n t o era poco c o m ú n , puesto que había poco p a r a almacenar; p o r la m i s m a r a z ó n la población era en gran m e d i d a móvil, con u n a organización de nivel familiar flexible y sin territorialidad. Las n o r m a s sobre quién era elegible p a r a casarse con quién t a m b i é n eran flexibles. Los gru-

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pos se c r e a b a n s o l a m e n t e de forma irregular, con motivo de partidas de caza y fiestas cortas. En el otro extremo del espectro se sitúan los shosh ó n del valle de Owens, que vivían con densidades de población m á s altas (una p e r s o n a p o r cada cinco kilómetros cuadrados) en un medio bien provisto de agua, que producía, con la ayuda de la irrigación, u n a base de recursos c o m p a r a t i v a m e n t e ricos y predecibles, j u n t o a u n a cosecha almac e n a b l e de p i ñ a s . Las p o b l a c i o n e s e r a n b a s t a n t e s e d e n t a r i a s y a l g u n o s grupos p e r m a n e c í a n en un c a m p a m e n t o localizado en el centro d u r a n t e g r a n p a r t e del a ñ o . Estos s h o s h ó n e r a n territoriales y e s t a b a n organizados en grupos locales. Las n o r m a s de m a t r i m o n i o e r a n m e n o s flexibles y se convirtieron en un aspecto i m p o r t a n t e de las relaciones entre grupos. Las celebraciones en el valle de Owens p r o p o r c i o n a b a n u n a función imp o r t a n t e al p e r m i t i r un acceso a la comida, al comercio y a las parejas a través de fronteras defendidas (Bettinger, 1982). El caso s h o s h ó n ilustra así dos tipos de organización de cazadoresrecolectores. En p r i m e r lugar, u n a población de baja densidad, resultado de recursos dispersos e impredecibles, q u e se organiza al nivel familiar, con u n a organización suprafamiliar en gran m a n e r a informal y ad hoc. En segundo lugar, u n a población de m a y o r densidad, resultado de recursos m á s ricos y seguros, que se organiza a un nivel superior, c o m o grupo local con un territorio definido. ¿Por qué? P r o p o r c i o n a r e m o s u n a respuesta m á s general en el capítulo 5, p e r o p o r a h o r a está claro que en el caso de los shoshón, la base de recursos ricos y predecibles del valle de Owens permitió la formación de un grupo suprafamiliar y lo obligó a defender sus recursos c o n t r a la u s u r p a c i ó n p o r parte de poblaciones que h a b i t a b a n en medios m e n o s favorables. Ahora nos vamos hacia los !kung del Kalahari, otra sociedad de nivel familiar, pero en la que los c a m p a m e n t o s son m á s duraderos. Exploraremos la i m p o r t a n c i a de la caza y la organización del c a m p a m e n t o .

Caso 2. Los !kung del Kalahari 1

Los ! k u n g del África austral constituyen el m a y o r ejemplo etnográfico de u n a sociedad cazadora-recolectora organizada en el nivel familiar. Aunque su estilo de vida es u n a a d a p t a c i ó n específica a condiciones m e dioambientales y económicas concretas, los h e m o s escogido p a r a un detallado análisis, porque se ha escrito m u c h í s i m o sobre ellos, especialmente respecto a las variables ecológicas y económicas que son de importancia capital en n u e s t r a aproximación. La excelente etnografía de Lee (1979) es n u e s t r a fuente básica. Otras fuentes útiles son Howell (1979); Leacock y Lee (1982); Lee y DeVore (1976); L. Marshall (1976); Silberbauer (1981); Wiessner (1977), y Yellen (1977). Para los !kung h e m o s escogido c o m o presente etnográfico los a ñ o s cincuenta y principios de los sesenta, c u a n d o 1. La «!» en Ikung es un sonido similar a un chasquido que no se puede representar con una letra. En este capítulo se utilizan otros símbolos de esta clase en los nombres Ikung.

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los etnógrafos registraron un m o d o de vida cazador-recolector. En un estudio comparativo de los khoisan, B e r n a r d (1992) destacó que éstos eran bastante variables y que los !kung, a pesar de ser los m á s estudiados, no e r a n típicos. Los estudios sobre los khoisan se h a n visto e m p a t a n a d o s (Denbow y Wilsem, 1986; Lee y Guenther, 1991, 1995; Solway y Lee, 1990; Wilsem, 1989; Wilsem y Denbow, 1990). El p r o b l e m a central es hasta qué p u n t o se puede ver a los !kung etnográficos c o m o grupos aislados útiles p a r a construir modelos de las sociedades cazadoras-recolectoras que existieron en la prehistoria. En su trabajo original, Lee recalcó el aislamiento de los !kung y creyó que éstos p r o p o r c i o n a b a n el m a r c o p a r a la gestación de economías y sociedades cazadoras-recolectoras independientes, con anterioridad a la expansión agrícola y la d o m i n a c i ó n colonial. Denbow y Wilmsen a t a c a r o n esta postura, a r g u m e n t a n d o que d u r a n t e dos milenios los khoisan existier o n c o m o p a r t e de u n a amplia e c o n o m í a regional en la que desempeñar o n el papel de pastores clientes. Al m i s m o tiempo que reconocía que los !kung c o m e r c i a b a n con el exterior, Lee defendía que tal comercio era relativamente minoritario y que no justificaba u n a transformación de su sociedad; Wilmsen y Denbow contestaron que los khoisan eran parte de la pobre y rural Botswana, y que su economía cazadora-recolectora era u n a respuesta a los vínculos periféricos e inestables con la economía mundial. En u n a reciente revisión de los datos arqueológicos, Sadr (1997) sostiene q u e los !kung e r a n c a z a d o r e s - r e c o l e c t o r e s (no g a n a d e r o s ) y q u e h a s t a hace poco no se vieron inmersos en e c o n o m í a s regionales ni m u n d i a l e s . C o n s i d e r a m o s aquí que los !kung fueron cazadores-recolectores independientes en gran m e d i d a y que su etnografía puede a y u d a r a explicar las d i n á m i c a s de las sociedades de nivel familiar c o m o ya se ha descrito p a r a los shoshón. Sin tener lazos históricos, los !kung y los s h o s h ó n son, sin e m b a r g o , similares en m u c h o s elementos de sus núcleos culturales, y las d i f e r e n c i a s e n t r e ellos b i e n p u e d e n r e s p o n d e r a c o n d i c i o n e s m e dioambientales y económicas opuestas. Al igual que los shoshón, los !kung son cazadores-recolectores que d e p e n d e n ante todo de recursos vegetales en un m e d i o seco. Las d e n s i d a d e s de p o b l a c i ó n son bajas, limitadas en apariencia p o r la disponibilidad de recursos. Su nivel familiar de organización les p e r m i t e u n a flexibilidad m á x i m a de movimiento y en el matrim o n i o , m i e n t r a s q u e la o r g a n i z a c i ó n s u p r a f a m i l i a r es informal y cambiante. La territorialidad, el liderazgo y el ceremonial son ad hoc y poco desarrollados, y la guerra inexistente. Como e n t r e los shoshón, s o m o s testigos con los !kung del p r a g m a tismo básico de la sociedad de nivel familiar. Las decisiones de qué comer, a d ó n d e ir, a qué grupo agregarse y c u á n d o a b a n d o n a r l o las t o m a la familia sobre la base de evaluaciones sencillas de costes y beneficios. Como correlato, la «prosperidad» del cazador-recolector, incluso en condiciones severas, es evidente, a u n q u e con ciertas reservas. A pesar de ello, los !kung no viven en familias aisladas, sino que se organizan en c a m p a m e n t o s de distintas familias, u n i d a s p o r redes personales de i n t e r c a m b i o que interconectan las familias y sus c a m p a m e n t o s a

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través de a m p l i a s regiones. La i m p o r t a n c i a de estas o r g a n i z a c i o n e s suprafamiliares p a r a m a n e j a r los riesgos diarios de la caza y los riesgos a m á s largo plazo de un recurso básico impredecible m u e s t r a claramente los límites de la independencia de la familia.

EL MEDIO Y LA ECONOMÍA

Los !kung, el grupo lingüístico septentrional del pueblo khoisan, comp r e n d e m á s de quince mil p e r s o n a s que viven en lo que a c t u a l m e n t e son los estados de Botswana, N a m i b i a y Angola (Lee, 1979: 34-38). Nuestra información es p a r t i c u l a r m e n t e rica p a r a la zona de Dobe, que cubre a m b o s lados de la frontera entre B o t s w a n a y N a m i b i a , d o n d e los cazadores-recolectores tradicionales h a n sido e s t u d i a d o s en detalle p o r el G r u p o de Investigación de Kalahari (Lee y DeVore, 1976). El desierto de Kalahari es u n a gran c u e n c a seca situada entre mil y mil doscientos m e t r o s sobre el nivel del mar. La impresión de este territorio es el de u n a i n m e n s a m e s e t a (Lee, 1979: 87). La roca subyacente está cubierta por a r e n a salvo en los infrecuentes afloramientos y los lechos erosionados de los riachuelos. El principal relieve topográfico está formado por d u n a s largas y bajas, s e p a r a d a s por depresiones anchas, que discurren en paralelo a lo largo de la región. Las d u n a s , estabilizadas p o r la vegetación, crean u n a superficie o n d u l a d a desde la cresta hasta la parte m á s baja de la depresión que hay entre ellas, t a m b i é n d e n o m i n a d a molapo. La a r e n a m á s gruesa y b l a n c a se e n c u e n t r a a lo largo de las crestas de las d u n a s , m i e n t r a s que la m á s fina y s e d i m e n t a d a se deposita en el molapo. E l ciclo e s t a c i o n a l e n e l K a l a h a r i s e c a r a c t e r i z a p o r u n i n v i e r n o seco y frío y un v e r a n o lluvioso y c a l u r o s o . Los ! k u n g r e c o n o c e n cinco estaciones b a s á n d o s e en las diferencias de t e m p e r a t u r a y lluvia (tabla 2). Bara es la época de plenos recursos, con precipitaciones y t e m p e r a t u r a s cálidas; la a b u n d a n c i a c o n t i n ú a d u r a n t e el ?tobe, c u a n d o el paisaje empieza a secarse al no h a b e r lluvias. En ! g u m , los días t r a n s c u r r e n con temp e r a t u r a s confortables de e n t r e 24 y 27 °C y sin lluvias, m i e n t r a s q u e las n o c h e s p u e d e n ser b a s t a n t e frías, con t e m p e r a t u r a s que descienden hasta los 0 °C d u r a n t e u n a s seis s e m a n a s . Luego, en !gaa las t e m p e r a t u r a s sub e n r á p i d a m e n t e , con m u c h o s días p o r e n c i m a de los 34 °C; la falta cont i n u a d a de lluvia agosta el paisaje. Con las p r i m e r a s lluvias d u r a n t e ! h u m a ,

TABLA 2.

Estaciones !kung

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el c a m p o reverdece con rapidez y los recursos vegetales vuelven a estar m á s disponibles. En el desierto de Kalahari existe u n a estacionalidad definida, con épocas de escasez de recursos, días calurosos y noches frías. Los extremos, sin e m b a r g o , son relativamente suaves, especialmente al c o m p a r a r l o s con la severidad del m e d i o de los s h o s h ó n . La h u m e d a d no se c o m b i n a con el frío, y, a excepción de un corto lapso, el calor se ve mitigado p o r la lluvia. De un año a otro, sin embargo, las precipitaciones son variables, y los años secos con recolecciones p o b r e s de plantas no son infrecuentes. Lee (1979: 113) estima la m e d i a anual de precipitaciones en cuatrocientos cincuenta milímetros, que varían desde un m í n i m o de doscientos milímetros a un m á x i m o de casi novecientos. Hay sequía (menos de cuatrocientos milímetros) dos a ñ o s de cada cinco, u n a sequía severa (menos de trescientos treinta milímetros) un año de cada cuatro. Además, los patrones de precipitaciones, especialmente en primavera, tienen un carácter muy localizado y p u e d e n p r o d u c i r u n a m a r c a d a variación local en el a b a s t e c i m i e n t o de alimentos. El m e d i o es p l e n a m e n t e natural, puesto que los !kung apenas lo h a n alterado. Las c o m u n i d a d e s de plantas que p r e d o m i n a n en el Kalahari son árboles pequeños, arbustos y hierbas. Algunas diferencias regionales de vegetación varían en función de los patrones de precipitaciones e hidrológicos, pero la m a y o r parte corresponden a las condiciones q u e i m p o n e n suelos distintos y el agua (cf. Lee 1979: 97). En los suelos ligeros y bien drenados de las d u n a s existen bosques p o c o densos de árboles de hoja a n c h a c o m o el mongongo (Ricinodendron); en los suelos m á s c o m p a c t o s y h ú m e d o s del molapo existen acacias y matojos, con distintas especies comestibles importantes. El agua está limitada en el Kalahari. Las mentes p e r m a n e n t e s de agua son b a s t a n t e r a r a s , restringidas a fisuras en la roca que se hallan en los cauces secos de los arroyos. El área de Dobe tiene nueve charcas de agua (Lee 1979: 306); algunas zonas c o m o la de Nyae Nyae están mejor abastecidas (L. Marshall, 1976: 64), p e r o otras c o m o la de ?Kade no disponen de fuentes p e r m a n e n t e s (Tanaka, 1976: 100). En los cauces secos de los arroyos y en las depresiones del molapo p u e d e n encontrarse fuentes de agua temporales, que p e r m a n e c e n h a s t a seis meses d u r a n t e el verano lluvioso. De las plantas proviene agua adicional (Tanaka, 1976: 100-104, 114), así c o m o de p e q u e ñ o s depósitos en las j u n t a s de los árboles, que recogen las lluvias siguientes (Lee, 1979: 94). P a r a los !kung, el agua es, pues, un factor limitador. Hay u n a s cien plantas comestibles en el área de Dobe, entre ellas u n a s c u a r e n t a especies que p r o d u c e n raíces y bulbos utilizables, y treinta bayas productivas y frutos. Las frutas, los melones y las bayas se e n c u e n t r a n en verano y otoño, y la m a y o r p a r t e de raíces, frutos secos y bulbos se hallan en invierno y primavera. De m á x i m a i m p o r t a n c i a en el área de Dobe es el productivo árbol m o n g o n g o , valioso p o r su fruto y p o r su hueso. La fruta es estacional, pero el h u e s o que hay en su interior se e n c u e n t r a en el suelo d u r a n t e todo el año.

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Los vegetales s u p o n e n a p r o x i m a d a m e n t e el 70 % del c o n s u m o calórico de los !kung. En la dieta registrada en Dobe en julio y agosto, las plantas p r o p o r c i o n a b a n el 71 % del total de las calorías y el 64 % del total de proteínas (Lee 1979: 271). Estas cifras son incluso superiores en ?Kade, d o n d e los animales son m á s escasos (Tanaka, 1976: 112). En la sucinta descripción de Lee (1979: 98-102, 158) se observa que la gama de recursos vegetales consumidos por los !kung es impresionante. Esta dieta amplia, sin embargo, muestra u n a selectividad considerable y u n a flexibilidad para minimizar los costes de obtención y responder a la variabilidad del entorno en el espacio y el tiempo. El singular mongongo destaca por su s u p e r a b u n d a n c i a , su disponibilidad a lo largo de todo el a ñ o y su alto valor nutritivo. En la dieta de julio y agosto registrada por Lee (1979: 271), el mongongo proporcionaba el 82 % de las calorías procedentes de plantas. Tanto Lee (1979: 167-172) c o m o Tanaka (1976: 105) registraron u n a j e r a r q u í a de a l i m e n t o s p r e f e r i d o s . Las especies se clasifican s e g ú n los costes de obtención ( a b u n d a n c i a en el conjunto, distribución espacial, est a c i o n a l i d a d y dificultades de recolección) y de lo apetecibles q u e s e a n (gusto, valor nutritivo que se percibe y efectos secundarios). Por ejemplo, reflejando los costes de obtención, los individuos preferían las frutas a las raíces, y preferían las raíces halladas en suelos ligeros, p o c o profundos, a aquellas que precisan cavar con m á s esfuerzo. La posición de los alimentos varía, de m a n e r a i n t e r e s a n t e , de u n a r e g i ó n a o t r a . En la z o n a de Marshall, el m o n g o n g o es m á s raro que en Dobe y tiene u n a i m p o r t a n c i a inferior a la de la Bauhinia esculenta. En ?Kade, d o n d e no hay árboles de m o n g o n g o , los huesos de la fruta no se c o m e n (Tanaka, 1976). Dentro de la región de Dobe la jerarquía de plantas m á s y m e n o s i m p o r t a n t e s cambia de m a n e r a notable de c h a r c a a charca según la disponibilidad de especies locales (Lee, 1979: 176-80). En palabras de Lee (1979: 168), «[L]os alimentos vegetales se evalúan de m a n e r a p r a g m á t i c a y racional; se restringen pocas especies p o r tabúes mágico-religiosos». Los animales t a m b i é n son i m p o r t a n t e s en la dieta de los !kung. Más de cincuenta especies de mamíferos se registran en el área de Dobe, con varios ungulados, en especial kudú (Tragelaphus strepsiceros), ñu y óryx del Cabo (Oryx gazella), que p r o p o r c i o n a n la m a y o r p a r t e de b i o m a s a disponible. La q u e b r a d a topografía, sin embargo, restringe el t a m a ñ o de las man a d a s a grupos p e q u e ñ o s o animales sueltos, y la escasez de agua limita las poblaciones animales. Los cazadores clasifican a éstos según su abundancia y su b i o m a s a individual (Lee, 1979: 226-235); los ungulados, m á s a b u n d a n t e s , son los m á s c o m ú n m e n t e cazados. Otros animales comestibles, c o m o lagartos, ratones, avestruces, búfalos africanos y elefantes, se evitan b i e n p o r su baja b i o m a s a individual, su gusto d e s a g r a d a b l e , alto nivel de peligro o alto coste de obtención. Como cabía esperar, la intensidad del uso del suelo disminuye al aumentar la distancia a u n a fuente permanente de agua (Yellen y Lee, 1976: 44). 2

2. Es importante recordar que los /gwi y //gana de ?Kade son lenguajes de grupos distintos a los !kung. La mayor parte de la información de este caso se toma de estudios sobre los !kung.

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Lee (1979: 175) describe el proceso de c ó m o un c a m p a m e n t o !kung «saca todo lo que puede» de su base subsistencial: Los !kung ocupan normalmente un campamento durante unas semanas y sacan todo lo que pueden de éste. Por ejemplo, en un campamento situado en un bosque de mongongo sus miembros agotan los huesos de la fruta en un radio de 1,5 km durante la primera semana de ocupación, en un radio de 3 km durante la segunda semana, y en uno de 4,5 km durante la tercera. Cuanto más tiempo vive un grupo en un campamento, más lejos tiene que desplazarse cada día para conseguir su alimento. Esta forma de subsistencia diaria caracteriza tanto los campamentos de verano como los de invierno. Por ejemplo, en el campamento de Bove en junio de 1964, los recolectores hacían cada día viajes de ida y vuelta de 9 a 14 km para llegar al bosque de mongongo. En agosto los viajes de ida y vuelta diarios se habían incrementado hasta los 19 km. Este incremento progresivo de la distancia a caminar sucede porque los !kung son muy selectivos en sus hábitos alimentarios. No comen todos los alimentos disponibles en una zona dada. Empiezan comiendo las especies más deseables y cuando éstas se han agotado o esquilmado pasan a las especies menos deseables. Puesto que los recursos vegetales son a la vez variados y abundantes, en cualquier situación en la que los alimentos deseables son escasos, los !kung tienen dos opciones en cuanto estrategia alimentaria: 1) pueden caminar más a fin de comer las especies más deseables o 2) pueden permanecer más cerca del campamento y explotar las menos deseables. Al c o n t i n u a r explotando el preferido m o n g o n g o , su explotación debe hacerse a distancias mayores, lo cual significa a u m e n t a r los costes de transporte. Al i n c r e m e n t a r s e los costes del m o n g o n g o , la gente b u s c a s e g u n d a s alternativas relativamente m e n o s costosas. A través del a ñ o el uso de los recursos refleja de m a n e r a fiel la disponibilidad estacional de los costes de obtención. El m o n g o n g o , el m e n o s estacional de todos los recursos, se obtiene d u r a n t e todo el año, a u n q u e c o n m e n o s frecuencia al aproximarse el final de la estación seca, c u a n d o la distancia desde las c h a r c a s a u m e n t a los costes. Los otros recursos se u s a n siguiendo un p a t r ó n m á s estacional (Lee, 1979: 188-190). Durante la estación h ú m e d a , c u a n d o las plantas se hallan m á s disponibles, la dieta se centra en aquellos recursos fácilmente obtenidos c o m o frutos, bayas y melones. También se cazan aves acuáticas y algunos u n g u l a d o s migratorios. Luego, d u r a n t e la estación seca, c u a n d o los alimentos están m e n o s disponibles, la dieta se amplía (Yellen y Lee, 1976: 44, 45) p a r a incluir p r o ductos de m á s alto coste c o m o raíces y bulbos. Como se indicaba en el capítulo 1, n u e s t r o modelo de la economía de subsistencia predecía la a m pliación de la dieta ante la falta de recursos. De a ñ o en año, las precipitaciones c a m b i a n t e s y otros factores m e dioambientales d e t e r m i n a n t a m b i é n la disponibilidad de recursos y, p o r extensión, afectan al p a t r ó n de dieta de los !kung. Lee (1979: 174) registra un c a m b i o m a y ú s c u l o en las j e r a r q u í a s de los alimentos vegetales e n t r e

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dos años en que las precipitaciones difieren. Los años b u e n o s p a r a u n a especie favorecida tienen c o m o resultado un descenso de los costes de obtención p a r a dichas especies y un i n c r e m e n t o de su uso. Los años malos c a u s a n u n a ampliación significativa de la dieta. El movimiento anual de los !kung a través del medio, c o m o el de agruparse en t o r n o al agua limitada en invierno y dispersarse luego hacia los r e c u r s o s vegetales, está c o n c e b i d o p a r a m i n i m i z a r los costes de o b t e n ción (fig. 5). En la región de Dobe, p o r ejemplo, la distribución de agua crea un p a t r ó n oscilante en la población que Lee (1976; 1979: 103-104) ha d e n o m i n a d o «dialéctica» de c o n c e n t r a c i ó n y dispersión. D u r a n t e el invierno, la estación seca, el agua e n c h a r c a d a se limita a u n o s pocas charcas p e r m a n e n t e s alrededor de las cuales se a g r u p a n los !kung. Los camp a m e n t o s base, tales c o m o el de Dobe, p u e d e n ser bastante grandes (dando a c o m o d o a u n a s treinta y cinco personas en doce cabañas) y p e r m a n e c e n ocupados d u r a n t e m á s de medio año. En el Kalahari hay m u c h o s m á s campamentos que fuentes permanentes de agua, de manera que distintos campamentos (de dos a seis) se agrupan en torno a u n a sola charca (Lee, 1976: 79). Cuando las lluvias primaverales empiezan en octubre y noviembre, los camp a m e n t o s se dispersan r á p i d a m e n t e hacia c a m p a m e n t o s temporales en los bosques de m o n g o n g o , d o n d e u s a n el agua que se deposita en los huecos de los árboles. Estos c a m p a m e n t o s son m á s pequeños (contienen solamente u n a decena de personas) y ú n i c a m e n t e se o c u p a n d u r a n t e u n o s pocos días c a d a u n o . Al verse llenos estos depósitos estacionales con las lluvias de verano, la población se dispersa al m á x i m o , a u n q u e p e r m a n e c e c e r c a n a tanto al a g u a c o m o a los recursos. Con la llegada del otoño, los depósitos e m p i e z a n a m e n g u a r ; la población r e t o r n a a las charcas mayores, y finalm e n t e a las fuentes p e r m a n e n t e s . El objetivo es m a n t e n e r la m á x i m a dispersión posible de campamentos m a n t e n i e n d o la disponibilidad de agua. Este objetivo corresponde a la estrategia de m i n i m i z a r los costes de o b t e n c i ó n en t é r m i n o s de desplazam i e n t o s desde y hacia el c a m p a m e n t o , y es otro ejemplo m á s del principio de a s e n t a m i e n t o que Steward describió c o m o «competitivo» entre los shoshón. Además de este p a t r ó n a n u a l de movimiento, la distribución de la población r e s p o n d e a cambios impredecibles en los acuíferos en condiciones de sequía c o m u n e s en el desierto de Kalahari. Las c h a r c a s «permanentes» no siempre tienen agua d u r a n t e los años secos y estas fuentes p u e d e n ser clasificadas según la severidad de la sequía necesaria p a r a secarlas. En condiciones de sequía, los c a m p a m e n t o s se van a g r u p a n d o alr e d e d o r de los recursos m á s a m p l i a m e n t e abastecidos. D u r a n t e u n a fuerte sequía, p o r ejemplo, J. Marshall (1957: 36) e n c o n t r ó siete c a m p a m e n t o s en u n a charca. D u r a n t e tales sequías, áreas enteras del Kalahari p u e d e n a b a n d o n a r s e , ya que los !kung m i g r a n en b u s c a de agua y c o m i d a aprop i a d a s (Hitchcock, 1978). E s t a flexibilidad en el m o v i m i e n t o es esencial p a r a la economía, que descansa en lazos sociales m á s que en el almacenaje p a r a m a n e j a r el riesgo (Wiessner, 1982). Los p a t r o n e s de dieta y m o v i m i e n t o de los !kung m u e s t r a hasta qué p u n t o se considera el coste a la h o r a de decidir qué recursos se explotan

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FIG. 5. Patron de asentamiento de los !kung. El campamento base en Dobe está ocupado durante buena parte de la estación seca, pero durante la estación húmeda los campamentos se dispersan y los lugares se ocupan solamente durante unos pocos días cada vez-

y c ó m o . Su alta selectividad y flexibilidad —en el espacio y el t i e m p o — cor r e s p o n d e n a la disponibilidad c a m b i a n t e de los recursos y a los costes de obtención. Las c o n d i c i o n e s del m e d i o , a c a u s a de su efecto d i r e c t o s o b r e la obtención, d e t e r m i n a n en g r a n m e d i d a la n a t u r a l e z a de la e c o n o m í a de

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subsistencia y las características sociales y culturales a ella asociadas. Esta interrelación t a n cercana entre ecología, economía y sociedad, q u e se ve r e s u m i d a en la noción de Steward (1955) de «núcleo cultural», es de imp o r t a n c i a capital p a r a el objetivo del presente libro. La densidad de población regional de los khoisan del norte tiene de media u n a persona p o r cada veinticinco kilómetros cuadrados, con u n a oscilación de entre u n a por cada treinta y cuatro kilómetros cuadrados en ?Kade a u n a p o r cada veinte kilómetros cuadrados en Dobe y a u n a p o r 3,6 kilómetros cuadrados en Nyae Nyae (Lee, 1979; L. Marshall, 1976: 18-19; Tanaka, 1976: 1100). Tal y como cabía esperar, el orden en la densidad de población corresponde aproximadamente con la disponibilidad de fuentes de agua p e r m a n e n t e s p a r a las citadas áreas (ninguna en ?Kade, nueve en Dobe, dieciséis en Nyae Nyae). La población no se distribuye de m a n e r a uniforme en u n a zona dada, sino que es m á s alta hasta u n a distancia de un día de viaje de las fuentes de agua permanentes. En Dobe esta «densidad económica», como Lee la denomina, es de aproximadamente u n a persona por cada 2,5 k m (Lee, 1979: 306). ¿Qué limita la población a estas densidades bajas en u n a sociedad cazadora-recolectora c o m o la k h o i s a n ? La explicación obvia es la escasez de los recursos, y la correlación de la densidad de población c o n la disponibilidad de agua parece corroborarlo. No obstante, p a r a Sahlins (1968a) los !kung vivían en la a b u n d a n c i a y Lee deja claro que r a r a m e n t e tienen p r o b l e m a s p a r a conseguir lo suficiente p a r a comer. En un estudio de un mes, Lee (1979: 271) estimó la media individual de consumo diario en 2.355 calorías y la m e d i a diaria de gasto en 1.975. A la vista de estas cifras, ¡la obesidad p o d r í a ser un p r o b l e m a m a y o r que la h a m b r u n a ! Quizá, en lugar de en la escasez media, d e b e r í a m o s c e n t r a r n o s en la escasez periódica. Los !kung no c o m e n t a n t o o gastan tan poco cada m e s del año; si se t o m a el a ñ o c o m o u n i d a d , Wilmsen (1978) h a b l a b a de u n a oscilación en el peso de entre dos y cuatro kilos. La dieta, generalmente bien equilibrada, puede en ocasiones ser baja en calorías (Truswell y Hansen, 1976), con el resultado, según Howell (1979), de que las tasas de fecundid a d en las mujeres !kung son bajas. Este a r g u m e n t o se b a s a en un estudio m á s general que sugiere que un nivel m í n i m o de grasa en el c u e r p o es necesario p a r a los ciclos de ovulación fértiles (Frisch, 1978). Además, las sequías periódicas devuelven a la población a niveles m u y p o r debajo de la capacidad media de sostén (cf. Hitchcock, 1978). Otro factor que limita el crecimiento de población en cazadores-recolectores como los !kung es el largo periodo entre nacimientos. Lee (1979: 324) sugería que los p a r t o s se veían tradicionalmente espaciados alreded o r de c u a t r o años; con un periodo reproductivo relativamente corto, el crecimiento de la población en tales circunstancias se h a b r í a a p r o x i m a d o así a cero. ¿Por qué el espaciamiento era t a n largo? Quizá la respuesta se 3

2

4

3. El orden relativo de estas tres regiones !kung es probablemente más preciso que las cifras absolutas, ya que no hay una forma estándar para calcular la densidad de población. 4. Lee (1979: 440-41) está en desacuerdo. Ver también el debate en Konner (1982: 372-73).

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halla en la productividad potencial de la m a d r e c o m o recolectora. Lee especulaba que debido a que u n a mujer !kung lleva a sus hijos de m e n o s de c u a t r o a ñ o s con ella c u a n d o se desplaza de un lado a otro en sus tareas recolectoras, su trabajo se ve en gran m a n e r a afectado por el n ú m e r o y el peso de los hijos que debe transportar. Con un e s p a c i a m i e n t o de c u a t r o años, u n a mujer no tiene q u e llevar m á s de un n i ñ o cada vez. Al a u m e n tar la dilatación de dos a tres y de tres a cuatro años, el peso m á x i m o de niños q u e se deben t r a n s p o r t a r decrece de veintiuno a dieciocho y p o r últ i m o a doce kilos. A u m e n t a r el espaciado de los p a r t o s reduce la carga de la m a d r e y en ú l t i m a instancia p u e d e de hecho a u m e n t a r el éxito reproductivo final de u n a mujer, lo cual significa que el a u m e n t o del esfuerzo que implica un niño adicional baja las tasas de supervivencia de todos los niños (Blurton Jones y Sibly 1978). Las mujeres p u e d e n escoger limitar los n a c i m i e n t o s c o m o u n a m a nera de bajar sus costes de obtención de alimentos. ¿Cómo se m a n t i e n e este, al parecer deseable, espaciamiento? Birdsell (1968a: 243) ha propuesto que el infanticidio p u e d e ser u s a d o p o r los cazadores-recolectores p a r a espaciar los partos, pero las mujeres !kung r a r a m e n t e practican el infanticidio: Howell (1979) registró seis casos de 495 nacimientos. P e n s a m o s q u e las deficiencias nutritivas, c o m o h e m o s a p u n t a d o arriba, son u n a explicación m á s plausible. Otra es el largo periodo de lactancia, hecho determinado por la falta de un alimento de destete apropiado (Konner y Worthman, 1980; Lee, 1979: 328). A m b o s factores p a r e c e n i n h i b i r la ovulación y de este m o d o p r o p o r c i o n a n u n m e c a n i s m o biológico p a r a limitar las tasas de crecimiento. En r e s u m e n , p e n s a m o s que cierta c o m b i n a c i ó n de factores biológicos y económicos, j u n t o con los ocasionales años desastrosos, a c t ú a n p a r a m a n t e n e r la población !kung baja, y que esta densidad de población permitió a los cazadores-recolectores c o n t i n u a r al m a r g e n de la economía basada en el pastoreo. No obstante, en la década de 1920, los ganaderos herero ya se estaban introduciendo en la zona de Dobe (Soloway y Lee, 1990) y, a finales de los sesenta, la ganadería en expansión creó u n a fuerte dem a n d a de trabajo entre los !kung p a r a c u i d a r el r e b a ñ o herero, cuyo tam a ñ o e s t a b a d e g r a d a n d o el ecosistema y su c a p a c i d a d p a r a sostener la subsistencia de los cazadores-recolectores. Los !kung se h a n convertido en g a n a d e r o s s e d e n t a r i o s , q u e a h o r a sin d u d a f o r m a n p a r t e d e l a a m p l i a e c o n o m í a regional de Botswana. Pero nos estamos a d e l a n t a n d o . La tecnología !kung consiste en u n a s pocas h e r r a m i e n t a s multiusos hechas de materiales que se p u e d e n conseguir localmente (Lee, 1979: 110). E n t r e ellos se hallan los kaross de las mujeres (la piel t r a t a d a de un animal, u s a d a p a r a t r a n s p o r t a r alimentos y otras materias); el palo p a r a cavar, u s a d o p a r a o b t e n e r raíces y bulbos; el arco y la flecha del h o m b r e , utilizados p a r a cazar; el cuchillo multiuso p a r a todas las tareas que lo requieran, y la cantimplora h e c h a de huevo de avestruz. Los útiles n o r m a l m e n t e se fabrican con m a t e r i a s naturales que precisan de pocas modificaciones. D u r a n t e algún t i e m p o el metal recogido o comerciado ha sido repicado en frío hasta conseguir la forma deseada p a r a p u n t a s de flecha y

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cuchillos, y los bienes i m p o r t a d o s c o m o la cerámica y los cazos de metal occidentales son c a d a vez m á s importantes. Pero las h e r r a m i e n t a s tradicionales de los !kung se m a n u f a c t u r a b a n individualmente a partir de m a terias locales p a r a el propio uso del que los hacía. A diferencia de los shoshón, los !kung no tienen instalaciones p a r a el almacenaje de alimentos vegetales, p r e s u m i b l e m e n t e debido a que la comida no almacenada está disponible en cantidades adecuadas durante todo el año. A pesar de que los !kung t a m p o c o a l m a c e n a n agua p a r a prolongados periodos, está d o c u m e n t a d o que los /gwi entierran cientos de cantimploras de huevo de avestruz rellenas y p r e p a r a d a s p a r a la estación seca (Lee, 1979: 1231). A pesar de su simplicidad, la tecnología de los !kung es efectiva y a m e n u d o ingeniosa. Por ejemplo, el arco ligero (con nueve kilos de tensión) es mortal incluso contra la caza mayor, gracias al uso de flechas con puntas envenenadas con un derivado de las crisálidas de los escarabajos (Lee, 1979: 133-134). La flecha en sí m i s m a es un útil c o m p u e s t o e ingenioso, h e c h a del tallo de u n a hierba grande perenne, un astil acoplado con hueso y u n a p u n t a de m e t a l m a r t i l l e a d a con la forma d e s e a d a a p a r t i r de u n a pieza de alambre. Entre otros instrumentos efectivos hay que citar u n a lanza de p u n t a de hierro p a r a cazar y p a r a a c a b a r con los animales heridos; un astil flexible de tres metros de largo con un gancho de metal u s a d o p a r a coger a los animales d o r m i d o s en el fondo de sus m a d r i g u e r a s , y t r a m p a s de lazo con cebo p a r a mamíferos m á s p e q u e ñ o s y pájaros de caza. E. M. Thomas (1959) tituló su libro sobre los khoisan /twi The Harmless People. La guerra, en el sentido de agresión intergrupal organizada, no está presente entre ellos y se disuaden las señales externas de violencia. Claro que el homicidio, especialmente entre h o m b r e s y mujeres en conflicto, no es infrecuente: se traga ira, y vuelan flechas e m p o n z o ñ a d a s . Estos conflictos, sin e m b a r g o , se ven c o m o disruptivos, y los agresores no obtienen apoyo. Lee (1984: 96) registra la siguiente escena dramática: /Twi había asesinado a tres personas, cuando la comunidad, en un raro gesto de unanimidad, le tendió una emboscada y lo hirió fatalmente a plena luz del día. Mientras agonizaba en el suelo, todos los hombres le dispararon con flechas envenenadas, en palabras de un informante, hasta que «parecía un puerco espín». Luego, después de muerto, todas las mujeres, así como los hombres, se aproximaron a su cadáver y lo apuñalaron con lanzas, compartiendo simbólicamente la responsabilidad por su muerte. No se p e r m i t e que la violencia se expanda en un conflicto d e n t r o del grupo, debido a la importancia decisiva de los lazos intergrupales, sino que las disputas se saldan con la separación. El i n t e r c a m b i o , en especial de p r o d u c t o s a r t e s a n o s , y a h o r a espec i a l m e n t e de b i e n e s o c c i d e n t a l e s , existe e n t r e los k h o i s a n y, c o m o en otras sociedades cazadoras-recolectoras, probablemente existió en pequeña escala en la prehistoria (Lee, 1979: 76). Como con los shoshón, el comercio frecuente p u d o no h a b e r sido necesario, ya que la g a m a de objetos usa-

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dos estuvo limitada y era generalmente de larga vida. No existió n a d a parecido a la especialización económica. P a r a r e s u m i r b r e v e m e n t e , los p r o b l e m a s m á s i m p o r t a n t e s d e p r o ducción y r e p r o d u c c i ó n a los q u e se enfrentaron los !kung fueron notablemente similares a aquellos que afrontaron los shoshón. Como los shoshón, tuvieron que recoger un abastecimiento adecuado de alimentos vegetales de baja densidad y tenían un suplemento en la caza de animales dispersos e impredecibles. Sus p r o b l e m a s de estacionalidad y posible falta de alim e n t o s , si bien m e n o s extrema que los que tenían que afrontar los shoshón, fueron a m p l i a m e n t e análogos, c o m o lo fueron sus necesidades p o r un sistema de confianza p a r a e n c o n t r a r parejas y u n a m a n e r a de obtener bienes especiales de artesanía a través del comercio. No es de extrañar que el p a t r ó n general de la organización de los !kung sea m u y similar al p a t r ó n de los shoshón. El papel diferente de la caza y su implicación en la organización del c a m p a m e n t o es la m a y o r diferencia.

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

E n t r e los !kung, c o m o en otras e c o n o m í a s de subsistencia simples, la familia con su p r o p i a vivienda y h o g a r forma la u n i d a d e c o n ó m i c a y social elemental. El individuo o la familia t o m a todas las decisiones económicas básicas: qué recolectar, c ó m o recolectar, c u á n d o trasladarse, a qué grupo unirse (cf. Yellen, 1977). Los bienes llegan a la familia a través de sus m i e m b r o s , que se hallan involucrados en diferentes actividades de obtención según la división sexual del trabajo. Dentro de la casa se j u n t a n y se c o m p a r t e n los recursos libremente. La m a y o r parte de los alimentos vegetales c o n s u m i d o s p o r la familia los recolectan sus m i e m b r o s . La organización del trabajo entre los !kung es, c o m o la tecnología, u n a respuesta simple y directa a los p r o b l e m a s de obtención. La m a y o r parte de las actividades de subsistencia p u e d e n ser desarrolladas p o r individuos que trabajen s e p a r a d a m e n t e . Las mujeres son recolectoras, también realizan algo de m a n u f a c t u r a (p. ej., las cantimploras), la m a y o r parte de la p r e p a r a c i ó n de los alimentos y se o c u p a n en exclusivo de los hijos. Los h o m b r e s son cazadores, recolectan t a m b i é n un poco y desarrollan u n a p a r t e considerable de la m a n u f a c t u r a , especialmente de las a r m a s que utilizan p a r a cazar. La recolección se realiza g e n e r a l m e n t e de m a n e r a individual o en p e q u e ñ o s grupos (Lee, 1979: 192-193; L. Marshall, 1976: 98). Los grupos trabajan en paralelo, sin división del trabajo y sin u n a ganancia obvia en la eficiencia con respecto a la o b t e n c i ó n en solitario. En la cosecha del hueso del mongongo, p o r ejemplo, los individuos salen en grupo, pero cada u n o trabaja en un árbol separado y los huesos se cascan y se tuestan de m a n e r a individual. Las t a r e a s las realizan juntos, p e r o no están coordinadas, excepto p a r a establecer un r i t m o de trabajo. Al cazar, los h o m b r e s t a m b i é n trabajan solos o en pequeños grupos. Puesto que no existen m a n a d a s en el Kalahari, las partidas de caza gran-

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des son poco prácticas. Una p a r t i d a de caza p a r a grandes animales está formada por entre u n o y cuatro h o m b r e s (Lee, 1979: 211; L. Marshall, 1976: 132). Cuando se localiza a un animal, lo acecha un solo cazador p a r a reducir al m í n i m o las posibilidad de alarmarlo (Lee, 1979: 217). Sin embargo, el grupo de tres o cuatro es i m p o r t a n t e . Cuando se persigue a un animal, su rastro a m e n u d o se vuelve borroso y la partida de caza se dispersa p a r a hallar la pista. C u a n d o se localiza al animal y un solo cazador empieza a acecharlo, los otros se sitúan en los posibles p u n t o s de escapada p a r a int e n t a r cazarlo p o r s e g u n d a vez. Una vez se ha herido m o r t a l m e n t e a un animal, de tres a seis personas lo descuartizan y se llevan la carne al camp a m e n t o . E s t a actividad precisa de un esfuerzo de trabajo cooperativo, puesto que un solo c a z a d o r no p u e d e t r a n s p o r t a r u n a gran pieza él m i s m o y sin ayuda tendría que a b a n d o n a r carne aprovechable a los carroñeros. Para los !kung, incluso m á s que p a r a los shoshón, u n a organización suprafamiliar es esencial p a r a la supervivencia de la propia familia. Los dos niveles de organización suprafamiliar son el c a m p a m e n t o y la red regional entre c a m p a m e n t o s y entre familias. A pesar de que estos niveles son m u y flexibles e informales, son esenciales p a r a manejar los p r o b l e m a s del riesgo de la subsistencia. El c a m p a m e n t o es el grupo local básico, un grupo de personas no corporativo, organizado bilateralmente, que vive u n i d o d u r a n t e al m e n o s u n a parte del año. Un asentamiento tipo c a m p a m e n t o n o r m a l m e n t e tiene cinco o seis pequeñas c a b a ñ a s de hierba (de un m e t r o o c h e n t a de ancho) orientadas a un espacio central (fig. 5). Una c a b a ñ a acoge a u n a familia nuclear, y un c a m p a m e n t o está formado por distintas familias de parientes cercanos (Yellen, 1976: fig. 4). En el estudio de Lee (1979: 56-57), el t a m a ñ o de los c a m p a m e n t o s variaba de nueve a treinta personas. Los grupos del camp a m e n t o , que i n c o r p o r a n y pierden m i e m b r o s , se desplazan a través del m e d i o p a r a situarse cerca de recursos críticos. A veces, especialmente en invierno, los c a m p a m e n t o s se hallan cerca los u n o s de los otros, y el sonido staccato al m a c h a c a r los h u e s o s del m o n g o n g o (llamado h a b l a !gi) va de un c a m p a m e n t o a o t r o . En otros m o m e n t o s los c a m p a m e n t o s se hallan dispersos y s e p a r a d o s a través del vasto y d e s p o b l a d o territorio. Al parecer, el límite superior del t a m a ñ o de un c a m p a m e n t o se ve imp u e s t o p o r disputas internas que lo fragmentan y p o r los costes de subsistencia m á s altos asociados a los grupos m á s grandes. (Los grupos m á s grandes t e r m i n a n m á s r á p i d a m e n t e con los recursos en el área i n m e d i a t a al c a m p a m e n t o , lo cual conlleva el a u m e n t o de los costes de la caza y la recolección y desplazamientos m á s frecuentes.) El límite inferior se establece p o r el deseo de m a n t e n e r u n a p r o p o r c i ó n entre p r o d u c t o r e s y dependientes, de a p r o x i m a d a m e n t e tres a dos (Lee 1979: 67), y p o r los requerimientos de la caza. El acto de compartir, q u e es un valor cultural i m p o r t a n t e e n t r e los khoisan y que p u e d e verse con claridad en la distribución de carne procedente de la caza de u n a gran pieza (L. Marshall, 1976), u n e al c a m p a m e n t o e c o n ó m i c a m e n t e . Según c u e n t a Marshall, p o r ejemplo, el cuerpo del animal m u e r t o pertenece al propietario de la p r i m e r a flecha que hirió a la bes-

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tia. Debido a los intercambios recíprocos de flechas entre los cazadores, sin embargo, el propietario de la flecha a m e n u d o no es el cazador que ha tenido éxito (Lee, 1979: 247). La carne de la caza la distribuye el propietario a las relaciones cercanas y a las m á s distantes dentro del c a m p a m e n t o h a s t a que cada u n o de sus m i e m b r o s tiene u n a parte. Compartir de m a n e r a generosa la carne ataja dos problemas. Primero, distribuye la c o m i d a que posiblemente no h a b r í a podido ser aprovechada p o r u n a sola familia sin almacenarla; segundo, c o m p a r t e el riesgo de cazas impredecibles, de m a n e r a que todas las familias obtienen u n a parte, sin tener en c u e n t a el éxito individual de un cazador. El i n t e r c a m b i o de carne elimina lo que de otra m a n e r a p o d r í a n ser m o m e n t o s de envidia y fricción intensas, c u a n d o la suerte de un c a z a d o r se ve confrontada con el fracaso de los otros. La caza crea la necesidad de un grupo de intercambio m a y o r q u e la familia n u c l e a r y socializa a través de la r e c i p r o c i d a d generalizada. A pesar de que el grupo tiene u n a importancia económica capital p a r a los !kung, su pertenencia no está definida de u n a m a n e r a rígida. Las personas se p u e d e n afiliar a un c a m p a m e n t o a través de ascendencia bilateral o m a t r i m o n i o , de m a n e r a que u n a familia puede unirse a cualquier otra en distintos c a m p a m e n t o s . Las n o r m a s del m a t r i m o n i o son m u y flexibles y a y u d a n a crear u n a red de relaciones familiares entre c a m p a m e n t o s . Las visitas, que implican u n a obligación recíproca, son t a n c o m u n e s que el núm e r o de personas en un c a m p a m e n t o varia de un día al siguiente. Los individuos f o r m a n redes amplias de i n t e r c a m b i o (hxaro) que entrelazan a las familias y d a n acceso al campamento y al territorio de la pareja (Wiessner, 1977, 1982). Estas redes regionales, que p e r m i t e n a u n a familia y a su camp a m e n t o desplazarse de m a n e r a relativamente libre a través del espacio, t a m b i é n p e r m i t e n un ajuste rápido a las o p o r t u n i d a d e s económicas cambiantes a través del territorio !kung y son fundamentales p a r a la adaptación de los !kung a los cambios en la disponibilidad de recursos (Lee, 1976). Las redes regionales se crean c u a n d o los c a m p a m e n t o s se a g r u p a n alr e d e d o r de c h a r c a s p e r m a n e n t e s d u r a n t e la estación seca. Este es el m o m e n t o de realizar ceremonias y actividades entre c a m p a m e n t o s . La estac i ó n seca es un p e r i o d o de a c t i v i d a d social y el r i t m o de vida c a m b i a t o t a l m e n t e c u a n d o la población se r e ú n e . Lee (1979: 446-447) insiste en que esta concentración de población ofrece fuertes r e c o m p e n s a s sociales a d e m á s de las económicas, de h e c h o t a n fuertes c o m o p a r a no t e n e r en c u e n t a la posibilidad de que esta r e u n i ó n p u e d a no ser ó p t i m a de cara a la obtención de recursos a corto plazo. Cuando distintos c a m p a m e n t o s se r e ú n e n d u r a n t e toda la n o c h e p a r a u n a d a n z a q u e lleva al trance y p a r a cer e m o n i a s de curación, los lazos d e n t r o del c a m p a m e n t o y entre c a m p a m e n t o s distintos se crean y se refuerzan con actividades c o m o la negociación de m a t r i m o n i o s , la socialización y el intercambio. La concentración y dispersión dialéctica descrita p o r Lee representa u n a ambivalencia h u m a n a m u y real y básica h a c i a la vida en g r u p o . El individuo autosuficiente y su familia disfruta de la independencia y de la habilidad p a r a controlar su propio destino. El g r u p o ofrece r e c o m p e n s a s

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sociales y asistencia económica en m o m e n t o s críticos, p e r o t a m b i é n limitaciones, frustraciones y conflictos personales. El g r u p o social r e d u c i d o del c a m p a m e n t o fue p r o b a b l e m e n t e necesario p a r a el individuo desde los t i e m p o s m á s t e m p r a n o s del h o m í n i d o , p o r q u e satisface a q u e l l o q u e Goldschmidt (1959) llama «necesidad p o r el afecto positivo». La tensión entre familia y grupo persiste, p e r o es s e c u n d a r i a respecto a las manifiestas ventajas económicas y sociales del grupo. Éste finalmente se fragmenta c u a n d o los r e c u r s o s se h a l l a n a m p l i a m e n t e d i s t r i b u i d o s y son predecibles, y s o l a m e n t e se r e ú n e de nuevo c u a n d o los recursos se e n c u e n t r a n localizados y son inciertos. La movilidad regional de los !kung requiere reducir el énfasis en la territorialidad. Steward (1936: 334-335) describió a los !kung organizados territorialmente en b a n d a s patrilineales, a u n q u e la nueva interpretación que p r e s e n t ó Lee y sus colaboradores subraya el acceso no exclusivo. El «territorio de alcance propio» es simplemente el área que u s a de m a n e r a m á s frecuente, un área q u e no está n e t a m e n t e delimitada, que no es exclusiva y q u e no se defiende de m a n e r a activa (véase la d e s c r i p c i ó n de DeVore y Hall [1965] del área d o m é s t i c a de un g r u p o mandril). La territorialidad no se b a s a en fronteras reconocidas, sino q u e se c e n t r a en un recurso clave, que p a r a los !kung es la charca. Los !kung r e c o n o c e n regiones (n!ore) de entre doscientos cincuenta y quinientos kilómetros c u a d r a d o s , que se asocian c o n un grupo nuclear con u n a larga residencia en el á r e a (Lee, 1979: 334): Dentro de un n!ore, un grupo kausi [un campamento] posee claramente la charca y el área inmediatamente circundante, y esta propiedad se pasa de generación en generación siempre que los descendientes continúen viviendo ahí. A pesar de ello, esta área nuclear se ve rodeada por un amplio cinturón de tierra que se comparte con los grupos adyacentes. Si caminando de un n!ore a otro, preguntase a menudo a mis compañeros «¿estamos todavía en el n!ore X o hemos cruzado al n!ore Y?», tendrían bastantes dificultades para determinar en qué n.'ore se hallaban, y dos informantes habrían estado a menudo en desacuerdo. El acceso a los recursos d e n t r o del n!ore no p a r e c e restringido a los m i e m b r o s del c a m p a m e n t o asociado y sus visitantes (Lee, 1979: 335-336). Un c a m p a m e n t o distinto debe p e d i r p e r m i s o al g r u p o nuclear p a r a u s a r los r e c u r s o s del n!ore, especialmente su a g u a p e r m a n e n t e . Este d e r e c h o al p a r e c e r p u e d e ser rechazado, p e r o si es concedido, el favor i m p o n e u n a obligación recíproca al c a m p a m e n t o visitante. La i m p r e s i ó n general, sin e m b a r g o , es q u e el acceso a los r e c u r s o s se grava sólo m í n i m a m e n t e y q u e los individuos p u e d e n g a n a r el acceso a dichos recursos, bien c o m o visitantes, bien c o m o m i e m b r o s d e u n c a m p a m e n t o peticionista. Yellen y H a r p e n d i n g (1972) h a n recalcado la falta de territorialidad entre los !kung, que ven c o m o algo inevitable en un m e d i o inestable, en el que la población debe distribuirse c o n t i n u a m e n t e según los r e n d i m i e n t o s de los recursos variables. A pesar de que se reconoce la propiedad del grupo

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sobre extensiones de tierra, al igual que la p r o p i e d a d individual sobre las h e r r a m i e n t a s , los frutos recolectados y quizá algunos recursos naturales, la baja d e n s i d a d de población y las m í n i m a s m e j o r a s de capital q u e caracterizan la existencia de los !kung al parecer no requieren el acceso restringido a la tierra. Además, defender un recurso de tan baja densidad como un p e d a z o de tierra !kung p r o b a b l e m e n t e costaría m á s de lo que vale la tierra. Los khoisan no defienden el territorio per se; sino que el acceso a los recursos está c o n t r o l a d o p o r a c u e r d o s recíprocos que excluyen a los e x t r a ñ o s sin c o n e x i o n e s sociales c o n el c a m p a m e n t o ( C a s h d a n , 1983). En resumen, el c a m p a m e n t o !kung tiene u n a composición fluida y no u n a n a t u r a l e z a c o r p o r a t i v a clara. A u n q u e el i n t e r c a m b i o o m n i p r e s e n t e de carne entre m i e m b r o s del c a m p a m e n t o puede dar a éste la apariencia de un grupo c l a r a m e n t e definido, en m u c h o s otros aspectos no es m á s que u n a r e u n i ó n oportunista de familias independientes. El c a m p a m e n t o , c o m o insinúa esta valoración, no tiene un liderazgo establecido: el liderazgo es m í n i m o e informal. Lee (1979: 343-344) resume la situación de la siguiente m a n e r a : En sociedades igualitarias, como la de los !kung, se exponen las actividades de grupo, se hacen planes y se llega a decisiones, todo al parecer sin un foco claro de autoridad o influencia. Un examen más cercano, sin embargo, revela que existen patrones de liderazgo. Cuando se menciona una charca, los !kung suelen referirse al grupo que ahí habita por el nombre de un solo hombre o mujer: por ejemplo, el campamento de Bon!a en Xangwa o el campamento de Kxarun!a en Bate. Estos individuos son a menudo gente mayor, la que ha vivido allí por más tiempo o la que se ha casado dentro del grupo del propietario y que tiene algunas cualidades personales notorias como oradores, litigantes, especialistas en ritual o cazadores. En las discusiones del grupo estas personas pueden atreverse a hablar más que otras, los demás pueden hacerles concesiones y uno tiene la sensación de que sus opiniones tienen un poco más de peso que las opiniones de los otros participantes. Sean las que sean sus capacidades, los líderes !kung no tienen autoridad formal. Sólo pueden persuadir, pero nunca imponer su voluntad a los otros. Claro que la edad y las capacidades especiales confieren respeto, y la opinión de u n a p e r s o n a respetada influye a la h o r a de t o m a r u n a decisión; p o r ejemplo, la decisión de trasladar el c a m p a m e n t o . L. Marshall, (1976: 133) señala que en u n a partida de caza un cazador r e p u t a d o actúa c o m o líder informal. Sin embargo, c u a n d o Lee (1979: 348) p r e g u n t ó a un !kung m a y o r sobre los líderes locales («caciques»), éste le r e s p o n d i ó : «¡Desde luego q u e t e n e m o s c a c i q u e s ! [...] De h e c h o , t o d o s lo s o m o s [...] ¡Cada u n o de nosotros lo es de sí mismo!» Se respeta a un cazador que tiene éxito repetidamente, p e r o t a m b i é n p u e d e ser envidiado, y no es raro que deje de cazar d u r a n t e un t i e m p o antes que intentar i m p o n e r un fuerte liderazgo sobre el grupo. El liderazgo parece que es en gran m e d i d a específico de un contexto, c o m o u n a partida de caza en concreto, y que no se extiende de

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m a n e r a general a los a s u n t o s del c a m p a m e n t o . La m a y o r í a de las decisiones t o m a d a s p o r el g r u p o se t o m a n p o r consenso, son en gran m e d i d a informales y se alcanzan a través de u n a larga discusión que concierne a todos (Silberbauer, 1981). Los cazadores-recolectores independientes !kung, c o m o los s h o s h ó n americanos, viven a h o r a en un m u n d o t r a n s f o r m a d o p o r la invasión y la incorporación de sociedades y economías externas. Para los !kung, la exp a n s i ó n de los g a n a d e r o s herero creó o p o r t u n i d a d e s p a r a el empleo que dieron un acceso m a y o r a bienes externos c o m o los cuchillos de acero, las cacerolas de cobre, el t a b a c o y el café, cuentas de vidrio y ropa. Los rebaños en expansión y los pastores t a m b i é n c a m b i a r o n el m e d i o al intensificar su uso (al pastar), dificultando cada vez m á s la caza y la recolección. Los !kung se h a n sedentarizado p a r a trabajar p a r a los herero y a h o r a dep e n d e n de los a l i m e n t o s q u e p r o c e d e n de los r e b a ñ o s y del exterior. L a m e n t a b l e m e n t e , algunas de sus habilidades, c o m o la de seguir un rastro, los ha hecho valiosos p a r a el ejército, y su fama c o m o resultado de la película de éxito Los dioses deben estar locos los convirtió en otra atracción turística. P a r a ser culturas sin lazos históricos y en extremos opuestos de la tierra, los s h o s h ó n y los !kung son n o t a b l e m e n t e similares. En a m b o s casos, la aridez y la variabilidad ambiental convirtieron a sus regiones en marginales p a r a la agricultura o la ganadería, y c o m o resultado la caza y la recolección c o n t i n u a r o n siendo el m o d o de subsistencia básico hasta el pasado reciente. En a m b o s casos, la población es escasa y está m u y dispersa, y a m b a s economías de subsistencia, esencialmente pragmáticas, seleccion a n de entre los posibles recursos alimentarios los m á s adecuados p a r a satisfacer las necesidades del grupo. Las dietas resultantes derivan del m o n t o de calorías de los recursos vegetales. La carne de caza, a pesar de ser m u y deseada, tiene u n a i m p o r t a n c i a secundaria. (Este m e n o r énfasis en la caza es m u y i m p o r t a n t e ; c o m o v e r e m o s , p u e d e no ser aplicable a t o d o s los grupos cazadores-recolectores.) Sin embargo, existen ciertas diferencias entre los shoshón y los !kung, que reflejan contrastes específicos en sus medios naturales. Por ejemplo, las m a r c a d a s diferencias estacionales en la región s h o s h ó n exigen el uso del almacenaje de alimentos para prevenir la h a m b r u n a a final del invierno. En los c a m p a m e n t o s de invierno c o m p a r t i r huesos de fruta a l m a c e n a d o s es un elemento i m p o r t a n t e en la cohesión del grupo. Los !kung comparten sus riesgos de m a n e r a diferente, a pesar de que u n o p u e d e hallar un eco en las batidas ocasionales de liebres o de antílope. La caza contribuye d i a r i a m e n t e a la dieta !kung y los acuerdos recíprocos dentro del c a m p a m e n t o son ideales p a r a distribuir los rendimientos m á s arriesgados de la carne, en c o m p a r a c i ó n con los r e n d i m i e n t o s m á s predecibles de las plantas. Los s h o s h ó n r e p r e s e n t a n a u n a sociedad dicotomizada, d e s m e m b r a d a en familias que recolectan los recursos vegetales y que luego se c o n c e n t r a n fugazmente p a r a cazar en grupo. Los !kung representan u n a posición intermedia m á s estable, con u n a economía cazadora-recolectora equilibrada y con m e n o s variación en la estructura de su organización.

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Las s o c i e d a d e s cazadoras-recolectoras prehistóricas ¿Qué nos cuentan estas cercanas visiones de los shoshón y de los !kung sobre la caza y la recolección de m a n e r a general, en especial en época prehistórica, c u a n d o éste fue el m o d o de vida universal de los h u m a n o s ? Para r e p a s a r la evolución de las sociedades con anterioridad a la agricultura, d e b e r í a m o s c o n s i d e r a r b r e v e m e n t e tres periodos q u e fueron testigos de grandes cambios p a r a las poblaciones h u m a n a s t e m p r a n a s : el paleolítico inferior y medio, el paleolítico superior y el postpleistoceno. Estos periodos vieron tres «revoluciones» progresivas en la sociedad h u m a n a , que al final d i e r o n c o m o r e s u l t a d o u n m o d o c a z a d o r - r e c o l e c t o r que c r e e m o s que fue análogo al de los s h o s h ó n y los !kung. ¿Cabe suponer que estas sociedades vivas nos van a ayudar a entender la forma de organización de los grupos h u m a n o s en el pasado remoto? Lo que hace a las sociedades m o d e r n a s potencialmente análogas p a r a formas sociales pretéritas no es su primitivismo inherente, sino la flexibilidad y adaptabilidad de los h u m a n o s p a r a organizarse p a r a sobrevivir y prosperar bajo condiciones divergentes. Así, los khoisan o los shoshón, como todos los h u m a n o s , no son primitivos sino pragmáticos. Sus vidas sociales proporcionan analogías p a r a formas m á s t e m p r a n a s , puesto que las condiciones económicas y demográficas en las que existieron son similares. Primero, el período m á s largo fue con m u c h o el paleolítico inferior y m e d i o (hace 2.000.000 a 35.000 años), el período de los orígenes h u m a nos tanto c o m o especie biológica c o m o usuario de h e r r a m i e n t a s . Durante el pleistoceno, o edad del hielo, nuestros erectos antepasados h o m í n i d o s se desarrollaron hasta el m o d e r n o Homo sapiens, y m i e m b r o s de esa especie, con u n a capacidad craneal m u y a g r a n d a d a (ésta quizá a u m e n t ó de 650 a 1.450 c.c.) e m p e z a r o n a recurrir a útiles como forma básica de adaptación. La población creció de forma lenta pero consistente, d a n d o c o m o resultado un incremento en la densidad de población, a u n q u e fue m á s significativa la expansión desde u n a distribución inicial restringida a África hasta u n a distribución m u y amplia a través de África, E u r o p a y Asia. Esta e x p a n s i ó n sin p r e c e d e n t e s fue r e s u l t a d o en p a r t e de un c r e c i m i e n t o de población en las áreas nucleares, y en parte del descubrimiento de entornos sin explotar con la ayuda de nuevas tecnologías. Los inventos tecnológicos fundamentales fueron el fuego y la r o p a p a r a sobrevivir d u r a n t e los duros inviernos europeos y asiáticos, cerca de las m a s a s de hielo de los glaciares, y se e m p l e a r o n estrategias eficientes p a r a cazar animales grandes. Al principio de este periodo la dieta era al p a r e c e r bastante ecléctica, e incluía animales pequeños y grandes, bien rapiñados, bien muertos a bast o n a z o s a corta distancia. Al parecer, h a c i a el paleolítico m e d i o la caza cobró i m p o r t a n c i a gracias al desarrollo de u n a tecnología efectiva: puntas de proyectiles de piedra bien elaborados que debieron ser fijados a palos p a r a la fabricación de lanzas. Los datos arqueológicos disponibles a p u n t a n a que los p r i m e r o s homínidos se organizaron en pequeños grupos móviles. En yacimientos como el del b a r r a n c o de Olduvai (hace 1.750.000 años) y Olorgesailie (hace en-

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tre 700.000 y 900.000 a ñ o s [vuelto a d a t a r con mejores métodos, ver Bye y otros, 1987]), la c o n c e n t r a c i ó n de útiles de p i e d r a tallada y restos de animales sacrificados sugiere que los primeros h u m a n o s p u d i e r o n h a b e r vuelto de m a n e r a regular a un c a m p a m e n t o base d o n d e se c o m p a r t í a la c o m i d a (Bye y otros, 1987; Isaac, 1978; Wenke, 1980). Sin e m b a r g o , se desató un d e b a t e entre los investigadores: ¿estaban ellos m i s m o s extendiendo de m a n e r a inapropiada los modelos de los m o d e r n o s cazadores-recolectores de nivel familiar a un p a s a d o r e m o t o c u a n d o nuestros antepasados se hallaban adaptados de u n a m a n e r a distinta (véase un r e s u m e n en Kelly 1995)? La atención se ha c e n t r a d o en la tafonomía ósea, c ó m o las condiciones de los huesos de los animales m u e r t o s eran el resultado de acciones distintas, entre ellas la depredación de los carnívoros, la caza y desp e d a z a m i e n t o p o r parte de los h u m a n o s , la rapiña, las condiciones metereológicas, y otras similares. Muchos de los huesos r e s p o n d í a n al p a t r ó n esperado p a r a la depredación de los carnívoros, p r o b a b l e m e n t e p o r parte de los h a m b r i e n t o s felinos de la región, con lo que las teorías primigenias sobre la t e m p r a n a organización h u m a n a cayeron en descrédito. Una interpretación reciente de Blumenschine (1995) concluyó que a) la mezcla de t a m a ñ o s de animales indica u n a depredación no h u m a n a , a u n q u e b) las p r á c t i c a s culturales de d e s c a r n a m i e n t o q u e se ven en los h u e s o s m u e s t r a n q u e los h u m a n o s h a b í a n r a p i ñ a d o los h u e s o s p o c o d e s p u é s d e s u m u e r t e y que los h a b í a n roto con martillos de piedra p a r a extraer el tuétano. Estos h u m a n o s primigenios eran al parecer carroñeros, no cazadores. Sin embargo, a ú n cabe inferir que estaban organizados en pequeños grupos a fin de a h u y e n t a r a los depredadores y a otros carroñeros de los animales m u e r t o s , y t r a n s p o r t a r los cadáveres con útiles r u d i m e n t a r i o s y defenderlos contra carroñeros competidores c o m o las hienas. La p r i m e r a p r u e b a convincente de la caza se e n c u e n t r a m á s tarde d e n t r o del paleolítico inferior, d u r a n t e el periodo de las h a c h a s de m a n o acheulenses; ¡un hallazgo reciente de u n a lanza de m a d e r a p u e d e tener 400.000 años! La caza es u n a p r u e b a de participación organizada en los esfuerzos del grupo que pusieron al alcance nuevas fuentes de alimentos. Sin duda, los yacimientos del paleolítico m e d i o (hace entre 35.000 y 100.000 a ñ o s ) , q u e i n c l u y e n las i m p o r t a n t e s c u e v a s de la r e g i ó n de la Dordoña en Francia, fueron c a m p a m e n t o s de base r e p e t i d a m e n t e ocupados p o r u n a organización de nivel familiar. Desde el final del paleolítico m e d i o se h a n a g r u p a d o conjuntos de artefactos en «juegos de útiles», asociados a actividades económicas distintas (Binford y Binford, 1966). Por ejemplo, el juego de útiles I tiene doce tipos, que incluyen perforadores, raspadores y cuchillos, que al parecer eran utilizados p a r a trabajar hueso, m a d e r a y pieles; el juego de útiles V tiene seis tipos, entre ellos p u n t a s de proyectiles, discos, raederas y cuchillas, que al parecer eran utilizados p a r a cazar y descarnar. Los yacimientos se diferencian s i s t e m á t i c a m e n t e p o r los juegos de útiles hallados, sugiriendo a los Binford que algunos yacimientos, que sugieren un amplio espectro de actividades (incluida la m a n u f a c t u r a ) , fuer o n p r o b a b l e m e n t e c a m p a m e n t o s base, y que otros, d o n d e p r i m a b a la ob-

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tención de comida, fueron lugares de actividades especiales de corta duración. Rollan y Dibble (1990) señalan que el retoque extensivo de los útiles de piedra en ciertos yacimientos del paleolítico medio indican u n a ocupación invernal bastante prolongada, c u a n d o los h u m a n o s vivían del reno. El uso intensivo de la piedra fue entonces necesario p a r a conservar las materias p r i m a s disponibles, puesto que los yacimientos de piedra se hallab a n lejos y la piedra no estaba disponible en aquella estación. El p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o implícito se a d e c u a al m o d e l o general de agregación-dispersión esbozado en nuestros casos de cazadores-recolectores. La importancia de la protección frente a la depredación en el paleolítico inferior y la i m p o r t a n c i a de la caza en el paleolítico m e d i o habría precisado de un grupo integrado por reciprocidad generalizada en un c a m p a m e n t o . Se ha t r a b a j a d o m u c h o s o b r e la t r a n s i c i ó n al paleolítico s u p e r i o r que se produjo a finales del pleistoceno, hace entre 35.000 y 12.000 años, especialmente en E u r o p a (Conkey, 1978; Gilman, 1984; Hayden, 1981b). Los t r e m e n d o s c a m b i o s de esta época en la e c o n o m í a y en la organización social de los h u m a n o s fueron, según parece, i m p u l s a d o s p o r un crecimiento c o n t i n u a d o de la población; la expansión hacia el nuevo m u n d o se produjo d u r a n t e este período, y un incremento agudo en el n ú m e r o de yacimientos registrados sostiene de m a n e r a sólida la existencia de densidades de población m á s altas. A la p a r con este crecimiento de población tuvo que producirse u n a intensificación significativa en el uso de los recursos. Las nuevas tecnologías incluyen propulsores (el atlatl, según se dice, i n c r e m e n t a el alcance m á x i m o de un l a n z a m i e n t o de sesenta m e t r o s a m a n o a ciento cincuenta metros con atlatl), arpones d e n t a d o s y azagayas de pesca (Wenke, 1980). En m u c h a s economías los alimentos corrientes parece que fueron animales g r a n d e s de caza migratorios, c o m o el r e n o o la vaca salvaje. No está claro el porqué, ya que n o r m a l m e n t e la intensificación da c o m o resultado u n a ampliación de la dieta (Earle, 1980a). Quizá p o r q u e la intensificación es m u y complicada en la m á s difícil de las estaciones (el invierno), c u a n d o pocas, o ninguna, de las fuentes adicionales de alimentos se hallan disponibles, la población en algunas zonas resolvió sus p r o b l e m a s a la m a n e r a de los shoshón, es decir, no a m p l i a n d o su dieta sino i n c r e m e n t a n d o la explotación de un recurso rico disponible en otoño que p u e d e ser almacen a d o p a r a usarlo en invierno. Sea el que fuere su origen, centrarse en un recurso rico y almacenable parece h a b e r tenido un efecto profundo en la sociedad h u m a n a . El p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o del paleolítico superior c o n t i n u ó probab l e m e n t e incluyendo c a m p a m e n t o s base y lugares de actividad especial. El principal c a m b i o fue en el t a m a ñ o de los a s e n t a m i e n t o s en los campam e n t o s base. Asentamientos c o m o el de Solvieux en el s u r de Francia pudieron ser b a s t a n t e grandes (casi tres hectáreas) y p r o b a b l e m e n t e representó un g r u p o de varios cientos de habitantes (Sackett, 1984). En Dolni Vestonice, un c a m p a m e n t o con empalizada en Checoslovaquia, había cinco cabañas. Una gran c a b a ñ a de trece metros de largo contenía varios hogares, lo cual sugiere que fue h a b i t a d a p o r varias familias nucleares. En ge-

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neral, el t a m a ñ o de algunos a s e n t a m i e n t o s en el paleolítico superior implica un g r u p o local m a y o r q u e el que se e n c u e n t r a c o m ú n m e n t e entre los cazadores-recolectores y m á s cercano a lo que e s p e r a m o s de c o m u n i dades de aldea c o m o los y a n o m a m o (véase caso 5). Como veremos en la s e g u n d a parte, con la formación de grupos m á s d u r a d e r o s de cien p e r s o n a s o m á s llega u n a e l a b o r a c i ó n i n s t i t u c i o n a l considerable que incluye el ceremonial y el liderazgo de grupo. En el paleolítico superior, el arte de las cuevas de yacimientos c o m o el de Altamira en E s p a ñ a y Lascaux en Francia y las figuras esculpidas, conocidas c o m o «venus», del este de E u r o p a ofrecen u n a evidencia n a d a a m b i g u a de actividades ceremoniales. Distintos artefactos del paleolítico superior, c o m o las grandes p u n t a s de lanza solutrenses c u i d a d o s a m e n t e talladas y los bastones de hueso con animales gravados, son casi seguro marcadores de prestigio de liderazgo. ¿Es esto posible? ¿Los cazadores p u e d e n organizarse bien m á s allá del nivel familiar? Como señalamos en los casos de los esquimales y de la costa noroeste de Norteamérica, creemos que los cazadores-recolectores desarrollan niveles mayores de integración en condiciones económicas y políticas p a r t i c u l a r e s . Parece plausible q u e los g r u p o s locales e incluso los sistemas de gran h o m b r e existieran d u r a n t e el paleolítico superior. El riesgo de gestión, la caza a g r a n escala y la defensa territorial fueron tres condiciones potencialmente i m p o r t a n t e s p a r a este desarrollo. N o r m a l m e n t e se p i e n s a q u e la necesidad de u n a gestión del riesgo en las poblaciones de cazadores-recolectores, como los shoshón y los !kung, lleva a relaciones sociales m á s allá de la familia nuclear. Puesto que no existe r a z ó n p a r a s u p o n e r que la naturaleza del riesgo ha c a m b i a d o significativamente desde tiempos m á s antiguos, cabe s u p o n e r que los acuerdos de los c a m p a m e n t o s y u n a s redes de intercambio regionales flexibles, q u e caracterizan los cazadores-recolectores c o m o los khoisan son comparables a los que existieron hace treinta mil años. Los p r o b l e m a s que provoca la caza de grandes animales migratorios h a n sido apuntados por S. Binford (1968) y por Wobst (1976) como la causa de la elaboración cultural q u e se produjo en el paleolítico superior. P a r a simplificar sus a r g u m e n t o s , las especies migratorias de caza como el r e n o precisan de m u c h o s m á s cazadores de los que un solo c a m p a m e n t o p u e d e proporcionar, y p o r lo tanto implica u n a elaboración ceremonial p a r a integrar grupos n o r m a l m e n t e dispersos en c a m p a m e n t o s . Como m u e s t r a el caso shoshón, el vínculo entre la r e u n i ó n p a r a la caza y la elaboración ceremonial es suficientemente plausible, a u n q u e su i m p o r t a n c i a p a r a el paleolítico ha sido c u e s t i o n a d a . Gilman (1984) señala que la d e p e n d e n c i a de m a n a d a s de animales migratorios en el paleolítico superior varía considerablemente y no d e t e r m i n a la elaboración cultural. Por ejemplo, las poblaciones del paleolítico superior en España, que produjeron algunas de las o b r a s de arte m á s sofisticadas, dependieron del ciervo, que al parecer no m i g r a b a y no habría sido cazado en grandes partidas de grupo. La defensa territorial p u d o h a b e r sido crítica p a r a las sociedades del paleolítico superior que d e p e n d í a n de los grandes animales. Gilman (1984)

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a r g u m e n t a de m o d o convincente que los grupos de estilo local que caracterizan el paleolítico superior p u e d e n verse, no c o m o m e c a n i s m o s p a r a incluir a un m a y o r n ú m e r o de p e r s o n a s m e d i a n t e la caza cooperativa, sino c o m o m e c a n i s m o s p a r a excluir a gente m e d i a n t e la defensa de un grupo social delimitado. En esencia, las sociedades del pleistoceno, con sus densidades de población altas (para cazadores), d e p e n d i e r o n del acceso exclusivo a localizaciones favorables p a r a la caza. En este contexto las diferencias de estilo que diferenciaban un grupo local de otro en el paleolítico superior p o d r í a n representar intentos de limitar la extensión de las obligaciones sociales y, de esta m a n e r a , restringir el acceso a los recursos básicos p o r p a r t e de los grupos vecinos. Se p u e d e argumentar, de m a n e r a m á s específica, q u e u n a sucesión de mejoras tecnológicas y el crecimiento de población c e n t r a r o n la caza en animales a l t a m e n t e productivos, que p r o p o r c i o n a b a n c o m i d a almacenable. Para cazar estas especies de m a n e r a eficiente, los cazadores deben controlar sus r u t a s migratorias, tales c o m o pasos de m o n t a ñ a y abrevaderos en los ríos p a r a los r e n o s (S. Binford, 1968), y los m e a n d r o s p a r a las pesqueras de los salmones (Jochim, 1984); p a r a especies no migratorias c o m o el ciervo o el m a m u t , ello significa controlar sus territorios naturales ópt i m a m e n t e productivos. Un uso de recursos animales intensificado tendería a s u b r a y a r las diferencias en los costes de caza de un lugar a otro y a u m e n t a r í a así los beneficios que se obtendrían de la defensa por parte del grupo de las zonas de mejor caza. El desarrollo de grupos locales en el paleolítico superior nos está avanzando a n u e s t r a historia y m e t i é n d o n o s en p r o b l e m a s q u e se describen en los capítulos del 5 al 8. Regresemos, pues, a nuestros cazadores-recolectores de nivel familiar. D u r a n t e el p e r í o d o i n m e d i a t o al postpleistoceno (hace entre 12.000 y 7.000 años), conocido c o m o mesolítico en E u r o p a y c o m o p r i m e r período arcaico en el Nuevo M u n d o , la dieta de las poblaciones h u m a n a s en m u c h a s áreas c a m b i ó de m a n e r a radical p a r a incluir un gran n ú m e r o de nuevas especies (L. Binford, 1968; Mark Cohen, 1977). Los c a m b i o s en el m e d i o a y u d a r o n a hacerlo necesario, a u n q u e su causa principal fue el crecimiento de las poblaciones h u m a n a s . En m u c h o s lugares, c o m o las áreas de desierto cultural del oeste de América del norte, la e c o n o m í a de subsistencia incorporó p o r p r i m e r a vez recursos vegetales. Este proceso de intensificación, que ha sido llamado «revolución de amplio espectro» (Flannery, 1969), p a r e c e q u e se p r o d u j o a nivel m u n d i a l (Christenson, 1980; Mark Cohen, 1977). Con la expansión hacia los territorios vírgenes, c o m p l e t a d e s d e h a c í a t i e m p o , el c r e c i m i e n t o de población posterior precisaba de la intensificación. El r e s u l t a d o m á s c o m ú n de esta a m p l i a c i ó n de la dieta fue la concentración en alimentos vegetales, que crearon u n a e c o n o m í a de subsist e n c i a en general a n á l o g a a la de los s h o s h ó n y los !kung. F u e d u r a n t e este período que la sociedad básica de nivel familiar se dispersó p o r todo el m u n d o , y desde esta base se traza el desarrollo evolutivo descrito en este libro. La forma de organización flexible de familia fue un medio p r a g m á tico y efectivo p a r a organizar u n a división del trabajo y u n a forma de com-

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partir entre los cazadores-recolectores. Los grupos p u d i e r o n fragmentarse y fundirse p a r a explotar recursos diversos y variables. Incluso dentro de estos cimientos a m p l i a m e n t e c o m p a r t i d o s existió u n a considerable diversidad. En algunas zonas la caza intensiva continuó j u n t o con u n a sociedad o r g a n i z a d a territorialmente: un ejemplo es el de los cazadores de camélidos y los p r i m e r o s ganaderos estudiados p o r Rick (1978, 1984) en la p u n a del centro a n d i n o (véase capítulo 12), cuyos grupos locales eran al parecer sedentarios y se distinguían p o r p u n t a s de proyectil de piedra. En otras zonas la intensificación se c o n c e n t r ó en recursos ricos, q u e p u d i e r o n ser a l m a c e n a d o s p a r a m a n t e n e r a la p o b l a c i ó n d u r a n t e los periodos de escasez: p o r ejemplo, en las aldeas preagrícolas natufienses del Levante (Flannery, 1972), d o n d e las poblaciones locales sedentarias recolectaban y a l m a c e n a b a n granos silvestres en abundancia. No obstante, a n u l a r esta diversidad constituyó u n a presión c o m ú n , que poco a poco dio c o m o resultado un giro hacia la domesticación y produjo cambios fundamentales p a r a la sociedad h u m a n a .

Conclusiones P a r a entender la evolución general de los cazadores-recolectores deb e m o s c o n s i d e r a r tres t e n d e n c i a s evolutivas p r i n c i p a l e s —intensificación, integración y estratificación—, relacionadas con el c a m b i o económico y social. La intensificación de la actividad en la obtención de alimentos en u n a zona d a d a es requerida p o r u n a población en a u m e n t o o p o r un m e d i o en deterioro. En el pleistoceno y en el i n m e d i a t o postpleistoceno, un crecim i e n t o lento de la población diseminó a los h u m a n o s p o r el m u n d o y de m a n e r a gradual a u m e n t ó las densidades de población en aquellas zonas capaces de m a n t e n e r a m á s gente. Su resultado fue la intensificación en la o b t e n c i ó n de a l i m e n t o s (Mark Cohen, 1977). P r i m e r o vino la o c u p a ción gradual de nuevos hábitats con recursos p o r debajo de lo óptimo, tales c o m o la caza m a y o r de baja densidad, la caza m e n o r y las plantas, que precisaban de estrategias de obtención m á s costosas. Luego vino la diversificación de las dietas, a la p a r q u e especies cada vez m á s costosas se iban a ñ a d i e n d o a fin de m a n t e n e r a u n a población mayor. A m b a s tendencias i n c r e m e n t a r o n la cantidad de trabajo dedicado a obtener comida. Lógica e históricamente, el paso siguiente fue la domesticación. La integración, n u e s t r a s e g u n d a tendencia, se da sólo en grupos hum a n o s de cierto t a m a ñ o y complejidad, a u n q u e el g r a d o de integración de u n a sociedad no se corresponde de m a n e r a simple con el de intensificación de su actividad económica. En ciertas condiciones ambientales la intensificación provoca la integración; en otros n o . Se p u e d e n ver tres niveles de integración social en t o d a s las socied a d e s c a z a d o r a s - r e c o l e c t o r a s , a u n q u e s u i m p o r t a n c i a relativa varía d e m a n e r a significativa c o n la disponibilidad de recursos, c o n la forma específica de la intensificación de éstos y con el desarrollo tecnológico. La

LOS CAZADORES-RECOLECTORES DE NIVEL FAMILIAR

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familia c o m o u n i d a d de subsistencia básica fue casi universal, a p e s a r de que su importancia disminuyó temporalmente cuando el campamento a d o p t ó a l g u n a s de sus funciones e c o n ó m i c a s . El campamento, de c u a t r o a seis familias, fue t a m b i é n casi universal. C o m o h e m o s visto, sin e m b a r g o , su i m p o r t a n c i a y su g r a d o de institucionalización varió ampliam e n t e , s i e n d o m e n o r e n t r e los r e c o l e c t o r e s d e p l a n t a s c o m o los shosh ó n y m a y o r entre los c a z a d o r e s de caza mayor. La intensificación de la caza, a l c r e a r u n a n e c e s i d a d p a r a l a exclusión territorial, p u e d e h a b e r c a u s a d o que el c a m p a m e n t o en a l g u n a s z o n a s se volviera un g r u p o defensivo básico con u n a integración ceremonial m á s fuerte. Al convertirse los c a m p a m e n t o s e c o n ó m i c a m e n t e i m p o r t a n t e s , los lazos sociales a m e n u d o se fortalecen d e n t r o de los g r u p o s de género, las m u j e r e s se asocian con mujeres y los h o m b r e s c o n h o m b r e s . La región, u n a colectivid a d de u n o s diez a veinte c a m p a m e n t o s , se o r g a n i z ó p a r a m a n e j a r los p r o b l e m a s de seguridad y defensa. Las redes regionales de recolectores de p l a n t a s posibilitaron los c a m p a m e n t o s y a las familias individuales ten e r n o t i c i a de o t r a s p a r t e s en d o n d e hallar c o m i d a y obtenerla, c u a n d o e s c a s e a b a en su p r o p i o t e r r i t o r i o . En la caza intensiva, la r e d regional p u e d e h a b e r p r o p o r c i o n a d o el sistema de alianzas utilizado en la defensa de los territorios. La importancia de la territorialidad es innegable, a u n q u e variable. En la discusión original sobre las b a n d a s patrilocales, Steward (1936) y Service (1962) identificaron un g r u p o territorial del t a m a ñ o de un c a m p a m e n t o c o m o típico de los cazadores-recolectores. Trabajos m á s recientes, sin embargo, h a n tendido a refutar los aspectos corporativos y territoriales de la organización cazadora-recolectora y a m o s t r a r en c a m b i o que u n a m í n i m a territorialidad permitió u n a flexibilidad de movimientos en b ú s q u e d a de comida, q u e fue esencial p a r a la supervivencia del cazador-recolector. Sin límites territoriales que restringieran los movimientos regionales, las poblaciones p u d i e r o n fácilmente c o n c e n t r a r s e en los recursos m á s favorables —y en ocasiones los ú n i c o s — disponibles en cada m o m e n t o . La territorialidad en los cazadores-recolectores debió, de esta manera, e s t a r a s o c i a d a c o n r e c u r s o s m á s estables, c o m o en el c a s o del valle de Owens de los shoshón. La territorialidad t a m b i é n restringe el acceso a recursos básicos que, o bien se hallan n a t u r a l m e n t e circunscritos, c o m o las charcas o los piñones, o bien h a n sido mejorados a través de medios técnicos, c o m o el regadío local en el valle de Owens o las presas en la costa noroeste de Norteamérica (véase capítulo 8). Allá d o n d e se c o n c e n t r a n los recursos, se p u e d e restringir su acceso de m a n e r a m á s fácil. Con la exp a n s i ó n creciente y los esfuerzos cada vez m á s exitosos p a r a restringir el acceso a los recursos básicos hallamos los orígenes de la guerra. En relación con la territorialidad y la guerra se p r o d u c e un c a m b i o significativo en la i m p o r t a n c i a del ceremonial. En grupos de densidad relativamente baja q u e no tienen territorialidad el ceremonial se halla íntim a m e n t e ligado a los periodos de reunión, c o m o en los m o m e n t o s en que los !kung se r e ú n e n alrededor de la c h a r c a invernal o los s h o s h ó n se juntan p a r a u n a partida de caza. El ceremonial es particular del gran grupo,

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

m á s q u e de las familias q u e lo c o m p o n e n , y a c t ú a p a r a c o m p e n s a r las tendencias inherentes a la fragmentación del grupo p o r disputas internas. E n t r e los c a z a d o r e s y r e c o l e c t o r e s t e r r i t o r i a l e s las c e r e m o n i a s ad hoc p u e d e n d e s e m p e ñ a r un papel distinto, t a n t o p a r a definir un grupo social con sus derechos de acceso c o m o p a r a a n u l a r tales divisiones sociales c o m o p a r t e d e f o r m a c i o n e s d e a l i a n z a s m á s a m p l i a s . S e g ú n Yengoyan (1972), los r i t o s de i n i c i a c i ó n en A u s t r a l i a se d i s t r i b u í a n en el t i e m p o p a r a a p r o v e c h a r los b u e n o s resultados de recursos silvestres impredecibles. C u a n d o se obtenía un b u e n r e n d i m i e n t o , el grupo del territorio local invitaba a los grupos vecinos p a r a reunirse en su ceremonia de iniciación y al m i s m o tiempo p a r a unirse a la recolección del recurso pródigo. De man e r a similar, e n t r e los territoriales pomo del n o r t e de California, los extraordinarios b u e n o s resultados en semillas o pescado eran el motivo de u n a gran ceremonia (Vayda, 1967). Los vecinos del grupo que la costeaba adquirían las semillas o el pescado a c a m b i o del dinero de concha, que a su debido t i e m p o era i n t e r c a m b i a d o p o r c o m i d a d u r a n t e los periodos de escasez. Algunos de estos m e c a n i s m o s p a r a c o m p e n s a r las diferencias regionales en la disponibilidad de alimentos silvestres aparecen c o m o esenciales. En algunos casos, c o m o el de los pescadores de la costa noroeste de N o r t e a m é r i c a (capítulo 8), estos m e c a n i s m o s son un signo de u n a economía política en desarrollo. No se ve estratificación en los dos casos analizados en este capítulo. En general, los cazadores-recolectores se caracterizan p o r u n a diferenciación social m í n i m a y un fuerte sentimiento de igualdad y voluntad de compartir. Su objetivo es la subsistencia de cada cual y de todos, no la ventaja económica diferencial de u n o u otros. La estratificación depende del acceso diferencial a los recursos, que a su vez se b a s a en u n a fuerte noción de la posesión de la tierra, perceptible entre los !kung y los shoshón. En otras partes, sin e m b a r g o , ciertas condiciones económicas y sociales ligadas a la intensificación h a n p r o d u c i d o sociedades cazadoras-recolectoras con acceso diferencial a los recursos y, p o r ello, con estratificación. Como h e m o s visto, algunas c u l t u r a s del paleolítico s u p e r i o r p u e d e n e s c a p a r a esta descripción. Y c o m o veremos en el capítulo 8, las élites sociales son u n a característica p r o m i n e n t e de las sociedades cazadoras-recolectoras, de tipo territorial y de alta d e n s i d a d de los p e s c a d o r e s de la costa noroeste de Norteamérica.

CAPÍTULO 4 FAMILIAS C O N DOMESTICACIÓN

H e m o s sostenido que la familia es u n a u n i d a d n a t u r a l de la organización social y e c o n ó m i c a h u m a n a , enraizada en capacidades biológicas y tendencias que evolucionaron a lo largo de millones de años c u a n d o los h o m í n i d o s vivían de la caza y la recolección. Nuestros prototipos p a r a la e c o n o m í a de nivel familiar e r a n los s h o s h ó n y los !kung, grupos cazadores-recolectores clásicos. En este capítulo v a m o s a generalizar n u e s t r a tesis p a r a m o s t r a r que la p r o d u c c i ó n de alimentos, a p a r t i r de la domesticación c o m o tal, no implica necesariamente un sistema social y económico m á s complejo. En los dos casos que e x a m i n a m o s , los m a c h i g u e n g a y los n g a n a s a n , la tecnología de la p r o d u c c i ó n alimentaria d o m e s t i c a d a se halla disponible y contribuye de m a n e r a significativa a la economía, a p e s a r de que la familia sigue siendo la u n i d a d d o m i n a n t e de integración económica. Está claro que a h o r a e n c o n t r a m o s a s e n t a m i e n t o s de alguna m a n e r a m á s estables, que l l a m a r e m o s aldeas. Sin e m b a r g o , éstas m e r a m e n t e reflejan la existencia de r e c u r s o s t a n estables c o m o son los h u e r t o s e n t r e los m a c h i g u e n g a y los caladeros de pesca invernal entre los n g a n a s a n , y no señalan la emergencia de u n a integración significativamente m á s compleja d e l a e c o n o m í a . A p a r t e d e l a f o r m a c i ó n d e a l d e a s , e n c o n t r a m o s p o c a cosa m á s p a r a distinguir n u e s t r o s casos p r e s e n t e s de aquellos del capítulo anterior: la familia c o n t i n ú a siendo oportunista, agregándose y dispersándose al dictado de la disponibilidad de recursos, m a x i m i z a n d o la flexibilidad y m i n i m i z a n d o los límites estructurales c o m o la territorialidad y el liderazgo. A p e s a r de que en estos grupos se conoce la violencia entre p e r s o n a s y el homicidio, la rapiña organizada y la guerra son raras, excepto por parte de grupos vecinos m á s a l t a m e n t e organizados y m á s poderosos. Los grup o s multifamiliares c o o p e r a n en la p r o d u c c i ó n o r e p a r t o de alimentos solamente en ocasiones particulares, y la a u t o n o m í a de la u n i d a d doméstica se ve r e p e t i d a m e n t e afirmada en las disoluciones estacionales o p e r m a nentes de las aldeas en las familias que las constituyen. En los dos casos la domesticación sirve c o m o s u p l e m e n t o dietético a los alimentos silvestres, que siguen siendo m u y i m p o r t a n t e s . Los machiguenga del Amazonas p e r u a n o , que viven en familias semisedentarias y en

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asentamientos tipo aldea, producen la mayor parte de su comida, pero también aprecian u n a diversidad de alimentos silvestres. A pesar de que cuent a n con a b u n d a n t e s tierras sin utilizar, que son a p r o p i a d a s p a r a la agricultura, prefieren separarse en unidades familiares p a r a tener un acceso fácil a los alimentos silvestres. Los nganasan, cazadores de renos en la tund r a d e Siberia, m a n t i e n e n r e b a ñ o s p e q u e ñ o s d e r e n o s d o m e s t i c a d o s n o c o m o r e c u r s o a l i m e n t i c i o , sino p a r a el t r a n s p o r t e y p a r a su u s o en la caza. E m p l e a n la tecnología de la domesticación pero siguen siendo esencialmente cazadores-recolectores. ¿Por qué estos g r u p o s no se a p r o v e c h a r o n de su tecnología de domesticación p a r a completar la esperada transición evolutiva hacia sociedades m á s d e n s a m e n t e pobladas e i n t e r n a m e n t e diferenciadas? Como disc u t i r e m o s en el capítulo 5, esto plantea la cuestión al revés. Después de todo, c o m o h e m o s visto, en las circunstancias adecuadas, el asentamiento en grupos p e q u e ñ o s y dispersos ofrece soluciones, eficientes en c u a n t o al coste, a problemas económicos básicos. La cuestión m á s interesante es la de ¿qué lleva a la gente a renunciar a su a u t o n o m í a familiar en pro de asentamientos mayores, m á s concentrados, en los que la obtención de comida es m e n o s eficiente y las tensiones sociales son mayores? Las p r u e b a s arqueológicas son claras en c u a n t o a que la agricultura por sí m i s m a no es responsable de cambios revolucionarios en la organización social. H a s t a ahora, c o m o m u e s t r a el registro arqueológico, la vida sedentaria de poblado se dio p o r p r i m e r vez en sociedades que d e p e n d í a n de la c a z a y la r e c o l e c c i ó n : los p e s c a d o r e s de la c o s t a n o r o e s t e de Norteamérica (caso 9) ilustran etnográficamente esta posibilidad. En este capítulo a r g u m e n t a r e m o s q u e la o r g a n i z a c i ó n de nivel familiar que car a c t e r i z ó la m a y o r p a r t e de las s o c i e d a d e s c a z a d o r a s - r e c o l e c t o r a s desp u é s del final del pleistoceno persistieron, al m e n o s en a l g u n a s instancias, hasta bien entrados los inicios de la agricultura. Tanto en Oriente Medio como en Mesoamérica, la agricultura y el pastoreo aparecen, no c o m o revoluciones económicas, que permitieron un estilo de vida sedentario, sino c o m o transiciones largas y graduales que no se hallan directamente vinculadas a los poblados. En efecto, en el Oriente Medio, los pueblos sedentarios son anteriores a los inicios de la agricultura; los habitantes a l m a c e n a b a n cereales silvestres p a r a comerlos d u r a n t e los periodos de escasez (Flannery, 1969). El pueblo de Ain Mallaha, situado hace entre diez y once mil años en lo que es ahora Israel, contaba con u n a s cincuenta casas circulares, semisubterráneas, que sugieren la clase de pueblo horticultor descrito en los capítulos 6 y 7. La p r i m e r a p r u e b a de domesticación de plantas y animales, sin e m b a r g o , se e n c u e n t r a solamente al final de este período, hace u n o s diez mil años. En el poblado arqueológicamente i m p o r t a n t e de Ali Kosh, en el sudoeste de Irán, Flannery (1969) d o c u m e n t ó u n a adopción lenta en la dieta de las especies domesticadas. Después del p r i m e r u s o de los cereales (trigo y c e b a d a ) y a n i m a l e s dom e s t i c a d o s ( c a b r a s y ovejas), la caza y la recolección c o n t i n u a r o n p r o p o r c i o n a n d o l a m a y o r p a r t e d e l a dieta d u r a n t e m á s d e u n milenio. E n Oriente Medio, c o m o p o r t o d a s partes, la e c o n o m í a de subsistencia de-

FAMILIAS CON DOMESTICACIÓN TABLA 3.

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Tendencias de desarrollo en el valle de Tehuacán

Fuente: Christenson (1980).

rivó hacia las especies domesticadas durante varios miles de años al mismo tiempo q u e las poblaciones h u m a n a s iban creciendo gradualmente. La s e c u e n c i a de larga d u r a c i ó n mejor d o c u m e n t a d a de u n a población en crecimiento, u n a e c o n o m í a de subsistencia c a m b i a n t e y u n a organización social t a m b i é n c a m b i a n t e proviene de la investigación fundam e n t a l de M a c N e i s h en el valle de T e h u a c á n de México (Byers, 1967; Christenson, 1980; MacNeish, 1964, 1970). La tabla 3 p r e s e n t a los datos básicos q u e m u e s t r a n la r e l a c i ó n e n t r e estas tres variables clave. Tal y c o m o i n t e r p r e t a m o s esta secuencia, el desarrollo a largo plazo fue impulsado p o r un crecimiento de la población h u m a n a y u n a intensificación de la e c o n o m í a de subsistencia. Inicialmente se produjo un giro de u n a e c o n o m í a c a z a d o r a y recolectora mixta en el Ajuereado Tardío y El Riego h a c i a u n a e c o n o m í a de a m p l i o espectro, que confiaba a las p l a n t a s un 65 % de la dieta, d u r a n t e el p e r i o d o Coxcatlán. Los p r o d u c t o s alimentarios d o m e s t i c a d o s (maíz, frijoles, cucurbitáceas, etc.) se e m p e z a r o n a recoger en El Riego y g r a d u a l m e n t e p r o p o r c i o n a r o n un porcentaje cada vez m á s alto en la dieta. J u n t o al crecimiento de la población y a la intensificación de la subsistencia se produjo un cambio lento en el p a t r ó n de asentamiento. Los cazadores-recolectores de los periodos de El Riego y de Coxcatlán se organ i z a b a n a un nivel familiar, c o m o los shoshón o los !kung, con un p a t r ó n característico de c a m p a m e n t o s base y c a m p a m e n t o s de corta duración m á s pequeños. Probablemente, d u r a n t e el periodo de Abejas, los c a m p a m e n t o s base h a b í a n crecido de t a m a ñ o hasta quizá cincuenta personas y se volvieron m á s sedentarios, a n u n c i a n d o u n a transición hacia las aldeas. Sin e m b a r g o , no se e n c u e n t r a n p o b l a d o s v e r d a d e r a m e n t e sedentarios h a s t a el periodo de Santa María, u n o s cinco mil años después del p r i m e r uso de las plantas domesticadas.

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

En r e s u m e n , a r q u e o l ó g i c a m e n t e no se observa u n a revolución tecnológica, sino un lento a u m e n t o en el cultivo y la g a n a d e r í a en u n a sociedad de nivel familiar, muy p a r e c i d a a la que a h o r a describiremos p a r a los m a c h i g u e n g a y los n g a n a s a n . La evolución m á s allá del nivel familiar hacia formas m á s complejas no se p u e d e explicar por la domesticación c o m o tal.

Caso 3. Los m a c h i g u e n g a del A m a z o n a s p e r u a n o Los m a c h i g u e n g a son h o r t i c u l t o r e s tropicales que viven con densid a d e s de población c o n s i d e r a b l e m e n t e m á s altas que las de los !kung y los s h o s h ó n , p e r o cuya o r g a n i z a c i ó n social y e c o n ó m i c a es m u y similar a la de estos cazadores-recolectores. Como los cazadores-recolectores clás i c o s , los m a c h i g u e n g a son p r a g m á t i c o s e n s u b ú s q u e d a d e c o m i d a , r e u n i é n d o s e y d i s p e r s á n d o s e con frecuencia al dictado de la situación. A u n q u e sus g r u p o s multifamiliares son m á s p e r m a n e n t e s q u e los camp a m e n t o s San, los m a c h i g u e n g a evitan los grupos integrados del nivel de p o b l a d o y valoran c l a r a m e n t e la a u t o n o m í a e c o n ó m i c a de la u n i d a d doméstica. El medio y la tecnología m a c h i g u e n g a parece que tendría que hacer posible u n a vida decente p a r a u n a población m a y o r de la que hoy existe. Desde el aire, la p r i m e r a impresión es la de u n a selva natural sin fin y vacía. Pequeños h u e r t o s ocasionales y claros en los que se ven entre u n a y cinco casas salpican el paisaje (fig. 6). En el estudio de los grupos cazadores-recolectores, en el capítulo 3, hallábamos factores limitadores —el agua p a r a los !kung, el agua y los alimentos de invierno p a r a los shoshón— que m a n t e n í a n densidades de población bajas. Para los machiguenga, sin e m b a r g o , n i n g u n a escasez obvia limita el c r e c i m i e n t o de población. La producción de alimentos es amplia a fin de satisfacer las necesidades básicas y es lo bastante segura p a r a protegerse de la h a m b r u n a bajo la mayor parte de condiciones ambientales. E s t o p l a n t e a un p r o b l e m a i m p o r t a n t e a nivel teórico, sobre si los machiguenga (y m u c h a s otras poblaciones indígenas de la selva tropical) viven p o r debajo de la c a p a c i d a d de sostén. Sin d u d a es posible que su n ú m e r o fuera m a y o r en el p a s a d o , antes de que el c o n t a c t o con los eur o a m e r i c a n o s los expusieran al t á n d e m destructivo de enfermedad y explotación. Sin embargo, vamos a ver que, incluso si su medio natural pudiera teóricamente sostener u n a población mayor, los machiguenga lo viven como un medio natural que favorece las adaptaciones competitivas por encima de las cooperativas. A diferencia de los y a n o m a m o (caso 5), los alim e n t o s corrientes no son suficientemente densos y c o n c e n t r a d o s c o m o p a r a que merezca la pena luchar por ellos. A fin de m a n t e n e r su e s t á n d a r cultural de vida, deben dispersarse y trasladarse con frecuencia p a r a m a n tener los costes de subsistencia bajos y asegurarse el acceso a un amplio conjunto de alimentos y materias. Todos los aspectos de su adaptación refuerzan su e c o n o m í a de nivel familiar. Esto significa que no sólo los ma-

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FIG. 6. Patrón de asentamiento de los machiguenga. La población se asienta en casas individuales o en pequeñas aldeas, que se mueven cada pocos años cuando los recursos del lugar local escasean. Los pequeños huertos, tanto los que se hallan en producción como los abandonados, están cerca de los asentamientos, formando islas en un mar de selva tropical.

chiguenga tienen poca motivación p a r a formar comunidades mayores, sino que, a d e m á s , a los extraños —desde los incas a los p e r u a n o s m o d e r n o s — les ha resultado difícil o imposible controlarlos políticamente o incorporarlos dentro del sistema estatal q u e los rodea.

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EL MEDIO Y LA ECONOMÍA

Los m a c h i g u e n g a (A. Johnson, 1983, 2000; O. J o h n s o n , 1978) residen en la franja occidental de la selva amazónica, a lo largo de las laderas de la cordillera de los Andes, en el sudeste de Perú. El gran altiplano a n d i n o sostenía sociedades políticamente complejas b a s a d a s en u n a agricultura intensiva, m u c h o antes de la conquista e u r o p e a del Nuevo M u n d o . En la época de los incas (hacia 1400 d . C ) , un imperio había conseguido integrar u n a superficie que se extiende m á s de tres mil kilómetros de norte a sur a lo largo de la cordillera a n d i n a con centro administrativo en Cuzco (capítulo 12). Aun así, a los incas, a pesar de sus n u m e r o s a s incursiones en la selva tropical, les resultó difícil d o m i n a r políticamente m á s de u n o s pocos kilómetros al este de los Andes, u n a región de selva de escarpadas mont a ñ a s a u n a altitud que oscila entre los trescientos y los dos mil m e t r o s sobre el nivel del mar. La m o n t a ñ a se hallaba h a b i t a d a p o r horticultores intensivos c o m o los m a c h i g u e n g a , que vivían en aldeas p e q u e ñ a s y dispersas. P o r m á s feroces que fueran estas gentes, n u n c a h a b r í a n p o d i d o resistir a los ejércitos incas en u n a confrontación directa; a pesar de ello, los incas los t e m í a n y los l l a m a b a n antis, «salvajes». En el e n t o r n o de los machiguenga no hace falta asociarse p a r a objetivos defensivos o p a r a la caza. Los asentamientos machiguenga fluctúan entre las casas individuales, aisladas de las otras por extensiones de selva virgen, y aldeas de tres a cinco familias e m p a r e n t a d a s que cooperan (fig. 6). La elección y la duración de los asentamientos está determinada en primera instancia p o r la escasez o la a b u n d a n c i a de los recursos básicos del lugar. Las familias m a c h i g u e n g a son semisedentarias que h a b i t a n casas rob u s t a s construidas p a r a d u r a r entre tres y cinco años, q u e es lo que norm a l m e n t e residen en u n a localización dada. De hecho, u n a casa vieja en un lugar a b a n d o n a d o p u e d e dejarse en pie p a r a servir c o m o guarida de caza o c o m o albergue t e m p o r a l c u a n d o las familias visitan los antiguos huertos, d o n d e todavía es posible recolectar cosechas y d o n d e se p u e d e n cazar p e q u e ñ a s m a n a d a s de pecaríes y otras piezas, atraídas p o r la disponibilidad de cosechas descuidadas de raíces. D u r a n t e ciertas épocas del año, c u a n d o los alimentos silvestres son a b u n d a n t e s , los m a c h i g u e n g a a b a n d o n a n sus casas p a r a vivir en c a b a ñ a s temporales situadas a orillas de los ríos o en huertos distantes. La gente valora estas épocas c o m o oportunidades p a r a alejarse de sus aldeas, d o n d e los costes sociales de c o m p a r t i r y cooperar son altos y d o n d e los alimentos silvestres h a n sido agotados a nivel local. La densidad de población es de 0,3 p e r s o n a s p o r kilómetro c u a d r a d o , alta p a r a las sociedades de nivel familiar, pero lo bastante baja p a r a que los recursos totales p e r m i t a n m a n tener u n a existencia saludable. A pesar de que la selva de los m a c h i g u e n g a nos parece deshabitada, ellos a m e n u d o la e n c u e n t r a n llena de gente. Por qué ocurre esto es u n a cuestión sobre la que volveremos en breve. Casi dos tercios del t i e m p o que los m a c h i g u e n g a invierten en la producción alimentaria se dedica a sus altamente productivos huertos; el otro tercio se ocupa en p r o c u r a r s e alimentos salvajes, especialmente animales

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de caza, pescado e insectos. A p e s a r de que los alimentos silvestres constituyen sólo un 10 % de lo que c o n s u m e n , lo consideran esencial p a r a su dieta. Según los recuerdos personales en época t a n reciente c o m o el a ñ o 1965 los alimentos silvestres constituían un porcentaje m u c h o m a y o r de la dieta. Los crecientes contactos con el exterior d a n c u e n t a del cambio, en parte p o r q u e hicieron que las h e r r a m i e n t a s de acero p a r a los trabajos a g r í c o l a s fueran fáciles d e obtener, e n p a r t e p o r q u e i n c r e m e n t a r o n l a densidad de población y de esta m a n e r a redujeron la disponibilidad de alim e n t o s silvestres. Más tarde e x a m i n a r e m o s algunas de las implicaciones de estos c a m b i o s recientes. De m o m e n t o a p u n t a m o s que los alimentos de los h u e r t o s p r o p o r c i o n a n el grueso de la energía en la dieta y que t a m bién constituyen la principal base de la reserva alimentaria de los m a c h i guenga, q u e se a c u m u l a p r o d u c i e n d o m á s cosechas de raíces y almacen á n d o l a s en el subsuelo h a s t a que se necesitan. En vista de la capacidad de los machiguenga p a r a p r o d u c i r un gran excedente de féculas por encima de las necesidades de la subsistencia resulta chocante que sus densidades de población p e r m a n e z c a n bajas y que persista la organización de nivel familiar. Observadores t e m p r a n o s lanzar o n la hipótesis de que el «potencial limitado» de los suelos tropicales act ú a c o m o freno al crecimiento de la población en el «desierto verde» de la selva tropical, de igual m o d o que la sequía o el frío extremos limitan la población entre los grupos cazadores-recolectores (Meggers, 1954). Los suelos tropicales son a m e n u d o m á s frágiles que los de las zonas templadas. La vegetación exuberante de la selva tropical reposa en un equilibrio delicado de nutrientes que circulan r á p i d a m e n t e desde la selva al suelo y de nuevo a la selva. Una lluvia constante de detritus —hojas, ramas, frutos, heces de animales, etc.— cae al suelo, d o n d e r á p i d a m e n t e los insectos y las bacterias, q u e trabajan en el h u m u s cálido y h ú m e d o , los d e s c o m p o n e n en nutrientes. Los poco profundos sistemas de raíces de la selva recogen estos nutrientes, que se utilizan con celeridad p a r a sostener el nuevo crecimiento. Sin la protección vegetal, el sol y la lluvia castigan el suelo sin impedimentos, destruyendo la ligera estructura de la delgada capa superficial. Los nutrientes se filtran m u y p o r debajo del alcance de las nuevas raíces, dejando ocasionalmente atrás lateritas (óxidos de hierro y aluminio) que p u e d e n solidificarse en capas d u r a s en las que n a d a puede crecer. Con mayor frecuencia, la erosión o el agotamiento de los nutrientes del suelo p o r cultivo c o n t i n u o disminuye la fertilidad y en casos extremos lo destruye. Los observadores no coinciden en c u a n t o a la m a g n i t u d de la pobreza de los suelos tropicales. Algunas tierras amazónicas h a n sido cultivadas de m a n e r a c o n t i n u a d u r a n t e generaciones sin pérdida evidente de fertilidad, m i e n t r a s q u e otras h a n sido d e s t r u i d a s p a r a s i e m p r e p o r u n cultivo intenso. N o r m a l m e n t e , los suelos situados cerca de los g r a n d e s ríos se rep o n e n a n u a l m e n t e gracias a los aluviones depositados en la p l a t a f o r m a i n u n d a d a y p u e d e n soportar la intensificación mejor que los suelos de tier r a a d e n t r o (interfluviales) (Moran, 1993). En otros casos, sin embargo, todavía no e n t e n d e m o s p o r q u é o c u r r e n estas diferencias de fertilidad y sostenibilidad (véase Moran, 1979: 248-290; Sánchez, 1976).

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Si los suelos tropicales son de hecho pobres, la agricultura de tala y q u e m a o itinerante p u e d e resultar perfectamente apropiada p a r a la selva amazónica. Esta agricultura, tal y como se practica entre los machiguenga, precisa cortar y limpiar p e q u e ñ o s h u e r t o s en la selva. Después de u n o o dos a ñ o s de l a b r a n z a se p e r m i t e al c a m p o volver a su vegetación natural al tiempo que se limpian nuevos espacios. Los periodos de b a r b e c h o , dur a n t e los cuales los c a m p o s no se cultivan, son esenciales p a r a r e c u p e r a r la fertilidad del suelo. Este tipo de agricultura se consideró en otro tiempo u n a tecnología a t r a s a d a e ineficaz. Los observadores, familiarizados con las fincas cuidadas y a r a d a s de la agricultura intensiva en las zonas templadas, q u e d a b a n c o n s t e r n a d o s ante la visión de c a m p o s llenos de troncos a m e d i o q u e m a r y la mezcolanza de varios cultivos a p a r e n t e m e n t e sin o r d e n ni concierto. Los largos b a r b e c h o s se veían c o m o u n a práctica der r o c h a d o r a , ya que m a n t i e n e d e m a s i a d o terreno al m a r g e n de la p r o d u c ción, y se d a b a p o r s e n t a d o q u e los r e n d i m i e n t o s de estos h u e r t o s eran bajos. Sin e m b a r g o , n u e s t r o conocimiento creciente de la vulnerabilidad a la d e g r a d a c i ó n de m u c h o s suelos t r o p i c a l e s ha facilitado u n a visión m á s comprensiva de la agricultura de tala y q u e m a . Lo que p r e o c u p a a la m a y o r parte de los actuales críticos del sistema (p. ej., C. Webster y Wilson, 1966: 87) es el acortamiento del período de barbecho (para poner m á s camp o s en producción) en zonas d o n d e la población está creciendo. Se quejan de que esta práctica inhibe la regeneración de los suelos que sólo p r o c u r a u n b a r b e c h o m á s largo. En un cultivo de tala y q u e m a c o m ú n —frecuente en sistemas horticultores m e n o s intensivos, d o n d e los alimentos silvestres juegan todavía un parte importante en la dieta— se p l a n t a n distintas especies comestibles en el m i s m o espacio. Como señala Geertz, los huertos que cultivan plantas de distinto tipo mezcladas «imitan» la selva tropical y d a n un p a s o hacia la protección de la integridad de los suelos. Los cultivos que se aferran al suelo, como los distintos tipos de calabazas, se extienden p o r la parte inferior; por encima de éstos, un e n t r a m a d o de productos tales como el maíz, la m a n dioca y la batata llenan la zona intermedia, y p o r encima de ellos, cultivos de árboles c o m o la b a n a n a , el a n a c a r d o y la guayaba forman u n a bóveda. La diversidad de cultivo a p o r t a t a m b i é n cierta protección contra las plagas y las enfermedades, que son m á s devastadoras c u a n d o golpean a un c a m p o p l a n t a d o exclusivamente con u n a sola especie. Los machiguenga, p o r ejemplo, no s o l a m e n t e p l a n t a n de seis a diez cultivos distintos en el m i s m o c a m p o , sino que t a m b i é n p l a n t a n distintas variedades de cada u n o , ya que, c o m o dicen ellos, «nos gustan las diferencias». Los m a c h i g u e n g a m e n c i o n a n quince variedades de su alimento básico, la m a n d i o c a , y diez variedades de maíz, su segundo cultivo m á s importante. Tendría que darse u n a combinación de azares altamente improbable para que todas y cada u n a de estas variedades dejaran de producir. 1

1. Los machiguenga reconocen al menos ochenta especies distintas de plantas cultivadas, aunque la mayor parte de ellas se cultivan en pequeñas cantidades en los huertos de las casas y sirven de condimentos, medicinas, materiales de construcción, etc. En estos huertos también se experimenta con nuevos cultivos.

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Según Beckerman, las ventajas de los c a m p o s entremezclados, p a r a campesinos a nivel de subsistencia, son generalmente éstos: 1. Pérdidas m á s bajas debido a plagas y enfermedades de las plantas. 2. Mayor protección frente a la erosión. 3. M e n o r riesgo de fracaso total del cultivo, atribuible en parte a los p u n t o s 1 y 2, pero también a un reparto del riesgo entre varios cultivos que m u y difícilmente fallarán todos al m i s m o tiempo. 4. Un uso m á s eficiente de la luz, la h u m e d a d y los nutrientes. 5. La producción en un solo huerto de m u c h o s de los p r o d u c t o s que necesita u n a casa autosuficiente. 6. El reparto del trabajo de m a n e r a m á s uniforme a través del a ñ o . 7. Menores problemas de a l m a c e n a m i e n t o . No o b s t a n t e , se h a l l a n c a m p o s de m o n o c u l t i v o de p r o d u c t o s tales c o m o la m a n d i o c a o la b a n a n a en regiones tropicales bajo ciertas condiciones. B e c k e r m a n (1983) explica esta práctica c o m o u n a forma de intensificación, que refleja u n a d e p e n d e n c i a m a y o r de la c o m u n i d a d hacia la horticultura p a r a conseguir alimentos. Sin e m b a r g o , incluso en estos casos, m u c h a s de las ventajas de la mezcla de cultivos se conservan al plantar distintas variedades del cultivo principal. No es cierto que los h u e r t o s de agricultura de tala y q u e m a sean rel a t i v a m e n t e p o c o p r o d u c t i v o s . N o r m a l m e n t e devuelven de cien a d o s cientas veces los granos plantados, frente a, por ejemplo, r e n d i m i e n t o s de m e n o s del 100:1 de los q u e se d a n c u e n t a en las c o s e c h a s a n u a l e s c o n a r a d o en Mesoamérica y de m e n o s de 10:1 en el cultivo e u r o p e o de cereales a n t e s de la era m o d e r n a . Los r e n d i m i e n t o s del trabajo son t a m b i é n altos: veinte calorías p o r c a d a caloría de t r a b a j o invertida, lo q u e permite la p r o d u c c i ó n de un excedente considerable p o r e n c i m a de las necesidades ordinarias de subsistencia. Con m e n o s de cuatro h o r a s de trabajo c o m b i n a d o p o r día, los m i e m b r o s d e u n a familia m a c h i g u e n g a p r o d u c e n m á s del doble de energía en alimentos que la que necesitan p a r a m a n t e n e r s e a sí m i s m o s . Incluso los largos b a r b e c h o s son eficientes. Boserup (1965) d e m o s t r ó que la d u r a c i ó n de un b a r b e c h o es u n a característica fundamental de un sistema agrícola y que se relaciona e s t r e c h a m e n t e con la presión de la población sobre los recursos. En sistemas que tienen un período de barbecho significativo, distingue tres tipos: b a r b e c h o de bosque, en el que u n o o dos a ñ o s de cultivo van seguidos de un largo periodo de b a r b e c h o que permite la regeneración; b a r b e c h o de arbusto, en el que varios años de cultivo son seguidos por m e n o s de diez años de barbecho, de m a n e r a que sólo a r b u s t o s y no verdaderos bosques, vuelven a crecer, y b a r b e c h o corto, en el que u n o s pocos años de cultivo van seguidos de un n ú m e r o igual de años de b a r b e c h o , y después m á s cultivo, de m a n e r a q u e ni siquiera los m a t o jos se regeneran. Según Boserup, un período de b a r b e c h o m á s corto precisa de m á s trabajo p a r a la m i s m a p r o d u c c i ó n de la tierra, es decir, u n a pérdida de eficiencia en el trabajo.

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Dos líneas argumentales sostienen esta teoría. La p r i m e r a es la de que los b a r b e c h o s m á s cortos r e d u c e n la fertilidad del suelo. El crecimiento del b o s q u e r e s t a u r a la e s t r u c t u r a superficial y los n u t r i e n t e s del suelo perdidos d u r a n t e el cultivo. No se sabe con exactitud c u á n t o tiempo lleva al ecosistema regenerarse p o r completo después de un cultivo. Los constituyentes del suelo se r e c u p e r a n de m a n e r a sustancial en diez años, pero u n a restauración completa del complejo forestal p u e d e t a r d a r entre veinticinco y cincuenta años. Boserup no d e m o s t r ó de m a n e r a concluyente que los barbechos m á s cortos bajan la fertilidad del suelo, pero los datos de los machiguenga tienden a corroborarlo. En la tabla 4 vemos que la fertilidad de los suelos machiguenga, medidos p o r la materia orgánica y el nitrógeno, disminuye de m a n e r a constante con el n ú m e r o de a ñ o s en cultivo. El bosque p r i m a r i o y los huertos de p r i m e r a ñ o tienen u n a fertilidad virtualmente idéntica; sin embargo, ésta desciende de m a n e r a drástica después del segundo a ñ o de cultivo. (Por cierto, éste es el m o m e n t o en el que p r o b a b l e m e n t e los machiguengas empiecen a a b a n d o n a r sus huertos.) Los dos huertos que const a n en la lista c o m o b a r b e c h o s h a n sido a b a n d o n a d o s solamente d u r a n t e dos años y no se perciben señales de que su fertilidad se haya r e s t a u r a d o de m a n e r a significativa. Los datos de la tabla 4 apoyan la tesis de que los suelos tropicales pierden r á p i d a m e n t e fertilidad con un cultivo continuo y que precisan de barb e c h o s largos p a r a r e s t a u r a r la fertilidad. Otros c o n s t i t u y e n t e s p u e d e n ser igualmente importantes: p o r ejemplo, la acidez del suelo, que a u m e n t a t r e m e n d a m e n t e con la antigüedad de los huertos (Baksh, 1984). Al margen de la química, está claro que los b a r b e c h o s m á s cortos no van a rest a u r a r completamente la fertilidad y esto significa que los rendimientos ser á n m á s bajos. Puesto que la inversión de trabajo no disminuye, resultados m á s bajos s u p o n e n un r e n d i m i e n t o inferior del trabajo, o u n a pérdida en su eficiencia, c o m o sostuvo Boserup. La segunda tesis en contra de los b a r b e c h o s m á s cortos está relacion a d a con los costes crecientes de escardar. Las hierbas excesivas son la principal r a z ó n q u e los m a c h i g u e n g a d a n p a r a a b a n d o n a r sus c a m p o s . En un h u e r t o nuevo las hierbas s u p o n e n un problema, apero sólo es pre-

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ciso e s c a r d a r cada seis s e m a n a s a p r o x i m a d a m e n t e ; a d e m á s , se hace rápid a m e n t e , ya que las hierbas jóvenes son delicadas y fáciles de a r r a n c a r a m a n o . Pero con el tiempo, las hierbas se enraizan h a s t a que a r r a n c a r l a s con la m a n o resulta imposible y se necesita u s a r machetes. Al final, las m a las hierbas, las ortigas y otras especies empiezan a p r e d o m i n a r y el horticultor se ve obligado a r e n d i r s e . Con el b a r b e c h o , que p e r m i t e volver al complejo original de plantas, las malas hierbas d i s m i n u y e n h a s t a su peq u e ñ a p r o p o r c i ó n original respecto al conjunto. En este caso, los datos a p o r t a d o s p o r B o s e r u p t a m p o c o son concluyentes, a u n q u e B e r g m a n (1974: 191) señala que a los indios shipibo de la montaña p e r u a n a s o l a m e n t e les h a c e falta invertir 260 h o r a s de trabajo p o r hectárea en los huertos de maíz, plantados en tierra virgen, m i e n t r a s que precisan m á s de 480 h o r a s p o r hectárea en tierras limpiadas después de b a r b e c h o s cortos. Atribuye la diferencia casi p o r completo a la necesidad extra de escardar en los c a m p o s de b a r b e c h o corto. El r a z o n a m i e n t o de B o s e r u p y las p r u e b a s que a c a b a m o s de present a r sostienen la aseveración de Meggers de q u e existen límites al potencial de las selvas tropicales p a r a la intensificación agrícola. También apoyan esta idea los fracasos espectaculares de la m o d e r n a tecnología agrícola en empresas amazónicas como las plantaciones de caucho de la Ford Motor C o m p a n y en Fordlandia (Wagley, 1976: 89-90) y la fábrica de pulpa de papel de Daniel Ludwig en Jari (Veja, 1982). Otros fracasos de subsistencia se d o c u m e n t a n en la prehistoria en e n t o r n o s de selva tropical en las islas del Pacífico (capítulo 9). La situación, sin e m b a r g o , es m á s complicada. En un influyente estudio, Carneiro (1960) d e m o s t r ó que los indios kuikuro del alto Xingu de Brasil t e n í a n suficiente tierra p a r a sostener diez veces a sus poblaciones sin r e n u n c i a r al lujo de periodos de b a r b e c h o de veinticinco años. Los m a chiguenga t a m b i é n tienen u n a a p a r e n t e a b u n d a n c i a de tierra cultivable. De aquí que la insuficiencia de tierra no p u e d a ser el único factor limitador en la ecología h u m a n a de la selva tropical. Es, sin duda, un factor limitador, p u e s t o que los m a c h i g u e n g a eval ú a n c u i d a d o s a m e n t e los p o t e n c i a l e s e m p l a z a m i e n t o s de sus h u e r t o s y denigran la m a y o r parte de las tierras. Buscan suelos suaves, sin rocas, fértiles, bien drenados, no d e m a s i a d o e m p i n a d o s y a p o c a distancia de sus aldeas. Se h a l l a n c o n s t a n t e m e n t e a t e n t o s a la tierra b u e n a y u n a familia p u e d e r e c l a m a r un terreno atractivo con m á s de un año de antelación a su preparación. Una b u e n a tierra p r o d u c e m á s y precisa de m e n o s trabajo que u n a tierra inferior, m a n t e n i e n d o así los costes totales de t r a b a j o bajos. Puesto que u n a densidad m a y o r de población disminuye la disponibilidad de la tierra m á s deseada, i n c r e m e n t a (y es algo que se percibe) los costes de producción. Por último, incluso las selvas tropicales se hallan sujetas de m a n e r a impredecible a años excesivamente secos o h ú m e d o s que p u e d e n reducir la productividad del h u e r t o de m a n e r a c o n t u n d e n t e . Las plagas de las cosechas y las bajas de m i e m b r o s de la familia c o m o resultado de accidente o enfermedad t a m b i é n p u e d e n interferir en la productividad n o r m a l de un

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campo. Así pues, los grandes excedentes de alimentos que los machiguenga p r o d u c e n en años n o r m a l e s tienen u n a i m p o r t a n t e función de reserva y no s e p u e d e n t o m a r s i m p l e m e n t e c o m o u n a p r u e b a d e que s u tierra a b u n dante p o d r í a n sostener u n a población m u c h o m á s grande. Dada la i m p o r t a n c i a fundamental que p a r a cada sociedad tiene producir suficiente energía en forma de alimentos, es comprensible q u e los ecologistas culturales como Meggers p e n s a r a n primero en el potencial agrícola c o m o el factor que limita el crecimiento de población entre los horticultores extensivos. Aunque desde luego hay en juego algo m á s que calorías. Especialmente en las regiones tropicales, las cosechas de los productos m á s c o m u n e s ( m a n d i o c a , b a n a n a s , b o n i a t o s , etc.) son altos en calorías p e r o bajos en otros nutrientes esenciales. En regiones d e n s a m e n t e pobladas, u n a dependencia d e s m e s u r a d a en cosechas c o m o éstas p u e d e tener c o m o resultado deficiencias nutritivas crónicas (Jones 1959). Puesto que las proteínas o c u p a n el segundo p u e s t o después de las calorías en importancia nutricional, la siguiente p a r a d a en la b ú s q u e d a de factores limitadores fue la proteína. Gross (1975) señaló que, a causa de la escasez de alim e n t o s con p r o t e í n a en el A m a z o n a s , los horticultores necesitan allí de territorios grandes en los cuales cazar, pescar y recolectar larvas y nueces ricas en proteínas. Esta explicación t a m p o c o t a r d ó en suscitar p r o b l e m a s (Beckerman, 1979, 1980), el principal de los cuales es d e m o s t r a r que las proteínas sean escasas en la dieta a m a z ó n i c a . Cuidadosos estudios recientes en las com u n i d a d e s nativas a m a z ó n i c a s m u e s t r a n que la gente obtiene el doble de la cantidad de proteínas r e c o m e n d a d a p o r los dietistas p a r a u n a b u e n a salud (Berlín y Markell, 1977), y los machiguenga no son excepción. En efecto, los m a c h i g u e n g a n o r m a l m e n t e exceden los niveles r e c o m e n d a d o s de cons u m o de prácticamente todos los nutrientes esenciales (Johnson y Behrens, 1982). A pesar de ello, no hay que descartar simplemente la explicación sobre las proteínas. Los machiguenga no se consideran a sí m i s m o s ricos en alimentos con proteínas. Atesoran nueces, semillas, insectos, pescado y animales de caza que obtienen de sus bosques y ríos, y voluntariamente gast a n m u c h a m á s energía de trabajo p a r a procurarse tales alimentos que p a r a producir el peso equivalente de alimentos de huerta (A. Johnson, 1980). Los alimentos silvestres son fuentes de proteína de alta calidad y t a m b i é n de varios n u t r i e n t e s a ñ a d i d o s a la p r o t e í n a , c o m o v i t a m i n a s y ácidos grasos. La horticultura p r o p o r c i o n a algo de proteína vegetal, pero las cosechas de raíces tropicales son n o t o r i a m e n t e p o b r e s en fuentes proteínicas. Por ejemplo, a pesar de que a los m a c h i g u e n g a les cuesta diez veces m á s esfuerzo p r o d u c i r u n k i l o g r a m o d e p e s c a d o q u e p r o d u c i r u n k i l o g r a m o de p r o d u c t o s de h u e r t a , el p e s c a d o tiene u n a s diez veces m á s p r o t e í n a p o r kilo y de esta m a n e r a los costes de las proteínas en cada caso son similares. Así, los horticultores extensivos c o m o los m a c h i g u e n g a compensan las deficiencias de sus p r o d u c t o s de h u e r t a p o r m e d i o de la caza y la recolección de a l i m e n t o s silvestres, y su b i e n e s t a r nutritivo d e p e n d e de m a n t e n e r asentamientos p e q u e ñ o s y dispersos y la densidad de población

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baja necesarios p a r a acceder a u n a a d e c u a d a obtención de p r o d u c t o s silvestres. A pesar de que consiguen suficiente proteína, p i e n s a n en los alimentos ricos en proteína c o m o si fueran escasos y trabajan con tesón p a r a conseguirlos de la n a t u r a l e z a . Su dieta t a m b i é n es baja en grasas y aceites (Baksh, 1984: 389-393), de los que c o n s u m e n apenas un poco m á s de los niveles m í n i m o s r e c o m e n d a d o s p o r los dietistas. Esto p u e d e a y u d a r a dar c u e n t a de su p r á c t i c a de identificar la c a n t i d a d de grasa (igeka) en u n a c o m i d a con su b u e n s a b o r (poshin). En sus palabras, los alimentos poshin c o m o la carne, el pescado y los cacahuetes son deliciosos debido a su igeka. Los m a c h i g u e n g a t a m b i é n se quejan con frecuencia de otras carestías, de m a n e r a especial de la escasez perenne de hojas de p a l m a p a r a construir los techos. Después de vivir en un lugar fijo d u r a n t e u n o s pocos años, incluso u n a p e q u e ñ a aldea a g o t a r í a el a b a s t e c i m i e n t o local de pescado, caza, p a l m e r a s y leña. Un t e m a favorito de conversación es el de q u i é n fue a d ó n d e y vio qué palmeras, árboles frutales, pescado, animales de caza o su rastro. Se c u e n t a n y discuten tales asuntos de la m a n e r a m á s entusiasta. Dada esta percepción de u n a escasez de b u e n a s tierras agrícolas y de otros recursos naturales, resulta quizá s o r p r e n d e n t e que los m a c h i g u e n g a no tengan u n a historia de guerra. Ocasionalmente se c u e n t a n historias de homicidios, p e r o son m á s frecuentes las de suicidios. De m a n e r a m u y similar a los !kung, los m a c h i g u e n g a destacan p o r las relaciones pacíficas entre ellos, en contraste con sus «salvajes» y violentos vecinos que habit a n en cotas inferiores. C u a n d o estallan disputas, las familias se separan h a s t a q u e las hostilidades se enfrían. A las p e r s o n a s beligerantes se les vuelve la espalda. Una razón p a r a esta pacífica forma de existencia es la marginalidad del m e d i o forestal m a c h i g u e n g a con respecto a la tierra aluvial u s a d a p a r a cultivar, la caza y especialmente el pescado de río. Una tierra de tal clase no es atractiva p a r a poblaciones a c o s t u m b r a d a s a medios ribereños, comp a r a t i v a m e n t e m á s ricos, en cotas m á s bajas o dependientes de u n a agricultura intensiva en las cordilleras. C o m o entre los !kung, la escasez de recursos favorece al parecer a familias de p e q u e ñ o t a m a ñ o y a u n a población dispersa. Pero ¿por q u é esta escasez no da c o m o resultado u n a competencia entre familias p o r bolsas de b u e n a s tierras agrícolas y recursos naturales? Pues p o r q u e dichos recursos no e r a n lo suficientemente densos y seguros p a r a h a c e r la defensa territorial efectiva. La r e u n i ó n de población requerida p o r la defensa p r o n t o agotaría los recursos y los crecientes costes de obtención de alimentos causarían la dispersión del grupo. En r e s u m e n , el p r o b l e m a f u n d a m e n t a l al q u e los m a c h i g u e n g a se enfrentan es la escasez y lo ocasional y poco predecible de los recursos naturales en su m e d i o forestal. La baja densidad de población, que es resultado de esta carestía, tiene beneficios, en especial la ausencia de guerra. La respuesta a la escasez ha sido la de m a n t e n e r la flexibilidad de la sociedad de nivel familiar que describimos a continuación.

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LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

Los m a c h i g u e n g a m a n t i e n e n los costes de p r o d u c c i ó n bajos y asegur a n un e s t á n d a r de vida saludable y confortable al m a n t e n e r sus grupos sociales pequeños y ampliamente dispersos. Completamente autosuficientes a nivel familiar, viven c o m o hogares aislados h a s t a varios años seguidos, residiendo en otras épocas en aldeas de varias casas. Al m e n o s el 90 % de la c o m i d a c o n s u m i d a en u n a casa la p r o d u c e n sus m i e m b r o s . En la t a b l a 5 se ofrece u n a visión del g r a d o de c o m p l e m e n t a r i e d a d entre m a r i d o s y mujeres que les p e r m i t e c o m b i n a r s e en u n a u n i d a d de p r o d u c c i ó n autosuficiente. Los h o m b r e s se hallan fuera de la casa la m a y o r p a r t e del tiempo, cazando, cultivando y obteniendo m a t e rias p r i m a s . Las mujeres se e n c u e n t r a n d e n t r o y alrededor de la casa, prep a r a n d o la comida, c u i d a n d o de los niños y m a n u f a c t u r a n d o r o p a s de algodón. En otras áreas, c o m o la pesca, la recolección y la p r o d u c c i ó n de h e r r a m i e n t a s y utensilios participan tanto los h o m b r e s c o m o las mujeres, p e r o t a m b i é n en este caso las t a r e a s específicas que desarrollan difieren: los h o m b r e s p e s c a n en la corriente con redes de h o m b r e s , las mujeres a lo largo de la costa con redes m á s p e q u e ñ a s de mujeres; los h o m b r e s prod u c e n arcos y flechas, las mujeres elaboran cribas y coladores trenzados; los h o m b r e s fabrican los h u s o s de m a d e r a y las mujeres los utilizan p a r a hilar el algodón; etcétera. La c o m p l e m e n t a r i e d a d del m a r i d o y la mujer alienta el respeto m u t u o y el afecto. A pesar de que los h o m b r e s t o m a n la posición de cabecera c u a n d o c a m i n a n con sus familias p o r los senderos del bosque, t o d o s los m i e m b r o s de la familia están de a c u e r d o en que esto es razonable, ya que los h o m b r e s — a r m a d o s con arco y flecha— están mejor p r e p a r a d o s p a r a enfrentarse a cualquier peligro que p u e d a surgir. C u a n d o pierden a su pareja, los y las m a c h i g u e n g a sienten intensamente la p e n a y la soledad, pero lo m á s probable es que expresen la pérdida en t é r m i n o s prácticos: «¿Quién va a cazar p a r a mí?», se va a p r e g u n t a r u n a mujer, m i e n t r a s q u e un h o m b r e se l a m e n t a r á : «¿Quién va a tejer mi cushma (vestido)?». Por su condición semisedentaria, los m a c h i g u e n g a construyen casas m á s elaboradas y adquieren m á s bienes que sus colegas n ó m a d a s . Sin emb a r g o , debido a q u e son e s t a c i o n a l m e n t e n ó m a d a s en b ú s q u e d a de alimentos silvestres y que deben trasladar sus asentamientos cada cinco años a p r o x i m a d a m e n t e , no adquieren u n a cantidad molesta de bienes; están listos p a r a viajar ligeros de equipaje en cualquier m o m e n t o y vivir c o m o cazadores-recolectores de la selva. Los p r o d u c t o s obtenidos m e d i a n t e el comercio con gente de fuera son pocos: sólo hachas hasta épocas m u y recientes. Los m a c h i g u e n g a son b u e n o s a r t e s a n o s cuyos p r o d u c t o s s o n norm a l m e n t e m á s útiles que bellos. Los h o m b r e s construyen casas, elaboran las fibras p a r a las redes y las bolsas —que t r e n z a n — y fabrican arcos y flechas de c a ñ a y m a d e r a d u r a de p a l m e r a . Las mujeres t r e n z a n hilo de algodón, tejen la r o p a p a r a sus cushmas —parecidas a túnicas—, elabor a n p i n t u r a p a r a la cara y otros tintes, y tejen r e d e s y cestas. U n a casa m a c h i g u e n g a , h e c h a de m a d e r a s d u r a s y p a l m e r a , l l a m a la a t e n c i ó n al

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5.

Reparto

del tiempo

machiguenga

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(horas al día)

Fuente: Johnson, 1975a. Nota: Los asteriscos indican una diferencia significativa entre hombres y mujeres (p < 0,5, t-test). 1. Solamente horas de luz (6 a 19 h).

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observador occidental al principio c o m o endeble y tosca, pero enseguida gana un respeto c o m o e s t r u c t u r a segura, d u r a d e r a y confortable. Los m a c h i g u e n g a n o t i e n e n especialistas e n t é r m i n o s e c o n ó m i c o s , p e r o , c o m o e n t o d a s partes, algunas p e r s o n a s desarrollan u n trabajo d e m á s alta calidad que otras. Un h o m b r e es conocido p o r hacer arcos mejores, u n a mujer por saber tejer. Criticar y a d m i r a r el trabajo m a n u a l de otros constituye un p a s a t i e m p o popular. Los h o m b r e s p u e d e n tener arcos hechos p o r un artesano mejor y pagarle con favores, a u n q u e no en un sentido estrictamente calculador. A las mujeres jóvenes que todavía no tejen se las m i r a p o r e n c i m a el h o m b r o y son consideradas vagas p o r su dependencia de mujeres con m á s experiencia. Pero estas diferencias no e s t á n institucionalizadas en n i n g ú n sentido en ocupaciones o clases. También existe u n a diferencia del trabajo p o r edad. A los niños se les t r a t a de m a n e r a cálida e indulgente, pero se espera de los p e q u e ñ o s que estén de m a n e r a creciente seguros de sí m i s m o s y sean útiles hasta la edad de cinco o seis años, m o m e n t o en el que se convierten en contribuyentes responsables a la e c o n o m í a familiar. Las tareas de los niños incluyen ir a b u s c a r agua, llevar las simientes m i e n t r a s se planta, p a s a r mensajes y, en el caso de las niñas, el c u i d a d o de los h e r m a n o s m á s pequeños. Después de los seis años, el trabajo de los niños se hace m á s específico p a r a cada sexo. Se p u e d e e n c o n t r a r a los n i ñ o s c a z a n d o gorriones y lagartos con arcos y flechas pequeños, y a las n i ñ a s hilando telas desiguales pero útiles en p e q u e ñ o s husos. A la edad de doce años, los chicos y las chicas son cap a c e s de d e s a r r o l l a r la m a y o r p a r t e de las t a r e a s a d u l t a s de su sexo. A esta edad, m u e s t r a n poca iniciativa y parecen inclinados a evitar el trabajo c u a n d o p u e d e n , pero su actitud c a m b i a c u a n d o m a d u r a n y e m p i e z a n a a s u m i r responsabilidades en la familia. En las familias en las q u e existe poliginia h a y t a m b i é n u n a división del trabajo entre esposas (O. Johnson, 1978). Las esposas m á s jóvenes se e n c u e n t r a n m á s a m e n u d o involucradas en el trabajo fuera de casa, en los h u e r t o s o recolectando. A las m á s mayores es frecuente encontrarlas en el hogar, o r g a n i z a n d o el trabajo productivo de sus n i ñ o s y c o n c e n t r á n d o s e en la m a n u f a c t u r a . Así, las mujeres m á s jóvenes p e r m a n e c e n m á s t i e m p o fuera con sus maridos, lo cual provoca los celos de las esposas mayores. P o r otra parte, las mujeres m a y o r e s son m á s productivas y g a n a n el respeto de sus m a r i d o s y de las otras mujeres, y t a m b i é n tienen redes sociales m u c h o m á s a m p l i a s e i n c r e m e n t a n la c o r r i e n t e de i n t e r c a m b i o c o n otras casas. Cada esposa en u n a familia con poliginia mantiene un hogar separado, que simboliza su control sobre su propia producción de alimentos y la independencia de su contribución a la economía de la familia. Prepara su propia comida, así como los alimentos corrientes traídos del huerto de su marido, y lo distribuye entre los miembros de la familia. Las madres en las familias polígamas se relacionan ante todo con sus propios niños y, de m a n e r a menos frecuente, con los niños de las coesposas. Éstas t a m b i é n tienden a interact u a r y a compartir la comida con su marido más que unas con las otras, especialmente cuando las relaciones entre las coesposas son tensas.

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A pesar de ello, la m a y o r p a r t e de familias m a c h i g u e n g a funcionan a la perfección c o m o u n i d a d e s de reciprocidad generalizada. Los alimentos circulan c o n s t a n t e m e n t e entre sus m i e m b r o s . U n a m u j e r p a s a u n a m a zorca tostada a su esposo, que la parte en dos m i t a d e s y le devuelve u n a mitad. Él entonces r o m p e su m i t a d y ofrece u n a parte a su joven hija, que la c o m p a r t e con los otros niños. Del m i s m o m o d o , la mitad del maíz de la m a d r e se divide y luego los n i ñ o s p a s a n p e d a z o s de maíz de vuelta a sus p a d r e s . Da la sensación de que la c o m i d a se disfruta t a n t o al compartirla c o m o al comerla. Cada elemento de c o m i d a tiene un «propietario» (shintaro): quien lo consigue o quien lo planta. De hecho, todas las posesiones tienen sus propietarios individuales y hay que pedirlas p r e s t a d a s antes de usarlas. Si un n i ñ o r e c h a z a r a c o m p a r t i r u n a posesión, los p a d r e s no forzarían la situación, p e r o al t o m a r l e el pelo y r e p r e n d e r l o van p o n i e n d o al n i ñ o en u n a posición i n c ó m o d a e inculcándole poco a poco la generosidad. Se hace sentir o r g u l l o s o al q u e c o m p a r t e p o r ser c a p a z de d a r algo de valor a los otros m i e m b r o s de la familia. Las casas aisladas pueden p e r m a n e c e r d u r a n t e semanas con poco contacto social o i n t e r c a m b i o con las otras familias. Como los shoshón, acept a n el aislamiento p u e s t o que les da un acceso libre a los recursos n a t u r a les de su alrededor. Aunque t a m b i é n existen ventajas al vivir en aldeas de tres o cinco casas de p a r i e n t e s cercanos, n o r m a l m e n t e h e r m a n o s y herm a n a s casados. Los lazos de afecto y crianza establecidos en la edad infantil allanar el c a m i n o p a r a relaciones de a m i s t a d y cooperación c o m o adultos. U n a aldea m a c h i g u e n g a e s n o r m a l m e n t e u n a a g r u p a c i ó n d e casas a s e n t a d a s bien lejos del río: de tres a cinco casas se a g r u p a n u n a s cerca de otras, de m a n e r a que un claro c o m ú n p u e d e servirles a todas p a r a trabajar y socializar. En ocasiones se construyen u n a o dos casas en la aldea a cierta distancia de las otras, con árboles frutales o setos de arbustos entre sí a fin de p r o p o r c i o n a r cierta m e d i d a de privacidad. Las casas perm a n e c e n lo b a s t a n t e c e r c a n a s p a r a q u e sea fácil visitarse, c o m p a r t i r la c o m i d a y ayudarse m u t u a m e n t e en el c u i d a d o de los niños y en la preparación culinaria, pero cada casa m a n t i e n e sus propios estantes y cobertizos p a r a fumar, secar o a l m a c e n a r comida, así c o m o sus propios corrales p a r a los patos reales o gallinas, si es que tienen alguna. Los m i e m b r o s de la aldea no m a n t i e n e n n i n g u n a p r o p i e d a d c o m u n a l . Incluso c u a n d o los h e r m a n o s cooperan p a r a limpiar un h u e r t o , n o r m a l m e n t e los dividen en dos partes que se cultivan individualmente. Un h o m b r e r a r a m e n t e se sirve p r o d u c t o s del h u e r t o de su h e r m a n o sin p e d i r p e r m i s o p r i m e r o . De cada h u e r t o , localizado b a s t a n t e cerca de la aldea, se traen a casa los alimentos, d o n d e se p r e p a r a n y son c o n s u m i d o s s e p a r a d a m e n t e p o r cada familia, a u n q u e las familias a m e n u d o se r e ú n e n a c o m e r c u a n d o se dispone de p r o d u c t o s silvestres. Pescado, caza y larvas, siendo todos ellos escasos y en gran m a n e r a apreciados, p r e s e n t a n la ocasión p a r a compartir de u n a olla c o m ú n ; así, c o m p a r t i r los alimentos silvestres es el principal beneficio económico que m u e v e a las familias a j u n t a r s e y p e r m a n e -

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cer en aldeas. Las mujeres de cada casa llegan con sus m a r m i t a s de m a n dioca; p u e d e n incluso t r a e r v e r d u r a s u otros alimentos que h a y a n recolectado y p r e p a r a d o , y t a m b i é n algo de cerveza de m a n d i o c a p a r a sus m a ridos. Estas c o m i d a s son i n e s p e r a d a m e n t e complejas y e s t r u c t u r a d a s , y d a n idea del equilibrio entre los intereses individuales y de grupo que los m a c h i g u e n g a intentan conseguir. En u n a ocasión los antropólogos vieron a las tres familias de u n a aldea reunirse p a r a c o m p a r t i r un pescado que había conseguido u n o de los h o m b r e s . Los tres cabezas de familia t e n í a n relación familiar: el p r i m e r o era el h e r m a n o m a y o r del segundo, y el tercero era el esposo de la h e r m a n a de a m b o s . El h e r m a n o m e n o r se h a b í a casado con la hija de la esposa de su h e r m a n o m a y o r (de un m a t r i m o n i o anterior). El h e r m a n o m a y o r se sit u a b a en la escala social m á s alta, el yerno en la m á s baja. Cuando h a b í a a l i m e n t o s especiales c o m o e l p e s c a d o p a r a u n festín c o m u n a l , n o r m a l m e n t e se celebraba en la casa del h e r m a n o mayor. En esta ocasión, c o m o en la m a y o r parte de las otras, cada pareja casada se sentó j u n t a y la gente charló m i e n t r a s se cocía la sopa de pescado. Luego se s e p a r a r o n en un grupo los h o m b r e s y en otro las mujeres: u n o estaba c o m p u e s t o p o r los tres h o m b r e s y el sobrino de doce años de los h e r m a n o s , el otro grupo p o r las mujeres y los niños m e n o r e s . La mujer del h e r m a n o m a y o r repartió un gran plato de sopa de pescado y lo p u s o delante de los h o m b r e s j u n t o con un cuenco de m a n d i o c a . Los h o m b r e s empezaron a c o m e r la mandioca, pero no t o c a r o n la sopa hasta que el herm a n o m a y o r t o m ó u n a c u c h a r a d a de caldo. A continuación, el h e r m a n o m e n o r t o m ó u n a c u c h a r a d a , luego el y e r n o y f i n a l m e n t e el s o b r i n o . C o n t i n u a r o n c o m i e n d o m a n d i o c a h a s t a q u e el h e r m a n o m a y o r t o m ó otra c u c h a r a d a de caldo; luego, de nuevo en la m i s m a secuencia, los otros hicieron lo m i s m o . Este ciclo o r d e n a d o c o n t i n u ó h a s t a que se t e r m i n ó el caldo; luego siguió otra p a u s a h a s t a que el h e r m a n o m a y o r cortó un trozo de pescado y se lo comió. Luego los otros hicieron lo m i s m o en el m i s m o o r d e n h a s t a q u e t e r m i n a r o n el p e s c a d o . Todo se realizó de m a n e r a p r o saica, sin discusión. Mientras tanto, las mujeres y los n i ñ o s c o m p a r t í a n la c o m i d a de u n a olla c o m ú n . Como entre los h o m b r e s , los individuos se servían a sí mism o s m a n d i o c a sin contenerse. Sin e m b a r g o , las mujeres repartían cuidad o s a m e n t e la sopa de pescado, a s e g u r a n d o u n a distribución justa. Cuando la comida h a b í a terminado, los maridos y las mujeres se volvieron los u n o s hacia los otros y enseguida c a m b i a r o n de posición, j u n t á n d o s e de nuevo las familias nucleares. Este p e q u e ñ o episodio nos e n s e ñ a dos i m p o r t a n t e s hechos sobre la organización social de la aldea machiguenga. El p r i m e r o es que, a pesar de la libertad individual f u n d a m e n t a l de las familias separadas, a c e p t a n cierta jerarquía y control, de m a n e r a que recursos preciados c o m o el pescado p u e d e n ser distribuidos con un m í n i m o de resentimiento o disputa. Un alimento a b u n d a n t e c o m o la m a n d i o c a no ocasiona tal cuidado. En seg u n d o lugar, la naturaleza social del pescado —que a la postre pertenece al grupo y no a la p e r s o n a q u e lo pescó— es clara viendo la disolución, a

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nivel aldeano, de las familias nucleares en grupos de h o m b r e s y mujeres d u r a n t e las comidas. En c u a n t o se ha c o n s u m i d o el pescado socializado, las unidades de la familia nuclear se reconstituyen, pues p e r m a n e c e n como u n i d a d e s p r i m a r i a s de la sociedad machiguenga. C u a n d o las familias colaboran, n o r m a l m e n t e es p a r a o b t e n e r o distribuir alimentos especiales. Una sola familia p u e d e realizar p o r sí m i s m a t o d a la caza, pesca, recolección y cultivo de p i ñ a s , p a p a y a s y o t r o s alim e n t o s favoritos. A u n q u e éstos se hallan disponibles a m e n u d o esporád i c a m e n t e , y e n t o n c e s en c a n t i d a d e s e x o r b i t a n t e s . C o m p a r t i r no sólo p u e d e r e d u c i r u n a g a n a n c i a i n e s p e r a d a h a s t a p r o p o r c i o n e s manejables, sino que t a m b i é n a s e g u r a que similares golpes de fortuna en o t r a s casas van a ser c o m p a r t i d o s , l o g r á n d o s e así que los a l i m e n t o s especiales estén disponibles de m a n e r a m á s frecuente a m á s p e r s o n a s . Los b u e n o s sentim i e n t o s que envuelven tales i n t e r c a m b i o s a y u d a n a aliviar las p e q u e ñ a s fricciones que surgen de la c o m p e t e n c i a diaria sobre los r e c u r s o s escasos y son el principal p e g a m e n t o social p a r a m a n t e n e r u n i d a u n a aldea machiguenga. Como h e m o s visto, la jerarquía se hace visible en esta sociedad igualitaria en la d i s t r i b u c i ó n de la sopa de p e s c a d o . Sin e m b a r g o , no existe paradoja. La familia m a c h i g u e n g a en sí m i s m a se halla o r d e n a d a jerárq u i c a m e n t e , de m a n e r a p r i m a r i a en base a la edad, a p e s a r de que ocasionalmente un m i e m b r o especialmente productivo puede superar en rango a otro m a y o r a u n q u e m e n o s productivo. Las tareas cooperativas complejas se manejan sin problemas, puesto que existe u n a cadena clara de m a n d o y conformidad. C u a n d o los niños crecen y forman familias separadas, estas líneas de a u t o r i d a d tienden a reafirmarse c u a n d o se requiere la cooperación del grupo. Las tres familias citadas en la anécdota de la sopa de pescado expresan su estructura jerárquica de m u c h a s m a n e r a s . Por ejemplo, u n a familia de m a y o r prestigio recibe m u c h a s m á s visitas p o r parte de u n a familia de m e n o r prestigio q u e las que devuelve: la familia del h e r m a n o m a y o r recibe u n a s seis visitas de la familia del h e r m a n o menor, y nueve del yerno, p o r cada visita q u e les hace. Asimismo, la familia del yerno hace m u c h a s m á s visitas a la familia del h e r m a n o menor, quien a su vez casi n u n c a les visita (A. Johnson, 1978: 106-109). Las líneas de autoridad y prestigio entre las familias se materializa en empresas cooperativas. La tarea m á s cooperativa entre los m a c h i g u e n g a es el envenenamiento de los peces, que puede implicar desde dos hasta diez familias. Aquí un líder coordina siempre las actividades: los h o m b r e s construyen diques p a r a retener el agua y las mujeres construyen pesqueras p a r a c a p t u r a r los peces d r o g a d o s c u a n d o flotan corriente abajo. Cada u n a de esas actividades implica u n a división del trabajo compleja y la distribución del t i e m p o es i m p o r t a n t e . El nivel de agua en el río, el n ú m e r o de trabajadores que se necesitan, la adquisición y p r e p a r a c i ó n del veneno, el m o m e n t o exacto en que se introduce en el agua, todo ello precisa de coordin a c i ó n p o r p a r t e de los h o m b r e s y las mujeres m a y o r e s que tienen u n a autoridad que los d e m á s acatan.

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En las p r i m e r a s fases del trabajo, c o m o en la c o m i d a de varias familias, m a r i d o s y mujeres se dividen en grupos del m i s m o sexo y trabajan sep a r a d o s . Una vez que el veneno se ha introducido en el agua, sin embargo, los m a r i d o s y las esposas se r e ú n e n en lugares preseleccionados y recogen el pescado p a r a sus p r o p i a s casas. Algunas veces u n a familia que contribuye con m u c h o trabajo e n c u e n t r a poco pescado en su t r a m o de río. En el intercambio posterior de pescado estas diferencias se nivelan hasta cierto p u n t o , a u n q u e no existe n i n g u n a autoridad o institución p a r a repartir la c a p t u r a de m a n e r a justa o incluso p a r a definir el significado de «justo». Si surgen disputas en el seno de u n a familia o aldea, se solucionan loc a l m e n t e p o r un m i e m b r o m a y o r de la familia. Por ejemplo, un h o m b r e i n t e n t a b a coger un segori aturdido, un pez parecido a la t r u c h a de gusto exquisito cuyas huevas son apreciadas especialmente, pero éste lo eludió y d e s a p a r e c i ó en un r e m a n s o . Un m i n u t o m á s t a r d e su sobrino de siete a ñ o s c a p t u r ó la presa. Una expresión de p u r o placer iluminó la cara del m u c h a c h o , pero el tío lo vio y dijo: «Aquí está. Es mi pescado. ¡Lo estaba persiguiendo!» El chico se negó a entregar su p r e m i o hasta que otro tío, un h o m b r e a l t a m e n t e r e s p e t a d o , le o r d e n ó q u e lo hiciera. Más t a r d e el chico pescó su propio segori y su felicidad retornó, pero si no lo hubiera logrado, su decepción h a b r í a sido vista c o m o u n a consecuencia inevitable de la necesidad de reconocer a los mayores y de m a n t e n e r la p a z entre las familias. P e r i ó d i c a m e n t e , y de m a n e r a p a r t i c u l a r d u r a n t e la l u n a llena, los m i e m b r o s de u n a aldea p r e p a r a n u n a fiesta de la cerveza. Las mujeres p a s a n varios días p r e p a r a n d o cerveza de mandioca, m i e n t r a s los h o m b r e s se d e d i c a n a cazar y pescar. Los m i e m b r o s de m á s de u n a aldea p u e d e n participar si son invitados p o r un h o m b r e o u n a mujer respetados. Con los sentidos y las lenguas aflojadas p o r la a b u n d a n c i a de cerveza y carne se airean m u c h o s p r o b l e m a s políticos, c o m o el de formar grupos cooperativos p a r a la pesca, r e c l a m a r h u e r t o s o mofarse de los que q u e b r a n t a n las n o r m a s . U n h o m b r e que organiza u n proyecto p a r a p e s c a r b u s c a r á coop e r a c i ó n y sobre esta eventualidad se p u e d e m a r c a r el tono p a r a algunas de las conversaciones. O un h o m b r e de ingenio puede convertirse en el centro de atención si envía pullas cáusticas a algún infortunado que le ha ofendido. A p e s a r de ello, no existe n i n g ú n líder y las conversaciones fluyen y refluyen al p a s a r s e de un t e m a a otro. P a r a los horticultores extensivos c o m o los machiguenga, la cooperación entre familias siempre tiene costes y beneficios. La sociabilidad, la seguridad, la distribución de los golpes de fortuna, t o d o ello hace la cooperación atractiva, pero a costa de perder cierta a u t o n o m í a p a r a decidir cómo servir a los propios intereses. Las tensiones que surgen pueden crecer hasta convertirse en resentimientos, p e r o las n o r m a s de la cortesía y el respeto evitan q u e éstos sean expresados libremente. D u r a n t e las b o r r a c h e r a s de las fiestas de la cerveza, las hostilidades se manifiestan m e d i a n t e chistes humillantes y peleas verbales y físicas. Esto p u e d e liberar los sentimientos y r e s t a u r a r el equilibrio, a u n q u e a m e n u d o llevan a u n a sensación de injusticia y a la decisión de a b a n d o n a r la aldea. En general, los machiguenga

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t e m e n la agresión y prefieren alejarse del grupo. En la m a y o r p a r t e de los casos, alguien que sienta u n a rabia intensa simplemente se m a r c h a (ishiganaka). Más tarde p u e d e volver p a r a quedarse o p u e d e r e u n i r a su familia y trasladarse. L e n t a m e n t e y con el tiempo las relaciones problemáticas se suavizan y en u n a fase posterior del ciclo —especialmente c u a n d o los a l i m e n t o s silvestres son de n u e v o a b u n d a n t e s — las m i s m a s familias, y quizá algunas nuevas, restablecerán la aldea y disfrutarán de nuevo de la vida cooperativa. Los g r u p o s a l d e a n o s n o p o s e e n u n a p r o p i e d a d c o r p o r a t i v a p r o p i a , t a m p o c o se ven validados c o m o grupos p o r ocasiones ceremoniales, que examinaremos en extensión del capítulo 6 al 8. Excepto en un sentido vago, c o m o el descrito p a r a los ! k u n g (caso 2), no se p u e d e decir q u e exista territorialidad. Las familias individuales poseen huertos, que son parcelas de tierra que h a n abierto en la selva virgen, pero sólo p o r el t i e m p o que las cultivan; los h u e r t o s vuelven a ser tierra c o m ú n d u r a n t e los periodos de barbecho. Todos los recursos naturales de los bosques y los ríos están abiertos p a r a todos los m a c h i g u e n g a , a pesar de q u e un g r u p o cazador-recolector n o r m a l m e n t e m a n t i e n e la distancia respecto al área de acción de otro. En r e s u m e n , los m a c h i g u e n g a ilustran las condiciones en las que los horticultores p u e d e n m a n t e n e r u n a e c o n o m í a y u n a organización social de nivel familiar. En u n a zona d o n d e la c o m p e t e n c i a de otros g r u p o s es baja y d o n d e los a l i m e n t o s silvestres son escasos y a m p l i a m e n t e distrib u i d o s , los m a c h i g u e n g a funcionan de m a n e r a m u y efectiva en casas o aldeas p e q u e ñ a s y diseminadas. Mediante el m e c a n i s m o simple de cosechar un excedente de ciertas raíces comestibles, p u e d e n vivir d u r a n t e años c o m o familias independientes y autosuficientes. Por otra parte, e n c u e n t r a n ventajas en la cooperación con otras familias en la pesca con veneno y al c o m p a r t i r las ganancias inesperadas de los alimentos silvestres. E n t r e familias, y en el seno de cada u n a de ellas, existen jerarquías naturales que establecen cadenas de m a n d o a la h o r a de coordinar el trabajo o distribuir la comida. Pero este liderazgo, y la ocasional separación de las parejas casadas en grupos de h o m b r e s y mujeres c u a n d o se obtienen o se c o n s u m e n p r o d u c t o s de la n a t u r a l e z a son siemp r e t e m p o r a l e s . Las familias a u t ó n o m a s r e c u p e r a n el p o d e r c u a n d o el evento específico ha t e r m i n a d o . En el Amazonas p e r u a n o están sucediendo c a m b i o s rápidos y los machiguenga h a n sentido su i m p a c t o en diversos grados. Ocho a ñ o s después de la investigación que relatamos aquí, Baksh (1984) estudió un poblado m a c h i g u e n g a formado según las directrices de la política de «comunidades nativas» del gobierno p e r u a n o . Alrededor de doscientas p e r s o n a s se avinieron a vivir j u n t a s bajo la dirección de un carismático líder m a c h i guenga, que canalizó su deseo de tener acceso a la tecnología m o d e r n a , especialmente m e d i c i n a s y h e r r a m i e n t a s de acero. Tuvieron la o p o r t u n i d a d inusual de establecerse en un área rica en recursos naturales, q u e había p e r m a n e c i d o despoblada d u r a n t e m u c h o s años después del contacto occidental. A p e s a r de q u e f o r m a r o n casas s e p a r a d a s y v e c i n d a r i o s seme-

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jantes a aldeas d e n t r o del pueblo, a c o r d a r o n c o o p e r a r en la plantación de cultivos comercializables a fin de g a n a r dinero con el fin de «progresar», c o m o ellos m i s m o s decían. Al principio las cosas fueron bien. Los pobladores p e r m a n e c í a n en la c o m u n i d a d cuatro días p o r s e m a n a trabajando en los proyectos c o m u n a les, luego se dispersaban a sus lugares preferidos de pesca d u r a n t e un fin de s e m a n a de tres días al que se referían c o m o «vacaciones». Pero p r o n t o se encontraron con que los arroyos locales p a r a pescar se estaban agotando y el tiempo invertido en trayectos hacia lugares de pesca cada vez m á s lej a n o s a u m e n t a b a e n o r m e m e n t e : el t i e m p o m e d i o de t r a n s p o r t e hacia las pesqueras se dobló cada seis meses d u r a n t e la investigación de Baksh. Las peleas se convirtieron en m o n e d a c o m ú n y a m e n a z a r o n con r o m p e r la com u n i d a d . Al final, el líder resolvió el p r o b l e m a trasladando el poblado entero hacia un nuevo lugar río abajo, d o n d e la pesca era todavía a b u n d a n t e . En el cuarto siglo después de que los p r i m e r o s investigadores visitar a n S h i m a a , un g r a n n ú m e r o de campesinos de lengua q u e c h u a del altip l a n o p e r u a n o ( d e s c e n d i e n t e s d e las c o m u n i d a d e s a n t a ñ o g o b e r n a d a s p o r los incas) h a n e m i g r a d o bajando hacia el K o m p i r o s h i a t o en b u s c a de tierra p a r a cultivar. Los m a c h i g u e n g a h a n r e s p o n d i d o f o r m a n d o su p r o p i a c o m u n i d a d nativa y c e r r a n d o su lado de río, evitando los contactos con el exterior s i e m p r e q u e les resulta posible. A los visitantes q u e t o m a n u n a balsa a través del río h a s t a S h i m a a se les pide de m a n e r a e d u c a d a p e r o firme que den la vuelta y se vayan. La gente de S h i m a a c o n t i n ú a practicando u n a agricultura de subsistencia c o m p l e m e n t a d a con cultivos de café y cacao, y cazando y pescando en los bosques locales. Todavía tejen su propia ropa, a u n q u e a h o r a sus familias suelen exhibir p a l a n g a n a s de plástico de colores j u n t o c o n alguna radio o m á q u i n a de coser. Río abajo, sin e m b a r g o , d o n d e es posible el t r a n s p o r t e fluvial a m o tor, los c a m b i o s h a n sido m u c h o m á s drásticos (Henrich, 1997). El proyecto Camisea de gas natural (Camisea, 1998) ha traído toneladas de equip o s m o d e r n o s y n u e v a s o p o r t u n i d a d e s de t r a b a j o a las c o m u n i d a d e s machiguenga. Al m i s m o tiempo, un mejor t r a n s p o r t e ha supuesto u n a mayor implicación c o n las o p o r t u n i d a d e s de m e r c a d o . En estas regiones de m e n o r altura, la mayoría de los machiguenga viven ahora en poblados, cultivan p a r a vender y trabajan al m e n o s parte del t i e m p o p o r un salario. H a n a b r a z a d o de m a n e r a entusiasta las o p o r t u n i d a d e s del m e r c a d o y a h o r a exp r e s a n un fuerte deseo de o b t e n e r ganancias en metálico. La consecuencia de un asentamiento m á s denso en poblados y de cultivar p a r a el m e r c a d o , a d e m á s de p a r a la subsistencia, ha sido la predecible intensificación del sistema tradicional. La tierra de los h u e r t o s cercana al p o b l a d o ha sido sobreexplotada, llevando a un i n c r e m e n t o del t i e m p o de t r a n s p o r t e a h u e r t o s distantes; un p o b l a d o que experimentó a c o r t a n d o los b a r b e c h o s d e s c u b r i ó q u e al r e d u c i r el período de b a r b e c h o a m e n o s de quince a ñ o s ya no era posible cultivar en h u e r t o nuevo d u r a n t e m á s de un a ñ o (Henrich, 1997: 340). La tendencia creciente es la de construir vallas p a r a declarar la propiedad privada de terrenos especialmente b u e n o s cerca del poblado, pero

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ello causa m u c h o resentimiento entre algunos m i e m b r o s de la c o m u n i d a d . P r o d u c t o s silvestres c o m o el p e s c a d o y la caza h a n p a s a d o a ser actualm e n t e u n a p a r t e e x t r e m a d a m e n t e p e q u e ñ a de la dieta. En algunas comunidades se h a n registrado deficiencias dietéticas en proteína, así c o m o tasas altas de enfermedad p o r m a l a r i a y o t r a s enfermedades infecciosas. El p a t r ó n actual de intensificación está llevando a u n a s j o r n a d a s laborales m u c h o m á s largas y es m e d i o a m b i e n t a l m e n t e insostenible. Siguiendo las tasas actuales, hacia 2005 los machiguenga h a b r á n deforestado todas las tier r a s originales del poblado que le h a b í a n sido asignadas p o r el p r o g r a m a de las c o m u n i d a d e s nativas p e r u a n a s (Henrich, 1997: 346). El caso que describimos a n t e r i o r m e n t e en este capítulo, sin e m b a r g o , es el que ha prevalecido h a s t a épocas recientes, en el que las familias se hallan d i s e m i n a d a s y n i n g u n a extensión considerable de territorio se halla h a b i t a d a d u r a n t e m u c h o t i e m p o . Con todo, los recursos n a t u r a l e s se e n c u e n t r a n por todas partes a un nivel bajo, p o r lo que ningún lugar b u e n o de pesca o de caza se a b a n d o n a d u r a n t e m u c h o tiempo. Al vivir bajo un m o d o d e subsistencia competitivo, cualquier c o m u n i d a d m a y o r q u e u n a familia simplemente agota los recursos locales de forma a ú n m á s rápida, lo cual requiere q u e se a b a n d o n e m á s r á p i d a m e n t e o si no que se r o m p a la c o m u n i d a d con crecientes y frecuentes disputas. P o d e m o s anticiparnos a posteriores capítulos, señalando que c u a n d o no hay lugar p a r a escapar, c u a n d o el m e d i o se halla d e m a s i a d o lleno de familias en competencia, se hacen necesarios otros medios p a r a resolver las disputas, y el m á s c o m ú n en este nivel de desarrollo económico es la guerra (Carneiro, 1970&). La aparente a b u n d a n c i a de la e c o n o m í a m a c h i guenga, sin embargo, no implica u n a población baja. En efecto, la velocid a d con la que incluso un p e q u e ñ o a u m e n t o local de población p u e d e llevar al a g o t a m i e n t o y a la privación indica que los m a c h i g u e n g a viven m á s cerca de los límites m e d i o a m b i e n t a l e s de lo que p a r e c e a p r i m e r a vista.

Caso 4. Los n g a n a s a n del norte de Siberia Vamos a e x a m i n a r a h o r a brevemente u n a sociedad de nivel familiar en la que los animales domésticos d e s e m p e ñ a n un papel económico significativo. Aquí de nuevo la domesticación c o m o tal —en este caso la domesticación animal— no es u n a condición suficiente p a r a el desarrollo soc i o e c o n ó m i c o m á s allá del nivel familiar. E n t r e los n g a n a s a n , p e q u e ñ o s r e b a ñ o s familiares de renos domesticados sirvieron c o m o un medio, casi exclusivo, de facilitar el estilo de vida cazador-recolector. Sin embargo, con la presión p o r parte de u n a población e u r o p e a en expansión, aparecieron nuevas condiciones que alentaron a los n g a n a s a n y a grupos similares a a u m e n t a r sus r e b a ñ o s de renos d o m e s t i c a d o s a costa del r e n o salvaje. Y fue este proceso, u n a reacción a las presiones de población m á s q u e a lo atractivo de la d o m e s t i c a c i ó n , lo q u e al final condujo a los n g a n a s a n a formar u n i d a d e s sociales e c o n ó m i c a m e n t e m á s complejas y a ejercer un control político m á s estrecho sobre los recursos.

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EL MEDIO Y LA ECONOMÍA

Los n g a n a s a n (Popov 1964, 1966) h a b i t a n la t u n d r a , helada y batida p o r el viento, de la península de Taimir en el extremo norte de Siberia central. Se e n c u e n t r a n desde los límites septentrionales de la t u n d r a boscosa hacia el n o r t e a través de u n a llanura c o n colinas que se extiende h a s t a el m a r Ártico. El paisaje varía de lugar a lugar, con m o n t e s rocosos secos, laderas verdes, tierras bajas p a n t a n o s a s y n u m e r o s o s lagos. Los árboles son poco frecuentes; los arbustos, líquenes y juncos constituyen la principal vegetación. P a r a los n g a n a s a n las especies de fauna de m á x i m a imp o r t a n c i a son el reno, la foca polar, el pescado y varias especies de ocas y patos. En la p e n í n s u l a de Taimir se r e g i s t r a n t e m p e r a t u r a s bajo cero 263 días al a ñ o . El verano es corto y hay m u c h a s posibilidades de heladas al final de la p r i m a v e r a y a principio del o t o ñ o . Debido al sol intenso del ver a n o , sin e m b a r g o , la t u n d r a florece en julio y agosto, c u a n d o la visitan grandes b a n d a d a s de pájaros y enjambres de insectos. A esta latitud (75° N), b a s t a n t e al norte del círculo polar Ártico, hay un m e s en verano d u r a n t e el cual el sol n u n c a se p o n e y otro m e s en invierno d u r a n t e el que n u n c a sale. El reno, o el caribú, constituyen la parte central de la e c o n o m í a ngan a s a n . D u r a n t e la m a y o r p a r t e del a ñ o , los renos se hallan dispersos en grupos pequeños, pero se a g r u p a n en r e b a ñ o s mayores en otoño p a r a migrar hacia el sur, y de nuevo en p r i m a v e r a p a r a volver al norte. En verano y otoño el r e n o a c u m u l a grasa alimentándose de hierbas, juncos, hojas y setas. D u r a n t e el invierno, sin e m b a r g o , d e p e n d e n de los líquenes y de la p r o p i a grasa a l m a c e n a d a p a r a sobrevivir. La disponibilidad de líquenes lim i t a la población de renos, p r o b a b l e m e n t e m á s que la predación de los lobos o, m e d i a n t e m é t o d o s tradicionales de explotación, la de los h u m a n o s (Ingold, 1980: 20, 35). Los asentamientos h u m a n o s se hallan m u y dispersos, con densidades de población p o r debajo de u n a p e r s o n a p o r cada ciento veinticinco kilómetros c u a d r a d o s , y los movimientos de población se ven influidos p o r los movimientos de los renos. A diferencia de los lobos, que p u e d e n seguir la m a n a d a de renos a su velocidad a c o s t u m b r a d a (de quince a sesenta kilómetros al día), los h u m a n o s , m á s lentos, deben utilizar estratagemas p a r a t e n d e r e m b o s c a d a s a los renos o p a r a atraerlos hacia su fin. Las m á s populares y productivas son las cacerías comunales en la primavera y el otoño en los lugares que se sabe que visitan los renos. Durante estas cacerías se atrapa, m a t a , procesa y, en otoño, se a l m a c e n a p a r a el c o n s u m o invernal, un gran n ú m e r o de éstos. La migración de renos hace escala en ciertos lagos y cruza los ríos por vados habituales; los viejos cazadores, que conocen estos lugares y la m e jor época p a r a cazar, se e n c a r g a n de organizar la cacería. Se p r o h i b e a los h o m b r e s cazar en tales lugares excepto d u r a n t e la caza comunal, de man e r a que no se va a e s p a n t a r a los a n i m a l e s debido a un c o n t a c t o excesivo. En o c t u b r e de 1936, Popov (1966: 20) observó la migración de u n a

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m a n a d a tan n u m e r o s a q u e la «densa masa» de renos tardó varios días en cruzar el helado río Piasina. Los renos prefieren j u n t a r s e cerca de lagos o ríos hacia los que pueden h u i r en b u s c a de seguridad c u a n d o son atacados p o r lobos. Los nganasan se aprovechan de ello utilizando perros p a r a llevar a los renos dentro del agua, d o n d e los cazadores les arrojan lanzas desde canoas hechas de troncos vacíos. Otra estrategia consiste en u s a r banderolas hechas con palos en los que ondean tiras de piel. Puesto que el aleteo intimida a los renos, p l a n t a n d o simplemente palos cada cinco metros a p r o x i m a d a m e n t e los n g a n a s a n construyen u n a s vallas en forma de e m b u d o a lo largo del cual los p u e d e n dirigir h a c i a corrales, d o n d e los esperan los cazadores. Los grupos de h o m b r e s a m e n u d o dejan los c a m p a m e n t o s estacionales d u r a n t e varios días seguidos y vuelven con un b u e n n ú m e r o de animales p a r a que las ya a t a r e a d a s mujeres se o c u p e n de ellos. C u a n d o las m a n a d a s son m u y g r a n d e s , las mujeres se u n e n a la caza, a u n q u e norm a l m e n t e u n a m a r c a d a división del trabajo s e p a r a los h o m b r e s , c o m o cazadores y productores de aperos p a r a la caza, de las mujeres, que prep a r a n la comida y confeccionan la ropa y los contenedores p a r a almacenar. Donde existen a n i m a l e s domésticos, los h o m b r e s cazan a los r e n o s m i e n t r a s las mujeres y las n i ñ a s c u i d a n del ganado; c u a n d o un h o m b r e m a t a un animal casi siempre se m a n d a a las mujeres p a r a que lo traigan a casa (Popov, 1966: 28). Particularmente en o t o ñ o el botín de las cazas c o m u n a l e s puede ser prodigioso. La gente se atraca de comida a finales de verano y en otoño, y procesa el excedente p a r a almacenarlo. Secan la carne y derriten la grasa p a r a a l m a c e n a r l a en c o n t e n e d o r e s sacados de pieles y órganos internos. P r e p a r a n los pellejos p a r a hacer tiendas y ropa. En un grado superior al de los shoshón, los nganasan deben almacenar grandes cantidades de carne y grasa p a r a sobrevivir d u r a n t e el largo invierno. Tienen dos n o r m a s simples p a r a comer: en primavera «come lo m e n o s posible» y en otoño «come lo m á s posible». Otros alimentos son importantes en algunas estaciones. El ciclo anual de producción de alimentos es a p r o x i m a d a m e n t e el siguiente. Con los deshielos primaverales, las familias n g a n a s a n se dispersan y se trasladan al norte, lejos de sus aldeas de invierno, p a r a cazar renos, perdices y patos. Con el advenimiento de la estación de pesca estival, en junio y julio, las peq u e ñ a s familias dispersas disfrutan de u n a vida relativamente a s e n t a d a hasta fines de julio y agosto, c u a n d o se r e ú n e n p a r a las cazas c o m u n a l e s de ocas, que están m u d a n d o de p l u m a y son a t r a p a d a s en grandes cantidades con la a y u d a de redes. C o m o con los renos, la grasa se a l m a c e n a p a r a el c o n s u m o invernal. A finales de agosto empieza el r e t o r n o hacia el sur, i n t e r r u m p i d o periódicamente p o r batidas de renos hasta noviembre, m o m e n t o en el que los n g a n a s a n se asientan de nuevo en aldeas de invierno. A lo largo del invierno continúa la caza de algunos renos, solos y dispersos, y de focas polares, al m i s m o tiempo que la pesca en el hielo. Durante esta época los ngan a s a n confeccionan la ropa, r e p a r a n las h e r r a m i e n t a s y los trineos, y se

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dedican a otras actividades sedentarias. A principios de la primavera, antes de que haya e m p e z a d o el deshielo y en el m o m e n t o en que los alimentos a l m a c e n a d o s se h a n t e r m i n a d o , es un p e r í o d o de escasez y h a m b r e tanto p a r a los h u m a n o s c o m o p a r a los animales de los que se alimentan. Las rutas de la migración h u m a n a están bastante bien establecidas. Un cazador a m e n u d o deja el cadáver helado de su presa recostada j u n t o a un sendero que sabe que su familia va a transitar un mes o dos m á s tarde. A fin de proteger el cadáver de los lobos y osos polares, p u e d e cubrirlo con piedras y echar agua encima. El agua r á p i d a m e n t e se congela, formando u n a caja de hielo segura en la que la c o m i d a p e r m a n e c e a l m a c e n a d a hasta que se necesita. Los movimientos de los nganasan reflejan los paraderos de sus presas. Durante la m a y o r parte del año, el reno, las aves y otros animales de caza se hallan a m p l i a m e n t e dispersos y los n g a n a s a n los siguen en grupos de u n a o dos familias. En otras épocas, c u a n d o hay grandes cantidades de renos o gansos, las familias se congregan p a r a aprovechar la oportunidad. Los periodos de asentamiento estable —en verano cerca de los lugares de pesca preferidos, en invierno cerca de los lugares de pesca de hielo y (más importante) cerca de los pastos p a r a los renos domésticos— alternan con periodos de movimientos en b ú s q u e d a del reno mientras migra. El reno domesticado se usa principalmente p a r a el transporte. La familia nganasan, a u n q u e n ó m a d a , no se mueve con ligereza. En otoño y durante el largo invierno, u n a familia precisa de varios renos p a r a tirar de los grandes trineos que llevan apilados hasta gran altura las pesadas tiendas, las r o p a s y las pieles, los alimentos a l m a c e n a d o s y la leña, que son esenciales p a r a sobrevivir al d u r o invierno siberiano. El r e n o doméstico t a m b i é n tira de los trineos ligeros y rápidos en los que los cazadores persiguen a los pequeños rebaños de r e n o salvaje en el invierno, y se les puede e n t r e n a r p a r a a c t u a r c o m o señuelos p a r a atraer a los renos salvajes al lugar d o n d e se ocultan los cazadores. Además, a u n q u e sólo se hace c u a n d o la alternativa es morirse de h a m b r e , u n a familia puede sacrificar su reno doméstico. Tan poco dispuestos están los n g a n a s a n a sacrificar un reno dom é s t i c o q u e c o n s i d e r a n u n p e c a d o v e r t e r s u s a n g r e ; p o r eso, m a t a n e l a n i m a l estrangulándolo, u n a tarea difícil. Apacentar el reno doméstico y protegerlo de los lobos es laborioso, y en invierno u n a familia p u e d e tener q u e trasladarse c u a n d o se agotan los pastos de liquen a su alrededor. Las familias n g a n a s a n tradicionalmente m a n t i e n e n m e n o s de diez renos, suficientes p a r a el transporte de invierno y p a r a cazar, pero no tantos c o m o p a r a que obliguen a frecuentes traslados. No se ha d o c u m e n t a d o la existencia de guerra. Sin embargo, sí se rec u e r d a n periodos de h a m b r u n a en los que se peleaba por la c o m i d a en primavera. Los h o m b r e s hoy en día desconocen tales casos y a d m i r a n a aquellos a n t e p a s a d o s feroces q u e l u c h a b a n p o r la c o m i d a . P o r el c o n t r a r i o , parece que la respuesta c o m ú n a la carestía primaveral es la de reunirse en un g r u p o a l d e a n o y c o m p a r t i r los a l i m e n t o s a l m a c e n a d o s h a s t a q u e p u e d e e m p e z a r la dispersión hacia los recursos de verano. Como con los

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!kung (caso 2) y los m a c h i g u e n g a (caso 3), la escasez p u e d e provocar violencia personal, a u n q u e la agresión intergrupal debe h a b e r sido desalentada, debido a la i m p o r t a n c i a de u n o s amplios lazos intergrupales e interpersonales de cara a los riesgos generalizados. La carestía de los recursos en el lejano norte puede sugerir la probabilidad de comercio intergrupal, a u n q u e la escasa información que tenem o s indica que h a s t a épocas recientes los n g a n a s a n e r a n esencialmente autosuficientes. Como veremos, sin e m b a r g o , esta situación cambió; un comercio extensivo de productos animales p o r objetos tecnológicos se desarrolló históricamente c o m o p a r t e de u n a intensificación general del uso de los recursos. En r e s u m e n , los p r o b l e m a s críticos que e n c a r a n los n g a n a s a n son la e x t r e m a escasez y los n a d a previsibles recursos en el m e d i o n a t u r a l ártico. A c a u s a de estos p r o b l e m a s , las densidades de población p e r m a n e cieron m u y bajas hasta tiempos históricos y se p u d o m a n t e n e r u n a exist e n c i a d e nivel familiar. L a c o o p e r a c i ó n e n t r e familias e r a n e c e s a r i a solamente p a r a cazar a gran escala y p a r a c o m p a r t i r los alimentos almacenados.

ORGANIZACIÓN SOCIAL

La a u t o n o m í a de los grupos de familia nuclear y de las agrupaciones multifamiliares constituye un ideal fundamental entre los nganasan. Las familias nucleares a m e n u d o viven s e p a r a d a m e n t e en sus propias tiendas p e q u e ñ a s . Las posesiones p a r a uso individual se t r a t a n c o m o propiedades privadas: c o m o con los s h o s h ó n , s o l a m e n t e objetos m u y g r a n d e s c o m o las redes usadas en las batidas de los renos pertenecen al grupo. Sin duda, las familias c o m p a r t e n recursos, p e r o cada cual sigue c u i d a d o s a m e n t e el rastro de su contribución. Popov (1966: 108) habla de «su extraordinaria frugalidad con los productos alimenticios. En primavera, c u a n d o la gente que tiene p o c a c o m i d a va a pedir ayuda a su vecino mejor provisto, éste les da u n a c a n t i d a d exigua: dos o tres c o s c a r a n a s o p e q u e ñ o s trozos de c a r n e del t a m a ñ o de un p u ñ o . Sin e m b a r g o , nadie se siente ofendido p o r ello, puesto que la comida en esta época del año es de gran valor y preciosa para todo el m u n d o » . C u a n d o u n a o m á s familias c o m p a r t e n la m i s m a tienda se acepta a un h o m b r e y a su mujer c o m o líderes de la m i s m a y o c u p a n el lugar de hon o r a la derecha de la entrada. Los otros habitantes de la tienda informan a los líderes sobre sus propias actividades económicas. Popov no m e n c i o n a si cada familia m a n t i e n e su p r o p i a despensa, pero parece que c o m p a r t i r u n a tienda implica al m e n o s cierto grado de abastecimiento c o m u n a l de comida. En invierno, u n a gran tienda (de hasta diez m e t r o s de diámetro) p u e d e albergar hasta cinco familias. Las agrupaciones de tiendas son comunes, como lo son las agrupaciones de cabañas de piedra y tierra. También se d a n r e u n i o n e s mayores de m a n e r a t e m p o r a l c u a n d o las ocas o los renos son a b u n d a n t e s .

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Cuando varias familias c o m p a r t e n u n a tienda, cada u n a ocupa su propia porción y d e n t r o de ésta los h o m b r e s , las mujeres y los niños tienen asignado su lugar de acuerdo con principios c o m ú n m e n t e aceptados (p. ej., los h o m b r e s son los m á s cercanos al h o g a r central). El lugar p a r a dejar el t r i n e o de c a d a m i e m b r o t a m b i é n está establecido, lo cual indica h a s t a qué p u n t o el c o m p o r t a m i e n t o individual debe ser estructurado en un grupo multifamilar q u e reside j u n t o . En los grupos mayores, la distribución desigual de habilidades puede llevar a u n a división del trabajo. Un b u e n pescador puede ser un fabricante de trineos m a l o y viceversa; de aquí que los intercambios sean naturales, a u n q u e de n i n g ú n m o d o libres y fáciles. Popov escribe: Un consumo colectivo de ninguna manera [...] significa que los productos alimentarios, las herramientas de producción o los objetos de uso cotidiano fueran prestados de manera libre; al contrario, se guardan registros estrictos de todo. La familia de un cazador, por ejemplo, compartirá la carne de un reno salvaje muerto por sus vecinos [...], pero los vecinos del cazador que reciben una olla entera deben prestar ayuda a la casa del cazador, mediante su propio trabajo o el de un reno. Están obligados a cuidar su reno domesticado, limpiar sus redes de pesca, prestarle su reno para los trineos e incluso en ocasiones proporcionarle una escopeta y munición. Si un cazador no recibe ayuda de sus vecinos, se considerará en su derecho de no compartir el puchero con ellos. A pesar de este énfasis en la propiedad individual, deben hacerse concesiones a las necesidades del grupo. Por ejemplo, c o m o h e m o s visto, a los c a z a d o r e s e x p e r i m e n t a d o s se les p e r m i t e regular las b a t i d a s c o m u n a les de renos y los cazadores individuales aceptan no cazar de m a n e r a s que p o d r í a n a m e n a z a r el éxito del g r u p o . P a r a ejemplificar el m o d o competitivo, c u a n d o los c a m p a m e n t o s o las aldeas se r o m p e n en primavera, las familias a l c a n z a n un a c u e r d o s o b r e qué s e n d e r o s , ríos, lagos, etcétera, va a explotar c a d a u n a , a fin de evitar un s o l a p a m i e n t o y c o m p e t e n c i a innecesarios. Con estas excepciones no h a l l a m o s p r u e b a de actividades políticas m á s allá del nivel de la familia. No existe control territorial del grupo sob r e los recursos, excepto en el sentido del á r e a d o m é s t i c a que un grupo ocupa p o r tradición o p o r m u t u o consentimiento; los entendimientos que conciernen a los lugares de pesca invernales son quizá las formas m á s fuertes de control de los recursos. Un h o m b r e d o m i n a n t e p u e d e atraer seguidores que van a trabajar bajo su dirección, a u n q u e éstos no d e p e n d e n de él p a r a a c c e d e r a los recursos y p u e d e n d a r s e de baja p o r sí m i s m o s en c u a l q u i e r m o m e n t o . Los n g a n a s a n o p e r a n s e g ú n el p r i n c i p i o !kung de que «todos somos cabecillas». En s u m a , los n g a n a s a n revelan un p a t r ó n básico de la e c o n o m í a de nivel familiar. Al vivir en un m e d i o de r e c u r s o s dispersos, p e r s i g u e n los recursos a l i m e n t a r i o s de m a n e r a o p o r t u n i s t a , d e s p l a z á n d o s e d u r a n t e la m a y o r parte del a ñ o p o r casas de u n a sola familia en b ú s q u e d a de renos y otros alimentos en estado salvaje. Después, periódicamente se congregan

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p a r a recoger a l i m e n t o s e s t a c i o n a l m e n t e a b u n d a n t e s , c o m o los r e b a ñ o s de r e n o s m i e n t r a s m i g r a n y las b a n d a d a s de gansos en el m o m e n t o del cambio de pluma. La carne y grasa almacenadas de estas cacerías son esenciales p a r a la supervivencia a través del a r d u o invierno y primavera. Las familias p e r m a n e c e n o b s t i n a d a m e n t e independientes incluso en sus camp a m e n t o s y aldeas de invierno, y se hallan siempre libres p a r a separarse del g r u p o p a r a seguir un c u r s o independiente. Los r e b a ñ o s de r e n o s familiares son p e q u e ñ o s y facilitan el m o d o de vida cazador-recolector: el reno domesticado p r o p o r c i o n a transporte, ayuda en la caza y s u p o n e un seguro contra la m u e r t e p o r h a m b r e . La historia reciente ha visto cambios significativos en la e c o n o m í a de los nganasan, llevando a su transformación desde cazadores de renos hasta verdaderos ganaderos de renos. Esencialmente, al expandirse la población hacia el norte y c o n s u m i r cada vez m á s bosques templados, la d e m a n d a de p r o d u c t o s animales del lejano norte se i n c r e m e n t ó de m a n e r a drástica. Hacia el final del siglo XIX, los n g a n a s a n se e n c o n t r a r o n con que p o d í a n vender r e n o s y pieles en un m e r c a d o siempre creciente y, con las ganancias, se p o d í a n p e r m i t i r c o m p r a r escopetas, canoas, redes, t r a m p a s , ollas de hierro, té, t a b a c o y alimentos suplementarios. Al a u m e n t a r la d e m a n d a de carne de reno e m p e z ó a resultar ventajoso gestionar la p r o d u c c i ó n i n c r e m e n t a n d o el t a m a ñ o de los r e b a ñ o s domésticos, que se p o d í a n a p a c e n t a r en la tierra d o n d e los r e n o s salvajes h a b í a n sido m e r m a d o s p o r la caza excesiva. Los renos d o m e s t i c a d o s están c l a r a m e n t e m a r c a d o s p o r m u e s c a s codificadas, cortadas en sus orejas, y no van a ser cazados p o r otro n g a n a s a n . Las consecuencias de esta transformación hacia u n a verdadera ganadería h a n sido m u c h a s . Los costes de p r o d u c c i ó n a u m e n t a r o n , ya que hay que proteger a los r e b a ñ o s privados de los lobos y los c a z a d o r e s furtivos. Se m a n t u v i e r o n en el r e b a ñ o m u chos m á s animales: m i e n t r a s que a n t e r i o r m e n t e ocho o nueve r e n o s era u n n ú m e r o alto p a r a e l r e b a ñ o d e u n a familia, a h o r a u n r e b a ñ o d e cinc u e n t a a n i m a l e s s e c o n s i d e r a p e q u e ñ o . E n invierno u n a familia con u n gran r e b a ñ o debe desplazarse frecuentemente en b ú s q u e d a de pastos. De ahí que las aldeas s e m i p e r m a n e n t e s de casas de t u r b a c o n s t r u i d a s cerca de lugares de pesca hayan sido a h o r a a b a n d o n a d a s en favor de tiendas m á s g r a n d e s y p e s a d a s q u e d e b e n ser d e s m a n t e l a d a s con m u c h a s molestias, transportadas y m o n t a d a s en un nuevo paraje cada pocas s e m a n a s . Incluso es necesario b u s c a r fuera y t r a n s p o r t a r forraje en invierno p a r a los rebaños domésticos. El t a m a ñ o del c a m p a m e n t o ha a u m e n t a d o y las relaciones familiares se h a n formalizado en t o r n o a la p r o p i e d a d de los r e b a ñ o s . H a n aparecido los pagos de las dotes y las relaciones patrón-cliente c o m o formas i m p o r t a n t e s de la vida social. Con los c a m p a m e n t o s m a y o r e s ha llegado u n a inversión de capital i n c r e m e n t a d a en tecnología tal c o m o grandes redes p a r a las cacerías de reno y gansos. La caza de reno y la venta del reno (tanto doméstico c o m o salvaje) se hallan a h o r a c o n t r o l a d a s p o r u n a com u n i d a d que se extiende m u c h o m á s allá de los límites del grupo familiar (véase Ingold, 1980).

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La t r a n s f o r m a c i ó n de los n g a n a s a n , de c a z a d o r e s de r e n o s con pequeños r e b a ñ o s domésticos a pastores a g r a n escala, fue u n a respuesta a un gran incremento de la demanda de carne de reno en un mercado en expansión. Cuando el animal empezó a cazarse m á s p a r a venderlo que p a r a el c o n s u m o doméstico se hizo necesario poseer m á s , p u e s t o que el n ú m e r o de los r e n o s que no se poseían (es decir, salvajes) estaba m e r m a n d o rápid a m e n t e . Con los c a m b i o s en el aprovisionamiento de forraje invernal el n ú m e r o de renos que se p o d í a n m a n t e n e r en este medio, especialmente en invierno, a u m e n t ó : u n a forma de intensificación de la p r o d u c c i ó n . Los i n c r e m e n t o s resultantes en la escala y complejidad de la organización social son c l a r a m e n t e respuestas al c a m b i o económico subyacente. Después de la revolución rusa, el gobierno c o m u n i s t a intentó colectivizar s u s m i n o r í a s de Siberia, incluidos los n g a n a s a n . Tuvieron cierto éxito entre las poblaciones de pescadores sedentarias en las regiones costeras, p e r o los n g a n a s a n se resistieron ferozmente a estos esfuerzos, que v e í a n j u s t a m e n t e c o m o u n e s f u e r z o p a r a d e s t r u i r s u estilo d e v i d a autosuficiente y n ó m a d a e i m p o n e r unos criterios de c o m p o r t a m i e n t o nuevos y no bienvenidos (Sergeyev, 1956: 498). Su resistencia fue m i n a d a lent a m e n t e p o r m i s i o n e s c o m u n i s t a s g r a d u a l e s ( F o r s y t h , 1992: 309-310; Sergeyev, 1956: 497), instigadas p o r la continua colonización de la región p a r a la minería. Hacia los años setenta los n g a n a s a n constituían solamente a l r e d e d o r del 4 % de la población de sus anteriores territorios (Forsyth, 1989: 87-88). Se h a b í a n vuelto de m a n e r a creciente sedentarios, se h a b í a n c o n v e r t i d o a las p r á c t i c a s de g e s t i ó n de los r e b a ñ o s al estilo soviético (Sergeyev, 1956: 505), d e p e n d í a n del pan, el azúcar, la mantequilla y otros b i e n e s i m p o r t a d o s , y e m p e z a r o n a u r b a n i z a r s e (Popov, 1964: 5 8 0 - 8 1 ; Savoskul, 1989: 116). En el m o m e n t o de escribir esto a u m e n t a n las p r o b a b i l i d a d e s de que a l g u n o s p a s t o r e s de Siberia c o m o los n g a n a s a n r e t o r n e n a u n a a d a p t a ción similar a la descrita p o r Popov (Bennett, 1997). Con la desintegración de la U n i ó n Soviética, la c o r r i e n t e de riqueza y tecnología h a c i a el y e r m o s i b e r i a n o ha decrecido de m a n e r a drástica y c o n ello el e m p l e o a sueldo q u e fue lo p r i m e r o q u e alejó a los h o m b r e s de la g a n a d e r í a . Las «brigad a s familiares» de seis a diez m i e m b r o s de nuevo se o c u p a n de p e q u e ños r e b a ñ o s d u r a n t e largas m i g r a c i o n e s estacionales. I n c l u s o c u a n d o inversores i n t e r n a c i o n a l e s t i e n e n p l a n e s p a r a explotar la r i q u e z a m i n e r a l de la región, p e q u e ñ o s grupos de pastores tradicionales —algunos no m u y d i s p u e s t o s , o t r o s de b u e n a g a n a — e s t á n «volviendo a la m a n e r a totalm e n t e tribal en q u e vivieron n u e s t r o s a n t e p a s a d o s » (citado en Bennett, 1997: 16).

Conclusiones A p e s a r de que poseyeron la tecnología p a r a la domesticación, ni los m a c h i g u e n g a ni los n g a n a s a n la usaron, hasta épocas recientes, p a r a organizarse m á s allá de la e c o n o m í a de nivel familiar. Se aprecia u n a ten-

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dencia clara de las u n i d a d e s sociales p e q u e ñ a s a dispersarse u n i f o r m e m e n t e a través del territorio m i e n t r a s los alimentos en estado n a t u r a l de los que d e p e n d e n se hallen a m p l i a m e n t e dispersos. La r e u n i ó n es t e m p o ral, con el objetivo de cooperar p a r a conseguir alimento, como en la pesca c o n v e n e n o de los m a c h i g u e n g a o la c a z a de r e n o s de los n g a n a s a n , o p a r a c o m p a r t i r comida, c o m o sucede en las aldeas estacionales de a m b o s grupos. La a u t o n o m í a familiar es evidente de n u m e r o s a s m a n e r a s . El capital productivo c o m o h e r r a m i e n t a s , a r m a s , r e b a ñ o s y huertos es posesión individual y su uso p o r parte de otros, regulado y cuidadosamente calculado. De m a n e r a similar, u n a familia m a n t i e n e su abastecimiento de alimentos propios, c o m p a r t i e n d o la c o m i d a sólo c o n reticencias con las familias de la m i s m a aldea. En última instancia, la a u t o n o m í a de la familia consiste sin d u d a en la libertad p a r a moverse, la de separarse de las otras familias y seguir sus propios intereses con u n a interferencia m í n i m a . E v i d e n t e m e n t e , la p r e s i ó n sobre los r e c u r s o s o c a s i o n a u n a depend e n c i a m a y o r h a c i a las especies d o m e s t i c a d a s y un a u m e n t o en el tam a ñ o de la c o m u n i d a d y en la integración económica. El crecimiento interno de la población, la invasión p o r p a r t e de poblaciones del exterior, el acceso a la nueva tecnología (p. ej., los rifles) que facilitan la intensificación y la o p o r t u n i d a d de g a n a r dinero, intensificando a su vez la producción, t o d o ello contribuye a u n a dependencia m a y o r de la domesticación. Con este c a m b i o llegan c o m u n i d a d e s mayores y un nuevo nivel de estratificación social que conlleva un control m á s estrecho sobre los recursos en nomb r e del g r u p o m a y o r (tan distinto del p r o p i o interés percibido en las fam i l i a s s e p a r a d a s q u e c o n s t i t u y e n e l g r u p o ) . E s t a s familias n o s o n especialmente felices en relación a su desarrollo, pero lo aceptan, p o r q u e no tienen o t r a alternativa.

SEGUNDA PARTE EL G R U P O LOCAL

CAPÍTULO 5 EL G R U P O LOCAL

En los capítulos 5 al 8 e x a m i n a r e m o s el g r u p o local, cuyas instituciones organizan políticamente grupos h u m a n o s a u t ó n o m o s de entre cien y quinientos m i e m b r o s a p r o x i m a d a m e n t e . El g r u p o local tiene u n a historia evolutiva. Sus principios organizativos y los m e c a n i s m o s son artefactos culturales desarrollados p a r a fines específicos y m a n t e n i d o s p o r tradición y utilidad. Los grupos locales p u e d e n h a b i t a r a g r u p a d o s en un poblado, o dispersos en aldeas, o incluso ser t a n móviles c o m o los ganaderos, d e p e n d e de la n a t u r a l e z a específica de su organización social y de la e c o n o m í a subyacente. El desarrollo de los grupos locales está a m e n u d o vinculado con la revolución neolítica, asociada a la domesticación de plantas y animales, p e r o quizá igualmente revolucionario fuera el desarrollo de instituciones sociales formales que canalizaron la interacción h u m a n a de forma nueva. A p e s a r de que en el g r u p o local las familias conservan u n a importancia p r i m o r d i a l en la vida cotidiana, el c o m p o r t a m i e n t o económico no se p u e d e e n t e n d e r sin u n a referencia a consideraciones que van m á s allá de la familia individual e incluso de los límites territoriales del g r u p o local. Cada g r u p o local contiene entre dos y veinte subgrupos, cada u n o de los cuales es u n a unidad familiar ampliada, que n o s resulta conocida desde el nivel familiar. Cada s u b g r u p o se organiza desde dentro p o r medio de relaciones bioculturales estrechas y flexibles, a u n q u e es tarea del g r u p o local organizar y regularizar las interacciones, los derechos y las obligaciones entre estos s u b g r u p o s . Los m e c a n i s m o s culturales que m a n t i e n e n el g r u p o local c o m b i n a n los p a t r o n e s e m e r g e n t e s del liderazgo con un extenso ceremonial. Estos artefactos culturales p e r m i t e n a las familias vivir j u n t a s y c o o r d i n a r sus actividades, a p e s a r de las p r e s i o n e s p a r a separarse y seguir c a m i n o s distintos. El p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o del grupo local es relativamente sedentario. Los cazadores-recolectores insisten en reunirse y dispersarse a lo largo del año, p e r o a m e n u d o forman poblados estacionales y viven en ellos dur a n t e meses, m i e n t r a s c o n s u m e n alimentos a l m a c e n a d o s . C u a n d o depend e n de la agricultura, las agrupaciones de tipo p o b l a d o o aldea se localizan cerca de tierras productivas y p e r m a n e c e n allí d u r a n t e m u c h o s años consecutivos. P a r a propósitos defensivos y p a r a definir grupos sociales, los

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p o b l a d o s o las aldeas p u e d e n r o d e a r s e de e m p a l i z a d a s . Las c e r e m o n i a s de grupo se celebran en los lugares destinados a las d a n z a s o d o n d e se hallan enterrados los antepasados. Los grupos ganaderos, sin embargo, debido a su d e p e n d e n c i a del r e b a ñ o , son incluso m á s móviles que algunos cazadores-recolectores, p u e s deben trasladar a sus animales con frecuencia p a r a no sobreexplotar los pastos. Como consecuencia, los g a n a d e r o s t i e n d e n h a c i a p e q u e ñ o s g r u p o s igualitarios, e x c e p t o si se ven forzados — n o r m a l m e n t e p o r la agresión externa— a formar grupos m á s grandes. Las sociedades de grupo local son s o b r a d a m e n t e conocidos p a r a la antropología. S u s instituciones —grupos de parentesco, rivalidad p o r el r a n g o y a s o c i a c i ó n c e r e m o n i a l — g u í a n m u c h a s de las actividades: con quién casarse, cooperar o compartir, hacerse amigos o enemigos, y a quién identificar c o m o su gente. El grupo local controla el acceso a la tierra, lucha p a r a defenderla, coopera p a r a explotarla y p r o p o r c i o n a acceso a la pareja. La supervivencia personal se b a s a en la p e r t e n e n c i a al grupo; visto desde dentro, costaría imaginar otra agrupación de gente en el m u n d o m á s i m p o r t a n t e que los m i e m b r o s del propio grupo local. Los grupos locales se hallan a su vez unidos a otros p o r extensas redes regionales de a m i s t a d personal, intercambios, alianzas y ciclos cerem o n i a l e s (Dalton, 1977). Estas redes son instituciones d e s c e n t r a l i z a d a s que equilibran relaciones políticas complejas e inestables de competencia y cooperación. En su m á x i m a expresión, p u e d e n a d o p t a r la forma de colectividades regionales, dirigidas mediante grandes ceremonias p o r líderes del grupo local, que anticipan la evolución de las e n t i d a d e s políticas regionales que describiremos p a r a los cacicazgos. Aun así, el grado de estructura interna del grupo local puede ser fácilmente exagerado. C o m o p a r t e de n u e s t r o p a t r i m o n i o evolutivo, la din á m i c a de la vida diaria continúa desarrollándose en familias pequeñas. La m a y o r í a de las decisiones sobre el uso de los recursos, la organización de la producción, la distribución de la c o m i d a y aspectos específicos de la asociación y la cooperación se p r o d u c e n en el seno de la familia y entre parientes cercanos y amigos. Aunque m u c h a s de estas decisiones se ven influidas por las n o r m a s y las tradiciones, en la práctica de la vida cotidiana de las familias se observa que la m a y o r p a r t e del trabajo, las interacciones sociales y el entretenimiento son bastante espontáneos y flexibles. Las características principales del grupo local, según la lista de descripción del núcleo cultural del capítulo 1, son las siguientes: 1. Los medios naturales en los que se e n c u e n t r a n los grupos locales p u e d e n ser m u y variables, desde las costas árticas septentrionales h a s t a las selvas tropicales, a u n q u e tienden a ser, p o r u n a parte, m á s productivos que aquellos de los grupos de nivel familiar y, p o r la otra, m á s marginales que aquellos de los cacicazgos y los estados. Los recursos son a m e n u d o e s t a c i o n a l m e n t e a b u n d a n t e s (pero no a lo largo de t o d o el año) o capaces de u n a intensificación significativa ( a u n q u e n o r m a l m e n t e no de cosechas p e r m a n e n t e s , a pesar de que los enga centrales [caso 10] constituyen u n a excepción instructiva).

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2. La población, de forma similar, se sitúa en un valor i n t e r m e d i o . E n t r e los agricultores, n o r m a l m e n t e varía de 0,4 a 1 p e r s o n a p o r kilómetro c u a d r a d o , m u y p o r encima de los niveles alcanzados p o r las sociedades de nivel familiar. Los enga son de nuevo la excepción, sus densidades varían de 35-100 personas p o r kilómetro c u a d r a d o y requieren u n a explicación específica. Entre los cazadores-recolectores y los ganaderos, las densidades de población deben ser m u c h o m á s bajas, constreñidas p o r los recursos disponibles de animales salvajes, pescado y pastos. Entre los tareumiut de la costa (caso 6) o los pescadores de la costa noroeste de Norteamérica (caso 9), la población se concentra en gran m e d i d a j u n t o a los recursos claves, pero, en general, las poblaciones totales son inferiores a 0,4 personas por kilómetro c u a d r a d o . E n t r e los ganaderos, la productividad de los pastos limita la densidad de animales y pastores; las densidades se sitúan norm a l m e n t e entre 0,4 y 1 p e r s o n a p o r kilómetro c u a d r a d o . 3. La tecnología consiste, en p r i m e r lugar, en h e r r a m i e n t a s personales, c o m o el palo p a r a cavar y el arpón. Sin embargo, d e t e r m i n a d o s individuos poseen algunas tecnologías clave, especialmente p a r a la caza y la pesca intensivas y p a r a el pastoreo de animales, y éstas son utilizadas p o r un grupo m á s grande bajo su control. E n t r e estas tecnologías cabe señalar las nasas, los botes p a r a cazar ballenas o los corrales p a r a animales. 4. La organización social de la producción t i e n e dos niveles, c a d a u n o con un conjunto característico de funciones: a) el nivel familiar, que implica la subsistencia diaria, el cuidado de los niños, u n a sociabilidad frec u e n t e y la a y u d a informal, y b) el g r u p o local, que implica la cooperación a gran escala en las tareas de trabajo, la gestión del riesgo, la guerra y el ceremonial. 5. La guerra y la territorialidad son c o m u n e s entre la m a y o r parte de los grupos locales. La propiedad sobre las tierras del grupo es m u y importante y suele estar delimitada cuidadosamente. En los grupos locales de densidad menor, c o m o los y a n o m a m i (caso 5), los asaltos c o n s t r u y e n u n a imagen externa de ferocidad p a r a m a n t e n e r a los enemigos alejados de sus territorios. P a r a g r u p o s de d e n s i d a d mayor, c o m o los t s e m b a g a m a r i n g (caso 7) o los enga centrales (caso 10), los límites territoriales son sagrados y defendidos en batallas organizadas contra cualquier intrusión. Entre los ganaderos del nivel de grupo local, el pillaje de animales es u n a constante a m e n a z a y la defensa de los rebaños y los pastos es esencial. Entre los cazadores-recolectores, sus recursos estacionales m á s productivos, c o m o las migraciones de los peces, son m u y apreciados y defendidos. La tecnología mayor (presas, canoas) es propiedad y está manejada por cada persona. 6. La integración política, definida p o r u n a c o m b i n a c i ó n de actividades ceremoniales y de liderazgo, es fuerte dentro del grupo local. Además, el grupo local, no obstante ser a u t ó n o m o y responsable de la defensa de su propio territorio, se halla siempre ligado a otros grupos locales por redes de m a t r i m o n i o , intercambio y alianza. Estos sistemas regionales, a pesar de la ausencia de un p o d e r centralizado, p u e d e n verse b a s t a n t e sólidamente integrados en colectividades de líderes que compiten y se coordinan a través de la e c o n o m í a de prestigio.

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7. La estratificación en el grupo local t o m a la forma de líderes cuya rivalidad p o r el prestigio crea la colectividad intergrupal. Sin e m b a r g o , estos líderes no ejercen un control exclusivo sobre los recursos y p o r lo t a n t o n o d i s p o n e n d e p o d e r p a r a oprimir. Los individuos, n o r m a l m e n t e h o m bres, p e r o sostenidos y dirigidos p o r mujeres, se distinguen a sí m i s m o s p o r su ferocidad o p o r sus habilidades diplomáticas p a r a llegar a ser líderes reconocidos de su g r u p o local. Algunos líderes c o n t r o l a n m á s recursos que los otros, p e r o su papel es el de trabajar m á s d u r o y guiar con el ejemplo. La escala de liderazgo varía del cabecilla al g r a n h o m b r e , p e r o a m b o s tipos de líderes son frecuentemente poligámicos, de m a n e r a que tienen el m a y o r éxito reproductivo. 8. La santidad a d o p t a la forma de invocación, h o n o r y a p l a c a m i e n t o de los espíritus de los a n t e p a s a d o s que r e p r e s e n t a n al grupo local y a sus subgrupos. Las c e r e m o n i a s h o n r a n a los a n t e p a s a d o s p o r su contribución benevolente a la fertilidad, a la producción de alimentos y al éxito en la batalla. Las ceremonias sirven p a r a definir el grupo local y sus entidades corporativas y p a r a crear y m a n t e n e r relaciones regionales entre grupos a fin de obtener aliados, regular el conflicto, llevar a cabo un m a t r i m o n i o y com e r c i a r p a r a obtener p r o d u c t o s necesitados y deseados. M u c h a s de estas c e r e m o n i a s se rigen p o r un calendario, se desarrollan r e g u l a r m e n t e seg ú n un p r o g r a m a a n u a l o p l u r i a n u a l y se c o n s i d e r a n esenciales p a r a el éxito en todos los a s u n t o s importantes. Al c o m p a r a r el nivel del grupo local con el nivel familiar, m u c h o s aspectos parecen iguales, m i e n t r a s que otros c a m b i a n drásticamente. Como veremos al revisar los casos de los capítulos 6, 7 y 8, el contraste m á s señalado con el nivel familiar aparece en la frecuencia de la guerra y en el a u m e n t o del c e r e m o n i a l y el l i d e r a z g o . E s t o a su vez c o n t r i b u y e a un c a m b i o en el énfasis en las relaciones de género: m i e n t r a s que u n a fuerte división del trabajo c o n t i n ú a con la c e r r a d a interdependencia e c o n ó m i c a entre esposas y m a r i d o s d e n t r o de la familia, el énfasis cultural, p u e s t o a h o r a en la b r a v u r a de los h o m b r e s , en la agresión y en la exhibición del rango, contribuye a u n a imagen pública de superioridad masculina y a la correspondiente devaluación de las actividades y los atributos de las mujeres. E m p e z a m o s n u e s t r o e x a m e n del nivel del grupo local r e s u m i e n d o el c a m b i o en el carácter institucional de la sociedad, lo que ha sido d e n o m i n a d o domesticación de la especie h u m a n a . Para explicar esta transformación social profunda, v a m o s a ver las teorías relevantes de la g u e r r a y de la e c o n o m í a que forman la base de n u e s t r a teoría de las dinámicas evolutivas que c a u s a n la transformación social.

La d o m e s t i c a c i ó n de la e s p e c i e h u m a n a La revolución neolítica de hace u n o s diez mil años supuso un cambio profundo en la historia h u m a n a , sólo s u p e r a d o en importancia p o r el

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origen m i s m o de la cultura (Childe, 1936, 1942). Aunque esta revolución fue descrita en p r i m e r lugar p a r a Oriente Medio y E u r o p a , se h a n encont r a d o c a m b i o s similares que ocurrieron a lo largo y a n c h o del m u n d o , y en gran medida, de forma independiente, en África, Asia y las Américas. En The Neolithic Revolution, Cole (1959) describe varios c a m b i o s tecnológicos principales: — — — — — — — —

El origen del cultivo de plantas La domesticación de animales El comercio de h a c h a s y la deforestación El nuevo t r a n s p o r t e con botes y carros La artesanía, incluida la cerámica y el arte de tejer Poblados Casas Tumbas

En esta lista aparece fuertemente m a r c a d o un progreso implícito: es evidente que con estos medios los h u m a n o s se liberaron tecnológicamente del r i g o r de la n a t u r a l e z a . La d o m e s t i c a c i ó n de p l a n t a s y a n i m a l e s les p r o p o r c i o n ó u n a nueva seguridad en la subsistencia, que a su vez les permitió a s e n t a r s e y disfrutar del bienestar material de la vida de p o b l a d o . Sin e m b a r g o , las d u d a s sobre el progreso p e r m a n e c e n : d a d a la creatividad h u m a n a , ¿por q u é no se llegó a tales logros tecnológicos m u c h o antes? Hace c u a r e n t a mil años, p o r ejemplo, parece que los cazadores-recolectores del paleolítico superior tenían un conocimiento básico de los principios del cultivo de plantas (Maryanski y Turner, 1992: 91). Y los cazador e s - r e c o l e c t o r e s c o n t e m p o r á n e o s r a r a s veces p a r e c e n d e s e o s o s d e establecerse en la vida de poblado, que en la práctica p u e d e resultar m á s exigente en c u a n t o a trabajo y a sacrificios personales. La revolución neolítica fue m á s que u n a lista de avances tecnológicos. F u e u n a revolución social —nuestra domesticación—, u n a transform a c i ó n t a n t o c o n c e p t u a l y social c o m o e c o n ó m i c a : «Los h u m a n o s d o mesticados son aquellos que viven (y sobre todo trabajan) en casas agrupadas en aldeas, pueblos o p e q u e ñ a s ciudades, t a n distintos de la gente del pas a d o y del p r e s e n t e q u e sólo utilizan h a b i t á c u l o s t e m p o r a l e s » (Wilson, 1988: 52). Como los cazadores-recolectores n ó m a d a s , organizados en el nivel familiar, los h u m a n o s m a n t u v i e r o n u n a sociedad abierta b a s a d a en la intimidad personal y disfrutaron de «la única verdadera forma de libertad, la libertad de la interferencia de los otros» (Wilson, 1988: 52). C u a n d o los h u m a n o s se a s e n t a r o n y c o n s t r u y e r o n casas en p o b l a dos, c a m b i a r o n sus m u n d o s cognitivo y espacial. En un paisaje m a n u f a c t u r a d o , las p e r s o n a s viven e interactúan en espacios construidos q u e relac i o n a n a los individuos y a sus r u t i n a s diarias u n o s c o n otros y c o n las c o m u n i d a d e s que las engloban: Al vivir en un medio construido, los humanos crean para sí, de manera bastante inconsciente, problemas que afectan los sentidos vi-

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tales y esenciales en la conducta de todas las demás actividades que son instrumentales para la supervivencia, la subsistencia y el bienestar [...] Una vez domesticada la gente tiene que confrontar y confrontarse con una estructura que aparece, como habría dicho Durkheim, sui generis, de tales condiciones: la estructura de las relaciones entre personas como vecinos y cómo anfitriones y huéspedes (Wilson, 1988: 112). Así p u e s , se t r a t a de s o c i e d a d e s de c a r á c t e r vecinal, en las q u e la gente c o m p a r t e medios q u e dividen y a g r u p a n el espacio y las actividades de las p e r s o n a s . Los espacios son privados o públicos, c o n e c t a n a los h u m a n o s o los s e p a r a n , definen contextos sagrados o profanos. Quizá lo m á s i m p o r t a n t e e s q u e estas r e l a c i o n e s n o s o n f l u i d a s . E x i s t e n a m e n u d o d u r a n t e t o d a la vida de los individuos e incluso a través de generaciones. Uno n a c e en un m u n d o social al que debe a d a p t a r s e p a r a sobrevivir y prosperar. Para el ala pesimista de los evolucionistas sociales, esta transformación representa de todo m e n o s progreso p a r a el bienestar h u m a n o : El abandono de la caza y de la recolección implicó la construcción [...] de jaulas socioculturales que abusan de las necesidades humanas de igualdad, libertad, movilidad e individualismo. Desde luego, como homínidos de gran capacidad cerebral, los humanos son marcadamente flexibles; y cuando se ven forzados a asentarse en un gran número, pueden hacerlo. La principal herramienta para esta adaptación fue la elaboración de unidades de parentesco con el paso de unidades nucleares relativamente autónomas (y a veces extendidas) a linajes que atrapan a los individuos en una red de parentesco. Esta línea de elaboración estructural fue la manera más fácil de proceder, especialmente cuando el excedente económico era modesto. En comparación con la movilidad y la libertad de los cazadores-recolectores, los límites de las normas unilineales de descendencia, que dictan como lo hicieron la composición de la familia, la residencia, la actividad doméstica y económica y el matrimonio, representaron un cambio verdaderamente dramático. Quizá el cambio ocurrió de manera tan gradual que la gente no fue consciente de la jaula estructural en la que se estaba encerrando, pero una vez construida, esta existencia tan circunscrita se alzó en contradicción con nuestro patrimonio ancestral, y su refinamiento durante miles y miles de años de los modos de adaptación cazadores-recolectores (Maryanski y Turner, 1992: 110). La situación que estos autores describen t a n vividamente s u p o n e la construcción de las instituciones sociales, los artefactos culturales que form a n la base del grupo local. En nuestros casos, veremos que los grupos crean y limitan las posibilidades dentro de m a r c o s institucionales. Los cem e n t e r i o s s u r g e n en relación c o n los g r u p o s locales, son lugares desde d o n d e los a n t e p a s a d o s c o n t i n ú a n de alguna m a n e r a en conexión con los descendientes vivos. Se define a u n a p e r s o n a en b u e n a m e d i d a p o r las relaciones de parentesco y ascendencia, que d e t e r m i n a n derechos personales sobre la tierra, el m a t r i m o n i o y las obligaciones p a r a con los d e m á s .

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El m u n d o está h a b i t a d o p o r los fantasmas de los a n t e p a s a d o s que ayudan, p e r o cuya d e s a p r o b a c i ó n se teme. Los grupos se materializan en ceremonias anuales y periódicas que celebran al grupo y que h o n r a n a los antep a s a d o s p o r su ayuda. El nuevo sentido de la ceremonia m a r c a la depend e n c i a i n t r í n s e c a de la b ú s q u e d a de la s u b s i s t e n c i a individual y de las esperanzas de r e p r o d u c c i ó n del grupo local.

Teorización del g r u p o local Los h u m a n o s , valiéndose de medios culturales, h a n t o m a d o instituciones que amplían de m a n e r a extraordinaria la sociabilidad. Aquí nos cent r a m o s en varias características i m p o r t a n t e s y nuevas de los grupos locales: la guerra y la s u p r e m a c í a masculina; el parentesco y la reciprocidad; y el liderazgo y el ceremonial.

LA GUERRA Y LA SUPREMACÍA MASCULINA

La g u e r r a prevalece en la m a y o r p a r t e de los g r u p o s locales, especialmente entre los agricultores y ganaderos. Sahlins (1968b) describe cómo, sin u n a integración regional que los englobe, los grupos locales («tribus») h a b i t a n un m u n d o de a n a r q u í a política en el cual todos los grupos se hallan potencialmente en guerra con todos los demás. La categoría de Service de «tribu» (1962) se a d a p t a a la m a y o r parte de los grupos locales, a pesar de que hace hincapié en la organización regional de clanes y otras instituciones culturales — h e r m a n d a d e s o «sodalidades», las llamó él— a costa de la a u t o n o m í a del g r u p o local en la m a y o r parte de los asuntos políticos. Los y a n o m a m i (caso 5), los t s e m b a g a m a r i n g (caso 7) y los enga centrales (caso 10) r e p r e s e n t a n un continuo en la evolución de la sociedades tribales hacia u n a densidad creciente de población y u n a intensificación de la guerra (Johnson, 1989). ¿Es la guerra entre grupos locales resultado de la naturaleza h u m a n a ? C o m o i n d i c a m o s en el capítulo 1, los h u m a n o s están filogenéticamente p r e p a r a d o s p a r a ser agresivos e n d e t e r m i n a d a s c i r c u n s t a n c i a s : d e m a n e r a competitiva b u s c a n obtener comida, cobijo y parejas p a r a sostenerse a sí m i s m o s y a sus vástagos, y defenderán tales beneficios contra todos aquellos que vengan. Aunque no está t a n claro que esto explique la guerra: las c o m u n i d a d e s de nivel familiar, a las q u e se p u e d e aplicar estas mism a s tendencias, consiguen vivir de un m o d o relativamente pacífico. Sin embargo, la p a z se t o r n a imposible c u a n d o la e c o n o m í a de subsistencia se intensifica. En la evolución social, h e m o s visto que la p r i m e r a respuesta a la competencia p o r los recursos —en niveles de población m u y bajos— es la de dispersarse y evitar el conflicto. Los h o m b r e s p u e d e n luc h a r u n o s contra otros p o r u n o u otro recurso, pero el p a t r ó n general es el de m a n t e n e r la p a z a través de la desvinculación. A m e d i d a que los ter r i t o r i o s se l l e n a n y las o p o r t u n i d a d e s d i s m i n u y e n , a p a r e c e de m a n e r a

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inevitable la competencia. El p r i m e r p e n s a m i e n t o de la familia no es el de crear u n a estructura política regional p a r a resolver el conflicto, al contrario, aplicando la lógica conservadora, las familias h a c e n lo que siempre h a n hecho: t r a t a n de localizar los mejores recursos antes que los d e m á s y, si son escasos, ocuparlos de m a n e r a exclusiva. Si los competidores intentan desalojarlos, aquellos que la poseen deben atrincherarse, especialmente si el resto de recursos t a m b i é n están o c u p a d o s p o r otras familias. El resultado es que, al a u m e n t a r la población, la competencia se i n c r e m e n t a y ello trae c o m o consecuencia u n a m a y o r agresividad. El resultado frecuente de este proceso iterativo de la progresiva circunscripción (Carneiro, 1970b) es lo q u e H a r r i s (1977: 65) d e n o m i n a el «complejo de la s u p r e m a c í a m a s c u l i n a » : el m o n o p o l i o exclusivo de los h o m b r e s sobre las a r m a s , su adiestramiento p a r a el c o m b a t e y el valor, el infanticidio femenino, el a d o c t r i n a m i e n t o de las mujeres p a r a ser recompensas pasivas p a r a las actuaciones masculinas, el sesgo patrilineal en la p r o p i e d a d y la descendencia, la prevalencia de la poliginia, los deportes masculinos competitivos, los rituales intensos en la p u b e r t a d masculina, los rituales sobre la i m p u r e z a de las mujeres, el precio de la novia y otras instituciones c e n t r a d a s en el h o m b r e . Estos p a t r o n e s de c o m p o r t a m i e n t o no son universales p a r a toda la h u m a n i d a d , a p e s a r de que m u c h o s se observan en sociedades distintas de las de grupo local; en la m a y o r parte de los servicios militares, p o r ejemplo, y en otras c o m u n i d a d e s orientadas al h o m b r e c o m o los equipos de atletismo y las fraternidades. El complejo de la supremacía masculina en su m á x i m o desarrollo es provocado por la guer r a endémica, c u a n d o las vidas y el bienestar de los m i e m b r o s del grupo local se hallan bajo u n a a m e n a z a letal constante, d o n d e e m p í r i c a m e n t e de un cuarto a la m i t a d de todas las m u e r t e s de h o m b r e s son el resultado de homicidios, y d o n d e la derrota no tiene c o m o resultado solamente bajas m a s c u l i n a s , sino t a m b i é n la c a p t u r a de sus viudas e hijas y el desplazam i e n t o de todo el grupo de las tierras de sus a n t e p a s a d o s . Estas consecuencias profundas de la guerra irregular h a n sido m u y bien descritas p a r a las tierras altas de Nueva Guinea (Feil, 1987; Langness, 1977). Los h o m b r e s iniciados de un grupo local forman u n a fuerte camaradería m a s c u l i n a p a r a la defensa m u t u a de las tierras del clan. Profesan «un culto secreto m a s c u l i n o en el que se t o c a n flautas sagradas (nama), hay ritos de iniciación masculinos violentos, exclusión total de las mujeres y de los n i ñ o s no iniciados, festines rituales con cerdo y otros alimentos deseados, creencias sobre la superioridad m a s c u l i n a y la de los antepasados» (Langness, 1977: 3). El vínculo m a s c u l i n o se p u e d e expresar la hipermasculinidad a través de relaciones homosexuales. Se considera que éstas fortalecen a los h o m b r e s y evitan los efectos s u p u e s t a m e n t e enervantes de las mujeres (Herdt y Stoller, 1990). Estos h o m b r e s son todos del m i s m o clan, sus mujeres proceden de otros clanes, potencialmente hostiles, p a r a casarse. Así pues, el contacto con las mujeres es c o n t a m i n a n t e . El papel económico central de las mujeres en la e c o n o m í a doméstica consiste en m o d u l a r este e n c o n a d o a n t a g o n i s m o de género. E n t r e las sociedades no industriales, es en los grupos locales con u n a base de subsis-

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tencia agrícola en los que las mujeres realizan la m a y o r contribución directa a la p r o d u c c i ó n de c o m i d a (Sanday, 1973: 1691). Las mujeres, que también manejan la economía doméstica y cumplen con el trabajo de criar a los cerdos c o m o fuente de riqueza, devienen así esenciales en el funcion a m i e n t o del ceremonial y en las m a n i o b r a s políticas. Aunque las exhibiciones p ú b l i c a s de la e c o n o m í a política están c e n t r a d a s en el h o m b r e , a m b o s sexos entienden la profunda i m p o r t a n c i a de las mujeres en la econ o m í a cotidiana.

PARENTESCO Y RECIPROCIDAD

I n s t i t u c i o n a l m e n t e la formación de clanes y linajes distingue la organización del grupo local de la organización m e n o s formalizada del nivel familiar. El parentesco se convierte en un cálculo que define las relac i o n e s p e r s o n a l e s y las a s o c i a c i o n e s de g r u p o , e n r a i z a d a s en lo q u e Malinowski (1944: 55) llama «principio reproductivo de la integración social». Las r e l a c i o n e s biológicas (la c r i a n z a , la p a t e r n i d a d , la a l i m e n t a ción) a p u n t a l a n las construcciones culturales emergentes de m a t r i m o n i o , ascendencia y socialización, sobre las que se fundan las instituciones del grupo local. Una vasta bibliografía en antropología social analiza estas instituciones, de la que la forma prototípica es el grupo de ascendencia, c o m o los g r u p o s de a s c e n d e n c i a a g n a t a c i a q u e Fortes (1949) d e s c u b r i ó en el n ú c l e o de la «red de p a r e n t e s c o » . ¿Por q u é los g r u p o s de a s c e n d e n c i a a s u m e n u n a p r o m i n e n c i a tal en el nivel del grupo local? En la m a y o r parte de sociedades de g r u p o local, los clanes y los linajes son corporativos: tienen en propiedad lo m á s crucial, la tierra. Limitan los territorios del grupo controlando el acceso a recursos escasos altamente productivos. La corporatividad del grupo de ascendencia aparece a partir de la creciente competencia sobre los recursos y de la consecuente necesidad de la fuerza en m a s a p a r a r e g u l a r y defender los accesos. En un m u n d o sin i n s t i t u c i o n e s legales regionales que g a r a n t i c e n el acceso, el grupo de ascendencia corporativo declara la legitimidad de las reivindicaciones de sus m i e m b r o s , justificándolas en referencia a los lazos ancestrales respecto a la tierra. La pertenencia al grupo corporativo implica derechos específicos sob r e la tierra y de asistencia que se confieren al individuo (Bell, 1998a), y deberes específicos de participar y sostener m a t e r i a l m e n t e los principales eventos ceremoniales y la guerra. Una b u e n a posición individual en el grupo precisa de m u c h a s reciprocidades del tipo de las discutidas en el capítulo 2: regalos obligatorios en celebraciones del ciclo vital, pagos p o r casamientos o r e s o l u c i ó n de d i s p u t a s , c o m i d a y t r a b a j o p a r a financiar festines. A u n q u e e s t r u c t u r a d o en el lenguaje de la g e n e r o s i d a d característico de los regalos, se trata de h e c h o de obligaciones de la pertenencia al grupo (Bell, 1998b). En t é r m i n o s substantivistas, la p e r t e n e n c i a al g r u p o local es inherente a las relaciones económicas i n c r u s t a d a s en las instituciones sociales del grupo.

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La ascendencia c o m ú n es u n a construcción cultural m o n t a d a sobre los poderosos límites biológicos de la selección familiar y fuertemente unida a ésta. Por su carácter cultural, es capaz de s u p e r a r la relativamente débil capacidad de la biología y extender el sentido de lealtad, confianza e interés c o m ú n de los individuos m á s allá del nivel familiar. Aunque en la realidad, p o r el m o d o en que la mayoría de la gente vive en el nivel de grupo local, los individuos con los que establecen los vínculos m á s íntimos y obligaciones a p r e m i a n t e s tienden a b r u m a d o r a m e n t e a ser parientes biológic a m e n t e cercanos, p o r lo general hasta u n a distancia genealógica de prim o s h e r m a n o s . A pesar de que el grupo familiar corporativo utiliza todos y cada u n o de los medios simbólicos y ceremoniales a su disposición p a r a extender el sentido de obligación de grupo hacia fuera, activando los lazos de la ascendencia (conexiones cada vez m á s distantes de un a n t e p a s a d o c o m ú n ) , la tendencia de los grupos corporativos es la de encerrarse en sí mismos. A fin de vencer la estrecha interioridad de los grupos, c o n s t r u i d a en el principio de la ascendencia c o m ú n , los grupos locales u s a n u n a varied a d de medios institucionales p a r a crear afiliaciones de eje transversal entre grupos de ascendencia. De éstas, las dos m á s poderosas y p e n e t r a n t e s son el m a t r i m o n i o y la deuda. Para grupos c o m o los tallensi de Fortes, las n o r m a s sobre el incesto obligan a los individuos a b u s c a r esposas de un grupo de ascendencia diferente al propio. De aquí que los niños tengan parientes t a n t o en el grupo de ascendencia del p a d r e c o m o en el de la madre, y que h e r m a n o s y h e r m a n a s a c a b e n viviendo en distintos grupos de ascendencia, etcétera. En contraste con el cálculo lineal de ascendencia, estos lazos constituyen redes personales cognaticias de p a r e n t e s c o : «No hay obligatoriedad respecto a esos lazos; no se visualizan en t é r m i n o s de derechos y deberes que haya que cumplir, sino c o m o algo que, en el fondo, es voluntario» (Fortes, 1949: 281). Estas redes egocéntricas son hasta cierto p u n t o c o m o las amistades: los individuos escogen a cuáles d a n m á s imp o r t a n c i a (a través de visitas, c o m p a r t i e n d o comida, trabajo cooperativo, etcétera), de u n a m a n e r a no m u y distinta a las redes amplias regionales de las s o c i e d a d e s de nivel familiar ( J o h n s o n y B o n d , 1974). Y p a r e c e q u e funcionan de m a n e r a similar: Dalton (1977) describe cómo tales redes u n e n a los g r u p o s locales y crean las o p o r t u n i d a d e s p a r a el comercio, el matrim o n i o , las alianzas y los movimientos. Estas redes son expansivas: el objetivo es el de crear o p o r t u n i d a d e s y flexibilidad; contrarrestan las lealtades exclusivas de la descendencia. Además de las redes personales creadas por el m a t r i m o n i o , el interc a m b i o de esposas d e s e m p e ñ a un papel central en el proceso m á s largo de crear d e u d a s y crédito entre los g r u p o s locales. Los m a t r i m o n i o s se ven n o r m a l m e n t e c o m o un regalo de u n a novia o novio p o r parte de un grupo de ascendencia hacia otro. Estos regalos tienen el carácter típico de prestaciones, contrayendo obligaciones p a r a dar, recibir y devolver. Aceptar un regalo es aceptar estar en deuda, y esta d e u d a crea o refuerza u n a conexión social. A m e n u d o , la d e u d a c r e a d a p o r el m a t r i m o n i o no se t o r n a recíproca d u r a n t e años, incluso en u n a generación. E n t r e las funciones del

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líder de un grupo local está la de recordar estas d e u d a s y créditos y la de guiar el c o m p o r t a m i e n t o del grupo hacia el c u m p l i m i e n t o de las obligaciones y el m a n t e n i m i e n t o de los lazos sociales con otros grupos locales. Si i m a g i n a m o s u n a r e d de pescar, s u s p e n d i d a p a r a q u e se vea, los cabos verticales (la u r d i m b r e de un tejido) serían las líneas de descendencia trabadas en los grupos corporativos, y las hebras horizontales (la trama) serían los vínculos de eje transversal creados p o r el m a t r i m o n i o : así es la red del p a r e n t e s c o . Ésta se ve a u m e n t a d a todavía m á s p o r otras prestaciones: los festines lujosos con g r a n d i o s a s exhibiciones de g e n e r o s i d a d (creando u n a deuda) son las m á s famosas, pero intercambios m á s pequeños de objetos utilitarios, pagos de riqueza p a r a apaciguar sentimientos heridos y c o m p a r t i r golpes de fortuna en p r o d u c t o s agrícolas, todo tiene su función p a r a reforzar la red de parentesco. Como lo describe Fortes, la red de parentesco cuenta con un potencial virtualmente ilimitado p a r a la expansión, de vínculo en vínculo. Las relaciones se m a n t i e n e n p o r u n a r e c i p r o c i d a d e q u i l i b r a d a (capítulo 2): los lazos d u r a n m i e n t r a s existe un sentido de equilibrio y justicia en la relación. A m e n u d o , las relaciones precisan de un i n t e r c a m b i o recíproco de objetos de valor que simbolizan, y de h e c h o materializan, las relaciones que constituyen la red (DeMarrais y otros, 1996). Cada objeto de valor tiene u n a historia, u n a vida social que encierra los límites sociales de la m a n u factura del objeto y la red a través de la cual se ha movido (Appadurai, 1986).

LIDERAZGO Y CEREMONIA

En el nivel familiar e n c o n t r á b a m o s u n a relativa escasez de liderazgo y de eventos ceremoniales. Cuando éstos existían eran ad hoc, y se desvanecían al c a m b i a r las circunstancias. No es así en el grupo local, d o n d e el p r e d o m i n i o de la guerra y otras circunstancias precisan de los grupos suprafamiliares, y éstos a su vez d e p e n d e n de las iniciativas de los líderes y de las funciones de las ceremonias que construyen el grupo. Ecológicamente se ha visto al líder c o m o u n a tecnología social que se desarrolla p a r a resolver los p r o b l e m a s m á s allá de la capacidad de la familia (Harris, 1977; Service, 1962). Quizá el m á s i m p o r t a n t e de estos prob l e m a s es la guerra endémica. Feil (1987) describe la evolución del lider a z g o en las cordilleras de N u e v a G u i n e a a través de la intensificación agrícola, la frecuencia a u m e n t a d a p a r a la competencia y p a r a la guerra, y el desarrollo de sistemas políticos regionales p a r a m o d e r a r la severidad del conflicto. Más allá de la guerra, los líderes a y u d a n a resolver los problem a s en la gestión del riesgo, la tecnología y el comercio. Políticamente, un papel básico del líder local es el de organizar y rep r e s e n t a r al grupo en las ceremonias intergrupales, d o n d e sus seguidores p r o m o c i o n a n su valor personal, riqueza y atractivo m e d i a n t e la d a n z a y la vestimenta. El líder exige apoyo material r e c o r d a n d o a todos que a c t ú a en su n o m b r e . El prestigio de él es la fuerza de ellos, p u e d e ser transfor-

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m a d o en lo que el grupo necesite p a r a defender sus intereses en un m e d i o a l t a m e n t e competitivo. E n t r e las t r e m e n d a s transformaciones q u e suceden con la aparición del g r u p o local e n c o n t r a m o s la p u e r t a que se a b r e p a r a los individuos que tienen u n a a m b i c i ó n inusual de poder. En teoría, cada c o m u n i d a d tendrá su c u o t a de «personas emergentes», t é r m i n o que se refiere a ... cualquier individuo ambicioso, emprendedor, agresivo, acumulador (en otra parte denominados acumuladores o personalidades «triple A»), que se afana por ser dominante en una comunidad, especialmente a través de medios económicos. El término incluye a superhombres, cabecillas, grandes hombres, élites y jefes (Hayden, 1995: 18). A diferencia de las sociedades de nivel familiar c o m o los !kung, q u e a d m i r a n la m a n s e d u m b r e de un compatriota cooperador y generoso que logra p a s a r inadvertido y en las que se hacen chistes c o m o el de que «todos somos cabecillas de nosotros mismos», el líder del grupo local p r o c l a m a su e m i n e n c i a a t o d o s aquellos q u e le escuchen. Lo q u e a b r e la p u e r t a a los p e r s o n a j e s e m e r g e n t e s s o n los n u e v o s p r o b l e m a s q u e ellos v i e n e n a resolver en el grupo local: la gente los necesita, y se aprovechan de estas o p o r t u n i d a d e s de control p a r a p r o m o v e r sus intereses personales. La posición del líder se halla siempre u n i d a a representaciones ceremoniales que definen la naturaleza interna del grupo y sus lazos externos. Mientras que hay pocas c e r e m o n i a s dentro de la familia y de la aldea, los ciclos ceremoniales i m p r e g n a n todos los asuntos que envuelven al grupo local y sus relaciones con otros grupos. Las ceremonias, financiadas p o r la intensificación de la producción, se convierten en el contexto de t o d a la p r o d u c c i ó n social. La c e r e m o n i a es la esencia estructural del g r u p o local, la que define su propia existencia. Aquí vemos la creación y el refuerzo de los lazos formales suprafamiliares, la proclamación pública y la validación del r a n g o político del g r u p o a nivel regional, y la publicidad e intercambio de p r o p i e d a d a través de bienes originales o dinero. A c a u s a de la i m p o r t a n c i a de las c e r e m o n i a s públicas p a r a conferir prestigio, especialmente en los sistemas de gran h o m b r e , algunos h a n dado a la e c o n o m í a q u e los s o s t i e n e el n o m b r e de « e c o n o m í a de prestigio» (Herskovits, 1952: 464-465). A pesar de ello, el trabajo, los bienes económicos, la e c o n o m í a de prestigio y la e c o n o m í a política son de h e c h o u n a m i s m a cosa, puesto que en estas sociedades (como p o r doquier) el p o d e r político y económico no reside en la riqueza c o m o tal, sino en el control de acceso a los recursos. Un individuo y su g r u p o de apoyo g a n a n prestigio en c e r e m o n i a s competitivas intergrupales, h a s t a el p u n t o de q u e el líder p u e d e d e m o s t r a r su habilidad p a r a movilizar a sus p a r t i d a r i o s p a r a p r o p o r c i o n a r bienes, trabajo y guerreros. Las actuaciones ceremoniales de su grupo d e m u e s t r a n el p o d e r económico y militar y la habilidad del grupo p a r a c o m p r o m e t e r recursos en las e m p r e s a s intergrupales. En efecto, el prestigio es un p o d e r latente, la p r o m e s a de poder. Un rasgo central de la actuación ceremonial en todos los grupos locales es la materialización pública del grupo c o m o un cuerpo. Las socie-

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dades de nivel familiar tienen p o c a necesidad de tal afirmación, ya que la interdependencia familiar es evidente a diario en la cooperación y el compartir y está enraizada en lazos de parentesco primarios. Es diferente cuando la interdependencia es entre cientos de personas, que p u e d e que no se con o z c a n entre sí de m a n e r a í n t i m a o no se caigan d e m a s i a d o bien. Los individuos p u e d e que no p e r c i b a n su d e p e n d e n c i a de los otros y que no se hallen bien dispuestos p a r a someterse graciosamente a los sacrificios que la vida de g r u p o exige. La ceremonia no sólo p r o p o r c i o n a la o p o r t u n i d a d p a r a c u r a r las heridas entre facciones a través de danzas, contiendas y fiestas; sino que t a m b i é n centra la atención de todos en los intercambios m a teriales, que son su núcleo integrador. Especialmente en colectividades intergrupales de alcance regional, las ceremonias p r o p o r c i o n a n u n a p r o c l a m a c i ó n pública de propiedad y de ascendencia y u n a t r a n s m i s i ó n de derechos con éxito. En la costa noroeste de Norteamérica (caso 9) y en las tierras altas de Nueva Guinea (casos del 7 al 10), un aspecto principal del c o m p o r t a m i e n t o ceremonial es la exhibición pública de blasones, e m b l e m a s , símbolos, bienes y m a r c a d o r e s de propiedad. En un m u n d o sin juzgados ni d o c u m e n t o s , la c e r e m o n i a es el foro en el que se legalizan los derechos de propiedad. La c e r e m o n i a t a m b i é n está i m b u i d a de santidad. Santificar algo es investirlo de p o d e r sobrenatural y de significado, hacerlo reverente. Como m o s t r ó R a p p a p o r t (1979), las ceremonias en los grupos locales santifican los c o m p o r t a m i e n t o s que tienen u n a gran i m p o r t a n c i a adaptativa: la fiesta que h o n r a a los antepasados es, de hecho, la ceremonia central que afirma o niega las alianzas militares, define los nuevos derechos sobre la tierra agrícola, inicia o t e r m i n a los ciclos de g u e r r a y reduce la superpoblación de la piara. Se invoca a los espíritus sagrados m e d i a n t e ofrendas de com i d a , cantos, t o c a n d o las flautas s a g r a d a s y b a i l a n d o con m á s c a r a s . El t e m o r reverencial que se les asocia h a c e q u e las violaciones de acuerdos y entendimientos santificados p o r el ritual sean peligrosas. Desafiar a los espíritus es provocar el desastre. La santidad, de esta m a n e r a , refuerza los lazos que u n e n al grupo local. F u n c i o n a c o n t r a los efectos corrosivos de los c o m p o r t a m i e n t o s cortos de miras, centrados en u n o m i s m o e impulsivos, c o m o son la violencia, el r o b o y el adulterio, que p o d r í a n r o m p e r la cohesión del grupo, y en ocasiones t e r m i n a n p o r hacerlo. En el capítulo 2 vimos que, entre los fondos domésticos de Wolf, el fondo de subsistencia d o m i n a los presupuestos del nivel familiar. En el nivel de grupo local, sin embargo, el fondo p a r a el ceremonial se u n e a la subsistencia como gasto principal de la casa. Las relaciones sociales se hacen m á s extensas, «todas las relaciones sociales se ven envueltas p o r [...] el ceremonial, y el ceremonial hay q u e pagarlo con trabajo, con bienes y con dinero» (Wolf, 1966a: 7). Cada familia debe generar un excedente, normalm e n t e movilizado p o r los líderes locales, p a r a ser u s a d o en la economía política emergente en apoyo al festín, a la exhibición y a la donación competitiva de regalos. De esta manera, las ceremonias del grupo local, provocadas p o r las exigencias de la intensificación económica y la guerra, empiezan a afectar las decisiones productivas básicas en la economía de subsistencia.

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P a r a a b a s t e c e r a a m b o s f o n d o s , los b i e n e s b á s i c o s s i g u e n s i e n d o p r o d u c i d o s d e n t r o de la familia, a u n q u e a h o r a se a m a s a periódicamente u n a porción i m p o r t a n t e , que se exhibe y se c o n s u m e d u r a n t e las ceremonias que definen el grupo local y su relación con otros grupos. En estas cer e m o n i a s , la exhibición competitiva de c o m i d a m i d e d i r e c t a m e n t e el potencial productivo del grupo y, de esta manera, el atractivo de sus m i e m b r o s cara al m a t r i m o n i o , el comercio y la alianza. El i n t e r c a m b i o y el u s o de b i e n e s p r i m i t i v o s t a m b i é n c u m p l e u n a i m p o r t a n t e función en relación a los fondos del ceremonial. Los objetos de valor primitivos, c o m o c o n c h a s y p l u m a s , a d o r n a n el cuerpo, igual que sucede en las sociedades de nivel familiar, pero t a m b i é n p u e d e n hacerlo m á s temible en términos militares. Y los objetos m i s m o s tienen «vidas sociales» (Appadurai, 1986). Cada objeto llega con u n a historia de transacciones, q u e da cuenta de la situación social de su actual propietario. Los bienes materializan la red a b s t r a c t a de relaciones sociales, que cada individuo y c a d a grupo deben construir a fin de sobrevivir y prosperar. En la m a y o r parte de las situaciones que involucran a los grupos locales, los bienes se p u e d e n i n t e r c a m b i a r a m p l i a m e n t e p o r otros objetos o p o r b i e n e s de subsistencia; no se h a l l a n divididos en «esferas de intercambio» s e p a r a d a s (Earle, 1982; cf. B o h a n n a n , 1955). Sirven de m e d i o de i n t e r c a m b i o y c o m o almacenes de valor. En los casos de gran h o m b r e , la d o n a c i ó n de regalos y la exhibición de bienes a s u m e el carácter de rivalid a d de r a n g o en u n a e c o n o m í a política emergente.

La

d i n á m i c a principal de la e c o n o m í a y la s o c i e d a d del grupo local

Nuestro reto es el de e n t e n d e r c ó m o la intensificación causa la construcción institucional en el nivel de grupo local. La intensificación, el motor p a r a el cambio, continúa siendo conducido p o r densidades de población crecientes, que o c a s i o n a n la c o m p e t e n c i a y la formación del g r u p o corporativo. La c o m p e t e n c i a crea, a su vez, u n a rivalidad política regional y local, que m á s tarde intensifica la p r o d u c c i ó n que alimenta la competencia ceremonial. Según el m o d e l o de la figura 3, el crecimiento de la población j u n t o a la intensificación de la subsistencia genera p r o b l e m a s e c o n ó m i c o s específicos q u e d e m a n d a n nuevas formas institucionales de integración. La extraordinaria diversidad de los e n t o r n o s naturales y los medios h u m a n o s p a r a intensificar la p r o d u c c i ó n en el nivel de grupo local lleva a p r o b l e m a s característicos y a soluciones institucionales alternativas. Estos procesos evolutivos no son unilineales, sino multilineales, lo cual significa que las causas específicas, condiciones y resultados de la formación social varían según los entornos locales y la historia. Aun así, se p u e d e n describir ciertas regularidades p a r a los tres grandes tipos a d a p t a t i v o s de caza-recolección, a g r i c u l t u r a y p a s t o r e o , a pesar d e l a a m p l i a v a r i a b i l i d a d c u l t u r a l d e c a d a tipo. L a m a y o r p a r t e d e los cazadores-recolectores se o r g a n i z a n c o m o sociedades de nivel familiar, al igual q u e algunos agricultores y p a s t o r e s . ¿Qué c a u s a el d e s a r r o -

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llo hacia grupos locales en los tres tipos de subsistencia? Puesto que las condiciones e c o n ó m i c a s específicas en cada tipo difieren de m a n e r a significativa, t a m b i é n lo h a c e n las formas institucionales. E s t o es visible en los contrastes entre los g r u p o s cazadores-recolectores (shoshón, caso 1; !kung, c a s o 2; e s q u i m a l e s , c a s o 6, e i n d i o s de la c o s t a n o r o e s t e de N o r t e a m é r i c a , caso 9), entre los agricultores ( m a c h i g u e n g a , caso 3; yan o m a m i , caso 5; t s e m b a g a m a r i n g , caso 7, y enga centrales, caso 10) y entre los pastores (nganasan, caso 4; turkana, caso 8; y kirguises, caso 11). E n t r e los cazadores-recolectores, la causa original p a r a la evolución de los g r u p o s locales p a r e c e ser la n e c e s i d a d tecnológica. C o m o señala Oswalt (1976), las tecnologías de caza y pesca r e q u e r i d a s p a r a c a p t u r a r u n a p r e s a escurridiza son b a s t a n t e c o m p l i c a d a s y p u e d e n p r e c i s a r u n a organización por encima del nivel familiar p a r a construirlas y hacerlas funcionar. Incluso entre los shoshón, los c a m p a m e n t o s se forman periódicam e n t e para cazar liebres y otros animales, durante batidas extensas, u s a n d o redes y corrales. A m e n u d o , la intensificación entre los cazadores-recolectores se centra en recursos a l t a m e n t e productivos y en las tecnologías especiales p a r a explorarlos. En contraste con los esquimales n u n a m i u t del interior, q u e f o r m a n u n a sociedad de nivel familiar, los t a r e u m i u t de la costa, p o r ejemplo, cazan ballenas desde grandes botes. Los líderes locales poseen los botes, organizan las tripulaciones con u n a división del trabajo y a l m a c e n a n la a b u n d a n t e pesca. En la costa noroeste, el uso intensificado del medio m a r i n o hace deseable tecnologías tales como las grandes canoas, las pesqueras, los depósitos p a r a a l m a c e n a r y las perchas p a r a secar, todos ellos elementos que van m á s allá de los medios de las familias independientes. Los líderes e x h o r t a n a la población al trabajo, vigilan la colocación y el m a n t e n i m i e n t o del equipo y dirigen su uso. Son t a m b i é n guardianes de los alimentos producidos, parte de los cuales deberían verse c o m o la p r o d u c c i ó n socializada del grupo local a través del líder, y no simp l e m e n t e c o m o la p r o d u c c i ó n a g r u p a d a de las familias individuales. La tendencia hacia tecnologías de gran escala entre los cazadores-recolectores intensivos es e s p e c i a l m e n t e evidente allí d o n d e las variaciones estacionales y el almacenamiento de alimentos son importantes. Esto contrasta e n o r m e m e n t e c o n los g r u p o s h o r t i c u l t o r e s , cuya tecnología p r o d u c t i v a no se halla m á s allá de la c a p a c i d a d de la familia de lo que se halla p a r a los recolectores de plantas. La gestión del riesgo t a m b i é n precisa de la formación del grupo local entre algunos cazadores-recolectores. Cazar es impredecible y precisa q u e incluso c o m u n i d a d e s de nivel familiar c o m p a r t a n riesgos a través del c a m p a m e n t o . Los t a r e u m i u t de nivel de grupo local gestionan el riesgo cazando y a l m a c e n a n d o carne y grasa de ballena, a b u n d a n t e solamente dur a n t e la corta estación primaveral. Gracias a las tripulaciones que cooper a n en los botes y a los esfuerzos coordinados de los propietarios de éstos, se produce, a l m a c e n a y c o m p a r t e un e n o r m e excedente de comida d u r a n t e los m a g r o s meses de invierno, p e r m i t i e n d o que los t a r e u m i u t se jacten: «No dejamos a la gente m o r i r s e de hambre.» C u a n d o fallan las provisiones locales se p u e d e conseguir c o m i d a a través de los lazos que los cabe-

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zas de familia y los propietarios de los botes h a n establecido gracias a los festines ceremoniales con otros pueblos balleneros a lo largo de la costa, e incluso con cazadores n ó m a d a s de caribú del interior. En la costa noroeste de Norteamérica, la gestión del riesgo ha sido elaborada c o m o si de un arte se tratara. A través del reparto político de los derechos de usufructo, que reciben u n a expresión física en forma de símbolos y emblemas, los grandes hombres controlan la explotación de la abundancia temporal, i n t e n t a n d o asegurar que se c o n s u m e o se a l m a c e n a todo lo posible. Incluso d a n vales que p e r m i t e n el acceso a la próxima ballena extraviada en sus playas. Con sus capacidades p a r a a l m a c e n a r en depósitos, casas de a h u m a d o y c o m p a r t i m e n t o s estancos, y sus exhibiciones ceremoniales y repartos frecuentes, d i s e m i n a n los riesgos de falta de comida entre muchos grupos locales, al m i s m o tiempo que maximizan el excedente disponible p a r a la rivalidad política. La g u e r r a es u n a p r e o c u p a c i ó n m e n o r entre la m a y o r p a r t e de los cazadores-recolectores. Sin embargo, c u a n d o la intensificación de los recursos crea u n a fuerte diferenciación en la productividad, aparecen condiciones similares a aquellas que se dan en sociedades agrícolas. La lucha entre grupos locales en la costa noroeste de Norteamérica se p r o d u c e en relación a los ríos m á s ricos en salmón y quizá t a m b i é n en relación a la tecnología que mejora sus rendimientos. Entre los pastores, la guerra parece ser la principal causa de desarrollo de las instituciones del grupo local: la competencia sobre las tierras preferidas y los terrenos agrícolas desarrollados. Las familias se vuelven miembros de grupos corporativos —linajes y clanes— que garantizan el acceso a los c a m p o s , y estos grupos se u n e n p a r a formar otros a ú n mayores, del t a m a ñ o de un pueblo, p a r a la defensa m u t u a . Los y a n o m a m i se hallan, por m u c h o s motivos, a m e d i o c a m i n o entre el nivel familiar y el nivel de grupo local: baja densidad de población, tierras relativamente extensas, u n a est r u c t u r a de poblado frágil que se fragmenta p o r disputas internas y un tam a ñ o p e q u e ñ o de la entidad política (60 a 250 personas). El principal contraste en subsistencia respecto a los m a c h i g u e n g a de nivel familiar, es el cultivo a largo plazo de los b a n a n o s y de los pejibayes, inversiones en tier r a por las que merece la p e n a luchar. Cuando esta lucha no supone un peligro inminente, los grupos y a n o m a m i tienden a fragmentarse en unidades del t a m a ñ o de u n a aldea, que retienen los lazos ceremoniales con las o t r a s aldeas en el caso de que la a m e n a z a de la g u e r r a r e q u i e r a q u e se reagrupen. P a r a los tsembaga, en las cordilleras de Nueva Guinea, d o n d e la tier r a fértil es escasa, el grupo local (unas doscientas personas) y su diminuto territorio (unos ocho kilómetros cuadrados) son las únicas garantías de seguridad y subsistencia. El grupo local se c o m p o n e de varios grupos corporativos i n t e g r a d o s c e r e m o n i a l m e n t e p a r a o r g a n i z a r la defensa. Otros grupos son políticamente independientes, pero p u e d e n aliarse a través de lazos, individuales e interpersonales, de m a t r i m o n i o e intercambio y mediante ceremonias intergrupales: la red de parentesco. Los enga centrales t a m b i é n tienen los elementos de competencia, guerra, clanes corporativos,

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grupos locales defensivos, y redes intergrupales y ceremonias. No obstante, su densidad de población, m u c h o m á s alta, y su competencia intensa sobre las tierras agrícolas, p e r m a n e n t e m e n t e cultivadas, h a n llevado a u n a creciente dependencia de los aliados intergrupales y a la creación de u n a colectividad regional de grandes h o m b r e s , que b u s c a n construir el prestigio personal al t i e m p o que regulan la guerra intergrupal. E n t r e los ganaderos, las principales causas de la evolución de los grupos locales son la gestión del riesgo y la guerra, a u n q u e el comercio también p u e d e ser un factor. Los animales de u n a familia t u r k a n a se comparten entre los parientes y los amigos, repartiéndose así los riesgos de pérdidas. C u a n d o los p a s t o s e n las planicies p e r m a n e c e n l o z a n o s d u r a n t e cierto tiempo, las familias t u r k a n a vienen de zonas de pastos m á s p e r m a n e n t e s p a r a q u e sus animales p u e d a n p a s t a r las h i e r b a s verdes antes de que se p i e r d a n p o r la sequía; de este m o d o m a n t i e n e n u n a movilidad parecida a la del nivel familiar. De m a n e r a similar, entre los kirguises, el k a n posee la m a y o r parte del r e b a ñ o del grupo, que él gestiona en beneficio t a n t o de su p r o p i a riqueza c o m o de la subsistencia de sus seguidores. Distribuye los animales según la destreza de gestión de u n a familia, absorbe algunos de sus riesgos al r e e m p l a z a r animales m u e r t o s y pide m á s cuidado en su pastoreo. E n t r e los pastores, el n ú m e r o de animales que u n a familia p u e d e gestionar de m a n e r a efectiva es b a s t a n t e p e q u e ñ o , a m e n u d o d e m a s i a d o p e q u e ñ o p a r a la supervivencia del pastor, con lo cual cada familia ha de vincularse a u n a u n i d a d social m á s grande que c o m p a r t a los riesgos de las pérdidas individuales. Los n ó m a d a s tienden a tener fuertes tradiciones guerreras, en las que los h o m b r e s jóvenes, que se inician juntos, se constituyen en defensores de la c o m u n i d a d . Éstos deben proteger sus propios r e b a ñ o s y realizar pillajes de animales fuera, p a r a restituir las pérdidas en el r e b a ñ o o p a r a realizar pagos p o r la novia. Puesto que los animales son móviles y se r o b a n fácilmente, el pillaje entre grupos es u n a de las causas significativas de la formación del grupo local, b a s a d a en las categorías de edad masculinas. El linaje segmentario (Sahlins, 1961) es un sistema político flexible en el que los grupos ganaderos p u e d e n a u m e n t a r o reducir su t a m a ñ o en función del nivel de a m e n a z a de los grupos externos (Iron, 1979); c u a n d o tales a m e n a z a s son débiles o ausentes, los grupos locales de ganaderos tienden a ser pequeños y pueden incluso parecerse a los grupos de nivel familiar. P a r a los kirguises, el comercio externo se convierte en la base p a r a la supervivencia en un m u n d o de e s t a d o s a g r a r i o s q u e c o n t r o l a n el movim i e n t o y el territorio. B a r t h (1956) señala q u e los ganaderos se a d a p t a n a las condiciones m e d i o a m b i e n t a l e s no a p t a s p a r a la agricultura, p e r o en u n a estrecha asociación con los agricultores que necesitan los p r o d u c t o s de sus r e b a ñ o s . G r a n p a r t e de los alimentos de los kirguises provenía de ganaderos sedentarios y el k a n controlaba el comercio exterior de animales que g a r a n t i z a b a n la corriente de cereales desde los caseríos, así c o m o la de h e r r a m i e n t a s y ropas desde las ciudades.

CAPÍTULO 6 LA FAMILIA Y EL P O B L A D O

H e m o s a p u n t a d o que los beneficios de u n a c o m u n i d a d m a y o r deben p e s a r m á s que los costes antes de que la gente forme u n a de estas c o m u nidades, o se a d h i e r a a u n a ya existente. Como v e r e m o s en los casos de los capítulos 6 y 7, la intensificación de la e c o n o m í a de subsistencia, resultado, p o r sí m i s m a , de la población creciente y de la innovación tecnológica, crea p r o b l e m a s específicos que p u e d e n resolverse mejor si se trabaja en g r u p o s m a y o r e s . La n a t u r a l e z a de los p r o b l e m a s varía según el m e d i o y según la utilización que tecnológicamente se haga de él. La forma d o m i n a n t e de intensificación es el cultivo de p l a n t a s y los principios de la a g r i c u l t u r a , r e p r e s e n t a d a en el r e g i s t r o a r q u e o l ó g i c o p o r la r e v o l u c i ó n neolítica. Este c a m b i o p u e d e ser b a s t a n t e gradual y p o r sí m i s m o no precisa del desarrollo del grupo local. A pesar de ello, el crecimiento de la agric u l t u r a revoluciona la e c o n o m í a de subsistencia, d a n d o c o m o resultado un a u m e n t o global de las d e n s i d a d e s de p o b l a c i ó n , lo cual crea problem a s cuya solución reside en comunidades mayores y en u n a existencia m á s sedentaria. Dos a m p l i o s beneficios s u r g e n de los g r u p o s m a y o r e s d e d i c a d o s a la agricultura: c o m p a r t i r c o m i d a (y otros recursos) y la defensa. La necesidad de proteger a las familias y a sus c a m p o s del pillaje enemigo ejerce sobre los g r u p o s locales u n a presión intensa p a r a a u m e n t a r d e t a m a ñ o , t a n t o m e d i a n t e el h e c h o de vivir d e n t r o de un g r u p o del t a m a ñ o de un poblado, c o m o m e d i a n t e la e n t r a d a en alianzas intergrupales. Es m u y posible q u e las p e r s o n a s q u e c o m p a r t e n la defensa c o m p a r t a n t a m b i é n la com i d a , y a c a u s a de q u e esto ú l t i m o (la c o m e n s a l i d a d ) se halla e n t r e las formas m á s p o d e r o s a s de c o n s t r u i r alianzas, no es fácil d e s e n m a r a ñ a r y m e d i r la relativa i m p o r t a n c i a de la defensa y el fondo c o m ú n en relación al t a m a ñ o creciente del g r u p o . Muy p r o b a b l e m e n t e , p a r a m a n t e n e r la seg u r i d a d , la d e p e n d e n c i a de u n o conlleve a la d e p e n d e n c i a del o t r o , intensificando de m a n e r a m u t u a el valor del g r u p o local p a r a sus familias constituyentes. Este p a t r ó n es especialmente evidente entre los y a n o m a m i , sujetos de este capítulo. Asentarse en un poblado agrícola, sin embargo, t a m b i é n ocasiona costes. La logística simple es m á s difícil: u n a población c o n c e n t r a d a precisa de familias que vivan m á s lejos de sus tierras de labor, de esta forma to-

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dos los recursos (caza, leña, materiales de construcción, etc.) se agotan con m á s rapidez y hay que realizar trayectos m á s largos p a r a obtenerlos. Vivir en las condiciones a p r e t a d a s del p o b l a d o t a m b i é n a u m e n t a la transmisión de enfermedades, la p r o b a b i l i d a d de r o b o y la suspicacia de intrigas sexuales. E n c o n t r a r m a n e r a s de vivir j u n t o s no es fácil, c o m o ilustran las luchas de b a s t o n e s de los y a n o m a m i . La aparición de ceremonias regulares es un elemento de radical importancia en la vida del poblado. Éste, definido por las murallas y las cercas que lo rodean, se centra en su c a m p o de danza. La vida ceremonial es un medio p a r a construir instituciones sociales, que a y u d a n a la gente a organizarse en grupos locales mayores que la familia, un artefacto de la cultura h u m a n a que no se basa en íntimas relaciones biológicas. Los y a n o m a m i ilustran la fragilidad de tales instituciones sociales. El grupo, siempre propenso a la escisión, lucha por mantenerse unido p o r la necesidad de defensa del grupo y permanece atento en busca de aliados que ayuden al grupo en la guerra y el periodo subsiguiente. En el festín entre poblados se establece un equilibrio delicado, ya que los participantes no saben con certeza hasta el final si el festín va a terminar en amistad y apoyo o en traición y muerte.

Caso 5. L o s y a n o m a m i de la selva v e n e z o l a n a Los y a n o m a m i se h a n convertido en un test p a r a la teoría materialista, b á s i c a m e n t e a causa de la dificultad p a r a explicar su peculiar forma de g u e r r a (Chagnon y H a m e s , 1979; Harris, 1974). El p r o b l e m a central ha sido y sigue siendo éste: los y a n o m a m i , que parecen l u c h a r frecuentemente y de m a n e r a impulsiva, y con t a s a s de m o r t a l i d a d e x t r a o r d i n a r i a m e n t e altas, ¿se p e l e a n p o r los recursos materiales escasos o p o r otras razones no materiales (Lizot, 1989)? En sus descripciones originales de los y a n o m a m i , C h a g n o n (1968a, 1968¿>) destacó que l u c h a n p o r varios motivos: p o r las mujeres, q u e dicen q u e son escasas, p o r v e n g a n z a de un s u p u e s t o e m b r u j o o de u n a h e r i d a real del p a s a d o ; y p o r q u e el sistema político es d e m a s i a d o débil p a r a prevenir la guerra. Harris (1974: 102; 1979) señaló, de m a n e r a correcta, que un p u n t o de vista t a n ecléctico no p r o p o r c i o n a u n a explicación satisfactoria sobre la guerra de los y a n o m a m i . En su opinión, éstos c o m p e t í a n p o r territorios de caza y, en particular, p o r el acceso a las escasas fuentes de proteína de su dieta. C h a g n o n replicó (1983) que, a u n q u e los y a n o m a m i , en efecto, veían la carne c o m o un alimento m u y deseable y a la vez escaso, sus d a t o s m o s t r a b a n que e s t a b a n suficientemente abastecidos de proteín a s en su dieta (Chagnon y H a m e s , 1979). Recientemente Chagnon se ha a d h e r i d o al concepto bioevolutivo de «buen estado físico completo», r e u n i e n d o datos p a r a m o s t r a r que el éxito en la guerra, la intimidación y las m a n i o b r a s políticas tienen un correlato con el éxito en la reproducción: en t é r m i n o s simples, los h o m b r e s yanom a m i no l u c h a n s o l a m e n t e p o r las mujeres, sino p o r los «medios de reproducción». Los h o m b r e s agresivos, d e n t r o de u n o s límites, tienen éxito

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al dejar m á s vastagos que los h o m b r e s que se p e r m i t e n ser i n t i m i d a d o s y d o m i n a d o s . Así, a m e d i d a que el debate entre Harris y Chagnon sobre las causas de la guerra de los y a n o m a m i se ha desarrollado, ha tendido a coincidir con el debate, discutido en el capítulo 2, entre las teorías que se cent r a n en la r e p r o d u c c i ó n y la selección n a t u r a l (Chagnon, biología evolutiva) y a q u e l l a s c e n t r a d a s en la p r o d u c c i ó n y la a d a p t a c i ó n ( H a r r i s , m a t e r i a l i s m o cultural). Nosotros a r g ü i m o s que a m b a s son explicaciones plausibles b a s a d a s en la motivación biológica y que u n a apreciación plena de la guerra de los y a n o m a m i debe incluirlas a las dos. En este capítulo señalamos que hay, en efecto, c o m p e t e n c i a p o r los recursos, lo cual explica, en última instancia, la guerra de los y a n o m a m i , q u e incluye la c o m p e t e n c i a p o r c o m p a ñ e r a s y p o r un territorio de caza p e r o no se limita a eso. El reto es explicar p o r qué tal competencia, que de alguna forma es virtualmente universal en todos los niveles de la complejidad sociocultural, tiene c o m o resultado el estilo específico de la guer r a de los y a n o m a m i , u n a forma intermedia en el espectro evolutivo entre la relativa ausencia de guerra entre los grupos de nivel familiar y las m á s generalizadas y rutinarias formas de guerra que e n c o n t r a r e m o s en los capítulos finales. A p e s a r de ser m u y parecidos a los pacíficos m a c h i g u e n g a (caso 3) en su a d a p t a c i ó n a la selva tropical, los y a n o m a m i h a n c r u z a d o el u m b r a l fatídico de p o n e r el énfasis cultural en el control de la agresión a ponerlo en el control por medio de la agresión.

EL MEDIO Y LA ECONOMÍA

Los y a n o m a m i (Chagnon, 1983), t a m b i é n conocidos c o m o y a n o a m a (Biocca, 1971; Smole, 1976) y waika (Zerries y Schuster, 1974), h a b i t a n tradicionalmente las cordilleras de las fuentes del río Orinoco y del río Negro en Venezuela y Brasil. A pesar de que esta región se considera generalmente p a r t e de las tierras bajas de la selva tropical de S u d a m é r i c a y sus pobladores se consideran a m e n u d o amazónicos, estas cordilleras son diferentes de las tierras bajas tropicales que las rodean. La m a y o r parte de los est u d i o s s o b r e los y a n o m a m i los d e s c r i b e n c o m o c o m u n i d a d e s q u e h a n emigrado recientemente desde las m o n t a ñ a s a los territorios «vírgenes» de las tierras bajas (Smole, 1976: 226), c o m u n i d a d e s significativamente diferentes de los y a n o m a m i de la sierra, en los que aquí nos c e n t r a m o s (véase m a p a B en Migliazza, 1972: 17). El río Orinoco n a c e en la sierra de Parima, un paisaje de p r o m o n t o rios rocosos y crestas con mesetas de granitos antiguos y rocas m e t a m ó r ficas d u r a m e n t e alteradas p o r el clima y erosionadas en un intricada e irregular secuencia de m o n t a ñ a s y valles. A excepción de u n a distribución m u y c o n c e n t r a d a de depósitos aluviales, los suelos son pobres: «Ninguna de estas mesetas de rocas sedimentarias es a d e c u a d a p a r a la agricultura. A través de las cordilleras de Guiana, parece que las zonas ventajosas p a r a la agricultura se limitan a los fondos del valle, que t a m p o c o tienen u n a fertilidad notable» (Sauer, 1948: 320; véase t a m b i é n Lathrap, 1970: 42).

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La región o c u p a d a tradicionalmente p o r los y a n o m a m i abarca, en alt u r a , d e s d e los t r e s c i e n t o s a los mil d o s c i e n t o s m e t r o s . Las c o t a s m á s altas (hasta mil ochocientos metros) se u s a n con m e n o s frecuencia p a r a cazar y recolectar y tienden a estar «deshabitadas, cubiertas de maleza y matojos y [a ser] m u y rocosas» (Smole, 1976: 32-33). P o d e m o s visualizar la región c o m o u n a isla que emerge sobre el m a r de la selva tropical, que se d e s p l i e g a a lo l a r g o del O r i n o c o y los afluentes s e p t e n t r i o n a l e s del Amazonas. Las cordilleras son m á s frías y secas que las tierras bajas de la selva tropical y sostienen u n a única flora y fauna (Anduze, 1960: 186-187; Chagnon, 1983: 55). Anduze (1960: 173) apuntó que, mientras que la caza a b u n d a a lo largo del río en altitudes m á s bajas, se vuelve cada vez m á s escasa a m a y o r altura, un hecho q u e atribuye en p a r t e a la caza intensiva de los y a n o m a m i de la m o n t a ñ a . Smole (1976: 4 1 , 131) t a m b i é n señala que los alimentos silvestres en general y la caza en particular son m e n o s a b u n d a n t e s en las cordilleras. El pescado es t a m b i é n escaso y contribuye m e n o s a la dieta de los y a n o m a m i de la m o n t a ñ a que a la de los de las tierras bajas (Chagnon 1983: 102). Así, las cordilleras de G u i a n a no son simplemente u n a isla en sentido físico, sino u n a zona ecológica distintiva caracterizada por suelos pobres y escasez de alimentos silvestres (Hames, 1997a: 3-5). Los y a n o m a m i h a n h a b i t a d o desde hace m u c h o t i e m p o las cordilleras de Guiana y p u d i e r o n ser incluso descendientes de los «nómadas a pie» originales de estos lugares, que h a b i t a r o n u n a región m u c h o m á s grande h a s t a q u e fueron desplazados p o r los grupos caribes y a r a u c a n o s en expansión (Atlas, 1979: 320-321; Smole, 1976: 17-18; Wilbert, 1966: 237-246). Al parecer, el lenguaje y a n o m a m i no se encuentra e m p a r e n t a d o con el araucano y el caribe, y la cultura es m u y distinta. Los grupos a r a u c a n o s y caribes fueron gentes de c a n o a de notable fuerza y ferocidad, que dominar o n los ríos navegables, con u n a economía b a s a d a en la m a n d i o c a amarga, el pescado y los animales cazados en las selvas de las tierras bajas, comp a r a t i v a m e n t e m á s ricas q u e las d e m á s . Muy a m e n u d o , allá d o n d e los y a n o m a m i se h a l l a b a n en contacto con tales grupos, fueron los y a n o m a m i quienes, o bien se s u b o r d i n a b a n , si el contacto era pacífico, o bien e r a n a s e s i n a d o s y d i s p e r s a d o s , si el c o n t a c t o e r a hostil ( C h a g n o n , 1983: 6 1 ; Smole, 1976: 228, 230). En un ejemplo de «exclusión competitiva» (Barth, 1964), los y a n o m a m i o c u p a n un nicho ecológico distinto de aquel de sus competidores de elevaciones m á s bajas: no u s a n canoas, c o n s u m e n poco pescado y en general evitan el agua siempre que les es posible. Su economía t a m b i é n es diferente por su énfasis en la b a n a n a y la mandioca dulce. Según Smole (1976: 13-14), la región de Parima de las cordilleras de Guiana es «uno de los últimos grandes reductos culturales del continente s u d a m e r i c a n o [...]. La m a y o r parte del territorio tradicional y a n o a m a es inaccesible p o r navegación fluvial, lo cual protege de m a n e r a efectiva sus habitantes de los forasteros». Cuando examinemos la guerra de los y a n o m a m i y, m á s tarde, su «ferocidad», deberemos recordar que los y a n o m a m i ocupan principalmente u n a difícil zona de refugio, r o d e a d a históricamente p o r antagonistas poderosos.

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Después de la colonización europea de las Américas, los grupos ribereños c o m o los a r a u c a n o s y los caribes e r a n m u y vulnerables, ya que ocup a b a n medios naturales ricos y accesibles en barca. Fueron esclavizados, diezmados por la enfermedad y, finalmente, incorporados dentro de la frontera en expansión de la civilización occidental. Por el contrario, los yanom a m i se retiraron hacia su c a p a r a z ó n m o n t a ñ o s o , quizá principalmente c o m o u n a m a n e r a de evitar la enfermedad, que relacionaban con los h o m bres blancos» (Biocca, 1971: 213; Chagnon, 1983: 200). Sin e m b a r g o , al m e n o s en el siglo XIX, los y a n o m a m i h a b í a n incorp o r a d o h e r r a m i e n t a s de acero y la b a n a n a , después de lo cual su población creció r á p i d a m e n t e (Chagnon, 1983: 61). Desde los a ñ o s c u a r e n t a , cierto n ú m e r o de y a n o m a m i se a v e n t u r a r o n a salir del reducto de sus cordilleras p a r a colonizar ríos m a y o r e s en cotas m á s bajas. Estos grupos se conocen mejor p o r todo el m u n d o debido a su amplia exposición en el caso de estudio de Chagnon y a sus películas con Timothy Asch (Chagnon, 1992). En esta región, la presión de la población era en un inicio comparativam e n t e baja, debido a la caída de las poblaciones a r a u c a n a s y caribes y al hecho de que la malaria y la fiebre amarilla eran endémicas e indudablem e n t e a c t u a r o n en el p a s a d o c o m o u n a b a r r e r a a la migraciones de yanom a m i (Smole, 1976: 228). Como resultado, alrededor de los y a n o m a m i creció u n a despoblada tierra sin h o m b r e s , o zona tapón. Había tierras fértiles en esta zona y los animales de caza a b u n d a b a n y no t e m í a n a los h o m b r e s , puesto que a p e n a s se cazaba (Steinvorth-Goetz, 1969: 195). Chagnon informó de la existencia de a b u n d a n t e caza en esta región en 1968-1971. Un problema para los que p r o p o n e n la escasez de recursos como causa de la competencia y de la guerra de los y a n o m a m i es que estas comunidades colonizadoras no solamente continuaron practicando la guerra u n a vez conseguidos abundantes recursos, sino que posiblemente se tornaron incluso m á s violentas que antes (Chagnon y H a m e s , 1979: 912). Si c o n t a b a n con recursos abundantes ¿por qué luchaban? Por dos razones. Primero, la migración era reciente y no cabía esperar que la guerra desapareciera de manera inmediata al cambio en la abundancia de los recursos; los viejos odios p e r m a n e c í a n , c o m o lo h a c e n las actitudes a r r a i g a d a s desde la infancia. Segundo, y m á s importante, la abundancia de recursos de las tierras bajas fueron de corta duración, un caso frecuente en toda la Amazonia cuando los colonizadores entran en regiones anteriormente deshabitadas (Baksh, 1984). En unos pocos años, los recursos locales se volvieron escasos (a pesar de que seguía habiendo tierras de cultivo). Diez años después de la primera investigación de Chagnon en la zona, por ejemplo, los animales de caza habían sido diezmados por los y a n o m a m i y otros grupos, hasta el extremo de que Chagnon c o m p a r ó la región a un desierto (1983: 157, 202). Por estas razones históricas, las densidades de población entre los yan o m a m i de las tierras bajas son a m e n u d o bastante bajas (por debajo de las 0,3 personas p o r kilómetro cuadrado), m i e n t r a s que tienden a ser significativamente m á s altas (por encima de las 2 personas p o r kilómetro cuad r a d o ) en su e m p l a z a m i e n t o t r a d i c i o n a l de la cordillera ( H a m e s , 1983: 425). Smole (1976: 48) r e s u m e la situación de la siguiente m a n e r a : «La

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densidad de población m e d i a en el conjunto de su territorio es de aproxim a d a m e n t e 0,2 personas p o r kilómetro c u a d r a d o . Puesto que tal cálculo se b a s a t a n t o en las cordilleras a l t a m e n t e p o b l a d a s c o m o en las tierras bajas virtualmente vacías y las altas m o n t a ñ a s deshabitadas, la densidad efectiva es localmente m u c h o m á s alta. La observación de h a s t a qué p u n t o algunas porciones de la sierra de P a r i m a se h a n transformado en s a b a n a lleva a la sospecha de que solamente u n a s pocas décadas atrás, o incluso hace siglos, las densidades de población eran considerablemente mayores que las de ahora.» Al igual q u e las economías de nivel familiar que h e m o s revisado previamente, la e c o n o m í a y a n o m a m i proporciona un sustento suficiente a un coste r e l a t i v a m e n t e bajo. En particular, la dieta de los y a n o m a m i de la sierra contiene aportes amplios de proteína (Chagnon y Hames, 1979). Aun así, los recursos de los que dependen p a r a u n a dieta de alta calidad, y que perciben c o m o necesidades básicas de la vida, son escasos y, c o m o resultado e x p e r i m e n t a n u n a superpoblación. Hasta cierto p u n t o , esta superpoblación es resultado de la guerra, que fuerza a los y a n o m a m i a vivir en pueblos grandes p a r a su defensa y acelera la degradación del medio, d e n t r o de un t i e m p o razonable de desplazamiento desde el poblado. Esto es paradójico, ya que, como discutiremos, la guerra en sí m i s m a es un resultado de la escasez y la competencia sobre los recursos. Alimentos silvestres y caza. Los y a n o m a m i d e p e n d e n de alimentos silvestres p a r a obtener cierta diversidad en la nutrición y los c o n d i m e n t o s que añaden a las comidas, basadas principalmente en productos del huerto. Tienen gustos eclécticos y relativamente pocas restricciones sobre lo que se p u e d e c o m e r (véase Taylor, 1974). E n t r e sus alimentos se e n c u e n t r a n cangrejos, c a m a r o n e s y, en ocasiones, pescado p e q u e ñ o de los ríos de sus m o n t a ñ a s , r a n a s , hormigas, termitas, larvas de insecto, tallo tierno y frutos de la palmera, otros frutos y varias raíces. Aunque la caza m a y o r es la c o m i d a preferida por los y a n o m a m i de la sierra, debido a su escasez prob a b l e m e n t e d e p e n d e n t a n t o d e los i n s e c t o s c o m o d e l a c a z a ( S m o l e , 1976: 163). Algunos frutos se conservan secándolos y a l m a c e n á n d o l o s en cuevas (Biocca, 1971: 76; cf. Smole, 1976: 237), y algunos grupos prepar a n «viveros» especiales en los que se r e p r o d u c e n grandes cantidades de r a n a s que luego son c a p t u r a d a s (Smole, 1976: 247). Esta escasez general de alimentos y la diversidad b u s c a d a son características de la e c o n o m í a de subsistencia, tal y c o m o se analiza en el capítulo 1: a lo largo del tiempo, los alimentos m á s a b u n d a n t e s y deseables se hacen t a n escasos que los m e n o s favorables a c a b a n viéndose c o m o comparables en valor. En este sentido, a los y a n o m a m i de la m o n t a ñ a se les describe mejor c o m o recolectores que c o m o cazadores. Al vivir en poblados, les cuesta satisfacer su deseo de a l i m e n t o s silvestres. Así p u e s , frecuentemente a b a n d o n a n sus poblados y forman grupos de familia extensa, del t a m a ñ o de u n a aldea, p a r a cazar y recolectar en zonas m e n o s densam e n t e p o b l a d a s de su territorio e, incluso, en secciones m á s r e m o t a s de los territorios vecinos.

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Estos p e q u e ñ o s grupos cazadores-recolectores migran d u r a n t e ciertos periodos. Cuando a b a n d o n a n sus poblados y huertos seguros, dependen de los alimentos silvestres. Puesto que su c a m i n a t a les p u e d e llevar a las c e r c a n í a s d e a n t i g u o s h u e r t o s , que p u e d e n todavía t e n e r p r o d u c t o s comestibles, especialmente pejibayes, no tienen p o r qué d e p e n d e r completamente de los alimentos silvestres. Sin embargo, si les sobreviene un golpe de suerte en relación a algún alimento silvestre, avisarán a los parientes, invitándoles a unirse en la a b u n d a n c i a inesperada. Así, frecuentem e n t e a lo largo del año, sucede que un poblado o bien se halla complet a m e n t e vacío, o bien h a b i t a d o p o r u n a p e q u e ñ a fracción de su población total. Los distintos grupos y a n o m a m i ingieren cantidades distintas de alim e n t o s silvestres. Los habitantes de poblados grandes y sedentarios pueden estar m i l i t a r m e n t e seguros, p e r o e c h a n en falta la ausencia relativa de alimentos silvestres en su dieta, m i e n t r a s que los grupos p e q u e ñ o s y móviles disfrutan de acceso a ellos, pero son vulnerables a los pillajes y pued e n ser expulsados de sus territorios. En un caso del que informó Helena Valero, u n a chica brasileña e d u c a d a por los y a n o m a m i , un grupo poderoso de habitantes de un poblado c a p t u r ó a las mujeres de un p e q u e ñ o grupo cazador-recolector. C u a n d o las cautivas huyeron, las mujeres del poblado les chillaron enfadadas: «¡Seguid, seguid! Volved a c o m e r frutos silvestres y malos. ¡Mujeres estúpidas que os largáis! Si os hubierais q u e d a d o con nosotras, habríais comido pupugnas [el fruto de la p a l m e r a pejibaye] y ban a n a s de n u e s t r a s rocas [ h u e r t o s ] . ¡Ahora tendréis que esforzaros p a r a e n c o n t r a r frutos silvestres en los bosques!» Pero las mujeres recolectoras no se i m p r e s i o n a r o n y les contestaron: «No h e m o s venido a pediros frutos o bananas» (Biocca, 1971: 34-36). En efecto, un grupo, los gnaminaweteri («la gente solitaria»), recibió su n o m b r e debido a su preferencia por u n a vida pacífica y móvil en p e q u e ñ o s grupos, u n a estrategia, reconocida c u l t u r a l m e n t e , de «esconderse» (baimi) p a r a e s c a p a r de sus e n e m i g o s (Hames, 1997: 8). Ciertas especies de caza son los únicos animales que los y a n o m a m i designan c o m o «comida de verdad»; la m a y o r p a r t e de los alimentos de huerta, la b a n a n a y el fruto del pejibaye son t a m b i é n «comida de verdad». Solamente éstos p u e d e n constituir la base de las comidas d u r a n t e los festines y las ceremonias entre pueblos. Así, c u a n d o se prevé un festín, grupos grandes de h o m b r e s se a u s e n t a n del poblado d u r a n t e u n o s ocho días (el periodo que se necesita p a r a recoger b a n a n a verde p a r a que m a d u r e en el poblado), volviendo solamente c u a n d o h a n conseguido suficientes provisiones de caza. E n t r e las especies m á s preciadas se e n c u e n t r a n el tapir y el pécari (ambos animales con m u c h a carne), el agutí, el armadillo y, sec u n d a r i a m e n t e , cierto tipo de m o n o s y aves (Smole, 1976: 182). En estas expediciones los h o m b r e s r e c o r r e n largos trechos desde su p o b l a d o y, a m e n u d o , e n t r a n en las tierras de caza de los poblados adyacentes amigos. Las zonas preferidas de caza se e n c u e n t r a n n o r m a l m e n t e en altitudes m á s altas, d o n d e no se localizan ni h u e r t o s ni poblados, de m a n e r a que allí los animales no se cazan con frecuencia. Pero, incluso c u a n d o se practica la

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caza p a r a uso doméstico y no p a r a un festín, los cazadores suelen irse dur a n t e varios días. Por el contrario, la salida típica de caza entre los m a chiguenga de nivel familiar (capítulo 4) d u r a de cinco a siete horas. En lo que respecta a otros asuntos, los y a n o m a m i de la sierra y los m a c h i g u e n g a de cotas altas tienen m u c h o en c o m ú n . Ningún grupo consigue t a n t a c o m i d a silvestre c o m o desea y no existe zona m o n t a ñ o s a en n i n g u n a región en la que no se practique, sistemática y c o n t i n u a m e n t e , la caza y la recolección. Incluso en las únicas zonas que a m b o s grupos evitan (los márgenes de las tierras bajas recientemente sedentarizadas, d o n d e viven los antes t e m i d o s indios de las canoas y los recientemente m á s temidos blancos), los animales de caza son escasos. Chagnon (1983: 157) informaba de los resultados de u n a cacería p a r a un festín organizado p o r los bisaasi-teri en 1965, catorce años después de que se h u b i e r a n trasladado a las tierras bajas. A pesar de que un gran grupo de h o m b r e s dedicó u n a s e m a n a a la caza, volvieron con sólo diecisiete m o n o s , siete pavos salvajes y tres armadillos grandes, apenas suficiente p a r a d a r de c o m e r a cien invitados d u r a n t e varios días y p r o p o r c i o n a r l e s carne p a r a llevar a casa después del festín. Los y a n o m a m i lógicamente tienen un t é r m i n o especial p a r a «el h a m b r e de carne», distinto del de otra h a m b r e (Smole, 1976: 175), e incluso en las tierras bajas «la carne es siempre el alimento m á s preciado y siempre se considera un bien escaso» (Chagnon, 1983: 119; cf. Harris, 1974: 102-103). Relacionado con este o m n i p r e s e n t e sentido de escasez se e n c u e n t r a un sentido de desequilibrio m á s i m p o r t a n t e . Algunos lugares se perciben c o m o mejores p a r a la caza que otros y la m a y o r parte de éstos son probablemente mejores. Se trata de sitios codiciados, y cabe s u p o n e r que se defienden activamente de los cazadores intrusos. Según Chagnon (1983: 170), «los y a n o m a m i prefieren p e r m a n e c e r en u n a zona general un largo periodo, especialmente en u n a que disponga de u n a fuente fiable de caza d e n t r o de u n a distancia razonable del poblado. Mi investigación ha revelado m u chos casos de p o b l a d o s q u e p e r m a n e c e n en u n a m i s m a área de 30 a 50 años, a b a n d o n á n d o l a sólo c u a n d o las presiones militares sobre ellos son abrumadoras». Los huertos. Cerca de los poblados, se obtienen de la selva pedazos de tierra p a r a cultivar mediante la tala y q u e m a . La atracción centrífuga de los alimentos silvestres se equilibra con el tirón centrípeto de los h u e r t o s , que son t a n p r o d u c t i v o s c o m o los h u e r t o s de los m a c h i g u e n g a (Smole, 1976: 150-151). Los y a n o m a m i de la sierra a p r o v e c h a n las pocas tierras que son a d e c u a d a s p a r a la horticultura, p l a n t a n d o u n a serie de alimentos y de otros p r o d u c t o s sin los cuales no p o d r í a n existir en los n ú m e r o s actuales. Los suelos que los yanomami limpian para conseguir huertos son «margas fértiles y friables» (Smole, 1976: 24), a m e n u d o capaces de sostener las gentes de un poblado en la m i s m a localización general d u r a n t e m u c h o s años. Pero m u c h a s zonas de las m o n t a ñ a s no son a d e c u a d a s p a r a la agric u l t u r a : en estas z o n a s , «los suelos t i e n d e n a ser a r e n o s o s y, al m e n o s ,

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s u a v e m e n t e filtrados» (Smole, 1976: 37). I n c l u s o las « m a r g a s friables» son con frecuencia m u y ácidas (pH 4,5), lo cual limita la p r o d u c c i ó n de algunos cultivos. Además, m u c h a s zonas tienen pendientes demasiado pronunciadas p a r a cultivar. Las cotas m á s altas (por encima de los mil metros) son marginales p a r a la agricultura y las m á s bajas se evitan por razones de salud. Finalmente, zonas extensas de la sierra, a pesar de estar en u n a b u e n a altitud, son sabanas estériles sin n i n g u n a utilidad (Smole, 1976: 37). Como entre los machiguenga, la selección de u n a b u e n a tierra p a r a los huertos es motivo de gran preocupación. Los lugares potenciales para los nuevos h u e r t o s son un t e m a p o p u l a r de conversación entre los h o m b r e s d u r a n t e las partidas de caza (Chagnon, 1983: 60). Las mejores tierras (ishabena) deberían estar cubiertas p o r un bosque de grandes árboles, en u n a altura a d e c u a d a ; t e n e r u n a p e n d i e n t e suficiente p a r a un b u e n drenaje y p a r a la asociación de cultivos distintos en diferentes alturas d e n t r o del m i s m o c a m p o , p e r o n o u n a pendiente excesivamente p r o n u n c i a d a ; tener un suelo consistente y oscuro; ser lo suficientemente grandes p a r a sostener la población de un poblado; y estar cerca de agua potable p a r a beber (Smole, 1976: 26, 107-110, 116, 132, 239). Tales condiciones ideales son raras y desiguales. A consecuencia de ello, los y a n o m a m i se distribuyen de m a n e r a m u y dispar a través de la cordillera, con grandes concentraciones en zonas con los mejores lugares p a r a h u e r t o s y pocos a s e n t a m i e n t o s , o n i n g u n o , en otras zonas. Una vez establecidos en un área de suelos buenos, los y a n o m a m i t i e n d e n a p e r m a n e c e r allí, l i m p i a n d o un h u e r t o tras otro h a s t a p a r c h e a r regiones enteras con h u e r t o s nuevos y viejos, que se mezclan con s a b a n a s abiertas que parecen ser obra del h o m b r e . La altitud, c o m o h e m o s visto, es un factor i m p o r t a n t e en la horticult u r a de los y a n o m a m i y los huertos, a cierta altitud, a m e n u d o no van a satisfacer todas las necesidades de u n a familia. Las cosechas, c o m o las de b a n a n a , pejibayes y t a b a c o , prefieren suelos bajos y h ú m e d o s , m i e n t r a s q u e cultivos c o m o el á r r u r r u z se d e s a r r o l l a n mejor en cotas m á s altas. Puesto que todos estos cultivos son esenciales p a r a los y a n o m a m i , encont r a m o s no solamente un comercio frecuente entre los poblados a diferentes cotas, sino t a m b i é n el cultivo, p o r parte de grupos familiares emprendedores, de huertos a distintas altitudes, a d e m á s de sus huertos principales cerca del poblado. La guerra a ñ a d e algo m á s al complejo conjunto de factores que det e r m i n a n el e m p l a z a m i e n t o de los huertos. Los m i e m b r o s de un poblado prefieren tener sus h u e r t o s cerca del poblado, d o n d e se p u e d e n defender m á s fácilmente, y ello p u e d e llevarles a p l a n t a r en tierras m e n o s deseables (Smole, 1976: 107, 244). Aunque t a m b i é n sucede lo contrario (Smole, 1976: 239): «[Los docodicoro-teri] h a n llegado a estar t a n insatisfechos con sus h u e r t o s en las terrazas aluviales bajas cerca de la seguridad del shabono [poblado] que l i m p i a r o n un nuevo h u e r t o g r a n d e en lo alto de las m o n t a ñ a s , u n o s seis kilómetros al sur. Ello les llevó a estar m u c h o m á s cerca de sus enemigos (los bashobaca-teri), pero asumieron el riesgo, puesto que sentían que no h a b í a un lugar m á s cercano al shabono que fuera t a n b u e n o p a r a cultivar la b a n a n a cowata».

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Las mayores cosechas alimentarias de los y a n o m a m i son la b a n a n a , la m a n d i o c a dulce, los frutos del pejibaye, los o c u m o s (Xanthosoma) y el ñ a m e (Dioscorea). La b a n a n a , u n a espléndida fuente de c a r b o h i d r a t o s y, de lejos, el alimento principal en su dieta, se debe t r a s p l a n t a r cortándolo desde la raíz. Esto requiere un esfuerzo t r e m e n d o si el h u e r t o nuevo está lejos del actual o si un grupo se debe trasladar de repente y tiene que transportar las raíces m á s grandes, que producen u n a cosecha m á s rápidamente. Ambas condiciones tienen muchas probabilidades de darse cuando un grupo ha sido d e r r o t a d o en la guerra. E l b a n a n o p r o d u c e u n a sola cosecha c a d a cierto t i e m p o , s e p a r a d a de la anterior p o r meses, y no se puede almacenar. Se planta en distintos m o m e n t o s , como lo permita el trabajo del h o m b r e , de m a n e r a que las plantas m a d u r a n en m o m e n t o s t a m b i é n distintos, distribuyendo la cosecha a través del a ñ o (Chagnon, 1983: 71). Pero resulta difícil prever con exactit u d c u á n d o y en qué cantidades va a madurar, de m a n e r a que a veces no hay b a n a n a ni siquiera allí d o n d e la p r o d u c c i ó n m e d i a p a r a la población es grande. Los poblados amigos allanan las fluctuaciones locales invitándose los u n o s a los otros a los festines c u a n d o sus propios abastecimientos son excesivos (véase Biocca, 1971: 27, 45; Smole, 1976: 104, 106, 129, 141-142). S m o l e (1976: 193-194) sugiere que, en realidad, no h a y excedentes de b a n a n a , p u e s t o q u e t o d o el que sus cultivadores no c o m e n se c o n s u m e al final en los festines. Con un m í n i m o cuidado, los h u e r t o s de b a n a n o s c o n t i n ú a n p r o d u c i e n d o alimentos d u r a n t e m u c h o s años. La m a n d i o c a dulce, el cocoyam y el ñ a m e a y u d a n a llenar los periodos en que la b a n a n a es insuficiente. Los frutos del pejibaye (Guilielma sp.) son estacionales, tendiendo a m a d u r a r en enero y febrero (Anduze, 1960: 215); c o n el d o b l e de p r o t e í n a q u e la b a n a n a y la m a n d i o c a y c o n u n a c a n t i d a d de lípidos de diez a c u a r e n t a veces mayor, son un alimento m u y apreciado. Según Chagnon (1983: 70-71), «esta p a l m e r a constituye u n a excepción a mi generalización anterior de que se necesitan m u c h o s frutos de p a l m e r a p a r a llenarse la barriga. Los frutos del pejibaye (rasha) tienen u n a semilla relativamente p e q u e ñ a (algunos ni siquiera tienen) y u n a gran cantidad de p u l p a harinosa, con u n a textura similar a la de las p a t a t a s hervidas. Son ricos en aceite y m u y sabrosos». Estas p a l m e r a s t a m b i é n tienen u n a corteza t a n d u r a que es p r á c t i c a m e n t e imposible introducir un clavo en ella. Los y a n o m a m i u s a n esta m a d e r a p a r a fabricar sus arcos, distintos tipos de p u n t a s de flecha y sus bastones de l u c h a (nabrushi). J u n t o con la b a n a n a , el fruto del pejibaye es «comida de verdad» y, p o r eso, a l i m e n t o a p r o p i a d o p a r a los festines. En p a l a b r a s de C h a g n o n (1983: 71), «las familias p l a n t a n n o r m a l m e n t e u n o o varios de estos árboles cada vez que se desbroza un c a m p o y estos árboles p r o d u c e n cosechas m u y grandes de frutos d u r a n t e m u c h o s años después de que los h u e r t o s se h a y a n a b a n d o n a d o . Así, p e r m a n e c i e n d o en u n a m i s m a zona, las cosechas de pejibaye se p u e d e n recolectar fácil y convenientemente y p r o d u cir e n o r m e s cantidades de fruto sabroso y nutritivo». Dado que los pejibayes crecen mejor en altitudes m á s bajas y puesto que su fruto es estacional, se sirven m e n o s c o m ú n m e n t e que la b a n a n a en los festines y se disfruta

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de ellos con m e n o s frecuencia en los p o b l a d o s situados a m a y o r e s alturas. Pero su disponibilidad en los c a m p o s viejos a cierta distancia del poblado p e r m i t e a las familias recolectar d u r a n t e extensos periodos c u a n d o la b a n a n a escasea y los p r o d u c t o s silvestres se vuelven i m p o r t a n t e s en la dieta (Smole, 1976: 155). Es preciso h a c e r hincapié en u n a diferencia entre los h u e r t o s yanom a m i y los machiguenga. La vida útil de los c a m p o s m a c h i g u e n g a es t a n sólo de u n o s pocos años c o m o m u c h o . Los c a m p o s de los y a n o m a m i , p o r el contrario, con sus hiladas de pejibayes (y en m e n o r m e d i d a de b a n a n a ) , p r e s e n t a n g r a n d e s mejoras capitales, que p r o d u c e n alimentos recolectables d u r a n t e m u c h o s años después de su cultivo inicial: quizá cinco años p a r a la b a n a n a y m á s de veinte p a r a los pejibayes. Los viejos huertos son u n a fuente i m p o r t a n t e p a r a los y a n o m a m i . A causa de ellos, el territorio de un poblado a u m e n t a su riqueza a lo largo del tiempo y no se a b a n d o n a con facilidad. La escasez en la ecología yanomami. Nos h e m o s referido a varias form a s de escasez entre los y a n o m a m i : escasez de grandes animales de caza, de tierra agrícola de alta calidad, de alimentos preferidos de origen vegetal silvestres, de alimentos particulares o materias p r i m a s que no crecen bien en sus c a m p o s y, periódicamente, de sus productos agrícolas m á s queridos, la b a n a n a y los frutos del pejibaye. La p r u e b a m á s notoria y significativa de escasez en la sierra es, sin embargo, la destrucción de la selva debido a u n a agricultura superintensiva, que ha d a d o c o m o resultado la extensión de la sabana. Esta realidad es m á s grave en las áreas de asentamientos m á s densos y a m á s largo plazo (Smole, 1976: 203, 208). En la mayor parte de los casos, las sabanas son vestigios de los viejos huertos. Muchas tienen las formas regulares y las esquinas rectas de los huertos, y algunas son colindantes con c a m p o s viejos que p u e d e n ser s a b a n a s en formación. El clima m á s frío y seco de la sierra puede acelerar el desarrollo de las sab a n a s en algunas zonas m o n t a ñ o s a s . Así, como Smole (1976: 208-209, 254) aclara, las zonas que eran c a m p o s ricos en la m e m o r i a de los y a n o m a m i vivos son a h o r a s a b a n a s estériles. Smole (1976: 210) describe tres «zonas de i m p a c t o » . Cerca del pob l a d o , el m e d i o se ha d o m e s t i c a d o c o m p l e t a m e n t e en u n a «zona fragm e n t a d a de uso intensivo» y las s a b a n a s a m e n u d o b o r d e a n los poblados (fig. 7). Dentro de la zona de «alcance fácil» del poblado, digamos a un día de camino, existe u n a «zona de recolección intensiva» en la que los alimentos silvestres se agotan sustancialmente; ésta se regenera después de que los poblados se resitúan. Más allá se halla la «zona de caza y de recolección esporádica», u s a d a de forma m u c h o m e n o s intensiva. Las sabanas, obviamente, constituyen u n a c u a r t a zona, y se trata de u n a zona en crecimiento. Otro aspecto de la escasez es la distribución local de ciertos p r o d u c tos m u y deseados. Por ejemplo, las plantas que p r o p o r c i o n a n la droga alucinógena ebena se hallan distribuidas irregularmente y m u c h o s poblados

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FIG. 7. Patrón de asentamiento de los yanomami de la sierra. Los grupos familiares se agrupan en pequeños poblados para la defensa. A pesar de tener una densidad de población bastante baja, el medio se ha degradado severamente y las sabanas económicamente estériles dominan el paisaje.

son incapaces de p r o c u r a r s e la suya; lo m i s m o sucede con el a r r u r r u z , el curare, el b a m b ú p a r a las aljabas y el pejibaye. Los poblados levantados cerca de los lugares de abastecimiento a b u n d a n t e de estas plantas se especializan en prepararlas como productos para el comercio (Arvelo-Jiménez 1984; Chagnon, 1983: 46-50; Smole, 1976: 70-71). La distribución desigual

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y la p r o d u c t i v i d a d p o c o fiable de m u c h o s p r o d u c t o s h a c e n del c o m e r c i o

u n a actividad económica i m p o r t a n t e entre los y a n o m a m i .

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

La sociedad y a n o m a m i se parece a la m a c h i g u e n g a en c u a n t o a que la familia es lo p r i m e r o y el parentesco es el m e d i o básico por el cual se integra y se estructura la vida social. No obstante, c o m o veremos, los yan o m a m i tienen otro nivel de integración social que no se da en las sociedades de nivel familiar: las alianzas dentro de y entre poblados. La familia. La casa familiar es la u n i d a d e c o n ó m i c a básica de los y a n o m a m i . En c o n t r a s t e con las sociedades de nivel familiar, y a u n q u e las familias en sí siempre viven en grandes grupos, la familia y a n o m a m i conserva u n a a u t o n o m í a significativa. Dentro del poblado, el espacio de cada casa se delimita c u i d a d o s a m e n t e y contiene su propio hogar, su área de descanso y sus bienes. De m a n e r a similar, y a pesar de que los poblados parecen tener tierras c o m u n a l e s m u y grandes, el c a m p o separado de cada h o m b r e está c l a r a m e n t e m a r c a d o y protegido p o r n o r m a s estrictas contra los ladrones. Con todo lo vasto que es el bosque y lo espacioso del poblado, con su gran espacio central vacío, las familias y a n o m a m i se amont o n a n en espacios diminutos, d o n d e cuelgan sus h a m a c a s u n a s al lado de las o t r a s o i n c l u s o las a p i l a n u n a s e n c i m a de las o t r a s . S e g ú n S m o l e (1976: 67), «no es n a d a inusual p a r a u n a familia de cinco personas ocup a r un espacio de a p r o x i m a d a m e n t e tres m e t r o s p o r tres y medio, lo que significa que un individuo tiene poco m á s de dos metros c u a d r a d o s de espacio vital». En estos alojamientos cerrados los niños a p r e n d e n a controlar sus impulsos egoístas, y en particular, a ser generosos (Biocca, 1971: 137-138, 159). Se educa a los niños, a pesar de que algunos h o m b r e s «feroces» (waiteri) se encolerizan y pegan impulsivamente a sus mujeres o hijos, a veces hiriéndolos gravemente. Los p a d r e s se hacen con un seguro al tener niños, especialmente hijos, que les cuiden en su vejez, y la única defensa de u n a mujer c o n t r a un m a r i d o abusivo es la de t e n e r cerca a sus h e r m a n o s p a r a que la protejan (véase Biocca, 1971: 95). Entre los y a n o m a m i , los grupos m á s p e q u e ñ o s observados que viven solos alcanzan de treinta a treinta y cinco personas, casi tantas c o m o los grupos m a y o r e s hallados n o r m a l m e n t e entre los machiguenga. N i n g u n a familia y a n o m a m i p u e d e vivir s e p a r a d a de algún tipo de g r u p o mayor, llamado teri, que es u n a familia extensa o agrupación de familias extensas que o c u p a n un solo p o b l a d o . Todos los teri reciben un n o m b r e , n o r m a l m e n t e el de u n a forma del paisaje, p u e s «el n o m b r e teri es geográfico» (Smole, 1976: 52, 57). El poblado, o shabono, es esencialmente un gran círculo de cobertizos con tejados t r a b a d o s de hojas de palma, en pendiente desde el suelo h a s t a u n a altura de c u a r e n t a y cinco a sesenta m e t r o s . El centro descubierto y el suelo se reserva p a r a eventos públicos, como c u a n d o el poblado

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organiza un festín p a r a un aliado. Las familias individuales se disponen alrededor del círculo de la zona de d a n z a y bajo el techo inclinado del poblado. Éste encierra y fortifica los teri; la gente p u e d e e n t r a r y salir solam e n t e a través de u n a p u e r t a estrecha. Los teri a m e n u d o c o m p r e n d e n dos grupos patrilineales que se casan e n t r e sí, c a d a u n o s i m i l a r e n t a m a ñ o a u n solo p o b l a d o m a c h i g u e n g a (cf. Wilbert, 1972: 46). Así, en la sierra de Patrima, un teri p r o m e d i o contiene de setenta a setenta y cinco m i e m b r o s . Los m i e m b r o s de ese teri son o bien h e r m a n o s o yernos, p a d r e s o hijos, tíos o sobrinos. En teri mayores, sin e m b a r g o , m u c h o s h o m b r e s son p a r i e n t e s lejanos; no son biológicam e n t e cercanos y tienden a no actuar j u n t o s m u y a m e n u d o . Los h e r m a nos de verdad, unidos p o r fuertes sentimientos familiares, y los verdaderos yernos, que de hecho h a n i n t e r c a m b i a d o mujeres de un grupo a otro, están muy cerca: viven en partes adyacentes del shabono; plantan sus huertos u n o s al lado de los otros, c o m p a r t i e n d o las diferentes zonas microecológicas de un c a m p o , y dejan el shabono al m i s m o t i e m p o p a r a ir a las aventuras de caza y de recolección (Chagnon, 1983: 67, 131; Smole, 1976: 67, 94, 158, 188-189). Los pueblos de m á s de cien m i e m b r o s tienden a ser inestables y t e m p o r a l e s . Los teri m a y o r e s c o m p r e n d e n varios teri m á s pequeños, que se h a n reunido en un solo gran shabono en busca de segurid a d en tiempos de guerra. Mientras p e r m a n e c e n ahí, t o m a n el n o m b r e del teri identificado con aquel territorio. La solidaridad de los teri y a n o m a m i d e p e n d e de la d e n s i d a d de p a r e n t e s c o s y lazos m a t r i m o n i a l e s e n t r e sus m i e m b r o s . Chagnon (1983: 110-145) m u e s t r a que, a pesar del sistema de p a r e n t e s c o clasificador que empareja a m u c h o s h o m b r e s c o m o «hermanos» o «yernos», los c o m p a ñ e r o s m á s cercanos de un h o m b r e son aquellos con los q u e está e m p a r e n t a d o g e n é t i c a m e n t e y p o r m a t r i m o n i o . Poderosas emociones y sanciones sociales p r o h i b e n el robo, los insultos y la violencia entre parientes cercanos. Un teri a u m e n t a su solidaridad c u a n d o sus m i e m b r o s se casan entre sí, u n a estrategia que no solamente u n e de m a n e r a m á s cercana a parientes distantes c o m o afines, sino que t a m b i é n a u m e n t a el grado presente de p a r e n t e s c o genético entre sus m i e m b r o s . Puesto que, en u n a lucha, los parientes cercanos se sitúan en el m i s m o b a n d o , los poblados cuyos miembros están emparentados de m a n e r a cercana luchan menos entre sí y p u e d e n crecer h a s t a un t a m a ñ o mayor, u n a clara ventaja en t i e m p o s de guerra. Chagnon m u e s t r a que los shamatari, a quienes se t e m e m u c h o a lo largo del río Orinoco (Anduze, 1960: 122), tienen un «parentesco m e dio», equivalente al que existe entre p r i m o s h e r m a n o s biológicos. O sea, m u c h o m á s parentesco que el que alcanzan sus vecinos namoeteri, lo que permite a los s h a m a t a r i vivir en grupos mayores, m á s estables y, p o r tanto, m á s peligrosos que los n a m o e t e r i . A p e s a r de que los g r u p o s de parentesco y a n o m a m i h a n sido denom i n a d o s «linajes» (Chagnon, 1983: 127; Smole, 1976: 13) y c o m o «clanes» (Anduze, 1960: 2-28), estas etiquetas sugieren m á s e s t r u c t u r a de la que está presente en realidad (Jackson, 1975: 320-21; Murphy, 1979). Los grupos de parentesco y a n o m a m i p u e d e n tener un sesgo patrilineal, pero,

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h a b l a n d o con rigor, la descendencia lineal de unos antepasados c o m u n e s no implica un principio p a r a afirmar derechos de propiedad, o p o n e r un m a y o r énfasis en ellos. Ni t a m p o c o hay n i n g u n a n o r m a clara de residencia (Smole, 1976: 236). Los teri pequeños son grupos estables y cooperativos gracias a sus estrechos lazos de parentesco y de m a t r i m o n i o , pero no son formalmente grupos familiares. En un sentido m u y real, el teri es un grupo biológico. El apoyo m u tuo dentro de este grupo adopta m u c h a s formas, entre ellas la colaboración en tareas que precisan de varias personas, el c o m p a r t i r la carne y la provisión de a y u d a c u a n d o un m i e m b r o de la familia está incapacitado. Como Chagnon (1983) ha señalado, esta proximidad genética se t r a d u c e en apoyo interpersonal en las luchas dentro del poblado y d e t e r m i n a las líneas a través de las cuales el poblado se r o m p e , c u a n d o las hostilidades i n t e r n a s no se p u e d e n resolver. Los p e q u e ñ o s teri a b a n d o n a n t e m p o r a l m e n t e un poblado p a r a cazar y recolectar, para vivir solos de un m o d o permanente, o para juntarse con otros grupos. Mientras toman parte del m i s m o teri, las familias comparten los recursos naturales del territorio de dicho teri. Sin embargo, sus huertos, viejos y nuevos, y su parte del poblado siguen siendo su propiedad y nadie m á s puede entrar si no se le invita. Las familias están u n i d a s en redes de parentesco y m a t r i m o n i o a otras, en las que confían y a las que son leales. Cuando un teri crece, estos lazos se vuelven insuficientes para mantenerlo unido; se suceden las luchas y el teri se r o m p e en grupos m á s p e q u e ñ o s . Los aliados cercanos p u e d e n vivir j u n t o s en un m i s m o teri o bien sep a r a d o s . Dentro de un teri, la lealtad de u n o s hacia otros se basa en cercanías genealógicas de hecho, en lazos de m a t r i m o n i o , y en el c o m p a r t i r y la cooperación del día a día. Estos m i s m o s principios se aplican en las relaciones comerciales y en las alianzas militares entre los teri. Más allá de esto, las relaciones entre los teri descansan principalmente en la propincuidad geográfica, el h e c h o de c o m p a r t i r los excedentes t e m p o r a l e s de comida, el comercio de objetos especializados y la defensa m u t u a . Los y a n o m a m i , que o c u p a n regiones adyacentes, t r a t a n de m a n t e n e r relaciones amistosas y en general lo consiguen, a pesar de la acumulación de p e q u e ñ a s tensiones debido al robo, al adulterio, a los insultos y a otras quejas o m n i p r e s e n t e s (Lizot, 1989). Si estalla la guerra entre dos grupos vecinos, u n o de ellos se desplazará hasta un lugar lejano, n o r m a l m e n t e antes de que se desate u n a lucha intensa. A m e n u d o , los grupos vecinos son m i e m b r o s anteriores de un teri, que se ha roto; sus m i e m b r o s h a b i t a n shabono separados y tienen nombres distintos, pero las relaciones siguen siendo amistosas. Tales grupos se visitan (Chagnon, 1983: 43), se invitan los u n o s a los otros a festines, c o m p a r t e n lazos familiares y de m a t r i m o n i o , y en tiempos de guerra es probable que se trasladen de nuevo a un único shabono. H e m o s visto q u e los a b a s t e c i m i e n t o s de la m a y o r p a r t e de alimentos c o m u n e s , la b a n a n a y el fruto del pejibaye, nutritivamente i m p o r t a n t e , son algo impredecibles. Puesto que la b a n a n a y el fruto del pejibaye deb e n comerse c u a n d o m a d u r a n o si no se estropean, en el m o m e n t o en que

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estos a l i m e n t o s s o n a b u n d a n t e s se o r g a n i z a un festín y se invita a los m i e m b r o s de los teri amigos. Los vecinos s o n los que m á s p r o b a b l e m e n t e v a n a asistir, p e r o se avisa t a m b i é n a los p a r i e n t e s de teri lejanos, q u e quizá van a q u e r e r a n d a r d u r a n t e varios días p a r a visitarles y c o m p a r t i r la c o m i d a . N a t u r a l m e n t e se espera que los invitados devuelvan el favor c u a n d o tengan excedentes similares. Este sistema tiene tanto éxito que las b a n a n a s y los frutos del pejibaye a p e n a s se e c h a n a p e r d e r n u n c a (Smole, 1976: 40, 187). Los investigadores que conocen a los y a n o m a m i tienen un gran respeto por ellos c o m o comerciantes, un respeto que linda con la exasperación. Los comerciantes son implacables al pedir lo que quieren y resulta casi imposible negarse (Chagnon, 1983: 14-16; Smole, 1976: 100). Son especialmente agresivos con los extraños, a quienes valoran solamente p o r lo que p u e d e n sacarles. Según C h a g n o n (1983: 15), que se e n c o n t r ó forzado a h a c e r «regalos» sin querer, «la pérdida de posesiones me molestó m u c h o m e n o s que el disgusto que me s u p u s o que la m a y o r parte de ellos me viera tan sólo como u n a fuente de objetos deseables». El comercio es i m p o r t a n t e p a r a los y a n o m a m i y, puesto que suele implicar intercambios entre poblados distantes y relativamente sin apenas relación, el regateo agresivo es frecuente. C o m o h e m o s visto, la base ecológica p a r a el comercio es la especialización regional, pero el comercio es t a m b i é n u n a parte significante de la red de alianzas que promueve la paz en u n a región. Incluso c u a n d o no hay diferencias ecológicas existe cierta división del trabajo entre poblados, simplemente p a r a d a r a éstos objetos únicos p a r a c o m e r c i a r y así i n c o r p o r a r l o s a la red comercial (Chagnon, 1983: 149). C u a n d o los m i e m b r o s de un teri visitan otro, esperan poder comerciar. Los h o m b r e s realizan la m a y o r p a r t e de las visitas y solamente visit a n un teri c u a n d o tienen parientes en él. Después de c o m e r y socializar, los invitados d a n la vuelta al poblado pidiendo regalos (Biocca, 1971: 158, 192). Se espera de los huéspedes que sean generosos y los invitados no exp r e s a n su gratitud, puesto que el regalo es esperado y «pedir algo es honr a r a su dueño» (Smole, 1976: 237). Si los huéspedes no son generosos, los invitados se enfadan y su resentimiento p u e d e generar hostilidades entre los grupos y conducir a la guerra. Para evitar parecer tacaño, los h o m b r e s p u e d e n esconder en el bosque sus m a c h e t e s adicionales, sus mejores flechas u otros bienes c u a n d o se esperan invitados (Smole, 1976: 102). Los «invitados» hostiles p u e d e n provocar a sus huéspedes llegando sin ser invitados, c o m i e n d o m á s de lo que sus invitados se p u e d e n permitir y, en general, pidiendo regalos no razonables, c o m o si quisieran p r o b a r la disposición de sus huéspedes p a r a p o n e r límites (Chagnon, 1983: 164). Así, el c o m e r c i o p u e d e c o n t r i b u i r m o d e s t a m e n t e a la a m i s t a d e n t r e teri, p e r o p u e d e t a m b i é n s e m b r a r semillas de decepción y a n t a g o n i s m o . Las cerem o n i a s y el liderazgo, c o m o veremos, a y u d a n a m i n i m i z a r estos peligros. En r e s u m e n , la economía y a n o m a m i se centra en los m i s m o s grupos de nivel familiar que h e m o s e x a m i n a d o en la sección anterior, a pesar de que el hecho de c o m p a r t i r c o m i d a y el comercio entre c o m u n i d a d e s son

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aquí m á s i m p o r t a n t e s . Al a u m e n t a r el t a m a ñ o de un grupo, la integración de las familias en otro m a y o r es c a d a vez m á s frágil. A p e s a r de ello, el grupo del poblado m a y o r existe. ¿Por qué? Principalmente, tal y c o m o lo vemos, p a r a la defensa contra los enemigos.

LA GUERRA DE LOS YANOMAMI

Los y a n o m a m i son gente paradójica. Miembros de u n a familia que se quiere y se cuida p u e d e n explotar en accesos de violencia. Asustados p o r la g u e r r a y p l e n a m e n t e conscientes de sus c o n s e c u e n c i a s , p e r m i t e n , no obstante, que hostilidades e n c o n a d a s se manifiesten y persistan a lo largo de los años, a costa de vidas h u m a n a s y de la eficiencia económica. Son generosos, a u n q u e envidiosos, sinceros hasta un grado que d e s a r m a , aunque capaces de los m á s extremos engaños y traiciones. Nuestros estudiantes, que h a n visto las películas sobre los y a n o m a m i de Asch y Chagnon (Chagnon, 1983: 221-222), se ven invariablemente fascinados, pero a m e n u d o p e r t u r b a d o s y perplejos. «¿Cómo la gente p u e d e ser así?», p r e g u n t a n . Algunos observadores externos se h a n c u e s t i o n a d o s i e m p r e s i los y a n o m a m i son c o m p l e t a m e n t e h u m a n o s (cf. C h a g n o n , 1983: 205). Por supuesto que lo son, c o m o e s p e r a m o s d e m o s t r a r en esta sección, y quizá p a r t i c u l a r m e n t e h u m a n o s en su esfuerzo v a n o p o r enc o n t r a r soluciones m á s «racionales» que la violencia interpersonal a los a p u r o s q u e deben afrontar. No d e b e m o s imaginar que los y a n o m a m i entran a la ligera en un conflicto violento. La a m e n a z a de la violencia les p r e o c u p a y h a n desarrollado u n a serie de respuestas graduales (discutidas m á s abajo) p a r a desviar sus manifestaciones m á s severas. Incluso así, Chagnon (1983: 5) informa de que, en las tierras bajas, al m e n o s un cuarto de todas las m u e r t e s de los adultos masculinos es resultado de la violencia interpersonal. Smole (1976) señala que la guerra a b u n d a m e n o s en las cordilleras, d o n d e se ha inform a d o de algunos grupos que h a n disfrutado de p a z d u r a n t e u n a generación o m á s . Pero los relatos de Helena Valero dejan poca d u d a de que los n a m o e t e r i y los s h a m a t a r i experimentan homicidios frecuentes y pillajes, incluso antes de que e m i g r a r a n a la zona de contacto con las tierras bajas a lo largo del río Orinoco (Biocca, 1971). Los y a n o m a m i de t o d a s las e d a d e s l l o r a n e x t r a o r d i n a r i a m e n t e la m u e r t e de sus parientes m á s queridos (véase Biocca, 1971: 247, 251, 258261). Incluso los no afectados i n m e d i a t a m e n t e p o r u n a m u e r t e en la familia, se ven, sin embargo, afectados p o r un estado de guerra. Los costes de trabajo suben de m a n e r a m a r c a d a c u a n d o hay m u e r t o s o heridos. Se despacha a los h o m b r e s a construir o r e p a r a r empalizadas o se los coloca c o m o vigilantes en c a m i n o s lejanos p a r a avisar con p r o n t i t u d de un ataq u e . Los teri p e q u e ñ o s d e b e n a g r u p a r s e e n u n ú n i c o g r a n p o b l a d o , a u m e n t a n d o no solamente su t i e m p o de trayecto hasta sus huertos, sino t a m b i é n la posibilidad de que éstos, y todo el trabajo invertido en ellos, se pierda (Smole, 1976: 137).

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Entre los yanomami, cualquier muerte violenta, incluida la muerte p o r enfermedad que se cree c a u s a d a p o r brujería, provoca u n a descarga en la c o m u n i d a d y a n o m a m i , p r o b a n d o las alianzas y s u b r a y a n d o las lealtades conflictivas. Los aliados de las partes contendientes t e m e n a m e n u d o verse envueltos en la violencia porque, si su b a n d o d e m u e s t r a ser el m e nos poderoso, t e n d r á n que a b a n d o n a r sus tierras y e m p e z a r de nuevo en una región lejana (Smole, 1976: 235). Chagnon (1983: 73-77, 111, 146) d o c u m e n t a un declive general en la calidad de vida d u r a n t e la guerra. A pesar de que en tiempos de p a z los yan o m a m i s o n t í m i d o s y c u i d a d o s o s c o n s u s d e s e c h o s fecales ( A n d u z e , 1960: 228), en tiempos de guerra tienen m i e d o de salir del poblado y defecan en hojas que tiran p o r e n c i m a de la empalizada, ensuciando las cercanías i n m e d i a t a s del poblado. Apretujados en un poblado con m u c h o s , relativamente, extraños, la gente riñe y se pelea sin fin hasta que la a m e naza de la violencia interior casi iguala a la a m e n a z a exterior. C u a n d o la cólera a m e n a z a con estallar en violencia, los h o m b r e s y las mujeres ancianos, así c o m o los h e r m a n o s y las e s p o s a s del h o m b r e e n c o l e r i z a d o , t r a t a n de aplacarlo con palabras c o m o éstas: Oh, hijo mío, no debes disparar. Tienes dos hijos varones: uno está creciendo, el otro acaba de aparecer solamente. ¿Por qué piensas en matar? ¿Piensas que matar es un juego? Si hoy matas, mañana tus hijos estarán solos y abandonados. Cuando un hombre mata, a menudo debe huir lejos, dejando a sus hijos atrás, llorando de hambre. ¿No sabes todavía eso? No te quedes furioso [...] No te dejes vencer por la furia (Biocca, 1971: 218). A la vista de un consejo t a n razonable, ¿por qué m a t a n los h o m b r e s yanomami? La naturaleza de la guerra yanomami. Hemos visto que los y a n o m a m i de la sierra viven en poblaciones localmente densas, disfrutando de un vida relativamente confortable, a u n q u e conscientes de que los mejores recursos son escasos. Cada h o m b r e es un m i e m b r o de u n a familia que posee recursos valiosos en h u e r t o s viejos, c o m p a r t e un territorio m á s amplio de caza con otros m i e m b r o s de la familia y tiene, o espera tener, u n a mujer e hijos, o quizá dos o m á s mujeres. Puede ver que los d e m á s h o m b r e s t a m b i é n perciben que estos recursos son escasos y h a c e n todo lo posible, m e d i a n t e la intimidación respaldada por la a m e n a z a de la violencia declarada, a fin de conseguir dichos recursos y m a n t e n e r l o s a costa de los d e m á s . M i r a n d o hacia delante, puede ver que su acceso a la tierra de los c a m p o s que necesita y a los otros recursos territoriales debe de estar garantizado. Sólo p u e d e estabilizar su posición p a r t i c i p a n d o de u n a alianza con parientes p r ó x i m o s p o r n a c i m i e n t o o m a t r i m o n i o , y m o s t r á n d o s e dispuesto a defender su «propiedad familiar», r e c u r r i e n d o a la violencia, si es necesario. Esta situación estimula a los h o m b r e s fuertes e intrépidos. Si un homb r e no se a c o m o d a a este papel, d e b e b u s c a r l o fuera y vincularse a un

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h o m b r e de estas características. El p a t r ó n que h e m o s visto entre los grupos de nivel familiar c o m o los m a c h i g u e n g a y los !kung, d o n d e los homb r e s excesivamente agresivos e r a n c o n d e n a d o s al o s t r a c i s m o o asesinados p o r el grupo, no funciona aquí. El nivel de c o m p e t e n c i a ha crecido hasta tal p u n t o q u e a los h o m b r e s agresivos y crueles, los h o m b r e s waiteri, a pesar de su naturaleza peligrosa, se les b u s c a afanosamente y se les invita al grupo. Su violencia intimida a los enemigos potenciales, que qued a n bien advertidos de no acercarse. Desgraciadamente, sin embargo, los h o m b r e waiteri son propensos a la violencia y a u m e n t a n el n ú m e r o de inc i d e n t e s violentos, q u e a l t e r a n la p a z y a u m e n t a n las p o s i b i l i d a d e s de guerra en el seno del teri y entre teri distintos. La violencia y a n o m a m i tiene u n a calidad impulsiva. Los hombres (y algunas veces las mujeres) pueden llegar a enfurecerse y e m p e z a r a repartir palos a parientes cercanos. Más tarde sentirán pesar, pero nadie parece mantener inquina si el d a ñ o no es grande (Biocca, 1971: 308). Como se ha señalado anteriormente, los y a n o m a m i h a n ideado un serie gradual de mecanismos para controlar los impulsos violentos. Cuando se enfadan, los hombres p r o n u n c i a n largos discursos los unos a los otros. Si éstos no sirven p a r a disipar la rabia, p a s a n a los duelos, d a n d o golpes en el pecho del adversario, manteniéndose de pie estoicamente mientras se van golpeando por turnos con todas sus fuerzas con el p u ñ o cerrado. Si todavía siguen enfadados, pueden coger piedras en sus puños p a r a hacer los golpes más intensos. Más allá de este p u n t o , los h o m b r e s l u c h a n con b a s t o n e s (o c o n la p a r t e no afilada de los m a c h e t e s y las hachas). Estas luchas son sucesos e s t r u c t u r a d o s con u n a audiencia de partidarios y líderes, parientes de los combatientes, que controlan la lucha p a r a cerciorarse de q u e no a c a b a en homicidio. Los combatientes deben intercambiar golpes alternativamente. Si un h o m b r e cae, un pariente suyo lo reemplaza. Los líderes p u e d e n interceder y dirigir a los que vacilan p a r a que acepten sus t u r n o s y compart a n la responsabilidad de lo que se ha convertido en u n a p r u e b a de coraje entre los dos grupos (Chagnon, 1983: 164-169). Los y a n o m a m i dicen: «Luchamos p a r a volver a ser amigos de nuevo.» En este sentido, la lucha de b a s t o n e s y otros tipos de duelo son «la antítesis de la guerra» (Chagnon, 1983: 170), p u e s t o q u e s u c e d e n bajo condiciones controladas c u i d a d o s a m e n t e y su propósito principal es el de m a nejar los sentimientos competitivos y hostiles entre los grupos, antes de que tales sentimientos lleven al homicidio. C u a n d o estos m e c a n i s m o s fallan, no q u e d a otro r e m e d i o que m a t a r (Chagnon, 1983: 174). Una incursión y a n o m a m i con éxito es aquella en la q u e se tiende u n a e m b o s c a d a a un enemigo solo y se le m a t a sin que nadie del g r u p o a t a c a n t e sea herido (Chagnon, 1983: 185). Un grupo especialmente furioso y feroz p u e d e r o d e a r un poblado y esperar: puesto que se a l m a c e n a poca c o m i d a en el poblado, llegados a un p u n t o , los h o m b r e s deben salir y entonces se les p u e d e disparar. Los ataques directos sobre los poblados son m u y peligrosos, ya q u e los h o m b r e s bien a r m a d o s del interior p u e d e n ver al enemigo que se acerca. Los atacantes, p o r tanto, se apostan detrás de los árboles en el b o r d e del claro y disparan flechas al poblado.

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Una e m p a l i z a d a de tres m e t r o s de alto imposibilita los disparos directos, de m a n e r a que deben arquear sus flechas, con lo cual acertar es cuestión de suerte. D u r a n t e este tipo de a t a q u e s ocasionalmente se hiere o m a t a a las mujeres. La g u e r r a y a n o m a m i es n o t a b l e m e n t e personal: no t a n t o un teri contra otro c o m o un h o m b r e c o n t r a otro, eso sí incluida la familia del h o m bre y su p r o p i e d a d (es decir, sus «bienes»). Los h o m b r e s se gritan insultos u n o s a otros, declarando su disposición p a r a m a t a r y utilizando la oport u n i d a d p a r a m e n t a r s e el u n o al otro el n o m b r e personal, un insulto mortal. Los h o m b r e s t o m a n p r e c a u c i o n e s p a r a evitar c a u s a r d a ñ o a sus parientes q u e viven c o n el e n e m i g o . C u a n d o las flechas caen, la gente las e x a m i n a y reconoce al a r q u e r o enemigo por el diseño único de sus flechas. Si alguien m u e r e , se identifica c u i d a d o s a m e n t e al asesino. Éste debe entonces someterse a un ritual de purificación y, a través del chismorreo, todo el m u n d o , incluidos los parientes del m u e r t o , conocen su identidad. A los h o m b r e s waiteri que h a n m a t a d o a m u c h o s h o m b r e s se les odia y son perseguidos p o r los parientes de la víctima. C u a n d o se ven a m e n a zados, p u e d e n quedarse de pie en el claro del poblado, invitando a sus enemigos a disparar. Si la a m e n a z a es un farol, los enemigos se retiran; sino el h o m b r e waiteri p u e d e ser alcanzado. Cuantas m á s veces ha m a t a d o un hombre, m á s parientes vengadores hay que conspiren contra él (ver Biocca, 1971: 186 y ss.). No es de extrañar, entonces, que los h o m b r e s waiteri perezcan p o r m u e r t e violenta m á s que los otros h o m b r e s (Chagnon, 1983: 124; Lizot, 1989: 31). Lo m á s e x t r e m o en la g u e r r a y a n o m a m i es el «festín t r a i c i o n e r o » . Odios poderosos llevan a un grupo a fingir a m i s t a d p o r otro, invitar a sus m i e m b r o s a un festín, luego echárseles e n c i m a y m a t a r a tantos c o m o sea posible. Todo un grupo fue m a s a c r a d o d u r a n t e el tercer festín p o r otro q u e se h a b í a h e c h o «amigo» suyo d u r a n t e dos festines previos, e n g a ñ a n d o a los h o m b r e s p a r a que se descuidaran. Sin e m b a r g o , este resultado es infrecuente, ya que tal grado de organización es difícil de lograr p a r a la m a yor p a r t e de los y a n o m a m i . La poca u n i d a d de los teri es n o r m a l , h a s t a tal p u n t o q u e a l g u n o s m i e m b r o s n o t i e n e n n i idea d e q u e o t r o s están plan e a n d o m a t a r a sus invitados. En ocasiones advierten a las p r o y e c t a d a s víctimas si lo descubren, p e r o sus palabras son t a n confusas que las víctim a s p u e d e n llegar a no creer las advertencias (Biocca, 1971: 53-54, 190). Las respuestas sociales a la guerra. Chagnon (1983: 148) retrata vividamente a los y a n o m a m i c o m o maestros de la «política arriesgada». Cada grupo tiene que establecer su r e p u t a c i ó n de d u r o , si no será intimidado y explotado, a u n q u e los grupos d e m a s i a d o feroces a s u s t a n a los otros y tien e n p r o b l e m a s p a r a e n c o n t r a r aliados. En el caso m á s extremo, los h o m bres de dos grupos que deseen aliarse deben enfrentarse el u n o contra el otro en duelos en los que i n t e n t a n p r o b a r su indomabilidad, d a n d o y recibiendo dolorosos golpes; sin e m b a r g o , no se d e b e n p e r m i t i r caer en la provocación de m a t a r o c a u s a r heridas graves p a r a no destruir la posibilidad de u n a alianza y crearse, en cambio, nuevos enemigos.

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El «arte de la política arriesgada» es un t é r m i n o a p t o , si no inferim o s un exceso de intencionalidad política. El duelo o la lucha de bastones es en realidad el límite exterior de la e c o n o m í a política, m á s allá del cual los medios de integración social pierden la partida con la desconfianza y la hostilidad. Los y a n o m a m i no provocan estas luchas de forma deliberada; p o r el contrario, h a c e n t o d o lo posible p a r a expandir el círculo de paz y cooperación desde sus c o m u n i d a d e s y la lucha es el signo tangible de su incapacidad p a r a expandirla m á s lejos. Las e n o r m e s diferencias que apreciamos entre los y a n o m a m i y las sociedades de nivel familiar son la formación de poblados y el papel expandido de las c e r e m o n i a s y los líderes. Estas diferencias d e b e n entenderse como respuestas a la prominencia de la guerra y a la a m e n a z a de la m u e r t e violenta. La c o n s t r u c c i ó n de un shabono es u n a b u e n a metáfora p a r a entender la relación entre la familia y el p o b l a d o . P a r a un visitante, el shabono aparece c o m o u n a e s t r u c t u r a c o m u n a l ; sin e m b a r g o , c a d a familia construye su p r o p i o refugio; sólo p o r q u e los refugios se c o n s t r u y e n adyacentes los u n o s a los otros, con el principal objetivo de crear un círculo cer r a d o , de m a n e r a q u e los shabono t e r m i n a d o s d a n la s e n s a c i ó n de ser comunales. Los poblados y a n o m a m i crecen hasta superar los cien m i e m b r o s y las agrupaciones regionales de poblados p u e d e n incluso totalizar varios centenares de p e r s o n a s (Smole, 1976: 55, 231). Es posible e n c o n t r a r toda la g a m a intermedia entre los teri m á s pequeños, de treinta m i e m b r o s , y los m á s grandes, de u n o s trescientos. De hecho, el t a m a ñ o de los shabono varía c o h e r e n t e m e n t e d e n t r o de los límites ( C h a g n o n , 1968a, 1983). P o r u n a parte, el p o b l a d o ha de tener, al m e n o s , de o c h e n t a a cien p e r s o n a s p a r a permitir u n a defensa adecuada. Un poblado m a y o r es militarmente m á s fuerte: m á s resistente al a t a q u e y con m á s éxito en las incursiones. Pero p o r otra parte, como h e m o s visto, los poblados mayores son m á s propensos a fricciones sociales destructivas. Los cabecillas del poblado trabajan c o n s t a n t e m e n t e p a r a suavizar las n u m e r o s a s hostilidades, a u n q u e la m a y o r parte de las veces, en estos grandes grupos, no existe un sentido del interés económico c o m ú n . Dentro y m á s allá del poblado se celebran c e r e m o n i a s que al m i s m o t i e m p o que expresan las tensiones latentes b u s c a n resolverlas. En las cer e m o n i a s y a n o m a m i se satisfacen varios objetivos: se distribuyen alimentos y otros bienes a fin de igualar las variaciones de a b u n d a n c i a estacionales y geográficas, se refuerzan las relaciones sociales entre viejos aliados y se exploran nuevas posibles alianzas. Todas estas funciones dependen, hasta cierto p u n t o , de la destreza de los líderes. Las invitaciones a un festín no las distribuye un teri u otro, sino individuos específicos de un teri a otros de otro teri. Estos individuos son cabecillas de su p r o p i o g r u p o familiar que p u e d e n o no tener m u c h o s m á s seguidores. Algunos a c e p t a r á n la invitación; otros, p o r diversas razones, p u e d e n rechazarla. Los grupos que están integrados en un festín no son grandes poblados, sino fragmentos de distintos poblados. Socialmente un

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festín es un mosaico c o m p u e s t o tan sólo por algunos de los grupos familiares de u n a región. Un teri y a n o m a m i podría definirse c o m o un grupo que sigue a un líder común, o tushaua. En los teri m á s pequeños, el tushaua es simplemente el cabeza de la familia d o m i n a n t e , pero, en los teri mayores, hay un h o m bre que generalmente representa al grupo, habla en n o m b r e de todos los m i e m b r o s de éste y da ó r d e n e s p a r a h a c e r el trabajo colectivo. Que sus órdenes sean a m e n u d o pasadas por alto y que otros cabecillas en su grupo, t a m b i é n l l a m a d o s tushaua, ofrezcan otros consejos o dirijan a sus grupos hacia otras direcciones, son señales de que su autoridad se encuentra limitada por la a u t o n o m í a de los teri pequeños, un vestigio de la actitud !kung de que «todos somos cabecillas». Pero el tushaua es u n a fuerza con la que hay que contar en la sociedad y a n o m a m i , con i m p o r t a n t e s funcion e s e i m p a c t o en el g r u p o . No se e n t r o m e t e d e m a s i a d o en la e c o n o m í a doméstica, pero influye en d ó n d e un teri se establece y planta sus huertos. Su papel principal es el de m a n e j a r las relaciones entre grupos, m a n t e niendo la paz c u a n d o es posible y liderando a los h o m b r e s hacia la guerra c u a n d o es preciso. Un tushaua intenta resolver las disputas d e n t r o de su teri. P r o p o n e soluciones a los p r o b l e m a s y trata de r a z o n a r con las partes involucradas en las disputas. A m e n u d o invoca principios generales c o m o : «Ya tienes d e m a s i a d a s mujeres, aquí hay h o m b r e s que no tienen ninguna» e interviene en el control de situaciones peligrosas: «¡Dejadle hablar! Que nadie apunte su flecha hacia él, mantened las flechas en vuestras manos!» (Biocca, 1971: 37-110). Se espera t a m b i é n de los líderes que sean m á s generosos que otros (Biocca, 1971: 216) y por ello p l a n t a n c a m p o s m á s grandes que el t a m a ñ o medio (Chagnon, 1983: 67). Como huésped oficial de los festines entre poblados, el tushaua se sitúa en el centro de los esfuerzos integradores que tales festines representan. Por otra parte, se espera de un tushaua que sea un líder en la guerra. O r d e n a la construcción de empalizadas y apuesta guardias a lo largo de los caminos desde el teri enemigo. Llama a los h o m b r e s p a r a que se le u n a n en la batalla, les dice d ó n d e a c a m p a n a r y c ó m o evitar ser detectados durante u n a incursión, y a s u m e el liderazgo en la batalla. Los h o m b r e s yan o m a m i a m e n u d o se m u e s t r a n reticentes a e m p r e n d e r la lucha o a m a n tenerla ante u n a resistencia continua (cf. Biocca, 1971: 59). Se espera de un líder que lance la p r i m e r a flecha al enemigo y que ponga en riesgo su propia seguridad. Así pues, los líderes «son s i m u l t á n e a m e n t e pacificadores y guerreros valerosos [...] Los líderes del p o b l a d o d e b e n c r u z a r la t e n u e línea entre amistad y animosidad» (Chagnon, 1983: 6-7). Esto s u p o n e establecer un delicado equilibrio y los líderes p u e d e n e m p r e n d e r la tarea de formas distintas. Algunos tienen m a n e r a s suaves y son tranquilos y competentes; otros son extravagantes y d o m i n a d o r e s (Chagnon, 1983: 26). Un líder que ha m a t a d o d e m a s i a d o a m e n u d o genera u n a red tal de enemigos vengativos que es p r o b a b l e que no viva m u c h o . Según Helena Valero (Biocca, 1971: 193), cuando el tushaua Rohariwe fue invitado a lo que

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él m i s m o anticipó que podría ser un festín traicionero, dijo: «Creo que me matarán. Voy p a r a que nadie pueda pensar que tengo miedo. Voy de m a n e r a que p u e d a n m a t a r m e . He m a t a d o a m u c h a gente; incluso las mujeres y los viejos e s t á n furiosos c o n m i g o . Es mejor que los namoeteri me maten.» El h o m b r e que ha m a t a d o con excesiva frecuencia siente, pues, cierto pesimismo o sentido de la futilidad (cf. Biocca, 1971: 226-247). Es c o m o si percibiera que la violencia se ha escapado m á s allá de su control y, en un sentido m á s p r o f u n d o , p u e d e ser cierto. C h a g n o n (1983: 188) docum e n t a el caso del líder afable de un grupo derrotado, que al ser intimidado y m e n o s p r e c i a d o por el teri «amigo» que les había d a d o cobijo, tuvo que volverse m á s violento p a r a defender a su grupo. Se vio forzado a ser violento, en contra de su voluntad, p o r la presión implacable de la violencia que existía a su alrededor. Las «causas próximas» de la guerra yanomami. Los datos de Chagnon (1983) destacan la c a p t u r a de mujeres c o m o la m a y o r motivación p a r a la guerra; Smole (1976: 50, 232) considera que el principal detonante es la sospecha de brujería y el consecuente deseo de venganza, y Helena Valero prop o r c i o n a n u m e r o s o s casos de a m b a s motivaciones (Biocca, 1971: 29-41, 98, 133, 186-188, 293). Puesto que éstas son causas inmediatas, d a d a s p o r los mismos participantes, podemos llamarlas «causas próximas» (cf. Hames, 1982: 421-422). Como claves p a r a entender las condiciones y los sucesos que precipitan la guerra, las causas próximas son guías inestimables p a r a dilucidar el p r o c e s o de c r e c i m i e n t o de a n t a g o n i s m o s y de sus violentos resultados. Como explicaciones de la guerra, sin embargo, las causas inmediatas son generalmente insatisfactorias. P a r a empezar, la gente c o m p r o m e t i d a en la guerra a m e n u d o da listas de m u y distintas razones p a r a luchar, lleg a n d o s o l a m e n t e a la conclusión de q u e la g u e r r a tiene m u c h a s causas, algunas sin relación con las otras. Creemos, p o r el contrario, que la guer r a y a n o m a m i , y la guerra en general, se puede entender mejor dentro del m a r c o de u n a sola teoría. Un segundo defecto de las «causas próximas», c o m o explicación de la g u e r r a y a n o m a m i , es q u e , m i e n t r a s q u e las m i s m a s fuentes de conflicto interpersonal están presentes en todas las sociedades de nivel familiar que h e m o s revisado en los capítulos 3 y 4, en n i n g u n a de ellas los celos sexuales o los deseos de venganza tienen c o m o resultado incursiones endémicas. De m a n e r a similar, en los poblados de los cacicazgos complejos y en los estados, que e s t u d i a r e m o s en los capítulos 11 al 13, estas m o tivaciones son poderosas, p e r o no llevan a la guerra local, y la guerra que sucede en aquellas sociedades es cualitativamente distinta de la guerra yan o m a m i . Postulamos, entonces, que la guerra y a n o m a m i tiene u n a causa o c a u s a s m á s profundas, u n a cuestión sobre la que volveremos después de e x a m i n a r las tres causas inmediatas: 1. Puesto que los y a n o m a m i son vistos a m e n u d o c o m o «la gente feroz» (Chagnon, 1983: subtítulo), p o d r í a parecer que la guerra es u n a con-

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secuencia inevitable de su psicología. Los h o m b r e s waiteri son especialm e n t e d o m i n a n t e s en la guerra; h o m b r e s violentos y agresivos que p a r a m u c h o s antropólogos h a n e n c a r n a d o la esencia de los y a n o m a m i . Son protectores c o n su propia familia y aliados, pero explotadores p a r a los que están fuera de su órbita de cooperación y confianza. Los grupos fuertes abusan de los débiles y se a p r o p i a n de sus mujeres y de otros recursos. Por ejemplo, después de expulsar a un grupo de h o m b r e s de su poblado, los guerreros waiteri se mofaron de u n a de las esposas airadas que huía: «¡Peor p a r a ti, q u e no tienes flechas y que tienes un m a r i d o asustado!» (Biocca, 1971: 33, 108-109). Los grupos deben parecer feroces o p e r d e r á n el respeto de los otros y se verán intimidados (Chagnon, 1983: 148-151, 181). Un grupo roto y derrotado, los pishaanseteri, intentó reclutar a un h o m b r e valeroso, Akawe, p a r a reforzar su reputación: «Tú eres un waiteri, eres famoso en todas partes, h a s m a t a d o a Waika, h a s l u c h a d o c o n t r a S h i r i a n a [...] Si m a t a s a S h a m a t a r i , te d a r e m o s u n a de nuestras mujeres, te quedaras aquí con nosotros» (Biocca 1971: 316). Como esta historia denota, m u c h o s de los h o m bres y a n o m a m i , sino la mayoría, tienen en realidad m i e d o de la violencia. Alzan u n a frente fiera, p e r o c u a n d o el duelo o la l u c h a está a p u n t o de e m p e z a r se q u e d a n atrás o e n c u e n t r a n excusas (Chagnon 1983: 183). Un grupo necesita un auténtico h o m b r e waiteri, alguien que no tenga m i e d o a m o r i r y esté p r e p a r a d o p a r a matar, p a r a construir su r e p u t a c i ó n de violento. A p e s a r de q u e la psicología de los h o m b r e s agresivos es intrínseca d e l a d i n á m i c a d e l a g u e r r a y a n o m a m i , n o sirve c o m o c a u s a ú l t i m a , p o r q u e de a c u e r d o con el p r i n c i p i o de Boas de la u n i d a d psíquica de la h u m a n i d a d , cabría esperar q u e u n a p r o p o r c i ó n a p r o x i m a d a m e n t e similar de h o m b r e s valerosos/violentos n a c i e r a en c u a l q u i e r c o m u n i d a d hum a n a . ¿Por q u é n o s e c r e a n p a t r o n e s s i m i l a r e s d e g u e r r a e n t o d o s los lugares? 2. Los y a n o m a m i citan con frecuencia la venganza c o m o su motivación p a r a a t a c a r a otros grupos (Biocca, 1971: 40). Sin e m b a r g o , la venganza c o m o causa última de la g u e r r a p r e s u p o n e la violencia, a la que se supone que debe explicar: se a s u m e que un homicidio lleva a otro en un ciclo p e r p e t u o de venganza. Pero ¿por qué las sociedades de nivel familiar c o m o los m a c h i g u e n g a m a n e j a n los homicidios aislados sin desencad e n a r violencia, m i e n t r a s q u e los y a n o m a m i n o p u e d e n ? Además, c o m o veremos, los y a n o m a m i u s a n las ocasiones ceremoniales p a r a recordar el m u e r t o y renovar su pasión p o r la venganza. ¿Por qué hacen todo lo posible p a r a m a n t e n e r vivos los motivos p a r a la guerra, c u a n d o los costes de ésta son t a n altos? 3. Los h o m b r e s y a n o m a m i frecuentemente a n u n c i a n su intención de atacar otros grupos y r o b a r sus mujeres (Biocca, 1971: passim). C u a n d o Chagnon (1983: 86) m e n c i o n ó a algunos h o m b r e s y a n o m a m i la teoría de Harris según la cual éstos l u c h a n p o r territorios de caza, los h o m b r e s se rieron y c o m e n t a r o n : «La c a r n e nos gusta, p e r o ¡las mujeres nos gustan m u c h í s i m o más!»

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Los a t a c a n t e s y a n o m a m i t r a t a n de evitar m a t a r mujeres y n i ñ a s , y m á s de u n o p e r d o n ó la vida a Helena Valero, «Déjala: es u n a niña; no m a t a r e m o s a las h e m b r a s . Vamos a llevarnos a las mujeres con nosotros y hag a m o s q u e n o s d e n hijos» (Biocca, 1971: 34). Las mujeres q u e v a l o r a n son las que se e n c u e n t r a n en edad fértil. No vale la pena l u c h a r por las mujeres mayores; en efecto, un h u e r t o viejo es d e n o m i n a d o c o m o u n a «vieja», debido a su esterilidad. Por el hecho de ser prácticamente i n m u n e s al d a ñ o en la guerra, las mujeres mayores son m u y útiles p a r a llevar mensajes entre enemigos y retirar a los m u e r t o s d u r a n t e las batallas. Muchos h o m b r e s y a n o m a m i tienen dificultades p a r a obtener esposas (Biocca, 1971: 4 1 , Chagnon, 1983: 142, 145). A m e n u d o , conseguir u n a mujer implica negociaciones entre el h o m b r e y los p a d r e s de la chica, y los h o m b r e s con u n a alta posición social y redes familiares fuertes tienen m á s éxito. H a m e s m o s t r ó que las familias polígamas tienden a ser las de los líderes y que sus casas reciben la mejor parte de los intercambios de comida con otras casas, u n a de las razones p o r las que las mujeres quieren llegar a ser esposas segundas de tales h o m b r e s (Hames, 1996). Los maridos acost u m b r a n a ser m u c h o m a y o r e s q u e sus esposas y, c o m o r e s u l t a d o de la poligamia, m u c h o s h o m b r e s jóvenes no tienen mujer. Las incursiones son, en parte, esfuerzos de los h o m b r e s jóvenes p a r a o b t e n e r esposas p a r a sí m i s m o s y e m p e z a r u n a familia. Puesto q u e las esposas c a p t u r a d a s p u e den escapar, o p u e d e n ser r o b a d a s de nuevo p o r sus m a r i d o s originales o t o m a d a s , incluso, p o r otros h o m b r e s en ataques subsiguientes, existe un ciclo sin fin de ataques y contraataques. A pesar de que en algunas zonas p a r e c e n existir suficientes mujeres p a r a los h o m b r e s q u e b u s c a n esposas (Smole, 1976: 50), los y a n o m a m i , en cualquier parte, c a p t u r a n a mujeres en t i e m p o de guerra y es característica la competencia entre h o m b r e s feroces p o r conseguir las mujeres disponibles. Sin e m b a r g o , t a m p o c o ésta p u e d e ser l a e x p l i c a c i ó n ú l t i m a d e l a g u e r r a y a n o m a m i , puesto que en todas partes hay cierto tipo de c o m p e tencia entre los h o m b r e s p o r las mujeres fértiles y ésta no lleva a la guerra. ¿Por qué, entonces, los y a n o m a m i p e r m i t e n o p i d e n a los h o m b r e s agresivos que derroten o se m a t e n los u n o s a los otros p a r a obtener derechos reproductivos sobre las mujeres? La causa última de la guerra yanomami. Cada u n a de las causas próximas que h e m o s identificado —ferocidad básica, venganza y c a p t u r a de mujeres— es i n a d e c u a d a c o m o causa ú l t i m a de la g u e r r a y a n o m a m i , ya que todas ellas son características h u m a n a s universales, no peculiares de los y a n o m a m i . Los y a n o m a m i difieren de las sociedades de nivel familiar que h e m o s e x a m i n a d o p o r h a b e r cruzado el u m b r a l de la violencia esporádica, deliberadamente aislada y contenida, p a r a llegar a la violencia endémica, que se alimenta de sí m i s m a en un ciclo sin fin de nuevos actos homicidas. E n t r e los y a n o m a m i , el nivel m á s alto de violencia e n d é m i c a está directamente relacionado con la competencia interpersonal e intergrupal sob r e los recursos insuficientes, de la que hallamos m u e s t r a en su preocu-

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pación principal p o r la definición, defensa y c a p t u r a violenta del territorio. Los conflictos sobre el acceso a los recursos escasos y la distribución de éstos son caldo de cultivo de hostilidades interpersonales entre los yan o m a m i . Y es la estructura política c o m p a r a t i v a m e n t e simple —ya que los y a n o m a m i p e r m a n e c e n c e r c a n o s al nivel familiar de i n t e g r a c i ó n sociocultural— que da razón de la frecuencia con que estas hostilidades rebosan de violencia impulsiva, crueldad y traición. Una gran parte de la fricción interpersonal aparece p o r la propiedad y la distribución de los recursos. Los y a n o m a m i se i m p o n e n ser generosos con amigos y parientes, no serlo se t o m a c o m o un señal de hostilidad y alimenta la desconfianza. Así, las n o r m a s garantizan a todos los individuos el control sobre su producción. E n t r a r en casas o huertos ajenos, aunque sea sólo p a r a coger leña (Chagnon, 1983: 68), es considerado r o b o y enfurece al propietario. H a m e s (1997b) informa: «Yo casi vi explotar u n a revuelta en Mishimishimabowei p o r q u e alguien se quejó de que u n a distribución de frutos de pejibaye cocidos, que seguía en funcionamiento, se recolectaba de sus árboles». C u a n d o se les interpone d e m a n d a s , los yanom a m i se enfrentan con la elección de acceder, a b a n d o n a n d o objetos de valor, o plantarse y arriesgarse a la decepción y a la enemistad de los otros. Las distribuciones de c o m i d a d e n t r o de un teri son fuentes continuas de riñas y celos. Si no se c o n t r a r r e s t a n éstos p o r los sentimientos positivos y las experiencias de la vida de familia que p r o p o r c i o n a n un refuerzo, p u e d e n dar alas a motivos de rencor, que se a c u m u l a n en un resentimiento m á s a m a r g o ; y en la atmósfera volátil de un poblado y a n o m a m i en tiempos de guerra, el resentimiento persistente puede llevar a la violencia (Biocca, 1971: 84-86; Smole 1976: 244). Los celos y la sospecha entre teri generan incluso m á s violencia. Los m i e m b r o s de un teri r o b a n de los c a m p o s de otros teri y a c u m u l a n sus propios bienes p a r a comerciar. Las mujeres a m e n u d o m u r m u r a n sobre la codicia de otros teri. Citando a Helena Valero (Biocca, 1971: 206), «las m u jeres n a m o e t e r i e m p e z a r o n a decir q u e los m a h e k o t o t e r i t e n í a n m u c h a s cosas, m u c h o s machetes, pero que no los regalaban; que c u a n d o vinieron, c o m i e r o n tanto y que sus estómagos n u n c a se llenaban; que, c u a n t o m á s comían, m á s q u e r í a n comer; que e s t a b a n enfadados con ellos m i s m o s » . En este caso, a pesar de que el cabecilla n a m o e t e r i b u s c a b a u n a alianza con los mahekototeri, las m u r m u r a c i o n e s de las mujeres incitaron a u n a facción de los n a m o e t e r i a avisar a los mahekototeri de la inminencia de un ataque, a r r u i n a n d o la o p o r t u n i d a d de u n a alianza. En casos m á s graves, por ejemplo, cuando se h a n apoderado de un huerto o lo h a n destruido, las mujeres incitan a sus h o m b r e s a m a t a r (Biocca, 1971: 219). Los y a n o m a m i h a n sido c o m p a r a d o s con frecuencia con grupos m á s c o m p l e j o s de África y N u e v a G u i n e a , y p o r este m o t i v o su g r a d o real de territorialidad ha sido s u b e s t i m a d o . Los y a n o m a m i son n o t a b l e m e n t e m á s territoriales que cualquiera de los otros grupos que h e m o s examinado en los capítulos 3 y 4. Cada teri se halla asociado con un espacio geográfico, g e n e r a l m e n t e d e l i m i t a d o p o r accidentes p r o m i n e n t e s c o m o ríos o cuencas (Smole, 1976: 26-27, 231). Puesto que los teri vecinos son amigos,

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los m i e m b r o s se m u e v e n con libertad en amplias zonas de caza y recolección distantes del shabono. Como h e m o s visto, c u a n d o un teri amigo se u n e a otros en un poblado en b u s c a de seguridad, t o m a el n o m b r e del grupo en cuyo territorio se halla s i t u a d o el poblado. No o b s t a n t e , conserva la p r o p i e d a d de su territorio; sus m i e m b r o s c o n t i n ú a n p l a n t a n d o los huertos y vuelven allá c u a n d o el gran teri se r o m p e (Smole, 1976: 234). ¿Por qué los y a n o m a m i están vinculados a territorios definidos m á s inequívocamente que los territorios domésticos propios de las sociedades de nivel familiar? La respuesta es que estos territorios constituyen posesiones valiosas, llenas de m a t e r i a s p r i m a s necesarias p a r a las necesidades presentes y futuras, a d e m á s de mejoras de capital c o m o c a m p o s de b a n a n o s y de pejibaye. É s t a es la principal r a z ó n p o r la cual los y a n o m a m i no se trasladan a p o b l a d o s alejados de los que o c u p a b a n , excepto c u a n d o son derrotados p o r sus enemigos (Chagnon, 1983: 70). A pesar de que verse libres de sus vecinos hostiles casi n u n c a se considera u n a r a z ó n i n m e d i a t a p a r a a t a c a r a o t r o teri, la g u e r r a frecuentem e n t e lleva a un d e s p l a z a m i e n t o p e r m a n e n t e de un teri de las zonas inm e d i a t a m e n t e vecinas a su e n e m i g o (Biocca, 1971: 98, 103, 209; Smole 1976: 235-236). Sin e m b a r g o , c u a n d o cesan las hostilidades y la gente del teri desplazado tiene confianza en u n a paz d u r a d e r a , p u e d e aprovechar la ocasión p a r a volver a tierras m á s fértiles cercanas a sus antiguos enemigos (Smole, 1976: 93-94). La guerra y a n o m a m i no a p u n t a p r o p i a m e n t e a apoderarse de m a n e r a directa de un territorio. En algunas áreas m o n t a ñ o s a s , la g u e r r a es relativ a m e n t e poco c o m ú n y m u c h o s grupos se h a n m a n t e n i d o estables d u r a n t e generaciones. Pero ello es debido a que h a n formado alianzas territoriales y p r e s e n t a n un obstáculo formidable a sus enemigos. En zonas en d o n d e la guerra es m á s c o m ú n , un g r u p o desarraigado p u e d e desplazar agresivamente a un grupo débil p o r su p r o p i a necesidad desesperada de un nuevo territorio. En un ejemplo instructivo, después de que los n a m o e t e r i , bajo su líder Fusiwe, se r o m p i e r a n en c u a t r o teri separados, u n o de ellos, el pishaanseteri (bisaasi-teri), construyó provocativam e n t e su shabono cerca del c a m p o namoeteri. Los propios n a m o e t e r i eran a h o r a un grupo p e q u e ñ o y, c u a n d o los pishaanseteri e m p e z a r o n a r o b a r sus cosechas y a destruir sus p l a n t a s de tabaco, algunos n a m o e t e r i aconsejaron a Fusiwe q u e a b a n d o n a r a el c a m p o . Pero Fusiwe se encolerizó y dijo: «Me están pidiendo que los mate.» Los dos grupos i n t e n t a r o n reducir la creciente hostilidad con u n a lucha de bastones. Después, Fusiwe declaró: «No, no estoy enfadado. Me habéis golpeado y mi sangre corre, p e r o no g u a r d o cólera c o n t r a vosotros.» El h e r m a n o del líder pishaanseteri, sin embargo, replicó: «Tienes que marcharte; tienes que dejar esta roca, nosotros t e n e m o s q u e vivir aquí. Vete y vive con los p a t a n a w e t e r i , n o s o t r o s t e n e m o s que ser los s e ñ o r e s de este lugar.» A m e d i d a que las hostilidades escalaron, los pishaanseteri a u m e n t a r o n sus ambiciones: «Deseamos m a t a r a los p a t a n a w e t e r i [que incluían a los n a m o e t e r i de Fusiwe]; sólo q u e d a r e m o s nosotros; nosotros, los pis-

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haanseteri, los m á s waiteri de todos.» M a t a r o n a Fusiwe y dispersaron su grupo, p e r o finalmente h u b o u n a conspiración de m u c h o s teri, a h o r a hostiles a los pishaanseteri, que se a g r u p a r o n p a r a m a s a c r a r a la m a y o r parte de aquéllos en un festín traicionero. Entonces, los supervivientes partier o n en b u s c a de un nuevo territorio q u e finalmente t e r m i n ó en las tierras bajas del Orinoco (Biocca, 1971: 217-250, 302; véase t a m b i é n Chagnon, 1983: 152-153). En resumen, m a n t e n e m o s que la guerra y a n o m a m i es un fracaso trágico. Es trágico en el sentido clásico de que no es culpa de nadie, sino el resultado inevitable de las contradicciones en el carácter h u m a n o , bajo condiciones específicas de la vida yanomami. En un mito yanomami, los humanos fueron creados cuando u n o de los antepasados disparó a la Luna en la barriga. En palabras de Chagnon (1983: 95), «Su sangre cayó a la tierra y se convirtió en los Hombres, pero en h o m b r e s que eran inherentemente waiteri: feroces. Los h o m b r e s que fueron creados allá, donde la sangre era m á s "espesa", eran m u y feroces y casi se exterminaron unos a otros en sus guerras. Donde cayeron pequeñas gotas o allá donde la sangre se aclaró al mezclarse con agua, lucharon m e n o s y no se exterminaron los u n o s a los otros, o sea, q u e parecieron tener u n a cantidad m á s controlable de violencia inherente.» El control de la violencia es central p a r a los y a n o m a m i : saben que la violencia incontrolada lleva a la aniquilación. Su guerra no es adaptativa, sino que básicamente representa el fracaso de la civilización. Los y a n o m a m i son m i e m b r o s de familias de voluntades fuertes, con propiedades de importancia material real que defender. Su sentido del interés propio los lleva a alianzas, que distribuyen los p r o d u c t o s silvestres y domesticados, estacionalmente escasos, y amplía la región de paz a su alrededor. Pero el mismo sentido de interés propio se ve afrentado c u a n d o los aliados no son generosos (Chagnon, 1983: 163) y se instaura el sentimiento de que alguien se está aprovechando. Para situarse en u n a posición aventajada en un medio poco pródigo, los h o m b r e s deben dar u n a apariencia de ferocidad y estar preparados p a r a secundarla con la acción. Esto allana el camino p a r a el dominio de los h o m b r e s waiteri. Aquellos h o m b r e s a quienes en sociedades de nivel familiar se les h a b r í a e n s e ñ a d o a refrenarse o se les h a b r í a expulsado del grupo entre los y a n o m a m i gan a n m á s mujeres y un séquito de h o m b r e s . Pero, siendo waiteri, no tienen r e a l m e n t e m i e d o y se exponen, a sí m i s m o s y a los que tienen alrededor, al peligro: a pesar de los esfuerzos p a r a refrenarlos, pierden el control y lisian o m a t a n a otros h o m b r e s , a t r a y e n d o la ira de las familias de sus víct i m a s sobre sí m i s m o s y sobre sus parientes cercanos e i m p o n i e n d o a todos las consecuencias costosas de un estado de guerra. No existe, al parecer, n i n g u n a a l t e r n a t i v a , y a q u e los g r u p o s m e n o s c o m b a t i v o s s e ven a m e d r e n t a d o s y explotados p o r los grupos m á s fuertes, q u e codician sus mujeres o quieren desplazarlos de sus tierras. El hecho de que en la sierra escasee la tierra de labranza y esté cultivada con pejibaye descarta la posibilidad de h u i r c o m o respuesta realista a u n a agresión. En este s e n t i d o , la c a u s a ú l t i m a de la g u e r r a y a n o m a m i es lo q u e Carneiro (1970b) ha llamado la circunscripción geográfica. Los y a n o m a m i

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de las cordilleras están r o d e a d o s p o r tierras bajas, a las que ha sido imposible h u i r hasta m u y recientemente. Sus m o n t a ñ a s son u n m e d i o p o b r e y de posibilidades limitadas, un m e d i o d o n d e el control territorial de recursos p a s a d o s , presentes y futuros es esencial p a r a u n a a d e c u a d a calid a d de vida. Sin contar con n i n g ú n sitio al que escaparse, los y a n o m a m i se vieron forzados a q u e d a r s e y defenderse, a g r u p á n d o s e en p o b l a d o s y alianzas, definiendo sus territorios y distinguiendo rigurosamente al amigo del enemigo. Los y a n o m a m i h a n sido a m e n u d o c o m p a r a d o s con grupos m á s complejos, c o m o aquellos q u e d e s c r i b i m o s en c a p í t u l o s p o s t e r i o r e s (p. ej., Chagnon, 1980; R a m o s , 1972: 127-131). Esta c o m p a r a c i ó n es unilateral, puesto que enfatiza la relativa a b u n d a n c i a de recursos silvestres de los que disfrutan los y a n o m a m i y la espontaneidad e individualismo de la guerra y a n o m a m i , h a c i e n d o q u e p a r e z c a primitiva, i r r a c i o n a l y c a r e n t e de est r u c t u r a política, al c o m p a r a r a los y a n o m a m i con formas m á s organizadas de guerra. Sin e m b a r g o , en c o m p a r a c i ó n con las sociedades de nivel familiar que h e m o s e x a m i n a d o previamente, lo que i m p r e s i o n a no es lo que les falta, sino lo que h a n conseguido: p o b l a d o s , líderes, solidaridad familiar y c e r e m o n i a s que disipan las hostilidades y crean lazos de confianza y dependencia.

Conclusiones Los y a n o m a m i constituyen en la base u n a sociedad de nivel familiar. El g r a d o m a y o r de interdependencia e c o n ó m i c a se hace patente en el teri, grupos territoriales y propietarios de tierras agrícolas cultivadas, q u e anticipan los grupos familiares corporativos de próximos capítulos. Sin embargo, puesto que, en c o m p a r a c i ó n con las verdaderas sociedades de nivel familiar, los y a n o m a m i viven a p i ñ a d o s en su medio, se ha p r o d u c i d o u n a transformación fundamental y de largo alcance: no p u e d e n seguir evit a n d o la competencia p o r los recursos simplemente trasladándose a otro lugar, y los h o m b r e s valerosos y agresivos no son t r a t a d o s c o m o p a r i a s peligrosos, sino c o m o aliados valiosos. La competencia y la violencia son un c o m p o n e n t e explosivo que p o n e en peligro el bienestar del teri. Los y a n o m a m i lo c o m p r e n d e n y se esfuerzan al m á x i m o p a r a evitar la guerra. Pero la decepción, el sentido de injusticia y la sospecha que surgen de m a n e r a inevitable en los intercambios entre no familiares s u p e r a n con frecuencia a los limitados beneficios econ ó m i c o s del comercio entre poblados, dejando a los teri vulnerables al ataque de enemigos hostiles y despiadados en b u s c a de mujeres o tierras. Un teri que no se muestre temible en la defensa de sus propiedades, a b r a z a n d o y r e c o m p e n s a n d o a los h o m b r e s valerosos y violentos, no tiene lugar d o n d e esconderse ni futuro.

CAPÍTULO 7 EL POBLADO Y EL CLAN

En el capítulo 5 h e m o s e x a m i n a d o las causas de la integración política y económica, m á s allá del nivel familiar. En el capítulo 6, con los yan o m a m i , h e m o s visto c ó m o la n e c e s i d a d de defensa de las p r o p i e d a d e s familiares, t a n t o los h u e r t o s cultivados c o m o el conjunto de mujeres sobre las que los h o m b r e s r e c l a m a n derechos reproductivos, llevó a la vida de poblado. También h e m o s descubierto que c o m p a r t i r la comida p a r a evitar el riesgo y el intercambio e n t r e c o m u n i d a d e s reforzaron los p a t r o n e s de alianza y liderazgo, que emergieron de las c o m p o n e n d a s militares defensivas. En este capítulo c o n t i n u a r e m o s explorando los d e t e r m i n a n t e s complejos de la integración e c o n ó m i c a suprafamiliar. El valor de la noción de Steward de evolución multilineal se hace evidente en los tres casos de este capítulo. El m o t o r p a r a el c a m b i o continúa siendo la intensificación impelida p o r el crecimiento de la población y canalizada p o r las condiciones específicas en el m e d i o y la tecnología utilizada p a r a explotarlo y t r a n s formarlo. En medios ricos en recursos naturales, especialmente los m a r i nos, la intensificación de las e c o n o m í a s cazadoras-recolectoras-pescadoras es, en m u c h o s casos, posible. La tecnología para pescar a cierta distancia de la costa y en los ríos, así c o m o p a r a c a p t u r a r grandes mamíferos marinos, p u e d e ser b a s t a n t e c o m p l i c a d a y requiere b a r c a s especiales, lanzas, sedales o presas. Los esquimales de la costa, n u e s t r o p r i m e r caso, se enc u e n t r a n í n t i m a m e n t e relacionados con los grupos del interior, organizados a nivel familiar, pero su compleja tecnología de la caza de la ballena requiere u n a considerable inversión de capital en e q u i p a m i e n t o y u n a división del trabajo en la caza. Los líderes, propietarios de las b a r c a s balleneras, son i m p o r t a n t e s y a l r e d e d o r de sus residencias se f o r m a n p e q u e ños poblados. El comercio es t a m b i é n importante, pero en cambio la guerra lo es m u c h o m e n o s q u e en otras sociedades h o r t i c u l t o r a s o r g a n i z a d a s a esta escala. En otros medios, los resultados de la intensificación p u e d e n ser bastante diferentes. Dando un repaso al c o n t i n u o proceso de intensificación entre los grupos horticultores, v e m o s que entre los m a r i n g la defensa territorial i m p u l s a la formación de grupos c o m o entre los y a n o m a m i , pero en este caso la mayor densidad de población sitúa la importancia de la pro-

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piedad de la tierra en un p r i m e r plano. Dignos de m e n c i ó n son los clanes formalizados m a r i n g , grupos sociales b a s a d o s en la familia, que son t a n c o m u n e s en el nivel de grupo local. Los clanes r e c l a m a n sus derechos sob r e las tierras, fundado en derechos sagrados, y los defienden tales derechos contra los vecinos p r e d a d o r e s . Finalmente, en los medios marginales p a r a la agricultura, especialm e n t e las s a b a n a s de pastizales, bien naturales o bien p r o d u c i d a s p o r el h o m b r e , la intensificación tiene n o r m a l m e n t e c o m o resultado el desarrollo de ganaderos de subsistencia. E n t r e los t u r k a n a del norte, los grupos locales son esenciales p a r a defender los r e b a ñ o s c o n t r a el pillaje y prop o r c i o n a r un acceso c o m ú n a los pastos, u s a d o s de m a n e r a o p o r t u n i s t a p o r todos ellos. La población no se centra en un poblado p o r razones ecológicas obvias, y redes móviles y m u y dispersas crean un g r u p o local c o m o m e d i o p a r a distribuir los riesgos del pastoreo (tanto p o r p a r t e de los predadores naturales c o m o h u m a n o s ) y p a r a m a x i m i z a r los movimientos flexibles y o p o r t u n i s t a s hacia los pastos y el agua. Con la s u m a de estos tres nuevos casos a los y a n o m a m i , p o d e m o s exam i n a r con m á s detalle c ó m o cada u n o de los cuatro procesos de la integración e c o n ó m i c a —defensa, evitar el riesgo, inversión de capital en tecnología y c o m e r c i o — crea u n a i n t e r d e p e n d e n c i a e c o n ó m i c a , incluso en sociedades sólo un poco m á s institucionalizadas que las sociedades de nivel familiar.

Caso 6. Los e s q u i m a l e s de la vertiente n o r t e de Alaska Los esquimales de la vertiente norte ofrecen un ejemplo notablemente claro de los factores que llevan a la formación de la e c o n o m í a de nivel de poblado. Este caso es especialmente revelador porque, a p e s a r de que todos los esquimales de la vertiente norte pertenecen al m i s m o g r u p o cultural y lingüístico, s o l a m e n t e aquellos que viven en la costa y están c o m p r o m e t i d o s c o n l a c a z a c o o p e r a t i v a d e b a l l e n a s (los t a r e u m i u t ) t i e n e n u n a e c o n o m í a de p o b l a d o desarrollada. Los esquimales del interior (los n u n a m i u t ) son cazadores-recolectores de nivel familiar típicos, m u y parecidos a los n g a n a s a n (caso 4), que se j u n t a n en grupos mayores al nivel de c a m p a m e n t o solamente p a r a las partidas semestrales de caribú o, de m a n e r a m e n o s c o m ú n , p a r a p a s a r el invierno en la seguridad de u n a vecind a d sedentaria.

EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA

Los t a r e u m i u t , o «gente del mar» (Spencer, 1959), y los n u n a m i u t , o «gente de la tierra» (Gubser, 1965), o c u p a n nichos separados en el hábitat de la vertiente n o r t e , u n a región de u n o s ciento o c h e n t a mil kilómetros c u a d r a d o s dentro del círculo polar Ártico, descendiendo desde el n o r t e de la cordillera de Brooks, a través de las estribaciones y las planicies coste-

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ras, h a s t a el océano Ártico. A pesar de su apariencia desolada de t u n d r a sin árboles, la vertiente norte ofrece u n a amplia g a m a de alimentos de origen a n i m a l p a r a u n a población p e q u e ñ a y dispersa de cazadores-recolectores. A lo largo de la costa h a y ballenas, m o r s a s , focas y osos p o l a r e s . Tierra adentro están el m u y valorado caribú, j u n t o con el oso pardo, el m u flón de las Rocosas, el alce a m e r i c a n o y las perdices blancas. En condiciones normales hay comida suficiente p a r a sostener las densidades de población aborigen, de alrededor de u n a persona por cada cincuenta kilómetros cuadrados, p e r o la fluctuación estacional en la disponibilidad de comestibles es m u y amplia y de un a ñ o a otro se registran variaciones impredecibles en los p a t r o n e s de migración de los mamíferos de caza m á s importantes: el caribú y la ballena. Tanto en la costa c o m o tierra adentro, las migraciones primaverales de ballenas y de caribú suponen épocas de abundancia de alimentos. Cuando las placas de hielo polar se r o m p e n , las ballenas se a p r o x i m a n a la costa, d o n d e los h o m b r e s las p u e d e n cazar desde sus barcos. Tierra adentro, el caribú se a g r u p a en m a n a d a s de cientos o miles, que c r u z a n los pasos de la cordillera de Brooks hacia los pastos de la vertiente norte. Al acercarse el verano, las migraciones t e r m i n a n y la caza escasea. La nieve se funde y a p e s a r de q u e la región es un v e r d a d e r o desierto q u e recibe s o l a m e n t e u n o s quince milímetros de lluvia p o r año, la h u m e d a d se evapora lentam e n t e , de m a n e r a que el paisaje se convierte en un laberinto de p a n t a n o s y charcas p e r m a n e n t e m e n t e helados. En verano hay un periodo de dos meses de veinticuatro h o r a s de sol. La tierra florece y los animales engordan, p e r o las p r i m e r a s nieves p u e d e n caer a finales de agosto; a principios de octubre, el suelo se ha h e l a d o p o r c o m p l e t o . En o t o ñ o hay m i g r a c i o n e s m á s p e q u e ñ a s de caribú y, en ocasiones, de ballenas. Alrededor de noviembre, el invierno trae el «tiempo de h a m b r e » . El invierno tiene sus ventajas: a t e m p e r a t u r a s entre - 2 3 y - 3 5 °C, la nieve y el hielo están bien preparados p a r a los trineos y p a r a el viaje a pie; hay mucho t i e m p o de ocio y en las zonas sedentarias, intensas relaciones sociales. El invierno, no obstante, es u n a época difícil p a r a cazar, puesto que los animales p u e d e n ver, oír y oler a grandes distancias a través de las nieves áridas, y es complicado acecharlas. Gubser (1965: 260) explica que un h o m bre p u e d e oír los pasos de otro en la nieve a dos kilómetros de distancia. Los animales de caza se hallan m u y dispersos y p u e d e n no ser vistos durante m u c h a s s e m a n a s . La gente se ve forzada a c o m e r alimentos m e n o s deseados tales c o m o pescado, considerado inferior p o r la creencia de que carece de aceite, o incluso el zorro. (Se c a z a n o se tienden t r a m p a s a los zorros n o r m a l m e n t e p o r sus pelajes, m i e n t r a s que su carne se desecha o se utiliza p a r a a l i m e n t a r a los perros.) «Con su nivel de tecnología y el m e d i o que h a b i t a b a n era imposible asegurar un excedente suficiente de c o m i d a p a r a que la familia p a s a r a el invierno» (Chance, 1966: 2). P a r a los n u n a m i u t , así c o m o p a r a los n g a n a s a n , el a b a s t e c i m i e n t o de c o m i d a de u n a familia depende casi exclusivamente del éxito en la caza y la dieta se ve d o m i n a d a p o r la carne y la grasa de caribú. Las pieles, la c o r n a m e n t a , los tendones y los huesos del caribú p r o p o r c i o n a n los m a t e -

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ríales m á s necesarios, incluidos aquellos con los que se hacen las tiendas y la ropa. Las mujeres se p r o c u r a n leña (un recurso m u y escaso), consiguen a g u a (que en invierno se funde de bloques de nieve), p r e p a r a n la com i d a y m a n u f a c t u r a n la ropa. La m a y o r parte del a ñ o los n u n a m i u t vagan en familias nucleares o en c a m p a m e n t o s de familias extensas, que a m e n u d o se r o m p e n en unid a d e s d o m é s t i c a s individuales y t o m a n c a m i n o s s e p a r a d o s d u r a n t e u n t i e m p o antes de reagruparse. D u r a n t e este m i s m o periodo, el caribú también viaja en grupos p e q u e ñ o s y m u y dispersos, que los esquimales conceptualizan c o m o familias nucleares y extensas. C u a n d o llegan las m i g r a c i o n e s p r i m a v e r a l e s y otoñales del caribú, m u c h o s c a m p a m e n t o s se r e ú n e n en zonas p r e d e t e r m i n a d a s p a r a cacerías cooperativas. Como con los n g a n a s a n , los cazadores que tienen éxito se visitan p a r a organizar las actividades colectivas de las batidas del caribú. No obstante, d u r a n t e esta época, b u e n a parte de la caza continúa siendo individual y, en los años en que las grandes m a n a d a s de caribúes no aparecen, los n u n a m i u t simplemente se dispersan p a r a perseguir las m a n a d a s pequeñas. A p e s a r de que el verano es u n a época b a s t a n t e c ó m o d a , la c a p t u r a de caribúes en p r i m a v e r a y o t o ñ o no suele b a s t a r p a r a p a s a r el invierno y esto plantea un dilema. Por u n a parte, u n a familia p u e d e p e r m a n e c e r cerca de otras d u r a n t e el invierno; puesto que la gente debe c o m p a r t i r la comida c u a n d o o t r o s se lo piden, n a d i e m u e r e de h a m b r e m i e n t r a s sus vecinos están b i e n abastecidos. Por o t r a parte, los animales de caza y la leña se agotan r á p i d a m e n t e en los alrededores de u n a c o m u n i d a d asentada y las molestias, el h a m b r e y las constantes i m p o r t u n i d a d e s de los vecinos pueden llevar a u n a familia e m p r e n d e d o r a a la t u n d r a solitaria, d o n d e no necesita c o m p a r t i r el alimento y la leña que obtenga. En otras ocasiones, u n a familia así p u e d e m o r i r de h a m b r e p o r no e n c o n t r a r n a d a p a r a c o m e r dur a n t e varias s e m a n a s . La guerra, c o m o agresión organizada entre grupos, no existe entre los n u n a m i u t , a p e s a r de q u e se d o c u m e n t ó en a l g u n a s z o n a s e s q u i m a l e s (Nelson, 1899: 327-330; Oswalt, 1979: 194-197). C o m o en otras sociedades de nivel familiar, de p r o d u c e n luchas y homicidios ocasionales, especialmente por mujeres. Un h o m b r e puede intentar apoderarse de una mujer, especialmente si percibe debilidad en sus familiares, y son comunes las a v e n t u r a s e x t r a m a t r i m o n i a l e s y los m a r i d o s v i o l e n t a m e n t e celosos (Spencer, 1959: 78). A p e s a r de tener un p a t r ó n de control estricto sob r e la i r a y la a g r e s i ó n d e n t r o de u n a familia (Briggs, 1970), existen h o m i c i d i o s c o m o consecuencia de disputas entre familias y éstos deben ser vengados, lo cual genera e n e m i s t a d e s h e r e d a d a s . También se sospecha de los extraños y en ocasiones son apalizados y humillados si entran en los territorios de otro g r u p o sin p e r m i s o . A p e s a r de todo, establecer contactos tanto p a r a c o m e r c i a r c o m o p a r a gestionar el riesgo es de s u m a i m p o r t a n c i a y sirve p a r a c o n t r a r r e s t a r estas tendencias divisorias. L a e c o n o m í a t a r e u m i u t e s m u y diferente, a u n q u e , c o m o los n u n a miut, t a m b i é n recolectan algo y cazan el caribú, especialmente en verano

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y otoño. Los t a r e u m i u t viven en robustas casas de tierra reunidos en poblados de invierno p e r m a n e n t e s de doscientos a trescientos m i e m b r o s , localizados a m u c h a distancia los u n o s de los otros a lo largo de la costa ártica. La e c o n o m í a se c e n t r a en las ballenas. Un p o b l a d o que tenga éxito p u e d e cazar quince ballenas o m á s en u n a primavera, p r o d u c i e n d o cientos de toneladas de carne y grasa. A diferencia de los n u n a m i u t , q u e secan los sobrantes de la c a r n e de caribú y a l m a c e n a n p e q u e ñ a s cantidades p a r a consumirlas m á s tarde, los t a r e u m i u t cavan laboriosamente despensas de hielo en las nieves perpetuas y a l m a c e n a n grandes cantidades de com i d a congelada p a r a el invierno. Los tareumiut también cazan un b u e n n ú m e r o de morsas y focas, pero d e p e n d e n de las ballenas p a r a sobrevivir. Un adulto c o m e de tres kilos a tres kilos y m e d i o de c a r n e al día. También h a y q u e a l i m e n t a r a los perros, necesarios p a r a el t r a n s p o r t e entre a m b o s grupos esquimales (como el r e n o domesticado p a r a los n g a n a s a n ) . S p e n c e r (1959: 141) cita un informe según el cual, en 1883, un grupo de treinta personas c o n s u m i ó ocho mil cuatrocientos kilos de carne en setenta y cinco días, u n a m e d i a de unos tres kilos y m e d i o p o r p e r s o n a y día. A pesar de las e n o r m e s c a n t i d a d e s de carne y grasa disponible en los años buenos, el h a m b r e es u n a a m e n a z a s i e m p r e presente. C u a n d o algunos años las ballenas no siguen sus r u t a s a c o s t u m b r a d a s , los t a r e u m i u t d e p e n d e n p r i n c i p a l m e n t e de las m o r s a s y, c o m o último recurso, de las focas, la carne de las cuales no goza de su favor, a u n q u e tiene un a b a s t e c i m i e n t o m á s s e g u r o (Chance, 1966: 9, 36). Los dos grupos esquimales están í n t i m a m e n t e vinculados p o r su necesidad de comerciar. Los t a r e u m i u t necesitan m á s caribúes p a r a sus tiendas, r o p a s y h e r r a m i e n t a s , y los n u n a m i u t precisan aceite de foca p a r a utilizarlo c o m o combustible y alimento. Además, se comercia con m u c h o s otros p r o d u c t o s (véase tabla 6): por ejemplo, los n u n a m i u t consideran la grasa de ballena un alimento excelente, m i e n t r a s que los t a r e u m i u t b u s can pelajes de zorro, lobo y carcayú p a r a la ropa. El comercio a gran distancia es i m p o r t a n t e en la e c o n o m í a esquimal y con frecuencia, está sorprendentemente bien organizado. Por ejemplo, los tareumiut preparan fajas

TABLA 6.

Comercio de los esquimales de la vertiente norte

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cortadas de piel de foca en fardos e s t á n d a r de veinte, c o m o objeto popular de comercio.

ORGANIZACIÓN SOCIAL

E n t r e a m b o s grupos esquimales la familia nuclear es la u n i d a d básica residencial y productiva. Dos o tres familias p u e d e n construir casas u n a s al lado de las otras y, en ocasiones, dos casas p u e d e n c o m p a r t i r un túnel de e n t r a d a c o m ú n , p e r o la c o m i d a se a l m a c e n a y se cocina de m a n e r a separada. Se hace hincapié en la a r m o n í a y la u n i d a d del grupo familiar p r i m a r i o . Las esposas son escogidas, en parte, sobre la base de su compatibilidad con otros m i e m b r o s de la familia; de hecho, la r a z ó n m á s c o m ú n p a r a explicar el suicidio es que la víctima no p o d í a s o p o r t a r p o r m á s tiempo convivir con un «alborotador». Los lazos de parentesco cont i n ú a n constituyendo la base m á s sólida de las relaciones sociales m á s allá del hogar. Los parientes son libres de visitarse y de pedirse ayuda los u n o s a los otros, p e r o tienen relaciones m á s intensas c u a n d o viven cerca. Las n o r m a s sociales de los n u n a m i u t p r e c i s a n q u e se c o m p a r t a la comida d e n t r o del grupo aldeano y entre colegas de intercambio. No obstante, la p r o p i e d a d de la c o m i d a se registra c u i d a d o s a m e n t e y las a r m a s y proyectiles de caza se identifican con m a r c a s personales p a r a evitar disputas sobre quien m a t ó qué animal en las cacerías comunales. Incluso se permite el i n t e r c a m b i o de esposas, que es visto c o m o u n a forma de reciprocidad en los derechos de propiedad de los h o m b r e s sobre la sexualidad de sus mujeres. Los h o m b r e s tranquilos, trabajadores, generosos, que no tien e n deseo de «ponerse a sí m i s m o s p o r e n c i m a de las cabezas de los otros» m e r e c e n el m á s alto respeto. E n t r e los n u n a m i u t , se conoce a los grupos locales p o r el n o m b r e de su territorio doméstico usual; p o r ejemplo, los h a b i t a n t e s de la zona del río Utokak se l l a m a n utokagmiut. Unas doscientas o trescientas p e r s o n a s identifican su territorio d o m é s t i c o en u n a de estas áreas. Puesto q u e se puede a b u s a r físicamente de los extraños si p e n e t r a n en otro territorio, la gente establece asociaciones a través de la región interior p a r a h a c e r posible visitar y cazar fuera de su propio territorio. Cada m i e m b r o de la familia tiene un único conjunto de lazos de amistad, que p u e d e ser activado c u a n d o se necesita, lazos que se ven reforzados frecuentemente p o r el intercambio de regalos, el comercio de objetos y el acceso sexual a las esposas. Estos lazos voluntarios diádicos son de gran i m p o r t a n c i a p a r a integrar a las familias m á s allá de su vecindad inmediata. Los t a r e u m i u t y los n u n a m i u t establecen relaciones comerciales y se e n c u e n t r a n cada verano en lugares designados p a r a el intercambio. H a s t a quinientas p e r s o n a s p u e d e n congregarse en estos m e r c a d o s temporales o «emporios comerciales» (Spencer, 1959: 198). Las c a n t i d a d e s i n t e r c a m b i a d a s son a m e n u d o grandes: p o r ejemplo, dos h o m b r e s p u e d e n intercambiar cientos de pieles de caribú por docenas de bolsas de aceite de foca. No todo el m u n d o participa directamente en este comercio, pero c u a n d o

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los comerciantes vuelven a casa se e n c u e n t r a n con u n a d e m a n d a importante; enseguida tiene lugar la distribución a través de la c o m u n i d a d , a través de los lazos de parentesco y de amistad. La economía de poblado de los t a r e u m i u t se basa en la caza cooperativa de ballenas y la distribución de la comida almacenada. A pesar de que los parientes prefieren trabajar en la m i s m a barca, h o m b r e s que no son parientes a m e n u d o deben trabajar j u n t o s como tripulación de u n a barca y distintas b a r c a s d e u n m i s m o p o b l a d o p u e d e n c o o p e r a r p a r a cazar u n a ballena. Los cazadores de ballenas forman asociaciones voluntarias bajo el liderazgo de un umealiq («propietario de u n a barca»; pl., umealit), que organiza el trabajo necesario p a r a adquirir y m a n t e n e r un b a r c o ballenero. El umealiq debe ser un ballenero con conocimientos y que triunfe, para conseguir seguidores y mantenerlos, y tiene que ser capaz de integrar las distintas personalidades de los especialistas (timoneles, arponeros) en u n a unidad que funcione a la perfección. Los seguidores deben confiar en su umealiq y en los c o m p a ñ e r o s m i e m b r o s de la tripulación, ya que u n a embarcación que zozobra en aguas del Ártico r a r a vez tiene supervivientes (de hecho, pocos esquimales saben nadar). El umealiq vela p o r que la ballena se distribuya de m a n e r a correcta entre los cazadores tras el despiece. Un umealiq debe p r o c u r a r por la seguridad de sus seguidores, incluso en u n a estación mala. Todas las familias tienen depósitos de hielo p a r a almacenar, pero un umealiq tiene un depósito m á s grande, acorde con sus mayores responsabilidades. Este depósito funciona c o m o u n a especie de fondo de reserva social, del que sus seguidores p u e d e n s a c a r provisiones. A principios de primavera, antes de la caza de la ballena, lo vacía y agasaja a sus seguidores con los restos de la captura del año anterior. Además, se espera de él que p r o p o r c i o n e r o p a y otros artículos a sus seguidores a cambio de su lealtad. Por último, un umealiq establece lazos con otros umealit del poblado, de los que p u e d e conseguir reservas de alimentos c u a n d o su propia e m b a r c a c i ó n tiene u n a r a c h a de m a l a suerte. Así, los t a r e u m i u t p e r m a n e c e n j u n t o s d u r a n t e el invierno, disfrutando de cierto grado de seguridad alimentaria, desconocida entre los n u n a m i u t , a quienes critican por a b a n d o n a r en ocasiones a parientes mayores o enfermos d u r a n t e un invierno m a g r o . Dicen de ellos: «Son c o m o animales, dejan m o r i r a todo el m u n d o » (Spencer, 1959: 95). El umeaiq d e s e m p e ñ a un papel i m p o r t a n t e en la integración económica m á s allá del nivel familiar. Los h o m b r e s que comercian frecuentemente y en grandes cantidades tienden a ser llamados umealiq, t a n t o si poseen u n a e m b a r c a c i ó n c o m o si no. E n t r e los tareumiut, el m á x i m o exponente de dependencia entre poblados es el «festín del mensajero»: u n a ocasión ceremonial importante y de elaboración considerable. C u a n d o un umealiq considera que d i s p o n e —en sus propios almacenes y en los de sus umealit aliados— de un excedente g r a n d e de comida y de otros tipos de riqueza, invita los umealit de otros poblados a un festín de estilo potlatch (véase capítulo 8). En estas reuniones se celebran carreras y otras formas de competición ceremonial, y no faltan grandes exhibiciones de generosidad competitiva. Se espera que los invitados, en un m o m e n t o posterior, sean recíprocos organizando u n a fiesta

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con sus propios excedentes. Reservaremos nuestro análisis del potlatch para el capítulo 8, señalando aquí tan sólo que el «festín del mensajero» se utiliza p a r a distribuir grandes excedentes a través de la costa (y las tierras del interior) y p a r a financiar la competencia interpersonal e intercomunitaria. La vida social de los esquimales está i m b u i d a por la competencia y la c o m p a r a c i ó n , pero entre los n u n a m i u t la presión social p a r a ser «honrado y paciente» contiene a los aspirantes a líderes. Según Chance (1966: 73): «Nunca nadie dice a un esquimal lo que debe hacer. Aunque cierta gente es m á s inteligente que otra y puede d a r b u e n o s consejos. Ellos son los líderes.» El atletismo competitivo, las acrobacias, el baile, el canto y las brom a s son p a s a t i e m p o s p a r a las largas noches de invierno, pero la m á s importante es que cada u n o muestre su propia fuerza y demuestra admiración p o r las habilidades de los d e m á s . Esto es lo q u e s a b e m o s que d e b e m o s esp e r a r de las sociedades de nivel familiar. «Los esquimales no son "modestos"»: son francos en relación con sus p r o p i o s t a l e n t o s y logros. Lo i m p o r t a n t e es el control de la agresividad (Chance, 1966: 65-66, 78). Cuando los sentimientos hostiles a m e n a z a n con estallar en u n a acción agresiva es conveniente m a r c h a r s e hasta que los ánim o s se enfrían. Es c o m ú n c o n d e n a r al ostracismo a los h o m b r e s agresivos, u n a m e d i d a d u r a dadas las dificultades de sobrevivir solo en invierno. Sin e m b a r g o , c u a n d o la hostilidad lleva al homicidio, los parientes de la víctima se u n e n p a r a vengarla. De este m o d o , se instituye u n a enemistad entre familias que puede ser difícil de p a r a r en un sistema sin controles políticos p o r encima del nivel familiar. Los tareumiut, en suma, ilustran u n a situación en la que la guerra es m e n o s importante p a r a la cooperación multifamiliar que el hecho de compartir alimentos p a r a evitar el riesgo y la inversión de capital en tecnología p a r a producirlos. La ausencia, o el m e n o r alcance de estas circunstancias entre los n u n a m i u t , se refleja en su posición c o m o c o m u n i d a d e s de auténtico nivel familiar. El centro de la economía política de los tareumiut se sitúa claramente en los umealit, los líderes que coordinan la manufactura, el uso y el m a n t e n i m i e n t o de la tecnología ballenera y la distribución de las capturas masivas que ésta hace posible. De igual m o d o que los y a n o m a m i no p u e d e n vivir fuera del p a r a g u a s defensivo que les p r o p o r c i o n a n sus h e r m a n o s y c u ñ a d o s dirigidos por su tushaua, las familias t a r e u m i u t no p u e d e n sobrevivir separadas del grupo cooperativo de parientes y asociados agrupados en la embarcación-casa bajo la dirección del umealiq.

EL CAMBIO RECIENTE

A pesar de que se hallan sujetos a m u c h a s fuentes de cambio, entre ellas la educación en las aulas, el servicio militar, la construcción de instalaciones militares y las exploraciones petrolíferas, los esquimales de la vertiente norte p e r m a n e c í a n m u y orientados hacia la subsistencia en la década de 1960, c u a n d o se descubrió petróleo en la bahía de Prudhoe. Poco después, en 1971, la ley de reivindicaciones de los nativos de Alaska sobre

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los a s e n t a m i e n t o s (Alaska Native Claims Settlement Act, ANCSA) redefinió las vidas de los esquimales, al i m p o n e r y alentar nuevas formas de organización política y económica. Por ejemplo, los esquimales convirtieron de inmediato toda la vertiente n o r t e en un c o n d a d o con p o d e r p a r a establecer impuestos sobre las ganancias del petróleo de la bahía de Prudhoe, recibir fondos estatales p a r a servicios municipales y vender bonos m u n i cipales en Wall Street (Chance, 1966: 3). Esto permitió a los esquimales d e t e r m i n a r a quién se c o n t r a t a b a p a r a los servicios municipales y p a g a r sueldos competitivos. Al m i s m o tiempo, la estructura de la ANCSA requería que las tierras y los recursos nativos fueran gestionados como u n a empresa para obtener un beneficio. Esto tuvo el efecto de favorecer el desarrollo de «un grupo creciente de élite de Iñupiat, junto con un contingente considerable de asociados no nativos de tipo gestor, fiscal y legal» (Chance, 1966: 3). Ahora existe tensión entre dos orientaciones: el condado m á s igualitario —dirigido hacia el servicio público y el reconocimiento de la importancia de la familia, los parientes, las oportunidades de subsistencia y la integridad cultural nativa— y la orientación hacia la obtención de beneficios, que tiende hacia la estratificación social y la asimilación de los esquimales dentro de la sociedad de Estados Unidos (una intención explícita de los artífices de la ANCSA). Una proporción s o r p r e n d e n t e m e n t e grande de la economía esquimal está todavía orientada hacia la subsistencia familiar, basada en la explotación de los recursos naturales: hasta mediados de los años ochenta, la mayor parte de la dieta en los tres pueblos estudiados por Jorgensen (1990: xvi, 310) se obtenía de fuentes naturales. Al tiempo que se atraía a los h o m b r e s hacia el trabajo asalariado, las mujeres i n c r e m e n t a r o n su participación en la producción de comida, incluso participando en la caza, u n a actividad anteriormente restringida a los h o m b r e s (Jorgensen, 1980: 308). Los grupos familiares m u y integrados c o m p a r t e n recursos y están unidos por la ayuda m u t u a y el intercambio de regalos. Los m i e m b r o s de estos grupos expresan fuertes sentimientos a favor de esta economía de subsistencia. Al m i s m o tiempo, las familias se h a n vuelto dependientes de los ingresos externos y a h o r a disfrutan o sufren las subidas y bajadas del mercado del petróleo. C u a n d o los precios están altos, se vuelven c o n s u m i d o res entusiastas de los artículos de las tiendas y del gasóleo para la calefacción. Cuando los precios bajan, a h o r r a n y b u s c a n alternativas m e n o s costosas. R e c u p e r a r su a n t e r i o r i n d e p e n d e n c i a parece hoy u n a opción d e s c a r t a d a (Jorgensen, 1990: 287-313).

Caso 7. Los t s e m b a g a maring de N u e v a Guinea Los tsembaga, u n a sociedad acéfala arquetípica (Rappaport, 1967: 8, 10), son u n o de los treinta grupos m a r i n g políticamente a u t ó n o m o s que viven en los l í m i t e s de la c o r d i l l e r a c e n t r a l de P a p ú a - N u e v a G u i n e a (Buchbinder, 1973; Clarke, 1966, 1971; L o w m a n , 1980; Rappaport, 1967). Unos siete mil h a b l a n t e s m a r i n g h a b i t a n las z o n a s m o n t a ñ o s a s d e los

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pronunciados valles de Jimi y Simbai, que lindan con la cordillera Bismarck, o c u p á n d o s e de los c a m p o s de silvicultura, criando cerdos, c a z a n d o y recolectando alimentos silvestres. H a s t a los años cincuenta, los m a r i n g perm a n e c i e r o n alejados del contacto occidental directo y su etnografía ofrece u n a r a r a o p o r t u n i d a d de ver u n a sociedad tribal tal y c o m o funcionaba e n u n m u n d o d e grupos apátridas. Los t s e m b a g a viven en un paisaje d e n s a m e n t e poblado —incluso m á s q u e el de los y a n o m a m i — , con vecinos g u e r r e r o s hostiles, se o r g a n i z a n en clanes y grupos locales y tienen ceremonias elaboradas. Una m a y o r densidad de población ha llevado a la intensificación y a la c o m p e t e n c i a directa p o r la tierra, que tiene c o m o resultado u n a guerra persistente entre vecinos, d e b i d o a la falta de m e c a n i s m o s regionales p a r a m e d i a r en las disputas intergrupales. P a r a c o n t r a r r e s t a r la a m e n a z a de incursiones, batallas y muertes, cada familia debe unirse a un clan, c o m o m e c a n i s m o para afirmar sus derechos sobre la tierra, y a un g r u p o local, p a r a la defensa m u t u a cooperativa. Las c e r e m o n i a s a y u d a n a simbolizar, u n i r e institucionalizar estos grupos mayores, y t a m b i é n otorga a los t s e m b a g a la capacidad de extenderse r e g i o n a l m e n t e en busca de aliados.

EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA Los tsembaga viven en un medio ambiente montañoso y escarpado, que es económicamente marginal para los habitantes de la sierra de Nueva Guinea. Las mejores tierras de la cordillera se encuentran en los valles fértiles, donde viven los enga (capítulo 8) y grupos similares, con densidades de población considerablemente m á s altas, basadas en u n a agricultura m á s intensiva. El terreno quebrado donde habitan los maring es, hasta cierto punto, u n a frontera o región refugio c o m p a r a d a con el núcleo de la cordillera. Allí, en las estribaciones de la cordillera, la topografía es abrupta; se pasa de los 1.500 metros de las cumbres a los 600 metros en los fondos de los estrechos valles. Por debajo de los 1.500 metros, la media de las pendientes es de u n o s veinte grados, pero se vuelven m á s pronunciadas a m á s altitud. Pequeños riachuelos bajan en cascada por las faldas de la m o n t a ñ a p a r a juntarse con el río principal que discurre por el valle. El clima es generalmente tropical y h ú m e d o . A 1.425 metros, Rappaport (1967: 32-33) registró 3.910 milímetros de lluvia anual, bien distribuida a lo largo de los doce meses, y u n a temperatura uniformemente cálida, que oscilaba entre los 15-18 °C por la noche a los 24-27 °C d u r a n t e el día. Las t e m p e r a t u r a s son m á s bajas en las cotas altas y las m o n t a ñ a s se e n c u e n t r a n rodeadas por nubes. Clarke (1971) describió dos zonas forestales primarias bien diferenciadas en la región maring. Por encima de los 1.500 metros, grandes árboles p a n d a n á c e o s (Pandanus) c a r a c t e r i z a n la vegetación. P o r debajo de los 1.500 metros aparece u n a c o m u n i d a d forestal m á s diversa, con árboles de m á s de tres metros de altura y un sotobosque herbáceo de matojos. La mayor parte del bosque primario por debajo de los 1.500 metros ha sido destruido p a r a cultivar y ahora esta zona es un mosaico de c a m p o s de rozas y

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FIG. 8. Patrón de asentamiento de los maring. Exceptuando las cadenas montañosas y el fondo de los valles, el paisaje ha sido transformado en un mosaico de huertos y vegetación secundaria. Las aldeas, dispersas, se hallan protegidas por vallas, debido a que el territorio del grupo local linda con tierras enemigas.

de bosques secundarios. El bosque primario se halla restringido principalm e n t e a los m o n t e s m á s bajos, cerca de los ríos, y a las cotas m á s altas. La densidad de población en la región m a r i n g es considerablemente m á s alta que la de los y a n o m a m i . La densidad total es de u n a s 14 personas por kilómetro cuadrado (7.000 personas en 500 k m ) y la figura 8 muestra un e n t o r n o lleno de aldeas sedentarias. R a p p a p o r t (1967: 14) registra 2

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u n o s 200 t s e m b a g a en su territorio de 8,3 k m , es decir, alrededor de 24 p o r kilómetro cuadrado. Desde u n a perspectiva diacrónica, L o w m a n (1980: 15) describe un ciclo de crecimiento y declive de la población que interrelaciona la presión sobre los recursos, la guerra, los p a t r o n e s de m a t r i m o nio y la enfermedad. Tanto regional c o m o diacrónicamente, este ciclo din á m i c o de la evolución social sigue su curso. Al tiempo que un grupo local construye su prestigio, sus m i e m b r o s a m a s a n fortunas y se vuelven atractivos c o m o parejas; la afluencia de mujeres construye la capacidad reproductiva del g r u p o y éste florece, h a s t a sobreexplotar el m e d i o , fragment a r s e s o c i a l m e n t e y r e d u c i r su t a m a ñ o y su influencia. Los t s e m b a g a , recientemente derrotados en u n a batalla, están p r o b a b l e m e n t e en declive, y R a p p a p o r t estima su población m á x i m a anterior entre 250 y 300 person a s (de 30 a 37 p o r kilómetro c u a d r a d o ) . La densidad de población es la variable clave en n u e s t r o m o d e l o evolutivo. Los t s e m b a g a están c l a r a m e n t e m á s a p i ñ a d o s q u e cualquier otra sociedad de nivel familiar, pero no hay que olvidar que se trata de u n a densidad relativamente baja en c o m p a r a c i ó n con la de los sistemas de gran h o m b r e del centro de la cordillera de Nueva Guinea (capítulo 8), es igualm e n t e i m p o r t a n t e . ¿Por qué su densidad no es mayor? P r o b a b l e m e n t e , la r a z ó n principal h a y que buscarla en factores m e d i o a m b i e n t a l e s y epidemológicos (véase especialmente L o w m a n , 1980). Las e m p i n a d a s laderas son vulnerables a la erosión y al a g o t a m i e n t o de los nutrientes, que limit a n las o p o r t u n i d a d e s de intensificación, y a cotas m e n o r e s la malaria endémica ha restringido el crecimiento de la población. H a s t a cierto p u n t o , la densidad de población será siempre alta en relación con los recursos disponibles, pero algunos medios naturales, c o m o la región de origen de los m a r i n g , n o p u e d e n s o s t e n e r l a intensificación sin u n a d e g r a d a c i ó n severa; p o r eso las densidades de población son m e n o r e s . La e c o n o m í a de subsistencia t s e m b a g a se b a s a en u n a población suficientemente pequeña, que p u e d e ser sostenida p o r u n a diversidad de animales domesticados y algunos p r o d u c t o s silvestres. Los alimentos vegetales, que consisten en tubérculos, otros vegetales y frutas, constituyen casi el 99 % de la dieta total p o r peso (Rappaport, 1967: 73), siendo los tubérculos, es decir, taros, ñ a m e y boniatos, los que p r o p o r c i o n a n los alimentos con féculas. Esta dieta es m u c h o m á s variada que la de los grupos que habitan en cotas m á s altas, c o m o los m a e enga (véase capítulo 8), y bajo circunstancias normales es a d e c u a d a (Rappaport, 1967: 74-75). Los niños peq u e ñ o s y las mujeres t a m b i é n obtienen proteína de ratas, r a n a s , p e q u e ñ o s pájaros y larvas. La carne, q u e constituye u n a parte m e n o r de la dieta, se obtiene m e d i a n t e la caza de c e r d o s salvajes y m a r s u p i a l e s , así c o m o de los cerdos domesticados y las gallinas. P a r a abastecer esta a m a l g a m a dietética, los t s e m b a g a h a n creado un mosaico m e d i o a m b i e n t a l complejo, que es un artefacto cultural. Buscan tener siempre disponible u n a mezcla de vegetación en cada fase de cultivo, desde campos acabados de desbrozar hasta bosque en barbecho. Mantienen esta diversidad ecológica u s a n d o un ciclo agrícola de b a r b e c h o largo, que a su vez es posible por su densidad de población relativamente baja y sus

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necesidades de p r o d u c c i ó n limitadas. Con u n a tecnología simple, se desb r o z a n los bosques p a r a agricultura de tala y q u e m a , se g u a r d a n cerdos domesticados y se cazan y recolectan p r o d u c t o s silvestres. El cultivo itinerante en el bosque secundario (altitudes de 900 a 1.560 metros) constituye la estrategia de producción dominante. Los campos tsembaga p r o c u r a n u n a diversidad de cosechas: taros (Colocasia y Xanthosoma), boniatos, ñames, b a n a n a s , mandioca, caña de azúcar, distintas verduras y otros vegetales. A cotas m á s altas, el boniato se vuelve cada vez m á s importante en los campos, p r o c u r a n d o un 70 % de las calorías. Según R a p p a p o r t (1967: tablas 3 a 5), los c a m p o s de tala y q u e m a de m e n o r altitud p r o d u c e n a p r o x i m a d a m e n t e 12,8 millones de calorías p o r hectárea, los c a m p o s de m a y o r altitud, u n o s 11,3 millones. B a s á n d o s e en estimaciones de los costes de energía de desbrozar, vallar, desherbar, recolectar y t r a n s p o r t a r (pero no procesar los alimentos), la ratio e n t r e rendimientos y costes es de 16.5:1 p a r a los c a m p o s m á s bajos y 16:1 p a r a los m á s altos. Estos valores son virtualmente idénticos, algo que no recalca R a p p a p o r t pero que es exactamente lo que h a b r í a m o s predicho p a r a u n a e c o n o m í a de subsistencia que intente m i n i m i z a r los costes de producción. La preparación, plantación y cosecha de un c a m p o de tala y q u e m a las realizan un h o m b r e y u n a mujer, trabajando j u n t o s . Los h o m b r e s son principalmente responsables del desbrozado inicial, el vallado y p a r t e de la plantación. Las mujeres llevan a cabo el grueso de la plantación, desherbar, c o s e c h a r y t r a n s p o r t a r la cosecha. G e n e r a l m e n t e el h u e r t o es el proyecto de trabajo cooperativo de u n a familia nuclear, a pesar de que hombres y mujeres trabajan en los c a m p o s con los h e r m a n o s y yernos solteros y los progenitores viudos (Rappaport, 1967: 43). Después de d e s b r o z a r un c a m p o , se q u e m a la maleza y se valla p a r a proteger las cosechas de los cerdos que a n d a n sueltos. La s i e m b r a inmed i a t a m e n t e después de la q u e m a y el p a t r ó n e s t á n d a r de cosechas mezcladas crea u n a c o m u n i d a d de plantas compleja y artificial, con especies c o m p l e m e n t a r i a s de distintas alturas, velocidad de crecimiento y profundidad de raíces. El periodo relativamente largo de producción, consecuencia de este s i s t e m a de s e m b r a d o , es de capital i m p o r t a n c i a p a r a los t s e m baga. La producción de ñ a m e , m a n d i o c a , b o n i a t o y o c u m o se e n c u e n t r a disponible a lo largo de todo el periodo, desde las veinticuatro a las sesenta y seis s e m a n a s después de plantarlas. Algunos vegetales se e n c u e n t r a n m á s t e m p r a n o , y otras cosechas, especialmente la c a ñ a de a z ú c a r y la b a n a n a , c o n t i n ú a n p r o d u c i e n d o d u r a n t e otro a ñ o o m á s . D e s p u é s del p e r i o d o p r i n c i p a l de cosecha, el c a m p o se dirige grad u a l m e n t e h a c i a u n a vegetación secundaria, m i e n t r a s c o n t i n ú a l a recolección de las cosechas de p r o d u c c i ó n m á s larga. Al m i s m o t i e m p o , u n a pareja p r e p a r a r á un nuevo c a m p o , n o r m a l m e n t e adyacente al anterior. En el paisaje se observa u n a larga franja de c a m p o s viejos. En las altitudes m á s bajas, el ciclo de b a r b e c h o es de u n o s quince años, en las m á s altas es de h a s t a c u a r e n t a y cinco. La silvicultura es u n a interesante estrategia agrícola secundaria que practican los tsembaga y otros maring (Clarke, 1971; Lowman, 1980: 59-62:

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R a p p a p o r t , 1967: 55-56). Se p l a n t a n c o m ú n m e n t e dos especies de árboles en h u e r t o s , que son de p r o p i e d a d individual, en las alturas m e n o r e s del territorio tsembaga. El ambiam (Gnetum gnemon) tiene u n a hoja joven comestible y el k o m b a (Pandanus conoideus) proporciona un fruto que, como el pejibaye de los y a n o m a m i , es rico t a n t o en aceite c o m o en p r o t e í n a y niacina (Hipsley y Kirk, 1965: 39). Un grupo d e r r o t a d o en la guerra verá sus árboles destruidos y si vuelven a o c u p a r el territorio la vida les result a r á m á s d u r a . El grupo que derrotó a los t s e m b a g a cortó sus bosques y ello p u e d e ser la r a z ó n de p o r q u é h a c e n un uso m e n o r de los frutos de los árboles que otras poblaciones m a r i n g (Rappaport, 1967: 55). Los t s e m b a g a no crían s o l a m e n t e c e r d o s y gallinas, sino q u e t a m bién c a p t u r a n casuarios (Lowman, 1980: 78-97; Rappaport, 1967: 56-71). Los cerdos son, de lejos, el a n i m a l doméstico m á s importante; a p e s a r de que r e p r e s e n t a n m e n o s de un 1 % en peso de la dieta tsembaga, constituyen u n a importante fuente de proteínas y grasas. Ante todo son un alimento ceremonial, que se c o n s u m e en las grandes ceremonias intergrupales de la m a t a n z a y en ceremonias relacionadas con la enfermedad. Un h o m b r e y u n a mujer, n o r m a l m e n t e u n a pareja casada, p o s e e n y c r í a n los c e r d o s . Los h o m b r e s c o n s i g u e n c e r d o s a través del c o m e r c i o y del bosque; las mujeres son principalmente las responsables de criarlos y de ocuparse de los campos que los alimentan. Se permite que los animales crecidos b u s q u e n comida sin vigilancia, pero se los mantiene u n i d o s a su familia a través de raciones diarias de desperdicios y boniatos. Las piaras son de t a m a ñ o reducido, en parte p o r q u e la práctica de castrar a los machos significa que las h e m b r a s sólo p u e d e n ser p r e ñ a d a s por cerdos salvajes, y en p a r t e p o r q u e los sacrificios rituales m a n t i e n e n su n ú m e r o bajo. Vayda et al. (1961: 71) sugieren q u e en Nueva Guinea los cerdos act ú a n c o m o almacenes vivientes del excedente alimentario producido en los a ñ o s b u e n o s , logrando así que d u r a n t e los años m a l o s se p u e d a n c o m e r estos alimentos en forma de carne. Sin embargo, R a p p a p o r t (1967: 59-68) ha m o s t r a d o que los cerdos son inútiles como almacenes de energía, puesto que precisan casi u n a caloría de gasto de energía p o r p a r t e de los tsembaga p o r cada caloría devuelta en comida. En efecto, c u a n d o la p i a r a alc a n z a s u d e n s i d a d m á x i m a , c a d a cerdo c o m e los b o n i a t o s que p r o d u c e un c a m p o de 0,06 hectáreas; c o m o destaca R a p p a p o r t ¡éste es el t a m a ñ o r e q u e r i d o de un c a m p o p a r a sostener a un h u m a n o ! Q u e d a claro, p u e s , que el e n o r m e gasto de trabajo que los t s e m b a g a invierten en los cerdos no está destinado a almacenar calorías, sino a obtener abastecimientos críticos de proteína y grasa. Los cerdos t a m b i é n son bienes primitivos; el int e r c a m b i o de la carne de cerdo, que los t s e m b a g a realizan m e d i a n t e cerem o n i a s políticamente importantes, anticipa los desarrollos de la economía política, que describiremos en el capítulo 8 p a r a las sociedades de m a y o r densidad del gran h o m b r e en la cordillera central de Nueva Guinea. La rivalidad política entre los h o m b r e s se sostiene p o r los trabajos de sus mujeres, que crían el capital p r i m a r i o en forma de piaras de cerdos. Actividades c o m o la caza y la recolección, t a n i m p o r t a n t e s en sociedades c o m o las de los m a c h i g u e n g a y los y a n o m a m i , son marginales en la

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dieta principal de los tsembaga. Los bosques p r o p o r c i o n a n materiales de construcción y u n a variedad dietética, pero el cultivo extensivo disminuye el área boscosa y, de esta manera, el aporte de alimentos silvestres. Los cerdos salvajes y los marsupiales c o n t i n ú a n p r o p o r c i o n a n d o proteína y grasa, p e r o la contribución total a la dieta es m u y pequeña. La explotación hum a n a ha causado que los recursos naturales de la región sean cada vez m á s y m á s difíciles de obtener. La economía tsembaga está m a r c a d a p o r la escasez de los recursos claves. La tierra agrícola de p r i m e r a calidad está lim i t a d a y sobreutilizada. Los recursos salvajes, especialmente la carne, se ven m u y m e r m a d o s y cuesta alimentar a los cerdos, producidos p a r a obtener grasa y proteína. En esta situación de escasez generalizada, la competencia es intensa. La guerra, a u n q u e infrecuente, constituye u n a a m e n a z a p a r a la vida diaria de los tsembaga, cuyo p e q u e ñ o territorio se halla rodeado por tier r a s enemigas. Los episodios reales de guerra están regulados p o r el ciclo ritual y p r o b a b l e m e n t e implican directamente a un grupo dado, u n a vez c a d a doce o quince a ñ o s ( R a p p a p o r t , 1967: 156). Las batallas a c a m p o abierto p o n e n a p r u e b a la fuerza de a m b a s partes; c u a n d o se observa un desequilibrio n u m é r i c o , el g r u p o m á s p o d e r o s o carga y m a t a a c u a n t o s puede atrapar. Como señala Rappaport (1967: 110-117), la causa inmediata de la guerra, reconocida p o r los tsembaga, es la venganza por las m u e r t e s pasadas. Pero, c o m o con los y a n o m a m i , la causa última es la competencia p o r territorios ricos en recursos, ya que éstos escasean y un grupo que no gane suficiente fuerza militar se verá p e r m a n e n t e m e n t e desplazado. El c o m e r c i o es u n a p a r t e i m p o r t a n t e de la e c o n o m í a t s e m b a g a . Se centra en sal, hachas, y otros objetos, a los que algunos grupos tienen acceso s o l a m e n t e a través del c o m e r c i o , así c o m o u n a g a m a c o m p l e t a de bienes, c o m o cerdos, p l u m a s , y conchas que se usan en los intercambios sociales y en las exhibiciones rituales.

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

El p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o de los t s e m b a g a es dinámico, con un ciclo de varios a ñ o s de agregación y dispersión, sincronizado con el ciclo de conflicto y ceremonia. Durante los periodos de tregua, reconocida cer e m o n i a l m e n t e , los asentamientos se dispersan en casas individuales y aldeas p e q u e ñ a s a lo largo y a n c h o del territorio de u n a población local. A pesar de hallarse generalmente dispersas, las residencias p e r m a n e c e n en las cotas medias, d o n d e la agricultura es m á s productiva; las altitudes bajas (donde hay malaria) y las altas (poco propicias p a r a la agricultura) perm a n e c e n deshabitadas. Cuando la tregua finaliza y se instaura la a m e n a z a de la guerra, las familias se desplazan p a r a formar un a s e n t a m i e n t o concentrado, tipo poblado, alrededor de la zona ceremonial tradicional. R a p p a p o r t (1967: 173) ve esta concentración c o m o parte de la preparación p a r a la gran c e r e m o n i a kaiko, p e r o t a m b i é n cabe interpretarla c o m o u n a p r e p a r a c i ó n defensiva p a r a la guerra esperada.

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Llega la g u e r r a y el siguiente estadio en el a s e n t a m i e n t o refleja su resultado. Un g r u p o victorioso o no derrotado se dispersa de nuevo de manera gradual, al tiempo que la población de cerdos crece y los p r o b l e m a s con éstos a u m e n t a n . Un grupo d e r r o t a d o a b a n d o n a su territorio y se dispersa a través de las tierras de otros grupos locales. Más tarde p u e d e intentar volver a asentarse en su territorio, pero, en tal caso, su debilidad militar le exige concentrar su población en un asentamiento defensivo. Cuando los t s e m b a g a volvieron a su territorio después de la derrota, el grupo entero, de u n a s doscientas personas, vivió unido en un solo poblado disperso, q u e o c u p a b a cinco o seis hectáreas. La r a z ó n explícita p a r a m a n t e n e r s e unidos, a p e s a r de la m a y o r distancia hasta sus c a m p o s y el d a ñ o que los cerdos c a u s a b a n a los c a m p o s m á s próximos, fue el m i e d o a sus enemigos (Rappaport, 1967: 69). El a s e n t a m i e n t o en la región m a r i n g r e s p o n d e a fuerzas o p u e s t a s . La población se a g r u p a p a r a la defensa y p a r a las actividades ceremoniales relacionadas con ésta; luego se dispersa p a r a tener un acceso m á s fácil a los c a m p o s m á s alejados y p a r a evitar que los cerdos destruyan las cosechas. Esta d i n á m i c a de concentración y dispersión es c o m o la descrita p a r a las sociedades m á s simples, pero se prolonga d u r a n t e un periodo mayor y tiene el factor crítico a ñ a d i d o de la guerra, que fuerza a la población a j u n t a r s e . G e n e r a l m e n t e los m a r i n g , c o m o ejemplifican los tsembaga, forman grupos configurados j e r á r q u i c a m e n t e , q u e a p a r e c e n p o r segmentación y se funden p o r necesidad. Los diferentes niveles de organización y las funciones e c o n ó m i c a s y políticas de estos niveles h a n sido p l a n t e a d a s p o r L o w m a n (1980: 108-128) y p o r R a p p a p o r t (1967: 17-28). P a r a el a s u n t o que nos o c u p a p l a n t e a r e m o s un conjunto algo simplificado de cuatro niveles principales de organización: la familia nuclear, el grupo familiar patrilineal, el clan y el grupo territorial local. La familia nuclear ( L o w m a n , 1980: 111-12) c o r r e s p o n d e a la u n i d a d del hogar c o m p u e s t a p o r un h o m b r e y u n a mujer casados, con sus hijos solteros y en ocasiones algún otro p a r i e n t e p r ó x i m o . Los m i e m b r o s coop e r a n en actividades e c o n ó m i c a s y c o m p a r t e n la c o m i d a cocinada en el m i s m o p u c h e r o . La división del trabajo, sobre todo p o r sexo y edad, vertebra la familia y crea u n a u n i d a d de subsistencia p o t e n c i a l m e n t e indep e n d i e n t e . Los h o m b r e s y las mujeres c o m p a r t e n el trabajo en el c a m p o y el c u i d a d o de los animales, y c o m e n j u n t o s de lo que p r o d u c e n en com ú n . La mujer vive en u n a casa s e p a r a d a c o n sus hijas solteras, los hijos m á s p e q u e ñ o s y los cerdos. El h o m b r e , sus hijos m a y o r e s y sus h e r m a nos solteros viven en la casa de los h o m b r e s , f o r m a n d o todavía p a r t e de u n a ú n i c a familia. Todos ellos h a n sido iniciados, h a n p a s a d o c e r e m o n i a s de instrucción y rigurosas p r u e b a s que los convierten en h o m b r e s . Deben vivir s e p a r a d o s de las m u j e r e s , a p e s a r de q u e c o m e n y t r a b a j a n c o n ellas. Los h o m b r e s h a n de l u c h a r j u n t o s p a r a defender su tierra, sus mujeres y su honor. El grupo familiar patrilineal es u n a a g r u p a c i ó n informal del t a m a ñ o de u n a aldea de familias nucleares, cuyos h o m b r e s se hallan u n i d o s p o r

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relaciones genealógicas conocidas y explícitas; los m i e m b r o s masculinos son, c o m o m u c h o , p r i m o s h e r m a n o s . N o r m a l m e n t e los h o m b r e s viven en u n a sola casa y a c t ú a n a m e n u d o c o n j u n t a m e n t e , a u n q u e el g r u p o perm a n e c e sin n o m b r e . Éste funciona c o m o u n a unidad, debido a la cercanía de sus lazos familiares internos y al apoyo m u t u o de sus m i e m b r o s en e m p r e s a s e c o n ó m i c a s , c e r e m o n i a l e s y políticas. Las familias viven m u y juntas, y a m e n u d o c o m p a r t e n un h o r n o de tierra. El recinto de la aldea está p r o t e g i d o p o r u n a valla. Los h u e r t o s se e n c u e n t r a n b a s t a n t e cerca. La tierra, la siega de plantas y la producción agrícola están dispuestas p a r a ser c o m p a r t i d a s e n t r e los m i e m b r o s d e este g r u p o r e s i d e n c i a l m í n i m o . En las actividades sociales y ceremoniales, los parientes patrilineales suelen a c t u a r conjuntamente; p o r ejemplo, p a r a p r e p a r a r el pago de la dote de u n a novia o p a r a sacrificar cerdos a d e t e r m i n a d o s antepasados. La pertenencia a este grupo no está c l a r a m e n t e definida y se forman constantem e n t e nuevos grupos a través de la segmentación. El clan —que a diferencia de los dos p r i m e r o s grupos no se da en las sociedades de nivel familiar— es u n a u n i d a d social formal y con un n o m bre. Esta u n i d a d está definida c e r e m o n i a l m e n t e y es m u y i m p o r t a n t e p a r a los tsembaga. La pertenencia a un clan m a r i n g es s u p u e s t a m e n t e patrilineal, a u n q u e las relaciones genealógicas reales entre los m i e m b r o s no siempre se p u e d e n seguir. Se permite cierta inmigración, especialmente c u a n d o hay tierra disponible y los m i e m b r o s recién llegados fortalecen la posición del grupo. En dos generaciones, se incorpora p l e n a m e n t e a los inmigrantes en el clan (Lowman, 1980: 116); la participación ritual con el clan define la pertenencia a todos los efectos. El clan es exogámico. El clan descrito p a r a los m a r i n g en 1966 tenía un t a m a ñ o m e d i o de setenta y cinco p e r s o n a s ( L o w m a n , 1980: 120), a p r o x i m a d a m e n t e el tam a ñ o de un ten y a n o m a m i . Los doscientos t s e m b a g a fueron distribuidos en cinco clanes, que en realidad formaron tres agrupaciones (dos clanes pequeños se u n i e r o n con u n o mayor). El clan no suele formar un poblado, sino que funciona c o m o u n i d a d en las actividades económicas, políticas y ceremoniales. E c o n ó m i c a m e n t e controla u n a franja territorial q u e discurre verticalmente desde la cresta de la m o n t a ñ a al río y que incorpora toda la diversidad ecológica del área tsembaga. Los límites formales de este territorio son conocidos y están m a r c a d o s p o r accidentes naturales, c o m o arroyos y picos. Los m i e m b r o s del clan poseen individualmente tierras cultivadas, c o m o c a m p o s de tala y q u e m a y arboledas; las tierras de los subgrupos patrilineales forman a g r u p a c i o n e s no contiguas, d i s e m i n a d a s en diferentes lugares de la franja territorial. Y lo que es m á s i m p o r t a n t e de todo, el clan define los derechos de p r o p i e d a d y restringe el acceso a la tierra. Los m i e m b r o s del clan p u e d e n i n t e r c a m b i a r la tierra u n o s con otros; los intercambios extensos de tierra entre dos clanes vecinos r e p r e s e n t a n el m a y o r p a s o hacia la fusión de a m b o s en u n a sola u n i d a d territorial. El clan se halla t a m b i é n en el c e n t r o de t o d o s los a c o n t e c i m i e n t o s ceremoniales y políticos. Organiza y sirve c o m o huésped de ceremonias en el ciclo central del kaiko; en efecto, la participación conjunta en estas ceremonias, especialmente en la plantación del rumbim después de la gue-

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rra, indica que se trata de un grupo en funcionamiento. El clan posee u n a casa de m a g i a p a r a la lucha, con su colección de p i e d r a s de lucha, que son de hecho útiles de piedra prehistóricos (Lowman, 1980: 1-18; Rappaport, 1967: 125). Su líder ritual en la guerra es responsable de la casa y de sus piedras, y ayuda a coordinar las ceremonias que runden el clan en u n a sola u n i d a d de lucha. Tales «chamanes de la guerra» (Lowman, 1980: 119) ost e n t a n la m á s alta posición de liderazgo entre los m a r i n g y la historia del clan es, en gran medida, la suya su propia. Lo ideal es que un clan se c o r r e s p o n d a con u n a división territorial, a u n q u e , c o m o h e m o s visto, los clanes m á s p e q u e ñ o s p u e d e n fusionarse con los mayores. La creación de este g r u p o social suprafamiliar, con un liderazgo e integración c e r e m o n i a l , constituye u n a diferencia significativa con la sociedad de nivel familiar. Más significativo si cabe es el ritual de integración de la m a y o r parte de los clanes m a r i n g en un grupo territorial p a r a la defensa conjunta de dichos clanes. El grupo local o grupo de clanes de los m a r i n g es u n a agrupación de dos a seis clanes, que tienen de 200 a 792 p e r s o n a s y u n a m e d i a de 380 personas (Lowman, 1980: 125). Los tsembaga, con 200 personas, están en lo m á s bajo de esta escala, reflejando su posición política débil después de u n a reciente derrota en la guerra. La agrupación del clan no tiene ningún n o m b r e ni t a m p o c o líderes rituales que los dirijan o casas de guerra, a u n q u e sus clanes constituyentes están interrelacionados e s t r e c h a m e n t e p o r el m a t r i m o n i o y el intercambio. Las ceremonias principales —plantar el rumbim que establece u n a tregua, plantar las estacas que definen el territorio de un clan y sacrificar a los cerdos p a r a r e c o m p e n s a r a los aliados y a los antepasados p o r su ayuda— se llevan a cabo de forma sincron i z a d a a fin de p r e p a r a r a los clanes p a r a a c t u a r c o n j u n t a m e n t e en la definición y la defensa del territorio. Desde el p u n t o de vista analítico, este grupo local es u n a especie de «poblado» y bajo ciertas circunstancias, relacionadas con su defensa, sus clanes constituyentes van a reunirse, de hecho, en u n a agrupación residencial única. Como se indica en la figura 8, estos grupos locales constituyen la entidad política significativa, m á s allá de la cual se halla la guerra. Después del grupo local no existe n i n g u n a estructura institucional, a pesar de que hay interacciones frecuentes. Los individuos construyen redes de lazos interpersonales a través del matrimonio y el intercambio, fuera de su grupo local. Estos lazos a c t ú a n c o m o medios de seguridad personal y de grupo: se u s a n p a r a obtener esposas, bienes comerciales o aliados en la guerra y p a r a refugiarse en caso de derrota. Puesto que estos contactos externos se p r o d u c e n y refuerzan en ocasiones ceremoniales, la participación de u n a p e r s o n a en ceremonias intergrupales es primordial p a r a sus estrategias de contactos. E n t r e los tsembaga, todas las relaciones externas de las que depende el grupo local se b a s a n en lazos individuales, apoyados p o r la representación ceremonial del grupo. A pesar de que un h o m b r e depende de su grupo p a r a tener acceso a la tierra, p a r a su sostén económico y p a r a la defensa m u t u a , debe alcanzar u n a p r o m i n e n c i a en su grupo p a r a tener acceso a la

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red regional que p e r m i t e los contactos, la seguridad y las o p o r t u n i d a d e s de c o m e r c i o , q u e exceden lo q u e el g r u p o local p u e d e p r o p o r c i o n a r . La o p o r t u n i d a d de sobresalir aparece en ceremonias en las que los h o m b r e s se e n g a l a n a n con p l u m a s y conchas preciosas, y se exhiben en d a n z a s de grupo. R a p p a p o r t (1967: 186) describe con detalle el vestido elaborado y la exhibición individual en la c e r e m o n i a kaiko principal: El adorno [en la danza pública] es esmerado y los hombres pueden tardar horas en vestirse. Los pigmentos, antiguamente fabricados por los indígenas a partir de tierra y más recientemente polvos de origen europeo, se aplican sobre la cara en dibujos que están sujetos a frecuentes cambios según la moda. Las cuentas y las conchas se llevan como collares y las jarreteras de cauri rodean las pantorrillas. Se ponen las mejores pretinas de fibra de orquídeas y taparrabos de piel de marsupial y embellecidos con bandas teñidas de púrpura. Se cubren las nalgas con muchas hojas de rumbim plegadas en forma de acordeón, llamadas "kamp", además de otros ornamentos. En lo alto de la masa de hojas de kamp se prende un polisón, hecho de hojas secas obtenidas comerciando, que hace sonido al bailar. Se presta una gran atención al peinado. Una corona de plumas, por lo general de águila y loro, rodea la cabeza. Las plumas se insertan en una base de cestería, que a menudo se disimula con tiras de piel de marsupial, tiras de tallos de orquídea amarilla y escarabajos o guirnaldas de conchas de cauri. Del centro de la cabeza se alza una caña flexible, de sesenta centímetros o incluso un metro de largo, a la que se ata un penacho hecho o bien de plumas, o bien de un pájaro entero relleno. El éxito de un h o m b r e en la exhibición competitiva refleja su propio prestigio, q u e a su vez a u m e n t a (o disminuye) lo apetecible que p u e d a ser su grupo en conjunto c o m o aliado. El ciclo ceremonial m a r i n g fue extensamente descrito p o r R a p p a p o r t (1967: 133-142; 1971) y Peples (1982). Como breve esbozo p o d e m o s señalar q u e las hostilidades e n t r e las p o b l a c i o n e s locales de los m a r i n g son e n d é m i c a s y la g u e r r a abierta es periódica y violenta. C u a n d o se decide terminar u n a lucha abierta, a causa de u n a gran derrota o de m u c h a s muertes sin un resultado claro, se instiga a la tregua y ésta se m a r c a ceremonialmente con el ritual de p l a n t a r la especial rumbim. A partir de entonces, y d u r a n t e el periodo de crecimiento de la planta, entre cinco y veinte años, la g u e r r a se considera imposible. Se permite criar la p i a r a de cerdos en previsión del kaiko. C u a n d o se a c u e r d a que es m o m e n t o de iniciar la ceremonia, que tiene p o r objeto agradecer la ayuda de los a n t e p a s a d o s y los aliados en c o m b a t e s pretéritos, el p r i m e r p a s o consiste en p l a n t a r las estacas q u e delimitan el territorio del clan local o el grupo de clanes. Si un grupo d e r r o t a d o no ha vuelto a o c u p a r su territorio y no ha p l a n t a d o su rumbim, las estacas de los clanes victoriosos seguirán un t r a z a d o que incorpore las nuevas tierras; si no es así, las estacas definen los m i s m o s territorios que existían antes de la guerra. Luego se a r r a n c a el rumbim y se realiza u n a gran ceremonia intergrupal, en la cual la piara de cerdos del grupo se sacrifica y se c o m e . E s t a c e r e m o n i a t e r m i n a con la tregua; no

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existe n i n g ú n m e c a n i s m o institucional p a r a restringir las hostilidades y los grupos locales esperan el estallido de la guerra. C u a n d o esto sucede, c o m o a c a b a siendo inevitable, los aliados reclutados a través de las redes regionales interpersonales se r e ú n e n p a r a sostener a los grupos en lucha. ¿Qué p e n s a m o s de este extraño ciclo? Rappaport, L o w m a n y Peoples p r e s e n t a n tres posiciones distintas. R a p p a p o r t (1967, 1971), c o m o ecologista cultural, ve la c e r e m o n i a kaiko c o m o h o m e o s t á t i c a , c o m o un s i s t e m a r e g u l a d o r que, en a u s e n c i a de liderazgo, beneficia al grupo al regular la distribución de la población h u m a n a , el t a m a ñ o de la piara de cerdos, la explotación de los m a r s u p i a les salvajes y otras variables. Lo sepan o no sus participantes, el ciclo ceremonial p e r m i t e al grupo e m p r e n d e r las acciones necesarias p a r a su supervivencia. L o w m a n (1980) disiente. Más que verlo c o m o un p u r o p a t r ó n de «regulación», considera que los periodos de crecimiento rápido de la población y de crisis están relacionados, p o r un lado, con el éxito de un g r u p o en la guerra, el m a t r i m o n i o y la inmigración, y, por otro con la a m e n a z a de u n a grave degradación m e d i o a m b i e n t a l c o m o consecuencia de un exceso de población. En apoyo de esta posición, Clarke (1982) indica q u e cualquier p a r e c i d o c o n la regulación o el equilibrio entre los m a r i n g es resultado de su tecnología simple e individualista y de la malaria endémica en altitudes m e n o r e s (véase L o w m a n , 1980). Peoples (1982) presenta un tercer p u n t o de vista: a saber, que el cer e m o n i a l es m á s i m p o r t a n t e en la guerra c o m o m e d i o de obtener y m a n tener a los aliados. Peoples se o c u p a del p r o b l e m a de si el kaiko sirve en p r i m e r lugar al «beneficio del grupo» o al «beneficio individual», llegando a la c o n c l u s i ó n de q u e estas dos p e r s p e c t i v a s no e s t á n n e c e s a r i a m e n t e opuestas, sino que s e p u e d e n c o m b i n a r p a r a u n a c o m p r e n s i ó n m á s completa del kaiko. A p e s a r de que d e s t a c a m o s algo un p o c o diferente a lo que subraya Peoples, e s t a m o s de a c u e r d o en que el ciclo ceremonial ofrece beneficios t a n t o p a r a el grupo c o m o p a r a los individuos. Las ventajas p a r a el g r u p o parecen b a s t a n t e claras. Las ceremonias son la forma principal p a r a obtener aliados o sostenerse fuera del grupo. Dada la existencia del complejo c e r e m o n i a l e n N u e v a Guinea, cuyo o r i g e n n o h a sido n u n c a explicado con claridad, los participantes en la c e r e m o n i a kaiko tienen u n a ventaja competitiva que les p e r m i t e expandirse a costa de quienes no participan. Esta selección de grupo está u n i d a a la exclusión competitiva en la guerra y a la «extinción social» de los grupos q u e carecen de rasgos organizativos (Peoples 1982: 299). La ventaja individual parece igualmente clara, ya que, a d e m á s de las ventajas de contactos continuos que la c e r e m o n i a ofrece, sus participantes p u e d e n ver la relación entre el éxito en la guerra y el n ú m e r o de aliados reclutados a través del ciclo ceremonial. Así, los beneficios del g r u p o y del individuo resultan idénticos en esta cuestión. Más allá de cualquier consideración de ventaja, las ceremonias institucionalizan al grupo local. La participación en éstas define la pertenen-

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cia al g r u p o y su relación con los a n t e p a s a d o s . De esta m a n e r a , la cerem o n i a es un acontecimiento p a r a materializar el grupo y p a r a p r o m u l g a r las r e l a c i o n e s e n t r e sus m i e m b r o s , siguiendo p r o c e d i m i e n t o s formales. C u a n d o h a b l a m o s de los grupos sociales m a r i n g , d e b e m o s concebirlos en t é r m i n o s de sus c e r e m o n i a s kaiko y del m a r c o cultural, a ellos, asociado. Los t s e m b a g a p o n e n de manifiesto t a n t o u n a continuidad con sociedades de nivel familiar m á s simples c o m o desarrollos institucionales importantes m á s allá de este nivel. La familia y la agrupación de familias perm a n e c e en el centro de la m a y o r parte de los aspectos de la p r o d u c c i ó n y el c o n s u m o , a u n q u e la creciente complejidad de la vida ha d a d o alas a dos nuevos niveles de integración: el clan, de u n a s setenta y cinco person a s , y la c o m u n i d a d territorial, de varios c e n t e n a r e s , q u e u n e familias con parientes lejanos y no parientes p a r a propósitos tales c o m o la propied a d corporativa y la defensa m u t u a . Estas instituciones se m a n t i e n e n c o n ceremonias impresionantes, pero no tienen líderes en el sentido m o d e r n o ; en efecto, los clanes t s e m b a g a carecen de u n a posición de liderazgo recon o c i d a , a e x c e p c i ó n de la del c h a m á n de la g u e r r a ( R a p p a p o r t , 1967). La i m p o r t a n c i a del clan c o r p o r a t i v o y del g r u p o t e r r i t o r i a l , i n t e grado c e r e m o n i a l m e n t e , m a r c a los inicios de lo que Childe (1936) h a b r í a llamado u n a sociedad neolítica. ¿Qué originó el desarrollo de estas instituciones? Ahora la gente vive en un m u n d o cultural de instituciones q u e tienen la forma física de un p o b l a d o o de un territorio del clan, un paisaje de las relaciones del g r u p o que adquiere significado en los relatos históricos q u e e n c i e r r a n las ceremonias. Los c a m b i o s m á s radicales en la forma de vida básica, desde los m a chiguenga a los t s e m b a g a se e n c u e n t r a n en la densidad de población y en la guerra. Según n u e s t r a teoría, un a u m e n t o significativo de la d e n s i d a d de población lleva a un giro de la subsistencia hacia la agricultura, a un acceso r e s t r i n g i d o y a u n a c o m p e t e n c i a sobre r e c u r s o s limitados, a p e queños grupos territoriales y a la guerra endémica (cf. Brown y Podolefsky, 1976). Esto es lo que ocurrió con los tsembaga. Su dieta es a h o r a casi exc l u s i v a m e n t e v e g e t a r i a n a y agrícola, y su m e d i o n a t u r a l está casi totalm e n t e t r a n s f o r m a d o y controlado p o r los grupos h u m a n o s . Las tierras son escasas, c l a r a m e n t e delimitadas y defendidas con celo, y el acceso a ellas está r e s t r i n g i d o p o r el clan. El g r u p o territorial, c o m p u e s t o p o r v a r i o s clanes, debe s u m a r varios centenares de individuos p a r a los propósitos defensivos, p e r o su territorio es pequeño, de u n o o dos kilómetros de largo, y está r o d e a d o p o r enemigos. El acceso a cualquier recurso no disponible d e n t r o de esta p e q u e ñ a área debe conseguirse a través del comercio entre grupos. La a m e n a z a de la guerra n u n c a se p u e d e descartar. Las elaboraciones institucionales del clan y del grupo territorial aparecen c o m o extensiones lógicas de u n a política excluyente, que necesita de la presión de la población sobre los recursos. Las ceremonias, t a n importantes p a r a los tsembaga, funcionan p a r a definir estos grupos y p a r a interrelacionarlos c o n otros, a fin de conseguir u n a defensa m u t u a . De esta forma, la «domesticación» de los h u m a n o s en grupos sociales interdependientes y el crecimiento de la e c o n o m í a política están í n t i m a m e n t e liga-

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dos a la competencia, a la guerra y a la necesidad de la defensa del grupo p a r a la supervivencia individual. Estos contrates con los m a c h i g u e n g a son de i m p o r t a n c i a suficiente p a r a resultar visibles en el p a t r ó n de distribución del t i e m p o . A pesar de q u e n o s e t i e n e n d a t o s s o b r e l a d i s t r i b u c i ó n del t i e m p o p a r a los t s e m baga, un estudio reciente de los k a p a n a r a , un grupo m o n t a ñ o s o que vive con u n a densidad de población similar, nos p e r m i t e llevar a cabo u n a comp a r a c i ó n a p r o x i m a d a (Grossman, 1984). En la tabla 7 vemos algunas diferencias i m p o r t a n t e s con el p a t r ó n m a c h i g u e n g a de u s o del t i e m p o (tabla 5). Como es de esperar, el t i e m p o dedicado a cazar, pescar y recolectar es m u c h o m e n o r entre los k a p a n a r a , quienes en c a m b i o p a s a n cuatro veces m á s t i e m p o en el cuidado del g a n a d o (cerdos, p o r supuesto) que los m a c h i g u e n g a . También, en c o n t r a s t e c o n los m a c h i g u e n g a , las mujeres k a p a n a r a realizan m u c h o m á s trabajo agrícola que los h o m b r e s , que se enc u e n t r a n fuertemente c o m p r o m e t i d o s en actividades c e r e m o n i a l e s y recreacionales públicas. En este caso, también vemos u n a inversión de tiempo considerable en actividades comerciales (cosechas p a r a v e n d e r y trabajo asalariado), actividades nuevas que reflejan la creciente comercialización d e las c o r d i l l e r a s d e N u e v a G u i n e a e n las ú l t i m a s d é c a d a s . E l t r a b a j o comercial era i n d u d a b l e m e n t e m e n o s c o m ú n c u a n d o R a p p a p o r t estudió los t s e m b a g a que lo que es actualmente, pero p a r t e del t i e m p o que a h o r a se destina a los proyectos comerciales p u d o entonces haberse destinado a la p r o d u c c i ó n de alimentos, cerdos incluidos, p a r a fines ceremoniales y no de subsistencia. Así, el c o n t r a s t e entre los m a c h i g u e n g a y los t s e m b a g a no debe ser exagerado. Como L o w m a n (1984) señaló, existe u n a dinámica regional m á s a m p l i a en la sociedad m a r i n g : los a l t a m e n t e institucionalizados y cerem o n i a l i s t a s t s e m b a g a n o son r e p r e s e n t a t i v o s d e t o d o s los m a r i n g , s i n o solamente de los m a r i n g q u e h a b i t a n en zonas de densidad m a y o r y ocup a d a s d u r a n t e m á s tiempo. Los grupos que h a n ocupado áreas fronterizas, d o n d e las d e n s i d a d e s son m á s bajas y la c o m p e t e n c i a m e n o s intensa, se organizan de formas m á s simples y son m á s parecidas a sociedades de nivel familiar. Viven en aldeas sin clanes fuertes y tienen m e n o s c e r e m o n i a s e l a b o r a d a s . C o m o entre los y a n o m a m i , entre los m a r i n g se a p r e c i a u n a g a m a c o n t i n u a desde el nivel familiar a la organización del grupo local, en función de las variaciones locales en la disponibilidad de recursos, la densidad de población y la competencia entre grupos.

Caso 8. Los turkana de K e n i a Como g a n a d e r o s n ó m a d a s que crían animales, en p r i m e r lugar, p a r a el c o n s u m o doméstico, los t u r k a n a exhiben u n a e c o n o m í a individualista, c e n t r a d a en la familia, que a h o r a nos es familiar a causa de g r u p o s c o m o los !kung o los n g a n a s a n . Sin e m b a r g o , su d e n s i d a d de población, comp a r a t i v a m e n t e alta, y los altos riesgos a los que se enfrentan p o r sequía, e n f e r m e d a d y pillaje, los empuja a o r g a n i z a r y a movilizar g r u p o s fami-

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Fuente: Grossman, 1984 1. 12 horas al día (el total de las mujeres difiere debido al redondeo).

liares y c a m p a m e n t o s en vecindades y asociaciones regionales para repartir los riesgos y p r o p o r c i o n a r s e defensa. A pesar de su m o v i m i e n t o extraord i n a r i a m e n t e fluido y o p o r t u n i s t a a través de un m e d i o impredecible, sus grupos locales m u e s t r a n un g r a d o de estructura e integración que no se observa en las sociedades de nivel familiar.

EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA

Los t u r k a n a son ganaderos n ó m a d a s de la parte este del valle del Rift, en Kenia (Gulliver, 1951, 1955, 1975). La p a r t e norte de su región, en la

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que v a m o s a c e n t r a r n u e s t r a descripción, es calurosa y seca, las m e d i a s en c u a n t o a precipitaciones van de 150 a 380 milímetros por año y son m u y variables. Sólo u n o de c a d a cuatro o cinco a ñ o s es b u e n o p a r a el p a s t o y un a ñ o de cada diez u n a grave sequía diezma los r e b a ñ o s de los turkana. Las precipitaciones son m á s fuertes de abril a agosto, p e r o p u e d e n caer de r e p e n t e en cualquier m o m e n t o , en forma de c h a p a r r o n e s que llenan charcas y p e q u e ñ o s cursos de agua d u r a n t e u n o s pocos días, antes que el agua se escurra o se evapore. Debido al a l t a m e n t e impredecible estado de los recursos, la a d a p t a c i ó n de los t u r k a n a no es fácil de caracterizar. Para ellos «no existe u n a "zona mejor" ni t a m p o c o u n a "estrategia de explotación mejor"», sino u n a serie de respuestas c o n t i n u a m e n t e cambiantes p a r a circunstancias c a m b i a n t e s (Dyson-Hudson, 1989: 181). El medio natural t u r k a n a varía de «árido» —arbustos espinosos y praderas— a «muy árido» —tierras de arbustos de «bajo potencial» (Patton, 1981: 2). En la región norte, las zonas m o n t a ñ o s a s y los m á r g e n e s de los cursos de agua ofrecen las mejores tierras de p a s t o y la población tiende a c o n c e n t r a r s e en estas áreas a m e d i a d o s y al final de la estación seca. No obstante, la m a y o r í a de los t u r k a n a prefiere vivir en las llanuras abiertas y se desplaza a ellas en c u a n t o las lluvias lo permiten. Según Gulliver (1951: 44), el p r i m e r principio q u e gobierna la m i g r a c i ó n t u r k a n a es el de que «el pasto que no va a d u r a r m u c h o ha de utilizarse antes que el q u e va a permanecer, de m a n e r a q u e se p u e d a aprovechar al m á x i m o toda la vegetación». Como veremos, esto tiene c o m o resultado los m o v i m i e n t o s frec u e n t e s de las granjas y u n a agregación y dispersión c o n t i n u a de las familias, a la p a r que c a m b i a n las condiciones locales (cf. Dyson-Hudson, 1989: 169). En 1949, Gulliver estimó la población turkana en alrededor de ochenta mil h a b i t a n t e s , d i s e m i n a d o s en u n o s sesenta y dos mil k i l ó m e t r o s cuad r a d o s . La densidad de población m e d i a es, de a c u e r d o con esto, de 1,2 p e r s o n a s p o r kilómetro c u a d r a d o , d o n d e las planicies secas sostienen alr e d e d o r de 0,4 personas p o r kilómetro c u a d r a d o y las m o n t a ñ a s h ú m e d a s d e n s i d a d e s m á s altas. Sin e m b a r g o , las densidades varían en c a d a lugar d u r a n t e el año, puesto que los t u r k a n a se aprovechan de las distintas oport u n i d a d e s en un paisaje en p e r m a n e n t e c a m b i o . En 1949, Gulliver visitó u n a «comunidad» t e m p o r a l de m o n t a ñ a de cincuenta kilómetros cuadrados, en la que vivían cuatrocientas personas (ocho por kilómetro cuadrado) j u n t o c o n dos mil cabezas de vacuno, mil doscientos camellos y c u a t r o mil ovejas y cabras. D u r a n t e la m a y o r p a r t e del a ñ o los alimentos básicos de los t u r k a n a son la leche y la carne. La m a y o r parte del g a n a d o está c o m p u e s t o p o r vacuno, camellos, ovejas, cabras y asnos; estos últimos se utilizan principalm e n t e p a r a el transporte, p e r o los otros cuatro son importantes en la dieta. El v a c u n o , y h a s t a cierto p u n t o las ovejas, necesita hierba p a r a p a s t a r y p o r eso debe a p a c e n t a r e n las regiones m á s h ú m e d a s , g e n e r a l m e n t e las m o n t a ñ a s . Los camellos y las cabras, por el contrario, se desenvuelven bien en zonas de espinos y arbustos, zonas d e m a s i a d o secas p a r a sostener el vacuno; a d e m á s , los camellos, con su habilidad p a r a a g u a n t a r cinco o m á s

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días sin agua, p u e d e n p a c e r en tierras alejadas del agua y, p o r este m o tivo, inservibles p a r a las vacas, que requieren agua al m e n o s cada dos días. Los ganaderos explotan estas diferencias dividiendo sus g a n a d o s de manera compleja, oportunista, p a r a hacer un uso completo de cualquier recurso disponible en aquel m o m e n t o . De m a n e r a impredecible, se suceden periodos m á s h ú m e d o s y m á s secos d u r a n t e el a ñ o y de un a ñ o al otro. El pastor t u r k a n a tiene que valorar las condiciones climáticas y desarrollar estrategias acordes con éstas. En los periodos h ú m e d o s los animales p a s t a n libremente, la leche es a b u n d a n t e y hay m á s que suficiente p a r a comer; se p u e d e conservar la leche sobrante, s e p a r a n d o y a l m a c e n a n d o la mantequilla y secando la leche d e s n a t a d a sobre pieles tendidas al sol. En los periodos secos, los animales adelgazan y la leche escasea. Entonces, las mujeres recolectan plantas silvestres comestibles p a r a completar la dieta. El pasto limita la población, p e r o es el agua lo que, a fin de cuentas, limita el pasto. Los ríos se secan periódicamente y hay pocas fuentes que d u r e n todo el año. Durante los per i o d o s secos se p u e d e o b t e n e r a g u a e x c a v a n d o en el l e c h o de los r í o s , p e r o en los a ñ o s m a l o s los p o z o s p u e d e n hallarse a g r a n p r o f u n d i d a d : «Muchas mujeres profundas», en términos de los turkana, ya que precisa de u n a c a d e n a de mujeres p a r a pasarse los cubos desde el nivel del agua hasta el nivel del suelo. Además de carne y leche, los animales satisfacen la m a y o r parte del resto de necesidades de la granja: cuero p a r a las esteras p a r a dormir, el techado, las cazuelas p a r a secar, los escudos, las cestas, la r o p a y las cuerdas. Las mujeres realizan la m a y o r parte de la m a n u f a c t u r a y el procesado de los alimentos, y en los raros años buenos pueden cuidar huertos de sorgo o mijo, cerca de los pastos de la estación h ú m e d a (en las pocas zonas de llanuras). Puesto que los h o m b r e s que p a s t o r e a n son, en su m a y o r parte, los jóvenes, los mayores p a s a n b u e n a parte de su t i e m p o a la sombra, discutiendo sobre sus r e b a ñ o s y el estado de los pastos. El pastoreo es la única forma posible de vida en b u e n a parte del África oriental, debido a la c o m p a r a t i v a m e n t e alta densidad de población y a la marginalidad extrema de la región p a r a u n a agricultura que d e p e n d a de la lluvia. El rasgo principal del pastoreo es la concentración de la subsistencia en u n a p r o p i e d a d móvil; o sea, en el g a n a d o de la familia. Puesto que los r e b a ñ o s de los t u r k a n a son la envidia de los grupos vecinos, el pillaje de animales es u n a a m e n a z a constante y m u c h o s aspectos de la organización social de los t u r k a n a están concebidos p a r a minimizar, o al m e nos controlar, dicha a m e n a z a . A diferencia de p a s t o r e s c o m o los kirguises (caso 11) y los basseri (caso 14), los t u r k a n a no e s t a b l e c e n lazos de i n t e r c a m b i o i m p o r t a n t e s con las poblaciones agrícolas. Un detallado estudio sobre la nutrición de c u a t r o familias t u r k a n a d u r a n t e dieciséis meses reveló que «obtenían el 76 % de la energía directamente del ganado, a través de la carne, la leche y la sangre; un 16 % del azúcar, el sorgo y el maíz, p r o d u c t o de la venta o del t r u e q u e del ganado; y el resto, el 8 %, a partir de animales y plantas silvestres» (Dyson-Hudson 1989: 169). Aquí la red social sirve principalmente

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p a r a resolver los problemas del riesgo, m á s que p a r a integrar a los t u r k a n a en u n a e c o n o m í a regional de p r o d u c t o r e s especializados.

ORGANIZACIÓN SOCIAL

La u n i d a d de producción básica es la granja o el c a m p a m e n t o (awi), que consiste la mayoría de las veces en un h o m b r e , sus mujeres e hijos y u n p e q u e ñ o n ú m e r o d e otros individuos d e p e n d i e n t e s , con u n a c a b a ñ a s e p a r a d a p a r a d o r m i r y cocinar p a r a cada mujer. N o r m a l m e n t e , un cercado o arbustos espinosos r o d e a n el c a m p a m e n t o , en cuyo interior se guard a n c a d a n o c h e los r e b a ñ o s d e l a familia p a r a p r o t e g e r l o s del pillaje. Cada día los niños y los h o m b r e s jóvenes llevan a los animales a pacer y los vigilan discretamente m i e n t r a s cazan y recolectan p r o d u c t o s silvestres p a r a sí m i s m o s o j u e g a n j u n t o s . Cuando los pastos se hallan lejos, los niños p u e d e n d o r m i r fuera con sus r e b a ñ o s y p a s a r m u c h o tiempo solos y alejados de sus hogares. En algunos casos, según Gulliver, un cabeza de familia m a s c u l i n o asigna a sus distintas mujeres e hijos a diferentes segm e n t o s del r e b a ñ o . En tales casos, d u r a n t e la m a y o r p a r t e del t i e m p o e incluso d u r a n t e varios a ñ o s seguidos, cada esposa (junto con sus hijos) vive s e p a r a d a de las otras y de su m a r i d o , q u e las visita r o t a t i v a m e n t e . Las granjas son, en gran medida, autosuficientes y autónomas. Durante b u e n a parte del a ñ o las granjas aisladas o las p e q u e ñ a s aldeas están delib e r a d a m e n t e dispersas, a fin de evitar la competencia con otros t u r k a n a p o r los pastos o p o r el agua. Las familias se p u e d e n a g r u p a r p a r a utilizar los pastos de vida corta, que b r o t a n en la estación h ú m e d a , y al avanzar la estación seca p u e d e n a g r u p a r s e de nuevo cerca de los ríos y en las m o n tañas, d o n d e el agua y los pastos son m á s seguros. Los t u r k a n a , sin embargo, se ven a sí m i s m o s c o m o m o r a d o r e s de las llanuras; describen las m o n t a ñ a s c o m o frías, de c a m i n o s difíciles e invadidas p o r leones y leopardos, y esperan ansiosos el m o m e n t o en que p u e d e n volver al llano. En un b u e n año, c u a n d o pastos y agua son a b u n d a n t e s en la llanura y u n o s pocos c a m p o s de mijo se hallan en producción, las granjas, que h a n perm a n e c i d o separadas d u r a n t e meses o incluso años, se reúnen. A pesar de ser temporales, las a g r u p a c i o n e s relativamente densas de granjas (hasta cuarenta) que se forman en los años buenos son, en algunos aspectos, como poblados. Se organizan m u c h a s fiestas e intercambios de carne y leche, y se realizan grandes ceremonias. Dyson-Hudson y McCabe (1985: 79-80) describen hasta qué p u n t o los grupos t u r k a n a son resultado de u n a m i r í a d a de decisiones individuales: El parentesco, tanto el agnaticio como el afín, constituye una base importante para las relaciones cooperativas. A pesar de ello, un hombre goza de gran libertad para escoger con qué gente le apetece vivir, ya que el ganado es un recurso que se puede dividir con facilidad y los frecuentes traslados de campamentos y división de los awi principales en campamentos satélite permiten que los antiguos lazos se rompan y

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que se establezcan otros nuevos. Una mujer también puede elegir en cierta medida: puede vivir con su padre, su hermano o sus hijos mayores, además de con su marido. El flujo y la flexibilidad caracterizan [sus] redes sociales. A pesar de que los t u r k a n a no tienen grupos familiares a l t a m e n t e est r u c t u r a d o s , ni territorios ni un sistema político formal, establecen y m a n tienen redes amplias que equivalen a u n a especie de c o m u n i d a d efectiva p a r a cada granja. En p r i m e r lugar, los grupos de tipo aldea de parientes cercanos y amigos viven y se m u e v e n juntos d u r a n t e u n a parte del a ñ o . En segundo lugar, estos grupos están separados por u n a distancia conveniente p a r a recorrerla a pie, y los h o m b r e s se t u r n a n p a r a reunirse y distribuir la c a r n e fresca a c a b a d a de sacrificar y p a r a c o m p a r t i r i n f o r m a c i ó n sobre los rebaños y los pastos. Estos dos niveles de organización social (Gulliver los llama vecindarios primarios y secundarios) p r o p o r c i o n a n al cabeza de familia u n a red de amigos a través de los que fluye la c o m i d a y la información, amigos a los que p u e d e pedir de m a n e r a insistente, c o m o debe hacer un b u e n t u r k a n a (Gulliver, 1951; Patton, 1982), y que van a cooperar con él en la defensa contra el pillaje. A pesar de que u n a familia es libre de trasladarse a voluntad, en la práctica tienden a m u d a r s e con sus vecinos y a asentarse cerca suyo en sitios nuevos. Los t u r k a n a t a m b i é n establecen y m a n t i e n e n fuertes lazos de amistad a distancia a través de intercambios de ganado. Los amigos de verdad son generosos los u n o s con los otros, a pesar de que p u e d e n verse u n a sola vez al a ñ o o m e n o s . Tener amigos a distancia ayuda a distribuir el riesgo; si un desastre n a t u r a l d i e z m a r a los r e b a ñ o s en u n a zona, cada granja tendría amigos dispersos p o r toda la tierra t u r k a n a a los que podría acercarse p a r a pedir c o m i d a y g a n a d o y así r e p o n e r sus rebaños. En la estación húm e d a , los encuentros esporádicos en las llanuras son ocasiones p a r a que las granjas, los vecindarios e incluso los amigos distantes refuercen sus redes. D u r a n t e tales reuniones, los casamientos y las ceremonias de mayoría de edad consolidan los lazos existentes y crean otros nuevos. Dyson-Hudson (1989: 187) p r o p o r c i o n a u n a ilustración de la importancia de los lazos sociales p a r a la b u e n a gestión de un r e b a ñ o : Entre julio de 1979 y febrero de 1981, que fue un periodo de sequía intensa, Angor (un propietario de ganado con cinco hermanos adultos en los que podía confiar) dividió su rebaño en seis más pequeños, con campamentos satélite separados para el ganado pequeño débil y para el fuerte no lechero, además de para todos los bóvidos y para los camellos. Por el contrario, Lori, que tenía un único hermano más joven (no de fiar) en su awi, tenía un campamento satélite para los camellos y dependía de un agnado lejano para pastorear sus bóvidos. Angor era un pastor con éxito, porque había convertido un pequeño rebaño fundacional en una gran tenencia de ganado, mientras que el gran rebaño fundacional de Lori menguó y, en 1983, tenía tan pocos animales que no podía sostener a su familia. Sin embargo, el fracaso de Lori al no poder dividir su ganado en campamentos satélite durante la sequía

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fue probablemente una consecuencia de sus pobres habilidades de gestión (ya que no estableció asociaciones de confianza con pastores, lo cual le habría permitido dividirlo) más que la causa de sus enormes pérdidas de ganado durante el periodo de estudio. En el p a s a d o , las redes extensas fueron t a m b i é n u n a respuesta indudable a la guerra y a las necesidades de defensa. Los pillajes contra otras t r i b u s fueron u n m e d i o n o r m a l d e r e p o n e r o i n c r e m e n t a r los r e b a ñ o s propios, y a través de sus redes los t u r k a n a p u d i e r o n participar en los botines de las partidas de pillaje o b u s c a r ayuda contra las incursiones enemigas. Incluso en periodo de paz, en la época del estudio de Gulliver, los h o m b r e s llevaban espadas c u a n d o viajaban y, recientemente, el pillaje y el b a n d o l e r i s m o se h a n vuelto de nuevo c o m u n e s (Dyson-Hudson, 1989: 179180, Dyson-Hudson y McCabe, 1985). Sin embargo, lo que sostiene la organización social t u r k a n a es el int e r c a m b i o de g a n a d o . Los r e b a ñ o s de u n a familia nuclear son propiedad del p a d r e y son gestionados p o r él, y a pesar de que su cuidado diario recae en las mujeres y en los hijos, dispersos en el c a m p o , existe un fuerte sentido de la u n i d a d esencial de la familia y de su r e b a ñ o . Algunos grupos de aldea son los vestigios de a n t i g u a s familias extensas, cuyos h o m b r e s mayores h a n m u e r t o : en tales casos, los h e r m a n o s y los yernos c o n t i n ú a n viviendo u n o s cerca de los otros, y puesto que sus r e b a ñ o s tuvieron u n a vez u n p r o p i e t a r i o c o m ú n , los h o m b r e s c o n t i n ú a n sintiéndose p a r t e d e u n a sola familia. A m e n u d o , como h e m o s visto, el grupo de t a m a ñ o aldeano t a m b i é n incluye a amigos. Los lazos en u n a red individual se refuerzan m e d i a n t e regalos y prést a m o s de ganado. Los t u r k a n a se e n c u e n t r a n m u y unidos a su ganado: d a n un n o m b r e a cada a n i m a l y conocen los n o m b r e s no solamente de su propio ganado, sino t a m b i é n del de sus vecinos. De esta forma, un regalo o un p r é s t a m o de g a n a d o a un amigo es un acto a l t a m e n t e personal y simbólico, que no va a ser olvidado y que establece el f u n d a m e n t o de futuros int e r c a m b i o s . Un p r é s t a m o a y u d a a distribuir el riesgo, al e m p l a z a r algunos animales del r e b a ñ o familiar en zonas microecológicamente diferentes y al someterlas a diferentes estilos de gestión del r e b a ñ o . ¿Cómo es de extensa la estructura social t u r k a n a ? Por u n a parte, hay i n d i c a d o r e s d e i n t e g r a c i ó n «tribal». Los t u r k a n a dicen: « S o m o s t o d o s h e r m a n o s » , y respetan su identidad tribal, puesto que r a r a m e n t e se atacan o u s a n las espadas los u n o s contra los otros (los b a n d i d o s , igorokos, son u n a excepción). Los t u r k a n a s conocen los n o m b r e s «territoriales» de sus regiones. También pertenecen a clanes, algunos de los cuales son pequeños y localizados, otros extendidos p o r toda la tierra t u r k a n a . En tiempos pasados, al parecer, todas las regiones t u r k a n a j u n t a r o n miles de guerreros contra enemigos no turkana. Sin e m b a r g o , en su vida diaria los t u r k a n a no tienen conciencia de tribu. No tienen líderes tribales, territoriales o de clan, no tienen grupos corporativos ni reconocimiento genealógico m á s allá de la generación de los abuelos. Son m u y individualistas y tienden a emigrar dentro de zonas

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circunscritas; incluso familias extensas m u y unidas se separan n o r m a l m e n t e en ciertas épocas, en respuesta a sus necesidades individuales. Un b u e n número de factores, entre los que hay que citar la disponibilidad de pastos, la mezcla de ganado, el m o n t a n t e de trabajo disponible para u n a familia, la localización presente de los parientes y la a m e n a z a de incursiones, influyen en la migración y establecen un complejo movimiento de unidades familiares dentro y fuera de «comunidades» mayores (Gulliver, 1975). La estructura social t u r k a n a —encerrada en n o r m a s , a u n q u e sean débiles, que afectan al respeto m u t u o , la territorialidad, el clan, los grupos de edades y las dotes— p u e d e interpretarse c o m o destinada a b r i n d a r u n a serie de o p o r t u n i d a d e s p a r a la granja individual t u r k a n a . Puesto que un medio natural altamente impredecible impone u n a constante amenaza p a r a los rebaños, la a u t o n o m í a familiar —por m á s que constituya un ideal cultural— no p u e d e funcionar en la práctica y los lazos suprafamiliares son esenciales. De entre todos los lazos posibles de parentesco, m a t r i m o n i o , amistad y vecindad, los t u r k a n a seleccionan y enfatizan u n o s p o r e n c i m a de otros, fortaleciéndolos m e d i a n t e i n t e r c a m b i o s de g a n a d o y fiestas estacionales. En este sentido, a u n q u e cada granja es esencialmente libre p a r a explotar los recursos siempre c a m b i a n t e s , m a n t i e n e un red social extensa que se p u e d e activar en épocas de inseguridad y peligro.

Conclusiones Consideremos a h o r a brevemente la formación de las instituciones del nivel de p o b l a d o en t é r m i n o s de los procesos evolutivos fundamentales de intensificación, integración y estratificación. La intensificación de la e c o n o m í a de subsistencia es un rasgo p r o m i n e n t e de los cuatro casos discutidos en los capítulos 6 y 7. Una m a y o r presión de la población sobre los recursos alimenticios provoca c a m b i o s significativos en la dieta y en la c a n t i d a d de trabajo necesario p a r a satisfacer los requerimientos dietéticos. En las áreas con suelos apropiados p a r a el cultivo, el dominio de la agricultura de tala y q u e m a en la p r o d u c c i ó n de alimentos es clara. H e m o s d o c u m e n t a d o la presión de la población sobre la tierra entre los y a n o m a m i , pero los maring, con u n a densidad de población de h a s t a treinta habitantes p o r kilómetro c u a d r a d o , son el caso ext r e m o . E l m e d i o n a t u r a l d e los m a r i n g h a sido t r a n s f o r m a d o casi p o r completo p o r el ciclo agrícola; los alimentos silvestres son a h o r a c o m p a r a t i v a m e n t e s e c u n d a r i o s , p r o b a b l e m e n t e m u y p o r debajo del 1 % de la dieta p o r peso. Las proteínas de fuentes cárnicas procede en g r a n m e d i d a de cerdos domésticos, m á s que de animales de caza, y se obtiene solamente con un coste de trabajo considerable. En zonas d o n d e la agricultura es m á s m a r g i n a l o imposible, las condiciones m e d i o a m b i e n t a l e s específicas ofrecen u n a variedad de alternativas p a r a la intensificación. Los t u r k a n a , en la seca s a b a n a del África oriental, combinan un pastoreo mixto con la agricultura ocasional. Los esquimales en el extremo Ártico dependen de la ballena, un recurso de alto rendimiento

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a u n q u e estacional, que precisa de almacenaje. La intensificación en la econ o m í a d e s u b s i s t e n c i a p u e d e p u e s a d o p t a r u n g r a n n ú m e r o d e formas, entre ellos u n a d e p e n d e n c i a creciente de la agricultura, la gestión de extensos r e b a ñ o s y la caza especializada. Medios e historias distintos crean formas características que un grupo p u e d e intensificar y las diferentes estrategias de subsistencia generan p r o b l e m a s y m e d i o s institucionales característicos p a r a resolverlos. La evolución multilineal, el desarrollo de form a s de complejidad paralelas pero particulares es resultado de estos contrastes subyacentes a la e c o n o m í a de subsistencia. La integración implica el desarrollo de e s t r u c t u r a s suprafamiliares que u n e n las familias en grupos sociales (clanes y linajes), o r g a n i z a n éstos en agrupaciones residenciales, que c o r r e s p o n d e n a poblados, e interconectan estos grupos locales en extensas redes interpersonales de interc a m b i o y apoyo personal. Un rasgo esencial de estos niveles m á s altos de integración consiste en confiar en ceremonias p a r a definir los grupos y sus interrelaciones. Otro rasgo, m e n o s p r o m i n e n t e pero siempre presente de alguna forma, es la rivalidad p o r el prestigio y el liderazgo del g r u p o en la p e r s o n a del cabecilla responsable de u n a c e r e m o n i a y de tareas económicas específicas. ¿Por qué las organizaciones suprafamiliares se desarrollan con cerem o n i a l y liderazgo? La respuesta está implícita en el nivel familiar. En los capítulos que t r a t a n de la organización de nivel familiar h e m o s descrito un contraste básico en las relaciones entre familias, en función de las estrategias de subsistencia utilizadas. P a r a los recolectores, los recursos alimenticios son b á s i c a m e n t e predecibles y su obtención es, en gran medida, un a s u n t o individual; p u e s t o que las relaciones interfamiliares son básic a m e n t e competitivas, la población se halla g e n e r a l m e n t e dispersa, junt á n d o s e sobre todo p a r a explotar golpes de suerte periódicos de plantas o a n i m a l e s de caza. P a r a los cazadores, p o r el c o n t r a r i o , los r e c u r s o s son m á s impredecibles y las t a r e a s de obtención p u e d e n precisar de la cooper a c i ó n e n t r e varias familias; los g r u p o s de nivel de c a m p a m e n t o e s t á n formados sobre esta b a s e y las familias m a n t i e n e n redes de intercambio con o t r o s c a m p a m e n t o s . Este contraste entre los m o d o s de subsistencia básicos c o n t i n ú a caracterizando las sociedades en el nivel de grupo local. No hay u n a sola resp u e s t a a esta cuestión, sino que las condiciones diferentes de intensificación c r e a n necesidades y m e c a n i s m o s diferentes p a r a la integración. En los grupos agrícolas, la c a u s a p r i m e r a de u n a elaboración de tipo organizativo hay que buscarla en las necesidades defensivas. Tanto p a r a los yan o m a m i como p a r a los tsembaga, u n a densidad de población relativamente alta lleva a la c o m p e t e n c i a entre las poblaciones locales p o r el control de recursos productivos c o m o la tierra agrícola de p r i m e r a calidad y los territorios de caza y recolección. La formación del grupo corporativo, el teri o el clan, p e r m i t e cerrar la tierra del grupo a los extraños y regular su uso p o r p a r t e de los m i e m b r o s del clan; la organización de los clanes en un grupo territorial ceremonialmente sincronizado hace posible la defensa del territorio frente a los grupos vecinos.

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Las causas m á s estrictamente económicas de la formación del grupo parecen m u c h o m e n o s i m p o r t a n t e s p a r a las poblaciones agrícolas. En el nivel de complejidad organizativa del grupo local, la tecnología agrícola es simple y no necesita actividades de g r u p o cooperativas. En el caso yanom a m i , la escasez estacional o el s u p e r a b u n d a n c i a de b a n a n a s y frutos del pejibaye c o n d u c e n a arreglos entre el grupo. Pero los riesgos no son altos ni siquiera en este caso y las funciones económicas del teri p a r e c e n claram e n t e secundarias a sus funciones defensivas. Lo que al p a r e c e r sucede es que actividades económicas c o m o los intercambios de productos se manejan institucionalmente de la m i s m a m a n e r a que la construcción de alianzas y a c t ú a n p a r a reforzar las relaciones m á s básicas. En las economías cazadoras y pescadoras, las causas económicas son m á s destacadas al p r o m o v e r la formación del grupo y los contactos regionales. E n t r e los esquimales la organización del poblado es d i r e c t a m e n t e necesaria p a r a la caza de la ballena; establecer contactos dentro y m á s allá del poblado es igualmente necesario, debido a lo impredecible del abastecimiento de alimentos. E n t r e los ganaderos c o m o los t u r k a n a se da u n a sit u a c i ó n intermedia. Los r e b a ñ o s de animales son móviles y se p u e d e n rob a r fácilmente en un ataque. Al m i s m o tiempo, el r e b a ñ o que u n a familia nuclear p u e d e gestionar es p e q u e ñ o y vulnerable a la enfermedad y a otras pérdidas. El riesgo es crítico. La c o m u n i d a d turkana, regionalmente dispersa, p r o p o r c i o n a m e c a n i s m o s t a n t o p a r a la defensa c o m o p a r a la gestión del riesgo. El carácter organizativo del grupo local responde a los problemas específicos de la intensificación, y el significado de los líderes locales p u e d e ser m u y distinto. La estratificación implica el control diferencial de recursos productivos y existen pocas m u e s t r a s de ello en el nivel del grupo local. Por lo general, los individuos a d q u i e r e n y explotan sus propios recursos. El liderazgo no a c a r r e a u n a c o n n o t a c i ó n de control económico, excepto en los casos de cooperación, donde un líder controla la tecnología necesaria, como en la caza de ballenas de los esquimales, y ante el caso de g u e r r a i n m e diata, d o n d e el ataque y la defensa (sin olvidar los aspectos económicos) son coordinados p o r h o m b r e s eminentes. Sin embargo, es la organización social m á s compleja de estas sociedades, en contraste con las sociedades de nivel familiar, se hallan innegab l e m e n t e contenidos los elementos básicos de la rivalidad p o r el prestigio. Los individuos c o m p i t e n u n o s c o n t r a o t r o s p o r cierta e m i n e n c i a y prestigio, reconocido en las exhibiciones y juegos presentes en todas estas sociedades y de m a n e r a notable en la d a n z a de grupo de las c e r e m o n i a s kaiko de los t s e m b a g a y en las competencias de c a n t o de los esquimales. C o m o h e m o s visto, la c o m p e t i c i ó n tiene implicaciones e c o n ó m i c a s importantes, ya que contribuye al éxito de un individuo en la formación de redes. Y vinculada c o m o está a los factores económicos y políticos subyacentes, a n u n c i a el desarrollo del liderazgo competitivo, que v a m o s a discutir en el próximo capítulo.

CAPÍTULO 8 EL G R U P O CORPORATIVO Y LA COLECTIVIDAD DEL GRAN HOMBRE

Vamos a e x a m i n a r a h o r a los factores que favorecen la aparición del e c o n ó m i c a m e n t e p o d e r o s o «gran hombre» entre los p r o d u c t o r e s orientados a la subsistencia. El gran h o m b r e es un líder local, q u e t o m a decisiones p o r el grupo local y lo representa en las principales c e r e m o n i a s entre grupos. Como sistemas de gran h o m b r e , v a m o s a considerar j u n t o s al m u y d i n á m i c o gran h o m b r e de la sierra de Nueva Guinea, a los algo m á s instit u c i o n a l i z a d o s «jefes» de los kirguises de Afganistán y a los p e s c a d o r e s indios de la costa noroeste de N o r t e a m é r i c a . A p e s a r de que los sistemas se e s t r u c t u r a n de m a n e r a diferente, son n o t a b l e m e n t e similares en términ o s de c o m p o r t a m i e n t o social, político y económico. La emergencia de los grandes h o m b r e s fue atribuida en el p a s a d o a un excedente de producción alimentaria, como se ve especialmente en sus festines competitivos (Hayden, 1995). A pesar de que la p r o d u c c i ó n excedentaria es sin d u d a necesaria p a r a sostener las actividades de los grandes h o m b r e s , a n t e s e s p r e c i s o p r e g u n t a r s e p o r q u é los p r o d u c t o r e s ren u n c i a n al ocio p a r a generar un excedente. Esto es, ¿por qué la gente quiere aceptar la carga de sostener a los grandes h o m b r e s , sus festines caros y las exhibiciones públicas de riqueza y prestigio? Los grandes h o m b r e s , de m a n e r a característica, controlan la econom í a m á s allá de su p r o p i o g r u p o local. O r g a n i z a n y dirigen las c e r e m o nias e n t r e grupos, a c o m p a ñ a d a s de u n a d o n a c i ó n de regalos c o o r d i n a d a a gran escala. Éstos son básicos p a r a el prestigio del g r u p o y p a r a m o s trarse deseable c o m o aliado o socio comercial. Los g r a n d e s h o m b r e s org a n i z a n el c o m e r c i o externo y p u e d e n llegar a ser c o m e r c i a n t e s i m p o r tantes. En general, el gran h o m b r e actúa c o m o portavoz del grupo, tratando con los otros g r a n d e s h o m b r e s p a r a o r g a n i z a r las relaciones políticas y e c o n ó m i c a s en u n a asociación libre de c o m u n i d a d e s conocida c o m o colectividad intergrupal. Las decisiones del g r a n h o m b r e en n o m b r e de su g r u p o acarrean, de m o d o inevitable, cierta p é r d i d a de la a u t o n o m í a del nivel familiar e n t r e sus seguidores. Es cierto que el g r a n h o m b r e d e b e a g r a d a r a sus seguidores o p e r d e r á su respaldo, p e r o m i e n t r a s p e r m a n e c e en el p o d e r restringe sus opciones al d o m i n a r los sistemas de p r o d u c c i ó n y distribución.

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En los tres casos etnográficos que siguen v a m o s a c o n t i n u a r examin a n d o las diferentes líneas de c a m b i o evolutivo, q u e r e s p o n d e n a diferencias subyacentes en la e c o n o m í a de subsistencia y en su intensificación. Estas vías potenciales están representadas p o r los indios cazadores-recolectores de la costa noroeste de Norteamérica, los horticultores enga cent r a l e s de la c o r d i l l e r a de N u e v a G u i n e a y los g a n a d e r o s k i r g u i s e s de Afganistán. Todos los casos revelan la i m p o r t a n c i a de las relaciones externas en el desarrollo de líderes fuertes, pero las combinaciones particulares de guerra, comercio y diplomacia difieren. De a c u e r d o con el p a t r ó n identificado en los capítulos 6 y 7, la i m p o r t a n c i a del liderazgo en cuestiones defensivas constituye u n a p r e o c u p a c i ó n principal en el caso agrícola (enga centrales), m i e n t r a s que otros asuntos económicos son m á s importantes entre los grupos de la costa noroeste de N o r t e a m é r i c a (donde la economía de subsistencia depende del pescado y de los recursos animales) y entre los kirguises, orientados al comercio.

Caso 9. Los i n d i o s p e s c a d o r e s de la c o s t a n o r o e s t e de N o r t e a m é r i c a Las sociedades nativas de la costa noroeste de Norteamérica ejercen u n a fascinación i n m e n s a sobre el observador occidental. La belleza de su arte, su tecnología elaborada, el inesperado alcance y complejidad de su vida política y, sobre todo, su e c o n o m í a competitiva, empresarial y aparentem e n t e «capitalista» tocan la fibra sensible de m u c h o s . Que estos paralelismos con la sociedad m o d e r n a p u e d a n hallarse entre cazadores-recolect o r e s q u e e m p l e a n u n a t e c n o l o g í a de la «edad de piedra» ha llevado a m u c h o s observadores a cuestionarse si u n a teoría evolutiva p u e d e explicar la vida e c o n ó m i c a de la costa noroeste. En esta sección e x a m i n a r e m o s las relaciones entre el m e d i o natural, la tecnología, la organización social de la p r o d u c c i ó n y la e c o n o m í a política de la costa noroeste, en un esfuerzo por explicar este sistema económico en apariencia aberrante.

EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA

La m a y o r parte de los observadores coinciden en que el m e d i o natural de la costa noroeste de N o r t e a m é r i c a es capaz de sostener a u n a población cazadora-recolectora (Drucker y Heizer, 1967). La costa es notablemente m á s productiva que el interior y las densidades de población y el t a m a ñ o de los poblados son mayores. A pesar de las variaciones locales en la a b u n d a n c i a de ciertos comestibles, el p a t r ó n general de obtención de alimentos es similar a través de toda la región, que c o m p r e n d e desde la pen í n s u l a Olympia h a s t a el sur de Alaska. Las c o m u n i d a d e s de la costa se orientan h a c i a los recursos m a r i n o s y de las rías. La costa m a r i n a ofrece once tipos de pescado de agua salada, entre ellos el halibut, el bacalao, el a r e n q u e y la platija; mamíferos m a r i n o s , entre ellos n u t r i a s m a r i n a s , leo-

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nes m a r i n o s , m a r s o p a s y, en ocasiones, ballenas; aves acuáticas y pájaros costeros; mejillones, almejas y o t r o s crustáceos, y algas y otras p l a n t a s . En el interior del territorio, se e n c u e n t r a u n a diversidad c o m p a r a ble. Las m i g r a c i o n e s estacionales de s a l m ó n y de Thakichthys pacificus (una especie similar al eperlano) son las principales fuentes de alimento. A pesar de que la densidad (biomasa) de animales de c a z a es baja, su diversidad representa «un paraíso p a r a el cazador» (Ober, 1973: 8). El ciervo de Virginia, la c a b r a de las Rocosas, el oso, el alce a m e r i c a n o , el muflón de las Rocosas, el caribú (en el norte) y otras especies se p u e d e n cazar p a r a obtener t a n t o pieles c o m o carne; las ocas, los p a t o s y otras aves a b u n d a n en algunas estaciones, y u n a a m p l i a variedad de bayas, raíces y otras plantas comestibles se e n c u e n t r a n al alcance. Debido a la productividad p o c o usual del ecosistema, las densidades de población a lo largo de la costa noroeste se sitúan entre 0,4 y 0,8 habitantes p o r kilómetro c u a d r a d o y es m u c h o m á s elevada en algunos lugares específicos; quizá sea la densidad m á s alta alcanzada p o r cualquier población cazadora-recolectora conocida etnográficamente (una población conocida arqueológicamente, los calusa de Florida, p u d o h a b e r sido varias veces m á s densa [Marquardt, 1992]). A pesar de que, a tales densidades, e s p e r a m o s que haya u n a presión de la población sobre los recursos naturales, no es seguro que los habitantes de la costa noroeste de Norteamérica h a y a n e x p e r i m e n t a d o n i n g u n a escasez significativa de alimento (Codere, 1950; Driver, 1969, Drucker y Heizer, 1967). Sin embargo, n u m e r o s o s datos a p u n t a n que la gente espera y teme la escasez de alimentos y lleva a cabo importantes esfuerzos p a r a evitarla. Por u n a parte, la gente cuenta historias según las cuales ciertas c o m u n i d a d e s sufrieron p o r el h a m b r e en el p a s a d o (por ejemplo, Boas, 1910: 139; People ofKsan, 1980: 13). Por otra parte, se a l m a c e n a n grandes cantidades de com i d a p a r a el invierno, u n a época en q u e ésta es escasa y el h a m b r e , u n a posibilidad real. S a b e m o s que incluso el a b a s t e c i m i e n t o de la región de alimentos silvestres varía en gran m e d i d a de un año al otro. Al igual que los esquimales y los nganasan, que n u n c a p u e d e n estar seguros de cuántos caribúes se van a encontrar, los habitantes de la costa noroeste t a m p o c o pued e n e s t a r seguros del a b a s t e c i m i e n t o de salmón, que p u e d e ser e n o r m e m e n t e a b u n d a n t e un a ñ o y b a s t a n t e escaso al siguiente, p o r razones que escapan p o r completo al control de los pescadores locales (Donald y Mitchell, 1975, 1994). Finalmente, algunos grupos, como los kwakiutl (Boas, 1966: 17), se esfuerzan m u c h o p a r a intensificar la p r o d u c c i ó n de los recursos recolectados; p o r ejemplo, limpian zonas donde se recogen las especies de plantas comestibles, c o m o el trébol y la c i n c o e n r a m a , o q u e m a n extensiones de bayas y zonas de pasto p a r a a u m e n t a r su producción. Los estudios a p u n t a n que los excedentes r e a l m e n t e e n o r m e s sólo tien e n posibilidades de darse estacionalmente y en los a ñ o s b u e n o s . Dados los r e q u e r i m i e n t o s alimentarios de la población relativamente g r a n d e de 1. Raramente se cazan ballenas, a excepción de los nootka. Encontrar una ballena varada es un gran golpe de suerte y una ocasión para un festín.

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la región, la escasez e incluso el h a m b r e a m e n a z a n e p i s ó d i c a m e n t e dur a n t e los meses de invierno. A p e s a r del t a m a ñ o y la complejidad de las s o c i e d a d e s de la c o s t a noroeste de Norteamérica, los individuos, en p e q u e ñ o s grupos familiares, se p r o c u r a n su propia c o m i d a d u r a n t e la m a y o r p a r t e del a ñ o . En función de circunstancias locales (si es la costa o el interior, un río g r a n d e o u n o p e q u e ñ o , etc.), el ciclo a n u a l es a p r o x i m a d a m e n t e el q u e se expone a continuación. En m a r z o y abril, la gente de los g r u p o s locales s e p a r a d o s se j u n t a p a r a la g r a n migración del Thaleichthys pacificus. Éstos son aceitosos: se dice q u e se p u e d e p o n e r u n a m e c h a en u n o de estos salmónidos, prenderla y consumirlo c o m o u n a vela. A principios de p r i m a v e r a m i g r a n millones de s a l m ó n i d o s y se requiere u n a intensa labor p a r a capturarlos y derretir su aceite, que luego se a l m a c e n a p a r a c o n s u m o doméstico y comercio. El aceite es un conservante y un apreciado aditivo p a r a los alimentos secos y u n a fuente fundamental de calorías, que se necesitan p a r a m a n t e n e r s e caliente en invierno. Al ser almacenable, d e s e m p e ñ a un papel t a n importante en la e c o n o m í a política que su atracción es p a r a la gente «como la atracción del oro» (People of Ksan, 1980: 89). A finales de primavera y d u r a n t e el verano, los individuos se dispers a n en grupos familiares y de c a m p a m e n t o s , similares a los de los n u n a m i u t y los shoshón, p a r a cazar, pescar y recolectar raíces y verduras. Los grupos de la costa recolectan crustáceos y algas y c a z a n mamíferos m a r i nos en p e q u e ñ a s c a n o a s en las aguas costeras y entre las islas c e r c a n a s . Este p e r i o d o se describe c o m o fácil y de la a b u n d a n c i a . En agosto y septiembre, el t e m p o de la p r o d u c c i ó n se acelera al llegar la t e m p o r a d a de las bayas y e m p i e z a n las migraciones de salmones. Se recolectan bayas en grandes cantidades, se secan c u i d a d o s a m e n t e en estantes finamente labrados y se e m p a q u e t a n d e n t r o de grandes cajas, a veces cubiertas de aceite, p a r a c o n s u m i r l a s en invierno. Las migración del salmón, c o m o la del otro s a l m ó n i d o (Thaleichthys pacificus), requiere u n a notable inversión de trabajo p a r a capturarlos y luego preservarlos. En a m bos casos, la prodigalidad en los años b u e n o s s u p e r a lo que la población es c a p a z de manejar; p o r t a n t o , c u a n t o m á s trabajo se invierta, m a y o r será la cosecha, con poca o sin productividad decreciente. U n a vez ha t r a n s c u r r i d o este periodo, la gente se a g r u p a en los poblados de invierno, d o n d e p a s a n la estación m a n u f a c t u r a n d o y r e p a r a n d o los botes, las h e r r a m i e n t a s , la r o p a y en actividades similares. Hay algunas expediciones de caza, pero la gente vive principalmente de los alimentos a l m a c e n a d o s . Éste es un periodo de intensa socialización y actividad ceremonial. A principios de la primavera, la población está harta de alimentos a l m a c e n a d o s , m u c h o s de los cuales h a n e m p e z a d o a estropearse y ya no son s a b r o s o s . Todos están d e s e a n d o salir del p o b l a d o de invierno y rean u d a r la caza y la recolección del nivel familiar. Los indios de la costa noroeste son m a e s t r o s en el trabajo de la m a dera. C o n s t r u y e n casas g r a n d e s y sólidas, c a n o a s t a n t o p e q u e ñ a s c o m o grandes y algunas pesqueras t a n e n o r m e s que se u s a n «pilotes» de m a d e r a

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en los principales postes. En u n a escala m á s pequeña, construyen casas de a h u m a d o y cobertizos, a m u e b l a d o s con estantes y tablas p a r a el secado. De la m a y o r i m p o r t a n c i a económica son t a m b i é n las grandes cajas hechas de tablones de cedro, c u i d a d o s a m e n t e tallados y e n s a m b l a d o s . Éstas son estancas y p u e d e n usarse p a r a cocinar, llenándolas con agua y a ñ a d i e n d o piedras c a n d e n t e s del fuego, o p a r a a l m a c e n a r aceite, bayas, pasteles de algas u otros alimentos. Se p u e d e n a l m a c e n a r g r a n d e s cantidades de alimentos en las casas de a h u m a d o y en las despensas excavadas en la tierra y cubiertas con madera y hierba (People of Ksan, 1980; Stewart, 1977: 145). Al ser sedentarios, cada invierno las familias a l m a c e n a n en c a n t i d a d bayas, aceite, pescado a h u m a d o y caza, j u n t o con pelajes, huesos y cuernos usados en la m a n u factura. Algunas familias, p o r esta razón, a c u m u l a n u n a riqueza sustancial y, debido al crecimiento de las diferencias en la riqueza entre los individuos, las sociedades de la costa noroeste se hallan entre las más complejas de los cazadores-recolectores conocidos (Arnold, 1996a). Queda clara, pues, la i m p o r t a n c i a del almacenaje en la e c o n o m í a de la costa noroeste es u n a precondición al desarrollo de la diferenciación social (véase Suttles, 1968). La considerable riqueza a c u m u l a d a y las pesquerías localizadas, alt a m e n t e productivas, son objetivos naturales del pillaje; la guerra estuvo de hecho presente y fue a veces brutal. Según Barnett (1968: 104), «los kwakiutl dicen que antes de que viniera el h o m b r e blanco l u c h a b a n con a r m a s , a h o r a l u c h a n con propiedades. Esto es u n a consecuencia de la interferencia blanca con sus guerras, t o m a de esclavos y caza de cabezas». A finales del siglo XVIII, en la época de los p r i m e r o s contactos importantes con los blancos, la guerra era al parecer e n d é m i c a en la costa n o roeste. A r m a d u r a s en forma de p e s a d a s capotas de piel o «cotas de m a lla» hechas de tablillas de m a d e r a t r a b a d a s fueron profusamente usadas; la tecnología de las h a c h a s de batalla y los bastones estaba m u y desarrollada (Gunther, 1972: passim). Según todos los indicadores, «la verdadera guerra, dirigida a expulsar o e x t e r m i n a r a otro linaje o familia a fin de adquirir sus tierras y bienes, fue u n a práctica bien establecida en el norte» (Drucker, 1955: 136). La guerra podía implicar incursiones a larga distancia, dirigidas a c a p t u r a r botines y esclavos, pero la competencia p o r los recursos a c o s t u m b r a b a a ser u n a causa subyacente. En palabras de Drucker (1965: 75), «numerosos datos c o r r o b o r a n que la costa soportó la población m á x i m a posible en época prehistórica, en particular en la mitad norte del área. Es decir, los amplios recursos alimenticios n a t u r a l e s se explotaron c o m p l e t a m e n t e dentro de los límites de la tecnología nativa. Las tradiciones están llenas de relatos de grupos expulsados de sus casas y tierras, y d e las p r i v a c i o n e s q u e s u f r i e r o n a n t e s d e e n c o n t r a r u n n u e v o h o g a r » . Un grupo que no podía m a n t e n e r su fuerza ante un vecino poderoso estaba perdido. Drucker (1965: 81) describe a un grupo que estaba tan avasallado e n t r e dos vecinos p o d e r o s o s q u e sus m i e m b r o s viajaban e n peq u e ñ o s grupos y c o m í a n sus alimentos crudos p o r miedo a que sus fuegos atrajeran partidas de guerreros errantes. «Ambos grupos de enemigos est a b a n i n t e n t a n d o exterminar a esta gente, p a r a t o m a r posesión de sus ri-

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cos espacios de caza y pesca.» Al m i s m o tiempo, un sistema elaborado de i n t e r c a m b i o vinculaba las poblaciones locales con o p o r t u n i d a d e s especiales de a b u n d a n c i a de r e c u r s o s . En particular, c o m o con los e s q u i m a l e s (caso 6), existió un extensivo comercio entre los grupos de la costa y del interior. Para r e s u m i r brevemente, las poblaciones indias de la costa noroeste de Norteamérica estaban confrontadas con un complejo e n t r a m a d o de prob l e m a s r e l a c i o n a d o s con su e c o n o m í a intensiva cazadora, recolectora y pesquera. El m e d i o n a t u r a l ofrece a b u n d a n c i a j u n t o con fluctuaciones impredecibles. En algunas de estas z o n a s los recursos son a b u n d a n t e s , en otras son c o m p a r a t i v a m e n t e escasos. Muchos de ellos se hallan t a m b i é n fuertemente localizados en su distribución. La economía de los indios de l a costa noroeste, p o r consiguiente, a b a r c a b a u n a c o m b i n a c i ó n notable de pesca elaborada y tecnología de almacenaje, en ocasiones de guerra despiadada y de un considerable comercio. Consideramos ahora su igualmente notable organización social.

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

Es posible distinguir cinco niveles o u n i d a d e s de o r g a n i z a c i ó n social: la familia, el grupo doméstico, el linaje, el poblado y la «colectividad intergrupal» p o r e n c i m a del p o b l a d o (Newman, 1957). La p r e o c u p a c i ó n de la familia y del grupo doméstico reside en la subsistencia; el grupo doméstico se forma y se fragmenta a través del ciclo anual, al dictado de las perspectivas de subsistencia. Por el contrario, el linaje, el poblado y la colectividad intergrupal se p r e o c u p a n p o r la e c o n o m í a política y se c e n t r a n en las inversiones de capital, las ceremonias, el i n t e r c a m b i o y la guerra. La familia es la u n i d a d e c o n ó m i c a elemental, q u e a c t ú a de m a n e r a independiente d u r a n t e la caza y la recolección veraniegas. La m a y o r parte de los útiles, la ropa, la c o m i d a y las m a n u f a c t u r a s se p r o d u c e n y se poseen de forma individual y no implican a n i n g ú n g r u p o mayor. Pero las familias se organizan d u r a n t e la m a y o r p a r t e del a ñ o en «grupos domésticos», con un t a m a ñ o m e d i o e s t i m a d o que va de siete ( R o s m a n y Rubel, 1971: 130) a veinticinco individuos (Donald y Mitchell, 1975: 333), aprox i m a d a m e n t e el t a m a ñ o de las aldeas familiares c o m e n t a d a s en la p r i m e r a parte. Los grupos domésticos j u n t a n los recursos y a m e n u d o c o m e n de la caja de cocinar c o m ú n . El grupo doméstico no es un grupo de descendencia lineal; con todo, el parentesco, trazado de m a n e r a bilateral, a u n q u e a m e n u d o con un acento patrilineal o matrilineal, es el m á x i m o d e t e r m i n a n t e p a r a la pertenencia. El h o m b r e m á s viejo del grupo d o m é s t i c o se considera g e n e r a l m e n t e su cabeza o jefe, a u n q u e no es n e c e s a r i a m e n t e un r a n g o social m á s elevado que los otros h o m b r e s adultos en la e c o n o m í a política mayor. Éste y sus p a r i e n t e s m á s c e r c a n o s constituyen un núcleo residencial m á s o m e n o s p e r m a n e n t e , con personas m e n o s c e r c a n a m e n t e e m p a r e n t a d a s que e n t r a n y salen de m a n e r a oportunista según fluctúan los recursos locales y las ne-

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cesidades de trabajo. Este p a t r ó n en el nivel doméstico refleja, en las sociedades de la costa noroeste, u n a división m a y o r entre las élites, que están m u y atadas a los recursos productivos a través de lazos de propiedad reforzados políticamente, y entre la gente común, que d e a m b u l a m á s o menos l i b r e m e n t e a través de los territorios regionales, «respetando» a los diferentes grandes h o m b r e s , que se suceden al residir con ellos d u r a n t e periodos cortos (Newman, 1957: 9-12). Los grupos domésticos tienen m u c h o s rasgos comunales. La casa en sí m i s m a — p e r m a n e n t e , segura y aprovisionada con alimentos almacenados— atrae de forma comprensible a sus m i e m b r o s cada nuevo invierno. Gran p a r t e del capital productivo del grupo, incluidas sus presas, diques, a p a r a t o s p a r a derretir el aceite, estantes, cobertizos y canoas, se p r o d u c e c o n j u n t a m e n t e y se g u a r d a en confianza bajo el control del cabeza de la casa. Los m i e m b r o s de la casa contribuyen de m a n e r a igual al trabajo derivado de pescar, p r o d u c i r aceite, recoger bayas, cazar focas y otros animales y comerciar. El trabajo entregado a un gran h o m b r e , p a r a la construcción de sus presas y diques o p a r a el m a n t e n i m i e n t o de las calles del poblado, es un esfuerzo conjunto de los grupos domésticos individuales. El trabajo de las mujeres era p r i m o r d i a l p a r a la e c o n o m í a d o m é s tica. La siguiente descripción de los tlingit es representativa ( E m m o n d s , 1991: 165): El hombre era el que trabajaba con la piedra, el hueso y el metal y producía los utensilios y todos los demás instrumentos y útiles usados en el trabajo de ambos sexos. Era el que tallaba y el que pintaba. Fabricaba todas las partes de sus armas, los armazones para curtir la piel y para tejer las mantas, y los armazones para las raquetas de la nieve, además de ornamentos de marfil, hueso y concha. Fabricaba los instrumentos musicales (el tambor, la matraca, las baquetas), los juegos, los sombreros de madera, los cascos y los tocados usados en las ceremonias. Proporcionaba la leña y las grandes planchas de corteza de cedro utilizadas para distintos fines. La mujer cuidaba de los niños pequeños y enseñaba a las chicas. Curtía las pieles, confeccionaba la ropa, hilaba la lana de cabra para las mantas, preparaba las raíces, la hierba y los tallos de las plantas usados para coser, tejer y para hacer mantas, cestas y redes. Recibía, preparaba, ahumaba y curaba el pescado (quizás su contribución más importante), pero con frecuencia también ayudaba a colgarlo en los armazones para secarlo y a empaquetarlo para su transporte. Recolectaba bayas, raíces y plantas comestibles, almejas y otros crustáceos, y algas, y curaba todo ello o lo preparaba para su uso. Preparaba los alimentos para la comida y hacía las particiones de lo que se servía. Trabajaba en bordados con púas del puerco espín y cuentas. Las plantas medicinales se hallaban también dentro de su ámbito, puesto que era la que sangraba a la gente y la partera. La producción de aceite de pescado y de foca era principalmente trabajo suyo, aunque el hombre ayudaba [...] La posición de la mujer en la casa estaba asegurada. Era la tesorera que llevaba las llaves de las arcas, que contenían las mantas, la ropa y, en los últimos años, el dinero. [...] [Su papel en el comercio era impor-

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tante:] no solamente podía vetar cualquier negocio hecho por su marido, sino que también podía producir los bienes que ella misma comerciaba o que daban en los potlatches. La p r o d u c c i ó n de s a l m ó n seco de las mujeres constituía la base econ ó m i c a t a n t o de la subsistencia c o m o de la riqueza suntuaria. Una mujer rica de alto r a n g o podía t a m b i é n construir su p r o p i a casa e intervenir en el potlatch por sí m i s m a , con pleno derecho. Y hay informes que dicen que las c h a m a n e s tuvieron tanto p o d e r c o m o sus equivalentes masculinos (De Laguna, 1983: 81). Más allá de los grupos domésticos, se hallan u n i d a d e s n o m b r a d a s de forma distinta c o m o numayma, linajes y clanes. Tales g r u p o s reconocen las relaciones de p a r e n t e s c o e n t r e sus m i e m b r o s y se d i s t i n g u e n p o r la posesión de prendas, emblemas y otros distintivos. Cuando todos los miembros de un linaje viven en un solo poblado, son copartícipes de derechos sobre r e c u r s o s específicos, c o m o riachuelos, t e r r e n o s de bayas e islas a poca distancia de la costa. La pertenencia, sin e m b a r g o , es fluida: en base al p a r e n t e s c o m u c h a gente es susceptible de ser elegida p a r a unirse a dos grupos o más, y se u n i r á n al m á s ventajoso en aquel m o m e n t o . También es posible que u n a p e r s o n a no vinculada p o r lazos de p a r e n t e s c o ingrese e n u n grupo. El l l a m a d o linaje p u e d e p r o l o n g a r s e de u n a p a r t e a o t r a d e n t r o de los límites del poblado. Tal linaje no es un grupo corporativo y territorial, pero p u e d e ofrecer vínculos valiosos a través de u n a amplia región en la que los intercambios comerciales y ceremoniales son i m p o r t a n t e s . Los lazos de linaje t a m b i é n p r o p o r c i o n a n cierta seguridad en un área en la que la g u e r r a es endémica y destructiva. Los grandes poblados contienen m á s de un linaje y p u e d e n tener entre quinientos y ochocientos m i e m b r o s . El núcleo de la p r o p i e d a d de su población es m á s o m e n o s estable, debido a la gran inversión en casas y en capital productivo. La casa se considera sagrada, es la residencia perm a n e n t e en la que idealmente u n o nace, se casa y muere. Puesto que el poblado de invierno es el lugar de estas casas y de las c e r e m o n i a s y los festines m á s importantes, los kwakiutl dicen: «El verano es secular, el invierno, sagrado» (Boas, 1966: 172). Aun así, c u a n d o nos p o n e m o s a considerar c ó m o se integran los poblados en u n a sola e c o n o m í a regional, d e b e m o s r e c o r d a r que el poblado sólo está u n i d o de u n a forma vaga. Sus m i e m b r o s son leales sobre todo a su p r o p i o grupo doméstico, la sospecha siempre recae en los otros, especialmente en caso de r o b o (cf. Boas, 1910: 70, 138, 148, 153). Como veremos, m u c h o s jefes c o m p i t e n p o r el respaldo de los h a b i t a n t e s del poblado e incluso intimidan c o n s t a n t e m e n t e a sus seguidores leales p a r a que entreguen sus preciosos p r o d u c t o s de subsistencia al proceso político. La clave de la e c o n o m í a política de la costa noroeste es el g r a n h o m b r e o el jefe. La vida pública p r o p o r c i o n a m u c h a s ocasiones p a r a expresar las diferencias de rango y p a r a p r o b a r y r e o r d e n a r su posición. A fin de cuentas, el rango de un gran h o m b r e es un reflejo de su riqueza; es de-

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cir, de la cantidad de riqueza que p u e d e a c u m u l a r del propio grupo que le r e c o n o c e c o m o líder. Sin d u d a sus funciones son complejas y a l c a n z a n áreas sólo parcialmente relacionadas con la vida económica, c o m o el matrimonio. Observando solamente aquellas funciones del gran h o m b r e que son i m p o r t a n t e s p a r a la economía, sin embargo, p o d e m o s entender m u c h o s o b r e c ó m o o p e r a la e c o n o m í a política de la costa n o r o e s t e y qué p r o p o r c i o n a a la gente. Existen varios p u n t o s evidentes: 1. El gran h o m b r e representa un grupo y, para distintos fines, él es el propio grupo. Su riqueza es la riqueza del grupo y su r a n g o expresa la posición acumulativa de sus seguidores. De esta forma, los participantes en u n a c e r e m o n i a suelen hacer hincapié en que el gran h o m b r e a c t ú a no sólo en su propio n o m b r e , sino en «nuestro n o m b r e » . El g r a n h o m b r e se ve investido con títulos y e m b l e m a s , que representan los territorios y los recursos ricos del grupo. En un grupo doméstico o en un grupo local, estos títulos se refieren a lugares de pesca específicos, zonas de bayas, rocas p a r a cazar focas y otras cosas parecidas (no se controla de tal forma ni el océano ni las regiones de caza del interior). C u a n d o un gran h o m b r e integra otros grupos locales al suyo propio, norm a l m e n t e c o m p r a sus e m b l e m a s o se a p o d e r a de ellos p o r la fuerza, de m a n e r a que se convierte, a u n q u e en un sentido restringido, en propietario de los recursos del grupo. A pesar de que el gran h o m b r e puede obten e r el control de un g r u p o p o r la fuerza, quizá incluso asesinando a su líd e r o r i g i n a l , a largo p l a z o d e b e d e p e n d e r de su lealtad, q u e él m i s m o debe ganarse con valor, habilidad p a r a la gestión y generosidad. 2. El gran h o m b r e organiza u n a e c o n o m í a compleja, caracterizada p o r inversiones de capital a gran escala, y u n a división del trabajo elaborada. Su casa tiene especialistas, tales c o m o fabricantes de canoas, arponeros y carpinteros, q u e se sostienen por su riqueza almacenada. A pesar de que posee los productos de estos especialistas, sus seguidores los usan de m a n e r a rutinaria p a r a obtener, procesar y a l m a c e n a r alimentos. En las sociedades de nivel familiar, es difícil o r g a n i z a r la construcción de p r o d u c t o s a gran escala, c o m o diques, presas y estructuras defensivas. Se necesita a un líder p a r a persuadir a la gente p a r a hacer un trabajo que no beneficia d i r e c t a m e n t e a la familia, y el gran h o m b r e usa su riqueza e influencia p a r a tal fin. 3. Las pesqueras de salmón, a pesar de ser m u y ricas, p u e d e n verse sobreexplotadas, salvo en los ríos m á s grandes. Las presas p u e d e n cerrar del t o d o u n r i a c h u e l o m á s p e q u e ñ o . E l g r a n h o m b r e , c o m o especialista en ceremonias, debe decidir c u á n d o abrir la veda y c u á n d o se puede permitir que los peces p a s e n a través de las presas, p a r a su a p r o v e c h a m i e n t o p o r parte de los grupos de la parte alta del río y p a r a que desoven. H a s t a cierto p u n t o , el ciclo ritual, regulado por los líderes de grupo, p r o p o r c i o n a u n a función gestora, que t e r m i n a con la tragedia de los terrenos c o m u n e s (Morrell, 1985; Pinkerton, 1985). 4. El gran h o m b r e de la costa noroeste debe m a n t e n e r almacenes mayores que los otros, y p a r a tal fin invierte en estructuras de almacenaje. És-

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tas y los edificios más grandes requeridos para alojar a los especialistas constituyen lo que Netting (1977: 36) describe como «casas substanciales llenas de posesiones de peso». De hecho, como con los grandes h o m b r e s de otros lugares, la m a y o r parte de la riqueza que llega a su casa vuelve a salir rápidamente p a r a cubrir los gastos de sus seguidores, pagar deudas, dar préstamos, etc. El principio básico es: la riqueza sin invertir es riqueza ociosa. 5. P a r a sostener sus actividades, el gran h o m b r e precisa de u n a p a r t e de la p r o d u c c i ó n de sus seguidores. Un c a z a d o r o un p e s c a d o r de éxito debe d a r de un quinto a la mitad de su c a p t u r a a su gran h o m b r e (Boas, 1921: 1333-1340). Si no lo hace, recibirá m e n o s favores en el futuro y puede incluso recibir u n a paliza (ibíd.: 1334). A c a m b i o , el g r a n h o m b r e gasta o redistribuye sus ingresos, devolviendo parte de los m i s m o s a sus seguidores a través de festines y otros actos generosos, y utilizando u n a p a r t e p a r a p a g a r a especialistas p o r sus p r o d u c t o s . P a r t e de estos p r o d u c t o s s o n d i r e c t a m e n t e útiles (p. ej., can o a s e instalaciones de almacenaje); o t r o s r e a l z a n el prestigio del g r a n h o m b r e y de su grupo (p. ej., postes de t ó t e m y decoraciones del hogar). Finalmente, parte de los ingresos del g r a n h o m b r e van a a u m e n t a r su alm a c é n de bienes de prestigio, tales c o m o los objetos de cobre batido y las m a n t a s , que se utilizan en intercambios ceremoniales. 6. Allá d o n d e la guerra es c o m ú n , el gran h o m b r e t a m b i é n m a n t i e n e un retén de guerreros. Un g r a n h o m b r e valeroso y bien a r m a d o s u p o n e u n a fuente de seguridad p a r a sus seguidores; o u n a fuente de p r e o c u p a ción si fracasan al satisfacer sus d e m a n d a s . 7. Los grandes h o m b r e s son los p r o m o t o r e s de las grandes ceremonias interregionales c o m o el potlatch. La m a y o r parte de las ceremonias se celebran a principios de verano o en noviembre y diciembre, después de los principales periodos de almacenaje de alimentos. Infinidad de sucesos p u e d e n justificar las ceremonias, entre ellos los n u m e r o s o s eventos del ciclo vital de la familia de un gran hombre: nacimientos, ceremonias de n o m b r a m i e n t o , etc. Sin e m b a r g o , lo que d e t e r m i n a si u n a ceremonia se celeb r a o no es el m o n t o de riqueza que un g r a n h o m b r e ha a c u m u l a d o . Éste organizará u n a c e r e m o n i a solamente si tiene u n a amplia riqueza, p u e s t o que otros grandes h o m b r e s no t a r d a r á n en ridiculizarlo si su festín no es lo bastante s u n t u o s o . Un objetivo p r i m a r i o es el de h a c e r público el éxito del grupo y, de este m o d o , atraer la m a n o de obra que el gran h o m b r e necesita p a r a explotar los recursos e i n c r e m e n t a r la riqueza que tiene a su disposición. Las ocasiones ceremoniales son complejas desde un punto de vista económico. Desde u n a perspectiva política son ocasiones p a r a que los grandes h o m b r e s compitan p o r el prestigio, regalando riqueza e incluso destruyéndola. La envidia y la humillación forman parte del festín. Según Boas (1921: 1341-1342), los g r a n d e s h o m b r e s p u e d e n e x h o r t a r a sus seguidores así: Dependo de que vosotros me respaldéis en todo, cuando yo compita con los jefes de las tribus (poblados). [...] Quiero dar un potlatch a las tribus. Tengo quinientas mantas en mi casa. Ahora veréis si basta

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para invitar a las tribus o no. Os daréis cuenta de que quinientas mantas no bastan y me trataréis como a vuestro jefe y me daréis vuestras propiedades para el potlatch, [...] ya que no será en mi nombre. Será en el vuestro, y vais a ser famosos entre las tribus cuando se diga que habéis dado vuestras propiedades para un potlatch, de manera que yo pueda invitar a las tribus. El g r a n h o m b r e y sus seguidores b u s c a n «aplastar» el b u e n n o m b r e de otro grupo, «enterrándolo» bajo pilas de regalos. Pero existe un sentim i e n t o similar de competencia entre un gran h o m b r e y aquellos de entre sus propios h o m b r e s que p u e d e n b u s c a r seguidores p a r a rivalizar con él. C u a n d o se p r o p o n e un potlatch, c a d a seguidor del gran h o m b r e r e s p o n d e a su propuesta, levantándose y h a b l a n d o en o r d e n de r a n g o . P u e d e n hablar de la siguiente m a n e r a (Boas, 1921: 1343): Estoy molesto con nuestro jefe, ya que nos pide demasiado a menudo propiedades para su potlatch. Intentaría avergonzarle. Por lo tanto, le daré cien mantas, para que podamos enterrar su nombre bajo nuestra propiedad. Deseo que vosotros deis para el potlatch cincuenta, o cuarenta, o diez pares de mantas; y de aquellos que son pobres, deberían llevar cinco pares de mantas. Todo esto se p r e s e n t a de m a n e r a a b i e r t a p a r a que t o d o s lo oigan y vean. En efecto, los anfitriones ofrecen regalos a los asistentes a un potlatch como forma de pago por «atestiguar» los intercambios entre los grandes h o m b r e s (Barnett, 1968: 93). La necesidad de testigos reside en public i t a r l a p r o d u c t i v i d a d e c o n ó m i c a del g r u p o , r e p r e s e n t a d o p o r e l g r a n h o m b r e , y c o m o N e w m a n (1957: 86) indica, p a r a validar o «legalizar» las transferencias del control de la p r o p i e d a d de un cabecilla a otro. A pesar del hincapié que se h a c e en las m a n t a s y los artículos de cobre como estándares de valor, la m a y o r parte de los objetos regalados o destruidos en un potlatch son alimentos, herramientas, cajas y otros bienes útiles ( B a r n e t t , 1968: 76, 85-88). E s t o s objetos r e p r e s e n t a n el e x c e d e n t e disponible p a r a tales usos en esta sociedad orientada al almacenaje en años de abundancia. En cambio, en años en los que la comida es escasa, el gran h o m b r e sería humillado si organizara un potlatch, y, desde luego, no se solicita n i n g u n a hasta que el anfitrión está preparado. En general, los grupos con las mejores bases de recursos son los m á s grandes y los m á s ricos, y tien e n los g r a n d e s h o m b r e s m á s ricos (Donald y Mitchell, 1975: 334-335). Los invitados que reciben artículos a l m a c e n a b l e s los g u a r d a n p a r a sus propias necesidades ceremoniales futuras, o p a r a usarlos p a r a p a g a r débitos o d a r p r é s t a m o s entre c e r e m o n i a s . La c o m i d a se c o n s u m e en el festín o se lleva a casa. Sin embargo, el potlatch no garantiza que los alimentos de los ricos se transfieran a los pobres (J. Adams, 1973): en los años malos, los ricos satisfacen p r i m e r o sus propias necesidades a partir de lo poco que h a n a l m a c e n a d o , m i e n t r a s que en años a b u n d a n t e s , incluso los pobres tienen c o m i d a de sobra. En a ñ o s especialmente a b u n d a n t e s se organizan «los festines de grasa», d u r a n t e los cuales los líderes que compi-

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ten vierten cajas de aceite de pescado sobre el fuego y las q u e m a n en u n a lujosa exhibición competitiva de riqueza. 8. En los años malos, los grandes h o m b r e s p u e d e n t a m b i é n o b t e n e r alimentos p a r a sus seguidores al i n t e r c a m b i a r objetos de valor, a c u m u l a dos en los a ñ o s b u e n o s (Vayda, 1961: 621), siempre, claro está, que algún o t r o g r u p o t e n g a c o m i d a p a r a i n t e r c a m b i a r . D e esta forma, los b i e n e s p e r m i t e n al m e n o s cierta distribución de c o m i d a desde las zonas bien provistas a las h a m b r i e n t a s y los almacenes de objetos de valor sirven c o m o c u e n t a s de a h o r r o o fondos de reserva contra las h a m b r u n a s locales. Boas (1898: 682, citado en Barnett, 1968: 4) c o m p a r a b a esta riqueza c o n u n a política de seguro de vida, p u e s t o que se podía h e r e d a r y protegería a los niños p e q u e ñ o s en caso de q u e se q u e d a r a n huérfanos. La seguridad prop o r c i o n a d a al a l m a c e n a r riqueza de este m o d o está en el centro de la vol u n t a d de la gente p a r a s o m e t e r s e a las d e m a n d a s de un g r a n h o m b r e , puesto que solamente las élites tienen acceso a tal riqueza. El propietario de bienes no solamente tiene acceso a los a l m a c e n e s de otro grupo, sino que p u e d e también conceder a otro grupo el derecho de p a r t i c i p a r en el excedente a l i m e n t a r i o , estacional o i n e s p e r a d o , d e n t r o del territorio del propietario. Así, el cabecilla que «poseía» u n a playa en concreto repartió títulos q u e d a b a n al p o r t a d o r d e r e c h o a participar en el reparto de la grasa de la próxima ballena que apareciera varada en su playa (Newman, 1957: 82). Y así t a m b i é n los extraños p o d í a n obtener derechos de pesca de los salmónidos (salmón o Thaleichthys pacificus), a lo largo de los riachuelos de propiedad privada, c u a n d o el grupo propietario tenía pescado de sobra p r o d u c t o de u n a b u e n a pesca. A través de la p r o p i e d a d y el r e p a r t o de derechos de acceso, se p u e d e distribuir el trabajo de m a n e r a o p o r t u n a y no caótica de un golpe de fortuna a otro, de un excedente a c o r t o p l a z o a o t r o , r e d u c i e n d o la p é r d i d a de a l i m e n t o s , q u e es c o m ú n c u a n d o un c a m p a m e n t o cazador-recolector p e q u e ñ o se e n c u e n t r a con excedentes temporales m á s allá de sus posibilidades de c o n s u m o . 9. Además del intercambio de alimentos p o r bienes, el comercio también se p r o d u c e a distancia, de m a n e r a notable entre la costa y el interior. Tal comercio no está dirigido p o r m i e m b r o s de las familias individuales, sino q u e n o r m a l m e n t e está organizado p o r los g r a n d e s h o m b r e s , quienes, a través de sus actividades políticas, h a n establecido lazos con los grandes h o m b r e s de otras zonas ecológicas. Es i m p o r t a n t e no exagerar el grado de rivalidad entre grandes h o m bres. El lenguaje del potlatch es agresivo y los discursos en provecho propio se proyectan p a r a avergonzar a los d e m á s . Sin embargo, los grandes h o m b r e s son duros y las agresiones simbólicas no les h a c e n trizas fácilm e n t e , respetan las d e u d a s en las que i n c u r r e n a través de los intercambios ceremoniales e i n t e n t a n devolverlas. Con el tiempo construyen lazos de respeto y confianza (Barnett, 1968: 112; R o s m a n y Rubel, 1971: 170) a los que se p u e d e recurrir en m o m e n t o s de necesidad. C o m o ocurría entre los y a n o m a m i (capítulo 6), estos lazos t a m b i é n sirven p a r a crear regiones de paz, dentro de las cuales la competencia agre-

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siva entre poblaciones p u e d e ser regulada y dirigida hacia propósitos constructivos. De hecho, los estudios a p u n t a n que c u a n d o los blancos forzaron la paz después de los primeros contactos, las rivalidades que en otro tiempo h a b r í a n llevado a un conflicto abierto vinieron a expresarse en u n a competencia ceremonial p a r t i c u l a r m e n t e reñida. De nuevo, pues, la guerra se debe atribuir al fracaso de la e c o n o m í a política p a r a integrar las comunidades que carecen de lazos fuertes de parentesco e intercambio. A veces, incluso los enemigos que simulan hacer esfuerzos p a r a conseguir la p a z convierten las ceremonias de potlatch en festines traicioneros al estilo yan o m a m i , a fin de llevar a las víctimas recelosas a su destrucción (Drucker, 1965: 80). Con a n t e r i o r i d a d a la pacificación, entre los frutos de la g u e r r a est a b a n los prisioneros, a los que g e n e r a l m e n t e se refieren c o m o esclavos. El t é r m i n o «esclavo» es p r o b l e m á t i c o , ya que a los p r i s i o n e r o s de guer r a n o r m a l m e n t e se los r e s c a t a b a (ibíd.: 51-52; Suttles, 1968) y se t e n d í a a verlos c o m o perfectos e x t r a ñ o s r e s p e c t o a sus c o m u n i d a d e s h u é s p e des (Kan, 1989: 95). Sin e m b a r g o , los prisioneros a m e n u d o se retuvier o n i n d e f i n i d a m e n t e y, en algunos casos, se convirtieron en las fuentes principales de trabajo p a r a las élites, q u e p o r sí m i s m a s r e a l i z a b a n p o c o o n i n g ú n trabajo. C o m o tales, los esclavos e r a n bienes: e r a n el principal objetivo de algunas g u e r r a s y se los p o d í a comprar, v e n d e r y d a r c o m o regalos preciosos en los potlatches (Mitchell, 1984). En algunos casos, los esclavos s u p o n í a n h a s t a un 20 o 30 % de la fuerza de trabajo de u n a com u n i d a d , su posición era fija y se t r a n s m i t í a a sus hijos (Donald, 1984), a los q u e la c o m u n i d a d h u é s p e d c o n s i d e r a b a c o m o elecciones m a t r i m o niales i n a p r o p i a d a s . En tales casos, el t é r m i n o «esclavitud» no p a r e c e el más apropiado. Se ha discutido m u c h o acerca de si existen clases económicas en las sociedades de la costa noroeste (Ruyle, 1973). J u n t o a la aseveración de que los esclavos constituyen u n a clase trabajadora explotada, se ha dado t a m b i é n el a r g u m e n t o de que las élites forman u n a clase alta que u s a el control sobre la p r o p i e d a d p a r a disponer del trabajo de los otros (Arnold 1996a: 63; Hayden, 1995: 64-65). Como titulares que controlan los recursos, que gozan de un alto rango reconocido públicamente y que pasan tanto la p r o p i e d a d c o m o la posición a sus vástagos, algunas élites de la costa noroeste podrían ser consideradas como jefes, m á s que como grandes hombres. En este p a n o r a m a , habría tres clases en las sociedades estratificadas de la costa noroeste: jefes, gente c o m ú n y esclavos. Ruyle (1973) llama a esto «estratificación incipiente». Sin embargo, nosotros m a n t e n e m o s el uso del t é r m i n o gran h o m b r e , puesto que es clar a m e n t e a p r o p i a d o p a r a la gran mayoría de c o m u n i d a d e s de la costa noroeste, donde el liderazgo es local (normalmente tiene que ver con u n a gran familia y, s o l a m e n t e en ocasiones, con un poblado), d o n d e los derechos «hereditarios» casi siempre se d i s p u t a n y d o n d e los símbolos de rango se c o m p r a n y venden con facilidad. Incluso la palabra tlingit p a r a jefe es lingit tlein, «gran hombre» (Kan, 1989: 83). Pero la probabilidad de estratificación incipiente en algunas sociedades de la costa n o r o e s t e c o n c u e r d a

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con u n a aproximación multilineal a la evolución sociocultural. Las posibilidades de complejidad y estratificación políticas entre los cazadores-recolectores h a n sido p a s a d a s p o r alto con d e m a s i a d a frecuencia, debido a u n a asunción tipológica, p r o f u n d a m e n t e asentada, de que los cazadoresrecolectores son inevitablemente igualitarios (Arnold, 1996b). El gran h o m b r e de la costa noroeste de N o r t e a m é r i c a representa los intereses suprafamiliares de sus seguidores. Tiene y defiende su derecho a los recursos básicos, organiza el trabajo cooperativo p a r a proyectos que benefician al grupo, genera y m a n t i e n e grandes inversiones de capital, alm a c e n a c o m i d a y riqueza p a r a los t i e m p o s duros, m a n t i e n e especialistas económicos e intercambia sus p r o d u c t o s por parte de la p r o d u c c i ó n de las familias no especialistas, ejerce o delega la responsabilidad militar y gestiona los intercambios y las ceremonias entre poblados y regiones, que integran la e c o n o m í a m u c h o m á s allá del nivel familiar. El grupo interregional, la «colectividad intergrupal» de Newman (1957), es, de hecho, u n a asociación de grandes h o m b r e s en la que no d o m i n a ning ú n ú n i c o líder s u p r e m o —a p e s a r de que a l g u n o s son m á s fuertes que otros— en virtud de sus recursos básicos y de sus habilidades políticas, militares y de gestión. A través de las ceremonias públicas negocian el intercambio continuo de p o d e r p o r prestigio y prestigio p o r poder, que equivale al i n t e r c a m b i o de riqueza (mantas, m o n e d a s ) p o r bienes económicos (alimentos, tecnología, trabajo) y viceversa. Esta e c o n o m í a política, elaborada y extensa, se t o r n a posible gracias a u n a a b u n d a n c i a de alimentos silvestres c o n c e n t r a d a local y estacionalm e n t e . Pero t a m b i é n se h a c e necesaria p o r las altas densidades de población (con u n a alta d e m a n d a c o n t i n u a de comida), las fluctuaciones impredecibles de los abastecimientos alimentarios a nivel regional y estacional, y la guerra y el pillaje p o r el control de los recursos deseados. El sistema político p u e d e verse c o m o u n m e c a n i s m o p a r a movilizar u n a población centrada en la familia p a r a i n c r e m e n t a r su seguridad contra el h a m b r e y la guerra, al p r o d u c i r alimentos y m a n u f a c t u r a s m á s allá de sus necesidades personales. Los grandes h o m b r e s invierten directamente b u e n a parte de este excedente en trabajos públicos y en seguridad social. El resto se gasta en exhibiciones p a r a p r o m o c i o n a r s e a sí m i s m o s y m a n t e n e r su posición de gran h o m b r e frente a u n a competencia incesante. El uso que nosotros h a c e m o s del presente etnográfico en este relato (en un esfuerzo p o r ser coherentes con los otros casos) parecerá extraño a los lectores que reconozcan que h a n p a s a d o m u c h a s generaciones desde que las sociedades de la costa noroeste funcionaron de la forma que describimos. Hacia finales del siglo XVIII, los comerciantes de pieles se dedic a b a n a un comercio extensivo con las sociedades de la costa noroeste que ya disfrutó de relaciones comerciales aborígenes de largo alcance entre los m i s m o s indígenas (Wolf, 1982: 182-192). C o m o c o m e r c i a n t e s expertos, los grandes h o m b r e s a d o p t a r o n con impaciencia las posibilidades expansivas de comercio, m o t i v a n d o la acumulación y el control de u n a riqueza creciente. Esta a d h e s i ó n a la participación en el m e r c a d o tuvo distintos efectos en las economías políticas de la costa noroeste:

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1. Al a u m e n t a r el control económico de los grandes h o m b r e s , intensificó la desigualdad social. 2. La d e m a n d a de m e r c a d o incrementó el valor de la p r o d u c c i ó n excedentaria, que a su vez a u m e n t ó el valor del trabajo e impulsó la captura de esclavos p a r a convertirlos en trabajadores. 3. El contacto a n i m ó la formación de grupos políticos mayores (confederaciones), q u e institucionalizaron potlatches incluso m á s elaborados p a r a d e t e r m i n a r el rango del grupo dentro de la confederación. Una mayor elaboración de los potlatches, que implicó cantidades sin precedentes de bienes como m a n t a s y m o n e d a s , llevó p r o b a b l e m e n t e a los antropólogos a s o b r e s t i m a r la escala de estos acontecimientos antes del contacto. 4. La p é r d i d a catastrófica de población, debido a las enfermedades introducidas, a c o m p a ñ a d a por u n a constante invasión de tierras nativas p o r parte de los pobladores e u r o a m e r i c a n o s , marginalizó a los nativos indoamericanos y alteró fundamentalmente su subsistencia y sus economías políticas.

Caso 10. Los e n g a centrales de la cordillera de N u e v a G u i n e a Los enga centrales del c o r a z ó n de la cordillera de Nueva Guinea son en m u c h o s aspectos similares a los acéfalos t s e m b a g a m a r i n g descritos en el capítulo 7; sin e m b a r g o , ciertas diferencias notables entre a m b o s nos a y u d a n a e n t e n d e r el d e s a r r o l l o p o s t e r i o r de la e c o n o m í a política. El proceso de intensificación es p a r t i c u l a r m e n t e notorio en este caso y har e m o s h i n c a p i é en él en n u e s t r a exposición. C o m o h e m o s visto c o n los tsembaga, el crecimiento de población lleva a la intensificación, la intensificación a la g u e r r a y ésta a la f o r m a c i ó n de clanes y g r u p o s locales. E n t r e los enga, cuya d e n s i d a d de población duplica la de los tsembaga, la intensificación ha d a d o c o m o resultado un cultivo p e r m a n e n t e de boniato en tierra de p r i m e r a calidad: p a r a u n a población t a n g r a n d e no hay otra forma fiable de conseguir lo suficiente p a r a comer. La guerra, en base a esto, se orienta a a p o d e r a r s e de tierras de p r i m e r a calidad; su frecuencia ha crecido y este i n c r e m e n t o ha acelerado la aparición de los grandes hombres. Los líderes locales orquestan el intercambio y las redes de alianza de la colectividad regional, de la q u e al final d e p e n d e la supervivencia del grupo local.

EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA

Los enga centrales, entre los que se incluyen los m a e y a los raiapu enga, viven en u n a región m o n t a ñ o s a al oeste de la sierra de H a g e n en Papua-Nueva Guinea, u n a región de alta densidad de población, en contraste con la zona «marginal» de baja densidad que o c u p a n los tsembaga. Los h e m o s seleccionado p a r a n u e s t r a exposición p o r q u e t e n e m o s a nuestra disposición excelentes datos sobre la economía, el ceremonial y la or-

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ganización sociopolítica de los m a e enga (Meggitt, 1964, 1965, 1972, 1974, 1977), sobre la e c o n o m í a de subsistencia de los r a i a p u enga, con los que se hallan m u y relacionados (Waddell, 1972), y sobre el i n t e r c a m b i o regional de tee (Feil, 1978, 1984). Los enga centrales, c o m o otros grupos de la cordillera, h a n p e r m a necido aislados del contacto directo con los occidentales h a s t a épocas m u y recientes (Meggitt, 1965: 2). El p r i m e r contacto del que se tiene noticia se produjo en 1933. En 1942 se estableció u n a base de patrulla en su territorio y en 1948 llegaron los misioneros y los mineros. El p r i m e r etnógrafo que estudió los enga, Mervin Meggitt, llegó en 1955, solamente veinte años después del inicio de un contacto continuado. Los enga centrales viven en un área de ríos de alta m o n t a ñ a y en valles abiertos entre las montañas. Su tierra, varía en altitud desde los 1.170 metros en los valles de pastos hasta 2.370 metros. Las precipitaciones tienen u n a m e d i a de 2.740 milímetros al año y llueve en alguna m e d i d a 265 días. El verano (de noviembre a abril) tiende a ser un poco m á s h ú m e d o y cálido que la media anual (de 10 a 27 °C), el invierno (de mayo a octubre), m á s seco y fresco (de 4 a 21 °C). Hay sequía en invierno, que puede ser un periodo de escasez de alimentos. Las c o m u n i d a d e s de plantas y los microclimas varían de forma m a r cada según la altitud. Por debajo de los 1.400 metros se extienden las densas selvas de los valles m á s bajos, virtualmente deshabitados a causa de la malaria. La zona de 1.400 a 2.250 m e t r o s fue originalmente un bosque de m e d i a m o n t a ñ a y de valle; despejado a h o r a p a r a la agricultura, es un m o saico de h u e r t a s y zonas de b a r b e c h o . Las terrazas aluviales b o r d e a n los valles y se cultivan de m a n e r a intensa; tres cuartas partes de la población se c o n c e n t r a allí. Por encima, de 2.250 a 2.850 metros, se halla u n a zona de bosque de hayas que acoge animales de caza y constituye u n a área imp o r t a n t e p a r a que se a l i m e n t e n los cerdos. A cotas a ú n m á s altas se extiende u n a zona subalpina de poco uso económico. B u e n a parte de esta diversidad m e d i o a m b i e n t a l se e n c u e n t r a dentro de u n a región m u y c o n c e n t r a d a p o r q u e las vertientes p r o n u n c i a d a s de las m o n t a ñ a s que se alzan d i r e c t a m e n t e sobre el fondo de los valles. Como resultado, las tierras del clan de los enga centrales, a u n q u e suelen ser m u y p e q u e ñ a s (entre medio kilómetro c u a d r a d o y un kilómetro cuadrado), cort a n verticalmente todas las zonas e i n c o r p o r a n u n a p a r t e de cada u n a de ellas. Sin embargo, el intenso uso del medio a m b i e n t e ha d i s m i n u i d o en b u e n a m e d i d a la diversidad de plantas y animales anterior, y gran parte de la región está cubierta a h o r a p o r pastizales y c a m p o s p e r m a n e n t e s . El territorio de un clan, entre los vecinos r a i a p u enga, tenía solamente un 5 % de b o s q u e (Waddell, 1972: 14). Según Meggitt, la densidad de población en el área nuclear de los enga centrales varía de 32 a 96 personas p o r kilómetro c u a d r a d o , cerca del m á ximo m a c h i g u e n g a p a r a los grupos de la cordillera de Nueva Guinea. La figura 9 m u e s t r a un m e d i o n a t u r a l repleto de a s e n t a m i e n t o s y e n o r m e m e n t e transformado p o r un uso prolongado. M u c h o m á s altas que las densidades de las m á s simples sociedades horticultoras descritas en los capí-

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FIG. 9. Patrón de asentamiento de los enga centrales. Aparte de los barrancos y crestas incultivables, el paisaje está repleto de campos. La población es densa y se encuentran aldeas por todas partes, pero se agrupan cerca de los campos de boniatos y en localizaciones defendibles. Cada grupo local tiene una zona de danza ceremonial. tulos precedentes, esta p r o p o r c i ó n entre h o m b r e y tierra tiene implicaciones obvias p a r a la e c o n o m í a de subsistencia. La e c o n o m í a de los enga centrales, descrita de forma m u y completa p a r a los r a i a p u enga (Waddell 1972), está d o m i n a d a p o r u n a forma intensiva de agricultura, q u e incluye la producción en montículos de boniatos, algo de a g r i c u l t u r a de tala y q u e m a y u n a c o n s i d e r a b l e cría de cerdos.

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Puesto que el uso agrícola intensivo ha d e g r a d a d o el m e d i o n a t u r a l , los p r o d u c t o s silvestres se hallan limitados y su a p o r t a c i ó n a la dieta es insignificante. La estrategia de subsistencia d o m i n a n t e es el cultivo del boniato durante todo el año. En la c o m u n i d a d raiapu, el 62,5 % de la tierra agrícola estaba destinada a u n a producción p e r m a n e n t e de boniato (Waddell, 1972: tabla 8). El c a m p o está constituido por montículos de casi tres metros de diámetro y se cultivan los boniatos en el suelo ligero del montículo. Después de la recolección se d e s m o n t a el montículo y se vuelve a echar tierra alrededor de éste; en el centro se coloca a b o n o vegetal, que consiste en los tallos y las hojas de los boniatos y otros rastrojos. Cuando estas brozas h a n e m p e z a d o a descomponerse, se reconstruye el montículo y éste queda listo p a r a replantar. Con tal fertilización artificial, los campos en montículo pueden m a n t e n e r s e en producción constante; no existe un periodo de barbecho, con lo cual se da u n a intensificación significativa, c o m p a r a d a con la agricultura itinerante (Waddell, 1972: 44). La m a y o r parte de los c a m p o s en montículo se halla situada en las terrazas aluviales y en los valles m á s bajos, d o n d e la pendiente es inferior al 10 % (Waddell, 1972: tabla 9). En las p e n d i e n t e s m á s p r o n u n c i a d a s , los c a m p o s itinerantes de silvicultura p r o d u c e n u n a amplia variedad de cosechas, entre ellas las de ñ a m e y b a n a n a s (Waddell, 1972: tablas 13 y 14). Estos h u e r t o s son similares a los c a m p o s itinerantes de los tsembaga, que en algunos sentidos imitan las condiciones naturales de la flora y utilizan un ciclo de b a r b e c h o largo (de diez a catorce años) p a r a r e s t a u r a r la fertilidad. La p r o d u c c i ó n silvícola es m á s i m p o r t a n t e p a r a la diversidad dietética que p o r sus calorías, con campos que constituyen solamente un 20 % del total de la tierra agrícola (Waddell, 1972: tabla 8). A diferencia de los tsembaga, los enga centrales no p l a n t a n árboles p a r a conseguir alimentos. Algunas especies a r b ó r e a s cultivadas, sin embargo, proporcionan materiales que se usan en la construcción y el vallado, así c o m o p a r a otros propósitos (Waddell, 1972: 40), materiales que se obtenían de los árboles no cultivados antes de la deforestación de la región. Meggitt (1984) informa del cultivo intensivo de la casuarina p a r a satisfacer la e n o r m e necesidad de leña. En las cordilleras, los cerdos se e n c u e n t r a n p o r d o q u i e r y n o r m a l m e n t e exceden en n ú m e r o a los h u m a n o s (Waddell, 1972: 61-62). Buscan a l i m e n t o s en las colinas, pero, c o m o los h u m a n o s , d e p e n d e n principalm e n t e de los alimentos cultivados, especialmente de los boniatos (Waddell. 1972: 62). La a d o p c i ó n e intensificación de los b o n i a t o s estuvo íntimam e n t e vinculada a la intensificación de la p r o d u c c i ó n de cerdos, que tiene motivaciones principalmente políticas (Feil, 1984: 229). Como h e m o s visto, la cantidad de energía empleada p a r a criar cerdos es a s o m b r o s a y su coste p a r a el granjero, alto. Waddell (1972: tabla 28) estimó que el 49 % de toda la producción agrícola va destinada a los cerdos, ¡más de lo que c o m e n los propios enga! Unas 438 horas p o r persona y año se dedican a obtener alimento para los cerdos, que proporcionan menos del 2 % del total de la dieta en peso: la ganancia neta p a r a los h u m a -

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nos es increíblemente baja, solamente u n a s c u a r e n t a calorías p o r hora, o lo que es lo m i s m o , u n a veinteaba parte de la p r o d u c c i ó n en calorías de u n a sola planta de boniato. Desde luego, la proteína y la grasa derivadas de la carne, y limitadas en las otras fuentes, son esenciales p a r a los enga: p o r eso tienen que criar cerdos. Pero el alto coste de hacerlo p o n e de m a nifiesto la pérdida que la gente sufre c u a n d o la intensificación obliga a sustituir la caza por la ganadería. Como en otras partes, la intensificación t a m b i é n ha p r o d u c i d o cambios capitales en la dieta m i s m a : con el c a m b i o hacia tierras p e r m a n e n t e m e n t e cultivadas, la dieta ha derivado casi exclusivamente hacia productos agrícolas. Los b o n i a t o s c o n s t i t u y e n h a s t a el 90 % de los a l i m e n t o s c o n s u m i d o s por los chimbu, entre otros grupos. Como resultado de ello, las poblaciones de la cordillera «experimentan u n a alta incidencia de déficit de proteínas-calorías entre los niños y en general u n a deficiencia en el aporte proteico» (Waddell, 1972: 122) y se hallan expuestas a enfermedades relacionadas con deficiencias nutritivas. Los r a i a p u enga (Waddell, 1972: 124-125) alivian este p r o b l e m a potencial de salud cultivando u n a g r a n variedad de vegetales en sus c a m p o s itinerantes (que incluyen varias especies introducidas, c o m o los cacahuetes) y, hoy en día, c o m p r a n d o alim e n t o s , c o m o el p e s c a d o enlatado, que p r o p o r c i o n a a la vez p r o t e í n a y grasa. En la actualidad, la dieta parece adecuada, a excepción quizá de la de los niños pequeños. L a g u e r r a e s u n a a m e n a z a s i e m p r e p r e s e n t e p a r a los enga: h a b í a u n a guerra cada dos o tres años en la región relativamente p e q u e ñ a estudiada p o r Meggitt (1977). Cada territorio del p e q u e ñ o g r u p o local está rodeado por enemigos, reales o potenciales, y la guerra puede estallar en cualquier m o m e n t o . La mortalidad es alta, con u n a m e d i a de cuatro m u e r t e s p o r conflicto. De esta m a n e r a , las pérdidas de población son severas y los grupos deben m a n t e n e r u n a tasa alta de crecimiento p a r a seguir siendo viables a nivel político. A pesar de que se da u n a amplia variedad de causas inmediatas p a r a la guerra (desde la violación y el r o b o h a s t a el conflicto sobre la tierra), Meggitt (1977) sostuvo, de m a n e r a convincente, que la causa subyacente es la competencia p o r la tierra. Las guerras se d a n c o m ú n m e n t e entre vecinos que se hallan en competencia directa; un grupo local atacará y der r o t a r á a un grupo m á s débil y r á p i d a m e n t e se anexionará su tierra. Los enga r e c o n o c e n que las g u e r r a s están c a u s a d a s p o r la c o m p e t e n c i a p o r las tierras agrícolas, especialmente p o r la cantidad limitada de tierra de p r i m e r a calidad, utilizada p a r a el cultivo p e r m a n e n t e e intensivo de boniatos. Reconocen, de m a n e r a explícita, que m á s de la m i t a d de todas las guerras enga se p r o d u c e n en relación a la tierra. El c o m e r c i o de a l i m e n t o s y m a t e r i a s p r i m a s ha sido p a r a los enga relativamente menor, a excepción del intercambio de h a c h a s de piedra, sal y, en especial, cerdos. Éstos son su principal fuente de proteínas y se h a n convertido en la m o n e d a de cambio política p r i m a r i a en las relaciones locales y regionales (Feil, 1984). La emergencia de la e c o n o m í a política está directamente u n i d a a la economía de subsistencia en el cuidado de los cer-

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dos, que requiere un trabajo intensivo, y en el de los boniatos necesarios p a r a sostenerlos.

ORGANIZACIÓN SOCIAL

El patrón de asentamiento. Los enga centrales no tienen p o b l a d o s (Meggitt, 1965: 3, Waddell, 1972: 30-39). Las granjas, que tradicionalmente consisten en casas masculinas y femeninas pareadas, se hallan dispersas a través del territorio del clan, a p e s a r de que tienden a agruparse en los b a n c o s aluviales, m u y a d e c u a d o s p a r a el cultivo del boniato (fig. 9). Las casas a m e n u d o se e n c u e n t r a n localizadas entre los c a m p o s de boniato y las laderas superiores, con sus c a m p o s de tala y q u e m a y los de b a r b e c h o , frecuentados p o r los cerdos; es u n a localización que m i n i m i z a los costes de movimiento y el gasto de trabajo en el cultivo (Waddell, 1972: 179). El t i e m p o de trayecto a los c a m p o s de b o n i a t o s n o r m a l m e n t e es inferior a siete m i n u t o s ; a los c a m p o s de tala y q u e m a es de veinticuatro a treinta minutos. ¿Por qué los enga no formaron poblados como los que se ven en otras partes de la cordillera, como entre los chimbu (Brown, 1972)? Probablemente p o r razones de coste: formar un p o b l a d o supone a u m e n t a r la distancia a los campos de cultivo y, de esta m a n e r a , los costes de producción de la agric u l t u r a . A p e s a r de t o d o , los t s e m b a g a f o r m a r o n p o b l a d o s p o r r a z o n e s defensivas y esto sin d u d a tiene sentido p a r a los grupos de la cordillera c o m o los c h i m b u , entre los cuales la guerra es endémica. ¿Por qué entonces no lo es p a r a los enga? A pesar de que la respuesta no es inmediata, se p u e d e n a n o t a r varias diferencias entre los grupos. Las aldeas de los enga m i n i m i z a n los costes de p r o d u c c i ó n en t r a n s p o r t e ; los p o b l a d o s de los c h i m b u m a x i m i z a n la protección contra un a t a q u e repentino. Si la importancia de la defensa es la m i s m a p a r a a m b o s grupos, la diferencia en los patrones de asentamiento corresponde p r o b a b l e m e n t e a u n a diferencia en los costes de producción. Los enga d e p e n d e n de los h u e r t o s c o n montículos de boniatos, que utilizan las terrazas que se extienden a lo largo de los cursos de los ríos; la naturaleza dispersa de sus tierras de p r i m e r a calidad p u e d e provocar que la vida de poblado sea prohibitiva p a r a ellos. Los c h i m b u dependen de un sist e m a de campos drenados, que se concentran en las tierras llanas del fondo de los valles; la naturaleza c o n c e n t r a d a de sus tierras de p r i m e r a calidad p u e d e provocar que la vida de poblado sea factible p a r a ellos. Además, las terrazas de los enga se ven cortadas p o r la erosión, de m a n e r a que crean crestas que son n a t u r a l m e n t e defendibles. Sin e m b a r g o , d e b e m o s h a c e r hincapié en que el grupo local organizado, que e n c o n t r a m o s tanto en las regiones enga c o m o en las c h i m b u , es m u c h o m á s i m p o r t a n t e que la presencia o a u s e n c i a de p o b l a d o s . Éstos son b u e n o s indicadores, especialm e n t e p a r a los arqueólogos, de la formación de un grupo local; p e r o las aldeas dispersas t a m b i é n p u e d e n estar organizadas políticamente en grupos locales, allá d o n d e las condiciones del m e d i o h a c e n las aldeas preferí-

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bles a los poblados en t é r m i n o s económicos. C u a n d o la gente no vive en p o b l a d o s se p u e d e d a r al g r u p o local u n a f o r m a física alternativa, q u e m a t e r i a l i c e las instituciones del g r u p o . E n t r e los enga, la i d e n t i d a d del grupo se centra en los c a m p o s de d a n z a ceremonial. Volviendo a la organización social p r o p i a m e n t e dicha, c o n s i d e r a m o s c u a t r o niveles de o r g a n i z a c i ó n : la familia, el s e g m e n t o de clan, el c l a n con su g r a n h o m b r e y la colectividad intergrupal. C o m o en n u e s t r o caso anterior, la organización en los dos niveles m á s bajos r e s p o n d e a los p r o b l e m a s de subsistencia y se c e n t r a en las actividades de obtención de com i d a y en la división del trabajo; la organización en los niveles m á s altos r e s p o n d e a los p r o b l e m a s en la e c o n o m í a política y se c e n t r a en la defensa y en la interdependencia económica. La familia. La u n i d a d social y económica p r i m a r i a es n o r m a l m e n t e la familia (Waddell, 1972: 20), casi siempre nuclear, con u n a m e d i a de 4,5 m i e m b r o s : u n a mujer, su m a r i d o y sus hijos y, p o r supuesto, sus cerdos. Los enga centrales realizan la m a y o r parte de las actividades de subsistencia de m a n e r a individual; los grupos de trabajo casi n u n c a exceden las dos o tres p e r s o n a s (Waddell, 1972: 103). Cultivar, en especial en los c a m p o s de boniatos, es u n a actividad m u y individual y no precisa la form a c i ó n de grandes grupos de trabajo. Las mujeres desarrollan las tareas de subsistencia rutinarias del cultivo, especialmente en los huertos de b o niatos, c o c i n a n y c u i d a n a los niños. Consideran los c a m p o s y las casas c o m o sus d o m i n i o s (Meggitt, 1965: 246). P r o p o r c i o n a n el 92 % del trabajo en los c a m p o s de b o n i a t o s y el 80 % del trabajo en los c a m p o s de tala y q u e m a , excluidas las i m p o r t a n t e s cosechas «masculinas» de ñ a m e (Waddell, 1972: 98). El trabajo de los h o m b r e s es m á s irregular e incluye la limpieza periódica y el cultivo de los c a m p o s de tala y quema, el cuidado de los ñ a m e s , la construcción de las casas y n u m e r o s a s actividades públicas (Waddell, 1972: tabla 25). P a r a los grupos vecinos del m o n t e Hagen, A. M. S t r a t h e r n (1972) indica q u e el papel de u n a mujer reside en la (re)producción y el del h o m bre, en el intercambio. De m a n e r a similar, entre los enga las mujeres son los principales labradores, al cultivar los c a m p o s y recoger los boniatos; t a m b i é n tienen que llevar el trabajo de la casa p a r a p r o p o r c i o n a r c o m i d a y c u i d a d o s tanto p a r a los n i ñ o s c o m o p a r a los cerdos. Los hijos mayores, a su vez, vigilan a los cerdos de la familia y a los m á s pequeños. Las actividades m á s importantes de los h o m b r e s implican el intercambio entre los g r u p o s , b a s a d o en el c e r e m o n i a l y la defensa territorial. Los h o m b r e s y las mujeres enga colaboran t a n t o en la casa c o m o en los asuntos políticos (Feil, 1984). Los h o m b r e s a c t ú a n en la exhibición pública y en la d o n a c i ó n de riqueza, a u n q u e los cerdos, la principal fuente de riqueza, están al cuid a d o exclusivo de las mujeres. El g r a n h o m b r e y sus mujeres son así socios en todas las m a n i o b r a s políticas. La tierra es propiedad directa de la familia. En el m o m e n t o de la boda, u n h o m b r e recibe t i e r r a d e l a p r o p i e d a d d e s u familia y establece u n a e c o n o m í a familiar i n d e p e n d i e n t e . Esta tierra, q u e n o r m a l m e n t e incluye

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t a n t o los c a m p o s de boniatos c o m o los de tala y q u e m a , está a cargo del m a r i d o y de la mujer, que trabajan juntos. Aunque el traspaso de la propiedad de la tierra está restringido y precisa del consenso de los parientes patrilineales a los que concierne, la familia retiene el control de su tierra. La cantidad de tierra cultivada p o r u n a familia es un reflejo directo de su t a m a ñ o : c u a n t o m á s g r a n d e sea el n ú m e r o de c o n s u m i d o r e s en la casa, m a y o r será la tierra puesta en cultivo (Meggitt, 1974: n. 43). En res u m e n , la extensión de la actividad agrícola está en gran m e d i d a determin a d a p o r las necesidades de subsistencia de la familia. A pesar de la intensidad de la e c o n o m í a de subsistencia, la tecnología tradicional es simple y personal, descansando principalmente en el palo p a r a cavar de la mujer y la bolsa de red p a r a llevar cosas, y el h a c h a de pied r a del h o m b r e . Cada familia tiene sus propias h e r r a m i e n t a s , que o bien fabrica o consigue m e d i a n t e el comercio. Este esbozo de la familia y de su e c o n o m í a de subsistencia c u a d r a perfectamente con el modelo de Sahlins (1972) del m o d o doméstico de producción. La familia es la u n i d a d p r i m a r i a de p r o d u c c i ó n y c o n s u m o , tiene el control directo sobre los principales factores de la p r o d u c c i ó n —el trabajo, la tierra y la tecnología— y organiza ésta p a r a satisfacer sus propias necesidades. A p e s a r de la i n t e r d e p e n d e n c i a e c o n ó m i c a de los sexos, los h o m b r e s t e m e n a las mujeres y expresan u n a p r o f u n d a a n t i p a t í a h a c i a ellas p o r considerarlas u n a a m e n a z a a la masculinidad y a la salud (Meggitt, 1964). H o m b r e s y m u j e r e s llevan vidas s e p a r a d a s . La r e s i d e n c i a de las mujeres, el c e n t r o familiar básico, da t e c h o a la mujer, a los hijos y a sus cerdos. La casa de los h o m b r e s , entre los m a e , es i d e a l m e n t e la residencia de los h o m b r e s de un solo patrilinaje (Meggitt, 1965: 20, 22), p e r o e n t r e los r a i a p u la casa del h o m b r e es individual y p a r e a d a con la de su m u j e r (Waddell, 1972: 34). E n t r e los m a e , a d e m á s , las a g r u p a c i o n e s de viviendas consisten al p a r e c e r en cierto n ú m e r o de casas de mujeres alred e d o r d e u n a casa d e h o m b r e s ; p o r e l c o n t r a r i o , los r a i a p u m u e s t r a n u n p a t r ó n d e granjas aisladas, c o n r e s i d e n c i a s s e p a r a d a s p a r a h o m b r e s y mujeres. Como veremos m á s adelante, en el este de Nueva Guinea la división entre h o m b r e s y mujeres p u e d e ser incluso m á s extrema (Feil, 1987). Los h o m b r e s a m e n u d o forman grupos corresidenciales de parientes cercanos, definidos p o r ritos de iniciación, q u e incluyen la homosexualidad ritual. Estos grupos de h o m b r e s son i m p o r t a n t e s en la batalla y su distribución se correlaciona con la frecuencia de la guerra no regulada (Langness, 1977). E n t r e los enga, sin embargo, la oposición entre los sexos se salva gracias a la necesidad de asociarse p a r a la m a n i o b r a política de cara al exterior, que describiremos brevemente, y que ayuda a regular la guerra. La casa de cada esposa es u n a e c o n o m í a doméstica separada. Puesto que las mujeres realizan la m a y o r p a r t e del trabajo productivo, un h o m b r e que b u s q u e i n c r e m e n t a r su producción agrícola p a r a financiar sus ambiciones políticas puede conseguirlo casándose con m u c h a s mujeres. Como veremos, sin embargo, el acceso a las esposas d e p e n d e de la acumulación

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de u n a riqueza considerable, a través de intercambios entre afines, y del acceso a tierras productivas. El segmento del clan. Las familias se o r g a n i z a n en a g r u p a c i o n e s patrilineales, que son segmentos de los clanes de base territorial. A pesar de que el análisis estructural de Meggitt (1965) es quizás d e m a s i a d o rígido, vamos a describir la operación de lo que él ve c o m o dos niveles en la form a c i ó n del grupo p o r debajo del clan, a saber, el patrilinaje y el subclan. Los linajes patrilineales son «la gente de u n a sola sangre», que reciben el n o m b r e de un f u n d a d o r del q u e se p u e d e seguir la d e s c e n d e n c i a (Meggitt, 1965: 16). Se dice n o r m a l m e n t e del f u n d a d o r que ha sido «el p a d r e del p a d r e del p a d r e de los h o m b r e s vivos m á s viejos» (ibíd.: 16-17) y las relaciones de parentesco reales entre los m i e m b r o s del linaje son conocidas. Meggitt se refiere al linaje patrilineal c o m o a «una a g r u p a c i ó n casi doméstica» (ibíd.: 17), la existencia de la cual no es fácilmente aparente p a r a un extraño. Para los m a e enga, la casa de los h o m b r e s se halla frecuentemente c o m p u e s t a p o r los m i e m b r o s de un patrilinaje (ibíd.: 20, 22), p e r o l a casa d e los h o m b r e s n o tiene u n a i m p o r t a n c i a c e r e m o n i a l (cf. ibíd.: 235). El patrilinaje es un grupo de familias cuyas cabezas masculinas, est r e c h a m e n t e relacionadas, se a y u d a n entre sí en situaciones económicas y sociales específicas. Las pocas actividades que d e m a n d a n trabajo fuera de la familia n o r m a l m e n t e implican a h o m b r e s de un grupo local p a r a tales tareas, c o m o limpiar los c a m p o s de tala y q u e m a y construir vallas y casas (ver Waddell, 1972: 106). Los «hermanos», dentro del patrilinaje de u n a persona, son los responsables de ayudarle c u a n d o lo necesita (Meggitt, 1965: 244); en caso de incapacidad, p o r ejemplo, le p r e p a r a r í a n sus campos y le reconstruirían su casa. Los «hermanos» son t a m b i é n la fuente de sostén m á s fiable de un h o m b r e p a r a a c o r d a r los intercambios m a t r i m o niales y otros p o r el estilo. Los linajes patrilineales tienen un t a m a ñ o que oscila entre los cuatro y los sesenta y ocho m i e m b r o s , con un t a m a ñ o m e d i o de treinta y cinco (Meggitt, 1965: 5-18). Según nuestra terminología, se trata de un grupo del t a m a ñ o de u n a aldea, de tipo m u y similar a los otros grupos aldeanos que h e m o s descrito: e s e n c i a l m e n t e este g r u p o es u n a extensión de lazos de parientes p r ó x i m o s p a r a conseguir los objetivos de subsistencia y seguridad, que son i m p o r t a n t e s p a r a la familia nuclear, m á s p e q u e ñ a y m á s vulnerable, p e r o que están fuera de su alcance. El subclan, p o r el contrario, es u n a u n i d a d mayor, organizada alrededor de líneas políticas y ceremoniales, cuyos miembros son descendientes putativos de u n o de los hijos del fundador del clan. Un subclan posee un c a m p o p a r a la danza y un bosque de árboles sagrados, y c u m p l e u n a imp o r t a n t e función en los intercambios externos y en los a s u n t o s políticos. En los eventos ceremoniales, el s i s t e m a social de los m a e e n g a i m p o n e pagos gravosos a los individuos, c o m o los de la dote de la novia o los p a gos p o r m u e r t e (véase Meggitt, 1965: 110-127). Estos pagos obligatorios r e q u i e r e n c o n t r i b u c i o n e s p o r p a r t e d e u n g r u p o d e soporte, e l subclan.

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De m a n e r a similar, c o m o veremos, el sostén principal de la escalada de un h o m b r e a la posición de g r a n h o m b r e proviene de su subclan. A pesar de que el individuo es el centro de los pagos de las dotes y de otros intercambios sociales, éstos, j u n t o con la exhibición pública que los a c o m p a ñ a , t a m b i é n se reflejan, c o m o un todo, en el g r u p o del subclan. Como con los tsembaga, un h o m b r e necesita u n a amplia red regional de lazos interpersonales que le p r o p o r c i o n e n esposas, bienes de i n t e r c a m b i o no locales, seguridad en caso de desastre local y sostén político en los int e r c a m b i o s competitivos. El subclan de un h o m b r e d e s e m p e ñ a un papel esencial p a r a ayudarle a establecer su red regional. A su vez, los éxitos de cualquier m i e m b r o del subclan en la red de contactos regionales a u m e n t a n el prestigio del s u b c l a n y hace m á s deseables a todos sus m i e m b r o s c o m o socios p a r a personas de otros grupos. Puesto que el prestigio individual se t r a d u c e d i r e c t a m e n t e en prestigio colectivo, el apoyo que brind a n los m i e m b r o s del subclan forma parte de u n a estrategia m á s general, dirigida a construir sus p r o p i a s redes personales. La c o m p e t e n c i a entre los subclanes surge p o r el d o m i n i o sobre los asuntos políticos del clan. El subclan es t a m b i é n el p u n t o de división p a r a la formación de nuevos clanes mediante segmentación. Entre los m a e enga, los subclanes tienen un t a m a ñ o que oscila entre los c u a r e n t a y cinco y los ciento c u a r e n t a y cinco m i e m b r o s , con u n a m e d i a de noventa (Meggitt, 1965: tabla 7), a p r o x i m a d a m e n t e el t a m a ñ o de u n a a g r u p a c i ó n ciánica tsembaga. El clan y su gran hombre. El clan es políticamente el grupo m á s imp o r t a n t e e n t r e los enga centrales. Definido p o r su territorio c u i d a d o s a m e n t e d e l i m i t a d o (fig. 9), el clan es un g r u p o defensivo q u e protege las reclamaciones de sus m i e m b r o s contra los extraños. También es políticam e n t e a u t ó n o m o , siendo el grupo m a y o r que a c t ú a c o m o tal t a n t o en la guerra c o m o en las c e r e m o n i a s . Lo dirige un gran h o m b r e , que es su portavoz en los asuntos externos y que trabaja i n t e r n a m e n t e p a r a movilizarlo p a r a la acción ceremonial y política. El clan es en p r i m e r lugar u n a entidad corporativa que restringe el acceso a la tierra. Es patrilineal de m a n e r a putativa, con derecho sobre la tierra en el territorio del clan, reflejando un reconocimiento de las líneas de d e s c e n d e n c i a m a s c u l i n a s , q u e se cree q u e derivan de un a n t e p a s a d o fundador c o m ú n . Allá d o n d e hay escasez de tierra fértil las n o r m a s p a r a repartir dicha tierra p r e m i a n la descendencia lineal. Los individuos que no son parientes patrilineales p u e d e n llegar a vincularse a un clan y g a n a r el acceso a la tierra, p e r o solamente allí d o n d e el clan tiene tierra suficiente y necesita m á s colonos p o r motivos de seguridad. Se supone que el clan es, y de h e c h o lo es en g r a n medida, exogámico, con esposas que provien e n de otros grupos ciánicos localizados c o m o parte de un sistema regional de intercambio y alianza. Meggitt (1965: 9) estima el t a m a ñ o medio del clan p a r a los m a e enga en trescientas c i n c u e n t a p e r s o n a s (oscilando de cien a mil), a p r o x i m a d a m e n t e el t a m a ñ o del grupo territorial de los tsembaga.

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Como grupo, el clan enga posee un c a m p o de d a n z a principal y un solar p a r a u n a casa p a r a el culto ancestral (Meggitt 1965: 227). El terreno de danza, que se cree que fue limpiado p o r los a n t e p a s a d o s fundadores, constituye el centro de los intercambios ceremoniales con otros clanes territoriales, los cuales i m p l i c a n p a g o s p o r m u e r t e y h o m i c i d i o y los trem e n d o s intercambios competitivos del ciclo ceremonial del tee. Como en todos los poblados, el paisaje de las construcciones ceremoniales de los enga tiene la forma física, o la estructura, del grupo local. Aparte de la propiedad sobre el terreno ceremonial y sobre la acción conjunta de defensa, el clan se afirma, como grupo discreto, en ciertas ceremonias, en los encuentros del clan y en la acción de su líder, el gran hombre que domina el clan. En un b u e n n ú m e r o de ceremonias, en especial el sadaru, se explicita la identificación del grupo. El sadaru es el ritual de exclusión de los solteros, en el que se instruye a los h o m b r e s para defenderse contra la contaminación femenina (Meggitt, 1964; Waddell, 1972: 87). Esta coyuntura conlleva «cuatro noches de retiro e instrucción en u n a casa especial, erigida en u n a parte remota del territorio. [...] En el "festival de aparición", cuando los solteros vuelven completamente adornados y cantando desde su retiro en la m o n t a ñ a , los miembros del clan anfitrión distribuyen comida al nutrido grupo de visitantes presente» (Waddell, 1972: 87). Los solteros son u n a cohorte de parientes masculinos patrilineales, u n i d o s c o m o grupo en esta reclusión, que constituyen la siguiente generación de cabezas de familia y actores políticos. Su clan los presenta públicamente en el principal terreno de d a n z a a los visitantes procedentes de los clanes vecinos, que serán sus afines, socios comerciales, aliados y, desde luego, enemigos potenciales. La delicadeza de esta exhibición de las perspectivas futuras del clan es i m p o r t a n t e p a r a el proceso de m a n i o b r a política y económica de los m i e m b r o s del clan en la región. A pesar de que el derecho de la familia a la independencia se valora, como lo expresa la afirmación «cada h o m b r e t o m a sus propias decisiones» (Sackschewsky, 1970: 52), h a y é p o c a s en las q u e el g r u p o d e b e a c t u a r conjuntamente, como d u r a n t e la guerra y los intercambios tee, y en tales a s u n t o s el e n c u e n t r o del clan es crucial. Todos los h o m b r e s activos del grupo afectado, un clan o un segmento de tipo subclan, se encuentran p a r a discutir el p r o b l e m a y llegar a un consenso. Los que no son parientes tien e n derechos m u y limitados en tales reuniones; se excluye a las mujeres y a los niños. El consenso al que se llega d u r a n t e la r e u n i ó n obliga a todos aquellos que participaron en él. El liderazgo, un ingrediente clave en la acción del grupo, se aprecia claramente en la r e u n i ó n del clan y en los acontecimientos ceremoniales y políticos relacionados. El gran h o m b r e , a pesar de que su posición es la m á s alta, no tiene p o r q u é ser el único que convoque u n a r e u n i ó n y tampoco su palabra se considera vinculante p a r a el grupo. El gran h o m b r e es b á s i c a m e n t e un personaje reputado, conocido p o r su éxito en los asuntos políticos y económicos y escuchado p o r su d e m o s t r a d a habilidad p a r a influir en la a c c i ó n individual, p o r su control s o b r e la r i q u e z a y el intercambio, y p o r su habilidad p a r a h a b l a r en público. Feil (1984: 3) destaca

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que el prestigio del gran h o m b r e enga deriva especialmente de los interc a m b i o s tee m í n i m a m e n t e institucionalizados, b a s a d o s en alianzas individualistas de amistades y de intercambios de cerdos. El gran h o m b r e es al m i s m o tiempo un empresario individual y el portavoz del grupo. En su p r i m e r papel, utiliza los recursos disponibles a través de la m a n i p u l a c i ó n de su extensa red interpersonal, b a s a d a en el mat r i m o n i o , la a l i a n z a y el i n t e r c a m b i o . A t r a v é s de la a c c i ó n agresiva y c a l c u l a d a , llega a c o n t r o l a r un alto p o r c e n t a j e del i n t e r c a m b i o y de la producción de bienes, en especial de cerdos, que son importantes en todos los intercambios sociales. En su segundo papel, c o m o portavoz del grupo, exhorta a las u n i d a d e s que lo c o m p o n e n a trabajar j u n t a s p a r a la supervivencia del grupo y el bienestar general de todos sus m i e m b r o s . La selección del gran h o m b r e del clan d e m u e s t r a esta naturaleza dual (Meggitt, 1967). Como h e m o s visto, cada clan está c o m p u e s t o p o r cierto n ú m e r o de subclanes. Uno emerge como g r a n h o m b r e de entre los h o m bres de un subclan en base a las cualidades personales de liderazgo y cálculo, y, con el apoyo de los h e r m a n o s del patrilinaje, aparece t a m b i é n p a r a t r a t a r los asuntos que precisan de la acción del subclan, c o m o la recogida de los pagos de los intercambios m a t r i m o n i a l e s y el inicio de ceremonias. Los líderes del s u b c l a n c o m p i t e n u n o s c o n t r a o t r o s p o r el liderazgo del clan y el prestigio del principal gran h o m b r e . En parte, la habilidad de un h o m b r e p a r a alcanzar y m a n t e n e r este prestigio depende del t a m a ñ o de su grupo de respaldo inmediato, es decir, de sus parientes cercanos. Aunque debe t a m b i é n ampliar su soporte p a r a recibir ayuda de otros subclanes y, al final, de otros m i e m b r o s del clan. Lo consigue a través de medios c o m o el de ofrecer ayuda p a r a r e c a u d a r a un m i e m b r o de otro subclan los pagos del matrimonio, poniendo de este m o d o a esta persona y a sus parientes patrilineales en d e u d a con él. Otro aspirante a líder del clan p u e d e hacer la m i s m a oferta o u n a m á s generosa. Ésta es la m a n e r a en que los dos compiten p o r partidarios. Un tira y afloja estimula la actividad de los líderes del grupo. Los subclanes y los clanes deben tener un líder efectivo que sirva sus intereses en las relaciones entre clanes, con respecto al m a t r i m o n i o , al intercambio, y a la alianza defensiva. Un grupo impulsa así a un candidato potencial. A su vez, la atracción p o r el control real sobre la riqueza, el poder y las mujeres (por eso es el gran h o m b r e quien es polígamo) motiva al líder a actuar de tal m a n e r a que maximice su poder personal y su éxito reproductivo. El clan c o m o u n i d a d existe principalmente p a r a p o d e r arreglárselas con las relaciones externas de la guerra, la defensa, la alianza y el intercambio. E n t e n d e r al clan y a su líder significa entender su lugar en el sist e m a regional de la competencia y la cooperación. Así pues, en p r i m e r lugar esbozaremos la naturaleza de la interacción regional, antes de volver al lugar del clan, a las ceremonias de integración e interrelación, y a la aparición del gran h o m b r e . La colectividad intergrupal. La guerra, frecuente y virulenta, caracteriza las relaciones entre clanes. Todos aquellos que no pertenecen al clan

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son enemigos potenciales y toda la tierra de fuera del p e q u e ñ o territorio del clan es p o t e n c i a l m e n t e hostil. A un k i l ó m e t r o del h o g a r se a b r e un m u n d o ajeno, lleno de peligros p a r a la propia vida. Según Meggitt (1974: 44), «en el p a s a d o , cualquier m o v i m i e n t o fuera del territorio del p r o p i o clan era peligroso, y en general los h o m b r e s efectuaban tales excursiones solamente en grupos a r m a d o s y p o r razones a p r e m i a n t e s , en particular a fin de asistir a las distribuciones de riqueza, p a r a negociar transacciones de intercambio, p a r a c o m e r c i a r y p a r a a y u d a r a amigos y parientes en la batalla. No e r a n c o m u n e s las visitas fortuitas de tipo social p o r p a r t e de h o m b r e s solos, no solamente porque exponía al viajero a los peligros de u n a e m b o s c a d a y del asesinato en el c a m i n o , sino t a m b i é n p o r q u e violaba las n o c i o n e s m a e de la p r i v a c i d a d p e r s o n a l y de la s e g u r i d a d del g r u p o » . La a m e n a z a o la p r o m e s a de guerra está en el centro de todas las decisiones del clan. Un clan grande, poderoso p o r sus efectivos y con escasez de tierra, busca u n a excusa p a r a atacar un clan vecino m á s débil y apod e r a r s e de su tierra. Un clan p e q u e ñ o , débil en efectivos y vulnerable al a t a q u e , debe a n i m a r a que parientes no patrilineales se establezcan con ellos p a r a engrosar su fuerza de defensa. Puesto que los perdedores de u n a guerra lo pierden todo, el control de u n a familia sobre los recursos esenciales depende del p o d e r político y del éxito de su clan. La habilidad de un g r u p o p a r a defender su territorio o p a r a apoder a r s e de o t r o s n u e v o s d e p e n d e en p r i m e r l u g a r de lo g r a n d e q u e sea la fuerza de lucha que p u e d e presentar. Esto d e p e n d e tanto de su p r o p i o tam a ñ o c o m o de cuántos aliados p u e d e reclutar p a r a u n a confrontación. El t a m a ñ o del clan se ve d e t e r m i n a d o , en parte, p o r factores demográficos; la fertilidad individual de los m i e m b r o s p u e d e t e n e r un t r e m e n d o efecto y provocar que d e t e r m i n a d o s clanes crezcan con rapidez m i e n t r a s q u e otros decaen. Como h e m o s visto, aceptar familiares no patrilineales c o m o m i e m bros es u n a b u e n a estrategia p a r a un clan p e q u e ñ o o en retroceso q u e disp o n e de tierra de sobra (cf. Meggitt, 1965). P o r el contrario, las estrictas reglas patrilineales, según las cuales un h o m b r e recibe tierra s o l a m e n t e por p a r t e del clan de su padre, se m a n t i e n e n si el grupo es grande y su densidad alta. Esta correlación entre el porcentaje de parientes patrilineales y la d e n s i d a d de población sostiene la proposición m á s general según la cual la linealidad a u m e n t a con la intensificación de la subsistencia. Los clanes que tienen éxito tienden a crecer, en p a r t e debido a que el éxito de un clan en el i n t e r c a m b i o regional y en la guerra a u m e n t a la cap a c i d a d de sus m i e m b r o s p a r a obtener esposas y, de esta m a n e r a , el potencial reproductivo del clan. Al crecer el t a m a ñ o de un clan, el u s o excesivo de los recursos locales empieza a degradar la capacidad p a r a p r o d u c i r los s u m a m e n t e importantes cerdos. El éxito alimenta tanto el triunfo c o m o el fracaso, p r o d u c i e n d o movimientos ascendentes y descendentes, relativ a m e n t e rápidos, en la fortuna de un clan. En otro t i e m p o se a s u m i ó a m p l i a m e n t e q u e la guerra a c t ú a c o m o un m e c a n i s m o de retroalimentación negativa, q u e regula el crecimiento demográfico. Así, a la p a r q u e la población crece, se p r o d u c e u n a falta de recursos y a u m e n t a la guerra p o r tales recursos, p r o d u c i e n d o un i n c r e m e n t o

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de la mortalidad, que m a n t i e n e a la población baja. Esto al parecer no sucede entre los enga centrales (véase Meggitt, 1977: 122), d o n d e la gente trata de tener tantos hijos c o m o sea posible, a fin de proveerse de h o m b r e s como guerreros y de mujeres p a r a los intercambios regionales, que son básicos p a r a las alianzas. De h e c h o , el a u m e n t o de la g u e r r a ha intensificado la presión p a r a expandir la población. Otro factor i m p o r t a n t e p a r a a c o r d a r alianzas es la reputación de un clan c o m o confederado fiable y beneficioso. El éxito a la h o r a de o b t e n e r aliados está u n i d o al éxito en u n a serie de ceremonias de intercambio relacionadas, entre ellas el m a t r i m o n i o , la c o m p e n s a c i ó n p o r m u e r t e , las cer e m o n i a s del ciclo vital y el ciclo de i n t e r c a m b i o regional tee. En cada esc e n a c e r e m o n i a l , la r e p u t a c i ó n del i n d i v i d u o y del g r u p o se e x h i b e p ú b l i c a m e n t e a través del t a m a ñ o del grupo, los a d o r n o s personales y el i n t e r c a m b i o de bienes primitivos. Esto se ve claramente en el tee. El tee es un ciclo de i n t e r c a m b i o s competitivos, q u e u n e a m u c h o s clanes enga centrales (Feil, 1978, 1984; Meggitt, 1972, 1974). Sus principales participantes son varios clanes enlazados en u n a línea de intercambio, p e r o q u e h a n seguido c a m i n o s alternativos (Meggitt, 1974: diagram a s 2 y 3). Otros clanes periféricos a esta línea principal se u n e n a través de relaciones de intercambio personal c o n los m i e m b r o s de los clanes de la línea principal. E m p e z a n d o p o r un extremo de la cadena, un socio ofrece al que le sigue en la c a d e n a de clanes regalos iniciales de cerdos pequeños, m a r s u piales, c a r n e de cerdo, sal, h a c h a s y otros bienes. Después de que este patrón de donación ha continuado d u r a n t e un tiempo, los individuos del clan pertenecientes al extremo inicial e m p i e z a n a pedir su devolución. Al pasar esta señal a través del sistema, los individuos empiezan a a c u m u l a r cerdos, que van a ser regalados vivos en u n a serie de eventos ceremoniales ingentes, que se a c o m p a ñ a n de exhibición y oratoria. Esta serie de ceremonias, que implican grandes entregas de regalos entre clanes, empieza en el ext r e m o opuesto de la cadena y prosigue en un movimiento similar al de u n a ola que t a r d a de seis a nueve meses en completarse. Los clanes que inician las principales ceremonias de donación empiezan entonces a pedir el reembolso, y aquellos en el extremo opuesto e m p i e z a n a sacrificar quizá la mitad de los cerdos que h a n a c u m u l a d o y a d o n a r su carne al siguiente clan de la línea, en u n a elaborada c e r e m o n i a interciánica. Todos los regalos de los m i e m b r o s de un clan hacia el siguiente en la c a d e n a se exhiben así y se ofrecen j u n t o s p a r a m a x i m i z a r el efecto visual de la escala y p a r a identificar la acción coordinada del grupo. E s t a s entregas de regalos ceremoniales de nivel ciánico están coordinadas p o r su gran h o m b r e . Los grandes h o m b r e s t a m b i é n o r q u e s t a n las negociaciones entre los clanes p a r a t e r m i n a r con las hostilidades entre los grupos locales y p a r a realizar los pagos por homicidio. C u a n d o se hace evidente que la lucha ha continuado d u r a n t e demasiado tiempo, c o n bajas crecientes y un resultado incierto, los grandes h o m b r e s convocan un gran e n c u e n t r o de los grupos que se o p o n e n p a r a i n t e r c a m b i a r g r a n d e s cantidades de carne de cerdo, p a r a resolver las reclamaciones p o r homicidios y, de esta m a n e r a , resta-

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blecer la paz (Meggitt, 1977: 20). Uno de los factores m á s i m p o r t a n t e s en este p r o c e s o d e p a z e s e l p a g o d e las c o m p e n s a c i o n e s p o r h o m i c i d i o . Cada m u e r t e en la batalla d e b e ser p a g a d a p o r el e n e m i g o q u e m a t ó al h o m b r e y p o r el aliado que lo a n i m ó a luchar. P a r a t e r m i n a r u n a guerra hay q u e señalar las responsabilidades p o r c a d a baja y satisfacer el p a g o c o m p e n s a t o r i o . Obviamente, un individuo considera que el pago recibido p o r la m u e r t e de un pariente debería ser grande, m i e n t r a s que el que ha de ofrecer p o r h a b e r m a t a d o a alguien debería ser p e q u e ñ o . No es fácil term i n a r u n a g u e r r a c u a n d o las facciones rivales tienen intereses opuestos. A pesar de todo, el gran h o m b r e p u e d e saldar satisfactoriamente los pagos, señalando que d e b e n ser generosos p a r a reflejar bien el prestigio del g r u p o . En estos e n c u e n t r o s la retórica del g r a n h o m b r e es militante, ya que envilece a sus oponentes, p e r o su acción es c l a r a m e n t e la de apaciguar y mediar, restableciendo así el statu quo de la colectividad regional. El papel del g r a n h o m b r e en estas c e r e m o n i a s es el de c o o r d i n a r la presentación de regalos y los pagos del clan, h a c i e n d o que éstos y el evento en sí m i s m o s e a n t a n i m p r e s i o n a n t e s c o m o sea posible. De esta m a n e r a i n t e r v i e n e en un e s p e c t á c u l o q u e m u e s t r a a la p e r f e c c i ó n : p r i m e r o , el gran h o m b r e c o m o líder y organizador; segundo, su clan c o m o grupo poderoso, y tercero, los m i e m b r o s individuales del clan, q u e b u s c a n m a n t e n e r y expandir sus redes de intercambios entre parientes políticos y entre socios comerciales. La supervivencia del g r u p o d e p e n d e d i r e c t a m e n t e de su perfil en estos i n t e r c a m b i o s competitivos. ¿Quién se h a r á aliado de un clan q u e no tiene éxito, o socio de un gran h o m b r e poco efectivo, o pariente político de alguien q u e no participa? El prestigio g a n a d o en el tee se t r a d u c e dir e c t a m e n t e en u n a obtención exitosa de aliados, socios comerciales y esposas. El éxito en el tee ocasiona así el éxito en otros c a m p o s sociales y políticos y, al final, afecta la s u p e r v i v e n c i a del g r u p o y de s u s familias p a r t i c i p a n t e s . De hecho, el tee y la g u e r r a son principios opuestos (Feil, 1984: 5). El desarrollo del intercambio regional tee, a pesar de que está m o tivado p o r u n a necesidad de aliados p a r a la guerra, crea u n a red de amistades que regula las conexiones regionales. El tee r e p r e s e n t a la encarnación de la colectividad regional, que coordina las relaciones entre entidades políticas y r e d u c e la a m e n a z a diaria de guerra. El clan enga se asienta en un m e d i o social hostil entre vecinos a r m a dos deseosos de a p o d e r a r s e de su territorio. Su éxito productivo y reproductivo d e p e n d e de su posición defensiva c o m o g r u p o y del reclutamiento de aliados. Éstos, a su vez, d e p e n d e n de su propio éxito en las relaciones intergrupales, o r g a n i z a d a s y o r q u e s t a d a s p o r el g r a n h o m b r e del clan y p r e s e n t a d a s e n u n a i m p a c t a n t e c e r e m o n i a intergrupal. Tanto en la c e r e m o n i a del grupo c o m o en las m a n i o b r a s económicas y políticas de los g r a n d e s h o m b r e s , d e s c u b r i m o s u n a e c o n o m í a política bien desarrollada. Se movilizan los bienes de las familias constitutivas p a r a sostener u n a serie de acciones que son básicas, t a n t o p a r a alcanzar el poder p o r p a r t e d e u n g r a n h o m b r e individual c o m o p a r a l a supervivencia política del g r u p o local a largo plazo.

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En la historia de la vida de 'Elota, un gran h o m b r e de las islas Salomón, Keesing (1983) observa que las relaciones regionales e n t r e clanes en las S a l o m ó n n o tienen c o m o resultado guerras constantes; m i e n t r a s que u n clan era considerado poderoso, podía vivir en paz la mayor parte del tiempo. A pesar de que u n a ofensa c o n t r a el clan debía ser satisfecha con ira y con u n a escenificación de la agresión, n o r m a l m e n t e se p e n s a b a que era prudente aceptar u n a c o m p e n s a c i ó n e n riqueza m á s que e m p r e n d e r u n a acción violenta. La paz se b a s a b a en un sentido del equilibrio en el p o d e r político, m a n t e n i d o c u i d a d o s a m e n t e y r e t r a t a d o en las c e r e m o n i a s p o r los grandes h o m b r e s de la región. En este estudio comparativo de la evolución de las sociedades de Nueva Guinea, Feil (1987) describe formaciones institucionales opuestas. En las cordilleras occidentales de Nueva Guinea, las densidades de población, con u n a larga historia de agricultura intensiva, h a n a u m e n t a d o hasta niveles m u y altos y la a m e n a z a de conflicto ha a n i m a d o la creación de sistemas de c e r e m o n i a s e intercambios, q u e establecen las relaciones entre entidades políticas y proporcionan m e c a n i s m o s p a r a las negociaciones entre grupos locales. A pesar de que éstos son siempre enemigos potenciales, pued e n d i f u m i n a r b u e n a p a r t e del conflicto a través de la negociación, del i n t e r c a m b i o y de la ceremonia. La guerra q u e d a restringida así p o r la colectividad regional de los grandes h o m b r e s (véase Langness, 1977). Por el contrario, en las cordilleras orientales de Nueva Guinea, la m á s reciente intensificación de la agricultura y la expansión de la población sol a m e n t e aparecieron después de la introducción del boniato, que llevó a un crecimiento de la población y propició, a su vez, altos niveles de guerra. A p e s a r de ello, el conflicto h a s t a a h o r a no está regulado p o r sistemas competitivos y compensatorios de festines e intercambio. Aquí un grupo local está relativamente desconectado de los otros grupos locales. Puesto que las mujeres no son socios económicos en el proceso político de criar e i n t e r c a m b i a r cerdos, la composición del grupo local p o n e el acento en los parientes cercanos, c u a d r o s cerrados de h o m b r e s e m p a r e n t a d o s , que se defienden a sí m i s m o s y a sus tierras; las relaciones entre g r u p o s (en relación al m a t r i m o n i o ) no se c o n s i d e r a n significantes. Dentro de la colectividad regional, b a s a d a en el festín ceremonial y el intercambio, la guer r a no está regulada y el liderazgo local es m á s efímero. La r a z ó n p a r a la existencia de líderes fuertes e n t r e los enga p a r e c e sencilla: el g r u p o local no p u e d e funcionar bien sin ellos. Parece r a r o al principio, especialmente si consideramos la densidad de población t a n alta y la actitud intensamente competitiva de los grandes hombres, que un único gran h o m b r e regional no haya emergido de la c o m p e t e n c i a y haya transf o r m a d o la sociedad en un cacicazgo. El hecho, sin e m b a r g o , es que un jefe no p u e d e gobernar de m a n e r a eficaz si no dispone del control económico y las condiciones p a r a dicho control no están presentes en las cordilleras: el a l m a c e n a m i e n t o es innecesario, la tecnología simple, y tanto esta tecnología como el comercio no tienen u n a base concentrada sino amplia. En contraste con los cacicazgos que v a m o s a e x a m i n a r en los capítulos 10 y 11, un cacicazgo enga no habría tenido m a n e r a de ejercer el con-

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trol sobre los factores básicos de la p r o d u c c i ó n . Es cierto que la economía política emergente del tee reside en la producción de cerdos, pero la naturaleza de la ganadería porcina, dispersa y de trabajo intensivo, ni invita al liderazgo ni p e r m i t e un control regional sobre la p r o d u c c i ó n p o r parte de los líderes e m e r g e n t e s . La c e r e m o n i a tee, en la que los g r a n d e s h o m b r e s logran con m a ñ a influir en el intercambio, es el reino de la p u r a competencia, imposible de controlar por parte de u n a sola entidad.

Caso 11. Los kirguises del n o r e s t e de Afganistán En u n a sola generación, los kirguises del noreste de Afganistán fuer o n transformados de u n a sociedad p r e d o m i n a n t e m e n t e g a n a d e r a de nivel familiar a u n a sociedad con fuertes líderes locales. Las circunstancias que o c a s i o n a r o n este giro y esta evolución t r e m e n d a son c l a r a m e n t e identificables y arrojan considerable luz sobre otros sistemas de gran h o m b r e descritos en este capítulo.

EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA

Los kirguises (Shahrani, 1979) son pastores n ó m a d a s de la zona del P a m i r de Afganistán, cerca de las fronteras con China y la Unión Soviética. H a b i t a n altas mesetas situadas entre m o n t a ñ a s de altitudes superiores a 3.600 m e t r o s , p o r e n c i m a de los límites de la agricultura. La precipitación m e d i a a n u a l está p o r debajo de los 150 milímetros y hay m e n o s de treinta días al a ñ o sin heladas. La vegetación es poco densa y el m e d i o es e s p e c i a l m e n t e i n h ó s p i t o d e b i d o a los vientos p e r s i s t e n t e s y r i g u r o s o s . Históricamente, el P a m i r se sitúa en la R u t a de la Seda, r u t a comercial que conecta China con el Oriente Medio. No se halla desprovista de recursos. Cuando Marco Polo la atravesó, en su camino hacia China, quedó i m p r e s i o n a d o p o r la a b u n d a n c i a de argalíes, y t a m b i é n hay cabras m o n tesas, lobos t i b e t a n o s , osos p a r d o s , m a r m o t a s , liebres y pavos. Los riachuelos de las m o n t a ñ a s alimentan las m a r i s m a s y los lagos, en d o n d e se hallan pastos que son a b u n d a n t e s estacionalmente. La t u r b a de los pantanos p r o p o r c i o n a combustible p a r a cocinar y calefacción. Antes el P a m i r era en verano u n a zona favorita de pastos p a r a los kirguises. En julio y agosto los días son calurosos, y los pastos crecen de m a nera exuberante en las p r a d e r a s alpinas del fondo de los valles. Durante el largo invierno, en cambio, los pastos se secan; los p r a d o s q u e d a n cubiertos de nieve y los vientos son e x t r e m a d a m e n t e fríos. En inviernos pasados, los kirguises se r e t i r a b a n con sus r e b a ñ o s hacia los pastos m á s bajos de China y Rusia, pero la Unión Soviética cerró sus fronteras en 1938 y China hizo lo propio en 1949, convirtiendo a los pocos miles de n ó m a d a s kirguises de Afganistán en los únicos que escaparon del control soviético y chino (Paksoy 1984: 56-57; Shahrani, 1984: 31). Este c a m b i o político los forzó a intensificar el uso que hacían del P a m i r a fin de vivir allí todo el año.

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La población de kirguises del P a m i r es a h o r a de a p r o x i m a d a m e n t e mil ochocientas personas, que viven con u n a densidad de población de apenas 0,4 personas por kilómetro cuadrado. Este grupo pasta un rebaño mixto de u n a s c u a r e n t a mil ovejas y cabras (de las que las ovejas sobrepasan a las c a b r a s en u n a p r o p o r c i ó n de t r e s a u n a ) , c u a t r o mil yaks y un pequeño n ú m e r o de camellos y caballos. Como entre los t u r k a n a (capítulo 7), los r e b a ñ o s de distinta composición tienen necesidades diferentes y pueden sacar partido de medios naturales opuestos. Las ovejas y las cabras se m a n t i e n e n siempre juntas, puesto que c o m p l e m e n t a n sus respectivos hábitos alimentarios; puesto que la oveja pasta y la cabra r a m o n e a , no compiten d i r e c t a m e n t e p o r la comida. D u r a n t e el invierno, las ovejas tienen la ventaja de p o d e r sacar la nieve con las patas p a r a alcanzar la maleza helada y las cabras p e r m a n e c e n cerca de ellas p a r a e n c o n t r a r comida. En verano, cuando las ovejas por sí m i s m a s tenderían a pastar demasiado tiempo en un m i s m o lugar y destruirían así los pastos, las cabras r á p i d a m e n t e se desplazan, las ovejas las siguen y se reduce el pastoreo excesivo. Los kirguises reconocen esta c o m p l e m e n t a r i e d a d y m a n t i e n e n deliberadamente los r e b a ñ o s mixtos. Los y a k s , n a t i v o s de la z o n a , e s t á n b i e n a d a p t a d o s al frío y a las grandes alturas y son capaces de explotar los pastos que las otras especies no alcanzan. Los kirguises mantienen solamente unos cuatro mil yaks, pero debido a su g r a n t a m a ñ o y al valor nutritivo de su leche contribuyen en gran m e d i d a a la dieta. Como los turkana, los kirguises p r o c u r a n u s a r p r i m e r o los pastos de vida corta, dejando los m á s p e r m a n e n t e s c o m o r e s g u a r d o p a r a los m o m e n t o s de escasez. En invierno, c u a n d o u n a p a r t e de los pastos está expuesta al viento, los pastores se desplazan con rapidez p a r a explotarlo antes de que vuelva a q u e d a r cubierto p o r la nieve. La ladera s u r del valle se e n c u e n t r a a la s o m b r a d u r a n t e b u e n a p a r t e del año; la ladera n o r t e , en cambio, es soleada. Puesto que los vientos d o m i n a n t e s soplan de norte a sur, d u r a n t e el largo invierno la ladera s u r p e r m a n e c e a la s o m b r a y con grandes cantidades de nieve a m o n t o n a d a . En esta época los kirguises se dispersan en p e q u e ñ o s grupos familiares a lo largo de la ladera norte del valle. Los mejores pastos se e n c u e n t r a n allí y en el fondo del valle cerca del agua, pero a m b o s se u s a n en invierno con la m á x i m a m o d e r a c i ó n posible. Solamente en primavera, c u a n d o las ovejas y las cabras d a n a luz, los kirguises trasladan sus r e b a ñ o s hacia los pastos m á s ricos a fin de fortalecer a sus animales de cara al parto. En verano, las familias se t r a s l a d a n a la ladera sur p a r a utilizar de m a n e r a intensiva estos pastos, d u r a n t e el poco t i e m p o en q u e están disponibles. Ésta es u n a época de a b u n d a n c i a . Hay poca competencia p o r los pastos y los a s e n t a m i e n t o s son mayores. Luego, a m e d i d a que el otoño se acerca, se trasladan hacia el fondo del valle d u r a n t e un m e s aproximadam e n t e p a r a luego p o n e r r u m b o l e n t a m e n t e h a c i a el norte, a los c a m p a m e n t o s de invierno. Desde el cierre de las fronteras, los kirguises h a n e m p e z a d o a intensificar el uso de los pastos. Dejan que los pastos m á s ricos y mejor rega-

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dos crezcan d u r a n t e todo el verano y entonces recogen y a l m a c e n a n forraje p a r a el invierno. Dirigidos p o r su kan, h a n e m p e z a d o t a m b i é n a irrigar las tierras de los pastos y a fertilizarlas con estiércol. Los kirguises p r o d u c e n la m a y o r parte de su propia comida. La c a r n e y los productos lácteos son i m p o r t a n t e s en la dieta, en particular d u r a n t e los cuatro o cinco meses m á s cálidos. Con la leche se produce yogur y «cuajada», la cual, si se le a ñ a d e sal, p u e d e n congelarse y almacenarse p a r a el invierno. Se p r e p a r a queso y se seca p a r a almacenarlo, y la mantequilla clarificada se a l m a c e n a d u r a n t e varios a ñ o s d e n t r o de bolsas h e c h a s del estómago de ovejas y cabras. Se come carne con frecuencia, especialmente en eventos ceremoniales entre varios c a m p a m e n t o s . Los p r o d u c t o s silvestres tienen poca importancia, salvo entre las familias m á s pobres, y apenas se ingieren vegetales. Sin embargo, el comercio de comestibles es, c o m o veremos, esencial p a r a la e c o n o m í a familiar. A pesar de que u n o podría esperar que los r e b a ñ o s de animales fuer a n u n a fuerte tentación p a r a los ladrones, el pillaje parece que no existe. ¿Por qué? A p a r e n t e m e n t e h a y dos r a z o n e s . P o r u n a p a r t e , el k a n es lo bastante poderoso a nivel local p a r a resolver las disputas entre los m i s m o s kirguises. Por otra parte, la existencia de estados poderosos, capaces de regular las fronteras y de castigar a los forajidos, evita q u e gente de fuera a t a q u e los r e b a ñ o s kirguises. De hecho, con anterioridad al cierre de las fronteras, los kirguises se e n c o n t r a b a n entre los m u c h o s grupos tribales que hacían incursiones contra los invasores rusos: de m a n e r a recurrente, los rusos los l l a m a b a n basmachi (bandidos), m i e n t r a s que ellos m i s m o s se l l a m a b a n mucahit ( s o l d a d o s s a n t o s , muyahidin; Paksoy, 1984: 57). Desde el cierre de las fronteras, la d e m a n d a de p r o d u c t o s animales en las zonas agrícolas de Afganistán creció de m a n e r a considerable. El crecimiento de la p o b l a c i ó n de Afganistán parece que ha precisado de u n a considerable expansión de la agricultura a expensas de las tierras abiertas, donde en otra época p a s t a r o n los animales domésticos o salvajes. Cada a ñ o los kirguises exportan u n a s cinco mil ovejas y cabras, doscientos yaks, siete mil kilos de mantequilla clarificada y m u c h a s pieles, cuerdas, m a n t a s de fieltro y artículos similares, adquiriendo a su vez p r o d u c t o s agrícolas, té (que c o n s u m e n en cantidades prodigiosas), metal y p r o d u c t o s de m a d e r a (incluyendo el a r m a z ó n de la tienda), opio y m u c h o s otros bienes del exterior. Sus alimentos corrientes son a h o r a principalmente el trigo y otros granos, obtenidos m e d i a n t e comercio. En resumen, la intensificación del pastoreo ha d a d o c o m o resultado un gran n ú m e r o de giros significativos en la e c o n o m í a kirguis. Ahora asum e n el riesgo considerable de criar un r e b a ñ o d u r a n t e todo el a ñ o en un medio ambiente marginal, usando nuevos métodos de intensificación c o m o la i r r i g a c i ó n y la fertilización, e i n t e r c a m b i a r p r o d u c t o s a n i m a l e s p o r p r o d u c t o s agrícolas y otros bienes, que se p u e d e n o b t e n e r de las poblaciones agrícolas sedentarias. Como con los n g a n a s a n (caso 4), el desarrollo de este i n t e r c a m b i o sobre u n a s bases sistemáticas ha convertido a los kirguises en p r o d u c t o r e s especializados dentro de u n a economía de mercado m á s amplia.

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LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

La u n i d a d social básica de p r o d u c c i ó n es la familia. Una familia media kirguis consta de 5,5 personas, 120 ovejas y cabras, 12 yaks, un caballo y un p e r r o o m á s . Un solo p a s t o r p u e d e llevar un r e b a ñ o de varios cientos de animales por sí m i s m o y un r e b a ñ o de m á s de cien ovejas y cab r a s b a s t a p a r a satisfacer las necesidades de subsistencia básicas. La familia n o r m a l m e n t e vive en u n a tienda (yurt) construida de m a d e r a y paja y con t e c h u m b r e de fieltro. Recientemente, sin embargo, las familias h a n e m p e z a d o a construir casas de invierno de piedra y tierra, edificadas en terreno que la familia o el grupo familiar reclama c o m o propiedad. El 80 % de las familias kirguises son nucleares, algunas con m i e m bros, solteros o ancianos, vinculados; el resto son o bien familias extensas o poligámicas. La familia es u n a u n i d a d integrada que c o m p a r t e un solo h o g a r y que es, en gran medida, independiente. Un h o m b r e m a y o r a c t ú a c o m o portavoz, pero todos los m i e m b r o s adultos, h o m b r e s y mujeres, tien e n voz en las decisiones económicas. N o r m a l m e n t e dos casas o m á s form a n un grupo conocido c o m o aiel ( c a m p a m e n t o ) o gorow (corral, indic a n d o u n refugio c o m ú n p a r a sus r e b a ñ o s ) . Estos c a m p a m e n t o s crecen m á s en verano y son m á s p e q u e ñ o s en invierno. N o r m a l m e n t e consisten en familias relacionadas patrilinealmente, p e r o en n i n g ú n caso son unidades completamente estables que reclamen un territorio y c o m p a r t a n responsabilidades de hospitalidad. El c a m p a m e n t o tiene un líder, un h o m bre rico y respetable que m e d i a en las disputas dentro del grupo y que lo representa en las ceremonias entre grupos y en los conflictos. Los h o m b r e s y las mujeres c o m p a r t e n la responsabilidad en las decisiones m á s i m p o r t a n t e s d e n t r o del g r u p o doméstico: «Las mujeres en la sociedad kirguis son b a s t a n t e enérgicas en t o d o s los a s u n t o s de importancia p a r a la u n i d a d doméstica, a p e s a r de que su papel varía m u c h o de u n a familia a otra. Entre las familias m á s pobres, la igualdad entre el h o m b r e y la mujer es evidente en los a s u n t o s domésticos, pero en las u n i d a d e s m á s ricas [...] los h o m b r e s tienden a dominar» (Shahrani, 1979: 141). Los m a t r i m o n i o s kirguises son a b r u m a d o r a m e n t e m o n ó g a m o s , con sólo u n o s pocos pastores ricos (7,5 %) capaces de sostener a dos mujeres. Los h o m bres hacen todo el trabajo pesado ( t r a n s p o r t a r los bienes p a r a comerciar, excavar las acequias) y j u n t o a sus hijos realizan la m a y o r p a r t e del trabajo asociado al pastoreo, incluidos la construcción, el trabajo del cuero y la recolección del estiércol p a r a las hogueras. Las mujeres p a s a n la m a y o r p a r t e de su t i e m p o dentro o cerca de la tienda, o r d e ñ a n d o animales y p r e p a r a n d o los p r o d u c t o s lácteos, hilando, tejiendo y t r a n s p o r t a n d o el agua. «Muchas otras tareas —la confección de fieltro o sogas, d e s m a n t e l a r la tienda, e m p a q u e t a r l a y m o n t a r l a de nuevo, y ordeñar— precisan de la participación de todos los m i e m b r o s de la familia. C u i d a r los corderos, a los n i ñ o s y a las crías son faenas q u e norm a l m e n t e se asignan a los hijos e hijas mayores » (ibíd.: 141). Más allá del c a m p a m e n t o , los linajes patrilineales y los vecindarios forman u n i d a d e s cooperativas y ceremoniales fluctuantes. Las relaciones patrilineales son

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i m p o r t a n t e s en el m a t r i m o n i o , en especial entre los ricos, q u e ven la endogamia c o m o un m e d i o p a r a m a n t e n e r la riqueza d e n t r o del grupo de parientes m á s grande. Desde el cierre de las fronteras, las relaciones familiares h a n t o m a d o un nuevo cariz, ya que grupos de h o m b r e s emparentados h a n r e c l a m a d o territorios y regulado su uso, convirtiéndose, c o m o resultado, en grupos corporativos familiares. El cierre de fronteras ha a u m e n t a d o en gran m e d i d a la estratificación y la centralización política de los kirguises. Antes se m o v í a n libremente a través del Pamir, sobre todo c o m o c a m p a m e n t o s independientes de familias, a p e s a r de que existían líderes p a r a funciones específicas en los intercambios ceremoniales y en las resoluciones de disputas. Después de 1950 los c a m p a m e n t o s y las agrupaciones de familias hicieron r e c l a m a c i o n e s sobre franjas de tierra que c o r t a b a n el valle, a fin de a s e g u r a r su acceso a todos los m i c r o a m b i e n t e s que necesitan p a r a la subsistencia a lo largo de todo el a ñ o . Y con la construcción de casas p e r m a n e n t e s y de corrales y con los trabajos de irrigación se ha vuelto c o m ú n la p r o p i e d a d de trozos de tierra c u i d a d o s a m e n t e definidos. El e n o r m e a u m e n t o en la distribución desigual de la riqueza y de la p r o p i e d a d ha sido un c a m b i o clave. Con anterioridad, tales diferencias de riqueza, a u n q u e existieran, e r a n en p r i m e r lugar un a s u n t o de edad: las parejas jóvenes con p e q u e ñ o s r e b a ñ o s se u n i r í a n a los c a m p a m e n t o s de parientes ricos, p a r a quienes p o d r í a n trabajar m i e n t r a s f o r m a b a n sus propios r e b a ñ o s . Con el tiempo, p o d í a n esperar un i n c r e m e n t o en su propied a d y a s u m i r su lugar en un m u n d o igualitario de familias de p a s t o r e s . Pero c o m o resultado de la r á p i d a t r a n s f o r m a c i ó n h a c i a un sistema político de tipo cacicazgo, ha sucedido lo predecible: de m a n e r a creciente, los medios económicos de subsistencia —los animales y los pastos— son propiedad de un grupo de élite de familias ricas. La consecuencia es q u e a h o r a dos tercios de las familias no poseen animales, o m u y pocos, y un 5 % posee el 80 % de t o d a s las ovejas y las cabras. Unos pocos h o m b r e s , con habilidades excepcionales p a r a la gestión t a n t o de a n i m a l e s c o m o de p e r s o n a s , h a n t o m a d o el control de los r e b a ñ o s . Sus tiendas están r o d e a d a s de las de las familias dependientes, que obtienen el acceso a los animales a través del p a t r o n a z g o de los h o m bres ricos. Si sus propios animales no consiguen sobrevivir a un invierno duro, un suceso no infrecuente, el h o m b r e rico les p r o p o r c i o n a c o m i d a y nuevos animales. Este control de los rebaños p o r parte de u n a élite es u n a respuesta a la intensificación de la p r o d u c c i ó n en el Pamir. C u a n d o las familias p o d í a n a b a n d o n a r el área d u r a n t e el invierno, no e x p e r i m e n t a b a n un riesgo t a n grande de perder sus animales. El h o m b r e rico funciona ahora como alguien que evita el riesgo de dispersar animales a través del Pamir. Cuando un desastre golpea en un lugar, él trae recursos de otro sitio, constituyéndose en la principal fuente de seguridad p a r a sus dependientes. También identifica a los pastores pobres y corrige sus errores, o bien les retira su apoyo. Un elemento m á s en la centralización del p o d e r p o r p a r t e de los líderes ha sido su papel en el comercio exterior, del que obtienen u n a con-

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siderable fortuna. Los líderes ricos de los c a m p a m e n t o s y de los linajes se dedican a este comercio d u r a n t e la m a y o r p a r t e del invierno, c u a n d o viaj a n h a c i a las áreas agrícolas p a r a trocar. El kan, el portavoz reconocido p a r a todo el grupo kirguis en el Pamir, desarrolla activamente relaciones comerciales con los m e r c a d o s externos q u e p r o p o r c i o n a n p r o d u c t o s gan a d e r o s a las poblaciones u r b a n a s afganas. Opera con el respaldo incondicional de su gente, p u e s t o que se a c u s a a los c o m e r c i a n t e s itinerantes q u e no son kirguises de traicionar a éstos y de explotarlos, p o r q u e los anim a n a c o n s u m i r opio.

EL CAMBIO MODERNO

En la p r i m e r a mitad del siglo xx, el cierre de las fronteras con China y la Unión Soviética llevó a u n a intensificación local de la producción, cuyas c o n s e c u e n c i a s s e p u e d e n r e s u m i r e n u n a serie d e c a m b i o s interconectados: 1. Una gestión m á s c u i d a d o s a de los p a s t o s existentes, r e s e r v a n d o p a r a su u s o en invierno los p a s t o s ricos, q u e a n t e s se u t i l i z a b a n en verano. 2. Una inversión de capital en tecnología, c o m o trabajos de irrigación y construcciones m á s seguras p a r a albergar a los h u m a n o s , a los animales y el forraje. 3. Esfuerzos p a r a definir las relaciones de p r o p i e d a d sobre las zon a s de c a m p a m e n t o y los pastos, que llevan a m á s disensiones y que las élites se involucren p a r a resolverlas. 4. Una estratificación en a u m e n t o , a m e d i d a q u e el control y la gestión del r e b a ñ o se h a n q u e d a d o m á s c o n c e n t r a d o s en m a n o s de u n a élite pequeña, que, como los grandes hombres, actúa p a r a alejar el riesgo y también c o m o hábil gestor y c o m o p a t r ó n de las familias dependientes. 5. La creciente i m p o r t a n c i a del comercio p a r a la e c o n o m í a familiar p o n e el énfasis en las familias de élite, que a c t ú a n c o m o agente m e d i a d o r entre las familias m á s p o b r e s y el m u n d o competitivo e incierto del mercado. Desde el estudio de S h a h r a n i en los a ñ o s setenta, el m o d e r n o cambio entre los kirguises ha t o m a d o un giro todavía m á s i m p o r t a n t e . En los a ñ o s setenta, los «cazadores» rusos e m p e z a r o n a aparecer en el Pamir, arm a d o s , a diferencia de los cazadores deportivos corrientes, con rifles de asalto AK-47. R e p r e s e n t a b a n los esfuerzos soviéticos p a r a asegurarse u n a z o n a llena de t e n s i o n e s e n t r e la U n i ó n Soviética y China, Afganistán y Pakistán. Después del golpe militar de 1978 en Afganistán, alentado p o r la Unión Soviética, un líder kirguis, Hayi R a h m a n Gul, u n i ó a los kirguises libres que q u e d a b a n y en 1981 los dirigió en u n a larga y p e n o s a marcha, a través de terrenos sin carreteras, hacia Pakistán (Shahrani, 1984: 32). Hacia 1985, los únicos habitantes de su h o g a r anterior e r a n los soldados

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soviéticos y afganos (Nyrop y Seekins, 1986). Pero las tierras bajas cálidas de Pakistán e r a n t o t a l m e n t e i n a d e c u a d a s p a r a la a d a p t a c i ó n cultural de los kirguises y, d u r a n t e los cuatro años siguientes, sus rebaños fueron diezm a d o s y m u r i e r o n m á s de cien kirguises. S u s p i r a n d o p o r la antigua vida en el Pamir, pero n e g a d a t o d a esper a n z a de r e t o r n o p o r la invasión soviética de Afganistán en 1979, Hayi R a h m a n Gul empezó a buscar otra patria, considerando seriamente Alaska, hasta que lo r e c h a z a r o n las autoridades de los Estados Unidos. En 1981, sin embargo, se acercó a la embajada turca, d o n d e la herencia t u r c a de los kirguises encontró u n a respuesta benévola; los kirguises, leales a su a h o r a principal líder (Paksoy, 1984), fueron resituados en un pueblo del este de Turquía. En efecto, las semejanzas climáticas y culturales en aquel pueblo distante hicieron que los kirguises se sintieran c o m o en casa y reanud a r o n valerosamente su existencia ganadera. Para este pequeño grupo de nómadas kirguises, puede parecer que las incertidumbres políticas y económicas han terminado, al menos por el momento. No se puede decir lo mismo de los dos o tres millones de pastores nómadas ni de los otros millones de personas que están sufriendo a causa de la trágica guerra en Afganistán. La odisea de los kirguises es, en efecto, un triste comentario en la difícil situación de millones de pastores nómadas que, a causa de su integridad cultural , consiguieron adaptarse durante cientos de años a medios extremadamente poco favorables, para ser destruidos a la postre por las revoluciones de esta centuria que, irónicamente, prometieron o prometen liberar a la humanidad (Shahrani, 1984: 34). 1

Conclusiones En los capítulos 6 y 7 h e m o s e x a m i n a d o los grupos de nivel de poblado, en los que el liderazgo de grupo c o m o tal no d e s e m p e ñ ó un papel significante. P a r a los g r u p o s de este capítulo, el liderazgo ya no es u n a opción: se necesita un liderazgo fuerte p a r a integrar u n a c o m u n i d a d del t a m a ñ o d e u n p o b l a d o e n u n a e c o n o m í a regional, e s p e c i a l m e n t e e n las «colectividades intergrupales» de los enga y de los pescadores de la costa noroeste. (Los kirguises difieren p o r q u e no están rodeados p o r n u m e r o s a s c o m u n i d a d e s de t a m a ñ o y p o d e r similares, sino p o r e c o n o m í a s nacionales e x t r e m a d a m e n t e poderosas, que h a n forzado al k a n kirguis a ser m á s un m e d i a d o r entre su gente y la e c o n o m í a política q u e un g r a n h o m b r e en el sentido clásico.) A fin de entender las causas de este crecimiento m á s allá de la c o m p a r a t i v a m e n t e acéfala e c o n o m í a de nivel de p o b l a d o , exam i n a r e m o s las tres dimensiones de intensificación, integración y estratificación. La intensificación de la p r o d u c c i ó n es un agente p o d e r o s o de cambio entre los pescadores de la costa noroeste, los enga y los kirguises, a pesar de que su forma específica varía de un caso a otro. En la costa noroeste de Norteamérica, la intensificación ha hecho posible pescar los abasteci-

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m i e n t o s de salmónidos, a m e n u d o estupendos, pero estacionales e impredecibles, y a l m a c e n a r estos alimentos p a r a periodos en los que la c o m i d a escasea, y distribuir los excedentes locales en áreas que están sufriendo t e m p o r a l m e n t e escasez. Este logro, q u e d e p e n d e de inversiones de capital tales c o m o t r a m p a s , presas, estantes p a r a secar, almacenes y cajas estancas, reduce el m o n t o de alimentos silvestres q u e escapan a la captura y permite, de esta forma, que la densidad total de población a u m e n t e hasta niveles notables p a r a los cazadores-recolectores. P a r a los m a e enga la intensificación ha supuesto un giro hacia la domesticación total del medio. Se h a n talado los bosques y se h a n convertido e n c a m p o s p e r m a n e n t e s allí d o n d e h a s i d o p o s i b l e . L a p r o d u c c i ó n h a a c a b a d o c e n t r á n d o s e en u n a sola cosecha a l t a m e n t e eficiente, los boniatos. El a u m e n t o m á s notable de los costes de p r o d u c c i ó n se ve en la cría de cerdos, d o n d e la m i t a d de los boniatos se dedican a c o m p e n s a r la inexistencia de a n i m a l e s de caza que en otras p a r t e s viven directamente de la tierra y p a r a sostener la e c o n o m í a política emergente de la colectividad regional. Los kirguises, u n a población de pastores a c o s t u m b r a d o s a seguir u n a r u t a migratoria extensa a través de pastos estacionalmente ricos, se vieron forzados de repente a ocupar u n a sola zona de esta ruta, comparativamente pobre. Respondieron fertilizando, irrigando y recolectando y a l m a c e n a n d o forraje p a r a sobrevivir a lo largo de todo el a ñ o , c u a n d o antes sólo necesitaban era u n o s pocos meses b u e n o s de pastos en verano. Las diferentes formas de intensificación crean u n a s necesidades organizativas algo diferentes, y p o r tanto variantes en el sistema de gran hombre. En las e c o n o m í a s cazadoras-recolectoras de la costa noroeste se necesita a los líderes principalmente p a r a gestionar el alto riesgo que existe en la b ú s q u e d a de especies migratorias; p a r a p r o p o r c i o n a r el equipo que se necesita p a r a la obtención periódica a g r a n escala y p a r a el procesado de los p r o d u c t o s silvestres, y p a r a negociar las alianzas y las disposiciones que m a n t i e n e n la paz. El líder t a m b i é n dirige las principales ceremonias entre grupos, que son esenciales p a r a el prestigio de un grupo y p a r a la habilidad de sus m i e m b r o s p a r a formar redes de i n t e r c a m b i o regional, y está obligado a sostener a los seguidores q u e p a s a n p o r dificultades económicas. E n t r e los pastores kirguises, que d i s p o n e n de u n a tecnología relativ a m e n t e simple, se necesita a los líderes p r i n c i p a l m e n t e p a r a repartir el riesgo y p a r a conducir el comercio externo del que depende la e c o n o m í a de subsistencia. Los horticultores enga necesitan a los líderes en p r i m e r lugar p a r a las m a n i o b r a s políticas y la regulación de la guerra. El líder de los enga centrales es un político p o r excelencia, que orquesta la actuación del grupo en las ceremonias intercomunitarias, de m a n e r a que m a n t e n g a los antiguos aliados y obtenga otros nuevos. En Nueva Guinea, en un m u n d o en guer r a i n t r a r r e g i o n a l constante, el líder, c o m o n e g o c i a d o r de las alianzas y de la paz entre grupos, es esencial p a r a la supervivencia del grupo. La form a c i ó n de grupos corporativos, c o m o h e m o s señalado en los capítulos 6

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y 7, es el p r i m e r paso p a r a restringir el acceso a los recursos productivos. El siguiente p a s o es el de establecer la colectividad que ayuda a regular la guerra y regulariza un sistema regional de propiedad de la tierra; esto puede ser llevado a cabo de la m a n e r a m á s efectiva p o r m e d i o de un nuevo segm e n t o de líderes reconocidos, u n i d o s los u n o s a los otros a través de intercambios de bienes de prestigio. E n t r e los pescadores de la costa noroeste de Norteamérica y los enga, c o m o entre los tsembaga y los y a n o m a m i , la guerra representa el límite externo de la e c o n o m í a política. En los casos presentes la población es m a yor y m á s interdependiente, y la e c o n o m í a política m á s compleja. A p e s a r de ello, en todos estos casos, tanto en los simples c o m o en los complejos, la guerra no es tanto el resultado de u n a política deliberada c o m o el fracaso de la propia política, consecuencia en ú l t i m a instancia de la escasa habilidad del líder p a r a restringir, en interés de un bien mayor, los impulsos competitivos y codiciosos de individuos fuertes y centrados en la familia. Dependiente, c o m o es, del control diferencial sobre los recursos estratégicos, la estratificación es palpable, a u n q u e de forma incipiente, en las sociedades de gran h o m b r e . En todos los casos el gran h o m b r e controla los recursos, c o m o el p e s c a d o a h u m a d o , los cerdos o los r e b a ñ o s de ovejas y cabras, que le a y u d a n a r e p a r t i r los riesgos de la p r o d u c c i ó n alim e n t a r i a m u c h o m á s allá del nivel familiar. En otros aspectos, el control e c o n ó m i c o del gran h o m b r e varía en los tres casos: el control de la tecnología en u n a e c o n o m í a cazadora-recolectora, el control del i n t e r c a m bio a larga d i s t a n c i a en la e c o n o m í a g a n a d e r a y el c o n t r o l de las cerem o n i a s de i n t e r c a m b i o entre grupos en la sociedad agrícola. Pero en cada caso el liderazgo implica u n a gestión y u n a m a n i p u l a c i ó n e c o n ó m i c a s p a r a el provecho t a n t o de los individuos c o m o del grupo. C o m o veremos en los capítulos 10 y 11, la siguiente evolución de la e c o n o m í a política, institucionalizada en cacicazgos, d e p e n d e de formas m á s e l a b o r a d a s de control económico.

TERCERA PARTE LA E N T I D A D POLÍTICA R E G I O N A L

CAPÍTULO 9

LA ENTIDAD POLÍTICA REGIONAL

Las entidades políticas regionales son instituciones políticas que organizan grupos h u m a n o s de un t a m a ñ o que oscila desde solamente un millar de personas hasta la China de hoy, de más de mil millones. Ha sido en los ú l t i m o s cinco mil años que las e n t i d a d e s políticas regionales se h a n desarrollado y h a n llegado a organizar a la vasta mayoría de la h u m a n i d a d . Una de las tendencias m á s espectaculares a largo plazo en la historia hum a n a es el n ú m e r o m e n g u a n t e de entidades políticas independientes en el m u n d o (Carneiro, 1977). Durante la época neolítica existieron probablemente m á s de cien mil unidades políticas independientes de escala familiar o de grupo local. A pesar de la expansión, la conquista, la incorporación y los tratados geopolíticos, esta cifra se ha reducido hasta los 160 estados soberanos de las Naciones Unidas. Los bloques regionales que están emergiendo rápidamente a p u n t a n a que en el futuro h a b r á todavía m e n o s comunidades integradas económicamente. La fórmula es simple: a medida que la población mundial ha crecido, el n ú m e r o de entidades políticas independientes ha decrecido. Con todo, esta relación inversa es contraria a la intuición: ¿por qué no hay m á s entidades políticas independientes, creadas por la segmentación de los grupos a medida que sus poblaciones crecen? Ésta es la pregunta que intentaremos responder en los próximos cinco capítulos. H e m o s identificado los siguientes niveles de evolución cultural: la familia, el g r u p o local, la colectividad del g r a n h o m b r e , el cacicazgo, el estado arcaico y la nación-estado (véase tabla 8). Estas etiquetas no señalan de forma perfecta niveles discretos o mesetas, en u n o u otro de los cuales debe encasillarse cualquier cultura conocida; m á s bien, designan estaciones a lo largo de un c o n t i n u o en las que es conveniente p a r a r s e y h a c e r comparaciones con estaciones previas. El «cacicazgo», por ejemplo, es u n a abstracción conveniente p a r a u n a cultura que todavía está evolucionando desde (y contiene elementos de) la colectividad del gran h o m b r e o del grupo local, y p a r a o t r a q u e p u e d e llevar y a u n b u e n t r e c h o del c a m i n o p a r a convertirse en estado. Puesto que el continuo evolutivo s u p o n e u n a t r a n s formación de m u c h a s variables a la vez, las condiciones locales y la historia p r o d u c e n m u c h a s variantes que parecen «más evolucionadas» en algunos aspectos y «menos evolucionadas» en otros c u a n d o se las c o m p a r a con sus vecinos en el continuo.

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS TABLA

8.

El tamaño de las comunidades y las entidades políticas en la perspectiva evolutiva

Nota: Los casos de Japón y de la Francia medieval (capítulo 12) se excluyen porque cubren un periodo largo a través del cual el tamaño de la población y la integración política cambió de manera radical.

E m p e z a r e m o s con u n a p r e o c u p a c i ó n tipológica: con t a n amplia serie d e t a m a ñ o s d e e n t i d a d e s políticas, que o r g a n i z a n e c o n o m í a s m u y diferentes, debe existir u n a colección a b r u m a d o r a de diferentes tipos de entidades políticas regionales. Sin embargo, p a r a propósitos analíticos, la horquilla e s b a s t a n t e l i m i t a d a , c o n s t r e ñ i d a p o r c o n d i c i o n e s e c o n ó m i c a s específicas. Aquí o r g a n i z a m o s la diversidad en dos dimensiones: escala y subsistencia. La escala de las entidades políticas regionales a u m e n t a desde cacicazgos simples (con poblaciones de miles de personas) a cacicazgos complejos (con poblaciones de cientos de miles) y finalmente hasta los imperios (con poblaciones de millones). La b a s e de subsistencia p a r a la m a yor parte de sociedades organizadas regionalmente es la agricultura, a men u d o m u y intensiva (recurriendo, por ejemplo, a la irrigación o las terrazas), a pesar de q u e al final del capítulo v a m o s a considerar alternativas basadas t a n t o en la caza y la recolección c o m o en la ganadería. Una vez p r o p u e s t a la tarea de describir t o d o el a b a n i c o de las sociedades h u m a n a s desde la p e q u e ñ a a la gran escala, seleccionamos origi-

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n a l m e n t e nuestros casos de estudio p a r a representar un m u n d o previo a la aparición de los estados industriales y mercantiles q u e h a n d o m i n a d o la escena en las épocas recientes. Su historia implica la aparición, algo fortuita, del «Oeste» (en realidad, E u r o p a , Norteamérica y Japón) a p a r t i r del aparente r e m a n s o de la historia (Blaut, 1993). Parte de las poblaciones que h e m o s estudiado fueron rotas p o r aquellos estados (p. ej., los shoshone, caso 1; los incas, caso 16); otros se vieron fuertemente modelados por aquéllos (los pobladores del Kali Loro, caso 19). En efecto, todos nuestros casos se h a n visto afectados h a s t a cierto p u n t o p o r esta g r a n t r a n s f o r m a ción de la sociedad h u m a n a , y h e m o s subrayado estos c a m b i o s en un b u e n n ú m e r o de los casos que h e m o s presentado. En el capítulo 14 yuxtaponem o s los casos p a r a m o s t r a r c ó m o se p u e d e extender n u e s t r o m a r c o analítico a las d i n á m i c a s de la nación-estado, a los sistemas imperiales y a la emergencia de la colectividad global. Las entidades políticas regionales se forman al fusionarse y transform a r s e las c o m u n i d a d e s familiares y del g r u p o local. Incluso en las entidades políticas regionales, la familia p e r m a n e c e c o m o el centro de la vida cotidiana. La m a y o r parte de decisiones sobre las actividades productivas se t o m a n en el seno de las familias o en grupos domésticos de familias emparentadas; éstas organizan el trabajo en los campos, el comercio e incluso el trabajo asalariado. Y con todo, tanto en los cacicazgos c o m o en los estados agrarios, las opciones de la familia se hallan constreñidas de m a n e r a creciente por realidades económicas e institucionales m á s amplias. Su comp o r t a m i e n t o económico no p u e d e ser entendido a p a r t e de las c o m u n i d a des locales y las entidades políticas regionales que las contienen. Las c o m u n i d a d e s campesinas, c o m o las que e x a m i n a r e m o s en Brasil (caso 17), China (caso 18) y Java (caso 19), h a n sido un lugar c o m ú n de estudio por parte de los antropólogos, quienes en ocasiones h a n exagerado su grado de i n d e p e n d e n c i a y a u t a r q u í a . Mientras que los estudios sobre la c o m u n i d a d dejaban m e r i d i a n a m e n t e claro hasta qué p u n t o las familias p e r m i t í a n que la c o m u n i d a d local m o d e l a r a sus vidas en todos los aspectos, costó m u c h o t i e m p o reconocer h a s t a qué extremo la e c o n o m í a y las políticas de la c o m u n i d a d estaban a su vez m o d e l a d a s p o r su lugar en la entidad política regional. Las entidades políticas regionales, en m a y o r o m e n o r grado según su escala y su integración interna, constituyen el m u n d o de la ley y la fuerza legal que garantiza el orden entre las c o m u n i d a d e s dentro de la entidad política, a d e m á s de c o o r d i n a r la respuesta a un m u n d o exterior de estados que compiten y cooperan. El p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o de los cacicazgos y los estados es n o r m a l m e n t e sedentario y jerárquico. Para los cacicazgos Trobriand (caso 12), los estados medievales de E u r o p a y J a p ó n (caso 15), el imperio inca (caso 16) y la m a y o r p a r t e de las c o m u n i d a d e s c a m p e s i n a s (casos 17, 18 y 19), la u n i d a d p r i m a r i a de a s e n t a m i e n t o es el poblado: u n a c o m u n i d a d reconocida socialmente, ritualmente c e n t r a d a en u n a plaza, lugar de culto o cem e n t e r i o y sujeta al control de la élite. S e p a r a d o de otros p o b l a d o s p o r campos, de m a n e r a que las familias p e r m a n e c e n cercanas a sus tierras productivas, el poblado n o r m a l m e n t e ha sido o c u p a d o de forma continua a lo

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largo de m u c h a s generaciones, de m o d o que su historia se antoja eterna p a r a sus m i e m b r o s y los antepasados m a n t i e n e n u n a presencia en la vida diaria. El a s e n t a m i e n t o de tipo poblado distingue propios (aquellos con derechos y obligaciones comunitarios) de extraños (sean m i e m b r o s de otros poblados o forajidos). El sentido de vecindad es fuerte, pero los poblados no suelen estar defendidos, sino que su seguridad depende del p o d e r del cacicazgo o del estado y esta falta de defensas subraya la s u b o r d i n a c i ó n del poblado al p o d e r regional. La aparición ocasional de milicias locales p a r a m a n t e n e r la ley y el o r d e n es u n a señal inequívoca de que la entidad política regional es débil y poco efectiva, u n a condición que se da de forma cíclica en el auge y caída de los cacicazgos y de los estados agrarios. En las entidades políticas con sistemas de m e r c a d o , los pueblos y las ciudades se organizan de m a n e r a jerárquica p a r a servir a las d e m a n d a s del m e r c a d o y a u n a a d m i n i s t r a c i ó n regional efectiva (C. S m i t h , 1976). En estos centros de poder político y religioso, los dueños y señores o c u p a n sus imponentes residencias, los templos y los edificios administrativos. Las actividades de gobierno y los m e r c a d o s , con sus talleres y artesanos asociados, a t r a e n a trabajadores y visitantes desde el c a m p o circundante. Las sedes del p o d e r económico, religioso y político suelen estar defendidas p o r fortificaciones especiales en lugares centrales, que tienen distintas jerarquías y se asientan en la c u m b r e de un colchón de poblados agrícolas que las sostienen. En el desarrollo de las entidades políticas regionales existe u n a var i a c i ó n a m p l i a e n c u a n t o a l g r a d o d e b u r o c r a t i z a c i ó n . Los c a c i c a z g o s n o r m a l m e n t e se ven c o m o no burocráticas. De escala c o m p a r a t i v a m e n t e p e q u e ñ a , sus líderes, c o m o los líderes de p o b l a d o de las islas Trobriand (caso 12), tienen papeles m u y variados, a c t u a n d o c o m o gestores, jueces, guerreros y sacerdotes. A pesar de que un jefe p u e d e delegar deberes específicos de la jefatura a otro, c o m o el a d m i n i s t r a d o r de las tierras haw a i a n o (caso 13), el delegado no forma parte de u n a institución administrativa separada, sino que rinde cuentas directamente al jefe que representa. Incluso en m u c h o s estados, como los estados medievales de E u r o p a y Japón (caso 15) y el imperio inca (caso 16), la estructura de la administración estatal se b a s a en lazos personales (a m e n u d o familiares), reminiscencia de los cacicazgos. Sin embargo, con el desarrollo de naciones-estado grandes y m o d e r n a s , c o m o las descritas en el capítulo 13, la escala de las operaciones precisa de un m e c a n i s m o e l a b o r a d o de b u r o c r a c i a p a r a la administración y el control. Las siguientes variables del núcleo cultural caracterizan las entidades políticas organizadas a nivel regional: 1. El medio natural a h o r a suele proporcionar: a) recursos ricos como tierras de regadío o d e p ó s i t o s aluviales bajos, o b) facilidades p a r a comerciar, que provienen del transporte fluvial o m a r í t i m o o de la proximidad a m e r c a d o s y r u t a s comerciales. El m e d i o n a t u r a l ha sido transform a d o radicalmente mediante la intensificación —bosques talados, praderas

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cultivadas, m a r i s m a s desecadas— y las infraestructuras artificiales se enc u e n t r a n por doquier. El paisaje, parcelado con s u m o cuidado, con lindes de propiedad detalladas, p r o m u e v e el control sobre el acceso a los recursos productivos y al transporte. 2. La densidad de población es característicamente alta, a pesar de que, c o m o cabía esperar, u n a amplia variedad de densidades refleja diferencias en la e c o n o m í a subyacente y en c ó m o se intensifica: desde los isleños de las Trobriand, con 40 personas por kilómetro cuadrado, a Taitou, con 150, y a Kali Loro, con 700 personas. E n t r e los ganaderos, incluso entre aquellos organizados en cacicazgos, la densidad de población p e r m a nece bastante baja. Ello se aprecia entre los basseri, con m e n o s de 1 persona p o r kilómetro c u a d r a d o , que o c u p a n tierras marginales fuera de las zonas útiles p a r a la agricultura, pero cuyos territorios se entrelazan estacionalmente y coexisten con c o m u n i d a d e s agrícolas. 3. La tecnología de la a g r i c u l t u r a intensiva implica g r a n d e s inversiones de capital (tales c o m o canales de irrigación, diques p a r a el control de las i n u n d a c i o n e s , t e r r a z a s y drenajes). Allá d o n d e el comercio es imp o r t a n t e , las inversiones de capital p u e d e n hallarse en c a n o a s y barcos, muelles y puertos, carros, puentes y carreteras. La propiedad de la tecnología p r o p o r c i o n a u n a o p o r t u n i d a d p a r a el control tanto de la producción c o m o de la distribución. 4. La o r g a n i z a c i ó n social de la p r o d u c c i ó n es j e r á r q u i c a , sujeta a p a t r o n e s regionales de especialización y estratificación. Mientras que la producción diaria se m a n t i e n e a m e n u d o organizada dentro de la familia, b u e n a parte de la transformación del paisaje, incluidas actividades tales c o m o la construcción y el m a n t e n i m i e n t o de los sistemas de irrigación, precisa de la movilización de, al m e n o s , c o m u n i d a d e s locales e n t e r a s . Ciertos desarrollos locales y m e r c a d o s regionales d e p e n d e n de la a d m i nistración y finanzas de las élites regionales. En las entidades políticas mayores, las divisiones étnicas a m e n u d o coinciden con economías especializadas regionalmente e integradas a través del comercio y de los mercados. 5. La guerra y la territorialidad siguen siendo centrales, pero sus objetivos c a m b i a n . La n a t u r a l e z a de la g u e r r a f u n d a m e n t a l m e n t e va de la competencia entre grupos locales por la tierra y otros recursos —en la cual se m a t a a los enemigos o se los expulsa— a la g u e r r a de conquista, que b u s c a expandir la e c o n o m í a política m e d i a n t e la c a p t u r a tanto de tierra c o m o de m a n o de o b r a q u e p o n d r á bajo el control de la élite. El ejército, cada vez m á s profesional, sirve tanto p a r a expandir (o proteger) la entidad política en el competitivo ruedo político externo como p a r a prohibir la violencia entre c o m u n i d a d e s y contra el estado. La propiedad de la tierra implica el derecho a c o m p a r t i r la producción (los fondos que p r o p o r c i o n a el arriendo), base p a r a la financiación de las instituciones y proyectos de la élite. 6. Excepto en los casos de los cacicazgos m á s pequeños, la integración política se expande espacialmente a fin de incorporar grandes regiones y miles de sujetos. De esta m a n e r a , el sistema político reúne a personas que pueden saber poco las u n a s de las otras y que p u e d e n tener pocas

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afinidades. En los estados, en particular, ello implica poblaciones multiétnicas que tienen historias e identidades m u y diferentes, que de alguna manera deben ser cultivadas y equilibradas dentro de la estructura de poder. Es la construcción de las instituciones regionales de p o d e r —el cacicazgo, el estado, las jerarquías eclesiales y la burocracia— lo que define en mayor m e d i d a la emergencia de las entidades políticas regionales. Todo depende de los medios p a r a financiar las nuevas instituciones de gobierno. 7. La estratificación en la entidad política regional es pronunciada; algunos dirían que ésta es su característica definitiva. Con la aparición de los cacicazgos complejos y los estados viene la división de clases: un segm e n t o dirigente, que posee y a d m i n i s t r a gran parte de la riqueza y de los recursos productivos, y un segmento de la gente del c o m ú n , que trabaja en los c a m p o s y en otras tareas productivas. La estratificación p u e d e incluir u n a creencia en la superioridad racial, histórica y religiosa de la élite. La desigualdad de género también p u e d e llegar a ser bastante acusada. Las n u m e r o s a s divisiones y jerarquías se representan de forma material en la vestimenta, la cultura, la calidad de la vivienda o los enterramientos. La entidad política regional es un m u n d o de divisiones y distinciones reflej a n y a la vez legitiman la d o m i n a c i ó n económica. 8. En la entidad política regional la santidad se organiza de m a n e r a i m p a c t a n t e en ceremonias que, p o r un lado, pretenden crear, entre extraños, un sentido sobre los orígenes, el propósito y el destino c o m u n e s y, por otro lado, santificar las divisiones de clases de la sociedad. Sin duda, el c h a m a n i s m o , la magia y el culto a los antepasados siguen cumpliendo u n a función vital en las familias y los vecindarios y el culto en los lugares sagrados del poblado o las ceremonias p a r a h o n r a r a los santos patrones continúan reforzando las relaciones en el nivel del grupo local. Pero son las ceremonias de la entidad política regional las que la materializan en exhibiciones de p o d e r militar, en bellas celebraciones religiosas, en actuaciones d r a m á t i c a s y en castigos y sacrificios públicos. Su efecto es el de i m p r e s i o n a r a la audiencia con un p o d e r que va m u c h o m á s allá de su exp e r i e n c i a o r d i n a r i a , un p o d e r q u e los a t r a e m i e n t r a s q u e d e m u e s t r a al m i s m o tiempo la futilidad de cualquier intento de rebelarse o escapar. Si la santidad en el nivel del grupo local trata sobre todo de s u b r a y a r y reforzar los lazos que r e ú n e n a las familias en grupos, en el nivel de la entidad política regional, trata sobre t o d o de p r o m o v e r la sumisión de los com u n e s a las políticas y los privilegios de las élites. En contraste con los niveles de la familia y del g r u p o local, la diferencia más notable en la entidad política regional, desde el p u n t o de vista de la familia, es la distancia respecto a los niveles m á s altos de liderazgo y p o d e r político. Esta es u n a de las r a z o n e s p o r las que Kroeber (1948: 92) llamó a los c a m p e s i n o s «sociedades parciales con culturas parciales»: g r a n parte de su contexto social, e c o n ó m i c o y cultural se crea y d e t e r m i n a lejos de la familia; en los m e r c a d o s , las ciudades, los castillos, los t e m p l o s y en las luchas políticas de las élites. En contraste con la intensa importancia de la red familiar en el grupo local, la familias campesinas

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están m á s a t o m i z a d a s , aisladas h a s t a cierto p u n t o p o r s u participación individual en el m e r c a d o y p o r sus lazos u n i p e r s o n a l e s con los p a t r o n o s de la élite. La división c o m p l e m e n t a r i a del trabajo entre m a r i d o y mujer contin ú a s u b r a y a n d o la interdependencia económica q u e existe en la base del m a t r i m o n i o . Aunque entre los campesinos de la entidad política regional la tierra y las otras riquezas tienden a transmitirse a través de la línea m a s culina, la residencia es patrilocal y hay u n a ideología bien definida de dom i n a c i ó n m a s c u l i n a (Michaelson y Goldschmidt, 1971). Estos p a t r o n e s son m á s fuertes en familias con riquezas, d o n d e el interés p o r tener herederos masculinos fomenta la castidad de las hijas, destinadas a ser esposas fértiles y fieles. No obstante, la ideología de la d o m i n a c i ó n masculina i m p r e g n a todas las regiones y clases. Las parejas de recién casados pued e n desear de forma m u y intensa un h o g a r s e p a r a d o y u n a casa propia, a u n q u e esto a m e n u d o entra en conflicto con el deseo m á s antiguo de los p a d r e s de m a n t e n e r un control patriarcal sobre las economías familiares de sus hijos y de q u e s e a n ellos q u i e n e s los c u i d e n c u a n d o envejezcan.

La revolución política: los o r í g e n e s de las civilizaciones La revolución u r b a n a es el tercer c a m b i o profundo en la historia hum a n a (Childe, 1936, 1942). El crecimiento de las ciudades implica el desarrollo de paisajes políticos regionales con centros de población, administrativos, religiosos y económicos. El u r b a n i s m o , sin embargo, es en sí m i s m o u n o de los m u c h o s procesos interrelacionados que d a n c o m o resultado u n a sociedad compleja. Aquí nos c e n t r a m o s en u n a dimensión básica de esta revolución: la expansión de u n a e c o n o m í a política que moviliza un excedente desde las comunidades agrarias p a r a financiar las nuevas instituciones de cacicazgos o estados de la élite. ¿Por qué las poblaciones agrarias locales h a c e n el esfuerzo extra de producir un excedente para financiar proyectos que se encuentran, en gran medida, m á s allá de su control y cuyo i m p a c t o en sus vidas p u e d e ser reducido? La respuesta m á s amplia es que la intensificación de la p r o d u c ción a largo plazo crea o p o r t u n i d a d e s de control q u e colocan a las élites en la tesitura de r e c l a m a r u n a parte de la producción. Ya h e m o s visto de q u é m a n e r a la intensificación en la e c o n o m í a de subsistencia, c o m o retroalimentación entre el crecimiento de la población y el c a m b i o tecnológico, crea p r o b l e m a s nuevos (como el riesgo a c r e c e n t a d o y la aparición de la guerra), q u e precisan de nuevas tecnologías sociales, algunos de cuyos ejemplos son la familia extensa, el crédito y el débito, los ciclos ceremoniales y el liderazgo. Una elaboración m á s tardía de este proceso es la creación de o p o r t u n i d a d e s p a r a el control. Para ver c ó m o funciona este proceso, m i r a m o s hacia la institucionalización de las relaciones de poder. En How Chiefs Come to Power, Earle (1997) investiga la aparición y la elaboración de los cacicazgos en tres ejemplos históricos y arqueológicos independientes: H a w a i (caso 13), la cordi-

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llera p e r u a n a (caso 16) y Dinamarca. En cada caso el crecimiento a largo plazo de la población h u m a n a requirió u n a intensificación de la subsistencia, q u e dio c o m o resultado m a y ú s c u l o s c a m b i o s antropogénicos del m e d i o : la tala de b o s q u e s y la c o n s t r u c c i ó n de c a m p o s y o t r a s infraest r u c t u r a s productivas. La intensificación crea ocasiones específicas p a r a el control. A pesar de que los c a m i n o s alternativos hacia la complejidad se hicieron evidentes, el p r o c e s o fue n o t a b l e m e n t e similar en t o d o s los casos, a u n q u e b a s a d o en el control sobre las diferentes fuentes de poder. Las fuentes de poder principales derivan de la economía, la fuerza militar y la ideología (cf. Mann, 1986) y cada u n a de ellas p u e d e verse c o m o un resultado de la intensificación. En la economía, distintas circunstancias derivadas de la intensificación requieren u n a gestión, al crear oportunidades p a r a un poder diferenciado. La p r i m e r a de estas condiciones es el riesgo: e c o n o m í a s m á s intensivas tienen a nivel local m á s riesgo y precisan de elementos regionales de dispersión del m i s m o . La s e g u n d a es la tecnología: la construcción de un sistema de irrigación o de otras infraest r u c t u r a s crea mejoras de capital en el paisaje. La tercera es el comercio: en la «revolución de p r o d u c t o s secundarios» (Sherratt, 1981), los agricultores intensivos e m p i e z a n a c o n s u m i r p r o d u c t o s animales, p r o p o r c i o n a dos p o r los p a s t o r e s que viven en z o n a s m a r g i n a l e s p a r a la agricultura. Como lo describió Barth (1956), emerge u n a economía regional que u n e e n t i d a d e s políticas distintas con diferentes e c o n o m í a s de subsistencia y que p u e d e generar la riqueza de los jefes que gestionan el comercio entre las poblaciones (p. ej., los basseri, caso 14). Por lo que respecta al ejército, al intensificarse la economía, la competencia p o r los recursos m á s productivos y p o r los objetos de comercio crea u n a fuerza a r m a d a en forma de élite guerrera. Los guerreros defienden el territorio del g r u p o c o n t r a la a m e n a z a externa y, p o r lo que concierne a la c o m u n i d a d local, establecen u n a paz regional. El nuevo orden regional garantiza los derechos de acceso a los recursos p o r p a r t e de los plebeyos, p e r o estos derechos tienen un precio: los guerreros a s u m e n u n a doble función; por un lado refuerzan el orden estratificado establecido (con acceso diferencial a los medios de producción) y p o r otro extienden el dominio político de su d u e ñ o y señor p o r m e d i o de la conquista. La ideología establece u n a fuente poderosa de legitimidad, que autoriza los a c u e r d o s económicos y militares, de los que la e c o n o m í a política ha llegado a ser dependiente. En las entidades políticas regionales, las cer e m o n i a s c o n t i n ú a n funcionando c o m o cédulas del grupo, c o m o lo eran en el grupo local, pero a h o r a se desarrollan a distintos niveles, incrustando de m a n e r a m u y significativa la c o m u n i d a d local d e n t r o de la estructura política global de jefes y señores, quienes se aseguran u n a posición especial con respecto a los dioses y al universo. Esta posición hace q u e las élites sean esenciales en la práctica ritual, de la que se cree que d e p e n d e la c o n t i n u i d a d y la fertilidad de la c o m u n i d a d . Las ceremonias vienen a definir relaciones de dependencia y d o m i n a c i ó n . La figura 10 ilustra c ó m o las condiciones básicas de la e c o n o m í a de subsistencia p e r m i t e n el control sobre la p r o d u c c i ó n y la distribución, que

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FIG. 10. Relaciones entre las diferentes fuentes de poder en las estrategias de poder de los jefes (Fuente: Earle, 1997: 204).

a su vez tiene c o m o resultado la movilización de un excedente u s a d o en la e c o n o m í a política. Este excedente se p u e d e volver a invertir en la infraestructura de la economía para generar la producción de un nuevo excedente. El excedente canalizado a través de la e c o n o m í a política se usa, a su vez, p a r a sostener a u n a élite guerrera emergente, que ejerce el control tanto sobre la infraestructura económica c o m o sobre la s u p e r e s t r u c t u r a ideológica. Al m i s m o tiempo, el excedente sostiene la elaboración de la ideología, que incluye las instituciones religiosas formales y los eventos ceremoniales a gran escala. La ideología establece las n o r m a s del orden en la entidad política regional, que legitima la estratificación social.

Teorización de la e n t i d a d política regional E n t e n d e r la entidad política regional es e n t e n d e r la m a n e r a en que el liderazgo se institucionaliza y se extiende p a r a d o m i n a r poblaciones de miles o, al final, de millones de personas. Gran parte del debate teórico sobre c ó m o sucede esto es consecuencia de la escisión entre las dimensiones ecológicas y políticas del poder, tal y c o m o las h e m o s expuesto en el capí-

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tulo 1 (Earle, 1987). Por el lado ecológico, los teóricos p o n e n el énfasis en c ó m o los líderes de las entidades políticas regionales a d m i n i s t r a n la econ o m í a de subsistencia. Service (1962) consideró que la evolución de los cacicazgos se debía a la aparición de u n a e c o n o m í a redistributiva regional gestionada p o r los jefes. Según este p u n t o de vista, los jefes reciben bienes p o r p a r t e de las c o m u n i d a d e s e c o n ó m i c a m e n t e especializadas a fin de repartirlos allá d o n d e se necesitan. Sanders (1956) t a m b i é n relacionó la evolución de los estados a la distribución, esta vez a m e r c a d o s que precisan de u n a a u t o r i d a d central estatal p a r a m a n t e n e r la p a z regional, de la que dependen los propios mercados. Wittfogel (1957) vio el estado c o m o un requisito previo p a r a la construcción y el m a n t e n i m i e n t o de los sistemas de irrigación regionales; a r g u m e n t ó que, en b u e n a m e d i d a c o m o en las tecn o l o g í a s i n d u s t r i a l e s p o s t e r i o r e s , la escala p r o d u c t i v a de la i r r i g a c i ó n precisa de la gestión central de u n a gran fuerza de trabajo. Por el lado político, Fried (1967) sostuvo la idea marxista de que las sociedades estratificadas aparecen p a r a m a n t e n e r un acceso diferencial a los m e d i o s de p r o d u c c i ó n . C u a n d o la irrigación y otras infraestructuras agrícolas están disponibles, los p r o d u c t o r e s de alimentos se hacen rápid a m e n t e dependientes de ellos. M a n n (1986), p o r ejemplo, describe c ó m o los sistemas de irrigación de las civilizaciones de Oriente Medio a t r a p a r o n de m a n e r a efectiva a la población que en aquellos climas desérticos tenía pocas posibilidades de elección. La élite militar emergente se p u e d e apoderar fácilmente de tales infraestructuras y usarlas para sostenerse (Gilman, 1976, 1981). Según este p u n t o de vista, las instituciones de la sociedad estratificada están relacionadas sobre t o d o con las funciones —leyes, cortes, registros, títulos, policía, prisiones— que mantienen el control por parte de la élite de la riqueza y la propiedad. Las teorías ecológicas y políticas sobre la aparición de las sociedades complejas son igualmente necesarias, ya que la intensificación precisa de u n a gestión local de la e c o n o m í a de subsistencia y, al m i s m o tiempo, crea las o p o r t u n i d a d e s p a r a el control sobre el acceso a los recursos. Vamos a e x a m i n a r a h o r a estas teorías con m á s detenimiento, p r e s t a n d o atención a las fuentes económicas, militares e ideológicas del poder.

TEORÍAS DE LA ECONOMÍA

Un p u n t o clave en la e c o n o m í a política de la sociedad compleja radica en d e t e r m i n a r la procedencia del excedente. Leslie White (1959), p o r ejemplo, señaló que la evolución cultural siguió a los avances tecnológicos en la captación de energía; con cada innovación, u n a cantidad m a y o r de energía sostendría a m á s gente, liberándolas de un espectro m á s amplio de actividades. Esta teoría del excedente de la complejidad social simplem e n t e insiste en que el progreso tecnológico p e r m i t e u n a producción de excedente cada vez m á s grande, del que fluyen los logros de la civilización: las artes, la religión formalizada, la escritura, la especialización artesana, la vida u r b a n a y los gobiernos regionales:

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[La revolución urbana] se inició en los valles aluviales del Nilo, el Tigris y Eufrates y el Indo, hace unos cinco mil años, con la transformación en ciudades de algunos de los poblados de sus riberas. La sociedad persuadió o apremió a los agricultores para producir un excedente de comestibles por encima de sus necesidades domésticas y para concentrar este excedente, que fue utilizado para sostener a una nueva población urbana de artesanos especializados, mercaderes, sacerdotes, oficiales y escribanos (Childe, 1942: 18). S e p e n s ó q u e e r a n e c e s a r i a u n a t e c n o l o g í a d e p r o d u c c i ó n d e alim e n t o s sofisticada p a r a g e n e r a r el excedente que financió la complejidad social. Sin embargo, Pearson (1957), en su famoso artículo «The E c o n o m y H a s No Surplus», criticó la teoría de la evolución social b a s a d a en el excedente. A r g u m e n t a n d o c o m o un sustantivista, Pearson giró del revés la lógica de la teoría del excedente, m a n t e n i e n d o q u e es imposible definir un «nivel de subsistencia» fijo m á s allá del cual se dispone de excedente p a r a el desarrollo. Creía que t o d a s las sociedades tienen el potencial de p r o d u c i r m á s allá de cualquier necesidad biológica (el m í n i m o calórico de Wolf), pero si en realidad lo hacen o no —y si dedican tal exceso a un c o n s u m o familiar m a y o r o a gastos públicos— depende del contexto social en el que el sistema de p r o d u c c i ó n está integrado. Puesto que desde el p u n t o de vista substantivista la economía es, a la postre, u n a operación de las instituciones sociales, es cada sociedad la que fija los objetivos económicos. El excedente p u d o no h a b e r creado complejidad social, ¡puesto que la sociedad en sí m i s m a crea en p r i m e r lugar el excedente! Trabajando desde el p u n t o de vista ecológico, Harris (1959) r o m p i ó este dilema del huevo y la gallina con la hipótesis de que el principal objetivo de las instituciones sociales es el de m a n t e n e r a las poblaciones hum a n a s en medios concretos. A pesar de que estaba de acuerdo con Pearson en q u e el excedente está dirigido socialmente, Harris señaló q u e el exced e n t e n u n c a es superfluo; en efecto, es esencial p a r a la supervivencia a largo plazo de la población. Por ejemplo, medios naturales m á s variables e impredecibles requieren m á s excedente p a r a protegerse contra las fluctuaciones desastrosas de las cosechas. P a r a ilustrarlo, describió el m o d o en q u e el «excedente» de ñ a m e de los isleños de las Trobriand (caso 12) se exhibe en el centro del poblado del jefe y, en un b u e n año, se p u e d e dejar que se p u d r a . Sin embargo, la superproducción es u n a protección necesaria contra el fracaso de u n a cosecha en el m e d i o inestable de u n a isla: en los a ñ o s malos, pocos ñ a m e s se dejan pudrir. La redistribución del excedente p o r parte de un jefe es u n a especie de póliza de seguros q u e el cultivo intensivo de u n a región en d o n d e las cosechas son siempre inciertas y conferidas a las instituciones sociales hace necesaria. Es igualmente justo decir que la sociedad crea el excedente y que el excedente sostiene a la sociedad. La transformación desde el grupo local a la entidad política regional significa p a r a la familia que sus objetivos productivos d e b e n expandirse

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p a r a cubrir las d e m a n d a s de la e c o n o m í a política regional, generalmente en forma de pago a las élites. En el p r e s u p u e s t o familiar, los fondos p a r a la subsistencia son t a n necesarios c o m o siempre. Al igual que en el grupo local, los fondos p a r a el ceremonial son t a m b i é n esenciales y cada familia debe m a n t e n e r su lugar en la estructura social de la c o m u n i d a d . Para los sustantivistas c o m o Pearson, el fondo c e r e m o n i a l es un signo de q u e la e c o n o m í a c a m p e s i n a se halla t r a b a d a en la sociedad; p a r a Harris, c o m o p a r a Wolf (1966a), es un gasto necesario en las relaciones sociales, vital p a r a el éxito a largo plazo de la familia respecto a la subsistencia y a la reproducción. Pero con el desarrollo de las entidades políticas regionales, las familias t a m b i é n deben p r o p o r c i o n a r un fondo de renta: pagos a los jefes, a los señores o a las instituciones religiosas o gobernantes, quienes reclam a n la propiedad sobre la tierra y la tecnología productiva. La familia debe entregar p a r t e de sus p r o d u c t o s agrícolas, corveas de trabajo y otras form a s de a r r i e n d o e impuestos p a r a retener los derechos de uso de las parcelas de tierra y de otros recursos. Este excedente, que con frecuencia sup o n e entre un c u a r t o y un tercio de t o d a la p r o d u c c i ó n familiar, se saca de cada casa plebeya p a r a financiar las instituciones de la nueva sociedad. Algunos sistemas económicos específicos caracterizan el desarrollo de los cacicazgos (redistribución) y de los e s t a d o s ( m e r c a d o s ) . Polanyi (1957) describe la redistribución c o m o la d o n a c i ó n de bienes y servicios, prescrita socialmente, a u n a figura central, q u e luego los redistribuye. El excedente, en estos t é r m i n o s , sería la p a r t e c u l t u r a l m e n t e d e t e r m i n a d a q u e los plebeyos d e b e n (y p a g a n ) al centro, d ó n d e se redistribuye p a r a satisfacer n e c e s i d a d e s sociales m á s a m p l i a s . C o m o se ve entre los cacicazgos h a w a i a n o s (caso 13), la r e d i s t r i b u c i ó n fue la e c o n o m í a política o r g a n i z a d a q u e movilizó r e c u r s o s p a r a f i n a n c i a r los cacicazgos en exp a n s i ó n (Earle, 1977). Polanyi ve el intercambio de m e r c a d o , d o n d e los precios se fijan m e d i a n t e la oferta y la d e m a n d a , c o m o un desarrollo t a r d í o en la h i s t o r i a h u m a n a asociado a la aparición del capitalismo. Sin embargo, otros h a n señalado q u e la m a y o r p a r t e de los estados t i e n e n sistemas de m e r c a d o (Claessen, 1978: 542). Las plazas de los m e r c a d o s son aquellos espacios neutrales a los que la gente del c a m p o y de otras entidades políticas p u e d e n ir p a r a i n t e r c a m b i a r bienes y servicios m e d i a n t e t r u e q u e o p o r dinero. Los estados t a m b i é n son i m p o r t a n t e s p a r a los m e r c a d o s , y a q u e p r o p o r c i o n a n la infraestructura (caminos, puertos), el m a r c o institucional (dinero, derechos de propiedad) y la paz regional de la que depende el comercio. Pero, ¿por q u é son t a n i m p o r t a n t e s los m e r c a d o s p a r a los estados? La evolución de los cacicazgos y de los estados depende de la disponibilidad de recursos p a r a sostener sus instituciones, y éstos d e b e n p r o ceder en ú l t i m a instancia de los fondos del arriendo. Los sistemas económ i c o s a d o p t a n dos formas distintas: la e c o n o m í a f u n d a m e n t a d a en los p r o d u c t o s básicos y la b a s a d a en bienes de valor. Ambas formas tienen largas historias en sociedades m á s simples: los p r o d u c t o s básicos proporcion a n el sostén y la riqueza m a r c a la posición en todos los lugares. Pero es con la evolución de las instituciones g o b e r n a n t e s regionales q u e el con-

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trol sobre la p r o d u c c i ó n y la distribución de estos bienes t e r m i n a p o r estar p l e n a m e n t e centralizado. La economía de los p r o d u c t o s básicos (D'Altroy y Earle, 1985; Earle y D'Altroy, 1989) es u n a forma de redistribución, un sistema en el q u e se requieren a las familias sus principales bienes (especialmente los alimentos) c o m o pago al centro. Con este sistema, los líderes movilizan los excedentes alimentarios —de la m i s m a m a n e r a que lo hacen los g r u p o s locales p a r a sostener las ceremonias— y los distribuyen a aquellos que trabajan p a r a el cacicazgo (o el estado). La forma institucional principal de las sociedades complejas q u e r e ú n e n sus recursos a partir de los p r o d u c t o s básicos es corporativa (Blanton et al., 1996); las élites dirigentes p o s e e n la tierra, de la que reciben parte del alimento p r o d u c i d o p o r los plebeyos a c a m b i o de los derechos de uso. Esta propiedad se materializa en un paisaje del p o d e r construido, que incluye m o n u m e n t o s , almacenes, c a m i n o s y barreras. La corporatividad se representa teatralmente en ceremonias de grupo que identifican a la gente con la tierra y con otros recursos, bajo la guía sagrada de la élite dirigente. La ventaja principal de la e c o n o m í a f u n d a m e n t a d a en los p r o d u c t o s básicos es su simplicidad. El excedente se u s a d i r e c t a m e n t e p a r a comp e n s a r al sector «improductivo» de las élites —sus a d m i n i s t r a d o r e s , guerreros y artesanos—, así c o m o a los plebeyos que trabajan en los proyectos p o r corveas. La m a y o r parte de los cacicazgos se b a s a n en este sistema de financiación y t a m b i é n p u e d e n b a s a r s e en él los estados, c o m o se ve en las sociedades medievales a n t i g u a s (caso 15) e incluso en el i m p e r i o inca (caso 16). Estas políticas estratificadas y complejas p u e d e n existir sin un sistema de m e r c a d o fuerte, pero precisan de almacenes centrales grandes. La desventaja principal de la economía f u n d a m e n t a d a en los p r o d u c tos básicos es logística: la voluminosidad y el peso de los p r o d u c t o s básicos hace que resulte difícil transportarlos (D'Altroy, 1992). Estas entidades políticas a c o s t u m b r a n a ser bastante p e q u e ñ a s (menos de cincuenta kilómetros de u n a p u n t a a la otra) y no son u r b a n a s . La e c o n o m í a b a s a d a en la riqueza (Brumfiel y Earle, 1987; D'Altroy y Earle, 1985) se c e n t r a en la p r o d u c c i ó n y distribución c o n t r o l a d a s de bienes o m o n e d a . Con la aparición de los cacicazgos, los bienes de prestigio a m e n u d o se m u e v e n en u n a esfera s e p a r a d a de intercambio, de m a n e r a q u e dejan d e s e r f á c i l m e n t e i n t e r c a m b i a b l e s p o r b i e n e s b á s i c o s (Bohannan, 1955). Esto limita el acceso de los plebeyos a los objetos y permite a las élites controlar la economía de prestigio (Earle, 1982). Los bienes primitivos, c o m o los objetos kula de los isleños de las Trobriand, establecen la posición de u n a persona, confieren derechos y obligaciones asociados con la posición y m a r c a n el grado de prestigio. Dichos bienes p u e d e n actuar c o m o m o n e d a política p a r a c o m p e n s a r a u n a p e r s o n a p o r un servicio. M u c h o s cacicazgos, especialmente aquellos que no tienen infraest r u c t u r a s agrícolas m u y intensificadas, descansan en la e c o n o m í a b a s a d a en bienes de valor. En los cacicazgos, la forma institucional principal de la e c o n o m í a basada en los bienes de valor es la red en la que el prestigio y la posición in-

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dividuales se ven d e t e r m i n a d o s p o r relaciones sociales, económicas y políticas (Blanton et al., 1996). Las redes se materializan a partir de objetos de valor que se i n t e r c a m b i a n y se exhiben en ceremonias públicas; el int e r c a m b i o de bienes de prestigio es el m e d i o en el que se desarrollan confederaciones fluidas y extensas. En los estados, el desarrollo de la m o n e d a se correlaciona con el desarrollo d e los m e r c a d o s , q u e a s u m e n u n a n u e v a función i n t e g r a d o r a d e profundo significado. Las m o n e d a s son bienes que se h a n a d a p t a d o c o m o medios de i n t e r c a m b i o y a l m a c e n e s de valor. Así, en sociedades estatales con m e r c a d o t i e n d e n a ser divisibles en d e n o m i n a c i o n e s de varios t a m a ños y a ser l i b r e m e n t e convertibles (es decir, fungibles) en el i n t e r c a m b i o p o r bienes, c o m o sucede con el dinero p a r a todo uso de las m o d e r n a s econ o m í a s de m e r c a d o . En las sociedades estatales con m e r c a d o se u s a n en los pagos y las c o m p r a s . La m a y o r p a r t e de los estados u s a n m o n e d a s , al principio a m e n u d o en conjunción con las finanzas a p a r t i r de los bienes básicos. La ventaja principal de la economía b a s a d a en la riqueza es la posibilidad de ser c e n t r a l i z a d a . P u e s t o q u e los bienes de prestigio y la m o neda son m u y preciados (especialmente c o n s i d e r a n d o q u e son portátiles), la riqueza en a r r i e n d o o en tributo se p u e d e mover a través de distancias considerables y almacenarse en un solo centro. Tales medios de finanzas precisan de poco espacio y no pierden valor al no malograrse. La riqueza se centraliza fácilmente y se g u a r d a en c á m a r a s en los centros a d m i n i s trativos. La desventaja principal de la e c o n o m í a b a s a d a en la riqueza es que los medios de p a g o (la riqueza) no se p u e d e n u s a r d i r e c t a m e n t e p a r a sostener a aquellos que trabajan p a r a el cacicazgo o el estado. No se p u e d e n c o m e r bienes de prestigio o m o n e d a s ; se precisa de m e r c a d o s en los que la riqueza se p u e d a convertir en bienes básicos (Brumfiel, 1980). Cuando se d e s b a r a t a n los mercados, la riqueza pierde valor. Sin embargo, los estados v e r d a d e r a m e n t e grandes solamente p u e d e n desarrollarse utilizando sistemas m o n e t a r i o s p a r a la tributación y los pagos, convirtiendo la m o neda a través del m e r c a d o para sostener un sector u r b a n o grande y no agrario. P o r eso los e s t a d o s se definen a m e n u d o c o m o sociedades u r b a n a s orientadas al m e r c a d o .

LAS TEORÍAS DEL EJÉRCITO

La relación e n t r e la g u e r r a y el ejército y el auge de las sociedades complejas es la c o n t i n u a c i ó n de un t e m a anterior. C o m o vimos p a r a los grupos locales, el crecimiento de la población y la intensificación de la subsistencia a u m e n t a n la competencia sobre la tierra entre las c o m u n i d a d e s . El grupo local busca defender los derechos de uso de la tierra de sus miembros y, al final, c o n s t r u i r colectividades intergrupales q u e p r o p o r c i o n e n aliados y regulen la guerra. Pero ¿qué ocurre c u a n d o la población contin ú a creciendo y el uso de los recursos se intensifica m á s ?

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Carneiro (1970b, 1981) ha investigado las relaciones entre la guerra y el establecimiento de las entidades políticas regionales. Ha a r g u m e n t a d o que tanto los cacicazgos c o m o los estados son sociedades guerreras o militaristas. Nadie se somete v o l u n t a r i a m e n t e a un o r d e n regional, se debe conquistar a las poblaciones e incorporarlas p o r la fuerza. A m e d i d a que las poblaciones crecen y rellenan el paisaje, la gente puede diseminarse hacia tierras desocupadas, intensificar la p r o d u c c i ó n local o a p o d e r a r s e de las tierras de otros. Sin embargo, a la postre, las poblaciones en crecimiento a c a b a n viéndose circunscritas geográfica y socialmente. No hay n i n g ú n sitio al que ir: todo terreno abierto se ha o c u p a d o y reclamado, y la gente se ata e s t r e c h a m e n t e a su tierra, que tiene que defenderse c o n t r a los grupos vecinos. La competencia entre grupos y la guerra p r o p o r c i o n a n a los líderes u n a fuerte ventaja selectiva d e n t r o del grupo, éstos movilizan y coord i n a n a los guerreros y negocian p a r a o b t e n e r aliados que a y u d e n a defender el territorio. La dura realidad es que las poblaciones con un liderazgo militar efectivo desplazan a poblaciones m e n o s organizadas militarmente (Carneiro, 1967). En los cacicazgos, los guerreros son especialistas unidos directamente a los jefes y u t i l i z a d o s en la c o n q u i s t a p a r a i m p o n e r s e p o r la fuerza. N o r m a l m e n t e el jefe se p r e s e n t a a sí m i s m o c o m o el m á s i n t r é p i d o de los guerreros, de quien derivan todos los beneficios y la protección. En los estados, el ejército se ha convertido en u n a institución a l t a m e n t e estruct u r a d a tanto p a r a la expansión imperial c o m o p a r a el gobierno interno. En a m b o s casos, se acusa al ejército de apoderarse y de retener los recursos p r o d u c t i v o s de los q u e d e p e n d e la e c o n o m í a política ( H a a s , 1982). El ejército que tiene éxito en la c o n q u i s t a se convierte entonces en u n a vía p a r a el privilegio y en un refuerzo de la desigualdad.

TEORÍAS DE LA IDEOLOGÍA

Las ideologías son sistemas de creencias, creados y m a n i p u l a d o s estratégicamente p o r ciertos segmentos sociales, la m a y o r p a r t e de las veces las élites dirigentes de los cacicazgos y los estados, a fin de establecer y m a n t e n e r la legitimidad de su posición en la sociedad. Las ideologías implican actuaciones públicas que n a r r a n la teología religiosa o las epopeyas sociales. P o r ejemplo, c o n a n t e r i o r i d a d a la c o n q u i s t a i m p e r i a l h o landesa, el c a m p o de Java estaba h a b i t a d o p o r c o m u n i d a d e s c a m p e s i n a s , antecedentes de Kali Loro (caso 19). Estas c o m u n i d a d e s existieron dentro de g r a n d e s estados que m a n t u v i e r o n sistemas religiosos y complejos ceremoniales p a r a establecer la c o n t i n u i d a d y el gobierno de los reyes tradicionales. P a r a los estados vecinos de Bali, Geertz (1980) arguye que la entidad política (negara) era b a s t a n t e distinta de las instituciones instrumentales del estado c o m o las b u r o c r a c i a s o los ejércitos. De h e c h o se refiere a ellas c o m o «estados teatro», q u e r e p r e s e n t a n c e r e m o n i a s cíclicas elaboradas y referidas al calendario. En éstas, la epopeya histórica del estado se despliega en u n a representación justificada p o r el d o g m a religioso

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y materializada en la ceremonia, la liturgia, los textos sagrados, la arquit e c t u r a m o n u m e n t a l y las inscripciones. El p o d e r de la religión del estado se ejerce p a r a santificar la epopeya del estado y las relaciones de poder que codifica. M a n n (1986) cree que el desarrollo de la complejidad social puede implicar la creación de segmentos sociales diferentes, accediendo cada u n o a diferentes fuentes de poder. Si a s u m i m o s que el poder p u e d e originarse en diferentes lugares (en la economía, el ejército y la religión) parece plausible que p u e d a conservar cierta independencia de cada uno; las divisiones p u e d e n existir entre los poderes sagrados y profanos o entre los militares y los terratenientes. A pesar de que los líderes van a querer p o n e r las diferentes fuentes de p o d e r bajo su c o n t r o l , su h a b i l i d a d p a r a h a c e r l o será s i e m p r e p r o b l e m á t i c a . El desarrollo de los estados no implica simplemente u n a centralización en a u m e n t o , sino que t a m b i é n p u e d e tener c o m o resultado u n a fragmentación de fuentes de p o d e r s e p a r a d a s y pot e n c i a l m e n t e o p u e s t a s . Tal y c o m o lo d e s c r i b i m o s en el capítulo 10, en vez de un solo centro de poder, p o d e m o s e n c o n t r a r un sistema «heterárquico» constituido p o r jerarquías de poder que se solapan en parte y que se equilibran las u n a s a las otras (Ehrenreich et al., 1995).

Las principales d i n á m i c a s de la e n t i d a d política regional P a r a e n t e n d e r c ó m o y p o r qué los h u m a n o s , mejor a d a p t a d o s a los grupos a p e q u e ñ a escala, h a b r í a n construido entidades políticas regionales, vamos a volver al m o t o r básico de la intensificación. Además de la presión c o n t i n u a d a p o r p a r t e del implacable crecimiento de la población, la e c o n o m í a política está en sí m i s m a o r i e n t a d a al crecimiento, de m a n e r a que da a la intensificación u n a d i n á m i c a nueva. A pesar de que la admin i s t r a c i ó n c e n t r a l sirve a la c o m u n i d a d local y la vincula a la s u p e r e s t r u c t u r a política, se da a h o r a u n a motivación m u y i m p o r t a n t e p a r a la adm i n i s t r a c i ó n al m a x i m i z a r los excedentes d e s t i n a d o s a las instituciones gobernantes. Los líderes se e n c u e n t r a n m u y motivados p a r a a u m e n t a r su c o n t r o l s o b r e la e c o n o m í a a través del c r e c i m i e n t o , r e a l z a n d o su posición en el m u n d o político a l t a m e n t e competitivo de los cacicazgos y los estados. Los líderes deben establecer un equilibrio delicado. Buscan movilizar tanto c o m o les sea posible de la e c o n o m í a doméstica de subsistencia, pero d e n t r o de límites realistas. No d e b e n exponer la infraestructura p r o d u c tiva a un riesgo d e m a s i a d o alto. A pesar de que las élites, creyéndose inh e r e n t e m e n t e superiores, n o r m a l m e n t e tienen poca c o m p a s i ó n p o r la difícil situación de la gente común, entienden la practicidad de que las familias plebeyas tengan acceso a u n a base de subsistencia adecuada, que les perm i t a sostenerse a sí m i s m a s y p r o p o r c i o n a r el trabajo necesario p a r a gen e r a r un excedente p a r a la superestructura. En última instancia las élites deben tener cuidado de no hacer estallar u n a revuelta campesina. A pesar de que la ideología de los cacicazgos

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y los estados legitima la d o m i n a c i ó n de los gobernantes, los c a m p e s i n o s tienen un fuerte sentido de su derecho a la supervivencia de la familia, un aspecto de lo que Scott (1976) llama «la e c o n o m í a m o r a l del campesino». C o m o indicó H a r r i s (1959), cada e c o n o m í a debe p r o d u c i r un excedente p a r a garantizar que q u e d a suficiente d u r a n t e los años malos, según la ley del m í n i m o de Leibig. En u n a e c o n o m í a campesina, todos los excedentes pertenecen potencialmente a los propietarios de la tierra, pero el m o n t a n t e movilizado varía de a c u e r d o con el éxito de la cosecha. En los años buenos, se p u e d e p a g a r u n a b u e n a renta a las élites, que entonces disponen de libertad p a r a invertirlo en m á s tierras, tecnología, planes de seguridad o estilos de vida lujosos. Por el contrario, en los a ñ o s malos, las élites deben reducir lo que movilizan a fin de garantizar el derecho «moral» de los campesinos a su p r o p i o sostén. En la E u r o p a agraria (caso 15), p o r ejemplo, las élites t e m í a n las rebeliones campesinas. Puesto que el n ú m e r o de campesinos era m u y superior al del séquito del señor, éste se e n c e r r a b a en el castillo c u a n d o plan e a b a la a m e n a z a de u n a revuelta. No o b s t a n t e , m i e n t r a s el m o n t o del excedente o b t e n i d o p e r m i t a el m a n t e n i m i e n t o c o n t i n u a d o de la familia, los campesinos se inclinan a sostener el o r d e n existente, que garantiza su sustento. Si se r o m p e esta garantía, c o m o ha sucedido en épocas recientes c o n l a e x p a n s i ó n d e m e r c a d o s d e t r a b a j o r u r a l e s (véase, p . ej., los aparceros de Boa Ventura, caso 17), el descontento c a m p e s i n o p u e d e alim e n t a r la revuelta (Johnson, 1999; Scott, 1976). El desarrollo transcultural de las entidades políticas regionales cont i n ú a ilustrando los procesos de la evolución multilineal. La intensificación de la p r o d u c c i ó n causa problemas, cuyas soluciones ofrecen posibilidades p a r a el c o n t r o l , p e r o las c o n d i c i o n e s variables q u e lo p e r m i t e n son la causa de la evolución p o r c a m i n o s separados. De m a n e r a específica, la agricultura, la caza y la recolección y el pastoreo siguen líneas distintas de desarrollo hacia la entidad política regional. La m a y o r p a r t e de los cacicazgos y los estados se b a s a n en la agricultura intensificada y ya h e m o s esbozado los rasgos clave de su evolución. Una g a m a amplia de medios naturales ofrece condiciones a p r o p i a d a s p a r a u n a intensificación agrícola sostenida, que al m i s m o t i e m p o p e r m i t a altas densidades de población y la generación de excedentes p a r a financiar las instituciones. La intensificación de la agricultura crea dos p r o b l e m a s principales, que precisan de distintas formas de gestión. Allí d o n d e las inversiones de capital en infraestructuras, tales c o m o los sistemas de regadío y de drenaje, no son posibles, la intensificación n o r m a l m e n t e t o m a la forma de u n a a d m i n i s t r a c i ó n cuidadosa del ciclo de b a r b e c h o p a r a t r a t a r con los p r o b l e m a s creados p o r barbechos cortos en los ecosistemas tropicales. En las islas Trobriand (caso 12), los jefes gestionan el ciclo agrícola del cultivo de secano m e d i a n t e u n a c o m b i n a c i ó n de reparto de la tierra y ritual agrícola, y a n i m a n al almacenaje de alimentos, que en los años malos son esenciales p a r a la supervivencia de las c o m u n i d a d e s y en los a ñ o s b u e n o s sostienen los festines competitivos caciquiles. En los lugares q u e p e r m i t e n el desarrollo de infraestructuras agrícolas m u y productivas (sis-

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t e m a s de irrigación, terrazas, drenajes y similares), las tierras cultivadas t e r m i n a n siendo propiedad de las élites, que p u e d e n extraer un excedente de los trabajadores agrícolas, quienes no tienen otro lugar al que acudir. Tales sistemas económicos sostenían los cacicazgos complejos de las islas Hawai y del imperio inca. Con la aparición de la entidad política regional de agricultura intensiva, la conquista se convierte en el objetivo de la guerra. Así, la intensificación agrícola aumenta el valor de la tierra y, por lo tanto, también aumenta la p r o b a b i l i d a d de u n a agresión d e n t r o de la e n t i d a d política; m i e n t r a s que la habilidad de un capitoste guerrero o de un señor p a r a proteger los derechos sobre la tierra apoya sus esfuerzos p a r a g a n a r sujetos leales. Sin e m b a r g o , las guerras se p r o d u c e n entre jefes p o r el control de un territorio y p o r u n a s poblaciones a las que gobernar, y son el resultado de un deseo de i n c r e m e n t a r los ingresos a través del fondo de arriendo. Bajo condiciones específicas, los cacicazgos y los estados se p u e d e n desarrollar sobre u n a base cazadora-recolectora. E n t r e los cazadores-recolectores la condición básica que lo h a c e posible es un m e d i o n a t u r a l alt a m e n t e productivo, que p e r m i t e densidades de población comparativam e n t e altas y la generación de excedentes. Estas condiciones pueden existir en medios marítimos, d o n d e poblaciones ricas de pescados y mamíferos m a r i n o s p u e d e n sostener a s e n t a m i e n t o s h u m a n o s densos. E n t r e los pescadores indios de la costa noroeste de Norteamérica (caso 9) se desarrollaron líderes locales fuertes en aquellos lugares en los que u n a tecnología compleja de botes, pesqueras e infraestructuras p a r a el secado y el almacenaje hicieron posible la intensificación. Como en el caso de la agricultura, tales mejoras de capital p u e d e n incrementar significativamente el potencial productivo de un lugar concreto. Estas infraestructuras son propiedad de los líderes, que financian su manufactura, organizan su m a n t e n i m i e n t o y las protegen de los grupos vecinos. El control sobre ellos ofrece a los líderes un medio p a r a movilizar recursos p a r a las exhibiciones políticas competitivas, que organizan a las cruciales colectividades intergrupales. Estos sistemas de gran h o m b r e representan un estado m u y c o m ú n entre «los cazadores-recolectores complejos», descritos t a n t o arqueológica c o m o etnográficamente (Arnold, 1996a; Price y Brown, 1985), pero la productividad y el control necesarios p a r a sostener cacicazgos y estados es m á s infrecuente. Aun así, bajo condiciones productivas inusuales, los cazadores-recolectores h a n desarrollado entidades políticas regionales. Arnold (1996b) señala que la p r o p i e d a d de las b a r c a s constituyó la base e c o n ó m i c a p a r a el c o n t r o l en cacicazgos c a z a d o r e s - r e c o l e c t o r e s , c o m o el de los i n d i o s C h u m a s h del s u r de California. La intensificación de la e c o n o m í a marít i m a llevó a un comercio extensivo, e m p l e a n d o c a n o a s de alta m a r p a r a c o n e c t a r las e c o n o m í a s de las islas, ricas en r e c u r s o s a n i m a l e s , con las e c o n o m í a s del continente, rico en recursos vegetales. Además de u n a m a yor eficiencia de la p r o d u c c i ó n a través de la especialización, el comercio p r o p o r c i o n ó u n a protección contra los desastres. E n t r e las islas Chumash, p o r ejemplo, la e c o n o m í a m a r í t i m a , a l t a m e n t e productiva, podía decrecer

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debido a condicionantes c o m o el fenómeno de El Niño, que a u m e n t a la t e m p e r a t u r a del agua y disminuye la disponibilidad de pescado y de otros a n i m a l e s m a r i n o s . Los recursos c o m o las semillas silvestres y los a n i m a les salvajes del continente se p o d í a n i n t e r c a m b i a r con los grupos isleños a c a m b i o de su «dinero» de c o n c h a s , a d q u i r i d o m e d i a n t e c o m e r c i o dur a n t e los a ñ o s b u e n o s . Los cazadores-recolectores h a n desarrollado e n t i d a d e s políticas regionales, ceremonialmente integradas, en medios relativamente ricos: las protegidas bahías de la Calusa de la costa de Florida (Widmer, 1988); el medio de aguas tranquilas de los cacicazgos de Poverty Point a inicios de la prehistoria (Gibson, 1994), y las mesetas ribereñas de la prehistórica Ohio Adena. Estos ejemplos, conocidos arqueológicamente y que carecen de u n a agricultura significativa, i n c o r p o r a r o n elaborados complejos de t ú m u l o s que d o c u m e n t a n u n a integración regional y u n a movilización del trabajo. A lo largo de la costa p e r u a n a , los recursos m a r i n o s extraordinariamente ricos sostuvieron la elaboración de cacicazgos complejos, a partir de los que se d e s a r r o l l a r o n las civilizaciones a n d i n a s (Moseley, 1975; Quilter et al., 1991). En este caso, los inicios de la agricultura no implican alimentos sino algodón, u s a d o p a r a fabricar aparejos de pesca y p a r a tejer la ropa, que es u n a riqueza en sí m i s m a . El control p r o b a b l e m e n t e fue el resultado t a n t o de la p r o p i e d a d de la tecnología de explotación intensiva c o m o de la defensa de las zonas medioambientales m á s productivas. E n t r e los pastores, la condición principal p a r a la estratificación parece ser la proximidad a los cacicazgos o a los estados agrarios (Beck, 1986: 9-17; Irons, 1979). Los pastores o c u p a n tierras que no p u e d e n ser intensificadas m e d i a n t e agricultura, a u n q u e el g a n a d o p r o d u c e recursos valiosos. En tales condiciones, los g a n a d e r o s se t r a n s f o r m a n en especialistas que producen productos animales (carne, pieles, animales de tiro, leche y queso) p a r a c o m e r c i a r con los c a m p e s i n o s , que p r o d u c e n cereales. Alimentar a u n a población densa a p a r t i r de cereales s u p o n e un uso de la tierra m u c h o m á s eficiente que alimentarse de la carne y la leche c o m o h a c e n los t u r k a n a (caso 8). En estos sistemas intensivos, d o n d e los p a s t o r e s se desplazan e n t r e poblaciones c a m p e s i n a s (explotando tierras agrícolas en b a r b e c h o y pastos marginales, en las que la agricultura es imposible), los pastores interc a m b i a n p r o d u c t o s animales caros p o r p r o d u c t o s agrícolas baratos. Se desarrolla un sistema de i n t e r c a m b i o regional, integrando gentes con estilos de vida m u y opuestos y, a m e n u d o , étnicamente distintos (Barth, 1956). El desarrollo de este comercio ha sido llamado la «revolución de los p r o d u c tos secundarios» en la E u r o p a prehistórica, d o n d e se e n c u e n t r a entre las bases e c o n ó m i c a s p a r a la complejidad social (Sherratt, 1981). En las sociedades de p a s t o r e s asociadas c o n los estados agrarios se aprecia con claridad la tensión entre la a u t o n o m í a local y familiar p o r u n a p a r t e y los esfuerzos de las entidades políticas regionales p a r a i m p o n e r el control p o r otra. P r o p o r c i o n a r p r o d u c t o s a n i m a l e s p a r a los c a m p e s i n o s sedentarios no implica p o r sí m i s m o un nivel de control p o r parte de la entidad política regional. La movilidad p e r m i t e a los pastores cierto grado de

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

libertad, de la que los agricultores sedentarios no disfrutan. Los campesinos y las élites consideran igualmente peligrosa esta libertad e i n t e n t a n limitarla. Los grupos ganaderos c o m o los basseri (caso 14) p u e d e n incluso a u m e n t a r su movilidad m á s allá de lo q u e es necesario sobre bases puram e n t e ecológicas simplemente p a r a disfrutar de la libertad y de las ventajas militares q u e les p r o p o r c i o n a t r a t a r con la e n t i d a d política regional (Irons, 1979). Sin la a m e n a z a militar p l a n t e a d a p o r el estado agrario, es d u d o s o que los basseri h u b i e r a n alcanzado siquiera un nivel de complejidad de cacicazgo (cf. Fried, 1967: 240-42). De hecho, los ganaderos n ó m a d a s de Asia y E u r o p a se volvieron, con frecuencia, g u e r r e r o s especialistas. C o m o h e m o s visto p a r a los t u r k a n a (caso 8), el a d i e s t r a m i e n t o bélico es c o m ú n entre los ganaderos c o m o m e dio p a r a defender los r e b a ñ o s de la familia y p a r a obtener animales n u e vos a través del pillaje. Incluso c u a n d o c o m e r c i a b a n con los agricultores sedentarios, los pastores del Viejo M u n d o , d e s d e ñ a n d o la vida b l a n d a del caserío y de la ciudad, constituían a m e n u d o u n a élite militar capaz de volverse en c o n t r a de las poblaciones sedentarias y dominarlas. Los m o n g o les de Asia central constituyen el ejemplo histórico m á s formidable de un e s t a d o g a n a d e r o ( M o r g a n , 1986). El p o d e r m i l i t a r de los m o n g o l e s les permitió conquistar sociedades agrarias m u c h o m á s grandes y apropiarse del excedente de producción agrario p a r a sostener su estado ganadero. Los ejércitos mongoles surgieron de las estepas asiáticas p a r a d o m i n a r el antiguo estado agrario chino y crear el imperio b a s a d o en la tierra m á s extenso que existió j a m á s .

CAPÍTULO 10 E L CACICAZGO S I M P L E

La evolución de los cacicazgos está m a r c a d a p o r el desarrollo de las instituciones políticas regionales. Los cacicazgos i n t e g r a n varios grupos locales d e n t r o de u n a sola entidad política (Carneiro, 1981) y confederaciones b a s t a n t e e x t e n s a s p u e d e n f o r m a r colectividades caciquiles, q u e c o o r d i n a n a s u n t o s políticos y religiosos (M. E. Smith, 1985). Por p r i m e r a vez, la entidad política, definida c o m o un grupo organizado bajo un solo individuo que gobierna o bajo un consejo, se extiende m á s allá del poblado o del grupo local. En ocasiones la c o m u n i d a d asociada con el jefe dirigente es i n u s u a l m e n t e g r a n d e en c o m p a r a c i ó n con las sociedades no estratificadas; sin e m b a r g o , la diferencia m á s notable se e n c u e n t r a en el t a m a ñ o de la población, que se halla u n i d a políticamente. Arqueológicamente, los cacicazgos sucedieron a la organización m á s simple de c o m u n i d a d e s de la p r i m e r a sociedad neolítica. Con los cacicazgos asistimos a los inicios de construcciones a verdadera gran escala, c o m o los conjuntos t u m u l a r e s de los olmecas (Bernal, 1969; Earle, 1976) y del Misisipí (B. S m i t h , 1978), los zigurats de los u b a i d (Wright, 1984) y los círculos de p i e d r a s y c u r s u s de los cacicazgos de Wessex (Renfrew, 1973). Estos t e m p r a n o s e impresionantes m o n u m e n t o s testifican, de m a n e r a n a d a ambigua, t a n t o a favor de u n a organización central de la fuerza de trabajo, c o m o de la función de un lugar c o m o centro político y ceremonial a escala regional. A j u z g a r p o r los ejemplos etnográficos q u e d i s c u t i m o s en este capítulo y en el siguiente, los cacicazgos oscilan respecto a su población desde u n o s pocos miles h a s t a d e c e n a s de miles, convirtiéndose en g r u p o s d e m a g n i t u d m a y o r q u e las e n t i d a d e s p o l í t i c a s m á s s i m p l e s (cf. F e i n m a n y Neitzel, 1984). Una entidad política de este t a m a ñ o precisa de un nuevo nivel de integración que u n a a las c o m u n i d a d e s locales. Se h a n descrito dos formas regionales opuestas de cacicazgos: j e r a r q u í a s (Earle, 1978, 1987) y heter a r q u í a s ( E h r e n r e i c h et al., 1995). Dentro de las j e r a r q u í a s caciquiles, u n a aristocracia dirigente o c u p a funciones locales y regionales con responsabilidades generalizadas en asuntos sociales, políticos y religiosos. Los jefes de la c o m u n i d a d a c t ú a n de m a n e r a m u y similar a la de los líderes locales, pero t a m b i é n son responsables de actividades que articulan la entidad política regional. Los jefes regionales c o o r d i n a n y dirigen un a m p l i o es-

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pectro de actividades, desde la guerra hasta las ceremonias, que atraviesan las c o m u n i d a d e s locales, y las funciones caciquiles forman cadenas de posición social que se refuerzan ejerciendo la autoridad y el poder. Dentro del cacicazgo, la organización regional se b a s a en un grupo de élite de jefes, con frecuencia considerados descendientes de los dioses, que se e n c u e n t r a n separados socialmente y ritualmente señalados. De manera explícita, se concibe a la organización como b a s a d a en la familia, u n a organización parecida a u n a c o m u n i d a d expandida en un cuerpo regional dirigente. Los jefes están e m p a r e n t a d o s los u n o s con los otros a través de la descendencia y del m a t r i m o n i o , y la familia y los lazos personales perm a n e c e n en el centro de la operación política del cacicazgo. La u n i ó n entre el sistema económico en desarrollo y la estratificación social creciente es clara p a r a todos: así, los jefes llegan a d o m i n a r tanto la economía, como el reino social y político. Dentro de las heterarquías caciquiles existe un sector aristocrático similar, pero las élites no se organizan d e n t r o de u n a sola j e r a r q u í a central. Estas distintas j e r a r q u í a s se asocian con diferentes fuentes de poder, haciendo que la h e t e r a r q u í a s sean políticamente m á s descentralizadas. Tales sistemas caracterizan m u c h a s sociedades complejas y de gran escala en África (Mclntosh, 1999); ritualmente son elaboradas, p e r o no se encuent r a n institucionalmente solidificadas en u n a única entidad política. De hecho, las j e r a r q u í a s y las heterarquías deberían ser consideradas m á s bien c o m o los extremos de toda u n a g a m a de cacicazgos que reflejan evolucion e s multilineales de complejidad, b a s a d a s en e c o n o m í a s políticas de fin a n z a s y en m e d i o s de legitimación opuestos. En los cacicazgos se da tanto la economía f u n d a m e n t a d a en los prod u c t o s básicos c o m o la b a s a d a en la r i q u e z a (Earle, 1997). La p r i m e r a , c o m o en Hawai (caso 13), caracteriza a m u c h o s cacicazgos. La intensificación de la e c o n o m í a de subsistencia ha r e q u e r i d o la existencia de infraestructuras agrícolas, q u e los jefes poseen y c o n t r o l a n . Éstos reciben p o r ellas un excedente, que se invierte en u n a nueva intensificación agrícola, en la expansión militar y en la elaboración del ceremonial. La econ o m í a b a s a d a en los objetos de valor (riqueza) se e n c u e n t r a en cacicazgos en los q u e d o m i n a n sistemas agrícolas m e n o s intensivos (como p o r ejemplo en las islas Trobriand, caso 12) y d o n d e los ganaderos que se enc u e n t r a n en los límites de los estados p r o p o r c i o n a n p r o d u c t o s animales especiales a cambio de dinero y de productos agrícolas (los basseri, caso 14). Los dos tipos de e c o n o m í a s son equivalentes en c u a n t o a su grado de evolución, p e r o la e c o n o m í a f u n d a m e n t a d a en p r o d u c t o s básicos ofrece un control m á s estable que la e c o n o m í a b a s a d a en la riqueza en el caso de los cacicazgos, q u e es probable que se e n c u e n t r e n expuestos a importantes variaciones cíclicas. D e b e m o s explicar a h o r a p o r qué las instituciones regionales de los cacicazgos, sostenidas p o r las e c o n o m í a s políticas emergentes, d e b e r í a n desarrollarse. ¿Por qué los individuos y las comunidades locales dejan atrás su a u t o n o m í a y se someten a las d e m a n d a s de u n a élite regional dirigente? Las élites claramente se benefician, mejoran su nivel de vida, tienen un éxito

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reproductivo m a y o r y p o d e r p a r a dirigir los asuntos h u m a n o s . Pero ¿qué obtiene de ello la gente c o m ú n ? Para responder a esta pregunta debemos m i r a r a los dos aspectos del contrato del cacicazgo: el servicio y el control. E n t r e los servicios que los líderes p r o p o r c i o n a n a los grupos locales hay que citar la administración de actividades de subsistencia a g r a n escala, el control del comercio a larga distancia, el almacenaje de alimentos y de objetos de valor y el m a n t e n i m i e n t o de alianzas a través de las relaciones de débito y crédito. A nivel de entidad política regional, los jefes p r o p o r c i o n a n servicios análogos, cuya naturaleza varía d e n t r o de la forma a d o p t a d a por la intensificación en distintos medios. La naturaleza del control que descansa en la propiedad de recursos productivos críticos, tecnologías y p o d e r religioso es m e n o s variable. La intensificación de la economía a largo plazo incrementa la necesidad de gestión, la facilidad de obtener propiedades y, de esta m a n e r a , la dependencia de los plebeyos locales hacia sus líderes. En los t é r m i n o s m á s simples posibles, un cacicazgo es u n a sociedad estratificada b a s a d a en un acceso desigual a los m e d i o s de p r o d u c c i ó n . Este p u n t o , destacado p o r Fried (1967), es esencial p a r a entender las diferencias entre cacicazgos y sociedades m á s simples. El control de un jefe se traduce en u n a aptitud p a r a m a n i p u l a r la economía, de tal m a n e r a que de ella se derive un excedente susceptible de ser invertido. Se le concede ' el p o d e r p a r a controlar o monopolizar la a d m i n i s t r a c i ó n económica bajo ciertas condiciones específicas, que derivan de los m i s m o s factores que hem o s identificado c o m o necesarios p a r a q u e las familias individuales se a g r u p e n : la gestión del riesgo, la tecnología, la g u e r r a y el c o m e r c i o . Al a u m e n t a r la población, llega un m o m e n t o en que no se p u e d e confiar en que el grupo local o la colectividad intergrupal manejen estos asuntos de vida o m u e r t e . Como se describe en el capítulo 9, los cacicazgos desarrollan formas institucionales específicas que reflejan líneas paralelas pero diferenciadas de evolución social. E m p e z a n d o p o r las diferencias básicas en los potenciales medioambientales de cara a la intensificación, las posibilidades p a r a el crecimiento de la población y p a r a la p r o d u c c i ó n de excedente varían de un lugar a otro y de u n a e c o n o m í a a otra. Los detalles de la intensificación d e t e r m i n a n la facilidad y los medios a través de los cuales se p u e d e (o no) controlar la economía, y los diferenciales de control crean las bases de poder características de los cacicazgos. Sin embargo, la m a y o r parte de los cacicazgos son agrícolas y el control sobre la p r o d u c c i ó n agrícola hace posible el excedente que financia su aparición y su acción, como ilustra el ejemplo de las islas Trobriand.

Caso 12. Los i s l e ñ o s de las Trobriand Las islas Trobriand forman un p e q u e ñ o archipiélago de islas coralin a s q u e se extienden a u n o s doscientos k i l ó m e t r o s al n o r t e del e x t r e m o m á s oriental de Nueva Guinea. En c o n t r a s t e c o n las g r a n d e s islas de la

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Melanesia (como las Nuevas Hébridas o las Salomón, cuyos medios naturales s o n s e m e j a n t e s a los del c o n t i n e n t e ) , el p e q u e ñ o t a m a ñ o de las Trobriand, la escasa variedad de los recursos y el aislamiento físico parecen constreñir su población h u m a n a . Sin e m b a r g o , c o m o veremos, el comercio p o r m e d i o de la navegación tradicional con canoas conecta, de man e r a efectiva, la e c o n o m í a del m u n d o i n s u l a r c o n N u e v a G u i n e a y proporciona lo necesario t a n t o p a r a la supervivencia local c o m o p a r a la financiación política. La etnografía de las Trobriand o c u p a un lugar privilegiado en la antropología d e b i d o al influyente trabajo de c a m p o de Malinowski (1922, 1935), que empezó m u y poco después de la pacificación. Los estudios posteriores de Austen (1945), Powell (1960, 1969) y Weiner (1976, 1983, 1992) y los i m p o r t a n t e s nuevos análisis de Uberoi (1962), B u r t o n (1975) e Irwin (1983) hicieron de las Trobriand un caso de estudio fundamental en cualquier análisis sobre los cacicazgos. El caso de las Trobriand es i m p o r t a n t e p a r a llegar a entender la transición de un sistema de g r a n h o m b r e a un cacicazgo. M u c h a s de las características de los sistemas de gran h o m b r e se e n c u e n t r a n presentes en las Trobriand, pero la posición hereditaria, el liderazgo institucionalizado y cierta centralización regional r e c u e r d a n a los cacicazgos de la Polinesia. ¿Por qué jefes hereditarios y no simplemente grandes h o m b r e s ?

EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA

El archipiélago Trobriand lo f o r m a n u n a isla d o m i n a n t e (Kiriwina, de ciento o c h e n t a k i l ó m e t r o s c u a d r a d o s ) y m u c h a s o t r a s islas (que sum a n en total u n o s treinta kilómetros c u a d r a d o s ) . Kiriwina tiene poco relieve. El 60 % de su superficie son tierras de cultivo bajas y el resto son m a r i s m a s y formaciones coralinas ocasionales y desiguales. La isla carece de m u c h o s recursos, c o m o la arcilla y la piedra. No hay arroyos y el agua procede de acuíferos subterráneos. La vegetación consiste en campos, arbustos secundarios, algunos cocoteros y beteles cerca de los poblados y peq u e ñ o s vestigios de la vegetación nativa. Malinowski señala que «queda poco de la naturaleza y de su vegetación espontánea» (1935: 4). A excepción de las m a r i s m a s , el paisaje es el p r o d u c t o del uso h u m a n o . El clima es cálido y h ú m e d o . Las lluvias son estacionales y la m a y o r parte de las precipitaciones se registran d u r a n t e los monzones. Las sequías, a pesar de no ser c o m u n e s , son severas y t e m i d a s . C u a n d o falta el agua de los m o n z o n e s , la producción agrícola se resiente y el h a m b r e se a p o d e r a de las islas. La densidad de población de las Trobriand es bastante alta para u n a población horticultora. Powell (1960: 119) la calculó en u n a s c u a r e n t a personas p o r kilómetro c u a d r a d o , cifra que según este a u t o r no ha cambiado significativamente desde principios del siglo XX. La figura 11 muestra el m e d i o n a t u r a l de la isla, repleto de p e q u e ñ o s poblados. En general, la población se concentra cerca de la tierra cultivable (un 70 % del total), donde las densidades sobrepasan las cincuenta personas p o r kilómetro cua-

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FIG. 11. Patrón de asentamiento de los isleños de las Trobriand. El paisaje ha sido totalmente transformado por un cultivo intensivo itinerante. Los pequeños poblados se arraciman y a menudo se vinculan a un poblado central, donde se celebran ceremonias especiales en el campo central de danza. Los poblados Trobriand suelen tener entre 13 y 28 casas; el que aquí se dibuja es considerablemente mayor por ser un poblado central. d r a d o . Por la descripción de Malinowski (1935), se ve un paisaje atestado y t r a n s f o r m a d o p o r el trabajo h u m a n o . La e c o n o m í a de s u b s i s t e n c i a c o m b i n a la a g r i c u l t u r a intensiva y la pesca. La caza y la recolección están restringidas a p e q u e ñ a s cantidades de marisco y cangrejos, q u e se e n c u e n t r a n a lo largo de las costas y las m a -

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r i s m a s . El g r u e s o de la d i e t a c o n s i s t e en c o s e c h a s de r a í c e s , especialm e n t e de ñ a m e y taro. La principal cosecha es el ñ a m e , que se planta en s e p t i e m b r e y o c t u b r e y está a p u n t o p a r a su recogida en m a y o y j u n i o . Los c a m p o s se p r e p a r a n de nuevo cada dos años, se cosechan dos veces y, luego, se dejan en b a r b e c h o arbustivo d u r a n t e tres o cinco a ñ o s antes de ser utilizados otra vez; al parecer el hecho de a ñ a d i r cenizas al suelo m a n tiene en gran m e d i d a la fertilidad. Después del desbroce inicial y de dejar secar las brozas, éstas se q u e m a n c u i d a d o s a m e n t e . Luego se excava u n a fosa de plantación, c u i d a n d o de retirar todas las raíces y las piedras, y se rellena con el suelo suelto y con el tubérculo. D u r a n t e el periodo de crecim i e n t o , de u n o s ocho meses, hay que d e s h e r b a r y cuidar el cultivo. Luego, a m e d i d a que se necesitan, se recolectan los ñ a m e s d e s t i n a d o s a la subsistencia y los destinados al i n t e r c a m b i o se cosechan y se a l m a c e n a n en estructuras especiales d u r a n t e u n o s seis meses. Debido a que la estacionalidad y el periodo de almacenaje de los ñam e s s o n b a s t a n t e c o r t o s , existe u n a t e m p o r a d a d e escasez, d u r a n t e l a cual son i m p o r t a n t e s los ñ a m e s a l m a c e n a d o s procedentes de plantaciones anteriores y u n a mezcla de otros cultivos. Los c a m p o s especiales de taro son c o m u n e s . Las plantaciones escalonadas de ñ a m e y taro a lo largo del a ñ o p r o p o r c i o n a n un periodo de cosecha extenso y cierta seguridad contra imprevistos que p u e d e n destruir un único cultivo. La seguridad en la e c o n o m í a de subsistencia es p r i m o r d i a l p a r a los h a b i t a n t e s de las Trobriand. Las islas, carentes de relieve p a r a captar lluvias y sin riachuelos p a r a la irrigación, se e n c u e n t r a n expuestas a sequías periódicas. Las historias de sequías y de h a m b r e son un lugar c o m ú n y la c o m i d a se exhibe en todos los eventos ceremoniales: funerales, m a t r i m o nios y d a n z a s c o m u n i t a r i a s . Tener c o m i d a da a la gente cierto sentido de bienestar, seguridad y orgullo. No tenerla «no es sólo algo que horroriza, sino algo de lo q u e u n o se avergüenza» (Malinowski, 1935: 82). H a y tres f o r m a s p r i n c i p a l e s de t r a t a r la a m e n a z a de la escasez de a l i m e n t o s . U n a es la de d i s e m i n a r la p r o d u c c i ó n a lo largo de t o d o el a ñ o al e s c a l o n a r las p l a n t a c i o n e s . La s e g u n d a , y q u i z á la m á s i m p o r t a n t e , es la s u p e r p r o d u c c i ó n s i s t e m á t i c a . El c a b e z a de familia, a n i m a d o p o r los jefes y los m a g o s de los c a m p o s y a p o y á n d o s e en la fuerte ética de la acumulación de comida como medida de prestigio personal, de m a n e r a rutinaria se afana por producir m á s comida que la necesaria p a r a c u b r i r las n e c e s i d a d e s de su familia. P u e s t o q u e los a ñ o s b u e n o s y m a l o s n o s e p u e d e n prever, este esfuerzo a d i c i o n a l n o s o l a m e n t e perm i t e a la familia sobrellevar un a ñ o m a l o , sino q u e t a m b i é n t i e n e c o m o r e s u l t a d o g r a n d e s e x c e d e n t e s en los a ñ o s n o r m a l e s y b u e n o s . Las implicaciones de estos e x c e d e n t e s p a r a la e c o n o m í a política se a n a l i z a r á n más adelante. La t e r c e r a f o r m a , a p e s a r de q u e su efectividad ha s i d o d i s c u t i d a (Powell, 1969), es la de distribuir el alimento entre poblados c o m o parte de la distribución ceremonial y la r u t i n a de intercambios e s t r u c t u r a d o s de regalos. A pesar de que tales c o m p o n e n d a s p u e d e n ser d e m a s i a d o limitadas p a r a prevenir la escasez en caso de un fracaso generalizado de cultivos,

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p r o b a b l e m e n t e p r o p o r c i o n a n cierto efecto m e d i a d o r y, a largo plazo, red u c e n el excedente requerido p a r a t o d o el sistema. La intensidad total de p r o d u c c i ó n agrícola requerida p o r la densidad de población, p o r razones de seguridad y (como veremos) p o r la rivalidad p o r la posición, se aprecia c l a r a m e n t e en la planificación y la regulación del ciclo agrario. El cultivo lo realiza un poblado, y participan diez familias o m á s . En p r i m e r lugar, el cabeza de la aldea o jefe va al e n c u e n t r o de su m a g o de los c a m p o s p a r a decidir la localización del t e r r e n o grande y p a r a repartir pedazos de éste a las familias individuales. Luego los h o m bres del p o b l a d o limpian, q u e m a n , vallan y p l a n t a n la sección, t r a b a j a n d o n o r m a l m e n t e j u n t o s e n u n g r u p o . E l m a g o d e los c a m p o s supervisa los p r i n c i p a l e s p a s o s en la p r e p a r a c i ó n de un t e r r e n o , en el c u i d a d o de las p l a n t a s y en la cosecha, e v a l u a n d o c u i d a d o s a m e n t e los esfuerzos y anim a n d o a los h o m b r e s a h a c e r un esfuerzo mayor. Los «campos oficiales» (legwota), cultivados p o r m i e m b r o s distinguidos de la c o m u n i d a d , ocup a n u n a p o s i c i ó n d e s t a c a d a d e n t r o del t e r r e n o agrícola; sirven a la vez t a n t o de centros del ritual agrícola c o m o de ejemplo p a r a t o d o s los campos de la sección. Mientras que en sociedades m á s simples la p r o d u c c i ó n de s u b s i s t e n c i a es u n a o c u p a c i ó n en g r a n m e d i d a de la familia, en las Trobriand las decisiones significativas respecto al cultivo se t o m a n lejos de ésta y se centralizan en el especialista en ritual. La guerra, a pesar de que a p a r e n t e m e n t e es m e n o s intensa que entre los enga, desde luego existe en las Trobriand (Powell, 1960). Los grupos locales l u c h a n entre sí al m e n o s en ciertas ocasiones, especialmente durante las h a m b r u n a s pero también, c o m o veremos, p o r objetivos políticos explícitos. La intensidad decreciente de la guerra refuerza el p u n t o de vista m á s general de Feil (1987) de que la evolución de las entidades políticas regionales regula la g u e r r a y crea las condiciones p a r a u n a p a z relativa. Los cacicazgos y las confederaciones caciquiles son zonas de paz que benefician a los grupos locales, al m i s m o t i e m p o q u e sostienen las instituciones emergentes de liderazgo. La intensificación del cultivo t a m b i é n ha llevado al comercio de los p r o d u c t o s de subsistencia. Los suelos de las islas p r e s e n t a n u n a fina capa de tierra sobre el coral y la fertilidad de un suelo depende de su grosor y su desarrollo. Algunas zonas, especialmente al norte de Kiriwina, son considerablemente m á s fértiles que otras. La productividad de los mejores suelos casi duplica la de los suelos m e d i a n o s y cuatriplica la de los suelos pobres (Austen, 1945: 18). Las comunidades que ocupan áreas muy productivas se c o n c e n t r a n en la p r o d u c c i ó n agrícola; la gente que habita en c o m u n i dades que poseen tierras m á s marginales es m á s probable que se especialice en la pesca o la artesanía, i n t e r c a m b i a n d o sus p r o d u c t o s p o r alimentos básicos. La pesca es la actividad especializada m á s destacada. Excepto en las zonas agrícolas m á s importantes, los poblados tienden a estar situados en la costa, d o n d e se practica t a n t o la pesca costera (en aguas poco profundas) c o m o la pesca a cierta distancia de la costa. Algunos pescados se camb i a n p o r ñ a m e s y otros p r o d u c t o s agrícolas. El desarrollo de este inter-

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c a m b i o local está descentralizado y escapa a la organización de los jefes; la gente de la costa y del interior comercia individualmente, utilizando tipos de i n t e r c a m b i o tradicionales. Desde luego, los jefes son i m p o r t a n t e s p a r a el comercio, a u n q u e sea de forma indirecta al m a n t e n e r la p a z entre comunidades. También son importantes la manufactura de hachas de piedra p u l i m e n t a d a , cestas y diversos objetos de m a d e r a tallada, así c o m o la liga, que se m a s c a con semillas de betel de efecto estimulante. El comercio con las otras poblaciones de las islas es i m p o r t a n t e p a r a la e c o n o m í a de las Trobriand. Estas islas coralinas no d i s p o n e n de ciertos bienes, c o m o los objetos de arcilla y la piedra p a r a las h a c h a s . Estos productos i m p o r t a d o s son significativos desde el p u n t o de vista económico; las h a c h a s de piedra, en particular, resultan esenciales p a r a u n a p r o d u c ción horticultora eficiente. Los p r o d u c t o s alimenticios i m p o r t a d o s , c o m o el sagú de Dobu, a ñ a d e n cierta v a r i e d a d a la dieta y p r o p o r c i o n a n u n a fuente nutritiva básica en los a ñ o s de extrema necesidad. El excedente de ñ a m e s generado en los años b u e n o s sirve p a r a obtener bienes en el intercambio kula (descrito m á s adelante) y, en los años malos, los bienes se pued e n intercambiar, directa o indirectamente, p o r la c o m i d a necesaria. En r e s u m e n , la población de las islas Trobriand se enfrenta a cuatro p r o b l e m a s e c o n ó m i c o s básicos, que derivan de la p r o d u c c i ó n intensiva de las p e q u e ñ a s islas coralinas: un riesgo alto de escasez alimentaria; la guerra intergrupal; u n a volubilidad considerable en la p r o d u c c i ó n de subsistencia, que precisa del intercambio interno, y u n a necesidad apremiante de c o m e r c i o externo, q u e tiene c o m o objetivo o b t e n e r a l i m e n t o s y p r o d u c t o s m a n u f a c t u r a d o s que no se e n c u e n t r a n disponibles a nivel local.

ORGANIZACIÓN SOCIAL

Patrón de asentamiento. El poblado de un jefe de rango superior presenta la mejor u n i d a d p a r a el análisis, con su disposición característica de casas y a l m a c e n e s (fig. 1 1 ) . La distribución de los espacios privados y públicos en el p o b l a d o refleja la división y la i n t e g r a c i ó n de las economías de subsistencia y política. El espacio privado, que rodea el poblado, contiene la residencia y las pequeñas estructuras de almacenamiento de las familias m i e m b r o s . La casa, c o n su e s p a c i o de r e s i d e n c i a , edificio de almacenaje y área de trabajo separados, es el centro de la e c o n o m í a doméstica. Los ñ a m e s procedentes del terreno de u n a familia se recolectan c u a n d o se necesitan y no se a l m a c e n a n (Weiner, 1976); sin e m b a r g o , los ñ a m e s recibidos d u r a n t e los intercambios obligatorios se colocan en u n a e s t r u c t u r a de a l m a c e n a m i e n t o cerrada. En el centro se e n c u e n t r a el espacio público y ceremonial, donde se localizan el c a m p o de danza, las estructuras de almacenaje y exhibición del jefe y su residencia. En el c a m p o de d a n z a se celebran las ceremonias que definen el carácter social del grupo y se exhibe su bienestar económico a los e x t r a ñ o s . Los g r a n d e s a l m a c e n e s centrales se c o n s t r u y e n dejando espacios abiertos entre los troncos de las paredes laterales p a r a permitir

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la visión de la riqueza c o n c e n t r a d a por el jefe y sus partidarios. Estos alm a c e n e s sirven p a r a financiar actividades caciquiles tales c o m o la organización de las ceremonias del poblado y la construcción de las canoas utilizadas en el comercio. La p r o p i a casa del jefe, similar a las otras, a u n q u e m á s grande, se encuentra en un extremo del c a m p o de danza central, desde d o n d e parece d o m i n a r las actividades de grupo del poblado. Otros a s e n t a m i e n t o s , sin jefes de r a n g o superior, no tienen un área pública central, a excepción de un c a m p o de d a n z a simple. Los asentam i e n t o s suelen formar a g r u p a c i o n e s , con un p o b l a d o principal q u e domina. En u n a escala m á s regional, u n o s pocos jefes h a n llegado a controlar extensas zonas y sus poblados son los m á s elaborados. De esta forma, el sistema de asentamiento se organiza jerárquicamente, de m o d o que existe un centro político d o n d e se c o n c e n t r a n los c a m p o s de danza públicos, las e s t r u c t u r a s de a l m a c e n a j e y de exhibición y las r e s i d e n c i a s de la élite, m á s grandes que las d e m á s . En estos casos, los factores ecológicos y espaciales se o p o n e n entre sí (Irwin, 1983). Dentro de u n a región, la centralidad de un a s e n t a m i e n t o d e t e r m i n a la posición de su líder; los poblados principales se localizan en los lugares con mejor acceso hacia otros poblados y así los jefes son capaces de dirigir la corriente de los distintos recursos. La productividad global de u n a región d e t e r m i n a la posición de su cacicazgo. La familia y el dala. La familia es la u n i d a d económica básica de la producción de subsistencia y de c o n s u m o . El t a m a ñ o m e d i o de u n a familia es de tan sólo 3,2 m i e m b r o s (Powell, 1960: 119) y se organiza c o m o familia nuclear con un esposo, u n a esposa y los hijos que no se han casado o que no se h a n t r a s l a d a d o a las casas de solteros del p o b l a d o . Cada familia posee su casa y sus estructuras de a l m a c e n a m i e n t o separadas y tiene u n a parcela de tierra propia, d o n d e crecen los alimentos que c o n s u m e n y el excedente de ñ a m e s p a r a el intercambio. La principal división del trabajo la d e t e r m i n a el sexo (Malinowski, 1929: 24-27). Los h o m b r e s realizan las actividades agrícolas m á s d u r a s : limpieza del terreno y construcción de las vallas y el s e m b r a d o ; son también los c o m e r c i a n t e s p r i n c i p a l e s y los especialistas en la c o n s t r u c c i ó n de c a n o a s y en la talla de m a d e r a . Las mujeres se e n c a r g a n del c a m p o (especialmente de a r r a n c a r las hierbas), recogen m o l u s c o s , p r e p a r a n la comida, cuidan de los niños y p r o d u c e n bienes c o m o esterillas o faldas hechas con hojas de b a n a n o (Weiner, 1976). Por lo general, los h o m b r e s dom i n a n las actividades d e s t i n a d a s a o b t e n e r c o m i d a y las mujeres se encargan de su preparación; el trabajo artesano se comparte pero se diferencia e n t r e a r t e s m a s c u l i n a s y f e m e n i n a s . C u a n d o se r e q u i e r e un trabajo com u n a l , l a familia o r g a n i z a l a división p r o d u c t i v a b á s i c a del t r a b a j o (Malinowski, 1935: 355). Por encima de la familia, la u n i d a d m á s i m p o r t a n t e es el p e q u e ñ o poblado, u n a población residencial de u n a s sesenta y cinco personas que norm a l m e n t e constituyen un dala (Weiner, 1976). El dala es un grupo social que posee un territorio que se utiliza p a r a las actividades agropecuarias;

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la pertenencia es matrilineal, pero la residencia es virilocal y algo complicada. E n t r e aquellos q u e deben residir con el cabeza del dala o «director» (ibíd.) se encuentra el hijo m a y o r de su h e r m a n a mayor, que es el siguiente en la línea de sucesión p a r a dirigir la aldea. En el poblado t a m b i é n viven algunos m i e m b r o s que no pertenecen al dala, quienes reciben tierra de manos del cabeza de la aldea, n o r m a l m e n t e sus propios hijos. El p e q u e ñ o pob l a d o e s p u e s u n g r u p o c o m p u e s t o d e h o m b r e s e m p a r e n t a d o s p o r vía matrilineal y de partidarios y sus familias. El poblado es importante tanto económica como políticamente. E c o n ó m i c a m e n t e , c o m o h e m o s visto, organiza y gestiona las actividades d e s i e m b r a . J u n t o c o n este ciclo agrícola p a u t a d o s e e n c u e n t r a u n sist e m a de ocupación de la tierra, b a s a d o en la propiedad del grupo, con derechos de reparto conferidos al líder (véase esp. Weiner, 1976). El dala posee la tierra, pero el líder del dala, al dirigir su reparto anual, controla de m a n e r a efectiva su acceso. Una familia puede obtener tierra solamente del líder, q u e goza de considerable libertad p a r a r e p a r t i r tierra a m i e m b r o s que no pertenecen al dala. Este vínculo entre el control de la o c u p a c i ó n de la tierra y la e c o n o m í a política en desarrollo a n u n c i a la base económ i c a de las jefaturas polinesias m á s institucionalizadas. El p e q u e ñ o poblado, m á s que un simple grupo familiar, se ha convertido en un grupo de soporte flexible políticamente. Además, el p o b l a d o está organizado ritualmente por su líder. Como h e m o s visto, puede designar a otro h a b i t a n t e c o m o su m a g o de los campos, pero el líder es el «propietario» de la magia —especialmente import a n t e en los trabajos agrícolas— e inicia las c e r e m o n i a s en el c a m p o de danza. El grupo local. De dos a seis poblados p e q u e ñ o s forman un g r u p o local o agrupación de poblados de u n a s trescientas personas. Este grupo es m u y endogámico; con anterioridad a la pacificación, la guerra estaba p r o h i b i d a entre las aldeas constituyentes. El m a t r i m o n i o entre m i e m b r o s de las aldeas ata la agrupación de poblados en u n a sola u n i d a d social int e r c o n e c t a d a p o r m u c h o s i n t e r c a m b i o s familiares, e s p e c i a l m e n t e los intercambios anuales de ñ a m e . Cada c a m p e s i n o cultiva varios c a m p o s de ñ a m e , algunos p a r a las necesidades de su familia y, al m e n o s u n o , p a r a el intercambio. Cuando la hija o la h e r m a n a de un h o m b r e se casa, se debe hacer un pago importante de ñ a m e s cada año al yerno o cuñado; Malinowski (1935) analizó este pago c o m o compensación a la mujer por sus derechos en el territorio del subclan, que a b a n d o n a cuando se u n e a la familia de su marido; Weiner (1976), como veremos, tiene u n a hipótesis diferente. Sea cual sea la explicación, el patrón de la endogamia y de los intercambios afines da como resultado u n a alta interdependencia económica dentro de la agrupación. A pesar de que estos intercambios no se p r o d u c e n en u n a región lo suficientemente grande como p a r a proteger al grupo contra un desastre económico importante, son de utilidad c u a n d o las cosechas fallan en un lugar o se da u n a incapacidad temporal de la fuerza de trabajo de u n a familia.

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El papel m á s i m p o r t a n t e de la agrupación del grupo local es político. Los distintos dala o poblados p e q u e ñ o s que c o m p o n e n la a g r u p a c i ó n se clasifican socialmente los u n o s con respecto a los otros y el líder del dala que o c u p a u n a posición m á s alta se convierte en el líder de la agrupación. Esto conlleva, al parecer, responsabilidades de liderazgo explícitas p a r a c o o r d i n a r las actividades del grupo en el ceremonial y en la defensa. A pesar de que el cargo no siempre se ocupa, se m a n t i e n e n las expectativas de que un candidato digno lo o c u p a r á a su debido tiempo. El líder de la agrupación está generosamente financiado al casarse con mujeres procedentes de distintos dala, de m a n e r a que obliga a sus parientes políticos masculinos a p r o p o r c i o n a r e n o r m e s cantidades de ñ a m e s , que luego se almacen a n p a r a su exhibición y se utilizan p a r a sostener eventos ceremoniales. Al m a n i p u l a r los lazos matrimoniales y de intercambio, un jefe puede convertir el apoyo de un grupo en lo que Malinowski (1935) llama u n a relación tributaria. Como con los t s e m b a g a o los enga centrales, la defensa p u e d e h a b e r sido u n a justificación p a r a este grupo territorial local. Con anterioridad a la pacificación británica, la g u e r r a era e n d é m i c a en las islas Trobriand. La agrupación, sin ser en sí m i s m a un grupo corporativo, estaba organizada c o m o u n i d a d defensiva; la guerra estaba prohibida dentro de la agrupación y se precisaba de la defensa m u t u a . En la e c o n o m í a política en desarrollo, la guerra entre jefes políticamente poderosos sirvió para establecer y m a n t e n e r la posición privilegiada de u n a agrupación. Por ejemplo, en 1885 el jefe dirigente de O m a r a k a n a declaró la g u e r r a a un jefe vecino que se había negado a darle u n a esposa y, c o m o consecuencia, a aceptar u n a relación tributaria; el jefe de O m a r a k a n a ganó y asoló los poblados del jefe d e r r o t a d o (Powell, 1960). Como discutiremos en el caso de las islas H a w a i en el capítulo 11, en los cacicazgos la g u e r r a se ve t r a n s f o r m a d a desde la simple competencia p o r la tierra a la competencia por el p o d e r y p o r el control que implica sobre la tierra y el trabajo. Las relaciones regionales y los cacicazgos. La importancia de la competencia política entre jefes p o r el control regional de los grupos ayuda a distinguir el caso de las islas Trobriand de los sistemas de gran h o m b r e descritos en el capítulo 8. Un jefe de alto rango p u e d e extender su base de a p o y o e c o n ó m i c o y su á r e a de c o n t r o l político c a s á n d o s e c o n m u j e r e s de otras agrupaciones de poblados y recibiendo, c o m o resultado, u n a aportación de ñ a m e s equivalente casi a un pago de tributo. Según Malinowski (1935), tanto el n ú m e r o de esposas que se le p e r m i t e n c o m o el m o n t o de los pagos de ñ a m e d e p e n d e de la posición del m a r i d o . Si éste es un jefe de alto rango, el pago de ñ a m e s es considerablemente m á s alto y se pide a todos los m i e m b r o s masculinos del dala de la mujer que p r o p o r c i o n e n ñ a m e s . Al casarse con m u c h a s mujeres procedentes de los diferentes dala de u n a amplia región, un jefe de alto rango acaba convirtiéndose en el centro de un extenso sistema de movilización. El alcance potencial de este sist e m a está ilustrado p o r el poderoso jefe de O m a r a k a n a en los años treinta, al que Malinowski (1935) atribuye ¡unas o c h e n t a mujeres!

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Weiner (1976) señala que el flujo de ñ a m e s hacia los jefes se ve equilibrado por importantes intercambios recíprocos de bienes, y especialmente por la gran distribución de «riqueza femenina» —faldas y haces de hojas de b a n a n o — en las c e r e m o n i a s funerarias del dala de un h o m b r e donador de ñ a m e s . En esencia, un h o m b r e que recibe ñ a m e s en n o m b r e de su esposa está obligado a comprarle bienes femeninos p a r a distribuirlos en estas ceremonias. La distribución de riqueza que la esposa hace en la cer e m o n i a funeraria es así u n a m e d i d a de su r e n o m b r e y de su fiabilidad en un sistema m á s amplio de intercambio y exhibición ceremoniales. Un jefe y sus esposas establecen relaciones recíprocas, d e n t r o de las cuales ellas son esenciales p a r a la ambición política. Las obligaciones familiares y la posición ceremonial de las mujeres p e r m i t e n la movilización de un excedente político y la exhibición del prestigio. Sahlins (1963) encontró dos p u n t o s principales de contraste entre los tipos ideales del sistema melanesio de g r a n h o m b r e y el cacicazgo polinesio: el t a m a ñ o de la entidad política y la naturaleza del liderazgo. La entidad política del gran h o m b r e es generalmente p e q u e ñ a (consiste en u n o s pocos centenares de personas); las unidades mayores tienden n o r m a l m e n t e a fragmentarse en facciones independientes. El liderazgo se basa en la demostración de las aptitudes personales d u r a n t e exhibiciones competitivas, en las que un h o m b r e r e p r e s e n t a al g r u p o que lo respalda (como en los ejemplos de los enga y de los indios de la costa noroeste de N o r t e a m é r i c a estudiados en el capítulo 8). Una jefatura es n o r m a l m e n t e mayor; se alcanza m e d i a n t e la organización de c o m u n i d a d e s locales en u n a j e r a r q u í a regional b a s a d a en el r a n g o h e r e d a d o de sus respectivos líderes. Los cargos de liderazgo implican funciones con derechos y obligaciones explícitas e inherentes. De esta forma, los jefes «llegan a un poder», que está revestido de u n a s funciones; m á s que c o n s t r u i r un poder, c o m o hacen los g r a n d e s h o m b r e s , a l r e u n i r u n séquito p e r s o n a l . L a p o s i c i ó n social e n los cacicazgos es heredada, b a s a d a en u n a posición genealógica de un individuo d e n t r o de u n a j e r a r q u í a social, y el acceso al poder a través de los c a r g o s se ve en c o n s e c u e n c i a c o n f i n a d o a d e t e r m i n a d o s p e r s o n a j e s de la élite. El liderazgo entre los habitantes de las islas Trobriand presenta u n a forma intermedia entre la variabilidad del gran h o m b r e de Nueva Guinea y el jefe polinesio (Powell, 1960). Tanto local, c o m o regionalmente, la posición social se basa en el r a n g o establecido del dala de u n a persona, que a la vez se e n c u e n t r a d i c o t o m i z a d o en s u b g r u p o s de élite y de plebeyos. Solamente un h o m b r e nacido en un dala de alto rango puede acceder al p o d e r El líder del dala (si hay m á s de u n o ) de m á s alto rango de un poblado es el líder del p o b l a d o entero; el líder de poblado del dala de m á s alto rango de u n a agrupación es el líder de ésta. El líder de u n a agrupación de poblados de u n o de los dala de m á s alto rango de la región p u e d e entonces utilizar los privilegios de su r a n g o p a r a adquirir múltiples mujeres y p a r a extender regionalmente su base de p o d e r y así formar un grupo de apoyo de hasta varios miles de m i e m b r o s . Este p a t r ó n de prestigio heredado, de funciones políticas establecidas y de integración regional iden-

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tífica la sociedad de las Trobriand c o m o un cacicazgo, pero con elementos de un sistema b a s a d o en el p a t r ó n de gran h o m b r e . Las relaciones externas y el kula. Más allá del nivel de agrupación, el prestigio de un jefe se b a s a no sólo en el r a n g o de sus dala sino t a m b i é n en su p a r t i c i p a c i ó n c o n éxito en eventos c e r e m o n i a l e s m u y politizados, de m a n e r a señalada las cosechas competitivas de ñ a m e s y los viajes kula. Como h e m o s visto, un jefe de alto rango, casado en varios subclanes locales, obtiene a c a m b i o ñ a m e s de u n a amplia región que lo apoya; cada p r e s e n t a c i ó n d e ñ a m e s e a c o m p a ñ a con u n a b i e n v e n i d a ceremonial del que la p r e s e n t a y con la exhibición de los ñ a m e s en e n o r m e s pilas antes de que s e a n a l m a c e n a d o s en las casas del ñ a m e del jefe. Los ñ a m e s son u n a m e d i d a directa del poder productivo del grupo de apoyo de un jefe y el principal capital con el que financiar sus movimientos políticos futuros. Al exhibirlos de esta m a n e r a , en contraste con los a l m a c e n e s privados y cerrados de la gente c o m ú n , el jefe afirma su p o d e r económico. Los viajes kula se realizan con fines de i n t e r c a m b i o ceremonial entre los h a b i t a n t e s de las T r o b r i a n d y las p o b l a c i o n e s de o t r a s islas. En las Trobriand, un jefe de alto r a n g o organiza estos viajes e i m p o n e la participación de todas las canoas que pertenecen a los jefes de su distrito kula. Después de u n a a c u m u l a c i ó n p r e l i m i n a r de riquezas y bienes, las canoas zarpan, deteniéndose p r i m e r o en u n a p e q u e ñ a isla d o n d e el jefe iniciador distribuye c e r e m o n i a l m e n t e c o m i d a a los participantes. Al día siguiente las c a n o a s se dirigen a la isla en d o n d e se c e l e b r a r á n los i n t e r c a m b i o s . El kula es un sistema de intercambio tradicional bien descrito (Belshaw, 1955; Leach y Leach, 1983; Malinowski, 1922). Las islas que participan cubren u n a extensión relativamente grande de océano al este de Nueva Guinea ( a p r o x i m a d a m e n t e 210 millas de norte a sur y 270 millas de este a oeste) e i n t e r c a m b i a n m u c h o s bienes útiles y de valor. Los bienes m á s i m p o r tantes en tiempos de Malinowski eran los collares de conchas (soulava o bagi) y p a r e s de brazaletes de conchas de conos (mwali). Los dos bienes circulaban p a r a su i n t e r c a m b i o y en sentidos opuestos alrededor del anillo de islas: el soulava según las manecillas del reloj y el mwali en sentido c o n t r a r i o (Malinowski, 1922: m a p a V). E n t r e los objetos d e s t i n a d o s al uso d e s t a c a b a n los cuencos de c e r á m i c a y de m a d e r a tallada y m a t e r i a s p r i m a s c o m o la piedra p a r a las h a c h a s y p r o d u c t o s agrícolas. Los bienes del kula extienden el p o d e r político en las Trobriand. Aun estando severamente limitadas en sus posibilidades de intercambio, form a n u n a esfera s e p a r a d a de comercio (cf. B o h a n n a n , 1955). Puesto que los objetos kula sólo se p u e d e n i n t e r c a m b i a r entre sí, los jefes p u e d e n controlar su distribución. Con la institucionalización de los cacicazgos, los bienes de prestigio se vuelven cada vez m á s i m p o r t a n t e s p a r a su exhibición y el control sobre su distribución acaba siendo p a r t e insustituible de la estrategia política (Earle, 1982). En u n o de los largos viajes kula característicos, u n a flotilla de canoas de las islas Trobriand llega a u n a isla, c o m o Dobu, d o n d e los isleños de las Trobriand se alinean de a c u e r d o con su rango social y los habitan-

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tes de Dobu les d a n la bienvenida de m a n e r a ceremonial. Los t r o b r i a n d luego se dispersan entre las aldeas d o b u p a r a encontrarse con sus socios comerciales. En algunos casos, un socio ha recibido con anterioridad un regalo p o r parte de un t r o b r i a n d y debe a h o r a devolverlo con un bien de valor equivalente; en otros casos, los t r o b r i a n d se acercan a un socio y le solicitan un bien deseado m e d i a n t e regalos de alimentos o de artesanía. Entonces, los d o b u p u e d e n entregarles ese bien, con la esperanza de que les sea devuelto el regalo en su p r ó x i m o viaje a las Trobriand. D u r a n t e la entrega de bienes i m p e r a un estricto decoro: se m e n o s precia o s t e n t o s a m e n t e la calidad de un regalo recibido y se exagera la calidad del regalo entregado, con vistas a a u m e n t a r la i m p o r t a n c i a de u n a p e r s o n a o de un grupo al atribuir un valor m a y o r a sus bienes q u e a los de sus socios comerciales. Al m i s m o t i e m p o q u e se i n t e r c a m b i a n estos bienes, se t r u e c a n los bienes útiles procedentes de las distintas islas. Así, el viaje kula crea lo que, en esencia, es un m e r c a d o , en el que personas de diferentes regiones i n t e r c a m b i a n alimentos y especialidades locales con todos los asistentes, negociando la equivalencia del i n t e r c a m b i o m e d i a n t e el regateo. Cuando h a n terminado con su negocio, los trobriand zarpan para casa, a m e n u d o p a r á n d o s e en varias islas en su c a m i n o de vuelta. Antes de des e m b a r c a r en las Trobriand, la flotilla p a r a de nuevo en la p e q u e ñ a isla y se lleva a c a b o u n a exhibición r e l a t i v a m e n t e especial de los b i e n e s . Tal y c o m o lo describió Malinowski (1922: 375): «de cada canoa, se extienden u n a o dos esterillas sobre la a r e n a de la playa y los h o m b r e s p o n e n sus collares sobre aquéllas. De esta m a n e r a , se exhibe u n a larga hilera de artículos en la playa, mientras los m i e m b r o s de la expedición c a m i n a n arriba y abajo, los a d m i r a n y los cuentan. Los jefes, desde luego, t e n d r á n siempre el m a y o r conjunto de bienes, m u y especialmente el que ha sido el toli' uvalaku en aquella expedición». Esta exhibición constituye u n a m e d i d a directa del éxito individual en el kula y, después del viaje, r á p i d a m e n t e se difunden a través de las c o m u n i d a d e s voces de descontento y de logros personales. La competencia y la exhibición son partes integrantes de las m a n i o b r a s políticas de los individuos, en especial de los jefes. Al a n i m a r a la producción y m a n e j a r el intercambio, un jefe d e m u e s t r a p ú b l i c a m e n t e su habilidad política y la c a p a c i d a d e c o n ó m i c a del g r u p o q u e lo respalda. El éxito t a n t o en la p r o d u c c i ó n c o m o en el i n t e r c a m b i o d e p e n d e de la iniciativa y el manejo de todos los participantes. En el kula, p o r ejemplo, a pesar de que los bienes viajan en las direcciones prescritas, se p o n e m u cho cuidado y discernimiento en seleccionar a un destinatario específico de entre todos aquellos que lo desean. Al d a r los bienes y regalos solicitados, un jefe calcula el posible r e n d i m i e n t o tanto en bienes futuros, como en un m a y o r prestigio p a r a él y su grupo. A pesar de que el prestigio se adscribe a un líder según su afiliación a un dala, su r e n o m b r e p u e d e verse o bien acrecentado o bien e m p a ñ a d o p o r sus éxitos y sus fracasos en las ceremonias públicas de exhibición. En efecto, d i c h o s éxitos y fracasos p u e d e n alterar el r a n g o del m i s m o dala

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(Uberoi, 1962), ya que la rivalidad p o r el prestigio ajusta la posición política y social.

Conclusiones ¿Por q u é la estratificación incipiente y la institucionalización de las j e r a r q u í a s políticas evolucionó en las islas Trobriand y no en sociedades en apariencia similares? Por dos razones, que derivan respectivamente de la e c o n o m í a política y de la e c o n o m í a de subsistencia. En p r i m e r lugar, respecto a la e c o n o m í a política, la diferenciación social inherente al liderazgo institucionalizado está garantizada en las Trobriand p o r un acceso diferencial a los medios de p r o d u c c i ó n y de distribución. El comercio exterior, como h e m o s visto, es esencial, tanto p a r a la econ o m í a política c o m o p a r a la e c o n o m í a de subsistencia y los jefes son capaces de m o n o p o l i z a r este comercio m e d i a n t e la propiedad de las canoas, aptas p a r a navegar en el m a r (Burton, 1975). Estas canoas comerciales son t é c n i c a m e n t e complejas: consisten en un gran tronco vaciado, u n a tabla libre, a r m a z ó n y balancín, un mástil y u n a vela de hojas de árboles pandanáceos; tienen de nueve a diez m e t r o s y m e d i o de largo y son capaces de t r a n s p o r t a r a doce h o m b r e s y cargas pesadas de bienes. Fabricar u n a c a n o a comercial requiere la atención m i n u c i o s a de un especialista y un trabajo m a n u a l y ritual considerable, y solamente los jefes de r a n g o superior, con acceso a los ñ a m e s y a los bienes, se p u e d e n permitir tal gasto. De esta forma, el control sobre la p r o d u c c i ó n y el intercambio, posible en b u e n a m e d i d a gracias al control sobre el capital, ha llevado a la estratificación social y a u n a élite que se p e r p e t ú a a sí m i s m a . A pesar de esto, como Malinowski (1935) se aprestó a reconocer, los jefes son de igual m a n e r a indispensables en las vidas cotidianas de los trobriand. N o r m a l m e n t e las islas p e q u e ñ a s son ecológicamente inestables y p o b r e s en r e c u r s o s . C o m o estrategia de gestión del riesgo, los jefes trob r i a n d a c t ú a n c o m o «banqueros tribales», invirtiendo el excedente disponible en un a ñ o n o r m a l o en un b u e n a ñ o en bienes de capital c o m o las canoas; en el comercio exterior p a r a conseguir materias y p r o d u c t o s artesanos de p r o d u c c i ó n no local; en las ceremonias políticas que d e t e r m i n a n el prestigio individual y del grupo, y en bienes de valor. En un m a l año, c u a n d o no hay excedente, la gestión de la producción p o r parte del jefe garantiza unos mínimos para cubrir las necesidades de subsistencia. Asimismo, los jefes, al establecer y m a n t e n e r relaciones comerciales a través del sist e m a de i n t e r c a m b i o kula, p r o p o r c i o n a n acceso a los mercados, lo cual es esencial p a r a el b u e n funcionamiento de la economía local: en estos mercados, en los a ñ o s b u e n o s , se puede i n t e r c a m b i a r el excedente alimentario p o r u n a amplia g a m a de p r o d u c t o s y estos bienes, en los años malos, se p u e d e n i n t e r c a m b i a r p o r comida. El p o d e r y el prestigio del jefe t r o b r i a n d d e p e n d e de la centralización y el control de la economía. Como h e m o s visto, este control es resultado de los requerimientos t a n t o del i n t e r c a m b i o a larga distancia c o m o

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de la gestión de riesgo. Una vez ese hicieron con el control, los jefes lo extendieron p a r a incluir los monopolios sobre la p r o d u c c i ó n de ciertos recursos clave, generalmente preciados p o r la población, entre ellos el coco (importante especialmente p o r su aceite, q u e escasea en la dieta), granos de betel ( m a s t i c a d o c o m o estimulante), cerdos ( u n a fuente principal de proteína y grasa) y h a c h a s de piedra (importantes p a r a desbrozar la tierra p a r a cultivar). Los cocoteros, los beteles y los cerdos eran, al parecer, p r o piedad exclusiva de los jefes (Austen, 1945; Malinowski, 1935) y las hachas, hechas de piedra importada, los pulían especialistas que trabajaban también p a r a los jefes (Malinowski, 1935). En palabras m á s simples, la e c o n o m í a de subsistencia de las frágiles y aisladas islas T r o b r i a n d no p o d í a intensificarse c o n éxito sin el liderazgo p a r a gestionar el ciclo productivo y el i n t e r c a m b i o externo. E s t a s condiciones p o r sí solas no p r o d u c e n jefes, sino que es el proceso de intensificación en ciertas situaciones el que ofrece posibilidades p a r a el control. En las Trobriand estas posibilidades incluyen el sistema de posesión de la tierra, el excedente almacenable y el capital tecnológico p a r a el comercio. Es m e d i a n t e el control de tales elementos de la e c o n o m í a de subsistencia q u e aparece y se p e r p e t ú a un cacicazgo.

CAPÍTULO 11

EL CACICAZGO COMPLEJO

Los t r o b i a n d r e p r e s e n t a n cacicazgos r e l a t i v a m e n t e simples, construidos sobre la estructura y la ideología del g r u p o de parentesco (dala) y sus relaciones afines. En este capítulo e x a m i n a r e m o s los cacicazgos m á s complejos de H a w a i y el caso especial de los basseri de Irán. Puesto que la Polinesia a b a r c a todo el espectro de los cacicazgos, desde el simple al complejo, desde entidades políticas de varios cientos de p e r s o n a s a u n a de cien mil, r e s u l t a r á útil h a b l a r de los polinesios en general, a n t e s de e x a m i n a r en detalle los cacicazgos inusuales y complejos de Hawai, que r e p r e s e n t a n el m á x i m o grado de desarrollo evolutivo de la Polinesia. Las dispersas islas de la Polinesia se extienden desde Tonga y Samoa, p a s a n d o p o r la isla de Pascua y Nueva Zelanda, h a s t a la c a d e n a h a w a i a n a . A lo largo de esta i n m e n s a región del Pacífico se e n c u e n t r a n agrupaciones de islas, a m e n u d o a gran distancia de su g r u p o de islas vecinas m á s próximo. Tales islas varían m u c h o de t a m a ñ o , desde la gran superficie de Nueva Zelanda (que c o m p r e n d e 270.000 kilómetros c u a d r a d o s ) a los dim i n u t o s islotes de coral de los t u a m o t u s , justo p o r debajo del ecuador, y t a m b i é n varían m u c h o de clima, desde el t e m p l a d o al tropical. Los grupos de islas mayores, tales c o m o las H a w a i y las islas de la Sociedad, están d o m i n a d a s p o r cadenas de volcanes; oscilan de t a m a ñ o , desde las islas jóvenes m á s grandes, c o m o H a w a i (10.450 kilómetros cuadrados), a los p e q u e ñ o s vestigios erosionados y atolones de coral. Con anterioridad al contacto europeo, estas tierras aisladas fueron colonizadas y habitadas por los polinesios; sus orígenes c o m u n e s se trazan, de u n a isla a otra, en las similitudes considerables de lenguaje, cultura material, prácticas de subsistencia y d e m á s rasgos. En relación a nuestro propósito, el elemento m á s i m p o r t a n t e de las culturas polinesias es su organización sociopolítica en cacicazgos. Las diferencias entre estas entidades políticas oceánicas n o s a y u d a n a e n t e n d e r los procesos implicados en el desarrollo de los cacicazgos q u e se sitúan en el u m b r a l m i s m o del nivel estatal. El principio de desigualdad social, basado en el r a n g o heredado, fue fundamental para la organización de los cacicazgos polinesios. Cada cacicazgo estaba compuesto por un clan cónico con linajes insertados (fig. 12). La línea principal, señalada por un trazo negro m á s grueso, estaba repre-

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

FIG.

12.

Estructura cónica del clan

de

un

cacicazgo polinesio.

sentada idealmente por el primer hijo del primer hijo del p r i m e r hijo, etcétera. Las líneas secundarias estaban fundadas por los hijos segundo y tercero, cuyos descendientes formaron los linajes del clan (cf. Kirchhoff, 1955). La categoría de un h o m b r e y su grupo de ascendencia se basaba en el orden de su nacimiento dentro de la familia: la línea que descendía del segundo hijo tenía un rango inferior a la del primer hijo, y así sucesivamente. En teoría, cada p e r s o n a y c a d a linaje d e n t r o del s i s t e m a tenía u n a única posición b a s a d a en la distancia a la línea principal; c u a n t o m á s cercana a ésta, m á s alto era el rango (como se m u e s t r a en los n ú m e r o s de la figura 12). En la práctica, la categoría tendía a estar restringida al grupo de los jefes compuesto p o r la línea principal; las líneas secundarias en m u y p o c a s ocasiones se m o l e s t a b a n en calcular las distinciones de r a n g o . A p e s a r de q u e los títulos de los jefes n o r m a l m e n t e se h e r e d a b a n patrilinealmente, u n a línea no era exógama y la pertenencia era frecuentemente cognaticia. M u c h a s líneas secundarias, descontentas con su r a n g o inferior en el clan, crearon por sí m i s m a s un cacicazgo local independiente. Estos cacicazgos compitieron agresivamente por el control de las tierras y de los plebeyos, y el rango acabó siendo m á s d e t e r m i n a d o p o r la posición genealógica y p o r la d o m i n a c i ó n política, r e s u l t a d o de la g u e r r a de c o n q u i s t a (Goldman, 1970). En cada nivel de la jerarquía social de los grupos, la línea principal de r a n g o m á s alto ejercía el liderazgo. El jefe de la línea principal de un grupo local organizaba y dirigía las actividades del grupo. Cuando los grupos locales se organizaron en entidades regionales, el jefe local de r a n g o m á s alto c o o r d i n a b a los ciclos ceremoniales regionales y las operaciones militares. El jefe polinesio era a la vez u n a p e r s o n a sagrada, í n t i m a m e n t e u n i d a a los dioses ancestrales y m e d i a d o r en los ceremoniales, y un líder secu-

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lar, r e s p o n s a b l e de o r g a n i z a r la acción militar, de dirigir las actividades e c o n ó m i c a s y de decidir en las d i s p u t a s i n t e r n a s . Puesto que c u a l q u i e r actividad que precisaba la actuación conjunta del grupo se hallaba en los dominios del jefe, sus aspectos seculares y religiosos se e n c o n t r a b a n m u y unidos y se reforzaban m u t u a m e n t e . En el cacicazgo polinesio existieron funciones explícitas de liderazgo y cargos m a r c a d o s p o r u n a categoría especial, t a n t o si e s t a b a n p e r m a n e n t e m e n t e o c u p a d o s c o m o si no. Cada grupo en u n a jerarquía de grupos establecida ( c o m u n i d a d local, distrito, cacicazgo insular) tenía tales funciones, con las funciones de los subgrupos escaladas según las relaciones de rango. En la figura 12, los n ú m e r o s 1, 5, 9 y 13 son cabezas de linajes; el 5 se s u b o r d i n a al 1, que es el líder de un segmento grande, y el 13, al 9. Todos se s u b o r d i n a n al 1, el jefe s u p r e m o del clan cónico. En términos generales, cada cargo transmitía a su titular tanto el derecho a movilizar el trabajo y los bienes que se necesitaban, c o m o el de sostenerse a sí m i s m o y a sus parientes y el de cumplir con sus obligaciones, así c o m o la obligación de m a n t e n e r el o r d e n y la productividad del grupo. Los que d e s e m p e ñ a b a n tales funciones se implicaban explícitamente en la realización de las ceremonias, que se c o n s i d e r a b a n imprescindibles p a r a satisfacer las obligaciones rituales para con los dioses; en el m a n t e n i m i e n t o de u n a posición militar fuerte y del o r d e n interno, y en la creación y el m a n t e n i m i e n t o de las infraestructuras productivas, tales c o m o los sistem a s de irrigación, los c a m p o s en terrazas y los viveros de peces. Los cacicazgos polinesios estuvieron financiados p o r la redistribución, u n a forma de imposición tributaria (Earle, 1977). Debido a las prerrogativas del cargo, los jefes p u d i e r o n a m a s a r bienes básicos p r o d u c i d o s p o r los plebeyos. Parte de estos bienes fueron retenidos p o r los jefes p a r a su uso p e r s o n a l , p e r o la m a y o r p a r t e se utilizaron p a r a c o m p e n s a r a la gente que trabajaba p a r a ellos en las distintas actividades necesarias p a r a satisfacer las o b l i g a c i o n e s del jefe y p a r a m a n t e n e r su p o s i c i ó n d o m i n a n t e y su estilo de vida i m p o n e n t e . En la Polinesia, el continuo desde los cacicazgos simples a los complejos estuvo bien representado (Goldman, 1970; Sahlins, 1958). En efecto, la etnografía polinesia presenta u n a o p o r t u n i d a d magnífica para considerar c ó m o u n a organización sociopolítica globalizadora puede m a n t e n e r s e a pesar de sus tendencias inherentes a la fragmentación. Como hemos visto, las unidades políticas a m e n u d o se rompen según las líneas de linaje, cuando la línea principal de un linaje de m e n o r r a n g o (por ejemplo, el n ú m e r o 9 en la figura 12) se convierte en un cacicazgo s e p a r a d o que compite con la línea principal original (representada p o r el n ú m e r o 1). En algunas islas, c o m o las M a r q u e s a s (Handy, 1923) y las Tongareva (P. Buck, 1932), los cacicazgos n o r m a l m e n t e se fragmentaron en p e q u e ñ a s entidades políticas d e u n millar d e p e r s o n a s a p r o x i m a d a m e n t e . E n o t r a s , c o m o las Tonga (Kirch, 1980) o las Hawai, los cacicazgos se expandieron hasta i n c o r p o r a r a poblaciones que alcanzaban cifras de decenas de miles. Entonces, ¿cuáles fueron las condiciones que desalentaron la fragmentación?, porque fuer o n éstas las que permitieron el crecimiento del t a m a ñ o del sistema poli-

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tico y el desarrollo de nuevas instituciones p a r a resolver los p r o b l e m a s creados por esta nueva escala.

Caso 13. L o s i s l e ñ o s de las Hawai En el m o m e n t o del p r i m e r contacto (en 1778), las islas Hawai tenían u n a población de unas doscientas o trescientas mil personas (Nordyke, 1989; Schmitt, 1971), dividida en cuatro grandes cacicazgos, que competían entre sí. Éstos, que los investigadores (Earle, 1978; Goldman, 1970; H o m m o n , 1976; Sahlins, 1958, 1972) consideran que representan el estadio m á s alto de desarrollo sociopolítico en la Polinesia, se e x a m i n a r á n aquí en un esfuerzo p o r descubrir los factores responsables de la evolución de los cacicazgos h a s t a el u m b r a l de la sociedad estatal. La complejidad de los cacicazgos h a w a i a n o s se percibe en su estratificación social y en sus instituciones regionales desarrolladas. La sociedad estaba dividida de m a n e r a rígida en dos clases, los plebeyos y los jefes. Los primeros e r a n los campesinos, los pescadores y los artesanos. Sus genealogías eran cortas, r a r a m e n t e c o n t a b a n m á s allá de la generación de los abuelos, siendo su rango y su organización entre familias informales y ad hoc. Cierto n ú m e r o de familias e m p a r e n t a d a s p o d í a n vivir j u n t a s y coop e r a r en e m p r e s a s económicas c o m u n e s , a u n q u e no existen p r u e b a s de la existencia de un linaje o u n a e s t r u c t u r a corporativos p a r a los plebeyos. Algunos de estos fueron grandes hombres, en el sentido de que fueron campesinos y organizadores de éxito, alrededor de los cuales se a g r u p a r o n pequeños grupos de familias de la c o m u n i d a d (Sahlins, 1992: 208). Sin embargo, dichas c o m u n i d a d e s , c o m o los poblados campesinos d e n t r o de los estados, se o r g a n i z a b a n con rasgos igualitarios, establecidos dentro de la jerarquía regional del cacicazgo. Por el contrario, los jefes se organizaban en varios grupos de ascendencia dirigentes, asociados a las islas m a y o r e s de Kauái, Oahu, Maui y Hawai. En teoría, el rango de u n a p e r s o n a y, p o r extensión, sus derechos a un cargo y al sostén de los jefes e m p a r e n t a d o s con él, estaba determin a d o por la distancia a la línea principal. Sin embargo, esta distancia no se calculaba con facilidad, ya que u n a p e r s o n a recibía su categoría t a n t o a través de su m a d r e c o m o de su p a d r e y, de a c u e r d o con esto, los jefes c o n t r a t a b a n especialistas p a r a evaluar las d e m a n d a s de los individuos a cierto r a n g o y posición. El m a t r i m o n i o era i m p o r t a n t e c o m o m e d i o p a r a a u m e n t a r la categoría de los vástagos. Un jefe de la élite solamente se podía casar con u n a mujer de la élite y un jefe de alto r a n g o era polígamo, tanto d e n t r o de su propia línea dirigente, p a r a hacer m á s sólida la posición política de sus hijos, c o m o fuera de su línea, p a r a construir alianzas con otras líneas. La competencia p o r las posiciones de poder era encarnizada y el m a t r i m o n i o y la d e s c e n d e n c i a e s t a b a n m u y politizados y planeados con s u m o cuidado. Las mujeres eran fichas políticas clave que mantenían sus posiciones c o m o jefes de la c o m u n i d a d , pero el jefe s u p r e m o siempre era un h o m b r e , a pesar de que podía llegar al poder a través de

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los derechos a un cargo heredados de su mujer (véase Earle 1978 p a r a los ejemplos de Kauai). La población estimada p a r a los cacicazgos prehistóricos h a w a i a n o s oscila de u n o s treinta mil (en Kauai y Niihau) a u n o s cien mil (en Hawai). N o r m a l m e n t e u n ú n i c o cacicazgo complejo g o b e r n a b a u n a isla g r a n d e j u n t o con las islas m á s p e q u e ñ a s e s t r e c h a m e n t e asociadas. A pesar de que se llevaron a c a b o i n t e n t o s de e x t e n d e r el c a c i c a z g o m e d i a n t e la c o n quista de o t r a s islas m a y o r e s , éstos h a b i t u a l m e n t e f r a c a s a r o n d e b i d o a las dificultades de control de poblaciones tan grandes y t a n a m p l i a m e n t e separadas.

EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA

Las H a w a i consisten en siete g r a n d e s islas localizadas al n o r t e de la p a r t e c e n t r a l del Pacífico, j u s t o e n t r e los t r ó p i c o s , a 20° N de l a t i t u d . Este archipiélago, aislado de otras g r a n d e s m a s a s de tierra emergida p o r m á s de tres mil kilómetros de o c é a n o , está c o m p u e s t o p o r los picos de u n a c a d e n a m o n t a ñ o s a de origen volcánico. La edad geológica de las islas, y c o m o consecuencia el alcance de su erosión, varía en g r a n m e d i d a . La isla m a y o r de las H a w a i todavía tiene volcanes activos y su amplia superficie en pendiente tiene pocos valles y arroyos p e r m a n e n t e s . Por el contrario, K a u a i está m u y e r o s i o n a d a y tiene profundos c a ñ o n e s que llevan el agua desde las m o n t a ñ a s centrales al mar. La m a y o r p a r t e de los suelos son de origen volcánico, a u n q u e los m á s productivos son los aluviones que se e n c u e n t r a n en los valles erosionados y a lo largo de las llanuras de la costa, en las bocas de los valles. La cantidad de suelo aluvial varía m u c h í s i m o , en función del desarrollo del sistema hidráulico (véase Earle, 1980b; Kirch, 1977). Las precipitaciones son otro factor i m p o r t a n t e en la variación m e dioambiental. A nivel del mar, las precipitaciones anuales esperadas en esta zona del Pacífico son de a l r e d e d o r de 150 m i l í m e t r o s . Sin e m b a r g o , la distribución de esta lluvia es desigual, debido a los distintos t a m a ñ o s de las islas. En la parte de las islas que queda a favor del viento, la lluvia norm a l m e n t e oscila entre los 150 m i l í m e t r o s en la costa a trescientas y los 750 milímetros o m á s en las m o n t a ñ a s centrales; en la p a r t e r e s g u a r d a d a del viento, las precipitaciones son m u c h o m á s reducidas, apenas u n a llovizna q u e a m e n u d o deja m e n o s de 50 m i l í m e t r o s . La v a r i a c i ó n de las precipitaciones y los suelos es un factor d e t e r m i n a n t e de las diferentes estrategias de subsistencia locales. Como h e m o s visto, la densidad de población p a r a las siete islas en el m o m e n t o del p r i m e r contacto ha sido estimada en quince personas p o r kilómetro c u a d r a d o . A pesar de ello, la m a y o r parte del terreno de las islas es a b r u p t o y accidentado y b u e n a p a r t e o bien se e n c u e n t r a a d e m a s i a d a altitud o bien es d e m a s i a d o seco p a r a las plantaciones de raíces tropicales que los h a w a i a n o s cosechan. En cotas m á s bajas, d o n d e se concentra la m a y o r parte de la población ( n o r m a l m e n t e en u n a distancia de un ki-

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lómetro y m e d i o de la costa y cerca de los arroyos), las densidades sobrep a s a n los setenta y cinco habitantes p o r kilómetro c u a d r a d o . Como resultado de estas densidades de población localmente elevadas, la e c o n o m í a de subsistencia depende principalmente de la agricultura intensiva. El regadío, las terrazas y los sistemas de drenaje que se idearon p e r m i t i e r o n la plantación p e r m a n e n t e , d u r a n t e todo el año. Se s e m b r a b a el cultivo d o m i n a n t e , el taro (Colocasia esculenta), en c a m p o s irrigados, allá d o n d e lo p e r m i t í a n el agua y las condiciones del suelo (Earle, 1980b; Kirch, 1977). Los c a m p o s i n u n d a d o s , similares a los arrozales del sudeste asiático, consistían en acequias cortas desde los n u m e r o s o s arroyos de la isla, que llevaban agua a los c a m p o s en terraza. Cada u n o de estos era un p e q u e ñ o estanque, con el o c u m o p l a n t a d o en m e d i o del fango o sobre pequeños montículos. La tecnología existente era de p e q u e ñ a escala y se m a nejaba c o n facilidad; los r e n d i m i e n t o s e r a n altos. Sin e m b a r g o , la conc e n t r a c i ó n de tales sistemas de irrigación en la p a r t e baja de los valles, c e r c a del mar, fue u n g r a n p r o b l e m a . L a p r o d u c c i ó n a g r í c o l a d e u n a c o m u n i d a d se veía p e r i ó d i c a m e n t e destruida p o r las i n u n d a c i o n e s y los m a r e m o t o s , que de hecho siguen siendo un t o r m e n t o p a r a los m o d e r n o s sistemas de o c u m o (Earle, 1978). En los lugares d o n d e no era posible el regadío se utilizó el cultivo itin e r a n t e de b a r b e c h o corto p a r a el o c u m o y, en sitios m á s secos, p a r a el boniato. Otros cultivos incluyen el ñ a m e , la caña de azúcar, el a r r u r u z y cierto n ú m e r o de cultivos arborícolas, especialmente el árbol del p a n y el b a n a n o . T a m b i é n e r a n de cierta i m p o r t a n c i a , p o r su p r o t e í n a , los a n i m a l e s domesticados, entre los cuales se hallan los cerdos, los perros y los pollos. Los jefes, quienes al parecer monopolizaron su cuidado, apreciaban en particular a los cerdos. El pescado era u n a fuente básica de proteína. Los h o m b r e s utilizaban técnicas de pesca, en especial el hukilau, en el que u n a gran p a r t i d a de pesca r o d e a b a con sus redes un b a n c o de peces en aguas poco profundas, a r r a s t r a n d o sus c a p t u r a s a la orilla. También era i m p o r t a n t e la pesca a cierta distancia de la costa en b u s c a de pescado pelágico, lo cual requería equipos de pesca especiales y canoas grandes. A lo largo de la costa y en los llanos aluviales próximos se construyeron viveros en los que se criaban peces p e q u e ñ o s p a r a c o n s u m o de los jefes (Kikuchi, 1976). La tecnología de los e s t a n q u e s era simple, v a r i a n d o desde un c a m p o de o c u m o s inund a d o y a g r a n d a d o , hasta extensas áreas cerradas p o r m u r o s de contención de rocas y tierra. Otros alimentos silvestres, a pesar de ser secundarios, proporcionab a n variedad y proteína adicional. Las mujeres cogían marisco y cangrejos, a t r a p a b a n con red a las aves m a r i n a s en sus colonias p r ó x i m a s a la costa, c a z a b a n pollos silvestres y cerdos salvajes en las m o n t a ñ a s y recolectaban a d e m á s m u c h a s plantas silvestres. El interior de las islas, con poca población p e r m a n e n t e , era u n a zona de caza y recolección i m p o r t a n t e . En r e s u m e n , la dieta de los h a w a i a n o s , a p e s a r de que d e p e n d í a m u c h o de las cosechas de alimentos con féculas, era b u e n a en c u a n t o al total de calorías y proteínas y t a m b i é n en c u a n t o a variedad.

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Desde luego, la e c o n o m í a de subsistencia variada era u n a respuesta a la d i v e r s i d a d m e d i o a m b i e n t a l de las e l e v a d a s islas v o l c á n i c a s de la Polinesia. H a b í a tres grandes zonas m u y próximas entre sí que permitier o n tres tipos de explotación m u y diferentes: las tierras bajas aluviales y las m e s e t a s con p o c a p e n d i e n t e p a r a la agricultura intensiva; las b a h í a s y los arrecifes de aguas poco profundas, cerca de la costa, p a r a la pesca productiva, y los bosques del interior «silvestres» p a r a la caza y la recolección. Mientras q u e Service señaló que los cacicazgos se desarrollaron con frecuencia en tales condiciones, a fin de m a n e j a r el i n t e r c a m b i o entre c o m u n i d a d e s especializadas, de h e c h o , c o m o v e r e m o s , el c o m e r c i o estaba notablemente limitado y se llevó a cabo en grandes proporciones dentro de las fronteras de la c o m u n i d a d (Earle, 1977). La g u e r r a p o d r í a c o n s i d e r a r s e o t r o r e s u l t a d o p r o b a b l e de las altas densidades de población y de la desigual distribución de los recursos productivos de un lugar a otro. P r e s t a n d o atención a la teoría de la circunscripción de Carneiro sobre la guerra, Kirch (1988) señala que el crecimiento de la población en el m e d i o isleño de la Polinesia, n a t u r a l m e n t e limitado, debe p r e s i o n a r los recursos disponibles y d e s e m b o c a r en la guerra intergrupal. Ésta limita las opciones de un individuo, haciendo necesaria la pertenencia a un grupo a fin de g a r a n t i z a r el acceso a los recursos disputados (Boone, 1992). A p e s a r de q u e la g u e r r a i n t e r g r u p a l sobre la tierra productiva caracteriza la cacicazgos de m e n o r escala, c o m o el de los m a o ríes (M. Alien, 1996), en H a w a i la guerra resultó ser p r i n c i p a l m e n t e u n a estrategia política concebida p a r a extender el control. C o m o señalaremos, la m a y o r parte de los problemas de la producción se m a n e j a r o n en el nivel familiar o en el nivel de la c o m u n i d a d local, a pesar de q u e los jefes innegablemente fueron i m p o r t a n t e s p a r a gestionar el riesgo y juzgar los conflictos entre c o m u n i d a d e s . Sin e m b a r g o , lo que es m á s i m p o r t a n t e es que la forma particular que la intensificación a d o p t ó en las islas Hawai permitió oportunidades de control económico, que constituyeron la base p a r a el desarrollo de la estratificación social.

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

Wittfogel (1957: 241) ha señalado que el desarrollo de los sistemas de irrigación en las Hawai precisó del desarrollo de un sistema de gestión p o r parte de los jefes y de los capataces, que, luego, formó la base de la organización política hawaiana. Por otra parte, Service (1962), al t r a t a r de la Polinesia en general, a r g u m e n t ó que la diversidad m e d i o a m b i e n t a l de las islas precisó de un sistema de intercambio gestionado desde un centro, cuyos organizadores alcanzaron el poder como jefes. Como h e m o s indicado en otra parte (Earle, 1977, 1978), estas teorías son inadecuadas, puesto que ni la irrigación ni el intercambio p l a n t e a r o n problemas que requirieran un sistema de control que se extendiera m á s allá de la c o m u n i d a d local. La familia nuclear independiente, organizada a través de líneas convencionales de división del trabajo por sexo y edad, no tuvo dificultad en

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proporcionar la mayor parte del trabajo necesario en las estrategias de subsistencia (Earle, 1978). Las fuentes tradicionales a m e n u d o describen u n a división rígida del trabajo b a s a d a en un imperativo cultural de proteger el mana masculino o poder sobrenatural y sagrado (Handy y Pukui, 1958: 176178; Malo, 1951: 27-30). Los h o m b r e s y las mujeres c o m í a n p o r separado, el m a r i d o era el encargado, al m e n o s en las comidas formales, de cocinar el taro en h o r n o s de arcilla separados p a r a él y p a r a su mujer, así c o m o de m a c h a c a r l o s e p a r a d a m e n t e p a r a elaborar po'i. Las mujeres no podían com e r alimentos relacionados con los dioses — c o m o el cerdo— y t a m p o c o podían e n t r a r en la casa d o n d e comían los h o m b r e s y en la que se hacían las ofrendas a los dioses familiares. Los h o m b r e s eran los responsables de todo el trabajo relacionado con el cultivo del taro sagrado, de la m i s m a manera que las mujeres eran las encargadas de m a c h a c a r laboriosamente el tapa, la corteza con la q u e se hacía la r o p a del m i s m o n o m b r e , utilizada p a r a vestir t a n t o a la familia c o m o a los dioses. En las p a r t e s culturalm e n t e m á s importantes de la vida doméstica, existía u n a clara reciprocidad. El m a r i d o reunía a sus parientes m á s cercanos p a r a recoger las vigas y levantar los cimientos de la casa, mientras que las mujeres b u s c a b a n los materiales vegetales, que los h o m b r e s utilizaban p a r a hacer el techado, y tejían las esteras del suelo. Al t i e m p o que los h o m b r e s trabajaban en los c a m p o s de t a r o y p e s c a b a n , las mujeres cultivaban y recolectaban otras plantas, como el boniato, básicas para la diversidad de las comidas de la familia y p a r a su salud. Cierto sentido del equilibrio y de la conveniencia organizaba el trabajo dentro de la familia y a través de las familias vecinas. La rígida división del trabajo descrita p a r a los cacicazgos h a w a i a n o s es, m u y p r o b a b l e m e n t e , u n a exageración. La división h o m b r e - m u j e r es en gran m e d i d a u n a división entre lo sagrado y lo secular que, m u y probablemente, h a b r í a afectado a los jefes, a quienes se tenía por dioses, y a los otros h o m b r e s solamente c u a n d o participaban en rituales sagrados. La arqueología de las casas que no e r a n de la élite no m u e s t r a la división del espacio y las áreas especializadas p a r a cocinar que la etnohistoria parece señalar. Creemos que la división del trabajo entre h o m b r e s y mujeres fue posiblemente flexible y c o m p l e m e n t a r i a , a excepción de los contextos públicos y sagrados asociados con los eventos ceremoniales. El a l i m e n t o m á s i m p o r t a n t e en la e c o n o m í a de subsistencia fue el taro, que se p r o d u c í a en huertos irrigados y en c a m p o s de tierras m á s altas. Los sistemas de irrigación e r a n pequeños y limitados a u n a única com u n i d a d local; un sistema n o r m a l m e n t e distribuía agua a t a n sólo cuatro o cinco campesinos, y r a r a m e n t e a m á s de doce. La construcción, al parecer, se realizaba m e d i a n t e u n a extensión gradual; de la reconstrucción — c o m o hoy en día— se o c u p a b a un p e q u e ñ o grupo de trabajadores. El registro histórico sugiere que las familias de parientes cercanos, h e r m a n o s y cuñados, vivían j u n t o s a lo largo de u n a p e q u e ñ a acequia y c o o p e r a b a n en su m a n t e n i m i e n t o . A p e s a r de que sin d u d a existieron capataces en las H a w a i , n o e r a n n e c e s a r i o s p a r a d e s a r r o l l a r los s i s t e m a s d e irrigación. Por lo q u e se refiere al intercambio, las tres zonas m á s i m p o r t a n t e s de recursos (la pesca cerca de la orilla, el cultivo de las tierras bajas y la

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caza y la recolección de las tierras altas) estuvieron normalmente m u y cerca u n a s de otras; en m u c h a s zonas hay m e n o s de doce kilómetros e n t r e la costa y los picos de las m o n t a ñ a s . Una familia asentada en la parte inferior del valle, cerca del mar, c o m o era el caso m á s c o m ú n , tenía así acceso a todos los recursos básicos y era, en esencia, autosuficiente. En aquellos lugares d o n d e las zonas de recursos estaban m á s separadas, c o m o en algunos lugares de la gran isla de Hawai, las familias se especializaban hasta cierto p u n t o en los recursos localmente disponibles. Sin embargo, puesto que la tierra de u n a c o m u n i d a d local es u n a franja que discurre desde las m o n t a ñ a s centrales hasta el mar, el intercambio se producía sobre todo entre las familias de la m i s m a c o m u n i d a d , u n i d a s p o r vínculos íntimos de parentesco (Handy y Pukui, 1958). El i n t e r c a m b i o entre familias de diferentes c o m u n i d a d e s no fue extenso, y c u a n d o resultaba deseable se llevaba a cabo en p e q u e ñ a s reuniones informales que funcionaron c o m o mercados simples (Ellis, 1963 [1827]: 229-230). En aquellos lugares, los individuos i n t e r c a m b i a b a n azuelas de piedra afiladas, m a n u f a c t u r a d a s a partir de basalto local, y esteras tejidas, hechas de cañas que sólo se encontrab a n en algunas m a r i s m a s . El sistema q u e el jefe dirigía, c o m o los describiremos m á s abajo, no funcionó como un sistema de intercambio de bienes entre p r o d u c t o r e s especializados. Los jefes y sus capataces c u m p l i e r o n con funciones directivas legitim a d a s , especialmente o r g a n i z a n d o los esfuerzos de reconstrucción de la c o m u n i d a d después de los d a ñ o s p r o v o c a d o s p o r las i n u n d a c i o n e s y los m a r e m o t o s ocasionales. Volveremos de nuevo a los papeles directivos de los jefes después de e x a m i n a r la organización y las finanzas de sus dominios.

EL CONTROL ECONÓMICO Y LAS FINANZAS

La generalización de u n a j e r a r q u í a de jefes g o b e r n a n t e s constituye el desarrollo institucional distintivo de las islas Hawai. Los jefes ejercier o n cargos en tres niveles según su rango en la línea gobernante. En la cúspide de la jerarquía sociopolítica se hallaba el jefe s u p r e m o . Propietario de todas las tierras, repartía parcelas de ésta a su gente a cambio de u n a p a r t e de la comida, de los bienes m a n u f a c t u r a d o s y de las m a t e r i a s p r i m a s q u e p r o d u c í a n , y de su respaldo en la guerra. La c o m p e t e n c i a p o r la s u p r e m a c í a era intensa y, a la m u e r t e de un jefe, la isla n o r m a l m e n t e se dividía en regiones que l u c h a b a n a p o y a n d o a aspirantes rivales. El vencedor en estas guerras de sucesión se convertía en el siguiente gobernante. En el s e g u n d o escalón de la jerarquía se e n c o n t r a b a n los jefes de distrito, h o m b r e s de alto r a n g o de la línea gobernante, con u n a fuerte lealtad privada al jefe s u p r e m o . E r a n los encargados de difundir sus órdenes y decisiones a los jefes de la c o m u n i d a d y de movilizar los bienes y el trabajo p r o p o r c i o n a d o s p o r las c o m u n i d a d e s , c u a n d o así lo o r d e n a b a el jefe sup r e m o . El jefe de distrito podía quedarse u n a parte de los bienes que m o vilizaba p a r a el jefe s u p r e m o , pero la m a y o r parte de sus ingresos proce-

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dían directamente de las c o m u n i d a d e s individuales que el jefe s u p r e m o le había repartido. El tercer lugar lo o c u p a b a n los n u m e r o s o s jefes de c o m u n i d a d (ah'i 'ai ahupua'a: «jefes que c o m e n a la comunidad»). Un jefe era n o r m a l m e n t e un pariente cercano y partidario del jefe s u p r e m o a quien, en pago de su apoyo, se le concedía u n a c o m u n i d a d que le p r o p o r c i o n a b a sus ingresos. De esta forma, cada u n o de los jefes del grupo que apoyaba al jefe s u p r e m o recibía el equivalente a u n a concesión de tierras, pero el control sobre estas dependía del jefe s u p r e m o y n o r m a l m e n t e era reasignado p o r su sucesor. El jefe, a su vez, n o m b r a b a al capataz que vigilaba la p r o d u c c i ó n de la c o m u n i d a d y c u m p l í a con un amplio espectro de deberes sociales, políticos y religiosos. Los capataces, c o m o los jefes, no eran gente de la propia c o m u n i d a d y con frecuencia eran parientes lejanos del jefe. De esta manera, los capataces a s u m í a n las responsabilidades cotidanas en la dirección de la c o m u n i d a d que en cacicazgos m á s simples c o r r e s p o n d e n al jefe local. En cierta m a n e r a e r a n especialistas, pero a diferencia de los especialistas que e n c o n t r a r e m o s en el capítulo 12, no eran todavía m i e m b r o s de instituciones burocráticas separadas. Su deber era d i r e c t a m e n t e p a r a con su jefe, el cual n o r m a l m e n t e t a m b i é n era un pariente. La guerra era un elemento esencial del gobierno en las islas Hawai. Los jefes eran guerreros y u n a de sus funciones era la de m a n t e n e r la paz regional. A diferencia de los cacicazgos simples de los maoríes, las comunidades locales en las Hawai se hallaban dispersas y sin fortificar. La paz regional del cacicazgo i n s u l a r p e r m i t i ó a las c o m u n i d a d e s locales concentrarse en la producción, puesto que los jefes garantizaban a las familias del lugar sus d e r e c h o s a los terrenos que les p r o p o r c i o n a b a n su alimento. Boone (1992) pone el énfasis en cómo la competencia por los recursos limita efectivamente las o p c i o n e s d i s p o n i b l e s de u n a familia local, haciéndola dependiente de u n a entidad política caciquil que la englobe. La guerra en las H a w a i a s u m i ó u n a fuerte dimensión política q u e no estaba directamente relacionada con la competencia p o r los recursos. Como en los cacicazgos de las Trobriand, la competencia p o r u n a función alta era intensa, entre otras cosas p o r q u e los ingresos d e p e n d í a n de la posición en la jerarquía. La guerra que seguía a la m u e r t e de un jefe sup r e m o no era t a n sólo p o r la sucesión en la supremacía, sino t a m b i é n p o r el acceso al a b a n i c o de funciones políticas y de propiedades. P a r a obtener y conservar u n a p r o p i e d a d era necesario s e c u n d a r a un contendiente gan a d o r y los registros sobre la tierra m u e s t r a n los c a m b i o s en m a s a de jefes que seguían a c a d a sucesión. Además, se produjo un fuerte impulso expansionista a fin de adquirir tierra de otros cacicazgos insulares mediante conquista. Éstas eran concedidas en p r o p i e d a d a los p a r t i d a r i o s políticos del jefe s u p r e m o o p r o porcionaban ganancias añadidas al propio jefe supremo. Cada u n o de estos m a n t e n í a u n p e q u e ñ o c u e r p o d e guardias m u y e n t r e n a d o s p a r a utilizarlos en operaciones contra los cacicazgos vecinos. Las instituciones religiosas a y u d a r o n a consolidar el control del jefe. Por todos los rincones del cacicazgo había santuarios utilizados p a r a hos-

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p e d a r a los dioses y p a r a albergar ceremonias dirigidas p o r sacerdotes procedentes de las élites dirigentes. En los grandes santuarios dedicados a Ku, el dios de la guerra, las ceremonias, iniciadas y supervisadas p o r el propio jefe s u p r e m o , construían un consenso p a r a la acción militar entre sus partidarios. M u c h o m á s c o m u n e s e r a n los p e q u e ñ o s altares de la comunidad, usados d u r a n t e las c e r e m o n i a s anuales del Makahiki. En tales ceremonias, Lono, el dios de la tierra y de la fertilidad, viajaba a través de la isla a c o m p a ñ a d o por el jefe s u p r e m o . Actuando en n o m b r e del dios, el jefe cumplía con los ritos designados p a r a m a n t e n e r la fertilidad de la tierra de la c o m u n i d a d en los s a n t u a r i o s de ésta. A cambio, recibía alimentos, bienes m a n u f a c t u r a d o s y materias p r i m a s . Las obligaciones rituales y la significación del jefe s u p r e m o se h a c í a n explícitas p o r m e d i o de estos ritos, que i n t r o d u c í a n la financiación del jefe dirigente en u n a c e r e m o n i a p a r a garantizar la productividad de la tierra. La e c o n o m í a política, b a s a d a en la redistribución, financió los cacicazgos insulares. Como h e m o s visto, la redistribución es un tributo y los bienes movilizados de los p r o d u c t o r e s de alimentos eran utilizados p a r a c o m p e n s a r a los guerreros, a los funcionarios religiosos, a los artesanos especialistas y a otros «no productores». En las islas H a w a i el sistema de redistribución era relativamente simple. El jefe s u p r e m o , tras c o n s u l t a r con sus consejeros m á s cercanos, estipulaba los bienes y el personal que n e c e s i t a b a p a r a u n a o p e r a c i ó n específica c o m o u n a g r a n c e r e m o n i a o u n a c a m p a ñ a militar y asignaba cuotas p a r a cada distrito. Luego, el jefe del distrito r e p a r t í a su cuota entre sus c o m u n i d a d e s y las familias, a su vez, bajo la dirección de su capataz comunitario, proporcionaban los bienes y las personas requeridas. De este m o d o , el clan cónico polinesio, que en origen organizó u n a población total p e q u e ñ a m e d i a n t e el r a n g o interno, ascendió y se transformó en u n a institución gobernante generalizada, cuya lógica interna cont i n u ó b a s á n d o s e en el p a r e n t e s c o y los vínculos p e r s o n a l e s directos siguieron. El jefe supremo quizá conociera a todos los jefes, que probablemente no s u p e r a b a n la cifra de un millar en cada cacicazgo, pero los plebeyos habrían sido, en gran medida, proveedores sin rostro de las necesidades de bienes y de m a n o de o b r a del jefe s u p r e m o . C u a n d o la población del cacicazgo a u m e n t ó desde u n o s pocos miles hasta decenas de miles se hizo preciso un nuevo nivel de integración regional, capaz de atar al sistema de u n a m a n e r a m á s segura a esos plebeyos sin rostro pero indispensables. En la noción de posesión de la tierra restringida se encontró u n a base p a r a ello. Puesto que todas las tierras eran propiedad del jefe s u p r e m o , el r e p a r t o de las tierras de la c o m u n i d a d a sus partidarios y la distribución posterior de los p e q u e ñ o s c a m p o s de subsistencia a los plebeyos construyeron la base p a r a requerir pagos en trabajo y bienes. El control del jefe sobre el recurso productivo básico, la tierra agrícola, resultaba p a r t i c u l a r m e n t e claro c u a n d o el capataz del jefe organizaba la construcción de obras, tales c o m o acequias, terrazas o viveros de peces. Los c a m p o s que p r o p o r c i o n a b a n la subsistencia situados en tierras irrigadas o en terrazas, con su alta productividad, eran distribuidos a los

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p l e b e y o s a c a m b i o de su c o m p r o m i s o p a r a t r a b a j a r en la t i e r r a adyacente, p r o p i e d a d del jefe. De esta forma, cada sistema de irrigación era un mosaico de tierras del jefe, que p r o d u c í a n p a r a las finanzas políticas, y de parcelas de la gente c o m ú n , que p r o d u c í a n p a r a las necesidades de subsistencia. Así, se establecía u n a ideología de reciprocidad entre el jefe y los plebeyos; estos últimos trabajaban p a r a el jefe c o m o u n a forma de «arriendo» de sus campos. La ideología de la reciprocidad se p u e d e extender, de m a n e r a m á s general, a u n a dualidad en la economía política. Los productores de los bienes de subsistencia, p o r su p a r t e , g e n e r a b a n la riqueza utilizada p o r el jefe p a r a c o m p e n s a r al personal no productivo, p a r a invertirlo en mejoras de capital, p a r a realizar pagos políticos que extendían y consolidaban su control y p a r a financiar las guerras de conquista destinadas a a c r e c e n t a r sus ingresos. Las obligaciones del jefe p a r a con los p r o d u c t o r e s de los bienes de subsistencia e r a n esencialmente recíprocas: m a n t e n e r la paz dentro del cacicazgo y g a r a n t i z a r así el acceso de las c o m u n i d a d e s locales a los recursos productivos; llevar a cabo mejoras de capital destinadas a a u m e n t a r los r e n d i m i e n t o s ; m a n t e n e r a las familias locales en funcionamiento c o m o u n i d a d e s e c o n ó m i c a s viables, y mediar, c u a n d o fuera necesario, entre la c o m u n i d a d local y las i n s t i t u c i o n e s religiosas y m i l i t a r e s de alto nivel.

LA PREHISTORIA HAWAIANA: UNA SECUENCIA EVOLUTIVA

Las d i n á m i c a s evolutivas de los cacicazgos h a w a i a n a s se entienden mejor al e x a m i n a r su desarrollo a lo largo del t i e m p o . La historia de este desarrollo, que p u e d e r e c o n s t r u i r s e gracias a trabajos arqueológicos recientes, m u e s t r a c l a r a m e n t e el crecimiento y la elaboración de un cacicazgo a través de tres estadios (Cordy, 1974, 1981; H o m m o n , 1976; Kirch, 1982, 1984; Kolb, 1994). El p r i m e r estadio fue el de la colonización y el a s e n t a m i e n t o iniciales, a p r o x i m a d a m e n t e entre 400 y 1200 d.C. Las islas, al parecer, h a b í a n sido colonizadas antes de 500 a.C. p o r p a r t e de p e q u e ñ o s grupos (uno o dos barcos, quizá u n a s cincuenta personas), que se cree q u e procedían de las islas Marquesas o bien de las islas de la Sociedad (Kirch, 1974). E r a n colonos intencionales, quizá refugiados, que trajeron consigo todo lo que era necesario p a r a su e c o n o m í a y su sociedad. D u r a n t e los p r i m e r o s ocho siglos, en los que se p u d o h a b e r m a n t e n i d o el contacto con su lejana tier r a de origen, la población se expandió m e d i a n t e el crecimiento interno y los nuevos colonos h a s t a alcanzar los cincuenta mil h a b i t a n t e s . Los prim e r o s asentamientos se e n c o n t r a b a n en la costa, o c u p a n d o primero los lugares m á s deseados, donde podía practicarse u n a economía mixta de pesca, horticultura simple e irrigación. E n t r e los cambios m e d i o a m b i e n t a l e s ind u c i d o s p o r el h o m b r e hay que señalar la extinción de m u c h o s pájaros insulares (Kirch, 1983) y, a lo largo del tiempo, las especies domesticadas, c o m o el cerdo, c o b r a r o n i m p o r t a n c i a respecto a la pesca (Kirch y Kelly,

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1975). Los datos arqueológicos p r o p o r c i o n a n pocos indicios de u n a diferenciación social en la p r i m e r a época; la sociedad estaba p r o b a b l e m e n t e organizada en el nivel de c o m u n i d a d . D u r a n t e el segundo estadio, entre 1200 y 1500 d . C , la población creció r á p i d a m e n t e h a s t a varios cientos de miles (Dye y Komori, 1992) y se extendió hacia el interior, utilizando p r o b a b l e m e n t e la agricultura itiner a n t e y la irrigación a escala pequeña. En la p e q u e ñ a isla de Kaho'olawe, p o r ejemplo, casi el 50 % de la población o c u p a b a el interior, pero, alrededor de 1500 d . C , quizá debido a la degradación del suelo, éste fue aband o n a d o y las poblaciones se trasladaron de nuevo a la costa y posiblemente a otras islas ( H o m m o n , 1986). Durante esta época, en el valle de Halawa de Molokai, las e n o r m e s depresiones en la tierra, los c a m b i o s en las poblaciones de caracoles terrestres asociados con los bosques esquilmados y u n a cantidad creciente de c a r b o n o en el suelo testifican a favor de u n a agricultura de tala y quema en expansión, de la deforestación y de u n a fuerte erosión (Kirch y Kelly, 1975). De m a n e r a significativa, la erosión de las tier r a s altas depositó los aluviones que f o r m a r o n las llanuras costeras y la agricultura de regadío se expandió en todas las grandes islas h a w a i a n a s (J. Alien, 1992; c o m p a r a r con Spriggs, 1986). Los datos arqueológicos indican que los cacicazgos regionales se form a r o n d u r a n t e este segundo estadio (Kolb, 1994). La diferenciación en los t a m a ñ o s y las formas de las casas, siendo las mayores p r e s u m i b l e m e n t e las de las élites revela la estratificación social (cf. Cordy, 1981). Los santuarios religiosos (heiau) surgieron y crecieron de t a m a ñ o ; puesto que dichos santuarios e s t a b a n u n i d o s históricamente a ceremonias de legitimac i ó n del jefe y p r e c i s a b a n de un esfuerzo c o r p o r a t i v o p a r a erigirse, p r o p o r c i o n a n u n a b u e n a m u e s t r a de la o r g a n i z a c i ó n caciquil. Los jefes p r o b a b l e m e n t e fueron i m p o r t a n t e s en este periodo c o m o directores de la agricultura intensificada (como en las Trobriand) y c o m o líderes militares. El m e d i o insular, que limitaba n o t a b l e m e n t e las opciones de los plebeyos dependientes, intensificó su control. D u r a n t e el tercer estadio, de 1500 a 1778, se cree q u e la población continuó creciendo, pero m á s tarde parece que se estabilizó (Dye y Komori, 1992; Kirch, 1982). El c a m b i o m á s i m p o r t a n t e se dio en la a g r i c u l t u r a (Kirch, 1985). Los cultivos itinerantes c o n t i n u a r o n e incluso se extendier o n en zonas de pendientes m o d e r a d a s , d o n d e se podía controlar la erosión construyendo terrazas (Ladefoged et al., 1996; Rosendahl, 1972). Al t i e m p o que el crecimiento de la población se p a r a b a , parece que se produjo u n a transformación significativa en la capacidad agrícola de las islas. Bajo la supervisión de los jefes, las c o m u n i d a d e s construyeron los sistem a s de irrigación a l t a m e n t e productivos, que crearon un m e d i o complet a m e n t e artificial e i n t e n s a m e n t e cultivado, p r o d u c i e n d o distintos cultivos que se s u m a r o n al taro y el pescado. Cada sistema estaba n e t a m e n t e dividido en u n i d a d e s agrícolas que p r o p o r c i o n a b a n los p r o d u c t o s necesarios p a r a la subsistencia de las familias trabajadoras y el excedente p a r a sostener al jefe. Ésta es la base p a r a u n a economía fundamentada en los bienes básicos, que ya h e m o s descrito.

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En aquel m o m e n t o llegaron los exploradores e u r o p e o s , los c o m e r ciantes, los cazadores de ballenas, los misioneros y los campesinos de las p l a n t a c i o n e s . Las relaciones externas r á p i d a m e n t e p e r m i t i e r o n al joven jefe s u p r e m o K a m e h a m e h a c o n q u i s t a r las jefaturas, que c o m p e t í a n c o n la suya, en M a u i y Oahu, e institucionalizar el nuevo estado h a w a i a n o . La tecnología militar occidental, que incluía los grandes barcos, las velas de algodón y los cañones, hizo de p u e n t e r o m p i e n d o el aislamiento de las islas, m i e n t r a s que los gobernantes e s t u d i a b a n los principios de la ley y del gobierno occidentales c o m o modelos p a r a su nuevo estado. Después vino u n a época de exhibición opulenta, p u e s t o que los señ o r e s h a w a i a n o s m a t e r i a l i z a r o n sus nuevas instituciones estatales e m u lando las elaboradas galas de la realeza europea. En lo que Sahlins (1992) llamó «la economía política de la magnificencia», los jefes hawaianos adopt a r o n los vestidos, las c a s a s y la d e m o s t r a c i ó n m i l i t a r o c c i d e n t a l e s . El lujo de este nuevo c o n s u m i s m o a r r u i n ó la e c o n o m í a h a w a i a n a y los jefes e m p e z a r o n a vender sus p r o p i e d a d e s a las familias misioneras american a s , ansiosas p o r desarrollar p l a n t a c i o n e s de a z ú c a r rentables. La dinámica de la economía política, que extendió los bienes de c o n s u m o y las tecnologías occidentales, creó también las condiciones para la rápida integración a la e c o n o m í a m u n d i a l y p a r a la incorporación colonial p o r p a r t e de los Estados Unidos. La evolución de los cacicazgos de las islas H a w a i a lo largo de m á s de mil cuatrocientos a ñ o s ilustra la í n t i m a relación entre la e c o n o m í a de subsistencia y la e c o n o m í a política. El terreno fértil de los suelos aluviales de las H a w a i dio el empuje p a r a el potencial n a t u r a l de crecimiento. Los jefes dirigieron la construcción y el m a n t e n i m i e n t o de los sistemas de irrigación, q u e sostuvieron a u n a población en expansión, y la e c o n o m í a social actuó entonces c o m o u n a jaula que obligaba a los plebeyos a entregar tiempo a sus jefes a c a m b i o de la utilización de aquella tierra agrícola a l t a m e n t e productiva. El excedente de las tierras de los jefes financió la elaboración de las instituciones regionales de los cacicazgos, a las cuales se vincularon los artesanos especializados, los sacerdotes, los capataces y los guerreros. Los cacicazgos complejos h a w a i a n o s , con sus estrechos m e canismos de control, estaban enraizados en el fértil suelo del regadío, donde el agua, el alimento y el p o d e r fluían a través de las m a n o s de los jefes gob e r n a n t e s . Después del «descubrimiento», las islas se i n c o r p o r a r o n a la economía m u n d i a l y el control de los jefes r á p i d a m e n t e se perdió ante las ambiciones expansionistas de Occidente.

Caso 14. Los basseri de Irán Los basseri (Barth, 1964) están organizados c o m o un cacicazgo regional, con cierto n ú m e r o de segmentos locales bajo un único jefe supremo. El c a c i c a z g o b a s s e r i se b a s a en la gestión y el c o n t r o l del c o m e r c i o de subsistencia entre los campesinos sedentarios y la población ganadera, q u e utiliza tierras marginales en los límites exteriores del control ejercido p o r

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un estado agrario. De hecho, los esfuerzos de un estado feudal débil p a r a extender su control sobre los pastores independientes ayudó a crear el cacicazgo basseri, t a n t o c o m o un m e d i o p a r a defender su n o m a d i s m o frente a los intereses f o r á n e o s c o m o p a r a g a n a r r e c u r s o s y ventajas políticas procedentes del estado (cf. Beck, 1986: 9).

EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA

Los basseri a g r u p a n a u n a s dieciséis mil personas que viven en tres mil tiendas a lo largo de las áridas estepas y m o n t a ñ a s de la provincia de Fars, al sur de Irán. Se trata de un grupo político bien definido bajo la autoridad de un jefe s u p r e m o (kan). Los basseri se m u e v e n d e n t r o de un corredor delimitado de entre treinta y o c h e n t a kilómetros de ancho, que se extiende m á s de quinientos kilómetros desde las altas m o n t a ñ a s cerca de Shiraz, en el norte, h a s t a los desiertos bajos cerca de Lar, en el sur. La densidad de población basseri es de algo m e n o s de u n a p e r s o n a p o r kilómetro c u a d r a d o . Ni las altitudes mayores, de hasta 3.900 m e t r o s en las m o n t a ñ a s cercanas a Kuh-i-Bul, ni las m e n o r e s , de entre 600 y 900 m e t r o s en el desierto próximo a Lar, son a p r o p i a d a s p a r a la agricultura. Las poblaciones c a m p e s i n a s sedentarias, que triplican en n ú m e r o a los pastores en t o d a la provincia de F a r s , se a g r u p a n en altitudes m e d i a s , a l r e d e d o r de los 1.500 metros. Los p e q u e ñ o s grupos de basseri siguen r u t a s migratorias c u i d a d o s a m e n t e planificadas y que deben c o m p a r t i r con vecinos ganaderos c o m o los Qashqa'i (Beck, 1986; 1991). Las r u t a s b o r d e a n y atraviesan las regiones agrícolas a fin de utilizar las z o n a s m e d i o a m b i e n t a l e s m á s extremas. El clima d e t e r m i n a a grandes rasgos la migración basseri. A pesar de que las precipitaciones anuales en toda la región tienen u n a m e d i a de t a n sólo veinticinco milímetros y la agricultura solamente es posible con regadío, la precipitación es m á s fuerte en las elevaciones de m a y o r altitud, d o n d e el a g u a se a l m a c e n a d u r a n t e el invierno y la p r i m a v e r a en forma de nieve. En invierno, y t a m b i é n en p r i m a v e r a m i e n t r a s q u e d e n b u e n o s pastos, los c a m p a m e n t o s basseri se e n c u e n t r a n en los desiertos de baja altitud del sur. A m e d i d a que el verano se acerca y la vegetación se seca, los c a m p a m e n t o s se t r a s l a d a n al norte, siguiendo los pastos, que retroced e n h a c i a m o n t a ñ a s c a d a vez m á s altas, d o n d e las nieves que se funden conservan algo de pasto al final de la estación. En otoño, incluso los pastos de las m o n t a ñ a s se h a n secado o h a n sido r a m o n e a d o s y los pastores d e b e n t r a s l a d a r s e h a c i a la zona agrícola, d o n d e p u e d e n p a s t o r e a r a sus animales en los c a m p o s recién segados antes de volver al sur. La e c o n o m í a se c e n t r a en la p r o d u c c i ó n de carne y leche de r e b a ñ o s mixtos de ovejas y c a b r a s . No se cría vacuno; se m a n t i e n e un n ú m e r o peq u e ñ o de b u r r o s , caballos y camellos p a r a el transporte. Las ovejas y las cabras se r e p r o d u c e n bien en este medio, a u n q u e en un mal a ñ o las heladas t e m p r a n a s y las e n f e r m e d a d e s contagiosas p u e d e n m a t a r h a s t a a la mitad.

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La leche no se c o n s u m e fresca, sino que i n m e d i a t a m e n t e se procesa convirtiéndola en leche agria o cuajada, que luego c o m e n en esta forma o la vuelven a procesar p a r a h a c e r queso. En primavera, c u a n d o la p r o d u c ción de leche está en su m á x i m o nivel, se p u e d e p r e n s a r la cuajada, secarla al sol y almacenarla p a r a su uso d u r a n t e el invierno siguiente. Los basseri c o m e n c a r n e con frecuencia, pero siempre fresca; no la conservan ni secándola ni c u r á n d o l a con sal. Los pellejos y la lana de los animales se utilizan p a r a fabricar las tiendas, la ropa, los contenedores p a r a almacenar, las c u e r d a s y otros p r o d u c t o s . Las mujeres d e d i c a n u n a p a r t e significativa de su t i e m p o a hilar y tejer. A p e s a r de la i m p o r t a n c i a de la c a r n e y la leche, la dieta de los basseri está d o m i n a d a p o r los p r o d u c t o s agrícolas, que obtienen a través del comercio c o n los campesinos. El trigo es básico: con cada c o m i d a se cons u m e un p a n ácimo, hecho de h a r i n a de trigo, que es el alimento m á s imp o r t a n t e . El azúcar, el té, los dátiles, las frutas y los vegetales, los utensilios y un b u e n n ú m e r o de objetos se obtienen también a través del comercio, a c a m b i o de mantequilla clarificada, l a n a y pieles de cordero. Algunos basseri poseen parcelas de tierra agrícola, en las q u e siemb r a n trigo y otros cereales. De hecho, pocos basseri cultivan estas tierras, ya q u e la m a y o r p a r t e de ellos d e s d e ñ a n el trabajo agrícola y c o n t r a t a n a p a r c e r o s p r o c e d e n t e s d e los p o b l a d o s agrícolas c e r c a n o s . Los b a s s e r i ven estas parcelas c o m o inversiones p a r a su seguridad y bienestar económico: u n a m a n e r a de depositar los beneficios generados p o r u n a ganadería exitosa y un m e d i o de movilidad ascendente p a r a la élite.

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

Incluso m á s que entre los pastores de subsistencia, c o m o los t u r k a n a (caso 8), la u n i d a d e c o n ó m i c a básica entre los basseri es la familia, q u e alterna entre el p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o en tienda (familia nuclear) y en c a m p a m e n t o . La tienda n o r m a l m e n t e acoge a u n a familia nuclear y a alg ú n m i e m b r o a ñ a d i d o ocasional; es u n a u n i d a d de p r o d u c c i ó n autosuficiente, en particular en aquel m o m e n t o de su ciclo de desarrollo en q u e hay hijos adolescentes, que p u e d e n h a c e r de pastores. Toda la p r o p i e d a d productiva requerida, que incluye la tienda, las alfombras, los utensilios, las ovejas y las cabras, los animales de tiro y los contenedores, es propied a d de la familia individual y poco de ello se c o m p a r t e con las otras familias. Los habitantes de u n a tienda necesitan u n a s cien cabras y ovejas p a r a llevar u n a s u b s i s t e n c i a satisfactoria. É s t a s n o s e c o m p a r t e n , m e d i a n t e acuerdos recíprocos, con parientes o amigos que se hallen en otras zonas ecológicas, sino que están c o n c e n t r a d a s en un único r e b a ñ o directamente supervisado p o r el cabeza de familia y sus hijos. Los h o m b r e s con r e b a ñ o s mayores no son habituales y a r r i e n d a n p a r t e de su r e b a ñ o a los pastores pobres, que después p a g a n u n a parte en carne, p r o d u c t o s lácteos y cabritos y ovejas recién nacidos a sus p a t r o n o s pudientes. Al igual que los cam-

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pesinos (véase capítulo 13), los basseri utilizan el m e r c a d o c o m o fuente de seguridad en vez de confiar en redes sociales extensas. En un b u e n año, p u e d e n vender los animales excedentarios y c o m p r a r tierra, que a l m a c e n a riqueza de m a n e r a segura y genera u n o s ingresos que p u e d e n utilizarse p a r a r e p o n e r los r e b a ñ o s después de un mal año. Puesto que dependen del mercado para obtener los productos agrícolas, que constituyen el pilar principal de su dieta, lo que m á s necesitan d u r a n t e las m a l a s épocas es el din e r o y otras propiedades seguras. Poco después de que u n a pareja se casa, el p a d r e del novio entrega a su hijo la p a r t e de su r e b a ñ o q u e le c o r r e s p o n d e de la h e r e n c i a anticipada. Los recién casados se trasladan a su propia tienda y se afanan por llegar a ser e c o n ó m i c a m e n t e a u t ó n o m o s . Puesto que no resulta eficiente utilizar un h o m b r e adulto en plenas facultades físicas exclusivamente p a r a g u a r d a r un p e q u e ñ o rebaño, es bastante c o m ú n que las familias se agrup e n en un conjunto del t a m a ñ o de u n a aldea de dos a cinco tiendas, cuyos ocupantes viajan j u n t o s y c o m p a r t e n los deberes del pastoreo. Al form a r tales grupos, los lazos de a m i s t a d establecidos a lo largo de a ñ o s de a y u d a m u t u a son t a n i m p o r t a n t e s c o m o el parentesco. La a m i s t a d t a m bién p r o p o r c i o n a la base p a r a las asociaciones comerciales con los agricultores. Sin embargo, la a u t o n o m í a de la familia se sitúa en p r i m e r lugar y los grupos de tiendas se dispersan y r e a g r u p a n si las condiciones lo justifican. D u r a n t e el invierno, c u a n d o los grupos de tiendas se e n c u e n t r a n dis e m i n a d o s p o r todas partes en los pastos escasos a bajas alturas del sur, las grandes agrupaciones de tiendas son extrañas, pero, en otras épocas, c u a n d o los pastos son m á s ricos y m á s localizados, forman c a m p a m e n tos de diez a c u a r e n t a t i e n d a s . Dichos c a m p a m e n t o s viajan j u n t o s y, a pesar de que tienen tendencia a la fisión, se m a n t i e n e n juntos por los lazos de corte transversal de ascendencia y m a t r i m o n i o , reforzados p o r la endogamia. Cada c a m p a m e n t o tiene un líder reconocido, p e r o la estructura formal del c a m p a m e n t o es débil y su líder tiene poco poder económico o político. Su papel principal es el de a y u d a r a suavizar las relaciones entre familias, para resolver los desacuerdos sobre dónde asentarse y para controlar la presión constante p a r a r o m p e r el c a m p a m e n t o p o r parte de u n o s cabezas de familia de talante independiente. A pesar de esta presión, los camp a m e n t o s son u n i d a d e s b a s t a n t e estables y d u r a d e r a s . Los lazos de parentesco y amistad no solamente a y u d a n a las familias a protegerse de los reveses económicos, sino que m u c h a s familias se m u e s t r a n renuentes a sep a r a r s e del grupo p o r m i e d o a los extraños, en los que no confían y a quienes t o m a n por ladrones. B a r t h (1964: 47) describe la visión que tienen los basseri de sus c a m p a m e n t o s c o m o «un p e q u e ñ o núcleo h u m a n o de calidez rodeado por el mal». La violencia real entre grupos dentro de un m i s m o c a m p a m e n t o es poco frecuente y no se conoce la guerra. En efecto, a pesar de la desconfianza m u t u a entre c a m p a m e n t o s y la n o r m a de la endogamia, un tercio de los m a t r i m o n i o s se establece entre m i e m b r o s de distintos c a m p a m e n t o s y la movilidad entre c a m p a m e n t o s es bastante c o m ú n .

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D e e s t a f o r m a , t e n e m o s u n r e t r a t o d e los b a s s e r i c o m o familias a u t ó n o m a s o agrupaciones de familias, que viven en tiendas, que se cent r a n en la b ú s q u e d a de b u e n o s pastos y que no tienen n i n g ú n tipo de traba, p o r p a r t e de constreñimientos estructurales, p a r a acceder a los recursos. La a m i s t a d es i m p o r t a n t e en la c o o p e r a c i ó n e c o n ó m i c a c o t i d i a n a y el liderazgo se b a s a m á s en la distinción p e r s o n a l y en los servicios c o m o n e g o c i a d o r y c o m p r o m i s a r i o q u e en el c o n t r o l de la r i q u e z a . E s t a descripción p u e d e aplicarse con facilidad a los ganaderos que h e m o s examin a d o en los capítulos precedentes. Sin e m b a r g o , en este caso, la e c o n o m í a política se c e n t r a en el ulad, un grupo m a y o r que los que h e m o s visto entre nuestros otros pastores. Los ulad son unidades territoriales de entre cuarenta y cien tiendas (o sea, aprox i m a d a m e n t e el t a m a ñ o de los grupos locales e x a m i n a d o s con anterioridad). En ellos la pertenencia está r i g u r o s a m e n t e d e t e r m i n a d a p o r la ascendencia patrilineal, concebida como u n a línea directa desde un antepasado lejano, sin que implique un sistema s e g m e n t a r i o de linajes y sublinajes. Dentro de un ulad las relaciones son informales y la vida económica se centra en las tiendas y en los c a m p a m e n t o s . El ulad se entiende m u c h o mejor si e x a m i n a m o s el papel económico del jefe s u p r e m o basseri. Es s i m u l t á n e a m e n t e un jefe basseri y un miemb r o d e l a élite d e u n a s o c i e d a d a g r a r i a mayor. C o m o m i e m b r o d e esta élite es m u c h o m á s rico que otros basseri, posee miles de animales, tierras agrícolas e incluso pueblos enteros. El jefe y los m i e m b r o s de su familia poseen casas en la ciudad de Shiraz y se desenvuelven c ó m o d a m e n t e en los círculos de la élite u r b a n a . U n a de las funciones del jefe es la de distribuir los derechos de pasto entre sus subditos; el ulad es la u n i d a d corporativa que recibe estos derechos en forma de u n a il-rah o «cañada tribal». La il-rah especifica u n a r u t a definida p a r a el ulad a través de zonas ecológicas distintas de la región basseri y la situación precisa de los pastos de los que dispone el ulad en cada estadio del ciclo anual. Por lo tanto, es posible que m á s de un ulad pastoree sus r e b a ñ o s en el m i s m o lugar sin c a u s a r n i n g ú n conflicto, siempre y c u a n d o c a d a u n o lo haga en épocas distintas, según su il-rah. El jefe norm a l m e n t e asigna los pastos a los ulad según sus il-rah tradicionales. Sin e m b a r g o , c u a n d o un c a m b i o demográfico provoca que un ulad tenga un exceso de pastos en relación con las necesidades de otro, el jefe llama a los cabezas de los dos ulad y t r a z a n j u n t o s nuevos il-rah, q u e los m i e m b r o s de cada ulad deben cumplir. Puesto que en el sur de I r á n todos los pastos tienen algún propietario, los individuos no tienen acceso a otros recursos que las tierras garantizadas a través de su ulad p o r el jefe. En la e c o n o m í a política de los basseri, el territorio de un ulad es en cierta m e d i d a análogo a las tierras del poblado de la c o m u n i d a d campesina (capítulo 13). Como en el p o b l a d o campesino, las familias de un ulad son en g r a n m e d i d a independientes, e c o n o m í a s domésticas autosuficientes con un m e n o r reparto del riesgo y m e n o r estructuración parentelar entre sí q u e las que hallamos entre los linajes y los clanes de las sociedades de nivel de poblado y de gran h o m b r e e x a m i n a d a s en los capítulos 6 al 8.

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Esto es así en gran m e d i d a p o r q u e el estado superior se ha encargado de dos funciones que de otra m a n e r a h a b r í a n sido realizadas por los grupos de parentesco: la defensa del territorio, a h o r a confiada a un sistema legal que p r o t e g e los d e r e c h o s de p r o p i e d a d , y la d i s p e r s i ó n del riesgo, relegada a un m e r c a d o cuya existencia está protegida por el estado. Por estas razones, el ulad no es el centro de la negociación ni de la construcción de redes ni de la resolución de conflictos que sí constituye el grupo local en sociedades m e n o s complejas. Ni siquiera tiene un líder, sino sólo un portavoz que c o m u n i c a los mensajes del jefe en ausencia de éste. C u a n d o el jefe está presente, los cabezas de familia individuales le dirigen d i r e c t a m e n t e sus preocupaciones, en vez de hacerlo a un oficial que actúe c o m o intermediario. El jefe b a s s e r i tiene dos funciones p r i n c i p a l e s en la e c o n o m í a política. En p r i m e r lugar, gestiona el uso de las tierras de p a s t o r e o a fin de prever «la t r a g e d i a de la gente c o m ú n » ( H a r d i n , 1968), la d e g r a d a c i ó n q u e acaece c u a n d o familias de p a s t o r e s c o m p i t e n de m a n e r a o p o r t u n i s t a p o r p a s t o s escasos. P u e d e i m p o n e r restricciones al uso de los p a s t o s q u e los pastores individuales no se i m p o n d r í a n a sí mismos, puesto que sin los c o n t r o l e s del g r u p o o t r o p a s t o r s i m p l e m e n t e t o m a r í a e l p a s t o p a r a s u propio rebaño. Se le autoriza para imponer su voluntad mediante multas y golpes. Alterna su l u g a r de r e s i d e n c i a e n t r e la c i u d a d , en la q u e c i m i e n t a s u s r e l a c i o n e s sociales c o n o t r o s m i e m b r o s de la élite, y el c a m p o , a l q u e viaja c o n s u s é q u i t o d e c a m p a m e n t o e n c a m p a m e n t o , c e l e b r a n d o «juicios» y c o m u n i c a n d o decisiones, r e c a u d a n d o el t r i b u t o y d i s t r i b u y e n d o la r i q u e z a a s e g u i d o r e s q u e se lo m e r e c e n o lo necesitan especialmente. La segunda función del jefe es la de r e p r e s e n t a r a los basseri frente a otros segmentos de la sociedad iraní. Como señala Barth, los basseri son u n a unidad característica de esta sociedad, separada de sus segmentos campesinos y u r b a n o s p o r su estilo de vida n ó m a d a y p o r sus profundas divisiones étnicas. C u a n d o un basseri llega al conflicto con un campesino, p o r ejemplo, su movilidad s u p o n e u n a a m e n a z a p a r a el agricultor, al igual que el pronto acceso de éste al sistema judicial es u n a a m e n a z a p a r a el basseri; la negociación directa entre gente tan diferente es difícil. El jefe, sin e m b a r g o , p u e d e o c u p a r s e del a s u n t o j u n t o con los s e ñ o r e s del c a m p e sino, que p e r t e n e c e n a la m i s m a clase q u e el jefe; de esta m a n e r a se resuelven m u c h o s de estos conflictos. En r e s u m e n , la e c o n o m í a de subsistencia basseri se centra en la migración cíclica de las familias y sus tiendas y de los c a m p a m e n t o s en busca d e p a s t o s p a r a r e b a ñ o s familiares p e q u e ñ o s , poseídos d e m a n e r a independiente. Los c a m p a m e n t o s separados, incluso c u a n d o son m i e m b r o s del m i s m o ulad, están en competencia; desconfían y se evitan los u n o s a los otros. No obstante, esta e c o n o m í a individualista se ve limitada p o r la escasez de tierras de pastoreo y p o r la necesidad de coexistir con los campesinos bajo el gobierno estatal; de esta m a n e r a , se necesita u n a regulación m i n u c i o s a sobre el acceso a la tierra p a r a evitar tanto las riñas entre personas c o m o la sobreexplotación del pasto. Una parte i m p o r t a n t e del to-

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tal de la p r o d u c c i ó n se vende en el m e r c a d o , de d o n d e se obtienen los alim e n t o s básicos y los materiales esenciales. Se necesita a un jefe s u p r e m o p a r a m a n t e n e r el orden en el c a m p o , p a r a proteger al grupo de los efectos destructivos de la explotación sin restricciones del m e d i o por parte de los individuos y p a r a actuar c o m o un mediador entre sus súbditos y los extraños. A cambio, el jefe se aprovecha de su posición central para m a n t e n e r u n a supremacía exclusiva sobre los basseri y utiliza sus conocimientos del sistema de m e r c a d o p a r a h a c e r acopio de u n a excepcional riqueza p a r a sí m i s m o y p a r a su familia. En la s e g u n d a m i t a d del siglo XX, el m o d o de vida de los ganaderos c o m o los basseri se ha visto crecientemente a m e n a z a d o (Beck, 1991). Los c a m b i o s principales h a n sido: 1. La densidad de población creciente ha a u m e n t a d o la presión sob r e todos los recursos relacionados con la tierra en Irán. 2. La tierra, d o m i n a d a desde hace m u c h o tiempo p o r el u s o h u m a n o , ha sufrido u n a creciente intensificación al expandirse la agricultura hasta todos los rincones disponibles y al h a b e r a u m e n t a d o el peso q u e suponen los animales p a r a los pastos. Éstos tienden a ser hoy en día regiones áridas, secas y rocosas: [La] vegetación sobre la que se basan tomó la forma de plantas dispersas, poco enraizadas, y de pequeños matojos. Los hombres, recordando viejas historias, describían cómo las ovejas retozaban en la hierba nueva de la primavera, que era tan alta y densa que uno tan sólo podía descubrir sus orejas, cuando asomaban en ocasiones por entre la lozanía del paisaje. Tales recuerdos, al parecer, no eran exagerados: las condiciones para el pastoreo han sido en general mucho mejores antes de los años cincuenta. Desde entonces, la sobreexplotación de los pastos y la destrucción de los árboles y los arbustos para combustible (que causó la pérdida de la vegetación de la tierra cercana) ha conllevado una seria degradación ambiental (Beck, 1991: 50). 3. Al t i e m p o que los pastos se vuelven m á s escasos y d i s p u t a d o s , las familias sin líderes locales fuertes s o n m á s v u l n e r a b l e s a sufrir la pérd i d a d e sus d e r e c h o s t r a d i c i o n a l e s s o b r e los p a s t o s . E s t o f o r t a l e c e l a a u t o r i d a d de los líderes locales, a u m e n t a n d o la i m p o r t a n c i a de su papel c o m o m e d i a d o r entre pastos p o b r e s e incultos y el paisaje, crecientemente complejo, de los capitalistas u r b a n o s , la policía regional y las agencias gubernamentales. 4. La integración económica y la estratificación política se fortalecen a m e d i d a que el gobierno y los negocios privados a u m e n t a n su control sob r e la tierra. Los capitalistas u r b a n o s , con r e b a ñ o s que exceden las veinticinco mil cabezas, p a g a n a h o r a dinero p o r sus derechos de p a s t o r e o en t i e r r a s u s a d a s c o n a n t e r i o r i d a d p o r los g a n a d e r o s c u a n d o m i g r a b a n . Entonces, o bien t r a t a n de impedir que los pastores usen estos pastos, o bien piden un pago p a r a compensarlos de la pérdida de un pasto, que ahora reivindican c o m o suyo propio (ibíd.: 60).

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5. De forma similar a lo que ha pasado en las economías en desarrollo de la Francia y el J a p ó n feudales (caso 15), a m e d i d a que el paisaje se llena, las relaciones de p r o p i e d a d se h a c e n m á s competitivas y m á s estrecham e n t e definidas: registradas en d o c u m e n t o s oficiales e i m p u e s t a s p o r la policía y p o r otros agentes del gobierno. Esta forma de circunscripción reduce la variedad de elecciones disponibles p a r a u n a familia y a u m e n t a las posibilidades de la élite p a r a el control. 6. U n a e c o n o m í a capitalista en desarrollo, o lo que es lo m i s m o , el c r e c i m i e n t o de u n a n a c i ó n - e s t a d o c e n t r a l i z a d a e i n t e g r a d a p o r un sist e m a de m e r c a d o , ha a u m e n t a d o el acceso g u b e r n a m e n t a l a zonas antes distantes m e d i a n t e la construcción de carreteras y la proliferación de vehículos militares y aviones. Los intereses nacionales y extranjeros h a n usado este acceso p a r a influir en el uso de la tierra y en las alianzas políticas entre los pastores, al introducir nuevos intereses económicos (agricultura capitalista, haciendas y explotación de petróleo y de otros recursos). Aunque grupos c o m o los basseri a d o p t a n jerarquías políticas m á s formales y complejas c o m o respuesta a estos desarrollos, la base de subsistencia está cada vez m á s asediada y p o d r í a llegar a desaparecer. En u n a e c o n o m í a de mercado que se intensifica, las haciendas comerciales tienen m u c h a s posibilidades de r e e m p l a z a r a los pastores n ó m a d a s , de igual m a n e r a que h a c e miles de a ñ o s los pastores neolíticos r e e m p l a z a r o n a los cazadores-recolectores móviles, q u e los h a b í a n precedido (compárese con los n g a n a s a n , caso 4).

Conclusiones E x a m i n a r e m o s a h o r a los cacicazgos y su evolución en los t é r m i n o s de nuestros tres procesos evolutivos clave: la intensificación, la integración y la estratificación. La intensificación de la e c o n o m í a de subsistencia, a pesar de ser imp o r t a n t e c o m o proceso subyacente, apenas difiere entre el cacicazgo y las sociedades de gran h o m b r e , descritas en el capítulo 8. La densidad de población suele ser alta (en t o r n o a diez p e r s o n a s p o r kilómetro c u a d r a d o ) , p e r o t o t a l m e n t e d e n t r o del alcance posible p a r a las sociedades de g r a n h o m b r e y en algunos casos b a s t a n t e p o r debajo. Como en sociedades m á s simples, las formas de la intensificación varían según el medio, a b a r c a n d o desde el ciclo de b a r b e c h o corto y tala y q u e m a de los h a b i t a n t e s de las Trobriand h a s t a la agricultura de irrigación de las tierras bajas de los haw a i a n o s . Sólo el uso de los pastos de los basseri, m i n u c i o s a m e n t e regulado, no se observa en sociedades m á s simples. Es i m p o r t a n t e señalar que la tendencia a largo plazo hacia u n a dieta m e n o s variada, simplificada y, p o r lo t a n t o , potencialmente inferior, q u e o b s e r v a m o s en los capítulos del 6 al 9, no es evidente en los cacicazgos que h e m o s estudiado. Los h a w a i a n o s disfrutan de u n a dieta n o t a b l e m e n t e variada gracias al acceso, que la paz regional les permite, a distintos m e dios naturales, ricos en c u a n t o a recursos. En los casos de los basseri y de

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las Trobriand, el comercio exterior de p r o d u c t o s de subsistencia fue imp o r t a n t e de cara a la variedad dietética. La integración se p o n e m u c h o m á s de relieve en los cacicazgos que en las sociedades m á s simples. El liderazgo está institucionalizado tanto a nivel local c o m o regional y, en a m b o s niveles, se confía en que los jefes organicen el intercambio y el a l m a c e n a m i e n t o centralizados, construyan infraestructuras p a r a u n a p r o d u c c i ó n eficiente de p r o d u c t o s básicos, organicen las operaciones militares, garanticen los derechos de uso de la tierra, m e d i e n en las disputas internas y negocien o gestionen las relaciones comerciales externas. P o d e m o s identificar las causas principales de la evolución de las sociedades centralizadas con la gestión del riesgo (Athens, 1977; Gall y Saxe, 1977), la g u e r r a (cf. Boone, 1992; Carneiro, 1970b), la complejidad tecnológica (Steward, 1955; Wittfogel, 1957) y el comercio (Sanders, 1956; Service, 1962). Ya sea solos o en c o m b i n a c i ó n e s t o s m o t o r e s p r i n c i p a l e s , ellos m i s m o s resultado del crecimiento de la población y de la intensificación, precisan de u n a gestión central y están, de esta forma, en la base de la evolución de las sociedades complejas. Esta lógica funcionalista ve la evolución cultural c o m o adaptación, la solución de p r o b l e m a s particulares causados p o r el crecimiento de la población en condiciones medioambientales particulares. U n a lógica similar fue p o s t u l a d a p o r el jefe h a w a i a n o decimonónico, David Malo (1951 [1898]: 187): «Se s u p o n í a que el gobierno debía tener un ú n i c o cuerpo (kino). Al igual q u e el cuerpo de un h o m b r e es u n o solo, con u n a cabeza, con sus m a n o s , sus pies y n u m e r o s o s m i e m b r o s m á s pequeños, de igual m a n e r a el gobierno tiene m u c h a s partes, pero u n a única organización. El cuerpo colectivo del gobierno era la n a c i ó n entera, desde los plebeyos h a s t a los jefes supeditados al rey. Éste era la cabeza del g o bierno, los jefes, p o r debajo de él, las espaldas y el pecho.» Como destac a n Rathje y McGuire (1982: 705), esta analogía biológica t a m b i é n está en la b a s e del funcionalismo m o d e r n o y de su análisis de los sistemas sociales. P a r a Malo, un jefe h a w a i a n o educado antes del contacto con los misioneros occidentales, los g o b e r n a n t e s , c o m o la cabeza del cuerpo, p r o porcionan la dirección esencial para el conjunto d e j a sociedad. Para estos polinesios, u n a sociedad sin un jefe dirigente sería t a n impensable c o m o u n cuerpo sin cabeza. ¿Están los funcionalistas en lo cierto? ¿Podemos explicar la evolución de la complejidad social c o m o un correlato n e c e s a r i o de la intensificación de la e c o n o m í a de subsistencia? Pues p e n s a m o s que n o . La intensificación es, sin duda, necesaria, p e r o no suficiente; la cuestión crucial del control, considerado c o m o algo distinto de la gestión, t a m b i é n debe ser tenido en cuenta. Dicho de otro m o d o , la intensificación de la e c o n o m í a de subsistencia necesita la gestión centralizada, p e r o la necesidad de cierta forma de dirección no implica forzosamente la formación de cacicazgos. Sólo las formas particulares de la intensificación que favorecen el control central d a n c o m o resultado cacicazgos y p r o p o r c i o n a n las posibilidades p a r a el crecimiento político.

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La estratificación implica el control diferencial de los recursos productivos y es sobre t o d o este control lo que distingue a los cacicazgos de las sociedades m á s simples. Los cacicazgos se b a s a n en el liderazgo central generalizado, c o m o las sociedades de gran h o m b r e , p e r o un jefe tiene un control institucionalizado suficiente sobre la organización económica y política de su sociedad p a r a p o d e r restringir el liderazgo a un segmento de la élite. Un control así, b a s a d o en el acceso restringido a recursos econ ó m i c o s básicos, p u e d e derivar de c u a l q u i e r a de c u a t r o g r a n d e s condiciones, q u e varían de un lugar a otro: 1. El almacenamiento central, instituido originalmente c o m o m é t o d o p a r a m a n e j a r el riesgo, pero que p r o p o r c i o n a control sobre el capital p a r a su u s o en los a s u n t o s políticos (Earle y D'Altroy, 1982; D'Altroy y Earle, 1985). 2. La tecnología a gran escala, deseable p a r a u n a población local, ya que m i n i m i z a los costes de producción, pero que requiere u n a inversión i m p o r t a n t e de capital, que ata a los p r o d u c t o r e s de los bienes de subsistencia al jefe (Gilman, 1981; Earle, 1978). 3. La guerra en regiones n a t u r a l m e n t e circunscritas, que precisa de un liderazgo, pero que p e r m i t e al jefe victorioso controlar u n a población sojuzgada (Carneiro, 1970b; D. Webster, 1975). 4. El comercio exterior, q u e p u e d e ser necesario p a r a u n a población local o simplemente atractivo a causa de u n a fuerte d e m a n d a externa, pero que no está al alcance de la m a y o r parte de los individuos, debido a los altos costes de la tecnología de t r a n s p o r t e (Burton, 1975) ya las dificultades que p r e s e n t a n los contratos entre sociedades. U n a vez establecido el c o n t r o l regional, el desarrollo evolutivo del cacicazgo hacia u n a m a y o r centralización depende de las o p o r t u n i d a d e s p a r a la inversión y de los costes p a r a controlar o defender cualquier inversión hecha. Algunas de estas inversiones, c o m o la agricultura de irrigación y el comercio m a r í t i m o con los estados extranjeros, ofrecen un potencial e x c e p c i o n a l m e n t e g r a n d e p a r a el c o n t r o l y el c r e c i m i e n t o , q u e n o r m a l m e n t e subyacen en la evolución de los estados; a ello volveremos en el siguiente capítulo.

CAPÍTULO

12

EL ESTADO ARCAICO

Los estados son sociedades organizadas regionalmente, cuyas poblaciones alcanzan cifras de cientos de miles o millones de personas y en ocasiones son e c o n ó m i c a m e n t e d i s t i n t a s . En c o n t r a s t e con los cacicazgos, las poblaciones de los estados son t a m b i é n , p o r lo general, é t n i c a m e n t e distintas y el p o d e r del estado d e p e n d e de equilibrar y m a n i p u l a r los intereses divergentes de estos grupos. Mientras que los cacicazgos ceden el liderazgo a instituciones regionales generalizadas, en los estados el m a y o r alcance de la integración precisa de instituciones regionales especializadas p a r a realizar las tareas de control y administración. El ejército es responsable de la conquista, la defensa y, con frecuencia, de la paz interna. La burocracia se encarga de movilizar los ingresos del estado, o c u p á n d o s e de m u c h a s responsabilidades administrativas locales у de u n a m a n e r a m á s general, de m a n e j a r y supervisar la corriente de información. Por último, la religión de estado sirve t a n t o p a r a organizar la producción c o m o p a r a b e n d e c i r el g o b i e r n o estatal. E s t a e l a b o r a c i ó n del a p a r a t o de g o b i e r n o conlleva u n a estratificación creciente. Las élites ya no están e m p a r e n t a d a s con las poblaciones que gobiernan; su poder, g a r a n t i z a d o p o r el control e c o n ó m i c o , se exhibe con el u s o visible de bienes de lujo y con la construcción de edificios espléndidos. En las sociedades estatales, las divisiones étnicas, institucionales y de clase c r e a n intereses que c o m p i t e n entre sí y fuentes divergentes de poder. A p e s a r de que el t a m a ñ o de los estados implica u n a fuerte integración, la integridad de la e n t i d a d política es s i e m p r e esquiva y p l a n e a la a m e n a z a de que se disuelva en sus p a r t e s constituyentes, que a m e n u d o se e n c u e n t r a n en la escala de los cacicazgos (véase M a n n , 1986). La formación del estado ha sido u n a preocupación teórica central en a n t r o p o l o g í a , al m e n o s d e s d e la é p o c a de Lewis H e n r y M o r g a n (1877). Service (1977) distingue dos perspectivas antropológicas en los orígenes del estado: las teorías de integración y las de conflicto. Las p r i m e r a s derivan de la ecología cultural (Binford, 1964; Service, 1962, 1975; Steward, 1955) y, de forma m á s general, de la teoría de sistemas (Hill, 1977; Flannery 1972; Wright, 1977); todos ellos ven al estado como un nuevo nivel de integración social, necesario p a r a afrontar los nuevos problemas de riesgo (Gall y Saxe, 1977), complejidad tecnológica (Wittfogel, 1957) y comercio (Rathje, 1971).

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Las teorías de conflicto destacan la conquista, p o r la cual un grupo étnico llega a d o m i n a r a otros (Carneiro, 1967; Ibn Khaldun, 1956 [1377]), o bien el conflicto de clase (R. Adams, 1966; Engels, 1972 [1884]; Fried, 1967); todos ellos ven al estado como un m e c a n i s m o para m a n t e n e r la dominación social, política y económica de un segmento sobre otro. Ambas teorías no son m u t u a m e n t e excluyentes y, de hecho, identifican dos procesos interdependientes. Por u n a parte, los estados nacen del conflicto y de la dominación: un grupo étnico se convierte en élite dirigente de un vasto imperio y las instituciones imperiales trabajan p a r a m a n t e n e r y reforzar esta dominación. Por otra parte, los estados se desarrollan y funcionan bajo ciertas premisas que p e r m i t e n un control económico y precis a n de u n a a d m i n i s t r a c i ó n central; las poblaciones locales están u n i d a s e c o n ó m i c a m e n t e al estado m e d i a n t e u n a dependencia a d m i n i s t r a d a con esmero, que es consecuencia de la intensificación a largo plazo de la econ o m í a de subsistencia. Una subsiguiente división de las teorías del desarrollo cultural se ha d a d o entre los evolucionistas unilineales y los multilineales. Los p r i m e r o s h a n b u s c a d o identificar u n a sola línea de desarrollo que refleje la influencia causal de u n a variable d o m i n a n t e o m o t o r primero, en especial el progreso tecnológico y la creciente captación de energía (Leslie White, 1959) y los requisitos de gestión que implica la irrigación (Wittfogel, 1957). Por el contrario, los evolucionistas multilineales (Steward, 1955) h a n visto que el desarrollo de nuevos niveles de complejidad sigue c a m i n o s paralelos pero distintos, de acuerdo con las condiciones medioambientales locales. La tecnología intensiva en capital es quizá la base m á s c o m ú n para el desarrollo de la economía política de los estados. La creciente densidad de población precisa de un nivel de intensificación agrícola que, a la postre, solamente puede ser alcanzado por grandes mejoras capitalistas c o m o los sistemas de irrigación. A pesar de que la gestión regional de la irrigación sólo es necesaria para aquellos e n o r m e s sistemas construidos m u c h o después de la formación del estado, los sistemas de irrigación, incluso a u n a escala b a s t a n t e pequeña, p e r m i t e n el control económico p o r p a r t e de las élites, quienes intercambian el acceso a las zonas de regadío p o r trabajo o p o r u n a parte de los productos agrícolas. Los estados b a s a d o s en el control de la tecnología productiva suelen estar financiados p o r los productos básicos generados en tierras cultivadas, controladas por el estado. Esta economía fundamentada en los productos básicos, a m e n u d o asociada al «modo asiático de producción», constituyó la base económica de la m a y o r parte de los estados primigenios, incluidos los de Mesopotamia y Egipto. El estado inca, analizado en este capítulo, es otro b u e n ejemplo. El c o m e r c i o , c o m o fuente de ingresos p a r a las arcas del estado, es p r o b a b l e m e n t e m á s i m p o r t a n t e en las periferias de los estados agrarios. En el M e d i t e r r á n e o oriental, la a p a r i c i ó n de los estados micénico y ateniense estuvo b a s a d a en el comercio mercantil y en la producción a gran escala de los bienes de exportación p o r parte del trabajo esclavo (Engels, 1972 [1884]; Lee, 1983; Renfrew, 1972). El estado azteca, con u n a b u r o cracia relativamente p e q u e ñ a en las zonas conquistadas, dependía econó-

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m i c a m e n t e del tributo, que a m e n u d o consistía en bienes valiosos, y de la expansión tanto del comercio a larga distancia c o m o de los m e r c a d o s locales (Berdan, 1975; Brumfiel, 1980). En este capítulo, la formación de la evolución de la Francia y el J a p ó n medievales desde las sociedades simples —con economías f u n d a m e n t a d a s en los p r o d u c t o s básicos y similares a los cacicazgos— hasta los estados bien financiados se atribuye en gran m e d i d a al desarrollo de un sistema de m e r c a d o integrado, posibilitado por u n a explotación creciente del mercantilismo y del comercio. A pesar de que la tecnología y el comercio son analíticamente fuentes s e p a r a d a s de riqueza, en la práctica a m b o s suelen hallarse interrelacionados. Como era de esperar, los estados n o r m a l m e n t e b u s c a n múltiples fuentes de financiación p a r a m a x i m i z a r tanto la cantidad c o m o la estabilidad de sus ingresos. Los estados que inicialmente d e p e n d í a n de la econ o m í a de los p r o d u c t o s básicos, c o m o China, a n i m a r o n a c t i v a m e n t e el desarrollo de la m o n e d a , el i n t e r c a m b i o mercantil y el comercio a larga distancia c o m o nuevas fuentes de ingresos. En efecto, hay u n a tendencia general p a r a reemplazar la e c o n o m í a f u n d a m e n t a d a en los p r o d u c t o s básicos p o r la e c o n o m í a b a s a d a en bienes de valor, debido a su m a y o r flexibilidad, su posibilidad de a l m a c e n a m i e n t o y, lo que es m á s importante, su movilidad (DAltroy y Earle, 1985). El desarrollo del estado está í n t i m a m e n t e vinculado con el desarrollo de economías de escala m á s amplia, las cuales, al a u m e n t a r la eficiencia general, crean un potencial creciente p a r a la producción de excedente. Por n o r m a general, los estados dependen originalmente del control corporativo sobre la tierra, que forma la base de la economía. La alta productividad de los sistemas de irrigación desarrollados sientan los cimientos económicos p a r a todas las formaciones estatales prístinas de la costa del Perú, el altiplano mexicano, Egipto, el Oriente Medio, India y quizás China. El imperio inca ilustra cómo la administración de la producción agrícola intensificada, a d e m á s de administrar el riesgo de u n a pérdida de cosechas y de la guerra, proporcionó el excedente p a r a financiar un estado fuerte. Los estados que utilizaban u n a e c o n o m í a b a s a d a en bienes de valor aparecieron m á s tarde, vinculados con el desarrollo de los sistemas de la comercialización e i n t e r c a m b i o en los límites de los estados primigenios. Estos «estados secundarios» (Fried, 1967: 240-242) obtuvieron riqueza del comercio que controlaban. Como analizamos en el capítulo 14, el p o d e r y la p r o d u c t i v i d a d del m e r c a d o están, en ú l t i m a instancia, en la b a s e del desarrollo de los estados m o d e r n o s , en los que el c a m p e s i n o se ve suplantado p o r el agricultor especializado o por la agricultura industrial, que prod u c e n p a r a un m e r c a d o distante y cada vez m á s u r b a n o .

Caso 15. Francia y J a p ó n en la E d a d Media Ahora vamos a desviarnos brevemente de nuestros ejemplos etnográficos y arqueológicos p a r a e x a m i n a r algunos materiales históricos familiares. Nuestros dos ejemplos, la Francia y el Japón medievales, se hallan m u y

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separados, tanto espacial como culturalmente. Aun así, c u a n d o se eliminan las c a p a s de las diferencias estéticas, tecnológicas, sociales y filosóficas — c u a n d o todo lo que queda es el pequeño conjunto de variables que form a n el núcleo de nuestro modelo de evolución social— descubrimos similitudes a s o m b r o s a s entre a m b a s sociedades. Esto es cierto incluso p a r a sus ritmos de cambio: a pesar de que el complejo específico de cambios se sucedió en distintos m o m e n t o s de las historias de a m b o s países, en cada caso transcurrió a p r o x i m a d a m e n t e el m i s m o t i e m p o entre un estadio de desarrollo y el siguiente. De esta forma, la Alta Edad Media ocupó, en Francia, los siglos X y XI y, en Japón, los siglos XV y XVI, mientras que la Baja E d a d Media ocupó en Francia los siglos XII y XIII y en Japón los siglos XVII y XVIII. Los estudiosos, al referirse a los líderes de la E d a d Media c o m o «reyes» y «emperadores», h a n tendido a exagerar la extensión y la profundid a d del p o d e r centralizado que tales líderes ejercían. Si aplicamos los niveles n e u t r a l e s del c a p í t u l o anterior, v e m o s q u e la F r a n c i a y el J a p ó n medievales fueron habitados p o r c o m u n i d a d e s que oscilaban del cacicazgo simple al complejo, con m u c h a s zonas no integradas m á s allá del nivel doméstico o del grupo local. Bajo la presión implacable del crecimiento de p o b l a c i ó n c o n t i n u o y su lacayo, la intensificación de la p r o d u c c i ó n , se o c u p ó el territorio y a u m e n t ó la p r o p o r c i ó n de c a m p o que llegó a estar bajo el c o n t r o l del jefe, al igual q u e la c o m p l e j i d a d de los c a c i c a z g o s . El término «feudalismo» es también engañoso por, al menos, dos motivos. Primero, vemos que m u c h a s instituciones «feudales», tales como el establecimiento de lazos personales de lealtad entre señor y vasallo, la obligación del servicio de a r m a s para con el señor y la cesión de propiedades en forma de tierras a los vasallos leales, son sellos de la organización económica de los cacicazgos. O sea, no son únicamente «feudales» en sí mismas. Segundo, parte de la unicidad o la idiosincrasia de la sociedad y la economía medievales en Francia y J a p ó n proviene de la fuerte influencia cultural de la R o m a y la China imperiales, respectivamente. Por ejemplo, mientras que en los cacicazgos el lenguaje de las relaciones sociales, lazos jerárquicos incluidos, está enraizado en el parentesco (incluso cuando la distancia genealógica real entre individuos pueda ser muy grande), la Francia y el Japón medievales usaron un lenguaje legalista para describir y reforzar los distintos niveles de la jerarquía. Así, p o r debajo de esta diferencia en gran m o d o formal, el funcionamiento de la economía «feudal», en asuntos centrales como son el control de la tierra, las mejoras de capital y la transferencia de la producción a las elites, es esencialmente el m i s m o que el de un cacicazgo. Una consciencia creciente de estas similitudes entre la sociedad medieval y los cacicazgos ha llevado a reconsideraciones históricas esclarecedoras, en especial de la época vikinga en Dinamarca (Randsborg, 1980).

L O S PRECURSORES IMPERIALES

La E d a d Media, tanto de Francia c o m o de Japón, estuvo influida por el contacto con los imperios externos. Francia había estado bajo el control

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r o m a n o d u r a n t e siglos. Los gobernantes japoneses e r a n p l e n a m e n t e conscientes de que el estado chino estaba políticamente desarrollado y, quizás alertados p o r los peligros de un vecino poderoso, h a b í a n a d o p t a d o un sist e m a legal centralizado m o d e l a d o según el chino. F u e el «fantasma» de estas estructuras e x t e r n a m e n t e derivadas de la política imperial, lo que dio a sus sucesores un g r a d o de e s t r u c t u r a c i ó n política n a d a c o m ú n en los cacicazgos (Asakawa, 1965: 196; Hall, 1970: 77). Sobre el papel, los gobernantes merovingios (de 400 a 687 d.C.) y carolingios (de 687 a 900 d.C.) de Francia y los e m p e r a d o r e s de los periodos N a r a (de 646 a 794 d.C.) y H e i a n (de 794 a 1185 d.C.) poseían t o d a s las tierras de sus países respectivos y g o b e r n a b a n p o r decreto. El crecimiento subsiguiente de poderosos señores regionales, que desafiaron la s u p r e m a cía de los e m p e r a d o r e s , ha sido visto, en general, c o m o u n a forma de «delegación» o «decadencia» del p o d e r centralizado (p. ej., Duus, 1976: 6 1 ; Hall, 1970: 75-134; Lewis, 1974: 25-27), a m e n u d o explicado c o m o la consecuencia inevitable de la codicia o la ineficiencia de los gobernantes. Según este p u n t o de vista, el restablecimiento del poder centralizado al final de la E d a d Media aparece c o m o u n a fase del proceso cíclico de formación, disolución y reforma del estado. Sin e m b a r g o , los e s t a d o s c e n t r a l i z a d o s de la Baja E d a d M e d i a de Francia y J a p ó n fueron, de m a n e r a clara, c o m p l e t a m e n t e diferentes de los estados q u e los h a b í a n precedido. En los primeros tiempos, los territorios r e c l a m a d o s p o r los llamados e m p e r a d o r e s e s t a b a n h a b i t a d o s p o r c o m u nidades agrarias de subsistencia, que tenían las densidades de población relativamente bajas características de los agricultores. La guerra era end é m i c a y la vida política se a r t i c u l a b a n en t o r n o a los jefes g u e r r e r o s , aliados en federaciones poco sólidas. En algunos lugares, las densidades de p o b l a c i ó n fueron m á s altas; p o r ejemplo, en el siglo IX la región q u e r o d e a b a el París c o n t e m p o r á n e o estuvo h a b i t a d a p o r c u a r e n t a mil c a m pesinos, organizados en o c h o u n i d a d e s políticas (Duby, 1968: 12). Tales á r e a s e s t u v i e r o n c a r a c t e r i z a d a s p o r u n a intensificación significativa y u n a centralización local y, sin duda, p a g a r o n un tributo i m p o r t a n t e a sus gobernantes. Sin embargo, t a n t o en Francia c o m o en J a p ó n estas islas de control estuvieron rodeadas por territorios peligrosos e inestables, que eran «propiedad» del e m p e r a d o r sólo n o m i n a l m e n t e . En Francia, la agricultura de tala y q u e m a se practicó en zonas p o c o pobladas; en cambio, la horticultura intensiva ya era el p a t r ó n m á s c o m ú n . El uso de cerdos, caballos, vacas, ovejas y cabras estaba a m p l i a m e n t e extendido. Los b a r b e c h o s cortos e r a n c o m u n e s y, en algunos lugares se hallaban incluso técnicas m á s intensivas: el a r a d o ( n o r m a l m e n t e el araire ligero de madera), las cosechas anuales, la rotación de cultivos (incorporando legumbres), las acequias y el a b o n o (Lynn White, 1962: 40-77). J a p ó n fue u n a economía cazadora-recolectora hasta que se adoptó la tecnología del arroz, quizás alrededor de 250 a.C. El cultivo del arroz seco coexistió con la caza y la recolección de 300 a 600 d . C , a p r o x i m a d a m e n t e , c u a n d o los cacicazgos y los estados arcaicos aparecieron en íntima relación c o n el cultivo del a r r o z irrigado. Taeuber (1958: 15) describe la re-

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troalimentación entre el crecimiento de la población y el c a m b i o tecnológico que a c o m p a ñ ó la difusión de la agricultura del arroz irrigado: El cambio se produjo de manera muy gradual en Japón, difundiéndose desde el sudoeste hacia el norte y el este. Al principio, fue un proceso de complementación más que de sustitución, pero incluso en este estado arcaico la cantidad de alimentos creció. Las consecuencias demográficas implicaron tanto una tasa mayor de supervivencia, a causa de una nutrición más regular y más adecuada, como una incidencia y una severidad del hambre menores. Una vez que la población creció de tamaño, hubo una fuerte necesidad de extender el cultivo de las tierras y de asegurar, de esta manera, una mayor cantidad de los productos de subsistencia esenciales para la supervivencia de un mayor número de personas. De esta manera, el número creciente de personas, cuya supervivencia permitía la agricultura, estimuló el desarrollo posterior de la agricultura. D u r a n t e la época imperial, las regiones de c o n c e n t r a c i ó n de la población m o s t r a r o n signos de intensificación tales c o m o el regadío, el abon a d o y el trasplante, todo lo cual a u m e n t ó los r e n d i m i e n t o s del arroz p o r u n i d a d de tierra (Tsuchiya, 1937: 60-78). Este p a t r ó n básico — c o n c e n t r a c i o n e s de población localizadas con u n a producción intensiva, rodeadas p o r grandes regiones de población dispersa y c o n u n a p r o d u c c i ó n m á s intensiva— se refleja t a m b i é n en otros d o m i n i o s de las e c o n o m í a s francesa y japonesa. En las zonas centrales, la especialización económica, los m e r c a d o s y la m o n e d a t e n í a n u n a importancia real, a u n q u e limitada; pero, en las regiones periféricas, h a b í a pocas opciones o e r a n inexistentes y d o m i n a b a la p r o d u c c i ó n de subsistencia. Además, en las zonas centrales, la nueva tecnología militar de las a r m a s de hierro, la a r m a d u r a y los caballos de guerra estaban e m p e z a n d o a crear u n a fuerza militar especializada, en contraste con los g r u p o s apenas arm a d o s a los q u e p e r t e n e c í a n casi todos los h o m b r e s útiles de las zonas periféricas. El nuevo equipo era caro y solamente se podía m a n t e n e r a los g u e r r e r o s , así a r m a d o s , c o n e l i n g r e s o p r o p o r c i o n a d o p o r las g r a n d e s propiedades concedidas p o r el emperador. En r e s u m e n , la E d a d Media de J a p ó n y F r a n c i a e m p e z ó en épocas de control centralizado y autoritario de regiones m á s bien p e q u e ñ a s con u n a p r o d u c c i ó n intensificada, r o d e a d a s p o r zonas m a y o r e s que n o estab a n sujetas a un control central y c a r a c t e r i z a d a s p o r los b a r b e c h o s largos, algo de caza y recolección, la guerra i n t e r c o m u n a l y las alianzas políticas i m p r e d e c i b l e s . En c a d a caso, la e x t e n s i ó n t e m p r a n a del c o n t r o l imperial sobre las zonas periféricas dejó su huella, pero la base económica de estas zonas no p u d o sostener un estado. C u a n d o los imperios se vinier o n abajo, fueron reemplazados p o r cacicazgos guerreros. Los desarrollos a los q u e a h o r a p r e s t a m o s atención representan no t a n t o la resurrección de estados a n t e r i o r m e n t e poderosos, sino m á s bien la evolución interna de la sociedad a partir de u n a ocupación del c a m p o y los c a m b i o s socioecon ó m i c o s que la a c o m p a ñ a n .

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LA ALTA EDAD MEDIA

La Alta E d a d Media se ha definido p a r a Francia desde 900 a 1100 d.C. (Bloch, 1961: 59-71) y p a r a J a p ó n desde 1334 a 1568 (Lewis, 1974: 40-48). Durante este periodo e n c o n t r a m o s un despliegue continuo y gradual de las características q u e ya e r a n visibles en la época premedieval y que florecieron c o m p l e t a m e n t e d u r a n t e la Baja E d a d Media. El c o n t r a s t e e n t r e z o n a s «desarrolladas» y « s u b d e s a r r o l l a d a s » siguió siendo m a r c a d o en la Alta E d a d Media, p e r o las p r o p o r c i o n e s lent a m e n t e d e r i v a r o n a favor de las z o n a s d e s a r r o l l a d a s . H u b o un crecimiento constante de población y un cambio muy importante en la p r o d u c c i ó n de a l i m e n t o s (Taeuber, 1958: 16). A m e d i d a q u e la p o b l a c i ó n se e x p a n d i ó , m á s y m á s t i e r r a s se p u s i e r o n en cultivo: en F r a n c i a «el a r a d o no dejó de a r a ñ a r el bosque» (Bloch, 1961: 60), ya q u e la a d o p ción del a r a d o p e s a d o de a c e r o (charrue) hizo posible cultivar los suelos d e n s o s y o s c u r o s de los valles de ríos c o m o el Loira y el S e n a . Tanto en F r a n c i a c o m o en J a p ó n , los s e ñ o r e s regionales, r e s u e l t o s a a b r i r sus t i e r r a s sin cultivar, ofrecieron a los c a m p e s i n o s incentivos c o m o la p r o p i e d a d p r i v a d a de las p a r c e l a s y bajas obligaciones serviles. En J a p ó n , el g o b i e r n o y los s e ñ o r e s regionales llegaron a ser p a r t e activa en la realización de g r a n d e s p r o y e c t o s (tales c o m o el drenaje de m a r i s m a s y los trabajos de irrigación) p a r a c r e a r n u e v a s z o n a s de tierra cultivable. La d e s t r u c c i ó n r e s u l t a n t e de los b o s q u e s a c a b ó siendo t a n g r a n d e q u e el estado japonés instituyó p r o g r a m a s de gestión forestal (Nef, 1977; Tsuchiya, 1937: 126). Al m i s m o tiempo, se intensificó el uso de las tierras existentes p a r a a u m e n t a r su productividad. En Francia, u n a compleja serie de c a m b i o s interrelacionados se centró alrededor del a r a d o p e s a d o de acero. Éste abrió nuevas tierras a las cosechas anuales, pero precisaba de u n a m a y o r inversión en animales de tiro: p r i m e r o los bueyes, después los caballos de labor, m á s caros pero m á s eficientes. Los animales de tiro pastaban en los campos en b a r b e c h o , dejando tras de sí abono; este c a m b i o a n i m ó a las familias a j u n t a r s e en grupos cooperativos, que r o t a b a n sus c a m p o s en c o m ú n a fin de p o d e r a p a c e n t a r a sus animales en grandes terrenos vallados. Se ideó un sistema de tres campos, según el cual u n a familia p l a n t a b a un c a m p o con trigo en invierno, otro con cultivos de verano (generalmente legumbres) y dejaba un tercero en barbecho, c a m b i a n d o cada a ñ o el uso de cada campo. Este sistema a u m e n t ó de m a n e r a sustancial la productividad (Lynn White, 1962: 40-77). En J a p ó n se produjo u n a intensificación similar c u a n d o se extendió la irrigación sobre tierras cada vez m á s marginales. Los cultivos múltiples, el drenaje de las m a r i s m a s y la difusión de nuevas variedades de cultivos condujo a un «resurgimiento agrícola» (Lewis, 1974: 53). La a m e n a z a de h a m b r u n a y la intensa h a m b r e de tierras se m e n c i o n a n con frecuencia en los comentarios de este periodo. La población continuó creciendo y la media del t a m a ñ o de las parcelas p o r casa empezó a decrecer. En p r o de la eficiencia en el cultivo de arroz irrigado, las familias se juntaron, formando

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

grupos que compartieron el trabajo en periodos de gran necesidad (T. Smith, 1959: 50-51). A principios de la Alta E d a d Media, la población todavía se concent r a b a en granjas y aldeas d i s e m i n a d a s en el c a m p o . Los m a n c h o n e s y la caza y la recolección del bosque secundario en b u s c a de p r o d u c t o s silvestres todavía e r a n c o m u n e s . H a b í a pocas ciudades o pueblos y el comercio tenía m u y p o c a i m p o r t a n c i a p a r a la mayoría de la gente. Sin embargo, el p o d e r de los señores locales fue creciendo al t i e m p o que sus dominios se llenaban de u n i d a d e s domésticas productivas y su p o d e r militar derrotaba los esfuerzos imperiales p a r a imponerles impuestos y regularlos. Entonces siguió u n a época de intensa guerra, d u r a n t e la cual no p u d o enraizar ning u n a centralización política estable y a gran escala. Los señores locales tuvieron m u c h o en c o m ú n con los jefes m á s poderosos descritos en los capítulos 10 y 11. El parentesco continuó siendo i m p o r t a n t e en ocasiones en la formación del grupo, pero los pueblos gen u i n a m e n t e tribales desaparecieron, a m e d i d a que a u m e n t ó el p o d e r de los señores de la guerra. El señor defendía lo que consideraba su territorio mediante alianzas, si era posible, y m e d i a n t e la guerra, si era necesario. A fin de m a n t e n e r su ejército privado, a s i g n a b a a sus d e p e n d i e n t e s u n a parte de los p r o d u c t o s agrícolas de u n a sección de su territorio a c a m b i o de un j u r a m e n t o de lealtad y servicio p e r s o n a l e s . El h o m e n a j e a un gob e r n a n t e todavía se veía c o m o un acto de elección individual. La población tendió a agruparse alrededor de la residencia del señor. Desde el p r i m e r m o m e n t o , fue c o m ú n que u n a casa excediera a todas las d e m á s en t a m a ñ o y complejidad, u n a casa en la q u e se a l m a c e n a b a la p r o p i e d a d c o m ú n del g r u p o y desde la cual se o r g a n i z a b a n las m e d i d a s c o o p e r a t i v a s y defensivas (Mayhew, 1973). A m e d i d a q u e la p o b l a c i ó n creció, estos núcleos se convirtieron, de m a n e r a gradual, en feudos, rodeados de un c a m p e s i n a d o dependiente de éste en b ú s q u e d a de protección y seguridad. Sin embargo, m á s allá de la órbita del feudo existieron grandes zonas despobladas, algunas veces h a b i t a d a s p o r aldeas dispersas de «campesinos libres». Apareció u n a aristocracia guerrera, c a r a c t e r i z a d a p o r el valor militar y los fuertes lazos de lealtad hacia su señor. Más tarde, los valores de esta clase se volvieron rígidos, convirtiéndose en lo que fueron los altos ideales de la caballería (ascetismo, defensa intrépida del señor y del hon o r de u n o m i s m o , fuerza y destreza en la batalla), que caracterizaron a los caballeros y a los s a m u r a i s de la Francia y el J a p ó n feudales. No obstante, en este estadio primigenio, los derechos y los deberes de los señores y de sus vasallos p e r m a n e c i e r o n fluidos, p e r s o n a l e s y n e g o c i a b l e s . La c o m u n i d a d centrada en el feudo del señor fue autosuficiente. Los c a m i n o s y los canales fluviales estaban justo en los inicios de su expansión y los m e r c a d o s apenas e m p e z a b a n a aparecer en las zonas de m a y o r densidad de población. Hall (1970: 113) e n c u e n t r a paradójico que se pudiera llegar a t a n t o progreso agrícola en J a p ó n d u r a n t e u n a época de descentralización e c o n ó m i c a y de inestabilidad política. Sin embargo, no existe paradoja si vemos el proceso a nivel local y no desde el p u n t o de vista del

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gobierno imperial. En a m b o s países, la presión de la población fue creciendo de la m a n o de la intensificación de la p r o d u c c i ó n de alimentos y, a su vez, la división social del trabajo se fue h a c i e n d o m á s compleja. En J a p ó n hallamos talleres artesanos m u c h o antes de que emergieran los pueblos y las ciudades (Tsuchiya, 1937: 82) y, en Francia, vemos que el feudo sirvió hasta cierto p u n t o c o m o centro p a r a la a c u m u l a c i ó n y la distribución de riqueza (Bloch, 1961: 236). Por lo tanto, lo que pareció al emper a d o r u n a p é r d i d a de control que le afligía, debió parecer a nivel local un a u m e n t o gratificante de la población, la producción, la interdependencia y el o r d e n económico y político.

LA BAJA EDAD MEDIA

La Baja E d a d Media, o «alto feudalismo», apareció en Francia entre 1100 y 1300 d.C. y, en Japón, entre 1568 y 1868 d . C , un periodo que precede e incluye al sogunato Tokugawa. Por esta época emergieron gobernantes m á s poderosos, se construyeron c a m i n o s y canales, y aparecieron pueblos y m e r c a d o s libres por todo el país. Los señores locales, anteriorm e n t e a u t ó n o m o s , se vieron obligados entonces a j u r a r lealtad a los grandes señores regionales, que tenían un poder y u n a riqueza superiores. No obstante, el p o d e r de estos grandes señores regionales p e r m a n e c i ó débil y tuvieron que reforzarlo m e d i a n t e frecuentes recorridos de inspección con un retén a través de sus provincias, a c e p t a n d o c o m i d a y alojamiento de parte de los dirigentes locales en el llamado «festín movible» (ibíd. 1961: 62; p a r a J a p ó n , véase Hall, 1970: 111). E s t a s inspecciones son c o m u n e s en los cacicazgos, c o m o vimos en los casos de H a w a i y los basseri. Son un signo de la debilidad de un líder c u a n d o se lo c o m p a r a con los gobernantes de un estado c o m p l e t a m e n t e desarrollado, quienes, d u r a n t e la m a y o r parte del t i e m p o , residen confiadamente en palacios y piden a sus subditos que a c u d a n a rendirles pleitesía. El gran sogún del siglo XVII, Tokugawa Ieyasu, fue evidentemente el primero en alcanzar este grado de control centralizado en J a p ó n (Perrin, 1979: 60; Taeuber, 1958: 18). Por eso, vemos la Baja E d a d M e d i a c o m o un p e r i o d o de t r a n s i c i ó n de u n a sociedad dividida en cacicazgos que c o m p i t e n entre sí hacia otra u n i d a en un estado único. Durante la p r i m e r a parte de este periodo la población continuó creciendo, quizá con u n a tasa m á s rápida que con anterioridad; la población de J a p ó n a u m e n t ó en un 50 % (hasta u n o s treinta millones, es decir, u n a s cien personas p o r kilómetro cuadrado) sólo durante el siglo XVII, pero luego se p a r ó y a p a r t i r de ahí creció m u y poco (Hall, 1970: 202). La Baja E d a d Media, tanto en Francia c o m o en Japón, ha sido descrita c o m o u n a etapa de gran innovación y progreso agrícolas (Duby 1968: 21-22; Duus, 1976: 83; Hall, 1970: 201-202). T h o m a s Smith (1959: 87) habla de «una nueva disposición hacia el cambio, a pesar de que la razón de ello sigue siendo oscura». Se perfeccionaron las nuevas tecnologías y las antiguas se adoptar o n con m á s amplitud; se u s a r o n cada vez m á s las h e r r a m i e n t a s de hierro,

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se difundió la irrigación y se desarrollaron y distribuyeron nuevas variedades de semillas. En Japón, el gasto en fertilizantes p a s ó a s u p o n e r un coste de gran importancia en la p r o d u c c i ó n y los fertilizantes comerciales, p r e p a r a d o s a partir de pasta de pescado, aceite de pescado y excrementos h u m a n o s , se e n c o n t r a b a n disponibles en gran cantidad en los mercados. El t a m a ñ o m e d i o de los c a m p o s c o n t i n u ó d i s m i n u y e n d o y la inversión de trabajo por c a m p o a u m e n t ó ; se produjo u n a especie de «involución» del trabajo (Geertz, 1963; véase c a p í t u l o 13), p u e s t o q u e se d e d i c ó un cuidado cada vez m a y o r a espaciar las plantas, a seleccionar los retoños, acondicionar la tierra y otras cosas p o r el estilo. El uso de animales de tiro, de las cosechas dobles y de los cultivos comerciales t a m b i é n a u m e n t ó . Se exp a n d i e r o n los cultivos en zonas marginales a n t e r i o r m e n t e incultas y los campesinos e m p e z a r o n a quejarse de la pérdida resultante de leña, a b o n o y forraje (T. Smith, 1959: 95). Desde luego, r e c o n o c e m o s todos estos cambios c o m o integrantes de la intensificación sistemática de la producción, en respuesta al crecimiento de la población, y ello podría explicar la nueva actitud hacia los cambios. No se trata de que los cambios i n a u g u r a r a n un periodo de a b u n d a n c i a y comodidad, sino al contrario: El problema de lo poco adecuados que resultaban los arrozales para el mantenimiento de la gente y de la economía ha sido un tema recurrente en la historia de Japón. Tanto en los tiempos antiguos como hoy en día, las dificultades fueron dobles: la escasez de tierra y la sobreabundancia de personas. Dentro de la estructura política y social del mundo antiguo, ninguna cultura pudo escapar permanentemente a estos problemas de presión de la población y de deficiencia alimentaria, siendo la malnutrición y el hambre los resultados finales de la estabilidad política y el avance económico. [...] Se da una regularidad monótona en los textos sobre mejoras agrícolas, nuevas tierras, hambre, epidemia y declive (Taeuber, 1958: 15). Sin e m b a r g o , los c a m b i o s m á s i m p o r t a n t e s d u r a n t e l a Baja E d a d Media se llevaron a cabo en la integración económica, social y política de la p r o d u c c i ó n y en el i n t e r c a m b i o . Lewis (1974: 66) se refiere a este periodo c o m o a u n a «época de elaboración y de legalismo». El m e r c a d o cob r ó importancia, a m e d i d a que los objetos m a n u f a c t u r a d o s en las ciudades y los gremios artesanos desempeñaron un papel mayor en la agricultura y a m e d i d a que se hizo necesario p o n e r m á s y m á s tierra en uso p a r a sacar el m á x i m o beneficio, s e m b r a n d o un único cultivo p a r a su venta en lugar de múltiples cultivos p a r a la subsistencia. Los g r a n d e s s e ñ o r e s (en Japón, daimyo) p u d i e r o n garantizar la p a z del m e r c a d o y de los caminos, a c u ñ a r m o n e d a y, en general, apoyar el comercio. D u r a n t e la Alta E d a d Media se ajustó toda la estructura de la sociedad medieval. Se establecieron los lazos de dependencia a través de rituales formales, d o c u m e n t o s legales firmados, n o r m a s m á s estrictas de herencia y servicio militar. Los p o b l a d o s fueron las u n i d a d e s sociales p o r e n c i m a de la u n i d a d doméstica, definiendo quién podía utilizar las tierras

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del poblado y sirviendo, también, como u n i d a d e s convenientes p a r a la imp o s i c i ó n del t r i b u t o . L l e g a d o s a este p u n t o , la l e a l t a d dejó de ser u n a cuestión de elección: casi todo el m u n d o era vasallo de alguien y lo que en un tiempo habían sido «campesinos libres» fueron entonces «forajidos». Los derechos p a r a recibir el arriendo, los impuestos, los títulos, los estipendios y las cuotas de la tierra fueron definidos c u i d a d o s a m e n t e y de m a n e r a elaborada, y el «fondo de arriendo» de los c a m p e s i n o s (Wolf, 1966a) parece que se fue haciendo progresivamente m á s opresivo. Una g u e r r a victoriosa a h o r a precisaba de g r a n d e s ejércitos, fuertem e n t e a r m a d o s . A m e d i d a que el paisaje se iba o c u p a n d o , u n a especie de «circunscripción social» (Carneiro, 1970b) permitió que u n a facción, m e d i a n t e u n a mezcla de a m e n a z a y c o m p r o m i s o , estableciera un gobierno central estable y uniera a todos los señores separados. Cuando se completó este proceso, las ciudades y el comercio crecieron r á p i d a m e n t e . La m a nufactura y el comercio se convirtieron en r u t a s alternativas de p o d e r y riqueza e incluso los señores medievales se encontraron cada vez m á s orientados al beneficio. Aparecieron trabajadores sin tierra q u e se convirtieron en asalariados, emigrantes o siervos en los hogares de los campesinos que poseían tierras. Por lo tanto, la p r o p i e d a d de la tierra llegó a ser un a s u n t o de s u m a importancia. Se a p e a r o n de nuevo las tierras; las escrituras legales sobre la p r o p i e d a d a c o m p a ñ a r o n la t e n d e n c i a creciente de comprar, v e n d e r y a r r e n d a r la tierra, y las sublevaciones y las revueltas se sucedieron a causa de p r o b l e m a s p o r la p r o p i e d a d de la tierra. Algunos de estos p r o b l e m a s fueron: los a u m e n t o s de i m p u e s t o s y diezmos; la frecuencia de la h a m b r u n a (que quizás indicaba la imposibilidad de la tierra p a r a sostener los crecimientos de población); el reemplazo de los lazos de lealtad, basados en el parentesco y en el servicio personal, p o r vínculos impersonales y legales, reforzados p o r los tribunales y la policía, y la aparición de c a m p e sinos sin tierra, a m e d i d a que la protección feudal de la tierra dio p a s o a un m e r c a d o cada vez m á s libre con respecto a dicha tierra. En el periodo Tokugawa, J a p ó n b u s c ó m a n t e n e r el m u n d o exterior alejado m e d i a n t e u n a restricción de los intercambios comerciales y culturales. Aun así, el crecimiento constante del comercio y de los m e r c a d o s fue u n a consecuencia irresistible de la creciente intensificación de la p r o d u c ción. P o d e m o s observar c ó m o la Baja E d a d Media engendró un nuevo orden. En lugar de un «feudalismo puro» de señores regionales a u t ó n o m o s , apareció un único gobernante, poderoso y unificador. La posición exclusiva del señor que controlaba la riqueza b a s a d a en la tierra e m p e z ó a desvanecerse a m e d i d a que grupos emergentes de m e r c a d e r e s , artesanos, industrialistas y b u r ó c r a t a s , todos ellos a d m i n i s t r a n d o su p a r t e d e n t r o de u n a e c o n o m í a crecientemente compleja, a d q u i r i e r o n la riqueza. El liderazgo llegó a depender m á s del control del «intercambio» que de otros medios de producción (capítulo 13). Las mejoras en el t r a n s p o r t e , la paz del m e r c a d o interno y el p o d e r político centralizado, capaz de establecer u n a política exterior, a u m e n t a r o n la importancia del comercio y de la p r o d u c ción comercial a costa del sector de subsistencia.

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En r e s u m e n , en la E d a d Media Francia y J a p ó n se desarrollaron de forma gradual hacia estados, impulsados por las presiones y las oportunidades que surgían del a u m e n t o de la población y de la intensificación del uso de la tierra. El crecimiento del c a m p e s i n a d o coincidió con la expansión de las e s t r u c t u r a s políticas a nivel de estado en zonas tribales. ¿En qué p u n t o el m i e m b r o de la tribu que paga tributo a un jefe se convierte en un c a m p e s i n o que paga un arriendo a un señor (cf. Bloch, 1961: 243)? A pesar de que no se puede d a r n i n g u n a respuesta precisa, la intensificación del trabajo sobre la tierra y el a u m e n t o de la estratificación y la burocracia, a costa del parentesco y el personalismo, están claramente asociados y su resultado inevitable es el c a m p e s i n a d o .

Caso 16. Los incas: el i m p e r i o a n d i n o El imperio inca, Tahuantinsuyu, fue la entidad política m á s grande y a d m i n i s t r a t i v a m e n t e m á s compleja del N u e v o M u n d o p r e h i s t ó r i c o . E l imperio, que se extendía desde lo que a h o r a es Chile y Argentina, a través de Perú y Bolivia, h a s t a E c u a d o r y Colombia, incorporó u n o s 910.000 kilómetros c u a d r a d o s y probablemente entre ocho y catorce millones de personas. En contraste con las sociedades m á s simples, estudiadas anteriorm e n t e , el alcance de la integración política y económica del imperio inca es profundo. Ejerció el poder directamente sobre m á s de un centenar de grupos étnicos, originariamente fragmentados en m u c h a s entidades políticas a u t ó n o m a s (Rowe, 1946: 186-198), y sobre m u c h o s medios n a t u r a les distintos con cultivos especiales y recursos inusuales. La s u b i d a al p o d e r de los incas fue espectacular. A finales del periodo intermedio tardío (alrededor de 1400 d.C.) la cordillera a n d i n a estaba dividida entre m u c h o s cacicazgos en guerra (Rowe, 1946: 274). En el valle de Mantaro, al n o r t e de Cuzco, la arqueología d o c u m e n t a las condiciones en la sierra antes de la expansión incaica. Los p r i m e r o s poblados sedentarios d a t a n quizá de 800 a.C. y los nuevos poblados se fundaron a lo largo de la región a m e d i d a que l e n t a m e n t e creció la población. Los poblados fueron p e q u e ñ o s (de dos hectáreas a dos hectáreas y media), con poblaciones p r o b a b l e m e n t e de u n o s pocos cientos de personas, pero sus localizaciones se movieron a lo largo del tiempo hacia posiciones m á s altas, p r o b a b l e m e n t e p o r motivos defensivos. A m e d i a d o s del periodo intermedio tardío (alrededor de 1350 d.C.) se produjo un c a m b i o social m u y i m p o r t a n t e . Al c o n t i n u a r creciendo la población, los asentamientos t a m b i é n crecieron r á p i d a m e n t e de t a m a ñ o y m u c h o s se situaron entonces en crestas y colinas. Por ejemplo, el asentamiento de T u n a n m a r c a , un centro relativamente grande (de veintiuna hectáreas), se situó en u n a cresta alta caliza, que domina el valle de Yanamarca, al norte de Jauja. Además de su localización fortificada, el asentamiento estaba r o d e a d o p o r dos murallas defensivas concéntricas. Se estimó que la zona residencial contenía u n a s cuatro mil casas, que h a b r í a n alojado a casi diez mil personas, y u n a plaza pública central con varios edificios es-

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peciales. Tres asentamientos coetáneos m á s pequeños, situados a cinco kilómetros de Tunanmarca, parece que estuvieron vinculados políticamente a este centro. En total, el cacicazgo de T u n a n m a r c a incorporaba u n a s quince a veinte mil personas. Con anterioridad a la conquista incaica, el valle de M a n t a r o , y al parecer la m a y o r parte de la cordillera andina, estaba fragmentado en entidades políticas de cacicazgos en guerra m á s o m e n o s p e r m a n e n t e . Los incas fueron c a p a c e s d e c o n s t r u i r s u i m p e r i o c o n q u i s t a n d o d e u n m o d o sistemático estas entidades políticas a n t e r i o r m e n t e i n d e p e n d i e n t e s e inc o r p o r a n d o a sus p o b l a c i o n e s y s i s t e m a s políticos d e n t r o del i m p e r i o . ¿Cómo lo consiguieron? G r a n parte de su éxito sin precedentes se p u e d e atribuir a sus principios innovadores de las finanzas institucionales, el control burocrático y el gobierno indirecto. El p r o b l e m a fue el de unificar los cacicazgos en guerra mediante la creación de un nuevo nivel de integración. Instituciones tales c o m o el s i s t e m a a m p l i o de i m p u e s t o s sobre el trabajo, a p e s a r de que e s t a b a n b a s a d a s en precedentes e ideologías existentes, se transform a r o n p a r a adecuarse a las necesidades, mayores y m á s complejas, de un imperio. Esencialmente el imperio se construyó sobre u n a estructura y u n a ideología de cacicazgos, p e r o c o n n u e v a s relaciones j e r á r q u i c a s sobrepuestas. Con anterioridad a la conquista incaica, el crecimiento de la población a largo plazo h a b í a c a u s a d o u n a intensificación de la e c o n o m í a de subsistencia, el conflicto militar violento y el crecimiento inicial de las sociedades estratificadas en la cordillera andina. El estado de guerra constante tuvo altos costes económicos y psicológicos, que hicieron deseables la organización regional y la paz del imperio. La guerra se originaba p o r la tierra: en esencia, cada c o m u n i d a d l u c h a b a p a r a proteger la tierra necesaria p a r a su supervivencia. La s u p e r e s t r u c t u r a imperial i m p u s o la p a z regional y un sistema de derechos legales sobre el uso de la tierra a c a m b i o de obligaciones de trabajo. El coste p a r a m a n t e n e r este sistema bajó de m a n e r a significativa gracias al a u m e n t o de la densidad de población a largo plazo, q u e d i s m i n u y ó los costes administrativos, y gracias a la creciente dependencia de la población de los métodos de agricultura intensiva (como el regadío y las terrazas), que se p o d í a n controlar fácilmente. Otra ventaja fue la evolución anterior de los cacicazgos, que p e r m i t i ó a los incas gob e r n a r i n d i r e c t a m e n t e a través de sistemas políticos existentes. A p e s a r de que la conquista inca debe permanecer como u n o de los acontecimientos m á s notables de la historia, los requisitos básicos que la p e r m i t i e r o n est a b a n ya presentes. P a r a entender c ó m o o p e r a b a el imperio inca d e b e m o s considerar las bases e c o n ó m i c a s duales de la integración social y política: la e c o n o m í a de subsistencia, que sostiene a la población de las c o m u n i d a d e s locales, y la e c o n o m í a política, que financia al estado y a sus instituciones interregionales especiales. G r a n parte de lo que sigue se ha extraído de las valiosas descripciones sumarias de D'Altroy (1992), Moore (1958), M u r r a (1975, 1980 [1956]), Rowe (1946), Schaedel (1978) y Wachtel (1977: 60-84).

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EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA DE SUBSISTENCIA

Los Andes, tierra del imperio inca, son u n a c a d e n a desigual de altas m o n t a ñ a s s i t u a d a m u y c e r c a de la costa pacífica de S u d a m é r i c a y q u e discurre paralela a ella. Se p u e d e n r e c o n o c e r en general tres zonas m e dioambientales. A lo largo de la costa se encuentra un desierto seco y árido, m o t e a d o p o r valles verdes que se n u t r e n de los caudales procedentes de las altas sierras. Los arroyos se utilizaron p a r a regar los productivos terrenos agrícolas cerca de la costa y los ricos recursos m a r i n o s a ñ a d i e r o n alimentos i m p o r t a n t e s a la dieta. Las m o n t a ñ a s del interior se alzan r á p i d a m e n t e p o r e n c i m a del desierto costero y sigue u n a zona central de sierras q u e recorre la cordillera a n d i n a . Esta sierra contiene picos e n c u m b r a d o s cubiertos de nieve, p r a d e r a s o n d u l a d a s extensas y algunos valles a n c h o s entre m o n t a ñ a s . Las p r a d e r a s se u s a r o n c o m o pastos extensivos y los ricos valles entre m o n t a ñ a s , p a r a la agricultura. Hacia el este, la tierra desciende r á p i d a m e n t e y está cortada p o r m u c h o s valles p r o n u n c i a d o s y riachuelos con cascadas. En u n o s cincuenta kilómetros, las altitudes pueden caer 2.700 metros, desde las altas p r a d e r a s a n d i n a s hasta el bosque tropical h ú m e d o y exuberante. Los grupos de la sierra vivieron en los cursos m á s altos de los riachuelos, p e r o los medios boscosos fueron o c u p a d o s p o r grupos tribales que n u n c a fueron incorporados al imperio, c o m o los m a c h i g u e n g a (capítulo 4), a solamente ciento cincuenta kilómetros de Cuzco. En p a r t e d e b i d o a estos contrastes entre zonas, la sociedad a n d i n a presentó formas b a s t a n t e variables. La costa estaba d e n s a m e n t e poblada, las poblaciones d e p e n d í a n de la agricultura de regadío a gran escala y de la pesca y n o r m a l m e n t e estaban organizadas c o m o estados complejos: en especial Chimu, con su capital u r b a n a en Chan Chan (Moseley y Day 1982). Las poblaciones de la sierra eran m e n o s densas, d e p e n d í a n de la agricult u r a mixta y n o r m a l m e n t e se o r g a n i z a b a n c o m o grupos locales o cacicazgos competitivos. De esta m a n e r a , los incas organizaron etnicidades, sociedades y economías m u y variadas dentro de u n a superestructura política e n o r m e ; esta heterogeneidad económica y étnica es u n a m a r c a de los estados. En las c o m u n i d a d e s de la sierra, r e p r e s e n t a d a s aquí p o r el valle de Mantaro, los arqueólogos h a n d o c u m e n t a d o un a u m e n t o de población sostenido y bastante fuerte inmediatamente antes de la conquista inca (Hastorf, 1993; LeBlanc, 1981). La densidad de población en el período de los incas era de u n a s catorce personas p o r kilómetro c u a d r a d o en el conjunto de las cordilleras (LeVine, 1985: 450) y localmente m u c h o m á s alta. Gracias al mosaico de diferentes suelos, precipitaciones, pendientes y alturas (Hastorf, 1993), el a s e n t a m i e n t o de sierra típico fue u n a isla o bolsa de población m u y alta, r o d e a d a p o r un paisaje árido. La economía de subsistencia fue u n a mezcla de agricultura de cultivos p e r m a n e n t e s e itinerantes y de pastoreo. E n t r e los cultivos se encuent r a el maíz, las p a t a t a s y la q u i n u a ; los a n i m a l e s fueron p r i n c i p a l m e n t e las llamas (para carne y transporte) y alpacas (para lana). El m a í z se cultivaba en c a m p o s de regadío p o r debajo de los 3.300 metros; se sembra-

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b a n p a t a t a s y otros tubérculos m e d i a n t e cultivo itinerante en las mesetas h a s t a los 3.900 metros, y las llamas y las alpacas p a s t o r e a b a n en p r a d e r a s a mayores alturas. El c r e c i m i e n t o a largo plazo de la población h u m a n a dio c o m o resultado u n a intensificación selectiva de la agricultura. El cultivo itinerante del altiplano, similar al de las islas Trobriand (caso 12), frecuentemente descrito en las fuentes m á s antiguas, implicaba un ciclo de b a r b e c h o regulado p o r la c o m u n i d a d (Rowe, 1946). Allá d o n d e era factible, las mejoras de capital p a r a el cultivo p e r m a n e n t e i n c o r p o r a r o n el regadío, las terrazas y los sistemas de drenaje de los c a m p o s (Donkin, 1979; Hastorf y Earle, 1985). Un efecto s e c u n d a r i o de esta intensificación fue un riesgo creciente de pérdidas de cosechas, a m e d i d a que la p r o d u c c i ó n se expandió hacia el fondo de los valles, que son susceptibles de i n u n d a r s e , y en el altiplano, que se ve atacados p o r el granizo y las heladas. En los tiempos presentes, estos riesgos en parte p u e d e n ser anticipados, pero los c a m p e sinos a n d i n o s prefieren p l a n t a r en varios lugares distintos c o m o protección c o n t r a el desastre. Los estudios etnohistóricos (D. LaLone, 1982; M u r r a , 1980 [1956]) h a c e n hincapié en que los incas fueron, en gran medida, u n a sociedad sin m e r c a d o . En el M a n t a r o , el i n t e r c a m b i o fue m u y limitado, especialmente en c u a n t o a alimentos (Earle, 1985). Como en el caso h a w a i a n o , la diversidad m e d i o a m b i e n t a l extrema de los Andes p u s o a disposición de las poblaciones locales u n a g r a n variedad de recursos, limitando así la necesidad del i n t e r c a m b i o entre c o m u n i d a d e s . La guerra, como h e m o s visto, era endémica antes de la conquista. Los líderes locales, p r e g u n t a d o s p o r los e s p a ñ o l e s s o b r e e l p e r i o d o p r e i n caico, describieron su naturaleza: «Antes de los incas, los u n o s se enzarz a b a n en guerras contra los otros a fin de adquirir m á s tierras y no salían fuera de este valle p a r a luchar, sino que sucedía d e n t r o del p r o p i o valle: aquellos que estaban a un lado del río q u e p a s a a través del valle luchab a n c o n t r a los indios de la otra parte» (Vega, 1965 [1582]: 169). Otros informadores, que s u e n a n casi c o m o antropólogos de hoy en día, interpret a r o n que las causas de esta guerra e r a n u n a población en crecimiento y la competencia entre c o m u n i d a d e s p o r las tierras, los r e b a ñ o s y las mujeres (Toledo, 1940 [1570]: 28). La población creciente en los Andes creó los problemas, ya conocidos, de la intensificación agrícola, con su tecnología y riesgo asociados y con sus considerables guerras. Estas circunstancias locales, antes de la conquista inca, produjeron las condiciones necesarias p a r a crear dicho estado.

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

La organización de la c o m u n i d a d a n d i n a tuvo dos niveles i m p o r t a n tes: la u n i d a d d o m é s t i c a individual y el ayllu, un g r u p o de p a r e n t e s c o y territorial. El p r i m e r o fue p r o b a b l e m e n t e u n a familia nuclear o m í n i m a m e n t e extensa, c o m p u e s t a p o r u n a pareja casada y sus hijos, a ñ a d i e n d o a

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veces u n o de los p a d r e s viudos, un hijo soltero o algún otro pariente cercano. En las c o m u n i d a d e s a n d i n a s tradicionales c o n t e m p o r á n e a s , esta familia n u c l e a r forma la u n i d a d e c o n ó m i c a elemental (Lambert, 1973: 3; Mayer, 1977: 61). A pesar de que no p o d e m o s simplemente retrotraer este p a t r ó n a los tiempos prehistóricos, los yacimientos de la sierra, que d a t a n del periodo inca y del i n m e d i a t a m e n t e anterior, fueron n o r m a l m e n t e divididos en p e q u e ñ o s «grupos de patio» de varias estructuras que se abrían hacia un espacio de trabajo abierto (D'Altroy, 1992; Hastorf, 1993; Lavallée y Julien, 1973). Estos grupos de estructuras, con u n a o dos construcciones y r a r a m e n t e c o n m á s de c u a t r o o cinco, p a r e c e que fueron recintos familiares en los que se centraban los trabajos de subsistencia de la familia. Una división del trabajo p o r sexo y edad permitió a la familia acercarse a u n a u n i d a d de p r o d u c c i ó n y c o n s u m o autosuficientes. Los h o m bres se dedicaban a actividades especialmente pesadas c o m o la preparación de la tierra, la guerra, diversos trabajos artesanos y el comercio a larga distancia. Las mujeres e r a n responsables de m u c h a s tareas agrícolas, la p r e p a r a c i ó n de la comida, el c u i d a d o de los niños, el t r a n s p o r t e del agua, hilar y tejer (Silverblatt, 1978, 1987). Pero la división de estos deberes no era exclusiva y los h o m b r e s y las mujeres se p o d í a n a y u d a r los u n o s a los otros. Se p r e s t a b a atención a la c o m p l e m e n t a r i e d a d de las tareas m a s c u linas y femeninas, todas necesarias p a r a el sostén de la u n i d a d doméstica. Dentro de la casa, las contribuciones equilibradas a la vida diaria eran relativamente iguales y recíprocas. En la agricultura, p o r ejemplo, u n a pareja se c o m p l e m e n t a b a en el trabajo: m i e n t r a s el h o m b r e removía la tierra a pie con un arado, la mujer rompía los terrones; mientras que el hombre hacía un agujero p a r a plantar, la mujer introducía las simientes en los agujeros anteriores (Rowe, 1946: 213). Siempre que los pastos estuvieron relativamente cerca al a s e n t a m i e n t o principal, los jóvenes de a m b o s sexos se e n c a r g a r o n de cuidar los animales del r e b a ñ o (Murra, 1965: 188). A juzgar p o r las c o m u n i d a d e s a n d i n a s tradicionales contemporáneas, p r o b a b l e m e n t e se acarició el objetivo de la i n d e p e n d e n c i a familiar. Las familias c o n t e m p o r á n e a s se resisten a entrar en relaciones recíprocas con otras p o r m i e d o a que se revele c o m o algo costoso, debido a futuras dem a n d a s de trabajo familiar (Lambert, 1973: 17). Desde luego, política o económicamente las relaciones entre unidades domésticas pueden ser esenciales p a r a la supervivencia de la familia; sin embargo, siempre que es posible, se evitan tales relaciones. El ayllu, un g r u p o p a r e n t e l a r descendiente de un ú n i c o a n t e p a s a d o que lo define, se utilizó p r i m e r o p a r a p r e p a r a r los c a m p o s de la comunidad, necesarios p a r a p r o d u c i r los bienes básicos p a r a el estado y p a r a el jefe de la c o m u n i d a d ; luego, todos j u n t o s p r e p a r a r o n los c a m p o s p a r a las familias de la c o m u n i d a d . Se realizaban ceremonias c o m u n a l e s similares p a r a la limpieza a n u a l de las acequias, que llevaban el agua a los campos m á s p r o d u c t i v o s d e l a c o m u n i d a d ; las m u j e r e s p r e p a r a b a n l a c o m i d a p a r a alimentar a los h o m b r e s , cuyo trabajo liberaba el agua. La naturaleza ceremonial del equipo de trabajo definía m a t e r i a l m e n t e la jerarquía de la c o m u n i d a d y sus obligaciones de corveas p a r a el estado.

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Una única c o m u n i d a d local n o r m a l m e n t e m a n t e n í a u n a economía de subsistencia generalizada, que le p e r m i t í a ser en g r a n m e d i d a autosuficiente gracias a u n a diversidad de estrategias de subsistencia, que reflejan la diversidad de sus zonas geográficas. Por ejemplo, en el valle de M a n t a r o (D'Altroy, 1992; Hastorf, 1993), los asentamientos prehistóricos tardíos de los periodos inca y preincaico se localizaban en las vertientes de las mesetas y en p e q u e ñ a s colinas desde las que se divisaba el río. Los suelos del altiplano eran ideales p a r a cultivar patatas, que p r o p o r c i o n a b a n la fécula de la dieta. Por debajo de dichos asentamientos se hallaban las tierras bajas aluviales, a d e c u a d a s p a r a la p r o d u c c i ó n intensiva de m a í z y, p o r encima, se localizaban las p r a d e r a s o n d u l a d a s , utilizadas c o m o pastos. La población de u n a c o m u n i d a d tenía acceso directo e i n m e d i a t o a tierras m u y diversas a u n o s pocos kilómetros del asentamiento. D u r a n t e el periodo preincaico, la propiedad c o m u n a l estuvo probablemente limitada a los recursos cercanos, ya que las c o m u n i d a d e s vecin a s hostiles se h a b r í a n opuesto a cualquier intento p o r m a n t e n e r un control m á s amplio (LeBlanc, 1981; Rowe, 1946: 274). No obstante, incluso las restricciones a los recursos cercanos h a b r í a n p e r m i t i d o u n a considerable autosuficiencia p o r p a r t e de la c o m u n i d a d . En distintas zonas, las c o m u n i d a d e s h a b r í a n tenido acceso a recursos diferentes y parece probable que existiera cierto intercambio entre c o m u n i d a d e s . Una segunda forma de control sobre los recursos es la ejercida p o r la c o m u n i d a d archipiélago, en la cual el principal a s e n t a m i e n t o de la comunidad se hallaba a varios días de viaje desde las zonas de recursos clave, c o m o las zonas agrícolas de las tierras bajas tropicales. El ayllu, en efecto, colonizó estas zonas de recursos, estableciendo allí asentamientos satélite y p r e p a r a n d o el t r a n s p o r t e a larga distancia de bienes m e d i a n t e porteadores y caravanas de llamas. Esta forma de control p o r parte de la comun i d a d extendida ha sido d o c u m e n t a d a en distintos lugares a lo largo del imperio (Murra, 1972), entre ellos, en las c o m u n i d a d e s de la sierra del valle de Mantaro, cuya tierra a b a r c a b a áreas de altitudes inferiores hacia el este, que p r o d u c í a n cultivos c o m o la coca y el ají. A pesar de que esta zona agrícola tropical está separada del valle p o r cincuenta kilómetros de altas m o n t a ñ a s , s a b e m o s p o r los d o c u m e n t o s históricos (LeVine, 1979; Vega, 1965 [1582]: 168, 172-174) que las c o m u n i d a d e s de la sierra controlaron allí p e q u e ñ o s poblados. ¿Se puede d o c u m e n t a r la c o m u n i d a d archipiélago desde los tiempos preincaicos o fue un resultado de la conquista? Puesto que no existen informes completos de los distintos proyectos arqueológicos que se están ocup a n d o de este p r o b l e m a (Hastings, 1982; Lynch, 1982), los datos de los que ahora disponemos p a r a las comunidades archipiélago preincaicas son poco convincentes. En m o m e n t o s de hostilidad y de guerra entre comunidades, cualquier compromiso de este tipo de los recursos de la comunidad hubiera sido s e g u r a m e n t e inviable, debido al coste prohibitivo de la defensa. Así pues, parece razonable que dichas c o m u n i d a d e s hicieran su p r i m e r a aparición después de la conquista, c u a n d o el estado inca estaba en disposición de m a n t e n e r la paz y garantizar la propiedad de los recursos.

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Se conoce y se ha estudiado poco la organización p o r e n c i m a del nivel del ayllu. Sabemos que algunos asentamientos, durante el periodo preincaico, fueron b a s t a n t e grandes, estando p r o b a b l e m e n t e c o m p u e s t o s p o r varios ayllu; en el valle de M a n t a r o estas c o m u n i d a d e s grandes fueron u n a respuesta a la guerra (LeBlanc, 1981). Existió u n a formación regional m á s amplia de grupos étnicos con lenguajes, costumbres e historias culturales, cercanamente emparentados. Por ejemplo, en la parte alta del valle de Mantaro, el grupo local étnico fue el huanca y las comunidades modernas de la zona todavía se identifican a sí mismas como huanca. Con anterioridad a la conquista incaica, los huanca no form a r o n un grupo político unido: las comunidades eran políticamente autónomas y guerreaban contra las comunidades huanca vecinas (Hastorf, 1993). A pesar de que se registraron intercambios y alianzas entre comunidades, éstas se encontraban separadas políticamente en la mayoría de los asuntos. No obstante, la etnicidad se hizo m u y i m p o r t a n t e d u r a n t e la domin a c i ó n inca. La j e r a r q u í a entre el ayllu de u n a provincia, q u e refleja las diferencias de riqueza y de relaciones políticas respecto a los incas, se tradujo en el control de los cargos administrativos de los distritos y subdistritos de la provincia. Sin embargo, la provincia en conjunto no tuvo u n a base tradicional m á s allá de la etnicidad general y el control administrativo fue conferido a un oficial inca de origen no local. Luego, los incas crear o n un mosaico étnico dentro de u n a región m e d i a n t e la inserción de colonos internos (mitmas) de grupos étnicos diferentes en u n a región en la q u e no t e n í a n d e r e c h o s t r a d i c i o n a l e s sobre la tierra. E s t o s c o l o n o s dep e n d í a n , así, del e s t a d o y se p o d í a c o n t a r c o n ellos p a r a la p r o d u c c i ó n artesana dirigida p o r el estado, p a r a el trabajo en las explotaciones del estado y, desde luego, p a r a la seguridad interna. A p e s a r de q u e el ayllu a n d i n o se ha descrito con frecuencia c o m o igualitario, organizado p o r principios de parentesco y de reciprocidad, el liderazgo y la diferenciación social incipiente fueron i m p o r t a n t e s , c o m o m í n i m o en algunas zonas andinas. El líder ayllu (curaca) era un aristócrata en ciernes. La posición procedía de u n a patrilínea local con cierta flexibilidad de elección entre posibles candidatos (Rostworoski, 1961). Los miemb r o s del ayllu t r a b a j a b a n algunas tierras específicas c o m o p a r t e de u n a obligación general de proveer al curaca (Moore, 1958: 527) y él t a m b i é n tenía, al parecer, ciertos derechos al trabajo local y a los recursos especiales, c o m o son los metales y la coca (ibíd.: 39). A c a m b i o del control sobre los recursos de la c o m u n i d a d , agrícolas o no, y de su trabajo, el curaca fue responsable de resolver las disputas asign a n d o las tierras agrícolas y o r g a n i z a n d o las actividades de la c o m u n i d a d , entre las que se e n c u e n t r a n las ceremonias locales y los grupos de trabajo comunales en los terrenos del estado. Como m i e m b r o de la élite, el curaca, cacique de la c o m u n i d a d y oficiante de ceremonias, es similar al jefe de la c o m u n i d a d que h e m o s visto en el capítulo 11; la principal diferencia reside en su vínculo con el estado c o m o b u r ó c r a t a local. En p r i m e r lugar, el ayllu se organizó p a r a resolver los p r o b l e m a s de la subsistencia básica t a n t o a nivel doméstico c o m o a nivel de la c o m u n i -

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d a d local. En la familia, los recursos se u n í a n en u n a reciprocidad generalizada; en el ayllu, los lazos de parentesco constituyeron la base p a r a los intercambios recíprocos equilibrados. Sobre este sistema se i m p u s o u n a diferenciación social y económica, con líderes sostenidos, en p r i m e r lugar, p o r contribuciones de trabajo de parte de los m i e m b r o s de la c o m u n i d a d . En los t i e m p o s preincaicos, al parecer, se necesitó en g r a n m e d i d a al curaca p a r a la guerra y la defensa, pero bajo los incas esta situación se transformó. Silverblatt (1987: 22) señala que el sesgo a n d i n o hacia la masculinidad en la g u e r r a llegó a establecerse f i r m e m e n t e bajo el p o d e r incaico, c u a n d o los jefes de la guerra fueron n o m b r a d o s a d m i n i s t r a d o r e s locales. El estado instituyó u n a j e r a r q u í a masculina p a r a el gobierno que intensificó la división de género dentro de las c o m u n i d a d e s locales, formalizando las distinciones entre las esferas masculina (pública) y femenina (privada).

LA ECONOMÍA POLÍTICA

El imperio inca se construyó económica y políticamente sobre la base d e las c o m u n i d a d e s locales. H i z o u n u s o creativo d e las i n s t i t u c i o n e s existentes de finanzas y de control, y desarrolló nuevas instituciones. El imperio surgió de un medio social de cacicazgos: sociedades estratificadas e n z a r z a d a s en u n a competencia intensa p o r la tierra y p o r otros recursos escasos (Toledo, 1940 [1570]: 169). La transformación r á p i d a en un imperio se hizo posible p o r un c a m b i o en sus objetivos: de la conquista de la tierra y la expulsión de las poblaciones derrotadas a la conquista de las poblaciones y la incorporación de sus capacidades productivas dentro de la b a s e e c o n ó m i c a del s i s t e m a p o l í t i c o e n e x p a n s i ó n ( R o w e , 1946: 203). En m u c h o s sentidos, el estado inca fue c o m o un cacicazgo e n o r m e . Como en los cacicazgos h a w a i a n o s , se g a n a b a un cargo político m e d i a n t e la c o m p e t e n c i a entre un conjunto de élites hereditarias, cada u n a de las cuales b u s c a b a p r o c u r a r s e el apoyo de diferentes facciones. El cargo traía consigo derechos a ingresos (Moore, 1958: 32) y, así, la competencia p o r la función dirigente inca proliferó c o m o u n a c o m p e t e n c i a entre facciones de la élite p a r a controlar el deseado cargo político. Las élites incas de alto r a n g o dirigieron el gobierno, de m a n e r a que, al m e n o s al inicio, no h u b o separación entre la élite social y la b u r o c r a c i a dirigente. Tampoco la religión fue u n a institución independiente en n i n g ú n sentido. La religión del estado se representó en los centros administrativos, a lo largo de todo el imperio, p o r m e d i o de los templos t u m u l a r e s o ushnu, que se alzaban de forma p r o m i n e n t e en la plaza principal y a c t u a r o n como centro de los eventos ceremoniales, en los que se p r o c l a m a b a la divinidad del g o b e r n a n t e y, de esta m a n e r a , su legitimidad. El inca m e d i a b a p a r a conseguir la estabilidad y la fertilidad del m u n d o natural, ya que éste dependía de lo sobrenatural. El inca t a m b i é n intentaba, de forma explícita, integrar las distintas regiones del imperio t r a s l a d a n d o sus ídolos principales a la capital, Cuzco, d ó n d e se colocaban en los santuarios del estado

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(Rowe, 1946). En el estudio de los cacicazgos h e m o s enfatizado la naturaleza tan generalizada del jefe como r e p r e s e n t a n t e de una élite social, líder político y p e r s o n a divina. En los imperios jóvenes c o m o el inca, esto c o n t i n u ó s i e n d o así, con i n s t i t u c i o n e s religiosas que servían de a g e n t e i m p o r t a n t e p a r a la integración social y política (Conrad y Demarest, 1984; cf. Kurtz, 1978). Sin e m b a r g o , en profundo contraste con los cacicazgos hawaianos, el imperio inca incorporó u n a vasta población formada por m u c h o s grupos étnicos y esto llevó a los p r o b l e m a s de integración y control que n i n g ú n cacicazgo p u d o solucionar. Se n e c e s i t a b a u n a b u r o c r a c i a p a r a la a d m i nistración de los a s u n t o s del estado, y un ejército p a r a m a n t e n e r la p a z interna y p a r a rechazar la a m e n a z a exterior: no u n a docena de parientes y sus seguidores, como en los cacicazgos hawaianos, sino cientos o incluso miles de especialistas repartidos en grandes instituciones jerárquicas. La m a n e r a en que las sociedades estatales desarrollan instituciones especializadas a partir de otros precedentes se ve claramente en la organización económica de las finanzas bajo el estado inca, tal y c o m o lo describe M u r r a (1980, [1956]; 1975). En el periodo preincaico, c o m o h e m o s visto, el curaca financió su posición a través de los productos básicos, q u e crecían en las tierras que se le h a b í a n asignado p a r a su uso y que cultivab a n los plebeyos, c o m o p a r t e de su obligación c o m u n i t a r i a . En u n a escala m u c h o mayor, ésta fue la base financiera del estado inca. Después de conquistar u n a nueva región, el estado declaraba su p r o p i e d a d sobre t o d a s las tierras de dicha región. E s t a s tierras se dividían luego en tres sectores, el r e n d i m i e n t o de los cuales iba respectivamente a sostener la b u r o c r a c i a del estado y el ejército, la religión del estado y la com u n i d a d local. Las tierras de la c o m u n i d a d p e r m a n e c í a n de forma residual bajo la propiedad del estado, pero se concedía a la c o m u n i d a d el derecho a utilizarlas a c a m b i o de su mit'a: trabajo obligatorio en los c a m p o s religiosos y del estado y en otros proyectos estatales, c o m o el m a n t e n i m i e n t o de caminos, la construcción de canales y la minería. Se m a n t u v o u n a ideología de reciprocidad: el uso de la tierra, que era el m e d i o de subsistencia, fue c e d i d o a c a m b i o de t r a b a j o en las actividades del e s t a d o (Wachtel, 1977: 66). La e c o n o m í a del estado inca se basó en las finanzas de los p r o d u c t o s básicos. Los alimentos básicos, entre los que se e n c o n t r a b a n el maíz, las p a t a t a s y la quinua, se cultivaron en tierras del estado p o r m e d i o de trabajo c o m u n i t a r i o . Después de la cosecha, los p r o d u c t o s alimenticios se a l m a c e n a b a n en los graneros estatales y se u s a b a n p a r a alimentar a los adm i n i s t r a d o r e s , al p e r s o n a l militar y a otros t r a b a j a d o r e s del estado, incluidos los plebeyos que cumplían sus obligaciones de trabajo. También se obligaba a las c o m u n i d a d e s plebeyas a p r o d u c i r objetos de artesanía p a r a uso estatal. Se pedía a las mujeres de c a d a familia que hilasen la lana producida p o r los r e b a ñ o s del estado y que tejieran cierta c a n t i d a d de tela, como u n a m a n t a , cada a ñ o (Costin, 1993; Murra, 1962). Este derecho a los tejidos p u e d e h a b e r s e originado con el líder c o m u n i t a r i o , q u i e n recibía los p r o d u c t o s , c o m o camisas y bolsas, q u e su grupo de apoyo le tejía. La

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ropa p u d o luego haberse utilizado c o m o m o n e d a política (D'Altroy y Earle, 1985). Así, el control del estado sobre la p r o d u c c i ó n le dio a m b o s p r o d u c tos, p o r un lado, el que se podía utilizar o consumir de inmediato por parte del personal del estado y, p o r otro lado, la riqueza, que era convertible y almacenable p a r a utilizarse en pagos posteriores. A pesar de que el sistema de finanzas a p a r t i r del trabajo obligatorio tenía precedentes en la e c o n o m í a local preincaica, su escala en el estado inca llevó a cierto n ú m e r o de c a m b i o s significativos. Uno fue el advenim i e n t o de los registros, no m e d i a n t e la introducción de un sistema de escritura, como en otros estados primigenios, sino mediante el khipu, un mecanismo mnemónico con filas de cuerdas anudadas, utilizado para consignar el t r a s p a s o de bienes. El e s t a d o e m p l e a b a a los especialistas locales en khipu p a r a a n o t a r t o d a s las entradas y salidas de sus m u c h o s almacenes locales. El a l m a c e n a m i e n t o t a m b i é n se elaboró en gran m e d i d a durante la dom i n a c i ó n inca. D u r a n t e el periodo preincaico, la mejor m u e s t r a de complejos de almacenaje centralizados se halla en los estados de la costa, c o m o el de Chimu (Day, 1982); en las cordilleras, el a l m a c e n a m i e n t o se d a b a sob r e t o d o a nivel d o m é s t i c o (Earle y D'Altroy, 1982). Por el c o n t r a r i o , el imperio inca necesitó e n o r m e s almacenes p a r a g u a r d a r los p r o d u c t o s básicos y los objetos artesanales del estado. Por ejemplo, en el valle de M a n t a r o se construyeron m á s de dos mil u n i d a d e s de almacenaje individuales (peq u e ñ a s e s t r u c t u r a s d e tipo silo) e n h i l e r a s o r d e n a d a s , l o c a l i z a d a s p o r todo el valle (D'Altroy, 1992). M u c h a s de estas u n i d a d e s de almacenaje se situaron en las colinas q u e se hallan justo p o r encima del m a y o r centro administrativo inca, el de H a t u n Xauxa, pero un n ú m e r o igual fue distribuido a lo largo del valle, algunas en estrecha relación con los asentamientos de la c o m u n i d a d local. Las u n i d a d e s que se e n c o n t r a b a n en las colinas prop o r c i o n a r o n p r o b a b l e m e n t e p r o d u c t o s p a r a m a n t e n e r al personal del estado en H a t u n Xauxa, c o n t a n d o con los administradores, los oficiales del estado p a r a las inspecciones locales y los militares. Las que se h a l l a b a n en el valle sostuvieron t a m b i é n las actividades del estado en las c o m u n i dades locales, entre las que se e n c u e n t r a n el trabajo agrícola, los proyectos de trabajos públicos e industrias artesanas tales c o m o la cerámica y la p r o d u c c i ó n de metal. Adicionalmente, estos almacenes estatales h a b r í a n p r o p o r c i o n a d o los recursos locales necesarios p a r a sostener, en caso necesario, las operaciones militares y p a r a m a n t e n e r la estabilidad política local. De a c u e r d o con las crónicas, c o m o lo r e s u m i ó M u r r a (1980, [1956]), c o m p e n s a b a n la escasez local, resultado de la pérdida de la cosecha. A pesar de que las relaciones de i n t e r c a m b i o recíprocas entre familias fueron el p r i m e r y m e jor m o d o de conseguir atravesar un periodo difícil, el estado p r o p o r c i o n ó bienes almacenados c o m o último recurso, dando, de esta manera, un servicio que con anterioridad era responsabilidad del curaca, en tanto líder ritual y gestor económico. El estado inca t a m b i é n fomentó las grandes granjas estatales con nuevos proyectos de irrigación y de terrazas, u n o de los cuales, en el valle de

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C o c h a b a m b a en Bolivia (M. LaLone, 1985; Wachtel, 1982), sostuvo a instituciones del estado tan lejanas c o m o las de Cuzco. Los mitmas m a n t e n í a n los almacenes y varios grupos, en rotación, cultivaban la tierra c o m o parte de su mit'a de trabajo. C o m o continuación de acuerdos económicos previos con sus curacas, las p o b l a c i o n e s locales p r o p o r c i o n a r o n al estado b i e n e s a r t e s a n o s tales c o m o tejidos, sandalias, bienes utilizados c o m o regalos y pagos, y probab l e m e n t e cerámicas. Adicionalmente, se pedía a los poblados que p o d í a n ofrecer servicios a r t e s a n o s especiales, c o m o la m e t a l u r g i a o la cantería, que enviaran a especialistas p a r a trabajar p a r a el estado. Sacados, c o m o los mitmas, de sus c o m u n i d a d e s nativas con su sistema tradicional de derechos y obligaciones, estos especialistas individuales estuvieron atados a las instituciones del estado, trabajando en talleres o en equipos de trabajo. E n t r e estos criados especialistas se hallaban las aclla o «mujeres escogidas», que eran tejedoras u n i d a s a la institución religiosa estatal (Rowe, 1946: 269). R e c l u t a d a s de c o m u n i d a d e s a lo largo y a n c h o del i m p e r i o , estas mujeres vivían en centros administrativos, d o n d e tejían el cumbi, u n a clase de tejido p a r t i c u l a r m e n t e fino, y e l a b o r a b a n chicha, u n a especie de cerveza. El cumbi era un objeto de gran valor en el imperio, utilizado esp e c i a l m e n t e p a r a regalos políticos y pagos ceremoniales. El aclla repres e n t a b a u n a forma d e p r o d u c c i ó n semiindustrializada, o r g a n i z a d a p a r a la m a n u f a c t u r a a gran escala de este p r o d u c t o t a n específico. Otra categoría de especialistas, llamados yana, trabajaron directamente c o m o trabajadores agrícolas y siervos domésticos p a r a los p a t r o n e s de la élite y p a r a los s a n t u a r i o s (Murra, 1980 [1956]). Algunos investigadores describieron a los yana c o m o esclavos, debido a su vínculo de p o r vida con un «propietario», pero, al parecer, gozaron de m u c h a s libertades. Solamente se pedía a u n o de los hijos de u n a pareja yana que p e r m a n e c i e r a con el pat r ó n de su padre. La m a y o r i m p o r t a n c i a de los mitmas, las aclla y los yana es el cambio que r e p r e s e n t a n en las relaciones de producción. En el característico sistema de mit'a o corvea, la p r o d u c c i ó n se organiza b á s i c a m e n t e en los niveles de la c o m u n i d a d y de la familia, con los p r o d u c t o s del trabajo entregados c o m o renta. Por el contrario, estos nuevos grupos fueron sacados de la c o m u n i d a d y o r g a n i z a d o s p o r las instituciones g u b e r n a m e n t a l e s y por las élites. Como lo describieron M u r r a (1980, [1956]) y Schaedel (1978), esta reestructuración de la producción trasciende los límites impuestos por la p r o d u c c i ó n de la c o m u n i d a d y constituye un c a m b i o organizativo clave requerido p o r las sociedades estatales p a r a satisfacer sus mayores y cada vez m á s específicas necesidades. Al igual que el imperio chino, que monopolizó la producción y la venta de la sal y el hierro, el imperio inca consiguió ingresos al ejercer un monopolio sobre ciertos productos importantes que tenían u n a amplia demanda. Los p r i m e r o s cronistas afirman que la coca, el equivalente a n d i n o del tabaco, e s t a b a c o n t r o l a d a p o r el estado (véase Moore, 1958; Rowe, 1946), que p u d o incluso h a b e r intentado expandir su d e m a n d a mercantil p o r medio de insistir en su i m p o r t a n c i a ritual en las c e r e m o n i a s incas. El estado

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poseía todas las m i n a s metalíferas, en las que se trabajaba c o m o parte de las obligaciones laborales de la c o m u n i d a d bajo la dirección del curaca (Moore, 1958: 39), y, a lo largo y a n c h o del imperio inca, el cobre se alea b a con el estaño p a r a crear un b r o n c e q u e se asociaba con el p o d e r imperial (Lechtman, 1977). Añadir estaño, que se hallaba m u y localizado, al cobre, disponible c o n m a y o r amplitud, hizo que la p r o d u c c i ó n de metal fuera m u c h o m á s fácil de controlar p o r parte de los a d m i n i s t r a d o r e s imperiales (Costin et al., 1989). El curaca fue u n a figura central p a r a el funcionamiento y las finanzas del imperio inca. Éste, que fuera i m p o r t a n t e en los t i e m p o s preincaicos —al m e n o s en las zonas de la sierra, principalmente p o r su liderazgo en la guerra—, en la época inca fue seleccionado y s o s t e n i d o p o r el estado, en base a su eficacia económica. El curaca ocupó u n a posición central: su a u t o r i d a d d e s c a n s a b a t a n t o en u n a herencia local de derechos y obligaciones c o m o en la g a r a n t í a de r e s p a l d o del estado. En el valle de M a n t a r o (D'Altroy, 1981), el r a n g o del curaca y la fuerza de su control estuvieron en g r a n m e d i d a reforzados p o r la i n c o r p o r a c i ó n i m p e r i a l y, de a c u e r d o con ello, las élites locales p e r m a n e c i e r o n y estuvieron m u y dispuestas a p r o m o v e r los intereses del estado en la región.

LAS RAZONES DEL ÉXITO IMPERIAL INCAICO

Un estado c o m o el inca p u e d e ser dibujado p o r los teóricos del conflicto c o m o dirigido p o r explotadores despiadados o, al contrario, p o r los teóricos funcionalistas del consenso, c o m o dirigido p o r a d m i n i s t r a d o r e s benéficos. Fue (y tenía que ser) un poco de cada, dependiendo, c o m o era, de un equilibrio entre explotación y administración. El gobierno inca se define mejor c o m o gobierno a través del interés propio ilustrado (Rowe, 1946: 273). El i m p e r i o se financió m e d i a n t e la movilización del trabajo p a r a p r o d u c i r bienes básicos y artesanos, p a r a construir proyectos de trabajos públicos y p a r a sostener al ejército; se pedía a t o d a s las familias de la c o m u n i d a d local que p r o p o r c i o n a r a n corveas de trabajo p a r a tales fines. A cambio, el estado p r o p o r c i o n a b a recursos y servicios a la c o m u n i dad local, que eran esenciales p a r a su e c o n o m í a de subsistencia, en especial el acceso o r d e n a d o a la tierra agrícola y a los pastos. De esta forma, la conquista estableció un nuevo juego de relaciones p a r a los m e d i o s de producción, que garantizó la dependencia de la c o m u n i d a d local. El imperio prestó a sus c o m u n i d a d e s locales un servicio todavía m a yor: el de llevar la guerra entre c o m u n i d a d e s a su fin. Por ejemplo, entre los h u a n c a , p o d e m o s d o c u m e n t a r u n a mejora radical en la dieta y en la esp e r a n z a de vida, t a n t o de la élite c o m o de la gente del c o m ú n , d e s p u é s de la conquista inca (Earle et. al., 1986). El estado, al conceder tierra a cambio de corveas de t r a b a j o , t a m b i é n g a r a n t i z a b a los d e r e c h o s de u s o de u n a c o m u n i d a d , p e r m i t i e n d o así a algunas c o m u n i d a d e s locales extender verticalmente su control sobre los recursos y mejorar la estabilidad y la autosuficiencia de su e c o n o m í a de subsistencia. El m o n o p o l i o del estado so-

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bre ciertos bienes hizo que éstos estuvieran, casi con seguridad, a disposición de c o m u n i d a d e s lejanas, a m e n u d o p o r p r i m e r a vez. Y finalmente, c o m o h e m o s visto, los almacenes del estado, a pesar de que se construyer o n en p r i m e r lugar p a r a financiar sus propias actividades, proporcionaron un abastecimiento residual de alimentos a la población en tiempos de necesidad. El inteligente autointerés del imperio inca fue característico de los estados arcaicos, en los que la relación entre la e c o n o m í a de subsistencia y la e c o n o m í a política se halla s u m a m e n t e equilibrada. El estado continúa d e p e n d i e n d o de la c o m u n i d a d local p a r a obtener trabajo y p r o d u c t o s básicos. A cambio, la comunidad se hace dependiente del estado. Desde luego, fue en claro interés e c o n ó m i c o p r o p i o que el estado p r o p o r c i o n ó servicios y recursos p a r a fortalecer el vínculo de dependencia y p a r a m a n t e n e r el potencial productivo de la comunidad, su base financiera. El movimiento de poblaciones a lo largo y a n c h o del imperio creó un mosaico étnico complejo que el estado, a m e n u d o , acentuó c o m o estrategia p a r a dividir y gobernar. Un grupo t r a s l a d a d o p o r el estado a u n a nueva región tenía que serle leal, p u e s t o q u e su p r e t e n s i ó n s o b r e la t i e r r a p r o c e d í a sólo de la asignación estatal y no de derechos tradicionales. ¿Por qué los incas tuvieron éxito en el siglo XV y no con anterioridad? H a b í a n existido estados anteriores en la costa de la región central de los Andes, en especial el estado de Moche, famoso p o r su arte, y el estado de Chimu (Lumbreras, 1974); en la cordillera, el estado imperial de H u a r i h a b í a establecido desde h a c í a t i e m p o un extenso s i s t e m a de c a m i n o s y centros administrativos (Isabell y Schreiber, 1978). En parte, pues, p u e d e considerarse que el imperio inca fue construido sobre un precedente anterior. Sin embargo, la clave real del éxito inca estuvo en u n a serie de desarrollos de la e c o n o m í a de subsistencia. El crecimiento de la población a largo plazo en los Andes centrales h a b í a llevado a u n a escalada notable de la guerra entre c o m u n i d a d e s y a u n a intensificación m a y o r de la agricultura b a s a d a en el regadío, las terrazas y los c a m p o s d r e n a d o s . La necesidad de líderes locales, en b u e n a m e d i d a p a r a la guerra, llevó al desarrollo de la estratificación social y de los cacicazgos en toda la cordillera. A su vez, la alta densidad de población, la dependencia respecto a u n a agricultura intensiva en c u a n t o a capital y la existencia de élites locales crear o n la o p o r t u n i d a d ideal p a r a i n c o r p o r a r estos cacicazgos a un estado imperial. Pero, sobre todo, los incas llegaron en un m o m e n t o en que la gente estaba c a n s a d a de la guerra y dispuesta a apreciar las ventajas de la paz. La imposición de la p a z en u n a región eliminó los t r e m e n d o s costes de la p r e p a r a c i ó n militar, que incluían no solamente los costes directos de m a n t e n i m i e n t o de u n a fuerza militar y de u n a s fortificaciones, sino t a m b i é n los indirectos de las ineficiencias y las pérdidas en la p r o d u c c i ó n de subsistencia (Schaedel, 1978). La r e s t a u r a c i ó n de la p a z y el o r d e n liberó un excedente t r e m e n d o de energía potencial, q u e el e s t a d o canalizó h a c i a sus propios propósitos políticos y sociales.

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Conclusiones La intensificación de la e c o n o m í a de subsistencia es u n a condición necesaria pero insuficiente p a r a la formación del estado. La necesidad de u n a producción alimentaria creciente, resultado del crecimiento constante de la población que precedió a la formación del estado, llevó a u n a ocupación del paisaje, a mejoras de capital, a ciclos de rotación gestionados con e s m e r o , a u n a o c u p a c i ó n de la tierra c l a r a m e n t e delimitada, a u n a competencia intensa sobre las tierras productivas y, en última instancia, a u n a población rural lo suficientemente densa c o m o p a r a sostener los sist e m a s de m e r c a d o y un sector u r b a n o especializado. Sin estas condiciones los estados no p u e d e n existir, salvo quizá c o m o satélites unidos a través de relaciones económicas intensas a u n a sociedad estatal mayor. No obstante, incluso c u a n d o se d a n todas estas condiciones, se deben t o m a r ciertas medidas de control económico y de integración política antes de que p u e d a existir un estado viable. Una característica definitoria de los estados es la integración a gran escala, regional o interregional. Esta integración implica u n a m í n i m a burocracia, u n a s fuerzas militares y u n a religión de estado institucionalizada. Estas instituciones aseguran al estado la financiación adecuada, la admin i s t r a c i ó n e c o n ó m i c a c a p a z , la estabilidad y la legitimidad. M á s allá y por encima de estas instituciones f u n d a m e n t a l m e n t e políticas, el establecimiento de la paz regional por parte de un estado poderoso le p e r m i t e un rápido a u m e n t o en la integración económica, bien a través del desarrollo de los m e r c a d o s y del comercio, c o m o en la Francia y el J a p ó n medievales, bien m e d i a n t e la extensión de los territorios de la c o m u n i d a d p a r a incorporar distintos sistemas de producción, c o m o en el caso de los incas. Todos los estados están estratificados. Lo tienen que estar, puesto que las m i s m a s instituciones del estado, que son necesarias p a r a prevenir el caos económico, se b a s a n en los ingresos seguros p a r a sus finanzas. Este ingreso solamente es posible con un control económico y este control se traduce en poder p a r a u n a élite, señalada social, política o religiosamente. A nivel del estado, la estratificación parece inevitable. Las alternativas socialistas y democráticas parecen solamente decorar u n a estratificación fundamental con u n a ideología de igualitarismo. Todo lo que p o d e m o s extraer de esta c o n c l u s i ó n es q u e la ú n i c a alternativa sería u n a simplificación global de los p r o b l e m a s económicos mundiales, que es imposible con la presión de la población. Este elemento de control es básico tanto p a r a las finanzas del estado c o m o p a r a la estratificación. Como h e m o s visto, existen dos clases principales de control: el que se realiza sobre la producción, hecho posible gracias a desarrollos tecnológicos tales c o m o la irrigación o, en m e n o r m e dida, el b a r b e c h o corto y las tierras agrícolas gestionadas con esmero, y el control sobre la distribución (el comercio), posible p o r el desarrollo del m e r c a d o y p o r la generación de riqueza mercantil. En p r i m e r a instancia, la estratificación se define p o r la existencia de dos clases: u n a clase de élite dirigente y terrateniente, y otra p r o d u c t o r a de plebeyos. En segunda ins-

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tancia, se halla t a m b i é n presente u n a tercera clase: la mercantil, a m e n u d o vinculada de u n a m a n e r a u otra a la clase dirigente. Como h e m o s señalado a través de este capítulo, los estados solamente se p u e d e n formar c u a n d o están presentes dos tipos de condiciones: u n a alta densidad de población, con necesidades explícitas de un sistema global de integración, y oportunidades p a r a un control económico suficiente, que p e r m i t a n u n a financiación estable de las instituciones regionales y que sostengan a u n a clase dirigente. Cuando estos dos tipos de condicionantes se d a n juntos, hallamos u n a rápida expansión de la e c o n o m í a política y el inicio del estado.

CAPÍTULO 13 LA ECONOMÍA CAMPESINA EN EL ESTADO AGRARIO

En el capítulo 12 h e m o s visto el desarrollo del estado desde la perspectiva global de la institución política mayor. Aquí volvemos a un p u n t o de vista m á s etnográfico de la e c o n o m í a de nivel de estado, p o n i e n d o la a t e n c i ó n en la familia c a m p e s i n a y en la c o m u n i d a d local y describiendo la e c o n o m í a desde su base hacia arriba. La «sociedad campesina» es u n a etiqueta que se aplica a u n a amplia variedad de sistemas sociales, cada u n o t a n complejo y con niveles t a n distintos que no p o d e m o s esperar ofrecer u n a explicación total, n i s i q u i e r a u n a tipología c o m p l e t a d e las e c o n o m í a s c a m p e s i n a s . Belshaw (1965: 53-58), H a l p e r i n y Dow (1977), Potter et al. (1967), C. S m i t h (1976) y Wolf (1966a) p r o p o r c i o n a n u n a visión general y casos de estudio. Las e c o n o m í a s c a m p e s i n a s se caracterizan p o r u n a densidad de población relativamente alta y u n a p r o d u c c i ó n b a s t a n t e intensa; pero los cacicazgos complejos también, y h e m o s visto que, en las sociedades estratificadas, las características del s i s t e m a de p r o d u c c i ó n p o r sí solas ya no sirven p a r a distinguir la complejidad evolutiva; la e c o n o m í a local se debe e n t e n d e r cada vez m á s en el contexto de la e c o n o m í a regional integrada por los intercambios de m e r c a d o . En este capítulo revisaremos tres casos, p r e s e n t a d o s en o r d e n ascendente de densidad de población y de grados de intensificación de la producción. El contraste m á s significativo se da entre el p r i m e r ejemplo, u n a fazenda (hacienda) brasileña, en la que un propietario y algunos otros patrones locales se p r e s e n t a n c o m o salvaguardias entre los p r o d u c t o r e s de a l i m e n t o s agrícolas y la e c o n o m í a política d o m i n a d a p o r el m e r c a d o , y los otros dos, pueblos de China y Java en los que la familia campesina vende d i r e c t a m e n t e su p r o p i o t r a b a j o y sus p r o d u c t o s en el m e r c a d o a b i e r t o . Estos tres ejemplos t a m b i é n r e p r e s e n t a n distintos p u n t o s a lo largo del c o n t i n u o de la «comercialización» (C. Smith, 1976), que es u n a d i m e n s i ó n básica que distingue tipos de e c o n o m í a c a m p e s i n a . En cierta m a n e r a , el c o n t r a s t e entre los agricultores que t i e n e n sus tierras en arriendo y los campesinos que poseen sus tierras de China y Java r e s u m e el contraste entre las sociedades feudales, c o m o los cacicazgos y los p r i m e r o s estados, y los estados a g r a r i o s i n t e g r a d o s p o r el m e r c a d o , c o m o China y las naciones-estado m o d e r n a s . Las sociedades feudales tien-

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den a d e p e n d e r de la e c o n o m í a f u n d a m e n t a d a en los p r o d u c t o s básicos m á s que de la e c o n o m í a b a s a d a en los bienes de valor, a tener sistemas de m e r c a d o limitados y m o n e d a s poco fiables y a ser a d m i n i s t r a d a s a través de cadenas de relaciones patrón-cliente de parientes ficticios. Por el contrario, los estados integrados p o r un m e r c a d o dependen, de m a n e r a m u cho m á s grande, de la economía b a s a d a en la riqueza que de la e c o n o m í a fundamentada en los productos básicos, tienen un sistema monetario, bancario y de transportes bien desarrollados y están a d m i n i s t r a d o s p o r b u r ó cratas, cuya lealtad al estado es m á s fuerte — c o m o m í n i m o en principio— que sus lazos personales a la familia, a los amigos y a las élites locales. En el estado feudal, el p o d e r y la riqueza tienden a estar d e t e r m i n a d o s principalmente por el control sobre la tierra; en un estado integrado por el mercado, el p o d e r y la riqueza p u e d e n incluir la tierra, pero éstos tienden a estar comercializados, d e p e n d i e n d o m á s del éxito en el m e r c a d o que de la simple propiedad de la tierra. Como n o r m a , los estados integrados p o r el m e r c a d o son m á s centralizados y tienen un control m á s fuerte sobre el interior del país que los estados feudales i n t e r n a m e n t e fraccionados. En la Francia y el J a p ó n medievales (véase capítulo 12) la clase que p r o d u c í a el a l i m e n t o tenía s o l a m e n t e un g r a d o limitado de implicación en el m e r c a d o y éste, en sí m i s m o , era al principio un sistema de interc a m b i o localizado, c o n t r o l a d o p o r el s e ñ o r y l i m i t a d o al á r e a de su influencia política. Sin embargo, a m e d i d a que estos sistemas evolucionaron hacia naciones-estado, los m e r c a d o s se expandieron con rapidez. Algunas élites dirigentes se beneficiaron del proceso m i e n t r a s que otras se resistieron a ver rotos sus poderes monopolistas; no obstante, no h u b o n a d a capaz de detener la r á p i d a expansión del m e r c a d o sobre el interior rural del país (véase, p o r ejemplo, C. Smith, 1976: 356-360; Wolf, 1969: 279-283). Vemos, p o r lo t a n t o , un desarrollo evolutivo desde c a m p e s i n o s dependientes, atados a un señor que en su interacción m e d i a con otros campesinos y élites, h a s t a campesinos independientes o libres, que compiten directamente en el m e r c a d o p a r a acceder a la tierra, los trabajos, las manufacturas y el resto de elementos esenciales p a r a la vida. Según n u e s t r o p u n t o de vista, esta liberación del c a m p e s i n a d o es u n a continuación de la expansión evolutiva de la e c o n o m í a política. En estos m o m e n t o s , la econ o m í a no es tan e n o r m e p a r a que cualquier esfuerzo p o r mover trabajo o bienes a través del sistema, m e d i a n t e el uso de cadenas de m a n d o , jerárquicas y p e r s o n a l e s , sea n e c e s a r i a m e n t e m e n o s eficiente q u e la depend e n c i a del libre m e r c a d o i m p e r s o n a l . En esencia, la evolución desde el cacicazgo complejo y el estado arcaico hasta u n a nación-estado integrada por el m e r c a d o se caracteriza por su creciente dominio de la economía mediante un m e r c a d o competitivo, que fija los precios; un d o m i n i o posibilit a d o por un m a r c o institucional dedicado, en gran medida, a alimentar y proteger el sistema de m e r c a d o (capítulo 14). Los campesinos e n t r a n en el m e r c a d o resistiéndose y sólo p a r a obtener aquello que necesitan p a r a la economía doméstica y no son capaces de p r o d u c i r o de obtener en sus propias c o m u n i d a d e s . A fin de conseguirlo, deben p r o d u c i r artesanía o alimentos p a r a intercambiarlos p o r cosas ta-

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les c o m o h e r r a m i e n t a s de metal, a d o r n o s ceremoniales o dinero en metálico, que se necesita p a r a el pago de impuestos. Como veremos en el capítulo 14, m u c h a s de las soluciones a los problemas asociados con el a u m e n t o de población y con el c a m b i o tecnológico se e n c u e n t r a n a h o r a en las operaciones impersonales del m e r c a d o autorregulador, que sirve los intereses económicos de la familia y al m i s m o t i e m p o los a m e n a z a . Como respuesta a la vulnerabilidad inherente a la e c o n o m í a de mercado, las familias construyen redes de lazos personales que desafían la eficiencia i m p e r s o n a l del m e r c a d o (Belshaw, 1965: 78-81; Plattner, 1989a). Estos «contratos diádicos» (Foster, 1961) son relaciones de i n t e r c a m b i o equilibradas en las que a m b a s partes b u s c a n el provecho personal. En los lazos verticales, el cliente plebeyo b u s c a seguridad, mientras que el patrón, que pertenece a la élite, busca u n a posición política. Los sistemas c o m o el jajmani de la India (Dumont, 1970) y el patrik de Haití (Mintz, 1961) rec u e r d a n la era p r e m e r c a d o , puesto q u e los campesinos b u s c a n lazos feudales de lealtad con los propietarios pudientes, los tenderos y los vendedores, los oficiales del gobierno, los m é d i c o s y otros m i e m b r o s de la élite local. Ésta, a su vez, b u s c a lazos de dependencia con élites de rango superior, de m a n e r a que, teóricamente, p u e d e alcanzarse a cualquier m i e m b r o de la sociedad a través de los lazos patrón-cliente. Si las estructuras formales de las sociedades estatales integran u n a m a s a de extraños sin rostro, r e g u l a d a p o r b u r ó c r a t a s , la red de vínculos diádicos q u e c a d a persona construye personaliza el sistema. A pesar de que los teóricos del mercado los describen a m e n u d o como «imperfecciones», los lazos entre p a t r ó n y cliente son esenciales: p e r m i t e n a la gente del c o m ú n , sin poder, g a n a r acceso a los bienes y servicios que, de otra m a n e r a , en un sistema de mercado grande e impersonal, estarían m á s allá de su alcance. Además de la función horizontal de i n t e r c a m b i a r bienes entre p r o ductores especializados, los m e r c a d o s tienen la función vertical de recoger bienes que sostienen a las p o b l a c i o n e s u r b a n a s , distantes de las exp l o t a c i o n e s a g r í c o l a s y s e p a r a d a s de la p r o d u c c i ó n de los b i e n e s de subsistencia (Plattner, 1989b). El p a t r ó n de a s e n t a m i e n t o u r b a n o , con su j e r a r q u í a de lugares centrales, crea c o n c e n t r a c i o n e s de población a p r o piadas p a r a la administración y el control. El personal del estado —los burócratas y los archiveros, los guerreros y los planificadores, los sacerdotes y los clérigos, los a r t e s a n o s y los m e r c a d e r e s , y la clase d i r i g e n t e en sí m i s m a — vive en los centros u r b a n o s . P a r a sostener estas funciones esenciales se debe movilizar comida desde la base rural y ponerla a disposición de las poblaciones u r b a n a s . Los m e r c a d o s caracterizan a los estados p o r q u e facilitan el establecim i e n t o y las finanzas de instituciones de gobierno regional, jerárquicas y centralizadas. Aprovisionar a poblaciones u r b a n a s grandes, que no producen los medios de su propia subsistencia, es potencialmente u n a pesadilla logística. El mercado, m á s o m e n o s libre respecto a la administración del estado, resuelve el problema. Un sistema de mercado que integre y funcione permite al estado adoptar la economía b a s a d a en la riqueza con todos sus requisitos. P a r a que esto funcione, el estado utiliza la m o n e d a c o m o me-

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dio de pago p a r a aquellos que trabajan p a r a él. Las m o n e d a s son objetos de riqueza concentrada estandarizados, que se p u e d e n almacenar y transp o r t a r con facilidad. El estado a c u ñ a m o n e d a con denominaciones estándares, garantizando su valor: u n a riqueza tal se puede t r a n s p o r t a r con facilidad p a r a a l m a c e n a r l a e n u n l u g a r c e n t r a l y p a r a d i s t r i b u i r l a c o m o parte de las finanzas del estado. El acto familiar de los trabajadores asalariados, que llevan sus m o n e d a s a la plaza del m e r c a d o p a r a c o m p r a r los alim e n t o s y demás productos que ya no pueden producir p o r sí mismos, constituye la infraestructura subsistencial que sostiene a las poblaciones u r b a n a s y a los especialistas, de los que dependen todos los estados (Brumfiel, 1980). En términos evolucionistas, el fondo de a r r i e n d o es la forma final y m á s onerosa de intrusión de la e c o n o m í a política en la e c o n o m í a doméstica. E m p e z ó c o m o un «regalo» reticente de los p r o d u c t o r e s a u n o o varios g r a n d e s h o m b r e s del m o m e n t o , se endureció en lo que es el tributo exigido p o r un jefe poderoso y, al final, se convirtió en el derecho, legalm e n t e sancionado, de los propietarios y de los b u r ó c r a t a s a u n a parte de la p r o d u c c i ó n campesina. Sólo el fondo de subsistencia representa los ingresos c o n s u m i d o s p o r la familia campesina. Es la pequeña, y a m e n u d o inadecuada, p r o p o r c i ó n del total de la p r o d u c c i ó n que q u e d a después de que se h a y a n p a g a d o los fondos de ceremonial y de arriendo. Nuestros casos de estudio m o s t r a r á n la influencia del estado en el trabajo en todos los niveles de la economía: la intensificación de la p r o d u c ción a través de m é t o d o s c o m o la irrigación y el uso de h e r r a m i e n t a s m a nufacturadas y fertilizantes; la integración regional de la economía a través de m e r c a d o s de trabajo y de p r o d u c t o s agrícolas, y la estratificación de la fuerza de trabajo en m u c h a s variedades t a n t o de p r o d u c t o r e s p r i m a r i o s c o m o de propietarios, a d m i n i s t r a d o r e s y b u r ó c r a t a s . Dos de n u e s t r o s ejemplos ilustran t a m b i é n un f e n ó m e n o q u e es de gran interés c o m o extensión de los procesos que h e m o s examinado: a saber, la penetración del m e r c a d o m u n d i a l en la e c o n o m í a local. En Brasil y Java se ha creado u n a e c o n o m í a dual a causa de la intrusión de los cultivos destinados al m e r c a d o , p r i n c i p a l m e n t e la caña de azúcar, en tierras agrícolas de p r i m e r a calidad que, en origen, sostenían a las poblaciones agrarias con la producción de alimentos con féculas. A pesar de que el cambio hacia la venta de cosechas negó a las poblaciones locales el acceso a las mejores tierras de p r o d u c c i ó n de alimentos, estimuló el desarrollo de zonas a n t e r i o r m e n t e marginales, en las que las inversiones tecnológicas financiadas por el estado garantizaron enormes aumentos de la producción a l i m e n t a r i a . T a m b i é n a u m e n t ó la p a r t i c i p a c i ó n de los agricultores de subsistencia en el m e r c a d o de trabajo y, finalmente, destrozó lo que qued a b a de la autosuficiencia de la familia campesina.

Caso 17. L o s a p a r c e r o s b r a s i l e ñ o s de B o a Ventura Nuestro p r i m e r caso ilustra la e c o n o m í a de campesinos «dependientes», q u e viven bajo el control directo de los p r o p i e t a r i o s . La u n i d a d de

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p r o d u c c i ó n m a y o r de esta e c o n o m í a es la familia nuclear, que se encuentra u n i d a individualmente a otras familias, a propietarios y a otras élites a través de lazos de amistad, m a n t e n i d o s p o r los intercambios frecuentes de regalos. A pesar del clima semiárido y de un terreno no apto p a r a la irrigación, los trabajos hidráulicos del gobierno y la cuidadosa gestión del uso de la tierra p o r parte de los terratenientes o h a c e n d a d o s h a n h e c h o posible u n a población relativamente densa, que p r o d u c e cosechas de p r o d u c tos básicos p a r a su p r o p i o c o n s u m o , al m i s m o t i e m p o que ayuda al propietario a criar vacuno, algodón y otros p r o d u c t o s p a r a su venta. Desde n u e s t r a perspectiva, el t e r r a t e n i e n t e r e p r e s e n t a u n a especie de i n t e r m e diario de transición entre el c a m p e s i n o y la e c o n o m í a política del estado. E n u n a e c o n o m í a m á s p l e n a m e n t e comercializada, estos i n t e r m e d i a r i o s paternalistas tienden a p e r d e r importancia, un signo del creciente dominio del m e r c a d o en todos los niveles de la economía.

EL MEDIO NATURAL Y LA ECONOMÍA

Los campesinos de Boa Ventura son aparceros en u n a fazenda de Ceará, al noreste de Brasil, u n a región que se distingue p o r u n a zona h ú m e d a , rica y productiva (littoral) a lo largo de la costa y u n a zona s e m i á r i d a empobrecida (sertáo) en el interior (A. Johnson, 1971a). Con anterioridad a la conquista europea, el littoral fue o c u p a d o p o r aldeanos horticultores belicosos ( t u p i n a m b a ) , que cultivaban tubérculos y maíz en c a m p o s de tala y q u e m a similares a los descritos p a r a los y a n o m a m i en el capítulo 6. El interior se hallaba h a b i t a d o p o r cazadores-recolectores dispersos. Muy p o c o d e s p u é s de la c o n q u i s t a e u r o p e a , el littoral h ú m e d o fue o c u p a d o p o r la p r o d u c c i ó n de cosechas p a r a la exportación, en particular el azúcar. Esta tierra se hizo d e m a s i a d o valiosa p a r a las cosechas de p r o d u c t o s alimenticios y el sertáo s e m i á r i d o fue o c u p a d o g r a d u a l m e n t e p o r agricultores q u e cultivaban alimentos básicos p a r a venderlos y criab a n v a c u n o p a r a p r o p o r c i o n a r c a r n e s y a n i m a l e s de tiro a la costa. Las familias c a m p e s i n a s o r i e n t a d a s a la subsistencia, q u e a d o p t a r o n los m é t o d o s h o r t i c u l t o r e s de sus p r e d e c e s o r e s nativos a m e r i c a n o s , p r o p o r c i o n a r o n la m a n o de o b r a p a r a estas fazendas del interior. En el p r e s e n t e etnográfico de 1966-1967 e n c o n t r a m o s u n a e c o n o m í a de subsistencia básica en Ceará, q u e difícilmente se p u e d e distinguir de la a g r i c u l t u r a de preconquista, a pesar de q u e a h o r a se halla cubierta p o r u n a e c o n o m í a de exp o r t a c i ó n d e d i c a d a a la p r o d u c c i ó n de algodón, azúcar, cacao, v a c u n o y otros p r o d u c t o s . A lo largo del siglo p a s a d o , debido p r i n c i p a l m e n t e a la construcción de grandes embalses y de redes de irrigación, la población del sertáo creció h a s t a a l c a n z a r u n a d e n s i d a d d e u n o s o n c e h a b i t a n t e s p o r kilómetro c u a d r a d o . Ya sea en p e q u e ñ a s granjas individuales o en fazendas m a y o res, la gente en el sertáo prefiere vivir en familias n u c l e a r e s c o n la m á xima a u t o n o m í a posible en las decisiones económicas. La m a y o r parte son agricultores de subsistencia que practican u n a horticultura de m a n c h ó n .

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L A E V O L U C I Ó N D E LAS S O C I E D A D E S H U M A N A S

La intensificación de la e c o n o m í a de subsistencia y la creación de un sistema de p r o d u c c i ó n orientado al m e r c a d o h a n creado u n a grave escasez de tierra agrícola. Ésta es propiedad, en b u e n a medida, de u n a clase elitista que la a d m i n i s t r a p a r a obtener beneficios. Los terratenientes p r o p o r c i o n a n casas, agua y tierra a sus aparceros, pidiéndoles a c a m b i o q u e planten cierto tipo de cultivos como algodón, arroz o b a n a n a s , y que se los v e n d a n a bajo precio. En total, m e d i a n t e el pago de cuotas o d a n d o días de trabajo a la fazenda, el a p a r c e r o paga de un 25 a un 30 % del total de la p r o d u c c i ó n c o m o arriendo. Los a p a r c e r o s utilizan la tala y la q u e m a p a r a l i m p i a r sus c a m p o s de la vegetación s e c u n d a r i a q u e se ha dejado en b a r b e c h o d u r a n t e u n o s o c h o a ñ o s . Debido al alto riesgo de i n c e n d i o del m o n t e bajo d u r a n t e la larga estación seca, los t r a b a j a d o r e s despejan c u i d a d o s a m e n t e los cortafuegos en los límites de sus c a m p o s , l i m p i á n d o l o s y b a r r i é n d o l o s c o n escobas h e c h a s de a r b u s t o s . Después de q u e e m p i e c e n las lluvias, p l a n t a n los c a m p o s con cosechas e n t r e m e z c l a d a s , c o m o maíz, m a n d i o c a , frijoles, calabaza, s é s a m o , c a c a h u e t e s y p a t a t a s . D u r a n t e el s e g u n d o a ñ o , se r e d u c e el n ú m e r o de cosechas de p r o d u c t o s alimenticios p a r a dejar sitio a la p l a n t a del algodón, que a p a r t i r del tercer a ñ o y d u r a n t e m u c h o s m á s se convierte en el ú n i c o cultivo, a n t e s de que se devuelva el c a m p o al pleno b a r b e c h o . Los aparceros obtienen casi toda su dieta de los c a m p o s y de los animales, que m a n t i e n e n en los corrales y que alimentan con p r o d u c t o s agrícolas del h u e r t o . El sacrificio de cerdos y cabras presenta la o p o r t u n i d a d d e c o m p a r t i r l a c a r n e p a r a r e s a r c i r regalos a n t e r i o r e s . N o o b s t a n t e , l a m a y o r parte de la proteína procede de los frijoles, la «comida fuerte» (comida forte) de la región, sin los cuales n i n g u n a c o m i d a se considera nutritiva. Ocasionalmente un h o m b r e p u e d e cazar p e q u e ñ o s pájaros o roedores con rifle, pero en c a m b i o las zonas pesqueras se hallan controladas p o r los propietarios y sólo pescan especialistas con contratos exclusivos a t i e m p o completo. En la planificación amplia de la dieta, los alimentos silvestres tienen u n a significación económica p e q u e ñ a p a r a la familia campesina. Cada familia de aparceros cultiva un c a m p o claramente definido y decide c u á n d o , qué y c u á n t o plantar, c u á n d o desherbar, etcétera, con p o c a influencia externa. También son los a p a r c e r o s quienes a s u m e n la m a y o r parte de los riesgos de la p r o d u c c i ó n y, p o r esto, son auténticos labradores m á s que jornaleros. Sin e m b a r g o , se los p u e d e a p a r t a r p o r la fuerza de la tierra a voluntad del terrateniente y, p o r este motivo, son campesinos dependientes, en contraste con los agricultores independientes que poseen su tierra. En esta dependencia, y en los vínculos personales con los terratenientes y con otros m i e m b r o s de la élite, se asemejan a los campesinos encontrados en los cacicazgos. Las precipitaciones en el sertao son impredecibles, las plagas que afect a n a los cultivos constituyen u n a a m e n a z a siempre presente y la tierra y el trabajo del agricultor pertenecen a otro. Estas incertidumbres generan u n a s estrategias sociales y e c o n ó m i c a s destinadas a a u m e n t a r la seguri-

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dad, incluso a costa de parte del «beneficio» (A. Johnson,1971b). Por ejemplo, un a p a r c e r o no intenta p l a n t a r un mejor y único cultivo en la tierra m á s fértil p a r a m a x i m i z a r la producción, sino que planta u n a amplia mezcla de cultivos en tantos m e d i o a m b i e n t e s c o m o le es posible: secas vertientes de colinas, fértiles b a n c o s de ríos, el lecho del río d u r a n t e la estación seca, suelos h ú m e d o s bajos y los m á r g e n e s de los embalses (Johnson, 1972). Tanto si el año es h ú m e d o c o m o si es seco, el agricultor, que aleja el riesgo, está asegurado por algo de comida de su despensa. Se trata de u n a gestión del riesgo de nivel doméstico y, desde luego, no implica estrategias de nivel de grupo organizadas p o r los líderes locales. O t r a estrategia es la de a l m a c e n a r el a b a s t e c i m i e n t o de c o m i d a de un a ñ o d u r a n t e el tiempo de la cosecha y p r o c u r a r vender solamente el excedente en el m e r c a d o . Esta estrategia de seguridad doméstica tiene dos consecuencias i m p o r t a n t e s . La p r i m e r a , que la cantidad de alimentos que alcanza el m e r c a d o fluctúa v i o l e n t a m e n t e de un a ñ o al otro, de m a n e r a q u e la i n s e g u r i d a d r e s u l t a n t e del a b a s t e c i m i e n t o de a l i m e n t o s p a r a las poblaciones u r b a n a s y no agrarias p u e d e llevar a disturbios políticos. La segunda, todo el excedente alimentario tiende a llegar al m e r c a d o al m i s m o tiempo, después de que los campesinos hayan visto c ó m o evolucionan las nuevas plantaciones y antes de q u e los precios caigan con la nueva cosecha. Por esta razón, el valor de m e r c a d o de los p r o d u c t o s básicos, c o m o el maíz y los frijoles, empieza a descender un mes o dos antes de que las p r i m e r a s cosechas del nuevo a ñ o y lleguen r e a l m e n t e al m e r c a d o , y los c a m p e s i n o s r e c i b e n m e n o s d i n e r o p o r sus p r o d u c t o s d e l o q u e o b t e n drían en otras circunstancias. Quizá de forma inesperada, la inseguridad no lleva a u n a completa falta de innovación y experimentación, que algunos observadores h a n atribuido a la agricultura campesina (Schultz, 1964; Wolf, 1966a: 16). Los aparceros están t a n interesados en nuevas variedades de plantas y en nuevas técnicas c o m o los labradores de cualquier lugar. Los h o m b r e s hablan const a n t e m e n t e sobre nuevos cultivos que h a n visto d u r a n t e sus viajes e int e n t a n conseguir semillas p a r a plantarlas. Incluso realizan experimentos controlados en sus huertos, p l a n t a n d o dos variedades de semillas o utilizando dos técnicas de plantación u n a al lado de otra, p a r a ver cuál de las dos funciona mejor. No son ajenos al riesgo que esto comporta, pero lo min i m i z a n restringiendo la innovación a los p e q u e ñ o s c a m p o s experimentales, en los que la pérdida de u n a cosecha tiene un efecto p e q u e ñ o en la producción total de la familia. De hecho, a pesar de que la m a y o r parte de los aparceros aceptan muchas ideas, métodos y prácticas rutinarias, el grado de variación individual en las prácticas agrícolas es importante. Las razones de ello son varias. Por u n a parte, cada familia tiene u n a composición diferente de p r o d u c t o r e s y consumidores, y a m b o s afectan a la cantidad de tierra q u e u n a casa tiene en producción. Por otra parte, la gente tiene opiniones firmes sobre c ó m o cultivar, incluso c u a n d o estas opiniones difieren de las de sus vecinos. Ello conlleva un sinfín de controversias e incluso a un m e n o s p r e c i o entre agricultores p o r lo d e m á s amistosos. Finalmente, hay grandes diferencias de

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inteligencia individual, destreza y motivación, y estas se reflejan en difer e n c i a s de r i q u e z a y de prestigio e n t r e las familias (cf. Cancian, 1972). No obstante, los aparceros del sertáo viven tan cerca del límite de la supervivencia que pierden visiblemente peso d u r a n t e los meses anteriores a la cosecha. Las familias m á s pobres p u e d e n ser incapaces de alcanzar su objetivo de a l m a c e n a r el abastecimiento de c o m i d a de todo un a ñ o y, de esta m a n e r a , p u e d e n sufrir escasez de c o m i d a d u r a n t e la época en que su esfuerzo laboral es m á x i m o . Los niños, en especial, tienen m á s posibilidades de recibir menos comida de la que necesitan (cf. Gross y Underwood, 1971), lo que p r o d u c e u n a alta mortalidad infantil y malnutrición clínica. D u r a n t e los frecuentes a ñ o s de precipitaciones escasas, m u c h a s familias sufren y, d u r a n t e las sequías periódicas, todas las familias c a m p e s i n a s se enfrentan a a m e n a z a s p a r a su supervivencia. Además de sus estrategias de dispersión del riesgo en la producción alimentaria a nivel doméstico, buscan, p o r lo tanto, distintos medios sociales p a r a conseguir u n a m a y o r seguridad.

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

La a u t o n o m í a d o m é s t i c a es un objetivo p r i m o r d i a l en t o d a pareja casada, que se afana p o r convertirse en los donos de casa (los señores de la casa) de su propio hogar. El trabajo del m a r i d o se centra en los campos, o c u p á n d o s e de los cultivos y trabajando p a r a c u m p l i r con sus obligaciones laborales y p a r a g a n a r un dinero adicional. La mujer se encarga de la casa, p r e p a r a la comida, lava la r o p a en el estanque m á s p r ó x i m o y cría a los niños. A pesar de que la cultura de la región tiene criterios distintos p a r a los dos sexos —que ofrecen u n a m a y o r libertad de acción a los h o m b r e s en todas las esferas de la vida—, el m a t r i m o n i o típico es, de jacto, de igualdad entre esposos productivos, cada u n o de los cuales respeta y valora la contribución del otro. Como es c o m ú n en m u c h a s sociedades campesinas, se respeta y obedece a los padres, a u n q u e las madres, que son m á s accesibles, g a n a n un g r a d o de i m p o r t a n c i a e m o c i o n a l en la familia que desmiente su posición culturalmente s u b o r d i n a d a . El parentesco es m e n o s i m p o r t a n t e c o m o fuente de seguridad social entre los aparceros brasileños que entre la m a y o r parte de los grupos analizados en capítulos anteriores. En efecto, según c u e n t a n los propios aparceros, los parientes no son de fiar ni de m u c h o valor. Aun así, los grupos parentelares forman agrupaciones residenciales en distintas p a r t e s de la fazenda (A. J o h n s o n y Bond, 1974). Incluso los parientes que viven separ a d o s a cierta d i s t a n c i a d e n t r o de la fazenda m a n t i e n e n lazos de interc a m b i o estrechos, m i e n t r a s que los que no son familia forman solamente lazos parecidos con vecinos cercanos. E n t r e las familias de aparceros y respecto a las relaciones sociales, se p o n e un m a y o r énfasis en la amistad. La i m p o r t a n c i a de ésta en la organización social de las comunidades campesinas fue establecida por Foster (1961) y Wolf (1966b). El m o d e l o del contrato diádico de Foster m u e s t r a

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los rasgos esenciales de las relaciones de a m i s t a d en un pueblo mexicano de la siguiente m a n e r a : 1. Las relaciones son siempre diádicas. A pesar de que la a m i s t a d entre dos personas conlleva, de m a n e r a inevitable, la relación con los amigos de los amigos, los c o n t r a t o s diádicos se e s t r u c t u r a n p a r a m i n i m i z a r tales extensiones, de forma que los amigos no tienen que a s u m i r la responsabilidad p o r toda la red de obligaciones sociales y económicas del otro. 2. Los intercambios a corto plazo están n o r m a l m e n t e desequilibrados; o sea, un amigo debe al otro. La deuda, q u e c a m b i a de lado c a d a vez que un regalo devuelve u n o anterior, es u n a señal de confianza y los esfuerzos destinados a p a g a r u n a d e u d a se ven c o m o esfuerzos dirigidos a t e r m i n a r u n a amistad. 3. A largo plazo, los intercambios d e b e r í a n establecer un equilibrio tal q u e cada amigo e n c o n t r a r a el p r o p i o i n t e r c a m b i o j u s t o (cf. H o m a n s , 1958). 4. Las a m i s t a d e s se establecen y t e r m i n a n libremente. De esta m a nera, se trata de relaciones f u n d a m e n t a l m e n t e diferentes a las del parentesco, a las del peonaje forzado y a otras relaciones sociales estructurales que u n a p e r s o n a no p u e d e evitar. La i m p o r t a n c i a económica de la amistad en u n a sociedad c a m p e s i n a deriva especialmente de esta característica: u n o escoge su red de amigos teniendo en m e n t e sus propios intereses y se p u e d e dejar de lado a los amigos que s u p o n e n u n a carga. 5. Puesto que las amistades son frágiles, con apuntalamientos estructurales débiles, los i n t e r c a m b i o s frecuentes entre amigos son necesarios p a r a m a n t e n e r u n a relación vital y fiable. La m a y o r parte de los regalos entre amigos son pequeños, simples muestras de amistad. Se evitan las exhibiciones abiertas de gratitud, puesto que p u e d e n ser interpretadas c o m o intentos de terminar con una relación al saldar la deuda con gratitud. P a r a los aparceros brasileños, los amigos a p o r t a n m u c h o a la segurid a d e c o n ó m i c a y al bienestar de la familia. A través de sus distantes redes de amigos, los h o m b r e s y las mujeres obtienen carne fresca, p r o d u c t o s que no cultivan en sus campos, pequeños p r é s t a m o s temporales de dinero, días de trabajo en épocas de necesidad crítica, p r é s t a m o de h e r r a m i e n t a s que p u e d e n no poseer y otros favores especiales. Trabajan con ahínco p a r a establecer y m a n t e n e r a estos amigos y, c u a n d o sus esfuerzos fracasan, la decepción p u e d e ser m á s a m a r g a . Los parientes cercanos y m u c h o s vecinos próximos m a n t i e n e n intercambios frecuentes, que forjan lazos de amistad. A u n q u e , p u e s t o q u e d e m a s i a d o s lazos p u e d e n ser molestos, los a m i g o s íntimos regulares se limitan a dos o tres p o r persona. Así, en las agrupaciones familiares mayores, no todos los m i e m b r o s intercambian del m i s m o m o d o : u n p a r d e familiares p u e d e n c o m p o r t a r s e c o m o amigos, m i e n t r a s que otros se t r a t a n m u t u a m e n t e en t é r m i n o s económicos, m á s o m e n o s c o m o a aquellos que no son parientes. Foster (1961) señala c u á n diferente es esta relación casual, c e n t r a d a en el individuo, de los g r u p o s de p a r i e n t e s r í g i d a m e n t e e s t r u c t u r a d o s y

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c e n t r a d o s en el g r u p o de las sociedades agrarias intensivas. Sin e m b a r g o , en t o d a s partes los a m i g o s realizan u n a i m p o r t a n t e c o n t r i b u c i ó n a la seg u r i d a d e c o n ó m i c a y a la a u t o n o m í a de la familia: de hecho, allá d o n d e los g r u p o s de p a r i e n t e s c o n t r o l a n las vidas e c o n ó m i c a s individuales de sus m i e m b r o s se tiende a escoger a los amigos de entre los no p a r i e n t e s , p a r a a y u d a r s e m u t u a m e n t e y p a r a utilizarse c o m o p a r a c h o q u e s c o n t r a las intrusiones del g r u p o p a r e n t e l a r (A. J o h n s o n y Bond, 1974). A p e s a r de que Boa Ventura contiene u n a población de nivel de p o b l a d o de u n a s trescientas p e r s o n a s , es u n a c o m u n i d a d s o l a m e n t e en el sentido de que se halla sujeta a las políticas de gestión del terrateniente. Los g r u p o s econ ó m i c o s significativos en la vida diaria tienden a ser m u c h o m á s p e q u e ños que la c o m u n i d a d de la fazenda, hallándose limitados a a g r u p a c i o n e s del t a m a ñ o de u n a aldea de parientes y amigos en p e q u e ñ o s vecindarios. Esta d e s c o m p o s i c i ó n de la c o m u n i d a d de p o b l a d o , b a s a d a en el p a r e n tesco d u r a n t e la evolución de la entidad política regional, es u n o de los c o r r e l a t o s m á s i m p o r t a n t e s de la i n t e g r a c i ó n del m e r c a d o y del crecim i e n t o de la estratificación.

EL PAPEL DEL MERCADO

Además de las r e s p u e s t a s sociales descritas arriba, las pocas propiedades y los rendimientos impredecibles de los aparceros precisan de cierto grado de participación en el m e r c a d o . Con frecuencia trabajan a t i e m p o parcial en actividades artesanales p a r a a u m e n t a r sus m a g r o s ingresos y venden su excedente agrario en los a ñ o s b u e n o s p a r a p r o c u r a r s e un colc h ó n contra las m a l a s épocas venideras. Los lazos de i n t e r c a m b i o individ u a l e s i n t e g r a n a la c o m u n i d a d de la fazenda y se e x t i e n d e n m á s allá de ésta. En u n a fazenda suele h a b e r un conjunto de trabajadores especializados. Los que m á s se d e m a n d a n son los herreros, p a r a m a n u f a c t u r a r y rep a r a r las h e r r a m i e n t a s ; los carpinteros, que hacen las puertas, las ventanas y los muebles, y los albañiles, que construyen los edificios. Todos estos especialistas son aparceros cuyo trabajo específico a tiempo parcial les permite a u m e n t a r sus ingresos; reciben un pago m e n o r por su trabajo que el de los especialistas que viven en la ciudad, p e r o disfrutan de u n a m a y o r seguridad. Los especialistas que viven en la c i u d a d no tienen c a m p o s a los q u e r e c u r r i r c u a n d o los clientes no les p a g a n su trabajo y n e c e s i t a n parientes poderosos o p a t r o n o s p a r a p o d e r sobrevivir. Un carpintero que dejó la fazenda en 1966 p a r a p r o b a r suerte en la ciudad había regresado en 1967: sus a h o r r o s se volatilizaron en seis meses e c o n ó m i c a m e n t e desastrosos; al no tener un patrón, no tuvo m a n e r a de recuperar lo que sus clientes le debían (A. Johnson, 1971a: 90-91). Los especialistas de o t r a s fazendas t a m b i é n e s t á n a su disposición c u a n d o son necesarios, pero la m a y o r p a r t e de familias obtienen lo que no p r o d u c e n en tiendas situadas dentro y fuera de la fazenda. Estas tiendas están abastecidas p o r los m e r c a d o s de la ciudad, pero en c o n t a d a s oca-

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siones los c a m p e s i n o s van a estos m e r c a d o s . H a c e n sus c o m p r a s y venden las cosechas y los p r o d u c t o s a través del terrateniente y de los tenderos, con los que intentan m a n t e n e r lazos personales íntimos m u y parecidos a los lazos de amistad que establecen los u n o s con los otros. Los r a r o s intentos de cultivar p a r a vender o de utilizar trabajo a jornal fracasan indefectiblemente, bien p o r q u e n o p u e d e n c o n t r o l a r algún factor de la p r o d u c c i ó n (p. ej., conseguir el t r a n s p o r t e al m e r c a d o de los bienes q u e no se conservan), o b i e n p o r q u e su m a r g e n de beneficio es dem a s i a d o estrecho p a r a soportar los riesgos de p r o d u c c i ó n a lo largo de un periodo (p. ej., las p é r d i d a s c a u s a d a s p o r el m a l t i e m p o d u r a n t e un a ñ o p u e d e n sobrepasar en m u c h o los beneficios de un b u e n año). En estos sistemas, el m e r c a d o está controlado p o r los intermediarios y las élites. Los terratenientes a c u m u l a n los productos agrícolas de sus propias fazendas y los envían a los a l m a c e n e s y a otros centros rurales de recogida, d o n d e se almacenan, se p r o c e s a n parcialmente o se e m p a q u e t a n y se expiden. Los m e r c a d o s son principalmente lugares en los que los hab i t a n t e s u r b a n o s c o m p r a n los p r o d u c t o s agrícolas q u e los i n t e r m e d i a rios h a n a d q u i r i d o al p o r m a y o r en los a l m a c e n e s ; luego estos i n t e r m e d i a r i o s los dividen e n c a n t i d a d e s p e q u e ñ a s p a r a l a r e v e n t a . Algunos agricultores venden d i r e c t a m e n t e al m e r c a d o , pero éstos suelen ser campesinos independientes dedicados a cultivos de hortalizas p a r a la venta, no aparceros de fazendas lejanas.

LA COMERCIALIZACIÓN Y LA ECONOMÍA POLÍTICA

Cada aparcero de u n a fazenda tiene acceso a varias tiendas y, puesto que los precios de los productos individuales varían, les resulta provechoso c o m p r a r en distintos sitios. Los mejores precios se e n c u e n t r a n n o r m a l m e n t e en las tiendas que s o l a m e n t e a c e p t a n pagos en metálico y n u n c a crédito. Sin embargo, pocos aparceros se p u e d e n permitir p a g a r siempre en metálico; d u r a n t e los t i e m p o s de escasez el crédito es esencial p a r a su supervivencia y, a fin de o b t e n e r l o , un h o m b r e debe c o n v e r t i r s e en un «cliente fiel» (fregués) de un único tendero, cuyos precios son m á s altos, p u e s t o q u e al aceptar el crédito corre un riesgo m á s alto de i m p a g o . De esta m a n e r a , irónicamente, debido a que el coste del crédito lo absorben los precios de los alimentos, los aparceros m á s p o b r e s d e b e n p a g a r precios m á s altos por la comida que sus vecinos económicamente m á s desahogados, c u m p l i e n d o con el p r i n c i p i o universal de q u e «los p o b r e s p a g a n más» (Caplovitz, 1963). Los aparceros lo entienden m u y bien, pero no pueden renunciar a la seguridad de poder obtener frijoles, harina de mandioca, q u e r o s e n o y aceite p a r a cocinar a crédito c u a n d o no h a y dinero y la familia tiene h a m b r e . U n a lógica similar se aplica, de forma m á s general, a las relaciones con el terrateniente. Los campesinos dependientes no ven al terrateniente c o m o «el m a y o r enemigo social del campesino» (Quijano, 1967; cf. Feder, 1971), sino c o m o un aliado potencial de i m p o r t a n c i a f u n d a m e n t a l p a r a

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su bienestar. Buscan de forma activa transformarlo en un p a t r ó n personal, puesto que, al c o n t a r con la a y u d a de sus recursos personales y con los de su red de patrones y clientes personales, puede proporcionar casi cualquier servicio que un a p a r c e r o p u e d a necesitar. Mientras u n o de los autores de este libro estaba realizando trabajo de c a m p o en esta zona, se produjo un c a m b i o de p r o p i e d a d en u n a fazenda. El terrateniente original, conocido c o m o «el General», la había vendido a un c o m e r c i a n t e rico llamado Seu Clovis. A pesar de que éste expuso sus ideales democráticos y redujo las obligaciones de los aparceros (el fondo de arriendo), no e s t a b a n satisfechos con él y casi todo el m u n d o deseaba que el General regresara. ¿Por qué? Una r a z ó n era q u e la familia del General era antigua y tenía prestigio, y que él m i s m o h a b í a o c u p a d o varios altos cargos; Seu Clovis, a pesar de ser un h o m b r e rico, tenía u n o s orígenes m á s humildes. Los aparceros no solamente c o m p a r t í a n los valores del resto de la sociedad, que sitúa a la vieja aristocracia terrateniente p o r e n c i m a de la nueva clase de comerciantes, sino que t a m b i é n entendieron que la posición superior del General le d a b a potencialmente u n a influencia política y económica m u c h o mayor, que podía ser e m p l e a d a en provecho de todos. El acceso del p a t r ó n a los recursos, siendo i m p o r t a n t e , c u e n t a m e nos que su voluntad de utilizarlo en beneficio de sus clientes. El General pedía partes m a y o r e s de sus aparceros que no Clovis, p e r o le veían c o m o al m á s generoso de los patrones. El General c o m p r a b a y vendía cosechas a su propia «empresa de almacenes», p o n i e n d o al alcance de sus aparceros c o m i d a y d i n e r o m e d i a n t e créditos ( a u n q u e con altas t a s a s de interés). P r o p o r c i o n a b a a las familias con niños enfermos leche de sus vacas y fruta procedentes de sus huertas de regadío y utilizaba su influencia p a r a intervenir en las instituciones a nivel estatal en n o m b r e de sus aparceros: p o r ejemplo, un a p a r c e r o q u e h a b í a sido a r r e s t a d o fue i n m e d i a t a m e n t e puesto en libertad, y obtuvo hospitalización pública gratuita p a r a u n a m u jer con cáncer. Clovis cerró la e m p r e s a de almacenes p o r ser explotadora, vendió su leche y fruta p a r a obtener un beneficio y no tenía la influencia política p a r a intervenir c o m o el General lo había hecho. A pesar de que el General no perdió ganancias siendo generoso, puesto que la renta que recibía era m á s alta que la de Clovis, era visto c o m o un p a t r ó n m á s fuerte y m á s protector. Este p u n t o de vista se veía sin d u d a reforzado p o r cierto aire de orgullo y b r a v u r a del General, en contraste con la c o n d u c t a m á s m o d e s t a y de clase m e d i a de Clovis. Los e s t a d o s a g r a r i o s se e n c u e n t r a n a m e n u d o o r g a n i z a d o s feudalm e n t e e n c a d e n a s d e p a t r o n a z g o a s c e n d e n t e s (Silverman, 1965). E n l a cima, los p a t r o n e s poderosos controlan los mayores recursos, c o m o el din e r o del gobierno p a r a el regadío, la c o n s t r u c c i ó n de carreteras, la m a q u i n a r i a de la granja y los servicios sociales. R e p a r t e n este d i n e r o a los clientes del nivel inferior, que, a su vez, son p a t r o n o s de p e q u e ñ o s propietarios y líderes políticos locales. Cada p a t r ó n de nivel inferior distribuye el dinero a sus clientes, recibiendo a c a m b i o su apoyo político p a r a sí m i s m o

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y p a r a el p a t r ó n del nivel superior (Greenfield, 1972). El General, p o r ejemplo, regularmente indicaba a sus aparceros en qué sentido votar y los llevaba en camiones a las u r n a s el día de las elecciones. Puesto que Seu Clovis quiso p e r m a n e c e r apolítico, su administrador t o m ó esta función (sin la que los aparceros p r e t e n d í a n que no h u b i e r a n sabido posiblemente c o m o votar), a u m e n t a n d o s u p r o p i o p o d e r político c o m o c o n s e c u e n c i a d e ello. El lazo patrón-cliente es t a n i m p o r t a n t e p a r a los campesinos dependientes que sobrevive a pesar de n u m e r o s a s contradicciones inherentes. Se idealiza al p a t r ó n c o m o figura paterna, a m e n u d o llamado «padre», que protege y cuida a sus dependientes; los clientes reciben el apelativo de «mis hijos» y se espera de ellos que sean leales y dedicados. Pero t a n t o p a t r ó n c o m o cliente reconocen de m a n e r a abierta que su lazo es básicamente un i n s t r u m e n t o que funciona sólo c u a n d o a m b o s socios establecen un interc a m b i o justo. Los aparceros en las fazendas del noreste de Brasil señalan q u e p r o p o r c i o n a n trabajo, votos u otros objetos de valor al p r o p i e t a r i o y q u e se irían con un nuevo p a t r ó n si el antiguo dejara de m a n t e n e r su parte del intercambio. Los patronos, c o m o los grandes h o m b r e s , deben cultivar seguidores leales m e d i a n t e actos de generosidad, a u n q u e la relación patrón-cliente es t a m b i é n u n a relación de p o d e r dentro de u n a sociedad estratificada en clases y, a este respecto, el p a t r ó n no es c o m o un gran h o m b r e . Por detrás de las expresiones familiares y de las esperanzas de un i n t e r c a m b i o justo, se halla el p o d e r ú l t i m o , m i l i t a r y policial, del e s t a d o , un p o d e r q u e se puede, y que va a ser utilizado, p a r a m a n t e n e r un acceso diferencial a la riqueza y a los recursos. Los campesinos dependientes no negocian si pagar o no un fondo de arriendo; a h o r a el único t e m a es c u á n grande va a ser este arriendo y qué franja de beneficios va a ofrecer al patrón. En los estados agrarios estables, la m a y o r parte de los campesinos no ven alternativas a esta e s t r u c t u r a de clases. De esta forma, su visión del m u n d o d o m i n a n t e equivale a u n a especie de consciencia de cliente, que es lo opuesto tipológicamente a la consciencia del proletariado. El campesino dependiente ve su dependencia c o m o u n a fuente de seguridad y fortaleza (Hutchinson, 1966). Se siente aislado en u n a sociedad en la que los ideales d e m o c r á t i c o s y los s i s t e m a s de p r o t e c c i ó n de la s e g u r i d a d social o bien no existen, o bien no alcanzan a los c a m p e s i n o s . No ve a los otros aparceros c o m o aliados potenciales en un movimiento político tendente a ganar seguridad a través del sindicalismo y de la influencia política directa sobre los programas gubernamentales. Más bien, percibe a los d e m á s aparceros c o m o iguales, t a n faltos de p o d e r y necesitados c o m o él m i s m o , y c o m o rivales potenciales en pos de la benevolencia de su p a t r ó n c o m ú n . Más allá de este círculo estrecho de amigos y p a r i e n t e s , ve a los m i e m bros de su clase con la m i r a d a llena de recelos de un competidor. El personalismo y el p a t r o n a z g o son i m p o r t a n t e s en todas las economías campesinas, pero el p a t r ó n individual único es, en nuestro ejemplo presente, m á s i m p o r t a n t e que e n m u c h a s otras. Como v e r e m o s , los poblados campesinos a m e n u d o tienen instituciones políticas y ceremoniales que a u m e n t a n la seguridad económica de los labradores y les a y u d a n

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a hacer de m e d i a d o r e s en sus relaciones con el estado. De m a n e r a alternativa, la familia c a m p e s i n a individual p u e d e b u s c a r u n a variedad de patrones q u e incluya médicos, farmacéuticos, notarios, tenderos, capataces e incluso campesinos a c o m o d a d o s , dispersando a m p l i a m e n t e sus esfuerzos en b ú s q u e d a de seguridad. Pero el objetivo básico es siempre el de reducir los elementos instrumentales, burocráticos, distantes e impersonales de la economía política del estado (mercados, cortes, policía, impuestos, cargos, etc.) hacia lazos personales y dependientes con p a t r o n e s de confianza y conocidos a nivel local.

LOS CAMBIOS RECIENTES

Los estudios de c a m p o s u b s i g u i e n t e s en Boa Ventura p o r p a r t e de Caroso Soares en 1981 (Caroso Soares, 1982) y de J o h n s o n y Caroso Soares en 1988 y 1989 (Johnson, 1989) h a n d o c u m e n t a d o c a m b i o s significativos. A pesar de que la composición general de la fazenda p e r m a n e c e igual dos décadas después y que m u c h a s de las m i s m a s familias se e n c u e n t r a n ocup a n d o las m i s m a s casas, algunos cambios fundamentales en la economía política h a n puesto en d u d a t o d o el futuro del m o d o de vida campesino. A principios de los sesenta, el estudio original detectó el principio de estos c a m b i o s en la t r a n s m i s i ó n de la p r o p i e d a d de la fazenda de m a n o s del General a Seu Clovis. El giro —de un propietario orientado al prestigio, que t o m ó en serio sus responsabilidades tradicionales hacia sus dependientes, a un h o m b r e de negocios orientado al beneficio, motivado en p r i m e r lugar p o r i n c r e m e n t a r su fortuna personal— reproduce en miniat u r a la expansión de los m e r c a d o s m o d e r n o s y el c a m b i o de los latifundios rurales de los estados feudales a las explotaciones capitalistas que se d a n en Brasil y en m u c h a s r e g i o n e s en d e s a r r o l l o del m u n d o (Wolf, 1969). El giro era evidente en cierto n ú m e r o de formas específicas en Boa Ventura a finales de los ochenta: 1. La cantidad de familias aparceras ha d i s m i n u i d o en un tercio, de c u a r e n t a y cinco a treinta. 2. Seu Clovis ha disminuido sustancialmente la cantidad de m a t o r r a l espinoso en las laderas de las m o n t a ñ a s (mata), que, de b u e n a gana, permite limpiar a los aparceros p a r a obtener nuevos campos. De m a n e r a oportunista, justifica este paso utilizando el discurso del desarrollo sostenible y la a m e n a z a de la deforestación. Sin embargo, su motivación inmediata es la de a u m e n t a r su r e b a ñ o vacuno, que precisa de mata c o m o forraje. Los aparceros se quejan a m a r g a m e n t e , puesto que este c a m b i o les obliga a l i m p i a r parcelas m á s p e q u e ñ a s en zonas m e n o s fértiles de b o s q u e secundario, pero es en vano. De hecho, siempre que tiene ocasión u n o de los hijos de Clovis compra vacuno para traerlo a Boa Ventura a fin de a u m e n t a r el r e b a ñ o de su padre. 3. De m a n e r a simultánea, Seu Clovis está s a c a n d o la tierra del margen del río —una zona de cultivo de p r i m e r a calidad, utilizada por los apar-

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ceros como cobertura contra la sequía— de la producción alimentaria p a r a plantar caña de azúcar. El gobierno de Brasil, que apoyó el p r o g r a m a de convertir la caña de azúcar en alcohol p a r a los automóviles (el gasohol), ha creado u n a situación económica en la que esto supone un e m p e ñ o m u y rentable. De nuevo, los aparceros p r o t e s t a n en vano. 4. Como indica la cantidad decreciente de aparceros, Seu Clovis no valora el trabajo de éstos t a n t o c o m o antes. Incluso e m p l e ó t e m p o r e r o s de la costa p a r a cortar caña h a s t a que sus aparceros le suplicaron que les d i e r a l a o p o r t u n i d a d d e g a n a r d i n e r o a d i c i o n a l h a c i e n d o este t r a b a j o ellos m i s m o s . Sin e m b a r g o , los hijos del propietario h a n a s e g u r a d o que c u a n d o hereden la fazenda e c h a r á n a todos los aparceros y confiarán p o r completo en el trabajo asalariado para cubrir sus necesidades. Lo ven c o m o un peldaño clave p a r a la modernización, siguiendo los modelos de las fazendas cercanas que ya se h a n m o d e r n i z a d o . 5. No es coincidencia q u e el n ú m e r o de granjas i n d e p e n d i e n t e s en bolsas de tierra privada s i t u a d a entre las g r a n d e s fazendas haya crecido con rapidez. Este fenómeno se debe en parte a u n a nueva generación de aparceros que c o m p r a n p e q u e ñ a s parcelas en las que construir u n a casa c u a n d o tengan el dinero suficiente, c o m o p r i m e r p a s o p a r a «escapar» de la fazenda: si son b u e n o s trabajadores, el terrateniente les p e r m i t e contin u a r cultivando su tierra m e d i a n t e un contrato de aparcería, incluso después de que se h a n trasladado a su nuevo hogar fuera de la fazenda. Cuando llegue el día en que se pida a los aparceros que a b a n d o n e n Boa Ventura, a l g u n o s t e n d r á n sus p r o p i a s c a s a s y quizá t e n g a n s u e r t e y e n c u e n t r e n o t r a t i e r r a p a r a a r r e n d a r . Otros — p r o b a b l e m e n t e l a m a y o r í a — n o tend r á n tierra y les q u e d a r á n pocas opciones. 6. El nuevo p r o g r a m a g u b e r n a m e n t a l de seguridad social es t a m b i é n de s u m a importancia, ya que p e r m i t e que incluso los aparceros analfabetos presenten u n a solicitud p a r a obtener u n a pensión de jubilación (aposentadoria) a la edad de sesenta y seis años y después ir cada mes a un centro u r b a n o cercano a cobrar su pensión en un b a n c o . La clase m e d i a y la pobre rural están satisfechas con este proyecto, que ven casi c o m o un salvavidas. 7. El establecimiento de un centro de salud pública en la ciudad cercana de Madalena es potencialmente tan significativo p a r a los aparceros c o m o lo anterior. A pesar de que en 1989 no p r o p o r c i o n a b a m e d i c a m e n tos, sino pildoras de control de natalidad, y a u n q u e sus h o r a s de consulta estaban m u y restringidas debido a la falta de personal, la eventual disponibilidad de servicios m á s i m p o r t a n t e s llenaría un e n o r m e agujero en la red de seguridad que los aparceros solían e n c o n t r a r en los p a t r o n e s . 8. Tras un proyecto de electrificación rural, el terrateniente trajo de la ciudad un viejo televisor en blanco y negro p a r a tenerlo en su m a n s i ó n y lo sacaba a la terraza todas las noches p a r a que la gente, interesada se pudiera congregar y ver las populares telenovelas de O' Globo, el canal líder de Brasil. Antes de las telenovelas se emiten p r o g r a m a s informativos nacionales que c u b r e n eventos, desde política h a s t a catástrofes naturales de t o d o el país. Además, varias telenovelas p r e s e n t a n d r a m a s de amor,

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p o d e r y riqueza entre protagonistas blancos y m u y acaudalados, que dibujan un escenario de vida m o d e r n a , con bienes de c o n s u m o y actividades u r b a n a s . E n t r e los mensajes que se t r a n s m i t e n están los valores y las aspiraciones de la clase media, j u n t o con información del funcionamiento de la política brasileña y de los derechos legales de la gente. 9. Los a p a r c e r o s t a m b i é n a p u n t a n a la creciente disponibilidad de bienes de c o n s u m o , entre los que las bicicletas y la carpintería de aluminio se h a n convertido en omnipresentes. Las bicicletas h a n r e e m p l a z a d o en gran m e d i d a a los b u r r o s c o m o m e d i o de t r a n s p o r t e y los aparceros las citan m u c h a s veces c o m o indicadores de progreso. 10. La nueva constitución brasileña ofrece a los trabajadores rurales m u c h o s derechos sin precedentes, incluidas las disposiciones sobre la reforma agraria. Los p r o g r a m a s de radio, la noticias de la televisión y los activistas locales, religiosos y seculares, educan sobre estos derechos y anim a n a los aparceros a e m p r e n d e r acciones. A pesar de que los aparceros siguen en b u e n a m e d i d a sin p o d e r y, p o r lo t a n t o , son tímidos, discuten entre ellos estos nuevos derechos y b u s c a n m a n e r a s de implementarlos. En Boa Ventura, p o r ejemplo, hay u n a porción de tierra bastante grande en la que el derecho de propiedad no está p l e n a m e n t e registrado en la escritura del terrateniente. Un g r u p o de familias ha e m p e z a d o a r e c l a m a r esta tierra c o m o propia, llegando a un p u n t o m u e r t o tenso con Seu Clovis. El claro efecto de estos c a m b i o s es que el c a m p e s i n a d o de aparceros dependientes se está t r a n s f o r m a n d o —en parte p o r elección y en parte p o r necesidad— en u n a clase trabajadora, m á s independiente y autosuficiente, de aparceros, jornaleros y minifundistas. La m a n e r a en que los aparceros h a b l a b a n del terrateniente en 1989 es c o m p l e t a m e n t e distinta de lo que se oía en 1967 y se p u e d e r e s u m i r en la fórmula, repetida a m e n u d o , de q u e «Seu Clovis hace m u y poco por nosotros, pero t a m p o c o interfiere en nuestras vidas». A pesar de que alguna gente todavía extendería su p u ñ o c e r r a d o a p r e t a n d o los dedos p a r a ilustrar la t a c a ñ e r í a de Seu Clovis, se inclinan a decir respecto a la necesidad de un patrón: «A gente arranja o patráo quando precisa» (Puedes e n c o n t r a r un p a t r ó n c u a n d o lo necesitas). Los aparceros m á s jóvenes reflejan en especial esta nueva actitud de confianza, que debe m u c h o a la creciente disponibilidad de servicios públicos. De m a n e r a explícita, c o m e n t a n q u e el p r o p i e t a r i o a h o r a es u n a figura m e n o s i m p o r t a n t e en sus vidas que en el pasado.

Caso 18. Los p o b l a d o r e s c h i n o s de Taitou Con anterioridad a la revolución de 1949, Taitou era un poblado agrario de u n o s setecientos habitantes en la provincia de S h a n t u n g , al noreste de China (Yang, 1945). A pesar de ser u n a e c o n o m í a campesina, era m u y distinta de la fazenda brasileña. Vale la pena hacer especial hincapié en dos diferencias. La primera, la densidad de población de la región de Taitou oscila de ciento quince a doscientas personas por kilómetro cuadrado, m á s

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FIG. 1 3 . Patrón de asentamiento de la China rural. El paisaje aparece repleto de poblados, cada uno de los cuales está unido al mercado de una ciudad. Cada palmo de terreno se ha utilizado para campos en terraza, campos de arroz, caminos, carreteras y asentamientos. Cada asentamiento tiene su bloque de casas privadas y un parque público central. de diez veces la densidad del sertáo brasileño. La figura 13 m u e s t r a el denso paisaje chino, repleto de poblados. La segunda, los campesinos de Taitou, c o m o era c o m ú n ( a u n q u e no general) en la China de antes de 1949, e r a n independientes, poseían sus tierras y r a r a m e n t e vivían c o m o aparceros en la propiedad de otros (cf. J. Buck, 1937: 9). De hecho, China fue d u r a n t e

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un milenio u n a sociedad integrada por el m e r c a d o , con u n a economía basada en la riqueza y en un sistema de papel m o n e d a , recaudación de imp u e s t o s y b a n c a . La e c o n o m í a d o m é s t i c a del c a m p e s i n o c h i n o e s t a b a centrada en la necesidad de adquirir y administrar el c a m p o con s u m o cuidado y en la capacidad de c o m p r a r y vender productos en el mercado, bajo condiciones de extrema escasez de tierras.

LA ECONOMÍA DE SUBSISTENCIA

La región de Taitou es u n a de las zonas agrícolas m á s antiguas de China. P r á c t i c a m e n t e t o d a su tierra ha sido utilizada p o r los h u m a n o s . Las diferencias m i c r o a m b i e n t a l e s son de s u m a i m p o r t a n c i a y m u c h a s familias t i e n e n p e q u e ñ a s g r a n j a s d i s t r i b u i d a s e n t r e d i f e r e n t e s z o n a s : vertientes de colinas arenosas, en cuyas terrazas se cultivan boniatos y cacahuetes, c a m p o s de tierras llanas de suelos m á s arcillosos, en los que se cultivan el mijo y el trigo, y d i m i n u t o s y caros parterres de arroz irrigado. Según Yang (1945: 14): incluso en los aledaños de un único poblado hay una amplia oscilación en cuanto al valor del suelo. La fragmentación extrema evita la propiedad de toda la tierra de una determinada calidad por parte de una o unas pocas familias y, por lo tanto, reduce la posibilidad de un fracaso completo en la cosecha de una familia. Puesto que las diferentes tierras son más o menos adecuadas para diferentes cultivos, una familia que tenga tierra en varios lugares puede plantar distintos cultivos y así obtener siempre algún resultado de su tierra. De esta manera, al ser autosuficiente, tiene menos necesidad de comerciar. Los p r o d u c t o s básicos de la dieta eran el mijo, los boniatos, el trigo, los cacahuetes y las semillas de soja. P a r a completar la dieta, en los campos se cultivaba cebada, maíz y arroz y, en pequeños huertos, coles, nabos, cebollas, ajos, r á b a n o s , pepinos, espinacas, habichuelas, calabazas, guisantes y melones. Los c a m p e s i n o s de Taitou p r a c t i c a r o n el cultivo múltiple intensivo con cierto barbecho estacional. La rotación m á s c o m ú n de cultivos se daba entre plantaciones de invierno, tales c o m o el trigo y la cebada, y plantaciones de p r i m a v e r a , c o m o los b o n i a t o s , los c a c a h u e t e s y el mijo. Cada fase de la p r o d u c c i ó n se a c o m p a ñ a b a de inversiones de trabajo intensivo p a r a o b t e n e r un m a y o r r e n d i m i e n t o de la tierra. Se n e c e s i t a b a n fertilizantes p a r a prácticamente todos los cultivos. Una familia recogía con s u m o cuidado todos los excrementos animales y h u m a n o s en u n a fosa p a r a producir a b o n o c o m p u e s t o , situada en el recinto doméstico. C u a n d o se llen a b a la fosa, se sacaba el contenido y éste se cubría con b a r r o y se dejaba fermentar. Luego se secaba el a b o n o al sol y se molía, convirtiéndolo en un polvo fino. Las cenizas de los hogares se b a r r í a n c u i d a d o s a m e n t e y se a ñ a d í a n al c o m p u e s t o ; incluso el hollín y los ladrillos oxidados del h o r n o y la c h i m e n e a se m o l í a n p e r i ó d i c a m e n t e y se a ñ a d í a n . El a b o n o vegetal

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se u s a b a en c o n t a d a s ocasiones, puesto que las r a m i t a s , los a r b u s t o s y los tallos de las p l a n t a s se n e c e s i t a b a n p a r a forraje o c o m b u s t i b l e ; sin emb a r g o , incluso estas m a t e r i a s a c a b a b a n al final en la pila del a b o n o en forma de estiércol o cenizas. Cuando se p l a n t a b a un c a m p o , las semillas y el fertilizante se m e z c l a b a n c u i d a d o s a m e n t e a m a n o p a r a conseguir las proporciones exactas (se a ñ a d í a n t a m b i é n residuos de semillas de soja) y luego la mezcla se esparcía t a m b i é n a m a n o sobre el suelo l a b r a d o . E r a un trabajo a r d u o y tedioso, pero la gente se d a b a c u e n t a de que, en palab r a s de Yang (ibíd.: 17): «El trabajo h u m a n o es b a r a t o y el fertilizante y las semillas son escasos.» Los boniatos, un p r o d u c t o básico de particular i m p o r t a n c i a entre las familias m á s pobres, precisaban de grandes inversiones de trabajo en todas las fases de su crecimiento. Primero, se hacía b r o t a r a los retoños en planteles t e m p l a d o s y h ú m e d o s c u i d a d o s a m e n t e construidos con arena y, luego, se los t r a s p l a n t a b a a otros planteles fertilizados, que se m a n t e n í a n h ú m e d o s . Después de la cosecha del trigo o la cebada de invierno, se a r a b a el c a m p o y se h a c í a n los surcos con cuidado. Se seleccionaban las plantas de los planteles y se t r a s p l a n t a b a n p o r segunda vez a los surcos, d o n d e se las regaba individualmente a m a n o . A continuación, se t e n í a n q u e ir quit a n d o las m a l a s h i e r b a s y, después de cada lluvia, cada p l a n t a debía ser volteada a m a n o p a r a evitar que de los tallos crecieran nuevas raíces en el suelo. Los surcos r e q u e r í a n reparaciones constantes. Incluso después de la cosecha era preciso cortar los boniatos en rodajas y secarlos al sol p a r a su almacenaje. Yang (ibíd.: 21) c o m e n t a la fatiga y el dolor m u s c u l a r que a c o m p a ñ a b a el cultivo del boniato. Las familias c a m p e s i n a s g e n e r a l m e n t e poseían u n o o dos animales de tiro (muías o bueyes) y algo de i n s t r u m e n t a l agrícola: un a r a d o , u n a grada, u n a azada p a r a sacar las malas hierbas, un rastrillo de m a d e r a , u n o de hierro, u n a hoz, u n a h o r c a y u n a carretilla. Las familias m á s pobres no poseían todos los animales o h e r r a m i e n t a s necesarios y tenían que pedir p r e s t a d o a los c a m p e s i n o s m á s ricos lo que n e c e s i t a b a n p a r a c o m p l e t a r sus aperos. A p e s a r de que m u c h a s familias criaban cerdos, en pocas ocasiones comían su carne, puesto que necesitaban el dinero que g a n a b a n vendiéndolos p a r a h a c e r las c o m p r a s esenciales p a r a la economía doméstica. Las diferencias de riqueza entre las familias e r a n notables, a p e s a r de que los campesinos tendían a restar i m p o r t a n c i a a la extensión de la estratificación en su poblado. Todas las familias tenían u n a dieta similar, cent r a d a en los p r o d u c t o s básicos c o m o el mijo y los boniatos, p e r o algunas familias se encontraban limitadas a estos productos durante la m a y o r parte del año, mientras que otras disfrutaban de m a n e r a regular de p a n de trigo, pescado y otros alimentos preciados. La diferencia básica de riqueza se hallaba en la c a n t i d a d de tierra que se poseía. Unas pocas familias exitosas poseían ocho hectáreas de tierra o m á s ; m u c h a s familias t e n í a n alrededor de cuatro hectáreas y las m á s pobres t e n í a n m e n o s de u n a . Puesto que las familias m á s ricas tendían a ser m á s grandes, no poseían diez veces m á s tierra p e r cápita que las familias pobres; no obstante, estas cifras m u e s t r a n un grado significativo de estratificación en un poblado de sólo sete-

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cientos habitantes. La competencia entre familias era un rasgo básico de su economía.

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

El p o b l a d o de Taitou era u n a zona residencial c o m p a c t a r o d e a d a p o r un paisaje intensivamente desarrollado y utilizado (fig. 13). Sus u n i d a d e s domésticas casi formaban calles continuas de casas, patios diminutos y callejones. La gente se r e u n í a en el centro, u n a zona abierta y atractiva de uso social que se extendía a orillas del río Taitou, p a r a p a s a r el t i e m p o en p e q u e ñ a s tareas de reparación o manufactura, a fin de oír y repetir las últ i m a s noticias. Alrededor de esta área pública estaban las casas de los pudientes, m i e n t r a s que los barrios m á s pobres solían ubicarse en la periferia del poblado. La familia m e d i a constaba de entre cinco y seis m i e m b r o s . La m a y o r parte de las familias del p o b l a d o eran «campesinos medios» propietarios de tierras. Sólo u n o s pocos e r a n lo bastante ricos p a r a a r r e n d a r la tierra a otros y sólo u n o s pocos eran lo suficientemente p o b r e s p a r a ser considerados jornaleros. Las familias ricas a c o s t u m b r a b a n a ser m á s n u m e r o sas y vivían en casas grandes de m u c h a s habitaciones. Las familias deseab a n ser a d m i r a d a s por otros habitantes del poblado por su éxito económico y la e x h i b i c i ó n de edificios g r a n d e s y sólidos, r o p a b u e n a o b u e y e s de gran t a m a ñ o atados delante de u n a casa c a u s a b a n la envidia de los vecinos. U n a familia rica se permitía u n a dieta m á s variada, dirigía ceremonias m á s elaboradas y disfrutaba de un nivel de vida inequívocamente superior. Sin e m b a r g o , u n a familia rica que c o n s u m i e r a su riqueza, en lugar de a h o r r a r l a o invertirla, tenía tendencia a decaer. Los pobladores creían que n i n g u n a familia podía m a n t e n e r s e rica d u r a n t e m á s de cuatro generaciones; decían de las casas de familias a n t e r i o r m e n t e de prestigio: «¿No s o n a h o r a s o l a m e n t e m o n t o n e s d e ladrillos r o t o s y p a r e d e s caídas?» (ibíd.: 53). No obstante, p a r a e n t e n d e r el auge y la caída de las fortunas de las familias campesinas, d e b e m o s e x a m i n a r la organización social de la e c o n o m í a en Taitou. A p e s a r de que la gran familia era un ideal, la u n i d a d doméstica típica c o m p r e n d í a u n a única familia nuclear o, de m a n e r a m e n o s c o m ú n , u n a familia extensa que incluía un hijo casado («la familia troncal»). La esperada división del trabajo por sexo la encontramos en la esfera doméstica d o m i n a d a p o r las mujeres y en u n a esfera externa (campos, comercio, política) d o m i n a d a por los h o m b r e s . La c o m p l e m e n t a r i e d a d económica de m a r i d o y mujer dio a la u n i d a d doméstica orientada a la subsistencia u n a gran capacidad de autosuficiencia económica, al m e n o s en c o m p a r a c i ó n con las familias no agricultoras. Aunque n i n g u n a familia en Taitou era c o m p l e t a m e n t e autosuficiente. todas tenían que p r o c u r a r p r o d u c t o s p a r a el m e r c a d o , principalmente cacahuetes, semillas de soja y cerdos. El dinero en metálico, obtenido p o r es-

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tos productos, se necesitaba p a r a pagar los impuestos y p a r a c o m p r a r alim e n t o s , h e r r a m i e n t a s y otros bienes y servicios esenciales. P a r a las familias c a m p e s i n a s , la vida en Taitou i m p l i c a b a un c o n s i d e r a b l e i n t e r c a m bio. Ni fabricaban ni r e p a r a b a n sus propios utensilios y t e n í a n que pagar jornaleros d u r a n t e ciertas fases del ciclo agrícola. Las mujeres c o m p r a b a n algodón en r a m a en el m e r c a d o y lo hilaban, pero tenían que p a g a r especialistas p a r a teñir este hilo y tejer u n a tela, q u e luego c o r t a b a n y cosían p a r a hacer los vestidos p a r a sus familias. En el poblado había otros especialistas: un carpintero, tres prensadores de aceite de soja, cinco o seis albañiles, un m a e s t r o de escuela y varios oficiales públicos. Una división del trabajo m u c h o m á s compleja se e n c u e n t r a en el sist e m a m a y o r de poblados, del que Taitou era u n a parte. En China, «el área del m e r c a d o oficial» era u n a u n i d a d de significación social y económica m a y o r m á s allá del p o b l a d o (Skinner, 1964). Taitou y otros veinte poblados realizaban negocios en u n a ciudad con un mercado oficial (Hsinanchen), situado a poco m á s de un kilómetro del poblado a lo largo de un c a m i n o polvoriento. H s i n a n c h e n era m u c h o m á s g r a n d e que cualquiera de aquellos poblados c a m p e s i n o s y tenía grandes edificios y avenidas amplias en las q u e se a l i n e a b a n tiendas y r e s t a u r a n t e s . H a b í a droguerías, herreros, plateros, panaderías, ferreterías, productores de vino, carpinterías, u n a librería y m u c h a s t a b e r n a s y restaurantes. En los días de m e r c a d o regulares se abría un g r a n m e r c a d o y los habitantes de los poblados acudían en tropel a la ciudad. Existía un calendario coordinado entre todos los mercados de la región de m a n e r a que los caldereros y los vendedores a m b u lantes p o d í a n moverse de u n o a otro, p o r orden, sin p e r d e r s e un día de m e r c a d o (Yang, 1945: 90-202; cf. S k i n n e r 1964). U n a red de c a m i n o s u n í a la región c o m o entidad económica. Los c a m p e s i n o s de Taitou y de otros poblados visitaban el m e r c a d o de la ciudad regularmente. Además de c o m p r a r y vender, establecían lazos económicos i m p o r t a n t e s . Los h o m b r e s obtenían crédito de los tenderos y de los comerciantes, q u e era esencial p a r a m a n t e n e r su p r o d u c c i ó n económica. Al t i e m p o que b e b í a n té o vino en los establecimientos, se enter a b a n de c ó m o iba la e c o n o m í a regional y p e n s a b a n en organizar sus propios esfuerzos de acuerdo con ello. Incluso los h o m b r e s que no tenían n a d a que c o m p r a r o vender en el m e r c a d o viajaban allí cada pocos días, llevando las cestas vacías, sólo p a r a dejarse ver y p a r a m a n t e n e r sus líneas de crédito y de c o m u n i c a c i ó n abiertas. Las élites r e g i o n a l e s h i c i e r o n del m e r c a d o oficial de la c i u d a d su centro de operaciones. Mientras que los campesinos a p e n a s viajaban m á s allá de las fronteras de su zona de m e r c a d o oficial, las élites m a n t e n í a n relaciones e c o n ó m i c a s y sociales con las élites de otras ciudades con mercado. Las élites m á s poderosas se c o n c e n t r a r o n en los m e r c a d o s de m á s alto nivel y en los centros administrativos. Esta jerarquía del lugar central m á s que política fue casi exclusivamente económica; n i n g u n a cadena de p a t r o n a z g o se asocia con ella: «En la sociedad tradicional china, m u y comercializada y orientada al contrato, las relaciones "patrón-cliente" e r a n casi insignificantes» (Myron Cohen, 1984).

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A pesar de que las familias campesinas p r e d o m i n a b a n en Taitou, existían m u c h a s oportunidades de ingresos en trabajos especializados a tiempo parcial o a t i e m p o completo fuera de la granja. La capacidad de u n a familia grande y u n i d a p a r a explotar estas fuentes adicionales de riqueza y convertirlas en posesiones de la granja sentó las b a s e s de la estratificación social en Taitou. Esta realidad económica no solamente era clara p a r a todo el m u n d o , sino q u e los ideales poderosos, p r o f u n d a m e n t e arraigados en la niñez y reforzados a través de las ceremonias, la enseñanza religiosa, los lemas y los cuentos populares, sostenían la lealtad y la u n i d a d de la familia. Aun así, m u c h o s hijos desposados pedían su parte de las propiedades de la familia p o c o después de la b o d a y f u n d a b a n u n a familia independiente p o r sí m i s m o s . Aunque es u n a característica general de la organización social campesina (Myron Cohen, 1970: xx-xxiv), no siempre es fácil explicar p o r qué a l g u n a s familias p e r m a n e c e n u n i d a s y florecen, m i e n t r a s q u e la m a y o r parte no. Sin embargo, resulta aleccionador examinar c ó m o se llegaba norm a l m e n t e a la decisión de establecer u n a familia independiente en Taitou. Antes de casarse, un h o m b r e joven trabajaba exclusivamente p a r a la familia, entregando todas sus ganancias a su padre y recibiendo u n a pequeña paga a discreción de éste. Sus padres le seleccionaban u n a esposa: de esta m a n e r a , él y su mujer p o d í a n verse las caras p o r p r i m e r a vez el día de su boda. Se les p r o p o r c i o n a b a u n a habitación en la casa de los padres, en la que la nueva esposa se sometía a la dirección económica de su suegra. El hijo c o n t i n u a b a cediendo todos sus ingresos al p a d r e y siguiendo los deseos de éste en su elección de profesión y en cualquier trato de negocios. Los padres d a b a n la bienvenida a la n u e r a como fuente de trabajo que incrementaría la riqueza y el prestigio de la casa, pero t a m b i é n decían: «Se pierde a un hijo c u a n d o se casa» (Yang, 1945: 58). La lealtad del hijo p a r a con su familia natal se erosionaba a m e d i d a que se iba dedicando cada vez m á s a su mujer y a sus hijos. La n u e r a a n i m a b a a este cambio. Siendo de fuera, no sentía u n a g r a n lealtad hacia la familia de su marido; en efecto, podía p r e g u n t a r con intención si la contribución económica de su m a r i d o a la familia excedía la de sus h e r m a n o s y si, c u a n d o la propiedad de la familia se dividiera finalmente, su m a r i d o recibiría u n a parte justa de la riqueza que había a y u d a d o a generar. Yang (ibíd.: 80) define su actitud c o m o «amenazadora» p a r a el espíritu c o m u n a l . Además, las hijas y las n u e r a s no se s o m e t í a n al m i s m o c o n t r o l financiero c o m u n a l q u e los hijos. Se permitía a las hijas trabajar ocasionalmente a fin de g a n a r dinero p a r a sí m i s m a s y u n a hija diligente p o d í a h a b e r a c u m u l a d o de treinta a cincuenta dólares en el m o m e n t o de su m a t r i m o n i o . Después de casarse se le permitía invertir este dinero en gallinas, p r é s t a m o s u otras empresas y quedarse con los beneficios. Con este capital podía c o m p r a r alimentos especiales y otros regalos p a r a su m a r i d o y sus hijos, y sus ahorros se convertían en u n a base financiera p a r a establecer u n a casa separada c u a n d o la propiedad familiar se dividía entre los hijos (Myron Cohen, 1968). Una n u e r a solía ser t r a t a d a c o m o u n a esclava p o r su suegra y sufría, j u n t o con los d e m á s m i e m b r o s de la familia, el a u t o r i t a r i s m o y la tacañe-

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ría de su suegro. No es de extrañar que fuera siempre detrás de su m a r i d o p a r a pedirle que dejaran la casa de sus p a d r e s y establecieran la suya propia. En la m a y o r parte de las familias la presión crecía hasta el p u n t o de r u p t u r a y los hijos pedían su parte de la p r o p i e d a d familiar. Esto destruía la base de la autoridad económica absoluta del padre, a pesar de que ciertas formas de ayuda y de cooperación estratégica p o d í a n c o n t i n u a r entre los m i e m b r o s de la familia. Hay dos razones principales que explican p o r qué las grandes familias p o d í a n a c u m u l a r m á s riqueza que las p e q u e ñ a s . Una era la frugalidad i m p u e s t a sobre todos los m i e m b r o s p o r p a r t e de padres estrictos. Las familias que i n t e n t a b a n mejorar su posición se resistían firmemente a gastar incluso p e q u e ñ a s s u m a s . Yang (1945: 130) trae a colación el caso de un padre que instruía a su familia en estos términos: «Escuchad, hijos, no hay n a d a en este m u n d o q u e se p u e d a g a n a r c o n facilidad. Un trozo de p a n debe ganarse con el s u d o r de un día. No podéis c o m p r a r un trozo de tierra si no ahorráis todo de lo que podáis prescindir d u r a n t e dos o tres años. El deseo de mejores alimentos, mejores vestidos, diversión o el c a m i n o fácil no llevará a otra cosa que a la r u i n a de n u e s t r a familia.» La otra ventaja de u n a gran familia residía en su división del trabajo. A no ser que u n a familia dispusiera ya de u n a b u e n a porción de terreno, no necesitaba todo el trabajo de sus hijos p a r a llevar la explotación. Un hijo p o d í a ser suficiente, l i b e r a n d o a los o t r o s p a r a que fueran c o m e r ciantes, tenderos, artesanos, p e q u e ñ o s oficiales o trabajadores agrícolas. Sosteniendo a su familia extensa en lo posible a partir de los ingresos de la explotación, el p a d r e podía invertir el dinero adicional g a n a d o p o r sus hijos en nuevas parcelas de terreno. A m e d i d a que las tierras de la familia a u m e n t a b a n , crecía la p r e e m i n e n c i a en el poblado. De esta forma, u n a gran familia era a m e n u d o aquella en la que sus m i e m b r o s e s t a b a n lo suficientemente motivados p o r el orgullo y la ambición p a r a a s u m i r grandes sacrificios individuales, tanto en términos m a teriales c o m o en p é r d i d a de a u t o n o m í a r e s p e c t o a la familia nuclear. A pesar de q u e d u r a n t e cierto t i e m p o el éxito y la riqueza de la familia ayud a r í a n a m a n t e n e r l a intacta, t a r d e o t e m p r a n o h a b r í a fuertes presiones p a r a gastar el dinero en un nivel de vida m á s elevado, m á s que en m á s tierras, o p a r a dividir la p r o p i e d a d familiar entre los hijos y dejarles decidir c ó m o gastar su parte. Pocas familias p o d í a n resistir estas presiones. En contadas ocasiones los hijos de m e d i a n a edad, p a d r e s a su vez de familias grandes, c o n t i n u a b a n viviendo en la casa de su p a d r e anciano, entregándole sus ganancias y a c e p t a n d o su dirección en los asuntos económicos. El p a t r ó n c o m ú n p a r a las grandes familias fue el de disolverse en unidades nucleares separadas, que p e r m a n e c i e r o n u n i d a s p o r lealtades fuertes y que n o r m a l m e n t e cooperaron y vivieron juntas en vecindarios. Debido a la residencia patrilocal, estos grupos de familias del t a m a ñ o de u n a aldea compartieron el m i s m o n o m b r e y formaron «clanes» que tuvieron ciertas funciones con relación a la seguridad social. En los clanes fuertes, las familias pudientes a y u d a r o n a los h o m b r e s m e n o s afortunados del clan: dieron dinero y c o m i d a a las viudas, a los huérfanos, a los ancianos y a

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los e n f e r m o s si h a b í a n sido g e n t e m o r a l y m i e m b r o s leales del clan. Además, los vecinos no e m p a r e n t a d o s realizaron contratos diádicos, que hicieron la vida diaria m á s c ó m o d a y agradable, s u m á n d o s e a las cerem o n i a s de los d e m á s y haciéndose favores, tales c o m o prestarse p e q u e ñ a s s u m a s de dinero sin interés. E l poblado, c o m o u n todo, estaba u n i d o p o r u n a causa c o m ú n respecto a u n a serie limitada de objetivos. En el m o m e n t o del estudio de Yang, el principal objetivo era la defensa c o n t r a los forajidos, que a b u n d a b a n como consecuencia de la debilidad del gobierno central. Los habitantes del poblado construyeron b a r r i c a d a s p a r a protegerse, o r g a n i z a r o n patrullas a r m a d a s d u r a n t e la n o c h e y p r o p o r c i o n a r o n batallones a r m a d o s , que se u n í a n a los batallones similares de los poblados vecinos p a r a r e c h a z a r ataques de los bandidos. Los pobladores t a m b i é n j u n t a r o n recursos p a r a cont r a t a r un «vigilante de la cosecha» a t i e m p o c o m p l e t o que g u a r d a r a los c a m p o s contra las plagas y los ladrones. Las n o r m a s se reforzaban principalmente mediante habladurías, amenazas de «perder la cara» (vergüenza) y ostracismo. Los habitantes pocas veces instituían procedimientos legales u n o s contra otros y no se denunciaban entre sí a los oficiales gubernamentales. La postura del poblado hacia el exterior fue, en este sentido, defensiva. Los líderes del poblado, homb r e s q u e d e s p e r t a b a n un r e s p e t o d e b i d o a su éxito e c o n ó m i c o y a su c o m p o r t a m i e n t o «correcto», resolvían las d i s p u t a s h a s t a d o n d e les era posible. Por el contrario, los funcionarios del gobierno solían tener u n a posición baja en el poblado; p a r a obtener la cooperación de los c a m p e s i n o s en los proyectos del gobierno, c o m o la construcción de carreteras y las reparaciones de canales, p r i m e r o tenían que ganarse el soporte de los líderes del poblado. Parece t a m b i é n que éstos p r o p o r c i o n a r o n formas de p a t r o n a z g o m e nores. No s o l a m e n t e los m i e m b r o s ricos del clan a y u d a b a n a sus parientes m á s pobres, c o m o h e m o s visto, sino que a d e m á s las familias adineradas c o n t r a t a b a n trabajadores, p r e s t a b a n dinero, a r r e n d a b a n tierras y, de otras m a n e r a s , p r o p o r c i o n a b a n los recursos que las familias p o b r e s necesitaban, fueran o no parientes. Estas últimas debían ser respetuosas, honr a d a s y trabajar d u r a m e n t e a fin de obtener dichos recursos, p e r o esperab a n , a c a m b i o , ser t r a t a d a s c o n r e s p e t o y g e n e r o s i d a d . P o r ejemplo, si u n a familia que c o n t r a t a b a trabajadores d e u n a m a n e r a regular n o prop o r c i o n a r a a éstos b u e n a c o m i d a y otros favores, podía tener p r o b l e m a s p a r a c o n t r a t a r trabajadores la p r ó x i m a vez que los necesitara.

LOS CAMBIOS RECIENTES

En 1949, Taitou fue «liberado» por el Ejército de Liberación del Pueblo y sometido a la gestión socialista. D u r a n t e los p r i m e r o s años apenas h u b o cambios, pero d u r a n t e los años cincuenta su economía sufrió u n a transf o r m a c i ó n s u s t a n c i a l ( D i a m o n d , 1983; 1985). Las decisiones s o b r e qué p l a n t a r se t o m a r o n a nivel de la c o m u n a , u n a u n i d a d a d m i n i s t r a t i v a

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compuesta por muchos poblados, que pasaron a llamarse «brigadas» (Taitou se convirtió en u n a «brigada de grano»). Los p r o d u c t o s agrícolas se entregaban a la c o m u n a y, en última instancia, al estado, que, a su vez, distribuía los artículos de p r i m e r a necesidad entre la gente. En términos de Polanyi, u n a e c o n o m í a que había estado b a s a d a en la reciprocidad a nivel de poblado y en el intercambio de m e r c a d o a nivel regional fue reestruct u r a d a en u n a economía b a s a d a en gran m e d i d a en la redistribución, con el partido comunista-estado c o m o centro al que, y del que, fluían todos los recursos. Ni los individuos ni las brigadas o s a b a n desafiar o b u r l a r las decisiones de la administración de la comuna, los «cuadros» que podían multar, pegar o m e t e r en la cárcel a los opositores a sus políticas con impunidad (cf. Yan, 1995). Estos cambios tuvieron un impacto distinto. Primero, los trabajos públicos de mejora y el acceso a nuevos fertilizantes químicos y pesticidas a u m e n t a r o n el nivel de vida de los h a b i t a n t e s de los p o b l a d o s . Pero entonces, u n a política nacional intrusa, de autosuficiencia con respecto a la p r o d u c c i ó n de granos, forzó a los campesinos de Taitou a limitar su producción al trigo, el maíz y los boniatos. Con pocas excepciones, se les prohibió cultivar otras plantas —mijo, cebada, cacahuetes, semillas de soja, algodón, frutas y verduras—, que con anterioridad h a b í a n diversificado su economía. Se les prohibió t a m b i é n invertir p r i v a d a m e n t e en cerdos, gallinas y p e q u e ñ a s parcelas de subsistencia. Como resultado de la imposibilidad de s e m b r a r los cultivos apropiados, las p e q u e ñ a s industrias de p r e n s a d o de aceite y de p r o c e s a d o de la pasta de frijoles se vieron forzadas a cerrar y el trabajo especializado de estas industrias se desvió a la producción de grano. Algo similar sucedió con respecto a los talleres de carpintería d u r a n t e la tumultuosa Revolución Cultural de finales de los sesenta, c u a n d o p r á c t i c a m e n t e todos los e m p r e sarios fueron t a c h a d o s de «avanzadilla capitalista» y castigados. Hacia 1980, el ingreso derivado de la producción de grano de Taitou se situaba en la m e d i a de su región y la brigada cumplía con su cometido p a r a la obtención del objetivo chino de autosuficiencia. Sin embargo, esto t a m b i é n suponía u n p a r ó n económico. Solamente u n proyecto del gobierno p a r a construir u n a nueva ciudad en las cercanías p r o p o r c i o n ó salarios adicionales ( a u n q u e no inversiones en tecnología), d a n d o a los campesinos un breve período de relativa a b u n d a n c i a . N o o b s t a n t e , d u r a n t e los a ñ o s s e t e n t a , u n a b r i g a d a c e r c a n a , Gangtouzangjia, se eligió p a r a los planes g u b e r n a m e n t a l e s de desarrollo de un «poblado modelo». Recibió tecnología p a r a mejorar la irrigación, permiso p a r a diversificar los cultivos de u n a m a n e r a similar a la de Taitou antes de 1949 y otras mejoras tecnológicas tales c o m o un generador, u n a s e m b r a d o r a m e c á n i c a y m á s tractores. En 1978, el valor b r u t o de la producción p e r cápita, 257 yuan, era un 37 % superior al de Taitou, que era de 188 yuan. La razón para esta ayuda del gobierno era que Gangtouzangjia, con u n a d e n s i d a d de población mayor, se consideró que merecía la ayuda m á s que Taitou, debido a su m e n o r c a n t i d a d de tierra p o r persona. Esta decisión p a r e c e reflejar la preferencia política del g o b i e r n o c e n t r a l i s t a

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p o r p e r m i t i r a los p o b l a d o s a n t e r i o r m e n t e e m p o b r e c i d o s —«aquellos a los que nadie deseaba enviar novias en el pasado»— progresar m á s deprisa que sus vecinos, como d e m o s t r a c i ó n de las ventajas de «tomar el c a m i n o socialista» (Diamond, 1983: 170; 177). La liberalización e c o n ó m i c a c h i n a de los a ñ o s o c h e n t a ayudó a levantar algunas de las restricciones que pesaban sobre la economía de Taitou, p e r m i t i e n d o u n a m a y o r diversificación. En u n a visita a Taitou en 1986, D i a m o n d (1988) encontró u n a expansión significativa del p e q u e ñ o capitalismo b a s a d o en la u n i d a d doméstica, llamado en China «vías alternativas». Con la restauración de las parcelas privadas familiares, la creación de las p e q u e ñ a s e m p r e s a s e c o n ó m i c a s de la familia y la especialización en el g a n a d o o en las aves de corral, los ingresos de la familia c a m p e s i n a h a n a u m e n t a d o (Diamond, 1983: 179-180). H a n surgido en el poblado peq u e ñ a s tiendas que ofrecen los p r o d u c t o s diarios de p r i m e r a necesidad y m u c h o s h o m b r e s trabajan a h o r a a tiempo completo en los proyectos de construcción fuera del m i s m o . Parece que, c o m o en otros poblados rurales similares en China (Yan, 1992; 1995; 1996), las consecuencias de la liberalización económica están teniendo un profundo impacto: 1. Las familias sienten que tienen un m a y o r control. A pesar de que el p a r t i d o - e s t a d o era f a m o s o p o r p r o p o r c i o n a r s e g u r i d a d en f o r m a de «cuenco de arroz de hierro», los campesinos a h o r a dicen: «Con un trozo de tierra, tienes un cuenco de a r r o z p o r ti mismo» (Yan, 1995: 220). 2. Las mujeres h a n conseguido m á s independencia y respeto a través de la organización de e m p r e s a s e c o n ó m i c a s d o m é s t i c a s , p e r m i t i d a s p o r la liberalización. 3. El poder de los cuadros ha disminuido m u c h o , ya que su papel central en la redistribución ha sido r e e m p l a z a d o por la a u t o n o m í a económica doméstica. D u r a n t e la colectivización, el dicho p o p u l a r era: «Es mejor tener un b u e n jefe de equipo que tener un b u e n padre.» Ahora, el dicho pop u l a r es: «Un pescado tiene su c a m i n o , un c a m a r ó n también», lo que significa q u e c a d a i n d i v i d u o es libre de seguir sus p r o p i a s i n c l i n a c i o n e s , c o n t a c t o s y perspectivas (ibíd.: 232-233). La e c o n o m í a política de la redistribución al parecer deja paso a los viejos patrones de reciprocidad e intercambio. 4. El acceso masivo a la televisión ha expuesto a las familias campesinas a nuevas posibilidades sociales y políticas, puesto q u e la p r o p a g a n d a g u b e r n a m e n t a l ha dejado paso a los p r o g r a m a s de e n t r e t e n i m i e n t o procedentes de todo el m u n d o , los cuales contienen mensajes políticos alternativos, que p o n e n el énfasis en los derechos individuales y en las formas democráticas de gobierno. Éstos refuerzan los efectos individualizadores, p r o b a b l e m e n t e irreversibles, de la liberalización económica. Durante décadas, el vasto experimento chino de la colectivización impidió la t o m a de decisiones p o r p a r t e de la u n i d a d doméstica. Esto p u e d e h a b e r beneficiado a toda la nación al frenar el crecimiento de población y, a excepción de u n a trágica recaída entre 1959 y 1961, evitar la h a m b r u n a .

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No obstante, la primacía de la u n i d a d doméstica en todas las e c o n o m í a s de subsistencia es innegable y la planificación central, p o r intensa que sea, no p u e d e sustituirla, c o m o p a r e c e que están reconociendo las nuevas p o líticas económicas en China.

Caso 19. Los p o b l a d o r e s j a v a n e s e s de Kali Loro Nuestro caso de estudio final es el del poblado de Kali Loro, en el cent r o de J a v a (B. W h i t e , 1976). Es un ú l t i m o c a s o q u e se a d e c u a b i e n a n u e s t r o libro, ya que la e c o n o m í a de Kali Loro refleja los extremos de la densidad de población y de la intensificación de la producción, que pocas veces se exceden en las e c o n o m í a s no industriales. Puesto que, c o m o ver e m o s , el grado de intensificación se debe, en parte a la invasión del mercado industrial mundial, que se ha d a d o en Java a lo largo del último siglo o m á s , este ejemplo t a m b i é n ilustra los c a m b i o s que se p r o d u c e n en u n a economía agraria cuando se ve incorporada al mercado mundial.

LA ECONOMÍA DE SUBSISTENCIA

Kali Loro es un «complejo de poblados», situado treinta kilómetros al noroeste de la ciudad costera de Yogyakarta, en u n a estrecha planicie entre el río Progo y las m o n t a ñ a s Menorah. A pesar de que las densas plantaciones de huertos con árboles frutales y la diversidad de cultivos d a n al c a m p o la a p a r i e n c i a de u n a jungla, el paisaje allí ha sido r a d i c a l m e n t e t r a n s f o r m a d o p o r cientos de a ñ o s de a s e n t a m i e n t o h u m a n o denso y apen a s q u e d a n h á b i t a t s n a t u r a l e s o salvajes en la región. Desde p r i n c i p i o s del siglo XIX, la población de Java ha crecido en u n a tasa constante de entre el 1 el 2 % anual. Aunque esta tasa parece baja p a r a los niveles actuales (es a p r o x i m a d a m e n t e la tasa de crecimiento actual de Estados Unidos), la población de Java a u m e n t ó de cinco millones de personas, en 1815, a u n o s o c h e n t a millones, en 1975, y en estos m o m e n t o s m u c h a s zonas tien e n densidades de población p o r e n c i m a de los cuatrocientos h a b i t a n t e s p o r kilómetro c u a d r a d o . C o m o se p u e d e imaginar, hoy en día los javaneses del c a m p o sufren u n a g r a n presión con respecto a la tierra y m u c h o s alcanzan sólo u n a subsistencia marginal. En tales circunstancias, ¿por qué la población de Java ha c o n t i n u a d o creciendo? Una razón ha sido su gran potencial p a r a la intensificación m e d i a n t e nuevos cultivos, la expansión de la irrigación y, recientemente, la tecnología de la revolución verde (Guest, 1989). Otra razón es que los javaneses valoran las familias g r a n d e s : White observó que las mujeres de Kali Loro desean criar, de media, a cinco niños h a s t a la m a d u r e z . Debido a la frecuencia de la m o r t a l i d a d perinatal e infantil, m u c h a s mujeres pobres no alcanzan este objetivo y se sienten frustradas; sin embargo, las familias grandes son c o m u n e s . P a r a acrecentar la paradoja, la gente de Kali Loro a m e n u d o se queja del crecimiento de la población y de la extrema

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escasez de tierra resultante; a u n q u e continúen deseando y t e n i e n d o familias grandes. E n l a r e g i ó n d e Yogyakarta, l a p o b l a c i ó n p a r e c e h a b e r a l c a n z a d o u n a especie de m á x i m o en los años setenta: la región era un i m p o r t a d o r neto de arroz y un exportador neto de personas (McDonald y Sontosudarmo, 1976). La población de Kali Loro es t a n densa (más de setecientos habitantes p o r kilómetro c u a d r a d o ) que las zonas de p o b l a d o —consistentes en casas con p e q u e ñ o s huertos— o c u p a n casi t a n t a tierra c o m o los campos de arroz irrigado. Los arrozales son t a n escasos que solamente alcanzan p a r a p r o p o r c i o n a r a un adulto m e d i o u n o s c u a r e n t a días de trabajo al año. Esto ha llevado a algunos economistas a postular un «desempleo oculto» e n t r e los t r a b a j a d o r e s r u r a l e s . Sin e m b a r g o , W h i t e d e m u e s t r a que no existe desempleo oculto en Kali Loro, d o n d e incluso el trabajo de los n i ñ o s se valora y es u n a p a r t e necesaria de la a d a p t a c i ó n d o m é s t i c a c a m p e s i n a a la escasez extrema de tierras. Por lo tanto, la paradoja c a m b i a de centro de interés. En vez de preguntarse por qué los padres continúan teniendo familias grandes, allá donde la población es s u p e r a b u n d a n t e , a h o r a nos p r e g u n t a m o s p o r qué en u n a economía con a p a r e n t e s o b r e a b u n d a n c i a de personas el trabajo es tan escaso que las familias se afanan p o r a u m e n t a r su abastecimiento de trabajo teniendo m u c h o s niños. P a r a resolver esta paradoja p r i m e r o d e b e m o s entender que, a pesar de q u e las posibilidades de trabajar en el cultivo del a r r o z s o n escasas, hay m u c h a s otras m a n e r a s de obtener ingresos. La m a y o r í a de las alternativas son m e n o s rentables que la agricultura y p o r sí m i s m a s no gener a n un ingreso de subsistencia, ni siquiera m a r g i n a l . Pero en la familia campesina, con p o c a tierra y sin alternativas, incluso los salarios de h a m bre son preferibles a nada. Por lo tanto, «no deberíamos hablar ni de desempleo ("no hay trabajo p a r a hacer") ni de escasez de empleo ("no hay suficiente trabajo p a r a hacer"), sino de u n a baja productividad y eficiencia del trabajo, que p a r a u n a familia sin tierras, o casi sin tierras, significa "mucho trabajo p a r a hacer, con r e n d i m i e n t o s m u y bajos"» (B. White, 1976a: 9 1 ; 19766: 272-276). Todo el m u n d o quiere tierra p a r a el cultivo del arroz irrigado y la m a yor p a r t e de la gente consigue poseer u n a p e q u e ñ a parcela. No obstante, p a r a s u p e r a r el «umbral de la pobreza» de la simple subsistencia, u n a familia debe cultivar al m e n o s 0,2 hectáreas de arroz irrigado y la mayoría de las familias de Kali Loro no alcanzan este m í n i m o . A fin de a u m e n t a r el ingreso doméstico hasta un nivel m á s c ó m o d o (cukupan o «suficiente»), las familias e m p l e a n distintas estrategias. En p r i m e r lugar, e n t r e tales estrategias está —y ha e s t a d o d u r a n t e generaciones— el cultivo intensivo, en c u a n t o a trabajo, en p e q u e ñ a s parcelas. Geertz (1963) describe que los javaneses aplican «técnicas detallistas» p a r a extraer cantidades cada vez mayores de arroz de la m i s m a tier r a , u n p r o c e s o q u e é l d e n o m i n a «involución agrícola». E l c a m p e s i n o diligente p u e d e c o n s e g u i r e l m á x i m o d e s u p e q u e ñ a p a r c e l a m e d i a n t e u n a limpieza c u i d a d o s a y frecuente de las m a l a s hierbas, la aplicación del

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a b o n o a m a n o , la preparación laboriosa de los planteles, el cuidadoso trasplante de los retoños, la graduación escalada de los parterres p a r a igualar la distribución de agua en un c a m p o y el uso de otras técnicas. Al expandir las redes de irrigación de Java, el gobierno ha a u m e n t a d o en gran m e dida la cantidad de tierra disponible p a r a esta clase de cultivo. Otra estrategia p a r a tratar con la escasez de tierra p a r a arroz irrigado es p l a n t a r un h u e r t o en el lugar de residencia de la familia. Tales h u e r t o s n o r m a l m e n t e p r o d u c e n t a n t a comida por hora de trabajo c o m o los c a m p o s de arroz. Se utilizan p a r a s e m b r a r h a s t a c i n c u e n t a cultígenos, entre los que hay raíces, árboles y materias de valor utilitario c o m o m a d e r a p a r a el hogar y hojas p a r a envolver. Añaden diversidad a la dieta y a u m e n t a n la seguridad d o m é s t i c a . Pero no son irrigadas y no se p u e d e n intensificar p a r a p r o d u c i r t a n t a comida por hectárea c o m o los c a m p o s de a r r o z irrigado. El arroz irrigado y las actividades de h u e r t a j u n t a s representan solam e n t e u n a p e q u e ñ a p r o p o r c i ó n del t i e m p o de un adulto (unas 2,5 h o r a s p o r día en el caso de los h o m b r e s y 0,5 h o r a s p o r día en el caso de las m u jeres). La j o r n a d a de trabajo m e d i a de un adulto en Kali Loro se completa con u n a amplia variedad de actividades adicionales: 1. El r e b a ñ o se g u a r d a en un establo al lado de la casa. Debido a que se d i s p o n e de m u y p o c a tierra de pasto, los a n i m a l e s que p a s t a n , c o m o las ovejas o el vacuno, p r e c i s a n fuertes inversiones de trabajo p a r a p r o ducir forraje. También hay que producir forraje, o comprarlo, p a r a los animales de tiro. La alta d e m a n d a —y, p o r tanto, el elevado precio— provoca q u e a l g u n a s familias e n Kali L o r o n o s e p u e d a n p e r m i t i r m a n t e n e r u n equipo de tiro y se vean forzadas a utilizar sus a r a d o s e m p l e a n d o fuerza humana. 2. Se explotan e s t a c i o n a l m e n t e distintas o p o r t u n i d a d e s de trabajo asalariado, dentro y fuera de la agricultura. 3. Se p r o d u c e n en casa m u c h o s artículos de a r t e s a n í a y a l i m e n t o s p a r a venderlos en la plaza del m e r c a d o . Como indica la tabla 9, n i n g u n a de estas actividades es d o m i n a n t e . La m e d i a de las familias se caracteriza p o r u n a «multiplicidad en la ocupación», que permite a sus m i e m b r o s c o n t i n u a r trabajando y obtener u n o s ingresos adicionales incluso c u a n d o , p o r r a z o n e s estacionales o de otro tipo, falla alguna fuente de empleo. Considerando que las m e d i a s de la tabla 9 t o m a n en cuenta todos los días, incluidos los festivos y los periodos de enfermedad, resulta c h o c a n t e q u e la m e d i a del día de trabajo, incluyendo las actividades necesarias centradas en el hogar, c o m o el cuidado de los niños y la p r e p a r a c i ó n de la comida, es de 8,6 h o r a s p a r a un h o m b r e adulto y de 11 h o r a s p a r a u n a mujer adulta. Las c o m u n i d a d e s c a m p e s i n a s en Java y en otros lugares del sudeste asiático son poco frecuentes entre el c a m p e s i n a d o m u n d i a l , en c u a n t o a los papeles igualitarios de a m b o s sexos y a la posición relativamente alta de las mujeres (Michaelson y Goldschmidt, 1971). En Kali Loro, c o m o en

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la m a y o r p a r t e de las c o m u n i d a d e s campesinas, los h o m b r e s cuidan de los rebaños, cultivan las plantas que los a l i m e n t a n y desarrollan el comercio familiar, m i e n t r a s que las mujeres a s u m e n el grueso de las tareas del hogar y c u i d a n de los niños. Pero las mujeres están t a m b i é n m u y c o m p r o m e t i d a s con la cosecha de cultivos p a r a la venta, h a c i e n d o y v e n d i e n d o artesanía y trabajando p o r un salario: importantes contribuciones a la econ o m í a doméstica que les d a n un grado p o c o usual de respeto e influencia (Stoler, 1977). En esta c o m u n i d a d agraria estratificada, esto es especialm e n t e cierto p a r a las familias q u e t i e n e n pocas tierras: a falta de éstas,

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tanto el m a r i d o c o m o la mujer b u s c a n trabajo asalariado con las familias que poseen tierras, p a r t i c i p a n d o en todas las fases de la p r o d u c c i ó n agrícola. Además, el 40 % de las mujeres adultas se dedica a alguna forma de comercio (ibíd.: 83) y los principales actores de los intercambios entre familias o slametan (véase m á s adelante) son t a m b i é n mujeres. En esta com u n i d a d , la posición relativamente de alto r a n g o de las mujeres refleja, p o r lo t a n t o , u n a forma de intensificación —arroz irrigado, cultivos comerciales basados en la familia, productos artesanos a m a n o y trabajo asalariado local— que ofrece tantas o p o r t u n i d a d e s e c o n ó m i c a s a las mujeres c o m o a los h o m b r e s . Sin e m b a r g o , no todas las tareas se valoran de igual m a n e r a . Algunas se p a g a n mejor que otras (se p a g a varias veces m á s el trabajo agrícola que otros tipos de trabajo) e incluso algunas están t a n mal p a g a d a s que apen a s c u b r e n las necesidades de subsistencia del trabajador y a ñ a d e n poco al abastecimiento m o n e t a r i o de la familia. No obstante, c u a n d o el empleo en la agricultura es escaso y las alternativas de trabajo son m í n i m a s , las tareas mal pagadas tienen la ventaja de estar disponibles, y de que m u c h a s p u e d e n ser realizadas por gente con poca formación, incluidos los niños. De hecho, desde los ocho años, t a n t o los niños c o m o las n i ñ a s realizan tareas productivas d u r a n t e varias h o r a s al día y hacen contribuciones m u y valoradas a la e c o n o m í a doméstica (B. White, 1916b: 285).

LA ORGANIZACIÓN SOCIAL

C o m o en otras sociedades campesinas, las familias suelen ser familias nucleares e independientes. En Kali Loro, las familias tienen de m e dia 4,6 m i e m b r o s y se agrupan en veintiséis poblados, de aproximadamente trescientos m i e m b r o s cada u n o . M u c h o s de los contactos sociales entre familias se establecen d e n t r o del p o b l a d o o entre m i e m b r o s de los poblados i n m e d i a t a m e n t e vecinos. Los h a b i t a n t e s de los poblados que viven a m á s de tres kilómetros de distancia suelen considerarse extraños. «Una división m u y flexible del trabajo e n t r e la m a y o r p a r t e de los m i e m b r o s de la familia [...] es esencial para la supervivencia de ésta. Puesto que los r e n d i m i e n t o s del trabajo, en la m a y o r p a r t e de las ocupaciones, a p e n a s p u e d e n sostener a un adulto, m e n o s a ú n a u n a familia entera, la c a r g a de la s u b s i s t e n c i a se c o m p a r t e e n t r e h o m b r e s , m u j e r e s y niños» (ibíd.: 280). Los cambios en el ciclo doméstico a lo largo del tiempo influyen en gran m e d i d a en la posición económica de la familia. Las parejas recién casadas se afanan p o r fundar un hogar independiente en c u a n t o les es posible, a pesar del p r o b l e m a de la escasez de tierras. C u a n d o empiezan a tener niños, e n t r a n en lo que White llama la fase de la «expansión inicial», m o m e n t o en el que u n a gran cantidad del t i e m p o de p a d r e y madre se dedica al cuidado de los niños. Con bocas hambrientas que alimentar, la m e r a subsistencia es u n a l u c h a y a c u m u l a r capital es casi imposible. A m e d i d a que los niños crecen, la familia se desplaza hacia la fase de «expansión tardía». Los h e r m a n o s mayores a s u m e n el cuidado de los ni-

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ños, liberando a los padres p a r a el trabajo productivo directo; el trabajo p a r a p r o d u c i r alimentos o ingresos a u m e n t a m á s de un 25 % p o r encima de los niveles de las familias en e x p a n s i ó n inicial. C o n los n i ñ o s ayud a n d o a alimentarse y con los m i e m b r o s mayores libres p a r a b u s c a r trabajos productivos, las familias de expansión tardía son capaces de a h o r r a r dinero e invertir en tierra, casas y bienes de capital. Sin embargo, c o m o en otras sociedades c a m p e s i n a s d o n d e se posee y hereda la tierra, aparece un fuerte p r o b l e m a c u a n d o los hijos se prepar a n p a r a casarse. Éstos solicitan u n a parte de la riqueza de la familia a fin de p o d e r establecer sus familias independientes, pero los padres se resisten a p e r d e r el control de los ingresos de sus hijos y t e m e n que los que h a n establecido familias separadas no los apoyen c u a n d o sean viejos. Los padres b u s c a n preservar un d o m i n i o seguro sobre la p r o d u c c i ó n de sus hijos m e d i a n t e la conservación de su tierra y m a n t e n i e n d o a los hijos casados trabajando p a r a ellos c o m o aparceros. Incluso los padres de familias grandes t e m e n no t e n e r suficientes niños p a r a que los cuiden c u a n d o sean d e m a s i a d o viejos p a r a trabajar. Su m i e d o se refleja en los lazos de p a r e n t e s c o tenues que existen en la sociedad campesina, d o n d e la seguridad depende tanto de la amistad como del parentesco. En Kali Loro se e n c u e n t r a todavía otro m e c a n i s m o de seguridad: el slametan, u n a serie de intercambios de regalos y servicios organizados p o r el sistema ceremonial. A pesar de que las familias mayores tienen redes más grandes y participan m á s p l e n a m e n t e en el slametan, incluso las familias pequeñas con ingresos marginales gastan sumas notablemente grandes, que representan u n a media del 15 % del total de los gastos domésticos en el conj u n t o del poblado. La gestión de los intercambios de regalos por parte de las mujeres hace u n a gran contribución a la economía doméstica: Centrando nuestra atención en la distribución de alimentos, más que en los aspectos simbólicos del ritual, se pone en evidencia que los mediadores reales de las relaciones entre casas en el slametan son las mujeres y no los hombres. Éstas compran, cocinan y toman las decisiones respecto a cómo se va a distribuir la comida (Stoler, 1977: 86). A c a m b i o , los habitantes del poblado se convierten en parte de u n a r e d de s e g u r i d a d a la q u e las familias d e s a v e n t a j a d a s p u e d e n visitar, y sostienen u n a ética de «pobreza compartida» (Boeke, 1953), en la que los intercambios ceremoniales a c t ú a n hasta cierto p u n t o c o m o m e c a n i s m o nivelador (Wolf, 1957), que iguala las o p o r t u n i d a d e s de vida p a r a todos los m i e m b r o s de la c o m u n i d a d . Las p r e s i o n e s p a r a igualar las posibilidades de vida se intensifican con la d e n s i d a d de población; aquellos poblados con m a y o r a b u n d a n c i a de tierra p e r cápita son t a m b i é n los que tienen u n a distribución de tierra m á s desigual. En las c o m u n i d a d e s m á s d e n s a m e n t e pobladas, prácticas tales c o m o la aparcería, c o m p a r t i r cosechas y los intercambios cooperativos de trabajo a y u d a n a igualar los ingresos de las familias.

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Sin embargo, persiste la estratificación económica d e n t r o de los poblados. Algunas familias no tienen tierra; otras tienen posesiones excepcionalmente grandes. La propiedad de los preciados arrozales está especialmente sesgada: el 37 % de los pobladores no poseen nada, mientras que el 6 p o r ciento m á s rico posee m á s del 50 % de la superficie del arroz irrig a d o . M u c h a s de las familias sin tierra t i e n e n acceso a los a r r o z a l e s al arrendarlos o mediante aparcería y el 90 % de los pobladores poseen, como m í n i m o , algún h u e r t o . Con todo, el acceso desigual a los r e c u r s o s es la norma. Como resultado, entre las familias ricas y las pobres hallamos lazos de patrón-cliente. Los clientes trabajan las tierras de sus p a t r o n o s o cuid a n de sus animales p o r u n o s salarios m á s bajos que la media, a c a m b i o de u n a posición reconocida de cuasi m i e m b r o de la familia del patrón, u n a posición que les da derecho a protección y a ayuda. El trabajo asalariado p a r a los p a t r o n o s , sea agrícola o no, es u n a fuente de ingresos m u y deseable, incluso p a r a las familias con parcelas p r o p i a s de arroz irrigado. C u a n d o las e m p r e s a s coloniales p a s a r o n b u e n a parte de la mejor tier r a de Java del cultivo de a r r o z a la c a ñ a de a z ú c a r y a otros cultivos p a r a la exportación, los c a m p e s i n o s se vieron forzados a intensificar su p r o ducción de arroz en tierras de inferior calidad, i n c o r p o r a n d o nuevas tierras disponibles p a r a el cultivo gracias a los proyectos de irrigación del gobierno. Al m i s m o tiempo, el colonialismo abrió nuevas posibilidades p a r a el t r a b a j o a s a l a r i a d o y p a r a las m a n u f a c t u r a s a r t e s a n a s d e s t i n a d a s al m e r c a d o m u n d i a l . No está claro el m o d o en que estos desarrollos afectar o n al crecimiento de la población, pero p a r e c e cierto que la p r o p o r c i ó n del ingreso de la familia c a m p e s i n a derivado de la agricultura de subsistencia ha d i s m i n u i d o a m e d i d a que la población y la multiplicidad laboral ha a u m e n t a d o . Para volver a m o d o de r e s u m e n al a r g u m e n t o principal de White, lleg a m o s a la conclusión de que, en Kali Loro el deseo de u n a pareja de ten e r m u c h o s niños es racional. A p e s a r de q u e los niños p e q u e ñ o s repres e n t a n a p u r o s , los niños mayores realizan u n a i m p o r t a n t e c o n t r i b u c i ó n al trabajo en todas las áreas de la p r o d u c c i ó n doméstica. Las casas con niños m a y o r e s son m á s eficientes, h a s t a el p u n t o de que éstos p r o d u c e n m á s ingresos de lo que c o n s u m e n y las familias grandes p r o d u c e n un excedente mayor, por encima de las necesidades de subsistencia, que se puede invertir p a r a a u m e n t a r los ingresos y la seguridad. Allá d o n d e la tierra es e x t r e m a d a m e n t e escasa y las alternativas a la agricultura p r o p o r c i o n a n rendimientos incluso m e n o r e s que los c a m p o s trabajados en exceso, se hacen todos los esfuerzos posibles p a r a a u m e n t a r los ingresos domésticos m e d i a n t e la explotación del trabajo familiar. La j o r n a d a laboral extraordinariamente larga de los adultos javaneses constituye un índice de la escasez de o p o r t u n i d a d e s de trabajos productivos. La gente de Kali Loro atribuye correctamente esta escasez al crecimiento de la población, a u n q u e son víctimas de su propia «tragedia de la gente c o m ú n » . Toda familia que se e m p e ñ e en cumplir con el bien com ú n limitando los nacimientos no consigue otra cosa que la desventaja de

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tener m e n o s fuerza de trabajo en u n a e c o n o m í a altamente competitiva, en la que m á s trabajo significa u n a vida mejor p a r a la familia. Sin u n a tecnología industrial, las economías campesinas en general h a c e n un u s o m á x i m o de la tierra, con poco b a r b e c h o o sin él, y prácticam e n t e sin d e p e n d e n c i a de los a l i m e n t o s silvestres. Y lo que es m á s importante, los campesinos están integrados en sistemas económicos grandes y j e r á r q u i c a m e n t e estructurados y, en este sentido, a pesar de existir un grado significativo de a u t o n o m í a de la subsistencia doméstica en comp a r a c i ó n con las familias m o d e r n a s , son los m e n o s autosuficientes de todos los pueblos examinados en este libro. Incluso Boa Ventura, con densidades de población m u c h o m á s bajas que Taitou y Kali Loro, representa un alto grado de intensificación de la agricultura: se necesitan m u c h a s h o r a s de trabajo y un g r a n m a n e j o de los recursos p a r a m a n t e n e r u n a familia. Sin e m b a r g o , Taitou y Kali Loro son los ejemplos de intensificación m á s radicales y significativos: la «intrincada» aplicación del trabajo familiar a parcelas d i m i n u t a s de boniatos y arroz irrigado, cuidando cada planta a m a n o d u r a n t e cada u n o de los exigentes peldaños de la producción; la expropiación de toda la tierra disponible p a r a fines h u m a n o s ; la necesidad de utilizar todos los recursos, incluso las heces h u m a n a s y el hollín de los ladrillos del h o r n o , p a r a fertilizar la tierra y conseguir arrancar de ella la m á s m í n i m a cantidad de comida adicional, y la dispersión de los esfuerzos entre varias parcelas m u y peq u e ñ a s , cada u n a en u n a zona microecológica diferente p a r a m i n i m i z a r los riesgos de que la cosecha se pierda y m a x i m i z a r la diversidad de alim e n t o s en la dieta. Sin e m b a r g o , a pesar de todo este d u r o trabajo y cuidado esmerado, las e c o n o m í a s c a m p e s i n a s p r o p o r c i o n a n u n a subsistencia m e n o s satisfactoria q u e o t r a s q u e h e m o s e x a m i n a d o . A p e s a r de que m u c h o s sistem a s e c o n ó m i c o s p u e d e n estar expuestos a desastres impredecibles y rep e n t i n o s , q u e t i e n e n c o m o r e s u l t a d o el h a m b r e y la m u e r t e , s o l a m e n t e entre los campesinos e n c o n t r a m o s u n a p o r c i ó n sustancial de la población f l u c t u a n d o c o n s t a n t e m e n t e , no e n t r e el festín y el h a m b r e , sino e n t r e u n a s dietas a p e n a s a d e c u a d a s y la desnutrición grave. Una e c o n o m í a m a yor p u e d e proporcionarles o p o r t u n i d a d e s p a r a reforzar su seguridad económica, p e r o la competencia es intensa y la ganancia neta con respecto a la seguridad es exigua y costosa. La familia c a m p e s i n a es autosuficiente en un sentido: las necesidades de la e c o n o m í a política h a n crecido m á s allá de los límites de la efectividad de los grupos parentelares corporativos extensos. Estas u n i d a d e s sociales g r a n d e s pero relativamente íntimas, c o m o los clanes de los enga centrales y de las islas Trobriand, se h a n d e s m o r o n a d o a m e d i d a q u e las funciones de dispersión del riesgo, tecnológicas, defensivas y comerciales h a n p a s a d o a instituciones todavía m á s g r a n d e s y distantes c o m o ejércitos, m e r c a d o s y administraciones burocráticas. Lo que le queda a la familia c a m p e s i n a son los lazos de amistad diádicos, destinados a asegurar que la escasez d u r a n t e periodos cortos se verá

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c o m p e n s a d a p o r los regalos y la ayuda de los amigos. Que las familias m u y p o b r e s , c o m o las de Kali Loro, se gasten h a s t a el 15 % del p r e s u p u e s t o doméstico en regalos, festines y otros gastos sociales no es un signo de estupidez económica, sino u n a m e d i d a de la i m p o r t a n c i a de los lazos de int e r c a m b i o entre vecinos y de la plena pertenencia a la c o m u n i d a d del poblado. A pesar de sus vínculos con el poblado, la familia c a m p e s i n a está bastante aislada y expuesta en c o m p a r a c i ó n con u n a sociedad mayor. A m e dida que el estado se dirige hacia la b u r o c r a c i a y la integración del mercado, las élites se muestran menos dispuestas a m a n t e n e r u n a base de poder rural a través del paternalismo y la idea de que nobleza obliga. La eficiencia del m e r c a d o se consigue a costa de los arreglos sociales tradicionales, que o t r o r a c i m e n t a r o n p a r a l a s e g u r i d a d d o m é s t i c a . Los c a m p e s i n o s s e e n c u e n t r a n en un m u n d o inseguro, lleno de intereses poderosos e indiferentes. Estos campesinos r e s p o n d e n a d o p t a n d o estrategias económicas que a u m e n t a n su seguridad m e d i a n t e p e q u e ñ a s labores que ayudan. Tienden a diversificar los cultivos — u n a estrategia secular— p a r a reducir los riesgos de pérdidas masivas de cosechas; a construir lazos de amistad mediante actos de generosidad, y a construir vínculos de patrón-cliente con las élites locales c o m o p r o t e c c i ó n c o n t r a el desastre. B u s c a n posibilidades de empleo en el m e r c a d o laboral p a r a a u m e n t a r el ingreso familiar, pero se resisten a a b a n d o n a r incluso las p e q u e ñ a s parcelas agrícolas, que les dan, al m e n o s , un control parcial sobre su abastecimiento de alimentos. S a b e n que el m e r c a d o está m á s allá de su control y que a veces está m a n i p u l a d o por los grandes, de m a n e r a que minimizan su dependencia respecto al mercado a l m a c e n a n d o c o m i d a p a r a su c o n s u m o doméstico y convirtiendo el dinero en metálico en g a n a d o y en objetos m a t e r i a l e s — q u e s i e m p r e se p u e d e n convertir de nuevo en p r o d u c t o s básicos en caso de emergencia— y evitando los b a n c o s , los tribunales, y el resto de los organismos de poder de la élite. Por tanto, b u s c a n relaciones con élites locales conocidas, que, a través del p a d r i n a z g o o de otras relaciones rituales, m u e s t r a n u n a voluntad de contribuir al bienestar de la familia campesina. Ven la dependencia personal a un p a t r ó n c o m o u n a fuente de fortaleza y de esta forma, p a r a d ó jicamente, c o m o u n a fuente de libertad. Esta «conciencia de cliente» desc o n c i e r t a a los o b s e r v a d o r e s d e e c o n o m í a s m á s c o m p l e t a m e n t e comercializadas, que e q u i p a r a n la libertad con el libre m e r c a d o y percib e n que cualquier relación patrón-cliente huele a explotación. No obstante, históricamente, la conciencia de clase —un p u n t o de vista político que ve las actividades de grupo, c o m o sindicatos, huelgas y rebeliones, c o m o un m e d i o p a r a controlar la explotación en el m e r c a d o — echa raíces entre los p o b r e s rurales después de que los sistemas de protección paternalistas tradicionales h a y a n sido rotos p o r la comercialización (Johnson, 1999). Una relación patrón-cliente, a p e s a r de la desigualdad de clase, sigue representando un esfuerzo p o r construir la confianza y la lealtad en relaciones económicas verticales, m i e n t r a s que el m e r c a d o , que se encarga de la ges-

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tión de los flujos verticales de trabajo, cosechas, p r o d u c t o s artesanos, m a terias p r i m a s y dinero, es, en su grado m á x i m o de eficiencia, u n a «mano invisible», impersonal, que no sabe de lealtades e impasible a n t e el sufrimiento humano. En conjunto, vemos que la familia c a m p e s i n a es m u y vulnerable en u n a e c o n o m í a con escasez de tierras, competitiva y d e n s a m e n t e poblada. A pesar de que la familia carga con la m a y o r parte de los riesgos de producción, disfruta de pocos beneficios. ¿Por qué? En p r i m e r lugar, p o r q u e tales m é t o d o s de p r o d u c c i ó n de trabajo intensivo, c o m o los q u e h e m o s visto en este capítulo, p r o d u c e n r e n d i m i e n t o s bajos c o n respecto al trabajo; en s e g u n d o lugar, debido a q u e las élites y las administraciones gubernamentales son demasiado poderosas y están demasiado apartadas del control local p a r a sentir presión alguna que les empuje a devolver u n a b u e n a parte de la riqueza que extraen del sector agrario. La capacidad p a r a la intensificación d e p e n d e hasta cierto p u n t o de los servicios proporcion a d o s p o r el estado, a u n q u e éstos a d u r a s p e n a s sirven p a r a m a n t e n e r los niveles de p r o d u c c i ó n y evitar la h a m b r u n a g e n e r a l i z a d a y en n i n g ú n caso aligeran a las familias individuales de la carga de la escasez. De man e r a significativa, el m a y o r m i e d o de u n a pareja casada es que, al ser mayores, sean a b a n d o n a d o s p o r sus hijos, cuya p r o p i a batalla c o n t r a la escasez p u e d e ser d e m a s i a d o devastadora c o m o p a r a dejarles el t i e m p o y la energía p a r a cuidar de sus ancianos p a d r e s .

CAPÍTULO 1 4

LA EVOLUCIÓN DE LA SOCIEDAD GLOBAL

El comercio desafía todos los vientos, atraviesa cualquier tempestad e invade todas las zonas. BANCROFT

(Inscripción del edificio del Departamento de Comercio de Estados Unidos, Washington D.C.)

La revolución industrial ha sido el cuarto gran salto tecnológico de la h u m a n i d a d , después de la revolución urbana, la domesticación neolítica de plantas, animales y h u m a n o s , y, desde luego, el origen de la cultura m i s m a en los albores de la prehistoria. Según un p u n t o de vista a m p l i a m e n t e acept a d o , la revolución industrial fue el p r i m e r ejemplo de d o m i n i o sobre la naturaleza c a u s a d o p o r el progreso tecnológico (Beard, 1927: 1). Los nuevos medios de producción de energía (agua, vapor, petróleo), j u n t o con la aplicación del m é t o d o científico al desarrollo tecnológico, p e r m i t i e r o n el a u m e n t o de la p r o d u c c i ó n de bienes, que elevaron el nivel de vida y anim a r o n al crecimiento de la población. No obstante, la revolución supuso algo m á s que la invención de la tecnología industrial: fue, sobre todo, «comercialización» (Bodley, 1996: 3), la expansión de un sistema capitalista de intercambio de m e r c a d o instituido (arraigado) en un «estado liberal», y forjó cambios tan radicales y de largo alcance p a r a el conjunto de la sociedad que Polanyi (1944) la llamó «la gran transformación». La revolución industrial se desplazó c o m o u n a ola gigantesca desde Inglaterra, a través de E u r o p a y América del Norte, y en el siglo xx alcanzó hasta el último rincón del planeta. Todas las sociedades que constituyen nuestros casos de estudio se h a n visto afectadas p o r ella. Algunas se h a n adaptado, con éxito variable, mientras que otras h a n sido prácticamente destruidas. ¿Es nuestro conocimiento del proceso de la evolución social de los capítulos anteriores —hasta la aparición de los estados agrarios incluida— suficientemente robusto para explicar estos cambios o estamos ante algo completamente nuevo p a r a lo cual se necesitan nuevas herramientas teóricas? Una vasta l i t e r a t u r a sobre la m a t e r i a ha p r o p o r c i o n a d o nuevas her r a m i e n t a s p a r a e n t e n d e r el cambio m o d e r n o . Nuestro objetivo, en este ca-

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pítulo, será el de revisar las m á s poderosas y explicitar c ó m o se relacionan con n u e s t r o a r g u m e n t o teórico. Como h e m o s visto, en los cacicazgos y en los e s t a d o s a g r a r i o s la m a y o r p a r t e de la g e n t e sigue viviendo su vida en el c a m p o , p r o d u c i e n d o sus propios alimentos y m a n u f a c t u r a s en casa, incluso c u a n d o paga un arriendo a un propietario y c o m p r a p r o d u c t o s especializados en los m e r c a d o s locales. Además, el poder se distribuyó en jer a r q u í a s de p a t r o n a z g o político y m a n d o militar. A pesar de que algunos l u g a r e s en la tierra todavía se ajustan hoy en día a esta descripción, la tendencia clara de la historia es ir hacia poblaciones cada vez m á s urbanas: a h o r a la p r o d u c c i ó n se desarrolla fuera de la casa y u n a m i n o r í a de la población p r o d u c e alimentos p a r a u n a m a y o r í a que no lo hace. El poder político se cede, cada vez más, a los políticos y a los b u r ó c r a t a s con acceso a alguna forma de proceso electoral y a la riqueza que se necesita p a r a influir en él. ¿Hasta q u é p u n t o este p a t r ó n de c a m b i o es u n a c o n t i n u a ción del proceso de evolución social que lo precedió? Al m e n o s p o d e m o s decir que el m o t o r tecnodemográfico que h e m o s identificado en la figura 3 ha d e s e m p e ñ a d o un papel m á s destacado que n u n c a . Los procesos gemelos de crecimiento de la población y del desarrollo tecnológico se h a n acelerado en u n a retroalimentación m u t u a con tasas sin precedentes: la curva J de crecimiento de la población h u m a n a t o m ó su ascensión definitiva al principio del «periodo moderno» (fig. 1b). ¿Puede decirse t a m b i é n , c o m o implica n u e s t r o modelo, que este desarrollo acelerado fue u n a forma de intensificación que generó nuevos problemas, cuyas soluciones t o m a r í a n formas familiares (gestión del riesgo, guerra, inversión de capital y comercio)? La respuesta no es sencilla. El curso del c a m b i o reciente en m u c h o s de nuestros casos plantea desafíos teóricos p a r a el m o d e l o con el que h e m o s estado trabajando. Más específicam e n t e , c o n s t r u i r a r g u m e n t o s causales, que p a r t a n de la base de subsistencia p a r a llegar a estructuras mayores de la sociedad, se convierte en u n a operación cada vez m á s complicada y m e n o s sólida, a m e d i d a que la econ o m í a política se retroalimenta de la e c o n o m í a de subsistencia y da forma a ésta: En un mundo industrial, son cruciales los acuerdos de crédito y de capital, así como los sistemas de comercio y similares. Las necesidades derivadas socialmente —gustos especiales en comida, casas más amplias y más vestidos y una gran variedad de accesorios para vivir— son cada vez más importantes en la ordenación productiva a medida que la cultura se desarrolla; y, sin embargo, estas necesidades fueron originariamente más un efecto de las adaptaciones básicas que sus causas (Steward, 1955: 40). En r e s u m e n , la e c o n o m í a política ha llegado a estar t a n lejos de la subsistencia, a situarse en u n a posición en apariencia tan independiente de ella, que m u c h a s influencias poderosas sobre la economía, como el cambio de m o n e d a o la m o d a apenas parecen estar conectados con los asuntos de la subsistencia.

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L O S CAMBIOS RECIENTES EN LAS SOCIEDADES NO INDUSTRIALES

H a s t a cierto p u n t o , el m o t o r del c r e c i m i e n t o de la población y del cambio tecnológico se puede encontrar en pleno funcionamiento en el cambio m o d e r n o s u c e d i d o en n u e s t r o s c a s o s . En su revisión de la h i s t o r i a feudal japonesa (caso 15), Taeuber (1958: 15) había señalado u n a correlación entre el crecimiento de la población y «una regularidad m o n ó t o n a en los informes sobre las mejoras agrícolas, las nuevas tierras, el h a m b r e , la epidemia y el declive». En m u c h o s de nuestros casos, vemos u n a asociación entre el crecimiento de la población, el c a m b i o tecnológico y u n a sobreexplotación de los recursos que p o n e a la unidad doméstica en riesgo. Los machiguenga (caso 3) —que ya son propensos a esquilmar los recursos a nivel local con densidades de población tradicionales— h a n afrontado u n a oleada de inmigración procedente de la sierra (altiplano) superpoblada, tocando a m e n o s tierra p o r familia y d e g r a d a n d o los recursos de pesca y caza en regiones enteras. Los basseri (caso 14) h a n sufrido u n a pérdida e n o r m e de pastos, debido a su uso excesivo en la segunda mitad del siglo xx, que ha supuesto un periodo de crecimiento rápido de la población en Irán. No obstante, en la mayoría de nuestros casos, incluso entre los machiguenga y los basseri, las influencias m á s visibles y directas sobre el cambio m o d e r n o provienen de un gobierno central expansivo, de un m e r c a d o en e x p a n s i ó n o de a m b o s . S a c a r e m o s a colación u n o s p o c o s ejemplos: 1. Entre los n g a n a s a n (caso 4), la d e m a n d a creciente de m e r c a d o de productos animales entre las poblaciones que se expandían hacia el sur fue la p r i m e r a circunstancia que los empujó fuera de la economía de subsistencia de nivel doméstico. Como respuesta, los n g a n a s a n se hicieron pastores de renos, p o n i e n d o el acento en los r e b a ñ o s privados, los grupos familiares m á s grandes y las relaciones patrón-cliente. La siguiente circunstancia p a r a el c a m b i o fue el esfuerzo h e c h o p o r el gobierno soviético p a r a poner esta población independiente bajo el control del estado. La resistencia de los nganasan al control fue vencida gradualmente por la inmigración de mineros soviéticos, la imposición de escuelas c o n planes de estudio d i c t a d o s p o r el estado, la o r g a n i z a c i ó n de los pastos en grupos de gestión al estilo soviético y la disponibilidad creciente de bienes de c o n s u m o . Tras un c a m b i o político a b r u p t o , la última condición p a r a el c a m b i o es la incapacidad de un gobierno postsoviético sin recursos p a r a m a n t e ner sus esfuerzos de control, lo cual ha a c a r r e a d o un m e n o r flujo de dinero, m e n o r e s oportunidades p a r a el m e r c a d o y un m a y o r incentivo p a r a que los pastores n g a n a s a n recuperen su independencia y autosuficiencia anteriores. 2. Para los esquimales de la vertiente norte de Alaska, el c a m b i o vino, en p r i m e r a instancia, c u a n d o el Congreso de Estados Unidos i m p u s o u n a legislación de libre m e r c a d o sobre el desarrollo de los c a m p o s de petróleo que subyacen bajo las tierras esquimales. A p e s a r de q u e se hallen inte-

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grados en el m e r c a d o desde h a c e tiempo, hasta el p u n t o de cazar en motos de nieve y calentar sus casas c o n fuel, los esquimales h a n p e r m a n e c i d o d u r a n t e b a s t a n t e t i e m p o o r i e n t a d o s h a c i a l a s u b s i s t e n c i a , incluso después de que se descubriera petróleo en la b a h í a de P r u d h o e . Sin embargo, sorprendieron a m u c h a gente al darse cuenta de lo que pretendía el congreso y aprovechar al m á x i m o sus derechos legales como nativos de Alaska, p a r a hacerse con cierto grado de control sobre el proceso de desarrollo. Aun así, el Congreso redactó u n a ley que imponía, de m a n e r a inapelable, el libre comercio sobre el negocio del petróleo, de m a n e r a que los esfuerzos de las c o m u n i d a d e s p a r a eliminar la pobreza a través del gasto público se tuvieron que defender c o n t r a la t e n d e n c i a de los nuevos ricos a concentrarse cada vez m á s en sí m i s m o s , dividiendo a su c o m u n i d a d en u n a p e q u e ñ a clase rica y en otra g r a n d e y empobrecida. 3. Los pastores kirguises (caso 11) sufrieron primero un cambio drástico c u a n d o las n a c i o n e s - e s t a d o q u e los r o d e a b a n ( C h i n a y la U n i ó n Soviética) cerraron sus fronteras y, al hacerlo, impidieron su migración estacional a través de distintas zonas ecológicas. Esto creó u n a limitación política que les forzó, en gran medida, a intensificar la p r o d u c c i ó n en la única región que les q u e d a b a abierta, el Pamir. Allí se dio u n a expansión de la gestión del riesgo y del comercio, a m b a s cosas favorecidas p o r un k a n m á s fuerte y u n a propiedad de los pastos intensificados m á s b a s a d a en el parentesco. Sin embargo, el peligro creciente p o r parte de las incurs i o n e s m i l i t a r e s r u s a s , r e l a c i o n a d a s c o n la e s c a l a d a del conflicto en Afganistán, p u s o a los kirguises en el centro de u n a violencia trágica de la que, al final, escaparon apelando a su afiliación etnolingüística con los turcos. F u e r o n aceptados c o m o refugiados y se les ofreció la o p o r t u n i d a d de volver a establecerse c o m o agricultores mixtos y pastores. 4. Con los basseri (caso 14) el c a m b i o aconteció, de m a n e r a clara, c o m o u n a reducción constante en la cantidad de recursos disponibles y en su libertad p a r a explotarlos de m a n e r a oportunista. Con la explosión demográfica iraní, los pastos se a m p l i a r o n a zonas áridas m á s distantes, al tiempo q u e el gobierno perforaba pozos y los agricultores t r a n s f o r m a b a n los p a s t o s anteriores. En b u s c a de los pocos p a s t o s que q u e d a b a n salier o n m u l t i t u d e s de pastores, entre los que se hallaban los capitalistas urb a n o s que deseaban criar animales fuertes p a r a el m e r c a d o e m p l e a n d o a p a s t o r e s profesionales (que no viajaban con sus familias, sino q u e simp l e m e n t e c u i d a b a n de los r e b a ñ o s ) . El gobierno nacional — p r e o c u p a d o p o r proteger los pastos, puestos en peligros por un uso excesivo, y p o r aum e n t a r el control sobre las regiones marginales, en las que, con anterioridad, el estado había sido débil— a m e n u d o desarrolló políticas contrarias a los deseos de los basseri, forzándolos con la policía y el p o d e r militar, c u a n d o fue necesario. 5. Los aparceros de Boa Ventura (caso 17) vieron, de hecho, decrecer la población en un tercio d u r a n t e un periodo de treinta años, a pesar de que la población general de Brasil se había doblado. El c a m b i o llegó en p r i m e r a instancia p o r la percepción de las realidades c a m b i a n t e s del m e r c a d o p o r p a r t e del terrateniente, puesto que cultivar a z ú c a r de caña y

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vacuno p a r a un m e r c a d o creciente tenía m á s sentido económico que intentar sacar un beneficio de las cuotas sobre la producción de grano y algodón de sus aparceros. La familia del terrateniente t a m b i é n temió el imp a c t o de la nueva constitución brasileña, que dio a los aparceros derechos m á s amplios a través de la reforma agraria, y vio c o m o solución dejar que la población de aparceros se desgastara y e m p e z a r a a confiar m á s en el trabajo agrícola a jornal. Los p r o g r a m a s gubernamentales de seguridad social en expansión t a m b i é n a u m e n t a r o n la confianza de algunos aparceros de que p o d r í a n sobrevivir sin el p a t r o n a z g o del terrateniente, lo cual r o m pió a ú n m á s el antiguo p a t e r n a l i s m o . 6. Para los campesinos chinos de Taitou (caso 18), el cambio m o d e r n o vino de repente c u a n d o el Ejército de Liberación Popular conquistó su región. Una economía que h a b í a sido d u r a n t e largo tiempo gestionada p o r familias individuales de p e q u e ñ o s agricultores, integradas en sistemas de m e r c a d o regionales, se transformó g r a d u a l m e n t e en u n a economía redistributiva, centralizada bajo el control del partido comunista y administrada a nivel local por los c u a d r o s del partido. Los objetivos del partido eran redistribuir la riqueza y los recursos de los ricos a los pobres, y distribuir alim e n t o s y otros p r o d u c t o s de m a n e r a justa p a r a evitar los extremos de riqueza y pobreza que en el p a s a d o se h a b í a n asociado m u c h a s veces con la h a m b r u n a . Se consiguió, en b u e n a m e d i d a la creación de un «cuenco de arroz de hierro» de seguridad p a r a cada familia, excepto d u r a n t e la devastadora h a m b r u n a de 1959 a 1961. Sin embargo, la economía redistributiva impuesta sofocó las t o m a s de decisiones locales y destruyó m u c h a s posibilidades de obtención de ingresos. Por eso, las reformas de los años noventa, que p e r m i t e n la propiedad individual de la tierra y la responsabilid a d en la t o m a de decisiones, h a n tenido un efecto de r e s t a u r a c i ó n , en parte, de la economía rural hacia la forma que tenía con anterioridad a la revolución. En m u c h o s de estos casos, apreciamos indicios de que el crecimiento de la p o b l a c i ó n ha e n c e r r a d o a la gente, l i m i t a n d o sus posibilidades de elección. Así, la intrusión del gobierno central y la p e n e t r a c i ó n del mercado p a r e c e n igualmente decisivas para, al m e n o s , dirigir el cambio. A fin de ver c ó m o el g o b i e r n o y la c o m e r c i a l i z a c i ó n en e x p a n s i ó n — f o r m a s p r e e m i n e n t e s de la economía política— se a d e c ú a n a n u e s t r o modelo de la evolución de las sociedades h u m a n a s , t e n e m o s que e x a m i n a r tres líneas principales de la a r g u m e n t a c i ó n y el debate teóricos y traducir sus ideas clave en términos que sean consistentes con n u e s t r o enfoque.

Teorización del c a m b i o c o n t e m p o r á n e o Para Polanyi (1944), el d r a m a real d u r a n t e la revolución industrial no fue la proliferación de nuevas tecnologías a s o m b r o s a s , sino la completa transformación social que se efectuó a través del m e r c a d o autoregulador («libre») y el estado liberal:

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La fuente y la matriz del sistema fue el mercado autorregulador. Fue esta innovación la que dio origen a una civilización específica [...] El estado liberal fue en sí mismo una creación del mercado autorregulador. La clave del sistema institucional del siglo XIX reside en las leyes que gobiernan la economía de mercado (ibíd.: 3). Polanyi creía que la h e g e m o n í a del m e r c a d o a u t o r r e g u l a d o r no era sino u n a fase en el c a m b i o m o d e r n o que había agotado su fuerza alrededor de la Primera Guerra Mundial. ¿Qué habría dicho hoy, c u a n d o m u c h o s observadores celebran el triunfo del m i s m o m e r c a d o a u t o r r e g u l a d o r para, en su inexorable progreso, transformar el m u n d o en un único sistema econ ó m i c o global? Antes de que desechemos a Polanyi, por estar sin remisión desfasado, d e b e r í a m o s r e c o r d a r que proyectar el futuro pertenece al presente y que estamos tan inmersos en n u e s t r o m o m e n t o en el tiempo que existen muchas posibilidades de que no veamos los procesos históricos m á s largos, que van a d e t e r m i n a r el destino final del libre m e r c a d o . Si, por ejemplo, h u b i é r a m o s vivido en la época desesperada de la peste negra, probablem e n t e h a b r í a m o s previsto un futuro en el que la h u m a n i d a d iba a desaparecer de la faz de la tierra en u n a m u e r t e apocalíptica o r q u e s t a d a por la cólera divina. No obstante, las e n o r m e s pérdidas de población sufridas d u r a n t e aquellos a ñ o s se r e p u s i e r o n en p o c o t i e m p o d e b i d o a la r á p i d a reproducción que existió d u r a n t e las siguientes pocas generaciones, de man e r a que la curva ascendente del crecimiento de la población h u m a n a predicha por la ecuación del Juicio Final muestra apenas u n a depresión cuando se examina a largo plazo (fig. 1b; Ehrlich y Ehrlich, 1970: 12-13). Si el mercado a u t o r r e g u l a d o r es el movimiento de futuro a largo plazo o no, no es u n a pregunta que p o d a m o s responder aquí. Sin embargo, p o d e m o s intentar explicar p o r qué ha d e s e m p e ñ a d o un papel tan protagonista en la econom í a y en la sociedad desde la revolución industrial hasta ahora. El mercado autorregulador y el estado liberal están, como dijo Polanyi, u n i d o s í n t i m a m e n t e , si no es que son parte integrante del m i s m o proceso. La constitución de Estados Unidos es un d o c u m e n t o prototípico que crea u n estado liberal, e s t r u c t u r a d o e n g r a n m e d i d a p a r a a l i m e n t a r u n libre m e r c a d o (p. ej., Beard, 1935). A fin de ver la c o n t i n u i d a d entre la emergencia de un libre m e r c a d o instituido y los procesos de la evolución social analizados a lo largo de este libro, vamos a e x a m i n a r dos grandes líneas teóricas (la segunda de las cuales tiene dos subtipos): 1. La e c o n o m í a liberal, u n a teoría que identifica la fuerza del libre m e r c a d o y detalla los requerimientos políticoinstitucionales que se deben satisfacer si se quiere permitir que esta fuerza alcance su pleno desarrollo. 2. La crítica a n t i m e r c a d o , que t o m a dos formas q u e se hallan relac i o n a d a s en la teoría, p e r o expuestas p o r dos g r u p o s distintos de estudiosos: 2.1. La e c o n o m í a sustantivista, u n a crítica a n t i m e r c a d o b a s a d a en el reconocimiento de que el libre m e r c a d o disuelve los vínculos sociales,

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a t o m i z a n d o a los individuos, q u e se q u e d a n solos ante u n a serie arrollad o r a de centros de poder que b u s c a n explotar las oportunidades de mercado en su p r o p i o provecho. Además de la antropología e c o n ó m i c a sustantivista, esta crítica incluye a la economía política (abarcando variedades de m a r x i s m o y de economía institucional). 2.2. La ecología política, o t r a crítica a n t i m e r c a d o b a s a d a en el d a ñ o potencial que el c o m p o r t a m i e n t o del m e r c a d o p r o d u c e sobre la ecología y el m e d i o ambiente. Este conjunto de críticas p o n e de relieve el papel de los m e r c a d o s en actividades que destruyen el entorno, c o m o la deforestación, el agotamiento de los b a n c o s de pesca, la contaminación, el calentam i e n t o global y m u c h a s tragedias que afectan a la gente c o m ú n , que son r e s u l t a d o d e m a n e r a creciente del i n d i v i d u a l i s m o sin t r a b a s e n e c o n o mías de libre m e r c a d o (Bodley 1996). También debate la relación compleja entre la penetración del m e r c a d o y el crecimiento de la población (p. ej., D u r h a m , 1979; Goodland, 1992). Como antropólogos, t e n e m o s que ser conscientes de que, a u n q u e estas líneas teóricas p r e s e n t a n a r g u m e n t o s eruditos r i g u r o s a m e n t e razonados y aderezados con p r u e b a s , cada u n a de ellas es t a m b i é n un posicion a m i e n t o m o r a l , u n a filosofía p o l í t i c a c o n l a q u e sus p a r t i d a r i o s s e e n c u e n t r a n p r o f u n d a m e n t e c o m p r o m e t i d o s . Esto ayuda a explicar cierta incapacidad entre los entusiastas p a r a salir de los debates, p a r a reconocer que cada aproximación teórica identifica y analiza solamente u n a parte del proceso evolutivo global al tiempo que sucede. Así pues, es en la complementariedad de estas teorías d o n d e hallamos los lazos entre el c a m b i o m o d e r n o y la teoría general de la evolución social h u m a n a .

LA TEORÍA DEL LIBRE MERCADO

El libre m e r c a d o es, en teoría, un sistema complejo que no está dirigido p o r nadie. Requiere un estado liberal (sociedad civil) que proporcione la matriz institucional precisa p a r a que el capitalismo triunfe; u n a m o n e d a legal, derechos de propiedad, obligatoriedad de cumplimiento de los contratos voluntariamente establecidos, leyes contra el fraude y a favor del acceso abierto, la paz de los m e r c a d o s , etc. Sin embargo, m á s allá de esto, el estado no debe intervenir. Cualquier esfuerzo del gobierno p a r a decidir lo que la gente debe hacer con el m e r c a d o — c ó m o t o m a n las decisiones, qué deberían hacer con sus recursos, c u á n t o deberían costar los p r o d u c tos; quién debería t r a t a r con quién— se ve c o m o u n a intrusión que no es b i e n v e n i d a o c o m o u n a i m p e r f e c c i ó n del m e r c a d o . El f u n c i o n a m i e n t o impersonal del m e r c a d o , en el que los precios se establecen p o r la ley de la oferta y la d e m a n d a —«la m a n o invisible» de Adam Smith (1993)—, garantiza su eficiencia. Los controles g u b e r n a m e n t a l e s o los esfuerzos de los individuos poderosos para utilizar la riqueza y la fuerza para excluir a otros de las o p o r t u n i d a d e s del m e r c a d o r e d u c e n su eficiencia y c a u s a n un sufrimiento innecesario a la población que se halla en el m e r c a d o .

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En la esfera política, la aparición de un m e r c a d o autorregulado posibilita el triunfo de la economía b a s a d a en los bienes de valor sobre la econ o m í a f u n d a m e n t a d a en los p r o d u c t o s básicos. En este último modelo, la a p r o p i a c i ó n de los comestibles excedentarios, su t r a n s p o r t e , a l m a c e n a m i e n t o y r e p a r t o precisan de u n a administración central p o r parte de los funcionarios del estado. En un sistema de m e r c a d o que funcione a la perfección, toda la acumulación, el transporte, el a l m a c e n a m i e n t o y la distrib u c i ó n son dirigidos p o r las partes interesadas (camioneros, mayoristas, almacenistas, b a n q u e r o s , detallistas, consumidores), con el dinero c o m o m e d i d a del valor. La adaptabilidad del principio básico del m e r c a d o autorregulado precede en m u c h o tiempo a la revolución industrial. Este «principio mercantil» ( B o h a n n a n y Dalton, 1965) —referido a las transacciones en las que el valor de los bienes y los servicios intercambiados se establece a partir de la oferta y la d e m a n d a — se e n c u e n t r a en los m e r c a d o s de las sociedades no industriales en las q u e no existe estado liberal alguno y caracteriza algunos intercambios que asociamos con las sociedades de nivel familiar y de grupo local. En efecto, si las poblaciones h u m a n a s tienen que vivir exclusivamente de los recursos q u e se e n c u e n t r a n sólo en sus territorios de alcance, m u c h a s p e q u e ñ a s carestías, a u n q u e cruciales —digamos, de obsidiana o sal—, serán suficientes p a r a impedir que p u e d a n sobrevivir allí y la h u m a n i d a d n u n c a se h a b r í a expandido en la variedad de hábitats en que lo ha hecho. Cierta forma de comercio entre grupos alejados (esto es, extranjeros) p u e d e retrotraerse cientos de miles de años, a los inicios de la h u m a n i d a d (Hayek, 1988: 40-41). Sin duda, «los depósitos de comercio», en los q u e los e s q u i m a l e s del interior y de la costa (caso 6) interc a m b i a n su p r o d u c c i ó n especializada, los b a z a r e s en los que los pastores y los agricultores de Oriente Medio i n t e r c a m b i a n (casos 11 y 14), incluso los regalos entre campesinos conocidos c o m o «contratos diádicos» (casos 17, 18 y 19), todos ellos m u e s t r a n un esfuerzo o p o r t u n i s t a p a r a maximizar el beneficio personal a la luz de la oferta y la d e m a n d a locales, incluso allá d o n d e falta el m a r c o institucional de un estado liberal. Como Sahlins (1972: 280-301) ha m o s t r a d o p a r a la Melanesia, la oferta y la d e m a n d a afectan a los precios de bienes trocados, c o m o hachas, lanzas, cerdos y cocos, incluso en a u s e n c i a de un e s t a d o liberal; o sea, en a u s e n c i a de un m a r c o legal y cultural que institucionalice la competencia y la b ú s q u e d a del beneficio. El principio de mercado, hallado dondequiera que se produzca el trueque (Cancian, 1968), resuelve m u c h o s p r o b l e m a s de la e c o n o m í a de subsistencia sin un control o dirección p o r parte de las élites. Los individuos organizan las transacciones c o m o u n a o p o r t u n i d a d p a r a obtener aquello que les falta al ofrecer aquello q u e se p u e d e n permitir dejar. Cada individ u o tiene permiso p a r a conseguir el mejor trato posible, según la realidad de su situación. La a c u m u l a c i ó n de las elecciones individuales —comerciar con esta o aquella persona, ofrecer este objeto o retenerlo, invertir trabajo y recursos p a r a p r e p a r a r un objeto p a r a el comercio— equivale a u n a especie de «colaboración i n c o n s c i e n t e de individuos [... q u e ] lleva a la

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solución de los problemas» (Hayek, 1939: 14). Pese a que ciertas transacciones se e n c u e n t r a n m u y d e t e r m i n a d a s por las n o r m a s sociales y p o r las fórm u l a s rituales — c o m o c u á n t o se debe ofrecer p a r a la dote o a q u i é n se deben dar brazaletes o collares—, m u c h a s otras transacciones permiten, t r a n q u i l a m e n t e y sin estruendo, que los bienes y los servicios se m u e v a n con eficacia entre unidades domésticas según la oferta y la d e m a n d a (p. ej., el anillo kula de las Trobriand). C u a n d o el principio del m e r c a d o se expresa c o m o filosofía política, la m o r a l imperativa subyacente es la libertad individual y la responsabilidad (M. F r i e d m a n , 1962; Murray, 1997). La libertad con responsabilidad que evoca la filosofía nos es m u y familiar debido a nuestros casos de estudio. En b u e n a p a r t e del planeta, a través de la historia, los individuos y las familias se h a n e n f r e n t a d o a un m u n d o de riesgos y o p o r t u n i d a d e s que les piden que evalúen sus opciones en t é r m i n o s de su propio interés, tal y c o m o ellos lo perciben. ¿Debo q u e m a r mi c a m p o hoy m i s m o o me arriesgo a que llueva si espero u n o s pocos días m á s de tiempo seco? ¿Debo tejer o ir en b u s c a de comida? ¿A qué gran h o m b r e debo d a r mis regalos? ¿ C u á n t o g r a n o d e b e r í a a l m a c e n a r en c a s a y c u á n t o v e n d e r en el m e r cado? Pocas veces se i m p o n e n estas decisiones p o r la fuerza de las a r m a s : son a s u n t o de los individuos o de las familias implicadas. P u e d e n conllevar cálculos racionales de coste-beneficio o p u e d e n simplemente implicar l a i m i t a c i ó n d e los m i e m b r o s r e s p e t a d o s d e sus c o m u n i d a d e s (Hayek, 1988: 24; Henrich, 1998). En cualquier caso, la decisión es suya y tienen que aceptar la responsabilidad de sus elecciones (a pesar de que es h u m a n o e c h a r la culpa a agentes c o m o brujas o d e m o n i o s c u a n d o los resultados son decepcionantes). En ocasiones, u n a mala elección puede ser fatal, pero con m á s frecuencia, entre las elecciones del individuo hay actos de gener o s i d a d p a r a c o n s t r u i r lazos sociales a los q u e se p u e d e a c u d i r c u a n d o sus recursos se h a n agotado. No obstante, el m u n d o es d u r o y r a r a m e n t e se p r e m i a u n a gestión pobre. La moralidad implícita detrás de la teoría del libre m e r c a d o es darwinista, u n a especie de ética p u r i t a n a en la que los individuos están bendecidos p o r la inteligencia, el sacrificio personal y la diligencia y maldecidos p o r la indolencia y las pocas luces (Tawney, 1926).

LA PRIMERA CRÍTICA ANTIMERCADO: LA ECONOMÍA SUSTANTIVISTA

Incluso los teóricos del libre m e r c a d o reconocen que «hay c a m p o s incuestionables [...] en los que el m e c a n i s m o del precio no es aplicable, bien p o r q u e a algunos servicios no se les p u e d e p o n e r precio, bien p o r q u e un objeto d e t e r m i n a d o , d e s e a d o p o r u n a m a y o r í a a p l a s t a n t e , s o l a m e n t e se p u e d e conseguir si se fuerza a u n a p e q u e ñ a m i n o r í a que disiente» (Hayek, 1939: 13). A p e s a r de q u e estos teóricos, quizá de m a n e r a comprensible, p r e s t a n p o c a a t e n c i ó n a los casos excepcionales en los que se tiene q u e confiar en otro proceso que no sea el m e r c a d o (digamos, la educación pública) p a r a satisfacer necesidades económicas, reconocen, de hecho, que el g o b i e r n o t i e n e q u e ejercer su función p a r a c o n t r o l a r a m e n a z a s tales

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c o m o el m o n o p o l i o , la c o n t a m i n a c i ó n y las e n f e r m e d a d e s c o n t a g i o s a s . Además, al aceptar que el mercado autorregulador solamente florece cuando existe u n a fuerte infraestructura de gobierno, los teóricos del m e r c a d o d a n cabida a un a p a r a t o institucional significativo en el que se articula el libre m e r c a d o . Sin duda, g r a n p a r t e de la b u r o c r a c i a que estos teóricos critic a n p o r i n h i b i r el m e r c a d o de h e c h o lo sostiene m e d i a n t e la regulación de los derechos de propiedad, los pesos y m e d i d a s legales, la veracidad en la publicidad y un b u e n n ú m e r o de servicios que p e r m i t e n al m e r c a d o funcionar sin sobresaltos. Esto es t a n cierto hoy c o m o lo era mil a ñ o s atrás, c u a n d o China intentó p o r p r i m e r a vez reforzar su e c o n o m í a de m e r c a d o con u n a b u r o c r a c i a lo m á s independiente posible de la corrupción local y que se inmiscuyera lo m e n o s posible en la e c o n o m í a política local. No obstante, la crítica antimercado que surge del marxismo, de la econ o m í a institucional y de la antropología económica sustantivista va m á s allá de las concesiones incluso m á s generosas p o r parte de los teóricos del libre m e r c a d o . Tiene u n a forma general y otra específica. La crítica general es q u e el libre m e r c a d o p r o m o c i o n a un individualismo egocéntrico que disuelve el t e g u m e n t o de la sociedad (Wolf, 1969: 283), p o n i e n d o la competencia p o r e n c i m a de la cooperación y los motivos egoístas p o r encima de la c o m u n i d a d . La forma específica de la crítica es q u e la competencia del libre m e r c a d o tiene c o m o resultado la a c u m u l a c i ó n de riqueza en m a nos de u n o s pocos, dejando al resto en la pobreza y vulnerable a la explotación. Según este p u n t o de vista, «el estado capitalista existe p a r a asegur a r la d o m i n a c i ó n de u n a clase sobre otra» (Wolf, 1982: 308), m i e n t r a s que el papel m á s justo del gobierno sería el de p o n e r restricciones a los grandes en el m e r c a d o , a fin de realzar otros valores que no sean la codicia y llevar a cabo u n a distribución j u s t a de la riqueza (justicia redistributiva; véase Plattner, 1989c: 380). Como filosofía moral, esta crítica, que Cook (1968: 212) en cierta ocasión llamó «romántica», desafía el individualismo intransigente del principio de m e r c a d o . De m a n e r a específica, p o n e su atención en la forma en que el m e r c a d o crea y sostiene las desigualdades de clase, que a u m e n t a n el sufrimiento para la gran mayoría de los trabajadores, mientras que abren la p u e r t a a los excesos de c o n s u m o grotescos de u n o s pocos. De m a n e r a m á s general, ve al p o d e r del m e r c a d o c o m o un disolvente de los lazos sociales tradicionales, u n a forma m i o p e de gestionar los p r o b l e m a s económicos a través de la eficiencia, m i e n t r a s que se sacrifican relaciones sociales c o m p r o b a d a s orientadas a la seguridad y el espíritu c o m u n a l con el que enfrentarse a la injusticia y las a m e n a z a s al bien c o m ú n .

LA SEGUNDA CRÍTICA ANTIMERCADO: LA ECOLOGÍA POLÍTICA

La lógica de la segunda crítica a n t i m e r c a d o es semejante a la de los sustantivistas, p e r o se centra no tanto en la r u p t u r a de la c o m u n i d a d hum a n a c o m o en la destrucción de la salud y de la sostenibilidad del m u n d o natural del que d e p e n d e m o s . Según este p u n t o de vista, hasta que el libre

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m e r c a d o no se hizo d o m i n a n t e , las c o m u n i d a d e s h u m a n a s vivían m á s o m e n o s en equilibrio con la naturaleza y h a b í a n desarrollado m e c a n i s m o s tradicionales —tanto ecológicos c o m o políticos— p a r a contener el d a ñ o al medio ambiente y asegurar la sostenibilidad de los sistemas de producción a largo plazo (Balée, 1989). Por el contrario, el libre m e r c a d o disuelve el sentido de interconexión con el m u n d o natural, al igual que disuelve el teg u m e n t o social. Hallar beneficios suele ser un objetivo a corto plazo: extraer el recurso, comercializarlo, embolsarse los ingresos y largarse cuando los recursos se han agotado (Bodley, 1996: 74-75). La minería a cielo abierto, la deforestación completa y el a g o t a m i e n t o de los b a n c o s de pesca son claros ejemplos contemporáneos de esta tendencia. Hasta cierto punto, el modelo original de la tragedia de los c o m u n e s (capítulo 1) c u a d r a con estos casos: es m á s provechoso explotar los recursos hasta agotarlos que protegerlos p a r a u n a abstracción orientada al futuro, del tipo «la tierra entera» o «nuestros nietos». El enfoque de la ecología política está todavía en proceso de formación. Como c o m b i n a c i ó n de a p r o x i m a c i o n e s procedentes de los c a m p o s bien desarrollados de la e c o n o m í a política y de la ecología h u m a n a , requiere un equilibrio de posiciones, algunas veces, contradictorias. Por ejemplo, m u c h o s economistas políticos creen que la capacidad del m u n d o p a r a producir alimento supera en m u c h o las necesidades de la población existente y que la p o b r e z a y el h a m b r e son el resultado de u n a distribución desigual de la riqueza y del p o d e r político: « C o m ú n m e n t e se acepta que toda la h u m a n i d a d podría alimentarse con facilidad si los recursos disponibles se pusieran a p r o d u c i r u s a n d o la tecnología existente» (De Janvry, 1981: 144). U n a r e d i s t r i b u c i ó n de los r e c u r s o s —un objetivo político— eliminaría, p o r t a n t o , el h a m b r e en el m u n d o . Sin e m b a r g o , otros, m á s orientados hacia la ecología, creen que el m u n d o ya ha alcanzado o excedido la capacidad de sostén y que la redistribtición de los recursos de los ricos a los pobres, a u n q u e aliviaría el h a m b r e , no la eliminaría (Ehrlich y Ehrlich, 1990: 66-69). Un estudio sobre la redistribución posible de los alimentos disponibles en el m u n d o concluyó que la única m a n e r a de a u m e n t a r el c o n s u m o alimenticio de las poblaciones m á s pobres hasta un nivel mín i m o a d e c u a d o sería d i s m i n u y e n d o el c o n s u m o de c o m i d a de las poblaciones opulentas h a s t a el m i s m o m í n i m o nutritivo; cualquier estrategia m e n o s drástica, c o m o la de r e d u c i r el c o n s u m o de carne en un 25 % en las naciones opulentas, reduciría los déficits alimentarios en las poblaciones pobres, pero seguiría dejando cientos de millones de personas sin alcanzar los niveles r e c o m e n d a d o s de aporte alimenticio (Heady et al., 1978). Los que ven el h a m b r e c o m o un p r o b l e m a de distribución hacen hincapié en el aspecto «político» de la ecología política, m i e n t r a s q u e los q u e lo ven c o m o un p r o b l e m a de capacidad de sostén limitada p o n e n el énfasis en el aspecto «ecológico». La verdad, sin duda, se halla en alguna parte del disputado centro entre a m b o s . Al igual que en la crítica sustantivista, la crítica de la ecología política señala que se necesitan controles sobre la comunidad, sea a nivel local o a los niveles m á s altos de la integración política, p a r a evitar que los indivi-

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duos desaten sobre el medio a m b i e n t e todo el potencial destructivo de la explotación capitalista. Como filosofía m o r a l , la posición de la ecología política estimula que se alcance un a c o m o d o sostenible con el m u n d o natural. Debemos, para nosotros mismos y para las futuras generaciones, consumir solamente lo que p o d e m o s reemplazar y limpiar los desechos. Según este p u n t o de vista, el bienestar del ecosistema de la tierra concierne a todos. En un m u n d o ideal, los individuos percibirían su interconexión los unos con los otros y con la intrincada red de la vida, y se limitarían voluntariamente, tal y como está implícito en algunos sistemas de creencias religiosas que promueven u n a ética medioambiental basada en la reciprocidad h u m a n a con la naturaleza (Tucker y Williams, 1997). En un m u n d o real de perspectivas y valores diversos, las entidades (individuos, corporaciones, gobiernos) que destruyen la base de recursos naturales tienen que ser limitadas por medios políticos, u n a contradicción del ideal de libre mercado.

EL MERCADO Y EL ESTADO COMO SOLUCIONADORES DE PROBLEMAS

El debate entre partidarios y detractores del m e r c a d o es fundamentalmente un debate sobre la i m p o r t a n c i a relativa del libre m e r c a d o frente al gobierno p a r a solucionar los p r o b l e m a s básicos relativos al bienestar de las familias y de las c o m u n i d a d e s . Los teóricos del m e r c a d o a veces parecen i m a g i n a r el estado liberal c o m o un m e r o trasfondo, un soporte funcional en el q u e c o l o c a r la joya del libre m e r c a d o . Sin e m b a r g o , si se tardó tanto en alcanzar el estado liberal en el curso de la evolución de las sociedades h u m a n a s , fue p o r q u e r e p r e s e n t a un m o n u m e n t a l , difícil y, a m e n u d o , frágil triunfo sobre las prácticas centradas en u n o m i s m o y en la familia —corrupción, g a n g s t e r i s m o , oligarquía y fraude, a d e m á s de varias formas de p r o t e s t a local c o n t r a la i n c o r p o r a c i ó n en u n a e c o n o m í a política mayor—, que lo h a b r í a n destruido. Por ejemplo, los esfuerzos recientes p a r a c r e a r un c a p i t a l i s m o d e m o c r á t i c o en Rusia, sin la infraest r u c t u r a de leyes e instituciones que lo contengan, ilustran lo potencialm e n t e desastroso que puede ser el individualismo económico sin t r a b a s y lo difícil que puede ser establecer el gobierno de la ley (Alexiev, 1998). El m e r c a d o autorregulador no p u e d e p r o s p e r a r sin un estado poderoso y centralizado que domestique sus extremos m á s destructivos. Por otra parte, los críticos del libre m e r c a d o p a r e c e n s u b e s t i m a r el gran n ú m e r o de p r o b l e m a s económicos que el m e r c a d o resuelve a diario p a r a las familias que participan en él. Estos críticos se h a n c e n t r a d o en el papel de la codicia para motivar la participación en el mercado. Consideran que el papel correcto del estado es el de refrenar la codicia y a n i m a r el apoyo m u t u o entre la gente y sus c o m u n i d a d e s h u m a n a s y naturales. Sin e m b a r g o , u n a a p r o x i m a c i ó n i n t e g r a d o r a de la evolución de las sociedades h u m a n a s tiene que ir m á s allá de la codicia c o m o principal explicación de la expansión de la comercialización (cf. Harvey, 1989: 103) y rec o n o c e r su p o d e r p a r a resolver p r o b l e m a s significativos reales p a r a las familias y las c o m u n i d a d e s .

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En nuestro modelo de evolución social, hemos identificado cuatro áreas problemáticas que precisan de nuevas soluciones a cada nuevo nivel de intensificación: los riesgos de la producción, el pillaje y la guerra, el uso ineficiente de los recursos y la escasez de éstos. Una breve m i r a d a a c ó m o se están t r a t a n d o estos problemas en las economías en transformación de los casos que h e m o s revisado con anterioridad en este capítulo ilustra cómo u n a teoría integradora de la evolución social es aplicable al sistema global emergente. De nuevo, insistimos en que la dirección de un c a m b i o hacia u n a escala y u n a complejidad mayores no implica progreso y que las «soluciones» a las cuatro áreas problemáticas que ofrece un sistema de mercado integrado no s u p o n e n que la gente c o m ú n esté m e j o r a n d o de vida, puesto que en m u c h o s casos parece estar peor a consecuencia del cambio. Los riesgos de la producción. El m e r c a d o ofrece distintos instrumentos p a r a evitar el riesgo a precios competitivos (ahorros bancarios, pólizas de seguros, opciones y valores). Gran parte de éstos se aprovechan del papel de la m o n e d a c o m o instrumento de almacenaje, según el principio de que el d i n e r o se p u e d e i n t e r c a m b i a r p o r artículos de p r i m e r a necesidad, lo cual era cierto en otros tiempos p a r a los bienes primitivos y la economía b a s a d a en los bienes de valor. Los agricultores vinculados a un sistema de m e r c a d o seguro pueden almacenar valor en forma de dinero, con la confianza de que en tiempos de necesidad p u e d e n convertir éste en alimentos u otros p r o d u c t o s de p r i m e r a necesidad. Muchos campesinos, quienes con b u e n tino no se fían de los m e r c a d o s y del dinero en sociedades en las que la corrupción debilita el sistema de mercado, c o n t i n ú a n b u s c a n d o la seguridad directamente, mediante el almacenaje de alimentos o invirtiendo en ganado (que se p u e d e vender p a r a c o m p r a r alimentos básicos c u a n d o se necesite). No obstante, almacenar productos básicos en casa es u n a forma relativamente d e r r o c h a d o r a de seguridad económica y tiende a desaparecer c u a n d o los sistemas de m e r c a d o se hacen fuertes y fiables. El m e r c a d o t a m b i é n mueve los artículos r á p i d a m e n t e del vendedor al c o m p r a d o r — r e d u c i e n d o el riesgo de p é r d i d a debido a la s u p e r a b u n dancia o al deterioro— y permite a los compradores la adquisición de abastecimientos imprescindibles c u a n d o los suyos se h a n visto destruidos p o r alguna calamidad. La m a y o r parte de campesinos c o n t e m p o r á n e o s (p. ej., casos 17, 18 y 19) a l m a c e n a n m e n o s c o m i d a en sus casas y c o m p r a n m á s en el m e r c a d o que en el pasado, u n a estrategia cuyo éxito depende de la confianza del agricultor en que t e n d r á dinero a m a n o c u a n d o sus despensas estén vacías. Sin embargo, desde la perspectiva sustantivista (primera crítica antimercado), el m e r c a d o intensifica el riesgo de las familias trabajadoras al cort a r sus antiguos vínculos con los recursos p r i m a r i o s (la tierra y las pesqueras, etc.). Los recursos se transforman en artículos que se pueden perder m e d i a n t e la venta. Además, al convertir el trabajo en sí m i s m o en un producto que vale solamente lo que dicta el índice salarial imperante, los trabajadores libres son «libres para ser contratados p o r un empresario de manera individual. También son "libres" para pasar h a m b r e , vestir ropa barata y quedarse sin casa si no tienen ingresos» (Plattner, 1989c: 382).

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Este proceso está en c a m i n o en Boa Ventura (caso 17), ya que la familia del propietario busca cada vez m á s sustituir el viejo sistema de vínculos e s t r e c h o s e n t r e p a t r ó n y cliente c o n trabajo libre que se c o n t r a t e y despida a voluntad. El gobierno nacional ha intervenido con las pensiones de jubilación y los servicios sanitarios, que a y u d a n a r e e m p l a z a r la red de seguridad perdida que a n t a ñ o p r o p o r c i o n a b a n los p a t r o n e s . Los basseri, centrados en la familia y la c o m u n i d a d , están viendo t a m b i é n cortados sus antiguos vínculos con los pastos p o r los acuerdos del m e r c a d o m o derno, que favorecen a los pastores asalariados empleados por los capitalistas urbanos. ¿Qué será de los aparceros brasileños y los pastores basseri cuando se complete la transformación del m e r c a d o y se queden sin tierras? Los esfuerzos de los esquimales (caso 6) y de los machiguenga (caso 3) p a r a defenderse de la comercialización y establecer un control de los r e c u r s o s basado en la c o m u n i d a d están dirigidos a evitar que el m e r c a d o disuelva sus lazos tradicionales con su tierra. Y el gobierno chino sigue u n a política a n t i m e r c a d o marxista al redistribuir riqueza desde poblados a c o m o dados c o m o Taitou (caso 18) a otros m á s pobres c o m o Gangtouzangjia y al p r o p o r c i o n a r un «cuenco de a r r o z de hierro» de seguridad p a r a cada u n i d a d doméstica. Con respecto a los riesgos de producción, la ecología política (segunda crítica antimercado) a p u n t a a las técnicas de dispersión del riesgo de los agricultores tradicionales, en contraste con las estrategias de producción de alimentos de altos rendimientos e intensivas en capital, que son vulnerables a las grandes a m e n a z a s que s u p o n e n las plagas, las enfermedades o la sequía (p. ej., campesinos de Boa Ventura [caso 17]; cf. Bodley, 1996: 89; Johnson, 1972). El m e r c a d o t a m b i é n a n i m a el c o n s u m o excesivo y la deg r a d a c i ó n de los recursos, c o m o se ha descrito p a r a el I r á n del siglo XX (caso 14), q u e podría t a r d a r generaciones a restituirse, bajando la capacidad de sostén del planeta en un m o m e n t o en que las poblaciones están creciendo (Bodley, 1996: 26). En r e s u m e n , un sistema de m e r c a d o integrado y a u t o r r e g u l a d o r resuelve algunos p r o b l e m a s de riesgo de m a n e r a eficiente, p e r m i t i e n d o el movimiento de los excedentes alimentarios p a r a satisfacer la d e m a n d a antes de q u e éstos se e s t r o p e e n , d e s a r r o l l a n d o pólizas de s e g u r o s y otros i n s t r u m e n t o s p a r a dispersar el riesgo al coste m á s bajo posible, etcétera. Sin embargo, estas eficiencias en la gestión del riesgo se alcanzan de manera impersonal. El m e r c a d o no tiene c o m p a s i ó n p a r a las familias individuales, a quienes p o r falta de tierras y desempleo se ha p u e s t o en riesgo c o m o c o n s e c u e n c i a de las eficiencias del m e r c a d o . En efecto, el libre m e r c a d o a s u m e u n a p o s t u r a darwinista de «supervivencia del fuerte» hacia las familias que viven en la p o b r e z a . Además, al ser ciego a los m u chos efectos a largo plazo de la degradación de recursos (p. ej., suelos y p e s q u e r a s ) y de la c o n t a m i n a c i ó n (p. ej., el agua), la g r a n eficiencia del m e r c a d o p a r a movilizar m a s a s de capital p a r a extraer recursos a u m e n t a los riesgos de catástrofes futuras. Si el abastecimiento de alimentos tendría que e m p e z a r a caer m i e n t r a s la población continúa en alza, circunst a n c i a q u e p a r e c e que ya está s u c e d i e n d o en algunos lugares (Ehrlich y

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Ehrlich, 1990: 69), un sistema de m e r c a d o que favorece la ganancia a corto plazo p o r e n c i m a de la gestión a largo plazo de los recursos de p r o d u c c i ó n de alimentos compartiría la culpa de la crisis. Desde el p u n t o de vista de la evolución social, al gestionar algunos tipos de riesgo — c o m o el de reducir la pérdida debido al deterioro de alim e n t o s básicos a l m a c e n a d o s p o r las familias individuales p o r motivos de seguridad—, el m e r c a d o permite u n a m a y o r intensificación (o sea, que u n a población m a y o r p u e d e vivir de los m i s m o s recursos, p u e s t o que se distribuyen de m a n e r a m á s eficiente). Al m i s m o tiempo, la integración mayor de los p r o d u c t o r e s domésticos en la c o m u n i d a d , formada de facto p o r la participación en el m e r c a d o , significa u n a pérdida de la seguridad basada en la familia. El sistema funciona bien g r a n parte del tiempo, pero c u a n d o el m e r c a d o se r o m p e p o r alguna razón —digamos, debido a u n a sequía regional o a la inestabilidad política—, las familias no tienen ning u n a posición a la que replegarse y se hallan e x t r e m a d a m e n t e expuestas. Dependen de un sistema estatal de redistribución (basado en los impuestos) p a r a recibir ayuda en m o m e n t o s de crisis; un instante cargado políticamente en el que se refuerza la sujeción de las familias al poder altamente estratificado del estado, p o r q u e se d a n claramente c u e n t a de que p u e d e n llevar c o m i d a a la m e s a sólo gracias a la lealtad p a r a con las élites, que controlan la aparición del abastecimiento alimentario. El pillaje y la guerra. El a u m e n t o de la población y las mejoras tecnológicas elevan el valor de la tierra y de otros recursos naturales, haciendo que cada vez merezca m á s la p e n a l u c h a r p o r ellos. El m e r c a d o , c o m o poderosa fuerza integradora que es, p u e d e desalentar la guerra, p o r c u a n t o a u m e n t a los beneficios de las relaciones pacíficas entre las partes comerciantes. Esto sigue siendo el p a t r ó n de las sociedades a m e n o r escala, en las que el comercio establece u n a confianza entre grupos y (en ocasiones) evita la guerra (casos 9 y 12). Ciertamente, el m e r c a d o , c o m o b a s t i ó n del interés p r o p i o , no h a c e n a d a p o r sí m i s m o p a r a evitar que los que b u s c a n beneficio se vuelquen hacia reciprocidades negativas tales c o m o el c r i m e n organizado o la ocupación militar de zonas ricas en recursos. Con todo, es el valor del mercado, p a r a solucionar p r o b l e m a s económicos reales, el que sostiene la vol u n t a d política de instituir u n a sociedad civil capaz de g a r a n t i z a r la paz mercantil. Al definir y garantizar los derechos de propiedad, el libre mercado/estado liberal canaliza las disputas sobre los recursos hacia la resolución pacífica. Por ejemplo, la asignación de los derechos sobre los minerales a los esquimales (caso 6) les dio un p o d e r real p a r a regatear, en negociaciones pacíficas, con los capitalistas e m p e ñ a d o s en explotar sus recursos. Para preservar la paz del m e r c a d o , el estado liberal ejerce la m a n o d u r a de la policía y del p o d e r judicial. Hasta cierto p u n t o , el libre m e r c a d o t a m b i é n ofrece a los enriquecidos c a m i n o s hacia la riqueza y el p o d e r que no precisan de un d o m i n i o militar ni de corrientes tributarias de riqueza. La imposición de la p a z del m e r c a d o permitió (y obligó) a los indios de la costa noroeste (caso 9) a «lu-

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c h a r con propiedades» en vez de hacerlo con a r m a s . En Francia y J a p ó n (caso 15), el crecimiento del m e r c a d o integrador vino a c o m p a ñ a d o de un giro en los centros de poder, desde la p r o p i e d a d de la tierra (el control sob r e los medios de la producción) a la riqueza comercial (el control sobre los medios de intercambio), que m a r c ó el fin del feudalismo b a s a d o en la guerra entre señores. Por otra parte, el libre m e r c a d o ha motivado a m e n u d o la guerra. La b ú s q u e d a sin descanso de recursos y de c o n s u m i d o r e s p o r parte del capital llega a ser un motivo para las guerras de conquista —por ejemplo, cuando los europeos l u c h a r o n en la guerra del opio p a r a abrir China a los mercados occidentales o Estados Unidos se anexionó el territorio noroccidental de México—. Las hostilidades fronterizas entre Afganistán, China y la Unión Soviética, que convirtieron a los kirguises (caso 11) en víctimas, se dieron en p a r t e p a r a establecer un control nacional sobre zonas de recursos distantes y sobre r u t a s comerciales, al igual q u e la e x p a n s i ó n i n t e r n a cont e m p o r á n e a del gobierno de I r á n establece un control sobre los basseri. A m e n u d o , las c o m u n i d a d e s locales no q u i e r e n t e n e r n a d a que ver con el m e r c a d o o, al m e n o s , quieren establecer los términos de su implicación c o n él p a r a p r o t e g e r sus p r o p i o s intereses. Los capitalistas, q u e tienen u n a ingente riqueza y la voluntad de c o m p r a r votos u otro acceso al gobierno m e d i a n t e prestaciones, movilizan la fuerza del estado c u a n d o desean vencer la resistencia de las poblaciones que retienen sus recursos al m a r g e n del m e r c a d o . Por lo tanto, a lo largo de los últimos siglos, m u chas partes del globo (quizá la mayoría) fueron atraídas al m e r c a d o m u n dial en expansión, en p r i m e r lugar p o r la fuerza de las a r m a s , m e d i a n t e la conquista, el colonialismo y el imperialismo. Forzar a las c o m u n i d a d e s a abrirse al m e r c a d o en contra de su voluntad c o m p o r t a generalmente min a r la integridad cultural local y u n a a u t o d e t e r m i n a c i ó n de forjar u n a integración global de p r o d u c t o r e s y c o n s u m i d o r e s . El m e r c a d o , p o r lo tanto, no reduce de m a n e r a inherente el papel de la violencia en los asuntos h u m a n o s m á s de lo que lo h a n hecho los desarrollos precedentes en la evolución social. Como cabe esperar, la capacidad p a r a regular la violencia dentro de grupos cada vez mayores contribuye a a u m e n t a r la intensificación, a estabilizar la integración económica y a extender el alcance de la a u t o r i d a d estratificada, todo ello dentro del grupo regulado. Al m i s m o tiempo, estos grandes logros significan que la violencia a u n a escala cada vez m a y o r se convierte en u n a h e r r a m i e n t a de las élites p a r a alcanzar su objetivo de crecimiento en la economía política en los t é r m i n o s m á s favorables p a r a sí m i s m a s , t a n t o p a r a vencer la oposición d e n t r o de su p r o p i a zona mercantil c o m o p a r a conquistar nuevas zonas que sean absorbidas en su seno. Uso ineficiente de los recursos. El m e r c a d o ofrece posibilidades de a c u m u l a r capital a niveles sin precedentes, p e r m i t i e n d o la c o n s t r u c c i ó n de artefactos e infraestructuras (como barcos, p u e n t e s y fábricas) que aum e n t a n las e c o n o m í a s de escala, la t a s a a la q u e se p u e d e n c a p t u r a r los r e c u r s o s y el flujo de p r o d u c t o s h a c i a los c o n s u m i d o r e s . El capital abrió

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los c a m p o s de p e t r ó l e o de la b a h í a de P r u d h o e , las m i n a s de Siberia y las t i e r r a s á r i d a s de Brasil de forma q u e los c a z a d o r e s e s q u i m a l e s , los p a s t o r e s n g a n a s a n y los a p a r c e r o s de subsistencia n u n c a p o d r í a n h a b e r hecho. Este capital, que no es m á s que la riqueza c o o r d i n a d a — o , c o m o dir í a n los marxistas, e x p r o p i a d a — d e las m u l t i t u d e s , p u e d e a l c a n z a r u n a inmensidad que inspire t e m o r a m u c h o s . El dinero en sí m i s m o tiene u n a cualidad abstracta y m á g i c a que Marx reconoció en el proceso que el llamó «el fetichismo de los productos» (Harvey, 1989: 100). El dinero en grandes cantidades, y cualquiera que lo posea, adquiere un a u r a de santidad —de a u t o r i d a d incuestionable—, que no está desprovista de relación con el t e m o r reverencial de los gobernantes de los estados agrarios antig u o s . L a s a n t i d a d del capital, e n p a r t e c o n s e c u e n c i a d e s u p o d e r p a r a p r o d u c i r trabajos a gran escala y complejidad, y en p a r t e debido a su vínculo í n t i m o c o n el p o d e r policial opresivo ( R a p p a p o r t , 1994: 160-161), a u m e n t a su legitimación p o r medio de subsiguientes transformaciones del paisaje y, especialmente, venciendo la oposición política local. H a s t a cierto p u n t o , e l m e r c a d o t a m b i é n a b r e los s i s t e m a s d e p r o ducción a la competencia, permitiendo ciertas eficiencias. La introducción de los métodos m o d e r n o s de explotación agropecuaria, con variedades «superiores» de ovejas y pastores profesionales, q u e desplazan a los basseri (caso 14), es un ejemplo típico. La introducción del café, el cacao y el vacuno en la selva tropical que rodea a los machiguenga (caso 3) es un esfuerzo todavía no p r o b a d o p a r a a l c a n z a r la m i s m a clase de eficiencia; es decir, obtener m á s riqueza o beneficio a partir de u n a cantidad fija de tierra, u n a forma d e intensificación. E n a m b o s casos, las p o b l a c i o n e s foráneas e n e x p a n s i ó n q u e i n v a d e n los t e r r i t o r i o s d e estas p e q u e ñ a s c o m u n i d a d e s h a n a c r e c e n t a d o la d e m a n d a del m e r c a d o , e x p o n i e n d o a las c o m u n i d a des a la competencia y, en ú l t i m a instancia, a m e n a z a n d o con eliminarlas c o m o c o m u n i d a d e s económicas identificables. El capital no es m e r a m e n t e u n a capacidad pasiva, movilizada c u a n d o se necesita p o r q u e surge un problema. Busca c o n s t a n t e m e n t e nuevas posibilidades de inversión, conducidas p o r e n o r m e s acumulaciones en centros comerciales. Con anterioridad a la expansión del m e r c a d o , las necesidades económicas locales n o r m a l m e n t e se satisfacían p o r m e d i o de u n a economía de subsistencia a d e c u a d a m e n t e capitalizada, como la de los pescadores indios de la costa noroeste de Norteamérica (caso 9). No obstante, el sistema de mercado en expansión abre recursos localizados, tales c o m o el s a l m ó n , a la d e m a n d a i n t e r n a c i o n a l , a u m e n t a n d o su valor y a t r a y e n d o capital en forma de nuevos equipos p a r a recolectar, preservar y transportar los recursos; lo cual a su vez a u m e n t a en g r a n m e d i d a la tasa de recolección, llevando, en ú l t i m a instancia, a la m e r m a de los m i s m o s . El acceso a un m e r c a d o m u n d i a l p u e d e establecer un precio a tales recursos que quede fuera del alcance de las c o m u n i d a d e s indígenas que a c o s t u m b r a b a n a vivir de ellos. En tales casos, la población local (que está ya bien a d a p t a d a ) tiende a resistirse al abuso, pero carece de fuerza ante el capital santificado y res-

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paldado p o r el p o d e r militar del estado liberal, que, visto con esta luz, no está l u b r i c a n d o con benevolencia la m a q u i n a r i a del m e r c a d o sino que, de m a n e r a imperialista, se está a p o d e r a n d o de recursos y de trabajo de com u n i d a d e s m á s p e q u e ñ a s y débiles (Wolf, 1982: 299-302). De m a n e r a m á s tranquila, pero igualmente significativa, las realidades cambiantes del m e r c a d o en Boa Ventura indican que la agricultura capitalista con trabajadores agrícolas asalariados h a c e un uso m á s provechoso de la tierra que el de los a p a r c e r o s de subsistencia: d u r a n t e el proceso, u n a c o m u n i d a d de a g r i c u l t o r e s c o n lazos t r a d i c i o n a l e s c o n la t i e r r a se ve r e e m p l a z a d a p o r trabajadores a sueldo sin raíces, q u e no tienen vínculos con ella. Como se ha destacado, el m e r c a d o en expansión p e r m i t e soluciones intensivas en capital a problemas de p r o d u c c i ó n que a u m e n t a n el r i t m o de destrucción de los ecosistemas: las explotaciones capitalistas destruyen millones de h e c t á r e a s de bosque, la m i n e r í a industrial c o n t a m i n a sistemas hidráulicos enteros, etcétera. En décadas recientes, el declive de los b a n cos de pesca en todo el m u n d o , ya q u e la pesca de los barcos industriales esquilma lo que en otro t i e m p o fue u n a a b u n d a n t e vida m a r i n a , es el fruto o m i n o s o de la capitalización agresiva a la que Ehrlich y Ehrlich (1990: 85) se refieren con la expresión «pasar la aspiradora al m a r » . En m u c h o s de estos casos, las soluciones tecnológicas b a s a d a s en el m e r c a d o p a r a a u m e n t a r el abastecimiento de c o m i d a son solamente eficientes en apariencia. Cuando los costes de las inversiones no reemplazables se a ñ a d e n a la ecuación —especialmente en forma de energía u s a d a en m á q u i n a s , fertilizante, t r a n s p o r t e , refrigeración y e m p a q u e t a d o — el coste real de los alimentos adicionales puede ser m u c h o m a y o r que con las tecnologías tradicionales de producción de alimentos (Pimentel y Pimentel, 1979). Además, con u n a tecnología intensiva en capital, los r e n d i m i e n t o s a m e n u d o decrecen a lo largo del t i e m p o , incluso c u a n d o la inversión de capital a u m e n t a (Ehrlich y Ehrlich, 1990: 92-93). El libre mercado, al no ser u n a p e r s o n a ni ser vivo de n i n g u n a clase, no puede conceptualizar (y m e n o s desear) un ecosistema saludable. N o r m a l m e n t e , recompensa a las empresas capitalistas p o r extraer valor de la naturaleza sin considerar el coste de restaurar dicho valor. Si los que contaminan tuvieran que incluir el coste de limpiar la contaminación a expensas de su negocio, su línea de beneficios sería m u y diferente y estarían motivados p a r a proteger el medio ambiente. Si los que explotan el bosque tuvieran que incluir el coste de su recuperación, sus cálculos de beneficio les incentivarían a realizar u n a explotación forestal m á s sostenible (Hecht, 1992). Con m u c h o s sistemas actuales de uso de recursos, basados en el mercado, o c u r r e q u e m i e n t r a s q u e los beneficios van a los inversores privados, el público en general, al estilo de la tragedia de los c o m u n e s , tiene que sop o r t a r estos costes del negocio a largo plazo: limpieza de tóxicos, reforestación, recuperación de cursos de agua (Bodley, 1996: 74-77). El m e r c a d o aporta u n a eficiencia innegable a la tarea de o b t e n e r recursos p a r a satisfacer las necesidades h u m a n a s y ello, sin d u d a , ayuda a explicar su expansión c o n t i n u a en zonas r e m o t a s (Harvey, 1989: 103). El m e r c a d o no se p r e o c u p a de que las poblaciones locales p i e r d a n el control

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sobre su p r o p i a base de recursos, p u e s t o que la economía de m e r c a d o define estos s i s t e m a s tradicionales c o m o ineficientes, p o c o p r o d u c t i v o s y d e r r o c h a d o r e s . Sin e m b a r g o , el enfoque a corto plazo que tiene el comp o r t a m i e n t o del m e r c a d o —motivado p o r el imperativo de obtener beneficio del capital con relativa rapidez (en meses o, c o m o m á x i m o , en u n o s p o c o s a ñ o s ) — p u e d e , d e h e c h o , a n i m a r u n c o m p o r t a m i e n t o m u y ineficiente a largo plazo. A este respecto, la gestión de los recursos b a s a d a en el m e r c a d o es algo semejante a u n a familia que se e n d e u d a p a r a sostener un lujoso t r e n de vida; a largo plazo, la d e u d a se t e n d r á que saldar, aunque en las conocidas palabras de un teórico del m e r c a d o : «a largo plazo estaremos todos muertos». Lo m á s significativo p a r a la evolución social de un uso m á s eficiente d e los r e c u r s o s e s q u e e l m e r c a d o p o n e u n a p r o p o r c i ó n c a d a vez m á s grande de los recursos útiles del m u n d o en la órbita de la oferta y la dem a n d a . El trigo de Canadá no solamente alimenta a los canadienses, sino t a m b i é n a los rusos; el p e s c a d o del o c é a n o Atlántico alimenta poblaciones que h a b i t a n a miles de kilómetros de allí, en todas las direcciones, y lo m i s m o sucede con el vacuno de América central. Al t r a n s p o r t a r la dem a n d a a lugares remotos, se vuelve e c o n ó m i c a m e n t e provechoso intensificar la p r o d u c c i ó n m e d i a n t e inversiones de capital. El m e r c a d o genera la intensificación de la p r o d u c c i ó n a través del ecosistema m u n d i a l entero, de m a n e r a creciente a través de a p o r t e s b a s a d o s en la i n d u s t r i a , c o m o fertilizantes, pesticidas y tecnologías industriales agrarias y pesqueras. El resultado es la integración e c o n ó m i c a a u n a escala sin precedentes y un control cada vez m á s estratificado de la t o m a de decisiones sobre la producción en lugares distantes. Escasez de recursos. El m e r c a d o extiende el i n t e r c a m b i o entre comerciantes cada vez m á s alejados, s e p a r a n d o las fuentes de la d e m a n d a y de la oferta (un p r o d u c t o r de Kenia p u e d e abastecer de un p r o d u c t o deseado a un completo desconocido de Indonesia), p o r q u e precisa de m u y poca gestión efectiva m á s allá de la larga series de decisiones en interés propio de los comerciantes, los cambistas, los exportadores y los detallistas que forman la cadena. Fue el acceso al mercado de la d e m a n d a de carne entre las poblaciones del sur lo que a n i m ó a los n g a n a s a n (caso 4) a aum e n t a r su p r o d u c c i ó n cárnica a fin de obtener los bienes que q u e r í a n (té, azúcar y metal) a través del comercio. De hecho, el comercio a través del m e r c a d o es d e m a n d a a distancia. A medida que la población crece, la d e m a n d a a u m e n t a con ella: lo que hace el libre m e r c a d o es transmitir la d e m a n d a de m a n e r a impersonal allí donde se pueda hallar la oferta para satisfacerla. Por ejemplo, los shoshone (caso 1) vivieron tradicionalmente en u n a región rica en mineral de hierro; sin embargo, este recurso no tuvo n i n g u n a utilidad p a r a ellos, ni p a r a nadie m á s , hasta que el capital lo explotó y llegó la d e m a n d a de hierro, a m b a s cosas t r a n s m i t i d a s p o r el m e r c a d o . El ejemplo de los m a c h i g u e n g a (caso 3), que extendieron el uso de la tierra p a r a p l a n t a r café y otros cultivos p a r a el m e r c a d o , p u e d e ser considerado c o m o el caso de un m e r c a d o que b u s c a

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fuera recursos —en este caso, tierra que se habría dejado en b a r b e c h o o c o m o bosque sin cultivar—, q u e tienen u n a d e m a n d a en otra parte. La capacidad del m e r c a d o p a r a aplicarse a las deficiencias de los recursos t a m b i é n tiene la consecuencia — c o m o d e s c u b r i m o s en el caso de su uso ineficiente— de que recursos que p o d r í a n h a b e r sido m á s que suficientes p a r a sostener u n a e c o n o m í a de subsistencia se encarezcan cada vez m á s p a r a la población local, a m e d i d a que la d e m a n d a se abre a la dem a n d a m u n d i a l . Es así c o m o la d e m a n d a de langosta en los países opulentos del norte atrajo a los pescadores locales misquitos de H o n d u r a s a trabajar, asalariados, como buceadores p a r a capturar langostas, recogiendo un recurso que era a b u n d a n t e en 1970 pero que casi se había agotado en 1990 (Dodds, 1994: 178-189). Desde la perspectiva evolutiva social, las implicaciones de c ó m o el m e r c a d o satisface la escasez de los recursos son p r á c t i c a m e n t e idénticas a las de resolver el uso ineficiente de éstos. Así es la espada de doble filo del comercio m u n d i a l . A u m e n t a la eficiencia con la que los bienes se trasladan allá d o n d e la d e m a n d a (el precio al que p u e d e n venderse) es m á s alta, c u m p l i e n d o con un i m p o r t a n t e cometido de cara a sostener el crecimiento de población global. Pero abrir un conducto p a r a la d e m a n d a m u n dial a u m e n t a la presión efectiva de la población sobre los recursos en cualquier lugar particular, incluso en zonas de densidad de población local baja, d o n d e la gente en otros t i e m p o s vivió en equilibrio sostenible con la nat u r a l e z a . E n estos casos, e l m e r c a d o n o resuelve u n p r o b l e m a q u e imp o r t a m u c h o a la c o m u n i d a d local. Por ejemplo, antes de la llegada del mercado, los misquitos de H o n d u r a s tenían u n a base de subsistencia abundante. La intensificación del uso de sus recursos los ha integrado en u n a c o m u n i d a d económica m u n d i a l ; con todo, tanto la intensificación c o m o la integración son, en última instancia, manifestaciones de un sistema m u n dial estratificado dirigido por u n a s élites, que viven lejos de las c o m u n i dades y de los recursos del lugar y que u s a n el capital y los recursos políticos y militares a su disposición para asegurar que sus intereses permanecen dominantes.

La e v o l u c i ó n social y el libre m e r c a d o Los debates entre los defensores del libre m e r c a d o y los críticos antimercado son endémicos allí d o n d e se discuta sobre economía, población y medio ambiente. Tienden a m e n u d o a verse reducidos a la simple dicot o m í a entre los abogados del libre m e r c a d o , que están en contra de las intervenciones gubernamentales, y los abogados del antimercado, que están a favor de dichas intervenciones. En estos debates, los a r g u m e n t o s a favor del m e r c a d o tienden a m i n i m i z a r los costes sociales y m e d i o a m b i e n tales del libre m e r c a d o , m i e n t r a s que los a r g u m e n t o s p r o g u b e r n a m e n t a les tienden a m i n i m i z a r el papel del m e r c a d o p a r a resolver los e n o r m e s p r o b l e m a s económicos que h a n traído consigo el crecimiento de la población y el c a m b i o tecnológico.

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La teoría de la evolución social no s o l a m e n t e p e r m i t e , sino que requiere, que estas aproximaciones estén integradas y se m a n t e n g a n en un cierto grado de equilibrio. Los teóricos del a n t i m e r c a d o culpan de m u c h a s de las situaciones difíciles a la institución de la codicia en el libre m e r c a d o , a u n q u e tales situaciones en realidad surgen en condiciones evolutivas de las que el m e r c a d o es s i m p l e m e n t e u n a respuesta, no la causa. El crecim i e n t o de población en regiones agrarias a u m e n t a r á la necesidad de intensificar la producción alimentaria, n o r m a l m e n t e m e d i a n t e la reducción del t a m a ñ o de las granjas y el a u m e n t o de inversiones de capital c o m o el trabajo, las semillas m e j o r a d a s , los fertilizantes y los pesticidas. Sin intensificación, el crecimiento de población no p u e d e existir y el m e r c a d o se convierte en u n a m a n e r a (entre varias, pero cada vez m á s importante) p a r a evitar la intensificación. De m a n e r a similar, el crecimiento de la población entre los trabajadores no cualificados llevará los salarios a la baja, a m e n o s que haya un i n c r e m e n t o c o m p e n s a t o r i o en la d e m a n d a de trabajo no cualificado. Esto es cierto, a u n q u e t a m b i é n lo es q u e las élites u s a r á n la fuerza política p a r a m a n t e n e r los salarios bajos allá d o n d e p u e d a n , i n d e p e n d i e n t e m e n t e de si la p o b l a c i ó n crece o n o . Los h a b i t a n t e s d e j a r á n sus c o m u n i d a d e s natales, b a s a d a s en el parentesco, p a r a alcanzar un nivel m á s alto de cons u m o en otra parte, e incluso se resistirán a c o m p a r t i r su nueva riqueza con los parientes que se lo exijan c u a n d o vuelvan a casa. Decir q u e el tam a ñ o m e n g u a n t e de las parcelas agrícolas, los salarios bajos o la r u p t u r a de la c o m u n i d a d están causados p o r el m e r c a d o no arroja m u c h a luz sobre las condiciones que hicieron posibles estas respuestas de m e r c a d o para tantas familias. Al m i s m o tiempo, h e m o s d e m o s t r a d o a lo largo de este libro q u e u n a n o r m a básica de la evolución social es que c a d a expansión de la econom í a política, al t i e m p o q u e resuelve p r o b l e m a s de la e c o n o m í a de s u b sistencia, llega con u n a n u e v a o p o r t u n i d a d a s o c i a d a de control, p e r m i tiendo el liderazgo y, a la postre, las élites que se e n r i q u e c e n a sí m i s m a s . La e c o n o m í a liberal r e c o n o c e esto de u n a m a n e r a a b s t r a c t a y pide restricciones legales c o n t r a el m o n o p o l i o . Sin e m b a r g o , esto no r e c o n o c e a d e c u a d a m e n t e la í n t i m a r e t r o a l i m e n t a c i ó n e n t r e riqueza y p o d e r político, q u e limita el acceso de los p o b r e s al p r o c e s o político, que facilita la c o n c e n t r a c i ó n de r i q u e z a y q u e p r o m u e v e el d e s a r r o l l o de las diferencias de clase, que se h e r e d a n de p a d r e a hijo, c r e a n d o de facto las aristoc r a c i a s . La lección de la evolución social es q u e la intensificación creciente de la p r o d u c c i ó n y la integración de las c o m u n i d a d e s e c o n ó m i c a s llevan inevitablemente a u n a progresiva estratificación. Siempre se p u e d e e s p e r a r q u e las élites, c o m o personajes e m e r g e n t e s , u s e n su c o n t r o l sob r e los m e d i o s de p r o d u c c i ó n p a r a «quitar t o d a la n a t a de la p r o d u c c i ó n en c a s a y en el extranjero» (Engels, 1972: 225). S o l a m e n t e i n t r o d u c i e n d o controles políticos en el c o m p o r t a m i e n t o del m e r c a d o — m e d i a n t e salarios m í n i m o s , i m p u e s t o s progresivos, leyes a n t i t r u s t y a n t i c o r r u p c i ó n e i m p u e s t o s sobre la herencia— se p u e d e n c o n t e n e r las t e n d e n c i a s al crec i m i e n t o de las élites.

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De m a n e r a similar, h e m o s visto n u m e r o s a s p r u e b a s de que la evolución de la s o c i e d a d h u m a n a , c o m o evolución de la e c o n o m í a política, p r e c i s a de s o l u c i o n e s políticas p a r a p r e v e n i r la d e s t r u c c i ó n del m e d i o a m b i e n t e , que es r e s u l t a d o del a u m e n t o de la población. Incluso en las sociedades m á s p e q u e ñ a s surgen ocasiones, c o m o la del c h a m á n del antílope s h o s h o n e (caso 1), en las que se tienen que p o n e r restricciones a la libertad de los individuos p a r a explotar los r e c u r s o s c o m u n e s . Los proyectos g u b e r n a m e n t a l e s de reforestación del J a p ó n feudal (caso 15) y la dirección p o r p a r t e del jefe de las r u t a s migratorias de los rebaños entre los basseri (caso 14) ilustran la necesidad de restricciones a nivel de com u n i d a d sobre el c o m p o r t a m i e n t o individual, incluso antes de la revolución del libre m e r c a d o .

EL NUEVO ORDEN EMERGENTE

Después de la S e g u n d a Guerra Mundial, el n ú m e r o de entidades políticas independientes en el m u n d o dejó de disminuir. El enfoque colonial de expansión e c o n ó m i c a a través de la conquista se d e m o s t r ó innecesariamente costoso, c o m p a r a d o con las ventajas de la integración económica p o r m e d i o del m e r c a d o a u t o r r e g u l a d o r . En el clima político actual, las naciones p u e d e n conservar, al m e n o s , cierta i n d e p e n d e n c i a política respecto a los mayores poderes mundiales, aunque sean muy interdependientes de la economía m u n d i a l . El orden m u n d i a l emergente nos recuerda políticamente a los sistem a s de gran h o m b r e que integran las sociedades m á s complejas de grupo local. Ningún poder único puede reclamar la propiedad sobre todos los recursos de la región, a u n q u e los grupos locales m á s ricos tienen líderes m á s poderosos y m á s poder de trueque en sus relaciones con sus vecinos m e n o s ricos. Los grupos y sus líderes luchan por equilibrar su interés a corto plazo (como la a c u m u l a c i ó n de riqueza y la resolución de disputas mediante la guerra) con su interés a largo plazo (como el de construir lazos de confianza y utilizar los recursos de manera no destructiva). Se sirven de faroles, p o m p a y a u t o b o m b o en sus negociaciones públicas y en ocasiones continúan recurriendo a la guerra, la m a y o r parte de las veces estúpidamente, p a r a conseguir sus objetivos. Sin embargo, t a m b i é n reconocen que es en interés de su propio grupo que se establecen regiones de paz y cooperación, u n a estrategia política que parece caracterizar especialmente las políticas exteriores de las naciones democráticas ( E m b e r et al., 1992; R u m m e l , 1997). El c o m p r o m i s o entre el p r o p i o interés a corto plazo y a largo plazo r e s u m e la dialéctica entre libertad y responsabilidad, que ya es básica a nivel familiar. Los i n d i v i d u o s q u i e r e n l i b e r t a d p a r a utilizar los r e c u r s o s , puesto que se ven capaces de satisfacer las necesidades de sus p r o p i a s familias, pero reconocen que luchar contra los otros p o r los recursos es peligroso y que si intentaran p e r m a n e c e r completamente solos a b a n d o n a r í a n u n a de las mayores h e r r a m i e n t a s de la h u m a n i d a d p a r a la supervivencia, la actividad cooperativa del grupo.

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En un sentido m u y fundamental, a m e d i d a que la población crece la libertad se reduce. El planeta no crece, de m a n e r a q u e con m á s gente hay menos porción de m u n d o para cada u n o . Es cierto que la tecnología aumenta la disponibilidad de los recursos p a r a servir a los objetivos h u m a n o s , pero debido a que la ley de los r e n d i m i e n t o s decrecientes se aplica a la tecnología, los h u m a n o s deben trabajar m á s p a r a satisfacer sus necesidades a m e d i d a que el h á b i t a t se e n c u e n t r a m á s p o b l a d o . En el capítulo 1 hem o s visto que los datos sobre el reparto del t i e m p o m u e s t r a n un a u m e n t o general en la extensión de la j o r n a d a laboral a m e d i d a q u e los sistemas económicos evolucionan, desde los cazadores-recolectores a la agricultura extensiva y de ésta a la agricultura intensiva y al industrialismo. C o m o se halla implícito en n u e s t r o estudio de la domesticación de la h u m a n i d a d del capítulo 5, la evolución de la sociedad h u m a n a implica u n a p é r d i d a de libertad y la a c e p t a c i ó n de u n a m a y o r responsabilidad. Esto puede ser contrario a la impresión de que los residentes afortunados de las o p u l e n t a s d e m o c r a c i a s m o d e r n a s disfrutan del m a y o r g r a d o de libertad personal de la historia. No obstante, los límites de t i e m p o y espacio que se e x p e r i m e n t a n en las sociedades u r b a n a s grandes y la omnipresencia de las leyes que gobiernan u n a a m p l i a zona de los c o m p o r t a m i e n t o s individuales p a r a g a n a r acceso a los r e c u r s o s y p a r a d e t e r m i n a r c ó m o d e b e n usarse, son m u c h o m á s grandes a h o r a que en sociedades m e n o s populosas y m e n o s centralizadas. Como h e m o s visto, los h u m a n o s no h a n d a d o la bienvenida a la erosión progresiva de la a u t o n o m í a familiar, sino que, a lo largo del tiempo, se h a n visto arrollados p o r la circunscripción creciente y p o r las o p o r t u n i d a d e s p a r a el control. Los problemas planteados p o r el crecimiento de la población y el cambio tecnológico h a n r e q u e r i d o siempre cierto c o m p r o m i s o entre la libre solución de p r o b l e m a s individuales y los controles políticos b a s a d o s en la c o m u n i d a d . El m u n d o hoy en día está c a m b i a n d o m á s de lo que c a m b i ó en el p a s a d o . El o r d e n m u n d i a l e m e r g e n t e de la integración e c o n ó m i c a global, que los economistas liberales esperan que a n i m e las estructuras democráticas y de clase m e d i a del estado liberal, es en realidad un desarrollo m á s de la intensificación, la integración y la estratificación, que h a n car a c t e r i z a d o siempre a la evolución social. Ahora bien, la intensificación está m u y influida p o r los m e r c a d o s en c u a n t o a tecnología, trabajo y productos; la integración se e n c u e n t r a m a y o r i t a r i a m e n t e en forma de implicación en el m e r c a d o expansivo, y la estratificación e n c u e n t r a a las élites, cada vez m á s , en posiciones de gran riqueza comercial y p r o f u n d a m e n t e c o m p r o m e t i d a s con la financiación de las elecciones p a r a defender sus intereses especiales. Las l l a m a d a s imperfecciones en el m e r c a d o persisten t a n t o p o r q u e el m e r c a d o p o r sí m i s m o exacerba p r o b l e m a s tales c o m o la c o n t a m i n a c i ó n , que se d e b e n controlar m e d i a n t e la intervención del gobierno, c o m o p o r q u e el m e r c a d o en expansión crea las ocasiones de control q u e llevan a los monopolios, a la corrupción, a las guerras sobre los r e c u r s o s y a otras actividades q u e se sirven a sí m i s m a s , y q u e el o r d e n m u n d i a l emergente se afana —con esfuerzos heroicos, a u n q u e a m e n u d o sin éxito— p o r vencer.

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ÍNDICE DE TABLAS Y FIGURAS

Tablas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

Casos examinados en el libro Estaciones !kung Tendencias de desarrollo en el valle de Tehuacán Constituyentes del suelo machiguenga según la antigüedad de los huertos Reparto del tiempo machiguenga Comercio de los esquimales de la vertiente norte Kapanara (Papua-Nueva Guinea) Distribución del tiempo El tamaño de las comunidades y las entidades políticas en la perspectiva evolutiva Reparto del tiempo en Kali Loro

46 76 101 108 113 185 203 256 370

Figuras 1. Dos tipos de crecimiento de la población: naturaleza versus cultura 2. La población mundial y la ecuación del día del Juicio Final desde 1960 3. Modelo para la evolución de las sociedades humanas 4. Reciprocidad y distancia social 5. Patrón de asentamiento de los !kung 6. Patrón de asentamiento de los machiguenga 7. Patrón de asentamiento de los yanomami de la sierra 8. Patrón de asentamiento de los maring 9. Patrón de asentamiento de los enga centrales 10. Relaciones entre las diferentes fuentes de poder en las estrategias de poder de los jefes 11. Patrón de asentamiento de los isleños de las Trobriand 12. Estructura cónica del clan de un cacicazgo polinesio 13. Patrón de asentamiento de la China rural

20 23 39 57 81 103 162 191 229 263 279 292 357

ÍNDICE TEMÁTICO

En el índice, u n a «s» después de un n ú m e r o indica u n a referencia sep a r a d a en la siguiente página y u n a «ss» indica referencias separadas en las dos páginas siguientes. Un t e m a que se extienda por encima de las dos páginas se indica con un intervalo de n ú m e r o s de página, p o r ej., «57-59». Pássim se utiliza p a r a un grupo de referencias cercanas pero que no se hallan en u n a secuencia consecutiva. Abono compuesto, 358-359 Aclla, 336 Adena, 273 Administración, 277, 299, 300, 309, 321 Afganistán, 243, 248, 380 África, 11, 276. Véase también !kung Agregación, 92, 307; de cazadores-recolectores, 58, 59, 65, 72-73, 80, 216; estacional, 87-88; y ceremonial, 97-98, 195; de los grupos machiguenga, 119-121 Agresión, 152-153, 169, 174, 177-178, 188 Agricultores, 15, 16, 147; y competencia, 148-149; costes y beneficios de los, 151-152; y pastores, 273-274 Agricultura industrial, 109, 317 Agricultura, 18, 43, 100, 210-211, 277, 279; suelos tropicales y, 105-106; d i v e r s i d a d de cultivos y, 106; tala y quema, 107-110; y pastoreo, 149, 306; vida de poblado y, 151-152, yanomami, 158-161; itinerante, 193194; densidad de población y, 201, 202, turkana y, 204-206; enga centrales, 229-235; intensificación de, 242, 259-272, 296, 310, 316, 317, 338-339, 367-368, 374; entidades políticas y, 256, 258; y pastoreo, 273-274; en las islas Hawai, 296,

301-302, 303; medieval, 318-324; incaica, 329, 331, 334, 335, aparcería y, 346-347; Taitou, 358-359 Agua, 77, 87; densidad de población y, 74, 80, 82; patrones de caza y recolección y, 78-79 Aiel, 246 Ain Mallaha, 100 Akawe, 174 Alaska, 182-83, 188-189, 379-380. Ver también esquimales Alcance territorial: en grupos de nivel familiar, 43, 88, 95, 119, 126 Aldeas, 99, 100, 125, 196, 322; nivel familiar, 42, 43; machiguenga, 104, 118-119; uso de los recursos y, 111, 115; en el grupo local, 133, 134; yan o m a m i , 148, 157, turkana, 206, 207, 208, formación del grupo y, 232-233 Ali Kosh, 100 Alianzas, 40, 151, 168, 201, 322; grupo local, 134, 136, 144-145; yanomami 178, 179; enga centrales, 227, 240 Alimentos, 280, 311, 334, 347; cons u m o familiar de, 112, 115-116; compartir, 116-117, 124, 125, 151, 166, 184, 186; categorizar los, 157158, 161; distribución de, 176, 280281, 381, 387; disponibilidad de, 215-216; intercambio de, 224, 306;

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segregación sexual de los, 297-298; población urbana y, 343-344 Alimentos, obtención de: cazadoresrecolectores, 63-70, 78-80, 210, 306, 346; en el paleolítico inferior y medio, 91-93; intensificación de, 95, 96; entre los machiguenga, 104, 105, 110, 121; migración y, 123, 127, 183; entre los yanomami, 156158; entre los tsembaga maring, 192, 193; entre los indios de la costa noroeste, 214-216; en las islas Hawai, 296-297 Alimentos, producción de, 99, 100, 101, 146, 245, 264, 365; machiguenga, 102, 105, 112, en familias polígamas, 114; nganasan, 123-124; yan o m a m i , 158-161; excedentaria, 213, 265, 280, 281, 347; medieval, 321-322; economía de mercado y, 342, 343-344, 395; por parte de los aparceros brasileños, 346, 354 Almacenamiento—o almacenaje—, 100, 224, 272, 280, 313, 348, 389; páralos cazadores-recolectores de nivel doméstico, 43, 73, 90; de alimentos silvestres, 96, 215; de carne y grasa, 123, 185; y compartir comida, 124125, 147-148, 187; en la costa noroeste, 216, 217, 218, 221-222; inca, 335-336; alimentos y, 347, 375 Altamira, 94 Amazonas 38, 100; agricultura de tala y quema en el, 106-109. Ver también las distintas culturas Amistad, 72, 134, 307-308, 348-350, 375 Ancestros, casas de culto de los, 237 ANCSA, véase Ley de reclamaciones de los nativos de Alaska sobre el poblamiento Andes, 38, 96, 104, 326 Angola, 76 Angor, 207 Animales, 78, 92; domesticados, 52-53, 100, 121-123; uso por parte de los shoshone de, 58, 70-71, 72; Paleolítico superior y, 94-95; de tiro, 324, 359; cuidado de, 329. Ver también Rebaños, Ganado; Pastores, pastoreo; Ganaderos, ganadería

Antropología económica, 26, 37 Aparceros, 271, 341, 380-381; economía de los, 346-348, 394; organización social de los, 348-350; implicación en el m e r c a d o de los, 350-351; relaciones patrón-cliente y, 352-356 Araucanos, 154, 155 Arcaico, 95 Área de mercado oficial, 361 Áreas urbanas, 38, 248, 343-344, 347, 351 Aristocracia, véase Elite(s) Arriendo, 268, 271, 325, 344 Artesanos, 323. Ver también Especialistas Ascendencia, 136, 139, 145, 200, 235, 330 Asch, Timothy, 155, 167 Asia, 274. Ver también los distintos países; culturas Asociaciones voluntarias, 187 Atenas, estado de, 316-317 Australia, 69, 98 Autonomía, 213-214 Autoridad, líneas de, 117 Awi, 206 Ayllu, 330-331; jerarquías en el, 332333 Baile, 72, 134 Bali, 269-270 Ballenas, 183, 185, 215, 224 Ballenas, caza de, 147, 148, 181, 185, 187, 210, 211 Banda: patrilocal, 67, 97 Barbecho, 106, 107-109, 121, 192, 230, 271, 280, 296, 319, 329 Barcos balleneros, 135, 147 Basseri, 16, 259, 274, 276, 291, 304305, 379, 380, 390, 392, economía de los, 305-306, 393; organización social de los, 306-311 Batidas de conejos, 52, 58, 71, 72, 147 Benedict, Ruth, 13 Bienes, 195; intercambio de, 60, 146, 224, 287-289; como finanzas a partir de objetos de valor —riqueza—, 267-268 Bienes, 292, 337, 356; intercambio de, 35, 41, 286; de prestigio, 287

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Biología: evolucionista, 29-30 Bisaasi-teri, 158 Boa Ventura, 271, 344-345, 374, 380381, 394; organización social en, 348-350; relaciones patrón-cliente en, 351-356, 390 Boas, Franz, 13, 55 Bolivia, 336 Borde de la crisis, políticas al, 171 Boserup, E., 19, 107, 108, 109 Bosques: sagrados, 235 Botswana, 76, 83 Brasil, 153, 341, 393; aparceros en, 345, 346-356, 380-381 Brigadas: chinas, 364-367 Brujería, 168, 173 Burocracias, 44-45, 260, 327 Burocratización, 258, 310, 386 Cabecilla, 136 Calusa, 215, 273 Camarilla familiar, 71 Cambio social, 18, 102, 377-378, 382383 Campamento, 97, 101, 127, 246, 307; de nivel familiar, 42-43; shoshone, 72, 75; !kung, 74-80, 82, 83, 84, 85, 86-88; paleolítico medio, 92-93; paleolítico superior, 93-94 Campamento, grupos de, 42-43 Campesinos: en régimen de arriendo, véase Aparceros Campos de danzas, 134, 233, 235, 236, 282-283 Capacidad de sostén —o de acarreo—, 20, 21, 22, 24 Capataces, 299-304, 309 Capital, 313, 316, 329, 390-391, 392, 393-394; inversión de, 128, 221, 222, 248, 259, 272 Capitalismo, 354, 366, 391-392 Cargo(s):del liderazgo, 293; políticos, 333 Caribeño, 154, 155 Caribou, 183, 184. Ver también Reno Carne, 152, 157, 192, 305-306 Carroñear, 92 Categorías de edad, 149 Cautivos, 225. Ver también Esclavos Caza, 96, 104, 110, 153, 194-195,215, 222; en grupos de nivel familiar, 52,

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58; entre cazadores-recolectores, 64-65, 66; shoshone, 69, 70-72; Ikung, 75, 86-87, 89-90; durante el paleolítico inferior y medio, 91-92; durante el paleolítico superior, 93, 94-95; nganasan, 100, 121-126, 127, 128; grupos locales y, 147, 148, 210, 211; yanomami, 154, 157-158; esquimales, 183,184 Cazadores-recolectores, caza y recolección, 11, 16, 18, 54, 100-101, 296; g r u p o s de nivel familiar y, 42-43, 49-52, 58-60, 147; obtención de alimentos y, 63-65; organización social de, 65-66, 97-98; s h o s h o n e c o m o , 67-74; !kung como, 74-90; paleolítico inferior y medio, 91-93; paleolítico superior, 93-94; domesticación y, 100-101; grupos locales y, 133-134; densidad de la población de los, 135, 215; de los yanomami, 155-158; entidades políticas regionales y, 256, 272-273 Ceará, 345 Centralización, 311-313, 319, 320, 379 Cerdos, 145, 200, 359; tsembaga maringy, 192-193, 194-195; engácenteles, 229-233 Ceremonia kaiko, 195, 197, 199, 200, 201, 211 Ceremonial, ceremonias, 43, 97-98, 134, 141, 148, 233, 235, 330; en los grupos locales, 43-44, 144-145; en las entidades políticas regionales, 44, 269-270, entre los cazadoresrecolectores, 66-67, 72; en el paleolítico superior, 94-95; del grupo local, 133-136, 210, 211; coste de, 144-145; agrupación y, 195-196; clanes y, 197-198, 236-237, guerra y, 199-201; competencia en, 211, 224, gran hombre y, 213, 241; en la costa noroeste, 220, 222-223; intercambio en, 240, 242, 287-289, 372; entidades políticas regionales y, 260, 262, 265-266, 273; en las islas Trobriand, 283, 287-289 Ceremonias Makahiki, 301 Cerveza, fiesta de la, 118, 119 Chamán del antílope, 71, 398

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Chamanismo, Chamanes, 52, 71, 220, 349 Chan Chan, 328 Checoslovaquia, 93 Childe, V. Gordon, 14, 18 Chimbu, 231 Chimu, 328, 335, 338 China, 243, 257, 274, 317, 380, 386, 392; y el Japón medieval, 318; poblados campesinos en, 341, 356365; socialismo en, 365-367, 390 Chumash, 272-273 Ciudades, 361 Clanes, 141, 210, 220, 238, 239, 240, 242; maring, 182, 197-198, 201; enga centrales, 235-236, 239, 240; sistemas de gran h o m b r e y, 236238; cónicos, 292, 293, 301 Clases, 225, 294, 316, 342; en las entidades políticas regionales, 260, 294; relaciones patrón-cliente y, 353 Clovis, Seu, 352-356 Coca, 332, 337 Cochabamba, valle de, 336 Cole, S.: The Neolithic Revolution, 137 Colectividades intergrupales, 218, 226, 249, enga centrales como, 238-243 Colectividades, 145, 149 Colectivización, 128 Colonialismo, 398 Comensalidad, 151. Ver también, Comida, compartir Comercio, 85, 112, 195, 297, 325, 392, a larga distancia, 41, 278; en los cazadores-recolectores de nivel doméstico, 70, 75; kirguis, 149-151, 245, 248; yanomami, 163, 166; esquimales, 181-187; en la costa noroeste, 218, 224, 226-227, enga central, 231-232, entidades políticas regionales y, 258-259; isleños de las Trobriand, 278, 281, 287-290; en las jefaturas, 311, 313; finanzas estatales y, 316-317; libre mercado y, 384-385, 395-396 Compartir, 50, 99; reciprocidad y, 55, 58, 115, 126; entre los cazadoresrecolectores, 66, 73, 86-87, 90; alim e n t o s , 116-117, 125, 148, 151, 166, 184, 186 Competencia, 34, 236, 271; por los re-

cursos, 23, 40, 149, 152-153, 201202, 210; en las jefaturas, 44, en la caza y recolección, 58-60; intensificación económica y, 139-140; festivales y, 187-188; ceremonial, 211, 222-225; por la tierra, 231, 310; por el gobierno, 285-286, 294; y poder político, 288-289, 333-334 Complejo de supremacía masculina, 140 Comunidades, 40, 138, 350, medievales, 322-323, incaicas, 330-331, 332, 338, archipiélago, 331; tenencia de la tierra y, 334-335; mecanismos niveladores en, 372-373 Comunidades, relaciones entre, 43 Confederaciones, 227 Conflicto, teorías del, 316 Conquista, 272, 292; inca, 327-338 Consumo, 146, 387 Contratos diádicos, 343, 375, 384 Contribuciones: obligatorias, 235-236, 266 Control, 339, 397-398 Cooperación, 30, 115, 125, 135, 210, 219, 398; caza, 123, 184; en la caza y recolección, 58-60; líneas de autoridad y, 117-118; entre familias, 118-119; entre los esquimales, 187 Cordillera de Guiana, 153-155 Corporatividad, 267 Corral(es), 135, 246 Cosechas de tubérculos, 110. Ver también según el tipo Cosechas entremezcladas, 106 Crecimiento de la población, 12, 20 (figs.), 37, 93, 96, 101, 110, 301, 320, 379, 381, 397, 399; causas del, 17; economía y, 32-33, 146; impactos de, 21-24, y recursos, 24-25; y tecnología, 39, 378; uso de los recursos, comercio y, 40-42; entre los !kung, 82-83; intensificación y, 181, 324; guerra y, 239-40, 269; en las islas Hawai, 302-303; sociedades medievales y, 321, 323-324; entre los incas, 327, 338; en Java, 367-368 Crítica antimercado, 382-383, 388-389; economía sustantivista en la, 385386, 389-390; y ecología política 386-388, 391-392

ÍNDICE TEMÁTICO

Cultivos, 106-107, 120, 193, 324, 351, 375; múltiples, 358-359; rotación de, 319, 358-359; vigilantes de los, 364. Ver también Agricultura Culto, lugares de, 300, 303, 334 Cumbi, 336 Curaca, 332, 337 Cuzco, 333 Dala, 283; matrimonio entre, 285-286; prestigio social y, 286-287, 289 Defensa, 151, 156, 196, 210; territorial, 181-182, 239, 285; localización del asentamiento p a r a la, 326-327 Deficiencia calórica, 64, 82 Deforestación, 121, 230, 303, 354 Densidad de población, 51, 135, 146, 155, 204, 209, 215, 305, 310-312, 339, 373; y caza y recolección, 61, 63-64, 69; y organización social, 7374, 179, 201; entre los !Kung, 80, 82, 87-88; y territorialidad, 95, 182; entre los machiguenga, 102, 104105, 120-121; y nutrición, 109-111; entre los nganasan, 122-123; poblados agrícolas y, 151-152; recursos y, 168, 210; entre los maring, 191,"200; entre los enga, 227, 228230; entidades políticas regionales y, 259, 273; en las islas Trobriand, 278-280; en las islas Hawai, 295296; entre los incas, 327-329; en Ceará, 345-346 Dependencia: rituales de, 324-325 Descendencia, grupos de, 292, 294-295; véase también Ancestros; Grupos de parentesco corporativos; Linajes Desierto, cultura del, 95 Deuda, 142-143, 349 Dinamarca, 36, 262, 318 Dinero, 389, 393. Ver también Capital; Moneda Dispersión: y caza y recolección competitiva, 58, 65, 80, 195, 216, 307 Distribución, 339, 395 División del trabajo: sexual, 50, 52, 113, 118, 140, 221, 233, 261, 330, 348, 360, 363; a nivel familiar, 65, 112, 114, 330; entre los nganasan, 123, 126; entre los tsembaga maring, 193, 196; entre los turkana, 205; en

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la costa noroeste, 219-220; entre los kirguises, 246-247; en las islas Hawai, 297-298; en Java, 369-371 Dobe, 76-78, 80-82 Dobu, 282, 287 Dolni Vestonice, 93 Donación de regalos, 146, 208, 281, 344, 384; obligaciones y, 55-56, 375, yanomami, 166; competitiva, 222224 Dordoña, 92-93 Domesticación, domesticados, 61, 99, 102, 133; cambio hacia la, 96, 100101; animal, 121; de la especie humana, 136-139, 399. Ver también Agricultura; Pastoreo, pastores Drenaje, sistemas de, 296, 321, 329 Ecología, 17, 193; humana, 31; y economía, 32; política, 36-38, 383-392; cultural, 110, 315; y libre mercado, 394 Economía de subsistencia, 32-34, 36, 40; y economía política, 38, 378, y grupos de nivel familiar, 42-43; y grupos locales, 43-44; inca, 327329, 338; de Taitou, 358-360; en Kali Loro, 367-371; principio de mercado y, 384-385. Ver también Economía Economía—disciplina—, 382-383; sustantiva, 385-386, 389 Economía liberal, 382 Economía, 18, 101, 243, 276, 277, 310311, 317; de prestigio, 15, 135, 144; definición, 32; subsistencia, 32-34, 61, 95-96, 139; política, 34-38; participación en la, 38; en el nivel doméstico, 50, 59-60, 99, 128-129; en la gran cuenca shoshone, 68-70; !kung, 75, 76-85, 90; machiguenga, 104-111; nganasan, 121-125, intensificación de la, 139-140, 209, 249250; ceremonial y, 145-146; yanomami, 154-163; esquimal, 182-186, 189, tsembaga maring, 192-195; turkana, 203-205; grupo local, 209-211; indios de la costa noroeste, 214-218, 219-220; enga centrales, 229-231; entidades políticas regionales y, 256, 263-268; relaciones de poder y, 262,

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

290; campesina, 271, 341-345; isleños de las Trobriand, 280, 281-282; isleños de las Hawai, 295-297, 301; basseri, 305-306; campesinos brasileños, 345-348, socialista china, 364-366. Véase también Economía política, Economía de subsistencia Economía política, 34-36, 98, 378, 397; apoyo para la, 36-38; participación en la, 37-38; en la costa noroeste, 219-220, 225; gran hombre y, 221222, 226, 241; relaciones de poder en la, 261-263; en las islas Hawai, 304-305; inca, 327, 332-337. Ver también Economía Ecuación del día del Juicio Final, 19, 21-23, 33, 382 Edad Media, 318; Alta, 321-323; Baja, 323-326 Edad: y división del trabajo, 196, 206, 233,247,330 Egipto, 317 Ejército de Liberación Popular, 365, 381 Ejército, militares, 262, 268-269, 303, 315,336,378 Ejércitos, 45, 325. Ver también Ejército; Guerreros Elite(s), 98, 189, 267, 294, 316; y economía política, 34-37; en las entidades políticas regionales, 44-45, 260; de la costa noroeste, 219, 221-225; riqueza y, 247, 397-398; y entidades políticas regionales, 262-263; economías campesinas y, 271, 343, 375-376; en las jefaturas, 275-277, 294; ayllu, 332-333; competencia entre, 332-334; en el sertao, 346, 352; ciudades mercado chinas y, 361-362; utilización del comercio por parte de las, 392-393 'Elota, 242 Emblemas, 148, 221 Empalizadas, 134 Emparejamiento, parejas, 29; guerra y, 153, 172, 175. Ver también Matrimonio Energía, captación de, 14-15, 264-265 Enfermedades, 121, 152, 155, 168 Enga, 227. Ver también Enga centrales

Enga centrales, 135, 147, 214, 227-228; guerra entre los, 139, 149, 251; densidad de población de los, 228-230, economía de los, 230-231; organización social de los, 232-243, 249; liderazgo y, 250-251 Engels, Friedrich, 12, 17 Entidades políticas regionales, 42, 44-45, 255-256, 281; poblados en las, 257-258; características de las, 258-260; relaciones de poder en las, 262-263; economía y, 264-268; ejército y, 268-269; ideología y, 269-270, cazadores-recolectores y, 272-273; pastores y, 273-274; isleños de las Trobriand como, 283-289. Ver también Jefaturas, Estado(s) E n v e n e n a m i e n t o de los peces, 58, 117-118 Esclavos, 225, 227, 336 Espaciado de nacimientos, 64, 83 España, 94 Especialistas, 259, 281-282, en las colectividades de g r a n h o m b r e , 221-222; artesanos y en otros trabajos, 336-337; en las plantaciones del sertao, 346, 350; en Taitou, 361-362 Esquimales de la costa, 181 Esquimales, 65-66, 94, 147, 210, 384, 393; intensificación entre los, 39-40, 211; economía de los, 182-186, 209; organización social de, 186-188; Gobierno de los EUA y, 189, 391; cambio socioeconómico y, 379-380, 390. Ver también Nunamiut; Tareumiut Estacionalidad, 68, 71, 76-77, 123-124, 220 Estado micénico, 316-317 Estado(s), 41, 45, 260, 304, 392, mercados y, 266-267, 388-389; financiación, 267, 328, «teatro», 269-270; arcaico, 315-340; agrario, 341-376, 378, liberal, 381-382; y el orden mundial emergente, 398-399 Estados industriales, 257 Estados Unidos, 379-380, 382, 392. Ver también Alaska Estratificación, 16-17, 52, 96, 98, 211, 225, 273, 276, 310, 312-313, 339;

ÍNDICE TEMÁTICO

de los kirguises, 247-248, de la producción, 259, 264; en las entidades políticas regionales, 260, 262-263; de las jefaturas hawaianas, 294, 303; de la producción, 301-302; en las comunidades campesinas, 359-360 Etnocentrismo, 13, 25-27 Europa, 107, 271, 274, 392; medieval, 257-258. Ver también Francia Evolución: direccional, 12-13; unilineal y multilineal, 14, 15-17, 181, 316; cultural, 264-265; social, 396-399 Evolución multilineal, 15-17 Evolución social, 36-37; y libre mercado, 396-399 Exclusión competitiva, 154-155 Exhibición, 288-289 Extraños, 258, 307 Familia, familias, 37, 49, 58, 85, 97, 171, 184, 209, 246, 330, economía de subsistencia y, 34-36, 59-60; uso de los recursos y, 40, 140, 399; obtención de alimentos y, 65-66, 71; shoshone, 67-68; nganasan, 122127; en los grupos locales, 133, 135, 146; extensas, 163-166; esquimales, 186, 189; sistemas de gran hombre y, 213-214; en la costa noroeste, 216, 218; en las islas Trobriand, 283-284; basseri, 306-307; en el sertáo, 346, 348; en Taitou, 360, 362364, 381; javanesas, 368, 371-372; como trabajo mancomunado, 373374; acceso a los recursos en las, 389-390 Familias —o unidades domésticas—, 36, 40, 141, 206, 246, 367; en grupos de nivel familiar, 42, 99; fondo de subsistencia de las, 59-60; obtención de comida y, 66, 70, 183184; p r o d u c c i ó n de alimentos y, 112, 115-116; organización del trabajo en las, 114-115; distribución de recursos y, 116-117; cooperación entre, 117-119; nganasan, 124-126; y a n o m a m i , 163-165; n u n a m i u t , 183-184; t s e m b a g a maring, 196, 201; en la costa noroeste, 219-220; enga centrales, 233-234; y entidades políticas regionales, 260-261,

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266; en las islas Trobriand, 281, 282-284; intercambio entre, 298-299; basseri, 306-307; incas, 330, 333; en las sociedades campesinas, 343344, 360-369, en el sertdo, 347-350; y producción p a r a el mercado, 360-361; en Taitou, 362-363, en Java, 369-372 Fars, provincia de, 305 Fazenda, 341; economía en la, 345-348, 350; propietarios en la, 351-353 Fertilidad, 64, 83 Fertilizante, 245-246, 324, 358-359 Festín del mensajero, 187-188 Festines, celebración de banquetes, 145, 148, 222, 271, 323: shoshone, 72-73; cerveza, 118-119; yanomami, 152, 157-158, 166; traicioneros, 170-171, 177, 225; liderazgo y, 171-173; tareumiut, 187-188. Ver también Ceremonial, ceremonias; Potlatch Festival bullicioso, 12-1A Feudalismo, 318, 342-343, 354, 379, 392; en la Baja Edad Media, 323-326 Feudos: medievales, 322-323 Finanzas, 327; para las entidades políticas regionales, 267-268; en las jefaturas, 276, 293; de los productos básicos, 316-317, 335; del estado, 328, 340; del trabajo, 336-339; de los productos básicos versus bienes de valor —o riqueza—, 342, 384 Finanzas de los productos básicos, 267, 316,384 Florida, 215, 273 Forajidos, 38, 364 Ford Motor Company, 109 Fordlandia, 109 Formalismo, 27-29 Fragmentación: y jefaturas, 293-294 Francia: paleolítico medio, 92-93; paleolítico superior, 93-94; medieval, 317-326, 342, 392 Fried, M., 16-17, 38, 42 Fronteras internacionales, 247; e intensificación, 243-245, 380 Fusiwe, 177 Ganaderos, ganadería, 15-16, 83, 205; organización social de, 147, 149,

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

210; basseri, 307, 393. Ver también Pastores, pastoreo Ganado, 319, 369; i n t e r c a m b i o de, 206-209 Gangtouzangjia, 365-366, 390 General, el, 352-353 Género, 29-30, 55, 260, 333; en los grupos de nivel familiar, 51-52; división del t r a b a j o y, 112-113, 123, 140-141, 196, 233, 246-247, 283-284, 330; s e g r e g a c i ó n por, 197, 234-235, 237, 297-298; papeles de los javaneses en cuanto al, 369-371 Gente —del— c o m ú n , 264, 277; en Hawai, 294, 301-302, trabajo obligatorio de, 334 Gift, The (Mauss), 55-56 Gobernantes carolingios, 319 Gobernantes merovingios, 319 Gobierno, 18; papel del, 385-386, 390, 398. Ver también Burocracia; Estado(s) Gobierno autoritario, 320 Gods Must Be Crazy, The (película), 90 Gorow, 246 Gran Cuenca: shoshone en la, 67-74 Gran h o m b r e , sistemas de, 11, 16, 41-44, 220, 243, 251, 278, 286, 294, 311, 398; en los grupos locales, 136, 144; características de los, 213-214; en la costa noroeste, 219, 225-226; responsabilidades en los, 221-224, 240-241; comercio de pieles y, 226-227; clanes y, 236-238; enga centrales, 240-241; economía política de los, 241, intensificación y, 250, 272 Granjas, 206-207, 232, 322, 355 Grupo de investigación de Kalahari, 76 Grupo de nivel familiar, 41-43 Grupo(s) local (es), 25, 292; acéfalo, 42-44; patrones de asentamiento de los, 133-134; características del, 134-136; guerra y, 139-140, 167-179; división de género en los, 140-141; parentesco y reciprocidad en los, 141-143; liderazgo en los, 143-144; economía prestigio en los, 144-145; economía de subsistencia de los, 154-163; yanomami como, 163-167,

esquimales como, 186-188; tsembaga maring como, 195-203; enga centrales como, 232-243; kirguises como, 246-249 Grupo, formación del, 66-67 Grupos de parentesco corporativos, 58, 134, 182, 209-210, 236, 284, 374; pertenencia a, 141-143; acceso a la tierra y, 148, 197-198,201,210-211; incas, 330-331 Grupos domésticos, 218-219, 221 Grupos étnicos, 316, 332, 334 Grupos suprafamiliares, 71-73, 86, 209-211, 225-226 Guerra, 11, 51, 84, 98-99, 181, 208, 222, 251, 272, 313, 319, 327, 329, 389; evolución social y, 18-19; jefaturas y, 25, 44, 300, intensificación y, 40, 242; en el grupo local, 43, 135, 139-140, 145, 148-149, 211; cazadores-recolectores de nivel familiar y, 70, 73; y reproducción, 152-153; yanomami, 155-156, 159-160, 164, 167-173; causas próximas de la, 173-176; causas últimas de la, 175-179; maring, 195200; en la costa noroeste, 217-218, 225; enga centrales, 231, 239-241; entidades políticas regionales y, 259, 262, 268-269; en las islas Trobriand, 281, 285; en las islas Hawai, 300, 304; control de la, 338, mercado y, 391-393 Guerra, jefes de la, 333 Guerra, señores de la, 322 Guerreros, 222, 240, 262, 274, 320, 322 Gul, Haji Rahman, 248-249 /Gwi, 84 Hagen, sierra de, 227 Haití, 343 Halawa, valle de, 303 Hambre —hambruna—, 64, 69, 124126, 158, 185, 215-216, 280, 322 Harris, Marvin, 23, 265-266 Hatun Xauxa, 335 Hawai (isla de), 294-295, 298 Heian, periodo, 319 Heiau, 303 Herero, 83, 90 Heterarquías, 275-276

ÍNDICE TEMÁTICO

Homicidio, 174, 184, 221; en grupos de nivel familiar, 42, 51, 84, 99, 111; y a n o m a m i , 168, 170; pagos por, 240-241 Horticultura, 16, 42-43, 51, 139, 197; grupos de nivel familiar y, 52-53; en la selva tropical, 110-111; mujeres y, 140-141; y ciclo de barbecho largo, 192-193, 230; turkana, 204-206. Ver también Agricultura Hsinanchen, 361-362 Huertos, 120-121, 346; cultivos entremezclados en, 106-107; tala y quema y, 108-110; yanomami, 158161; tsembaga maring, 193-194; turkana, 204-205; enga centrales, 230-233; de los isleños de las Trobriand, 280, 281 Identidad cultural, 52 Ideología: entidades políticas regionales y, 262-263, 269-270 Imperios, 45; medievales, 318-319; inca, 326-339 Imposición —tributaria—, 293, 327 Incas, 104, 257-258, 317; economía política de los, 37-38, 333-337; finanzas a partir de los productos básicos de los, 267, 316; en el valle de Mantara, 326-327; integración política y social de los, 327328; economía de subsistencia de los, 328-329; organización social de los, 329-333; éxito imperial de los, 337-339 Incesto, normas sobre el, 142 India, 317, 343 Indios de la costa noroeste, 16, 66, 94, 100, 135, 147-148, 214, 251, 272, ceremonial de los, 98, 145, 222-223; economía de los, 214-218, 250, 392; organización social de los, 218-227, 249; inversiones de capital y, 392-394 Industria del petróleo, 189, 380, 393 Infanticidio, 64, 83 Ingresos, 222, 336, 372; en las economías políticas, 35-36; en efectivo, 120, 361 Inmigración, 197, 379 Instituciones sociales, 138-139

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Integración política, 52, 135, 227, 259260, 338 Integración, 96-97, 209, 310-312, 327, 334; niveles de, 44-46; a través del potlatch, 224-225; a través de las jefaturas, 275-276, 301-302, formación estatal y, 315-316, 339, mercado mundial, 396, 399 Integración, teorías de la, 315-316 Intensificación, 93, 96, 209, 211, 231, 250, 259, 312, 319, 326, 393, 397, 399; factores en, 39-41; cambio económico y, 61, 95; agrícola, 107, 271-272, 296, 310, 317, 321-322, 329, 339, 367-368, 374; agrupación de la población y 119-121; económica, 139-140, 327; cambio social y, 146-147; guerra y, 148, 242; crecimiento de la población, 181, 324; en el pastoreo, 244-245; de la producción, 261, 344; relaciones de poder y, 262; en las jefaturas, 276, 311; mercado y, 391, 395-396 Intercambio hxaro, 58 Intercambio, 27, 60, 126, 143, 186, 195, 199, 218, 246, 325, 329, 343, 349, 384; en el sistema de gran hombre, 43, 227; y reciprocidad, 56-58; entre cazadores-recolectores, 66, 72, 76, 87; en el grupo local, 134, 136; ceremonial, 145-146, 223-224, 237, 240, 242, 287-289, 372; de ganado, 206-208; enga centrales, 227, 240; en las islas Trobriand, 281, 285, 286; en las islas Hawai, 298-299 Intercambio tee, 237, 238, 240, 241 Intrigas sexuales, 152, 186 Inversión: y economía política, 35-37; de capital, 393 Iñupiat, 189 Irán, 100, 305, 309, 310, 379, 380, 392, como nación-estado, 311 Irrigación, sistemas de irrigación, 36, 259, 264, 321, 329, 369; shoshone, 69, 74; de pastos, 244-245, 248; en las islas Hawai, 296-303 Islas Hawai, 36; jefaturas en las, 258, 262, 276, 291-295; economía de las, 295-297, 311; organización social de las, 297-299; jerarquías de jefes en las, 299-300, instituciones reli-

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

giosas en las, 300-301; integración regional en las, 301-302; prehistoria de las, 302-303; impacto europeo en las, 303-304 Islas Salomón, 242 Islas Sociedad, 302 Israel, 100 Jajmani, 343 Japón, 379; medieval, 257, 258, 317-326, 342, 392, 398 Jari, 109 Java, 257, 269; poblados campesinos en, 341, 342, 367-374, 375 Jefaturas, 16, 37, 42, 255-260, 263 (fig.), 264, 266, 311-313, 378; guerra y, 2425, 44, 272, 285; formación de las, 44, 262; financiación de las, 267, 268; tipos de, 275-276; desarrollo de, 276-277; de las Islas Trobriand, 277-289; polinesias, 291-294; hawaianas, 294-304; basseri, 304-305, 306-311; medieval 318, 323; y estado inca, 326-327, 333-334 Jefes, 213, 271, 278, 298, 312-313, 333; en la costa noroeste, 218, 220-221, 225-226; en las jerarquías, 275-276; y organización de poblado, 282-283; competencia política entre, 285-286, 287-289; prestigio social de los, 286-287; y gestión del riesgo, 289-290; grupos de descendencia de los, 294-295; j e r a r q u í a s de, 299-300; instituciones religiosas y, 300-301; poder político de, 303-304 Jefes de la comunidad, 299-300 Jefes supremos: hawaianos, 299-304; basseri, 304-305, 308, 309 Jerarquías, 259, 292, 378; compartir alimentos y, 116-117; entidades políticas regionales y, 257-258; función de las, 275-276; p a t r ó n de asentamiento y, 283, 285; poblado y, 286-287; de jefes, 300; ayllu, 332-333; ciudad mercado china y, 361 Jimi, valle de, 190 Juegos de útiles: paleolítico medio, 92 ?Kade, 77, 78, 82 Kaho'olawe, 303

Kalahari, 76-77, 80, 90 Kali Loro, 257, 259, 269; economía de subsistencia en, 367-371; organización social en, 371-374, 375 Kamehameha, 304 Kapanara, 202, 203 Kauái, 294, 295 Kawich, shoshone de la montaña, 73 Kenia, 202-204 Khan, 245, 380 Khipu, 335 Khoisan, 11, 75, 76, 89 Kirguises, 147, 149, 213, 214, 380, 392; economía de los, 243-245, 250; organización social de los, 246-248; cambio moderno y, 248-249 Kiriwina, 281 Komba, 194 Kroeber, Alfred, 13 Ku, 301 Kuh-i-BuI, 305 Kuikuru, 109 Kula, 11, 26, 289; como finanzas a partir de la riqueza, 267; participación en el, 287-289 !Kung, 58, 60, 95, 97-98, 147, 169; obtención de alimentos por parte de los, 64, 77-80; organización social de los, 65, 75-76, 85-90; estudios antropológicos sobre los, 74-75; patrones de asentamiento de los, 80-82; crecimiento de población de los, 82-83; tecnología de los, 83-84 Kwakiutl, 215-220 Labra de la madera: en la costa noroeste, 216-217 Langosta, pesqueras de, 396 Lar, 305 Lascaux, 94 Leibig, ley del mínimo, 24, 271 Levante, 96 Ley de reclamaciones de los nativos de Alaska sobre el p o b l a m i e n t o (ANCSA), 188-189 Ley de rendimientos decrecientes, 19 Ley del mínimo, 24 Ley, 12, 13, 45 Libertad, 398, 399 Libre m e r c a d o , teoría del, 383-385

ÍNDICE TEMÁTICO

Líder(es), liderazgo, 17, 23, 94, 198, 245, 263-264, 277, 284, 300, 303, 312, 322, 364; economía política y, 38; intensificación y, 40, 397; en los grupos de nivel familiar, 43, 52; entre cazadores-recolectores, 66-67, 71, 72, 73, 89-90; actividades cooperativas y, 117; control de los recursos y, 126; en los grupos locales, 135, 136, 141-144, 210, festines y, 172; tareumiut, 181, 187, 188; autonomía de los, 213, en los grupos domésticos de la costa noroeste, 218-219; entre los enga centrales, 227, 237-238, 242-243; necesidades para el, 250-251; intensificación y, 270-273; en las islas Trobriand, 286287, participación ceremonial y, 287-289; cargos del, 293; en la Polinesia, 292-293; intercambio y, 325-326. Ver también Sistemas de gran hombre; Jefaturas Linajes, 141, 149, 164, 165, 197, 218, 220, 235, 291-292, 294 Llamas, 329 Llantén, 160, 161, 166 Lori, 207 Lowie, Robert, 13 Lucha de bastones, 152, 169 Lucha: yanomami, 152, 169 Ludwig, Daniel, 109 MacNeish, Robert, 101 Machiguenga, 16, 38, 58, 99, 100, 103 (fig.), 113 (tabla), 147, 148, 158, 161, 169, 175, 201, 202, 379, 390-396; organización social de los, 102, 112-121; economía de los, 104-111; agrupación de los, 119-121 Madalena, 355 Mae enga, 227-228, 234, 235, 236, 239, 250. Ver también enga centrales Magia, magos, 281, 284 Mahekototeri, 176 Maine, H., 12 Maíz, 107, 109, 328-329 Malas hierbas, 108-109 Malo, David, 312 Malthus, Thomas, 18 Man the Hunter (Lee and DeVore), 59 Mana, 298

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Mantara, valle de, 331, 337; patrón de asentamiento en el, 326-327; densidad de población del, 328; almacenaje en el, 335 Manufactura, 325 Marco Polo, 243 Maring, 189-190, 202; densidad de población de los, 191-192, 209; clanes, 197; ciclos ceremoniales, 199-201. Ver también tsembaga maring Marquesas, 293, 302 Marx, Karl, 12, 17, 393 Marxismo, Marxistas, 29, 34, 39, 386, 393 Materialismo, 28-29, 34 Matrimonio, 29, 87, 198, 235, 294, 307, 362, 376; normas shoshone de, 73, 74; en los grupos locales, 135; grupos de descendencia y, 142-143; y rapto, 175; propiedad de la tierra y, 233-234, 372; entidades políticas regionales y, 261, 284-286 Matrimonios mixtos, 66, 164, 284 Maui, 294, 303 Mauss, M., 58; The Gift, 55, 56 Mead, Margaret, 13 Mecanismos niveladores: en la estructura de la comunidad, 372-373 Medio ambiente(s), 15, 19, 24, 37, 96, 104, 121, 250, 345; y sociedades de nivel familiar, 5 1 , 102; y explotación de recursos, 60-61; y economía, 68-70; en el Kalahari, 76-77; de los grupos locales, 134; humanizado, 137; intensificación de la producción y, 146; de las cordilleras de Guiana, 153-154; de la vertiente norte, 182-183, de Nueva Guinea, 190-192, 228; para las entidades políticas regionales, 258-259; de las islas Trobriand, 278, 281-282; de las islas H a w a i 295, 296-297, 303; de los Andes, 328-329, libre mercado y, 383, 387, 394 Mediterráneo, 316-317 Melanesia, 11, 286, 384 Mercado(s), 128, 324, 379, 391; poblaciones urbanas y, 248, 343-344; estados y, 266-267; campesinos y, 342-343, 374-375; aparceros brasi-

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

leños y, 350-351; campesinos Taitou y 360-361; elites y, 361-362; autoregulado, libre, 381-387; y vínculos sociales, 382-383; como resolvente de, 388; y guerra, 392; uso de los recursos y, 392-395; deficiencias de recursos y 395-396; y evolución social, 396-399 Mercado, principio de, 384 Mercantilismo, 257, 316-317 Mesoamérica, 100, 101-102, 107 Mesolítico, 95 Mesopotamia, 316 Metales, 333, 337 México, 317, 348-349, 392 Migración: obtención de alimentos y, 122-128, 183; y a n o m a m i , 155, 177-178; kirguis, 248-249, 380 Migración estacional, 71, 123, 216, 244-245 Migraciones de salmónidos, 215, 216 Minería, 337, 393 Mishimishimabowei, 176 Misisipí, 275 Miskito, 396 Mita, 334, 336 Mitmas, 336 Mitología: yanomami, 178 Moche, 338 Modernización: en Brasil, 354-356 Modo de producción doméstico, 234 Molinos del papel, 109 Molokai, 303 Moneda, 268, 317, 335, 343-344 Mongoles, 274 Mongongo, fruto del, 77, 78, 79, 85 Moniatos —o boniatos—, 229-230, 231, 242, 359 Monopolios, 336-337 Morgan, Lewis Henry, 12, 315 Motivación económica, 15, 28 Motivación: económica, 28; biológica, 29-30 Mucahit, 245 Nación-estado: iranio, 311 Namibia, 76 NamoeterL 165, 167, 176, 177 Negara, 269 Negro, río, 153, 154 Neolithic Revolution,The (Cole),

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Nganasan, 16, 99, 100, 121, 147, 393; economía de los, 122-125, 379; organización social de los, 125-128 Niihau, 295 Niños, 348, espaciado, 64, 82; trabajo de los, 114, 196, 206, 233, 247; yanomami, 163; como fuerza de trabajo, 368,373 Nómadas: reno, 121-128, tradiciones guerreras y, 149, 274; kirguises como, 243-244 Núcleo cultural, 82 Nueva Guinea, 140-141, 194, 213, 227, 242, 250, 278, ceremonial en, 144145, 200-201; medio ambiente de, 190-192; densidad de población en, 228-229. Ver también Enga centrales; Tsembaga maring Nueva Zelanda, 61 Numayma, 220 Nunamiut, 147, 182, 188; economía de los, 183-184; comercio de los, 185-187 Nutrición, 110-111, 121, 205, 231. Ver también Proteína Nyae Nyae, 77 Ñames: uso, en las islas Trobriand, de los, 265, 280-286 Oahu, 294, 304 Obligaciones: y entrega de regalos, 5556; de liderazgo, 293; de amistad, 349, 375 Oferta y demanda, 384-385, 395 Olduvai, barranco de, 91 Olmeca, 275 Olorgesailie, 91 Omarakana, 285 Opio, guerra del, 392 Orden mundial: respuesta gubernamental al, 398-399 Organización por encima del poblado, 218 Organización social, 16, 100, 135, 259; de los cazadores-recolectores, 65-66; shoshone, 67-68, 70-74; !kung, 85-90; en el paleolítico inferior y medio, 92; en el paleolítico superior, 94-95; integración en la, 96; machiguenga, 102-103, 112-121;

ÍNDICE TEMÁTICO

nganasan, 125-129; yanornami, 163167; esquimales, 186-188; tsembaga maring, 195-202; turkana, 206-209; en la costa noroeste, 218-227; enga central, 232-243; kirguis, 246-248; en las islas Trobriand, 282-289; en las islas Hawai, 297-299; inca, 329333, de los aparceros brasileños, 348-350; en Taitou, 360-364; en Kali Loro, 371-374 Oriente medio, 100-101, 264, 317, 384 Orinoco, Río, 153 Oulad, 308 Owens, los s h o s h o n e del valle de, 67-74, 97 Pacífico, islas del, 109 Pagos de la dote, 235, 284 Pagos por muerte, 235, 241 Paleolítico inferior, 91 Paleolítico medio, 91 Paleolítico superior, 91, 93-95, 98, 137 Paleolítico, véase Paleolítico inferior; Paleolítico medio; Paleolítico superior Pamir, 243-249, 380 Papua-Nueva Guinea, 189-190, 227 Paquistán, 15, 248-249 Parentesco, 29-30, 45, 115, 116, 128, 134, 140, 186, 207, 247, 322, 348, 350, 372; e intercambio, 58, 299; en los grupos locales, 141-143; yanornami, 163-167, en la costa noroeste, 218-219, 220. Véase también grupos de p a r e n t e s c o corporativos Parima, región de, 154, 156 París, 319 Pastores, pastoreo, 15, 16, 35, 43, 139, 209, 276, 393; en Kalahari, 83, 90; los nganasan como, 126-128, 379; densidad de población de los, 135, 259; y agricultores, 149; en el grupo local, 182, 206-209; economía de los, 203-206, 211; y fronteras internacionales, 243, 244-245, 380; migración estacional de los, 244-245; entidades políticas regionales y, 256, 259, 273-274; basseri, 306; unidades territoriales de los, 308; amenazas a los, 310

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Pastos, 35, 206, 245, 308, 309, 310, 379, 390 Patanaweteri, 77 Patio, grupos de, 330 Patrilinealidad, 196-197, 235, 236, 246, 308 Patrilocalidad, 261, 284, 364 Patronazgo, 352-353, 378 Patrones de asentamiento, 111, 162 (fig.), 357 (fig.); y disponibilidad de agua, 73-74, 80-82; del paleolítico superior, 93-94; machiguenga, 102-103; n g a n a s a n , 122-123; del grupo local, 133-134; tsembaga maring, 191 (fig.), 195-196; enga centrales, 229 (fig.), 232-233; en las islas Trobriand, 279 (fig.), 281-282; medivales, 322-323; incas, 326-327; de la sociedad campesina, 356-367 Paz, 262, 398; potlatches y, 224-225; negociaciones de, 240-241; en el imperio inca, 337-338; libre mercado y, 391-392 Pejibayes, 160-161, 164 Periféricos, 37-39 Periodo Nara, 319 Perú, 317; los machiguenga y, 104, 119121; jefaturas en, 262, 273 Pesca, pescadores, 120, 135, 394; como fuente de proteínas, 110, 296; compartir comida y, 116-117; organización del grupo local y, 147, 210-211; en la costa noroeste, 215-216, 218, 222, 224; en las islas Trobriand, 280, 282; mercado y, 394-395 Pillaje, 40, 70, 99, 135, 245, 389, 391; entre n ó m a d a s , 149, 274; yanornami, 168, 170, 174-177; pastores y, 183, 188; en la costa noroeste, 217,227 Piñones, 69-73 Pishaanseteri, 174, 177 Plantaciones de caucho, 109 Plantaciones, véase Fazenda Plantas: uso shoshone de las, 69, 71; uso !kung de las, 77-78, 79-80; y economía de subsistencia, 95-96; domesticadas, 100-101. Véase también Recolección, recolectores; Horticultura

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

Plañido, 72 Pleistoceno, 96. Ver también Paleolítico inferior, Paleolítico medio, Paleolítico superior Población, 204, 227, 293-296 Poblado, complejos de: en Java, 367374 Poblados de grupo local, 25, 284-285 Poblados natufienses, 96 Poblados, 18, 94, 100-101, 156, 185, 232, 325, 364; machiguenga, 118121, de los grupos locales, 133-134; agrícolas, 151-152; yanomami, 163165, 171-172; dependencia entre, 187-188; de la costa noroeste, 218, 220; en las entidades políticas regionales, 257-258, 350; en las islas Trobriand, 281-285; rango jerárquico de los, 286-287; intercambio ritual y, 288-289; en el valle de Mantaro, 326-327; campesinos, 341, 361, «modelo» chino 365-366 Poder, 17, 260, 270, 277, 290, 297, 315, 342; economía de prestigio y, 144-145; en los sistemas de gran hombre, 213-214, 241-242; economía política y, 261-262; intensificación y, 262-263; político, 287-289 Polanyi, Karl: sobre economía, 26-28, 32; sobre intercambio, 56-58, sobre la revolución industrial, 377, 381-382 Poligamia, poliginia, 114-115, 174-175, 235 Polinesia, 45, 286, 297, 301; jefaturas en, 291-294. Véase también islas Hawai Política: economía de la, 33-37, 195, 300, 378, 384, 388; y rango, 287-289; mujeres en, 294-295; estratificación y, 312-313; inca, 333-334 Política de Comunidades nativas (Perú), 119-120 Pomo, 98 Potlatch, 11, 220-226 Poverty Point, 273 Pratik, 343 Prestigio, 11, 15; y distribución de los recursos, 116-117; y los grupos locales, 144-145; grandes hombres, 222-223; objetos de, 267-268, 287-288

Producción, 14, 135, 186, 213, 221, 234, 246, 259, 316-317, 320, 336337, 347; riesgos de, 40, 42, 389391; intensificación de la, 146-148, 250, 261, 324, 344; estratificación de la, 264, 301-302; control sobre la, 339, 397-398; para el mercado, 360-361 Producción de arroz, 320, 322, 368369, 373 Producción de azúcar, 345, 354 Productividad, 83, 135; suelos y, 281-282 Productos lácteos, 245 Progreso: concepto del, 12-13, 17-18 Propiedad de la tierra, 121, 259, 284, 325, 363; territorialidad y, 89, 202, grupos locales y, 134-135, 145; grupos de parentesco corporativos y, 141, 196-198; entre los enga centrales, 233-234; estatal, 333-335, 338; campesina, 341-342, 358, en el sertao, 346, 381; en China, 358, 359-360, 366; en Java, 368-372 Propiedad, 186, 205, 217, 222-223, 247-248; pertenencia de, 89, 115, 119, 121, 248 Propiedad, 88-89, 145, 218, 221, 277, 331, de los alimentos, 115, 116, 117, 186; de la tierra, 120-121,233-234, 325; de los recursos, 126, 176, 219, 224; de la tecnología, 135, 259, de los espacios ceremoniales, 236-237; y entidades políticas regionales, 272-273; en la fazenda, 352 Propietarios, 341; y relaciones patróncliente, 351-354, 356, 380-381 Proteína, 110, 152, 156, 194, 231, 232, 346 Prudhoe, bahía de, 188, 189, 393 Pyasina, Río, 123 Qashqa'i, 205 Quinua, 329 Racismo, 13 Raiapu Enga, 227, 228, 229, 231, 234. Véase también Enga centrales Rango —prestigio o posición social—, 94, 263, 290, 292; liderazgo y, 286-287, participación ceremonial

ÍNDICE TEMÁTICO

y, 287-289; de los jefes hawaianos, 294-295 Rebaños, 128, 182, 205, 244, 334; control de los, 247; basseri, 307 Reciprocidad, 27, 188, 286, 298, 302, 334, 335; en sociedades de nivel familiar, 55-58; compartir y, 114, 125, 186; en los grupos locales, 141-143 Reclamaciones de tierras, 36 Recolección, recolectores, 51, 52, 63, 64, 69, 116, 156, gestión del riesgo en, 66, 90; patrones !kung de, 78-80, 83, 85; intensificación de la, 95-96; machiguenga, 104, 110; de los indios de la costa noroeste, 215-216 Recursos, 29, 36, 119, 134, 155, 163, 210, 321, 332; competencia por los, 23, 44, 149, 201; y tamaño de la población, 24; uso de los, 35, 60-61, 80, 82, 389; tecnología y, 41; uso a nivel doméstico y control de, 50, 71; patrones de asentamiento y, 5859, 80-82, 158, y agrupación de la población, 73; y organización social, 73-74, 226, territorialidad y, 88-89, 97, 126; utilización en el paleolítico de, 91, 93; agotamiento de los, 111, 156, 195, 391; acceso a los, 115, 152, 166, 224; distribución de los, 116-117, 187; densidad de población y, 168; propiedad y distribución de los, 176, 224; propiedad de los, 221, 331, control del acceso a los, 388, 398; acceso a los, 389, 391; uso ineficiente de los, 392-395; deficiencias en los, 395-396 Recursos marinos, 215, 216, 272-273, 394. Véase también Ballenas; Caza de ballenas Redes, 184, 208, 210, 268, 343; regionales, 66, 86, 87, 97, 134, 208, 227, personales, 75-76, 236; integración política y, 135; tsembaga maring, 198 Redistribución, 27, 187, 222, 266, 267, 293,301, 390 Reese shoshone, río, 72, 73 Reforma agraria, 356 Registros, 335 Relaciones patrón-cliente, 343, 350, 353-354, 375-376, 380-381, 390 Religión, 277, 300-301, 315, 333-334.

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Véase también Ceremonial, ceremonias Reno: doméstico, 100, 122-128, 379 Reparto del tiempo, 18, 23 Reproducción: espaciado de los nacimientos y, 64, 82-83, 85; guerra y, 152-153 Revolución cultural, 53, 365 Revolución industrial, 377-378, 381382 Revolución neolítica, 133, 255; impactos de la, 136-139 Revolución urbana, 261, 265 Revolución verde, 367-368 Riesgo, 52, 182, 184, 312, 315-316; de producción, 40, 41, 389-391; en los grupos de nivel familiar, 66, 71, 90, 94, 125; formación del grupo local y, 147-148, 211; compartir comida y, 187, 188;y control de la riqueza, 247; entre los isleños de las Trobriand, 289-290 Riqueza, 217, 222, 224, 233, 306, 342, 380, 391-392, 398; líderes y, 17, 220-221; reciprocidad y, 143, 286; control de la, 247-248; finanzas a través de la, 267-268, 384; comunidades campesinas, 359-360, 362 Rituales de iniciación, 98 Rituales, 284, 324-325; ciclos de, 220221. Ver también Ceremonial, ceremonias Rivalidad por el rango, 134, 146, 209, 211, 267-268 Robo, 152, 176-178 Rohariwe, 172 Roma, 318-319 Ropa: como moneda, 334 Rumbim, 198, 199 Rusia, 244, 248, 380. Véase también Siberia Sadaru, 237 Sahlins, Marshall, 57-58, 139, 234, 286 Salmón, 220, 393-394 Salmón, migraciones de, 215-216, 221 Santidad, 52, 136, 145, 260 Seda, ruta de la, 243 Sedentarismo, 100, 133-134, 257-258 Seguridad, 372-373, 381, 390. Véase también Riesgo

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LA EVOLUCIÓN DE LAS SOCIEDADES HUMANAS

Seguridad social, 355 Selva tropical, 104; agricultura de tala y quema en la, 106-110 S e m i s e d e n t a r i s m o , 100, 104, 112 Señores: medievales, 322-323 Sequía, 77, 80, 207, 278-280, 348 Sertáo, 345-346 Service, Elman, 16-17, 42, 50, 73, 97, 139, 297, 315 Shabono, 163, 165, 171 Shamatari, 164, 168 Shimaa, 120 Shipibo, 109 Shiraz, 305 Shoshone, 16, 49-50, 52, 64, 85, 96, 98, 147, 257, 395-396, 398; patrones de caza y recolección de los, 58-59; organización social de los, 65-74, 80, 90-91; economía de los, 68-71, 97 Siberia, 100, 122, 128, 393 Silvicultura, 193-194, 230 Simbai, valle de, 190 Sistema legal, 319 Sistemas de mercado: entidades políticas regionales y, 258, 266 Slametan, 372 Smith, Adam, 383 Sociedades campesinas, 257, 319, 325-326; economía en las, 26-28, 341-345; entidades políticas regionales y, 260-261, 271; en Java, 269, 367-374; mercado y, 342-343, 389; en Brasil, 344-354; relaciones patrón cliente en, 352-354; en China, 356-367; relaciones socioeconómicas en, 375-376 Sociedades de nivel familiar —o doméstico—, 16, 25, 49-50, 54-55, 145, 147, 179, 210-211; estructuras reguladores en las, 50-51; características de las, 51-53; reciprocidad en las, 55-58; como cazadores-recolectores, 58-60, 63-98; toma de decisiones en, 60-61; en el paleolítico medio, 92-93; domesticación y, 99-129 Sociedades industriales, 24 Sociedades medievales, 257-258, 267, 319, 342; similitudes en las, 317-318; intensificación en las, 321-322; feudalismo en las, 323-326

Sodalidades —o hermandades—, 139 Sogunato Tokugawa, 323, 325-326 Sogunato, 323 Solvieux, 93-94 Spencer, Herbert: sobre la guerra, 181-189, 25 Steward, Julian, 15, 58, 181 Subclanes, 235-236, 238 Subsistencia, fondo de, 59-60 Sustantivismo, 26-28 Sudamérica, 11, 15. Ver también los distintos países y culturas Suelos: tropicales, 105-106, 108 Superproducción: en las islas Trobriand, 265-266, 271 Swat, 15 Tafonomía ósea, 92 Taitou, 259, 356, 381, 390; economía de subsistencia de, 358-360, 374; organización social de, 360-364; bajo el socialismo, 365-367 Tallensi, 142 Tareumiut, 147-148; economía délos, 182, 184-186; comercio, 186-187, festines, 187-188 Taro, 280, 296, 298 Tawantinsuyu, 326. Ver también Incas Taymyr, Península de, 122 Tecnología, 12-14, 18, 42, 51, 61, 102, 128, 135, 137, 147, 184, 234, 248, 259, 277, 304, 311, 313, 316; y crecimiento de la población, 21-22, 24, 39, 378; uso de los recursos y, 4041; de los cazadores-recolectores, 65, 69-70, 147; !kung , 83-84; paleolítico inferior y medio, 91-93; agrícola, 319, 321, 359, 367-368 Tehuacán, valle de, 101 Televisión, 355-356, 366-367 Templos t u m u l a r e s : incas, 333-334 Teoría de sistemas, 315 Teri, 163-168, 179, 210-211; banquetes y violencia en el, 169-171; liderazgo dentro del, 171-173; distribución de comida dentro del, 175-177; territorios del, 176-178 Territorios, 95, 97, 119, 135, 161, 228, 259, 285, 319; defensa de los, 30, 177-179, 181-182, 239, jefaturas y, 44-45; grupos de nivel familiar y,

ÍNDICE TEMÁTICO

51, 73-74, y control de los recursos, 88-89, 126-127; guerra y, 153, 195, 231, 269, 272; tsembaga maring, 192, 197-198, 202, basseri, 307-308 Tierra: acceso a la, 134, 145, 197-198, 209, 246, 280, 284, 306, 322, 373, competencia por la, 148-149, 177, 211, 231; guerra y, 152, 177-179; gestión de la, 299-300; ayllu y, 332-333 Tlingit, 219-220 Tonga, 293 Tongareva, 293 Trabajo, 123, 135, 219, 225, 233, 229293, 327, 397; especializado, 335337; en las fazendas brasileñas, 354-355, 394; generación de excedente y, 270-271; en Kali Loro, 367368, 373-374; obligatorio/corvea, 330-338; organización social shoshone del, 69-70; organización social !kung del, 85-86; organización social machiguenga del, 112, 114; organización social del grupo local del, 140-141. Ver también División del trabajo; Aparceros Transmisión de derechos, 145 Transporte, medio de: renos como, 123-124 Tributo, 268, 285, 293, 344 Trobriand, habitantes de las islas —o isleños de las—, 26,276-277, 279 (fig.), 311-312; entidades políticas regionales y, 257-259; excedente alimentario en las, 265-266; bienes de las, 267-268; economía de las, 281-282; densidad de población de las, 278, 280; organización social de las, 281-289 Tsembaga maring, 135, 147, 189-190, 210-211, 227; guerra entre los, 139, 251; acceso a la tierra entre los, 147-149; intensificación y, 181-182; patrón de asentamiento de los, 191 (fig.), 232, economía de los, 192, 193-195; organización social de los, 194-203; territorio de los, 196-198 Tunanmarca, 326-327 Turkana, del norte, 147, 149, 182, 209, 273; economía de los, 203-206, organización social de los, 205-209, 210-211, 274 Turquía, 249, 380

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Tushaua, 172 /Twi, 84 Ubaid, 275 Umealiq, 187-188 Unión Soviética, 128, 243, 248, 379-380, 392 Urbanismo, 261 Ushnu, 333 Uso de la tierra, 310, 325, 378, 392; agrícola, 158-159; y disponibilidad de agua, 78-79, en el Amazonas, 106-109, 111; y fronteras internacionales, 243-247; agricultura medieval y, 321, 324 Utokagmiut, 186 Vacuno, 83, 204, 354. Véase también Ganado Valero, Helena, 157, 167, 172-176 Valores, 27-29, 33 Vasallaje, 325 Venezuela, 153 Vertiente norte, 182-183, 188-189, 379-380 Vestido, 199 Vías alternativas, 34-36, 364 Vikinga, época, 318 Violencia, 38, 40; en los grupos de nivel familiar, 42-43, 70, 84, 99, 125; respuestas yanomami a la, 167-169, 177-179; uso, por parte de la élite, de la, 392-393 Visitarse, 166 Waika, véase Yanomami Waiteri, 170, 174, 177-179 Wanka, 332, 337-338 Wari, 337-338 Wessex, 275 White, Leslie, 14-15, 264-265 Xingu,109 Yana, 336 Y a n o m a m i (Yanoama), 11, 94, 102, 147-148, 151, 209-211; guerra, 135, 139, 152-153, 167-179, 251; economía, 153-163; organización social, 163-167 Yogyakarta, 367-368

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