(12) Português - Outros Percursos - Guia Do Professor

February 3, 2018 | Author: Nathaly Rodrigues | Category: Poetry, Image, Language Interpretation, Information, Human Communication
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(12) Português - Outros Percursos - Guia Do Professor...

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GUIA DO DO PROFESSOR OUTROS PERCURSOS

PORTUGUÊS 12 O. ANO

Para o Aluno • Manual • Provas-Modelo de Exame • Caderno de Atividades • Manual Multimédia • www.outrospercursos12.asa.pt

OUTROS PERCURSOS

O D A I GU DO PROFESSOR PORTUGUÊS 12 O. ANO

Para o Professor • Manual (Edição do Professor) • Guia do Professor (Inclui Planos de Aula + Testes sumativos) • (CD-ROM e online) • www.outrospercursos12.asa.pt

Ana Catarino Célia Fonseca Maria José Fonseca

• Planificação anual* • Grelhas de avaliação por competência* • Soluções dos testes formativos do Manual* • 10 testes de avaliação e cenários de resposta* * materiais disponíveis, em formato editável, em:

978-888-88-9767-7

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OUTROS PERCURSOS PERCURSOS

O D A I U G D DO OP PROFESSOR ROFESSOR PORTUGUÊS 12 O. ANO

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Índice 1 – Proposta de planificação anual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6

2 – Grelhas de apoio para avaliação • da oralidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 • da leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 • da expressão escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 • dos testes de avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 3 – Textos complementares e propostas de resolução de atividades do manual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 4 – Propostas de correção dos testes de avaliação formativa do Manual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 5 – Testes de avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 6 – Propostas de correção dos testes de avaliação . . . . . . . . . . . . 41

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PLANIFICAÇÃO ANUAL

1.o PERÍODO

Textos: – lírico – dramático – narrativo

– Textos informativos diversos – Textos literários – Textos líricos de: *Fernando Pessoa ortónimo – o fingimento poético – a dor de pensar – a nostalgia da infância *Heterónimos Alberto Caeiro – a poesia das sensações – a poesia da natureza Ricardo Reis – o neopaganismo – o Epicurismo e o Estoicismo Álvaro de Campos – a Vanguarda e o sensacionismo – a abulia e o tédio Funcionamento da língua – Subordinação – Modalidade – Coesão textual: lexical e refencial – Funções sintáticas – Modalidade

– Antecipar conteúdos a partir de indicadores vários – Determinar a intencionalidade comunicativa – Adequar o discurso à situação comunicativa – Utilizar diferentes estratégias de leitura e escrita – Reconhecer formas de persuasão e manipulação – Reconhecer a dimensão estética e simbólica da língua e da imagem – Identificar a função da imagem relativamente ao texto – Programar a produção da escrita e da oralidade observando as fases de planificação, execução, avaliação – Produzir textos de diferentes matrizes discursivas – Refletir sobre o papel e as responsabilidades dos media na formação pessoal e social do indivíduo – Contactar com autores do Património Cultural Português

Conteúdos

– Detetar conhecimentos ao nível das várias competências – Percecionar dificuldades – Realizar/desenvolver tarefas de revisão/remediação orientadas

Objetivos*

* in Programa de Português do Ensino Secundário

+- 14 blocos (incluindo a avaliação) (90 min.)

Outros Percursos…

Diagnose

SEQUÊNCIA 1

2 blocos

Períodos/Tempos Sequências letivos

Estrutura e Funcionamento da língua – Refletir sobre o funcionamento da língua – Aplicar as regras de funcionamento da língua

Expressão escrita – Aplicar as regras da textualidade – Produzir textos do domínio transacional e educativo – Utilizar técnicas de composição de diversos tipos textuais – Utilizar corretamente a ortografia e a pontuação

Leitura – Identificar características dos textos líricos – Distinguir factos de sentimentos e opiniões – Descrever e interpretar textos e imagens – Relacionar textos com imagens e/ou paratextos – Reconhecer o valor expressivo e estilístico da pontuação – Reconhecer formas de argumentação, persuasão e manipulação Compreensão/expressão oral – Compreender enunciados orais – Reconhecer a importância dos elementos linguísticos e não linguísticos na comunicação oral – Aplicar regras de seleção de informação – Expressar e fundamentar opiniões pessoais

– Leitura de textos – Compreensão/expressão oral – Expressão escrita – tipologias diversas – Funcionamento da língua

Competências

ESCOLA_______________________________________________________________________________________

… com Fernando Pessoa ortónimo e heterónimos

– Leitura literária de textos líricos de Fernando Pessoa Ortónimo e Heterónimos – Preenchimento de esquemas – Resposta a questionários de compreensão/ interpretação/ análise dos textos – Audição/ visualização de documentos orais – Produção de textos orais e escritos adequados a diferentes situações de comunicação – Visionamento de sequências fílmicas e de documentários – Exercícios diversos sobre funcionamento da língua

– Resolução das propostas apresentadas para diagnose

Atividades/Estratégias

– Auto e heteroavaliação

– Trabalhos de casa

– Oralidade planificada

– Testes de avaliação

– Compreensão e expressão escritas e orais

– Observação direta da atenção/ concentração/ participação nas atividades da aula

Formativa

Avaliação

Ano letivo_________________

6

Proposta de Planificação Anual

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Outros Percursos | Guia do Professor

Outros Percursos…

2.o PERÍODO

SEQUÊNCIA 2

Funcionamento da língua – Conectores e marcadores discursivos – Coesão textual – Recursos estilísticos – Subordinação – Coordenação – Funções sintáticas – Verbos: tempo, modo e subclasse – Classes de palavras – Modalidade – Atos de fala – Tipos de sujeito

Leitura – Identificar características dos textos épicos e líricos – Distinguir factos de sentimentos e opiniões – Descrever e interpretar textos e imagens – Relacionar textos com imagens e/ou paratextos – Reconhecer o valor expressivo e estilístico da pontuação – Reconhecer formas de argumentação, persuasão e manipulação

– Textos informativos diversos – Textos Literários: • Textos épicos e líricos – Os Lusíadas, Luís de Camões – visão global – mitificação do herói – reflexões do poeta: críticas e conselhos aos Portugueses – Mensagem, Fernando Pessoa – estrutura e valores simbólicos – o sebastianismo e o mito do Quinto Império – relação intertextual com Os Lusíadas

– Antecipar conteúdos a partir de indicadores vários – Determinar a intencionalidade comunicativa – Adequar o discurso à situação comunicativa – Utilizar diferentes estratégias de leitura e escrita – Reconhecer formas de persuasão e manipulação – Reconhecer a dimensão estética e simbólica da língua e da imagem – Identificar a função da imagem relativamente ao texto – Programar a produção da escrita e da oralidade observando as fases de planificação, execução, avaliação – Produzir textos de diferentes matrizes discursivas – Reconhecer vários tipos de argumentos – Contactar com autores do Património Cultural Português Estrutura e Funcionamento da língua – Refletir sobre o funcionamento da língua – Aplicar as regras de funcionamento da língua

Expressão escrita – Aplicar as regras da textualidade – Utilizar técnicas de composição de diversos tipos textuais – Utilizar corretamente ortografia e pontuação

Compreensão/expressão oral – Compreender enunciados orais – Reconhecer a importância dos elementos linguísticos e não linguísticos na comunicação oral – Expressar e fundamentar opiniões pessoais – Aplicar regras de seleção de informação – Organizar a informação recolhida

Competências

Conteúdos

Objetivos*

* in Programa de Português do Ensino Secundário

+- 13 blocos (incluíndo a avaliação) (90 min.)

… com Os Lusíadas e a Mensagem

Períodos/Tempos Sequências letivos Avaliação – Observação direta da atenção/ concentração/ participação nas atividades da aula – Compreensão e expressão escritas e orais – Testes de avaliação – Oralidade planificada – Trabalhos de casa – Auto e heteroavaliação

Atividades/Estratégias – Leitura literária de: textos épicos e líricos – Os Lusíadas e Mensagem de Luís de Camões e Fernando Pessoa, respetivamente – Preenchimento de esquemas – Resposta a questionários de compreensão/ interpretação/análise dos textos – Audição/visualização de documentos orais – Produção de textos orais e escritos expositivos/ argumentativos – Visionamento de sequências fílmicas – Realização orientada de debates – Prática do resumo/síntese – Visionamento de sequências fílmicas – Leitura comparativa de texto icónico e verbal – Exercícios diversos sobre conhecimento explícito da língua

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Planificação anual 7

Outros Percursos…

2.o PERÍODO (cont.)

SEQUÊNCIA 3

– Textos expositivos-argumentativos e críticos – Textos dramáticos – Textos de Teatro: Felizmente há luar! de Luís de Sttau Monteiro: • Categorias do modo dramático • Intenção pedagógica • Paralelismo entre o passado representado e as condições históricas dos anos 60 • Denúncia da violência e da opressão • Valores da liberdade e do patriotismo • Aspetos simbólicos

– Antecipar conteúdos a partir de indícios vários – Determinar a intencionalidade comunicativa – Adequar o discurso à situação comunicativa – Utilizar diferentes estratégias de leitura e escrita – Reconhecer formas de persuasão e manipulação – Reconhecer a dimensão estética e simbólica da língua e da imagem – Identificar a função da imagem relativamente ao texto – Programar a produção da escrita e da oralidade observando as fases de planificação, execução, avaliação – Produzir textos de diferentes matrizes discursivas – Reconhecer vários tipos de argumentos – Contactar com autores do património cultural Português Funcionamento da língua – Funções sintáticas – Tipos de sujeito – Atos ilocutórios – Frases simples e frases complexas – Subordinação – Coesão – Pronominalização – Deíticos – Verbos: modo, tempo e subclasses – Classes de palavras – Modalidade – Grupos frásicos – Modos de relato do discurso

Conteúdos

Objetivos*

* in Programa de Português do Ensino Secundário

+- 12 blocos (incluíndo a avaliação) (90 min.)

… com Felizmente há luar!

Estrutura e Funcionamento da língua – Refletir sobre o funcionamento da língua – Aplicar as regras de funcionamento da língua

Expressão escrita – Aplicar as regras da textualidade – Utilizar técnicas de composição de diversos tipos textuais – Utilizar corretamente ortografia e pontuação

Compreensão/expressão oral – Compreender enunciados orais – Reconhecer a importância dos elementos linguísticos e não linguísticos na comunicação oral – Expressar e fundamentar opiniões pessoais – Aplicar regras de seleção de informação – Organizar a informação recolhida

Leitura – Identificar características dos textos dramáticos – Identificar elementos cénicos e o seu valor – Distinguir factos de sentimentos e opiniões – Descrever e interpretar textos e imagens – Relacionar textos com imagens e/ou paratextos – Reconhecer o valor expressivo e estilístico da pontuação – Reconhecer formas de argumentação, persuasão e manipulação

Competências – Observação direta da atenção/ concentração/ participação nas atividades da aula

– Leitura literária de textos dramáticos Felizmente há luar! de Luís de Sttau Monteiro – Preenchimento de esquemas – Resposta a questionários de compreensão/ interpretação/análise dos textos – Audição/visualização de documentos orais – Produção de textos orais e escritos de natureza diversa – Visionamento de sequências fílmicas – Realização orientada de debates – Prática do resumo/síntese – Visionamento de sequências fílmicas – Leitura comparativa de texto icónico e verbal – Exercícios diversos sobre funcionamento da língua – Auto e heteroavaliação

– Trabalhos de casa

– Oralidade planificada

– Testes de avaliação

– Compreensão e expressão escritas e orais

Avaliação

Atividades/Estratégias

8

Períodos/Tempos Sequências letivos

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Outros Percursos | Guia do Professor

Outros Percursos…

3.o PERÍODO

SEQUÊNCIA 4 – Contactar com autores do Património Cultural Português

– Reconhecer vários tipos de argumentos

– Produzir textos de diferentes matrizes discursivas

– Programar a produção da escrita e da oralidade observando as fases de planificação, execução, avaliação

– Identificar a função da imagem relativamente ao texto

– Reconhecer a dimensão estética e simbólica da língua, da imagem e da caricatura

– Reconhecer formas de persuasão e manipulação

– Utilizar diferentes estratégias de leitura e escrita

– Adequar o discurso à situação comunicativa

– Determinar a intencionalidade comunicativa

– Antecipar conteúdos a partir de indícios vários

Objetivos*

* in Programa de Português do Ensino Secundário

+- 13 blocos (incluíndo a avaliação) (90 min.)

… com Memorial do Convento

Períodos/Tempos Sequências letivos

Dimensão simbólica e histórica Contexto ideológico e sociológico Visão crítica Linguagem e estilo: características da prosa saramaguiana





• •

– Compreender enunciados orais

Compreensão/expressão oral

– Reconhecer formas de argumentação, persuasão e manipulação

– Reconhecer o valor expressivo e estilístico da pontuação

– Relacionar textos com imagens e/ou paratextos

– Descrever e interpretar textos, imagens e caricaturas

– Distinguir factos de sentimentos e opiniões

– Identificar características dos textos narrativos

Leitura

Competências

Funcionamento da língua – Refletir sobre o funcionamento da língua – Aplicar as regras de funcionamento da língua

– Modos de relato do discurso – Sinonímia

– Utilizar corretamente ortografia e pontuação

– Modalidade

– Classes de palavras

– Verbos: modo, tempo e subclasses

– Aplicar as regras da textualidade

– Coesão e coerência textual

– Utilizar técnicas de composição de diversos tipos textuais

Expressão escrita

– Organizar a informação recolhida

– Aplicar regras de seleção de informação

opiniões pessoais

– Subordinação

– Frases simples e frases complexas

– Atos ilocutórios

– Pronominalização

– Pontuação

– Reconhecer a importância dos elementos linguísticos e não Funcionamento da língua linguísticos na comunicação oral – Funções sintáticas – Expressar e fundamentar

Estrutura narrativa da obra

Categorias do texto narrativo





– Textos Narrativos – Memorial do Convento de José Saramago

– Textos expositivos-argumentativos e críticos

Conteúdos – Observação direta da atenção/ concentração/ participação nas atividades da aula

Avaliação

– Exercícios diversos sobre funcionamento da língua

– Leitura comparativa de texto icónico e verbal

– Visionamento de sequências fílmicas

– Prática do resumo/síntese

– Resposta a questionários – Compreensão de compreensão/ e expressão interpretação/análise escritas e dos textos orais – Audição/visualização – Testes de de documentos orais avaliação – Produção de textos – Oralidade orais e escritos de planificada natureza diversa – Trabalhos de – Visionamento de casa sequências fílmicas – Auto e – Realização orientada de heteroavaliação debates

– Preenchimento de esquemas

– Leitura literária de textos narrativos – Memorial do Convento de José Saramago

Atividades/Estratégias

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Planificação anual 9

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GRELHAS PARA A AVALIAÇÃO

Escala:

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5

4

3

2

1

N.o

Nome

Identificação do aluno

Ano ____________

Insuf. (0-9)

Pertinência do tema/ conteúdo/assunto

Turma ____________

Conteúdo

Suf. (10-13)

Coerência das Ideias

Planificação da exposição Expressão gramatical

Motivação/interação público alvo

Bom (14-17)

Domínios/Áreas

M.B. (18-20)

Ritmo/dicção/tom de voz Postura

Apreciação global

Ano Letivo ___________________

ESCOLA ________________________________________________

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GRELHA PARA AVALIAÇÃO DA ORALIDADE

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Escala:

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N.o

Nome

Identificação do aluno

Ano ____________

Insuf. (0-9)

Dicção

Turma ____________

GRELHA PARA AVALIAÇÃO DA LEITURA

Suf. (10-13)

Tom de voz

Bom (14-17)

Articulação das palavras

Domínios Ritmo

M.B. (18-20)

Respeito pela pontuação/acentuação

Avaliação final

Ano Letivo ___________________

ESCOLA ________________________________________________

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GRELHAS DE APOIO 13

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1

N.o

Nome

Identificação do aluno

Ano ____________

Apresentação das ideias (10 pontos)

Pertinência da informação (10 pontos)

Conteúdo (30 pontos)

Turma ____________

Coerência e coesão textual (10 pontos)

Estruturação do discurso (8 pontos)

Domínios

Variedade/riqueza lexical (6 pontos)

Forma (20 pontos) Correção linguística (sintaxe, ortografia, pontuação) (6 pontos)

50 pontos

Avaliação final

Ano Letivo ___________________

ESCOLA ________________________________________________

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GRELHA PARA AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO ESCRITA

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Outros Percursos | Guia do Professor

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4

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2

1

Cotações

Questões

Ano ____________

C

1. F

Grupo I

C

Turma ____________

2. F C

3. F

GRELHA PARA AVALIAÇÃO DE TESTES DE AVALIAÇÃO

C

4. F 70

Subtotal

18

C

B

12

F 30

Subtotal

5

1

5

2

Grupo II

5

3

5

4

5

5

5

6

5 35

7 Subtotal

15

8

50

Subtotal

30

C

20

F

Grupo III

50

200

Subtotal Total

Ano Letivo ___________________

ESCOLA ________________________________________________

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Grelhas de Apoio 15

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TEXTOS COMPLEMENTARES E PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO DE ATIVIDADES DO MANUAL

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Outros Percursos | Guia do Professor

SEQUÊNCIA 1 FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA (pág. 35) Do impacto do futurismo italiano, da sua enorme força, ao mesmo tempo destruidora e construtiva, o que foi recebido, assimilado, no campo literário, em Portugal, o que foi recusado, modificado, transposto? A questão é muito vasta, e não cabe tentar aqui mais do que uma breve perspetivação de alguns aspetos. O futurismo na literatura portuguesa é parte integrante do movimento modernista da geração de Sá-Carneiro, Pessoa e Almada – da geração que em 1915 se reúne em torno do Orpheu; como escreve Jacinto do Prado Coelho, o modernismo liga-se a uma tendência inovadora autóctone (…), mas é a literatura europeia da vanguarda que lhe dá impulso e inspiração decisivos. Apreendendo desta elementos e características fundamentais, não deixa contudo de afirmar-se de modo especificamente nacional. (…) Tal como as vanguardas europeias e, de modo muito particular, o futurismo, se rebelam contra a tradição – simbolista, parnasiana, decadentista – também entre nós o modernismo rompe com a tradição simbolista e decadentista e, de um modo especialmente agressivo, com o saudosismo de A Águia. No entanto – o que é uma diferença significativa – o modernismo português revela uma dupla tendência: se por um lado se abre às novas estéticas, mantém por outro lado uma linha a que poderemos chamar decadentista, através da qual se continua a herança do passado. Não há, assim, unidade em nenhuma das revistas da primeira geração modernista, antes coexistem em todas elas duas tendências, na verdade antagónicas. n Portugal Futurista, 3.a edição Facsimilada, (Teolinda Gersão), Lisboa, Contexto Editora, p. xxv

ESCRITA (pág. 55) Mudança de registo Ele nunca fez senão sonhar. Tem sido esse, e esse apenas, o sentido da sua vida. Nunca teve outra preocupação verdadeira senão a sua vida interior. As maiores dores da sua vida esbatem-se-me quando, abrindo a janela para dentro de si, pôde esquecer-se na visão do seu movimento. Nunca pretendeu ser senão um sonhador. A quem lhe falou de viver nunca prestou atenção. Pertenceu sempre ao que não está onde está e ao que nunca pôde ser. […] À vida nunca pediu senão que passasse por ele sem que ele a sentisse. Do amor apenas exigiu que nunca deixasse de ser um sonho longínquo. Nas suas próprias paisagens interiores, irreais todas elas, foi sempre o longínquo que o atraiu, e os aquedutos que se esfumavam – quase na distância das suas paisagens sonhadas, tinham uma doçura de sonho em relação às outras partes da paisagem – uma doçura que fazia com que ele as pudesse amar. A sua mania de criar um mundo falso acompanha-o ainda, e só na morte o abandonará. […] Tem um mundo de amigos dentro dele, com vidas próprias, reais, definidas e imperfeitas. Alguns passam dificuldades, outros têm uma vida boémia, pitoresca e humilde. Há outros que são caixeiros-viajantes (poder sonhar-se caixeiro-viajante foi sempre uma das suas grandes ambições – irrealizável infelizmente!). Outros moram em aldeias e vilas lá para as fronteiras de um Portugal dentro de si; vêm à cidade, onde por acaso os encontra e reconhece, abrindo-lhes os braços numa atracção… E quando sonha isto, passeando no seu quarto, falando alto, gesticulando… quando sonha isto, e se visiono encontrando-os, todo ele se alegra, se realiza, se pula, brilham-lhe os olhos, abre os braços e tem uma felicidade enorme, real. n pp. 110, 111

SEQUÊNCIA 2 LEITURA (pág. 127) 7. Esta reflexão é sobre o poder do ouro, do dinheiro, que transforma em inimigos os amigos, corrompe os mais puros, transforma os reis em tiranos, e, até, os sacerdotes se deixam influenciar pelo seu poder.

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Documentos de apoio às atividades do manual

INTERTEXTUALIDADE (pág. 151) 1.1. A afirmação anterior refere-se ao poema pessoano "D. Dinis". 1.2. Em ambos os textos se faz referência à actividade literária de D. Dinis: no poema pessoano através da referência ao cantar de amigo, no camoniano pelo destaque dado ao ofício de Minerva. Todavia, só na estância 96 de Camões se refere a actividade legislativa do rei. 1.3. As constituições e as leis da responsabilidade do monarca. 1.4. “Fez primeiro em Coimbra exercitar-se/O valeroso ofício de Minerva”. 1.5. Afonso IV é apresentado como pouco obediente, embora fosse forte e excelente (ver dois últimos versos da estância 97).

INTERTEXTUALIDADE (pág. 153) 1.1. A. Estâncias 6/7/8; 2. É feita uma caracterização do rei - jovem, ainda, mas garante da independência e esperança da continuação, e do alargamento, do reino e da fé, por vontade de Deus. B. 1.a estrofe – referência à “loucura”, ao desejo de grandeza; à vontade de cumprir um sonho, ainda que com perda da própria vida: o rei foi em busca da tarefa que Deus lhe confiou e perdeu a vida. Embora Pessoa evoque o mito Sebastianista, nesta primeira parte, D. Sebastião é a última figura histórica a ser referida, simbolizando o esforço e o heroísmo.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA (pág. 155) 1. a) “Ó mar anterior a nós” – vocativo; “teus medos” – sujeito; “coral e praias e arvoredos” – complemento directo. b) “O sonho” – sujeito; “ver as formas invisíveis” – predicativo do sujeito. 2. “Quando a nau se aproxima” – subordinada adverbial temporal; “ergue-se a encosta” – subordinante.

LEITURA (pág. 157) 6. Há 3 estrofes com 9 versos (múltiplo de 3), o último verso de cada estrofe tem 6 sílabas métricas, além disso, o monstro roda 3 vezes e o homem do leme ergue 3 vezes as mãos do leme e 3 as vezes. 7. O discurso final do homem do ocupa 6 versos que, para além de sugerir a determinação crescente, se associa ao misticismo, dado tratar-se de um múltiplo de 3.

SEQUÊNCIA 3 ORALIDADE – COMPREENSÃO O autor e a obra (pág. 175) Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro nasceu no dia 03/04/1926 em Lisboa e faleceu no dia 23/07/1993 na mesma cidade. Partiu para Londres com dez anos de idade, acompanhando o pai que exercia as funções de embaixador de Portugal. Regressa a Portugal em 1943, no momento em que o pai é demitido do cargo por Sa-

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lazar. Licenciou-se em Direito em Lisboa, exercendo a advocacia por pouco tempo. Parte novamente para Londres, tornando-se condutor de Fórmula 2. Regressa a Portugal e colabora em várias publicações, destacando-se a revista Almanaque e o suplemento "A Mosca" do Diário de Lisboa, e cria a secção Guidinha no mesmo jornal. Em 1961, publicou a peça de teatro Felizmente Há Luar, distinguida com o Grande Prémio de Teatro, tendo sido proibida pela censura a sua representação. Só viria a ser representada em 1978 no Teatro Nacional. Foram vendidos 160 mil exemplares da peça, resultando num êxito estrondoso. Foi preso em 1967 pela Pide após a publicação das peças de teatro A Guerra Santa e A Estátua, sátiras que criticavam a ditadura e a guerra colonial. Em 1971, com Artur Ramos, adaptou ao teatro o romance de Eça de Queirós A Relíquia, representada no Teatro Maria Matos. Escreveu o romance inédito Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão, adaptada como novela televisiva em 1982 com o título Chuva na Areia. n http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/sttau.htm

Texto complementar – A lenda do General sem Medo Nenhum nome simboliza tanto a oposição a Salazar como o de Humberto Delgado. A «cavalgada fantástica» foi há meio século. Nascido em 1906, Delgado fora de início um entusiasta do regime salazarista, tornando-se gradualmente crítico. Afastado para a aeronáutica civil, foi um dos fundadores da TAP. Colocado nos EUA entre 1952 e 1957, como chefe da missão militar portuguesa em Washington, contactou aí com o dia a dia de um país regido por instituições democráticas e teve a ideia simples mas impensável de transportar esse modelo para Portugal. Já numa atitude de confronto com o regime, quando vinha de licença visitava na cadeia Henrique Galvão, outro militar que transitara para a oposição. Regressado do seu posto americano, Delgado apresentou-se como candidato independente às presidenciais de 1958, em despique com o almirante Américo Tomás, designado pelo ditador para «render» Craveiro Lopes, que entrara em linha de colisão com certas facetas da ditadura. E eis que abanou a massa aparentemente amorfa dos portugueses quando, a 10 de maio, em Lisboa, na conferência de imprensa do Café Chave d’Ouro, respondeu a um jornalista francês que lhe perguntava o que faria ao Presidente do Conselho se fosse eleito: «Obviamente, demito-o». Depois desta promessa firme, seria ingenuidade pensar na vitória num país em que a imprensa era censurada e a oposição não tinha voz – sem máquina política ao seu dispor, sem boletins de voto (os eleitores tinham de obtê-los, pois não estavam à disposição nas mesas), sem garantias de isenção na contagem dos sufrágios, com a PIDE e as outras polícias a persegui-lo e a reprimir os apoiantes. Mas foi como se Portugal inteiro perdesse o medo. Nessa campanha eleitoral de um mês, Delgado percorreu o País e em toda a parte era acolhido em delírio. Ficou célebre a receção no Porto, a 15 de maio, por uma multidão de 200 mil pessoas que enchia toda a Baixa. No regresso a Lisboa era aguardado por muitos milhares em Santa Apolónia, mas a intervenção policial impediu que a receção se transformasse numa grande manifestação. O mesmo viria a suceder dois dias depois, junto ao Liceu Camões.

ORALIDADE (pág. 197) “Exílio”, cantado por Luís Cília e da autoria de Manuel Alegre Venho dizer-vos que não tenho medo A verdade é mais forte do que as algemas, Venho dizer-vos que não há degredo Quando se traz a alma cheia de poemas. Pode ser uma ilha ou uma prisão Em qualquer lado eu estou presente, Tomo o navio da canção E vou direto ao coração de toda a gente.

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Documentos de apoio às atividades do manual

ESCRITA (pág. 211) A obra inicia com os populares pelo chão e andrajosamente vestidos, ganhando destaque Manuel, o qual caracteriza na sua intervenção a situação política e social do país. Na conversa entre os populares surge o general como potencial libertador e transformador da situação. Mas, enquanto o Antigo Soldado o elogia, Vicente chama os presentes à razão, fazendo-lhes ver que os ricos desprezam os pobres. Todavia, este é interrompido pelos polícias que trazem ordem de o levar à presença do governador, sabendo-se que fora D. Miguel quem o quis ajudar em troca da vigilância da casa de Gomes Freire. Entretanto, mais dois denunciantes surgem com o objetivo de colaborarem com os governadores na prisão do chefe da conjura e, rapidamente, os três delatores avançam com o nome do general Gomes Freire de Andrade que, convindo ao governadores, vai ser preso em S. Julião da Barra. O acto II inicia com a confirmação da prisão do general e nele assiste-se às diligências de Matilde para libertar e poupar a vida do companheiro, dirigindo-se a Beresford, a D. Miguel, que não a recebe, chamandolhe amante de traidores, e, finalmente, esta dirige-se ao principal Sousa. Depois de movidos todos os esforços, Matilde acaba por se convencer da incapacidade de alterar a situação e, já consciente do perigo que Gomes Freire representava para os governadores, vai vestir a sua saia verde, comprada em Paris com a venda de duas medalhas, para assistir, conjuntamente com Sousa Falcão, amigo de ambos, à morte do homem que todos admiravam mas que ninguém conseguiu libertar. (255 palavras)

ORALIDADE (pág. 212) Datas

Acontecimentos

1889

Nascimento de Salazar a 28 de abril na aldeia do Vimieiro

1899

Realização do exame de instrução primária

1900

Ingresso no seminário

1910

Inscrição no curso de direito na Universidade de Coimbra

1916

Desempenho da atividade de professor na UC

1917

Obtenção do grau de doutor em direito pela faculdade de Coimbra

1921

Eleição como deputado pelo Centro Católico

1926

Militares controlam o país e convidam Salazar a integrar o governo

1928

Convite de Vicente de Freitas a Salazar para que este assuma o cargo de ministro das finanças

1936

Explosão do conflito em Espanha e apoio de Salazar a Franco

1939

Franco vence a guerra civil espanhola

1940

Auge do poder da Alemanha nazi e neutralidade de Portugal e de Espanha

1952

Humberto Delgado surge em Lisboa

1954

Surgimento do movimento anticolonial

1958

Decurso de eleições presidenciais

1959

Golpe da Sé

1966

Inauguração da Ponte de Salazar

1968

Salazar é atingido por um acidente vascular cerebral que o afasta do poder e eleva ao cargo Marcelo Caetano

1970

Morte de António de Oliveira Salazar

1974

Eclosão da revolução que põe fim ao regime totalitário

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SEQUÊNCIA 4 ORALIDADE (pág. 237)

D. João V, o rei magnânimo, impulsionou

as artes Mobiliário; Arquitetura; Ourivesaria; Convento de Mafra; Aqueduto das águas livres

beneficiou, economicamente, da vinda do ouro do Brasil,

o que lhe permitiu desenvolver a arquitetura e a economia com a construção de: igrejas, capelas, palácios e mansões mas também manufatura e navios, incrementando a estética barroca.

o que facilitou o desenvolvimento da monarquia absoluta, nunca tendo reunido as cortes.

Promoveu, ainda,

na corte, o desenvolvimento da literatura e da música.

no reino, o desenvolvimento de áreas como o ensino, a literatura e a cirurgia.

Segundo Isabel Alçada, o rei aproveitou a riqueza que ia chegando do Brasil para investir em obras que ficaram até aos nossos dias.

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PROPOSTAS DE CORREÇÃO DOS TESTES DE AVALIAÇÃO FORMATIVA (MANUAL)

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SEQUÊNCIA 1 – Fernando Pessoa ortónimo GRUPO I

B A

1. Na primeira estrofe regista-se que “Cai chuva. É noite. Uma pequena brisa, / Substitui o calor” e salienta-se o facto de o “luzir” ser melhor para alcançar alguma felicidade. Contudo, ao longo das restantes estrofes, a reflexão do sujeito poético sobre a vida, e a sua em particular, vaise desenvolvendo, ao ponto de na última se observar já uma mudança no tempo climatérico, registando-se que a “pequena brisa” dera lugar a uma noite fria e ao crescendo da chuva, tal como se verifica em “E a chuva cresce / Na noite agora fria”. 2. A vida, para o “eu poético”, é um espaço onde o sonho se impõe e fá-lo ter dó de si mesmo. O modo como o “eu” perceciona a vida é depois explicitado nas estrofes seguintes, utilizando um conjunto de adjetivos que fazem antever a sua inutilidade, atendendo a que a considera “extensa, leve, inútil passageira” e que lhe faculta apenas a “ilusão do sonho” onde a sua “vida jaz”. Afirma ainda que é um “Barco indelével pelo espaço da alma”, que não lhe dá a tão desejada calma e lhe dificulta uma verdadeira vivência. 3. Os versos que ilustram a impossibilidade de o sujeito poético atingir a calma situam-se na penúltima estrofe, mais precisamente nos dois últimos versos (“Da eterna ausência da ansiada calma, /Final do inútil bem.”), onde reconhece desejar a tal calma que acaba por se transformar num “inútil bem”, uma vez que esse desejo não chega a concretizar-se. 4. Entre os vários recursos estilísticos presentes no texto, pode destacar-se a adjetivação expressiva, usada para caracterizar o modo como o sujeito poético vê a vida, recorrendo à adjetivação múltipla na terceira estrofe (“Extensa, leve, inútil”), antepondo-a ao nome a que se reporta, sugerindo a sua valorização e preocupação principais. Uma outra figura presente é a metáfora, por exemplo, em “Barco indelével pelo espaço da alma”, destacando o modo como o “eu lírico” perceciona e encara a vida.

A afirmação de João Gaspar Simões releva a natureza intelectual de Fernando Pessoa, aquele que perpetuamente submeteu a emoção à razão. Com efeito, o poeta expressa várias dicotomias em muitos dos seus poemas e as palavras do autor supracitado remetem para as dualidades que mais se evidenciam na poesia do ortónimo. Veja-se, por exemplo, o poema “Autopsicografia” que explicita a teoria da sinceridade/fingimento, ou seja, o sentir e o “inteligir” respetivamente referidos. O mesmo se passa em “Isto”, poema onde o sujeito poético afirma sentir com a imaginação, não usando o coração, afirmações que confirmam a supremacia da inteligência referida por Gaspar Simões. No fundo, e perante a sistemática apologia do pensar, pode concluir-se que as palavras da citação caracterizam na perfeição a natureza intelectual deste poeta português. (128 palavras)

GRUPO II 1.1 C; 1.2 D; 1.3 C; 1.4 A; 1.5 C; 1.6 A; 1.7 C. 2. 2.1 O grupo “manobras de guerra” desempenha a função sintática de complemento oblíquo. 2.2 O antecedente do pronome pessoal “o” é “Welligton”. 2.3 Trata-se de uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

GRUPO III O texto produzido é avaliado mediante: – a obediência às instruções dadas; – a correção escrita (ortografia, sintaxe, pontuação, seleção vocabular e coerência na articulação dos parágrafos); – o cumprimento do limite de palavras.

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Propostas de Correção dos testes de Avaliação Formativa

SEQUÊNCIA 1 – Fernando Pessoa – Heterónimos

GRUPO I

B A

1. O desejo de o sujeito poético endoidecer deveras prende-se com o seu estado de alma: uma angústia, que, nas suas palavras, o domina há muito tempo (“Esta velha angústia”/ “esta angústia que trago há séculos em mim”) e que o atormenta, que o invade como se lhe “amachucasse” a alma (“a fazer-me pregas na alma”) e que quase o impede de viver (“mal sei como conduzir-me na vida”). Esta angústia enraíza-se ainda na consciência da loucura (“lúcido e louco”). 2. A indefinição de sentimentos do “eu lírico” é visível na segunda estrofe e pode comprovar-se através das hesitações expressas nas frases inacabadas (“é este estar entre, / Este quase, / Este poder ser que...,”), nas repetições do anafórico “este” e no pronome “isto”, revelando a dúvida, a impaciência, mas também a impossibilidade de nomear o que sente ou lhe vai na alma. Esta indefinição pode, ainda, ser comprovada nos oxímoros da terceira estrofe (“lúcido e louco”, “alheio a tudo e igual a todos”), ou no conclusivo “estou assim…”, revelador da dolência do sujeito poético.

A obra sensacionista do “mestre” baseia-se na ideia de que a realidade é diferente a cada instante e que, por isso mesmo, só o presente importa. Nesta perspetiva, privilegia o que pode ver ou ouvir, pois estes sentidos permitem-lhe não só a perceção da realidade objetiva, sem necessitar de explicações intelectuais ou metafísicas, mas também uma plena comunhão com ela. Tendo consciência de que “pensar é estar doente dos olhos”, recusa o pensamento e a ideia de refletir sobre as coisas para lhe desvendar um sentido oculto, afirmando mesmo “eu não tenho filosofia: tenho sentidos”. Segundo ele, a Natureza não foi feita para se pensar, pois o pensamento deturpa a realidade e é necessário manter “o pasmo essencial”. (120 palavras)

GRUPO II 1. 1.1 d); 1.2 b); 1.3 k); 1.4 a); 1.5 f). 2. 2.1 Transitivo direto e indireto; 2.2 “a autora de “O misterioso caso de Styles”, sujeito simples;

3. As interrogações da quarta estrofe pretendem estabelecer uma oposição entre o passado e o presente. O “eu”, dirigindo-se à “velha casa” da sua infância, opõe a alegria e a felicidade do passado, condensadas no adjetivo “provinciano”, ao desassossego e à loucura do adulto em que se tornou. Revelam ainda que, apesar de um certo desconhecimento de si próprio, tem consciência das diferenças entre o ser que é e o ser que foi outrora. 4. Essa ânsia do sujeito poético é a única esperança para a dor e o desespero que o angustiam e que inundam e destroem o seu fragilizado coração–“Estala, coração de vidro pintado!”. A consciência que tem de si leva-o a desejar a crença numa força que lhe pudesse atenuar o sofrimento, ainda que fosse, “um manipanso qualquer”.

2.3 Descreve à mãe os locais exóticos; 2.4 Referencial; 2.5 “Porém, Mathew Prichard, filho de Rosalind, realça também…”

GRUPO III O texto produzido é avaliado mediante: – a obediência às instruções dadas; – a correção escrita (ortografia, sintaxe, pontuação, seleção vocabular e coerência na articulação dos parágrafos); – o cumprimento do limite de palavras.

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SEQUÊNCIA 2 – Os Lusíadas

B

GRUPO I A 1. O caráter apelativo destas estâncias verifica-se na utilização de tempos verbais no imperativo (“olhai”, “favorecei”, “tende”, “fazei” e “tomai”), que originam frases imperativas, características da função apelativa da linguagem. Observa-se, ainda, a existência clara de um recetor, por exemplo no primeiro verso das estâncias 148 e 152. 2. O recetor da mensagem do poeta é o Rei D. Sebastião, contemporâneo do poeta e da publicação da obra e a quem ela foi dedicada. São para ele, também, as palavras finais do canto X, que constituem uma exortação. 3. Segundo as palavras do poeta, os lusitanos são bravos, encaram todos os desafios de frente e de forma alegre. Não recuam perante os perigos. Afirma ainda que são experientes e obedecem ao seu rei. Podem comprovar-se estas afirmações através das expressões: “Olhai que ledos vão / Quais rompentes leões e bravos touros, / Dando os corpos a fomes e vigias, / A ferro, a fogo, a setas e pilouros,”; “Por vos servir, a tudo aparelhados; De vós tão longe, sempre obedientes”. 4. A repetição anafórica presente nos versos 4 a 8 tem como função enfatizar e destacar a enumeração dos diferentes perigos a que os portugueses foram sujeitos, realçando a quantidade e a intensidade. 5. O poeta aconselha o rei a olhar atentamente para os Portugueses, a beneficiá-los com a sua bondade, a protegê-los de duras leis, a admirá-los e a louvar os seus nomes: “Favorecei-os logo, e alegrai-os / Com a presença e leda humanidade; / De rigorosas leis desaliviai-os”;” Todos favorecei em seus ofícios, / Segundo tem das vidas o talento;”; “Os Cavaleiros tende em muita estima,”.

Em Os Lusíadas, Camões, servindo-se da voz de Vasco da Gama, entre outras, relata diversos momentos da História nacional, os seus protagonistas e as repercussões que tiveram. Contudo, a par da grandiosidade épica destes relatos, o poeta recorre a entidades simbólicas que protagonizam acontecimentos reveladores da transcendência e imortalidade dos lusitanos. Este aspeto é visível no episódio do Adamastor, que personifica os medos e os riscos a que os portugueses se expuseram, aventurando-se pelo “salso argento”, valorizando as suas qualidades e génio. Poderá referir-se também a figura de Baco que tenta impedir os portugueses de concretizar os seus intentos. Na realidade, são vários os episódios que atestam a superioridade humana, sobrepondo-se mesmo à dos deuses. (124 palavras)

GRUPO II 1.1 b); 1.2 b); 1.3 a); 1.4 d); 1.5 c); 1.6 b); 1.7 a) 2.1 Complemento direto. 2.2 Conjunção completiva. 2.3 Modalidade epistémica, valor de certeza.

GRUPO III O texto produzido é avaliado mediante: – a obediência às instruções dadas; – a correção escrita (ortografia, sintaxe, pontuação, seleção vocabular e coerência na articulação dos parágrafos); – o cumprimento do limite de palavras.

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Propostas de Correção dos testes de Avaliação Formativa

SEQUÊNCIA 2 – Mensagem GRUPO I A 1. O poema tem como tema o apelo ao Mestre da Paz, para que venha reerguer a pátria e desenvolve-se de forma linear, dado que a primeira estrofe funciona como introdução, onde se endereça o pedido àquele que no momento jaz adormecido, inconsciente, ainda, do destino que lhe está reservado. Na segunda estrofe, o apelo continua e começam a desvendar-se as razões que lhe estão subjacentes: a pátria espera que “ele” a venha erguer, isto é, o povo sofredor exige dele a “suprema prova”, que o fará atingir a “Eucaristia Nova”, ou seja, a glória de outrora, a projeção da nação. Na última estrofe, a exortação ao “Mestre da Paz” prossegue, mas aqui é percetível a recompensa reservada ao “Galaaz” que usou a espada ungida, cuja “luz” permitirá à nação revelar-se. 2. O tom exortativo estende-se por todo o poema, traduzindo a angústia e a aflição do sujeito poético que, através das apóstrofes e do imperativo, reclama a presença do predestinado (D. Sebastião), de modo a que a glória do povo português possa ser restabelecida e a nação saia do estado de inércia em que se encontra. 3. O apelo é sucessivamente feito a alguém que jaz “remoto” no “fundo do não-ser” e que vai, aos poucos, ser desvendado, ainda que metaforicamente, como sendo um “Galaaz com pátria”, o “Mestre da Paz”, caracterizado, primeiro, como alguém que foi esquecido, que deixou de ser, mas que ainda tem pátria e que, por isso, deve preparar-se para o seu “novo fado” – o de ultrapassar a suprema prova. Para isso, pode contar com o “gládio ungido”, que na sua mão funcionará como “Luz” para o “mundo dividido”. Parece pois possível antever-se, neste Galaaz, a figura lendária de D. Sebastião, desaparecido em Alcácer-Quibir. 4. O apelo resulta não só do estado decadente da nação mas também porque o povo português continuava a depositar

a sua fé, a sua esperança, em D. Sebastião, vendo nele o salvador, o redentor da pátria adormecida, apenas envolta em glórias antigas que urgia recuperar.

B Nos poemas da terceira parte sobressai um tom melancólico que se deve ao estado em que se encontrava a nação portuguesa, envolta no marasmo e na estagnação, necessitando de se reconfortar em mitos como o do sebastianismo e o do Quinto Império. Em alguns textos, o rei desaparecido, mesmo que apelidado de Encoberto, é visto como o guia, aquele que será capaz de revitalizar a força espiritual dos portugueses, de modo a que a chama, que se ateara no tempo das descobertas, fosse novamente avivada, fazendo Portugal recuperar a fama outrora alcançada, através da construção do “Quinto Império”, que seria superior ao anterior, porque pertenceria ao domínio cultural e espiritual. Sendo assim, é fácil perceber-se o tom ora triste ora exortativo que percorre os textos da terceira parte da Mensagem. (128 palavras).

GRUPO II 1.1 b); 1.2 a); 1.3 d); 1.4 c); 1.5 b); 1.6 c); 1.7 a) 2.1 Ato ilocutório expressivo. 2.2 Oração subordinada adjetiva relativa restritiva. 2.3 Futuro do indicativo, conjugado pronominalmente.

GRUPO III O texto produzido é avaliado mediante: – a obediência às instruções dadas; – a correção escrita (ortografia, sintaxe, pontuação, seleção vocabular e coerência na articulação dos parágrafos); – o cumprimento do limite de palavras.

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SEQUÊNCIA 3 – Felizmente há luar! GRUPO I A 1. Insere-se no ato I, depois de Vicente ter sido chamado pelos dois polícias à presença de D. Miguel e ser incumbido de vigiar a casa de Gomes Freire d’Andrade. 2. Vicente vai assumir o papel de delator a troco da sua ascensão social, atitude criticável, uma vez que será capaz de trair os da sua classe e abdicar dos seus próprios ideais por dinheiro ou outras razões materiais. 3. O principal Sousa pretende dizer que Vicente deverá informá-los acerca de todos aqueles que contestam o poder instituído (as tais ovelhas tresmalhadas, as que fogem do rebanho) e que buscam um novo modelo social, onde o rei e a igreja não assumem a supremacia. 4. Vicente afirma que a atitude que vai tomar não pode ser lida como sinónimo de traição mas antes como amor à Pátria. Além disso, o facto de ser apoiado pelo representante da Igreja vem confirmar o seu papel de auxiliador do rei, da pátria e do clero.

B Gomes Freire de Andrade pode ser considerado o protagonista porque, embora nunca apareça fisicamente, é evocado por personagens pertencentes a grupos sociais distintos.

Na realidade, o general é evocado quer pelos governadores quer pelos populares, apesar de o elogio surgir fundamentalmente no grupo dos mais desfavorecidos e em particular pela boca do Antigo Soldado, de Manuel e dos populares, ou seja, todos aqueles que viam nele a hipótese de uma viragem política. Por outro lado, os regentes reconhecem o seu prestígio e, como tal, veem nele uma ameaça ao que poder que detinham, restando-lhes apenas a hipótese de o silenciar para o poderem preservar. Odiado por uns e idolatrado por outros, a verdade é que ambas as atitudes confirmam a superioridade de Gomes Freire de Andrade. (125 palavras)

GRUPO II 1.1 c); 1.2 b); 1.3 d); 1.4 a); 1.5 c); 1.6 d); 1.7 a) 2.1 Complemento indireto. 2.2 Modalidade epistémica com valor de certeza. 2.3 “que estalava por vezes as traves da minha cabeça.” subordinada adjetiva relativa restritiva.

GRUPO III O texto produzido é avaliado mediante: – a obediência às instruções dadas; – a correção escrita (ortografia, sintaxe, pontuação, seleção vocabular e coerência na articulação dos parágrafos); – o cumprimento do limite de palavras.

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Propostas de Correção dos testes de Avaliação Formativa

SEQUÊNCIA 4 – Memorial do Convento GRUPO I

B A

1.1 A ação narrada neste excerto decorre na abegoaria, quando Padre Bartolomeu leva Scarlatti a S. Sebastião da Pedreira para lhe mostrar a construção da passarola. Este momento vai ter repercussões no desenrolar da narrativa, uma vez que a amizade que vai unir o músico, a vidente e o ex-soldado vai possibilitar, quando Blimunda adoece após a recolha de vontades, a Scarlatti e à sua música a sua recuperação da vidente. 1.2 Padre Bartolomeu afirma, sem o dizer claramente, que havia descoberto o modo de fazer elevar a passarola (as vontades humanas), mas que para a busca, a recolha e a preservação das vontades seria necessário o esforço e a união dos três. 1.3 Ao afirmar que Blimunda era a parte não terrenal da tríade, considerando-a o espírito, isto é a alma, o padre Bartolomeu refere-se à sua capacidade de “ver por dentro”, descobrindo no interior humano a sua verdadeira essência. Ela é a única que poderá ver o bem e o mal, o certo e o errado, o puro e o podre. 1.4 A explicação para a decisão brusca de Baltasar de terminar a merenda e o momento de comunhão é dada pelo narrador quando afirma “levantou Blimunda os olhos, quase brancos na meia penumbra da abegoaria, e Domenico Scarlatti ouviu ressoar dentro de si a corda mais grave duma harpa”, aludindo a um olhar mais penetrante da vidente e aos efeitos que causou no músico, comparando o momento a um acorde musical. 1.5 A música do maestro italiano é um “aliado” de Baltasar e de Blimunda na construção da passarola, uma vez que, com a concordância de todos, Scarlatti passou a visitar regularmente a abegoaria e tocava o cravo enquanto a vidente e o antigo soldado trabalhavam. Em segundo lugar, ao contribuir para a recuperação de Blimunda, garante o voo da passarola. Assim, quer a música quer a passarola são vistas como reflexos da determinação do Homem e símbolos de harmonia, sonho e evasão.

Estas mulheres revelam-se antagónicas. A rainha mostra-se submissa, sem querer nem poder. É retratada ironicamente e a sua única função é a de procriar. Espera pacientemente, num casamento sem amor, um encontro pré-marcado com o rei. Vive uma extrema devoção, sem se questionar, o que a obriga a rezar após os encontros amorosos ou a penitenciar-se pelas fantasias com D. Francisco. Opostamente, surge Blimunda, cujos olhos mostram as verdades do espírito e do corpo. Vive um amor intenso e sensual, livre de amarras, com Baltasar. A ela cabe uma parte importante na construção da passarola – recolher as vontades – e algumas reflexões filosóficas, por exemplo, sobre religião, quando a vidente se interroga, desiludindose, com o interior da hóstia, mostrando-se uma mulher inteligente. Assim, opõem-se passividade e indiferença a sensualidade e perfeição. (130 palavras).

GRUPO II 1.1 b); 1.2 c); 1.3 b); 1.4 a); 1.5 d); 1.1 A anteposição do pronome complemento direto justifica-se por se tratar de uma frase subordinada (causal). 1.2 Nulo subentendido. 1.3 Vendo-o – coesão lexical, retoma por pronominalização; concentrado no – coesão frásica – princípio da regência; e julgando – coesão interfrásica – coordenação de frases. 1.4 Predicativo do sujeito. 1.5 Modalidade epistémica, com valor de possibilidade.

GRUPO III O texto produzido é avaliado mediante: – a obediência às instruções dadas; – a correção escrita (ortografia, sintaxe, pontuação, seleção vocabular e coerência na articulação dos parágrafos); – o cumprimento do limite de palavras.

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TESTES DE AVALIAÇÃO

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1

TESTE DE AVALIAÇÃO SEQUÊNCIA 1

Nome ____________________________________________________________ Turma __________ Data __________

GRUPO I A Lê atentamente o texto que se segue. Chove. Que fiz eu da vida? Fiz o que ela fez de mim… De pensada, mal vivida… Triste de quem é assim! 5 Numa angústia sem remédio

Tenho febre na alma, e, ao ser, Tenho saudade, entre o tédio, Só do que nunca quis ter… Quem eu pudera ter sido, 10 Que é dele? Entre ódios pequenos

De mim, ‘stou de mim partido. Se ao menos chovesse menos! n Fernando Pessoa

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Regista três traços caracterizadores do “eu”, fundamentando-te no texto. 2. Explicita a relação de sentido entre o tempo meteorológico e o estado emocional do sujeito poético. 3. Identifica uma expressão textual que aponte para a fragmentação do “eu”, explicando o seu sentido. 4. Comprova a natureza circular do poema. B Num texto entre 80 a 130 palavras, e apoiando-te nos conhecimentos que possuis da obra poética pessoana, comenta a afirmação que se segue. A nostalgia da infância é um dos temas mais tocantes da poesia de Pessoa ortónimo, que recorda o tempo em que era feliz sem saber que o era.

GRUPO II A tradicional empatia da nossa inteligência para com a França vem a ter um inesperado auxiliar com as alterações políticas decorrentes da ditadura de João Franco. Entre os exilados por força das suas atividades revolucionárias conta-se Aquilino Ribeiro (1885-1963), jovem publicista que é acolhido como correspondente parisiense da revista Ilustração Portuguesa. Aí dá conta, em alguns artigos, das primeiras exposições 5 do cubismo de Picasso e de Braque, bem como do choque provocado por essas manifestações estéticas.

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Testes de avaliação

Se a pintura era então o campo em que mais visivelmente se evidenciava a rutura com os modelos tradicionais de expressão artística, a situação alterar-se-á com o aparecimento do futurismo, cujo manifesto de fundação é publicado no jornal Le Figaro de 20 de fevereiro de 1909. Promovido por F. T. Marinetti, italiano de origem egípcia, residindo em Milão, e que em breve se tornará um globe-trotter do movi10 mento, o manifesto apela a favor de uma arte em consonância com o século XX, a época da eletricidade e do automóvel, cortando de vez com o espírito crepuscular e decadente do simbolismo e recusando-se a olhar para o passado, como pretendem as academias. O manifesto de Marinetti é publicado em 1909 no Diário dos Açores, sem consequências imediatas. No entanto, a colaboração de Marinetti no Mercure de France, revista conhecida em Portugal, e os con15 tactos que ele mantém com a Península através da sua revista Poesia (1905-1909) tornam o seu nome familiar nos nossos meios literários. n Nuno Júdice, Viagem Por Um Século de Literatura Portuguesa, Lisboa, Relógio D’Água Editores, 1997, pp. 44-45 (adaptado)

1. Seleciona a alínea correta, de acordo com as informações textuais. 1.1. Aquilino Ribeiro desenvolveu atividades na revista Ilustração Portuguesa, em França, a) em virtude do seu espírito revolucionário. b) em consequência do seu exílio por motivos pessoais. c) pelo facto de ter sido publicista. d) em consequência do seu exílio, motivado pelo seu espírito irreverente e pelo regime ditatorial de João Franco.

1.2. Começaram a surgir novas manifestações estéticas, tais como: a) o cubismo na arte arquitetónica. b) o futurismo a marcar o corte com a tradição. c) o futurismo, difundido num manifesto de Picasso e Braque. d) uma arte que cantava a época da eletricidade e do automóvel. 2. Atenta na seguinte frase retirada do texto. Aí dá conta, em alguns artigos, das primeiras exposições do cubismo de Picasso e de Braque, bem como do choque provocado por essas manifestações estéticas. (ll. 4-5) 2.1. Identifica o tipo de coesão que se verifica em cada um dos casos assinalados a cores diferentes.

3. Há situações em que a mesma palavra, em contextos diferentes, pode ser um anafórico ou um deítico. 3.1. Redige duas frases em que tal se verifique. 3.2. Explicita a diferença entre as duas ocorrências. 3.3. Refere se na frase dada em 2. ocorre a situação apresentada. GRUPO III As manifestações artísticas são a expressão cultural de uma nação.

Partindo da afirmação, redige uma reflexão, entre 200 e 300 palavras, sobre a importância da arte e suas manifestações para a afirmação da cultura de um país. Para fundamentares o teu ponto de vista, recorre a dois argumentos, ilustrando cada um deles, com pelo menos um exemplo significativo.

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TESTE DE AVALIAÇÃO SEQUÊNCIA 1

Nome ____________________________________________________________ Turma __________ Data __________

GRUPO I A Lê atentamente o texto que se segue. O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. O Tejo tem grande navios 5 E navega nele ainda,

Para aqueles que veem em tudo o que lá não está, A memória das naus. O Tejo desce de Espanha E o Tejo entra no mar em Portugal. 10 Toda a gente sabe isso. Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia E para onde ele vai E donde ele vem. E por isso, porque pertence a menos gente, 15 É mais livre e maior o rio da minha aldeia. Pelo Tejo vai-se para o Mundo. Para além do Tejo há a América E a fortuna daqueles que a encontram. Ninguém nunca pensou no que há para além 20 Do rio da minha aldeia. O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. Quem está ao pé dele está só ao pé dele. n Alberto Caeiro

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Propõe uma possível explicação para o facto de um dos rios ser nomeado e o outro não. 2. Explicita as diferenças entre os dois rios referenciados. 3. Comenta o verso 6: “Para aqueles que veem em tudo o que lá não está.” 4. Identifica, no texto apresentado, três características da poesia do heterónimo Alberto Caeiro. B Em Dicionário de Literatura pode ler-se: “ (…) Ricardo Reis (…) segue Caeiro no amor da vida rústica, junto da Natureza; mas enquanto o mestre, menos culto e complicado, é um homem franco, alegre, Reis é um ressentido, que severamente se molda a si mesmo; sofre por se saber efémero, (…) aflige-o a imagem antecipada da Morte, conhece a dureza do Fatum; por isso busca o refúgio dum epicurismo temperado de estoicismo (…).” n Jacinto do Prado Coelho, Dicionário de Literatura, vol. 3, 1982, Figueirinhas, Porto

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Testes de avaliação

Convoca os conhecimentos adquiridos sobre o heterónimo pessoano referido na citação e, num texto de 80 a 130 palavras, refere-te ao posicionamento que este assume perante a vida e a realidade com que se confronta.

GRUPO II Lê com atenção o texto. Álvaro de Campos visto por Ricardo Reis Em tudo que se diz – poesia ou prosa – há ideia e emoção. A poesia difere da prosa apenas porque escolhe um novo meio exterior, além da palavra, para projetar a ideia em palavras através da emoção. Esse meio é o ritmo, a rima, a estrofe; ou todas, ou duas, ou uma só. Porém menos que uma só não creio que possa ser. A ideia, ao servir-se da emoção para se exprimir em palavras, contorna e define essa emoção, e o ritmo, 5 ou a rima, ou a estrofe são a projeção desse contorno, a afirmação da ideia através de uma emoção, que, se a ideia a não contornasse, se extravasaria e perderia a própria capacidade de expressão. […] A poesia é superior à prosa porque exprime, não um grau superior de emoção, mas, por contra, um grau superior do domínio dela, a subordinação do tumulto em que a emoção naturalmente se exprimiria (como 10 verdadeiramente diz Campos) ao ritmo, à rima, à estrofe. n Maria José Lencastre, in O essencial sobre Fernando Pessoa, INCM (Instituto Nacional Casa da Moeda) – adaptado

1. Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F). a) O segmento entre travessões na linha 1 apresenta uma ideia mais genérica do que o que é referido anteriormente.

b) Em “A poesia difere da prosa…” (linha 1), o sublinhado corresponde ao complemento oblíquo. c) A oração “… para projetar a ideia em palavras…” (linha 2) apresenta um valor lógico de finalidade. d) No segmento “Esse meio é o ritmo, a rima…” (linha 2-3), o sublinhado é um exemplo de um deítico. e) No último parágrafo estabelece-se uma relação de contraste com a ideia primeiramente expressa. 1.1. Converte as afirmações falsas em verdadeiras. 2. Considera as frases: a) “… ao servir-se da emoção para se exprimir em palavras…” (linha 5). b) “… mas, por contra, um grau superior…” (linhas 9-10). 2.1. Transforma a alínea a) numa oração não finita gerundiva, fazendo as alterações necessárias. 2.2. Substitui o sublinhado na alínea b) por outra expressão equivalente.

GRUPO III “Este mundo rural secular opõe-se claramente ao mundo urbano, marcado por funções, atividades, grupos sociais e paisagens não só distintos mas, mais do que isso, em grande medida construídos "contra" o mundo rural.” n in http://www.estig.ipbeja.pt/~pmmsc/git/rurbanos_2.pdf [último acesso a 27 de maio de 2011]

Redige uma reflexão, entre 200 e 300 palavras, sobre a importância dos dois espaços referidos na afirmação. Para fundamentares o teu ponto de vista, recorre a dois argumentos, ilustrando cada um com um exemplo.

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TESTE DE AVALIAÇÃO SEQUÊNCIA 2

Nome ____________________________________________________________ Turma __________ Data __________

GRUPO I A Lê atentamente estas estâncias com que terminam Os Lusíadas. 152 Fazei, Senhor, que nunca os admirados Alemães, Galos1, Ítalos e Ingleses, Possam dizer que são pera mandados2, Mais que pera mandar, os Portugueses. Tomai conselho só de esprimentados, Que viram largos anos, largos meses, Que, posto que em cientes muito cabe, Mais em particular o experto sabe.

155 Pera servir-vos, braço às armas feito6, Pera cantar-vos, mente às Musas dada; Só me falece7 ser a vós aceito, De quem virtude8 deve ser prezada. Se me isto o Céu concede, e o vosso peito Dina empresa tomar de ser cantada, Como a pressaga mente vaticina Olhando a vossa inclinação divina,

153 De Formião3, filósofo elegante, Vereis como Annibal escarnecia, Quando das artes bélicas, diante Dele, com larga voz tratava e lia4. A disciplina militar prestante Não se aprende, Senhor, na fantasia, Sonhando, imaginando ou estudando, Senão vendo, tratando e pelejando.

156 Ou fazendo que, mais que a de Medusa, A vista vossa tema o monte Atlante, Ou rompendo nos campos de Ampelusa Os muros de Marrocos e Trudante, A minha já estimada e leda Musa Fico que em todo o mundo de vós cante, De sorte que Alexandro em vós se veja, Sem à dita de Aquiles ter enveja.

154 Mas eu que falo, humilde, baxo e rudo, De vós não conhecido nem sonhado? Da boca dos pequenos sei, contudo, Que o louvor sai às vezes acabado5. Nem me falta na vida honesto estudo, Com longa esperiencia misturado, Nem engenho, que aqui vereis presente, Cousas que juntas se acham raramente.

n Os Lusíadas, X

Notas 1 Franceses; 2 para (serem) mandados; 3 filósofo grego; 4 expunha pomposamente; 5 perfeito; 6 habituado; 7 falta; 8 merecimento.

Responde de forma completa e contextualizada às questões seguintes. 1. Destaca as marcas do discurso apelativo, indicando o recetor das palavras do poeta. 2. Resume por palavras tuas os conselhos dados ao monarca. 3. Destaca os principais traços com que o poeta se autocaracteriza.

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Testes de avaliação

4. O poeta coloca-se à disposição do monarca. 4.1. Clarifica o modo como isso acontece.

B Comenta a afirmação a seguir transcrita, num texto de 80 a 130 palavras, convocando os conhecimentos adquiridos ao longo do estudo da obra camoniana Os Lusíadas. Em Os Lusíadas, nas considerações do poeta, por diversas vezes, somos confrontados com o ideal de homem renascentista, que Camões, indubitavelmente, defendia.

GRUPO II

Portugal e os portugueses por Paquete de Oliveira, Sociólogo (10 de junho de 2011)

O 10 de Junho é o dia que consagramos a Portugal. Já foi batizado com outros nomes: Dia da Raça (designação antropologicamente aberrante), Dia de Camões. Hoje, é tão-só Dia de Portugal. E é pouco. Portugal merece dos portugueses não um só dia, mas todos os dias. E talvez, nesta hora da História em que duvidamos de tudo e até se, efetivamente, Portugal é uma pátria, a nossa pátria, mais do que nunca preci5 samos de lhe dedicar os nossos dias. Com o nosso trabalho. Com o nosso esforço, inteligência, esperança.

Portugal é um país que descobriu “meio mundo”. Mas, provavelmente, é um país que nunca se descobriu totalmente a si próprio. Um país é o seu território. Mas é, sobretudo, o seu povo. Por isso, é mais correto dizer: os portugueses andaram e andam por todo o mundo. Porém, ainda não descobriram, por completo, o seu país. Cabe, porventura, aqui, recordar o poema de Miguel Torga “Pátria”: 10

Soube a definição na minha infância. Mas o tempo apagou As linhas que no mapa da memória A mestra palmatória Desenhou.

15

Hoje Sei apenas gostar Duma nesga de terra Debruada de mar. Temos de apagar da memória descritiva dos tempos esta sina que nos persegue: parece que só somos

20 bons quando emigramos. Quando navegamos. Cá dentro, entre portas, desconfiamos de todos, desconfiamos de nós próprios. Temos fama de preguiçosos, de maldizentes, de invejosos uns dos outros. Outrora, os

outros povos olharam para nós como descobridores do mundo, vencedores da audácia e peregrinos da imaginação. Hoje, principalmente a partir dessa Europa, que sempre viu, nos povos do Sul, uns desalinhados, a querer viver à custa dos outros, distensos ao Sol e ao mar que nos invejam, temos perdido crédito e honra. 25

O Dia de Portugal deveria ser dia da reflexão. Para pensarmos que a força genuína que temos dentro de nós não desapareceu. Teremos de despertá-la, sem nos entregarmos a um desesperante destino de sermos eternos dependentes de um Estado pobre que tem pouco, cada vez menos, para nos dar. Teremos de confiar nas nossas capacidades. E nesta emergência de país com a classe média em grande perda, segmentos de pobres a crescer, trabalhadores a serem despedidos, famílias inteiras a re-

30 correr ao Banco Alimentar, teremos de rebuscar a nossa solidariedade. (…)

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Sem arremessos colonialistas, nem memória de saudosismo doentio, neste Dia de Portugal, a viver sob o signo da ameaça de deixar de ser, apetece-me citar Fernando Pessoa e clamar: "Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. Senhor, falta cumprir-se Portugal!" Portugueses de todo o mundo, ajudem a cumprir Portugal. n http://www.dn.pt (com supressões)

1. Assinala as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F), corrigindo as falsas. 1.1. No segmento “O 10 de Junho é o dia que consagramos a Portugal.” (linha 1) verifica-se uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

1.2. Na repetição do determinante possessivo na linha 5 verifica-se a coesão lexical. 1.3. O segmento “Mas, provavelmente, é um país que nunca se descobriu totalmente a si próprio” (linhas 6-7) configura a modalidade deôntica.

1.4. A lógica configurada no articulador sublinhado em “Porém, ainda não descobriram, por completo, o seu país” (linhas 8-9) é condicional.

1.5. O referente de “seu” no segmento “não descobriram, por completo, o seu país” (linhas 8-9) é dos “Portugueses”.

2. Liga os elementos da coluna A aos da B de modo a obteres afirmações verdadeiras. Coluna A

Coluna B a) uma exortação.

1. A oração subordinada adjetiva relativa que se verifica no primeiro período do texto pode ser substituída por…

b) nulo subentendido. c) consagrado.

2. Com a informação parentética (linhas 1-2), o enunciador exprime…

d) uma tripla adjetivação. e) consagração.

3. No último período do primeiro parágrafo verifica-se…

f) o seu desagrado relativamente à informação precedente. g) um conceito exposto anteriormente.

4. O sujeito do segmento “Temos de apagar da memória…” (linha 19) é…

h) nulo indeterminado. i) uma enumeração.

5. No último parágrafo do texto, o enunciador expressa

j) um comentário.

GRUPO III No texto de Paquete de Oliveira, estabelece-se uma comparação entre o Portugal de outrora e o dos nossos tempos. O Portugal dos “descobridores do mundo, vencedores da audácia e peregrinos da imaginação” é o oposto ao Portugal de hoje que, na perspetiva europeia, tem “perdido crédito e honra”.

Redige um texto expositivo/argumentativo, contendo entre 200 e 300 palavras, sobre a temática referida na afirmação, fundamentando o teu ponto de vista em dois argumentos e, pelo menos, um exemplo significativo para cada um deles.

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Testes de avaliação

2

TESTE DE AVALIAÇÃO SEQUÊNCIA 2

Nome ____________________________________________________________ Turma __________ Data __________

GRUPO I A Lê o texto a seguir transcrito.

D. FERNANDO INFANTE DE PORTUGAL Deu-me Deus o seu gládio1, por que2 eu faça A sua santa guerra. Sagrou-me3 seu em honra e em desgraça, Às horas em que um frio vento passa 5 Por sobre a fria terra. Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me A fronte com o olhar; E esta febre de Além, que me consome, E este querer grandeza são seu nome 10 Dentro em mim a vibrar. E eu vou, e a luz do gládio erguido dá Em minha face calma. Cheio de Deus, não temo o que virá, Pois, venha o que vier, nunca será 15 Maior do que a minha alma. n Mensagem, Fernando Pessoa

1

espada.

2

para que.

3

consagrou-me; escolheu-me.

Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Explicita os elementos textuais que remetem para a ideia da predestinação da figura histórica destacada. 2. Refere cinco traços caracterizadores do “eu”, fundamentando-te no texto. 3. Apresenta uma possível explicação para o verso 3: “Sagrou-me seu em honra e em desgraça.” 4. Expõe duas razões para a utilização do futuro verbal, na última estrofe.

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B Num texto coerente e bem estruturado, entre 80 e 130 palavras, expõe a tua opinião fundamentada sobre o assunto abordado nos excertos das duas obras estudadas, Mensagem e Os Lusíadas, estabelecendo aproximações/afastamentos.

“Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da Terra Que é Portugal a entristecer – (...) Ó Portugal, hoje és nevoeiro...” É a hora! n in “Nevoeiro”, Mensagem, Fernando Pessoa

“No mais, Musa, no mais que a Lira tenho Destemperada e a voz enrouquecida, E não do canto, mas de ver que venho Cantar a gente surda e endurecida. O favor com que mais se acende o engenho Não no dá a pátria, não, que está metida No gosto da cobiça e na rudeza Dhua austera, apagada e vil tristeza.” n Os Lusíadas (canto X – 145), Luís de Camões

GRUPO II Lê atentamente o texto seguinte.

5

10

15

20

Pessoa é para os portugueses como o mar. Está em frente dos olhos e permanece desconhecido e com zonas inexploradas, denso e sem luz nas profundidades. Perigoso para mergulhadores inexperientes e cientistas zelosos. Apesar dos milhares, milhões de palavras que já se escreveram sobre Fernando António Nogueira Pessoa, nascido no Dia de Santo António de Lisboa, 13 de junho de 1888, apesar dos cultos e das apreciações, das exegeses e das alucinações, das devoções e das sapiências, Pessoa é um mistério. Ou, como diria Eduardo Lourenço, é da ordem do prodígio. Como tal, foi mitificado, mais contribuindo para o desconhecimento da sua vida enquanto homem. Não homem casado, fútil, quotidiano e tributável e sim homem como os outros, roído pela dúvida, marcado pela cicatriz da ironia, cego para toda a paisagem do mundo que não fosse mental; incapaz de amar e de se ligar aos outros, sofrendo a solidão como uma condenação intelectual. Pessoa esteve sempre sozinho, herói de uma vida a preto e branco. Pessoa sabia que havia uma vida maior, a techinicolor, se conseguisse escapar ao tédio, ao “ennui” de uma existência num país, e mais do que num país, numa cidade, onde o perímetro autorizado era curto e monótono, igual todos os dias, com a lâmina metalizada do Tejo a cortar uma fronteira. Obrigando Bernardo Soares a fazer de Lisboa seu lar, Pessoa tentou uma forma de redenção. Na verdade, creio que este país lhe pareceu estreito cais desde o dia em que deixou Durban e a língua inglesa, onde até aí se educara e se expressara, para reencarnar português escrevendo em português numa terra estranha. (…) Prevenido, inventou para si uma língua e uma literatura, um conjunto de escritores a que chamou heterónimos. Os heterónimos vinham de trás, dos dias de Durban em que se via como Alexander Search ou Charles Robert Anon, mas não eram nesse tempo da adolescência mais do que um divertimento ou um subterfúgio de anonimato. Em Lisboa, que deve ter detestado tanto como detestou o curso de Letras que nunca acabou, Pessoa viu-se obrigado a reinventar uma lenda, a de um Portugal messiânico com um supra-Camões profético. Foi a sua escolha de armas para enfrentar em duelo o único poeta da sua altura, Luís Vaz, o épico lusíada. O único interlocutor. n João Gaspar Simões, Fernando Pessoa – Ensaio Interpretativo da sua Vida e da sua Obra Coleção: A minha vida deu um livro, 2011, Texto Editores

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Testes de avaliação

1. Seleciona, em cada um dos itens de 1.1 a 1.7, a única alternativa que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto. 1.1. A ideia-chave do segmento textual compreendido entre as linhas 1 e a 6 é a de que há a) zonas inexploradas do poeta Fernando Pessoa. b) mistério e desconhecimento do poeta Pessoa. c) múltiplos escritos sobre o poeta Pessoa e a sua obra. d) múltiplas apreciações subjetivas sobre o poeta. 1.2. O facto de Fernando Pessoa ter sido um prodígio contribuiu para a) a sua afirmação/projeção mundial. b) o seu destaque enquanto poeta nacional. c) o desconhecimento da sua vida pessoal. d) a sua transformação em mito. 1.3. Como fuga ao tédio da cidade de Lisboa, Pessoa a) fez nascer Bernardo Soares, um citadino por imposição do seu criador. b) adaptou-se ao modo de vida dessa cidade. c) continuou a escrever em inglês. d) começou a criar laços intelectuais. 1.4. No primeiro período do texto é utilizada uma forma verbal que pertence a um verbo a) transitivo direto. b) transitivo indireto. c) transitivo predicativo. d) copulativo. 1.5. A frase “Obrigando Bernardo Soares a fazer de Lisboa seu lar…” (linha 14) apresenta uma oração não finita

a) gerundiva. b) participial. c) adjetiva. d) substantiva. 1.6. O elemento sublinhado em “… creio que este país lhe pareceu estreito cais…” (linha 15) assegura o processo de coesão

a) temporal. b) lexical. c) referencial. d) frásica.

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1.7. Na expressão “Em Lisboa, que deve ter detestado tanto como detestou o curso de Letras que nunca acabou, …” (linhas 21-22), configura-se a modalidade…

a) … epistémica de certeza. b) … epistémica de probabilidade. c) … apreciativa. d) … deôntica de permissão. 2. Faz corresponder a cada um dos cinco elementos da coluna A um elemento da coluna B, de modo a obteres afirmações corretas. Coluna A a) No segundo período do texto,

b) Com a locução “Apesar d(os) milhares (linha 3),

c) No segmento sublinhado em “Pessoa é um mistério.” (linhas 5-6),

Coluna B 1. … o enunciador emprega uma oração subordinada substantiva completiva. 2. … o enunciador recorre a um complemento indireto. 3. … o enunciador utiliza dois verbos copulativos. 4. … o enunciador serve-se de uma oração subordinada substantiva relativa. 5. … o enunciador expressa uma ideia de finalidade.

d) Na afirmação “Pessoa sabia que havia uma vida maior…” (linhas 11-12),

e) No segmento “… para enfrentar em duelo…” (linha 23),

6. … o enunciador pretende transmitir uma lógica de concessão. 7. … o enunciador serve-se de um predicativo do sujeito. 8. … o enunciador expõe uma ideia de causa.

GRUPO III No texto que leste em II, afirma-se que “Pessoa esteve sozinho” e foi “herói de uma vida a preto e branco (…) sofrendo a solidão…”.

Num texto de 200 a 300 palavras, apresenta uma reflexão sobre a solidão e os seus efeitos. Fundamenta o teu ponto de vista, recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

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Testes de avaliação

1

TESTE DE AVALIAÇÃO SEQUÊNCIA 3

Nome ____________________________________________________________ Turma __________ Data __________

GRUPO I A Lê o excerto seguinte.

Com a energia possível a quem chegou ao fim das suas forças.

MATILDE Vamos falar com o D. Miguel Forjaz. SOUSA FALCÃO Nem nos receberá! Conheço-o há muitos anos. É frio, desumano e calculista. Odeia Gomes Freire com um ódio que vem de longe, um ódio total, que não perdoa nada! Lembre-se de que são primos, e antigos camaradas de armas… Um é franco, aberto, leal. O outro é a personificação de mediocridade consciente e rancorosa. Gomes Freire perdoaria a D. Miguel Forjaz, mas D. Miguel Forjaz vai enforcar Gomes Freire. É inútil bater-lhe à porta. MATILDE Um cristão não fecha assim a porta a uma desgraçada que lhe vem pedir pela vida do seu homem… tem de me ouvir. SOUSA FALCÃO (Com azedume)

D. Miguel é um cristão de domingo, Matilde. Pode estar certa de que todos os dias dá, a um pobre, pão que lhe baste para se conservar vivo até morrer de fome… MATILDE Mas temos de ir, António. SOUSA FALCÃO Não nos receberá. MATILDE Nesse caso iremos para que não nos receba. (Como quem faz uma descoberta)

E isso mesmo, António! Iremos para que não nos receba. (…)

Responde às questões de forma completa e contextualizada. 1. Insere o excerto apresentado na estrutura externa e interna da obra a que pertence. 2. Descreve o estado psicológico das personagens destacadas.

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3. Comprova a veracidade da primeira afirmação de António de Sousa Falcão relativamente à atitude de D. Miguel. 4. Indica a atitude que Matilde vai tomar após a tentativa de contacto com Miguel Forjaz. B Apela aos conhecimentos adquiridos sobre Felizmente Há Luar! e, num texto de 80 a 130 palavras, confirma a veracidade da afirmação a seguir transcrita: A imagem de Gomes Freire é referida e reverenciada pelo grupo que o defende, ou seja, o povo, e, por outro lado, desprezada pelos governadores do reino, que o condenam.

GRUPO II Lê um excerto do folheto relativo à encenação da obra de Sttau Monteiro, realizada pelo TEP em 2011. O texto teatral, que necessariamente é escrito para a cena, será sempre algo a que faltará o fundamental, quando se circunscreve à literatura; teatro só acontece na cena, recriando o texto teatral com a interpretação dos atores e juntando-lhe as diferentes vertentes cénicas, sob a direção do encenador. Mesmo quando é passado a filme, a dvd ou a outro meio de expressão, já não será teatro, mas imagens 5 estáticas e imutáveis, que lhe retiram a atuação viva e a efemeridade que perdura. Sem o binómio ator, como ser vivo e presencial, versus público, não há teatro. (…)

1. Indica o antónimo dos termos: a) estáticas (linha 5);

b) imutáveis (linha 5);

c) efemeridade (linha 5).

2. Atenta no segmento seguinte: “Mesmo quando é passado a filme, a dvd ou a outro meio de expressão, já não será teatro, mas imagens estáticas e imutáveis, que lhe retiram a atuação viva e a efemeridade que perdura.”

2.1. Identifica o tipo de modalidade presente no segmento. 2.2. Indica a lógica dos articuladores destacados. 2.3. Divide e classifica as orações presentes no segmento: “que lhe retiram a atuação viva e a efemeridade que perdura” (linha 5).

2.4. Regista a classe e a subclasse das palavras sublinhadas em: “imagens estáticas e imutáveis”. 2.5. Reescreve a frase “quando é passado a filme”, utilizando um outro conector com o mesmo valor lógico.

2.6. Refere o modo e o tempo em que se encontram as formas verbais utilizadas no segmento transcrito em 2.

2.7. Identifica as funções sintáticas desempenhadas pelos grupos: a) “lhe” (linha 5); b) “como ser vivo e presencial” (linha 6);

c) “teatro”(linha 6).

2.7.1. Indica o referente retomado pelo pronome “lhe”.

GRUPO III Produz um texto de opinião, com 200 a 300 palavras, onde demonstres a importância do teatro em qualquer sociedade e em qualquer época, no que diz respeito à divulgação de ideias e à formação cultural do indivíduo.

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Testes de avaliação

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TESTE DE AVALIAÇÃO SEQUÊNCIA 3

Nome ____________________________________________________________ Turma __________ Data __________

GRUPO I A Lê o excerto seguinte. BERESFORD Já que temos ocasião de crucificar alguém, que escolhamos a quem valha a pena crucificar… Pensou em alguém, Excelência? D.MIGUEL (Passeando agitadamente à frente do palco)

Sou um homem de gabinete. Não tenho as qualidades necessárias para falar ao povo… (Começa a apagar-se a luz que incide sobre Beresford e o principal Sousa)

Repugna-me a ação, estaria politicamente liquidado se tivesse de discutir as minhas ordens… Não sou, e nunca serei, popular. Quem o for, é meu inimigo pessoal. (Pausa)

No estado em que se encontra o Reino, basta o aparecimento de alguém capaz de falar ao povo para inutilizar o trabalho de toda a minha vida …E há quem seja capaz de o fazer… (Entram Corvo e Vicente, respetivamente pela esquerda e pela direita do palco.)

Abre os braços no gesto dramático de quem faz uma revelação importante e inesperada.

VICENTE Excelências, todos falam num só homem… CORVO Um só nome anda na boca de toda a gente. (Surge Morais Sarmento, que avança do fundo do palco.)

MORAIS SARMENTO Senhores Governadores: onde quer que se conspire, só um nome vem à baila. CORVO O nome do general Gomes Freire d’Andrade! (Acende-se a luz que ilumina Beresford e o principal Sousa.)

Começa a ouvir-se tambores ao longe, muito em surdina

D.MIGUEL Senhores Governadores: aí tendes o chefe da revolta. Notai que lhe não falta nada: é lúcido, é inteligente, é idolatrado pelo povo, é um soldado brilhante, é grão-mestre da Maçonaria e é, senhores, um estrangeirado… BERESFORD Trata-se dum inimigo natural desta Regência. PRINCIPAL SOUSA Foi Deus que nos indicou o seu nome. D. MIGUEL Deus e eu, senhores! Deus e eu… CORVO Mas, senhores, nada prova que o general seja o chefe da conjura. Tudo o que se diz pode não passar de um boato… (…)

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Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Regista, de forma sucinta, o conteúdo desta passagem textual. 2. Enumera as personagens intervenientes, associando-lhes os objetivos que as movem. 3. Mostra que o representante do clero não assume as funções que lhe estão confiadas. 4. Justifica, convenientemente, a última réplica do excerto. B “A oposição entre teatro «tradicional» «clássico», «dramático» ou «aristotélico» e o «moderno», «épico» ou «brechtiano» dá-se, não quanto aos meios utilizados que o próprio Brecht reconhece serem semelhantes, mas em relação aos fins que pretendem atingir.” n José António Camelo e Maria Helena Pecante (1984), in “O Judeu” de Bernardo Santareno, Porto, Porto Editora

Com base na tua experiência de leitura, num texto coerente entre 80 a 130 palavras, explicita o modelo teatral ilustrado em Felizmente Há Luar!, indicando os seus traços distintivos.

GRUPO II Lê atentamente o texto.

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Os desportos têm vindo a revolucionar as escolas do país. A preocupação no ensino vem crescendo e uma maneira de incentivo aos nossos alunos é procurar o desenvolvimento nos desportos. Por isso, a importância do desporto na educação. A prática desportiva como instrumento educacional visa o desenvolvimento integral das crianças, jovens e adolescentes, capacita o sujeito a lidar com as suas necessidades, desejos e expectativas, bem como, com as necessidades, expectativas e desejos dos outros, de forma que o mesmo possa desenvolver as competências técnicas, sociais e comunicativas, essenciais para o seu processo de desenvolvimento individual e social. O desporto, como instrumento pedagógico, precisa de se integrar nas finalidades gerais da educação, de desenvolvimento das individualidades, de formação para a cidania e de orientação para a prática social. O campo pedagógico do desporto é um campo aberto para a exploração de novos sentidos/significados, ou seja, permite que sejam explorados pela ação dos educandos envolvidos nas diferentes situações. Além de ampliar o campo experimental do indivíduo, cria obrigações, estimula a personalidade intelectual e física e oferece hipóteses reais de integração social. No meio destas descobertas do desporto, o que vem revolucionando hoje em dia as escolas é o chamado Desporto Radical. A adrenalina, emoção e o prazer de se exercitar nesta aventura faz com que o aluno alcance diferentes maneiras de aprender um movimento e de se integrar no meio social. Ensinar a prática de desportos radicais é preparar o aluno para executar determinadas habilidades por meio da descoberta do prazer de se exercitar. Tudo isso envolvendo segurança, bons profissionais e educadores sempre por perto. n http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=790 (texto adaptado)

1. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1. No texto destaca-se a associação que se pode estabelecer entre a) a prática desportiva e o desenvolvimento inteletual. b) o desporto e o desenvolvimento integral dos alunos. c) a prática desportiva e a possibilidade de concretização de desejos. d) o desporto e a satisfação das necessidades básicas.

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Testes de avaliação

1.2. No último parágrafo, referem-se as descobertas no âmbito do desporto, destacando-se a) o desporto radical. b) o aeromodelismo. c) a ginástica acrobática. d) as modalidades de grupo. 1.3. A forma verbal “têm vindo” (linha 1) encontra-se no a) pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. b) futuro composto do indicativo. c) pretérito mais-que-perfeito composto do conjuntivo. d) pretérito perfeito composto do indicativo. 1.4. Os complexos verbais uitilizados no primeiro parágrafo referem-se a ações que se a) prolongam no tempo. b) encontram já concluídas. c) encontram no seu início. d) repetem ao longo do tempo. 1.5. O segmento destacado em “é um campo aberto…” (linha 11) corresponde ao a) sujeito. b) predicativo do sujeito. c) predicativo do complemento direto. d) complemento direto. 1.6. No quarto parágrafo a coesão interfrásica é garantida pelo recurso à a) subordinação. b) concordância em género e número. c) coordenação. d) sinonímia. 1.7. O segmento “Ensinar a prática de desportos radicais” (linha 19) desempenha a função sintática de

a) modificador frásico. b) complemento oblíquo. c) complemento indireto. d) sujeito. 2. Responde de forma correta aos itens apresentados. 2.1. Indica o referente do determinante possessivo que ocorre em “com as suas necessidades” (linha 5). 2.2. Classifica a oração apresentada em “que sejam explorados pela ação dos educandos envolvidos nas diferentes situações” (linhas 12-13).

2.3. Indica a função sintática desempenhada pelo segmento sublinhado em “prática de desportos radicais”. (linha 19).

GRUPO III Num texto bem estruturado, com um mínimo de 200 e um máximo de 300 palavras, apresenta a tua opinião sobre a importância da prática de desportos, em especial de desportos radicais. Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

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TESTE DE AVALIAÇÃO SEQUÊNCIA 4

Nome ____________________________________________________________ Turma __________ Data __________

GRUPO I A Lê com atenção o excerto.

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Durante muitos meses, Baltasar puxou e empurrou carros de mão, até que um dia se achou cansado de ser mula de liteira, ora à frente, ora atrás, e, tendo prestado públicas e boas provas perante oficiais do ofício, passou a andar com uma junta de bois, das muitas que el-rei tinha comprado. (…) Fora de boa ajuda o José Pequeno porque instou com o abegão que passasse Baltasar Sete-Sóis a boieiro, se já andava com os bois um aleijado, podiam andar dois, fazem companhia um ao outro, e se ele não se entender com o trabalho, não arrisca nada, volta para os carros de mão, em um dia se verá a habilidade do homem. De bois sabia Baltasar o bastante, mesmo não lidando com eles há tantos anos, e em dois trajetos logo se viu que o gancho não era defeito e que a mão direita não esquecera nenhuma cláusula da arte da aguilhada. Quando nessa noite chegou a casa, ia tão contente como quando, em garoto, descobrira o primeiro ovo num ninho, quando homem estivera com a primeira mulher, quando soldado ouvira o primeiro toque de trombeta, e de madrugada sonhou com os seus bois e a mão esquerda, nada lhe faltava, se até Blimunda ia montada num dos animais, entenda isto quem souber de sonhos sonhados. Estava Baltasar há pouco tempo nesta sua nova vida, quando houve notícia de que era preciso ir a Pero Pinheiro buscar uma pedra muito grande que lá estava, destinada à varanda que ficará sobre o pórtico da igreja tão excessiva a tal pedra que foram calculadas em duzentas as juntas de bois necessárias para trazê-la, e muitos os homens que tinham de ir também para as ajudas. Em Pero Pinheiro se construíra o carro que haveria de carregar o calhau, espécie de nau da Índia com rodas, isto dizia quem já o tinha visto em acabamentos e igualmente pusera os olhos, alguma vez na nau da comparação. Exagero será, decerto, melhor é julgarmos pelos nossos próprios olhos, com todos estes homens que se estão levantando noite ainda e vão partir para Pero Pinheiro, eles e os quatrocentos bois, e mais de vinte carros que levam os petrechos para a condução, convém a saber, cordas e calabres, cunhas, alavancas, rodas sobressalentes feitas pela medida das outras, eixos para o caso de se partirem alguns dos primitivos, escoras de vário tamanho, martelos, torqueses, chapas de ferro, gadanhas para quando for preciso cortar o feno dos animais, e vão também os mantimentos que os homens hão de comer, fora o que puder ser comprado nos lugares, um tão numeroso mundo de coisas carregando os carros, que quem julgou fazer a cavalo a viagem para baixo, vai ter de fazê-la por seu pé, nem é muito, três léguas para lá, três para cá, é certo que os caminhos não são bons, mas tantas vezes já fizeram os bois e os homens esta jornada com outros carregos, que só de pôr no chão a pata e a sola logo veem que estão em terra conhecida, ainda que custosa de subir e perigosa de descer. n Cap. XIX, Memorial do Convento

Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens seguintes. 1. Insere este excerto na estrutura da obra a que pertence e clarifica a sua importância na narrativa. 2. Caracteriza o estado de espírito de Baltasar no primeiro dia do seu novo ofício. 3. Demonstra a hiperbolização da pedra e do seu transporte, relacionando-a com o trabalho dos homens.

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Testes de avaliação

4. Identifica três características da linguagem e estilo saramaguianos, exemplificando com elementos textuais. B Comenta a afirmação a seguir transcrita, num texto de 80 a 130 palavras, convocando os conhecimentos adquiridos ao longo do estudo da obra. Em Memorial do Convento, apesar da preocupação em respeitar a História, que se refere a alguns acontecimentos, cruzam-se diferentes linhas de ação, onde as personagens reais interagem com personagens ficcionadas.

GRUPO II Lê o texto seguinte. Blimunda, o Orfeu no feminino ou passagem de Blimunda por Itália Maria Armandina Maia

«Blimunda», a ópera lírica em três atos que às 21.30 do dia 20 de maio de 1990 estreava no Teatro Lírico de Milão, tinha a assinatura do compositor italiano Azio Corghi, autor de uma obra consagrada (…). O autor do Memorial tinha, por essa altura, três obras suas publicadas em Itália (…) Para o vasto e exigente público italiano, Saramago era o autor português mais conhecido depois do «fenómeno» Pessoa, 5 o primeiro a merecer destaque e interesse de casas editoras que constituíam um selo de garantia. (…)

Azio Corghi, impressionado pela atmosfera criada no Memorial, confessou a José Saramago o seu desejo de «contar a história de um Orfeu no feminino». A resposta de Saramago batizaria a ópera. «Chamá-la-emos Blimunda». Num exercício de grande unidade, escritor e compositor intersetaram os respetivos saberes, dando 10 lugar ao magnífico trabalho que é o libreto de Blimunda, descrito pela crítica Lidia Bramani (casa Ricordi),

como «uma estrutura em que são determinantes a voz recitante, solistas, oiteto madrigalista, coro, orquestra, eletrónica, que se intersetam ao longo de linhas que se fragmentam e refazem, entrecruzandose, distanciando-se, por vezes tocando-se ao de leve em três espaços musicalmente e cenograficamente distintos: o espaço acústico, o espaço imaginário e o espaço real». (…) n http://www.instituto-camoes.pt/revista/blimundaorfeofem.htm (2008, 14 de março, 15.38h – texto com supressões)

1. Seleciona a opção que melhor completa o sentido de cada afirmação. 1.1. O sujeito do primeiro período do texto é… a) … “a ópera lírica”. b) … “a ópera lírica em três atos”. c) … “teatro lírico de Milão”. d) … “Blimunda”. 1.2. O segmento “… autor de uma obra consagrada.” (linha 2) desempenha a função sintática de… a) … sujeito. b) … modificador apositivo do nome. c) … complemento direto. d) … complemento oblíquo.

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1.3. No segmento “Para o vasto e exigente público italiano…” (linhas 3-4), verifica-se uma… a) … dupla adjetivação. b) … metáfora. c) … hipálage. d) … comparação. 1.4. No segmento “… que constituíam um selo de garantia.” (linha 5), verifica-se uma oração subordinada…

a) … adverbial causal. b) … substantiva completiva. c) … adjetiva relativa restritiva. d) … adverbial consecutiva. 1.5. No segmento “… confessou a José Saramago o seu desejo…” (linhas 6-7), o tipo de coesão que se verifica, atendendo aos vocábulos sublinhados, é….

a) … interfrásica. b) … lexical. c) … frásica. d) … referencial. 1.6. No segmento “«Chamá-la-emos Blimunda».” (linha 8), a forma verbal encontra-se no… a) … condicional. b) … imperativo. c) … presente do indicativo. d) … futuro do indicativo. 1.7. O adjetivo “moderníssima” (linha 21) encontra-se no grau… a) … superlativo relativo de superioridade. b) … superlativo absoluto sintético. c) … comparativo de superioridade. d) … normal. 2. Responde de forma correta aos itens apresentados. 2.1. Identifica o antecedente do determinante possessivo “seu” (linha 6). 2.2. Classifica sintaticamente os elementos sublinhados em “Chamá-la-emos Blimunda” (linha 8). 2.3. Indica o valor do adjetivo em “magnífico trabalho” (linha 10).

GRUPO III Em Memorial do Convento, aborda-se, entre outros temas, a natureza e a condição humana. Ao mesmo tempo que se imortalizam os que lutam por uma vida melhor, faz-se uma crítica aos que se servem dos mais fracos para atingir os seus fins.

Redige um texto expositivo/argumentativo, com 200 a 300 palavras, sobre a temática referida na afirmação, fundamentando o teu ponto de vista com dois argumentos e, pelo menos, um exemplo significativo.

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Testes de avaliação

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TESTE DE AVALIAÇÃO SEQUÊNCIA 4

Nome ____________________________________________________________ Turma __________ Data __________

GRUPO I A Lê com atenção o texto que se segue.

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Enfim o rei bate na testa, resplandece-lhe a fronte, rodeia-o o nimbo da inspiração, E se aumentássemos para duzentos frades o convento de Mafra, quem diz duzentos, diz quinhentos, diz mil, estou que seria uma ação de não menor grandeza que a basílica que não pode haver. O arquiteto ponderou, Mil frades, quinhentos frades, é muito frade, majestade, acabávamos por ter de fazer uma igreja tão grande como a de Roma, para lá poderem caber todos, Então, quantos, Digamos trezentos, e mesmo assim já vai ser pequena para eles a basílica que desenhei e está a ser construída, com muitos vagares, se me é permitido o reparo, Sejam trezentos, não se discute mais, é esta a minha vontade, Assim se fará, dando vossa majestade as necessárias ordens. Foram dadas. Mas primeiro se juntaram, em outro dia, o rei com o provincial dos franciscanos da Arrábida, o almoxarife, e novamente o arquiteto. Ludovice levou os seus desenhos, estendeu-os sobre a mesa, explicou a planta, Aqui é a igreja, para norte e sul estas galerias e estes torreões são o palácio real, da parte de trás ficam as dependências do convento, ora, para satisfazer as ordens de sua majestade teremos de construir, ainda mais atrás, outros corpos, há aqui um monte de pedra rija que vai ser o cabo dos trabalhos minar e rebentar, tanto nos custou já morder a falda dele para endireitar o chão. Ao ouvir que queria el-rei ampliar o convento para tão grande número de frades, de oitenta para trezentos, imagine-se, o provincial, que fora ali sem ainda saber da novidade, derrubou-se no chão dramaticamente, beijou com abundância as mãos da majestade, e enfim declarou, com a voz estrangulada, Senhor, ficai seguro de que neste mesmo momento está Deus mandando preparar novos e mais sumptuosos aposentos no seu paraíso para premiar quem na terra o engrandece e louva em pedras vivas, ficai seguro de que por cada novo tijolo que for colocado no convento de Mafra, uma oração será dita em vossa intenção, não pela salvação da alma, que vos está garantidíssima pelas obras, mas sim como flores da coroa com que haveis de apresentar-vos perante o supremo juiz, queira Deus que só daqui por muitos anos, para que não esmoreça a felicidade dos vossos súbditos e perdure a gratidão da igreja e ordem que sirvo e represento. D. João levantou-se da sua cadeira, beijou a mão do provincial, humildando o poder da terra ao poder do céu, e quando se tornou a sentar repetiu-se-lhe o halo em redor da cabeça, se este rei não se acautela acaba santo. n José Saramago, Memorial do Convento, Lisboa, Caminho, 34.a edição, pp. 283-284

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Identifica o acontecimento que motivou o diálogo apresentado no excerto. 2. Associa, a cada uma das personagens referenciadas, uma razão para a sua intervenção/alusão. 3. Comenta a atitude do provincial realçada na sua intervenção em discurso direto nas linhas 17-23. 4. Apresenta dois aspetos reveladores da subjetividade do narrador/autor.

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B José Saramago é muito crítico em relação à religião, sobretudo em relação à religião institucionalizada pela Igreja Católica.

Num texto entre 80 e 130 palavras, refere o modo como se concretiza ou verifica o aspeto acima enunciado na obra Memorial do Convento.

GRUPO II Lê atentamente o texto. Entrevista a José Saramago: “Voltei com naturalidade à escrita” 2008-11-05 Ana Vitória

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Misto de conto e de romance, o novo livro de José Saramago estará à venda a partir desta quarta-feira. O autor chamou-lhe "A viagem do elefante". A trama, inspirada num facto histórico sobre o qual poucos detalhes são conhecidos, poderia ser contada numa ou duas páginas. Mas a arte do ficcionista, Prémio Nobel de Literatura, transformou o episódio num excelente pretexto para presentear os leitores com uma obra que reflete, de certo modo, o seu olhar sobre a Humanidade, em que a ironia e o sarcasmo se combinam com compaixão solidária. Nunca é de mais referir que este livro foi escrito numa altura em que o autor, de 86 anos, se encontrava em condições de saúde muito precárias. Esteve para ser o último. O ponto de partida é o século XVI, numa altura em que o rei D. João III decidiu oferecer a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, um elefante indiano. É a história da viagem do paquiderme, desde Belém, em Lisboa, até Viena, na Áustria, que é reinventada por Saramago. (…) Dedica este livro à sua mulher, Pilar, que, afirma, "não deixou que eu morresse". O amor pode salvar-nos? Não. O amor pode muita coisa, mas não pode nada diante da morte. Claro que, quando digo "à Pilar que não deixou que eu morresse", faço-o porque, em primeiro lugar, ela, efetivamente, não queria que eu morresse. E, em segundo lugar, porque ela era um dos elementos desse grupo que me salvou a vida e de que fazem parte os dois ou três médicos que me assistiram. Portanto, ela foi um elemento-chave no processo que me arrancou a essa espécie de limbo em que eu, durante uns dias, diria até algumas semanas, permaneci. Estive entre um cá e um lá que durante algum tempo tardou a definir-se. Como estou aqui.... E a literatura, será que nos salva? Também não. Nós é que temos sempre essa preocupação de algo que nos salve a vida, que resolva as grandes questões e, se for possível, as pequenas. A literatura não nos salva. Para mim, e tenho dito isto muitas vezes para surpresa de certas pessoas, escrever é um trabalho. Portanto, posta a questão desta maneira, a um mineiro também não é a mina que lhe salvará a vida. Bem pelo contrário. n http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1038732&page=-1 (texto com supressões; último acesso: 7/10/11)

1. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1. A trama de “A viagem do elefante” a) apresenta um acentuado fundo histórico. b) revela os momentos difíceis da doença de José Saramago. c) reflete uma visão pessoal do autor. d) centra-se em episódios protagonizados pelo rei D. João III depois de receber de prenda um elefante indiano.

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Testes de avaliação

1.2. Com as expressões ”em primeiro lugar” (linha 14) e “em segundo lugar” (linha 15), o enunciador pretende

a) realçar duas ideias contrárias. b) sequencializar o seu discurso com a apresentação de dois argumentos. c) apresentar dois exemplos para ilustrar os argumentos expostos anteriormente. d) registar duas conclusões. 1.3. O segmento textual “Misto de conto e de romance” (linha 1) desempenha a função sintática de a) modificador apositivo do nome. c) sujeito.

b) predicativo do sujeito. d) complemento oblíquo.

1.4. O complexo verbal “poderia ser contada” (linha 3) aponta para uma ação a) concluída. b) em desenvolvimento. c) provável de acontecer. d) que se realizará no futuro. 1.5. O enunciado “que eu morresse” (linhas 14-15) corresponde a uma oração subordinada a) substantiva completiva. b) adjetiva relativa restritiva. c) adverbial consecutiva. d) adverbial causal. 1.6. O recurso às expressões “José Saramago” (linha 1), “autor” (linha 2), “ficcionista” (linha 4) e “Prémio Nobel da Literatura” (linha 4) contribui para a

a) coesão referencial do texto. c) coesão frásica do texto.

b) coesão lexical do texto. d) coesão interfrásica do texto.

1.7. Ao servir-se da expressão “entre um cá e um lá” (linha 18), José Saramago pretende realçar a ideia de

a) um tempo muito longo. c) um tempo curto.

b) um tempo longo. d) alguma indefinição.

2. Responde de forma correta aos itens apresentados. 2.1. Classifica a oração “que este livro foi escrito” (linhas 6-7). 2.2. Explicita o ato ilocutório (de fala) presente no enunciado “E a literatura, será que nos salva?” (linha 19).

2.3. Identifica a função sintática do segmento sublinhado “escrever é um trabalho” (linha 22).

GRUPO III Na entrevista a José saramago, da qual se apresentou um excerto no Grupo II, pode ler-se o seguinte: «Voltando ao livro: "somos cada vez mais os defeitos que temos e não as qualidades"? Continua com esta visão pessimista da Humanidade? Como se pode ser otimista quando tudo isto é um estendal de sangue e lágrimas? Nem sequer vale a pena que nos ameacem com o inferno, porque inferno, já o temos. O inferno é isto.»

Num texto bem estruturado, com um mínimo de 200 e um máximo de 250 palavras, apresenta uma reflexão sobre as condições em que, atualmente, o mundo se encontra, partindo da perspetiva assinalada por Saramago. Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

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PROPOSTA DE CORREÇÃO DOS TESTES DE AVALIAÇÃO

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SEQUÊNCIA 1 – Teste de Avaliação 1

GRUPO I A 1. O sujeito poético encontra-se perturbado por questões de foro existencial (“Que fiz eu da vida?”, v. 1; “Que é dele?”, v. 10). Paralelamente, denuncia-se um “eu” triste (“Triste de quem é assim”, v. 4), consequência da permanente e inquietante consciência. A “angústia sem remédio” (v. 5), assalta-o, despertando-lhe um sentimento de saudade de um passado mítico tranquilizador. 2. Os sentimentos vivenciados num dia chuvoso são disfóricos, aspeto que se associa à angústia e perturbação do eu-poético, conforme comprova todo o texto. Repare-se que no último verso do poema o sujeito lírico manifesta o desejo de a chuva abrandar, ou seja, a vontade de menos sofrer (“Se ao menos chovesse menos!”).

os mesmos atores. Assim, evoca a felicidade de não ter direitos nem deveres, de ser livre por não saber pensar nem sentir. Concluindo, Pessoa recorre a uma infância mítica, momento vivido inconscientemente, associado à liberdade, à naturalidade, à felicidade, em oposição a um presente marcado pela angústia e pelo tédio. (121 palavras)

GRUPO II 1. 1.1 d); 1.2 b). 2. 2.1 Aí – coesão referencial (anáfora); dá conta (…) de (…) – coesão frásica (princípio da regência);

3. A fragmentação do “eu” verifica-se no penúltimo verso (“De mim, ‘stou de mim partido”). Aqui, o “eu” denuncia a desintegração que sente; revela a inconsistência do seu ser, a sua fragilidade, a sua frustração. 4. A referência à chuva está presente no primeiro e último verso assim como nesses se depreende o estado de angústia do sujeito poético.

B A nostalgia da infância é, sem dúvida, uma das temáticas mais tocantes da poesia de Fernando Pessoa ortónimo, como documentam vários dos seus poemas, entre eles “Ó sino da minha aldeia” e “Quando era criança”. O poeta fingidor arquitetou fabulosamente a nostalgia da infância para comunicar aos outros, comuns dos mortais, a abulia, o tédio, a angústia, o desconforto de se viver numa rotina interminável, encenada com os mesmos gestos, com

bem como – coesão interfrásica (coordenação); provocada por – coesão frásica (princípio da regência); essas manifestações – coesão referencial (anáfora). 3.1 e 3.2 Respostas de caráter pessoal. 3.3 Sim. O advérbio Aí surge na frase como anafórico, retomando o referente «revista Ilustração Portuguesa». Contudo, poderá apresentar-se como deítico quando remete para a situação da enunciação. Por exemplo: O livro está aí, João.

GRUPO III Resposta pessoal e variável mas que deverá obedecer à tipologia indicada, ao número de palavras e apresentar uma tripartição com informação útil, pertinente e organizada de forma coerente.

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Correção dos testes de avaliação

SEQUÊNCIA 1 – Teste de Avaliação 2

GRUPO I A 1. Ao longo do texto, há, com efeito, a referência a dois rios, sendo que um é nomeado, o rio Tejo, e o outro não, surgindo apenas designado como o rio da aldeia do sujeito poético (v. 2). Ora, como o primeiro é conhecido por “toda a gente” (v. 19) e desperta sentimentos e pensamentos, cabe-lhe o convencionalismo de ser nomeado; o outro, pelo simples facto de ser desconhecido (v. 11), não recebe nenhuma designação em específico. 2 Por um lado, o rio Tejo surge associado às lembranças da época dos Descobrimentos (2.a estrofe), despertando recordações saudosistas desse período àqueles “que veem em tudo o que lá não está” (v. 6). Sabe-se que “desce de Espanha” (v. 8), que “entra no mar em Portugal” (v. 9) e que através dele se vai para o “Mundo”, permitindo alcançar “fortuna”. Por outro lado, o outro rio é o que passa na aldeia do sujeito poético (v. 11), é praticamente desconhecido, daí que “É mais livre e maior” (v. 15). Em contraste com o Tejo, este “não faz pensar em nada” (v. 21), por isso “Quem está ao pé dele está só ao pé dele” (v. 22). 3. O verso destacado reporta-se aos indivíduos que refletem, àqueles que imaginam, ou seja, àqueles “que veem em tudo o que lá não está” (v. 6). 4. Discurso coloquial, oralizante, comprovado pelas repetições (“Tejo”, “rio”) e pelo polissíndeto (3.a estrofe). A recusa do pensamento afirma-se na última estrofe assim como uma postura de indiferença e de plácida aceitação.

B De facto, ainda que o discípulo Ricardo Reis tivesse seguido a doutrina “filosófica” do seu Mestre Alberto Caeiro, a dor da caducidade afeta-o profundamente. Assim, o contacto com a Natureza, a sua pura contemplação não passam de momentos de observação refletida. O

rio corre para o mar, assim como a vida para a morte; a folha da árvore cai e não torna ao mesmo local, tal como o tempo passa e não volta. É a dureza da consciência de forças superiores que comandam o ser humano que faz Reis seguir os conselhos dos gregos: abdicar e depurar a alma de fortes emoções. Em suma, Reis autodisciplina-se, vive ilusoriamente a sensação de liberdade e passa a sua mensagem a quem, como ele, “sofre por se saber efémero”. (126 palavras)

GRUPO II 1. e 1.1 a) F (mais específica); b) V; c) V; d) F (anafórico); e) V 2.1 a) servindo-se … b) contrariamente, …

GRUPO III Resposta pessoal e variável mas que deverá obedecer à tipologia indicada, ao número de palavras e apresentar uma tripartição com informação útil, pertinente e organizada de forma coerente.

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SEQUÊNCIA 2 – Teste de Avaliação 1 – Os Lusíadas GRUPO I A 1. As marcas do discurso apelativo são visíveis na estância 152, verso 1, através da forma verbal no imperativo “Fazei”, do vocativo, no mesmo verso, “Senhor”; na mesma estância, no verso 5, a forma verbal “Tomai”, também no imperativo; na estância 153, no verso 2, a forma verbal “vereis” e, finalmente, no verso 6 da mesma estância, a forma verbal na negativa, seguida do vocativo (“não se aprende, Senhor…”). O recetor é o monarca D. Sebastião, a quem o poeta se dirige, novamente, no canto X. 2. O poeta aconselha o monarca a ouvir e a seguir os conselhos dos mais experientes. Incita-o, ainda, à ação, pois, segundo ele, a verdadeira mestria não se aprende estudando, nem fantasiando, mas lutando e agindo. 3. O poeta caracteriza-se como humilde e insignificante, uma vez que é um completo desconhecido do monarca. Contudo, assegura que é esforçado, no que se refere ao estudo, tem grande experiência e talento. 4.1. O “eu poético” dirige-se ao Rei garantindo que está disponível para o servir, seja na utilização da pena seja na utilização da espada, como se pode verificar nos versos 1 e 2 –“Pera servir-vos, braço às armas feito, /Pera cantar-vos, mente às Musas dada;”– da estância 155.

B Em Os Lusíadas, por diversas vezes, Camões contrapõe o ideal de homem da Antiguidade ao homem do seu tempo, elogiando a sua faceta de guerreiro e de mestre no manejamento

da espada, mas reprovando a sua total desconsideração pelas letras e pelas artes, sobretudo pela poesia. Este lamento é visível, por exemplo, no canto V, onde o poeta invoca os imperadores César e Alexandre Magno, elogiando-os por prezarem as artes e as armas. No canto VII regressa ao tema, tomando o seu próprio exemplo, assegurando que tem “numa mão sempre a espada, noutra a pena”. Este é o ideal de homem renascentista defendido por Camões: profundamente humanista, letrado e divulgador da cultura clássica. (113 palavras)

GRUPO II 1. 1.1 F – restritiva; 1.2 V; 1.3 F – epistémica, valor de probabilidade; 1.4 F– de oposição; 1.5 V. 2. 1. c); 2. f); 3. i); 4. b); 5. a).

GRUPO III Resposta pessoal e variável mas que deverá obedecer à tipologia indicada, ao número de palavras e apresentar uma tripartição com informação útil, pertinente e organizada de forma coerente.

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SEQUÊNCIA 2 – Teste de Avaliação 2 – A Mensagem

B

GRUPO I A 1. Referências textuais que comprovam o caráter de predestinado do Infante D. Fernando: – “Deu-me Deus o seu gládio” (v. 1); “Sagrou-me seu” (v. 3); “Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me” (v. 6); “são seu nome” (v. 9). Confirma-se, então, que D. Fernando foi escolhido por Deus para, na terra, prolongar a Sua missão. 2. Seguem-se alguns dos traços caracterizadores da personagem destacada no texto: - predestinado (“Sagrou-me seu”); - ambicioso (“esta febre de Além”; “este querer grandeza”); - corajoso (“não temo o que virá”); - calmo (“Em minha face calma”); - crente (“Cheio de Deus”); - possuidor de uma grande alma (“nunca será / Maior do que a minha alma”); - (...) 3. O verso destacado remete para a ideia de que D. Fernando foi escolhido por Deus para o bem e para o mal. 4. Na última estrofe, realça-se o uso do futuro do indicativo (“o que virá” – v.13; “nunca será” – v. 14) e do conjuntivo (“o que vier” – v. 14). A primeira situação orienta-nos para a factualidade de algo que se cumprirá num tempo futuro, ou seja, neste caso, realça a certeza do “eu” relativamente a algo que ocorrerá num tempo que ainda está por se realizar. Todavia, no segundo caso, depreende-se a incerteza, a dúvida relativamente a esse futuro, que, por o ser, é incerto, desconhecido.

Obras separadas por, sensivelmente, quatro séculos; no entanto, com alguns aspetos que as aproximam: - desalento de ambos os poetas relativamente à nação: • Camões lamenta a cobiça e a rudeza da sua pátria, que, mais interessada em valores materiais, em consequência das descobertas, ignora o seu canto; • Pessoa lastima a passividade do seu “Portugal a entristecer”, país envolto numa névoa que é necessário fazer dissipar; – vontade de ambos em fazer renascer a Pátria: • Camões, depositando a esperança em D. Sebastião para espalhar o império e a fé cristã; • Pessoa, sonhando com um império de natureza espiritual, cultural, o Quinto Império.

GRUPO II 1.1. b); 1.2. d); 1.3. a); 1.4. d); 1.5. a); 1.6. c); 1.7. b). 2. a) 3; b) 6; c) 7; d) 1; e) 5.

GRUPO III Resposta pessoal e variável mas que deverá obedecer à tipologia indicada, ao número de palavras e apresentar uma tripartição com informação útil, pertinente e organizada de forma coerente.

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SEQUÊNCIA 3 – Teste de Avaliação 1

GRUPO I A 1. Insere-se no ato II, depois de Matilde se ter dirigido ao marechal Beresford. Contudo, Miguel Forjaz também não os vai receber e, como tal, Matilde vai procurar o Principal Sousa.

Conclui-se, assim, que o general desperta amor e ódio, exemplificando mais um dos muitos aspetos de natureza dual que percorrem toda a peça. (114 palavras)

GRUPO II 1

2. Matilde está determinada e revela alguma confiança na ação que vai empreender, o que demonstra também alguma ingenuidade. Já Sousa Falcão está consciente da crueldade dos governadores e mostra-se, desde logo, indignado e revoltado perante as atitudes de mesquinhez com que se vai confrontar.

a) dinâmicas; b) mutáveis; c) longevidade.

3. Com efeito, depois de solicitarem audiência a D. Miguel, este manda um criado dizer que não recebe amantes de traidores.

2.4 Adjetivos qualificativos.

4. Depois de mais uma tentativa falhada, Matilde dirige-se ao Principal Sousa, pensando que junto do representante da igreja ainda poderia alcançar resposta para os seus pedidos, o que realmente não vai acontecer.

B Gomes Freire de Andrade é, de facto, alvo de duas atitudes contrárias, fundamentalmente na esfera social. Se por parte do Antigo Soldado e pelos populares em geral, o general é idolatrado e admirado, porque veem nele a possibilidade de mudança, por outro lado, o do Poder, Gomes Freire é odiado por constituir uma ameaça para os três governadores, que só descansarão após a prisão e consequente execução do general. Face a esta pretensão, surge uma outra oposta e liderada por Matilde e Sousa Falcão, também eles fiéis ao representante da liberdade.

2.1 Epistémica com valor de certeza. 2.2 Disjuntivo e adversativo. 2.3 “que lhe retiram a atuação viva e a efermeridade” (oração subordinada adjetiva relativa explicativa); “que perdura” (oração subordinada adjetiva relativa restritiva). 2.5 Depois de ser passado a filme… 2.6 Presente do indicativo: “é”, “retiram” e “perdura”; futuro do indicativo: “será”. 2.7 a) complemento indireto; b) modificador apositivo do nome; c) complemento direto. 2.8 O texto teatral.

GRUPO III Resposta pessoal e variável mas que deverá obedecer à tipologia indicada, ao número de palavras e apresentar uma tripartição com informação útil, pertinente e organizada de forma coerente.

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SEQUÊNCIA 3 – Teste de Avaliação 2

GRUPO I A 1. Esta passagem textual diz respeito ao momento em que os governadores explicam as razões que os fazem temer a influência do líder da conspiração, acabando por encontrar nos denunciantes o nome daquele que mais convinha indicar como inimigo da regência e, extensivamente, do reino. 2. No excerto destacam-se as intervenções dos três governadores do reino (Beresford, Miguel Forjaz e Principal Sousa) e dos três denunciantes (Vicente, Andrade Corvo e Morais Sarmento). Os primeiros são movidos pela ganância e pelo medo de perder os privilégios que detêm; aos segundos interessa-lhes ascender social e economicamente. 3. O representante do clero mistura as questões políticas com as religiosas e, ao concordar com uma condenação sem julgamento, mostra que os valores cristãos não são por ele assumidos, prontificando-se a condenar um inocente tal como os inimigos de Cristo o condenaram injustamente.

Com efeito, é visível na obra de Sttau Monteiro a mesma preocupação social que dominou Brecht. Tem também um caráter histórico e recorre-se à distanciação, para que o espectador julgue ou avalie o representado, em vez de se envolver emocionalmente como no teatro tradicional, confirmando-se assim, a presença da técnica brechtiana no texto de Sttau Monteiro. Mas isto não significa que nela não se espelhe uma vertente emotiva, mesmo que esta não atenue o caráter épico que domina. Deste modo, pode afirmar-se que os mandamentos brechtianos nortearam o autor de Felizmente Há Luar!, dado que este denuncia o século XX retratando circunstâncias idênticas do século XIX. (127 palavras)

GRUPO II 1.1 b); 1.2 a); 1.3 d); 1.4 a); 1.5 b); 1.6 c); 1.7 d). 2.1 O determinante “suas” refere-se às necessidades do “sujeito”. 2.2 Trata-se de uma oração subordinada substantiva completiva. 2.3 Complemento do nome.

4. A última réplica do excerto revela alguma relutância por parte do interlocutor (Andrade Corvo) em aceitar uma condenação sem provas, parecendo existir uma réstia de consciência, talvez porque já defendera ideais semelhantes aos do condenado.

B É frequente associar-se a técnica de Brecht ao texto dramático Felizmente Há Luar! pela leitura metafórica que suscita.

GRUPO III Resposta pessoal e variável mas que deverá obedecer à tipologia indicada, ao número de palavras e apresentar uma tripartição com informação útil, pertinente e organizada de forma coerente.

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SEQUÊNCIA 4 – Teste de Avaliação 1

tirem alguns dos primitivos, escoras de vário tamanho, martelos, torqueses, chapas de ferro”.

GRUPO I A 1. Este excerto insere-se no capítulo XIX de Memorial do Convento, na linha de ação da gente que construiu o convento, onde se narra o transporte da pedra. Baltasar deixara o seu trabalho com os carrinhos de mão, para passar a ser boieiro. Este facto permitir-lhe-á ir, com os outros seiscentos homens e quatrocentos bois, a Pero Pinheiro, buscar a pedra que seria colocada na varanda sobre o pórtico do convento. É neste episódio que, uma vez mais, mas de forma exuberante, é destacado o papel dos trabalhadores do convento, do povo, personagem central desta narrativa. A força, a valentia, o sofrimento, a morte são, aqui, destacados, de modo a podermos perceber a heroicidade deste povo rude e ignorante. 2. Quando recebeu a notícia de que seria boieiro, a felicidade sentida pelo ex-soldado só encontrava paralelo com outros momentos importantes da sua vida, nomeadamente o início da sua vida de soldado, ou da sua masculinidade, chegando a sonhar com a sua integridade física. 3. A hiperbolização do tamanho da pedra verifica-se em expressões como: “que foram calculadas em duzentas as juntas de bois necessárias para trazê-la,”, “muitos os homens que tinham de ir também para as ajudas”, “Em Pero Pinheiro se construíra o carro que haveria de carregar o calhau, espécie de nau da Índia com rodas,”, de onde podemos concluir que o esforço para a transportar teria de ser sobrehumano. Às características da pedra devemos acrescentar as dificuldades inerentes aos caminhos: “três léguas para lá, três para cá, é certo que os caminhos não são bons“. 4. Podem enunciar-se o registo de língua familiar ou popular –“ser mula de liteira…”; a metáfora– “espécie de nau da Índia com rodas,”; frases muito longas, desde “Exagero será” até ao final do excerto; enumeração –“cordas e calabres, cunhas, alavancas, rodas sobressalentes feitas pela medida das outras, eixos para o caso de se par-

B As quatro linhas de ação, destacadas na contracapa do romance, parecem representar quatro universos distintos, contudo, estas interligam-se, conferindo unidade à narração, onde personagens reais, monarca, família real e Padre Bartolomeu, embora muito romanceadas, interagem com as ficcionadas. Relativamente à primeira linha de ação, aparecem datados os diversos acontecimentos bem como os que os protagonizaram, conforme o registo histórico. No entanto, a par da construção do convento, surge-nos a construção ficcional da passarola, desenhada por Bartolomeu de Gusmão, concretizada por Baltasar e Blimunda, representantes do povo esquecido pela História, que, tal como a sua relação amorosa, são fruto da imaginação do autor. Poder-se-á concluir, portanto, que se cruzam dois universos: o dos dominantes, de raiz histórica, e o dos dominados, fruto da idealização, da ficção. (115 palavras)

GRUPO II 1. 1.1 d); 1.2 b); 1.3 a); 1.4 c); 1.5 c); 1.6 d); 1.7 b). 2.1 “Azio Corghi”. 2.2 “la” – complemento direto; “Blimunda” – predicativo do complemento direto. 2.3 Não restritivo.

GRUPO III Resposta pessoal e variável mas que deverá obedecer à tipologia indicada, ao número de palavras e apresentar uma tripartição com informação útil, pertinente e organizada de forma coerente.

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SEQUÊNCIA 4 – Teste de Avaliação 2

GRUPO I

B A

1. Na impossibilidade de se construir uma réplica da basílica de S. Pedro de Roma, em Mafra, o rei D. João V decide aumentar o convento, de forma a acolher trezentos frades. Assim, dá-se uma reunião entre o monarca, o arquiteto Ludovice, o almoxarife e o provincial. 2. O rei D. João V é o soberano, quem ordena e decide; Ludovice é o arquiteto do palácio de Mafra, portanto quem orienta as obras; o almoxarife é o tesoureiro da casa real; o provincial é o superior da ordem dos franciscanos da Arrábida. Assim, as ordens do rei, a propósito da promessa feita aos frades franciscanos – a construção de um convento em Mafra, caso a rainha lhe desse um descendente no prazo de um ano – são acompanhadas das diretrizes do arquiteto e do tesoureiro e, posteriormente, comunicadas à parte interessada, ao representante da ordem religiosa. 3. O enunciado destacado realça a falsidade e o caráter interesseiro do provincial da ordem dos franciscanos. A fabulosa capacidade de Saramago jogar com as palavras e com as situações confirma-se neste excerto, pois, e ironicamente, associa o poder do rei ao poder de Deus. Vejamos: ambos têm o poder de construir: um manda erigir um convento, aposentos para os frades franciscanos; o outro constrói “novos e mais sumptuosos aposentos no seu paraíso para premiar” o monarca. 4. A subjetividade do narrador/autor perceciona-se, por exemplo, no pormenor da descrição dos comportamentos e das atitudes das personagens (veja-se, a título exemplificativo, a situação representada pelo provincial – linhas 16-20), e nos seus comentários (irónicos) tão recorrentes nesta narrativa (“se este rei não se acautela acaba santo.” – linhas 25-26).

De facto, José Saramago, em Memorial do Convento, satiriza a religião católica, denunciando a sua falsidade, o seu repreensível caráter materialista e o seu poder castrador. Ora, tais aspetos confirmam-se no romance saramaguiano quando um narrador comentador depreciativo apresenta uma ordem religiosa, que faz voto de pobreza, os franciscanos, a desejar tanto um aparatoso convento em Mafra. Intensifica-se a crítica quando são relatados episódios de envolvimento de padres/frades com mulheres, e a referência à Irmã Paula, freira do convento de Odivelas, conhecida pelas relações que mantinha com D. João V. Acrescente-se que até a Inquisição é alvo de duras críticas, devido ao seu poder manipulador e castrador, punindo todos aqueles que revelam possuir conhecimentos que ultrapassam o fanatismo da Igreja. (121 palavras)

GRUPO II 1. 1.1 c); 1.2 b); 1.3 a); 1.4 c); 1.5 a); 1.6 b); 1.7 d). 2.1 Trata-se de uma oração subordinada substantiva completiva. 2.2 O enunciado apresentado exemplifica um ato diretivo. 2.3 O segmento sublinhado corresponde ao predicativo do sujeito.

GRUPO III Resposta pessoal e variável mas que deverá obedecer à tipologia indicada, ao número de palavras e apresentar uma tripartição com informação útil, pertinente e organizada de forma coerente.

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