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July 11, 2019 | Author: Alexandra Santos | Category: Matéria, Tempo, Aprendizado, Pensamento, Piscina
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Natação para Bebés

1.Introdução Se usualmente se assumia que a AMA deveria ser realizada a partir do momento em que a criança passava a frequentar o Ensino Pré-Escolar (ao terceiro ano de vida); hoje em dia, frequentemente este processo ocorre bem mais cedo, ainda em bebé. A AMA é realizada através das vulgarmente denominadas aulas de “Natação para Bebés” (NB). Perante este quadro, a NB insere-se claramente no grupo das actividades aquáticas educativas a par por exemplo, dos programas de ensino e aperfeiçoamento da natação. O bebé não irá aprender as técnicas de nado formais. Irá apropriar um conjunto de condutas, de conhecimentos e de vivências essenciais para que saiba estar, para que saiba comportar-se correctamente correctame nte no meio aquático.

2.População Alvo 2.1.Faixa Etária Destinam-se a indivíduos que se encontrem numa faixa etária bastante baixa - Primeira Infância Não existe consenso na literatura quanto à idade precisa para se dar início às aulas, bem como, para que se deixe de frequentar este tipo de programas. O início ocorrerá entre os 3 e os 6 meses e, terminará entre os 24 e os 36 meses.

A justificação para se iniciar as aulas aos 3-6 meses terá por base alguns motivos: Antes de se começar a frequentar actividades aquáticas será necessário que o bebé: aumente um pouco o seu peso. Isto tendo em vista que as probabilidades da criança exibir estados de hipotermia - frequente frequentes s em águas com uma um a temperatura relativamen relativamente te abaixo do normal o sistema imunológico do recém-nascido é bastante deficitário, será necessário dar algum tempo para que esse mesmo sistema se desenvolva, antes de passar a frequentar um meio propenso à contracção de diversos tipos de problemas de saúde, como são os de foro virológico, bacteriológicos ou micótico.

O motivo para se indicar, usualmente, o fim das aulas de NB aos 36 meses, parece que tem por base o desenvolvimento motor da criança A primeira fase do desenvolvimento motor é a fase dos movimentos reflexos, a qual durará desde o nascimento até ao primeiro ano de idade Caracterizada pelas manifestações motoras da criança traduzirem-se, essencialmente, por respostas reflexas a vários estímulos sensoriais. A 2ªfase, que durará até aos 2 anos de idade caracteriza-se pelo aparecimento dos primeiros movimentos voluntários como sejam, a preensão intencional, o gatinhar e o andar. A partir dos 2 anos de idade, os movimentos rudimentares darão lugar aos movimentos fundamentais, como por exemplo, correr, saltar, lançar ou agarrar. Assim, as crianças terminam a sua frequência às aulas de NB, no período de transição da fase dos movimentos rudimentares para a fase dos movimentos fundamentais.

2.2.Papel

do Pediatra

Antes de começar a frequentar as aulas de NB, a criança deverá ser observada por um médico pediatra Essa consulta terá em vista que o médico dê o seu aval à participação do bebé nas aulas. E, se for caso disso, indicar ao docente qualquer tipo de limitação ou cuidado especial a ter com o aluno

2.3.Contra-Indicações São consideradas como contra-indicações, as impossibilidades ou limitações de participação da criança em classes de NB, Por Exemplo, portadores de determinadas deficiências, em que será mais oportuno numa primeira fase o trabalho de actividades aquáticas ser desenvolvido por profissionais da área da educação especial ou da reeducação e reabilitação, com formação complementar nas actividades aquáticas. Num segundo momento, então sim, essa criança será integrada nas classes ditas normais.

Contra-indicações mais frequentes Temporárias

Permanentes Relativas

●Estado Febril ● Infecções ● Após vacinação ● Até cicatrização feridas ● Período pós-cirurgico ● Estado diarreico

Absolutas

►Deficiências orgânicas (asma, epilepsia)

► Cardiopatia congénita

► Def. Intlectual ligeira ou moderada

► Desenvolvimento motor atípico

► Def. Motora

► Insuficiência Pulmonar

► Def. Sensorial (visão, audição

► Def. Intlect. Profunda

► Otite crónica

► Problema renal

3.Objectivos um programa de NB deve estimular o desenvolvimento integral dos seus participantes. As aulas de NB deverão cumprir implícita e explicitamente objectivos de índole psicomotor, cognitivo e social.

3.1.Objectivos Psicomotores Dos diversos tipos de objectivos a atingir nas aulas de NB, os objectivos psicomotores são os mais referidos na literatura, sendo o o autosalvamento é o mais citado pelos diversos autores. O autosalvamento remete-se para a possibilidade da criança se deslocar com “à vontade” no meio aquático, com pouca probabilidade de se afogar. Para que tal objectivo seja cumprido, a criança terá de ser capaz de: • aceitar a água nos olhos, nos ouvidos, na boca e no nariz; • bloquear a respiração; • colocar -se na posição horizontal e vertical, à superfície e em profundidade e; • utilizar os quatro membros como segmentos propulsivos.

O Comité de Medicina Desportiva da American Academy of Pediatrics (1985), afirmam que será pouco provável que as crianças aprendam a salvar-se de situações de afogamento, criando um falso sentido de segurança nos pais e nas próprias crianças. Publicação de artigos e relatórios da área médica sobre a incidéncia de patologias, especialmente infecciosas, em crianças praticantes de NB e de episódios de quase afogamento, com entrada nas urgências hospitalares. Na realidade, com as aulas de NB, a criança adquirirá um conjunto de comportamentos que, no máximo, permitem que não se apodere um sentimento de medo ou de receio ao ter a face imersa, sem poder respirar, que seja capaz de se manter a flutuar, bloqueando a respiração Além do mais, permite um desenvolvimento motor mais rico, na medida em que possibilita a vivência de experiências dificilmente verificáveis no meio terrestre. No meio aquático, com a prática das imersões é possível a exploração do espaço numa perspectiva tridimensional.

Do ponto de vista psicomotor a participação em sessões de NB terá como intuito igualmente: • Diminuir percentagem tecido adiposo (para um melhor controlo ponderal de crianças que nasçam com excesso de peso);

• Fortalecer músculos e tecido conjuntivo; • Desenvolver o sistema cardiorespiratório; • Reabilitar determinadas patologias do aparelho locomotor e; • Promover o desenvolvimento motor da criança. Estudos efectuados demonstraram que os bebés nadadores apresentaram níveis superiores de desenvolvimento motor em comparação com não nadadores. No entanto estes resultados não apresentam correlação na vida adulta.

3.2.Objectivos Cognitivos Os objectivos cognitivos, a atingir nas aulas de NB, baseiam-se nos estádios de desenvolvimento cognitivo proposto por Piaget. Estádios de desenvolvimento cognitivo da Piaget

Estádios de Desenvolvimento Cognitivo 1.Experiência sensório-motora (0-2 anos) 2.Pensamento Intuitivo (2-7 anos) 3.Operações concretas (7-11 anos) 4.Operações formais (11-16 anos) Na 1ªFase (0-2 anos) - a criança ao relacionar-se com o meio através do movimento, organiza e estrutura o seu conhecimento da realidade que a rodeia. A ausência, ou quase ausência, da linguagem verbal. A interacção com o meio é feita através dos sentidos, daí que seja usual ver um bebé a explorar um determinado material em termos de textura, cheiro, sabor, etc. A partir das aulas de NB, o bebé aprende a distinguir diversos objectos ou materiais, espaços ou pessoas.

Numa segunda etapa, aproximadamente entre os dois e os sete anos, com base nas representações sensório-motoras que vivenciou no passado, consegue antecipar os acontecimentos. a etapa do pensamento pré-operatório Neste estádio a linguagem verbal está bem presente e o pensamento caracteriza-se por ser tipicamente intuitivo e criativo Por exemplo, nas aulas de NB, durante a etapa sensório-motora a criança apercebe-se que ao mover os quatro membros propulsiona-se. Já na etapa seguinte, ao colocarem um determinado brinquedo fora do seu alcance, o bebé sabe que se mover os quatro membros desloca-se e poderá alcançar o referido objecto. Em síntese, com um programa de NB procura-se estimular o desenvolvimento cognitivo da criança, tendo por base a etapa onde esta se encontra.

3.3.Objectivos Sociais A segunda categoria de objectivos mais referidos na literatura, após os psicomotores, são os sociais. As aulas também terão como objectivo aumentar o tempo e a qualidade das interacções, de convívio dos pais com o seu filho Participando em programas de NB, a criança passa a relacionar-se com outros bebés e com outros adultos, que não são os familiares mais próximos.

Resumindo, a aula também será um momento dedicado à interacção e ao lazer dos elementos constituintes do agregado familiar. Benefícios •Socialização •O Bebé fica mais calmo, dorme melhor, come melhor devido ao gasto

energético •Estimulação Psico-motora; •Fortalecimento do tónus e coordenação motora aumentando o equilíbrio,

diminuindo assim as quedas, senta-se melhor pega melhor nos objectos. •Melhoria dos problemas respiratórios;

4.Organização e Gestão 4.1.A classe 4.1.1.A presença dos pais A presença efectiva e activa dos pais, ou das pessoas significativas para o bebé, assume um carácter decisivo para o bom desenrolar das aulas de NB. Os pais são um elemento de segurança física da criança. Assim, cada pai será o garante da integridade física do seu filho, pelo menos em primeira instância. Não querendo com isto dizer que o docente que se encontra a dirigir a classe esteja à priori ilibado de responsabilidades no caso de ocorrer um acidente.

A exploração do meio aquático, a criação de autonomias motoras e afectivas não se verificam sem a presença de estabilidade emocional, sendo essa outra das funções dos pais nas aulas de NB.

Os pais servirão de plataforma intermediária entre o docente e o bebé. Ninguém melhor que os próprios pais para conhecerem ou interpretarem as reacções, os comportamentos, as mensagens não verbais emitidas pelas crianças.

4.1.2.Número de alunos O número de alunos por classe deve ser reduzido, por forma a criar um ambiente de ensino eminentemente individualizado e estabelecido numa maior relação da tríade (relação estabelecida entre o bebé, os pais e o docente).

4.1.3.Frequência Semanal Não será necessária uma frequência muito elevada neste tipo de programas. Na realidade, parece que uma aula por semana será o suficiente.

A essa aula semanal de NB, acresce-se o banho em casa, também ele peça fundamental para a construção de uma boa relação da criança com o meio líquido desde o mais cedo possível.

4.1.4.Duração das aulas A duração mais frequentemente referida na literatura são os 30 minutos. No entanto, será de realçar a existência de uma flexibilização desse tempo, de acordo com a idade da criança e o número de aulas frequentadas.

Alguns autores sugerem que a duração das aulas aumente progressivamente ao longo do programa dos 15 minutos (na primeira aula) para um máximo de 45 minutos, devendo entre a primeira e a quinta aula haver um aumento gradual do tempo de aula para os 30 minutos.

4.1.5.Horário das aulas As aulas de NB terão de ser realizadas preferencialmente em horário póslaboral.

No caso do bebé, a sua disponibilidade para as aulas dependerá da prévia satisfação das suas necessidades fisiológicas básicas (dormir, comer e evacuar). Só após a satisfação destas necessidades é que estará, em princípio, completamente disponível para participar nas aulas. Normalmente as aulas de NB tendem a concentrar-se aos fins-de-semana. Altura em que as piscinas estão mais dispomíveis e quando existe uma

4.2.A Piscina 4.2.1.Características da Cuba As piscinas de pequena dimensão são as mais aconselháveis para as aulas de NB. Com medidas próximas dos 16 metros de comprimento e dos 8 de largura serão as mais indicadas, profundidades entre os 0.40 e o 1.20 metro serão as ideais .

4.2.2.A água e o Ambiente Por tudo isto, é usual a indicação de uma temperatura da água mais elevada, para a NB, do que para a prática de outras actividades aquáticas. Assim sendo, essa temperatura deverá oscilar entre os 30° C e os 32°C. Fora da piscina 2 graus acima.

luminosidade deve ser, preferencialmente, suave e indirecta, sem luzes intensas na direcção da cuba (ou tanque). Deve caracterizar-se pela tranquilidade em torno do espaço da aula. Tanto quanto possível, não deverá decorrer qualquer outro tipo de aula no mesmo local

4.2.3.O Vestiário Os adultos deverão utilizar obrigatoriamente os calções ou o fato de banho e uma touca. Já o bebé deverá utilizar calções justos o que evitará, hipoteticamente, a flutuação de esfíncteres. Com efeito, não será aconselhável o uso de fraldas visto que estas absorvem água, alterando a relação entre a força da gravidade e a força de impulsão, promovendo modificações no equilíbrio do indivíduo. Além disso, a absorção de água pelas fraldas tenderá a aumentar a força de arrasto a que fica sujeita a criança

. Actualmente existem no mercado fraldas para utilização nas praias, as quais são uma óptima escolha para as aulas de NB.

5.Reflexos Neonatais Reflexo

de mouro

Estimulo

Resposta

Importância na Duração NB (meses)

Qq situação que provoque o medo

Estende a cabeça e afasta os MS

Ajuda na flutuação dorsal

Aprox.0-4

Palpebral

Qq objecto que toque na córnea

Contraí o musc. Oblicular da córnea

Aprox.0-2

Tónicocervical

Extensão dos MS

Precipício

Estimular os terminais sensitivos dos musculos do pescoço Abismo visual

Ajuda a manter os olhos abertos nas imersões Ajuda às manobras nas imersões

Evita o local

Limita a tentativa de mergulho

Aprox.3-6

Gerónimo

Atracção pelo vazio

Lança-se para o vazio

Favorece o mergulho

Aprox.5-9

Bloqueio da epiglote Natatório

qq. Agente físico que entre em contacto

Bloqueio da epiglote

Ajuda à realização das imersões

Aprox.0-8

Apoio no pé quando está em decúbito ventral Proteger a queda ao cair obliquamente

Extensão sucessiva e Favorece o nado alternada dos MI tipo crol

Aprox.9 em diante

Extensão dos MS, protegendo a face

Aprox.6-24

De para-

Protege a entrada da cabeça na água

Aprox. 0-3

6.Materiais Auxiliares os materiais auxiliares, serão um contributo positivo para atingir o já referido estado de prontidão aquática(AMA). Isto é tanto verdade para crianças e jovens, como o é para bebés.

Desta forma, existem materiais cujo o principal objectivo é: • Auxiliar o aluno a atingir uma dada posição de equilíbrio e, portanto, auxiliar à flutuabilidade; • Facilitar a propulsão do aluno no meio aquático; • Facilitar a utilização das funções visão e respiração; • Promoção de actividades recreativas e; • Materiais do meio terrestre adaptando a sua utilização para o meio aquático.

Material auxiliar de equilíbrio/flutuação Material auxiliar de propulsão Material auxiliar de respiração/visão

Material auxiliar Material pequeno porte Material recreativo Material grande porte Material adaptado Os materiais recreativos são eminentemente motivadores para as crianças realizarem determinadas tarefas ou para se manterem durante mais tempo numa dada actividade. Estes materiais apresentam algumas vantagens para as sessões de NB: • Encorajam o aluno a interagir com a água, especialmente em fases iniciais; • Servem como “distracção” ao medo ou à relutância que o aluno tenha a este meio e; • Servem de motivo para os adultos sugerirem a execução de tarefas aos bebés.

Os materiais recreativos podem ser de pequeno porte (arcos, barras imergíveis, regadores, etc.) ou de grande porte (insufláveis, escorregas, escadas, Alguns autores sugerem que diversos materiais de pequeno e de grande porte estejam espalhados pelo plano de água, criando um play ground aquático Esta distribuição dos materiais servirá para estimular as crianças à sua exploração e por consequência do espaço. A criança ao deslocar-se pelo espaço da aula, caso encontre um objecto que a atraía, após uma exploração inicial do mesmo, será estimulada pelo adulto a realizar tarefas, onde esse material terá um papel relevante. Para além dos materiais auxiliares existentes na maioria das piscinas, nas aulas de NB, também pode ser utilizado um brinquedo do bebé Para que desempenhe cabalmente a sua função, o brinquedo deverá ter as seguintes características: • A criança deve gostar e identificar-se com ele; • Deve apresentar uma flutuabilidade positiva; • Deve ser de pequeno porte (isto é, manipulável pela criança); • Não deve possuir elementos mecânicos ou electrónicos; • Deve ser constituído ou revestido por material impermeável e; • Cor contrastante com a cuba e as paredes.

7.O Banho em Casa Os primeiros contactos com a água são através do banho em casa, elemento preparatório das futuras aulas de NB.

7.1.Objectivos A sua duração rondará um tempo máximo de 20 minutos, em que aproximadamente 20% do tempo total será dedicado à componente higiénica e os restantes 80% à componente lúdica. O banho em casa será um momento mais precoce de brincadeira e de experiência da criança com o meio aquático. Também servirá para a criança se preparar para as aulas de NB. A partir do 3° mês, deve-se progressivamente diminuir a temperatura da água dos 37°C para os 32° C, com o intuito do bebé não sentir uma diferença abrupta entre a temperatura da água em casa e na piscina. O uso da banheira de adultos poderá servir como um elemento de mediação entre a banheira de bebé e a piscina.

7.2.Proposta Didáctico-Metodológica Sequência didáctico-metodológica para abordar a componente lúdica do banho em casa. 1-Fazer cair algumas gotas de água na cabeça, que escorram pelos olhos, pela boca,pelo nariz e pelos ouvidos - técnica de oleação 2-Aumentar a quantidade de água que se deita na cabeça, ao aplicar a técnica de oleação. 3- Flutuação em decúbito dorsal com 2 apoios 4- Flutuação em decúbito dorsal com 1 apoio 5-Flutuação em decúbito dorsal com apoio no ombro. 6- Flutuação em decúbito dorsal sem apoios. 7-Flutuação em decúbito ventral com dois apoios. 8-Flutuação em decúbito ventral com um apoio.

8.Manipulação do Bebé 8.1.O papel da manipulação A forma como se pega ou apoia o bebé vai influenciar a sua confiança para a realização das tarefas e para a correcta execução das mesmas. As mãos são uma fonte de informações para o bebé e para o adulto. É possível ao bebé reconhecer o nervosismo, a intranquilidade ou pelo contrário a confiança de quem o segura Para o adulto, as mãos também são uma fonte de recepção de informações. Com a experiência, é possível verificar se o bebé está tenso ou relaxado antes ou após a realização de uma tarefa e assim escolher o melhor procedimento.

8.2.Técnicas de pega e apoio Nas primeiras vezes que se realiza uma pega ou um apoio a um bebé, um dos pais deve encontrar-se no seu campo de visão.

A -Técnicas Verticais

A primeira, é a forma tradicional de se pegar ao colo o bebé. Ele é abraçado e apoiado pela zona cervical e lombar. Vulgarmente é adoptada nas primeiras aulas

A segunda forma, caracteriza-se pelo apoio ser realizado pelas axilas da criança, O adulto irá encaixar as axilas do bebé, entre os seus polegares e os dedos indicadores. Esta técnica será utilizada, por exemplo, para diminuir a dependência do bebé face aos pais no meio líquido ou para ao realizar as primeiras imersões na posição vertical.

B -Técnicas Dorsais B.1.  –Apoio Dorsal no Ombro Este tipo de apoio será utilizado quando a criança ainda se está a habituar a sentir a massa de água nos ouvidos. Será usada fundamentalmente nas sessões de banho em casa e nas primeiras aulas na piscina. liberta-se as mãos para atrair a atenção da criança para o tecto ou colocando no seu campo de visão o brinquedo, evitando que entre água para as vias aéreas superiores e mantendo um correcto alinhamento horizontal do corpo.

B.2.  –Pega dorsal com 2 apoios A pega dorsal com dois apoios caracteriza-se pelo apoio de uma das mãos ser efectuada na cabeça ou na zona cervical e a outra na zona lombar, procurando manter um adequado alinhamento horizontal Este tipo de pega é realizada nas primeiras abordagens das flutuações em decúbito dorsal.

Uma outra solução será, tal como na pega vertical, pegar no bebé pelas axilas. No entanto, esta técnica tem o inconveniente de no caso de ser um dos pais a realizá-la, ele não se encontrem no campo de visão do filho. Nesta circunstância a criança tenderá a mover-se para visualizar o progenitor, modificando o seu alinhamento horizontal e lateral.

B.3.  –Pega dorsal com 1 apoio Esta técnica consiste no apoio de uma das mãos na cabeça ou nas costas da criança, enquanto a outra a distrai. Esta mão procura fazer com que o bebé mantenha a face emersa, com o propósito de permitir a manutenção de um correcto alinhamento horizontal e evitar a entrada de água nas vias respiratórias.

C -Técnicas Ventrais C.1.  –Pega ventral com 2 apoios Tem como objectivo controlar o nível de contacto da água com a face da criança, particularmente da boca e do nariz. Caracteriza-se pelo encaixe das axilas do bebé entre o polegar e o indicador do adulto, Este tipo de pega é utilizada quer para as flutuações, quer para a execução dos deslocamentos, em decúbito ventral.

C.2.  –Pega ventral com 1 apoio Esta técnica realiza-se pegando o bebé pelo tórax ou pelo abdómen. Da mesma forma que na técnica de pega dorsal com um apoio, esta também proporciona uma grande liberdade de movimentos da criança, estimulando o reflexo natatório. Portanto, o apoio deve ser seguro e eficaz, para conferir alguma estabilidade ao bebé.

9.Proposta Didáctico-Metodológica grupos de habilidades ou de conteúdos:

• a adaptação ao local; • as flutuações; • os deslocamentos; • as imersões; • as passagens e; • os saltos. Os conteúdos sugeridos para a NB mais não são do que casos particulares de habilidades também trabalhadas na AMA.

A adaptação ao local é em tudo similar à primeira fase da AMA, onde se procura promover a familiarização com o local e as pessoas que participam nas sessões As flutuações, os deslocamentos e as imersões, mais não são do que equilíbrios de diversos tipos. Alguns tipos de imersões, as passagens e os saltos podem considerar-se enquanto formas de propulsão Para trabalhar estes conteúdos os materiais auxiliares tem um papel pedagógico vital. Desta forma, está-se a promover a combinação das manipulações com outros tipos de habilidades motoras.

Do ponto de vista pedagógico, afinal o que se está a propor é a AMA não a partir dos 3 anos de idade, mas mais cedo, a partir dos 3 meses de idade. Os diferentes conteúdos propostos deverão surgir de forma interrelacionada e não estanque.

Adaptação Flutuações Deslocamentos Imersões Passagens Saltos

9.1.Adaptação ao Local As primeiras aulas terão como objectivo adaptar a criança a todo o envolvimento das aulas. Só após a familiarização da criança com o meio e com as pessoas que participam nas sessões é que será possível a abordagem efectiva a outros conteúdos Essa adaptação passa pela habituação aos espaços, aos ruídos, aos odores, ao docente, aos outros bebés e aos respectivos pais. 1-Sentar no bordo da piscina próximo da pessoa significativa. 2-Entrar na piscina ao colo da pessoa significativa (pega vertical). 3-Deslocar-se por toda a piscina ao colo da pessoa significativa. 4-Ao deslocar-se, o adulto baixa gradualmente o corpo até que os seus ombros e os do bebé fiquem imersos. 5-Fazer cair algumas gotas de água na cabeça, que escorram pelos olhos, pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos - técnica de oleação. 6-Aumentar a quantidade de água que se deita na cabeça, ao aplicar a técnica de oleação.

9.2.Flutuações A etapa seguinte terá como objectivo realizar flutuações em diferentes decúbitos e com diferentes tipos de apoios. Nesta faixa etária, a percentagem de tecido adiposo na criança é relativamente elevada. Logo, os bebés são menos densos que sujeitos mais velhos. Em consequência, apresentam uma maior flutuabilidade, o que irá facilitar a abordagem destes conteúdos nesta fase. Podem ser propostas as flutuações em decúbito ventral, dorsal e numa fase de transição para a AMA, em decúbito lateral.

1.Flutuação em decúbito dorsal com dois apoios. 2.Flutuação em decúbito dorsal com um apoio. 3.Flutuação em decúbito dorsal com apoio no ombro. 4.Flutuação em decúbito dorsal sem apoios. 5.Flutuação em decúbito ventral com dois apoios. 6.Flutuação em decúbito ventral com um apoio. 7.Flutuação em decúbito ventral sem apoios. 8.Rotação da posição vertical para a posição horizontal (decúbito ventral ou dorsal) com ou sem apoios. 9.Rotação da posição horizontal (decúbito ventral ou dorsal) para a posição vertical com ou sem apoios. 10.Rotação de decúbito ventral para decúbito dorsal com ou sem apoios. 11.Rotação de decúbito dorsal para decúbito ventral com ou sem apoios

9.3.Deslocamentos Neste momento, o objectivo será introduzir e exercitar os deslocamentos em diferentes decúbitos, com diferentes tipos de apoios.

Os deslocamentos consistem na tracção do bebé pelo adulto em várias posições.

Na realidade, mais não é do que trabalhar equilíbrios horizontais (ventrais ou dorsais) com apoio. Os deslocamentos podem ser realizados com diferentes trajectórias. Por exemplo, em linha recta, em círculo, em zig-zag ou em oitos Durante os deslocamentos os materiais auxiliares podem ser uma ajuda preciosa para se traccionar o bebé. Em fases mais avançadas, pode-se colocar no raio de acção do bebé um objecto, ou o seu brinquedo, estimulando-o a deslocar-se no meio aquático, com o intuito de o atingir. Este é o momento oportuno para passar a haver uma maior interacção do docente com o bebé. A díade deverá ser por vezes alterada pela entrada do docente nessa relação, estabelecendo-se assim uma maior preponderância da relação da tríade.

nesta fase da tríade será um momento preparatório das imersões, onde o docente deverá ter uma papel mais interventivo. 1.Deslocamento em decúbito dorsal com dois apoios. 2.Deslocamento em decúbito dorsal com um apoio. 3. Deslocamento em decúbito dorsal com apoio no ombro. 4. Deslocamento em decúbito dorsal sem apoios. 5. Deslocamento em decúbito ventral com dois apoios. 6. Deslocamento em decúbito ventral com um apoio. 7. Deslocamento em decúbito ventral sem apoios.

9.4.Imersões As primeiras imersões são usualmente para os pais um momento especial das aulas de NB. Todavia, para se efectuar a introdução das imersões deve-se respeitar os seguintes pressupostos: • O bebé encontra-se relaxado no meio aquático; • Não demonstra alteração de comportamento quando tem a água em abundância na face e; • Encontra-se descontraído na posição ventral com os ouvidos imersos.

Só quando estes pressupostos estiverem a ser integral e cumulativamente respeitados é que se pode iniciar a introdução e a exercitação das imersões. As primeiras imersões serão na posição vertical. Só depois é que se abordam as imersões ventrais e raramente é feita a tentativa da imersão dorsal. As imersões ventrais devem num primeiro momento ser realizadas do docente para a pessoa significativa, sem nunca perder o apoio de um dos adultos (imersão assistida).

Mais tarde, pode-se estimular a execução de imersões onde o bebé numa curta distância não terá o apoio de nenhum adulto e, portanto, irá pelos seus próprios meios promover a sua propulsão (imersão livre). Dominadas estas imersões básicas, pode-se promover a consolidação do conteúdo promovendo tarefas onde a duração da imersão seja maior, imersão de maior profundidade, da pessoa significativa para o docente, etc.

Imersão Vertical

Imersão Ventral assistida

Imersão Ventral Livre

Imersão Ventral Prolongada

Imersão Dorsal ????

1.Imersão simultânea na posição vertical da pessoa significativa e do bebé, até ao nível dos olhos. 2.Imersão simultânea na posição vertical da pessoa significativa e 3.Imersão na posição vertical do bebé.

4.Imersão de curta duração em decúbito ventral, do docente para a pessoa significativa, tendo o bebé sempre um dos adultos a pegarem nele (imersão assistida). 5.Imersão em decúbito ventral, do professor para a pessoa significativa, sendo largado a meio do trajecto (imersão livre). 6.Imersão em decúbito ventral, da pessoa significativa para o docente, tendo o bebé sempre um dos adultos a pegarem nele (imersão assistida). 7.Imersão em decúbito ventral da pessoa significativa para o docente, sendo largado a meio do trajecto (imersão livre). 8.Imersões profundas, indo buscar objectos ao fundo da piscina. 9.Imersões aumentando a distância entre os dois adultos.

9.5.Passagens As passagens estimulam a realização de movimentos propulsivos com os membros, quer à superfície, quer em imersão através de movimentos reflexos (reflexo natatório) ou voluntários. o bebé não vai ser traccionado por um adulto, mas apenas impulsionado numa fase inicial da passagem. Os deslocamentos podem envolver dois adultos (um impulsiona a criança e Outro recebe-a) ou apenas um. No caso de ser envolvido apenas um adulto pode-se propor que a criança vá até um determinado ponto e depois retome ao adulto. 1-Passagem da pessoa significativa para o docente, à superfície ou em imersão. 2-Passagem do docente para a pessoa significativa, à superfície ou em imersão. 3-Passagem do docente ou da pessoa significativa para um varão fixo numa parede lateral. 4-Passagem da pessoa significativa para o docente, à superfície ou em imersão, retornando à pessoa significativa. 5-Passagem do docente para a pessoa significativa, à superfície ou em imersão, retornando ao docente. 6-Passagem do docente ou da, pessoa significativa para um barão fixo numa parede lateral, retornando ao adulto.

9.6.Saltos Paralelamente às passagens, também serão abordados os saltos. O motivo para se introduzir os saltos neste momento é o mesmo apresentado para as passagens. Ou seja, o domínio das imersões é um pré-requisito para a introdução e a exercitação dos saltos, tal como das passagens. Inicialmente deve-se estimular as entradas na água de pés (por exemplo, a partir de um escorrega, da posição sentada no bordo ou de pé rio cais da piscina) Numa etapa mais avançada, pode-se procurar promover situações facilitadoras da execução de saltos numa posição oblíqua, enquanto introdução para a entrada de cabeça. Só se deve considerar a hipótese de abordar esta técnica de entrada em fases de transição da NB para a AMA.

1-Entrada de pés a partir de um escorrega. 2-Salto vertical com entrada de pés. 3-Sentado no degrau da escada, entrada de pés ou oblíquo. 4-Sentado no bordo da piscina, entrada de pés ou oblíquo. 5-De pé, entrada oblíquo. 6-Entrada de pés partindo de um plano superior. 7-Entrada oblíqua partindo de um plano superior.

10.A Estagnação ou o Retrocesso da Aprendizagem A aprendizagem em termos gerais, nem sempre é um processo contínuo e linear. Por vezes evidência uma evolução mais ou menos rápida, outras vezes uma estagnação e até mesmo, uma involução. Pode-se afirmar que uma criança encontra-se num estado de retrocesso ou de estagnação da aprendizagem quando reage desfavoravelmente a um conjunto relativamente alargado de aulas. Sabe-se que o ritmo da criança é perfeitamente individualizado. Dentro de cada grupo, encontram-se diferenças significativas entre a díade mãe-bebé ou paibebé. Desta forma, as metodologias de ensino menos directivas, as que permitem que cada criança tenha um papel determinante nas tomadas de decisão sobre o que fazer serão as mais apropriadas. Caso o bebé reaja de forma indesejável a apenas uma aula não será significativo, já que poderá ser apenas uma falta de disposição temporária para as tarefas propostas ou para a actividade.

A estagnação ou o retrocesso podem ter causas sujeito.

intrínsecas ou extrínsecas ao

As Intrínsecas incluem-se o surgimento da dentição e o início da marcha autónoma. Os motivos extrínsecos e de entre estes, a actuação dos pais e/ou do docente são os mais frequentes Assim, é importante saber quando acaba a predisposição do bebé para os estímulos apresentados e onde começa a vontade dos adultos de quererem impor o ritmo que desejavam que ele tivesse.

10.1.Prevenção A melhor forma de prevenir a estagnação ou o retrocesso do processo ensinoaprendizagem, nas aulas de NB, será o respeito pelo ritmo de aprendizagem de cada criança.

Para tal, será determinante que: • os pais estejam desde a primeira aula esclarecidos sobre os objectivos e as etapas do programa; • os pais estejam desde a primeira aula esclarecidos sobre os objectivos e as etapas do programa; • conhecer a relação dos pais com a água, dado que essa relação pode espelhar-se no comportamento do filho no meio líquido; • utilizar de forma racional os estímulos. Uma insuficiente estimulação poderá levar à estagnação da aprendizagem e uma estimulação excessiva ou precoce produzirá um retrocesso e; • transmitir frequentemente segurança e carinho à criança, aumentando desta forma a sua autoconfiança.

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