180302 Barco a Motor Novo
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Barco a Motor MOTOR DE POPA
INTRODUÇÃO Este texto de treinamento YTA-Bronze YTA-Bronze foi produzido de modo a fornecer um treinamento passo-a-passo para os técnicos t écnicos de serviços ser viços náuticos Yamaha Yamaha de acordo com o sistema de qualificação YT YTA. A. Esta seção proporciona as informações necessárias como conhecimento básico a respeito do motor de popa especificamente para a Categoria Bronze. Além disso, este texto, produzido com base em um CD-ROM CAI (Instruções com Auxílio de Computador), possibilita que você aprenda efetivamente através do uso do CD-ROM CAI. Departamento de Serviços ME Company Yamaha Motor do Brasil Ltda.
O QUE APRENDEREMOS AQUI INTRODUÇÃO Neste Capítulo aprenderemos a respeito da correspondência correspondência entre barcos a motor e motores de popa. Aprenderemos em detalhe acerca de quais considerações são importantes para se fazer os ajustes corretos para atender aos ambientes e finalidades da utilização.
Texto de Treina Treinamento mento YTA YTA Bronze Bronz e Publicado em Maio de 2008 Todos os direitos reservados Compilado e publicado por: Departamento de Serviços Yamaha Motor do Brasil Ltda.
CAPÍTULO 1 CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO ........................................... ................................. .......... 1-1 O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO CAPÍTULO 1 .............. ..................... ............... ............... ........... 1-1 BARCO A MOTOR MOTOR..................................... ................................ ..... 1-1 FUNÇÕES BÁSICAS DO BARCO A MOTOR MOTOR............................................ .................................. .......... 1-1 VISÃO GERAL DO CORPO DO BARCO A MOTOR MOTOR..................................... ................................ ..... 1-2 USOS DO DO BARCO BARCO A MOTOR MOTOR ............... ..... .......... 1-3 PERFORMANCE DO BARCO................ 1-6 PARTICULARIDA ARTICULARIDADES DES DO BARCO ....... 1-9 TIPOS DE MOTORES E SUAS CARACTERÍSTICAS CARA CTERÍSTICAS ............................... 1-10 TIPOS DE MOTORES E SUAS CARACTERÍSTICAS CARAC TERÍSTICAS ........................ 1-10 VISÃO GERAL DO SISTEMA DE CONTROLE ...................................... 1-11 VISÃO GERAL DO SISTEMA DE CONTROLE ................................ ............................. ... 1-11 UNIDADE UNIDA DE DE DIREÇÃO ..................... 1-12 MARCHA À FRENTE/À RÉ E ACELERAÇ ACE LERAÇÃO/DES ÃO/DESACE ACELERAÇ LERAÇÃO ÃO .. . . 1-13 DISPOSITIVO PARA VERIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO CONDIÇÃO DO BARCO ............. 1-15
CAPÍTULO 2 CORRESPONDÊNCIA ENTRE BARCO E MAQUINÁRIO DE PROPULSÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO ........................................... ................................. .......... 2-1 O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO CAPÍTULO 2 .............. ..................... ............... ............... ........... 2-1 FLUXO DE SELEÇÃO ............................... 2-1 ITENS PARA PARA CONSIDERAÇÃO............. 2-1 SEQÜÊNCIA DE SELEÇÃO SELEÇÃO ...................... 2-2 SELEÇÃO DO CORPO DO BARCO A MOTOR MOTOR............................................ .................................. .......... 2-2 SELEÇÃO DO MOTOR MOTOR ......................... 2-3
CAPÍTULO 3 RELACIONAMENTO ENTRE BARCO E VELOCIDADE INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO .......................................... ............................. ............. O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO CAPÍTULO 3 ............... ...................... .............. ............... .......... DETALHAMENT DETALHAMENTO O .................................... RELACIONAMENTO ENTRE BARCO E VELOCIDADE VELOCIDADE ................................ PROPULSÃO PROPULSÃO EFETIVA DO BARCO.....
3-1 3-1 3-1 3-1 3-4
CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR INTRODUÇÃO O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 1 Neste Capítulo aprenderemos a respeito dos três elementos constituintes que caracterizam um barco a motor. Estes elementos que caracterizam um barco a motor incluem o corpo do barco, o motor e o sistema de controle.
Corpo do barco
Motor
Sistema de controle
BARCO A MOTOR FUNÇÕES BÁSICAS DO BARCO A MOTOR As funções básicas de um barco a motor incluem: transportar pessoas e cargas sobre a água, propelir o próprio barco e ir livremente para um lado e para outro e mudando de direção. Os elementos que satisfazem as funções básicas são: o Casco do barco, o Motor e o Sistema de controle.
Transportar pessoas e cargas sobre a água.
Propelir o barco.
Ir para um lado e outro. Virar a direção. Parar.
1. CORPO DO BARCO
Cruzeiro
Casa-barco
Barco de pesca (bass boat)
Múltiplas finalidades
O corpo do barco varia em tamanho de acordo com a quantidade de passageiros e cargas que serão carregadas a bordo, e também de acordo com a velocidade requerida.
2. MOTOR
Motor de centro
Motor de centro-rabeta
Motores de popa
Jato
O motor do barco a motor produz potência para propelir o corpo do barco. Existem aproximadamente 4 tipos de motores para barcos a motor.
1-1
CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 3. SELEÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE Operação manual
Controle remoto
Direção
Controle remoto para 2 motores
Para permitir a livre manipulação de um barco por meio da força de propulsão do motor, o sistema de controle consiste de um dispositivo de controle remoto para mudança de marcha à frente, à ré e ponto morto, assim como por um dispositivo de direção para a determinação do curso que o barco deve tomar.
VISÃO GERAL DO CORPO DO BARCO A MOTOR USOS DO BARCO A MOTOR Alto-mar
Transportar pessoas. Transportar coisas.
Litoral
Pesca
Rio
Dependendo da utilização e ambiente, um barco a motor apresenta uma variedade de usos em combinação com seus três elementos constituintes. É importante verificar para que finalidades e em que ambiente um(a) proprietário(a) pretende usar seu barco – se eles desejam apreciar a pesca em alto-mar ou passar algumas horas de lazer em um ambiente relativamente calmo como um lago, e assim por diante.
Cruzeiro
Lago
Casa-barco
Ambientes para uso
Usos
1. EXEMPLOS DE COMBINAÇÃO 1) NAVEGAÇÃO COSTEIRA/CRUZEIRO Finalidades de uso
Cruzeiro
Ambientes para uso
Costeiro; alto-mar
Número de passageiros
Cerca de 13 pessoas
Comprimento do barco
33 pés
Motor
Motor de centro 1 unidade 260ps
Sistema de controle
2 lugares, todos de direção; controle remoto; e instrumentos
2) NAVEGAÇÃO COSTEIRA/TURISMO Finalidades de uso
Turismo; transporte
Ambientes para uso
Costeiro
Número de passageiros
Cerca de 25 pessoas
Comprimento do barco
28 pés
Motor
Motor de popa 2 unidades 100ps x 2
Sistema de controle
Timão; controle remoto
1-2
CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 3) COSTEIRO/MERGULHO Finalidades de uso
Mergulho
Ambientes para uso
Costeiro
Número de passageiros
Cerca de 20 pessoas
Comprimento do barco
30 pés
Motor
Motor de popa 2 unidades 100ps x 2
Sistema de controle
Timão; controle remoto
4) COSTEIRO/PESCA Finalidades de uso
Pesca
Ambientes para uso
Costeiro
Número de passageiros
Cerca de 6 pessoas
Comprimento do barco
21 pés
Motor
Motor de popa 1 unidade 60ps
Sistema de controle
Timão; controle remoto
5) COSTEIRO/RESGATE
Finalidades de uso
Resgate
Ambientes para uso
Costeiro
Número de passageiros
Cerca de 6 pessoas
Comprimento do barco
16 pés
Motor
Motor de popa 1 unidade 60ps
Sistema de controle
Timão; controle remoto
6) RESGATE/PESCA (REDE)
Finalidades de uso
Pesca (rede)
Ambientes para uso
Costeira
Número de passageiros
Cerca de 6 pessoas
Comprimento do barco
25 pés
Motor
Motor de popa 2 unidades 40ps x 2
Sistema de controle
Timão; controle remoto
7) COSTEIRO/TRANSPORTE
Finalidades de uso
Transporte de pessoas
Ambientes para uso
Costeiro
Número de passageiros
Cerca de 40 pessoas
Comprimento do barco
30 pés
Motor
Motor de popa 1 unidade 60ps
Sistema de controle
Barra do leme manual
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 8) ALTO-MAR/CRUZEIRO Finalidades de uso
Cruzeiro
Ambientes para uso
Costeiro; alto-mar
Número de passageiros
Cerca de 13 pessoas
Comprimento do barco
33 pés
Motor
Motor de centro 1 unidade 260ps
Sistema de controle
2 lugares todos de direção; controle remoto; e instrumentos
9) ALTO-MAR/PESCA Finalidades de uso
Pesca
Ambientes para uso
Alto-mar
Número de passageiros
Cerca de 15 pessoas
Comprimento do barco
53 pés
Motor
Motor de centro 2 unidades 900ps x 2
Sistema de controle
Direção hidráulica; controle remoto; instrumentos (FB)
10) RIO/CRUZEIRO Finalidades de uso
Cruzeiro
Ambientes para uso
Rio
Número de passageiros Cerca de 10 pessoas Comprimento do barco
21 pés
Motor
Motor de centro 1 unidade 50ps
Sistema de controle
Barra do leme; controle remoto
11) RIO/TURISMO Finalidades de uso
Turismo; transporte
Ambientes para uso
Rio
Número de passageiros
Cerca de 25 pessoas
Comprimento do barco
28 pés
Motor
Motor de popa 2 unidades 100ps x 2
Sistema de controle
Timão; controle remoto
12) LAGO/PESCA
Finalidades de uso
Pesca
Ambientes para uso
Lago
Número de passageiros
Cerca de 3 pessoas
Comprimento do barco
14 pés
Motor
Motor de popa 1 unidade 9,9ps
Sistema de controle
Barra do leme manual
1-4
CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR PERFORMANCE DO BARCO Exige-se de um barco a motor a capacidade de transportar uma quantidade de cargas sobre um mar inconstante com ventos e ondas. Aprenderemos em detalhe quanto à performance básica de um barco a motor.
Peso do barco
1. FORÇA DE FLUTUAÇÃO
Quantidade de água deslocada pelo barco
A quantidade de água deslocada por um barco flutuando na água é chamada de volume de deslocamento.
Peso do barco = Quantidade de água deslocada pelo barco = Deslocamento
1) FLUTUABILIDADE
Deslocamento Deslocamento
Flutuabilidade
Flutuabilidade
Flutuabilidade
Flutuabilidade
Flutuabilidade
Flutuabilidade
Barco flutua.
Barco afunda.
Deslocamento = Flutuabilidade
Deslocamento > Flutuabilidade
2. FORÇA DE RESTAURAÇÃO : metacentro
Quando um barco flutua verticalmente, seu centro de gravidade permanece em linha com o de sua flutuabilidade. Entretanto, assim que ele se inclina para algum lado ou extremidade, ele tende a afundar no lado (ou extremidade) inclinado. Então o lado (ou extremidade) inclinado recebe uma maior pressão da água, o que resulta em maior força de flutuação, a qual tende a trazer o barco de volta à sua condição original. Esta força é chamada de força de restauração, a qual é maior em um barco de formato mais chato e com centro de gravidade mais baixo.
Flutuabilidade (W)
Centro de flutuabilidade
Momento que traz um corpo de volta à posição original
Peso (W)
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 1) RELAÇÃO ENTRE ESTABILIDADE E METACENTRO
Grande largura
Pequena largura
Baixo centro de gravidade
Alto centro de gravidade
Estável Instável
Grande
Pequena
2) BARCO COM MAIOR FORÇA DE RESTAU RAÇÃO Caso as coisas sejam empilhadas a uma grande altura sobre o convés de um barco, o centro de gravidade do barco se localizará em posição elevada, o que resultará em uma força de restauração fraca, o que tende a fazer com que o barco emborque. Se o mesmo barco carregar coisas próximas a seu fundo em porções divididas, seu centro de gravidade permanecerá baixo e o barco poderá se deslocar de maneira estável.
Coisas empilhadas altas
Barco tende a se inclinar
Coisas posicionadas próximas ao barco
Estável
Velocidade
Mais rápido
P eq ue na
Á re a na d ir eç ão d o mo vi me nt o
Profundidade na água
Raso
3. VELOCIDADE DE CRUZEIRO
Mais lento
O formato do fundo de um barco afeta significativamente a velocidade na qual o barco se movimenta. Um barco com uma área frontal menor na direção do movimento e uma menor profundidade de imersão recebe menos resistência da água. Assim, em geral, um barco comprido, estreito e que não se aprofunde na água é capaz de obter maior velocidade.
Grande
Mais profundo
4. OUTRAS PERFORMANCES
Performance básica Navegar.
Manobrar.
Para a escolha de um barco, é importante considerar quantas pessoas e cargas o barco poderá transportar, a distância que deverá percorrer, sua vantagem econômica e assim por diante.
Parar.
Coerência com a performance pretendida
Economia
Capacidade de carga
Coerência com o uso pretendido
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR PARTICULARIDADES DO BARCO 1. COMPRIMENTO TOTAL Indica o comprimento total da porção principal de um barco. Note que ele pode indicar o comprimento envolvendo inclusive aquele das partes fornecidas posteriormente (p.ex., amurada, escada de proa, escada de popa, corrimão).
2. LARGURA TOTAL Indica a largura máxima da porção principal de um barco. Note que ela pode incluir uma indicação da largura envolvendo aquela das partes fornecidas posteriormente (p.ex., amurada).
3. DESLOCAMENTO Indica o mesmo peso de água que a da porção de um barco imersa abaixo da linha d’água. Este peso envolve o combustível, água pura, acessórios fixos sempre a bordo, passageiros, suas bagagens, etc. Assim, é muito importante saber em que condição é informado um deslocamento particular.
4. COMPRIMENTO DA LINHA D’ÁGUA Este é o comprimento da projeção da linha d’água de um barco. Não se trata de uma medida feita realmente.
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 5. BORDO LIVRE Indica a distância entre a linha d’água de um barco e a posição na qual a água começa a entrar no barco. Geralmente esta distância é representada pelo ponto médio do bordo livre na parte intermediária do casco, mas devido à dificuldade em se determinar tal parte intermediária, ela é calculada a partir dos bordos livres da proa e popa.
Proa
Bordo livre da popa
Bordo livre intermediário
6. CENTRO DE GRAVIDADE Indica um ponto único no barco no qual se considera que o peso total de todos os objetos em seu interior seja atraído gravitacionalmente. A posição do centro de gravidade de um barco varia muito, dependendo de onde os passageiros e cargas se localizam no barco ou de quanto combustível ele possui.
7. CENTRO DE FLUTUABILIDADE Indica o ponto abaixo da superfície da água no qual a flutuabilidade atua em um barco. A posição do centro de flutuabilidade de um barco flutuando corresponde com exatidão ao seu centro de gravidade.
8. INCLINAÇÃO LONGITUDINAL (TRIM) Indica a medida da diferença entre o calado de um barco à frente e aquele à ré. A inclinação de um barco flutuando é chamada de trim estacionário e aquela de um barco em movimento de trim dinâmico.
1) TRIM ESTACIONÁRIO O trim estacionário indica a maneira como um barco está flutuando. Ele pode ser verificado por meio da medição dos bordos livres da proa e popa.
Proa
Bordo livre da popa
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 2) TRIM DINÂMICO O trim dinâmico indica a maneira pela qual um barco se movimenta. Ele é expresso em ângulos por meio da medição da diferença do nível de água e a distância com um tubo em U.
Distância
Elevação da água
Tubo em U
9. ADERNAÇÃO Indica a inclinação de um barco para um lado com referência à horizontal. Como no trim, a adernação é representada pela inclinação do barco quando ele está estacionário ou em movimento.
1) ADERNAÇÃO ESTACIONÁRIA A adernação estacionária indica como um barco está flutuando. Ela pode ser verificada por meio da medição dos bordos livres de bombordo e estibordo. BOMBORDO Bordo livre intermediário
ESTIBORDO Bordo livre intermediário
2) ADERNAÇÃO DINÂMICA A adernação dinâmica indica como um barco se movimenta. É expressa em ângulos por meio da medição da diferença do nível de água e a distância com um tubo em U.
Distância
Elevação da água
Tubo em U
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR TIPOS DE MOTORES E SUAS CARACTERÍSTICAS TIPOS DE MOTORES E SUAS CARACTERÍSTICAS O motor instalado em um barco a motor pode ser dos seguintes quatro tipos: Motor de centro, Motor de centro-rabeta, Motor de popa, Jato. Barco propelido por motor de centro
Barco propelido por motor de centro-rabeta
Barco propelido por motor de popa
Barco de hidropropulsão a jato
1. MOTOR DE POPA Um barco propelido por motor de popa possui um motor instalado externamente em sua popa e, portanto, apresenta tendência a ter a popa pesada. Por outro lado, a barra do leme de direção proporciona uma operação excelente porque ele pode se mover de lado a lado e para cima e para baixo, possibilitando que o barco navegue à ré ou através de baixios. Devido à pouca proteção proporcionada, este motor é bom para uso relativamente próximo à costa.
2. MOTOR DE CENTRO-RABETA Em um barco propelido por motor de centro-rabeta, o motor permanece protegido no interior do barco e é bom para um percurso de viagem relativamente intermediário. Como a unidade de potência se localiza na traseira, o barco apresenta a popa mais ou menos pesada. O dispositivo de direção, o qual é exclusivamente acionado, possibilita que o barco vire, navegue à ré e mesmo em baixios.
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 3. MOTOR DE CENTRO Em um barco com motor de centro, o motor se localiza completamente no interior do casco e separadamente da unidade do hélice, o que o protege de efeitos externos. Como o motor é instalado no meio do barco, ele mantém um equilíbrio muito bom, apesar do sacrifício do conforto dos ocupantes. A instalação separada e independente das unidades de direção e propulsão resulta em uma capacidade reduzida do barco de fazer curvas com o hélice fixo e até mesmo impossibilitando o deslocamento em águas rasas. Eixo
Rotor
4. HIDROPROPULSÃO A JATO
Palheta do estator Jato de água
Potência do motor Entrada de água
Fundo
O barco de hidropropulsão a jato possui a unidade do motor instalada completamente em seu interior, protegido da influência externa. Este barco é livre do problema de cavitação causado pelo hélice e saliências do casco, possibilitando a navegação em águas rasas. A direção é efetuada pela mudança de direção do jato. Entretanto, seu inconveniente é sua eficiência reduzida em comparação à versão a hélice.
Bocal do jato
VISÃO GERAL DO SISTEMA DE CONTROLE VISÃO GERAL DO SISTEMA DE CONTROLE
Acelerador
Alavanca de câmbio
Direção
Instrumentos
Entraremos em detalhes sobre o sistema de controle de um barco a motor. O sistema de controle inclui a unidade que direciona o curso geral do barco, a unidade que dirige o barco para um lado e para outro, além de acelerá-lo ou desacelerá-lo, e a unidade que monitora a condição de controle.
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR UNIDADE DE DIREÇÃO
Leme para motor de centro
Leme para motor de centro-rabeta
Leme para motor de popa médio/grande
Leme para motor de popa pequeno
A direção do barco pode ser alterada aproximadamente de duas maneiras. Uma consiste em controlar um leme independente, como é feito em um motor de centro; e o outro consiste em alterar a direção do próprio hélice, como em um motor de popa.
1. LEME INDEPENDENTE O fluxo de água criado pelo hélice é separado de cada lado da lâmina do leme, de modo que qualquer diferença na resistência oferecida em cada lado gera uma força, fazendo com que a popa se mova em alguma direção.
O leme do motor de centro possui uma seção transversal como a de uma asa de avião. O fluxo de água criado pelo giro do hélice gera uma força que tende a elevar todo o barco. Esta força crescente faz com que o barco mude sua direção.
Fluxo da água
Hélice Pressão negativa
Positiva Elevação
2. MUDANÇA DE DIREÇÃO DO HÉLICE
Propelido por motor de centro-rabeta
Propelido por motor de popa
Em um motor de centro-rabeta ou motor de popa, o próprio hélice muda sua direção para atuar como um leme. Em um motor de popa pequeno, a mudança de direção do hélice é feita manualmente, enquanto em um motor de popa grande e em um motor de centro-rabeta, a unidade de direção é intertravada com o hélice para mudar sua direção.
Motor de popa pequeno
1) BARCO PROPELIDO POR MOTOR DE CENTRO-RABETA
1-12
CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 2) BARCO PROPELIDO POR MOTOR DE POPA
3) MOTOR DE POPA PEQUENO A direção de um motor de popa pequeno é feita manualmente por meio do giro do próprio motor de popa.
MARCHA À FRENTE/À RÉ E ACELERAÇÃO/DESACELERAÇÃO Geralmente a alavanca de câmbio é utilizada para controlar o movimento para frente e para trás de um barco, e a alavanca do acelerador para sua aceleração e desaceleração. A barra do leme equipada em motor de popa pequeno apresenta um papel combinado de alavancas de câmbio e de acelerador.
Controle remoto
Barra do leme
1) IMAGEM DA OPERAÇÃO OPERAÇÃO DE CÂMBIO E ACELERADOR
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 1. ALAVANCA DE CÂMBIO
N: Ponto morto F: À frente
A alavanca de câmbio proporciona as seguintes mudanças de marcha: – F: À frente – N: Ponto morto – R: À ré Alguns modelos de motores de popa pequenos não possuem mudança de marchas à ré ou ponto morto.
R: À ré
Controle remoto
R: À ré N: Ponto morto
F: À frente BARRA DO LEME
Controle remoto
2. ALAVANCA DE ACELERADOR A alavanca do acelerador controla a aceleração ou desaceleração do motor. Ela também possibilita a inclinação do motor de popa e do motor de centro-rabeta e pode vir em tipos que fornecem condições para a instalação de 2 motores e 3 motores.
BARRA DO LEME
1) MOVIMENTO À FRENTE: ACELERAÇÃO POR CONTROLE REMOTO
Controle remoto
BARRA DO LEME
2) MOVIMENTO À FRENTE: DESACELERAÇÃO POR CONTROLE REMOTO
Controle remoto
BARRA DO LEME
3) MOVIMENTO À RÉ: ACELERAÇÃO POR CONTROLE REMOTO
Controle remoto
BARRA DO LEME
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 4) MOVIMENTO À RÉ: DESACELERAÇÃO POR CONTROLE REMOTO
BARRA DO LEME
Controle remoto
5) MOVIMENTO À FRENTE: ACELERAÇÃO POR BARRA DO LEME
Controle remoto
BARRA DO LEME
6) MOVIMENTO À FRENTE: DESACELERAÇÃO POR BARRA DO LEME
BARRA DO LEME
Controle remoto
DISPOSITIVO PARA VERIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO DO BARCO A informação mínima requerida para a operação do barco envolve: a velocidade do barco, a velocidade do motor e a quantidade de combustível remanescente. Vários instrumentos são fornecidos para indicar estes valores.
Velocidade do barco
Rotação do motor Quantidade de combustível remanescente
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CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 1. VELOCÍMETRO O velocímetro realiza a medição e a indicação da velocidade do barco. Observe, entretanto, que a leitura indica a velocidade de maneira relativa a água na qual o barco se movimenta.
2. TACÔMETRO O tacômetro indica a rotação do motor. Verifique a faixa da velocidade de trabalho do motor instalado e assegure-se que o motor não esteja funcionando em rotações muito elevadas. O tacômetro Yamaha é equipado com as funções de advertência ao operador quanto a condições anormais do motor, e também para fornecer informações a respeito do óleo do motor. Assim, este instrumento é o mais importante de todos.
3. MEDIDOR DE COMBUSTÍVEL O medidor de combustível indica a quantidade remanescente ou utilizada de combustível. A quantidade remanescente pode ser lida a partir da indicação dos instrumentos, mas é necessário considerar que ele pode indicar uma quantidade remanescente irreal.
Tanque de combustível
4. INSTRUMENTOS EM REDE LAN No modelo mais recente, a informação é fornecida em relação à condição do motor a partir do ECM que controla a operação do motor. Os instrumentos convencionais possuíam sensores individuais conectados a eles e os sinais transmitidos por aqueles sensores eram convertidos em um sinal elétrico. Em vez disso, os instrumentos em rede LAN indicam os sinais a partir do ECM e podem ser ligados em conjunto, um após o outro.
1-16
CAPÍTULO 1 - CONHECIMENTO GERAL DE BARCOS A MOTOR 1) IMAGEM DA OPERAÇÃO
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CAPÍTULO 2 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE BARCO E MAQUINÁRIO DE PROPULSÃO INTRODUÇÃO O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 2 Neste Capítulo aprenderemos a respeito da correspondência entre um barco a motor e seu maquinário de propulsão. Vamos focalizar nossa atenção sobre o que deveremos aprender.
FLUXO DE SELEÇÃO ITENS PARA CONSIDERAÇÃO Há combinações inumeráveis de barcos a motor e motores. A melhor combinação possível deverá ser obtida de acordo com o desejo expresso pelo cliente quanto ao uso pretendido e ao ambiente envolvido para o barco a motor.
Finalidades de uso Verba/ outros
Padrão de utilização
Padrão de condução Tempo/distância de viagem
Ambientes para uso
Sistema de controle
Corpo do barco Motor
1. SEQÜÊNCIA DE SELEÇÃO O barco a motor deverá ser selecionado basicamente na seqüência de Corpo do barco, Motor e Sistema de controle.
Corpo do barco a motor
Motor
Sistema de controle
2. VERIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES Finalidades de uso
A seleção correta pode ser feita ouvindo-se os clientes quanto à finalidade de uso, ambiente envolvido, padrão de utilização, verba e outros, nessa seqüência.
Ambientes para uso
Padrão de utilização
Verba
2-1
CAPÍTULO 2 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE BARCO E MAQUINÁRIO DE PROPULSÃO SEQÜÊNCIA DE SELEÇÃO SELEÇÃO DO CORPO DO BARCO A MOTOR O comprimento do barco está intimamente ligado ao número de passageiros e deslocamento do barco. Vamos aprender como avaliar uma descrição da conexão entre tamanho e deslocamento de um barco.
1. COMPARAÇÃO EM COMPRIMENTO
12,50m
Categoria 41 pés 8,40m
Categoria 26 pés 4,80m
Cerca de 6 pés
Categoria 16 pés
2. COMPARAÇÃO EM PESO = Cerca de 1 ton
Categoria 41 pés
Categoria 26 pés (Motor de centro-rabeta)
Categoria 26 pés (Motores de popa)
Categoria 16 pés
3. EXEMPLO
1) 41CONVERTIBLE
Comprimento total Largura total Deslocamento Motor instalado Potência máxima do motor instalado Capacidade do tanque de combustível
Número de passageiros
Área de cruzeiro
12,50 m 4,15 m 11,36 ton YAMAHA SX750KM x 2 330 kW (449 ps) x 2 1300 L (650 L x 2) Cerca de 15 pessoas Área costeira (menos de 20 milhas náuticas da costa)
2-2
CAPÍTULO 2 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE BARCO E MAQUINÁRIO DE PROPULSÃO 2) F.A.S.T.26/IB
MOTORES DE CENTRO
Comprimento total Largura total Deslocamento Motor instalado Potência máxima do motor instalado Capacidade do tanque de combustível
Número de passageiros
Área de cruzeiro
8,40 m 2,45 m 1,961 ton YAMAHA D270KUH 95 kW (129 ps) 160 L Cerca de 8 pessoas Área costeira limitada
3) F.A.S.T.26/OB
MOTORES DE POPA
Comprimento total Largura total Deslocamento Motor instalado Potência máxima do motor instalado Capacidade do tanque de combustível
Número de passageiros
Área de cruzeiro
8,40 m 2,45 m 1,595 ton YAMAHA F150A 110,3 kW (150 ps) 160 L Cerca de 8 pessoas Área costeira limitada
4) BAYSPORTS16
Comprimento total Largura total Deslocamento Motor instalado Potência máxima do motor instalado Capacidade do tanque de combustível
Número de passageiros
Área de cruzeiro
4.80 m 1.92 m 1,516 ton YAMAHA F60A 44.1 kW (60 ps) Tanque de combustível independente 24L Cerca de 5 pessoas Área costeira limitada
SELEÇÃO DO MOTOR Por exemplo, um barco de 20 a 40 pés aceita a instalação tanto de um motor de popa, motor de centro-rabeta ou motor de centro. A seleção do motor difere de acordo com o ambiente de uso e sua finalidade, assim é importante fazer uma seleção correta.
Motor de popa
Motor de centro-rabeta
2-3
CAPÍTULO 2 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE BARCO E MAQUINÁRIO DE PROPULSÃO
Motor de centro
1) COMPARE AS CARACTERÍSTICAS Eis um gráfico comparativo das características de um motor de popa, motor de centro-rabeta e motor de centro.
Barco propelido por Barco propelido por Barco propelido por motor de popa motor de centro motorde centro-rabeta
Estabilidade do barco Gasolina
Óleo leve
Óleo leve
Lagos, litoral
Águas rasas
Alto-mar
Economia de combustível Águas rasas Habitabilidade do barco Proteção do motor Custo inicial Capacidade de fazer curvas Manutenção do barco Uso correto
SELEÇÃO DE BARCO A MOTOR
1. CONCEITOS BÁSICOS Quando selecionar um motor, considere seu ambiente, finalidade e padrão de utilização, com ênfase colocada nessa seqüência, e selecione um tipo de motor apropriado (motor de popa, motor de centro-rabeta ou motor de centro). Selecione o motor mais apropriado considerando o tipo e tamanho do barco, finalidades específicas de uso e assim por diante.
Finalidades de uso
Ambientes para uso SELEÇÃO DO MOTOR Padrão de uso
Verba
SELEÇÃO DO CONTROLE
MOTOR DE POPA
MOTOR DE CENTRO-RABETA
MOTOR DE CENTRO
Qual a distância de percurso a partir da costa?
– 5 milhas
– 20 milhas
Toda a área marinha
Qual é o tamanho do barco?
10 – 30 pés
20 – 40 pés
+ 30 pés
1) SELEÇÃO DO TIPO DE MOTOR APRO PRIADO Se, por exemplo, um barco deve ser utilizado a uma determinada distância a partir da costa, um motor de centro não poderá ser selecionado caso deva navegar também sobre águas rasas. Outro ponto importante é verificar se o tamanho do barco admite a instalação do motor ou se ele é pretendido para uso em condições difíceis.
É requerida a navegação em águas rasas?
2-4
CAPÍTULO 2 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE BARCO E MAQUINÁRIO DE PROPULSÃO 2. SELEÇÃO DO TIPO DE MOTOR APROPRIADO
Distância ao destino
Quando selecionar um barco, considere os seguintes pontos. Finalidade de uso Distância em alto-mar Tipo de barco Verifique estes pontos cuidadosamente de modo a selecionar o barco correto. • •
Tempo de chegada
Consumo de combustível
Peso do casco
1273 kg 160 L
160 L
Potência do motor
115 ps
150 ps
Peso do motor
193 kg
220 kg
Consumo de combustível Deslocamento durante o teste
38,0 l/h
55,8 l/h
1950 kg
1974 kg
Velocidade máxima
27,9 nós
31,1 nós
Tempo de chegada
Mais lento
Rápido
Bom
Insatisfatório
Peso do barco
1377 kg
1411 kg
Capacidade do tanque de combustível
160 L
160 L
Potência do motor
115 ps
129 ps
Peso do motor
193 kg
475 kg
Consumo de combustível Deslocamento durante o teste
38,0 l/h 2050 kg
27,0 l/h 2603 kg
Velocidade máxima
27,2 nós
24,0 nós
Tempo de chegada Rápido Consumo de Insatisfatório combustível Cruzeiro Curto
Estação única
Estações gêmeas
Motor único
Motor único
Estação única
Estações gêmeas
1) DIFERENÇA NA POTÊNCIA DO MOTOR A instalação de um motor com potência diferente no mesmo barco resultará em uma grande diferença no tempo de chegada ao destino e na quantidade de consumo de combustível. Antes de determinar a potência do motor, verifique se o barco deve ser operado para a mesma distância todos os dias ou uma vez a cada vários meses, enquanto considera ao mesmo tempo o padrão de operação ou a finalidade de uso.
1273 kg
Capacidade do tanque de combustível
Consumo de combustível
•
2) DIFERENÇA NO TIPO DE MOTOR Uma grande diferença na performance do motor também ocorre quando o mesmo barco é equipado com um motor com aproximadamente a mesma potência, mas de tipo diferente.
Lento Bom Longo
3. SELEÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE
Motores gêmeos
A combinação de unidades de controle depende do número de motores a serem instalados ou do número de assentos de operador. É necessário selecionar as unidades de acordo com o uso pretendido.
Motores gêmeos
1) POSIÇÃO DA UNIDADE CONTROLE
Mergulho
2-5
CAPÍTULO 2 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE BARCO E MAQUINÁRIO DE PROPULSÃO Pesca
Indústria pesqueira (pesca com rede de emalhar)
Corpo do barco a motor
4. NOVA VERIFICAÇÃO DO FLUXO Selecionar corretamente, prestando atenção e meticulosamente às solicitações dos clientes, possibilita atender a suas necessidades náuticas com segurança.
Finalidades de uso
Ambientes para uso Motor Padrão de uso
Sistema de controle
Verba
2-6
CAPÍTULO 3 - RELACIONAMENTO ENTRE BARCO E VELOCIDADE INTRODUÇÃO O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 3 Neste Capítulo aprenderemos em detalhe a respeito do relacionamento entre um barco e sua velocidade. Este Capítulo se concentra em motores de popa.
DETALHAMENTO RELACIONAMENTO ENTRE BARCO E VELOCIDADE Máquinas acionadas por motores funcionam mais rápido quando o motor instalado produz maior potência. Entretanto, meramente dobrar a potência do motor não duplicará sua velocidade máxima. Este fato pode ser facilmente imaginado quando o mesmo é considerado no caso dos automóveis. Deve-se prestar atenção redobrada no caso dos barcos, já que seus motores são mais complexos que os dos automóveis. 1. TRÊS FATORES PRINCIPAIS Os fatores que apresentam grande impacto sobre a velocidade dos barcos são: Comprimento da linha d’água: Comprimento da parte do casco do barco que é imersa na água. Deslocamento: Peso do barco e cargas. Saída: Potência do motor. Estes três fatores estão intricadamente interligados para determinar a velocidade do barco.
Velocidade máxima
Velocidade máxima
Comprimento do casco imerso na água (Comprimento da linha d’água)
Peso do barco (Deslocamento)
Potência do motor (Saída)
3-1
CAPÍTULO 3 - RELACIONAMENTO ENTRE BARCO E VELOCIDADE BHP/W [PS/ton]
2. OTIMIZAÇÃO DE VELOCIDADES As curvas BHP/W~V fornecem uma apresentação detalhada das mudanças na velocidade dos barcos de acordo com a diferença no comprimento da linha d’água, deslocamento e saída. Estas curvas possibilitam estimar a velocidade de cada barco a partir do deslocamento e tipo de planeio pressuposto, ou prever as mudanças na velocidade dos barcos em um motor convertido.
Comprimento da linha d’água) Potência Deslocamento
] s é p √ /
s ó n [ L
√ /
V
Deslocamento: 2,86 Ton Comprimento da linha d’água:
Saída: Velocidade do vaso:
200 PS 35 nós
Saída: Velocidade do vaso:
36 Pés 250PS
39,6 nós
Procedimento
Desenhe uma linha do tipo de barco virtual.
a partir da linha do tipo de barco virtual
nós
3-2
CAPÍTULO 3 - RELACIONAMENTO ENTRE BARCO E VELOCIDADE Se as curvas de potência e velocidade forem colocadas à disposição pelos fabricantes do barco, as velocidades a partir da conversão poderão ser estimadas por meio destas curvas. Além disso, existe um determinado relacionamento entre a potência do motor e a velocidade do barco como um valor empírico. O gráfico feito com esse valor como um expoente é chamado de curva exponencial. Esta curva pode ser utilizada quando a conversão envolve somente o motor, com as outras condições mantidas basicamente inalteradas.
Curva de potência e velocidade Os seguintes dados foram obtidos em um barco com hélice MCU A=0,45 e fundo do barco sem pintura.
) r o t o m o d a i c n ê t o P ( s p
Nós (Velocidade)
Curva exponencial
3-3
CAPÍTULO 3 - RELACIONAMENTO ENTRE BARCO E VELOCIDADE
Expoente
Tipo de barco a motor
Tipo de planeio especial
Potência de 2,0 ou menos
Barco de lazer
Tipo planeio
Potências de 2,0 ~ 2,3
Barco de lazer
Tipo semi-planeio
Potências de 2,3 ~ 2,6
Barco de lazer
Tipo semi -planei o
Potênci as de 2,4 ~ 2,7
Barco de pesca de alta velocidade
Tipo deslocamento
Potênci as de 2,7 ~ 3,0
Barco de pesca geral
PROPULSÃO EFETIVA DO BARCO O barco está sujeito constantemente à resistência do ar e da água. É muito importante reduzir tal resistência exercida sobre um barco.
Resistência das ondas
Resistência por atrito
Resistência por redemoinhos
Resistência do ar
1. RESISTÊNCIA POR ATRITO Os três tipos principais de resistência oferecida pela água incluem: Resistência das ondas: Resistência oferecida pelas ondas que um barco cria. Resistência de redemoinhos: Resistência oferecida pelos redemoinhos de água ao longo das laterais de um barco em movi mento. Resistência por atrito: Resistência oferecida pelo atrito entre o barco e a água. De todos estes tipos, a resistência por atrito exerce o maior impacto sobre o movimento de um barco. Esta resistência por atrito pode ser reduzida ao mínimo por meio da limpeza do fundo de barco, eliminação de saliências sobre o convés e assim por diante. •
•
Resistência por atrito devido a criaturas subaquáticas
Resistência do ar
•
3-4
CAPÍTULO 3 - RELACIONAMENTO ENTRE BARCO E VELOCIDADE 2. REDUÇÃO DO DESLOCAMENTO Equipamento não utilizado
Uma sobrecarga ou equipamentos desnecessários causarão um aumento do deslocamento do barco. A abordagem mais fácil do problema consiste em tentar reduzir a carga ao mínimo necessário.
Sobrecarga
3. OUTROS
Instalação de 2 motores idênticos
Na motorização com motores de popa, é possível instalar dois ou três motores do mesmo tamanho, assim como dois motores de tamanhos diferentes para atender à finalidade pretendida.
Instalação de 2 motores di ferentes
1) INSTALAÇÃO DE 2 MOTORES IDÊNTICOS Velocidade (Nós) Carga leve
Carga leve
Carga média
Carga média
Carga pesada
Carga pesada
Velocidade do motor (rpm)
Velocidade do motor (rpm)
Instalação de motor único
Instalação de 2 motores
2) AMPLIAÇÃO Velocidade (Nós) Carga leve
A carga leve faz com que o barco navegue mais rápido do que com 2 motores
A velocidade não é afetada pela carga pesada.
Carga leve
Carga média
Carga média
Carga pesada
Carga pesada
Velocidade do motor (rpm) Instalação de motor único
Velocidade do motor (rpm) Instalação de 2 motores
3) INSTALAÇÃO DE 2 MOTORES DIFERENTES
Motor principal Motor elétrico
Motor principal Motor de pesca
3-5
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