1 Os Nosódios Intestinais Homeopáticos - Sullivan[1]

November 12, 2018 | Author: Rodolfo Pérez Romera | Category: Homeopathy, Bacteria, Milk, Gut Flora, Medical Specialties
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OS NOSÓDIOS INTESTINAIS HOMEOPÁTICOS “Dentro de nosso próprio corpo, estamos em desvantagem de nove para um”  3rd Year Project for the Irish School of Homoeopathy. Homoeopathy.

Mark O' Sullivan, June '07 

Os Nosódios Intestinais são uma série de remédios feitos da flora intestinal humana, desenvolvidos primeiramente por Dr. Edward Bach e continuados por John Patterson, e sua esposa Elizabeth de 1920 a 1960. Esses remédios foram usados principalmente na prática homeopática britânica, mas depois de negligenciados por alguns anos estão agora em fase mais favorável, especialmente com os problemas alérgicos e de danos dos antibióticos muito comuns nos pacientes atualmente. Seu campo de ação é muito mais amplo do que seu nome sugere, com sintomas indicativos decorrentes de um sistema como um todo e não apenas os intestinos. Bach descobriu que determinadas bactérias não-fermentadoras da lactose são mais prevalentes nas fezes de pessoas doentes do que de pessoas saudáveis. Isto o levou a tipificar essas bactérias e investigar sua correlação com patologias. Até este ponto, essas bactérias haviam sido ignoradas até quanto à identificação e, geralmente, consideradas inócuas. Àquela época houve um crescimento exponencial na investigação das bactérias e sua relação com a doença. Foi uma nova fronteira na medicina convencional, com Pasteur e Koch como pioneiros, tal como ocorre hoje com a genética. A Homeopatia era a sombra do evidente sucesso dos novos remédios-prodígio, antibióticos, por isso não é surpresa esta influência da Homeopatia que, através de Swan, já fazia uso extensivo e xtensivo de nosódios em associação à teoria miasmática de Hahnemann. Bach veio associar as bactérias que ele havia descoberto ao miasma Psórico. Inicialmente, Bach criou vacinas convencionais dessas culturas e as administrou nos pacientes. No entanto, após ler o Organon, enquanto trabalhava como patologista da casa e bacteriologista assistente, no Hospital Homeopático de Londres, em 1919, ele ficou impressionado com as conexões entre a teoria da vacina convencional e a Lei dos Semelhantes da Homeopatia e, procurou associar as duas disciplinas. Foi então que ele começou a administrar as vacinas via oral como nosódios potencializados a seus pacientes e durante um período de dez anos recolheu dados clínicos de 500 casos, nos quais firmou demonstrado, uma melhora de cerca de 95% com a sua utilização.

Em 1928, Bach deixou Londres em uma busca a descobrir novas curas naturais que o levaram à Mt. Vernon, em Oxfordshire, e ao desenvolvimento dos Remédios Florais de Bach. Uma outra inovação, por mérito próprio. John Paterson, que havia assistido Bach em sua pesquisa, continuou o trabalho após 1928. Ele aprimorou as descobertas e suas indicações clínicas, adicionou mais remédios, formulou teoria e orientações para o uso dos remédios na prática. Ele potencializou a bactéria intestinal diplococcus, de natureza similar à Gonorrhea, associou-a ao Miasma Sicótico e usou com muito sucesso esse composto Sycotic para tratar a blenorragia durante a guerra. Após a sua morte em 1955, sua esposa Elizabeth continuou o trabalho por nove anos, cotejando dados clínicos, fazendo apresentações e escrevendo. Ao longo deste trabalho, nem Bach nem Paterson viram essas bactérias como sendo a causa de patologia, mas sim um reflexo concomitante desta. Paterson via as bactérias como catadoras de doenças e sua presença nas fezes de uma relevância constitucional.  A força vital desordenada dos pacientes altera sua suscetibilidade e a flora intestinal se altera em concordância a isso. Contrariamente à perspectiva convencional, Paterson considerou grandes quantidades de bactérias não-fermentadoras da lactose nas fezes como sendo um sinal positivo, sinal de que, saudavelmente, o paciente as estava eliminando com sucesso, e conclui ser esta a situação após a administração do remédio constitucional do paciente. As bactérias não-fermentadoras da lactose não são inequivocamente não-patológicas per si, e algumas delas têm funções úteis no fracionamento de complexas estruturas de carboidratos. Elas podem agravar uma situação de doença j á que elas tendem a prejudicar a assimilação dos alimentos, acidificarem o ambiente intestinal, tornando-o mais habitável para fungos e parasitas e, menos propício para o modo mais saudável mais bactérias simbióticas. Elas também poderem produzir mais substâncias tóxicas tais como o sulfeto de hidrogênio e histaminas, e mesmo perfurar a parede do intestino à medida que proliferam. Nutrição e assimilação deficientes são parte dos retratos desses remédios, bem como a presença de parasitas, como as leveduras e vermes.  As bactérias fermentadoras da lactose no intestino, como L. acidophilis, L. casei e Bifidobacterium, têm um amplo espectro de benefícios. As conclusões de Paterson: −

O organismo específico é relacionado à doença;



O organismo específico é relacionado com o remédio homeopático;



O remédio homeopático é relacionado com a doença.

Foram alcançadas após extensiva pesquisa sobre os efeitos dos remédios homeopáticos

na flora intestinal. Ele observou que quando um paciente sob tratamento experimentou melhorias em si mesmo, a quantidade de bactérias patogênicas de suas fezes aumentara. Do ponto de vista convencional, isso significava que o paciente tinha uma doença e não deveria se sentir melhor como um todo. Isso contradiz a teoria da doença pelo germe defendida por Pasteur e outros. Paterson conclui que os germes das fezes foram resultados da ação da força vital do paciente, estimulada pelo remédio administrado. O paciente eliminara os germes novos como parte de um processo curativo no momento em que sua força vital fora fortalecida. Por esta lógica, Paterson foi capaz de configurar as relações entre certas bactérias nãofermentadoras da lactose, que tinham aumentado nas fezes dos pacientes, com os remédios que haviam sido administrados. Desse modo, a cada um dos Nosódios Intestinais foram atribuídos remédios homeopáticos associados, resultantes da experiência clínica, removendo a necessidade dos homeopatas terem que ter amostras analisadas das fezes de seus pacientes. Os remédios associados com cada Nosódio Intestinal estão listados a seguir com a descrição de cada um desses remédios.

Estratégia do processo Paterson sugeriu as seguintes indicações para o emprego dos Nosódios Intestinais

I – Caso Novo: Para um paciente que ainda não tenha recebido tratamento com medicamento homeopático a indicação do remédio deve ser feita, ao invés do Nosódio Intestinal. Sempre que uma escolha complicar-se por recair entre alguns diferentes remédios, o Nosódio Intestinal que tiver o maior número desses remédios associados pode ser  administrado.

II – Caso Antigo: Para um paciente que tenha estado um tempo sob tratamento homeopático e não tenha respondido satisfatoriamente, um estudo de sua história clínica deve ser feito e, o Nosódio Intestinal com mais remédios associados dentre aqueles que lhe foram administrados deve ser dado. Mesmo que não haja mudança de posição no caso, após o emprego do nosódio, a resposta do paciente aos medicamentos subsequentes será muita mais benéfica.

Alertas 1- Nunca misture Nosódios Intestinais;

2- Não repita um Nosódio Intestinal antes de três meses*; 3- Não administre um Nosódio Intestinal quando a contagem de bactérias nãofermentadoras da lactose for 50% ou maior e crescente. * Temos histórias de diversos casos, com excelentes resultados, usando doses semanais durante até 8  semanas seguidas.

Estes são remédios de ação profunda que alteram a homeóstase do metabolismo digestivo dos pacientes, com tudo aquilo que implica na assimilação dos alimentos, reações alérgicas e fluxo de nutrientes essenciais para o corpo. Um nosódio intestinal não deve ser repetido antes de três meses para permitir-se que ele aja. Se for necessário dar um remédio, escolha um daqueles associados com o nosódio. Similarmente, misturar  nosódios pode levar a mudanças demais para o corpo arcar e pode produzir reações graves, particularmente quando estiver presente uma patologia desafiadora. No caso onde a contagem de bactérias não-fermentadoras da lactose é superior a 50% e crescente, o paciente está realmente ficando melhor sob o tratamento, e remédios adicionais não se fazem necessários.

Os Remédios As descrições dos principais nosódios intestinais estão listadas a seguir com as características mentais e a descrição de cada um. Os policrestos associados para cada nosódio estão relacionados nas características mentais. Eles são os seguintes: I- Morgan Pure II- Morgan Gaertner  III- Gaertner  IV- Proteus V- Sycotic Co. VI- Dysentery Co. Os Nosódios Intestinais menores Bacillus Nº 7, Nº 10, Faecalis e Mutabile estão fora do escopo deste projeto nesta versão, sendo pouco prescritos e principalmente de interesse histórico.

MORGAN PURE “Congestão” (Enterobacteriacae Morganella morganii)

Morgan Pure é do grupo original “Morgan” de Bach

renomeado de “Pure” por Patterson para diferenciá-lo de “Morgan Gaertner”, que ele desenvolveu como um subgrupo dos originais de Bach Morgan Co. É um dos nosódios intestinais mais frequentemente prescritos, refletindo que as bactérias do grupo Morgan

são as mais numerosas na maioria das amostras de fezes. Em um nível mental há uma introspecção sombria com grande ansiedade sobre a

saúde, depressão que pode se estender a uma disposição suicida (de se jogar, de lançar-se), com o paradoxo de querer ficar sozinho apesar de estar ansioso e com

medo de que assim aconteça. Por isso o aparecimento da rubrica “MENTE-MEDO de ficar sozinho, com aversão a estar acompanhado, todavia teme fi car só”.

Eles não são capazes de parar de pensar em suas doenças e vão deixá-lo saber o quanto estão sofrendo e, que você está sofrendo junto com eles. São insones, e daqueles que necessitam de total escuridão para dormir, a ponto de até utilizarem vendas nos olhos.

Congestão e explosividade são a tônica de Morgan Pure e sua ação marcante é sobre a pele. Morgan Pure é famoso para a pele em condições secas, com comichões, quente, vermelha, escoriada, em casos tais como na acne, furúnculos, psoríase, eczemas  juntamente com rachaduras e fissuras secas e exsudativas. Sua pele é especialmente sensível ao sol e ao contato com a lã. Uma vez que podemos ver o porquê de que o principal medicamento associado a este nosódio é o Sulphur. Da congestão há a súbita e repentina explosão na forma de ataques biliosos, nas ondas de calor da menopausa, e as violentas dores das cólicas renais e calculoses. Também são suscetíveis a ataques de icterícia, azia, dores e queimação no estômago e, refluxos.

Cálculos renais: uma grande indicação para esse remédio.  A circulação é congestionada e lenta, com pressão sanguínea elevada, e veias varicosas, ulceradas e enegrecidas.

Sintomas femininos incluem pêlos pubianos e pólipos da vulva, vagina e ânus, levando a um coito doloroso. Eles são desagradáveis, leucorréia corrosiva em tons de verde, amarelo ou marrom.  A imagem é congestionada e irritadiça, com tantas “ites” , nos orifícios de passagem de ar  da cabeça e do tórax, no trato geniturinário, pele e membranas mucosas.

Iniciam com bronquite e pneumonia; uma indicação deste remédio é Pneumonia NBWS e convalescenças prolongadas.

MORGAN GAERTNER “Irritação” “Você tem pouca autoconfiança ?” 

Morgan Gaertner está intimamente relacionado ao quadro de Lycopodium (Chellidonium) – um remédio amargo-bilioso e irritável com muitas críticas e picuinhas. Eles são críticos e censuradores, com pavio curto, ciumentos e apreensivos. Seu sono é perturbado por  terrores noturnos que os fazem chorar. São nervosos comedores de unhas que, em estados extremos, experimentam colapso nervoso. Eles temem as multidões, como muito dos quadros dos Nosódios Intestinais, e sofrem de claustrofobia. Semelhante ao seu temperamento tem um gosto amargo na boca. Como um remédio do “puto”, não é nenhuma surpresa que uma de suas principais atuações esteja no trato urinário. Esta bactéria é encontrada nas fezes daqueles que sofreram cólica renal ou pedras nos rins e este sintoma é um dos seus principais indicadores. Eles têm micção frequente e enurese. Seus problemas de pele são mais secos do que os de Morgan Pure, com pele escamosa, psoríase seca e rachaduras nos cantos da boca e ouvidos. Têm erupções herpéticas e urticariformes em suas extremidades. Gastrointestinalmente, eles são mais propensos à diarréia do que à prisão de ventre, que começa a partir de uma excitação emocional e há a rubrica extremo, flatulência malcheirosa e que causa desconfortável distensão. Têm as fezes duras e secas devido à constipação intestinal e podem ter comichão, hemorróidas dolorosas. A tônica “irritação” se estende às dezenas de condições de “ites” da boca e gengiva, aparelho digestivo, aparelho urinário, olhos, orelhas e extremidades. Este é realmente um remédio muito irritado.  Têm problemas de coração e circulação que acompanham o estresse mental. Cardiomegalia com aperto no peito, estendendo-se para o braço esquerdo, numa clássica síndrome semelhante à de angina. São acordados por palpitações durante a noite e tem que se movimentar, peidar e arrotar para aliviar. Finalmente, têm rigidez e dores nas articulações das extremidades em condições tipo artríticas e reumáticas.

GAERTNER* “Nutrição” “Você se impressiona facilmente” *O nosódio das crianças e dos velhinhos

A bactéria Salmonela, associada à intoxicação alimentar, febre tifóide, gastrenterite em humanos e animais. Também conhecido como “O Nosódio Intestinal das Crianças”. Nervoso, magro, precoce, com cabelos louros, olhos claros, sardas e longas pestanas (Descrição ariana do Phosphorus, já que se não tinha tantos negros na Inglaterra...Funciona muito bem em negros também, pela experiência que temos com os nossos “assistidos”.) .

Têm uma mente

hiperativa e corpo desnutrido com pobre desenvolvimento muscular (Phos, Sil). São curiosos e ansiosos por agradar, com medo de estarem sozinhos e sem calor vital, tendo calafrios facilmente e, seus sintomas agravam com o frio. Apesar disso, não gostam de ficar em cômodos abafados. Podem ter hábitos nervosos como chupar os dedos polegares, envolver-se com um cobertor ou morder suas unhas. Incapacidade de concentração de Atenção com Hiperatividade - ADD/ ADHD). Têm

(Transtorno do Déficit 

medo de ficar sozinhos no escuro e de

arriscar coisas novas, como alimentos pouco conhecidos que possam perturbálos. Têm dificuldade em assimilar tanto emocional quanto fisicamente, sendo supersensíveis às repreensões e, pessimistas. De grande valor para crianças e adultos com sensibilidades alimentares e problemas com digestão sensível e delicada, tais como a doença de Chron, colite, Síndrome do Cólon Irritável

(IBS-irritable bowel syndrome)

ou intolerância à

lactose . Eles podem ser hiperativos por alergias alimentares devido a corantes e conservantes usados nos alimentos (industrializados ). Trigo e laticínios também podem agravar e este remédio pode ser útil em casos de doença celíaca ou intolerância à lactose. Gorduras também causam problemas junto com os açúcares (cetose). Podem ser flatulentos e sua diarréia conter muco e sangue (Phos, Merc). Isto pode alternar com constipação. As crianças mais velhas podem manifestar estes problemas na forma de Anorexia Nervosa. Em geral, existe a tendência de possível malignidade com o prognóstico de tumores na idade adulta.

Sua sensibilidade alimentar pode causar-lhes uma purga na forma de golfadas de vômitos ou ataques de acidez no trato digestivo, levando a cefaléias decorrentes da hiperacidez.  Todos esses problemas de assimilação dos alimentos resultam no organismo não estar recebendo os nutrientes necessários à construção de um corpo forte e saudável e, sua forma física resultante é magra e desnutrida. O paciente tem falta de resistência, aparência pálida, e pode ter olheiras ao redor dos olhos. O emagrecimento é uma indicação para o uso deste nosódio. Existe uma ligação entre os danos dos antibióticos e Gaertner, em primeiro lugar, as condições para as quais os antibióticos são rotineiramente dados: infecções recorrentes nos ouvidos, nariz e garganta, e também, por causa do quadro de recuperação lenta que os antibióticos também contribuem para isso. Gaertner é o “conector-disjuntor da infecção” e também restaura a flora intestinal para a saúde depois de ter sido perturbada pelos antibióticos. Adultos, que tem uma recuperação lenta após terem sido tratados por muito tempo com antibióticos, podem também necessitar deste remédio. Gaertner tem um desejo por aveia. Não só é um remédio fitoterápico para seus nervos hiperativos (Avena sativa) mas os nutrientes da aveia são prebióticos que alimentam os espécimes mais saudáveis da flora: Lactobacillus e Bifidobacterium.

PROTEUS “Tempestade Cerebral”

Você às vezes acha que vai desmaiar ? Proteus é batizado conforme o mitológico deus grego do mar, de configuração inconstante e pouco firme, de quem o cheiro pútrido foi dito ser característico.  Além de agravar com tempestades e com o sol, o remédio Proteus guarda forte conexão com o mar por sua ligação com o metabolismo do cloreto e do remédio Natrum

muriaticum, ou cloreto de sódio. Configuração inconstante e pouco firme é uma boa metáfora para a histeria, uma característica que esse remédio tem de sobra. Em Proteus, a reação intempestiva é a tônica. Ele é um remédio violento, agressivo e espasmódico, com cãibras, birras ataques convulsivos, sobrecarregando o sistema nervoso pelo metabolismo.

(pitis) e

O paciente é fechado e taciturno, com teimosia e idéias fixas, por isso a sua associação com os remédios Muriaticum. A falsa ilusão de se sentir com importância, se questionado ou encontrar oposição, pode levar a arremessar algo que tenha nas mãos, mesmo ao ponto de violência. Ele guarda relação com os rins (o medo e raiva súbitos das supra-renais (adrenalínicos)) e seu papel no metabolismo do cloreto (muriaticum). Proteus não só tem os sintomas (adrenalínicos) de glândulas supra-renais ativadas: medo, estresse, raiva – reação de fuga ou luta, mas é também conhecido por seus rins e infecções renais.  A digestão é muito difícil e piora por comer, embora haja melhora geral para ele. Agrava por ovos e vinho, mas raramente amenizada por uísque puro. É interessante a fotossensibilidade à luz UV, uma vez que a luz UV é utilizada para matar bactérias patogênicas em alguns purificadores de água. Este remédio é associado com tensão nervosa prolongada levando a uma suscetibilidade para condições febris e convulsivas.  A pessoa está estressada a ponto de sofrer vertigens e, até ocorre um aumento na quantidade de bactérias Proteus no intestino quando uma pessoa passa por uma situação estressante. Uma das funções do sal dentro da células é a transmissão dos sinais elétricos nervosos quem vêm em flashes repentinos de comunicação em torno do corpo. A celeridade, a associação com o sal e, o agravamento com as tempestades estão relacionados desta forma e, realçam a rapidez e intensidade de todos os sintomas físicos e mentais. Este quadro exteriorizado consome uma grande quantidade de energia e este remédio tem um grande apetite, amenizado por comer. Proteus implora o que agrava, principalmente ovos e carne. Se eles se entregam a sua ânsia por cerveja e vinho, eles pagarão com ressacas terríveis. O ciclo ânsia-aversão-desejo é uma tônica de Proteus

SYCOTIC Co. “Irritabilidade” Você se irrita com qualquer coisa? Bactéria diplococcus, como gonorréia, com fortes afinidades com as membranas mucosas e o miasma sicótico. Tal como na gonorréia, a infecção com esta bactéria resulta em estados de catarro crônico, colocando-a firmemente na esfera do Miasma Sicótico, assim como Bach havia associado Morgan, e todas as suas condições para a

pele, com o Miasma Psórico. Patterson usou, com enorme sucesso, Sycotic Co para

tratar a gonorréia de soldados estacionados na Grã-Bretanha durante a 2ª Guerra Mundial como uma espécie de “Medhorrinum alternativa”. Pacientes que se ajustam à imagem deste remédio se deparam com todos os tipos de

medos. Do escuro, de ficar sozinhos e de cães. No quadro também existem convulsões e epilepsia. São nervosos, irritados e tem estremecimentos, mas tentam esconder tudo isso porque têm a tônica sicótica “medo da obscuridade” . Eles desejam ser notados e aprovados. Isto é diferente de Gaertner, que é notoriamente nervoso e temeroso mas com pouco cuidado quanto às consequências de sua aparência no seu status social. Pacientes de Sycotic Co tendem a serem gordos e flácidos comparados à magreza de Gaertner. Eles têm as doenças sicóticas manifestas por antecipação

(‘exteriorizadas e que

saltam aos olhos numa primeira análise’) . ( They have the Sycotic ailments from anticipation - original).

Sycotic Co caracterizam-se por quadros catarrais, condições de irritação no aparelho geniturinário e pulmões e, problemas gastrointestinais de acidez e diarréia. O muco é espesso, esverdeado e abundante e os efeitos se localizam na garganta, seios da face e pulmões, onde também podem ser asmáticos. Meningite, assim como condições de inchaço, irritabilidade e raiva, podem pedir este remédio. Há muitos casos de reações de irritação (suscetibilidade) a alimentos e a aero-alérgenos. Eles têm propensão a irritações no trato geniturinário e, nas mucosas da cabeça e dos pulmões. Eles têm diarréia com prolapso do reto, condições ácidas, dores de cabeça e vômitos com problemas digestivos e excitação emocional. Eles podem ter a Síndrome do Cólon Irritável (IBS). Eles são pacientes frios, sensíveis e pálidos, com a pele oleosa, com herpes e verrugas e, que agravam pelo frio e as condições de umidade ainda que amenizada pela beiramar. Diferentemente de Medhorrinum, eles são avessos a e, agravados por laranjas. Eles também têm fortes problemas com ovos.

DYSENTERY Co “Apreensão” Você se preocupa antecipadamente? Pacientes nervosos, muito apressados e com medo de que tudo que eles fazem é errado ou está prestes a dar errado. Eles temem um desastre no futuro e isto os

coloca num eterno estado introvertido de extrema agitação (frenesi) que precipita em queixas no estômago e coração. É o “ nosódio do coração”. A tônica “apreensão” é no sentido de terror, no espectro do medo. Eles são hipersensíveis às criticas e se deparam com toda a sorte de tiques nervosos, espasmos, e remexendo em seus sintomas de seu estado de introvertido com extrema agitação. Eles ruborizam facilmente. Eles estão sempre em pânico e tudo parece ser um calvário para eles. Eles estão com medo de sair, ainda têm claustrofobia, levando ao tubercular sintoma de querer sair e desejando que estivessem com eles em casa quando eles estão. Eles são tensos, inquietos, tonto-desorientados e extremamente ocupados. Coram e gaguejam. É um bom remédio para depressão puerperal, mostrando facilmente a imagem do prostrado/jogado em cansaço e depressão, com muito choro. Eles clamam para liberar os efeitos das más notícias e são avessos à consolação. Gostam de ficar muito tempo na cama se recuperando do estresse vivenciado. Melhoram pelo calor e ao ar livre.  As principais queixas físicas centram-se nos nervos, coração, circulação e digestão .  Ao sentirem a tensão no epigástrio, eles tremem, transpiram, vomitam, têm diarréia, urinam e brotam erupções cutâneas, de sua excitação. Eles vão “naufragando” e sentindo sensações de choques elétricos. Eles apresentam as queixas costumeiras dos nosódios intestinais para a pele e para o aparelho digestivo, tendendo às diarréias e úlceras. Sua pele fende-se em rachaduras, cura-se e reabre novamente. Começam as dores de cabeça cegantes, hemorragia nasal e rinite. É na afinidade para o coração que se destacam no entanto, como doenças do estresse, sob a forma de palpitação, taquicardia e batimentos disparados. Há umas sensações características de nervosismo e agitação, tanto no coração como no estômago. Uma mistura entre sintomas de Ars, Arg-nit e Tuberculinum está bem caracterizada aqui,  junto com a frieza do nervoso Arsenicum e a melhora pelo ar fresco e livre.

POSFÁCIO Lacs, Probióticos, Antibióticos e Autismo Os Nosódios Intestinais foram desenvolvidos em meio ao contexto da época áurea dos antibióticos. A medicina convencional tinha conquistado a doença e o futuro era brilhante.  A Homeopatia definhava, antes de reinventar-se, como resultado de várias décadas fora dos limites do modelo mais convencional de tratamento da doença.

 A ironia é que foi a nova fronteira da desafiante macrobiótica médica que trouxe os nosódios intestinais para a Homeopatia, mas é só nos últimos anos que têm entrado como remédios de potenciais recursos para os muitos danos que esse uso maciço, dentro da medicina convencional, tem feito à flora intestinal de uma população usuária de antibióticos. As bactérias ganharam uma guerra que elas não começaram e a moderna biologia está começando a perceber que é uma guerra com nós mesmos. Que animais outros se não nossas massas para colaborarem com as bactérias? Bactérias superam nossas células vivas dentro de nosso próprio corpo num fator de dez para um em relações simbióticas construídas sobre as tendências da natureza iniciadas eras antes da chegada dos mamíferos. Renovam-se em uma taxa de reprodução medida em minutos ao invés de anos, dando-lhes uma incomparável capacidade de adaptação a ambientes em mudanças. Não é de admirar que o tema comum dos remédios feitos a partir das bactérias intestinais seja a inquietação. Devido a essa fecundidade vemos proliferar doenças resistentes a antibióticos, como por exemplo a MRSA, uma condição criada e propiciada pelos antibióticos, os remédios miraculosos que o reino das bactérias tem tomado a passos largos. Por um lado, a medicina convencional busca eliminar todas as bactérias de uma pessoa doente na esperança de matar umas poucas seletas patogênicas e por outro lado, as vacinas injetam essas mesmas bactérias em nossa corrente sanguínea, em sistemas do corpo que são menos hábeis para enfrentar este tipo de intervenção. Os resultados são um presente florescer de desordens digestivas e de assimilação, alergias e intolerâncias de todos os tipos com seus concomitantes sintomas sistêmicos e comportamentais. Soa familiar? Isto porque você tem lido sobre elas nos retratos de remédios listados acima. Nos nosódios intestinais temos ferramentas importantes para corrigir desequilíbrios que temos criados por nossa incompreensão do papel que as bactérias têm na nossa saúde. Quando nasce uma criança, seu intestino é rapidamente preenchido por E. Coli e outras bactérias não-fermentadoras da lactose apanhadas pela sua jornada através da vagina da mãe. Os primeiros “probióticos” que naturalmente recebe são as espécies Bifidobacterium, que são ingeridas com o leite materno, a partir do qual o remédio Lac  humanum é feito. Estes ajudam na digestão, reduzem as reações alérgicas e podem até

mesmo, impedir o crescimento de tumores. Do leite de vaca, queijo e alimentos fermentados como o iogurte, chucrute, sopa de missô, kombucha, kefir e salmouras, obtemos as espécies Lactobacillus. Essas bactérias auxiliam na digestão por quebrarem a lactose (açúcar do leite) e proteínas, criarem enzimas digestivas e limitarem a faixa do

pH no intestino, tornando-o inóspito para as espécies patogênicas, fungos e outros parasitas. O processo que começa com o leite materno e continua com uma dieta saudável traz a nossa flora para um estado balanceadamente saudável, não muito ácida e com um ecossistema que funciona em simbiose com nossas necessidades nutritivas, tornando o organismo mais eficiente, nutrido e resistente às patologias. O uso de alimentos formulados

(industrializadas) e

leite de vaca com os bebês quebra este

ciclo. É, posteriormente, ainda mais danificado pelo uso intenso de antibióticos no início da vida. As bactérias não fermentadoras da lactose tornam-se predominantes, criando suas próprias condições mais ácidas, um ambiente congestionado, prejudicando a assimilação de nutrientes, congestionando o intestino e propiciando um ambiente séptico muito mais favorável para as leveduras e parasitas como as verminoses (muitos dos nosódios intestinais citados anteriormente têm verminoses em seu quadro). Eles podem até penetrar na parede intestinal, causando a propagação de toxinas para outros sistemas do organismo, comprometendo a imunidade geral. As descrições do nosódios intestinais refletem esta influência das bactérias nãofermentadoras da lactose na saúde humana e o impacto sistêmico de uma deficiente assimilação alimentar. Hiperacidez na digestão com decorrentes úlceras, dores de cabeça e ataques biliosos. Erupções e verrugas na pele das extremidades. Vômitos, diarréias, constipação e toda uma série de intolerâncias alimentares, ânsias e alergias.  A falta de nutrição adequada e a liberação de toxinas leva a estados comportamentais primários de medo, estresse, raiva e tensão nervosa; todos expressos nas características dos remédios supra. Na prática, Morgan Pure segue bem de Lac humanum. Isto faz sentido do ponto de vista da flora intestinal e seu processo de desenvolvimento desde o nascimento. A conexão entre os nosódios intestinais, os remédios Lac e os remédios feitos a partir de substâncias envolvidas na nutrição, como o Lactic acid, Saccharinum officinarum e outros açúcares, é um tema que merece mais investigações futuras. Finalmente, refletindo em algumas das características dos remédios supra, que têm períodos de falta de atenção, hiperatividade ou são temerosos e introspectivos. Verificouse de forma conclusiva que, a flora intestinal do espectro das crianças autistas, hiperativas e ADD/HD, consistentemente mostram uma maior porcentagem de bactérias não-fermentadoras da lactose. Os nosódios intestinais podem muito bem nos ajudar no tratamento dessas condições que estão em ascensão na sociedade moderna, que por  sua vez, estão associados, embora haja controvérsias, tanto com os antibióticos quanto com as vacinas.

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