124575381 Ensinamento Do Candomble Odt

August 12, 2017 | Author: ObaYna | Category: Sociology, Sculpture, Africa, Prejudices, Saint
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Ketu é a terra dos Orisas De todos os cultos do candomble o mais conhecido é o Ketu, que vem do Yorubá, e foi desse culto que a umbanda emprestou suas sete linhas. Os Orixás: Esu, Ogun, Ossosi, Sango, Logun Ede, Iroko, Omulu, Ibeji (Tahie Lulu, Kehinde), Oya, Obá, Eua,Osum, Iemondja, Nanã, Osoguian, e Osala. Os Orixás não são Deuses como muitas pessoas podem conceber ou como em outras religiões, mas sim Divindades criadas por um único Deus: Olorum. A cada Orixá está associada uma personalidade e um comportamento diante do mundo e com seus filhos, os quais são seus protegidos e uma parte das emanações do Orixá presentes no Orí desses filhos. CARGOS MAIS COMUNS DENTRO DO CANDOMBLÉ babalorisa - pai de santo detém o axé yalorisa - mãe de santo detém o axé babaquequere - pai pequeno yaquequere - mãe pequena Pejigã - cuida das coisas do roncó Yia Dagã - pessoa que despacha eshu e padês yabacê - pessoa que cozinha para os orixás ogan alabê - pessoa que canta o candomblê ogan axogun - pessoa que sacrifica os animais êkedji - mãe que o orixá escolheu e confirmou . NOME DOS TOQUES DOS ORIXÁS Alujá - SANGÔ Agerê - ODE

Opanigê - OMULU/ OBALUAIE Bravum - BESSÉM Ijeshá - OXUM - LOGUM EDÉ - OXALÁ Ilú - IANSÃ - OBÁ Egó - YANSAN Aderê - YEMONDJA Batá - OGUN - ESU NOME DOS ATABAQUES rum - o maior rumpi - o médio lé - o menor o agogô de Kêtu chama-se gan. as varinhas usadas para toque chama-se aguidavis. SAUDAÇÕES, CORES E DIAS DA SEMANA OGUN patacori Ogun- azul escuro terça ODÉ okê arô Odé - azul claro quinta OMULU Atoto Obaluaiê- preto/branco/rajado segunda OSSAIN Eu Eu Assa - azul/vermelha quinta OSHUMARE Arro Boboi - preto/amarelo/rajado sexta YORIMA Kitaua Yorimá preto/branco/alternado segunda IROKÔ Irokô Eu Aguê- runjeve - sábado LOGUM Loci Loci Logun - dourado/azul/alternado quinta 0OXUM Oraie Ieu Osum - dourada- sábado YEMONDJÁ Odôia - prateada -sábado YANSAN Eparrei Oyá- vermelha -quarta EWÁ- Nirró- /vermlho/rajada- quinta

NANÃ Salúba- lilás - sábado XANGÔ Kabiencilê- vermelho/branco/rajada -quarta OBÁ Oba shi re- vermelha/marrom - quarta OXALÁ Epi Epi Babá- branco - sexta ERÊ Erêmim - todas cores - sexta ESHU Laroie- vermelha/preta -segunda Pequeno dicionário Yorubá ::: A ::: A dúpé - Obrigado(a) Ààbò - Metade Àáké - Machado Aará - Raio Aará Òrun - Relâmpago Àbúrò Irmã- Mais Nova Adé - Coroa Adie - Galinha Adití - Surdo Adúrà - Oração Aféfé - Vento Àfin - Palácio Afóju - Cego Àga - Cadeira Àgbàdo - Milho Agbára - Poder Agbèdù - Estômago Àgbon - Coco Agemo - Camaleão Àgo Lónan - Com Licença Àgòtàn - Ovelha Ahón - Lingua Àiya - Peito Àiyé Mundo Ajá - Cão

Àjapá - Tartaruga Àjé - Bruxa Àkàrà Jé - Acarajé Àkùko - Galo Alagba - Senhor Alàyé - Explicação Àlubósà - Cebola Apá - Braço Apeja - Pescador Apère- Exemplo Arailé - Parentes Àríwá - Norte Àso - Roupa Axé - Assim Seja Ata - Pimenta Atégùn - Brisa Àwa - Nós Àwó - Cor Àwo Ewé - Verde Àwo Ojú - Òrun Azul Àwo Pako - Marrom Àwodi - Gavião Àwon - Eles(as) Àya - Esposa ::: B ::: Bàbá - Pai Bàbá nlá - Vovô Bàbálórìsà Pai-de-Santo Balùwè - Banheiro Béèni - Sim Berè - Perguntar Bèré - Começar Bèru - Medo

Bi - Nascer Buburú - Maldoso Buruku - Mau ::: D ::: Dáda - Beleza Dàgbà - Crescer Dáhùn - Responder Dára - Bom Dé - Chegar Dìde - Levantar Dígí - Espelho Dín - Fritar Dudu - Preto Dúpé - Agradecer Dúro - De Pé ::: E ::: E Káàárò - Bom-Dia E Káàsán - Boa-Tarde E Kále - Boa-Noite Ebi - Fome Ebí - Família Èdò - Fígado Eegun- Osso Ègbé - Comunidade Ègbón - Irmão Mais Velho Ègé- Aipim Egúngún - Espírito Ehín - Dente Èhin - Costas Eiye - Pássaro Eiyelé - Pombo Eja - Peixe Èjè - Sangue

Èjìká - Ombro Ejò - Cobra Èkáná - Unha Eku - Rato Èlédà - Criador Elìkan - Ninguém Èmi - Eu Ènia - Ser Humano Enu - Boca Epo - Óleo Epo Pupa - Azeite de Dendê Eran - Carne Eranko - Animal Erè - Lama Ére - Estátua Erin - Elefante Erú - Cinza Erú -Escravo Èsin - Religião Eti - Ouvido Èwà - Feijão Ewé - Folha Ewu - Perigo Èwúre - Cabra Eya - Tribo Eyin - Vós Eyin - Ovo ::: F ::: Fá - Raspar Fàdákà- Prata Fári - Raspar a Cabeça Fé -Amar Féran -Gostar Fìlà - Chapéu

Fó - Quebrar Fò - Lavar Fún - Dar Funfun - Branco ::: G ::: Gbìn - Plantar Gbó - Ouvir Gbogbo - Todos Gé - Cortar Gé Irun - Cortar o Cabelo Gibá - Jogar Gúgúrú - Pipoca ::: I ::: Ìbanújé - Tristeza Ibéjì - Gêmeos Ìbere - Origem Ìbí - Nascimento Ìbínu- Raiva Idà - Espada Ide - Pulceira Ìdi - Nádega Ìdódò - Umbigo Ifá - Adivinhação Ìfun - Intestino Igbe - Grito Ìgbín - Caracol Ihò - Buraco Ìjà - Briga Ìjábà - Acidente Ìjéta - Anteontem Iji - Árvore Ìka - Dedo Ìkú - Morte Ilá - Quiabo

Ìlà Òrùn - Leste Ilé - Casa Ilè - Terra Ilé Okú - Cemitério Ìlú - Cidade Imú - Nariz Inón - Fogo Ìpàdé - Reunião Ìrépo - Harmonia Ìresì - Arroz Irin - Ferro Iró - Mentira Irun - Cabelo Ìsinkú - Enterro Ìtàn - História Ìwà - Respeito Iwájú orí - Testa Ìwé Ìrohin - Notícia do Jornal Ìwo - Tu Ìwo - Chifre Ìwò Òrùn - Oeste Ìyá - Mãe Ìyá nlá - Vovó Ìyálórìsà - Mãe de Santo Iyo - Sal ::: J ::: Jáde - Sair Je - Comer Jó - Dançar Jóko - Sentar Júbà - Respeitar Juwó - Acenar ::: K ::: Kàwé - Lêr Kékeré - Pequeno

Kó - Aprender Kò Tòpé - De Nada Korin - Cantar ::: L ::: Labalábá - Borboleta Lála - Sonhar Lálé - De Noite Láná- Ontem Lo - Ir Lóla - Amanhã Lóní - Hoje Lósàn - De Tarde ::: M ::: Malú - Vaca Malú Ako - Boi Mò - Conhecer Mu - Beber Mú - Pegar ::: N ::: Nà - Bater Ní - Falar Ni - Ter Ni Àárò - De manhã Nínú - Dentro Nítorípè - Porque ::: O ::: Oba - Rei Òbe - Faca Obinrin - Mulher Òbo - Vagina Òbo - Macaco Òbukó - Bode Ode - Caçador Odò - Rio Odù - Destino

Odún - Ano Òfurufú - Respirar, Ar, Espaço Ògá - Chefe Ògèdè - Banana Ogun - Guerra Ògún - Orixá da Guerra e Metais Ohùn - Voz Òjìji - Sombra Òjò - Chuva Ojó Ajé - Segunda-feira Ojó Ìségun - Terça-feira Ojó Rú - Quarta-feira Ojó Bò - Quinta-feira Ojó Etí - Sexta-feira Ojó Àbáméta - Sábado Ojó Àikú - Domingo Ojú - Olho Ojú Òrun - Céu Okan - Coração Òkè - Montanha Oko - Esposo Okó - Pênis Òkú - Cadaver Òkun - Mar Okunlin - Homem Òkúta - Pedra Olódùmarè - Supremo Olórun - Deus Olùkó - Professor Omi - Água Omi Dúdú - Café Omo - Filho Omodé - Criança Onje - Comida Onje Àárò - Café da Manhã

Onje Alé - Jantar Onje Òsán - Almoço Oòrùn - Sol Òpè - Palmeira Òpolo - Sapo Òrè - Amigo(a) Orí - Cabeça Orin - Cantiga Orúko - Nome Òrùn - Pescoço Orúnkún - Joelho Òsa - Lagoa Osàn - Laranja Òsè - Semana Òsé -Sabão Òsí - Esquerda Osó - Bruxo Osù - Mês Òsupá - Lua Otí Bìá - Cerveja Òtún - Direita Òun - Ele(a) Owo - Não Owó - Dinheiro Oyin - Mel ::: P ::: Pa - Matar Pàdé - Encontrar Pákí - Mandioca Pamó - Esconder Paríwò - Barulho Pè - Chamar Pépéiye - Pato Pupa - Vermelho Púpò - Muito

::: R ::: Rà - Apodrecer Rárá - Não Rérìn - Rir Rí - Ver Rìn - Andar Rò - Pensar Rúbo - Sacrifício Rúsúrúsú -Amarelo ::: S ::: Sáré - Correr Sè - Cozinhar Simi - Descansar So - Amarrar Sòrò - Falar Sùn - Dormir Sùrú - Paciência ::: T ::: Tò - Urinar Tóbi - Grande Tútù - Gelado ::: W ::: Wàrà - Leite Wè - Banho Wò - Vestir Wolé - Entrar Wúrà - Ouro ::: S ::: Correspondente a Letra "X" Saju - Antes Sirè - Diversão O que é Cultura? A CULTURA é fundamental para a compreensão de

diversos valores morais e éticos que guiam nosso comportamento social. Entender como estes valores se internalizaram em nós e como eles conduzem nossas emoções e a avaliação do outro, é um grande desafio. CULTURA - É o conjunto de atividades e modos de agir, costumes e instruções de um povo. É o meio pelo qual o homem se adapta às condições de existência transformando a realidade. Cultura é um processo em permanente evolução, diverso e rico. É o desenvolvimento de um grupo social, uma nação, uma comunidade; fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento de valores espirituais e materiais. É o conjunto de fenômenos materiais e ideológicos que caracterizam um grupo étnico ou uma nação ( língua, costumes, rituais, culinária, vestuário, religião, etc ), estando em permanente processo de mudança. A Filosofia espera contribuir para uma reflexão mais profunda sobre as questões relativas ao tema e à partir desta, contribuir para a superação de valores de herança colonial que entravam o desenvolvimento da sociedade. AFRICANIDADES é um tema que está em pauta para reflexão, em todas as esferas da sociedade: educação, política, religião, economia ( nas leis sancionadas no governo Lula, conquista dos movimentos negros nas políticas de Ação Afirmativa, no processo de mudança social onde cada vez mais se torna visível a questão da discriminação em contradição com a visibilidade das potencialidades étnico-raciais e sociais em todos os níveis ( idade, cor, religião, gênero, manifestação

cultural, classe social, etc ). Cada vez mais se exige o conhecimento da cultura africana sem o véu do folclore que minimiza sua importância junto ás matrizes indígenas e principalmente européia. O Brasil é considerado o mais africano entre os países americanos, pois foi o principal receptor de escravos originários de África e, atualmente, 45 por cento dos seus 180 milhões de habitantes são negros ou mulatos. "O Brasil não só é um país da diáspora africana, mas também um país africano, a segunda maior nação negra do mundo" Se entendermos que cada grupo étnico possui sua forma de se expressar no mundo, ampliamos nossa compreensão de que há uma diversidade cultural que deve ser respeitada, senão compreendida. E o respeito compreende a liberdade de expressão. A história ocidental nos deixou de herança o olhar etnocêntrico. Este olhar foi um dos fatores desencadeadores do fenômeno social da atitude preconceituosa e da discriminação. No séc. XXI, uma parcela da população em um processo que é natural de mudança de mentalidade, se debruça sobre estes aspectos herdados com o objetivo de superá-los. Nesta parcela estão artistas, livres pensadores, educadores, governo e grupos sociais, editores de jornais, livros e revistas, etc. Em todos os setores e através de todos os meios de comunicação, o

tema diversidade cultural está sendo tratado de forma profunda, pois entendem que só assim, se poderá avançar. “Em geral, o senso comum emprega as expressões ‘ter cultura’ e ‘não ter cultura’ como sinônimos de culto e inculto, o que gera uma série de distorções e preconceitos”. No sentido Antropológico, não falamos em Cultura, no singular, mas em culturas, no plural, pois a lei, os valores, as crenças, as práticas e instituições variam de formação social para formação social. Além disso, uma mesma sociedade, por ser temporal e histórica, passa por transformações culturais amplas e, sob esse aspecto, Antropologia e História se completam, ainda que os ritmos temporais das várias sociedades não sejam os mesmos, algumas mudando mais lentamente e outras mais rapidamente. Se reunirmos o sentido amplo e o sentido restrito, compreenderemos que a Cultura é a maneira pela qual os humanos se humanizam por meio de práticas que criam a existência social, econômica, política, religiosa, intelectual e artística. A religião, a culinária, o vestuário, o mobiliário, as formas de habitação, os hábitos à mesa, as cerimônias, o modo de relacionar-se com os mais velhos e os mais jovens, com os animais e com a terra, os utensílios, as técnicas, as instituições sociais (como a família) e políticas (como o Estado), os costumes diante da morte, a guerra, o trabalho, as ciências, a Filosofia, as artes, os jogos, as festas, os tribunais, as relações amorosas, as diferenças sexuais e étnicas, tudo isso

constitui a Cultura como invenção da relação com o Outro. O Outro, antes de tudo, é a Natureza. A naturalidade é o Outro da humanidade. A seguir, os deuses, maiores do que os humanos, superiores e poderosos. Depois, os outros humanos, os diferentes de nós mesmos: os estrangeiros, os antepassados e os descendentes, os inimigos e os amigos, os homens para as mulheres, as mulheres para os homens, os mais velhos para os jovens, os mais jovens para os velhos, etc. Em sociedades como a nossa, divididas em classes sociais, o Outro é também a outra classe social, diferente da nossa, de modo que a divisão social coloca o Outro no interior da mesma sociedade e define relações de conflito, exploração, opressão, luta. Entre os inúmeros resultados da existência da alteridade (o ser, um Outro) no interior da mesma sociedade, encontramos a divisão entre cultura de elite e cultura popular, cultura erudita e cultura de massa. DEFINIÇÕES A PARTIR DO ENTENDIMENTO DO QUE É CULTURA DISCRIMINAÇÃO - Discriminar significa "fazer uma distinção". O significado mais comum, tem a ver com a discriminação sociológica: a discriminação social, racial, religiosa, sexual, étnica ou especista. DIVERSIDADE - Movimento que vai na contra-corrente da monocultura ou cultura única. ‘A diversidade é percebida, com freqüência, como uma disparidade, uma variação, uma pluralidade, quer dizer,

o contrário da uniformidade e da homogeneidade. Em seu sentido primeiro e literal, a diversidade cultural referia-se apenas e simplesmente, em conseqüência, à multiplicidade de culturas ou de identidades culturais. Mas, nos dias de hoje, esta visão está ultrapassada pois, para inúmeros especialistas, a «diversidade» não se define tanto por oposição à «homogeneidade» quanto pela oposição à «disparidade». Ela é sinônimo de diálogo e de valores compartilhados.’ Alain Kiyindou “A sociedade brasileira reflete, por sua própria formação histórica, o pluralismo. Somos nacionalmente, hoje, uma síntese intercultural, não apenas um mosaico de culturas. Nossa singularidade consiste em aceitar – um pouco mais do que outros - a diversidade e transformá-la em algo mais universal. Este é o verdadeiro perfil brasileiro… Sabemos, portanto, por experiência própria, que o diálogo entre culturas supera – no final – o relativismo cultural crasso e enriquece valores universais”. ETNOCENTRISMO é uma atitude na qual a visão ou avaliação de um grupo sempre estaria sendo baseado nos valores adotados pelo seu grupo, como referência, como padrão de valor. Trata-se de uma atitude discriminatória e preconceituosa. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico sendo considerado como superior a outro. Não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes. Um grupo pode ter menor ou maior desenvolvimento tecnológico se comparado um ao outro, possivelmente, é mais adaptavel a determinados ambientes, além de não possuir diversos problemas

que esse grupo "superior" possui. FOLCLORE - Gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração. "Folclore é tradição! Passado e presente! É cultura embasada nos usos e costumes de uma Nação!Todos os povos possuem suas tradições,crendios e supertições,que transmitem atrvés de lendas ,contos, proverbios e canções ". PRECONCEITO - É uma atitute discriminatória que baseia conhecimentos surgidos em determinado momento como se revelassem verdades sobre pessoas ou lugares determinados. Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são o social, racial e sexual. RELATIVISMO CULTURAL - é uma ideologia politicosocial que defende a validade e a riqueza de qualquer sistema cultural e nega qualquer valorização moral e ética dos mesmo. O relativismo cultural defende que o bem e o mal são relativos a cada cultura. O "bem" coincide com o que é "socialmente aprovado" numa dada cultura. Os princípios morais descrevem convenções sociais e devem ser baseados nas normas da nossa sociedade. Harry Gensler Ex: Na cultura européia-ocidental, o ato de comer é feito com garfo, faca e colher. Excetuando-se os cerimoniais, não há ordem estabelecida para sentar na mesa. Na China o costume é comer sentado. No interior

do nordeste é costume comer utilizando-se os dedos. Junta-se um punhado de comida, em geral com farinha e com os dedos leva-a à boca. Hábitos diferentes que naturais em seus contextos, podem ser mal interpretados fora deles. Assim, comer com a mão pode ser uma falta de educação, comer com colher pode ser coisa de pobre ou comer com garfo e faca ou palitos pode parecer estranho a quem não tem este hábito. História do Candomblé O candomblé e uma religião que teve origem na cidade de Ifé, na África, e foi trazida para o Brasil pelos negros iorubas. Seus deuses são os Orixás, dos quais somente 16 são cultuados no nosso país: Essú, Ògun, Osossì, Osanyin, Obalúaye, Òsúmàré, Nàná Buruku, Sàngó, Oya, Oba, Ewa, Osun, Yemanjá, Logun Ede, Oságuian e Osàlufan. O pai ou a mãe de santo é a autoridade máxima dentro do candomblé. Eles são escolhidos pelos próprios Orixás para que os cultuem na terra. Os orixás os induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam naturalmente levadas à religião, até que assumam o cargo para o qual estão destinadas. Uma pessoa não pode optar se quer ou não ser um Pai ou Mãe de Santo se não acontecer durante sua vida fatos que a levem a isto. São pessoas que de alguma forma são iluminadas pelos Orixás para que cumpram seu destino. Os Pais de Santo, normalmente, são donos de uma roça, ou seja, um lugar onde estão plantados todos os axés e no qual os Orixás são cultuados. Dentro da roça existe o barracão (assim denominado por causa dos negros que antigamente moravam em barracões), que é

o lugar em que são feitos os grandes assentamentos (oferendas) para os deuses. Hierarquicamente, existe, ainda, na roça um pai pequeno ou mãe pequena, que é o braço direito do Pai de Santo e é normalmente um filho ou filha da casa. Depois vem as Ekedes, são mulheres também escolhidas pelos Orixás para cuidar deles e ajudá-los. Embora seja considerada autoridade dentro da roça, não podem ser Yalorixás, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar. A seguir vem os Ogans, que tocam o atabaques e ajudam o Babalorixá nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos Santos; a Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintas os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazerem o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que “rasparam o Santo”, ou melhor, rasparam a cabeça para um Santo a pedido deste. Às vezes o Santo, ou Orixá, incorpora em determinadas pessoas, mas não necessidade que haja esta “incorporação” para que uma pessoa raspe o Santo. Se a pessoa deve ou não raspar o Santo só pode ser sabido com certeza através do jogo de búzios do Pai ou Mãe de Santo que, diga-se de passagem, são os únicos que podem jogar búzios. O candomblé é uma religião com uma vasta cultura e rica em preceitos. São pouquíssimas as pessoas que realmente a conhecem a fundo.È necessária muita dedicação e anos de estudo para se chegar a um conhecimento profundo da religião. Seus preceitos são todos fundamentados e qualquer um pode se dedicar ao seu estudo e desfrutar seus benefícios. Existe muita

energia positiva no candomblé, e o seu culto pode trazer muita paz e felicidade. Origem do Candomblé: Ifé A antiga cidade de Ifé, ao sudoeste da atual Nigéria, deslumbrava desde o começo do século como capital religiosa e artística do território que cobria uma parte central da atual República do Daomé. É a fonte mística do poder e da legitimidade, o berço da consagração espiritual, e para onde voltaram os restos mortais e as insígnias de todos os reis iorubas. A civilização de Ifé, ainda hoje, é pouco conhecida e apresenta uma criação artística variada do realismo, enquanto que a maioria da arte africana é abstrata. O material empregado na arte de Ifé espanta e abisma qualquer historiador, incluindo os próprios africanistas. Ao lado das esculturas em pedra e terracota(argila modelada e cozida ao fogo) tradicionais na África, estão as esculturas em bronze e artefatos em perola. Uma das artes mais conhecidas é a de Lajuwa, que segundo o povo de Ifé permaneceu no palácio real, mostrando os vestígios em terracota, antes de ter sido redescoberta. Lajuwa foi o camareiro de Oni (soberano do reino de Ifé ou Aquele que Possui). A atribuição dessa terracota a Lajuwa não é estabelecida de maneira segura, entretanto a escultura foi preservada e conservou uma superfície lisa, ainda que o nariz tenha sido quebrado. A maior parte das descobertas das obras foi feita nos BOSQUETES SAGRADOS: vastas extensões de terras situadas no coração da savana. Cada uma destas

descobertas é consagrada a esta ou aquela divindade, entre elas: - BOSQUETE SAGRADO DE OLOKUM: cobre uma superfície de 250 Há. Ao norte da saída da cidade de Ifé. É dedicado a OLOKUM, divindade do mar e da riqueza. - BOSQUETE SAGRADO D’IWINRIN: encerra numeroso tesouro artístico, testemunhado, na maior parte, uma arte extremamente realista e refinada. Uma delas é de um personagem com 1,60 m de altura, sentado num banco redondo, esculpido em quartzo e provido com um braço curvado para dentro em forma de anel. Apóia o braço em um tamborete retângulo com quatro pés, sendo ladeado por dois outros de igual tamanho natural, um dos quais tem na mão a extremidade de uma vestimenta cortada. Supõe-se que o artista tenha manuseado a argila crua em separação. Depois de concluído foi seca ao sol e cozida numa imensa fogueira ao ar livre, obtendo uma terracota de cor uniforme. - BOSQUTE SAGRADO OSONGONGO: os arqueólogos descobriram uma variedade de esculturas de argila cozida e a maior parte de uma mesa micácea. Entre elas está a cabeça da própria OSONGOGON, porém menos refinada do que a de LAJUWA. Ao lado desta escultura, há numerosas outras representando personagens com deformações físicas, uma delas com elefantíase nos testículos (doença ligada intimamente ao espírito dos negros e à impotência sexual), objeto de tratamento com rituais

especiais. Nos funerais, a liturgia era feita por um sacerdote da antiga sociedade ORO, tida aos “ocidentalizados” como forma monstruosa. O principal achado e o vaso do ritual destes funerais, decorado em relevo. Revela certos ritos e insígnias religiosas de Ifé. Vêem-se com os efeitos: Edans (bastões de bronze, utilizados pelos membros da Sociedade OGBONIS na cerimônia secreta), um bastão de ritual com uma espécie de espiral saliente em ambos os lados, um tambor, um objeto com dois crânios na base, um machado e dois personagens sem cabeças. - BOSQUESTE SAGRADOS DE ORE: possue abundantes esculturas de homens e animais. O grupo principal é constituído de duas estátuas humanas, a maior é chamada IDENA, o porteiro. IDENA usa um colar de perolas (contas), diferente dos demais usados em estátuas de terracota. Na cintura ostenta um laço e tem as mãos entrelaçadas. A cabeleira não é esculpida, mas representada por pregos de ferro fincados, como acontece na arte de Ifé. -BOSQUETE SAGRADO DE ORODI: encontra-se nele uma estátua de pedra com a cabeça e o corpo enfeitado com pregos, similares aos que ornam Idena. Tem na mão direita uma espada e na esquerda um abano. Está situada em Enshure, província do Ado Ekiti. Criação do Reino de Ifé O grande Deus Olodumaré enviou Osalufã (orixá) para que criasse o mundo. A ele foi confiado um saco de areia, uma galinha com 5 dedos e um cmaleão. A areia deveria ser jogada no oceano e a galinha posta em cima para que ciscasse e fizesse aparecer a terra. Por

ultimo, colocaria o camaleão para saber se estava firme. Osalufã foi avisado para fazer uma oferenda ao Orixá Essú antes de sair para cumprir sua missão. Por ser um Orixá Funfun, Oxalufã se achava acima de todos e sendo assim, negligenciou a oferenda. Essú descontente , resolveu vingar-se de Osalufã, fazendo-o sentir muita sede. Não tendo alternativa Osalufã furou com seu Apaasoro o tronco de uma palmeira. Um líquido refrescante dela escorreu, era o vinho de palma. Ele saciou sua sede, embriagou-se e acabou dormindo. Olodumaré, vendo que Osalufã, não cumpriu sua tarefa, enviou Odùdùwa para verificar o ocorrido. Ao retornar e avisar que Osalufã estava embriagado, Odùdùwa recebeu o direito de vir e criar o mundo. Após Odùdùwa cumprir sua tarefa, os outros deuses vêm se reunir a ele, descendo dos céus graças a uma corrente que ainda se podia ver, segundo a tradição, no BOSQUE DE OLOSE, até há alguns anos. Apesar do erro cometido, uma nov chance foi dada a Osalufã: a honra de criar os homens. Entretanto, incorrigíveis, embriagou-se novamente e começou a fabricar anões, corcundas, albinos e toda espécie de monstros. Odùdùwa interveio novamente, anulou os monstros gerados Osalufã e criou os homens bonitos, sãos e vigorosos, que foram insuflados com vida por Olodumaré. Esta situação provocou uma guerra entre Odùdùwa e Osalufã. O ultimo foi derrotado e então Odùdùwa

tornou-se o primeiro ONI (rei) de Ifé. Distribuiu seus filhos e os enviou para criar novos e vários reinos fora de Ifé. Mais tarde os Orixás retornaram a Orum, deixando na terra seus conhecimentos e como deveriam ser cultuados seus toques, comidas e costumes, para que fossem cultuados pelos seus descendentes. Então o ser humano começou a fazer pedido aos Orixás e para que cada pedido fosse atendido eles ofereciam comida em troca. Ao contrario do que se pensa, nem todos os pedidos são atendidos, embora os Orixás sempre aceitem as oferendas. Quando um orixá recebe um pedido, ele o leva a Olodumaré e este decide se o pedido vai ou não ser atendido. Este julgamento vai ser baseado no merecimento da pessoa que faz o pedido. O povo continua fazendo oferendas aos Orixás até hoje, pois os Orixás procuram sempre fazer o melhor para as pessoas. O círculo dos deuses é constituído segundo o número 16, número sagrado no candomblé. Ele se encontra em toda parte: no numero de búzios, no númerode chamas da lâmpada dos sacrifícios, na numeração dos membros físicos e psíquicos, quer dizer, das forças e das partes que possui o homem na organização hierárquica. REZAS PARA OS ODUS DE IFÁ IWORI MEJI IWORI MEJI IGI, IGI, MIYA, MIYA ADIFAFUN KOLOKO

YEBEFA TIROKE YA LAMPE SHANGO, ARONIYEO ELERIPIM ORUNMILA LORUGBO IWORILOBE IWORILOBE IFA MAY EWE, IFA AFEFETI IKI TI EWE ANAKUN ORUN BEBENI IFA ADIOKO ONI BARA BAN, REGUN ARA BUSHE AWO MAY EWE AWO ADEIOKO ORI IFA ONI SHANGO, ONIWO OLOKUN ONI NI FA IWORI YEKU IWORIIYEKU INKAN IKU OMBELARE OUM YELEIN INTORI IKAN TO WALORE ALA TO GUMAN ALA BURURU OUM BATONSHE GBE INKAN TO GIRE BORI KO MAWA YATE LOWO LONON NIMI OBORI IWORIDI IWORIBODE IWORI FA, IFA IWORI OMO YEBE GONGOLO YEBO OBATALA ABIRENIFA OLOKUNI GBORE OMO INA BORE IFA WOLODE FI ALAGEMA SAYERE IFA OSHALA BORUGBO IWORIIKOSO IWORIKOSO ENI EWA OGBONI EGUN IKU AYEGE IMONEKE ARUN EFUN EFUN LELE YE KUN YA ARUN LEYE LEYE INTORI ARUN OBONHU OLOWO ABONAN IFA OMO AWO OYEKU LEYE LENGE YANGE ORUN AGBONI FA INLE EBO LOKUN OMONIFA

IWORIWONRIN IFA IWORIWORIN IFA WARA WARA A NI MOKO KA SHE ITA, KA SHE MINE, WARA WARA BABASONAN ELA ROYE LAROYE KA SHE ITA, KA SHE MINE WARA WARA MI MORO ORUNMILA O LORUGBO IWORIBARA IWORI OBARA OUM BARAYE OUM TIROLA YO TIMODE AAYE, OUM BURE LOKO, ADIFAFUN YALODE, EYE BEMEKU, IYEWA JOKO, IYEWA EURE ELEGBO IWORIKANRAN IWORIKANA ADIFAFUN EJA OKUNRIN ASHIRI OKUN OLOKUM OBA, OLOKUM LOPA LERI KAFEREFUM ORUNMILA LODAFUM OLOKUM IWORIGUNDA IWORIGUNDA IWORI OWA LELEIFA OGUNDA AWABO BORUN AWANIRI LORIN ONI IFA AWO BEHENI, AWO KANIBI IFA AWAKENI, IFA ORIBAYE, AWO ABIWA ABANI AWO IWORISA IWORIBOSA ADIFAFUN BABA AJAGUNAN ELESE OLOFIN AMEGO AGBONI ALOGUN GBOGBO AAYE OLOFIN ALA MERERE KAFEREFUN OBATALA, LODAFUN ODU

IWORIBOKA IWORIBOKA ADIFAFUN ORUNMILA, IWORIBOKA LOKO ADIFAFUN ARUNMILA, ADIE ELEBA, BABA BOKA EUNUGUN ASHABA GAGA GUNGUN AKA ASHABA GEKO ADIFAFUN ALEYE IBABA GEKO BABA BUEKO EMI ILE, DOMIYE ASHABA LEDE APATA PINA EWE EBO ELEBO IWORITURUKPON IWORITRUPON EIYELE, EKO ENIGERE EIYELE ADAKOI EIYELE, LEBO OWUNKO LEBO, MAFEREFUN OLOKUM ALA ATI ALEYO IWORITURA IWORI OTURA IGI IGI MYO MYO ADIFAFUN KOLOKO IYEBEFA TIROKE, YA LAMPE SHANGO ARONI YRO ELERIPIM ORUNMILA LORUGBO IWORIRETE IWORI ERETE ADAE EBI OSU DUDU EKUN FIBI KURUMA TELE IJA IRI SHOEK ADIFAFUN AKUKO MOKEKEJE EKO TOLOFE ANIAKE OMO OLOKUM, LOGBO AWO ERANKO EIYE SHAGOBO ALUKO INIKA NI EJA OKO ABELE IKOKO EJI ADIFFUN ELEGBARA

IWORIBOSHE IWORIBOSHE ADARA ENI ARE O O FINLAMI EWE O AJA ERIN MAPE ORO TILE ORI IFA AFE ILE AFÉ EJA IWORIBOFUN IWORIOFUN IWORI IWOFUN IWORI TESOFUN OBA IWORI FARA INLE RERE BOBOFUN SHERU SHERU ADIFAFUN OBINI OLOMU, TIRIKO KODON ADEPENITE OMO OLOKUM ONI OBINI SOKUN INLE ONIKA OLOKUM WAGBI NI OMOBINI OMOTITUM OKEKE OBA IYA OMOLOGU AKERE SOPOTU EKOLO OLOKUM LODAFUN OLOKUM

ODI MEJI ODI OKUNKUN ARA MEJI OKUNKUN ODI ODI AMIFE ORUN AROGBOIA ENI ATEMI BORUBOIA ODIGBE ODIGBE ARONA OGUN, ODIGBE ARONA ORISHA EKUTE LELE OWA OKI YA ADIFAFUN O KA BABA EIYELE MARUM ELEBO, ODIGBE ORUNA OGUN ODIGBE ARUNA ORISHA LO OMO OGUN YA ADIFAFUN ORUNMILA LORUGBO ODIYEKU

ODIYEKU DIYEKU OLODAFUN BABA RERE GUN AUM RUKU OLOYA UMBO UMPELESE AYARELO ODIORI ODIORI ODIOYU NOWA OBA OYU LELE INLE ALAMBAA NIJO, OMOLUGU YEKU, OMO INLE SOKUN YERE OFUJU NI AINAN YA INLE LODAFUN ASHE ASHIRE LELE AJUERO, OBA AINAN ONA OBA ODI LODAFUN INLE, KAFEREFUM OSAIYN ODIROSO ODI IROSUN AWOSE WEWE ADIFAFUN OLOGBO ADIFAFUM ONAN ADIFE OKUTE AIYAJU KORO ADIFE AJA, EYLE, LEBO EWEFA LEBO ODIOWONRIN ODIWONRIN AWO FASHE IKU, IKU OMO SAREBAKU FASHE IKU, AWO AMOIKU ABERERE NILAYE INLE, AWO FASHE IKU OMO OYEKU OBANI SHANGO ODIBARA ADIFAFUN EKUE KU YEYE OSHA ODARA WAYE ADAFUM ADIE URUBO, ADIE EKANI ODARA ODIKANRAN ODIKANRAN KAMAYE BI AWO MORA AWO YABI MADAWA AWO ABITE LOYE OMO MAYAGBA OMO INLE EBAI BABA IFA OMO MOSOGBA

ABEIYE NIFA ODARA ODIGUNDA ODIGUNDA PINAMI IBI OMU ADIFAFUM AKUE ASHE AKUKO LEBE YAMAGARA , ADIFAFUM ALAKUM, AKUKO IDA, OTI, AWO MESAN ELEBO ODISA ODISA ODI MAYERE MANIANIA LE YERE YALODE MAMA WA AMEYA WA YERE OMO OSHUM GERE YA YEDE BABINU OMO OSHUM GERE FUN MI SHERE ODIKA ODIKA OKOLOYU OPUA ADIFAFUM ORISHA AYE TINSHEME AYA BORUM OBA NIFA TINSHEMA OLOFIM OBA ORISHA YE ADIFAFUM EGUN OYABA ORUM, MAFEREFUM SHANGO ORISHAYE, OBAYE ADIFAFUM ODUDUWA ODITRUPON ODIBATRUPON YALODE APU ETE ASHIKALE SHEYE ASHIKALE KILE FOLONI OWO KILE OTO ODITURA ADI ATAKOFENIO IDI ATA KOLE EYN APARO OUM

TUFUJE BOIUM SI ADIFAFUM OBALASHE LEBO, ADIFAFUM ORUNMILA LODAFUM OBATALA, ORUNMILA LORUGBO, EYELE LEBO ODIRETE ODIRETE AWARI ODI OLOWWO ASHOPA ODOLORO ODIGB ADAFUM ORUNMILA OROGBO ODISHE ODISHE IDE SHE OUM BABALAWO LOMBO SHEKETE SHEKETE LOMBO ODIFUN ODI FUMBO, ODI FUMBO ARA OSHALA ARA ILE AYE MOYERAMI OSHALA, ODOGUM AGBA AGO ARA REZAS PARA OS ODUS DE IFÁ OGBE MEJI BABA EJIOGBE ALALEKUN MONI LEKUN AKO AYA LALA, OMODU ABOSHUN, OMO ENI KO SHE ILEKE RISHE KAMU, ILEKE OMI LORI ADIFAFUN ALADESHE ILAPAPORO TIMBABELEDI AGOGO OGBE YEKU AGBEYEKU BABA OMOLU OGBEATO AWO EDAN ADIFAFUN INASHE IKU ABA IWORO AKU KATA OLO TINSHE

NI APE, YANGI OMO LOGBO ERAUKO LORUGBO ELEBO OGBEIWORI OGBEIWORIN MAFEREFUN OBATALA ALEYO UMBO INEDI IRE UMBO OMOFA, OGBE BOCLE IDE ELE ADIFA JOKO ASHEGIDA ORUNMILA DADA ASHE, KUE, KI EIYELE, EKODIDE, EKU, EJA, EPO AGBADO, OPOLOPO OWO OGBEDI OGBEDI KAKA, OGBEDI LELE ADA SHASHA ASIKO EBANA, ADIFAFUN, ATE OGUN TINSHO OKA MAMA, OKOA MARUN ELEBO OGBEROSO OGBEROSO UNLELE ASHE EBO TO ARIKU BABAWA AKUO EBO RORI ORUNMILA ISETA OGBEROSO UNLELE ASHE, ATE DEKU ATIE, ATIE DEI, DEJA ATIE, ATIE AGBADO ATIE, AKUKO, AKUKO ATIE, ATIE JUJU, JUJU ATIE OMOLU OTUARUMALE INKUIN ADIE OGBEWONRIN OGBEOWONRIN AGO EMI IGBELORI KI OKUNI PAWO AYA WALA, AYA WALA, OTO AYA WALA OSI MO KUNLO, WALE KOTO, WALE TO OUN BELENO OTO, OTO OGBEBARA

DIDUN NISSHE UIYE BIGBE NITI OKURU LEMA ISHE UNJE LESE LOKUN, EKU ADENIA RE WALE ADIFAFUN OSHERE IGBETI IYEBA OMA OJA FI OGBEMTUSSHE GEGERE ASHE ISEDE WON NI KO ERU EKU, EJALEBE IGBIN MEJI LEBE AJASA MEJI LEBE, OSADIE MEJI, EBE AKUKO, ADIE LEBE EGBEJIE, LEGUN, OWO LEBE ORISHA NIAN OSHERE INGBE OSUEGBE IFA EIYALESHE OWE KAN TABJ AFESHE, KANKI ARU EBEKI ORUN KIMA PADE AJE NIBÉ OGBEKANA OGBEKANA, OGBEKANRAN, LODOFUN OBATALA ADAFUN SHANGO NI MOTI ALAMO NI ALAKOSI MONI JEUN, OGUN BABARE ARUNMILA LOROBO OGBEYUNO OGBEYUNO AYA ADE MOQAYE ORENIA LAIYE ADIFAFUN ODUDUWA WA YE-NIFA OWAYE ODUDUWA IKU SEGERE ARUNSE GERE OFO SEGERE, EJO SEGERE, OGU SEGERE, ONILU SEGERE ONAN SEGERE OGBESA OGBESA YEYE MATERU AFEFE SALU AYE AFEFE SALU OLORUN, ADIFAFUN EWE BANA, ABAIYYENI, ABAIYENI ORUNMILA OFEFELONAN SHANGO ADIFFUN EWE BANA OGBEKA

OGBEKA ADIFA JOKO KANFUN ASHE BEREBERE OMO OLOFIN OROBO EURE AKUKO EIYELE, YAROKO, ASHO PUPA ORUNMILA ORUMBO OGBETRUKPON OGBETRUKPON ADEILU FOTE ASHE MI ARA ORUMBO TELE TELU AMI AFEIN LOJE ADIFAFUN OBATALA OGBETURA OGBETUA MO FORI SESI ADIFAFUN OLOWO ALADE MOFU SESI ADIFAFUN, AJAPA TIROKO LODE NIFA OJEGE ODUDUWA MOWALE IYERE OLOFIN OGBEATE OGBE MATA ALAMATA, ALAMATA OMO AWOSHE MAFITAUM ADIFAFUN OMA BANISHE EKODIDE ADE, EKU, EJE, EIYELE, EFUN, OJUM, OBATALA OWO MESAM ELEBO

OGBESHE OGBESHE KAN KANTON OBAJE DEWA EKODIDE SARA UMDERE OLOLU KERE LODIYE IYALODE OKERE DIMORO EMIDESUM, EDIFEREMO ATOLAREFA

IJI BOJO NILA, ODU AJI BAGADARA NIWASI IKOWOSHE IYAMI WASHE SHI IYAMI MORI YEYE O! OGBEFUN OGBEFUN FUNLO PUAMI ERI BAWI IKU MAYEYERI WANI ADIFAFUN EUBA UM LOPE OMA OBATALA ASHE LEBO JEKUA, ADUSHE INGUNGUN MARIWO LEBO LEBO ADIE MEJI, AKUKO MEJI, EKU, EJA EPO, OWO como calcular os odús Depois da breve explicação sobre o que são os Odús, no post anterior, veja agora, como calcular os signos dos Orixás correspondentes à sua vida material e ao seu percurso espiritual, para que você possa trilhar com segurança o caminho da prosperidade, a saúde, a realização sexual e afectiva e o equilíbrio interior. Para conhecer os seus Odús, tome como ponto de partida a data do seu nascimento. Trace num papel quatro linhas horizontais, cortadas no centro por uma linha vertical. Essa linha vertical vai separar os algarismos em duas colunas: uma à esquerda e outra à direita. Escreva na primeira linha horizontal, usando as duas colunas, o número do dia em que você nasceu. Se esse número for menor que 10, coloque um zero (0) na coluna da esquerda. Na segunda linha, escreva o número do mês (de 01 a 12). Se esse número for menor que 10, coloque um zero na coluna da esquerda. Na terceira linha, sempre usando ambas as colunas escreva os dois primeiros algarismos do ano em que

você nasceu (19). Na quarta linha, usando as duas colunas, escreva os dois últimos algarismos do ano em que você nasceu. Some separadamente os algarismos de cada coluna. E sempre que o resultado ultrapassar 16, o número de Odús básico, reduza-o somando os algarismos. Veja o exemplo abaixo, de uma pessoa nascida em 25 de Março de 1962: 1a linha 2 5 Dia 2a linha 0 3 Mês 3a linha

1 9 Ano 4a linha 6 2 Ano Soma 9 19

Como 19, o total da segunda coluna, é maior que 16, você deve somar 1+9. Portanto no exemplo, o resultado da coluna da esquerda é 9 e o resultado da coluna da direita é 10.

A seguir desenhe uma cruz e escreva nas pontas dos braços da cruz as palavras Testa, Fronte Direita, Nuca e Fronte Esquerda, conforme o modelo: Escreva o número correspondente à soma da coluna da direita (10, no exemplo) no ponto referente à TESTA, e o número correspondente à soma da coluna da esquerda (9, no exemplo) no ponto referente à NUCA. Para encontrar o número correspondente à FRONTE DIREITA, some os dois números já obtidos (9 e 10). O resultado obtido é 19, que reduzido, dá 10 (1+9=10). Para encontrar o número correspondente à FRONTE ESQUERDA, some os três números já obtidos: 10+9+10 = 29. Como o resultado (29) é superior a 16, o número de Odús básicos, reduza-o: 2+9=11. Para encontrar o número correspondente ao CENTRO DA CABEÇA, some os quatro números já obtidos 10+9+10+11 = 40, que reduzido dá 4 (4+0 = 4). Escreva o resultado no meio da cruz: Relembro que os Odús mais importantes para a orientação da pessoa são: o da Testa, que reflecte a sua vida material, e o do centro da Cabeça, que reflecte o seu caminho espiritual. Os outros três Odús equilibram e harmonizam as energias individuais, complementando as informações dos Odús da testa e do centro da cabeça. OFUN MEJI MIKAN FU MEJI LEKPA KU KUPADO

KU REILE KPA GBE KPADO GBE KI VI LIKPO AZON KPADO, AZON REILE KPAN GUDA FILIBE WA YI SA MU MI KLAN SA MAGBA HIWE DOTANUMIO DIFUN, KU RUN, KUKON SHETURA DO LE DO LE GBOGBO DO KPOLI AGBA TON MUKON DUNON DUNON EMI YERO LE LEO EMI HUNWE SI YE OFUN MEJI OFUNLOBE OFUNLOBE AUGETE YIERA AJERI GI OFA PERIGIKI OBA OSHUN LADOFUN OFUN LADAFO OBA NUBA OGBE DOMBARA OFUN EKODIDDE META ELEBO ELEWO ELEBO OFUNYEKU OFUN YEMILO KUNUKU ABERIKULO NINSHAWO INLE OLOFIN A KALA MABO ABIGI OLORUN NENSHEWO INLE OLOFIN TENTO TERE ABI APOLO KAFEREFUN ABATALA ATI ESHU OFUNIWORI FUNI BABO WOLI KA NI GASA ASHOSUWE JEBU LOSIFA TAJUA OFUNDI AFUNDI ADIFAFUN ERI ETU KOMOBA OFUNDI OJO TO AKUKO, EIYELE

LERI ETU ELEBO OFUNBIROSUN OFUNROSO IFA LODAFUN OBATALA OSHUN, IYMONJA MAFEREFUN OFUNROSO SOJU ESHE GOGORO OGE BARA LODOFUN OLOFIN LERI ETU MEJI ELEBO OFUNOWONRIN OFUN ELETA IMETA ELEJI OWONRIN OFUN WONRIN IMETA LARE RE OMANAN IFA ATI ESHU

OFUNBARA OFUN BARA OFUN SUNSU OLOMORI OBARA SUNSUN ORASALI ADIFAFUN LEBO AKUKO AWUNKO, EIYELE LEBO MAFEREFUN OLOFIN OFUNKANA OFIARA KOJA ABO MILOSO ADIFAFUN OSOKO LAJU OMA ABOIYO LEBO, EIYELE EYELEBO KAFEREFUN OBATALA ATI ESHU OFUNGUNDA OFUN FUNDA IFA TINSHOMO IKIN UNSORO LOGBO KALENO ORISHA UMPE GIGBE TIYE KEVIOSO

AKUTA EDUN ARA OKPA AFAFA OKOJI OKPELE IFA ADIFAFUN AFAFA KAFEREFUN IFALE OFUNSA OFUNSA ALE NISHE OMO IKU OYINA OMO ORUNMILA ALE OYINA LELE ASUWORUN OYINA LORUGBO AWO FUNFUN ILE OSAIYN, IKU, EJA, OWO LA MEJA ELEBO OFUNKA FU KA JOSI MONO KEGBE EFUSHE KAYEBO OFUNTUROKPON NOJETO TE MO MO TENTE MANA AJARO UNJO KE ADIFAFUN JEJE TINSHOMA ORO LEBO EIYE ORO EIYELE, ETU LEBO OFUNTUWA/OFUNTEMPOLA BOJU OBA PONIBIO OKU NIBIDE ADIFAFUN ALAPANI AKUKO IGI, LONGI, AWUNKO ALEJO LEBO OFUNTURA, OFUNTEMPOLA, IFA OGBO, EJE OGBO, OPÓ, AGUTAN LEBO, EKODIDE MEJI OGBO LA MEJO, EKU, EJA, ESUSHU OFUNTURA IFA ADOKAI OFUNRETE/OFFUNBILE/OFUNBIRETE OFUNBILE MENE JUBO BADEYA APOLO

ABI NHANKI ADIFAFUN LOURE UMBANTINLO BALE NIFA, AKUKO LEBO, ABIYE ADIFAFUN AMINISI, EKODIDE, EIYELE LEBO OFUNSHE OFUNSHE ADIFAFUN YA ADIFAFUN ORUNMILA ADIFAFUN OBATALA ADIFAFUN ADIFAFUN OSNUW OKOSHE LOKO AKEJIALAKE LORUGBO IRETE MEJI EJE LEMBERE AKORE AJARE EYE LEMBERE LODIFA EJE LEMBERE ASAREI FENISHE KI FA AJE ADIFAFUN ORUNMILA, ADIFAFUN OSHUN, ADIFAFUN POROYE IRETEUNTELU/IRETELOGBE IRETE INTELU MORE ABIRI KOLO OMOLUBO ABATA ATI KOTOPO OMO LOBO AARA YANIYE OMO LOBO META LABA PARI ATI META LABA MERIN LODAFUN IGBNI LODAFUN LANYE IRETEYEKU IRETEYEKU ABADA BI ABADA ALADA BI ABADA ADIFUN WENWELE SHE LETISHONA AIYA LORUGBO KORU OKA ASHENU LABA ADIFUN OLONOSHE UNATIN OMO WERE OGU TI BIELE IRETEIWORI IRETEYERO ORUNMILA LORUGBO TO IBAN

ESHU TELEBO IBO KOLO BABA OLORUN BABA ADUKPE TO IBAN ESHU IRETEDI IRETE UNTEDI AMADA NIMI ADIFAFUN AWAN LORI TANSHELU ALARE OSI AMUDI AWO BORI OSA IFA NI KAFERUFUN OLOFIN IYEMONJA, OBATALA ORUNMILA ATI LOBO KALENO OSHA IRETEROSUN IRETELOSO ADIFAFUN OBA IKU INLE ARERE OGUNARELU OBALUAIYE OBA EGUN LESE IGI OBA TELE OMO EGUN LADAFUN ORUNMILA, KAFERERUN EGUNGUN IRETEWONRIN IRETEWONRIN ODUBIRI FOBO ADIFAFUN ORUNMILA OBARA BANIREGUN WANKA WIN WIN OSAIYN YORO YORO IRETEBARA IRETE OBA LUJE LODAFUN ORUNMILA YALODE ATI OBINI AKUKO OWUNKO LEBO INTORI IKU INTORI ARUN, AFIE LEBO MAFEREFUN SHANGO KAFEREFUN OYA IRETEKANRAN IRETE KANA BERINLE BAGOGUN BAGBISAN

IRUN LOBO LAODO LAURE AKPERE LORUGBO IRETEOGUNDA IRETEGUNDA KUTAN OBA AYE ORISHA BI KOLE ORUN OFE BI LEITOSHO ORISHAYE OSOGBE ILE ASHUPA AWO UMBO LOBO ORISHA ISALAYE KOLE AYE OBA LOGBO TENUJE ELEBA MERINDELOGUN IRETESA IRETETOMAS KERE AWO TOMOAYE OMO SHANGO OMO OYA, AYENI IFA ONI BABA LAWO OMO OBA JUNKO BANJOKO, IFA BANJOKO, ORISHA, BANJOKO YENJOKO JENI IFA IYERENI KAFEREFUN SHANGO MAFEREFUN ORUNMILA IRETEKA IRETEKA OMA NI ATEKA ADIFAFUN INURE ADIFAFUN ATEKA LEBO EYELE AKUKO LEBO IRETEBATRUPON IRETEBATRUPON AWO SELE AWO OBADE ADITA GUN OSHA, OGIRINA TI O LOGI YA TINLO BINI OMA, BINI OMA, GERE GERE EJELE LEBO AWO LA MEJA TONTI EJA EIYELE, AKUKO LEBO IRETEOTURA

IRETETURA OTALA MI ANEWO O FIWA NILA FIWA MERINTILE OFON AYWARE OFON INI MIJO OTURA LAFE, LAFE, EMI TI ONAN IRETEUNFA IRETEUNFA AKOKO OSHE ARO BIRIWO DOGO ODO YA KOSHEKA BI AJE ADIFAFUN OUN BABALAWO SHELE ERE LEBO KAFEREFUN ESHU ATI YALODE IRETEFUN IRETEFILE MAFEREFUN SHANGO ORUNMILA MALU, YAMODE IYEMUREO SHANGO KABIESILE ORI ONLE OKUNI BIBELONA YAMODE OBINI

OSHE MEJI OSHE OLADASHE ONI BARA BANIREGUN IFA MOLOKU TIANE SHESHE MOLOKU ADIFAFUN OSHUN OSHENILOBE OSHENILOBE OTOLAYE ADIFAFUN OLOWO BUERI IKU PO PA MI PO PA MI ARUN KO PA MI

KO PA MI EJO KO PA MI KOPA MI OGU KO PA MI KO PA MI OSHEYEKU OSHEYEKU BORU BOSHE YEKU IBAI BORO ONA OBAYE BI IFA OSHEYEKU BAWAYE BI IFA JONJO ODARA MOLONI, MOLOLUN INLE, ELEGBARA OSHEYEKU BAWAYE BI IFA OSHEIWORI OSHE PAURE YEYE RE YEWARA OMI ABAUSHE LU OFITO MOJA LADAFUN OSHE PAURE OSHEDI OSHEDI OKO MODE ADIFAFUN ORUNMILA ONI BARA BANI RE GUN IFA NIRE IFA KAREFUN IYALODE ATI OBINI OSHEROSUN OSHELESO OLALU FIRI ADIFAFUN LA ALE ILE KORUGBO IRE OBO EIYELE LEBO KAFEREFUN ESHU ATI YALODE OSHE WONRIN OSHEWONRIN BORO WONRIN KOKOROSHE AWE OWONRIN KOKORO BI AJE EIYELE LEBO OSHE MOWEYEO OWONRIN AKAKALEIYE OBA JOBI INU INU OMO BALA AWO OKUTA, AWO LERI AKUTA OSHE BARA

OSHEBARA AWO SHESHERE ADIFAFUN LOBA EIFEREKU TOLUMA KU OGEDENALAFIA OSHEKANA OSHEKANA OSHE OPILIKI AFIJE AKO LONAN ADIFAFUN SOKUN BATINSHE MAYE SHA EJA ORO LEBO

OSHEGUNDA OSHE OMOLU OSHEWELW DIAWO WELE OSHE BALLOYA DIAWO AKUKO BODAWA SHE AJA BASHARE SINU ORO INAN OGESE OMI AKOKO WINI AKOKO ISUGESE KILEMAN OSHE OMOLU, OSHE OMOLU AGADA MAME LORUN OSHESA OSHESA AWO OBINI OPO ADIFAFUN AKO AKUKO LEBO AKOFA ATITAN ERITA MERIN ELEBO OSHEKA OSHEKA NINIWA ALAFIA OFINI OBI ATAKE AFEUNAN OBI ATAKE, ELEWA, ELEWA MI ORUN OBYJE ALÉ OSHEOTURUKPON OSHETRUPON IKA BAGUN MAYA LALAYA OUN

OYA GUNLE ILOWO TULE ADIFAFUN PITI ARETINHO LAYA TINSHE AREMA AWUNKO LEBO OLOGUN BANTO EIYELE AKUKO LEBO OSHETURA OSHE TURA LADAFUN UNIBANTINLO LEAJA BENIJO TETE NO NISHO INBA OIYN AFERE WEWE AIYABA DIDE AFERE WEWE OSHETURA OMI UNROSO ATIE ASHA OLODUMARE EBO OMO IRE ODARA OSHEBILE OSHEBILE BOROBORO MOFÁ IRETE MOKURE IRETE YAMA YAMASA ADIFAFUN BEMI LOLA TINSHOMO OKUNI ARA ODA OSHEBILE BIAWO ADAWE ADI ATOLO BABADONA ORUN BABALAWO LODAFUN ALAKETA, OSHEBILE BI AWE ADAWE ADI ATOTO BABADONA ORUN BABALAWO LODAFUN ALAKETO OSHEBILE LODAFUN ALAKETU, OSHEBILE BI AWE ADAWE ADI ATOTO BABADONA ORUN BABALAWO LODAFUN ALAKENSI OMO SI SI ROKO MAJE ALAKENTA OMO SI SI ROKO MAJE ALAKETU OMO SI SI ROKO MAIJE ALAKENSI ADADA OMO ALABI IFA AWO

OSHEFUN

OSHEFUN TEFUN SHEFUN SHEFUN BABA ARERU ORUNMILA NI AYASHA RIA RIA AWO IGBIN AKOTO KILO ASALAKOLE IKA KOYE ADAFUN LOEDE IKOKOYEYE WAFUN AWO ONI KAKO PEWO OMI KAKO OROGBO IGI NI ASHO ORI ENI PEJU TOMPO KOLARO OTURUKPON MEJI OTURUKPON MEJI OLORO NI SHORO LOGUN NI FADERE NI SHADO OKU NI, FADERE NI SHORO OKU NO FADERE BABALAWO TODI FUN TOKOTUASHORO E KUN OLORO TOROSHO ADIFAFUN EKUN OTURUKPONLOBE ALAPANA IFA, ALAPANA ILE ALAPANA ABARU ALAPA IRELU ALAPANA IFAN ALAPA EJAN OFUKUA EMERILOIN OGBE OTURUKPONYEKU OTURUKPON YEKU OYE KUYE IKU YEYE ADIFAFUN IROKO OTURUKPONIWORI OTRUPON ADA WENE FUN ALOBE TISOYO OWO IPOEMGA GIDA ME FA ADIFAFUN BABA OLOJO LEBO EILEYE, AKUKO LEBO OTURUKPON IWORI ADAKINO ADIFAFUN IWORI IRE ADAKINO OTURUKPONDI

ALE ALE E ME TURUKPON SHE ALE IMOLE ATIRUM DI MI FA FA ALE FA ALE OMOBE ORI OTURUKPONNROSUN FILAWA MEJI AFANI OPON NIRE OTUAJI OPON NI EFAN ONIRE AFETE LU O MO PÉ IRUN OFIBÓ AIYE OTURUKPONWONRIN OTURUKPONWANI DENI MI DI SHONI MONI OTA KEKE ORUNMILA OLADAFUN ODE AKUKO EIYELE ADIE LEBO OTURUKPONBARA ONI SHANGO FALETIN OMA SHANGO ORUNMILA ATI OGUN ONI IFE WA WARA, WARA, SHANGO

OTURUKPONKANRAN OTURUKPON KANRAN OMONIJE OLOKAN OMONIJE ALAFIN, OMINIJE , OLORUN ARA BATA ARA BATA ARA BATA SHIRE OTURUKPONGUNDA

OTURUKPON AGEDE OBINI KAN LAMBO AGE, AGE, AGE OTURUKPON LAMBO NIJÉ ORUNMILA ATI IYAMI OGUN ATI LONAN OTURUKPONSA AMI MOLEI AMI MOLEI OTURUKPONSA ORUNMILA ATI LONAN OMONI ALEIN AS O SAMIE OTURUKPONTURA OTURUKPONTURA IRE NIFA PORI IFA NI KAFEREFUN OBATALA ATI SHANGO OTURUKPONBIRETE OTURUKPONBIRETE IFA AJALU SHISHE SHE AIFAFUN AJALU PUETE MORUBO OMO SHE SHE NI LO BABALAWO ADIFA BABALAWO OLOFIN JELU PUELU ODA OSAIYN MORUBO OWUNKO SHELU AKUKO LEBO OTURUKPONSHE OTURUKPON IFA ELA RUNDALE AWO OBA NITEPA ILEKE OLA NITEPA OSHEDE ADAFUN LOGBO IRUNMOLE TINLE OKU AKASA EIYELE ADIE LEBO

OTURUKPONFUN OTURUKPON BALOFUN BABA BATA BABA FETO LODAFUN INLEE LODAFUN OLONU ADIFAFUN OBATALA, OSYA ATI ORUNMILA LOROGBO

OTURA MEJI KARENSHELE AGBO ONIPAPO LADAFUN INLE NIPAPO GERE, GERE NIPAPA LORUBO GERE GERE NIPAPO KITE JORO LADAFUN OSU KUN ADIFUN NIBETI UM KABOLORI PERONSHELE GBO NIPAPO LODAFUN KEKERE PAPO LAPO PAPO LORUBO KEKERE ORUNMILA LOFO UNTORI LOGBO TENEJE LORUBO ASHE KUNDIFA IMOLE ADIFAFUN BONI SUKU OTURAGBE OTURANIKO LIKO IKO REWA LIKO IKOLUE KOSI ADIFAFUN DABARU ABO ATI OTI ELEBO OTURANIKO ORIKO LOWO ABAUSHE AIYE AWO KOTAUSHE ORIKO LOWO OBAUSHE AIYE AWO KOTAUSHE ENI REWE A AFEFE LORUN ORISHA OKO AIYE EWE ADOBALE MOFORIBALE JI KOTUN MOFORIBALE YEKOSI ASHE OLORUN KOKO IBERE ODAGAN AFEFE ETU AFEFE LORUN ORISHA OKO

OTURA YEKU OTURAYEKU MALU AWONIKA ADIFAFUN ONIKA OKUKO LEBO AKINBO ABURE KOKO, AGO, ADIFAFUN AKI UMBATI LO LOWO BALÁ AFYE LEGUN LEBO AGUTAN, EIYELE, ETU LEBO OTURAIWORI OTURAIORI ADIFAFUN IYAMI AJE IYEMONJA OTO ORISHA IMOLE ORUBO BABA OLOKUN FIMI DEREGBE EGON ALONAN OKUN MAYEWA LELE OFO LORI, OFO ELEDA KAFEREFUN OLOKUN LODAFUN ORUNMILA OTURADI OTURADI ADIFAFUN ELEGBARA ABEYALININ INLE OMODE OSYIN ABAYEBE AWO IYA NI OSAYIN MOWANI ELEGBARA UMBIWA SIJE AWO IFA MEYA RE OSAYIN AJAPA LEBO OTURAROSUN OTURAROSOMUN ADAA DIROSUN EYERAWO ODEYASI MALALUSHERO BIWO ESE BURUKU OLORUN OJU RI WON

OTURAWONRIN

OTURAWONRIN AWOLE AWOSHE LOBO AWO OLELE ALAKETU ONI OWAYE ADIFAFUN OLOFIN ESHU, ESHU BI OTURABARA OTURABARA, OURAMUNI IYE WOLONI IFA LOWA LEWA SHILEKUN ARIKU OTURAKANRAN OTURATIKU LERI AWO MONANAN ABELUBOJE BIRÁ, BORÚ, IKÚ AWELE OTURAGUNDA OTURAGUNDA IRE AJE TIMBELAIYE IRE ILE OSAYIN OTURAIRA OGUNDA IRE OGUN ALAGBDE INLE MOPUN OGUNJE, OGUNJE, WOWA IYE OGUN ONIRE ORUNMILÁ OBARA BANI REGUN IRE META EBO ASHEGUN OTA LESE OGUN OTURASA OTURASA IMOPO JAMPO GERE GERE NIFA IMPO JAMPO OWE OMO LAMPE SHANGO LAMPE OLORUN OTURASA OWO EPO AKOJONI OTURAKA OTURAKA ADIFAFUN OBANILA KOADE WOWE ENI WERE LOGBO MABIMU UMBE WA ORUNMILA

LOFOBANI ESHU MAFUN OTURAKA ADE LEBO OTURATRUPON BABA TURUKPE AO ADO KATOBINA AWO ALAKETU, AJA ADIFAFUN FALOFUN ADIFAFUN ALOMA ABASO ALAGBA BOMO ALEDODO AJAKALO NILE IGBIN KALOLO KOMIKOLO ARU MABOMO LODO AJANKANLE NILE OTURARETE OTURARETE, OTURATIJU, TIJU LAPE LOBO MENI IYEWA KUROBIE ESHU LAROIYE ADIFAFUN ESHU LARIO KAFEREFUN ORUNMILA OTURASHE OTURASHE BABA YENGI IDA KUDA IRU KUKU ISE OBERE KETA ONI BABALAWO TO IBAN ESHU ASHE OLOFIN IYA KUDA IRU KURU ISE KUTE OBERE KUTA OMO BABALAWO LODAFUN ORUNMILA ISE KUTE OIYERE NIFA TO IBAN ESHU OTURAFUN OTURA FOKA ADAJASE ADAFATA E ADAFAFA AKPA ORUN ADIFA KOKANORI, PRETE KORUGBO AWATE BORI ESHESI ORUGBO

ESHESI MEJI IRETE MEJI EJE LEMBERE AKORE AJARE EYE LEMBERE LODIFA EJE LEMBERE ASAREI FENISHE KI FA AJE ADIFAFUN ORUNMILA, ADIFAFUN OSHUN, ADIFAFUN POROYE IRETEUNTELU/IRETELOGBE IRETE INTELU MORE ABIRI KOLO OMOLUBO ABATA ATI KOTOPO OMO LOBO AARA YANIYE OMO LOBO META LABA PARI ATI META LABA MERIN LODAFUN IGBNI LODAFUN LANYE IRETEYEKU IRETEYEKU ABADA BI ABADA ALADA BI ABADA ADIFUN WENWELE SHE LETISHONA AIYA LORUGBO KORU OKA ASHENU LABA ADIFUN OLONOSHE UNATIN OMO WERE OGU TI BIELE IRETEIWORI IRETEYERO ORUNMILA LORUGBO TO IBAN ESHU TELEBO IBO KOLO BABA OLORUN BABA ADUKPE TO IBAN ESHU IRETEDI IRETE UNTEDI AMADA NIMI ADIFAFUN AWAN LORI TANSHELU ALARE OSI AMUDI AWO BORI OSA IFA NI KAFERUFUN OLOFIN IYEMONJA, OBATALA ORUNMILA ATI LOBO KALENO

OSHA IRETEROSUN IRETELOSO ADIFAFUN OBA IKU INLE ARERE OGUNARELU OBALUAIYE OBA EGUN LESE IGI OBA TELE OMO EGUN LADAFUN ORUNMILA, KAFERERUN EGUNGUN IRETEWONRIN IRETEWONRIN ODUBIRI FOBO ADIFAFUN ORUNMILA OBARA BANIREGUN WANKA WIN WIN OSAIYN YORO YORO IRETEBARA IRETE OBA LUJE LODAFUN ORUNMILA YALODE ATI OBINI AKUKO OWUNKO LEBO INTORI IKU INTORI ARUN, AFIE LEBO MAFEREFUN SHANGO KAFEREFUN OYA IRETEKANRAN IRETE KANA BERINLE BAGOGUN BAGBISAN IRUN LOBO LAODO LAURE AKPERE LORUGBO IRETEOGUNDA IRETEGUNDA KUTAN OBA AYE ORISHA BI KOLE ORUN OFE BI LEITOSHO ORISHAYE OSOGBE ILE ASHUPA AWO UMBO LOBO ORISHA ISALAYE KOLE AYE OBA LOGBO TENUJE

ELEBA MERINDELOGUN IRETESA IRETETOMAS KERE AWO TOMOAYE OMO SHANGO OMO OYA, AYENI IFA ONI BABA LAWO OMO OBA JUNKO BANJOKO, IFA BANJOKO, ORISHA, BANJOKO YENJOKO JENI IFA IYERENI KAFEREFUN SHANGO MAFEREFUN ORUNMILA IRETEKA IRETEKA OMA NI ATEKA ADIFAFUN INURE ADIFAFUN ATEKA LEBO EYELE AKUKO LEBO IRETEBATRUPON IRETEBATRUPON AWO SELE AWO OBADE ADITA GUN OSHA, OGIRINA TI O LOGI YA TINLO BINI OMA, BINI OMA, GERE GERE EJELE LEBO AWO LA MEJA TONTI EJA EIYELE, AKUKO LEBO IRETEOTURA IRETETURA OTALA MI ANEWO O FIWA NILA FIWA MERINTILE OFON AYWARE OFON INI MIJO OTURA LAFE, LAFE, EMI TI ONAN IRETEUNFA IRETEUNFA AKOKO OSHE ARO BIRIWO

DOGO ODO YA KOSHEKA BI AJE ADIFAFUN OUN BABALAWO SHELE ERE LEBO KAFEREFUN ESHU ATI YALODE IRETEFUN IRETEFILE MAFEREFUN SHANGO ORUNMILA MALU, YAMODE IYEMUREO SHANGO KABIESILE ORI ONLE OKUNI BIBELONA YAMODE OBINI

OSHE MEJI OSHE OLADASHE ONI BARA BANIREGUN IFA MOLOKU TIANE SHESHE MOLOKU ADIFAFUN OSHUN OSHENILOBE OSHENILOBE OTOLAYE ADIFAFUN OLOWO BUERI IKU PO PA MI PO PA MI ARUN KO PA MI KO PA MI EJO KO PA MI KOPA MI OGU KO PA MI KO PA MI OSHEYEKU OSHEYEKU BORU BOSHE YEKU IBAI BORO ONA OBAYE BI IFA OSHEYEKU BAWAYE BI IFA JONJO ODARA MOLONI, MOLOLUN INLE, ELEGBARA OSHEYEKU BAWAYE BI IFA

OSHEIWORI OSHE PAURE YEYE RE YEWARA OMI ABAUSHE LU OFITO MOJA LADAFUN OSHE PAURE OSHEDI OSHEDI OKO MODE ADIFAFUN ORUNMILA ONI BARA BANI RE GUN IFA NIRE IFA KAREFUN IYALODE ATI OBINI OSHEROSUN OSHELESO OLALU FIRI ADIFAFUN LA ALE ILE KORUGBO IRE OBO EIYELE LEBO KAFEREFUN ESHU ATI YALODE OSHE WONRIN OSHEWONRIN BORO WONRIN KOKOROSHE AWE OWONRIN KOKORO BI AJE EIYELE LEBO OSHE MOWEYEO OWONRIN AKAKALEIYE OBA JOBI INU INU OMO BALA AWO OKUTA, AWO LERI AKUTA OSHE BARA OSHEBARA AWO SHESHERE ADIFAFUN LOBA EIFEREKU TOLUMA KU OGEDENALAFIA OSHEKANA OSHEKANA OSHE OPILIKI AFIJE AKO LONAN ADIFAFUN SOKUN BATINSHE MAYE SHA EJA ORO LEBO

OSHEGUNDA OSHE OMOLU OSHEWELW DIAWO WELE OSHE BALLOYA DIAWO AKUKO BODAWA SHE AJA BASHARE SINU ORO INAN OGESE OMI AKOKO WINI AKOKO ISUGESE KILEMAN OSHE OMOLU, OSHE OMOLU AGADA MAME LORUN OSHESA OSHESA AWO OBINI OPO ADIFAFUN AKO AKUKO LEBO AKOFA ATITAN ERITA MERIN ELEBO OSHEKA OSHEKA NINIWA ALAFIA OFINI OBI ATAKE AFEUNAN OBI ATAKE, ELEWA, ELEWA MI ORUN OBYJE ALÉ OSHEOTURUKPON OSHETRUPON IKA BAGUN MAYA LALAYA OUN OYA GUNLE ILOWO TULE ADIFAFUN PITI ARETINHO LAYA TINSHE AREMA AWUNKO LEBO OLOGUN BANTO EIYELE AKUKO LEBO OSHETURA OSHE TURA LADAFUN UNIBANTINLO LEAJA BENIJO TETE NO NISHO INBA OIYN AFERE WEWE AIYABA DIDE AFERE WEWE

OSHETURA OMI UNROSO ATIE ASHA OLODUMARE EBO OMO IRE ODARA OSHEBILE OSHEBILE BOROBORO MOFÁ IRETE MOKURE IRETE YAMA YAMASA ADIFAFUN BEMI LOLA TINSHOMO OKUNI ARA ODA OSHEBILE BIAWO ADAWE ADI ATOLO BABADONA ORUN BABALAWO LODAFUN ALAKETA, OSHEBILE BI AWE ADAWE ADI ATOTO BABADONA ORUN BABALAWO LODAFUN ALAKETO OSHEBILE LODAFUN ALAKETU, OSHEBILE BI AWE ADAWE ADI ATOTO BABADONA ORUN BABALAWO LODAFUN ALAKENSI OMO SI SI ROKO MAJE ALAKENTA OMO SI SI ROKO MAJE ALAKETU OMO SI SI ROKO MAIJE ALAKENSI ADADA OMO ALABI IFA AWO

OSHEFUN OSHEFUN TEFUN SHEFUN SHEFUN BABA ARERU ORUNMILA NI AYASHA RIA RIA AWO IGBIN AKOTO KILO ASALAKOLE IKA KOYE ADAFUN LOEDE IKOKOYEYE WAFUN AWO ONI KAKO PEWO OMI KAKO OROGBO IGI NI ASHO ORI ENI PEJU TOMPO KOLARO IRETE MEJI EJE LEMBERE AKORE AJARE EYE LEMBERE LODIFA

EJE LEMBERE ASAREI FENISHE KI FA AJE ADIFAFUN ORUNMILA, ADIFAFUN OSHUN, ADIFAFUN POROYE IRETEUNTELU/IRETELOGBE IRETE INTELU MORE ABIRI KOLO OMOLUBO ABATA ATI KOTOPO OMO LOBO AARA YANIYE OMO LOBO META LABA PARI ATI META LABA MERIN LODAFUN IGBNI LODAFUN LANYE IRETEYEKU IRETEYEKU ABADA BI ABADA ALADA BI ABADA ADIFUN WENWELE SHE LETISHONA AIYA LORUGBO KORU OKA ASHENU LABA ADIFUN OLONOSHE UNATIN OMO WERE OGU TI BIELE IRETEIWORI IRETEYERO ORUNMILA LORUGBO TO IBAN ESHU TELEBO IBO KOLO BABA OLORUN BABA ADUKPE TO IBAN ESHU IRETEDI IRETE UNTEDI AMADA NIMI ADIFAFUN AWAN LORI TANSHELU ALARE OSI AMUDI AWO BORI OSA IFA NI KAFERUFUN OLOFIN IYEMONJA, OBATALA ORUNMILA ATI LOBO KALENO OSHA IRETEROSUN

IRETELOSO ADIFAFUN OBA IKU INLE ARERE OGUNARELU OBALUAIYE OBA EGUN LESE IGI OBA TELE OMO EGUN LADAFUN ORUNMILA, KAFERERUN EGUNGUN IRETEWONRIN IRETEWONRIN ODUBIRI FOBO ADIFAFUN ORUNMILA OBARA BANIREGUN WANKA WIN WIN OSAIYN YORO YORO IRETEBARA IRETE OBA LUJE LODAFUN ORUNMILA YALODE ATI OBINI AKUKO OWUNKO LEBO INTORI IKU INTORI ARUN, AFIE LEBO MAFEREFUN SHANGO KAFEREFUN OYA IRETEKANRAN IRETE KANA BERINLE BAGOGUN BAGBISAN IRUN LOBO LAODO LAURE AKPERE LORUGBO IRETEOGUNDA IRETEGUNDA KUTAN OBA AYE ORISHA BI KOLE ORUN OFE BI LEITOSHO ORISHAYE OSOGBE ILE ASHUPA AWO UMBO LOBO ORISHA ISALAYE KOLE AYE OBA LOGBO TENUJE ELEBA MERINDELOGUN IRETESA

IRETETOMAS KERE AWO TOMOAYE OMO SHANGO OMO OYA, AYENI IFA ONI BABA LAWO OMO OBA JUNKO BANJOKO, IFA BANJOKO, ORISHA, BANJOKO YENJOKO JENI IFA IYERENI KAFEREFUN SHANGO MAFEREFUN ORUNMILA IRETEKA IRETEKA OMA NI ATEKA ADIFAFUN INURE ADIFAFUN ATEKA LEBO EYELE AKUKO LEBO IRETEBATRUPON IRETEBATRUPON AWO SELE AWO OBADE ADITA GUN OSHA, OGIRINA TI O LOGI YA TINLO BINI OMA, BINI OMA, GERE GERE EJELE LEBO AWO LA MEJA TONTI EJA EIYELE, AKUKO LEBO IRETEOTURA IRETETURA OTALA MI ANEWO O FIWA NILA FIWA MERINTILE OFON AYWARE OFON INI MIJO OTURA LAFE, LAFE, EMI TI ONAN IRETEUNFA IRETEUNFA AKOKO OSHE ARO BIRIWO DOGO ODO YA KOSHEKA BI AJE ADIFAFUN OUN BABALAWO SHELE ERE LEBO KAFEREFUN ESHU ATI YALODE

IRETEFUN IRETEFILE MAFEREFUN SHANGO ORUNMILA MALU, YAMODE IYEMUREO SHANGO KABIESILE ORI ONLE OKUNI BIBELONA YAMODE OBINI

OSHE MEJI OSHE OLADASHE ONI BARA BANIREGUN IFA MOLOKU TIANE SHESHE MOLOKU ADIFAFUN OSHUN OSHENILOBE OSHENILOBE OTOLAYE ADIFAFUN OLOWO BUERI IKU PO PA MI PO PA MI ARUN KO PA MI KO PA MI EJO KO PA MI KOPA MI OGU KO PA MI KO PA MI OSHEYEKU OSHEYEKU BORU BOSHE YEKU IBAI BORO ONA OBAYE BI IFA OSHEYEKU BAWAYE BI IFA JONJO ODARA MOLONI, MOLOLUN INLE, ELEGBARA OSHEYEKU BAWAYE BI IFA OSHEIWORI OSHE PAURE YEYE RE YEWARA OMI ABAUSHE

LU OFITO MOJA LADAFUN OSHE PAURE OSHEDI OSHEDI OKO MODE ADIFAFUN ORUNMILA ONI BARA BANI RE GUN IFA NIRE IFA KAREFUN IYALODE ATI OBINI OSHEROSUN OSHELESO OLALU FIRI ADIFAFUN LA ALE ILE KORUGBO IRE OBO EIYELE LEBO KAFEREFUN ESHU ATI YALODE OSHE WONRIN OSHEWONRIN BORO WONRIN KOKOROSHE AWE OWONRIN KOKORO BI AJE EIYELE LEBO OSHE MOWEYEO OWONRIN AKAKALEIYE OBA JOBI INU INU OMO BALA AWO OKUTA, AWO LERI AKUTA OSHE BARA OSHEBARA AWO SHESHERE ADIFAFUN LOBA EIFEREKU TOLUMA KU OGEDENALAFIA OSHEKANA OSHEKANA OSHE OPILIKI AFIJE AKO LONAN ADIFAFUN SOKUN BATINSHE MAYE SHA EJA ORO LEBO

OSHEGUNDA

OSHE OMOLU OSHEWELW DIAWO WELE OSHE BALLOYA DIAWO AKUKO BODAWA SHE AJA BASHARE SINU ORO INAN OGESE OMI AKOKO WINI AKOKO ISUGESE KILEMAN OSHE OMOLU, OSHE OMOLU AGADA MAME LORUN OSHESA OSHESA AWO OBINI OPO ADIFAFUN AKO AKUKO LEBO AKOFA ATITAN ERITA MERIN ELEBO OSHEKA OSHEKA NINIWA ALAFIA OFINI OBI ATAKE AFEUNAN OBI ATAKE, ELEWA, ELEWA MI ORUN OBYJE ALÉ OSHEOTURUKPON OSHETRUPON IKA BAGUN MAYA LALAYA OUN OYA GUNLE ILOWO TULE ADIFAFUN PITI ARETINHO LAYA TINSHE AREMA AWUNKO LEBO OLOGUN BANTO EIYELE AKUKO LEBO OSHETURA OSHE TURA LADAFUN UNIBANTINLO LEAJA BENIJO TETE NO NISHO INBA OIYN AFERE WEWE AIYABA DIDE AFERE WEWE OSHETURA OMI UNROSO ATIE ASHA OLODUMARE EBO OMO IRE ODARA OSHEBILE

OSHEBILE BOROBORO MOFÁ IRETE MOKURE IRETE YAMA YAMASA ADIFAFUN BEMI LOLA TINSHOMO OKUNI ARA ODA OSHEBILE BIAWO ADAWE ADI ATOLO BABADONA ORUN BABALAWO LODAFUN ALAKETA, OSHEBILE BI AWE ADAWE ADI ATOTO BABADONA ORUN BABALAWO LODAFUN ALAKETO OSHEBILE LODAFUN ALAKETU, OSHEBILE BI AWE ADAWE ADI ATOTO BABADONA ORUN BABALAWO LODAFUN ALAKENSI OMO SI SI ROKO MAJE ALAKENTA OMO SI SI ROKO MAJE ALAKETU OMO SI SI ROKO MAIJE ALAKENSI ADADA OMO ALABI IFA AWO

OSHEFUN OSHEFUN TEFUN SHEFUN SHEFUN BABA ARERU ORUNMILA NI AYASHA RIA RIA AWO IGBIN AKOTO KILO ASALAKOLE IKA KOYE ADAFUN LOEDE IKOKOYEYE WAFUN AWO ONI KAKO PEWO OMI KAKO OROGBO IGI NI ASHO ORI ENI PEJU TOMPO KOLARO IKA MEJI IKA MEJI IGBO IJIOKO OGE ENEGUE OKPAGE EDE MEJI OLUDE MEJI OKUNI IYEBE EBO EIYE AFUKU SHUORERE ADAFUN GBALOMI ALAFUN ARAKOKO ORABO GBAMELI KORUNJE

ELEBUTE ORUBO OYEKU SHIBI OFIIYERE SHEUN IARO IKABEMI/IKALOBE BABA ADELE BABA FOWO NI EMITE MABIMU BABA ADELE BABA FAIYANI EMITE MABIMU BABA ADELE BABA FUWONI ENI LELE MABIMU IRE LOGBO LOWEDBA FIE LO LAIYE ENITE MABIMU IKA YEKU IKA BIKU IYELERETE KALEYURE YERU WARA AKUNARA AYE ADIFAFUN OYEKU ADIFAFUN IKA IKALORUGBO EYEDA OGBADO KUKUTE KUKU ADIFAFUN OYEKU UMBATI LOMBA ALOBOTE KASHE OWUNKO LELO EKURU ETA LELO IKAIWORI IKA IWORI ILORI IKA IOGIFUN MAFEREFUN IYEMANJA ADIFAFUN ORUNMILA MAFEREFUN OSHUN IKADI IKADI OLOFIN OLOWA OLORUN SIMIFUN EJO MA KPE INTORI TIWO TISHE EJI AFI WOBU NI LOGBO ERAN ATI NI OGBO ERAN EGBE MORE NIWO UNJE LEJO AIJARE LOGBO IKAROSUN IKAROSO IKARABOLA MENIYEYE IKARABOLA

MENI YA OMI KESESE ADIFAFUN ORUNMILA BARABA NIREGUN, OPA ELEBO IKAWONRIN IKAWORIN IKA WAWA ADIFAFUN IKA ODI AFUNEKE OUNKO AKUKO ELEIYE LEGBO IKA WANI LODAFUN ORUNMILA LODAFUN IYALODE ATI OMO AARUN MORORE OBI MEJI KAFEREFUN OLOKUN ATI ESHU IKABARA IKA BARA MONSHOWO JILE SHILOPE ADIFAFUN AROGBE AROGBE EKURE AJURE LEGBO IKA OJO BARA ILE AWO JO ADIE LEGBO ESHU ELEIYE AKUKO LEGBO IKABARA ONI BARA LOSODE ORUNMILA ADIFAFUN ORUNILA ATI OBATALA IKAKANRAN IKAKANRAN IFA AWO OMO OKANRAN LOGBO OMO A LAIYE ELEGBARA OFO LODE OKANA SUAJU MAKENIAN LODAFUN ORUNILA IKAGUNDA IKAGUNDA ADIFAFUN OSAIYN AKUKO LEBO IKAGUNDA ADIFAFUN ORUNMILA EURE LEBO KIDO LOGBO LAIYE TINNSHE, KIDE OMA ODA GUN ARUKO MEDILOGUN EIYELE ILEKE IYE WEFA OLELE AKUKO LEBO

IFA IKA MI OGUNDA IRU OMO ORUNMILA OUN OMO OSAIYN, KAFEREFUN, OGUN ORUNMILA IYEMONJA ATI INLE IKASA IKASA ADIFAFUN ORUNMILA ADIFA JOKO MATEKUN AWE TINSHI YAWO ADIE TINASHI YA AKIKO OFI OSILE ONSHE RE FA ME OFO OTA, EPO, EWE OSA LEBO SIEBO ODIRE, OSA LEBO SIEBO AKUKO OSHELE OMO EIYELE OWO, EJA, ABETA OWO IKATRUKPON /IKAOTURUKPON IKA TRUPON KUKUTE KUKU ADIFAFUN ORUNMILA ADIFAFUN ONLA NIKA EIYELE LEBO ERI IKIN ASHO INKI INLA UMBEJA MORORA ENIBI INKA BOTILA KAFEREFUN SHANGO ATI IYEMONJA IKATURA/IKAFOGERO IKATURA, IKAFOGERO, KOMBU, KOMBO ADIFAFUN ONI BININ EIYELE LEBO KAFEREFUN, ONLA ATI OLORUN IKARETE IKARETE OMO OLUSHE IRETE EMA ILEKE KIRI KIRI BANLA ABANIJE BATITU EURE EIYELE LEBO KAFEREFUN SHANGO, OGUN ATI OLOFIN, MAFEREFUN IYALODE ATI OLOKUN

IKASHE IKASHE NINSHE IKAMIRO KIRI IKA MOKIRI ADIFAFUN ORUNMILA, KIO PEIYE, OWUKO AGUTANLEBO IKAFUN IKA MI ODE FUN IKA MI ODE FA ATI ONI FELUN JÁ MI ORO IKAFUN FUJE, FUNJA, FUNLEO, IKA MI ARE FUN DANI O OMI WA. OIYEKU MEJI BABA OIYEKUMEJI MEJI ARIKE MADAWA EJO OGUN SIGUM MOLO PORORO JARUM ONI KPO UN BABALAWO ADIFAFUN OGBE OLUWO AGOGO ALO LEBO OIYEKUNILOBE OYEKUNILOBE BABA OMOLU KOMA ARUBO NISHE AKUM BAJE AJALO BUBBO NISHE AYUALE OUM BISIYE OMODE BAIYYA OMA ARUGBO NITU AIYESHE OBI FUN OBI FA KONONIBO OIYEKUIWORI OIYEKUIWORI ADIFAFUN OKINI ELEGBARA OWA KAFAREFUN OSHUM LODAFUN ORUNMILA OYEKUDI

OYEKUDI ORUNMILA ADIFIA JOBO ALOJO OYEKO ORUGBO ORUGBO, AKUKO EWERE YAROKO, AJA, ELEJO, OWO, IWA, LOGBO INKAN ARAJE EBEBI KAN LONLE ILE OLOFIN OYEKUDI LORUN LATI KU, LATI KU OYEKUDI OYEKUBIROSO OYEKUBIROSO AWO ATI OLOFIN TULO SHAWO SADU MERIN OTI AWO IWOKO ALA ORI LOGBO INTORI AIYE KOBO OTIGBE EIYELE AGBO, INTORI IKU OYEKUWONRIN OYEKUWONRIN BABAWA IFA OBA MAJIRE ELEGBARA BABAWA IFA AYORE LOKUN OBA LOKUN, EBARA IFA LAYE BI IFA IRE ASHEKUN OTA, LESE ELEGBARA AUM BATI AWO LOGBO OUM BAYE OLOWO OYEKUBARA OYEKUBARA ONI ARUM TO FIEMAM ALUJO ENERIM ABEAPANETO LEGBARA AFIE OLOFIN AMERIN DITO OYEKUKANRAN OYEKU PELEKA ADIFAFUN OKANRAN OYEKU OBARA JIRE WA OBINI AYE OLONU OUN LARIFUN IKU OYEKU PALEKA OYEKUGUNDA

OYEKUTEGUNDA LOBINA NASA OJO OPA OTA KUKU WORA ADIFAFUN ABEREGE LUBA OMO ORUNMILA KOBA OGUN TI TI WO BEBERE OLOTURA AGOGO LABINIKU TENYE EWE OGUM, IFANI OTA OJOJO EBO ADIE, EKU, EJU, EJA, OWO, TETEBORU OYEKUSA OYEKU KEKUSSA KUTE KUKU ADIFAFUN OBUNATI ODE DARIKO OYEKUSA KAFEREFUN OYA, ORUNMILA ADIFA JOKO ALADAFA AWO ALODAFA OTOKO, TOJO INAI MEJI, INA LOWO, ODISA INITE LESUSHU KOMANDI KOLEKU EDAN ATOKE TOJO ORUGBO SE KODIE, AKUKO PUPA, ELEGBO OYEKUBIKA OYEKUBIKA OYE WADELAKA ADIFAFUN OYEKU OYEKU ADIFAFUN IJA, OYEKUBIKA ALAKE EDON ADIFA OYE OUM NOGBATI TI ASOPO KUN, EKU, EJA TI O LO SHANGO OYEKUTURUKPON OYEKUBATRUPON IFA NI UNLESILE ILORE LOKUM, ILARE OBI, NI PA MI, KAFEREFUN ORUNMILA, OBARA BANIROGUN OLOFIN OYEKUTURA

OYEKUTURA TESIA AKIKI OLORUM OBI LOLUN MATI MIBI KOGUN AWO APIGUMI WA TA AKIN ADILA SARA AKUKO ABELO ORUNMILA OYEKUBIRETE OYEEKUBIRETE MOLALA AWO MOLALA INTORI IFA ARUM MOLALA ABE OJU LAYE TIM SHORE, IFA OLUWO POPO MOLALA AWO TINSHORE IFA OSHALA, IFA MOLALA NI JABE ATARONI IFA MOJARE NI LAYE MOLALA OYEKUSHE OYEKU KIOSHE LODAFUN OBI ASHEMAM EYELEO KAMA SHERUWO ILEKENDE OMA FIRO OSHUM MEJI TANILO OYEKUFUN OYEKUBEDUM MAFUM ABA BARABA MAFUM ABA OFUN MAYE KU FUN YANSA LELE FOGERE BELELE MARERE, OYEKUFUN MAFUM YEKE BELERI ORI YALODE ORI YEYE O, LELE OSHUM BEBERE OKANRAN IELEGE YELELE OYEKUFUN YEYE BI OYA OMA JIRE AWA BABADNWA, AWO OBA ERI IFA KAFEREFUN LEWRI IFA, KAFEREFUM ELEBARA

OGUNDA MEJI OGUNDA MEJI, OGUNDA SIRO, OWO IYOLOKUN OSHALA BIRIINIWA, OBATALÁ OBATAISA, JEKPA OBA IBO ODO BALENI OGUN ONIRE IYOLOKUN ODE, OGUNDA MEJI EYENI EYEERARUNA OKU ALORUN OBALALYANA TIQA, ELEGBARA AWA LAWA OLOWO SHINWOS ORUNMILA KAYE MARIWO WAFEREFUN ODUDUWA ORUGBO OGUNDA -GBE OGUNDABIODE IGARA NI GARA FOROFORO AJABO OO WIMU OMI IYERU ATAMBERI OMO LERI OKAN GARANIFE EKU ELEBO AFATERETE EMI LAILOA BUELEGA LODAFUN AIYA OKUNLA TI OLE IGARA OGUNDA -IYEKU OGUNDA ARIKU AGOGO ABONO LODAFUN ARIKU ADIFAFUN IYALODE, KAFEREFUN ORUNMILA OGUNDA -IWORI OGUNDA IWORI OGUNDA ALAPO IWORI OLOFA KASHAPO IYERO ADIFAFUN AKATAMPO TOLOSI IYAWA ELEYE ELEBO AKUKO EJA ORO LEBO OGUNDA IWORI IFA LODAFUN OLOKUN KAFEREFUN SHANGO OGUNDADIO

OGUNDA OBATAMBA ODI ODALARA ADIFAFUN AIYE NABI EIYELE, IGBAERE EWEFA AKUKO LEBO OGUNDAROSO OGUNDA KOROSO KU KUTE KURU ADIFAFUN ENI TINSHERU OSA EBEBO LEBO AFYONU LEBO ABONUN INBO UBE OSA OLOSU UNSHEWA GARI ADIFAFUN LA SHUDE ETI SOMAN ORISHÉ KIRIN EIYELE LEBO EURE LEBO OGUNDA WORAIN OGUNDALENI AMARATE ADIFAFUN EIYELE TIMBOSILE ANWE EIYELE LEBO, AKUKO LEBO, KAFEREFUN ESHU OGUN ATI ODE OGUNDABARA OGUNDABARA OGUNDASA OBARA BAN ADIFAFUN BOMBO LOLOBINA ADIE MEWA ABEMU, OWO MEEWA, KAFEREFUN, ORUMILA OGUNDAKARAN OGUNDAKO OKE ALAFIA EKUDIDE AFIKE LORI KOWA ALE ASHE ATA OUNIYEN BOGBO ARAJE OPA DASENIO IKU, EJA, ABIDO OGUNDASA OGUNDA MASA AWARA WARA SOKENDI

AWARA WARA LEREIYE AWARA WARA OLORU AIYE ADIFAFUN GUNUNGUN NI AUNDI EBKORU OGUNDAKA OGUNDA KALARI ODAFA EGBE EIYELE LEBO MARORA INTORI ITA, OGUNDAKA KANADOFA IYANLE ADIFAFUN ABE KAFEREFUN OGUN EIYELE LEBO MARORA, INTORI, IYA EKODIDÉ IKU, EJA, ELEBO OGUNDATURUKPON OGUNDA TURUKPON BABA TOTO ADIFAFUN SHABEDI OMI LADELORUBO KANA SITULASI ONI KETEBO AKUKO ADIE IYARAKO AJA KEKE, ELEGBO, INTORI, EJE OBINI PUPA MARORA OGUNDATURA OGUNDA TETURA ADIFONA ADIFAFUN BANTIJO JOJE IGI AKOKO LEBO KU KUTE KUKU ADIFAFUN OMI ISHERI, AKOTE LELO BEBE OTUN BEBE OSI, ADIFAFUN ORI EIYELE, AGADA LEBO OGUNDAKETE OGUNDA KETE GUMIGI AWA ORIA ARA AKANA RIBO WO ORI ASHI TENTERE AWO OUN METETA NI SHOMA IKU IFA ORUNMILA OGUNDASHE

OGUNDA WONISHE OLOFIN OUN OBE KAFEREFUN ORUNMILA, OLOFIN, ESHU, SHANGO, ATI OBALLUAIYE OGUNDAFUN OGUNDAFUN EWE YEYE, WEWE YEYE ONI REWO OMO OSANIYN KUELESE KAN KUELESE MEJI OLAIYE ORUNMILA WEWE YENI ORUNMILA ONI BARABA NIREGUN OSSA MEJI OSSA MEJI IFA JOKO ADAFUN OGE DIREYRUN KO DE AKASA FARA TEJIKO DIGBE KAJA IFA BABA BURU PURURU BABA FOSHE IFAN BABA OBARAGADA OMO ODO BANI INUNDIE ABARAKA ENU ORUN KOJI MASIBENI BANA ADIFAFUN OKE NIGBA BOFE RE FEFE LEGBA ENIBARA LOGBE LEJE EIYELE MENI ASHETIN BELERE AUNKO ANUNSE EPO LOROBU OSSAGBE - OSSALOBE - OSALOFOBEJO OSALOBE LOMINAGADA TORI YANIPO BE LAMPE SHANGO KAWO KABLESILE, LAMINABADA ADIFAFUN ESHU IJILU OBA LONAN, OBA ESHU IJILU, YENEYENI EWA NI OLOKUN ENIFA ESHU IJILU PIRITI PIRITI OMODE ALORA LAMPE SHANGO LAMINABADA OSSAYEKU

OSSAYEKU AWO BAKU IDA ADIFAFUN OUN ABEBO ADIE ORI EFU EBITA AWO UMBO OSAYEKU LEREDUN LEREDUN APAREFUN ORISHA OKO YIEREDU KUIYERE KU AFAREEFUN EFON OSAYEKU BI YEEKU IKU OLONAN OSSAIWORI OSSAWO ABATI EDEYELA MINIMU ADIFAFUN ETU TINSHONA OLU BEBE AKUKO ABO LEBO OSAWO IWORI WO ALE ADIFAFUN ALEIYO ATENA SOKI OSSADI OSADI ISHE ISHERI BOSHE KOLOMA TABATI ISHE BELE IGBA LAFIMUNU ADIFAFUN BABA BOKUN BANTI PO RE KI AKUKO EIYELE LEBO OSADI IFA OSUN, IYEMONJA ORUN GUN SAFUJE EIYENSHE EFON OSA FUIYA AIYOIYAARAN ABOSA AFUIYA AIYORI AS FUN MI INSAFUO OSSAROSUN OSAROSO KU KUTE KUKU ADIFAFUN ENI TINSHELU OSA ADERU ADIE LEBO AGBO NIAN IMBEBE OSSAWORIN OSSALONI OWORIN ONI EBUN OSA ONI OYE

OMO BEGBE NIJO IFA OMO ONI SHANGO AWO ONI OWORIN OGUN AWORIN AMO ALARA OSSABARA OSSABARA OSASHEPE OSA BA NI YEREKUN OBA NI SHANGO, OSA JIRE, AWO AWA AWA NILAIYE INLE, OSASHEPE, ONILEKUN OSSAKANRAN OSSAKANRAN OBA PANAN ORI EGUN ADIFAFUN DADA BAIYANI OWO EIYELE ORUNKO LEGBO MAFEREFUN SHANGO ATI IYEMONJA OSAKANRAN IFA LODAFUN OLOKUN KAFEREFUN ORUNMILA SHANGO IYEMONJA OBATALA ELEDA ATI ALA OSSAGUNDA OSSAGUNDA OMO RE LEBO ONIFAFUN OJO AKAN FUN KUENI OLOWO TINSHOMO MO LO OLOFIN GURA GURA AIYO GBEKA ARUN ADIFAFUN SHOMARERE ADIFAFUN AKO AKARA LEBO AMAIYARA LOIYA OSSAKA OSAKA IWANI OKUTELE KOLE ADIFAFUN ARI IMBO AJUA JOLE ELANJO EJUA AKUKO LEBO OUNKO LEBO ORI EBO ADIE, EWE YOKULA UNLO ASHO FUNFUN IKAN LOWA OSSATRUPON

OSATRUPON AARIBURU OSA ROLU OTURUKPON OMA EIYELE ELODI ADEFA OBA TINSHOMO ELU OSA KUNA OTURUKPON OMA EIYELE LODI ADAFUN PAKERE TINSHOMO OLUBO OSATRUPON OSA LOIYE OSATURA/OSAURE OSA KARE KUEJ KURE ADIFAFUN MANGINI IDOROKO ODE EIYELE LEBO EWE ERI META ENU LAGENI LODDAFUN BETISHE OLOKUN LODAFUN MOIYE TINSHOMO OROTO PONIFE KAFEREFUN OBATALA ATI ALAFIA OSARETE OSARETE KAFEREFUN ODU OSAIYN ORUN OLOGUN OSARETE SIARETE EGUNBARA BARADO AFEFE IKU ORUM OMASABI BESEH AFEFE BABA TIBAIYA IYE OLOKUN LORUN OMA JIBE EGUN MAYEBE OUMBO ASHISHI INLE KAFUN AWA AWE MA FUN MAGBA IGI MAFUN BABA AGBONA BAILORUN, EGUN BAILORUN OSASHE OSASHE ONI SHELI LODOFUN OKO INTORI ABONI IWA IRE OMO OSASHE ORISHE ADIFAFUN SHELE LODOFUN ASHE FORI TI O NILARI EIYELE LEBO ADIFAFUN IYEMONJA OSAFUN OSAFUN OBERE IGMIO ERRO OLOFIN YEYE ORONI

ERU OLOFIN TETE BERU OMO OLOYA EJIELE OMO OLOFIN KU KURU OJI ILE AKUO META ELEBO OKANRAN MEJI OKANRAN MEJI, ONI OKANRAN OKANRANNI OKUTE OKANRAN MEJI NI ESHU BI EBOADA ESHU BI PAKIKO ADIE, ONADARE OKANRAN MEJI, OKANRAN IRE IFA, OKANRAN IRE OWO, OKANRAN IRE SHANGO, OKANRAN IRE ESHU BIOKAN MI, ONI KANRAN UMBATI OSODE BOTA LOKU NULO OKANRANOGBE OKANRANOGBE, OKANASODE OLE MEJI LA TI TI EFON MALU ILE NI OLE YA LOGUN OBA HONSHON OLE SODE NITA ORUNMILA OPALAYE OKANRAN JUN OKANRANYEKU OKANRANYEKU IFA ARUFIN ARUDA AKITIFA LOGBO WA LASHE ASHETO, AKITIBOMBO ORUNMILA NARE BABA SHE ORUN ARUFIN ARUDA OKANRAN IYEKU OBERE OBERE LELE OLOKUM BABA KASHIRE, ALUWO POPO OBERE LERE OMAIYERE ASHE LOGBA ORUNMALE LIKOTUN BOGBO ORUNMALE YKOSI TO IBANESHE OKANRANIWORI

OKANRAN IWORI AGAROFI ADIFAFUM OSAIYN OBANISHAWO MAFEREFUM SHANGO, ABO, AKUKO ETU LEBO OKANRANDI OKANRANDI TOBATO EFAN KARE BEIYA ADIFAFUM ALODOFA TOLOYO LOSHELE ABE ELEBO IWO OBINI KANTOLEFIN EIYELE AKUKO LEBO OKANRANDI IFA SHIRE KAFEREFUM SHANGO, OSHALA ATI ESHU OKANRANROSO OKANRANROSO ADIFAFUM OKUNI ARATOKO OLE ESHON OSAIYN NILE KAFEREFUM ORUNMILA OKANRANWONRIN OKANAYABILE OKAWA WA WA ADIFAFUM OLO LOYE ADIE ELIM LEBO, KURE KURE, EURE EKU LEBO OKANRANBARA OKARANBARA OLADAFUM ORUNMILA ONI PATAKI KU DAFA ESHU IFA ELE DOYA ELEGBARA LATILE MIATELE AWO ANATIWO ATELE ESSE ADIFAFUN ONI BARA BARANIRE GUN ANBATELE IYO LAI BENEKU ASUSHE AGBADO AKUKO LEBO, KAFEREFUM SHANGO ATI OYA

OKANRANGUNDA OKANRANGUNDA SHUKUDU ILE DIDE ABASHE KEREDI IRE WO SAASHA, AWO ELEPANAPAA EIYELE LEBO ASHO FUNFUN ABO, ONI FUNFUN OYN, OWO MEYO, ENI KAFEREFUM OGUN ATI OBATALA OKANRANSA OKANRANSA MUKISI BILARI ONI BABALAWO BILORI BILARI OMA BABALAWO LORUN ELO KABOLOSI OBKANRANSA KOSHE SHANGO ELO ADA MOKOSI BILORI KONGUN GUN GUN ADIFAFUM OLOWO IKOKO OKANRANKA OKANRANKA ADIFAFUM KANA KANA TINSHOLOYAA EYE AKOMEAN IJAJU EIYELE LEBO, AKUKO, EURE LEBO OKANRANTRUPON OKANRANTRUPON IKAANIFORI IKANIYU NI MASUKU LOGE NI OLORUN OBINI OKANRANTRUPON ATARE BAMBA BILE LAYO ARARAGUJO KARA OYN AAKIRI ADIFAFUM OBATALA OKANRANTURA OKARANTURALE IFA IRE OKANA MINASHEKU LOGENI

OLORUN AMI BINUI KAFEREFUM OLORUN ATI ORUNMILA ADIFAFUM OBATALA ADIFAFUM OBATALA ATI OSHUM OKANRANRETE/OKANRANWATE OKANRANWATE OKANRAN BUKO EJA OKO BEBERE KOFE OBAFUN OKU IYA ARO IKOFE ODO OLORUN ASHEYE EKU, EJA, OTA LAGONI LODAFUN OGUN KAFEREFUM OBATALA OKANRANSHE OKANASHE OIYEN MAMA MUYO IROLE ORI EFIN NYAN OTA ABONI FE ABA NIMI ABAMO LKAFEREFUM OSHUM ELEGBARA ATI ORUNMILA OKANRANFUN OKANRAN AYE LOBI OYN ONAN TOSA AGUKO ADIFAFUM INLE ABATA LA LA TINSHOMAN OBA ALEJO AJERI KOLORI EJA ORO, OMI LOSAN KAFEREFUM OSHANLA, OGUN, YA TOBI MAFEREFUM ELEGBARA ATI INLE SHATA OBARA MEJI OBARA MEJI ONII OLABARA EJEBAM KIKATE AWO KOMAKATE ARAJE KOMOKATE ARA ORUN ADAFUM LOGBO EIEKO

OROFO LORUGBO LOGBO TUNUYEN OBARAOGBE/OBARABOGBE OBARABOGBE LANTOSI OMODU OMI KE EBOADA OKILANFIRU EKU OKILANFIRU EJA, OKILANFIRU JIO-JIO TO IBAN JOKOBONI ELEBO OBARAYEKU OBARAYEKU KEKERE OMA AJE, ERI OMI, AJE AIBU, OMA AJE APUPARE APUPE GOGOIKU OPA WEWE, IKU APASHERE ORUNMILA LORUGBO IDAA AGUTAN EBEWA AKUKO LEBO OBARAIWORI OBARA KORI ANKO NIBE ERANKO EKU IBA EWEFA ELEBO OBARAIWORI ADIFAFUM ESHU OBARADI OBARADI BARA, BARADI, BARA, BARADI ADIFAFUM RAWO ELUBO OKOROKO OMA SHOKOJO EURE OWOLO MENI ELEBO OBARAKOSO OBARAKOSO IFA DURO, IFA MURE IREKUN

KAFEREFUM ORUNMILA ESHU ATI OGUN OBARAWONRIN OBARAWONRIN OBARANIFE JUJU OMO OLUWO ATOPOLO OBARA KELEJI OBARA NI WANI ALEJO OLORI, LAYE SOSGBO ONI WANI ELEGBARA KULUIYE OBARA ONI WANI KUTO KUM OBARAKANA OBARAKANA OLODAFUM ORUNMILA ONI PAREKI KODAPA ESHU IFA ELEGBARA LOTEMI PELE AWO ATI IWE ESSE NITASI ADIFAFUM OBARA IFA MI KAFEREFUM SHANGO ATI OYA OBARAGUNDA OBARAGUNDA SHANGO ABITI INTORI OGUN OFE NI OMUM INTORI OTI NI OBINI OFO INA LOBA KAFEREFUM OSHUM LODAFUM SHANGO ATI OYA OBARASA OBARA KUKUTE KUKU ADIFA JOKO, KUNIE ADIFA JOKO, KONI NIBOGELE ARORO LO URO SIKOTA EKODIDE, EIYELE MEJI OBARAKA

OBARA KASIKA LEGUN OMODE OLOFIN IKA LELE ARAMANAMA AKATAMPO ADIFAFUM AYE, ADIFAFUM ESHIYE OMO OLOFIN ABOROM LIMILE AKATI ASHE TE LEWA OLOFIN SHANGO UMBO WA BELEFUNADE OLOFIN LODAFUM AGUNGUN ORUN NI MALE OBARATRUPON OBARA TUMBU NIENDI ADIFAFUM BABA LONTOBI OMA ARETO YU EBO OMA SUNEKE NANGA OBARATURA OBARA KUSHIYO AKE EURE ASHO BONI BURO GULANDAA BARA BANIREGUN ORUNMILA LORUGBO ESHU ELEBO OUNKO EKODIDE EIYELE, AKUKO,OMI ELEBO OWO ELEBO OBARAKEETE OBARA KETEIFA ONI RETEWA ADIFAFUN ASHE WITA INTORI AWA SHOLU LORI OKUNI SINI OLOKUN OBARASHE OBARASHE OFUYERE, OBARASHEKE ODILONA KORUBO AGUSHE ABASHE, AWO EIYELE AWO AUN AWO KAFEREFUM OBA, KAFEREFUM ODU KAFEREFUM ORUNMILA

OBARAFUN OBARAFUN IKI AWO INLE ADO IREBE AWO IBA ASESI ADABA, AWO BO ETE ETA OBINI SHAWO IBA IRO ADIFAFUM OLOFIN LUBA OMO ADA ILU ABEBOADIE MEJI ELEBO OWONRIN MEJI OWONRIN MEJI BABA OROGUN NI NOUM NI ORI OUM JOKO ADIFAFUN AKITIFA, ADIFAFUM ARONI MAMA FOROSILE AKITIFA ADIE SINKENA ELEBO OWONRINGBE/OWONRINSHOGBE OWONRINSHONGBE TABAKOYU BAIN IKU BAIN BAIN JOBATI ADIFAFUM OUM BABALAWO MERIDILOGUM TINLODIFA ILE OLOFIN OWONRINYEKU OWONRINYEKU ABORI ORIBASHE KAWO ORIBAWA IRE ASHEKUM OTA, ELESE SHANGO MARILAWE NI ELEGBARA ORUKPALE OWO OGORO OBORI OYEKU INLE EBEREM BAWA IFA KALERUM OWONRINYEKU OWONRINIWORI OWONRI IWORI ADIFAFUM SHANGO ATI GUN ARILELE O OFUNJA ELEBO ANITARERE MI O BABALAWO MOFI ELE ELE

OWONRINSODI OWONRI NI SODI ARIRE LEPARI KOSOBO TOLEPANI ADIFAFUM AWO ASHELU FINSHOME OLOJA OWONRIROSO OWONRIROSO OGONATI ELEGBARA UMBO WARYO ODARA NI DARA OMO OLOFIN OFO LEI TOSHU ARAJE LODAFUM ORUNMILA KAFEREFUM PINADO OWONRINBARA OWONRINBARA PUJU ANI LOSORE KURIFA IGBA ENI LOWO OTO OBARA OPOPA ENI LOGE ORUWA KOTO KOTO AFIKO AKODIE ADIFAFUM BEBE ORUNMOLE, OUNKO AKUKAN, EYELE LEBO OWONRINKANRAN OWONRINKANRAN, OKANRAN ORANA APUARI APONAN ELEBO ANIMARU EBO OUM BABALAWO ADIFAFUM ERI LOWO LE EJA OKUE ERAN PADAN NI ANSERE JOKO ORUNMIAL POKUYE POROM ADIFAFUM AOMBI AKUKO, EIYELE LEBO MORORA ENDE ABO, EURE EIYELE LEBO OWONRINGUNDA

OWONRINGUNDA OLOFIM APATAKIN IMOLE ALA KAYE OSIN LOBO IMOLE OLOFIM ASHIRO EGUNGUN AWO UMBO ASHIRE ILE IFA, IGBO OBIRIN BIDAJUN ASHIRE ORUN ANONA OWONRINBOSA OWONRINBOSA KO, PATO BOTA KO RE TO OWO LOGUNA SIYENI LOWO ORUNMILA, AKUKO ADIE LEBO, OWONRINBOSA BOMOSA ADIFAFUM OKUN ATO OBATALA, IFA FORE ILE OMO ESHU ATI OLOFIN OWONRINBIKA OWONRINBIKA OTOBALE ADEMI IKA BALE ADIKA AWI ADIFAFUMM OTE TINSHOMO BOISHE TINSHOBO ABURE EKA ADA OMO OLOFIN OWONRINTRUPON OWONRINTRUPON IKA LKALERE OKOLISHIRAWO OMO OLUWO POPO, VITI BABARE NI IFA MAJERE AWO OMO OSAIYN MORULURO, OWONRINTRUPON OMO AKOFA GURANDE, IFA NI OREFUM OIYA KAFEREFUM ORUNMILA OWONRINTURA OWONRINTURA OWONRIN ALAKETU SHATIKI NABO OLU ARA ADIFAFUM ORUNMILA, TINSHAWO IYE OLOKUMI, LODOFUN OBANLA OWONRINBIRETE

OWONRINBIRETE AKITI BABA OPEKU ADIFAFUM OLOFIN APARI ADIFAFUM PALAKORET OWONRINBOSHE OWONRINBOSHE OMO NI SHE KAFEEREFUM IYEMONJA ATI OBATALA BABA BOEFA KOLUGO PUDOINKA LAPESHE KORUBO INTORI SHEKE LOSA OBINI KAMILASHE AMARORA ORISHA ELEGBARA OBOFE OGUM JOBI OWONRINBOFUN OWONRINBOFUN IRE AJE OMI BEBE ANISHEGUN JIDU OBAJELERU ADIDAFUM OKANI IYEMONJA LODOFUM AJAPA ATI OBATALA IROSUM MEJI IROSUM MEJI, OYEROSUM APANTARITA BEBE OJORUKO TO BEGBO LOJOKUM, OLOKUM APANTARITA BEBE OYEROSUM, IROSUM OLOKUM OSHE LOGBO MO YE TUTU ELEGURE NI MEJI KOKOLO LO SHE YEWA LOWA ORISHA SHANGO ADOKPE IROSUNLOBE IROSO UMBO SHEREGUM KOMASHE KOTUMBE ARESHANLE ADIFAFUM ORUNMILA TI O FA MARE AKOFA ELEBO EKODIDE ELEBO

IROSUNYEKU IROSOYEKU, IROSOKOLEU KO NI AWO EFA ABE LALA BEBE MAKA DAKPARE RE FA ONI BARA BANREGUN, AWO ABAYA PELE IKU IROSOIWORI IROSOIWORI IROSO MI BAYE NI GBAUM NI TINSHE NI ALODAFUM AYO OMO ODE MAFEREFUM SHANGO IROSODI IROSODI MANDULAYE ATI RINTOSHE OUM OMO ORUNMILA ADIFAFUM ORUNMILA KOWAYE IROSOWONRIN IROSOWONRIN ABALORU ONAN ODO ADIFAFUM ORU LEJO EIYELE ONI OKO DUNDUN AKUKO LEBO EWEFA LEBO IROSOBARA IROSOBARA IROMAGAM, OPE KU ERIWO IKU ODO, LODIFA KOLARA OSHA WONI TAMI OMO FE DU NI AMABANSHE KUPA EWRE ELEBO IROSOKANRAN IROSOKANRAN KUKUTE KUKU ADIFAFUM WALADE TINAKAYA ORUNMILA OBARA BANIREGUN

IROSOGUNDA IROSO TODA OBATALA MOWA IYENI A LIE LOGBO ORISHA EWI YARA OKUN, OLOKUM ORE OSHA YANIA OGEMA OPA ENI INAN ODENU ENI OLOKUM ABAGBA OBATALA LODAFUM OSHA ODONU KAFEREFUM SHANGO IROSOSA IROSOSA IFA PELE PELE LELE LELE EGEDE WAGERE MANILE ILA PUPA OLOGIN LINSHE OFO YUDE OLAFIM MAFEREFUM SHANGO IROSOKA IROSO KA BOKALA OKALA LOKIKA OTATUM ADIFAFUM OBO OKUKO LEBO IROSOTRUPON IROSOTRUPON TUTU ABENERI KOYE WANADORU IFA YOKAFUM IYEMONJA OBADARA AWO IRE BAYANI SHANGO AWO MARO ELEDE AFAFE LOKONIEDI WANA YERE ABEBE LAYE IFA IROSOTURA IROSOTURA NIBE AKANI IKANIJU LODAFUM OGUN NIBATI OGUN OLOSILE, ORUNMILA KAJE NIFA IROSORETE

IROSUM UNKUEMI LATERI TUKA APARO ATARE MESAM EWE ANATORI, EIYE APARO ATARE META AGBADO LUYERE MERIM AYE KAABA GBE GBE SHRIM SHAIO KARISHA GBEGBE TOROKO OMODE TOBARINI IROSOSHE IROSUN SHE OLU JEJE ADIFAFUN AURE LINJO LAUNJE OKAN, AKUKO LEBO OSHA KELEFUM KITIFUM SHAWO ADIFAFUM ORUNMILA IROSOFUN IROSOFUN OSHO OPONI MINOMAM AGBADO ORILELE LORI APAA IBUNJO NIBESHIBU IMBELOTAN OSHE ELEPO GBASHUGBU IGBE LARIFA ADIFAFUM OLUWO REZAS PARA OS ODUS DE IFÁ IWORI MEJI IWORI MEJI IGI, IGI, MIYA, MIYA ADIFAFUN KOLOKO YEBEFA TIROKE YA LAMPE SHANGO, ARONIYEO ELERIPIM ORUNMILA LORUGBO IWORILOBE IWORILOBE IFA MAY EWE, IFA AFEFETI IKI TI EWE ANAKUN ORUN BEBENI IFA ADIOKO ONI BARA BAN, REGUN ARA BUSHE AWO MAY EWE AWO ADEIOKO ORI IFA

ONI SHANGO, ONIWO OLOKUN ONI NI FA IWORI YEKU IWORIIYEKU INKAN IKU OMBELARE OUM YELEIN INTORI IKAN TO WALORE ALA TO GUMAN ALA BURURU OUM BATONSHE GBE INKAN TO GIRE BORI KO MAWA YATE LOWO LONON NIMI OBORI IWORIDI IWORIBODE IWORI FA, IFA IWORI OMO YEBE GONGOLO YEBO OBATALA ABIRENIFA OLOKUNI GBORE OMO INA BORE IFA WOLODE FI ALAGEMA SAYERE IFA OSHALA BORUGBO IWORIIKOSO IWORIKOSO ENI EWA OGBONI EGUN IKU AYEGE IMONEKE ARUN EFUN EFUN LELE YE KUN YA ARUN LEYE LEYE INTORI ARUN OBONHU OLOWO ABONAN IFA OMO AWO OYEKU LEYE LENGE YANGE ORUN AGBONI FA INLE EBO LOKUN OMONIFA IWORIWONRIN IFA IWORIWORIN IFA WARA WARA A NI MOKO KA SHE ITA, KA SHE MINE, WARA WARA BABASONAN ELA ROYE LAROYE KA SHE ITA, KA SHE MINE WARA WARA MI MORO ORUNMILA O LORUGBO IWORIBARA

IWORI OBARA OUM BARAYE OUM TIROLA YO TIMODE AAYE, OUM BURE LOKO, ADIFAFUN YALODE, EYE BEMEKU, IYEWA JOKO, IYEWA EURE ELEGBO IWORIKANRAN IWORIKANA ADIFAFUN EJA OKUNRIN ASHIRI OKUN OLOKUM OBA, OLOKUM LOPA LERI KAFEREFUM ORUNMILA LODAFUM OLOKUM IWORIGUNDA IWORIGUNDA IWORI OWA LELEIFA OGUNDA AWABO BORUN AWANIRI LORIN ONI IFA AWO BEHENI, AWO KANIBI IFA AWAKENI, IFA ORIBAYE, AWO ABIWA ABANI AWO IWORISA IWORIBOSA ADIFAFUN BABA AJAGUNAN ELESE OLOFIN AMEGO AGBONI ALOGUN GBOGBO AAYE OLOFIN ALA MERERE KAFEREFUN OBATALA, LODAFUN ODU IWORIBOKA IWORIBOKA ADIFAFUN ORUNMILA, IWORIBOKA LOKO ADIFAFUN ARUNMILA, ADIE ELEBA, BABA BOKA EUNUGUN ASHABA GAGA GUNGUN AKA ASHABA GEKO ADIFAFUN ALEYE IBABA GEKO BABA BUEKO EMI ILE, DOMIYE ASHABA LEDE APATA PINA

EWE EBO ELEBO IWORITURUKPON IWORITRUPON EIYELE, EKO ENIGERE EIYELE ADAKOI EIYELE, LEBO OWUNKO LEBO, MAFEREFUN OLOKUM ALA ATI ALEYO IWORITURA IWORI OTURA IGI IGI MYO MYO ADIFAFUN KOLOKO IYEBEFA TIROKE, YA LAMPE SHANGO ARONI YRO ELERIPIM ORUNMILA LORUGBO IWORIRETE IWORI ERETE ADAE EBI OSU DUDU EKUN FIBI KURUMA TELE IJA IRI SHOEK ADIFAFUN AKUKO MOKEKEJE EKO TOLOFE ANIAKE OMO OLOKUM, LOGBO AWO ERANKO EIYE SHAGOBO ALUKO INIKA NI EJA OKO ABELE IKOKO EJI ADIFFUN ELEGBARA IWORIBOSHE IWORIBOSHE ADARA ENI ARE O O FINLAMI EWE O AJA ERIN MAPE ORO TILE ORI IFA AFE ILE AFÉ EJA IWORIBOFUN IWORIOFUN IWORI IWOFUN IWORI TESOFUN

OBA IWORI FARA INLE RERE BOBOFUN SHERU SHERU ADIFAFUN OBINI OLOMU, TIRIKO KODON ADEPENITE OMO OLOKUM ONI OBINI SOKUN INLE ONIKA OLOKUM WAGBI NI OMOBINI OMOTITUM OKEKE OBA IYA OMOLOGU AKERE SOPOTU EKOLO OLOKUM LODAFUN OLOKUM

ODI MEJI ODI OKUNKUN ARA MEJI OKUNKUN ODI ODI AMIFE ORUN AROGBOIA ENI ATEMI BORUBOIA ODIGBE ODIGBE ARONA OGUN, ODIGBE ARONA ORISHA EKUTE LELE OWA OKI YA ADIFAFUN O KA BABA EIYELE MARUM ELEBO, ODIGBE ORUNA OGUN ODIGBE ARUNA ORISHA LO OMO OGUN YA ADIFAFUN ORUNMILA LORUGBO ODIYEKU ODIYEKU DIYEKU OLODAFUN BABA RERE GUN AUM RUKU OLOYA UMBO UMPELESE AYARELO ODIORI ODIORI ODIOYU NOWA OBA OYU LELE INLE ALAMBAA NIJO, OMOLUGU YEKU, OMO INLE SOKUN YERE OFUJU NI AINAN YA INLE LODAFUN

ASHE ASHIRE LELE AJUERO, OBA AINAN ONA OBA ODI LODAFUN INLE, KAFEREFUM OSAIYN ODIROSO ODI IROSUN AWOSE WEWE ADIFAFUN OLOGBO ADIFAFUM ONAN ADIFE OKUTE AIYAJU KORO ADIFE AJA, EYLE, LEBO EWEFA LEBO ODIOWONRIN ODIWONRIN AWO FASHE IKU, IKU OMO SAREBAKU FASHE IKU, AWO AMOIKU ABERERE NILAYE INLE, AWO FASHE IKU OMO OYEKU OBANI SHANGO ODIBARA ADIFAFUN EKUE KU YEYE OSHA ODARA WAYE ADAFUM ADIE URUBO, ADIE EKANI ODARA ODIKANRAN ODIKANRAN KAMAYE BI AWO MORA AWO YABI MADAWA AWO ABITE LOYE OMO MAYAGBA OMO INLE EBAI BABA IFA OMO MOSOGBA ABEIYE NIFA ODARA ODIGUNDA ODIGUNDA PINAMI IBI OMU ADIFAFUM AKUE ASHE AKUKO LEBE YAMAGARA , ADIFAFUM ALAKUM, AKUKO IDA, OTI, AWO MESAN ELEBO

ODISA ODISA ODI MAYERE MANIANIA LE YERE YALODE MAMA WA AMEYA WA YERE OMO OSHUM GERE YA YEDE BABINU OMO OSHUM GERE FUN MI SHERE ODIKA ODIKA OKOLOYU OPUA ADIFAFUM ORISHA AYE TINSHEME AYA BORUM OBA NIFA TINSHEMA OLOFIM OBA ORISHA YE ADIFAFUM EGUN OYABA ORUM, MAFEREFUM SHANGO ORISHAYE, OBAYE ADIFAFUM ODUDUWA ODITRUPON ODIBATRUPON YALODE APU ETE ASHIKALE SHEYE ASHIKALE KILE FOLONI OWO KILE OTO ODITURA ADI ATAKOFENIO IDI ATA KOLE EYN APARO OUM TUFUJE BOIUM SI ADIFAFUM OBALASHE LEBO, ADIFAFUM ORUNMILA LODAFUM OBATALA, ORUNMILA LORUGBO, EYELE LEBO ODIRETE ODIRETE AWARI ODI OLOWWO ASHOPA

ODOLORO ODIGB ADAFUM ORUNMILA OROGBO ODISHE ODISHE IDE SHE OUM BABALAWO LOMBO SHEKETE SHEKETE LOMBO ODIFUN ODI FUMBO, ODI FUMBO ARA OSHALA ARA ILE AYE MOYERAMI OSHALA, ODOGUM AGBA AGO ARA

REZAS PARA OS ODUS DE IFÁ OGBE MEJI BABA EJIOGBE ALALEKUN MONI LEKUN AKO AYA LALA, OMODU ABOSHUN, OMO ENI KO SHE ILEKE RISHE KAMU, ILEKE OMI LORI ADIFAFUN ALADESHE ILAPAPORO TIMBABELEDI AGOGO OGBE YEKU AGBEYEKU BABA OMOLU OGBEATO AWO EDAN ADIFAFUN INASHE IKU ABA IWORO AKU KATA OLO TINSHE NI APE, YANGI OMO LOGBO ERAUKO LORUGBO ELEBO OGBEIWORI OGBEIWORIN MAFEREFUN OBATALA ALEYO UMBO INEDI IRE UMBO OMOFA, OGBE BOCLE IDE ELE

ADIFA JOKO ASHEGIDA ORUNMILA DADA ASHE, KUE, KI EIYELE, EKODIDE, EKU, EJA, EPO AGBADO, OPOLOPO OWO OGBEDI OGBEDI KAKA, OGBEDI LELE ADA SHASHA ASIKO EBANA, ADIFAFUN, ATE OGUN TINSHO OKA MAMA, OKOA MARUN ELEBO OGBEROSO OGBEROSO UNLELE ASHE EBO TO ARIKU BABAWA AKUO EBO RORI ORUNMILA ISETA OGBEROSO UNLELE ASHE, ATE DEKU ATIE, ATIE DEI, DEJA ATIE, ATIE AGBADO ATIE, AKUKO, AKUKO ATIE, ATIE JUJU, JUJU ATIE OMOLU OTUARUMALE INKUIN ADIE OGBEWONRIN OGBEOWONRIN AGO EMI IGBELORI KI OKUNI PAWO AYA WALA, AYA WALA, OTO AYA WALA OSI MO KUNLO, WALE KOTO, WALE TO OUN BELENO OTO, OTO OGBEBARA DIDUN NISSHE UIYE BIGBE NITI OKURU LEMA ISHE UNJE LESE LOKUN, EKU ADENIA RE WALE ADIFAFUN OSHERE IGBETI IYEBA OMA OJA FI OGBEMTUSSHE GEGERE ASHE ISEDE WON NI KO ERU EKU, EJALEBE IGBIN MEJI LEBE AJASA MEJI LEBE, OSADIE MEJI, EBE AKUKO, ADIE

LEBE EGBEJIE, LEGUN, OWO LEBE ORISHA NIAN OSHERE INGBE OSUEGBE IFA EIYALESHE OWE KAN TABJ AFESHE, KANKI ARU EBEKI ORUN KIMA PADE AJE NIBÉ OGBEKANA OGBEKANA, OGBEKANRAN, LODOFUN OBATALA ADAFUN SHANGO NI MOTI ALAMO NI ALAKOSI MONI JEUN, OGUN BABARE ARUNMILA LOROBO OGBEYUNO OGBEYUNO AYA ADE MOQAYE ORENIA LAIYE ADIFAFUN ODUDUWA WA YE-NIFA OWAYE ODUDUWA IKU SEGERE ARUNSE GERE OFO SEGERE, EJO SEGERE, OGU SEGERE, ONILU SEGERE ONAN SEGERE OGBESA OGBESA YEYE MATERU AFEFE SALU AYE AFEFE SALU OLORUN, ADIFAFUN EWE BANA, ABAIYYENI, ABAIYENI ORUNMILA OFEFELONAN SHANGO ADIFFUN EWE BANA OGBEKA OGBEKA ADIFA JOKO KANFUN ASHE BEREBERE OMO OLOFIN OROBO EURE AKUKO EIYELE, YAROKO, ASHO PUPA ORUNMILA ORUMBO OGBETRUKPON

OGBETRUKPON ADEILU FOTE ASHE MI ARA ORUMBO TELE TELU AMI AFEIN LOJE ADIFAFUN OBATALA OGBETURA OGBETUA MO FORI SESI ADIFAFUN OLOWO ALADE MOFU SESI ADIFAFUN, AJAPA TIROKO LODE NIFA OJEGE ODUDUWA MOWALE IYERE OLOFIN OGBEATE OGBE MATA ALAMATA, ALAMATA OMO AWOSHE MAFITAUM ADIFAFUN OMA BANISHE EKODIDE ADE, EKU, EJE, EIYELE, EFUN, OJUM, OBATALA OWO MESAM ELEBO

OGBESHE OGBESHE KAN KANTON OBAJE DEWA EKODIDE SARA UMDERE OLOLU KERE LODIYE IYALODE OKERE DIMORO EMIDESUM, EDIFEREMO ATOLAREFA IJI BOJO NILA, ODU AJI BAGADARA NIWASI IKOWOSHE IYAMI WASHE SHI IYAMI MORI YEYE O! OGBEFUN OGBEFUN FUNLO PUAMI ERI BAWI

IKU MAYEYERI WANI ADIFAFUN EUBA UM LOPE OMA OBATALA ASHE LEBO JEKUA, ADUSHE INGUNGUN MARIWO LEBO LEBO ADIE MEJI, AKUKO MEJI, EKU, EJA EPO, OWO ODÚS No instante em que nascemos e respiramos pela primeira vez, todas as energias do universo material e imaterial ligam-se ao nosso corpo. Forma-se nesse instante, um padrão de energias Divinas, Astrais e Numerologias que é único para cada indivíduo. Nesse mesmo instante, é traçado o Odú dessa pessoa. O termo Odú, no Candomblé, significa caminho ou destino. Os Odús constituem por assim dizer os signos do Ifá – o Deus da adivinhação no Candomblé. Os Odús são a linguagem dos Orixás. Quando o Babalawó – o sacerdote de Ifá – lança os búzios no tabuleiro, cada configuração corresponde a um Odú diferente, regido por determinado Orixá ou grupo de Orixás. Olorum, o Deus todo-poderoso, criou os 16 Odús principais, os 16 destinos possíveis. Cada um deles desdobrou-se em 16, chamados Omo-Odú, totalizando 256 Odús. Os principais delineiam a situação, objectivo, virtude e defeito. Eles foram criados para dar corpo aos adjectivos bom, mau, feio, bonito, forte, fraco, triste, alegre e assim por diante, influenciando no

comportamento de tudo que tem vida. Cada um deles tem uma explicação definida: 1 – OKANRAN – A Insubordinação 2 – EJI-OKÓ – A Dúvida 3 – ETÁ-OGUNDÁ – A Obstinação 4 – IROSUN – A Calma 5 – OXÉ – O Brilho 6 – OBARÁ – A Riqueza 7 – ODI – A Violência 8 – EJI-ONÍLE – A Intranquilidade 9 – OSSÁ – A Alienação 10 – OFUN – A Doença 11 – OWANRIN – A Pressa 12 – EJI-LAXEBORÁ – A Justiça 13 – EJI-OLOGBON – A Meditação 14 – IKÁ-ORI – A Sabedoria 15 – OGBÉ-OGUNDA – O Discernimento 16 – ALAFIA – A Paz

Ao criar os 16 destinos possíveis, Olorum objectivou proporcionar personalidade a tudo aquilo a que ele deu vida. Criou a terra, a água, o ar e o fogo – os quatro elementos da natureza. Os elementos provenientes destes quatro elementos, formam as demais coisas vivas. Cada elemento principal esta ligado a quatro ODÙS, que estão assim distribuídos: - Terra: IROSUN, OBARÁ, EJI-LAXEBORÁ e IKA-ORI; - Água: EJI-OKÓ, OXÉ, OSSÁ e EJI-OLOGBON; - Ar: EJIÓNÍLE, OFUN, OGBÉ-OGUNDA e ALAFIA; - Fogo: OKANRAN, ETÁ-OGUNDÁ, ODI e OWANRIN. Cada Odú com os seus objectivos, criou os seus filhos, Omo-Odú, 16 para cada um dos 16 principais, o que equivale a dizer: 16 caminhos para os 16 destinos criados. Os seres humanos são regidos por três Odús: Ori-Odú – o que rege a cabeça; Otu-Odú – o do lado direito e Ossi-Odú – o do lado esquerdo. Também sofremos influência dos Odús-Paridores, os Odús do nascimento. São eles que vão definir a nossa vida, mostrando o carácter, a saúde, a sorte, etc. ORIKI ÈSÚ Èsù òta òrìsà.

Exú, o inimigo dos orixás. Osétùrá ni oruko bàbá mò ó. Osétùrá é o nome pelo qual você é chamado por seu pai. Alágogo Ìjà ni orúko ìyá npè é, Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe. Èsù Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin, Exú Òdàrà, o homem forte de ìdólófin, O lé sónsó sí orí esè elésè Exú, que senta no pé dos outros. Kò je, kò jé kí eni nje gbé mì, Que não come e não permite a quem está comendo que engula o alimento. A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò, Quem tem dinheiro, reserva para Exú a sua parte, A kìì lóyò láì mú ti Èsù kúrò, Quem tem felicidade, reserva para Exú a sua parte. Asòntún se òsì láì ní ítijú, Exú, que joga nos dois times sem constrangimento. Èsù àpáta sómo olómo lénu, Exú, que faz uma pessoa falar coisas que não deseja. O fi okúta dípò iyò. Exú, que usa pedra em vez de sal. Lóògemo òrun, a nla kálù, Exú, o indulgente filho de Deus, cuja grandeza se manifesta em toda parte. Pàápa-wàrá, a túká máse sà, Exú, apressado, inesperado, que quebra em fragmentos que não se poderá juntar novamente, Èsù máse mí, omo elòmíràn ni o se. Exú, não me manipule, manipule outra pessoa.

ORIKI ÒGÚN Ògún laka aye (Ogun poderoso do mundo) Osinmole (O próximo a Deus) Olomi nile fi eje we (Aquele que tem água em casa, mas prefere banho com sangue) Olaso ni le (Aquele que tem roupa em casa) Fi imo bora (Mas prefere se cobrir de mariô) La ka aye (Poderoso do mundo) Moju re (Eu o saúdo) Ma je ki nri ija re (Que eu não depare com sua ira) Iba Ògún (Eu saúdo Ogun) Iba re Olomi ni le fi eje we (Eu o saúdo, aquele que tem água em casa, mas prefere banho de sangue) Feje we. Eje ta sile. Ki ilero (Que o sangue caia no chão para que haja paz e tranquilidade) Ase Axé ORIKI ÒGÚN 2 Ògún pèlé o !

Ogum, eu te saúdo ! Ògún alákáyé, Ogum, senhor do universo, Osìn ímolè. loder dos orixás. Ògún alada méjì. Ogum, dono de dois facões, O fi òkan sán oko. Usou um deles para preparar a horta O fi òkan ye ona. e o outro para abrir caminho. Ojó Ògún ntòkè bò. No dia em que Ogum vinha da montanha Aso iná ló mu bora, ao invés de roupa usou fogo para se cobrir. Ewu ejè lówò. E vestiu roupa de sangue. Ògún edun olú irin. Ogum, a divindade do ferro Awònye òrìsà tií bura re sán wònyìnwònyìn. Orixá poderoso, que se morde inúmeras vezes. Ògún onire alagbara. Ògún Onire, o poderoso. A mu wodò, O levamos para dentro do rio Ògún si la omi Logboogba. e ele, com seu facão, partiu as águas em duas partes iguais. Ògún lo ni aja oun ni a pa aja fun. Ogum é o dono dos cães e para ele sacrificamos. Onílí ikú, Ogum, senhor da morada da morte. Olódèdè màríwò. o interior de sua casa é enfeitado com màríwò. Ògún olón

ORÍKÌ TI ÉÉGUN Gbàdúrà ti Éégun Ikú ayé, a kí ì bo òrun! Mo júbà re Éégun mònrìwò. Hei! Hei! Hei! Bàbá l’èsè awo ìfé. Ikú l’onon, Ikú l’èhin, Ikú ó, Ikú o!

Salve Ikú, Nós o saudamos e cultuamos no òrun! Meus respeitos a ti Éégun ao ouvirmos o som de tua voz. Hei! Hei! Hei! Pai que estás aos pés do culto do amor. Ikú no caminho adiante, Ikú no caminho atrás, Salve Ikú, Salve Ikú. Gbàdúrà si Egúngún

Ìkú ònòn Ìkú lé èhin, Hei! Hei! Hei! Bábá l’èsè awo ìfé

Pèlé-pèlé ó dára A wò sílé, a dúpé, Omo ni won dára A wé Olúwa ìkú ó bàbá A wúre, a wúre, Bàbá Olúkòtún. A wúre, a wúre, Bàbá Alápáàlà. A wúre, a wúre, Bàbá Igi. A wúre, a wúre, Bàbá Igi-S’àwórò A wúre, a wúre, Bàbá Alápoyò. A wúre, a wúre, Bàbá Erin rin. A wúre, a wúre, Bàbá Omo Orò ó mi tótóo. A wúre, a wúre, Bàbá Isota isso. A wúre ré èrin. A wúre rìn rere. Àse! A Morte no caminho adiante, a Morte no caminho atrás, Hei! Hei! Hei!

Pai, estamos aos seus pés do culto de amor. Gentilmente Eu vos saúdo, sois o bem. Olhai para Nós e para nossa casa, agradecemos. Façai com que vosso filhos estejam bem. Envolvei-nos, Senhor da Morte e Pai. Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor do Lado Direito. Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, que tem o àlà ao seu lado. Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor das árvores. Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor das árvores a quem fazemos culto tradicional. Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor que traz alegrias. Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai que caminha como o elefante. Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Filho de Orò, perdoai-nos Senhor. Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Pedra resistente que frutfica. Desejai-nos o bem e façai-nos sorrir.

Desejai-nos o bem para que caminhemos no bem. Assim seja!

Nkí Bàbá Olúkòtún (Saudando o Senhor do Lado Direito)

K’òtún bájà dé o K’òtún oba K’ó sìn nkon se Éégun ò pààràká K’òtún nbo a’re Gbà rú Olúsemòn Olúkòtún Olóri Éégun Éégun e ki to lésè Olórun E Olúkòtún bàbá Éégun N won nílé wa ní N ará àiyé tàbí araalé

E Olúkòtún!

Saudamos o Senhor do Lado Direito, que chegou e lutou. Saudamos o Rei do Lado Direito. Saúdo aquele a quem servirei e farei as coisas. Como um Éégun menos importante, que segue o mais importante. Saudamos o Senhor do Lado Direito, cultuando-o estamos bem. Faremos oferendas ao Senhor que tem a Sabedoria. Senhor do Lado Direito, Cabeça (chefe) dos Egúngún. Éégun, saudamos aquele que está aos pés de Deus. Senhor do Lado Direito, Pai Éégun. Que com os demais está em nossa casa, Com os espíritos da Terra ou com os Ancestrais da Família.

Nkí Bábá Éégun

(Saudando Bàbá Éégun)

Éégun a yè, a kíì gb’òrun, Mo júbà re Éégun mònrìwò Í dé mi ó kí e Egúngún Ìkú gbálé sálè A si ìwà Ìkú tu gon Àse fún wa.

Salve Éégun, saudamos aqueles que vivem no céu. Meus respeitos a ti Éégun ao ouvirmos o som de tua voz. Chega-te a mim, aquele que te saúda Egúngún. Que a Morte seja varrida para a terra. Que vejamos a existência. Que a Morte seja acalmada (aplacada) e cortada. Que assim seja, para nós!

Gbàdúrà ti Éégun (Reza de Éégun)

Ìkú són a lè Níbi Bàbá Alápáàlà. Ìkú don ohun bàbá Ó kí s’àlà ojú wa Ní ìfé agà to ní gbè Osó Ìkú a fó a wé to Ìkú á lè, ìkú á lè, Ìkú àjò! Morte, fique amarrada na terra Aqui, Pai que tem o àlà (o pano branco) ao seu lado Contra feitiços, a Morte e outras coisas. Pai, ponha o àlà e o olhar sobre nós. Tenha amor e que estejamos aptos à proteção Contra os feitiços da Morte, eleve-nos e envolva-nos

bastante. Morte na terra, Morte na terra, Morte viaje (vá embora)!

Gbàdúrà ti Egúngún (Reza de Egúngún)

Bàbáláàse se yìn se Ìkú Olúwà kòtún K’òtún a sáà nun gó-n-gó Ìkú a dé.

Pai detentor do axé, podeis quebrar (abrandar) a Morte. Senhor da existência, saudamos o Lado Direito. Saudamos o Lado Direito certamente ficaremos limpos. Que a Morte nos seja branda. ORIKI ORUNMILÀ ba Olodumare (Eu saúdo Olodumare, Deus maior) Iba Orunmila (Eu saúdo Orunmilá)

Iba Ogun Orisa Ile (Eu saúdo Ogum, o dono da casa) Iba Irunmole (Saúdo os Irunmole, os Orixás) Iba Ile Ogeere afoko yeri (Saúdo a terra) Iba atiyo Ojo (Saúdo o dia que amanhece) Iba atiwo Oorun (Saúdo a noite que vem) Iba F'olojo oni (Saúdo o dono do dia) Iba Eegun Ile (E saúdo o Egun da casa, nosso ancestral) Iba Agba (Saúdo os velhos sábios) Iba Babalorisa (Saúdo o pai-de-santo) Iba Omo Orisa (Saúdo os filhos-de-santo) Iba Omode (Saúdo as crianças) Awa Egbe Odo Orunmila juba O, Ki iba wa se (Nós, que cremos em Orunmilá, saudamos e esperamos que) T'omode ba juba baba re, agbe'le aye pe (Orunmilá ouça nossa saudação) Ada se nii hun omo (O filho que reverencia seu pai tenha longa vida e por nada sofrerá) Iba kii hun omo eniyan (Que a nossa saudação a nós poupe sofrimentos) Akoogba kii hum oloko (Que as plantas boas não falhem ao agricultor) Atipa kii hun oku

(Que aos mortos não falte sepultura) Aso funfun kii hun olorisa (Que a Orixalá não falte o pano branco) Kaye o-ye wa o (Para que o mundo nos seja bom) Ka riba ti se (Que nossos caminhos se abram) Ka, ma r'ija Omo araye O (Que não vejamos a discórdia dos povos sobre a terra) Ka'ma r'ija eleye O (Nem a obra das feiticeiras, Ia Mi Ashorongá) Ajuba O! A juba O!! A juba O!!! (Nós saudamos, saudamos, saudamos) Ase (Axé) ORIKI À OSÀLÀ Oríkì à Osàlà Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru. Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje. O yo kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika. O fi l'emi asoto l'owo. Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu la. O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala rumo. Obà igbo. Tradução Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte. Pai do Paraíso eterno dirigente das gerações. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos. Dê-me o poder de manifestar a abundância. Revela o mistério da abundância. Pai do bosque sagrado, dono de todas as benções que aumentam minha sabedoria. Eu me faço como as Roupas Brancas. Protetor das roupas brancas eu o saúdo. Pai do Bosque Sagrado. Oríkì à Osàlà

Kí Òrìsà-nlá Olú àtélesé, a gbénon dídùn là. Ní Ibodè Yìí, Kò Sí Òsán, Bèéni Kò Sí Òru. Kò Sí Òtútù, Bèéni Kò Sí Ooru. Ohun Àsírií Kan Kò Sí Ní Ibodè Yìí. Ohun Gbogbo Dúró Kedere Nínu Ìmólè Olóòrun. Àyànmó Kò Gbó Oògùn. Àkúnlèyàn Òun Ní Àdáyébá. Àdáyébá Ni Àdáyé Se. Tradução Que o Grande Òrìsà, Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza! Aqui é a porta do Céu, nela pode-se entrar de dia e de noite. Nela não há frio, e também não há calor. Aqui, na porta do Céu, nada é segredo. E nela todas as coisas permanecerão claras diante da luz de Deus. Que o destino não nos faça usar remédios. Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do Céu, para encontrar coisas boas na Terra. Que as coisas boas sejam sempre encontradas na Terra. ORIKI OYÀ Oyà A To Iwo Efòn Gbé. Ela é grande o bastante para carregar o chifre do búfalo. Oyà Olókò Àra. Oyà, que possui um marido poderoso. Obìnrin Ogun, Mulher guerreira. Obìnrin Ode. Mulher caçadora.

Oya Òrírì Arójú Bá Oko Kú. Oyà, a charmosa, que dispõe de coragem para morrer com seu marido. Iru Èniyàn Wo Ni Oyà Yí N Se, Se? Que tipo de pessoa é Oyà? Ibi Oya Wà, Ló Gbiná. O local onde Oyà está pega fogo. Obìnrin Wóò Bi Eni Fó Igbá. Mulher que se quebra ao meio como se fosse uma cabaça Oyà tí awon òtá rí, Oyà foi vista por seus inimigos Tí Won Torí Rè Da Igbá Nù Sì Igbó. E eles, assustados, fugiram atirando as bagagens no mato. Héèpà Héè, Oya ò! Eeepa He! Oh, Oyà! Erù Re Nikan Ni Mo Nbà O. És a única pessoa que temo.

Aféfé Ikú. Vendaval da Morte Obìnrin Ogun, Ti Ná Ibon Rè Ní À Ki Kún A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo Oyà ò, Oyà Tótó Hun! Oh, Oyà, à Oyà respeito e submissão! Oyà, A P’Agbá, P’Àwo Mó Ni Kíákíá, Ela arruma suas coisas sem demora Kíákíá, Wéré Wéré L’ Oyà Nse Ti È Rapidamente Oyà faz suas coisas A Rìn Dengbere Bíi Fúlàní. Ela vagueia com elegância, como se fosse uma nômade fulani. O Titi Tí Nfi Gbogbo Ará Rìn Bí Esin Quando anda, sua vitalidade é como a do cavalo que trota. Héèpà, Oya Olómo Mesan, Ibá Re Ò! Eeepa Oya, que tem nove filhos, eu te saúdo! ORÍKÌ FÚN ÒRISÀS

Oríkì fún Èsù Èsù òta Òrìsà. Osétùrá ni oruko bàbá mò ó. Alágogo Ìjà ni orúko ìyá npè é, Èsù Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin, O lé sónsó sí orí esè elésè Kò je, kò jé kí eni nje gbé mì, A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò, A kìì lóyò láì mú ti Èsù kúrò, Asòntún se òsì láì ní ítijú, Èsù àpáta sómo olómo lénu, O fi okúta dípò iyò. Lóògemo òrun, a nla kálù, Pàápa-wàrá, a túká máse sà, Èsù máse mí, omo elòmíràn ni o se.

Oríkì para Exú Èsù, o inimigo dos orixás. Osétùrá é o nome pelo qual você é chamado por seu pai. Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe. Èsù Òdàrà, o homem forte de ìdólófin, Èsù, que senta no pé dos outros. Que não come e não permite a quem está comendo que engula o alimento. Quem tem dinheiro, reserva para Èsù a sua parte, Quem tem felicidade, reserva para a Èsù sua parte. Èsù, que joga nos dois times sem constrangimento. Èsù, que faz uma pessoa falar coisas que não deseja. Èsù, que usa pedra em vez de sal.

Èsù, o indulgente filho de Deus, cuja grandeza se manifesta em toda parte. Èsù, apressado, inesperado, que quebra em fragmentos que não se poderá juntar novamente, Èsù, não me manipule, manipule outra pessoa.

Oríkì fún Èsù Èsù pèlé o, okanamaho, ayanrabata awo he oja oyinsese, seguri alabaja, olofin apekayu, amonise gun mapo Nko o Èsù, ba nse ki imo Èsù, keru o ba onimimi Èsù, fun mi ofo ase mo pele Òrìsà Èsù, alayiki a juba Àse Oríkì para Exú Elogiado é o espírito do mensageiro divino Mensageiro Divino, eu chamo a você por seus nomes de elogio Mensageiro Divino guia minha cabeça para minha rota com destino Mensageiro Divino, eu honro a sabedoria infinita Mensageiro Divino, ache lugar onde submergir meus sofrimentos Mensageiro Divino, dê força para minhas palavras de

forma que evoque as forças da natureza fortemente Mensageiro Divino, nós pagamos nossos cumprimentos dançando em círculo Axé

Oríkì fún Ògún Ògún pèlé o ! Ògún alákáyé, Osìn ímolè. Ògún alada méjì. O fi òkan sán oko. O fi òkan ye ona. Ojó Ògún ntòkè bò. Aso iná ló mu bora, Ewu ejè lówò. Ògún edun olú irin. Awònye òrìsà tií bura re sán wònyìnwònyìn. Ògún onire alagbara. A mu wodò, Ògún si la omi Logboogba. Ògún lo ni aja oun ni a pa aja fun. Onílí ikú, Olódèdè màríwò. Ògún olónà ola. Ògún a gbeni ju oko riro lo, Ògún gbemi o. Bi o se gbe Akinoro.

Oríkì para Ògún

Ògún, eu te saúdo ! Ògún, senhor do universo, líder dos orixás. Ògún, dono de dois facões, Usou um deles para preparar a horta e o outro para abrir caminho. No dia em que Ògún vinha da montanha ao invés de roupa usou fogo para se cobrir. E vestiu roupa de sangue. Ògún, a divindade do ferro Òrìsà poderoso, que se morde inúmeras vezes. Ògún Onire, o poderoso. O levamos para dentro do rio e ele, com seu facão, partiu as águas em duas partes iguais. Ògún é o dono dos cães e para ele sacrificamos. Ògún, senhor da morada da morte. o interior de sua casa é enfeitado com màrìwò. Ògún, senhor do caminho da prosperidade. Ògún, é mais proveitoso ao homem cultuá-lo do que sair para plantar Ògún, apoie-me do mesmo modo que apoiou Akinoro.

Oríkì fún Ògún Ògún laka aye Osinmole Olomi nile fi eje we Olaso ni le Fi imo bora La ka aye Ma je ki nri ija re

Iba Ògún Iba re Olomi ni le fi eje we Feje we. Eje ta sile. Ki ilero Ase Oríkì para Ògún Ògún poderoso do mundo O próximo a Deus Aquele que tem água em casa, mas prefere banho com sangue Aquele que tem roupa em casa Mas prefere se cobrir de màrìwò Poderoso do mundo Eu o saúdo Que eu não depare com sua ira Eu saúdo Ògún Eu o saúdo, aquele que tem água em casa, mas prefere banho de sangue Que o sangue caia no chão para que haja paz e tranqüilidade Axé

Oríkì fún Ògún Ògún awo, olumaki, alase to juba Ògún ni jo ti ma lana talí ode Ògún onire, onile kangun dangun ode Orún egbé iehin Pá san ba pon ao lana to Imo kimobora egbé lehin a nle a benge ologbe Àse Oríkì para Ògún Elogiado é o espírito do aço Espírito de mistério do aço, chefe da força, dono do poder, eu o elogio Espírito do aço, abra os caminhos Espírito do aço, dono da fortuna boa, dono de muitas coisas no céu, ajude em nossa viagem Remove a obstrução de nossa estrada Sabedoria do espírito em guerra, nos guie por nossa viagem espiritual com força Axé

Oríkì fún Òsónyìn Agbénigi, òròmodìe abìdi sónsó Esinsin abedo kínníkínni; Kòògo egbòrò irín

Aképè nigbà òràn kò sunwòn Tíotio tin, ó gbà aso òkùnrùn ta gìègìè. Elésè kan jù elésè méjì lo. Ewé gbogbo kíki oògùn Àgbénigi, èsìsì kosùn Agogo nla se erpe agbára Ó gbà wón là tán, wón dúpé téniténi Aròni já si kòtò di oògùn máyà Elésè kan ti ó lé elése méjì sáré

Oríkì para Òsónyìn Aquele que vive nas árvores e que tem um rabo pontudo como estaca. Aquele que tem o fígado transparente como o da mosca. Aquele que é tão forte quanto uma barra de ferro. Aquele que é invocado quando as coisas não estão bem. O esbelto que quando recebe a roupa da doença se move como se fosse cair. O que tem uma só perna e é mais poderoso que os que têm duas. Todas as folhas têm viscosidade que se tornam remédio. Àgbénigi, o deus que usa palha. O grande sino de ferro que soa poderosamente. A quem as pessoas agradecem sem reservas depois que ele humilha as doenças. Àròni que pula no poço com amuletos em seu peito. O homem de uma perna que exita os de duas pernas para correr.

Oríkì fún Òsónyìn Ìba Òsónyìn Ìba oni èwé kó si arun Kó si akoba Àse Oríkì para Òsónyìn Elogio para o espírito do medicamento das folhas Eu elogio o dono do medicamento das folhas Me livre de se adoecer Me livre da coisa negativa Eu dou graças ao dono do medicamento Axé

Oríkì fún Òsòósì Òsoosì. Awo òde ìjà pìtìpà. Omo ìyá ògún oníré. Òsoosì gbà mí o. Òrìsà a dínà má yà. Ode tí nje orí eran. Eléwà òsòòsò. Òrìsà tí ngbélé imò, gbe ilé ewé.

A bi àwò lóló. Òsoosì kì nwo igbó, Kí igbo má mì tìtì. Ofà ni mógàfí ìbon, O ta ofà sí iná, Iná kú pirá. O tá ofà sí Oòrùn, Oòrùn rè wèsè. Ogbàgbà tí ngba omo rè. Oní màríwò pákó. Ode bàbá ò. O dé ojú ogun, O fi ofà kan soso pa igba ènìyàn. O dé nú igbó, O fi ofà kan soso pa igba eranko. A wo eran pa sí ojúbo ògún lákayé, Má wo mí pa o. má sì fi ofà owo re dá mi lóró. Odè ò, Odè ò, Odè ò, Òsoosì ni nbá ode inú igbo jà, Wípé kí ó de igbó re. Òsoosì oloró tí nbá oba ségun, O bá Ajé jà, O ségun. Òsoosì o ! Má bà mi jà o. Ògún ni o bá mi se o. Bí o bá nbò láti oko. kí o ká ilá fún mi wá. Kí o re ìréré ìdí rè. Má gbàgbé mi o, Ode ò, bàbá omo kí ngbàgbé omo.

Oríkì para Oxóssi Òsóòsì ! Ó Òrìsà da luta, irmão de Ògún Onírè. Òsóòsì, me proteja ! Òrìsà que tendo bloqueado o caminho, não o desimpede. Caçador que come a cabeça dos animais. Òrìsà que come ewa osooso. Òrìsà que vive tanto em casa de barro como em casa de folhas. Que possui a pele fresca. Òsóòsì não entra na mata sem que ela se agite. Ofà é a arma poderosa que o pai usa em lugar de espingarda. Ele atirou a sua flecha contra o fogo, o fogo se apagou de imediato. Atirou sua flecha contra o sol, O sol se pôs. Ó salvador, que salva seus filhos ! Ó senhor do màrìwó pákó ! Meu pai caçador chegou na guerra, matou duzentas pessoas com uma única flecha. Chegou dentro da mata, usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens. Arrasta um animal vivo até que ele morra e o entrega no ojubo de Ògún. Não me arraste até a morte. Não atire sofrimentos em minha vida, com seu Ofà.

Ó Odè! Ó Odè! Ó Odè! Dentro da mata, é Òsóòsì que luta ao lado do caçador para que ele possa caçar direito. Òsóòsì, o poderoso, que vence a guerra para o rei. Lutou com a feiticeira e venceu. Ó Òsóòsì, não brigue comigo. Vence as guerras para mim Quando voltar da mata, Colhe quiabos para mim. e, ao colhê-los, tire seus talos. Não se esqueça de mim. Ó Odè, um pai não se esquece do filho.

Oríkì fún Òsòósì Ìba Òsòósì Ìba Òsòósì Ìba ologarare Ìba onibebe Ìba osolikere Ode ata matase Agbani nijo to buru Oni Ode gan fidija Mo jùbá Àse

Oríkì fún Òsòósì

Elogio para o espírito do Caçador Eu elogio ao espírito do Caçador Eu elogio ao espírito do Caçador Eu elogio o que tem domínio nele mesmo Eu elogio o dono do banco do rio Eu elogio o mágico da floresta Caçador que nunca falhou Espírito sábio que oferece muitas bênçãos Dono do papagaio guia ele para conquistar ao medo Eu o cumprimento Àse

Oríkì fún Lògún Ede Ganagana bi ninu elomi ninu A se okùn soro èsinsin Tima li ehin yeye re Okansoso gudugu Oda di ohùn O ko ele pé li aiya Ala aiya rere fi owó kan Ajoji de órun idi agban Ajongolo Okunrin Apari o kilo òkò tímotímo O ri gbá té sùn li egan O tó bi won ti ji re re A ri gbamu ojiji Okansoso Orunmila a wa kan mà dahun O je oruko bi Soponna Soro pe on Soponna e nià hun Odulugbese gun ogi órun

Odolugbese arin here here Olori buruku o fi ori já igi odiolodi O fi igbegbe lù igi Ijebu O fi igbegbe lú gbegbe meje Orogun olu gbegbe o fun oya li o Odelesirin ni ki o wá on sila kerepa Agbopa sùn kakaka Oda bi odundun Jojo bi agbo Elewa ejela O gbewo li ogun o da ara nu bi ole O gbewo li ogun o kan omo aje niku A li bilibi ilebe O ti igi soro soro o fibu oju adiju Koro bi eni ló o gba ehin oko mà se ole O já ile onile bó ti re lehin A li oju tiri tiri O rí saka aje o dì lebe O je owú baludi O kó koriko lehin O kó araman lehin O se hupa hupa li ode olode lo Òjo pá gbodogi ró woro woro O pà oruru si ile odikeji O kó ara si ile ibi ati nyimusi Ole yo li ero O dara de eyin oju Okunrin sembeluju Ogbe gururu si obè olori A mò ona oko ko n ló A mo ona runsun rdenreden O duro ti olobi kò rà je Rere gbe adie ti on ti iye O bá enia jà o rerin sún O se adibo o rin ngoro yo

Ogola okun kò ka olugege li òrùn Olugege jeun si okurú ofun O já gebe si orún eni li oni O dahun agan li ohun kankan O kun nukuwa ninu rere Ale rese owuro rese / Ere meji be rese Koro bi eni lo Arieri ewo ala Ala opa fari Oko Ahotomi Oko Fegbejoloro Oko Onikunoro Oko Adapatila Soso li owuro o ji gini mu òrún Rederede fe o ja kùnle ki agbo Oko Ameri èru jeje oko Ameri Ekùn o bi awo fini Ogbon iyanu li ara eni iya ti n je O wi be se be Sakoto abi ara fini

Oríkì para Lògún Ede Um orgulhoso fica infeliz que um outro esteja contente É difícil fazer um corda com as folhas espinhosas da urtiga Montado de cavalinho sobre as costas de sua mãe

Ele é sozinho, ele é muito bonito Até a voz dele é agradável Não se coloca as mãos sobre o seu peito Ele tem um peito que atrai as mãos das pessoas O estrangeiro vai dormir sobre o coqueiro Homem esbelto O careca presta atenção à pedra atirada certeiramente Ele acha duzentas esteiras para dormir na floresta Acordá-lo bem é o suficiente Nós somente o vemos e o abraçamos como se ele fosse uma sombra Somente em Orunmila nós tocamos, mas ele não responde Ele tem um nome como Soponna / É difícil alguém mau chamar-se Soponna Devedor que faz pouco caso Devedor que anda rebolando displiscentemente Ele é um louco que quebra a cerca com a cabeça Ele bate com seu papo numa árvore Ijebu Ele quebrou sete papos com o seu papo A segunda mulher diz ao papo para usar um pente (para desinchar o papo) Um louco que diz que o procurem lá fora na encruzilhada Aquele que tem orquite ( inflamação dos testículos) e dorme profundamente Ele é fresco como a folha de odundun Altivo como o carneiro Pessoa amável anteontem Ele carrega um talismã que ele espalha sobre o seu corpo como um preguiçoso Ele carrega um talismã e briga com o filho do feiticeiro dando socos Ele veste boas roupas Com um pedaço de madeira muito pontudo ele fere o

olho de um outro Rápido como aquele que passa atrás de um campo sem agir como um ladrão Ele destroi a casa de um outro e com o material cobre a sua Ele tem olhos muito aguçados Ele acha uma pena de coruja e a prende em sua roupa Ele é ciumento e anda "rebolando" displicentemente Ele recolhe as ervas atrás Ele recolhe as ervas atrás Ele anda "rebolando" desengonçado para ir ao pátio interior de um outro A chuva bate na folha de cobrir telhados e faz ruído Ele mata o malfeitor na casa de um outro Ele recolhe o corpo na casa e empina o nariz O preguiçoso está satisfeito entre os passantes Ele é belo até nos olhos Homem muito belo Ele coloca um grande pedaço de carne no molho do chefe Ele conhece o caminho do campo e não vai lá Ele conhece o caminho runsun redenreden Ele está ao lado do dono dos obi e não os compra para comer O gavião pega o frango com as penas Ele briga com qualquer um e ri estranhamente Ele tem o hábito de andar como a um bêbado que bebeu Sessenta contas não podem rodear o pescoço de um papudo O papudo come no inchaço de sua garganta Ele quebra o papo do pescoço daquele que o possui Ele dá rapidamente crianças às mulheres estéreis Ele guarda seus talismãs numa pequena cabaça A noite coisa sagrada, de manhã coisa sagrada /

Duas vezes assim coisa sagrada Rápido como alguém que parte A proibição do pássaro branco é o pano branco Ele mexe os braços fantasiosamente Marido de Ahotomi Marido de Fegbejoloro Marido de Onikunoro Marido de Adapatila Bem desperto, ele acorda de manhã já com o arco e flecha no pescoço Como um louco ele se debate para colocar os joelhos no chão, como o carneiro Marido de Ameri que dá mêdo Leopardo de pele bonita Ele expulsa a infelicidade do corpo de alguém que tem infelicidade Assim ele diz e assim ele faz Orgulhoso que possui um corpo muito belo

Orìkí fún Oya Ajalaiyé, ajalorin, fún mi ire Ìba Oya AJALAIYE AJALORUN, FUN MI GBOGBO IRE IBA Yansan Ajalaiye, ajalorun wi wini Bem ma yansan Àse

Orìkí para Oya Os ventos da terra e o céu me dão fortuna boa Eu elogio o filho da mãe dos nove Os ventos da terra e o céu me dão fortuna boa Eu elogio o espírito do vento Os ventos da terra e o céu são maravilhosos Sempre haverá a mãe dos nove Axé

Orìkí fún Sóngò KA'WO KA'BIYESILE ETALA MO JUBA GADAGBA MI JUBA OLUOYO ETALA MO JUBA GADAGBA MO JUBA OVA KO SO ETALA MO JUBA GADAGBA MO JUBA Àse

Orìkí para Sóngò Eu cumprimento o rei 13 vezes eu o cumprimento a você Chefe do buraco (vulcão) 13 vezes eu o cumprimento a você O chefe que não morreu

13 vezes eu o cumprimento a você Axé

Orìkí fún Òsun Ìba Òsun sekese Ìba Òsun olodi Latojoki awede we’mo Ìba Òsun ibu kole Yeye kari Latokoko awede we’mo Yeye opo O san rere o Àse

Orìkí para Òsun Eu elogio a deusa do mistério, espírito que limpa de dentro para fora, Eu elogio a deusa do rio Espírito que limpa de dentro para fora Eu elogio a deusa da sedução Mãe do espelho Espírito que limpa de dentro para fora Mãe da abundância Nós cantamos seus elogios Axé

Orìkí fún Òsun Obìnrin bí okùnrin ní Òsun A jí sèrí bí ègà. Yèyé olomi tútú. Opàrà òjò bíri kalee. Agbà obìnrin tí gbogbo ayé n'pe sìn. Ó bá Sònpònná jé pétékí. O bá alágbára ranyanga dìde.

Orìkí para Òsun Òsun é uma mulher com força masculina. Sua voz é afinada como o canto do ega. Graciosa mãe, senhora das águas frescas. Opàrà, que ao dançar rodopia como o vento, sem que possamos vê-la. Senhora plena de sabedoria, que todos veneramos juntos. Que como pétékí com Xapanã. Que enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as acalma.

Oríkì fún Oba Obà, Obà, Obà. Ojòwú Òrìsà, Eketà aya Sàngó. O torí owú,

O kolà sí gbogbo ara. Olókìkí oko. A rìn lógànjó pèlú àwon ajé. Obà anísùru, ají jewure. Obà kò b'óko dé kòso, O dúró, ó bá Òsun rojó obe. Obà fiyì fún apá oko rè. Oní ó wun òun ju gbogbo ará yókù lo. Obà tó mo ohùn tó dára.

Oríkì fún Obà Obá, Obá, Obá. Orixá ciumento, terceira esposa de Xangô. Ela, que por ciúmes, fez incisões em todo corpo. Que fala muito de seu marido, que anda nas madrugadas com as ajé. Obá paciente, que come cabrito logo pela manhã. Obá não foi com o marido a Koso, ficou para discutir com Oxum sobre comida. Obá valoriza os braços do marido, diz que é a parte de seu corpo que ela prefere. Obá sabe o que é bom.

Orìkí fún Olódùmarè Ìba Olódùmarè Ìba Òrúnmìlà Ìba Ògún Òrìsà Ilé

Ìba Irúnmalè Ìba Ile Ogeere afoko yeri Ìba atiyo Ojo Ìba atiwo Òrun Ìba F'olojo oni Ìba Éégun Ilé Ìba Agba Ìba Bàbálòrìsà Ìba Omo Òrìsà Ìba Omode Awa Egbe Odo Òrúnmìlà juba O, Ki iba wa se T'omode ba juba baba re, agbe'le aye pe Ada se nii hun omo Ìba kii hun omo eniyan Akoogba kii hum oloko Atipa kii hun oku Aso funfun kii hun olorisa Kaye o-ye wa o Ka riba ti se Ka, ma r'ija Omo araye O Ka'ma r'ija eleye O Ajuba O! A juba O!! A juba O!!! Àse Orìkí para Olódùmarè Eu saúdo Olódùmarè, Deus maior Eu saúdo Òrúnmìlà Eu saúdo Ògún, o dono da casa Saúdo os Irúnmalè, os Òrìsàs Saúdo a terra Saúdo o dia que amanhece Saúdo a noite que vem Saúdo o dono do dia E saúdo o Égún da casa, nosso ancestral

Saúdo os velhos sábios Saúdo o pai-de-santo Saúdo os filhos-de-santo Saúdo as crianças Nós, que cremos em Òrúnmìlà, saudamos e esperamos que Orúnmìlà ouça nossa saudação O filho que reverencia seu pai tenha longa vida e por nada sofrerá Que a nossa saudação a nós poupe sofrimentos Que as plantas boas não falhem ao agricultor Que aos mortos não falte sepultura Que a Òrìsàlá não falte o pano branco Para que o mundo nos seja bom Que nossos caminhos se abram Que não vejamos a discórdia dos povos sobre a terra Nem a obra das feiticeiras Nós saudamos, saudamos, saudamos Axé

Oríkì fún Obàlúàiyé

ÒRÌSÀ Jìngbìnì Abàtà, Arú Bí Ewé Ajó. ÒRÌSÀ Tí Nmú Omo Mú Ìyá Bí Obàlúàiyé Bá Mú Won Tán O Tún Lè Sáré Lo Mú Bàbá

ÒRÌSÀ Bí Àjé Obàlúàiyé Mo Ilé Osó, O Mo Ilé Àjé O Gbá Osó L’ójú Osó Kún Fínrínfínrín. O Pa Àjé Ku Ìkan Soso ÒRÌSÀ Jìngbìnì Obàlúàiyé A Mú Ni Toùn Toùn Obàlúàiyé Sí Odù Re Hàn Mí Kí Ndi Olówó Kí Ndi Olomo. Àse

Oríkì para Obàlúàiyé

Òrìsà forte Abàtà que floresce como as folhas de ajó.

Òrìsà que pune a mãe junto com o filho Depois que Obàlúàiyé acabar de pegá-los Poderá ir pegar o Pai. Òrìsà igual ao feitiço. Obàlúàiyé conhece tanto a casa do feiticeiro, quanto a casa da bruxa Desafiou o feiticeiro O feiticeiro correu desesperado. Matou todas as bruxas e só permitiu que uma sobrevivesse Òrìsà forte Obàlúàiyé que faz as pessoas perderem a voz Obàlúàiyé abra seu odù para mim para que eu tenha prosperidade para que eu tenha muitos filhos. Assim seja, assim seja, assim seja.

Oríkì fún Òòsààlà Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru. Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje. O yo kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika. O fi l'emi asoto l'owo. Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu la. O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala rumo. Obà igbo. Kí Òrìsà-nlá Olú àtélesé, a gbénon dídùn là. Ní Ibodè Yìí, Kò Sí Òsán, Bèéni Kò Sí Òru. Kò Sí Òtútù, Bèéni Kò Sí Ooru. Ohun Àsírií Kan Kò Sí Ní Ibodè Yìí. Ohun Gbogbo Dúró Kedere Nínu Ìmólè Olóòrun. Àyànmó Kò Gbó Oògùn. Àkúnlèyàn Òun Ní Àdáyébá. Àdáyébá Ni Àdáyé Se.

Oríkì para Òòsààlà Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte. Pai do Paraíso eterno dirigente das gerações. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos. Dê-me o poder de manifestar a abundância. Revela o mistério da abundância. Pai do bosque sagrado, dono de todas as benções que aumentam minha sabedoria. Eu me faço como as Roupas Brancas. Protetor das roupas brancas eu o saúdo. Pai do Bosque Sagrado. Que o Grande Òrìsà, Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza! Aqui é a porta do Céu, nela pode-se entrar de dia e de noite. Nela não há frio, e também não há calor. Aqui, na porta do Céu, nada é segredo. E nela todas as coisas permanecerão claras diante da luz de Deus. Que o destino não nos faça usar

remédios. Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do Céu, para encontrar coisas boas na Terra. Que as coisas boas sejam sempre encontradas na Terra.

Oríkì fún Òrúnmìlà Òrúnmìlà Ajana Ifa Olokun A Soro Dayo Eleri Ipin Ibikeji Eledunmare Òrúnmìlà Akere Finu Sogban A Gbaye Gborun Olore Mi Ajiki Okitibiri Ti Npa Ojo Iku Da Opitan Ife Òrúnmìlà O Jire Loni Tide Tide Òrúnmìlà O Jire Loni Bi Olota Ti Ni Nile Aro Ka Mo E Ka La Ka Mo E Ka Ma Tete Ku Okunrin Dudu Oke Igbeti Òrúnmìlà O Jire O Ifa Iwo Ni Ara Iwaju Ifa Iwo Ni Ero Ikehin Ara Iwaju Naa Lo Ko Ero Ikehin L'ogbon Ifa Pele O Okunrin Agbonmiregun Oluwo Agbaye Ifa A Mo Oni Mo Ola A Ri Ihin Ri Ohun Bi Oba Edumare Òrúnmìlà Tii Mo Oyun Inu Igbin Ifa Pele O, Erigi A Bo La Ifa Pele O, Okunrin Dudu Oke Igbeti Ifa Pele O, Meretelu Nibi Ti Ojumo Rere Ti Nmo Wa Ifa Pele O, Omo Enire Iwo Ni Eni Nla Mi Olooto Aye Ifa Pele O, Omo Enire Ti Nmu Ara Ogidan Le Oyin Tori Omo Ro O Sa Wo Inu Koko Igi Ede Firifiri Tori Omo Re O Sa Gun Oke Aja Òrúnmìlà Ti Ori Mi Fo Ire Òrúnmìlà Ta Mi Lore A Gbeni Bi Ori Eni A Je Ju Oogun Lo Ifa O Jire Loni O Ojumo Rere Ni O Mo Ojo Ifá Ojumo Ti O Mo Yi Je Ki O San Mi S'owo Je Ki O San Mi S'omo Ojumo Ti O Mo Yii Je O San Mi Si Aiku Òrúnmìlà Iba O O Oríkì para Òrúnmìlà O Testemunho Do Destino O Vice Do Pré-Existente Òrúnmìlà, Homem Pequeno, Que Usa O Próprio Interior

Como Fonte De Sabedoria Que Vive No Mundo Visível E No Invisível O Meu Benfeitor, A Ser Louvado Pela Manhã O Poderoso Que Protela O Dia Da Morte O Historiador Da Cidade De Ife Òrúnmìlà, Você Acordou Bem Hoje? Com Ide Òrúnmìlà, Você Acordou Bem Hoje? Da Mesma Forma Que Olota Acorda Na Casa De Aro Assim Louvo Suas Origens Em Ado Quem O Conhece Está Salvo Quem O Conhece Não Sofrerá Morte Prematura O Homem Baixo Do Morro Igbeti Òrúnmìlà, Você Acordou Bem? Ifa, Você É A Pessoa De Frente Ifá, Você É A Pessoa De Trás É Quem Vai Na Frente Que Ensina A Sabedoria Aos Que Vem Atrás Ifá, Saudações O Homem Chamado Agbonmiregun Oluwo Do Universo Ifá, Que Sabe Sobre O Hoje E O Amanhã Que Ve Tudo, Que Está Aqui E Acolá Como Rei Imortal (Edunmaree) Òrúnmìlà, Graças A Seus Muitos Conhecimentos, É Você Quem Sabe A Respeito Da Gestação Do Igbin Ifa, Saudações! Erigi A Bo La, Que Ao Ser Venerado, Traz A Sorte Saudações A Ti, Homem Baixo Do Morro Igbeti Ifa, Saudações A Ti, Meretelu De Onde Vem O Sol. De Onde Vem O Melhor Dia Para A Humanidade Ifá, Saudações! Você É O Meu Grande Protetor Aquele Que Diz Aos Homens A Verdade Ifá, Saudações A Ti, Enire! Que Faz Forte O Corpo A Abelha, Por Seu Filho, Correu Para Dentro Da Colmeia O Esperto Rato Ede, Por Seu Filhote, Subiu Ao Forro Da Casa Òrúnmìlà, Fale Bem Através Do Meu Orí Òrúnmìlà, Me Abençoe Você, Que Como O Ori De Uma Pessoa, Assim A Apoia Cuja Fala É Mais Eficiente Do Que A Magia Você, Que Sabe O Que Acontecerá Hoje E Amanhã Oh Ifá, Você Acordou Bem Hoje? Vem O Dia Com Bom Sol Ifá, Neste Dia Que Surgiu Favoreça-me Com Prosperidade Favoreça-me Com Fertilidade Que Este Dia Me Seja Favorável Em Saúde E Bem Estar Que Este Dia Me Seja Favorável Em Longevidade

Orìkí fún Ibeji B'eji B'eji're B'eji B'eji'la B'eji B'ejiwo Ìba omo ire Àse Orìkí para Ibeji Dar a luz aos gêmeos traz fortuna boa Dar a luz aos gêmeos traz abundância Dar a luz aos gêmeos traz dinheiro Elogiar as crianças das coisas boas Axé

Oríkì fún Yemonjá Igberi de Ogun Asaba Ogun yakun ela esan Olimo Ogun iya kere Oniro Asesu Ogun onyon de Ayifo

Opeki de Ofiki Ibu gba nyanri Alaro de Ibu Olosun Ogaga Yeye

Oríkì para Yemonjá

Ogun Asaba (rio) Rio de Ogun em nove partes Dono da folha de palma Rio de Ogun, mãe pequena de Oniro, Asesu (Um caminho de Yemoja) Ogun Ayifo Rio que tem peitos Fluxo que leva areia

Fluxo índigo Barcos fluem Mãe Ogaga

Oríkì fún Yemonjá Yemoja atara magba (Elogie nome) Ayaba ti gbe ibu omi Rainha que vive nas profundidades da água Yemoja igbe di oju ona Yemoja alisa arbusto em caminho-superfícies Yemoja em je oti pagogo oju akagba Yemoja se inclina em na beira-mar, enquanto tomando um gole de efervescência Um gbo ni se oba ma kase Ela espera sentado, até mesmo na presença de um rei. Yemoja um wo'lu de iji de lobi Elevações de Yemoja, remoinho quando tornado entra no país;

Um pekoro yi ilu kaa Ela muda a cidade Awoyo, Awoyo je'le je l'odo, Awoyo, Yemoja come na casa como também no rio Iya olo oyon oruba Mãe de peitos chorões Ela cultivou uma moita sobre o negócio privado dela Obo de Abi ni orun bi egbe isu divertido E está apertado como um inhame secado Onilaiye de Okun um bi de enia de san Rainha fundo-inchando do mundo, ela cura como medicamento; Olokun de Arugbo Dono de mulher mais velho do mar Fere obirin aji fon ni lara oba Flauta-menina que toca para o despertar de reis Obirin pepe li gba eni gbe ilekile Mulher que suavemente agüenta o nadador para

descansar em algum lugar Ko je dahun ni ile Ela não deseja responder em terra Oju omi ni je ni koro Ela fez isto depressa à superfície da água

ISURE ÒRÌSÀ ÈSÙ IBA ÈSÙ LA ALU ÈSÙ, ÒGÁ ONIILU ATÓBÁJAÍYE, ELESO ÒGÚN OTÍLÍ LÓÒGÚN, ALÁGADA ÉYÉ, OROKO-NI-OJO-EBO-LE, ÈSÙ TÁBIRÍGBONGBON, ABÓNIJÀWÁ-KUMO, ÈSÙ, OLAFE, ASENI-BÁNI DÁRÒ, ÈSÙ, IWO LO SE BABALAWO,

OJÓ MÉTÀDÍNLÓGÚN LÓ GBÉ ÓDÒ OYA, ÈSÙ, MA SE MI, OMO ÉLÈMIRÀN NI O SE, ÈSÙ, MA SE MI LU ENÌA, MA SE ENIA LUMI, ÈSÙ, KI NKAN MA SE OMO MI, ÈSÙ, KI NKAN MA SE AWON ARA ILE MI, MA JEKI A RI ÌJÀ RE, ÌWO LO SE OBA TÌ WON TI YO LÓYE, ÌWO LO SE IYAWO, TI O FI KO OKO RE SILE, ÈSÙ MA SE MI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI O SE. ÌWO LO SE ENIA TO FI BINU SOKU, ÌWO LO SE ENIA TO DI KO SÓDÒ, ÈSÙ MA SE MI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI O SE. ÌBÙKÚN PUPO NI EMI FE LODO RE. ÈSÙ, ÌWO NI ILERA, ABO, IGBEGA, IRE, ÒRÒ BEM LÓWO RE, JÒWÓ KI O WA FUN MI NI NKAN WONYI. ÈSÙ ELEGBARA, GBO MI KÌÁKÌA.

ÈSÙ MA SE MI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI KI O SE. ASE TI ELEDUNMARE ELEDUNMARE ASE. Èsù eu te saúdo. Èsú homem forte na cidade, pessoa suficiente para ficar no lado em toda a vida. Pessoa que tem frutas medicinais. Você que monta cavalo de banheiro para entrar no quarto, você que tem medicina forte. Você é uma pessoa que vai embora quando o sacrifício ficou estragado. Você que acha um bastão para aquele que briga. Èsù, o apitador que dá danos na gente, ainda simpatiza conosco. Èsù, você quem provocou Babaláwo e fez ele ficar na casa de Oya por dezessete dias. Èsù, não me faça mal no filho do outro. Èsù, não me provoca contra qualquer pessoa e não provoca as pessoas contra mim. Èsù, para nada acontecer para os meus filhos. Èsù, para nada acontecer para minha família.

Não deixa ver a sua raiva, você quem provocou o rei para sair do trono. Você quem provocou a esposa a deixar seu marido. Èsù não faça mal, faça mal no filho do outro. Eu quero prosperidade de você, Èsù, você que é o dono de saúde, proteção, Promoção, bondade e prosperidade, por favor, me dê tudo isto. Èsù Elegbara (Senhor do poder), me ouve depressa, Èsù, não me faça mal, faz mal nos filhos dos outros. Axé do Senhor Supremo. Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ ÒGÚN IBO ÒGÚN LAKAYE OSIMOLE ÒGÚN PELO O, EDUN OLÓ IRÌN, ÒGÚN OKUNRIN ÒGÚN.

ENII TI SOMO ENÌA DOLÓLÁ, GBÍGBÉ NI O GBE MI BI O TI GBE AKINORO TI O LI KOLE OLA FUN, ÒGÚN A WOO ALAKAIYE, OSIN IMOLE, EGBE LEHIN ENI ANDA LORO. ÒGÚN GBE MI O, ÒGÚN MA PAMI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI K O PA. ÒGÚN, EMI BERU RE ÒGÚN SO MI DI OLOWO, SOMI DI OLORO, LA ONA IRE FUN MI, ONA ANU ATI ONA ORO, IWO NI OLONA OLA, TORIBE KI O WA LA ONA OLA FUN MI. KI O SI MAA DA ABO RE BOMI TITI LAI. ÀSE TI ELEDUNMARE ELEDUNMARE ÀSE Ògún, eu te saúdo. Dono da matéria de ferro, Ògún da guerra,

Você que torna as pessoas sejam ricas, Ògún me enriqueça como você enriqueceu Akinoro e fez ele um homem eminente, Ògún, o homem forte do mundo, o maior no mundo, Você que é protetor daqueles que são feridos. Ògún, eu tenho medo de você, Ògún me torna rico, me torna próspero, Favor Ògún, abre o caminho de bondade, ajuda e da prosperidade, Você é o dono das riquezas, Assim, me abre o caminho da prosperidade. Para que você me proteja para sempre. Axé do Senhor Supremo. Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ ÒSÓÒSÌ IBA ODELADE ÒSÓÒSÌ ODE AMOJI ELERE, OTITI, AMI-ILU-WO-BI OJO,

ARI-SOKOTO-PENPE-GBON-ENI OLA IKIRE. BO BA GBO, MA DA MIRAN SI. ALAJA, AMU OWEMU-OBO, BABA MI FIKIFIKI EKUN, AKO ORU, ONILE IKU, MAA JE KI NRI O, ASINDELE LAA SINMO ENI, JOWO DABO BO MI, MAA JEKI OMO WON MI MAA JEKI OMO WON MI WA FUN MI NI ALAFIA, EMI BE O, WA SO IBANUJE MI DAYO, FUN MI NI ABO RE TO NI WA SOMI DI OLORO. ÀSE TI ELEDUNMARE ELEDUNMARE ÀSE Òsóòsì eu te saúdo. Ode Amoji Elere,

Pessoa forte que sacode a cidade, Pessoa que veste bermuda nas estradas molhadas da cidade do Ikire, Se forem rasgadas, ele tem outras, Odé que tem cachorros que matam owe (um animal) e os macacos, Meu pai, o forte leopardo, que não tem medo de madrugada, Você que guarda morte em casa, favor não me deixe ver você de mau humor, Você que proteja seus filhos, Favor me proteja, Não deixa faltar filhos, Me dê a paz, Eu te peço, torna minha tristeza em alegria, Me dê a sua forte proteção e que torne próspero. Axé do Deus Supremo Benção do Deus Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ OSONYIN

IBA OSONYIN ESINSIN ABEDO KINNIKINNI, AKEPE NIGBA ORAN, ELESE KAN JU ELESE MEJI, EWE GBOGBO KIKI OOGUN, EWE A JE, OOGUN A JE FUN MI LONI EMI FE IRE RE, OSONYIN JOWO FUN MI NIRE, FUN MI NI OLA, WA WO MI SAN, KI O SI FUN MI NI AABO. ORO ATI ALAFIA. ÀSE TI ELEDUNMARE ELEDUNMARE ÀSE. Òsónyìn eu te saúdo. Pessoa que tem fígado e come cristal, Pessoa que a gente chama nas dificuldades,

Pessoa de uma só perna, e que é mais forte do que aqueles com duas pernas, Para você todas as folhas são medicinais, As folhas vão funcionar para mim, Hoje eu quero a sua bondade, Me dê a honra, Venha me curar, Para que você me dê proteção, prosperidade e paz. Axé do Senhor Supremo Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ ÒBÁLUÀIYÉ IBA OBA OLUWAIYE FARÌORO, ONI-WOWO-ADO, ARUNMOLOOFUN DANU, AJE-IGBA-OOGUN MAKUU, OBA EMITOTO, OBA EMILARE, OBA EMITOTO LAAPE IFÁ OBA EMILARE LAAPE ODU,

IWO OBALUWAIYE, IWO LO FI AWON ORISA MOKANLENIRUNGBA TI BEM LODE ISALAYE JE OYE WA FI EMI NAA JOYE LODE AIYE ISALAYE, KI NRI JE, KI NRI UM IDAKUDA NI KOO MA LO DA AWON OTA MI, MAA JEKI NRI IKU, MA JEKI NRI ARUN, MAA JEKI NRIKI OMO, IKU AYA, IKU OKO, AGAN TI O RI BI FUN LOMO KI ABOYUN BI TIBI TIRE, KI OPO ILE KIRI MOLE, OBALUWAIYE, JEKI MBIMO, KI O TO DI ODUN TO MBO, TO BA FUN MI LOMO ATI OWO, EMI O FUN O NI EWURE. OBALUWAIYE, FUN MI NI ALAFIA, FUN MI NI ILOSIWAJU ATI IRE RE, ALUJOGUN GBA MI JOWO WO MI SAN, MA JEKI NRI IJA RE,

KI NKAN MA SE MI. ÀSE TI ELEDUNMARE ELEDUNMARE ÀSE. Eu te saúdo Obálùaiyé. Farìoro, você que tem muitas cabaças pequenas cheias de medicinas e pessoa quem faz medicina das pessoas ineficaz Você que come veneno que não tem efeito sobre você, O deus de Emitoto, deus de Emilare, O deus de Emitoto é o nome dado ao Ifá, O deus de Emilare é o nome dado ao Odù, Você, Obálùaiyé quem coroa todos os duzentos e um òrìsàs que residem no mundo, Favor, me coroa também neste mundo, Forneça-me todos os materiais de bem-estar, Cria confusões com os meus inimigos, Me proteja da morte e doenças, Proteja meus filhos,esposa, marido da morte Dá filhos para àquelas que ainda não tem

Faz que aquelas grávidas Ter seus partos sem problemas, Não deixe o espírito do mau entrar na minha casa Obàlúaiyé, faz que eu tenha filho antes do final do próximo ano, Se você me der filho e dinheiro, matarei a cabra para agradar. Obàlúaiyé, me dê a paz, Me dê progresso e bondade. Alujogun, me salva, Favor me curar de qualquer que pode me afligir, Não deixe me ver sua raiva, e que nada aconteça comigo. Axé do Senhor Supremo. Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ SÒNGÓ IBA OLUKOSO LALU

ALAAFIN, KINÍUN BU, A AS, ELEYÍNJU OGUNNA, OLUKOSO LALU A RI IGBA OTA, SEGUN, EYITI O FI ALAPA SEGUN OTA RE, KABIYESU, ASANGUN DEYINJUM ONIGBEE A NSURE FUN, ALEDUN-LABAJA, ASA-NLANLA-ORI-PAMO, ABA-WON-JÁ-MÁ-JEBI A LAPA-DUPE OBAKOSO, MA JEKI NRI IBANUJE, JOWO MA LU MI PELU OSE RE, MA JEKI NRI AISAN, OKO ABEGBE (OSUN), BA MI SEGUN OTA MI, AWON OTA MI KO NI ROJU SOJU,

SÒNGÓ, MA PAMI, MA PA ENIA SI MI LORUN, AKOGBONNA KALU, MAA BA MI JÁ, MA JEKI NRI IJA RE, MA JEKI NDARAN IJOBA, MA JEKI NRI EJO, MA JEKI ODO O GBE MI LO, MA JEKI NKU IKU INA, MA JEKI ÀRÁ PA MI, MA JEKI OWO ÍKA O TE MI. BAMA SEGUN OTA MI, BAMI SEGUN OTA MI, MA JEKI NRIN FE SE SI, MA JEKI NSORO FENU KO. OBAKOSO PESE OWO PUPO FUN EMI OMO RE, ONIBON ORUN, JOWO PUPO FUN EMI OMO RE, ONIBON ORUN, JOWO MAA WA PELU MI TITI TI. ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE. Sòngó eu te saúdo. Alaafin que ruge como leão e as pessoas fogem, Pessoa cujos olhos brilham como tigrem Olukoso, da cidade. Você que usa centelhas de cartuchos para vencer seus inimigos na guerra, Você usou pedaços de parede para destruir seus inimigos, Kabiyesi (eu honro você) Pessoa que é forte até nos olhos, Dono de matagal de quem as pessoas tem que fugir, Pessoa que suas marcas faciais são nítidas como trovão, Você que tem controle sobre as cabeças das pessoas importantes, Pessoa que briga com as pessoas e ainda fica inocente, Pessoa que mata e a família da vitima ainda agradece, Obakoso não deixe me Ter tristeza, Favor não me bata com seu Oxé,

Não me deixe ficar doente, Marido de Agbegbe (Òsun), me ajude a derrotar meus inimigos, Meus inimigos nunca vão Ter paz, Sòngó não me mate e não me provoca a matar outras pessoas, Pessoa que causa confusões na cidade, não fique com raiva comigo, Não me deixe ver a sua briga, Não me deixe fazer qualquer coisa contra a lei, Me poupa de casos de justiça, Me proteja de afogamento, Me proteja da morte de fogo, Não me deixe morrer de raio, Me proteja das pessoas mas. Me ajuda a derrotar os meus inimigos, Me ajuda a proteger meus filhos, Seja o guia dos meus passos, Não me deixa cometer as ofensas através das palavras

da minha boca. Obakoso, dê muito dinheiro para mim, seu filho, Dono da trovoada no céu, favor fique no meu lado sempre. Axé do Senhor Supremo. Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ ÒSUN IBA ÒSUN ORE YEYE O ÒSUN IWO WE OMO YE, OMI, ARIN-MA-SUN, YEYE WEMO YE GBOMO FUN MI JO, AYILA, GBA MI O, ENI A NI NII GBA NI, MO PE O SOWO, MO PE O SOMO, MO PE O SI AIKU, EMI, FE IYE, ATI ORO, ENITI NWA OMO KO FUN LOMO,

OMO DARADARA NI KI O FUN WON, ÒSUN, TO MI SI ONA ORO ATI ALAFIA, ÀSE TI ELEDUNMARE ELEDUNMARE ÀSE Òsun eu te saúdo Òsun, você é cheio de idéias, Pessoa que nada consegue destruir, Pessoa que faz as coisas sem que seja questionada, Você que não cansa de usar bronze ornamentais, Mulher forte que nunca seja atacada, Pessoa que sentou em cima da cesta na profundeza do rio, Ore yeye (mãe graciosa) Ore yeye imole (mão graciosa òrìsà), Você que acalma as crianças com o seu bronze ornamental, Você que tem trono calmo, Mãe graciosa, a rainha do rio, Mãe graciosa,

Òsun me proteja e meu filho com o banho, Você que dá vidas às crianças, me dê filhos para mim cuidar, Ayila (Òsun) me proteja, eu espero salvação de você, Eu te chamo para Ter dinheiro e filho, Eu te chamo para não morrer, mas para Ter a vida e prosperidade. Dá filhos para quem precisa Ter, Dá eles filhos saudáveis, Òsun, me caminhe para o caminho da prosperidade e a paz. Axé do Senhor Supremo. Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ OYA IBA OYA AYABA OBAKOSO, ODO KUN KO KUN, KO SI ENITI OYA KO LE GBE LO,

MAA JEKI ODO GBE MI LO, MAA JEKI NKU IKU INA, IYA MI BOROKINNI, JOWO EMI NFE ORO LATI ODO RE, EMI NFE ALAFIA, EMI NFE ILERA, EMI NFE ILOSIWAÚU, IYAWO ONIBON-ORUN, JOWO SOMI DI OLORO. ÀSE TI ELEDUNMARE ELEDUNMARE ÀSE. Oya eu te saúdo. Esposa do Obakoso (Sòngó). O rio enche ou não, não há ninguém que Oya não leve, Não deixe o rio me levar. Não me deixe morrer afogado, Não me deixe morrer no fogo,

Minha mãe é bonita, Eu quero prosperidade de você, Eu quero paz, Eu quero saúde, Eu quero progresso, Esposa de dono da trovoada no céu (Sòngó), Favor, faça-me rico. Axé do Senhor Supremo. Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ YEMONJÁ IBA YEYE OMO EJA YEMONJA OOO, WA GBO EBE MI, IWO TI NFUN ENITI NWA OMO NI OMO, JOWO MO PE O, FUN MI NI OMO, SO MI DI OLORO, YOMONJÁ, YEYE AWON EJA,

FI ABO RE BO MI, KI IKU ATI ARUN MA WOLE TO MI WA. IYA MI, JOWO SO EKUN MI DAYO ÀSE TI ELEDUNMARE ELEDUNMARE ÀSE. Yemonjá eu te saúdo Ouça meu clamor, Você quem dará filhos para quem quer, Por favor me dê filhos, Me torna próspero, Yemonjá, mãe dos peixes me proteja com a sua proteção, Para que a morte e doenças não entre na minha casa. Minha mãe, favor torne os meus choros e sofrimentos em alegrias. Axé do Senhor Supremo Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ IBEJÌ IBA ÒRÌSÀ ÒRÌSÀ IBEJÌ DAKUN DABO, MA JEKI A RI IKU OMODE, MA JEKI A RI IKU AGBA, ENITI O BI, MAA JEKI O SOKUN, MAA JEKI A KU IKU AIROTELE, FUN MI LOWO LATI SE NKAN GBOGBO, IWO TI O SO ALAKISA DI ALASO, JOWO SO AKISA MI DI ASO, IWO TO TI ESSE MEJEJI BE SILE ALAKISA, JOWO BE SILE MI, ÒRÌSÀ IBEJÌ, PELE O, EJIRE ARA ISOKUN, JOWO SO MI DI OLORO. ÀSE ELEDUNMARE ELEDUNMARE ÀSE. Òrìsà de Ibejì eu te saúdo.

Favor, não deixe acontecer as mortes das crianças, Não deixe acontecer a morte dos adultos, Quem tem para não chorar. Não deixe acontecer a morte imprevista, Me dê dinheiro para minhas necessidades. Você que torna pobre o rico favor me torne rico. Você que entrou na casa do pobre, favor entre na minha casa, Òrìsà Ibejì, eu te saúdo, Ejire de Isokun, Favor tornar-me próspero. Axé do Senhor Supremo. Benção do Senhor Supremo.

ISURE EGUNGUN IBA EGUNGUN ILE ILE MOPE O O, AKISALE MO PE O O,

ETIGBURE MO PE O O, ASA MO PE O O, ETI WERE NI TI EKUTE ILE, ASUNMAPARADA NI TIGI AJA EMI OMO RE NI MO PE O, JEKI NWA LAAYE, MAA JEKI NKU, MAA JEKI NRI IJA IGBONA, MAA JEKI NRI IJA ÒGÚN, JOWO WA JEMI LONI, KI O FIRE FUN MI ÀSE TI ELEDUNMARE ELEDUNMARE ÀSE. Egungun eu te saúdo. Terra te chamo, Akisale eu te chamo, Etigbure eu te chamo,

Asa eu te chamo, Rato de casa sempre alerta, Asunmaparada (uma espécie de animal) nunca seu lugar, Eu seu filho, esta chamando, Deixa me viver, Não me deixa morrer, Me proteja da fúria de Ògún, Ouça meu clamor Para você me dar bondade. Axé do Senhor Supremo. Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ ÒRUNMILA IBA ORUNMILA ÒRUNMILA IBA O O, ORUNMILA, ELERI IPIN, AJEJU OOGUN, ADUNDUN LAWO,

IFÁ MO PE, ELA MO PE, IFÁ, SOWO DEERE GBOBI RE, IYEROSUN NI ORUNMILA NJE, EKU MEKI, EJA MEJI NINU OBE RE, IFÁ FUN WA LOMO SI, JEKI A LÓWÓ LÓWÓ, KI A BIMO O, KI ILE WA YIÍ, KI ATUN KI DAADAA, ORUN LO MO ENITI YIO LA, A SE AIYE, SE ORUN, ELEERIN IIPIN, AJE-JU-OOGUN, IWO LALAWOYE O, BAMI WO OMO TEMI YE, AJE, WOLE MI, OLA JOKO TIMI, ORUNMILA O WA TO GEE, KI O MOWO IWARA MI KO MI, ORUNMILA IFÁ OLOKUN, ASORAN DAYO, OLOORE AIKU JE JOOGUN, IREE MI GBOGBO NI WARA,

NI WARA. ÀSE ELEDUNMARE ELEDUNMARE ÀSE.

Òrúnmìlà eu te saúdo. Òrúnmìlà, testemunho do destino, que tem mais eficácia do que medicina, Pessoa de pele limpa, Ifá eu te chamo, Ela eu te chamo, Ifá abre as suas mãos para aceitar meu obí de oferenda. Òrúnmìlà, você como Iyerosun, Dois ratos, dois peixes na sua sopa, Ifá deixa prosperarmos mais filhos, Deixa reconstruirmos nossas casas da melhor maneira. Só o céu quem sabe quem será salvo, Pessoa que vive no universo e no Céu, Pessoa que é testemunha do destino e Pessoa que é mais eficácia do que a medicina, Só você quem pode dar a vida para as pessoas;

Dê vida aos meus filhos, Prosperidade entra na minha casa, honra senta comigo, Òrúnmìlà, é hora de você me dar riqueza, Òrúnmìlà Ifá, o dono do mar, que desvia fortuna para a alegria, Traga todas as minhas fortunas depressa. Axé do Senhor Supremo Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀNLA IBA ÒRÌSÀ-NLÁ OSEREMAGBO ÒRÌSÀ-NLA, ÒRÌSÀ-NIA, OBA PATAPATA TU BA WON GBE NI ODE IRANJE, ÒRÌSÀ-NLA, OGIRIGBANIGBO, ALAYE TI WON OBOMO-BORO-KALE, AYINMO-NIKIE, ADA-WON-LARO, ÒRÌSÀ-NLA, ÒRÌSÀ-NLA, ÒRÌSÀ ALASE,

IGAN BABA OYIN, ORERE YELU AGAN WO, ATU-WON-JÁ-NIBITI-WON-LARO JAGUNJAGUN, OFIWA-IJA-WODO, O JAGUNJAGUN FIGBON WODO, ABOJU-BONIGBESE-LERU, ABISOKOTO-GBOSU-MEFA-NILE ALARO, ARO-GBAJAGBAJA-KO-LONA, ABUDI OLUKANBE, ÒRÌSÀ-NLA JOKO GBA MI, ÒRÌSÀ-NLA ENI A NI NI GBA NI, EMI KO MO NKAN, ÒRÌSÀN-LA, JOWO SO MI DI ENI IYI, ÒRÌSÀ-NLA, MA FI OWO PON MI, ÒRÌSÀ-NLA, NA FI OMO PON MI LOJU, JOWO MA FI AISAN SE MI. MAA FI OWO PON MI LOJU, ÒRÌSÀ-NLA, MA FI IRE GBOGBO PON MI LOJU,

GBO IGBE MI. ÀSE TI ELEDUNMARE. ELEDUNMARE ÀSE. Oxalá eu te saúdo Oxalá, Oxalá, um rei feroz aos; Òrìsàs, Oxalá que mora com os outros na cidade de Ode Iranje, Oxalá, o maior e que tem o mundo e todos universos sob Ele, Senhor que tira pele das pessoas, Senhor que criou as pessoas corcundas e os paralíticos, Oxalá, Oxalá, Òrìsà com autoridade, Você é precioso como mel puro, Òrìsà que dá filhos aos que não tem, Senhor dispersa as pessoas onde eles estão tramando as maldades, O senhor dócil, Pessoa que quebra os braços das pessoas e cria os paralíticos, Òrìsà Ogiyan, um guerreiro de respeito.

Você que brigou na guerra e entrou no rio para lançar os bastões nos inimigos, Você que é Deus com a força inesgotável, Você que arrasta seus inimigos com a corda para dentro do rio, Você que seu rosto aterroriza um devedor, Pessoa que é o maciço como um elefante, Oxalá, pôr favor me salva, Oxalá, pois não sei como eu posso me salvar, Oxalá, por favor me faz um ser honrado, Oxalá, não me faça sofrer com dinheiro, Oxalá, não me faça sofrer com filhos, Favor, não me faça sofrer com doenças, Não me faça sofrer com a prosperidade, Oxalá, não me faça sofrer com todas as coisas boas, Ouça meu clamor. Axé do Senhor Supremo. Benção do Senhor supremo. ORÍKÌ TI YEWA

Ejo Ejo Ewà (cobra , cobra é Ewà) Idã Idã Ewà Ewà ô (salve Ewà) Ossumarè olowo gbanigbà ( salve Ossumarè dono das riquezas imensas) Ossumarè o njo nile (Ossumarè está dançando em nossa casa) Ewá yá mi orissà njo nile Ossumarè ( minha mãe Ewà está dançando com Ossumarè em nossa casa) Ewà ô (salve Ewá) Ewà Ibà re ô (Ewá nós te saudamos) Ewà mojubà (Ewá seja benvinda) Ewà ja mi, ko kerè, ko kerè ( nossa mãe Ewà não é pequena) Orubatà! ( ela é imensa) ORÍKÌ YÀMMI ÒSÒRÓNGÀ A Mãe Ancestral Universal

01 Okiti Kata, Ekùn A Pa Eran Má Ni Yan Olu Gbongbo Ki Osun Ebi Ejè Gosun-gosun On Wo Ewu Ejè Ko Pá Eni Ko Je Oka Odun A Ni Esin O Ni Kange Odo Bara Oto lu Omi a Dake Je Pa Eni Omo Opara Oga Ndanu, Sese Iba o ! Iba Ìyàmì o ! NiMo Mo Je Ni Ko Je Ti Aruní Emi Wa Foribale Fun Sese Olu idu Pe O papa Ele Adie Ko Tuka IyaTemi Mi Ni Bariba Li Akoko Emi Ako Ni Ala Mo Le Gbe Agada Emi A Wa Kiyà Onile Ki Ile. Ìbà Ìyàmì o ! Asé O ! 02 Ilè mopue o ! Ìyàmì Òsòróngà Mopue o ! Òdu-Logboje Ibá o ! Ibá Òsa-iyeku kibí odu Ìyàmì Òsòróngà Mojubá Obinrin Lode Olo Gèlèdè Ibà Ìyàmì o ! Ohun abáwi fun Agbà Ni agbà Ngbo Ohun awí fun Agbà Ni agbà Ngbá

Ohun timowí loníjé osé Ohun mofé kose loní Je kori be e Ní orunkò éhiyn Ìyàmì Òsòróngà Olo hun Òla ! Olo kun Òla ! Ójó ojú ómó , baféfó Aki gbe pue Òòrúnmìlà Ko gbehun Agbe Asè o ! 03 Ibà Ìyàmì o ! Ìyàmì Òsòróngà moki o ! E mapa mi E mapa mi E mapa mi Ibi ério É ki gbe mi lo Ibi ério É kigbe mi lo Ori, ki ifá un Édó, ki irigbin O tutu ki imá méja lalè odo Ibi ério è kigbe mi lo Asè o ! VUNGI OU IBEJI

Vamos agora entrar numa grande brincadeira, mas falando seriamente! Vungi – na nação Angola e Congo; ou Ibeji – na Nação Ketu; é o Orixá Erê, ou seja, o Orixá criança. É a divindade da brincadeira, da alegria; sua regência está ligada à infância. Discute-se, ainda hoje, sobre os fundamentos deste Orixá. Dizem que estão perdidos, pois trata-se de uma divindade raríssima e até mesmo pouco conhecida no Brasil. São gêmeos, duplos e têm o sincretismo de Cosme e Damião; e Crispim e Crispiniano, tão cultuado em terras brasileira. Vungi está presente em todos os rituais do candomblé pois, assim com Exu, se não for bem cuidado, pode atrapalhar os trabalhos, com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo. Vungi (ou Ibeji) é o Orixá da brincadeira infantil. Rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independentemente do Orixá que a criança carrega. Vungi é a brincadeira de roda, é o pique-esconde, a travessura, é a imitação de adulto, pela criança. É também o moleque levado, teimoso, manhoso, malcriado, mimado, chorão. É a travessura cósmica. Está presente entre nós, no espírito ativo de uma criança e até mesmo no adulto. Está também nos centros dos pássaros, nas evoluções de um bando de aves.

Vungi e alegria, a felicidade, o contentamento, a formosura, o encantamento. É o olho brilhante da criança, o sorriso infantil, o jeito meigo e travesso. É o choro do bebê. É também a brincadeira sadia dos adolescentes. Companheiro inseparável de logun-edé e Ewá, formam um trio de muita bagunça, de alegria, felicidade e, principalmente, beleza. Qualquer tipo de brincadeira infantil tem a regência de Vungi, que será sempre a essência infantil, o jeito que Olorun criou, especialmente para a criança. Vungi então é o começo, é o engatinhar, é o primeiro passinho. Rege a beleza da vida e está presente nas flores, principalmente, proporcionando o perfume e encanto. Vungi é tudo isto e muito mais daquilo que conhecemos como criança. Cada um de nós teve Vungi bem próximo pois, um dia, fomos crianças. E podemos dizer que, cada vez que avistamos uma flor, sentimento o seu perfume, estamos em contato com Vungi. Cada vez que vemos uma criança dormindo, brincando, cantando, estamos em contanto com Vungi. Cada vez que nos pegamos cantando e vivendo alegremente, estamos em contato direto com Vungi. Cada vez que reparamos que estamos vivos, felizes e dispostos a transmitir esta alegria, somos Vungi! Poderia falar da Mitologia de Vungi, mas creio não será necessário, pois seria e repetição de episódios que nós, seres humanos, vivemos quando crianças.

Se você quer realmente conhecer lendas sobre Vungi, feche os olhos, lembre-se de sua infância, procure lembrar-se de uma felicidade, de uma travessura, e você estará vivendo (ou revivendo) uma lenda destes Orixás, pois tudo aquilo que de bom nos aconteceu quando em nossa vida infantil foi gerado, regido e administrado por Vungi. Portanto, ele já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos. A lenda, a historia de Vungi, acontece a cada momento feliz de uma criança. Ao menos para manter viva este tão importante Orixá, procure dar felicidade e uma criança. Faça você mesmo (ainda que leigo no Culto) o encantamento de Vungi. É fácil: faça gerar dentro de si a felicidade por estar vivendo. Transmita essa felicidade, contagie o seu próximo com ela. Encante Vungi, com a magia do sorriso, com amor de uma criança. E seja Vungi, feliz!

Lenda Abaixo colocarei uma lenda sobre Ibejis: Oiá andava pelo mundo disfarçada de novilha. Um dia Oxossi a viu sem a pele e se apaixonou Casou-se com Oiá e escondeu a pele da novilha, para ela não fugir dele.

Oiá teve dezesseis filhos com Oxossi. Oxum, que era a primeira esposa de Oxossi e que não tinha filhos, foi quem criou todos os filhos de Oiá. O primeiro a nascer chamou-se Togum. Depois nasceram os gêmeos, os Ibejis, e depois deles, Idoú. Nasceu depois uma menina Alabá, seguida do menino Odobé. E depois os demais filhos de Oiá e Oxossi. Os meninos pareciam-se com o pai, as meninas, com a mãe. Oiá tinha os filhos que Oxum criava e assim viviam na casa de Oxossi. Um dia as duas mães se desentenderam. Oxum mostrou a Oiá onde estava sua pele. Oiá recuperou a pele de novilha, reassumiu sua forma animal e fugiu. OXUMARÊ

Oxumarê é o Arco Íris, sinal de bons tempos, de bonança. É o Orixá da riqueza, do dinheiro, chamando carinhosamente de “ o banqueiro dos Orixás”. É a cobra sagrada Dan. Orixá da prosperidade, da fartura, do lucro. O homem, que vive atrás do dinheiro, que trabalha para ganhar seu sustento, não pode imaginas, às vezes, que tem esta força da Natureza diariamente ao seu lado. Oxumarê esta presente praticamente em todos os momentos de nossa vida, pois tudo gira em torno do dinheiro. Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento de contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares onde se manuseia dinheiro. Oxumarê é o perde/ganha do homem. É a felicidade de receber uma quantia e a tristeza de perder outra. É o elemento das grandes negociações, da aposta. Seu encanto está no tilintar das moedas.

É também o Orixá das prosperidades, da fartura, da abundância. É por isso que aqueles regidos por Oxumarê sempre estão bem e vida. Para eles o dinheiro não e problema. Gastam e ganham demais e estão sempre com os bolsos cheios. Oxumarê é aquele que sabe fazer negócios. Quando se vai fechar um contrato, fazer uma compra, uma proposta, vender algo invocamos Oxumarê para nos orientar, pois ele é o Orixá que sabe negociar. É ele que sabe pechinchar, tratar, comprar e vender. Oxumarê também é a beleza das cores. É o arco-íris, que vai colorir o céu, anunciando coisas boas. É o fenômeno que vai gerar o colorido do céus. É a beleza da cor, a hipnose da cobra, a felicidade do lucro.

Mitologia Irmão gêmeo de Ewá e tendo com irmãos mais velhos Ossãe e Obaluaê - todos filhos de Nana – Oxumarê sempre foi frágil, franzino, mas dotado de grande inteligência e capacidade. Um dia, viu-se frente à frente com Olokun pai de Iemanjá, que perguntou-lhe como poderia achar pedras brilhantes, preciosas. Oxumarê pensou, pensou e respondeu ao Senhor do oceano: - Meu rei, se quer as pedras preciosas, é preciso que faça um investimento e me dê seis mil búzios (moeda

corrente na África antiga). Respondeu Olokun - Eu lhe dou! E Oxumarê apontou para a própria casa de Olokun, o mar, explicando-lhe que nas partes rasas poderia encontrar o que procura. As pedras, nos pontos mais rasos do mar, brilhavam com a luz do sol. Olokun ficou tão feliz que, além do pagamento dos seis mil búzios, ainda deu a Oxumarê a capacidade de transformar-se em serpente e poder, com a ponta do rabo, tocar a terra e com a cabeça tocar o céu. Com tal poder, Oxumarê transformou-se em serpente, esticou-se até a terá de Olorun, no céu e com os seus mil búzios falou ao Criador: - Pai, cheguei até o Senhor. Tive que esticar-me demais, para pedir-lhe ajuda, para fazer de mim aquele que tem capacidade de dobrar tudo o que tem. E Olorun dobrou o número de búzios – de seis para doze mil. Daí para frente, Oxumarê passou a ser consultado sobre os grandes negócios dos Orixás. Principalmente Xangô, que fez dele seu consultor, seus grande conselheiro, aumentando sua riqueza de deus do trovão, ao mesmo tempo em que a do próprio Oxumarê. E este poder de se transformar em serpente e ir até o céu, originou uma saudação em forma de Orikí, muito

bonito, que diz: - Oxumarê ego bejirin fonná diwó. “O Arco-íris que se desloca com a chuva e guarda o fogo no punho.” Dados Dia: terça-feira; Data: 24 de Agosto; Metal: ouro e prata mesclado; Cor: amarelo mesclado com verde ou amarelo pintado com preto; Partes do corpo: espinha dorsal, sistema nervoso e sistema neurovegetativo. Comida: ovos cozidos com azeite de dendê, farinha de milho e camarão seco; Arquétipo: desconfiados e traídos, observadores, pessoas que desejam ser ricas, pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos. Com sucesso tornam-se facilmente orgulhosos e pomposos, gostam de demonstrar sua grandeza recente, mas estendem a mão em socorro quando alguém precisa. Símbolos: duas serpentes de ferro OXOSSI

Oxossi é o Orixá da caça, chamando muitas de Ode Wawá, ou seja, “caçador dos Céus”. É a divindade da fartura, da abundância, da prosperidade. Em seu lado negativo, porém, pode ser também o pai da mingua, da falta de provisão. Suas principais características são a ligeireza, a astúcia, a sabedoria, o jeito ardiloso para faturar sua caça. É um Orixá de contemplação, amante das artes e das coisas belas. Como todos os outros Orixás, Oxossi também está no dia a dia dos seres vivos, convivendo intimamente com todos nos. Dentro do culto, ele é o caçador do Axé, aquele que busca as coisas boas para uma Casa de Santo, aquele que caça as boas influências e as energias positivas. No dia a dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim, em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos Oxossi, no Brasil, tem essa regência, no lugar de Orixá Okô. Senhor da agricultura, todavia Orixá Okô não é cultuado em terra brasileiras, pois seu fundamento não

atravessou o oceano. Oxossi é a semente, é o vegetal em ponto de colheita. É a fartura, a riqueza, é a carne que o homem consome. Oxossi também esta ligado às artes. Todo tipo de arte. Ele está presente no ato da pintura de um quarto, na confecção de uma escultura, na composição de uma música, nos passos de uma dança. Seus encantamento está na arte de um modo geral. Se encanta nas misturas de cores, na escrita de um poema, de um romance, de uma crônica. Oxossi está presente desde o canto dos pássaros, da cigarra, ao canto do homem. É pura arte! Oxossi também rege o revoar dos pássaros e seu encantamento mais bonito está na evoluções das pequenas aves. Oxossi é a vontade de cantar, de escrever, de pintar, de esculpir, de dançar, de plantar, de colher, de caçar, de viver com dinamismo e otimismo. Curiosamente, Oxossi também é a comodidade, a vontade de vislumbrar, de contemplar. Oxossi é um pouco preguiça, a vontade nada fazer, senão pensa e, quem sabe criar. A vida com essa força da Natureza, entretanto, não é só suavidade. Em seu lado negativo, Oxossi pode proporcionar a falta de alimentos; o plantio escasso; o apodrecimento de frutas;legumes e verduras; e até mesmo a arte mal acabada, inacabada ou de mau gosto.

Mitologia Filho de Iemanjá e irmão de Ogun e Exu, Oxossi sempre foi muito querido pela família, pelo seu temperamento calmo, compreensivo, amigo e respeitador. Entretanto, era franzino, parado. Seu irmão mais velho , Ogun, preocupado com a inércia de Oxossi, resolveu ensinar-lhe a arte da caça e os caminhos e trilhas da floresta. E asssim foi. Ogun ensinou Oxossi o que havia de melhor na arte de uma caçada e os segredos da mata. Levou-o até o alquimista Ossãe, que morava no interior da floresta, para que ele aprendesse a magia e conhecesse os animais de caça e aqueles que não se pode caçar. O nome de Oxossi era Ibô, o caçador. Um dia, Oxalá precisou de penas de um papagaio da Costa, para realizar o encantamento de Oxum, ms, praticamente, não se achava o animal. Oxalá então designou Ogun para encontrar as penas. Em vão o valoroso guerreiro e também caçador foi incapaz de achar o que Oxalá lhe pedira. Mas sugeriu: - Oxalá, estou tão envolvido nas conquistas que já não caço como antes. Porém, sugiro o nome de Ibô, meu irmão, que certamente é o melhor de todos os caçadores, e conseguirá as penas do papagaio da Costa como pretende. E Ibô foi chamado. Perante ao deus da brancura, Oxalá, Ibô se prostou e ouviu, atentamente, as ordens:

-Ibô! Disse-lhe Oxalá, vá e consiga as penas do papagaio da Costa. Você tem exatamente sete dias para voltar... E Ibô partiu para a flores, e durante dias procurou por sua caça. Quando lhe restava apenas um dia para esgotar o prazo dado por Oxalá, Ibô avistou os papagaios. Com um flecha apenas – mirando com cuidado – atingiu, não apenas um, mas dois papagaios de uma só vez. Orgulhoso e como o sentimento da tarefa cumprida, Ibô partiu para o reino de Oxalá. Mas seu retorno não foi tão fácil. No meio do caminho, Ibô deparou-se com um grupo de feras, que o atacou de surpresa, deixando-o muito ferido. Só não morreu porque suas habilidades de grande caçador o salvaram. Bastante ferido, Ibô já não andava, arrastava-se. Na boca da floresta, Ibô avistou os portões de Ifé, reino de Oxalá, e via que eles. Lentamente, se fechavam à medida em que o dia acabava e a noite chegava. Num esforço enorme, Ibô reuniu todas as forças e chegou até os portões. Esticou o braço, segurando firmemente as penas de papagaio da Costa e somente estas conseguiram transpassar os limites de Ifê. Os portões se fecharam. Ibô, caído do lado de fora de cidade, continuava segurando as penas de papagaio, presas no portão da grande morada de Oxalá. Ele cumprira o prazo. Momentos mais tardes, ajudando pelo irmão Ogun, Ibô foi levado até a presença de Oxalá. Acreditando não ter

conseguido, Ibô desculpou-se com o rei: - Perdoe-me, Senhor! Não consegui chegar à sua presença com sua encomenda”] - Ao contrário, jovem caçador! – retrucou Oxalá – Seus esforço e seu coragem são admiráveis. As penas do papagaio da Costa chegaram a Ifé no prazo recomendado, e eu lhe parabenizo por isso. E como é tão bom caçador e de um bravura tão grande, passará a charmar-se Oxossi, o Senhor da Caça. Assim sendo, Oxalá ergueu sua mão e dela um facho de luz atingiu Ibô, curando-o de todos os ferimentos e dando a ele trajes azuis turqueza, cor do encantamento do novo Orixá, Oxossi. O elemento de Oxossi é a terra, e a liberdade de expressão seu ponto mais marcante. Por isso, nosso sentimento de liberdade e alegria estão profundamente ligados a Ode.... O senhor da arte de viver!

Dados Dia: quinta feira Data: Corpus Christi (BA), 23 de abril (SP), 20 de janeiro (RJ) Metal: madeira (África) e bronze (Brasil) Cor: Azul Celeste claro

Partes do corpo: antebraço, braço, cabelo do corpo e pulmão. Comida: Ewa (feijão fradinho torrado), dentro de um oberó, Axoxó (milho vermelho com fatias de coco) e frutas variadas. Arquétipos: altruísta, abnegados, sinceros, simpáticos, tensos, austeros e que possuem sendo de coletividade. Símbolos: O ofá (arco e flecha), ogê (um tipo de chifre de boi que é usado para emitir um som chamado Olugboohun, cuja tradução é: “Senhor escuta minha voz” e o Iru Kere (cetro com rabo de cavalo, boi ou búfalo, que ele usa para manejar os espíritos da floresta) OSSÃE

OSSÃE

O deus das ervas, dono das matas, orixá da medicina, da cura, da convalescença. Mestre do poder curativo das ervas, que proporciona o Axé das plantas , ou seja, a força vital, imprescindível à realização de qualquer ritual nos cultos africanos. Ossãe é a mágica das folhas, tornando mágica, também, sua convivência com os seres humanos. Nos dias em que o homem agride a natureza, derrubando árvores, fazendo queimadas, numa atitude covarde e insensata, Ossãe se levanta como defensor, pois ele é a própria Ecologia. Ossãe é a folha,; a árvore; o vegetal; a mata; a floresta, a qual quanto mais densa, mas faz notar sua presença. Ossãe, de um bilhão de formas, tamanhos, cheiros e essências. O segredo do poder de curar pela planta está com ele, é proporcionado por ele. Nos rituais do Candomblé o banho de ervas – Abo – é vital, imprescindível. Tudo é passa no Abô. Desde louças, travessa de barro, moedas, pulseiras, búzios, quartinhas, facas, colheres de pau, gamelas, até o próprio home, que vai se banhar e se purificar pelas ervas. O Abô é algo que não pode faltar nos rituais, que vai dar o encanto, vai possibilitar a presença da força cósmica do Orixá. Mesmo nos sacrifícios animais, canta-se para Ossãe – mesmo que o sacrifício não seja para ele – pois dele dependerá o encantamento daquele

ato sagrado. É Ossãe que trará a calma, a paz, o encanto, para que o ritual transcorra bem. Realmente, Ossãe é o encanto, a magia. E é por isso que quando se vai à mata buscar ervas leva-se fumo de rolo, mel e moedas, para dar o Senhor das matas e facilitar a busca da erva desejada, pois Ossãe pode escondê-la de nôs, criar uma ilusão de ótica e não permitir que a vejamos, mesmo que esteja à nossa frente, debaixo de nosso olhos. Ossãe está presente nos momentos importantes da vida. Na salvação de uma vida, através da medicina; nos consultórios. Afinal, Ossãe é o alquimista, o químico, o farmacêuticos, o Senhor das poções mágicas e curativas. É o feiticeiro, o bruxo, o medico dos Orixás, conhecedor profundo do segredo de todas as ervas. É o pai da homeopatia; aquele que gera a capacidade de cura, pela ingestão ou aplicação de plantas medicinais. E está presente, também, no cotidiano, pois estamos sempre muito próximos do mundo vegetal. É por isso que não devemos arrancar folhas sem motivos justos; derrubar árvores ou fazer queimada, pois estaremos violando a natureza, ofendendo seriamente esta poderosa força natura que denominamos Ossãe. Sentimos ainda mais sua presença quando estamos num horto, em meio às ervas. Ossãe é a mágica da folha, a sombra que nos proporciona paz, tranqüilidade e harmonia.

Mitologia Ossãe e filho de Nana, irmão de Obaluaê, Oxumarê e Ewá. Sempre foi muito circunspeto, introvertido, pensativo. Ainda jovem, partiu para floresta – que sempre o atraiu – e lá estudo as plantas, as árvores e aprendeu o segredo das ervas, cuidando dos animais feridos e fazendo experiências. Deteve, assim, o domínio do poder das ervas. E sempre que algum outro Orixá precisava de uma planta, de uma erva, devia, em primeiro lugar, pedir autorização a Ossãe, e o senhor do verde. Xangô, Reio de Oyó, achando que todos deveriam ter o conhecimento das ervas, pediu à Iansã, Senhora dos ventos, que convencesse Ossãe a dividir com os demais Orixás os mistérios e os segredos do uso da planta. Ela, por sua vez partiu para a floresta, sacudiu sua saia e fez gerar uma forte ventania, espalhando as folhas por todo o reino de Oyó e outro como Ketu, Ifé, Oxogbô, Abeokutá, Numpé, etc. Ossãe assitia a tudo de forma impassível. Via suas folhas indo em direção a todos os reinos, sem dizer uma palavra. No fundo, o alquimista sabia que estava dividindo as plantas, as espécies e nada podiam fazer diante de tão forte ventania. Vitoriosa, Iansã voltou ao reino de Xangô, certa do dever cumprido. Na floresta, Ossãe lamentava o vento que espalhara suas folhas mas, intimamente, sorria de forma irônica e comentou consigo mesmo: - De que adianta as folhas, sem o segredo? De que

adianta possuir a erva, sem o mistério? De que adianta possuir o ingrediente mágico, sem o poder de gera a magia? Assim, Ossãe continou como o mestre das ervas. Embora os outros Orixás também tenha suas folhas, ficou com Ossãe o segredo e a forma de encantá-la. De nada adiantou terem as folhas, se não sabiam usá-la ou aplicá-las. Para isso, continuaram a depender de Ossãe que, sabendo perdoar, continuou a curar, a dar receitas para gerar o encantamento, pois nada podia ser feito sem as ervas. Nenhum ritual daria certo sem o encanto das folhas, como até hoje. Por isso, o africano nos ensinou, através de um Oriké (verso sagrado) o que significo, exatamente, o poder de Ossãe: “ Sem folha não há orixá, não há o Axé!” (Kosi ewe, kosi orisa, diz o ditado iorubano)

Dados Dia: Quinta feira Data: 5 de Agosto Metal: Estanho Cor: Verde e branco Partes do corpo: o peito dos pés, parte da perna entre o

tornozelo e o joelho. Comida: fumo, mel, cachça (otin), milho vermelho, espigas regadas com mel. Arquétipo: Pessoa equilibradas e capazes de controlar seus sentimentos e emoções, não deixam suas simpatias e antipatias interferirem nas suas decisões ou influenciarem suas opiniões das pessoas ou acontecimentos, aquele que não tem uma concepção estreita da moral e da justiça. Símbolos: Ferros com sete pontas com um passaro, que é árvore com o ramos e uma ave pousada no topo. OBALUAÊ / OMULU

OBALUAÊ / OMULU

Obaluaê é uma flexão dos termos: Oba (rei) – Oluwô (senhor) – Ayiê (terra), ou seja, “Rei, senhor da Terra”. Omulu também é uma flexão dos termos: Omo (filho) – Oluwô (senhor), que quer dizer “ Filho e Senhor”. Obaluaê, o mais moço, é o guerreiro, caçador, lutador. Omulu o mais velho, é o sábio, o feiticeiro, guardião. Porém, ambos têm a mesma regência e influência. No cotidiano significam a mesma coisa, têm a mesma ligação e são considerados a mesa força da natureza. Obaluaê (ou Omulu) é o Sol, a quentura e o calor do astro rei. É o Senhor das pestes, das moléstias contagiosas, ou não. É o rei da Terra, do interior da Terra, e é o Orixá que cobre o rosto com o Filá (de palha – da - Costa), porque para os humanos é proibido ver seu rosto, pela deformação feita pela doença, e pelo respeito que devemos a este poderosíssimo Orixá. Obaluaê está no organismo, no funcionamento do organismo. Na dor que sentimos pelo mal funcionamento dos órgãos, ou por uma queda, corte ou queimadura. Obaluaê rege a saúde, os órgãos e o funcionamento destes. A ele devemos nossa saúde e é comum, nas Casas de Santos, se realizar os Eboris de Saúde, que fazem pra trazer saúde para o corpo doente. O órgão central da regência de Obaluaê é a bexiga, mas está ligado a todos os outros. Ele trata do interior, fundamentalmente, mas cuida também da pele e de suas moléstias. Divide com Iansã a regência dos cemitérios, pois ele é o Orixá que vem como emissário de Oxalá (princípio

ativo da morte), para buscar o espírito desencarnado. É Obaluaê (ou Omulu) que vai mostrar o caminho, servir de guia para aquela alma. Obaluaê também é o Senhor da Terra e das camadas de seu interior, para onde vamos todos nós. Daí a ligação que tem com os mortos, pois ele é quem vai cuidar do corpo sem vida, e guiar o espírito que deixou aquele corpo. É por isso que Obaluaê e Omulu gostam de coisas passadas, apodrecidas. O sol também tem a sua regência. Ele também é o Calor provocado pelo sol quente. Há quem diga que não se deve sair à rua quando o Sol está quente sem a proteção de um patuá, a fim de não correr o riscos e não sofrer a ira de Obaluaê, geralmente fatal. Obaluaê está presente em nosso dia-a-dia, quando sentimos dores, agonia, aflição, ansiedade. Está presente quando sentimos coceira e comichões na pele.Rege também o suor, a transpiração e seus efeitos. Rege aqueles que tem problemas mentais, perturbações nervosas e todos os doentes. Está presente nos hospitais, casa de saúde, ambulatórios, postos de saúde, clínicas, sempre próximo aos leitos. Rege os mutilados, aleijados, enfermos. Ele proporciona a doença mas, principalmente, a cura, a saúde. É o Orixá da misericórdia. Obaluaê é à força da Natureza que rege o incômodo de um modo geral. Rege o mal estar, o enjôo, o mal humor, a intranqüilidade. É o Orixá do abafamento e está presente nele, bem como na má digestão e na

congestão estomacal. Gera o ácido úrico e seus efeitos. Obaluaê está presente em todas as enfermidades e sua invocação, nessas horas, pode significar a cura, a recuperação da saúde.

Mitologia Filho de Nanã – que abandou por ser doente – foi criado por Iemanjá. É o irmão mais velho de Ossãe, Oxumarê e Ewá; Orixá fundamentalmente Jeje, mas louvado em todas as nações, por sua importância. Conta-se que, uma vez esquecido por Nanã, fora criado por Iemanjá, que curou das moléstias. Cresceu forte, desenvolveu a arte da caça, tornando-se guerreiro e viajante. Certo dia, numa de suas jornadas, chegou até uma aldeia, coberto de palha, como sempre viveu. Como todos conheciam sua fama, suas ligações com as moléstias contagiosas, foram barradas antes mesmo de penetrar na aldeia. -Não o queremos aqui! - disse o dirigente da tribo. - Mas quero apenas água e um pouco de comida, para prosseguir minha viagem. Apenas isso! – respondeu Obaluaê, ou melhor, dizendo Xapanã, nome pelo qual era chamado. - Vá-se embora, Xapanã! Não precisamos de doença, nem de mazelas em nossa aldeia. Vá procurar água e

comida em outro lugar! E Xapanã, então foi sentar-se no alto do morro próximo. A manhã mal começara e ele ficou, sentado, envolto em palha da costa, observando a subida do sol. O tempo foi passando, as horas foram-se passando e, ao meio-dia, exatamente, o Sol já escaldante, tornou-se insuportável. A água ficara quente, o alimento se estragava e toda a tribo se contorcia de dor, aflição e agonia. Xapanã a tudo observava, imóvel, como um totem, como um símbolo de palha. Na aldeia um alvoroço se fez. Uns tinham dores na barriga, outros tinham forte dores de cabeça. Outros, ainda, arrancavam sangue da própria pele, numa coceira incontrolável. Outros agiam como loucos incontrolados. Aos poucos, a morte foi chegando para alguns. Xapanã apenas assistia... Parecia que o tempo havia parado ao meio-dia, mas, na verdade, foram três dias de sol quente, pois a noite não chegava. Era apenas sol durante todo o tempo. E durante todo o tempo a aldeia viu-se às voltas com doenças, loucura, sede, fome, morte! Xapanã, inerte, via tudo, imóvel... Não agüentando mais, e vendo que Xapanã continuava do alto do pequeno morro observando, o dirigente de aldeia foi até ele suplicar perdão, atirando-se aos seus pés.

- Em nome de Olorun, perdoe-nos! Já não suportamos tanto sofrimento! Tente perdoar, por favor, Senhor Xapanã! Tente perdoar! De súbito, Xapanã levantou-se, desceu até a aldeia e pisou na terra. Tornou-a fria. Tocou na água, tornou-a também fria; tocou os alimentos e tornou-os novamente comestível; tocou a cabeça de cada um dos aldeões e curou-lhes a doença; tocou os mortos e fez voltar a vida em seus corpos. Restaurada a normalidade, Xapanã pediu mais uma vez: -Quero um pouco de água e alguma comida para prosseguir viagem. Num instante foi-lhe servido o que de melhor havia em toda a aldeia. Deram-lhe, vinhos de palmeira, frutas, carne, legumes, cereais, enfim, o que tinham de melhor. Voltando-se para os aldeãos, Xapanã deu-lhes uma lição de vida. -Vivemos num só mundo. Sobre a mesma terra, debaixo do mesmo sol. Somos todos irmãos e devemos ajudar uns aos outros, para que a vida seja mantida. Dar água a quem tem sede, comida a quem tem fome é ajudar a manter a vida. Voltou-se e partiu. Atrás dele o povo da aldeia gritava: -Xapanã, Rei e Senhor da Terra! Xapanã, Obaluaê! Xapanã, Obaluaê! Xapanã, Obaluaê! Obaluaê que sua benção e proteção nos seja dada

sempre!.

Dados Dia: segunda feira Data: 13 ou 16 de agosto; Metal: chumbo; Cor: preto e branco e ou preto, branco e vermelho; Partes do corpo: a pele e os pulmões; Comida: deburú (pipoca), abadô (amendoim pilado e torrado), Iatipá (folha de mostarda) e ibêrem (bolo de milho envolvido na folha de bananeira); Arquétipo: sóbrios, reservados, generosidade destacada, geniosos, independentes, teimosos, tendência ao masoquismo. Símbolos: xaxará ou íleo (com que limpa as doenças e os males espirituais) NANÃ

Entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, existe um portal. É a passagem, a fronteira entre a vida e a morte.Sua regente: Nanã. Senhora da morte, geradora de Iku (morte). Deusa dos pântanos e da Lama. Mãe da varíola, regente das chuvas, Nanã é de origem Jeje, da religião da Dassa Zumê e Savê, no Daomé, hoje conhecida com República de Benin. A mais temida de todas os Orixás. A mais respeitada. A mais velha, poderosa e seria. Nanã é o encantamento da própria morte. Seus cânticos são súplicas para que leve Iku – a morte – para longe e quem permite que a vida seja mantida. É a força da Natureza que o homem mais teme, pois ninguém quer morrer! Ela é a Senhora da passagem desta vida para outras, comandando o portal mágico, a passagem das dimensões. Nas casas de Santo, Nanã é extremamente cultuada e temida, pelo poder que ostenta. É ela a mãe da varíola e se faz presente quando existe epidemia da doença. Nanã também está presente nos lodaçais, lamaçais, pois nasceu do contanto com água com a terra, formando a lama, dando origem à sua própria vida. Em terras da África, Nanã é chamada de Iniê e seus assentamentos (objetos sagrados) são salpicados de vermelho. Nanã é lama, é terra com contato com a água. Nanã também é o pântano, o lodo, sua principal morada e regência.

Ela é a chuva, a tempestade, a garoa. O banho de chuva, por isso, é uma espécie de lavagem do corpo, homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu elemento. Por isso, não devemos blasfemar contra a chuva, que muita vezes estraga passeios, programas, compromissos, festas e acontecimentos. A chuva é a parte da vida, que vai irrigar a terra, Se ela cai demais, é porque a força da Natureza, Nanã, está insatisfeita. E, amigo... queira ver tudo, mas não queira ver a ira de Nanã. Posso lhe assegurar que não existe nada mais feio! Considerada a Iabá (orixá feminina) mais velha, foi anexada pelos iorubanos nos rituais tal a sua importância. Nanã é a possibilidade de se conhecer a morte para se ter vida. É agradar a morte, para viver em paz. Nanã é a mãe, boa, querida, carinhosa, compreensível, sensível, bondosa, mas que, irada, não reconhece ninguém. Nanã é o Orixá da vida, que representa a morte. E a isso devemos o máximo respeito e carinho.

Mitologia Nanã, Senhora de Dassa Zumê, mãe de Obaluaê, Ossãe, Oxumarê e Ewá, elegante senhora, nunca se meteu preocupou com o que este ou aquele fazia de sua própria vida. Tratou sempre de si e dos filhos, de forma nobre, embora tenha sido sempre precoce em tudo. Entretanto, Nanã sempre exigiu respeito àquilo que lhe pertencia. O que era seu, era seu mesmo. Nunca fora

radical, mas exigia que todos respeitassem suas propriedades. E, mas uma vez, vemos Ogum numa historia. Viajante, conquistador, numa de suas viagens, ogum aproximou-se das terras de Nanã. Sabia que o lugar era governado por uma velha e poderosa senhora. Se quisesse, não seria difícil tomar as terras de Nanã pois, para Ogum, não havia exercito, nem força que o detivesse. Mas Ogum estava ali apenas de passagem. Seu destino era outro, mas seu caminho atravessava as terras de Nanã. Isto ele não podia evitar e nem o importava, uma vez que nada o assustava e Ogum nada temia. Na saída da floresta, Ogum deparou-se com um pântano, lamacento e traiçoeiro, limite do inicio das terras de Nanã. Era por ali que teria que passar. Seu caminho, em linha reta, era aquele – por pior que fosse e não importando quem dominava o lugar. O destino e objetivo de Ogum era o que realmente lhe importavam. Parou à beira do pântano e já ia atravessá-lo quando ouviu a voz rouca e firme de Nanã: - Esta terra tem dono. Peça licença para penetrar nela! No que Ogum respondeu em voz alta: - Ogum não pede, toma! Ogum não pede, exige! E não será uma velha que impedira meu objetivo! - Peça licença, jovem guerreiro, ou se arrependerá!, retrucou Nanã com a voz baixa e pausada.

- Ogum não pede licença, avança e conquista! Para trás, velha, ou vai conhecer o fio da minha espada e a ponta de minha lança! Dito isto, Ogum avançou pela pântano, atirando lanças com pontas de metal contra Nanã. Ela, com as mãos vazias, cerrou os olhos e determinou ao pântano que tragasse o imprudente e impetuoso guerreiro. E assim aconteceu... Aos poucos, Ogum foi sendo tragado pela lama do pântano, obrigando-o a lutar bravamente para salvar sua própria pele, debatendo-se e tentando voltar atrás. Ogum lutou muito, observado por Nanã, até que conseguiu salvar sua vida, livrando-se das águas pantanosas e daquela lama que quase o devorava. Ofegante e assustado, Ogum foi forçado a recuar, mas sentenciou: - Velha feiticeira! Quase me matou! Não atravessarei suas terras, mas vou encher este de pântano de aço pontudo, para que corte sua carne! Nanã, impassível e calma, voltou a observar: - Tu és poderoso, jovem e impetuoso, mas precisa aprender a respeitar as coisas. Por minhas terras não passarás, garanto! E Ogum teve que achar outro caminho, longe das terras de Nanã. Esta, por sua vez, aboliu o uso de metais em suas terras.E, até hoje, nada por ser feito com laminas

de metal para Nanã.

Dados Dia: sábado; Data: 26 de julho; Metal: latão; Cor: branco com traços azuis ou roxos; IEMANJÁ

A majestade dos mares. Senhora dos oceanos, sereia sagrada, Iemanjá é a Rainha das águas salgadas, considerada como mãe de todos Orixás, regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também como a Deusa das Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do nascimento. Essa força da natureza também tem um papel muito

importante em nossas vidas, pois é ela que vai reger nossos lares, nossas casas. É Iemanjá que vai dar o sentido de “família” a um grupo de pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso. Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com nossos avós. Ela, Iemanjá, rege até o castigo, as sanções que aplicamos aos filhos. É o sentido básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará. Iemanjá é a família! Rege as reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações que se fazem dentro da família. É o sentido da união, seja ligado, por laços consangüíneos, ou não. Dentro do culto, numa casa de santo, Iemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependências; proporcionando o sentimento de irmão pra irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho, ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos do relacionamento do Babalorixás, ou Ialorixás como os Omo Orixás (filhos de Santo). Iemanjá também está presente nas decisões, nos

momentos de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus sentimentos geram os nossos, A necessidade de saber se aqueles que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Iemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente, ou amigo muito querido. E estendemos isso, também, às comunidades da Religião. Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo, sem problemas. É a manutenção da harmonia do lar. Está presente também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do bebê, exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto tem uma importância muito grande, no sentido e na visão da Cultura Africana, sobre a fecundação e concepção da vida humana. Iemanjá é a senhora dos lares, pois, desde o nascimento, ou a partir do nascimento, ela cuidará da família. Daí o titulo de Iyá (mãe), melhor, Iyá – Ori (mãe da cabeça) e plasmadora de todas as cabeças; aquela que gera o Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e inteligentes. Iemanjá está presente nos mares e oceanos. É a Senhora das águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres

aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, É ela quem controla as marés, é ela quem protege a vida no mar.

Mitologia Filha de Olokun, Iemanjá nasceu nas águas. Teve três filhos: Ogum, Oxossi e Exu. Conta a lenda que Ogum, o guerreiro, filho mais velho, partiu para as suas conquistas; Oxossi, que se encantara pela floresta, fez dela a sua morada e lá permaneceu, caçando; e Exu, o filho problemático, saiu pela mundo. Sozinha Iemanjá vivia, mas sabia que seus filhos seguiam seus destino e que não podia interferir na vida deles, já que os três eram adultos. Comentava consigo mesma: - Ogum nasceu para conquistar. É bravo, corajoso, impetuoso. Jamais poderia viver num lugar só. Ele nasceu para conhecer estradas, conquistar terras, nasceu para ser livre. Exu, que tantos problemas já me deu, nasceu para conhecer o mundo e dos três é o mais inconstante, sempre preparado surpresas; imprevisível, astuto, capaz de fazer o impossível, também nasceu para conhecer o mundo. Oxossi, meu querido caçula, bem que tentei prendê-lo a mim, mas no fundo sabia que teria seu destino. Ele é alegre, ativo, inquieto. Gosta de ver coisas belas, de admirar o que é bonito e

é um grande caçador. Nasceu para conhecer o mundo também e não poderia segurá-lo... Iemanjá estava perdida em seus pensamentos quando viu que, ao longe, alguém se aproximava. Firmou a vista e identificou-o: era Exu, seu filho, que retornara depois de tanto tempo ausente. Já perto de seu mãe, Exu saudou-a e comentou: - Mãe, andei pelo mundo mas não encontrei beleza igual à sua. Na conheci ninguém que se comparasse a você! - O que está dizendo, filho? Eu não entendo! - O que quero dizer é que você é a única mulher que me encanta e que voltei para lhe possuir, pois é a única coisa que me falta fazer neste mundo! E sem ouvir a resposta de sua mãe, Exu tomou-lhe à força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, pois Iemanjá não poderia admitir jamais aquilo que estava acontecendo. Bravamente, resistiu às investidas do filho que, na luta, dilacerou os seis da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu “caiu no mundo”, sumindo no horizonte. Caída ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokun e ao Criador, Olorun. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo, dando origem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos Orixás, tendo como incumbência eterna ser o

guardião, não podendo juntar-se aos outros, na corte. Iemanjá que, deste modo, deu origem ao mar, procurou entender a atitude do filho, pois ela é a mãe verdadeira e considerada a mãe não só de Ogum, Exu e Oxossi, mas de todo o panteão dos Orixás.

Dados Dia: sábado; Data: 2 de fevereiro; Metal: prata e prateados; Cor: branco transparente; Partes do corpo: cabeça (inconsciente e equilibro mental), cérebro (comanda o corpo); Comida: epo de milho branco, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, mamão. Arquétipo: voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, altivos e algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Têm sentido de hierarquia, fazem-se respeitar, são justos e formais. Põem à prova as amizades que lhe são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se perdoam, não esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérios. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Tem tendência a vida

suntuosa, mesmo se as possibilidades não lhes permitem tal falso. Símbolo: abebê branco. EXÚ

A palavra “Exu” significa, em ioruba, “esfera”, aquilo que é infinito, que não tem começo nem fim. Exu é o principio de tudo, a força da criação, o nascimento, o equilíbrio negativo do Universo, o que não quer dizer coisa ruim. Exu é a célula mater da geração da vida, o que gera o infinito, infinita vezes. É considerado o primeiro, o primogênito; responsável e grande mestre dos caminhos; o que permite a passagem o inicio de tudo. Exu é a força natural viva que formenta o crescimento. É o primeiro passo em tudo. É o gerador do que existe, do que existiu e do que ainda vai existir.

Exu está presente, mais que em tudo e todos, na concepção global da existência. É a capacidade dinâmica de tudo que tem vida. Principalmente dos seres humanos que carregam, em seu plexo, o elemento dinâmico denominado Exu. É aquilo que no candomblé chamamos de Bára, ou seja “no corpo”, preso a ele. É o que nos dá capacidade de agir, andar, refletir, idealizar. Sem o elemento Bára, a vida sadia é impossível. Sem ele, o homem seria excepcional, retardado, impossível de coordenar e determinar suas próprias atitudes e caminhos de vida.. Realmente, Exu está presente em tudo. E damos como exemplo inicial a concepção da geração da vida. O membro ereto do macho tem a presença de Exu- aliás, em terras da África, o membro rijo é o símbolo da vida, o símbolo de Exu - ; a penetração na fêmea, tema a regência de Exu; a ejaculação é coordenada por Exu; o percurso do espermatozóide dentro da fêmea, é regido por Exu; também na fecundação do óvulo Exu está presente. E quando a primeira célula da vida esta formada, a presença de Exu se faz necessária. Já na multiplicação da célula, a regência passa por Oxum, que vai reger o feto até o nascimento. Exu também está presente no calor, no fogo, na quentura. Presente se faz nos lugares poucos arejados, nos lugares onde existem multidões, nos ambientes fechados e cheios. Exu está na alteração do ânimo, na discussão, na divergência, no nervosismo. Está presente no medo, no pavor, na falta de controle do ser humano. Também

está perto na gargalhada, no riso farto, na alegria incontida. Para nós brasileiros, amantes do futebol, Exu está presente no grito de “gol”, que soltamos de forma feliz e nervosa. É o desprendimento do nervosismo contido no peito. Exu é a velocidade, a rapidez do deslocamento. É a bagunça generalizada e o silêncio completo. Diz-se que Exu é a contradição. É o sim e o não; o ser e o não ser. Exu é a confusão de idéias que temos. É a invenção, descoberta. Exu é o namoro, é o desejo, é o sentimento de paixão desenfreadas e é também o desprezo. Exu é a voz, o grito, a comunicação. É a indignação e a resignação. É a confusão dos conceitos ba´sico. Aquele que ludibria, engana, e confunde; mas também ajuda, dá caminhos, soluciona. É aquele que traz dor e a felicidade. Para se ter uma noção do comportamento e da regência paradoxal de Exu, cito um de seus Orikis (versos sarados), que diz; “ Exu matou um pássaro ontem, com a pedra que jogou hoje” Assim, pode-se ter uma idéia exata de quem Exu é, como é, e como rege as coisas. Ele esta presente em tudo..... em nada. Exu esta presente no consumo de substâncias tóxicas, no álcool, na droga, no fumo. Ele é o sólido, o liquido e o gasoso. Está nas conversas de esquinas, de bares, de restaurantes, de praças. Está na aceitação ou recusa de qualquer coisa.

Está presente também nas refeições, pois ele é quem rege o ato de mastigar e engolir. A gula é atributo de Exu. Está no coito, no prazer sexual, na preguiça; mas também está presente na disposição, na energia, sem querer com isso carregar peso, pois Exu não gosta de carregar peso. Outro Oriki fala claramente sobre esta sua particularidade: “ Xonxô obé, odara kolori erú” “ A lâmina (sobre a cabeça) é afiada; ele não tem cabeça para carregar fardos” Exu é tudo isso e mais. Fogo é o seu elemento, mas a Terra e o Ar são bem conhecidos de Exu. É a presença constante!

Mitologia Exu é filho de Iemanjá e irmão de Ogun e Oxossi. Dos três é o mais agitado, capcioso, inteligente, inventivo, preguiçoso e alegre.É aquele que inventa historias, cria casos e o que tentou violar a própria mãe. Numa de suas muitas histórias, podemos entender exatamente suas capacidade inventiva, sua conduta maquiavélica e sua maneira pratica de resolver seus assuntos e saciar seus desejos. Conta-se que dois grandes amigos tinham, cada um deles,um pedaço de terra, dividido por uma cerca. Diariamente os dois iam trabalhar, capinando e revirando a terra, para plantio.Exu, interessado nas

terras, fez a proposta para adquiri-las, o que foi negado pelos agricultores. Aborrecido, mas determinado a possuir aqueles dois terrenos, Exu procurou agir. Colocou na cerca um boné. De um lado branco, de outro vermelho. Naquela manhã, os amigos lavradores chegaram cedo para trabalhar a terra e viram o boné na cerca. Um deles via o lado branco e outro o lado vermelho. Em dado momento, um dos amigos pergunto: - “O que este boné branco faz em minha cerca?” Ao que o outro retrucou: - “Branco? Mas, o boné é vermelho!” - Não, não, amigo. O boné é branco, como algodão! - Não, não é mesmo! É vermelho como o sangue! - Não sei como você pode ver vermelho, se é branco, está louco? - Não, o louco é você, que vê branco, se a coisa é vermelha! Bem, daí desencadeou-se a maior discussão, até chegarem à luta corporal. E com as mesmas ferramentas de trabalho, mataram-se. Exu, que de longe assistiu a tudo, esperando o desfecho já imaginado por ele, aproximou-se e assumiu a posse das terras, não sem antes fazer um comentário, bem ao seu estilo: - Mas que gentes confusas, que não consegue solucionar problemas tão simples!

Esse é o tipo de Exu! Não quero passar a impressão de que se trata de uma coisa ruim, má, mas Exu é nosso próprio interior, é a nossa intimidade, o nosso poder de ser bom ou mau, de acordo, com nossa própria vontade. Exu é o ponto mais obscuro do ser humano e é, ao mesmo tempo, aquilo que existe de mais óbvio e claro. Assim é Exu, Senhor dos caminhos, pai da verdade e da mentira. O Deus da contradição, do calor, das estradas, do princípio ativo de vida. O mestre de tudo... e nada!

Dados Dia: Segunda Feira Data: Não existe especificamente, pois todos os dias são de Exu. Metal: Não tem, sua matéria é a terra, pois nasceu da terra em forma de pênis. Cor: Preto e Vermelho Partes do Corpo: Sensações de sede e de fome, cavidade do Ori (cabeça), cavidade do útero, atividade sexual (não da atividade procriadora, da fecundação, pois ele é o resultado, o descendente), placenta fecundada, os pés (bola dos pés), uma parte do fígado (a outra é de Oya).

Comida: Sangue de bode, galos, galinhas, farofa de azeite de dendê, carnes mal passadas, pimenta e bebidas alcoólicas. Arquétipos: magros, altos, sorridentes, extrovertidos demais, alegres, ambiciosos, com fé na vida, esperançosos para melhorar, positivo. Símbolos: Ogo (bastão cheio de tranças de palha numa ponta com cabaças dependuradas, nas quais ele traz suas bebidas. O Ogo é todo enfeitado de búzios). XANGÔ

Talvez estejamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro deus iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras. É, portanto, o principal tronco dos candomblés do Brasil. Xangô é o rei das pedreiras, Senhor dos coriscos e do trovão, Pai de justiça e o Orixá da política. Guerreiro, bravo e conquistador, Xangô também é conhecido como o Orixá mais vaidoso, entre os deuses masculinos africanos. É monarca por natureza e chamado pelo termo Oba, que significa rei. E é o Orixá que reina em Oyó, na Nigéria, antiga capital política

daquele país. No dia a dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos. Encontramos Xangô nas lideranças de sindicatos, associações, movimentos políticos, nos partidos políticos, nas campanhas políticas, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral. Xangô é a ideologia, a decisão, a vontade, a iniciativa. Xangô é a rigidez, a organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso cultural e social, a voz do povo, o levante, a vontade de vencer. Xangô é a capacidade de organizar e pôr em prática os projetos de diferentes áreas, é a reunião de pessoas, para discutirem pontos e estratégias de trabalho. Xangô também é o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Ele está presente nos trabalhos de jornalistas, escritores, advogados, juízes, promotores, delegados, investigadores, deputados, senadores, vereadores, sindicalistas, líderes comunitários, administradores, etc. É o líder, o monarca, o reformador. Xangô também é representado pela pedreira. É a pedra – seja ela qual for – a rocha, o fogo interior da terra. É a lava do vulcão e é o próprio vulcão. Está presente em todos os lugares rochosos e arenosos e também muito ligado ao calor do sol. É o justiceiro da Natureza, aquele que manda castigar e que também castiga.

Xangô está presente em muitos momentos importantes de nossas vidas, como, por exemplo: na assinatura de contratos e distratos, nos telegramas, nas leis e decretos, na confecção de códigos, livros, almanaques, dicionários, nas decisões judiciais, na voz da prisão, na autoridade do professor, do policial, do juiz, do pai ou da mãe, tio, avô, irmão mais velho ou responsável. Xangô é a atitude digna, a fortaleza, a decisão final. Saudamos Xangô no ribombar dos trovões, pois ali está sua voz. Sentimos sua presença nos raios e nos grandes incêndios, situações que, por sinal, são também regidas por Iansã. Xangô rege a bravura, o senso justo e todo elemento rochoso do mundo.

Mitologia Filho de Bayani e marido de Iansã, Obá e Oxum, Xangô nasceu para reinar, para ser monarca e, como Ogum, para conquistar e solidificar, cada vez mais, sua condição de rei. Uma das lendas que mostra bem o senso de justiça de Xangô, é aquela conta a história de uma conquista, feita pelo deus do trovão.Xangô, acompanhado de numeroso exército, viu-se frente à frente com o exército inimigo. Seus opositores tinham ordens de não fazer prisioneiros, destruir o inimigo, desde o mais simples guerreiro até os ministros e o próprio Xangô. E, ao longo da guerra, foi exatamente o que aconteceu. Aqueles que caíam prisioneiros dos exércitos inimigos

de Xangô eram executados sumariamente, sem dó ou piedade, sendo os corpos mutilados devolvidos para que Xangô visse o suposto poder de seu inimigo. Batalhas foram travadas nas matas, nas encostas dos morros, nos descampados. Xangô perdeu muitos homens, sofreu grandes baixas, pois seus inimigos eram impiedosos e bárbaros. Do alto da pedreira, Xangô meditava, elaborava planos para derrotar seu inimigo, quando viu corpos de seus fiéis guerreiros serem jogados ao pé da montanha, mutilados, com os olhos arrancados e alguns com a cabeça decepada. Isto provocou a ira de Xangô que, num movimento rápido e forte chocou seu machado contra pedra, provocando faíscas tão fortes que pareciam coriscos. E quanto mais forte batia mais os coriscos ganhavam força e atingiam seu inimigo. Tantas foram as vezes que Xangô bateu seu machado na rocha, tantos foram os inimigos vencidos. Xangô triunfara, saíra vencedor. A força de seu machado de emudeceu e acovardou inimigo. Com os inimigos aprisionados, os ministros de Xangô clamaram por justiça, pedindo a destruição total dos opositores. Um deles lembrou Xangô: - Vamos liquidá-los a todos. Eles foram impiedosos com nossos guerreiros! - Não! – enfatizou Xangô – meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça! Os guerreiros

cumpriam ordens, foram fiéis aos seus superiores e não merecem ser destruídos. Mas, os líderes sim, estes sofrerão a ira de Xangô. E, levantando seu machado em direção ao céu, Xangô gerou uma seqüência de raios, destruindo os chefes inimigos e liberando os guerreiros, que logo passaram a servi-lo com lealdade e fidelidade. Assim, Xangô mostrou que a justiça está acima de tudo e que, sem ela, nenhuma conquista vale a pena, e o respeito pelo rei é mais importantes que o medo. Esse é Xangô que, apesar de ser grande guerreiro, justo e conquistador, detesta a doença, a morte e aquilo que já morreu. Xangô é avesso a eguns (espíritos desencarnados). Admite-se que ele é numa espécie de ímã de eguns, daí sua aversão a eles. Xangô costuma entregar a cabeça de seus filhos a Obaluaê e Omulu sete meses antes da morte destes, tal grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas. O elemento fundamental de Xangô é o fogo.

Dados Dia: quarta-feira; Data: 29 de junho; Metal: cobre, ouro e chumbo;

Cor: Vermelho e branco ou branco e marrom; Partes do corpo: plexo solar, coração e as coronárias; Comida: amalá (quiabo cortado) com rabada; Arquétipo: sensuais e até agressivos, voluntariosos, qualidade de chefia e ansiosos pela posição de comando. Símbolos: oses (machados), edun ará (pedra de raio), seré. TEMPO

Quatro é o número da Terra; quatro foram os dias que Olorum levou para criar o mundo; a cada dia, Olorum criou quatro Odus – num total de 16; quatro são as estações do ano: verão, inverno, outono e primavera; quatro são os elementais da natureza: fogo, água, terra

e ar. Ligado a este numero quatro, está o Orixá Tempo – de origem Angola e Congo – semelhante ao Iroko, da Nação Ketu e a Loko, de Nação Jeje. Tempo é o senhor das estações do ano; regente das mutações climáticas. Pai da maionga, o banho da Nação Angola. Tempo está sempre em movimento, entre uma e outra extremidade dos pólos. Ora está em Exu – equilíbrio negativo do Universo – oras está em Oxalá – equilíbrio positivo do Universo – ora intermediário entre um e outro pólo. Tempo é equilíbrio e desequilíbrio, ao mesmo tempo. Ele é o segundo, o minuto, a hora. Nas casa de Angola, Tempo é reverenciado com o Pai da Maionga, do banho, que vai purificar o corpo dos seguidores e iniciados no culto, no momento de maior energia, e vibração deste Inkice (Orixá). Momento, também, de maior purificação, feita através do banho com ervas, água do mar, de cachoeira, de rio, de mina e de chuva, etc. Tempo está ligado ao meio ambiente, pois qualquer choque ambiental tem a sua regência. Ligado intimamente aos quatros elementais da Natureza, Tempo viaja por todos eles, num movimento constante, alterando infinitamente o tempo. Sem esse movimento, viveríamos o mesmo segundo sempre, melhor, “sempre” não existiria. Com o tempo parado, não poderia existir vida de nenhuma espécie. A este Orixá, também chamado de Kitêmbo, foi designado e controle do ambiente, a passagem dos segundo, minutos e horas, dando sentindo aos dias, semanas, meses, anos, décadas, séculos e milênios. Ele é o próprio nome:

Tempo. Tempo (Kitêmbo) rege as estações do ano, como já disse. Ele é o responsável pela passagem de um a para outra. Está ligado ao frio, ao calor, à seca, às tempestades, ao ambiente pesado e ao ambiente agradável; Tempo é o outono: período de mudança das plantas, dos ventos fortes, do clima meio nublado, sem beleza, mas de fundamental importância para o surgimento de um novo ciclo de vida. Tempo é inverno: período de frio, chuvas permanentes, ambiente gelado e úmido. Tempo é verão: período de forte calor, de sol escaldante, de seca, de estiagem. Tempo é primavera: período da beleza das plantas, do nascimento e do desabrochar das flores, do clima agradável, do frio gostoso e do sol morno, sadio; período em que a Natureza é mais colorida e talvez mais bela de ser ver. Tempo é o passeio por todas essas estações. Ele se encanta na mudança brusca de clima, do popular: “ sol e chuva, casamento de viúva”. Tempo é a mudança radical e a mudança proporcional do clima. Kitêmbo é a escala do tempo, por isso sua ferramenta é uma escada, em referencia ao crescimento do tempo em nossa volta. É a energia em constante deslocamento nos quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste. Viaja pelos quatro, constantemente, sem

parar. E nem poderia!

Mitologia Os Angolas e os Congos, que cultuam os antepassados, contam uma historia sobre esse Inkice (Orixá). Relatam que ele era um homem muito agitado, que resolvia varias coisas ao mesmo tempo e que realiza varias tarefas de uma só vez. Reclamava, entretanto, que o dia era muito pequeno e que não conseguia realizar tudo aquilo que desejava, nos prazos estabelecidos por ele mesmo. Reclamava demais. Cobrava de Zambi (Oxalá nas nações Angola e Congo) ter nascido lento e incapaz de realizar tudo o que pretendia, mesmo que, na realidade, fosse um homem forte, veloz, astuto e competente. Mesmo assim, não se considerava capacitado para realizar seus objetivos e acusava Zambi de ter feito o dia muito pequeno. Um dia, Zambi lhe disse: - Você e muito afoito. Parece que errei em sua criação, pois você não se conforma com o eu feito. E ele retrucou a Zambi: - Não tenho culpa se o Senhor, Pai, fez o dia tão pequeno. As horas são tão miúdas que não dá tempo para realizar tudo aquilo que planejo! E Zambi, aborrecido, mas admirado pela coragem do

seu filho, determinou então: - Já que você considera que o tempo é pequeno, passará,então,a controlá-lo e administrando o verão, o inverno, o outono e a primavera. Andará, então, pelo fogo, pela água, pela terra e pelo ar. Não terá, mas problemas de tempo. Será, então conhecido com Tempo e regerá os movimentos da Natureza. E, na terra, o povo clama o seu Inkice entoando a cantiga:

“ E Tempo Zará... e Tempo Zará Tempo ô! E Tempo para trabalhar... “ E Tempo Zará... e Tempo Zará Tempo ô! E Tempo para comer... “ E Tempo Zará... e Tempo Zará Tempo ô! E Tempo para beber... “ E Tempo Zará... e Tempo Zará Tempo ô! E Tempo para viver...”

Poderia eu falar mais desta maravilhosa e tão importante força da Natureza mas, no momento, faltame tempo!

OXUM

Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, deusa da candura e da meiguice, dona do ouro. Oxum é a Rainha de Ijexá. Orixá da prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe. Oxum exerce uma ampla influência no comportamento dos seres humanos, regendo principalmente o lado teimoso e manhoso, além daquele espírito maquiavélico que existe em todos nos. Dizem que “ a vingança é um prato que deve ser servido frio” e a articulação da vingança e seus pormenores tem a influência desta força da Natureza. No bom sentido, Oxum é o “veneno” das palavras, é o comportamento piegas das pessoas, é a forma “metida”, esnobe, apresentada, principalmente pelo sexo feminino. Oxum é o cochicho, o segredinho, a fofoca. Geralmente está presente quando um grupo de mulheres se reúne. É o seu habitat, pois está encantada nas conversas, nos risinhos, nos comentários, nas intriguinhas. Oxum rege o charme, o it, a pose. Tudo que está ligado

à sensualidade, à sutileza, ao dengo, tem a regência de Oxum. Esta força é que desenvolve tais sentimentos e comportamentos nos indivíduos, sendo o sexo feminino o mais influenciado. Oxum também é o flerte, o namoro, a paquera, o carinho. É o amor, puro, real, maduro, solidificado, sensível. Oxum não chega a ser a paixão. Esta é Iansã . Oxum é o amor, aquele verdadeiro. Ela propicia e alimenta este sentimento nos homens, fazendo-os ser mais calmos e românticos. Realmente, Oxum é a Deusa do Amor. Sua força está presente no dia-a-dia, pois que não ama de verdade? Embora o mundo de hoje esteja tumultuado demais, ainda existe espaço no coração do homens para o amor. Ele ainda existe, e Oxum é quem gera este sentimentos mágico. Aliais, Oxum está muito intimamente ligada à magia. É sabido pelo povo do candomblé que o filhos de Oxum são muito chegados ao feitiço. E isso tem explicação: Oxum é a divindade africana mais ligada às Yámi Oxorongá, feiticeiras, bruxas. Com elas aprendeu a arte da magia. Por isso, os filhos de Oxum são tão poderosos nesta arte. Mas a magia está presente em quase tudo que fazemos, principalmente no que se refere ao coração, ao sentimento. Oxum é o encanto desses momentos, sua presença se dá nessas horas. Oxum é os sentimentos doces, equilibrados, maduros, sinceros, honestos. É o sentimento definitivo, aquele que dura a toda a vida. Oxum é a paz no coração, é o saber que “amo e sou amado”.

Mas ele se encanta também na manha, no denguinho feminino, na vontade de ter algo, apenas por ter. Ela é o mimo, a menininha mal acostumada. É a sensualidade do “biquinho” feminino, quando quer uma coisa. É o charme! Oxum também é a água doce, o olho d’água, onde encanta seu filho Logun-Éde. É a cachoeira, o rio, que também tem a regência de seu filho. É a queda da água da cascata. Regente do ouro, ela está presente e se encanta em joalherias e outros lugares onde se trabalha com ouro, seu metal predileto e de regência absoluta. É a protetora dos ourives. Oxum é o próprio outro, e está presente em todas as peças e jóias feitas com este metal. Entretanto, a regência mais fascinante de Oxum é a fecundação, melhor, o processo de fecundação. Na multiplicação da célula mater – que vai gerar a criança, a nova vida no ventre – Exu entrega a regência para Oxum, que vai cuidar do embrião, do feto, até o nascimento. É Oxum que vai evitar o aborto, manter a criança viva e sadia na barriga da mãe. É Oxum que vai reger o crescimento desta nova vida que estará, neste período de gestação, numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas. É sem duvida alguma, uma das regências mais fascinantes, pois é o inicio, a formação da vida. E Oxum “tomará conta” até o nascimento, quando, então, entregará para Yiá Ori (Iemanjá), que dará destino àquela criança. Como disse antes, Oxum é uma força da Natureza muito presente em nossas vidas, já que todos nós

fomos gerados no útero materno; todos nós convivemos, ainda na barriga da mãe, com Oxum e, num breve sentimento de carinho e amor, estaremos desenvolvendo esta força dentro de nós. Oxum é o amor e a capacidade de sentir amor. E se amamos algo ou alguém é porque ela está viva dentro de nós.

Mitologia Filha de Oxalá, Oxum sempre foi uma moça muito curiosa, bisbilhoteira, interessada em aprender de tudo. Como sempre fora mimosa e manhosa, além de muito mimada, conseguia tudo do pai, o deus da brancura. Sempre que Oxalá queria saber de algo, consultava Ifá. O Senhor da adivinhação, para que ele visse o destino a ser seguido. Ifá, por sua vez, sempre dizia à Oxalá: - Pergunte a Exu, pois ele tem o poder de ver os búzios! E este acontecimento se repetia a cada vez que Oxalá precisava saber de algo. Isto intrigou Oxum, que pediu ao pai para aprender a ver o destino. E Oxalá disse à filha: - Oxum, tal poder pertence a Ifá, que proporcionou a Exu o conhecimento de ler e interpretar os búzios. Isto não pode lhe dar! Curiosa Oxum procurou, então, uma saída. Sabia que o segredo dos búzios estava com Exu e procurou-o para lhe ensinasse. - Ensina-me, Exu! Eu também quero saber como se vê o

destino. Ao que Exu respondeu: Não, não! O segredo é meu, e me foi dado por Ifá. Isso eu não ensino! Exu estava intransigente. Oxum sabia disso e sabia que não conseguiria não conseguiria nada com ele. Partiu, então, para a floresta, onde viviam as feiticeiras Yámi Oxorongá. Cuidadosa, foi se aproximando pouco a pouco do âmago da floresta. Afinal, sua curiosidade e a decisão de desbancar Exu eram mais fortes que o medo que sentia. Em dado momento deparou-se com as Yámi, empoleiradas nas árvores. Entre risos e gritos alucinantes, perguntaram À jovem Oxum: - O que você quer aqui mocinha? - Gostaria de aprender a magia! Disse Oxum, em tom amedrontado. - E por que quer aprender a magia? - Quero enganar Exu e descobrir o segredo dos búzios! As Yámi, há muito querendo “pegar Exu pelo pé”, resolveram investir na jovem Oxum, ensinando-lhe todo o tipo de magia, mas advertiram que, sempre que Oxum usasse o feitiço, teria que fazer-lhes uma oferenda. Oxum concordou e partiu. Em seu reino, Oxalá já se preocupava com a demora da

filha que, ao chegar, foi diretamente ao encontro de Exu. Ao encontrar-se com este, Oxum insistiu: - Ensina-me a ver os búzios, Exu? - Não e não! Foi sua resposta. Oxum, então, com a mão cheia de um pó brilhante, mandou que Exu olhasse e adivinhasse o que tinha escondido entre os dedos. Exu chegou perto e fixou o olhar. Oxum, num movimento rápido, abriu a mão e soprou o pó no rosto de Exu, deixando-o temporariamente cego. - Ai! Ai! Não enxergo nada, onde estão meus búzios? Gritava Exu. Oxum, fingindo preocupação e interesse em ajudar, perguntou a Exu: - Eu os procuro, quantos búzios, formam o jogo? - Ai! Ai! São 16 búzios. Procure-os para mim, procureos! - Tem certeza de que são 16, Exu? E por que seriam 16? - Ora, ora, porque 16 são os Odus e cada um deles fala 16 vezes, num total de 256. - Ah! Sei. Olha, Exu, achei um, ele é grande! - É Okanran! Ai! Ai! Não enxergo nada! - Olha, achei outro, é menorzinho.

- É Eji-okô, me dê, me dê! - Ih! Exu,. Achei um compridinho! - E Etá-Ogundá, passa para cá.... E assim foi , até chegar ao ultimo Odu, Inteligente, oxum guardou o segredo do jogo e voltou ao seu reino. Atrás de si, deixou Exu com os olhos ardidos e desconfiados de que fora enganado. - Hum! Acho que essa garota me passou para trás! No reino de Oxalá, Oxum disse ao seu pai que procurara as Yámi, que com elas aprendera a arte da magia e que tomara de Exu o segredo do Jogo de Búzios. Ifá, o Senhor da adivinhação, admirado pela coragem e inteligência de Oxum, resolveu dar-lhe, então, o poder do jogo e advertiu que ela iria regê-lo juntamente com Exu. Oxalá quis saber ao certo o porquê de tudo aquilo e pediu explicações à filha. Meiga, Oxum respondeu ao pai: - Fiz tudo isso por amor ao Senhor, meu pai. Apenas por amor! “Ora Yê Yê, amor.... Ora Yê Yê, Oxum...

Dados

Dia: Sábado; Data: 8 de dezembro; Metal: latão e ouro, o bronze e o cobre; Cor: amarelo; Partes do corpo: todo o rosto, o baixo ventre, o baço; às vezes o coração; patrona do ventre; a terceira visão e a circulação sanguínea (os rios); Comida: omoolocum e banana fritas; Arquétipos: calmos, carinhosos, desprendidos, vaidosos, volúveis, altruístas, sonhadores, muito elegantes apaixonados, por jóias, perfumes e vestimentas caras; símbolo do charme e beleza, sensuais, porém reservados, evitam chocar a opinião publicar à qual dão grande importância; sob sua aparência calma e sedutora, escondem uma vontade muito forte, um grande desejo de ascensão social. Símbolo: abebê OXALÁ

Se Exu é o começo de tudo, Oxalá é o fim. Se Exu é o principio da vida, Oxalá é o principio da morte.

Equilíbrio positivo do Universo, é o pai da brancura, da paz, da união, da fraternidade entre os povos da Terra e do Cosmo. Pai dos Orixás, é considerado o fim pacífico de todos os seres. Orixá da ventura, da compreensão, da amizade, do entendimento, do fim da confusão. O branco, nos cultos Afro-Brasileiros, é a cor principal. É, entretanto, o luto, a cor de Oxalá, pois Oxalá é aquele Orixá que vai determinar o fim da vida, o fim da estrada do ser humano. Daí sua cor ser considerada a cor do luto, nos Cultos. Oxalá é ofim da vida, é o momento de partir em paz, com a certeza do dever cumprido. Embora não gostemos dela, nem que a queiramos com certeza, a morte é uma conseqüência da própria vida. Exu inicia, Oxalá termina. É assim nas rodas de Candomblé, no xirês, quando louvamos todos Orixás. Começamos por Exu, terminamos com Oxalá. A religião, então, encara o fator morte com a mesma naturalidade com que encara os demais assuntos, pois ele faz parte da Natureza e sabemos que tudo tem um inicio, um meio e um fim. Também o Culto vai encarar esta evidência com lógica e vai determinar uma regência, ou melhor, inúmeras regências, para essa força chamada Oxalá. A morte é descanso final, e se é o descanso final é a paz. Oxalá é o Orixá da paz. Ele é o pai da brancura, cor do luto no Candomblé. Portanto ele é o pai a morte, ou melhor dizendo, é o principio do fim da vida. Mas Oxalá também tem outras atribuições na Natureza. É ele que vai proporcionar a paz entre os homens; é ele que vai trazer o entendimento, a compreensão, o

sossego, a fraternidade, não somente entre os homens, mas também em sua relação com outras forças da natureza, pois é comum nas Casas de Santo oferecemos comidas e flores, para que Oxalá venha apaziguar uma situação de conflito, uma determinada cabeça. É ele que servirá de mediador para que haja uma solução, uma definição. Oxalá, portanto, está presente nos momentos em que a calma é estabelecida. Rege a tranqüilidade, o silêncio, a paz do ambiente. Oxalá é o equilíbrio das coisas, mantendo-as suavemente estabilizado e em posição de espera ou definição, de acordo com o caso, de acordo com a situação. É, portanto, a organização final, da maneira mais pacífica possível.

Mitologia Oxalá era marido de Nanã, Senhora do Portal da vida e da morte. Senhora da fronteira de uma dimensão (a nossa) para outras. Por determinação da própria Nanã, somente os seres femininos tinham o acesso ao Portal, não permitindo a aproximação dela de seres do sexo masculino, sob hipótese alguma. Esta determinação servia para todos, inclusive para o próprio Oxalá. E assim foi, durante muito tempo. Porém, Oxalá não se

conformava em não poder conhecer o Portal, não só por ser marido de Nanã, como por sua própria importância no panteão dos Orixás. Assim, pensou, até que encontrou a melhor forma de burlar as determinações de sua esposa. Não fugindo de sua cor branca, vestiu-se de mulher, colocou o Adê (coroa) com os “chorões”, no rosto, próprio das Iabás (mulheres) e aproximou-se do Portal, satisfazendo, enfim, sua curiosidade. Foi pego, porém, por Nanã, exatamente no momento em que via o outro lado da dimensão. Nanã aproximouse e determinou: -Já que tu, meu marido, vestiste-te de mulher para desvendar um segredo importante, vou compartilhá-lo contigo. Terás, então, a incumbência de ser o principio do fim, aquele que tocará o cajado três vezes ao solo para determinar o fim de um ser. Porém, jamais conseguiras te desfazer das vestes femininas e, daqui para frente, terá todas as oferendas fêmeas! E Oxalá, conhecido por Olufan, passou a comer não mais como demais santos Aborós (homens), mas sim cabras e galinhas como as Iabás. E jamais se defez das vestes de mulher. Em compensação, transformou-se no Senhor do principio da morte e conheceu todo o seu segredo. Oxalá, portanto, é o fim. Não o fim trágico, mas pacífico, de tudo que existe no mundo. E por isso merece todo o carinho que lhe damos. Por isso, é o nosso salvador, nosso conselheiro, aquele que vem nos momentos de angustia para trazer algo que esse

mundo precisa demasiadamente: Paz.

Mitologia de Oxaguian Oxalá, rei de Ejigbô, vivia em guerra. Ele tinha muitos nomes, uns o chamavam de Elemoxó, outros de Ajagunã, ou ainda Aquinjolê, filho de Oguiriniã. Gostava de guerrear e comer. Gostava muito de uma mesa farta. Comia caracóis, canjica, pombos brancos, mas gostava mais de inhame amassado. Jamais se sentava estavam sempre atrasados, pois eram muito demorado preparar o inhame. Elejigbô, o rei do Ejigbô, estava assim sempre faminto, sempre castigando as cozinheiras, sempre chegando tarde para fazer a guerra. Oxalá então consultou os babalaôs, fez suas oferendas a Exu e trouxe para a humanidade uma nova invenção. O rei de Ejigbô inventou o pilão e com o pilão ficou mais fácil preparar o inhame e Elejigbô pode ser fartar e fazer todas as suas guerras. Tão famoso ficou o rei por seu apetite pelo inhame que todos agora o chamam de “Orixá Comedor de Inhame

Pilado”, o mesmo que Oxaguian na língua do lugar.

Dados Oxalufan Dia: sexta feira Data: 15 de janeiro; Metal: prata, ouro branco, chumbo e níquel; Cor: branco leitoso; Partes do corpo: parte genital masculina, rins, sêmen, os 16 dentes do maxilar inferior (cauris) que pertencem a Oxalá. Comida: ebô, acaçá, o ibi (caracol) e o inhame. Arquétipo: calmos, mas capazes de liderar, bondosos e tolerantes; Símbolos: apaasoró (cajado)

Oxaguian Dia: sexta feira;

Data: 15 de janeiro; Metal: todos os metais brancos; Cor: branco e leitoso; Comida: inhame pilado; Arquétipo: altos e robustos, porte majestoso, olhar ao mesmo tempo altivo e travesso, elegante e amigo das mulheres, alegre, gosta profundamente da vida, revelase muitas vezes irônicos, malicioso, prolixo, brincalhão, idealista e defensor dos injustiçados, intuitivo quanto ao futuro. Seu pensamento original antecipa o de sua época, espírito brilhante, facilidade de argumentação. Se rico é generoso e até pródigo. Embora guerreiro não é agressivo, nem brutal. OGUN

OGUM

É o Orixá Senhor das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o português, significa luta, briga, batalha. É a divindade da metalurgia, do ferro, aço e outros metais fortes. Ogun é a força incontrolável e dominadora, do movimento, do choque. Patriarca dos

exércitos, dono das armas. Ogum é o poder do sangue que corre nas veias. Orixá da manutenção da vida. Como Exu, Ogum está presente no calor, na ira, no ódio, na cólera. Está presente nas batalhas, brigas, empurrões, na vontade de exterminar. É um Orixá, uma força da Natureza que se faz presente nos momentos de impacto e nos momentos fortes. O encantamento de Ogun, aquilo que gera sua presença, se faz, como disse antes, nos momentos de impacto, tais como o choque entre dois objetos de metal; uma colisão no ar, no mar e na terra; no estrondo de algo pesado caindo ao chão. Seu encanto está na explosão, no derramamento do ferro fundido. No dia a dia vamos encontrar esta força denominada Ogun nos estaleiros, nas oficinas de lanternagem, nos ferreiros, nos quartéis, no disparo de uma arma, no ato de se afiar uma lâmina, no trabalho com um serrote, no choque do martelo fincando um prego na parede, no despertar de um relógio, num grito de raiva na dor aguda. A faca que penetra na carne, a bala que fura a carne, faz o encantamento da força da Natureza, Ogun. É o orixá do impacto, da detonação. O sangue que corre em nosso corpo é um fenômeno regido por Ogun. A vida mantida acesa num ser, é regida por Ogun, Orixá da defesa e da guerra, ele pode até evitar uma briga, mas gosta de lutar e é imbatível. Ogun também é a viagem, a estada longe, os veículos. Ogun é a jornada, a empreitada, a luta do dia a dia.. É a estrada de ferro, o impacto do trem nos trilhos. Ele é o

próprio trem... ele é o próprio trilho. Considerando como um Orixá impiedoso e cruel, ele pode até passar essa imagem, mas sabe ser dócil e amável. No candomblé é o grande general, marechal e todas as lutas, o grande guardião, pai rígido e severo, mas apaixonado e compreensível. Ogun é franqueza, a decisão, a convicção, a certeza, o fato consumado, as vias de fato. Ogun é o empilhamento de metais, a bateria que gera a energia, a pilha; é a própria energia, vibrante, incontrolável, devastador, Ogun é a vida em sua plenitude. Ogun também está presente nas construções, nas edificações, no cimento que vai unir tijolos e construir casas. Ogun é a muralha, o obstáculo difícil de ser vencido. É o amianto, o aço, o ferro, a bauxita, o manganês, o carvão mineral, a prata, o ouro maciço, o diamante em estado bruto.Ele é também a lapidação, o aparelho cirúrgico, o aparelho dentário, o próprio dente. É o ato de cortar, morder, devorar, sem piedade e com a negritude da fome. Ogun também é o zinco, o cobre, o alumínio, o parafuso, o prego, a mola, a viga, a estrutura, o concreto, a dureza, a firmeza.

Mitologia Ogun é filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e Oxossi. Por este ultimo nutre um enorme sentimento, um amor de irmão verdadeiro e poderoso, capaz de matar e aniquilar quem puser em risco a tranqüilidade de seu mano Oxossi. Há quem diga, até, que Ogun zela

mais pelos filhos de Oxossi que pelos seus próprios, tal é o sentimento que ele tem pelo irmão. Ogum era um caçador, tranqüilo, calmo, pacato. Bom filho, bom irmão, atencioso e trabalhador. Era ele quem provia sua casa e família, pois Exu gostava de viajar pelo mundo. Oxossi, ao contrario, era mais descansado e contemplativo. Como irmão mais velho, então Ogun cuidava da caça, dos concertos, etc. Mas, dentro de seu coração, existia um enorme desejo em “ganha o mundo”, como seu irmão Exu. Num belo dia, ao voltar de uma exaustiva caçada, Ogun viu sua casa e família ameaçada por guerreiros de terras distantes. Ao ver a casa em chamas e seus entes queridos clamando por socorro, Ogun tomou-se de ira e, sozinho, cheio de ódio, arrasou com os agressores, não deixando um só de pé. Daí por diante Ogun iniciou Oxossi na arte das caça; mostrou-lhe os caminhos e trilhas da floresta e lhe disse: - Sempre que estiveres em perigo pense no seu irmão. Onde eu estiver voltarei para defendê-lo. Aproximou-se de Iemanjá e se despediu: - Mãe, preciso ir. Preciso vencer e conquistar. Está no meu sangue, essa é a minha vontade. Desta forma, Ogun partiu e tornou-se o maior guerreiro do mundo. Mesmo sem exercito, vencia todos os exércitos, conquistando tudo aquilo que queria. Ogun se tornou a vitória, a força da conquista.

Esse Orixá, de temperamento explosivo e coração quente, é a força da Natureza talvez mas temida e respeita. Ogun é o gás, a explosão, a guerra, o choque de dois carros, o ferro retorcido, a luta entre os homens e os animais. Ogun é a valentia, a bravura, a coragem, a estocada, a largada, a chegada vitoriosa. Ogun também é o ciúme, o desabafo, a disputa. Senhor dos metais e incapaz de ser derrotado. O elemento de Ogun é a terra, e dependendo das qualidades , ou sejam sua fundamentação, carrega também os elementos água e ar. Quando você sentir seu pulso, seu coração batendo, tenha certeza, Ogun está presente. Quando sentir que seu sangue corre nas veias, pense com convicção. Ogun está presente. Enquanto sentir que existe vida dentro de si, saiba, Ogun a está mantendo e abençoado.

Dados Dia: terça feira. Data: 13 de junho Metal: ferro Cor: Azul Marinho e Verde Parte dos corpo: mãos, sangue

Comida: feijoada e inhame Arquétipos: impetuosos, autoritários, cautelosos, trabalhadores, desconfiado e um pouco egoísta Símbolos: espada, faca e facão fotos a seguir também podem excluídos do Blogger. Isso fará com que esses itens sejam removidos de todas as postagens em que aparecem. Marque os itens a serem excluídos. (A remoção pode levar 24 horas.) OBÁ

Orixá guerreira, considerada até como uma Iansã velha. Senhora do rio Obá, na Nigéria, patrocinadora de conflitos, energia que se desenvolve nos coriscos. Mulher de Xangô. Na natureza, Obá está ligada às enchentes, às cheias dos rios, às inundações. É ela quem vai reger todos esses fenômenos, sejam naturais ou provocados por erros humanos. Seu encantamento é feito desta forma, quando um rio transborda, inundando tudo.

Obá está presente também nos coriscos, poder que lhe foi dado pelo marido Xangô, pois ela também tem ligação com a energia elétrica, a eletricidade. É poderosa, sábia, madura e realista. Na vida dos seres humanos, Obá rege a desilusão amorosa, a tristeza, o sentimento de perda, o ciúme, a incapacidade do homem de ter aquilo que ama e deseja. Obá é a raiva, a solidão, a depressão, o sentimento de abandono. Obá é também a frustração do homem e da mulher. Embora a lenda diga ser Obá uma guerreira, vencedora, ela consegue seu encantamento nas desilusões e frustrações, na derrota. Pela lenda, Obá foi enganada por Oxum, que a levou a corta sua própria orelha para oferecer a Xangô, Ele, num gesto de repugnância, expulsou-a de seu reino. E toda essa dor, essa desesperança, esse abandono, ficou com marca registrada de Obá, e tais sentimentos tem a sua regência. Quando nos sentimos traídos, abandonados, sem esperança, com raiva, frustrados em nossos objetivos, desencadeamos essa força da natureza chamada Obá, que mexe no nosso interior. E a lógica diz que Obá é a “ultima gota”, que faz transbordar nossos sentimentos. Daí sua regência também nas enchentes e inundações. É um ato de excesso, de excesso, de explosão, de revolta, desencadeado por esta força cósmica. Se um rio enche e transborda, é porque não suporta mais o volume de água, deixando escapar “aquilo que já não cabe mais”. Isso é Obá, essa é a sua regência, seus encantamento, sua influência.

Obá é o desabafo: “ já não suporto mais...” , é a agitação do sentimento indevidamente mexido, afetado por algo ruim.

Mitologia Uma vez banida do reino de Xangô, Obá se transformou numa guerreira poderosa e perigosa. Costumava vencer todos os seus opositores com relativa facilidade. Obá também possui grande beleza física, que, aliada à sua determinação, coragem e equilíbrio, fazia dela uma pessoa especial. E o desejo de possuir tão bela e corajosa guerreira, levava muito a se confrontar com ela, mas saíam sempre derrotados. E a noticia chegou ate Ogum, rei de Ire e, guerreiro invencível. O mensageiro trouxe a noticia: - Meu senhor, ela é invencível! - Eu sou invencível!, Rebateu Ogum, ao mensageiro. - Mas ela é poderosa. Ainda não foi derrotada, Senhor! - É porque ela não enfrentou Ogum! Disse o próprio. E Ogum mandou que seu mensageiro fosse avisar a Obá que ele,Ogum, iria enfrentá-la, derrotá-la e possuíla.

Obá recebeu a mensagem e retrucou: - Que assim seja... Ogum partiu de Ire, em busca de sua poderosa adversária e tinha em mente tomá-la para si. No campo, onde a luta seria travada, Ogum chegou primeiro e, como bom caçador, montou a armadilha para derrotar Obá. Mandou que seus homens triturassem uma grande quantidade de quiabo e passassem pelo chão. Assim, Obá não conseguiria ficar de pé e seria facilmente vencida. A hora chegou. Ambos estavam presentes ao campo de batalha. De um lado Ogum, o guerreiro violento e imbatível. Do outro, Obá, a guerreira bela e invencível. No meio, entre um e outro, a armadilha preparada por Ogum. Olharam-se, estudaram-se e Obá tomou a iniciativa. Partiu para cima do adversário, sem perceber o quiabo espalhado pelo chão. O tombo foi imediato. Obá não conseguia firmar-se de pé. Ogum, que a tudo observava, lentamente dirigiu-se à sua adversária, empunhando a espada. Obá, sentindo que seria vencida, num rápido movimento, puxou Ogum para si, fazendo com que o guerreiro também escorregasse e caísse em sua própria armadilha. Foi uma grande luta! Não de cruzamento de espadas, mas para ficar de pé. Durante horas e horas tentaram os dois, em vão erguerse e derrotar o oponente, mas não conseguiram ao menos colocar os dois pés no chão, sem escorregarem em seguida. Lutaram até a fadiga total e declararam um empate. Não havia vencedor nem perdedor. Ogum, o invencível, não conseguiu vencer Obá, Por sua vez,

Obá não conseguiu derrotar o poderoso Ogum. Ali mesmo amaram-se, em respeito à força e ao encanto do outro. Afinal, são dois verdadeiros guerreiros. Ogum ainda tentou levá-la para si, mas o coração de Obá pertencia, pela eternidade, a Xangô. E ela partiu para encontrar seu próprio destino, mesmo com dor no coração.

Dados Dia: quarta-feira; Data: 30 e 31 de maio; Metal: Cobre; Cor: marrom-rajado; Partes do corpo: audição, orelha e junto com Ewá, protege o consciente; Comida: Abará (massa de feijão fradinho cozido enrolado em folhas de bananeira), acarajé e amalá (quiabo picado); Arquétipos: são pessoas valorosas; incompreendidas; suas tendências, um pouco viris, fazem-na freqüentemente voltarem-se para o feminismo ativo; as suas atividades militantes e agressivas são conseqüências infelizes ou amargas por elas vividas. Os seu insucessos devem-se a um ciúme um tanto mórbido, entretanto, encontra compensações para as

frustrações e sofrimentos em sucessos materiais. Símbolos: ofangi (espada) e um escudo de cobre. LOGUN-EDÉ

É o resultado do encanto, ou do encantamento, de Oxossi Ibualama e Oxum Ieopondá. Divindade dos rios, Senhor da Pesca, que vive seis meses com o pai, Oxossi, na caça e seis meses, com a mãe Oxum, na água doce.Erradamente considerado como um Orixá “meta-meta”, ou seja, de dois sexos, Logun-Edé é um Orixá masculino, embora divida o tempo com os pais. Logun-Edé é a beleza em pessoa. O encanto dos jovens, o namorado, o flerte. Logun rege a ingenuidade do jovem, a adolescência, a beleza adolescente. Seu encanto está no primeiro beijo, no primeiro abraço, na

primeira oportunidade das “mãos-dadas”, no primeiro carinho. Está presente no brilho do olhar, no perfume das flores, numa paisagem singela. É também o deus da arte, o principio daquilo que é belo e terno. É o príncipe das águas doces, da caça, da alegria e do jovialidade. Encontramos Logun-Edé num grupo de jovens, na musica que os aproxima, no conhecimento e no encontro, na alegria de viver livremente. Porém, encontramos Logun-Edé também nas intrigas, nos segredos maldosos, pois ele é capcioso, matreiro, inventivo, meio moleque. Mas, Logun-Edé rege fundamentalmente o carinho, o gesto meigo, o afago, pois trata-se de um Orixá extremamente dengoso, dependente, ciumento, singelo e manhoso. É o deus da juventude, dos estudos. Sua presença é marcante nos colégios, escolas, faculdades, enfim, em todas as instituições de ensino, onde se concentram os jovens. Logun-Edé é o encanto, o sorriso, o piscar de olhos, a vida jovem e ativa. Também está encantado no mato baixo, nas matas pouco densas e, principalmente, nos rios, sua morada predileta. Está ligado – como o pai, Oxossi – às artes de pintar, esculpir, escrever, dançar, cantar e a todas as atividades. Está ligado ao banho, pois também é filho

de Oxum, deusa das águas doces. Resumindo, Logun-Edé rege o romance, o namoro, as amizades, sendo ele o responsável pelos gestos amigos e sinceros entre as pessoas. Está encantado, também, nos pequenos animais, como o coelho, o porquinho da índia e os pequeninos pássaros.

Mitologia Como já disse, Logun-Edé é o filho de Ibualama e Ieponda. Tem ele três irmãos: Ode Ifá, ligado ao ar, afilhado de Oxalá; Ode Issambô, ligado às plantas, afiilhado de Ossãe; e Ode Ilê, afilhado de Exu. Logun-Edé sempre foi considerado como príncipe, filho de reis. Menino arisco, teimoso, levado, brincava sempre além dos limites da regência de sua mãe Oxum, que era a cachoeira. Porém, era admirado por todos, e muito querido também. Certo dia, o príncipe Logun-Edé, contrariando as ordens do pai e da mãe para que não brincasse perto do rio por ser perigoso, resolveu arriscar, atravessando de uma margem à outra, montando num tronco de árvore. Subitamente, o tronco virou e Logun-Edé foi para no fundo do rio. Mesmo sendo bom nadador, Logun não conseguia chegar à tona. Aflitos, e pressentindo algo de errado, Oxossi e Oxum, seus pais, resolveram ir atrás dele e chegaram até o rio.

O coração de mãe não se enganou. Oxum sabia que filho estava no fundo do rio e apelou para a força de Olorun, a fim de recuperar seu primogênito. - Pai,- disse ela – não deixe que meu filho se afogue. Eu sou a Rainha das águas doces, e não poderia perder meu filho justamente no fundo de um rio. Salve-o Pai, salve-o! E Oxossi também apelou ao pai Olorun: - Não deixe que meu filho morra, Olorun, não permita! E Olorun, atendendo aos pedidos do deus da caça e da deusa das cachoeiras, ergueu Logun-Edé do fundo do rio e advertiu: -Ai está seu filho que, por sua teimosia, quase perde a vida. De agora em diante fica Logun-Edé, filho de Ibualama e filho de Ieponda, com a obrigação de zelar pelos rios e prover a pesca. E, assim, Logun-Edé passou a reinar nos rios, a cuidar deles e ajudar aos pescadores. O elemento de Logun-Edé está ligado aos pais: terra e água, dando a ele os poderes do pai e os da mãe.

Dados Dia: quinta feira; Data: 19 de abril;

Metal: Ouro; Cor: azul celeste e amarelo; Partes do corpo: as mesmas correspondentes a Oxossi e Oxum; Comida: axoxo (feita com milho amarelo e coco) e omoolucun (feita com feijão fradinho e ovos); Arquétipo: altruístas, abnegado, sinceros, simpáticos, tensos, austeros, possuem senso de coletividade, calmos, desprendidos, inconstantes, vaidoso e sonhadores. Símbolos: abebê e ofá IANSÃ logun-edé a pescar; com Exu aprendi os mistérios do fogo. Falta-me apenas aprender algo contigo. - Você quer aprender mesmo, Oyá? Então, ensinar-lhe como tratar dos mortos! De inicio Iansã relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e, com Obaluaê, aprendeu a conviver com os eguns e controlá-los. Partiu, então Oyá, para o reino de Xangô. Lá, acreditava, teria o mais vaidoso dos reis e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão, Iansã aprendeu muito mais que isso... aprendeu a amar verdadeiramente e com um paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o

seu coração.

O fogo é o elemento básico de Iansã. O fogo das paixões, o fogo a alegria, o fogo que queima. Iansã é o Orixá do fogo... E aquele que dão uma conotação de vulgaridade a essa belíssima e importantíssima divindade africana, é digna de pena e mais digna, ainda, do perdão de Iansã.

Dados Dia: quarta feira Data: 4 de Dezembro Metal: Cobre Cor: Marrom Partes do corpo: fígado e o sangue. Comida: acarajé, abará. Arquétipo: É de pessoas audaciosas, poderosas e autoritárias, pessoas que podem ser fieis, de uma lealdade absoluta em certas circunstancias, mas que em moutros momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar pelas manifestações da mais extrema cólera. Pessoas, enfim, cujos temperamentos sensual e voluptuosos podem

levá-las a aventuras amorosas extra conjugais, múltiplas e freqüente, sem reservas de decência, mas que não as impedem de continuarem muito ciumentas com seus parceiros por elas mesma enganados. Símbolos: espada de cobre e o eru (rabo de boi ou de búfalo) EWÁ

Ewá é a divindade do canto, das coisas alegres e vivas. Dona de raro encanto e beleza, é considerada como a Rainha das mutações, das transformações orgânicas e inorgânicas. É o Orixá que transforma a água de seu estado liquido para o gasoso, gerando nuvens e chuvas.

Quando olhamos para o céu e vemos as nuvens formando, às vezes, figuras de animais, de pessoas ou objetos, não nos importamos muito. Porém, ali está Ewá, Rainha da beleza, evoluindo solta pelos céus, encantando e desenhando por cima do azul celeste da atmosfera da Terá. Ewá é também o inicio da chuva, regida por sua mãe Nanã. Este seu principal encantamento: o ciclo interminável de transformação da água em seus diversos estado, incluindo o sólido. Ela, como todos os outros, está entre nos no cotidiano, convivendo e influenciando nosso comportamento, mexendo com nosso destino, gerando situações que vamos viver diariamente. Ewá também esta ligada às transformações orgânicas e inorgânicas, que se sucedem no Planeta. É a mágica da transformação. Está ligada à mutação dos animais e vegetais. Ela é o desabrochar de um botão de rosa; é a lagarta que se transforma em borboleta; é a água que vira gelo e o gelo que vira água; faz e desfaz, num verdadeiro balé da Natureza. Senhora do belo, Ewá é aquela que vai dar cor ao seres; torná-los bonitos, vivos, estimulando a sensibilidade; a fragilidade das coisas; a transformação das células, gerando o que há de mais lindo no mundo. É a deusa da beleza; é o sentimento de prazer pelo que é belo,; é o respeito pela maravilha que o mundo apresenta. A força natural Ewá é ligada também à alegria, dividindo com Vungi (Ibeji) a regência daquilo que se chama ou se tem como feliz. Está presente nas coisas e nos momentos alegres, que têm vida.

É também a divindade do canto; da música; dos sons da natureza, que enchem nossos ouvidos de alegria e contentamento. Está presente no canto dos pássaros; no correr dos rios; no barulho das folhas, sopradas ao vento; na queda da chuva; no assovio dos ventos; na música interpretada por uma criança, no choro do bebê, no canto mais que sagrado da mãe Natureza. Ewá é a própria beleza. É o som que encanta. É o canto da alegria. É a transformação do mal para o bom. É a vida...

Mitologia Ewá é filha de Nanã, irmã de Obaluaê, Ossãe e gêmea de Oxumarê. Apesar de gêmea, foi a segunda a nascer sendo, assim a caçula dos filhos de Nanã. Cada um dos filhos regia algo: Obaluaê, as pestes e moléstia contagiosas; Ossãe, as ervas, as plantas e seus segredos e mistérios; Oxumarê, o arco íris, a riqueza. Ewá nada regia. Era apenas uma menininha bonita, formosa, cheia de encantos. E assim cresceu, bela e de brilho intenso. Pouco a pouco, os homens foram se interessando por ela, tal era a sua beleza. Muitos pretendente chegavam, de todas as partes, com a intenção de desposar Ewá, pois usa beleza era tão grande que sua fama chegou a todos os reinos. Em pouco tempo o reino de Nanã estava cheio de supostos noivos, que lutavam entre si para conquistar

o coração da jovem Ewá. As lutas foram crescendo e tomando proporções, a ponto de, em cada canto do reino, haver um grupo em luta, com um só objetivo: desposar Ewá, Isso tudo fugiu ao controle de todos, pois o encanto do jovem parecia enfeitiçar os homens, a ponto de matarem-se uns aos outros. A situação já passara dos limites e os pretendentes, que não paravam de chegar, foram até a própria Ewá, obrigando-a a escolher um deles. Isto acontecia aos gritos, empurrões, exibições de força e poder, cobranças violentas, barulho, levando a jovem a um desespero que jamais sentira. A pressão foi tão grande, mas tão grande que, de repente, ouviu-se um grande estrondo. Todos se calaram, voltaram-se para Ewá e ficaram imóveis, estáticos, e de olhos arregalados com o que estavam vendo. Ewá, impossibilitada de escolher um noivo, e atormentada por ver tanta morte e confusão por sua causa, começou a se transformar. Como um reflexo do sol, sua silhueta começou a perder a forma, até que restou apenas um poça d’água no chão. Aos poucos, aquela poça foi evaporando e subindo em direção ao céu. Os homens, pretendentes, não se moviam, só acompanhavam a evaporação, bem visível e o vapor subindo. Em pouco tempo uma enorme nuvem branca, contrastando com o azul-claro do céu, foi desenhando um coração, numa visão de raríssima beleza. Ewá não se casou com ninguém, mas colocou na mente dos homens que o amor nasce naturalmente, não com

disputas e guerras. Assim, Ewá transformou-se e recebeu o poder de ir ao céu , como nuvem e voltar à terra, como água, permanecendo como o símbolo da beleza, do canto e da alegria.

Dados Dia: sábado Data: 13 de dezembro; Metal: ouro, prata e cobre; Cor: vermelho maravilha; Partes do corpo: olhos; Comida: banana inteira da terra feita em azeite de dendê com farofa do mesmo azeite. Arquétipo: tendência a duplicidade devido a natureza andrógena da deusa, tendência a riqueza, magnetismo, gosta de jogar, bonitos, gostam de elogios, imediatistas, necessitam de outros odus para que ajudam com seu brilho nos processos difíceis. Símbolo: ejô (cobra) e espada. LENDAS DOS ORIXÁS O QUE SÃO ORIXÁS? Muita gente acredita que os orixás são seres inferiores,

perversos e de pouca luz. Ou, então, chegam a definilos como criaturas demoníacas, com grande poder de destruição, usados somente para o mal. Mas, então, o que realmente são os orixás? Para nós, os orixás são seres divinos criados por Olorun, nosso Deus único, que o auxiliaram na criação do universo e de todos os seus componentes. A partir daí, eles ganharam a função de intermediários entre o criador e a criatura. É através deles que podemos tentar chegar um pouco mais perto de Deus, se isso não for muita pretensão para nós, meros mortais. Segundo os yorubás, os orixás são os donos da nossa cabeça, ou "ori", e nossos protetores individuais. Eles estão sempre tentando nos transmitir seus conhecimentos, que, muitas vezes, passam despercebidos pela nossa razão, mas não pelos nossos sentidos. Infelizmente, não damos a devida importância a esse fato, achando que são "coisas da nossa imaginação". Segundo acreditamos, houve uma grande ruptura entre os seres humanos e os orixás, que antes viviam lado a lado, cada um podendo visitar o mundo um do outro; ou seja, a Terra (aiye) e o céu (orun), estavam ligados entre si, não existindo barreiras. Algumas lendas do Candomblé contam que tudo corria muito bem, até um ser humano desrespeitar a ordem estabelecida por Olorun. Seu erro foi adentrar em um local proibido, maculando-o com a sujeira da Terra. Isso não foi perdoado, e a separação tornou-se inevitável. Assim, Oxalá soprou o seu hálito divino sobre a Terra, criando o ar atmosférico, que seria daí em diante, a barreira entre esses dois mundos. Desde então, os seres humanos vivem tentando alcançar o céu e seus seres encantados, sem obter resultado. Nós, através do Candomblé, conseguimos restabelecer essa ligação com o orun, e temos o poder de

presenciar claramente a manifestação da centelha divina em nosso interior, que é a experiência mais maravilhosa que alguém pode experimentar. A esse conjunto de mecanismos criados pelos seres humanos para tentar chegar mais perto do criador e reatar, assim, a comunicação interrompida no passado, é a melhor definição para a palavra religião. Há varias formas de um mesmo orixá, isto é, existem vários tipos diferentes provenientes de uma mesma origem divina. A esse fenômeno damos o nome de qualidades. Tomemos o exemplo do orixá Oxun, que reina nas águas doces. Ele irá subdividir-se em várias formas ou qualidades, como: Pondá, Opará, Kare, Topé, etc. Todas essas qualidades têm a mesma essência, mas diferem entre si em muitas coisas, inclusive no que diz respeito a seus fundamentos e rituais. Esse tema é muito complexo, gerando dúvidas até mesmo entre os babalorixás. Por isso, para podermos detectar o orixá de uma pessoa, assim como sua forma ou qualidade, é preciso consultar o oráculo de Ifá, ou jogo de búzios. Não existe outro meio mais seguro e eficaz. Através dos búzios, um bom sacerdote será capaz de identificar, o orixá ao qual a pessoa pertence, e também verificar se há, realmente, a necessidade de se fazer a iniciação. Caso isso seja inevitável, a pessoa em questão deverá passar por vários preceitos de confirmação até o dia da feitura. É fundamental que não haja erros de espécie alguma, pois é com a vida de um ser humano que estamos lidando. Quando o babalorixá identifica o orixá de alguém, terá, necessariamente de levantar todos os detalhes que estão ligados a ele, como a família ao qual pertence, as oferendas de que gosta o tipo de comida que mais lhe agrada, seus lugares de ebós, rezas, cantigas, etc. É,

também, muito importante saber sobre o elemento da natureza que ele habita e domina, bem como a função que desempenha dentro do universo. Os orixás podem ser evocados através de rezas (aduras), cantigas especiais (orikis), ou pelo seu nome dentro do plantel dos orixás (morunko). Cada um deles tem suas cores predominantes, que derivam das três cores básicas do universo, que, segundo os yorubas, são o vermelho, o preto e o branco. As roupas rituais de cada orixá, além de todos os adereços e ferramentas que lhe são peculiares, também exibirão essas cores. As comidas também são indispensáveis nas oferendas, variando muito de orixá para orixá. Existem infinitas lendas a respeito dos orixás, que foram transmitidas de geração em geração, seguindo a tradição oral. Nelas encontramos casos de casamentos entre orixás como, por exemplo, o de Xangô com Iansã. Na realidade, o que essas lendas querem mostrar, através de uma linguagem simples e inteligível, é que esses casamentos representam uniões entre dois ou mais elementos da natureza. Não podemos atribuir aos orixás características e sentimentos humanos. LENDA DE EXÚ Exu sempre foi o mais alegre e comunicativo de todos os orixás. Olorun, quando o criou, deu-lhe, entre outras funções, a de comunicador e elemento de ligação entre tudo o que existe. Por isso, nas festas que se realizavam no orun (céu), ele tocava tambores e cantava, para trazer alegria e animação a todos. Sempre foi assim, até que um dia os orixás acharam que os sons dos tambores e dos cânticos estavam muito altos, e que não ficava bem tanta agitação. Então, eles pediram a Exu, que parasse com aquela atividade barulhenta, para que a paz voltasse a reinar.

Assim foi feito, e Exu nunca mais tocou seus tambores, respeitando a vontade de todos. Um belo dia, numa dessas festas, os orixás começaram a sentir falta da alegria que a música trazia. As cerimônias ficavam muito mais bonitas ao som dos tambores. Novamente, eles se reuniram e resolveram pedir a Exu que voltasse a animar as festas, pois elas estavam muito sem vida. Exu negou-se a fazê-lo, pois havia ficado muito ofendido quando sua animação fora censurada, mas prometeu que daria essa função para a primeira pessoa que encontrasse. Logo apareceu um homem, de nome Ogan. Exu confiou-lhe a missão de tocar tambores e entoar cânticos para animar todas as festividades dos orixás. E, daquele dia em diante, os homens que exercessem esse cargo seriam respeitados como verdadeiros pais e denominados Ogans. LENDA DE OGUN Ogum vivia em sua aldeia, quando foi requisitado para uma guerra, que não tinha data para acabar. Antes de partir, ele exigiu que seus habitantes dedicassem um dia em sua homenagem, fazendo o sacrifício de jejuar e fazer silêncio absoluto, além de outras oferendas. Partiu, em sua longa jornada, para os campos de batalha, onde permaneceu sete anos. No regresso à sua aldeia, caminhou durante muitos dias, sentindo muito cansaço. A fome e a sede também o atormentavam. Na primeira casa que encontrou pediu água e comida, mas ninguém o atendeu, permanecendo calados e de olhos fixos no chão. Resolveu, então, fazer outra tentativa na próxima casa,

mas a cena foi à mesma, o que despertou sua ira. Ele esbravejou com os moradores, exigindo que falassem com ele, mas ninguém o fez. Não se conformava com tamanha falta de respeito, depois de ter lutado tanto! Ogum esperava uma recepção calorosa em sua própria aldeia, mas, ao contrário, só encontrou silêncio. À medida que avançava pelo interior da cidade, a mesma coisa se repetia casa após casa. Ogum nem imaginava o que estava acontecendo. Perguntava e não recebia resposta. Sua ira já estava incontrolável, quando chegou ao centro do povoado, onde haviam muitas pessoas. Estranhou o fato de ninguém estar conversando. Perguntou a eles onde estavam suas famílias, mas não obteve resposta. Era uma afronta! Foi assim que, evocando todos os seus poderes, Ogum dizimou sua própria aldeia. Caçadores que passavam pela cidade, entre eles seu filho, o reconheceram e tentaram aproximar-se. Vendo que sua cólera era imensa, resolveram evocar Exu para acalmá-lo. A ira desse orixá finalmente foi aplacada. Seu filho, indignado ao ver tanta destruição, indagou o motivo que levou seu pai a cometer tal atrocidade. Ogum respondeu que aquelas pessoas lhe faltaram com respeito quando não o reconheceram. Precisavam de um castigo. Foi, então, que seu filho fez-lhe lembrar da exigência que fizera antes de partir para a guerra. Ogum, tomado pelo remorso, devido à sua crueldade com pessoas que só estavam obedecendo a ordens, abriu o chão com sua espada enterrando-se de pé. LENDA DE ODÉ

Na cidade de Ifé, realizavam-se festividades e rituais por ocasião das colheitas. Os sacerdotes da aldeia, fugindo aos seus costumes, não realizavam as oferendas obrigatórias para três das maiores bruxas conhecidas: as Iya-mi Oxorongás. Esse ato imperdoável precisava de uma boa punição. Foi assim que elas enviaram um enorme pássaro para assombrar aquela aldeia. A ave ficou pousada no telhado do palácio, de onde podia avistar toda a cidade. Um clima de medo e mau agouro espalhou-se entre os moradores, que não sabiam o que fazer para acabar com aquele terrível monstro. Oferendas foram realizadas para as Oxorongás, mas sem resultado. Era tarde demais para isso. Foi então que alguns caçadores se apresentaram para matar o pássaro das bruxas, mas foram todos derrotados. O último caçador possuía apenas uma flecha, e era a última esperança de livrar a aldeia da morte. Esse caçador era Odé. Sua mãe, que estava longe daquele lugar, teve um mau presságio com relação a ele. Consultando um babalawô, teve a confirmação do que já sabia: seu filho corria grande perigo. Foram necessárias muitas oferendas para que a missão de Odé fosse executada com perfeição e, graças a isso, Odé pôde matar o pássaro com sua única flecha, livrando sua aldeia da aniquilação. Desde então, vem sendo venerado por esse povo. LENDA DE OSSAIN Ossain era o único orixá que sabia reconhecer e despertar os poderes mágicos das plantas e usá-los para curar as enfermidades, ou nos rituais litúrgicos.

Ele sabia como ninguém, fazer misturas mágicas com os vegetais, raízes e folhas. Os outros orixás também tinham o desejo de possuir suas próprias folhas, bem como o conhecimento necessário para receber o axé proveniente delas, mas Ossain não revelava seus segredos e não deixava ninguém apanhar folhas em suas florestas. Oyá (Yassan) não aceitava essa situação, pois sua aldeia estava sendo assolada por doenças, e nada podia ser feito. Foi, então, que ela pediu a Ossain que lhe desse algumas folhas e seus respectivos encantamentos, mas este se negou a fazê-lo. Oyá ficou muito contrariada, não se conformando com uma atitude tão insensível. Sua fúria incontrolável fez levantar o vento. E o vento foi tão forte, que as folhas se desprenderam das árvores, voando para todos os cantos da floresta. Ossain gritava: "Minhas folhas, minhas folhas". A cabaça com os segredos ficou exposta por algum tempo, possibilitando aos orixás a oportunidade de absorver uma pequena parte desse conhecimento. Assim, os orixás cataram suas folhas, que seriam utilizadas em seus rituais sagrados; porém, não podiam dispensar a ajuda de Ossain, pois ele sempre será o grande sábio da floresta. Outra lenda nos conta que Ossain trabalhava na roça de Orunmilá, que é um orixá fun-fun (da cor branca) e detentor do conhecimento do oráculo divinatório. Ossain tinha a tarefa de cultivar os campos, mas recusava-se a limpar o terreno para fazer a semeadura. Ele não conseguia podar as plantas, pois achava utilidade em todas elas. Essas folhas podiam curar todo tipo de doença existente. Orunmilá, vendo que o serviço não saía, foi ver o que estava acontecendo. Ossain explicou seus motivos, fazendo com que o

grande orixá fun-fun percebesse estar diante de um ser encantado e de grande conhecimento. Ao invés de castigá-lo, deu-lhe uma posição de destaque dentro do oráculo de Ifá. Dessa forma, Orunmilá teria, perto de si, alguém para lhe revelar os segredos das folhas. LENDA DE XANGÔ Xangô, quando viveu aqui na Terra, era um grande Obá (rei), muito temido e respeitado. Gostava de exibir sua bela figura, pois era um homem muito vaidoso. Conquistou, ao longo de sua vida, muitas esposas, que disputavam um lugar em seu coração. Além disso, adorava mostrar seus poderes de feiticeiro, sempre experimentando sua força. Em certa ocasião, Xangô estava no alto de uma montanha, testando seus poderes. Em altos brados, evocava os raios, desafiando essas forças poderosas. Sua voz era o próprio trovão, provocando um barulho ensurdecedor. Ninguém conseguia entender o que Xangô pretendia com essa atitude, ficando ali por muito tempo, impaciente por não obter resposta. De repente, o céu se iluminou e os raios começaram a aparecer. As pessoas ficaram impressionadas com a beleza daquele fenômeno, mas, ao mesmo tempo, estavam apavoradas, pois nunca tinham visto nada parecido. Xangô, orgulhoso de seu extremo poder, ficou extasiado com o acontecimento. Não parava de proferir palavras de ordem, querendo que o espetáculo continuasse. Era realmente algo impressionante! Foi, então, que, do alto de sua vaidade, viu a situação fugir ao seu controle. Tentou voltar atrás, implorando aos céus que os raios, que cortavam a Terra como poderosas lanças, desaparecessem. Mas era impossível - a natureza havia sido desafiada,

desencadeando forças incontroláveis! Xangô correu para sua aldeia, assustado com a destruição que provocara. Quando chegou perto do palácio, viu o erro que cometera. A destruição era total e, para piorar a situação, todos os seus descendentes haviam morrido. Ao ver que o rei estava muito perturbado, seu próprio povo tentou consolá-lo com a promessa de reconstruir a cidade, fazendo tudo voltar ao que era antes. Xangô, sem dar ouvidos a ninguém, foi embora da cidade. Ele não suportou tanta dor e injustiça, retirando-se para um lugar afastado, para acabar com sua vida. O rei enforcou-se numa gameleira. Oyá, quando soube da morte de seu marido, chorou copiosamente, formando o rio Niger. Ela, que tinha conhecimento do reino dos eguns, foi até lá para trazer seu companheiro da morte, que veio envolto em panos brancos e com o rosto coberto por uma máscara de madeira, pois não podia ser reconhecido por Ikú, o Senhor da Morte. Xangô ressurge dos mortos, tornando-se um ser encantado. E foi assim que surgiu uma nova forma, ou qualidade, desse orixá, a qual chamamos Airá. Essa variação da essência de Xangô adotou, além do vermelho, a cor branca. Outra lenda nos dá conta que Xangô, com sua irresistível aparência, atraía muitas mulheres. Era muito vistoso, com seus cabelos trançados e os enfeites de cobre em seu corpo. Possuía muitas esposas, como Obá e Oxun. Oxun era a mais bela esposa de Xangô, muito mais vaidosa do que ele, dispensando grande parte de seu tempo para enfeitar-se e, assim, poder agradar seu amado. Xangô apreciava muito sua companhia e o esforço que fazia para fazê-lo feliz.

Obá não tinha o mesmo tratamento, por isso, sentia-se rejeitada. Ela era muito possessiva em seus relacionamentos e não suportava mais essa situação. Oxun havia percebido que Obá a invejava e queria roubar-lhe o companheiro. Muito faceira e com ares de superioridade, começou a contar vantagens para a rival, que fingia não se importar. Dizia que Xangô adorava um certo quitute preparado com um ingrediente muito especial: um pedaço de orelha. Obá acreditou nela, pois, naquele momento, Oxun estava com um torço amarrado na cabeça. Embora parecesse estranho, devia ser tudo verdade, pois Xangô estava enfeitiçado por Oxun. Juntando muita coragem e determinação, Obá cortou fora sua orelha para preparar o tal prato. Xangô chegou bem na hora e viu o sangue que escorria da cabeça de Obá. Preocupado, quis saber o que havia acontecido com ela. Quando soube do acontecido, ficou enfurecido com Obá, por pensar em oferecer-lhe uma comida tão esquisita! Percebendo a mentira de Oxun, saiu furiosa à sua procura para ajustarem contas. Xangô separou as duas rivais, que se transformaram em rios. Obá foi embora desse reinado e nunca mais voltou. LENDA DE OXUN Conta a lenda que Oxalá, numa de suas caminhadas pelo mundo, iria passar pela aldeia de Oxun, onde pretendia parar e descansar. Exú, mensageiro dos orixás, correu para avisar Oxun que o grande orixá fun-fun estava a caminho de sua cidade. Era preciso organizar uma grande recepção, pois a visita era muito importante para todos. Ela, então, apressou-se com os preparativos da festa,

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