16PF

March 30, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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1. DESCRIÇÃO GERAL 1.1. Fic Ficha ha Téc Técnica nica Nome original: “16PF original: “16PF Fifth Edition, Administrator’s Manual” Autores do teste: R.B. teste: R.B. Cattell, A.K.S Cattell e H.E.P Cattell, 1993 Autores do manual original: Mary original:  Mary T. Russell e Darcie L. Karol, 1994 Adaptação portuguesa de: CEGOC-TEA, de: CEGOC-TEA, Lisboa, 1998 Co-edição de: TEA de: TEA EDICIONES E CEGOC-TEA Proprietária dos direitos da versão original: original: I.P.A.T:  I.P.A.T: Institute for Personality and Ability Testing, Champaign, Illinois Aplicação: Individual Aplicação:  Individual ou Colectiva Duração: Variável, Duração:  Variável, entre 40 e 45 minutos População: Adolescentes População:  Adolescentes e adultos Objectivo:   Avali Objectivo: valiaç ação ão de 16 traç traços os de pr prim imei eira ra orde ordem m e 5 dime dimens nsõe õess glob globai aiss da pe perso rsonal nalid idade ade;; inc inclue luem m 3 med medida idass de est estililos os de res respo posta sta (ma (mani nipul pulaçã ação o de ima image gem, m, infrequência e aquiescência). Normalização: Notas percentílicas e decatipos, para adolescentes e adultos de ambos os Normalização: Notas sexos. 1.2. Descriçã Descrição o Gera Gerall do 16PF Raymond B. Cattell, com o objectivo de identificar os principais traços que permitem descrever a personalidade, aplicou técnicas factoriais a listagens de adjectivos, resultantes de estudos como os de Allport Allport & Odbert (1936) que procuravam descrever o comportamento humano. No seguimento desses estudos factoriais, em que encontrou 12 factores (Cattell, 19 1943 43;; 19 1945 45;; ci cit. t. em Go Gold ldbe berg rg,, 19 1995 95), ), a qu que e veio veio a junt juntar ar ma mais is 4, elab elabor orou ou o 16PF (Questionário de Personalidade de 16 Factores). A Forma 5, ainda que actualizada e revista, co cont ntin inua ua a se serr co cons nstititu tuíd ída a pe pela lass me mesm smas as 16 esca escala lass prim primar aria iass de pers person onal alid idad ade e identificadas identificad as por Cattell há mais de 45 anos.  As escalas continuam a designar-se pelas letras A a Q4 e identificam identificam-se -se a partir de um título descritivo (por exemplo, A é Afabilidade, B é Raciocínio e C é Estabilidade). Os antigos factores de segunda ordem denominam-se agora “dimensões globais”. Contudo, o seu seu supo suport rte e te teór óric ico o cont contin inua ua a ser ser um uma a es estr tru utura tura fact factor oria iall si simi mila larr à en enco cont ntra rada da anteriormente, anteriormen te, o que confirma os dados originalme originalmente nte descritos por Cattell. O instrumento contém 185 itens destinados a medir quer os 16 traços primários quer  o índice MI (Manipulação da Imagem ou Desirabilidade Social). As escalas contêm entre 10 e 15 itens e a prova pode ser aplicada, individualmente ou em grupo, em menos de uma

 

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hora. O nível de leitura exigido está ao nível do ensino básico. Além das propriedades aplicáveiss a todas as Formas do 16PF aplicávei 16PF,, na Forma 5 procurou-se optimizar alguns aspectos: 1.

Foi revisto o conteúdo dos itens para os tornar adequados a uma linguagem

mais actu actual, al, proc procuran urando-s do-se e aind ainda a eli elimina minarr ambi ambiguid guidades ades.. També mbém m se tento tentou u evita evitar  r  enviesamentos enviesamen tos referentes a aspectos como sexo, raça e cultura. 2.

 As alternativas de resposta aos itens das escalas de personali personalidade dade

unificaram-se no seu formato mediante a inclusão de uma alternativa intermédia que se representa pelo sinal de interrogação, “?”. 3.

Foram construídos novos índices para medir os desvios de resposta. O índice

MI (Manipulação da Imagem) é formado por itens independentes dos das escalas de person per sonal alida idade de e vem sub substi stitui tuirr as esc escala alass de "di "disto storçã rção" o" ou "bo "boa/m a/má á ima imagem gem"" das das edições anteriores. Nesta Forma 5 foram incorporados um índice de Infrequência (IN) e outro de Aquiescência (AQ). Contudo, nenhum destes índices deve ser considerado como necessário para “ajustar" os decatipos obtidos no perfil. 4.

Foram melh melhorad oradas as as cara caracterí cterística sticass psic psicomét ométrica ricass do inst instrume rumento. nto. Nos

estud est udos os ori origi ginai naiss obt obteve eve-se -se uma  me medi dida da da gara garant ntia ia,, base basead ada a na aval avalia iaçã ção o da consistência interna, com valores entre 0,64 e 0.85, e uma média de 0,74; a medida da garantia avaliada pelo método de teste-reteste apresenta uma média de 0,80 num estudo com duas semanas de intervalo e de 0,70 quando o intervalo é de 2 meses. Também nos estudos originais foram actualizados os critérios de Adaptação/Ajustamento e Potencial de Criação e acrescentara acrescentaram-se m-se outros, como Empatia e Auto-estima. Em resumo, o 16PF-5 16PF-5,, enquanto medida de largo espectro da personalidade, é um instrumento útil para predizer a conduta das pessoas em situações e actividades muito diferentes, quer em orientação escolar e profissional quer em contexto de selecção de pess pessoa oal.l. O ps psic icól ólog ogo o cl clín ínic ico o tamb também ém po pode de be bene nefifici ciar ar de me medi dida dass "nor "norma mais is"" de pe pers rson onal alid idad ade e na nass qu quai aiss se en enqu quad adra ra os "d "des esvi vios os"" dos dos seus seus caso casoss espe especi ciai ais. s. Os de depa part rtam amen ento toss de re recu curs rsos os hu huma mano noss po pode dem m apro aprove veititar ar a info inform rmaç ação ão dada dada pela pela multiplicidade multiplicid ade das suas escalas, ponderand ponderando-a o-a de acordo com os requisitos das funções dos trabalhadores trabalhado res avaliados avaliados.. 1.3. Funda Fundamentos mentos T Teór eóricos icos do 16PF Há 49 anos quando Cattell e colaboradores se propuseram medir todos os traços de personalidade, supuseram que as distintas denominações que se davam à personalidade deveriam estar relacionadas com os adjectivos que as pessoas usam normalmente para

 

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descrever os outros. Portanto, começaram a sua investigação, partindo de uma listagem de 18.000 adjectivos ingleses, elaborada por Allport e Odbert (1936). In Inic icia ialm lmen ente te,,

os in inve vest stig igad ador ores es pe pedi dira ram m

a

"obs "obser erva vado dore ress

exte exteri rior ores es""

que que

classificassem sujeitos que conhecessem bem, através de um subconjunto de adjectivos. Com esta técnica estatística, é possível   reduzir um vasto número de variáveis a um número mais reduzido que explique satisfatoriamente o conjunto maior. Deste modo, pretenderam evitar a existência de termos similares na lista de Allport e Odbert. A seguir, submeteram à análise factorial as classificações feitas pelos observadores. Cattell planeava, deste modo, identificar factorialmente os traços primários da conduta, aqueles que Allport pudessem explicar o espectro total da personalidade.  A análise análise factoria factoriall das avalia avaliações ções dos observa observadores, dores, dados con conhecidos hecidos como "d "dadosadosL" ("Life-data" ou dados de observação), identificou 12 traços que explicavam a variabilidade dos descritores implicados no citado léxico. Estes traços ou factores, etiquetaram-se com as letras do alfabeto (A, B, C, etc.); faltam algumas letras, como o D ou o j, que identificavam traços encontrados unicamente nas análises de amostras de crianças ou adolescente adolescentes. s.  As listas de adjectivos assim avaliadas avaliadas  foram transformadas em perguntas ou itens de esc escolh olha a mú múlti ltipla pla e den denomi ominar naramam-se se “da “dado dos-Q s-Q”” (“Q (“Ques uestio tionn nnair aire-d e-data ata”” ou dad dados os de questionário). Numa série de estudos, as respostas a estes itens foram submetidas a análise factorial e os seus resultados serviram para elaborar as 16 escalas primárias do 16PF.. Doze dessas escalas medem os factores denominados previamente com as letras do 16PF alfabeto e as quatro escalas restantes medem factores designados com as letras Q 1 a Q4 porque surgiram na análise dos '"dados-Q". Da mesma maneira que os elementos químicos se consideram primários e básicos na constituição de todo o tipo de matéria ou organismo, Cattell conceptualizou as 16 dimensões primárias, primárias, identificadas factorialmente, como traços básicos da personalidade personalidade.. E para descrever as qualidades inerentes as pontuações obtidas nas 16 escalas, Cattell criou nomes distintivos. Por exemplo exemplo,, denomino denominou u "Esquizotímia" aquela reserva característica que está subjacente nas pontuações baixas da escala A, e utilizou o termo "Ciclotímia" para explicar o calor humano e afectuoso das pessoas com pontuação alta nessa escala A; depois nas edições seguintes utilizaram-se termos  mais acessíveis para essas variáveis; na versão portuguesa a escala A é conhecida pelo termo "Afabilidade"' e é acompanhada de adjectivos que ajudam a definir melhor os pólos alto e baixo da escala. Tanto na primeira como nas versões   seguintes, Cattell analisou factorialmente as 16 escalas primárias para obter factores globais que reunissem (em forma de "agrupamentos") as escalas primárias. Estes factores globais, designados "factores de segunda ordem" surgem, de forma consistente, em número de cinco (tanto nos estudos originais como nos estu estudo doss fe feititos os no nout utra rass cu cultltur uras as). ). Tê Têm m si sido do re refe feri rido doss como como Extroversão Extroversão,, Ansiedade Ansiedade,,

 

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Dureza,, Independência Dureza Independência   e Auto-Controlo Auto-Controlo   e resu resume mem m as inte interr rrel elaç açõe õess das das esca escala lass primárias, permitindo examinar a personalidade numa perspectiva mais ampla do que a especificidade especificid ade das escalas permite. 16PF resulta Em resumo, o 16PF  resulta da intenção de Cattell de identificar os traços primários da conduta mediante a análise factorial do conjunto dos descritores da personalidade total. Esta Est a forma forma de con constr struçã ução o de pro provas vas,, atr atravé avéss de pro proced cedime imento ntoss de análi análise se fac factor torial ial,, distingue-se de outros métodos de construção de testes de personalidade. Nalguns casos, por exemplo, os inventários são compostos por itens que reflectem constructos definidos por  uma determinada teoria da personalidade (por exemplo: os questionários que medem as "necessidades" de Murray). Noutros inventários, o conteúdo dos itens está estruturado para diferenciar grupos entre si (por exemplo, os testes que diferenciam os grupos "clínicos" dos chamados "normais"). Dado que o 16PF é uma medida de largo espectro da personalidade normal para adolescentes e adultos, tem sido utilizado em diferentes situações de avaliação (escolar, clínica, orientação, industrial, organizacional e de investigação) e para medir vários tipos de compor com portam tament ento. o. Est Estas as aplic aplicaç ações ões in inclu cluem em a pr pred ediçã ição o de critér critérios ios de execu execução ção e de avaliações comportamentais, a determinação de semelhança no perfil de personalidade en entre tre me membr mbros os de gru grupo poss esp especí ecífic ficos, os, a ava avaliliaçã ação o de alter alteraçõ ações es de perso personal nalid idade ade resultantes de tratamentos ou manipulações experimentais, experimentais, ou a predição de outros critérios e de outras medidas de constructos. 1.4. Desenvo Desenvolvimen lvimento to Original do 16 16PF PF Forma 5 16PF (1949) Depois da primeira edição do 16PF  (1949) foram feitas quatro revisões com claras melhorias nas escalas (1956, 1962, 1967-69 e 1993). O resultado desta quarta revisão de 1993 é a "quinta" edição (e daí o número "5" na sua denominação); é caracterizada por  melho mel hores res índ índice icess psi psicom cométr étrico icoss do que as ver versõe sõess anter anterior iores es e ate atend nde e às mud mudanç anças as culturais e profissionais (por exemplo, foram tidos em consideraçã consideração o os «APA «APA's 's Standards for  Educational and Psychological Testing» de 1985). Para elaborar esta quinta revisão, extraíram-se os itens das edições anteriores que apresentassem alta correlação com a escala a que pertencem e menor com as outras escalas. Os itens escolhidos foram revistos no seu conteúdo e redacção, eliminando-se ou alterando-se os conteúdos ambíguos ou inadequados. Também se encurtou e simplificou a sua redacção, tendo ainda havido o cuidado de evitar enviesamentos por influência do sexo ou da raça. O sistema de pontuação foi construído sobre uma escala de tipo "Likert", com três pontos: um extremo, em direcção ao construto a medir, que recebe 2 pontos, e outro extremo que recebe O pontos; ao ponto médio desta escala de medida é atribuído 1 ponto,

 

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tendo-se verificado a sua unificação na quinta edição, propondo-se uma interrogação ("?") como alternativas entre os dois extremos.  A primeira primeira e as sucessivas ediç edições ões experimen experimentais tais foram aplicadas a várias amo amostras, stras, que permitissem a análise dos resultados das alterações. Em cada fase foi-se reduzindo o número de itens, a partir dos dados referentes às correlações item-total, às intercorrelações das escalas ou aos índices de consistência interna. A última edição experimental continha 14 itens para cada escala (excepto a escala B que incluía 15 questões). Finalmente, aplicou-se a técnica de "pacotes" ou grupos de itens (seis por escala). Submeteram-se as pontuações de uma amostra de 3.498 sujeitos a uma análise factorial visand vis ando o a id ident entifi ificaç cação ão dos com compon ponen entes tes pri princi ncipa pais. is. Foi dessa dessa amo amostr stra a total total que que se seleccionou seleccion ou a amostra normativa naciona nacional.l. Os 16 factores resultantes submeteram-se a uma rotaçã rot ação o Ha Harri rris-K s-Kai aiser ser e a duas duas rot rotaçõ ações es man manua uais is do própr próprio io R.B R.B.Ca .Catte ttell; ll; deste deste mod modo, o, chegou-se à definição de seis factores gerais (cinco dimensões globais e um factor de inteligência); inteligên cia); quase todos os "pacotes" saturavam no seu próprio factor e não nos outros. Reduziu-se o número de itens para a versão final e o instrumento foi tipificado com base nos resultados obtidos na amostra normativa. O Quadro 1 resume a composição das 16PF original, escalas de personalidade do 16PF  original, indicando o número de itens de tipo Sa (sem alterações ou modificado apenas numa ou duas palavras), tipo Pa (pequenas alterações nas palavras ou na redacção da frase), tipo As (alterações significativas, mas mantendo a mesma ideia) e tipo In (itens novos). No Quadro 1 não estão incluídos os 15 itens das escalas B (Raciocínio) nem os 12 de MI (Manipulação da Imagem), mas a sua composição está comentada noutro lugar. Quanto às escalas B e MI, em cada uma das fases experimentais foram testados novos Itens. No princípio, reuniram-se 43 itens B de formas ou análises anteriores, foram depois submetidos a sucessivas triagens, mantendo-se no final apenas os 15 que apresenta a Forma 5. Esses 15 compreendem cinco itens para cada um dos seguintes aspectos do raciocínio:: verbal, numérico e lógico. Para a análise dos itens, estudou-se a sua capacidade raciocínio discriminativa entre vários níveis de capacidade, evitaram-se possíveis enviesamentos de sexo e raça e estudou-se a sua correlação com outras medidas de inteligência.  A escala MI pretende avaliar comportamentos comportamentos,, sentimentos e atitudes socialmen socialmente te desejáveis. Também neste caso se reuniram todos os itens existentes previamente (alguns enquadrados como medida de "distorção motivacional"), e estudaram-se as correlações com a escala a que pertencem e com outras medidas de desirabilidade social. Os 12 Itens que fazem parte da versão final do instrumento só pontuam nesta escala e são independentes das escalas de personalidade.

 

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O conteúdo das outras duas escalas de "estilos de respostas", Infrequência (IN) e  Aquiescência  Aquiescên cia (AQ), foi baseado na análise de frequências frequências das respostas encontradas na amostra normativa.  A escala IN é constituída pelos itens e alternativas de respostas (A, B ou C) que apresentaram uma frequência muito  baixa. Foi, assim, realizado um estudo para estimar a precis pre cisão ão da esc escala ala na det detecç ecção ão das pesso pessoas as que tinha tinham m respo respond ndido ido ao aca acaso; so; uma po pontu ntuaçã ação o alt alta, a, por portan tanto, to, ind indica ica qu que e o suj sujei eito to esc escol olheu heu as alt altern ernati ativas vas de res respo posta stass consideradas infrequentes na amostra normativa e, provavelmente, respondeu ao acaso ou sem prestar atenção à tarefa. Para obter esta pontuação só se consideram as alternativas intermédias ("?") destes itens. A escala AQ desenvolveu-se, considerando as respostas "Verdadeiro" e o seu objectivo é detectar a tendência à "aquiescência" dos sujeitos que respondem afirmativamente, independentemente do conteúdo do item. Tanto a escala de B (Raciocínio) como as medidas IN e AQ de "estilos de resposta" pontuam-se numa escala dicotómica: 1 ponto na direcção do construto e 0 pontos nos outros casos. No entanto, a escala de desirabilidade social (MI) pontua-se, como as restantes escalas de personalidade, numa escala "Likert" de 0/1/2 pontos. Quadro 1. 1. Alterações à versão original do 16PF Sa

Pa

As

In

Total

 A C

Escalas Afabilidad Afabilidade e Estabilidade

2

4

2

3

11

2

2

2

4

10

E

Dominância

0

5

3

2

10

F

Expansividade

5

4

0

1

10

G

Atenção-normas

3

4

2

2

11

H

Atrevimento

8

2

0

0

10

I

Sensibilidade

L

Vigilância

3 2

7 1

0 5

1 2

11 10

M

Abstracção

2

0

5

4

11

N

Privacidade

1

2

3

4

10

O

Apreensão

0

2

7

1

10

Q1

Abertura à mudança

2

5

2

5

14

Q2

Auto-suficiência

4

1

4

1

10

Q3

Perfeccionismo

1

1

3

5

10

Q4

Tensão

0

3

4

3

10

Totais

35

43

42

38

158

Percentagens

22

27

27

24

100

 

7

1.5. Descriçã Descrição o das Dimensõ Dimensões es Primár Primárias ias Como já foi referido, o 16PF-5, ainda que actualizado e revisto, continua a medir as mesmas dezasseis escalas primárias de personalidade identificadas por Cattell nos estudos originais. O Quadro 2 facilita a compreensão dos constructos medidos pelas referidas escalas mediante media nte uma des desig ignaç nação ão gen genéri érica ca e alg algun unss adjec adjectiv tivos os esp especí ecífic ficos os dos pólos pólos baixo baixo (assinalado com o sinal menos "-“) e alto (com o sinal mais "+"). No capítulo destinado à interpretação dos resultados das aplicações práticas, o leitor pode encontrar uma descrição mais fundamentada e detalhada de cada escala. Quadro 2. Descrição 2. Descrição das escalas primárias através de adjectivos E scala  Afabilidade Raciocínio Estabilidade Dominância  Animação  Atenção às normas  Atrevimento Sensibilidade Vigilância  Abstraçao Privacidade  Apreensão  Abertura à mudança  Auto-suficiência Perfeccionismo Tensão

 A-

Os pólos baixos (-) e alto (+) definem uma pessoa… Fria, impessoal, distante e reservada

 A+ B-

Calorosa, afável, generosa e atenta aos outros De pensamento concreto

B+ C-

De pensamento abstracto Reactiva e emocionalmente instável

C+ E-

Emocionalmente estável, adaptada e madura Deferente, cooperante e evita os conflitos

E+ F-

Dominante, assertiva e competitiva Séria, reprimida e cuidadosa

F+ G-

 Alegre, espontânea, activa e entusiasta Inconformista, pouco cumpridora e indulgente

G+ H-

 Atenta às normas, cumpridora e formal Tímida, temerosa e coibida

H+ I-

 Atrevida/segura socialmente e empreendedora Objectiva, nada sentimental e calculista

I+ L-

Sensível, esteta e sentimental Confiante, sem suspeitas e adaptável

L+ M-

Vigilante, desconfiada, céptica e prudente Prática, "com os pés assentes na terra" e realista, pragmática Distraída,

M+ N-

imaginativa e idealista  Aberta, genuína, simples e natural

N+ O-

Fechada, calculista, discreta; não se abre Segura, despreocupada e satisfeita

O+ Q1-

 Apreensiva, insegura e preocupada Tradicional e agarrada ao que lhe é familiar

Q1+ Q2-

 Aberta à mudança, experimental e analítica Seguidora e integra-se em grupos

Q2+ Q3-

 Auto-suficiente, individualista e solitária Flexível e tolerante com a desordem ou com as faltas

Q3+ Q4-

Perfeccionista, organizada e disciplinada Relaxada, calma e paciente

Q4+

Te Tensa, nsa, enérgica, impaciente im paciente e intranquila

Esta nomenclatura (letras e sinal) tem sido empregue, em geral, para referir os sujeitos cujos decatipos se situam em ambos os extremos (1-3 na esquerda e 8-10 na

 

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direita) da escala de decatipos. Este mesmo esquema e nomenclatura emprega-se também para aludir às relações de uma variável com outra; por exemplo, quando se afirma que "a  Afabilidade  Afabilidad e (A+) se relaciona com a Extroversão (Ext+) " a expressão indicará uma relação positiva, enquanto que ao sugerir que "a Sensibili Sensibilidade dade (I-) contribui para a Dureza (Dur+) " a expressão indicará que a Dureza é mais própria da pessoa situada no pólo baixo da sensibilidade (calculista, objectiva e nada sentimental), ainda que também se possa dizer  que "a Sensibilidade (I+) contribui para a Receptividade (Dur-) ", ou seja para o pólo baixo da Dureza (ver as descrições do Quadro 3 no ponto 1.6). 1.6. Descriçã Descrição o das dime dimensões nsões Gl Globais obais  Além das escalas primárias (A a Q4), o 16PF-5 16PF-5 permite  permite obter dimensões globais da personalidade, personali dade, ou "factores de segunda ordem". O Quadro 3 esquematiza essas dimensões globais mediante adjectivos adjectivos que definem os pólos baixos e altos das mesmas. Estas dimensões não só são muito semelhantes aos factores secundários secundários de edições 16PF,, com an ante teri rior ores es do 16PF como o en encon contra tram m al algum guma a cor corres respo pondê ndênci ncia a com as dim dimens ensõe õess do Mode Mo delo lo dos Ci Cinco nco Fac Factor tores es de Per Person sonali alidad dade, e, ou BIG FIVE , como demonstraremos no capítulo de Justificação Estatística. Quadro 3. Descrição 3. Descrição das dimensões globais através de adjectivos Dimensões/Escalas EXTROVERSÃO

Os pólos baixo (-) e alto (+) definem uma pessoa... ExtIntrovertida, socialmente inibida

 A+ F+ H+ N- Q2 ANSIEDADE

Ext+  Ans-

Extrovertida, sociável e participativa Imperturbável, pouco ansiosa

C- L+ 0+ Q4+ DUREZA

 Ans+ Dur-

Perturbável, muito ansiosa Receptiva, de mente aberta, Intuitivo

 A- 1- M- QlINDEPENDÊNCIA

Dur+ Ind-

Dura, firme, inflexível, fria, objectiva Submissa, aceita acordos, cede rapidamente

E+ H+ L+ Q 1 +  AUTO-CONTROLO  AUTO-CONTROLO

Ind+  AuC-

Independente, crítica, gosta da polémica Não reprimida, segue os seus impulsos

F- G+ M- Q3+

 AuC+

 Auto-controlada, reprime os impulsos

1.7. Escala de Decatip Decatipos os  As pontuações directas do 16PF transformam-se numa escala típica de 10 pontos denominados "decatipos". É uma escala de medida que tem mostrado na prática um bom nível de discriminação dos resultados. Os de decat catipo iposs dis distri tribu buemem-se se so sobre bre uma esc escal ala a de dez dez ponto pontoss equ equid idist istan antes tes em unidadess típicas (supondo que a distribuição seja normal), com média no decatipo 5,50 e um unidade de desv svio io pa padr drão ão de 2 de deca catitipo pos. s. Po Port rtan anto to,, os deca decatitipo poss cent centra rais is 5 e 6 este estend ndem em-s -se, e, respectivamente, meio desvio padrão para ambos os lados da média e compreendem o

 

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grupo central da população, enquanto que os extremos superiores do decatipo 10 e inferior  do decatipo 1 se encontram a dois e meio desvios padrão de ambos os lados da média.  Assim, pode considerar considerar-se -se que os decatipos 5 e 6 são valores médios, 4 e 7 mostram um pequeno desvio (numa ou noutra direcção, respectivamente), respectivamente), 2-3 e 8-9 indicam um gra grande nde desv desvio io e 1 e 10 são valo valores res extre extremos mos.. Todas esta estass posiç posiçõe õess devem devem ser  entendidas como relativas à população específica sobre a qual se realizou a normalização ou tipificação. Nas descrições indicados nos subcapítulos anteriores das escalas primárias e das dimensões globais, as zonas referidas como "pólo baixo" e "pólo alto" referem-se aos decatipos 1-3 e 8-1. Em cada um destes pólos encontra-se 16% da população e na zona central ficam compreendidos compreendidos os dois terços (68%) da mesma.  A figura 1 ilustra estas correspondê correspondências ncias sobre uma curva normal ou de Gauss. Na base, estão as escalas de pontuações típicas "z", decatipos e percentis, assim como as percentagenss incluídas. percentagen Figura 1. 1. Correspondência entre pontuações típicas (Pz), decatipos (DE) e percentis (Pc)

1.8 Aplicações Práticas Enquanto instrumento de medida da personalidade, o 16PF 16PF em  em geral e a Forma 5 em particular, podem ser úteis em situações muito diferentes na prática clínica, organizacional ou educativa. Esta aplicabilidade apoia-se nas suas principais características. Em primeiro lugar, avalia várias dimensões da personalidade. Além disso, as suas medidas têm uma ori orient entaçã ação o "fu "funci nciona onal" l" (i (i.e., .e., as esc escala alass não se apoia apoiam m em con concep cepçõe çõess sub subjec jectiv tivas as ou ap apri rior orís ístitica cas, s, ma mass or orie ient ntam am-s -se e po porr traç traços os pr próp ópri rios os do dese desenv nvol olvi vime ment nto o norm normal al da pe perso rsonal nalid idade ade). ). Fin Finalm alment ente, e, as sua suass med medida idass integr integramam-se se num num cor corpo po org organ aniza izado do de conhecimentos conhecime ntos práticos e teóricos.

 

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Por todas estas razões, as avaliaçõe avaliaçõess que permite realizar podem ser úteis em: a)

Aplicações industriais industriais:: Existe uma longa história de estudos em que, com o 16PF 16PF,,

se procurou identificar o perfil característico de muitas actividades profissionais (tais como piloto de aviação, professor, polícia ou vendedor). Em muitos casos foram encontradas diferenças significativas entre  os grupos profissionais nalguns traços de personalidade. Isto sugeriu a possibilidade de aplicar equações de regressão para estimar o ajustamento do perfil de um candidato aos perfis característicos das profissões ou atender selectiva e unicamente a essas escalas diferenciais. O 16PF pode também ser útil em estudos de "potencial humano", Por vezes,   os de depar partam tament entos os de rec recur ursos sos hu human manos os pre preten tendem dem utiliz utilizar ar a des descri crição ção dos  tra traços ços de pe perso rsonal nalid idade ade dos dos emp empreg regad ados os par para a fins fins de pro promoç moção ão,, for formaç mação ão ou mud mudanç anças as na organização, etc. No qu que e se re refe fere re a se sele lecç cção ão de pe pess ssoa oal,l, são são conh conhec ecid idas as as rela relaçõ ções es entr entre e dimensões de personalidade (como a extroversão ou grau de socialização) e diferentes critérios de comportamento no trabalho. b)

Orient Ori entação ação e aco aconse nselham lhament ento o esco escolare lares: s:  A   A  actividade escolar está ligada, em

maior mai or ou men menor or gr grau au,, a tra traços ços de pe perso rsonal nalid idade ade porqu porque e na apr aprend endiza izagem gem,, além além das variáveis aptitudinais, estão subjacentes alguns traços comportamentais ou motivacionais 16PF-5.. Além disso, também ao nível da qu que e po podem dem ser ava avalia liados dos com as escal escalas as do 16PF-5 Orientação Escolar e Profissional, o estudo dos traços de personalidade poderá ajudar o sujeito no seu processo de auto-conhecimento. c)

Diagnóstico clínico: clínico: Enquanto  Enquanto alguns profissiona profissionais is consideram que os diagnósticos

psiq psiqui uiát átri rico coss co corr rren ente tess se de deve veri riam am ba base sear ar na anal analog ogia ia das das pertu perturb rbaç açõe õess com com as enfermidades enfermidad es físicas, categorizando, para isso, os sujeitos com esses problemas em grupos qualitativamente diferentes, há outros que consideram que a classificação deve ser um problema de dimensões mais que de categorias. Assim, em vez de classificar cada pessoa com problemas dentro de uma categoria ou outra, atribuem-lhe uma posição sobre o contínuo das dimensões globais da personalidade. Este método, além de ser mais fiável, está mais de acordo com os dados experimentais. experimentais. Por exemplo, simplifican simplificando do a estrutura da personalidade num modelo bidimensional e ortogonal (que permite quatro quadrantes), em vez de classificar um sujeito com a etiqueta de um ou outro quadrante, são-lhe atribuídas coordenadas coordenad as cartesianas de maior ou menor afastamento da zona central. Deste modo, não soment som ente e é en enqua quadra drado do num ou nou noutro tro qua quadra drante nte com como o tam també bém m lhe cor corres respon ponde de um determinado grau de afastamento ou de gravidade do problema. Por outro lado, existe uma relação entre o diagnóstico da personalidade e a eficácia

 

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de um tratamento terapêutico. Este poderá ser mais eficaz em relação a determinados traços de personalidade que a outros. A escolha de um ou de outro tratamento pode, inclusivamente, inclusiva mente, depender da posição precisa do sujeito na estrutura multidimensional da sua personal pers onalidad idade. e. Além Além diss disso, o, no trata tratamento mento das pertu perturbaçõ rbações es do comp comporta ortamento mento,, o 16PF-5 pode ajudar no diagnóstico ou na avaliação das alterações conseguidas com um certo tipo de intervenção terapêutica. d)

Aplicações experimentais: A experimentais: A investigação investigação em psicologi psicologia a tem revelado um interesse

frequente pela relação entre traços de personalidade e outras variáveis que caracterizam o co comp mpor orta tame ment nto o do doss in indi diví vídu duos os.. Tamb mbém ém aq aqui ui o 16PF-5 pode pode faci facililita tarr o cont contro rolo lo de determinadas determinad as variávei variáveiss sujeitas a investigaçã investigação. o. 1.9. Materi Material al para a A Aplicação plicação  Além deste manual (com as bases teóricas, descrição, normas de aplicação e cotação, fundamentos estatísticos e interpretação dos resultados), é necessário o seguinte material: 

Caderno de perguntas



Folha de respostas



Disquete para cotação

Na ve vers rsão ão po port rtug ugue uesa sa,, a pr prov ova a é  cotad cotada a info informati rmaticame camente. nte. O util utilizad izador or deve introduzir em computador as respostas do sujeito (A, B ou C) para obter, através do programa, todas as pontuações directas nas 16 escalas primárias, nos 3 índices de estilos de res respo posta sta e nas 5 dim dimens ensõe õess glo globai bais. s. Est Estes es res resul ultad tados os podem podem ser ser con conver vertid tidos os em percentis e/ou em decatipos através da consulta das tabelas 1 a 5 no manual. O programa de  cotação fará automaticamente a conversão das notas brutas em decatipos, definindo assim uma representação gráfica do perfil obtido. Este perfil pode-se imprimir directamente, fifica cand ndo o este este re regi gist sto o nu numa ma folh folha a qu que e in incl clui uirá rá os dado dadoss do suje sujeitito o (nom (nome, e, idad idade e e escolaridade) e os seus resultados em decatipos para as 16 escalas primárias, as cinco dimensões globais (com descrições do pólo alto e baixo para facilitar a leitura do gráfico) e os três estilos de resposta (MI, IN e AQ), aqui sem descrições qualitativas. Normalmente, Normalmen te, a introdução das respostas dadas no computador pode exigir entre 2 e 4 minutos, enquanto que o uso de grelhas de correcção manual exige bastante mais tempo e não tem a segurança e precisão do suporte informático.

 

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2. NORMAS PA PARA RA A APLICAÇÃO 2.1. Instruç Instruções ões Gerais 16PF destina-se Esta Forma do 16PF  destina-se à aplicação a adolescentes ou a adultos, individual ou colectivamente. Para a compreensão dos itens, só é necessária uma capacidade de leitura ao nível do ensino básico. Outros instrumentos de características similares são o HSPQ (Questionário de Personalidade para Adolescentes) especialmente elaborado para adolescentes e aplicável entre os 12 e os 18 anos de idade e o CPQ (Questionário de Personalidade para Crianças), para crianças entre os 8 e os 12 anos.

 

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 As perguntas apresentam-s apresentam-se e com três alternativas de resposta; com excepção da escala B, a alternativa média é sempre um ponto de interrogação (?). Os 15 itens de raciocínio estão posicionados posicionados no fim do caderno de perguntas, depois dos itens referentes à personalidade. Esta apresentação facilita a continuidade das respostas de personalidade e separa-as da avaliação intelectual, o que pode ser desejável nalguns contextos.  A prova não tem tempo limite, mas os sujeitos devem ser encorajad encorajados os a trabalhar  co com m ra rapi pide dez. z. Apl plic icam am-se -se aq aqui ui as no norm rmas as co comu muns ns à apli aplica caçã ção o de qual qualqu quer er test teste, e, especialmente no que diz respeito à importância de se criar um clima favorável para que os sujeitos sejam cooperantes e respondam com sinceridade à prova. Passados cerca de 10 minutos do inicio, o examinador pode evitar que alguns sujeitos se detenham muito nalguns itens, sugerindo: " Lembrem-se que não devem pensar muito sobre o conteúdo de uma frase; leiam-na e dêem a primeira resposta que lhes ocorra”. Em geral, a aplicação da prova demora entre 35 e 50 minutos. Quan Qu ando do,, na nalg lgum uma a si situ tuaç ação ão,, se de dese seje je dar dar ao suje sujeitito o a idei ideia a de um uma a ma maio ior  r  confidencialidade das respostas e pontuações, pode-se aconselhá-lo o identificar-se na folha de respostas pelo nº do seu Bilhete de Identidade, ficando apenas o examinador a conhecer o seu nome. 2.2. Instru Instruções ções Especi Especificas ficas  As instruções para para a aplica aplicação ção do teste estão imp impressas ressas no cadern caderno. o. Estas instruções podem ser lidas em voz alta pelo examinador quando se trate de aplicações aplicaçõ es colectivas, enquanto os sujeitos as seguem mentalmente. No caso de um exame individual, o sujeito pode lê-Ias em silêncio, estando presente o examinador para tirar  qualquer dúvida. "Em seguida encontrará uma série de frases que permitirão conhecer a sua forma de sentir e os seus interesses. Em geral, não existem respostas certas ou erradas, porque as  pessoas têm interesses diferentes e vêem as coisas de diferentes pontos de vista. Responda com sinceridade para que se possa conhecer melhor a sua maneira de ser. Anote as suas respostas na folha de respostas. Em primeiro lugar, escreva os seus dados (nome, idad idade, e, etc. etc.)) no cabe cabeça çalh lho. o. Pa Para ra ca cada da fras frase e há três três resp respos osta tass po poss ssív ívei eiss (A, (A, B, C) e normalmente a alternativa B é um ponto de interrogação (?) que só deve ser assinalado quando não lhe for possível decidir entre A e C. Na folha de resposta encontrará estas letras dentro de uns quadrados. É neles que deverá dar as suas respostas. As perguntas estão numeradas. Siga a numeração quando Ihes responder. Leia atentamente cada pergunta e as respostas possíveis; assim, será mais fácil decidirdecidir-se. se.  Agora leia os exemplos que se seguem para praticar um pouco. Pense como Ihes iria responder. Se tem dúvidas, exponha-as ao examinador ". ".

 

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O sujeito responde depois aos 3 exemplos e é encorajado a colocar as suas dúvidas. Salienta-se, em seguida, que o sujeito deve ser rápido e sincero nas respostas, que deve evitar a alternativa intermédia B e que deve procurar responder a todas as questões, sendo-lhe garantida a confidenci confidencialidade alidade das suas respostas. É conveniente que os sujeitos tenham compreendido perfeitamente a tarefa antes de começarem. Assim, é aconselhável que, uma vez iniciada a prova e durante os primeiros momentos, o examinador verifique se o sujeito está a seguir as instruções evitando que pareça estar a ler as suas respostas. Convém assinalar que não devem escrever nada no Caderno mas apenas na Folha de Respostas e que devem responder com sinceridade e com rapidez, tendo o cuidado de não esquecer nenhuma questão. Uma vez finalizada a prova, e antes que o sujeito se retire, convém que se reveja a sua folha de respostas, para verificar se seguiu as instruções dadas. No caso contrário talvez seja possível pedir-lhe que corrija as deficiências, pois uma prova incompleta pode invalidar todo o esforço da aplicação.  A Folha de respostas foi concebida de forma que a cada coluna de resposta corresponda uma página do Caderno. Isto evita equívocos ao responder. Finalmente, os itens da escala B (Raciocínio) estão agrupados na página final do Caderno e na última coluna da Folha de Respostas. 2.3. Normas par paraa a Cotação e Po Pontuação ntuação 16PF-5   são cor  As respostas dadas ao 16PF-5 corrig rigid idas as com um pro progra grama ma de cotaç cotação ão infor informat matiza izado do (ap (apres resen entad tado o num numa a di disqu squete ete). ). O pro progra grama, ma, med median iante te a intro introduç dução ão das respostas do sujeito (A, B ou C), vai calcular as notas brutas para cada uma das 16 escalas primárias e três estilos de resposta.  As pontuações directas obtidas nas escalas primárias, dimensõe dimensõess globais e estilos de resposta, são transformadas automaticame automaticamente nte em decatipos. Manualmente, podem converter-se as notas brutas em percentis ou em decatipos Existem três tabelas de normas: uma para o sexo masculino (tabela 1), outra para o sexo feminino (tabela 2) e uma terceira que se refere à amostra total, independentem independentemente ente do sexo (tabela 3). Nessas tabelas, cada coluna refere-se a uma escala, desde A a Q4, e no corpo da tabela encontram-se as pontuações directas correspondentes a cada percentil (impresso no início de cada linha) e a cada decatipo (impresso no fim de cada linha). Nas duas últimas linhas encontram-se as estatísticas básicas obtidas na amostra de tipificação empregue.  Ao tipificar os estilos de resposta e estudar as distribuições distribuições de frequência frequênciass de ambos

 

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os sexos, não se encontraram diferenças significativas que justificassem uma derivação de normas separada. Por isso, as tabelas de normas referem-se à amostra total. A tipificação realizou-se em percentis (tabela 4). Não obstante, se o utilizador deseja ter os valores decatipos destas escalas, pode consultar a tabela 5. A consulta baseia-se nos mesmos critérios referidos para as escalas primárias.  A disquete de cotação permite também obter a representação gráfica dos resultados do sujeito. 2.4. Elabor Elaboração ação de um Per Perfil fil Gráfi Gráfico co Depo De pois is de in intro troduz duzido idoss os da dados dos e esc escol olhid hida a a tab tabela ela de nor normas mas a utili utilizar zar,, o progra pro grama ma de cot cotaçã ação o permi permite te rep repres resent entar ar gra grafic ficame amente nte o perfi perfil.l. Ne Nessa ssa folha folha,, pod pode-s e-se e considerar uma zona central que corresponde a média do perfil. Compreende os decatipos 4 e 7. Numa distribuição normalizada (curva de Gauss) ficam aí compreendidos 68% dos casos, os dois terços dessa população. Portanto, se um dos pontos do perfil sai desses limites (decatipos 1 a 3 ou 8 a 10), deve ser considerado um desvio significativo à média, no sentido do pólo baixo ou do pólo alto da variável. Se a linh linha a ch cheg ega a ao aoss de deca catitipo poss extr extrem emos os (1 ou 10) 10) o afas afasta tame ment nto o é mu muitito o significativo significati vo porque, numa distribuição normalizada, só 2,50% se situam em cada extremo. O significado dos desvios nas dimensões globais é muito mais importante porque os dados (decatipos estimados das dimensões globais) provêm do conjunto da informação de várias escalas primárias. Isto é, um desvio da zona média numa dimensão global (fora do âmbito 4,00 a 7,00) é bastante significati significativo vo nessa dimensão específica. No entanto, é preciso ter em conta que os decatipos referentes as dimensões globais são ap aprox roxim imado adoss pois pois res result ultam am de pesos pesos fac factor toriai iaiss que que,, por por raz razõe õess prá prátic ticas, as, for foram am arredondados às décimas. Se estes tivessem sido considerados em centésimas, o valor  encontrado seria ligeiramente diferente.

4. NORMAS DE INTERPRETAÇÃO  A finalidade deste capítulo é ajudar o utilizado utilizadorr do 16PF-5 a integrar e interpretar  todos os resultados do instrumento. Nos seus vários pontos tenta sintetizar-se grande parte da informaç informação ão técn técnica ica e orie orientaç ntações ões apre apresenta sentadas das nas publ publicaç icações ões orig originai inaiss (Rus (Russel sel e Karol, 1994; Conn e Rieke, - 1994). 4.1. Aspectos Gerais

 

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 Ao utilizar esta prova, o profissional deve ter em conta que a investigação original se baseou na análise factorial. Assim, as dimensões globais são factores secundários e as escalas são factores primários. O utilizador que considere ambos os constructos deve identificá-loss com uma letra ou abreviatura (A a Q4, Ext a AuC) e a denominação da variável identificá-lo subjacente (Afabilidade, Estabilidade, Tensão, Auto-Controlo, etc.).  As escalas primárias primárias são bipolares bipolares e interpretáve interpretáveis is nos seus dois pól pólos. os. No Quadro 2 (ponto 1.5) indicaram-se alguns adjectivos para descrever as pessoas que se situam nos pólos baixo e alto. É óbvio não se pode assumir que um dos pólos seja "bom" e o outro "mau"; por exemplo, a pessoa que pontua alto em A (os casos A+) costuma ser generosa, afável, calorosa e atenta aos outros, enquanto que a que pontua baixo (A-) tende a ser  impessoal, distante e fria. Parece estar claro que, em algumas situações, a pessoa A - se pode adaptar-se muito bem e ter uma actividade produtiva, enquanto que noutras situações será mais adequada a pessoa A+ pelas suas qualidades de atenção aos outros. No pont ponto o 1.7 desc descreve reveu-se u-se a esca escala la das pont pontuaçõ uações es tran transform sformadas adas (dec (decatip atipos) os) empregue no 16PF-5. O utilizador pode, assim, considerar que na maioria (os dois terços ou 68% centrais da dist distribu ribuição ição normal), normal), as suas aprecia apreciações ções sobre a pers personal onalidad idade e dos sujeitos não terá um erro maior de um decatipo. Se este utilizador quiser elevar o seu nível de confiança (N.c.) a 0,05, 0,05,   teria que admitir a possibilidade de um erro de medida de 2 un unida idade dess decat decatip ipo, o, apr aproxi oximad madame amente nte.. A es esse se nív nível el de con confia fiança nça (o que sig signif nifica ica uma medida correcta em 95% dos casos), a banda de  possíveis erros abriu-se a duas unidades para ambos os lados da medida empírica; por exemplo, o sujeito obteve um decatipo 7, a esse nível de confiança, podemos dizer que a sua verdadeira medida estará situada na zona 7 ± 2, ou seja entre os decatipos 5 e 9. Estas considerações aconselham que o profissional não sobrestime diferenças entre de decat catip ipos os emp empíri íricos cos,, sob sobret retud udo o qua quando ndo est estão ão si situa tuados dos nos extre extremos mos da  da  esc escal ala. a. Há situações em que a resposta a um item (numa alternativa que recebe dois pontos), pode supor um aumento de 2 unidades decatipo (isto pode ser visto nas tabelas de normas), isto é, que uma só resposta no questionári questionário o pode decidir um aumento considerável considerável no resultado final. 4.2. Estratégia na Interpretação  A estratégia recomendada para a interpretação de um perfil do 16PF-5 implica uma avaliação com a seguinte: 1. Est Estilo iloss de res respos posta ta 2. Dime Dimensõe nsõess globa globais is sequ sequênci ência a 3. Esc Escal alas as pri primár mária iass  A seguir descrevem-se estes passos. Em geral, os estilos de resposta avaliam-se

 

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primeiro para detectar enviesamentos de resposta que hajam distorcido o perfil; a seguir  exami ex aminam nam-se -se as di dimen mensõe sõess glo globai baiss porqu porque e per permit mitem em uma vi visão são amp ampla la da pes pessoa soa;; fifina nalm lmen ente te,, at aten ende de-s -se e às es esca cala lass pr prim imár ária iass pa para ra ob obte terr de deta talh lhes es espe especí cífifico coss da personalidade. 4.3. Interpretação dos Estilos de Resposta O  16PF-S tem três índices de estilos de resposta: Manipulação da imagem (MI), (AQ). No Infrequên Infre quência cia (IN) e  Aquiescência (AQ).  No capítulo 3 comentaram-se os fundamentos teóricos e resultados estatísticos da versão original e da adaptação portuguesa destas três escalas. A sua leitura facilita uma primeira aproximação aos resultados do instrumento. Esta Es tass esca escala lass de esti estilo loss de re resp spos osta ta têm têm como como fina finalilida dade de aler alerta tarr para para poss possív ívei eiss enviesamentos enviesame ntos de resposta por parte do sujeito.  As pontuações directas, bem como os percentis e os decatipos corresponden correspondentes, tes, podem ser obtidos com a ajuda da disquete de cotação. Quando se obtenha uma pontuação extrema em algum destes índices, o examinador deve elaborar algumas hipóteses sobre as razões que podem levar o sujeito a adoptar esse estilo de resposta (se possível deve procurar os dados existentes sobre o sujeito: história prévia, resultados de outros testes, no notas tas de exa exames mes ac actua tual,l, etc etc.). .). Há situaç situaçõe õess em que pode pode ser neces necessár sário io rejei rejeitar tar os resultados do exame actual e repeti-lo.  A escala Man Manipu ipulaç lação ão da imagem imagem (MI) contém 12 itens que não pontuam em nenhuma das escalas de personalidade. Essencialmente é uma medida da "desirabilidade social". Uma pontuação elevada sugere respostas socialmente desejáveis, e uma baixa aponta para um desejo por parte do sujeito de admitir traços ou condutas socialmente não desejáveis. Como Co mo se in indi dico cou u an ante teri rior orme ment nte, e, es esta ta atit atitud ude e pode pode ter, ter, basi basica came ment nte, e, dois dois componentes, um de manipulação da imagem em relação a si mesmo e outro em relação aos outros. Em ambos os casos existe a possibilidade desta atitude ser consciente ou inconsciente, ou do sujeito ter normalmente um comportamento desse tipo. Uma pontuação alta al ta pod pode e tam també bém m ref reflec lectir tir um sin sinal al de "ad "adap aptaç tação ão intel intelige igente nte"" às exigê exigênci ncias as do mei meio o envolvente, assim como uma forma específica de se comportar (como seria o caso de um membro de determinado grupo social em que sejam genuínas essas condutas). No capítulo 3, sugeriu-se a possível correcção do perfil real do sujeito somente nas situações em que se crê necessário, porque essa actuação modificaria substancialmente o va valo lorr disc discri rimi mina natitivo vo do 16 16PF PF-5 -5.. Talv lvez ez fos fosse se prefe preferív rível el deter determi minar nar um "po "ponto nto crític crítico" o" (facil (fa cilita itado do por no norma rmass em per percen centis tis -Ta -Tabe bela la 4) que discr discrimi imine ne val valore oress extre extremos mos da desirabilidade social.

 

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 A escala de Infrequência (IN) é formada por itens das outras escalas do 16PF-5 em função da baixa percentagem de casos que os escolheram. Para a sua inclusão na escala só se considerou a alternativa intermédia (a assinalada com o ponto de interrogação "?"). Por isso, ainda que o conteúdo de um item seja "infrequente" nas suas alternativas A ou C, para a escala IN só se incluíram os casos em que a alternativa escolhida escolhida pelo sujeito foi a B. Uma pontuação alta ("infrequente") ("infrequente") sugere que o sujeito respondeu a muitos itens de um modo diferente da maioria das pessoas. Uma possível justificação pode ser por ter  respondido ao acaso, sem atender aos conteúdos das questões, ou devido a reacções extremas a determinados conteúdos, ou ainda por dificuldades de compreensão na leitura ou tentativa de "evitar dar má impressão". O examinador deve procurar compreender as razões que levaram o sujeito a responder desta forma.  A terceira terceira das escalas de estilos de resposta é a de Aquiescência (AQ), destinada a apreciar a tendência "Sim, Senhor" com que respondem algumas pessoas sem atender ao conteúdo específico da questão. Poderia também ser um índice de incongruência do sujeito que afirma conteúdos dispares, ou reflecte uma má imagem de si mesmo ou tem uma grande necessidade de aprovação por parte do examinador. As normas elaboradas (em percentis) são bastante discriminativas, e é aconselhável que o utilizador defina (de acordo com a sua situação específica de exame) um ponto crítico que discrimine com bastante precisão os casos de aquiescência. Em qualquer das situações, deveria tentar determinar as possíveis causas: inconsistência, indecisão, necessidade de aprovação, etc.   4.4. Interpretação das Dimensões Globais No ponto 1.6 do capítulo "Descrição geral", deste Manual, fez-se uma sumária descrição das dimensões globais. Cada uma delas é constituída por um grupo de escalas primárias e vem definida no seu pólo alto (+) e baixo (-) por adjectivos. Na "Justificação estatística" fundamentou-se a sua construção e relacionaram-se os resultados obtidos em todas as escalas do 16PF-5 com as de outros instrumentos de medida da personalidade.  A partir destes resultados, o leitor terá avaliado a semelhança entre estas cinco dimensões globais e os "Big Five" ou cinco grandes da personalidade; para sua melhor  compreensão é necessário ter sempre presente as escalas primárias que compõem essas dimensões e o pólo positivo ou negativo que sustenta o construto. Por exemplo, quando uma pessoa pontua A+ (Afabilidade), F+ (Expansividade) e H+ (Atrevimento), estes valores contribuem para a dimensão global de Extroversão, tal como as pontuações de N- (baixa Privacidade) e de Q2- (Orientação para o grupo). Além disso, o utilizador pode consultar o Quadro 30 onde se resumem as principais correlações entre as cinco dimensões do 16PF-5

 

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e outra outrass medi medidas das de pers personal onalidad idade. e. Todos os índi índices ces (exp (expresso ressoss em cent centésim ésimas) as) são significativos significati vos a p
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