16-Normas_Esquemas_Eléctricos

January 18, 2019 | Author: Paulo Jorge | Category: Relay, Inductor, Electricity, Electrical Network, Incandescent Light Bulb
Share Embed Donate


Short Description

Download 16-Normas_Esquemas_Eléctricos...

Description

Técnico de Mecatrónica Automóvel - Nível IV Curso EFA

Electricidade Automo vel Automo Normas e Esquemas Eléctricos

Formador: Rui Dias

Código da UFCD: 5014 Carga horária: 25 horas Janeiro de 2013

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Sistema Eléctrico Automóvel ................................................................................................................................... 2 Código de cores de fios........................................................................................................................................3 Fusíveis ................................................................................................................................................................5 Normas DIN 72552 .............................................................................................................................................. 5 Esquemas e representações de circuitos e componentes elétricos.................................................................... 9 Código de lâmpadas de ilumnação....................................................................................................................11 Consumo de potência em componentes automóveis.......................................................................................11 Relés ......................................................................................................................................................................12 Diagnóstico de relés com o multímetro ............................................................................................................14 Conclusão ..............................................................................................................................................................16

5014

- Electricidade

automo vel

Carga Horária: 25 horas Objectivos



Identificar e caraterizar os diferentes tipos de cablagens.



Caracterizar os sistemas de carga e de arranque.

Página 1 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Sistema Eléctrico Automóvel A cablagem constitui a maior parte da instalação

eléctrica do automóvel na ligação dos vários componentes eléctricos do veículo. Com a evolução tecnológica, aumentou onúmero de componentes eléctricose electrónicos no automóvel. A cablagem vai reduzindo de dimensão no automóvel, com a utilização da multiplexagem. Os vários componentes que constituem a instalação eléctrica de um automóvel são: cabos, isoladores, terminais, fixadores à carroçaria, relés, fusíveis, etc. Os cabos condutores estão reunidos entre si protegidos por uma fita plástica, formando conjuntos de cabos que tomam o nome de cablagens. Cada um dos condutores distingue-se pela cor o que permite identificá-los na entrada e saída da cablagem correspondente. A cablagem do automóvel segue o caminho mais conveniente principalmente debaixo da carroçaria, a qual é fixa com grampos fixadores  .A instalação divide-se por partes encontrando-se interligada por meio de fichas de ligação ou conectores apropriados. Da caixa Central divergem as cablagens que compõem os diversos circuitos eléctricos do

automóvel. Composta por um circuito impresso que serve de suporte aos diferentes relés e aos fusíveis que protegem toda a instalação eléctrica do veículo. Todaa cablagem que alimenta os componentes eléctricos do veículo passa forçosamente (à excepção do cabo condutor que alimenta o motor de arranque) pela central de ligações. As secções dos condutores empregues em instalações

eléctricas do automóvel são apresentados de seguida. a) Lâmpadas de iluminação de presença..................................................1,5mm2 b) Lâmpadas de iluminação de médios.....................................................2,5mm2 c) Buzina, limpa pára brisas......................................................................2,5mm2 d) Luzes de iluminação do painel de instrumentos....................................1mm2 e) Circuito de carga do alternador/bateria..................................................4mm2 f) Bobina de chamada do motor de arranque............................................2,5mm2 g) Ligação do motor de arranque...............................................................50mm2 Os cabos coaxiais são empregues no automóvel sempre que se pretende transportar 

sinaisde baixa amplitude. Exemplo: os que ligam a sonda lambda à unidade de controlo electrónico, que ligam a antena, as colunas e o amplificador ao auto-rádio ou o amplificador, de maneira que o som reproduzido seja omais “puro” possível. Possuem um fio condutor  central revestido de uma substância plástica isolante. Em cima deste isolamento uma película em alumínio acompanhada de uma malha emcobre. Posterior a esta malha em cobre existe o isolamento final do cabo em PVC. O fio central liga ao terminal de sinal e a malha de cobre mais a pelicula são sempre ligadasà massa criando o isolamento eléctrico do cabo.

Página 2 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Código de cores de fios Ignição e dínamo:

Chave de ignição à lâmpada piloto/ ao fusível / à bomba de Branco combustível / à bobina /ao interruptor de arranque Lâmpada piloto à caixa de controle Marrom / amarelo Chave de ignição à lâmpada piloto da pressão do óleo Branco Marrom / amarelo Terminal “D” do alternador  Marrom / verde Terminal “B do alternador  Terminal “A” do regulador de tensão Marrom / branco Terminal “A1” do regulador de tensão Marrom / azul Bobina de ignição ao distribuidor Branco / preto Bobina de ignição com resistência de carga:

Ignição à unidade de relé de carga Relé de carga à resistência de carga Resistência de carga ao tacômetro e chave de ignição Resistência de carga à bobina de ignição Unidade do relé de carga ao solenóide Unidade do relé de carga à terra

Branco Marrom / amarelo Branco Branco / amarelo Branco / azul Preto

Fusível (ligação directa):

Fusível aos mínimos / buzina / relé buzina / comando máximos Fusível à bateria

Púrpura Marrom

Fusível (ligação através da chave de partida):

Fusível à luz de travagem / piscas / motor limpa pára-brisas / medidor de Verde gasolina / termómetro da água / voltímetro / alimentação do tacómetro / motor  do lava vidros do pára-brisas / luz de matrícula Iluminação:

Chave de ignição ao interruptor principal de luzes (A1) Comando de luzes aos máximos Lâmpada piloto de máximos Interruptor das luzes de painel / principal das luzes / principal iluminação traseira / principal luz matrícula / luzes de nevoeiro Interruptor luzes de painel ao painel / nevoeiro às luzes de nevoeiro

Marrom / azul Azul Azul / branco Vermelho Vermelho /branco

Circuito de 4 faróis (fusíveis independentes):

Interruptor principal de luzes de máximos Azul Botão de máximos aos fusíveis Azul / vermelho Fusíveis de máximos (lado esquerdo) Azul / rosa Fusíveis de máximos (lado direito) Azul / vermelho Comando de máximos ao circuito de faróis Azul / branco Fusível do farol ao farol esquerdo Azul / branco Fusível do farol ao farol direito Azul / cinza Farolins de travagem: Interruptor aos farolins ………… Verde / púrpura Pisca-pisca (seta direccional):

Mecanismo principal ao interruptor Mecanismo principal à lâmpada piloto Interruptor ao circuito esquerdo Interruptor ao circuito direito

Verde claro / marrom Verde claro / púrpura Verde / vermelho Verde / branco

Instrumentação: Página 3 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Lâmpada piloto da pressão de óleo ao interruptor Medidor de gasolina ao tanque Medidor de temperatura à termistência

Branco / marrom Vermelho / preto Verde / azul

Tacômetro:

Ignição ao tacômetro (terminal de pulsos) Terminal de pulsos à bobina  Alimentação do tacômetro (do fusível)

Branco / vermelho Branco / cinza Verde

Alternador:

 Alternador à massa  Alternador ao amperímetro Indutor do alternador ao controlo Terminal AL do alternador ao controlo Induzido do alternador ao relé Relé à ignição Relé ao solenóide de partida ou bateria Controlo à lâmpada piloto

Preto Marrom / branco Marrom / amarelo Preto Marrom / púrpura Marrom / verde Branco Marrom / preto

Buzina:

 Alimentação ao relé Interruptor da buzina à buzina / da buzina ao relé Interruptor da buzina à buzina (massa) Buzina ao relé Circuito da buzina dupla com relé ligado à chave de ignição

Púrpura Púrpura / preto Preto Púrpura / amarelo Verde

Diversos:

Bateria (no solenóide) ao amperímetro ou caixa de fusíveis Bateria ao fusível Todos os fios de massa Luz interior ao interruptor da porta Interruptor ao motor do limpa pára-brisas Bateria à chave de ignição

Verde Marrom Preto Púrpura / branco Verde claro / preto Verde / marrom

Construtores britânicos como é o caso da ROVER, os esquemas eléctricos e as

respectivas ligações estão identificadas por letras que correspondem ao código de cores: Preto- B, Verde- G, Rosa- K, Verde Claro- LG, Castanho- B, Laranja- O, Roxo- P, VermelhoR, Cinzento- S, Azul- U, Branco- W, Amarelo- Y. Outras abreviaturas: Num cabo

identificado com mais de uma cor, a primeira corresponde à cor  base e a segunda à cor da risca.

Página 4 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Fusíveis

Normas DIN 72552 1 – Bobina de ignição, distribuidor de ignição, sistema de ignição (baixa tensão). 1A – Distribuidor com ignição de dois 1B – Circuitos separados (baixa tensão). 4 – Bobine de ignição, distribuidor de ignição (alta tensão). 4A – Distribuidor com ignição de dois 4B – Circuitos (alta tensão). 7 – Resistências base do distribuidor de ignição (contacto de comando). 7A  – Resistência base para ignição transistorizada e ignição por condensador de alta

tensão). 7B – Resistência base para ignição transistorizada. 7F – Contacto de carga para ignição por condensador de alta tensão. 15 – Saída de interruptor de marcha 15A – Entrada do sistema de ignição por condensador de alta tensão, sistema de ligação em ignição transistorizada e resistência adicional das bobinas

Página 5 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Instalação de pré-aquecimento por incandescência 15  – Entrada do interruptor de arranquee incandescência. 17  – Interruptor de arranque e incandescência, etapa 2 de arranque. 19  – Interruptor de arranque e incandescência, etapa 1 de pré -aquecimento.

Emp rego Geral  15  – Polo positivo da bateria através do interruptor. 30  – Polo positivo da bateria directamente da mesma. 31  – Linha de retorno directamente ao polo negativo da bateria, massa. 31B  – Linha de retorno ao polo negativo da bateria ou massa, através do interruptor ou do

relé.

Mo to re s El é c tr ic o s  30  – Entrada directa desde o polo positivoda bateria. 32  – Linha de retorno. 33  – Ligação principal. 33A  – Interruptor de paragem. 33B  – Campo de derivação. 33L - Sentido de rotação à esquerda. 33R - Sentido de rotação à direita. 86  – Entrada do relé (começo do enrolamento). Ins tala ções d e arran q ue  30  – Entrada directa desde o polo positivo da bateria. 30A  – Relé de comutação da bateria, entrada da bateria 2. 31  – Linha de retorno directa ao polo negativo da bateria 2 polo negativo. 31a  – Relé de comutação da bateria, linha de retorno à bateria 2 polo negativo. 31c  – Relé de comutação da bateria, linha de retorno à bateria 1 polo negativo. 48  – Repetição de arranque (relé). 50  – Comando directo do motor de arranque. 50a  – Comando indirectodo motorde arranque. 50e  – Entrada do relédo bloqueio dearranque. 50f  – Saída do relé do bloqueio de arranque. 50g  – Entrada do relé de repetição de arranque. 50h  – Saída do relé de repetição de arranque. 86  – Entrada do relé (começo do enrolamento).

Página 6 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Geradores e Reguladores  44  – Compensação da tensão em reguladores funcionando em paralelo dois geradores. 51  – Tensão continua nos rectificadores, em geradores de corrente alternada. 51e  – Igual a 51, mas em geradores de corrente alterna com bobina de inductancia para

marcha diurna. 59  – Tensão alterna, saída do gerador de corrente alternada, entrada do interruptor de mudança de luzes e rectificadores. 59a  – Armadura de carga. 59b  – Armadura de luzes traseiras. 59c  – Armadura de luzes de travagem. 61  – Luz indicadora de carga no gerador e regulador. B+ - Positivo da bateria. B- - Negativo da bateria. D+ - Positivo do gerador. D- - Negativo do gerador. DF  – Campo do gerador  DF1  – Campo 1 do gerador  DF2  – Campo 2 do gerador trifásico com rectificadores separados J  – Positivo do enrolamento de excitação K  – Negativo do enrolamento de excitação Mp  – Borne central

Página 7 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

In s ta l ação d e i l u m i n ação  54  – Luzes de travagem. 55  – Faróis de nevoeiro. 56  – Faróis. 56a  – Luzes de estrada e indicadoróptico. 56b  – Luzes de cruzamento. 56d  – Sinal de luzes. 57  – Luzes de posição faróis motocicleta. 57a  – Luz de estaccionamento 57l  – Luz de estaccionamentoesquerda 57r  – Luz de estaccionamento direita 58  – Luzes de posição, traseiras ede placas

de matricula; iluminaçãodos instrumentos. 58b  – Comutação da luz traseirapara tractores de um só eixo 58c  – Tomada de reboque para luztraseira de um só fio no reboquee assegurada por separado. 58d  – Iluminação dos instrumentosregulável 58l  – Luzes traseiras e de posição esquerdas 58r  – Luzes traseiras e de posição direitas. Ins tala ção d e s in ais acúst ic os  31b  – Linha de retorno ao negativo da bateria ou à massa através do interruptor ou relé. 71  – Entrada do aparelho de distribuição de sequência de sons. 71a  – As buzinas 1 e 2 de tom baixo. 71b  – As buzinas 3 e 4 tom alto. 72  – Interruptor de alarme para a lâmpada de identificação unidireccional. 85  – Interruptor de alarme ao aparelho de distribuição de sequência de sons. Ins tala ções adi ci o na is  52  – Guarda pneumática e outras sinalizações de reboque veículo tractor. 54g  – Válvula de ar comprimido electromagnética para o travão continuo de reboque. 75  – Autorádio, isqueiro eléctrico. 76  – Altifalantes 77  – Comando de válvula da porta Interrupto res accionado s mecanicam ente  82  – Contactos de repouso ecomutadores, entrada. 81a  – Contactos de repouso ecomutadores, 1ª saída. 81b  – Cont. repouso ecomutadores, 2ª saída. 82  – Contactos de trabalho entrada. 82b  – Contactos de trabalhoSegunda saída. 82z  – contactos de trabalho primeiraentrada. 82y  – Contactos de trabalho,segunda saída. 83  – Interruptores múltiplos,entrada. 83a  – Saída, posição 1. 83b  – Saída, posição 2. Rel é s Co n tac to res  84  – Entrada do relé de corrente,começo do enrolamento 84a  – Final do enrolamento dorelé de corrente. 84b  – Saída do relé de corrente. 85  – Saída do relé, final do enrolamentonegativo 86  – Entrada do relé, começo doenrolamento 86b  – Entrada do relé , “shunt” dosegundo enrolamento 87  – Entrada do contacto do relé,contactos de repouso ou comutadores 87a  – 1ª saída.87b  – 2ª saída.87c  – 3ª saída. 87z  – 1ª. Entrada.87y 2ª entrada. 87x  – 3ª

entrada. 88  – Entrada do contacto do relé, contacto de trabalho. Contactosdo relé no caso de contactos de trabalho, comutadores 88a  – 1ª saída. 88b  – 2ª saída. 88c  – 3ª saída. 88z  – 1ª entrada. 88y  – 2ª entrada. 88x  – 3ª entrada. Página 8 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Esquemas e representações de circuitos e componentes elétricos.

Página 9 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Página 10 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Código de lâmpadas de ilumnação C CA R CR CRA HC HCA HR HCR HCRA HCRHR HCHR HCAHR B LA

Cruzamento Cruzamento com luz de presença Estrada Cruzamento e estrada Cruzamento e estrada com luz de presença Halogéneo de cruzamento HCA Halogéneo de cruzamento com luz de presença Halogéneo de estrada Halogéneo de cruzamento e estrada Halogéneo de cruzamento e estrada com luz de presença Halogéneo de cruzamento e estrada + halogéneo de estrada Halogéneo de cruzamento + Halogéneo de estrada com luz de presença Halogéneo de cruzamento com luz de presença + halogéneo de estrada Anti-nevoeiro Longo alcance

Consumo de potência em componentes automóveis Luzes de máximos cada lâmpada 60 W Luzes de médios cada lâmpada 55 W Luzes de mínimos cada lâmpada 05 W Luzes de mudança de direcção cada lâmpada 21 W Luzes de travagem cada lâmpada 21 W Motor do ventilador 20 a 60 W Velas de incandescência 60 a 100 W Desembaciador térmico 120 W Buzinas 120 W Iluminação interior cada lâmpada 5W Iluminação de instrumentos cada lâmpada 2W Luz da placa de matrícula 10 W Luzes de nevoeiro cada lâmpada 55 W Luzes de estaccionamento 3a5W Luzes de marcha atrás cada lâmpada 21 W  Auto-rádio. 10 a 50 W Limpa – para – brisas 90 W Ignição convencional 20 W Ignição transistorizada 70 W Motor de arranque 800 W a 3000 W Isqueiro eléctrico 100 W

Página 11 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Relés Não operam apenas funções de "liga/desliga", regem todas as funções que envolvem algum tipo de condução de electricidade, desde o accionamento do motor de partida até a temporização da luz interna do veículo. Basicamente, têm a função em que um pequeno contacto interruptor onde passa uma baixa tensão accione uma tensão muito superior. Conceito  –  A grande maioria possuem o mesmo princípio de

funcionamento: o contacto é accionado pelo campo electromagnético gerado numa bobina comandada por um transístor ou circuitos integrados programados para actuar nos momentos desejados para a função predeterminada. Relé electromagnético é o mais comum do mercado. A média de duração de um relé electromagnético comum é de 1 milhão de accionamentos, não importando o tempo de uso. Em algumas aplicações mais simples, ainda são usados relés termoeléctricos, onde a electricidade passa por uma resistência fixada em uma lâmina bimetálica, gera o calor que flexiona a placa e cria o contacto. Uma nova tecnologia chamada PowerMosfet está substituindo os relés electromagnéticos, por meio de circuito de silício ao invés do conjunto "bobina e contactos". Dura 60 vezes mais, mas ainda é caro, mais eficiente. Apesar de ser chamado de relé, é uma peça completamente diferente.  Apesar de utilizarem o mesmo princípio básico, existem diversos tipos de relés: temporizadores, direccionais, auxiliares, específicos para injecção, ar condicionado e aplicações especiais. Alguns veículos podem chegar a ter 30 relés, dependendo do número de componentes e opcionais eléctricos que são equipados. Injecção electrónica, ar  condicionado, vidros e retrovisores eléctricos, airbags, ABS, EBD, sensor de estacionamento, enfim, todos esses equipamentos que fazem parte do sistema eléctrico têm um relé comandando suas acções. Para saber como identificar cada tipo desse componente, o mecânico deve começar pelos pinos, também chamados de terminais. Todo pino é correspondente a uma acção e sua nomenclatura define o uso do relé.  A nomenclatura mais comum é a DIN, alemã, popularizada pela Volkswagen e General Motores desde a década de 70, mas a chegada de diversas novas montadoras nos últimos anos trouxe nomenclaturas de outros países e até mesmo os fabricantes de peças de reposição tem dificuldade em acompanhar cada padrão.

Página 12 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Dicas para substituição de relés

Há casos de mecânicos que lixam os contactos supondo que esta seja a solução do problema. Porém, os contactos são de cobre e prata e, para evitar que eles colem, recebem nas pontas mais uma camada de prata. Quando essa camada é lixada, o cobre derrete com o calor da alta amperagem, grudando os contactos e accionando o relé ininterruptamente. Imagine-se que isso aconteça no relé do motor de partida, e ele seja accionado e não desligue. 1) Antes de mexer na parte eléctrica, desligue a bateria. Alguns sistemas ficam monitorando o veículo mesmo quando desligado, e retirar uma peça pode causar uma saída repentina de electricidade - o chamado surto eléctrico. Isso pode queimar o módulo. 2) Fique atento à posição e polarização dos pinos, quando indicada. Em um relé de terminais simétricos, trocar o lado negativo pelo positivo, por exemplo pode danificar  seriamente o carro. 3) É importante conferir a numeração de cada relé com relação ao seu equivalente no mercado de reposição. Consulte os catálogos das fabricantes de relés para saber se há uma peça equivalente no mercado de reposição ou se o relé original é a única opção. 4) Verifique se o manual do fabricante ou o próprio carro possui um diagrama explicativo da caixa de relés para saber como instalar e qual é o relé correto.

Página 13 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

Diagnóstico de relés com o multímetro Nos automóveis existem relés de diversos tipos. Como testar estes componentes é algo que todo profissional precisa saber. O multímetro pode realizar basicamente dois tipos de provas em relés comuns de 12 V ou mesmo 6 V. Os testes são de continuidade e de contacto Basicamente estes relés são formados por uma bobina e um jogo de contactos. Pode-se utilizar o multímetro directamente na verificação do estado da bobina e dos contactos e até fazer uma prova dinâmica com a ajuda de uma fonte de 12 V ou uma bateria. Prova de Continuidade

Coloque o multímetro na escala mais baixa de resistências, OHMS x1 ou OHMS x10. Se for  digital use as escalas de 200 ou 2000 ohms ou a função de continuidade. Identifique os contactos da bobina do relé e faça a medida de sua resistência. Interpretação:Resistência baixa, variando entre alguns ohms até no máximo algumas dezenas de ohms  – enrolamento bom. Resistência infinita - bobina aberta  – ruim.Nesta prova não se consegue determinar se existem espiras em curto. Prova dinâmica: Os contactos normalmente fechados devem apresentar uma resistência nula na medida e os da bobinauma resistência muito baixa. Usando a escala mais baixa de resistências do multímetro. Prova de Contacto - Procedimento

Com esta prova fazemos a identificação dos contactos NA e NF Identifique os terminais de contactos (por eliminação, identificando antes os terminais da bobina). Meça a resistência entre eles de forma combinada. Interpretação

Terminais entre os quais a resistência é nula - normalmente fechados ou NF Terminais entre os quais a resistência é infinita - normalmente abertos ou NA. Leitura = Identificação

Baixa = NF Infinita = NA Observação

Veja que temos dois terminais (duas leituras) em que temos resistência infinita e resistência nula. Para uma melhor identificação será necessário fazer o teste dinâmico que é mais preciso. Teste dinâmico Fase 1 - Procedimento

Este teste permite uma determinação melhor dos contactos. Coloque o multímetro na escala mais baixa de resistências. Ligue os terminais do multímetro nos contactos do relé usando garras.  Ative o relé pela aplicação de 12 V na sua bobina. Deve ocorrer um pequeno estalido que indica a comutação. Para r elés de alta corrente a prova deve ser feita rapidamente e a fonte usada deve ter pelo menos 2 A de capacidade de corrente. Interpretação: A resistência vai de zero a infinito na comutação - o relé está bom - passe à etapa seguinte.  A resistência não se altera - o relé não está comutando - problemas internos. Fase 2 - Procedimento

Obtida a leitura infinita para o multímetro, procure a posição das garras em que se tenha leitura nula. Interpretação: A posição comum da garra para a leitura nula e leitura infinita corresponde ao contacto C (comum)  A posição em que se tem a leitura nula com o relé desenergizado corresponde ao contacto Página 14 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos

NF (Normalmente Fechado)  A posição em que se tem a leitura nula com o relé energizado corresponde ao contacto NA (Normalmente Aberto). Observação

Podem existir relés com diversos conjuntos de contactos caso em que a identificação é feita por grupos, com o mesmo procedimento. Também é importante saber qual a disposição dos terminais do relé em teste, se bem que, com os procedimentos indicados é possível fazer  sua identificação. De importância fundamental em projetos, instalações e diversos equipamentos automotivos dentre eles podemos destacar: amplificadores, processadores de sinais, alarmes, centrais de comando, automação de vidros/travas eléctricas, controles on/off diversos, equipamentos de áudio, eléctrica no automóvel, distribuição, chaveamento de sinais tensão e corrente, dentre outras. Os relés, em seus diferentes tipos de constituição e capacidade de tensão e corrente, ocupam posição relevante, e muitas vezes inviabilizariam se não fossem aplicados em um projeto , produto, instalação ou serviço. Os tipos principais de relés são subdivididos em: relés electromecânicos que são os relés compostos de bobina, núcleo de ferro e conjunto de contactos e os relés de estado sólido (SolidStateRelays) ou SSR, que fazem o uso de tiristôres como TRIACs ; já os relés PHOTO MOS ou P MOS fazem uso de transistores de efeito de campo que são MOSFETs de potencia. Terminolo gia e alguns parâmetros aplicáveis aos relés: 







 



Bobina  – Composta por dois terminais, onde a tensão máxima aplicável na bobina de

um relé determina sua utilização e accionamento. Quando falamos que um relé é de 12 volts é por que sua bobina deverá ser excitada com esta tensão em média, podendo este funcionar, por exemplo, com tensões de 7- 15 volts. Quanto menor a corrente da bobina do relé melhor, pois esta corrente é apenas a necessária para que este faça o chaveamento ou seja accionamento, e consumirá menos corrente de accionamento, do dispositivo que o esta accionando. Contactos NF  – São denominados contactos normalmente fechados, onde com o relé desenergizado em sua bobina, passam a corrente e tensão directo, permitindo que o circuito seja ativado com o relé desaccionado: um bom exemplo disto é o relé de corte de centrais de alarmes. Contactos NA  – São denominados contactos normalmente abertos e só mudam de status ou fecham quando o relé é energizado em sua bobina. Corrente do relé  – É a capacidade limite dos contactos NA e NF do relé quando falamos que um relé auxiliar é de 40 amperes, significa que seus contactos NA e NF suportam o chaveamento de 40 amperes. Porem na pratica devemos respeitar uma tolerância na corrente utilizada de pelo menos 10% para que seja evitado curtos e danos ao componente por super aquecimento. Comum  – É o terminal comum aos contactos normalmente abertos e fechados do relé. Polos do relé  – São os números de vias de chaveamento do relé , quando falamos que um relé possui dois pólos, duas posições estamos falando de um relé que possui oito terminais: dois de bobina, três do primeiro pólo onde um é central que fecha energizado com o NA e desenergizado com o NF possuindo o outro polo três pinos e chaveamento idêntico. Relé com retardo  – É um tipo de rele que acciona após algum tempo que o mesmo é energizado em sua bobina, tempo este determinado por uma constante RC no circuito do relé. - Relé temporizado  – Tipo de relé que ao desenergiza-lo em sua bobina o mesmo Página 15 de 16

Paulo Fidalgo

UFCD: Eletricidade Automóvel  – Normas e Esquemas Eléctricos



desconecta o chaveamento de seus terminais após algum tempo, a aplicação mais comum que podemos citar: chaveamento (desligamento) da luz interna do veiculo, após alguns instantes. Tempoeste também determinado por uma constante RC. Rele fotoeléctrico  – Possui um circuito sensível à luz (fotocélula) e chaveia com a incidência de luz, sua bobina com a presença de luz é energizada e o mesmo faz o chaveamento do circuito, são muito utilizados placas publicitárias para accionamento automático nocturno. No que concerne a instalações e projectos automotivos encontramos varias aplicações para os relés: accionamento remoto de módulos, activar e desactivar dispositivos eléctricos como travas e vidros, e electrónicos, criar circuitos especiais que complementam funções de outros. A corrente média de consumo dos relés pode variar  entre 40 e 150 miliamperes, portanto, se formos utilizarmos um conjunto de relés para fazer um chaveamento é essencial usarmos mais um relé de um polo para chavearmos os demais relés , pois, oito relés para chavear oito cornetas por exemplo, consomem em media no accionamento aproximadamente 1300 miliamperes (1,3A ) quase três vezes por exemplo a corrente suportada por uma saída remote de um cd\MP3 player, onde se não for respeitado este procedimento há a queima da saída remote ou saída de antena eléctrica do aparelho, cujo limite de fornecimento máximo de corrente é de 0,5 amperes da maioria dos fabricantes.

Conclusão  A componente eléctrica e electrónica do veículo automóvel tornou-se actualmente uma peça chave de maior importância e fundamental no seu funcionamento, requerendo um vasto conhecimento técnico dos dispositivos de controlo, componentes eléctricos, ferramentas e equipamentos utilizados na sua reparação e diagnóstico. Além disso o técnico interveniente deve possuir conhecimentos básicos de electricidade e electrónica para poder compreender  e operar na evolução das novas tecnologias incorporadas nos recentes veículos automóveis, saber os vários códigos de componentes utilizados, suas nomenclaturas e representações para poder interpretar os esquemas dos circuitos eléctricos, tipo de componente e tipo de ligação entre eles com a representação de grandezas eléctricas e características de cada um.

Página 16 de 16

Paulo Fidalgo

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF