18. Marchas e Estacionamentos B-101

March 11, 2019 | Author: Fabricio Machado | Category: Traffic, Armed Conflict, Nature
Share Embed Donate


Short Description

Download 18. Marchas e Estacionamentos B-101...

Description

OM: 9° BE Cmb

PLANO DE SESSÃO

CURSO: Formação dos Soldados

Data: 25/03/13

Instruendos: Soldados EV da CCAp

PERÍODO: Básico Matéria: Marchas e Estacionamentos Assunto: Generalidades das marchas à pé.

OBJETIVOS: Identificar os tipos e as características das marchas à pé; Identificar o Equipamento e o material individual de campanha; Descrever os procedimentos e as técnicas de execução das marchas à pé; Demonstrar os cuidados a serem tomados com os pés; LOCAL DA INSTRUÇÃO: Sala de instrução da CCAp TÉCNICA(S) DE INSTRUÇÃO: Palestra, Interrogatório e demonstração MEIOS AUXILIARES: Projetor de imagens INSTRUTOR:

MONITOR (ES):

AUXILIAR (ES):

1º Ten Machado

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS: Instalação do projetor, limpeza e arrumação do local MEDIDAS DE SEGURANÇA: não convém FONTES DE CONSULTA: Arquivos pessoais  ASSINATURA:

1º Ten Machado – Cmt Pel CCAp

VISTO:

Cap Hélio - Cmt CCAp

VISTO:

Maj Frermann – Ch 3ª Seção

TEMPO

DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO

I - INTRODUÇÃO Dando continuidade às instruções do Período Básico, falaremos hoje sobre o Plano de Defesa do Aquartelamento. Os objetivos desta instrução são: - Identificar os tipos e as características das marchas à pé; - Identificar o Equipamento e o material individual de campanha; - Descrever os procedimentos e as técnicas de execução das marchas à pé; - Demonstrar os cuidados a serem tomados com os pés; Para atingirmos esses objetivos seguiremos o seguinte sumário: I - Introdução; II - Desenvolvimento; 1. Equipamento e Material Individual de Campanha; 2. Aprestamento Individual; 3. Importância do ajuste do equipamento; 4. Procedimentos e técnicas de execução das marchas; 5. Formas de estacionamento; 6. Cuidados a serem tomados com os pés; III – Conclusão; Exercício; Demonstração de abrigos; Retificação da aprendizagem; Encerramento. Sendo as marchas a pé necessidades de ordem militar, é mister  e imperioso que se dêem ao homem instrução e treinamento para executa-las, tornando-o resistente e confiante. Porém, o sucesso da marcha pode ficar seriamente comprometido se o equipamento utilizado pelos executantes não for o ideal para este fim. O uniforme inadequado ao clima da região onde a marcha da tropa altera as funções fisiológicas, podendo levar o homem, por  vezes, ao congelamento ou à insolação. O equipamento pesado e mal ajustado prejudica a respiração, a circulação, a digestão e muitas vezes, produz ferimentos. Para evitar estes inconvenientes, deve-se preparar e ajustar com cuidado o equipamento desde a véspera da marcha.

MAI E OBS

II – DESENVOLVIMENTO 1. Equipamento e Material Individual de Campanha 1.1.

Material Individual

Material individual é aquele que é diretamente distribuído ao combatente para proporcionar razoáveis condições de vida em campanha e para o exercício de sua função durante o cumprimento de sua missão. Consiste em: - Armamento Individual; - Equipamento Individual; - Ferramental de Sapa; - Instrumentos e equipamentos diversos - Fardamento de Campanha a) Armamento Individual O armamento individual é constituído de armas portáteis e seus acessórios. Todo combatente é dotado de uma arma de fogo (fuzil, pistola ou metralhadora de mão) e uma arma branca (baioneta ou faca de trincheira) que lhes serão entregues para o emprego no combate aproximado e na sua defesa pessoal.  A arma é seu instrumento de combate. Conheça-a e aprenda a emprega-la em perfeitas condições de funcionamento. b) Equipamento Individual É o conjunto de peças que permite ao combatente acondicionar  todo o material que pode ser conduzido em campanha. Sua composição é padronizada variando apenas em alguns artigos de acordo com a arma individual de que o militar é dotado. Exemplos de equipamento individual: - Cinto NA - Mochila - Saco de Lona (VO) - Porta Carregador  - Coldre - Porta Curativo - Porta Cantil - Porta Marmita c) Ferramental de Sapa É constituído de ferramentas portáteis de terraplanagem e de corte, que darão ao militar condições de executar pequenos trabalhos de organização do terreno.  A ferramenta básica do combatente é a Pá Portátil e , secundariamente, a Picareta.  As demais ferramentas (facão, machado, alicate), deverão ser  consideradas complementares e serão distribuídas como instrumentos adicionais.

d) Equipamento e Instrumentos Diversos Para o desempenho de determinadas funções, o combatente poderá ser dotado de alguns instrumentos e equipamentos especiais, além da máscara contra gases, que é fornecida ao militar quando houver ameaça de guerra química. Tipos de equipamentos e instrumentos especiais: - Bússola - Binóculos - Lanterna e) Fardamento de Campanha O fardamento de campanha que é distribuído ao combatente é constituído de peça de uniforme, calçado e agasalho. Mantenha sempre no Quartel a muda de uniforme disponível, particularmente um ou mais pares de meias. 1.2.

Suprimentos individuais

São aqueles que o militar leva consigo para seu próprio consumo em campanha. a) Água Deve ser providenciada pelo próprio combatente tão logo que recebe ordem de se aprestar para partir. Em campanha, deve-se completar o suprimento de água sempre que for possível. b) Ração Normalmente, antes de partir para o cumprimento da missão, o militar recebe um pacote de Alimentação de Emergência (AE). É para o consumo, caso venha ocorrer interrupção do Suprimento Classe l. c) Munição O combatente recebe a quantidade de munição suficiente para completar os carregadores de sua arma individual. De acordo com a natureza da missão, poderá ainda receber uma quantidade extra de munição (dotação suplementar). d) Curativo Destina-se ao próprio uso do combatente em uma emergência. Poderá contribuir para manter vivo o ferido, até ser socorrido e evacuado. Para uma Organização Militar de Saúde.

2. Aprestamento individual 2.1.

Acondicionamento do Material

O material e o equipamento individual acompanharão o combatente quando partir de sua sede para o cumprimento da missão, devendo restringir-se ao estritamente necessário à sua vida em campanha. a) Cinto de Guarnição Destina-se ao transporte de material leve e de uso imediato em

campanha. São componentes básicos: - Porta Cantil - Porta Curativo - Coldre - Faca de Trincheira ou Baioneta - Porta Carregador  b) Saco de Lona Destina-se ao transporte do material individual necessário à vida e ao conforto mínimo do homem em campanha. O saco de lona é o fardo de bagagem do militar e é transportado nos Trens da Unidade. Deverá constar o nome do combatente para facilitar a identificação pelo homem nos pontos de distribuição.  Artigos do saco de lona: - Manta de Lã - Agasalhos - Uniforme de Muda - Peças de Vestuários - Bens Pessoais c) Mochila É o fardo destinado ao acondicionamento de material estritamente necessário ao cumprimento de uma missão de combate. Será transportada pelo combatente a pé, com o mínimo de volume e de peso, de tal modo que não embarace sua mobilidade de ação. Material transportado em clima quente: - Poncho - Ferramental de Sapa - Marmita e Talher  - Cabo Solteiro - Material de Higiene - Meias de Muda - Alimentação de Emergência - Munição Material transportado em clima frio: - Todos acima citados, mais... - Agasalho - Manta de Lã Materiais Complementares: - Ração de Combate - Munição Complementar  - Explosivos - Equipamentos Diversos Para tornar a mochila compacta, todo o material deve ser  conduzido no seu interior, inclusive porta marmita, ferramental de sapa, munição que não estiver nos porta carregadores e outros instrumentos e artigos.

3. Importância do ajuste do equipamento 3.1.

Adaptação do Homem

Como já foi dito antes, o ajuste de material é muito importante para manter o bem estar de quem está realizando uma marcha. Deve-se dispensar particular atenção ao aperto das calças, a colocação do cinto, ao equilíbrio e à posição da mochila. O homem não deve em princípio, conduzir carga superior à 1/3 do seu próprio peso. A carga total aconselhada é de 18 quilos, não devendo exceder a 22 quilos.

4. Procedimentos e técnicas de execução das marchas 4.1.

Situações em que uma tropa marcha a pé

Uma tropa marcha a pé quando: a. A situação tática ou o terreno exigem; b. Não há transporte motorizado disponível; c. O comando visa a exercitá-la d. O caminho é curto 4.2.

Tipos de Marcha

a. Tática – Executada sob condições de combate; b. Administrativa ou Preparatória – Quando possibilidade de contato com o inimigo é remota. 4.3.

a

Rendimento da marcha

Diz-se que uma tropa executa a marcha com bom rendimento quando chega a seu destino no tempo previsto e em condições de cumprir a missão recebida. para tal, concorrem , além de uma rigorosa preparação: a. O grau de instrução, o moral e o vigor físico dos executantes b. A disposição da tropa c. A observância da disciplina de marcha d. O estado dos itinerários e. A confiança no comando f. O espirito de corpo g. As condições fisiográficas locais 4.4.

Destacamento Precursor 

 A missão do destacamento precursor é: a. Balizar os pontos críticos do itinerário; b. Executar, ao longo do mesmo os trabalhos de engenharia necessários a sua desobstrução; c. Facilitar o trânsito; d. Preparar o novo estacionamento; e. Realizar outros serviços previstos na ordem de marcha O destacamento precursor é dividido da seguinte maneira: DESTACAMENTO PRECURSOR 

GRUPO DE ITINERÁRIOS

TURMA DE RECONHECIMENTO

GRUPO DE ESTACIONAMENTO

TURMA DE TRÂNSITO

TURMA DE SAPADORES

a. Grupo de itinerários Missão: - Reconhecer e facilitar o deslocamento da tropa ao longo da estrada de marcha. Turma de reconhecimento Missão: - Localizar a zona de estacionamento - Indicar o itinerário - Indicar vel. adequada da marcha - Indicar medidas de segurança - Localizar obstáculos - Indicar locais de alto e refeições - Localizar PI e P lib. - Avaliar o nº de balizadores e guardas de trânsito necessário



Turma de trânsito



Missão: - Guiar a coluna, impedindo o seu choque com outra coluna Turma de sapadores



Missão: - Executam os trabalhos de sapa para a preparação da estrada b. Grupo de estacionamento Missão: - Escolher, dividir ou repartir as áreas de estacionamento ou reunião, e preparar as instalações para descarga e estacionamento de viaturas, antes da chegada da coluna. - Preparar o plano de defesa da área 4.5.

Medidas de segurança

A execução de uma marcha, de qualquer tipo, exige a obediência das recomendações e norma existentes nos manuais correspondentes. A escolha do itinerário para marchas de qualquer tipo deverá evitar, sempre que possível, às vias de tráfego intenso ou difícil; isto não sendo possíveis, medidas especiais, rigorosas e adequadas deverão ser adotadas. Em princípio, quando não houver determinação específica, as Unidades valor Regimento (Batalhão ou Grupo), deverão executar as marchas centralizadas.

As marchas noturnas exigem cuidados especiais, como o emprego de equipamentos de sinalização à distância e outras providências. As ligações entre todos os elementos da coluna de marcha deverão ser estabelecidas adequadamente, para dar ao Comandante da coluna, o conhecimento exato dos acontecimentos e a possibilidade de neles intervir, com oportunidade. OBS.: Os militares deverão se preocupar em levar lanternas para a marcha e os escalões competentes deverá entrar em contato com os policiais rodoviários para a melhor segurança nos trajetos que por ventura sejam nas rodovias. É de vital importância a segurança em marchas a pé, tais

como:

   

4.6.

Marchar em estradas pelas bermas laterais;  Acompanhamento da equipe de saúde Instruir os homens nas mais diferentes situações;  Atentar para a instrução afunda dos balizadores, guias, guardas de trânsito, etc. Formações

 A formação normal de coluna de marcha das unidades é a coluna por dois ( uma de cada lado da estrada), ou dependendo das circunstâncias o comandante pode determinar que se faça coluna por  um, a qual deve seguir o lado esquerdo, ou seja, contra o fluxo de veículos visando diminuir o risco de acidentes. 4.7.

Velocidades

Para determinar a velocidade das marchas a serem realizadas deve-se considerar o terreno, as condições meteorológicas, as condições de natureza fisiológica e psicológica, além do efetivo da tropa, sua formação correta e a situação tática, sendo esta o fator  preponderante. a. A velocidade normal das marchas diurnas é: - 4,0 Km/h em estradas - 2,5 Km/h através de campos b. A velocidade normal das marchas noturnas é de: - 3,0 Km/h em estradas; - 1,5 Km/h através de campo 4.8.

Cadências

Denomina-se cadência o número de passos que o homem dá por minuto. O passo normal é de 75 cm, para a velocidade, também normal, de 4Km em 50 min.  A constância da velocidade permite que cada homem tenha uma cadência própria. A constante mudança da cadência acarreta fadiga prematura, diminuindo o rendimento. O Comprimento das passadas varia de conformidade com a inclinação e a consistência do terreno, motivando •



flutuação na coluna em deslocamento. 4.9.

Distância entre homens

a. A distância entre os homens, na marcha diurna é de 1,0 m. O comando pode, considerando a visibilidade, o piso da estrada e as etapas a cobrir, determinar maior, cujo limite não deve ultrapassar de 4,5 m a fim de não prejudicar o controle. b. Nas marchas táticas, durante o dia, as distâncias entre os homens são aumentadas (4,5 m a distância aconselhada), para que a dispersão possa proteger a tropa de tiros de artilharia inimiga e mesmo de outras armas. c. Durante a noite, as distâncias são reduzidas ao mínimo, os homens se mantêm em silêncio, balizadores são colocados nos pontos que possam dar margens a desvios de itinerários. A coluna por dois é a formação normal, mas em terrenos difíceis deve-se utilizar a coluna por um, afim de facilitar o controle a noite, deve-se empregar o uso de mensageiros, elementos de ligação e outros meios, desde que autorizados. d. Distância entre frações:   

Batalhões (ou unidades equivalentes) Diurna: 100 m Noturna: 50 m Subunidades (ou equivalentes) Diurna: 50 m Noturna: 20 m Pelotões (ou equivalentes) Diurna: 20 m Noturna: 10 m

4.10. Disciplina de marcha como:

É de vital importância a disciplina em marchas a pé, tais     

Marchar em estradas pelas bermas laterais; Silêncio nas marchas noturnas; Instruir os homens nas mais diferentes situações;  Atentar para a instrução afunda dos balizadores, guias, guardas de trânsito, etc. Não deixar lixo, meias e coturnos imprestáveis pelo itinerário,etc..

4.11. Altos  A fim de proporciona descanso a tropa, para ajuste de equipamentos e realizar as necessidades fisiológicas, são feitos altos periodicamente e a intervalos regulares. Em condições normais o primeiro alto é feito após 45 min. do início da marcha, outros a cada 50 min., com duração de 15 min. Estes se denominam “ALTOS HORÁRIOS”, e devem ser feitos em locais que ofereçam abrigo ou cobertura para a tropa. As zonas de população densa, sujeitas a observação e tiros do inimigo devem ser descartadas. Ao comando de “ALTO”, os homens abandonam a

estrada, saindo de forma para o lado da estrada que estão vindo, e permanecem nas proximidades desequipados e em descanso. È aconselhável que se deitem, apoiando os pés obre pedras, elevações do terreno, a fim de descongestioná-los. 4.12. Sinalização  A importância da sinalização correta em uma marcha pode prevenir acidentes dos mais diversos tipos, por isso se faz uso das seguintes funções em uma marcha:  Guias: são empregados na orientação das colunas;  Balizadores: são colocados ao longo do itinerário, para balizar o mesmo, juntamente com placas de identificação de pontos perigosos e distância percorrida;  Guardas de trânsito: são colocados em pontos perigosos, para controlar o trânsito, a fim de evitar  acidentes. 4.13. Comandos Para controlar a marcha utiliza-se a voz, gestos, mensageiros, e se a situação permitir, sinais óticos, acústicos e rádios. Um meio acústico muito utilizado para controlar a marcha é o apito, da seguinte maneira:  Um silvo longo e um curto: “Ordinário, Marche”, ou “Alto”;  Dois silvos longos: “Sem cadência”;  Três silvos longos: “Passo de estrada”. 4.14. Importante: - Equipe de orientação: Seguir a risco o Azm lançado na bússola (não se separar do Fuzil). - Utilizar corretamente o homem bússola, passo e ponto. - Utilizar o “off set” se necessário - Cuidado com as curvas dos rios. - Ninguém pode parar pelo trajeto - Todos atentos aos sinais - Disciplina de ruídos - Ajuste do equipamento - Meios - Hipoglos e quadriderme (tubo plástico) - Não mexer em em animais silvestres - Levar uma maca - Arma sempre travada. Conferir o material sempre ipermeabilizado (GPS, Rádio) - Prender a antena, base de antena e combinado (levar antena dipolo) - Cuidados com caba, igarapés, cobras, escorpiões, aranha, mosquitos, água e onça. - Levar o repelente e purificador de água

- Levar a maria chiquinha com memento (sempre) - Normalmente se faz uma refeição forte de manhã e a noite, ao meio dia apenas um “lanche” - Começa a marcha ao amanhecer e termina ao pôr do sol - O nascer do Sol é + 15 min e o por do Sol – 15 min em relação as clareiras. - Não se deslocar a noite (a não ser que seja importante) - Parar pelo menos 1 h 15 min antes do FCVN para ctt rádio, montagem de latrinas, preparação do fogo, montagem das redes de selva, preparação dos dispositivos de segurança, preparação da comida, etc Um homem na guerra, sobrevivendo, necessita de algum conforto. Ele necessita de um abrigo eficiente. O combate exige homens com ótimas condições físicas e psicológicas para poderem suportá–la com o mínimo de desgaste. No momento de descanso o elemento deve realmente poder descansar para estar em condições de atuar  contra o inimigo no momento oportuno. 5.

Formas de Estacionamento.

5.1. Bivaque: quando a tropa permanece ao relento, protegendo-se com a cobertura da vegetação e com seus equipamentos (mantas e ponchos). 5.2. Acampamento: quando se armam barracas. Adotado em áreas afastadas da Zona de combate. 5.3. Acantonamento: quando se aproveitam as condições existentes para instalação da tropa. Adotada na Zona de combate. 5.4. Conceitos e finalidades a. Bivaques são construções preparadas pelo combatente, com meios que possui (equipamento) e que a natureza lhe oferece, para a proteção contra as intempéries do tempo. Sua finalidade é fazer com que a tropa assuma uma posição para descanso, aguardando reforços de uma maneira mais rápida e chamando menos atenção do inimigo. b. Acampamentos são construídos com barracas, instalações sanitárias mais aprimoradas, onde a tropa está reunida em áreas mais distantes da zona de combate. Sua finalidade é abrigar mantimentos como alimentação, munição, o rancho para confecção da comida, tão bem como o PC da Unidade, tropas no aguardo de ordens, pessoal de saúde, e suprimentos dos mais diversos tipos de que a tropa necessite, e também para abrigo da tropa em acampamentos de Unidades quando em treinamento de seus efetivos em tempo de paz.

c. Acantonamentos são construções existentes no terreno que a tropa ocupa, como: sede de fazendas, casas, etc. Sua finalidade é a mesma do acampamento, sua única diferença é que no acantonamento já temos as instalações necessárias a tropa.

6. Cuidados a serem tomados com os pés 6.1.

Cuidados com os pés antes, durante e após a marcha.

a. Generalidades. Deve-se dispensar aos pés todos os cuidados possíveis. A limpeza, o corte correto das unhas, o uso de meias em perfeitas condições e de calçados de boa qualidade e o pronto curativo dos ferimentos. b. Higiene e tratamento dos pés  Antes e depois das marchas deve-se ter o  cuidado de lavar os pés, enxugá-los cuidadosamente, dedo a dedo, e pulverizá-los com o pó adequado. Antes da marcha verificar o tratamento das unhas e, se for o caso, cortá-las sem aparar os cantos, o corte correto visa evitar as dolorosas unhas encravadas. (fig. 01)

Fig 01 – Unha do pé, corretamente cortada Caso não se disponha de água, antes de usar pó, friccionar vigorosamente os pés com um pano seco. As medidas preventivas constituem a melhor proteção contra os ferimentos.  As bolhas de água são causadas por meias e  calçados mal ajustados ou estragados, como tratamento, deve-se lavá-las, furá-las em seguida com alfinete ou outro instrumento pontiagudo, previamente esterilizado, e finalmente sem remover a pele cobri-la até as bordas com gaze e esparadrapo. (fig. 02) 

Fig 02 – Tratamento de uma bolha d’agua Os calos são causados por calçados mal ajustados, novos ou com pouco tempo de uso. Para alivio temporário, colocar em volta do calo um anel de feltro ou coisa semelhante. Por isso deve-se verificar os calçados antes de partir. (fig. 03) 

Fig 03 – Verificação dos calçados

Quando os pés permanecem por longo tempo sob a ação do frio ou da umidade, sujeitam-se à infecção denominada pé de trincheira, terrível moléstia que chega a provocar  gangrena, a perda dos dedos e dos próprios pés. São aconselháveis, como prevenção, as seguinte medidas: Manter os pés secos quando possível; Secar as meias e o calçado, inclusive colocando-os sob a coberta, aproveitando o calor do próprio corpo; Transportar o fardamento junto ao corpo, de modo a mantê-lo aquecido; Evitar, sempre que possível pisar em água e lama; Manter o fardamento folgado nas pernas e tornozelos; Não usar meias e calçados mal ajustados; Exercitar e massagear os pés quando parado; Não usar calçados novos, se possível dê preferência aos já amaciados; 

• •







• •

Outras providências a. Todos os detritos devem ser enterrados numa fossa, para evitar a presença de animais (roedores, cobras, formigas). b. Sempre tenha um facão (imprescindível para a construção de um bivaque)

III – CONCLUSÃO

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF