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CURSO DE TREINAMENTO DO OUVIDO ABSOLUTO Manual
TRADUZIDO DO ORIGINAL: “PERFECT PITCH EAR TRAINING SUPER COURSE” DE “DAVID LUCAS BURGE” TRADUTOR: ISAQUE CIPRIANO
Manual do Curso de Treinamento de Ouvido Absoluto Como usar este livro
Parabéns pela sua decisão de refinar seus ouvidos e bem-vindo ao treinamento do ouvido absoluto. Você tem em mãos uma série de alto nível que vai te dar r esultados nunca vistos. Você vai aprender por um revolucionário método diretamente da fonte, David Lucas Burge, explicando em detalhes a arte do desenvolvimento do ouvido absoluto. O Curso completo consiste de lições e este livreto que é um material complementar. Ouvido absoluto é fácil de entender e divertido de se praticar, mas é algo sutil, difícil de expressar em um livro. Muitos músicos escutam o áudio várias vezes para poderem compreender o que é explicado. As técnicas de treinamento do ouvido que você escutará foram provadas como efetivas por milhares de músicos no mundo. Esse programa também é usado em escolas e Universidades e por professores particulares de música. Pronto para começar? Leia até a parte indicada e siga as instruções. Introdução Prezado Músico
Quando reformulei o curso, adicionei novos detalhes ao material. Durante 20 anos pessoas usam este material no mundo e tem diversas histórias de sucesso. Você vai ler várias referências à seminários. Atualmente não viajo mais para seminários, pois estou super-atarefado com muitos outros projetos na minha vida. Mas aqui você tem tudo o que você precisa. O Curso é estruturado em 24 lições: Fase introdutória: lições 1-4 Fase 1: (fase preparatória) lições 5-12 Fase 2: (Discriminação das cores dos sons) lições 13-23 Fase 3: (Nível avançado) lição 24 Você também encontrará uma lição suplementar, chamado “Pontos Importantes”. Leia a qualquer momento, quando você estiver com alguma dúvida ou dificuldade. Esse curso também inclui lições adicionais chamadas “Ouvido Absoluto para Crianças”. Essa seção é para adultos lerem depois de terem lido pelo menos até a lição 12 e estiverem familiarizados com o escutar as cores. Para começar, estude a lição 1. No fim de cada lição, você receberá instruções. Siga-as. Estude no máximo uma lição por dia, mesmo que você tenha completado aquilo que foi pedido. Eu sei que você está louco para escutar tudo de um a vez, mas guarde algumas surpresas para mais tarde. Tenha paciência. Siga cada lição passo-a-passo e você terá grandes resultados. Próximo passo: Ler a lição 1. Ouvido perfeito - a habilidade musical que permite ao seu portador: 1 – Identificar tons,
acordes e tonalidades pelo ouvido; 2 – relembrar ou cantar tons da sua própria memória na afinação certa; 3 – julgar a afinação das notas sem referência externa; 4 – experimentar um senso de cores dos sons parecido com s cores visuais. Também chamado: Ouvido Absoluto, Escutar As Cores. (definição do dicionário pessoal de David Lucas Burge).
1 Como Descobri o segredo do ouvido absoluto
Tudo começou com uma rivalidade de adolescente. Eu estudava piano 5 horas por dia, Linda estudava muito menos e brilhava como a estrela da nossa escola. Era frustrante. O que ela tem que eu não tenho ? Sempre me perguntava. A melhor amiga de Linda, Sheryl, veio até mim e ateou mais fogo na história: “Você nunca será como a Linda, ela tem um ouvido absoluto”. Perguntei o que era um ouvido perfeito. Ela me disse sobre a habilidade de Linda e nomear qualquer tom e acorde pelo ouvido, como ela podia cantar qualquer tom da sua memória, como podia tocar músicas logo após ouvi-las. Meu coração afundou. Seu ouvido fantástico era a chave para seu sucesso. Como eu poderia competir com ela ? Isso me aborreceu. Será que ela tinha mesmo um ouvido absoluto? A perguntei e ela disse que sim. Mas isso era muito bom para se acreditar. Perguntei se poderia testá-la e ela disse que sim. Agora ela engoliria suas palavras...
Meu plano era simples. Quando ela menos suspeitasse, eu pediria que ela nomeasse notas para mim, pelo ouvido. Eu a coloquei de pé, de forma que não pudesse ver as teclas do piano. Tive certeza que nossos colegas de classe não a ajudassem. Deixei tudo perfeito de forma que pudesse provar que seu ouvido absoluto era apenas uma piada. Com uma apreciação silenciosa eu escolhi um Fá# e toquei. “Fá#”, ela disse. Eu fiquei atônito. Logo toquei outro tom. “Dó”, ela disse, sem parar para pensar. Eu toquei diversas notas, aqui e ali, mas ela sabia quais eram as notas todo o tempo. Ela era incrível. “Cante um Mib”. Ela cantou. Conferi no teclado e estava correto. Eu estava fervendo. Pedi para que ela cantasse diversos tons e fiz questão de aumenta a dificuldade. Ela cantou cada nota perfeitamente. Eu estava perplexo. “Como isso funciona?” perguntei. “Eu não sei”, ela respondeu, e foi tudo o que consegui dela. O deslumbramento do ouvido perfeito caiu sobre mim como toneladas de tijolos. Agora eu sabia que o ouvido perfeito realmente existe. Não podia imaginar...
“Como ela faz isso?” Continuei a me perguntar. Por outro lado, por que não são todos que podem reconhecer e cantar tons pelo ouvido ? Fiquei frustrado. Pessoas se autonomeam músicos e não sabem diferenciar um dó de um dó# ou um lá maior de um fá maior. Isso é tão estranho quanto um pintor de retratos não saber nomear as cores de tinta de sua palheta. Humilhado e embaraçado, fui para casa com este problema. Para um garoto de 14 anos, isso era difícil de entender. Saiba que eu tentei. Com uma conversa, convenci meus 3 irmãos a tocarem tons no piano para mim, para eu nomeá-los com o ouvido. Mas se tornou um jogo de adivinhações. Eu não podia vencer.
Dia a dia eu tentei aprender aqueles tons. Eu batia numa nota durante muito tempo, mas horas mais tarde eu a esquecia. Por mais que eu tentasse, não podia reconhecer os tons pelo ouvido. Depois de um tempo, eles soavam todos iguais, como eu poderia distingui-los ? Eu faria qualquer coisa para ter um ouvido igual o da Linda. Mas descobri que estava acima do que eu poderia fazer. Então, depois de semanas, eu desisti. Então aconteceu...
Era um milagre... Uma virada da fé... como achar o perdido Santo Graal... Quando eu parei de esforçar meu ouvido, eu comecei a escutar Naturalmente. Então o simples segredo do ouvido absoluto simplesmente apareceu. Curiosamente eu notei fracas “cores” com os sons. Não cores visuais, mas cores da afinação, cores do som. Eles sempre estiveram ali. Mas havia sido a primeira vez que eu deixei que eles aparecessem – e escutei – para descobrir esta diferença sutil. Então, na minha própria incredulidade, eu também podia nomear sons pelo ouvido. Era simples, eu podia escutar como um fá# soava enquanto o sib tinha um som totalmente diferente. Algo como “escutar” vermelho e azul. A conquista me deixou perplexo: Isso é o ouvido perfeito. Era assim que Bach, Beethoven, mentalmente podiam ter uma visão de suas peças, e saber tons, acordes, e tudo mais, tudo pelo ouvido. Isso era muito infantil – Eu senti que qualquer um poderia destrancar seu ouvido absoluto com o simples segredo de “escutar as cores”. Cheio de excitamento, eu contei para minha amiga Ann, uma flautista. Ela riu de mim, dizendo que tínhamos que nascer com o ouvido absoluto e não havia como desenvolvê-lo. Eu disse que ela não entendia o ouvido perfeito. Eu mostrei a ela como escutar. Timidamente, ela confessou que podia escutar as cores das notas. Com isso, Ann também ganhou um ouvido absoluto. Nos tornamos celebridades instantaneamente. Todos amavam dizer tons para que cantássemos. Eles tocavam acordes para que disséssemos quais eram. Eles nos questionavam sobre a tonalidade de uma música. Todos estavam fascinados com nossos poderes “sobrenaturais”, menos eu e Ann, que achávamos isso tudo normal. Então, nunca havia sonhado que eu causaria um barulho no mundo acadêmico. Na universidade, eu falava para os professores sobre minha descoberta, e eles riam dizendo que era necessário nascer com o ouvido absoluto. Então eu os mostrava o segredo e eles escutavam por si próprios. Vocês não imaginam como mudaram de opinião. Meu “ouvido perfeito” me permitiu pular 2 cursos de música. Tudo era mais fácil para mim. Eu aprendi que definitivamente música é a arte de escutar. Ah, você deve estar pensando o que aconteceu com Linda. Eu estava completando a escola, com quase 18 anos. Nos três anos e meio com o ouvido absoluto, minha professora de piano insistiu em dizer que eu havia feito progresso de 10 anos. E tinha. Mas não estava satisfeito. Eu tinha que vencer Linda. E esta era minha chance final. A Universidade de Delawares fez um festival de música completo, com juizes e prêmios. Para meu pavor, eles me colocaram como o Grand Finale do evento inteiro. Chegou o dia. Linda fez sua usual apresentação, com grande estilo. Na minha vez, eu sentei ao piano e toquei com todo meu coração. Os aplausos foram intensos. Mais tarde, colocado no quadro de boletins, as notas. Descobri que recebi um A+ nas categorias avançadas de execução. Linda recebeu um A. Essa doce vitória soou como música aos meus ouvidos...
2 Ouvido Absoluto: O fenômeno
Apreciado por séculos como a perfeição máxima do ouvido virtuoso, Ouvido Absoluto dá ao seu possuidor um mestrado da linguagem musical. Nos tempos clássicos, Bach, Beethoven, Mozart, Handel – e a maioria dos grandes da música – tinham um ouvido perfeito. Quando Mozart tinha 7 anos de idade, um amigo emprestou a ele um violino com um som admirável. O pequeno Mozart disse que o violino tinha a afinação um quarto de tom bemol que seu violino, sem uma comparação direta. O pai dele insistiu para que se comparassem os dois violinos. É claro, o ouvido dele era impecável. Do clássico ao pop ao rock ao jazz muitos dos superstars têm um ouvido absoluto: Frank Sinatra, Leonard Bernstein, Barbra Streisand, Julie Andrews, André Previn, Stevie Wonder, Nat King Cole, Miles Davis, Ella Fitzgerald, Glenn Gould, Yngwie Malmsteen, Eric Johnson, Tommy Mars, Bela Bartók, Jascha Heifetz, Paul Shaffter, Yo-yo Ma, Yanni,etc. Na população em geral, o ouvido absoluto é algo raro. No meio musical, o número sobe bastante. Por exemplo, na escola de Música Julliard você encontra 10% dos alunos com essa habilidade. Numa orquestra sinfônica você encontrará de 20 a 40%. Dos artistas mais populares, você encontra em média 50%. Dos Artistas TOP, você chega a encontrar 87%. Profissionais consideram um bom senso de afinação como o mais importante valor elementar da musicalização, acima até de outras habilidades essenciais, como um bom ritmo, técnica, memória, criatividade, etc. Mesmo com vários anos de formação, os músicos que alcançam sucesso são aqueles que tem a habilidade de ouvir. Cantores acham algo muito valioso no ouvido absoluto, pois adquirem a capacidade de localizar afinações obscuras, cantar no tom e produzir as notas afinadas com pouco ar. É muito interessante quando você escuta pela primeira vez um vocalista cantando um “Dó” agudo e o reconhece, ou quando você pode dizer se a afinação está meio alta ou baixa. Olhando partituras musicais, outros verão bolinhas pretas. Mas com o ouvido perfeito, você pode mentalmente escutar cada som. Essa habilidade mental de escutar a música pelas cores melhora a memória musical. Ouvido absoluto é mais que nomear notas individuais pelo ouvido. Você pode escutar e saber o tom da música e seguir os acordes pelo ouvido, em todas as camadas da harmonia e melodia. Diversas habilidades são confundidas com o ouvido absoluto, mas essas habilidades na verdade se expandem com um profundo conhecimento da afinação. Por exemplo, com o ouvido absoluto não significa que você vai poder tocar de ouvido, mas se você quer tocar de ouvido, o ouvido absoluto é extremamente necessário. O ouvido absoluto também adiciona uma apreciação estética da música. O psicólogo acústico A. Bachem descobriu que “particular características de certos tons, exemplo, brilhantismo do lá maior, maciez do ré bemol maior, só pode ser apreciado com um ouvido absoluto”. Para o ouvido de cores, o completo espectro das afinações é uma maravilhosa exibição de cores distintas da afinação que dança com a estrutura musical, combinados para formar vários acordes e tonalidades. Essa riqueza de som extende-se acima da esfera musical até a vida do dia-a-dia. Por exemplo, quando seu ouvido ficar mais alerta, você perceberá que irá reconhecer vozes no telefone mais facilmente ou aprender outra língua com uma certa facilidade. Música é a arte de escutar, então quando você desenvolve seu ouvido, você toca tudo na música. Todas as possíveis passagens de habilidades musicais e talentos é ultimamente ligado ao seu ouvido.
3 O Mistério do Ouvido Absoluto
Muitos pensam que você nasce ou não com o ouvido absoluto. Muitos consideram como um presente dado à personalidades pródigas. Muitas vezes músicos pensam que o ouvido absoluto está acima de suas capacidades. Não é assim. Essa habilidade super-refinada de escutar não é um presente místico. Praticamente todos os músicos tem uma natural mas normalmente subnutrida capacidade de distinguir os sons em seus ouvidos. Ouvido Absoluto é escutar as cores. Da mesma forma que você vê as cores e as reconhecer – vermelho, verde, azul, amarelo – seu ouvido tem a capacidade de reconhecer as cores das notas – Dó#, Mi, Fá, Solb – Seus olhos vêem cores da luz, seus ouvidos escutam cores dos sons. As 12 cores cromáticas podem também serem comparadas a 12 temperos na cozinha. Cada um tem seu próprio cheiro que o distingue do outro. Quando você cheira o alecrim, você sabe que é alecrim sem qualquer comparação. Os sons são bem abstratos, mas quando você pegar isso, você descobrirá que é algo bem normal. O que bloqueia nosso senso de afinação?
Sem o ouvido absoluto, os ouvidos comuns trilham em sobras do mundo da música pintado só em escala de cinza. Um mundo onde os sons sobem e descem, mas parecem todos iguais. Mas por que isso? O que nos previne de escutar as cores da música? A principal razão porque as pessoas, incluindo músicos, não desenvolveram um ouvido perfeito é simplesmente uma carência de um escutar apropriado – uma carência de uma orientação auricular na vida. Psicologistas dizem que nós somos 80-90% orientados pela visão. Cedo na vida nós aprendemos as cores visuais – vermelho, azul, verde, amarelo – mas quão freqüente uma criança é orientada a conhecer as cores musicais do Fá#, Dó, Ré, etc.? Nossa visão é o senso dominante, usado absolutamente para quase tudo, exceto escutar música. A coisa mais difícil que nossos ouvidos têm que fazer é aprender os sons das palavras faladas, um dos nossos primeiros esforços. Imagine se nós tivéssemos gasto tempo em escolas de música escutando os sons e treinando os ouvidos, como nossos ouvidos teriam sido desenvolvidos. Um ouvido comum pode escutar qualquer tipo de música e a apreciar, mas escuta de um nível de percepção diferente, como se o ouvido fosse tomado por uma dureza e preguiça, porque ele nunca escutou tão próximo. Não acontece isso com pessoas que escutam as cores dos sons. É como se o ouvido nunca houvesse parado para escutá-los. E não é porque as pessoas são desafinadas. A verdadeira desafinação é algo raro. Pessoas que aparentam ser desafinadas têm na verdade uma deficiência na formação musical. Nenhum músico é desafinado, não importa o quanto ele toque ou cante. Para muitas pessoas escutar é mais um senso enganoso que ver. E porque o ouvido absoluto é mais sutil que nosso senso de escuta, não é surpresa que o ouvido absoluto demora-se mais para ser desenvolvido. A maioria dos ouvidos – e isso inclui você – tem a capacidade de escutar as cores das notas. De fato, muitos músicos já escutam as cores das notas numa extensão, sem mesmo estarem conscientes disso.
A síndrome das notas amargas
Muitos músicos dizem que não querem um ouvido perfeito porque esta percepção os farão muito sensíveis. Muitos dizem que “sofrem” com o ouvido perfeito por terem um ouvido tão bom, que se confundirão se transportarem a música (esses problemas costumam ocorrer com quem tem o ouvido relativo). Essas objeções mostram certa frustração ou falta de entendimento por parte daquele que desejaram e não conseguiram adquirir os segredos desta habilidade. Outros insistem em dizer que o ouvido absoluto não pode ser desenvolvido. Mas eu vou mostrar que pode sim, e meus alunos são prova disso. O compositor e teorista Paul Hindemith escreveu esta experiência: “o tempo mais uma vez mostrou que o ouvido absoluto pode ser adquirido e desenvolvido” (Elementary Training For Musicians pp206). A astuta aventura do Ouvido Absoluto
O Ouvido Absoluto é uma arte sutil. Se não fosse, todos teriam a desenvolvido muito tempo atrás. O ouvido absoluto não pode ser adquirido somente conhecendo uma série de exercício de qualquer sorte. Como você descobrirá nas Lições, tem alguma elegância nisso. Muitos que não entendem o sentido de Escutar as Cores forçam o ouvido. Alguns tocam notas repetitivamente na esperança de memorizá-las. Outros tentam dizem o quão alto ou baixo estão determinadas notas. Eu sei porque eu mesmo fiz isso. Descobri que um som não ficará gravado na sua mente pra sempre, até você perceber uma certa qualidade diferenciada entre os sons. Essa qualidade é a cor. As cores dos sons estão todos no ouvido, não existem no mundo objetivo. Pegue a cor azul Não existe diferença real entre o azul e o vermelho, exceto que as luzes do vermelho vibram mais lentamente. A cor azul que a gente vê está nos nossos olhos. Igual a isso, não existe qualidade sonora diferente entre um Fá e um Sol. Mas se as escutarmos mais profundamente, veremos uma diferença de cor. Esta distinção está toda em nossos ouvidos, parte de nossa natural capacidade de escutar. Ouvido absoluto não é um objeto, uma jóia que pode ser confiscada à força. É mais um enigma esperando pela resposta certa que te faz dizer: “ahhhh”. Já aconteceu com você ? De você ficar horas pensando na solução de um problema e, depois de parar de pensar, de repente, a resposta simplesmente aparecer na sua mente, e você pensar “Mas é tão simples!”. Neste momento que descobrimos que a verdade está na simplicidade de uma criança. Ouvido absoluto é isso. É um enigma. Mas você não pode resolver com sua mente, sua inteligência, sua lógica. Na verdade o enigma é do ouvido. Estamos começando bem. Sabemos que o ouvido absoluto é escutar as cores. Mas essa não é a solução final. Não é a experiência final de percepção. É somente um sinalizador dizendo que direção tomar. Técnicas apropriadas são importantes. Mas nenhuma técnica funcionará sem a devida aplicação. Existe uma fineza nesta técnica: como focar e preparar o ouvido, e ao mesmo tempo relaxar e expandir a consciência do ouvido. O treinamento é simples e delicado. Enquanto você continua com as lições você irá repercutir mais e mais na arte. Um escutar astuto é a chave para o sucesso. Lembre-se: Cada som tem uma cor. Para alcançar esta dimensão da sua percepção você precisará de: entendimento próprio, práticas passo-a-passo, escutar atentamente e – talvez o mais importante – a não-assumida inocência de uma criança.
4 Cor da Nota e Com do Tom
A Cor do Tom, ou Timbre é o que dá a cada instrumento seu som especial. Um piano tem um timbre de piano, um violão tem o timbre de violão. Timbre nos diz qual instrumento se está escutando. Cada família de instrumentos tem seu próprio timbre. É fácil diferenciar um violino de um saxofone. Todo violino tem um som de corda, enquanto todo sax tem um som metálico. Mas o que causa isso? O timbre é causado pelo único padrão de harmônicos que acontece quando um tom é tocado. Harmônicos são tons fracos produzidos quando uma nota é soada. Um piano, por exemplo, quando uma corda soa, ela vibra pra trás e pra frente. Mas você notou que cada corda também vibra em meios, terços, quartos, ad infinitum? Essas delicadas vibrações causam fracos harmônicos. Então, quando você toca um Dó você não está somente tocando um Dó. Incontáveis harmônicos estão também soando, e você pode escutar alguns se escutar bem de perto. Tente experimentar em qualquer instrumento usando Dó como ponto inicial, toque Sol que é 11 tons mais alto na escala. Escute este Sol e guarde a afinação no seu ouvido. Agora toque o Dó, mas escute o Sol no lugar do Dó. Deixe seu ouvido relaxar no som, e você ficará surpreso de escutar claramente o Sol – enquanto toca o Dó. Esse sol é um harmônico do Dó, e lembre-se ele será bem fraco. Tente isso no piano: abaixa a tecla e segure do Dó central, mas não deixe que ela soe. Então, firmemente – mas rapidamente – toque o Dó abaixo. Você notará que o Dó central soará. Explicação: o primeiro harmônico do dó baixo é o dó central. Esse harmônico faz com que a corda do dó central vibre. Tente o mesmo usando o Dó # central e o Dó baixo. Nada acontecerá, porque o Dó# central não é um harmônico do Dó baixo. Essa é a presença, ausência e força relativa dos harmônicos – e quando eles ocorrem – que cria a cor do tom (timbre) do instrumento. Um som rico é devido a uma abundância de harmônicos. A voz humana é rica em harmônicos. Um diapasão de forca não tem harmônicos. As figuras abaixo mostram uma onda sonora sem harmônicos e outra com harmônicos. Sem harmônicos
Com harmônicos Atualmente o termo cor de tons é um pouco impreciso. Para mim qualidades do tipo “de cordas”, “metálico”, “cheio” etc não são realmente cores – eles parecem mais texturas. Cores são mais corretamente ligadas aos sons em si. Cada som tem sua própria cor. Sons são diferentes cores que podem usar diferentes texturas. Pense nisso: uma mulher pode usar um vestido vermelho, mas ele pode ser de vários tecidos - seda, cotton, etc – cada um com uma textura específica. Mesmo assim a cor do vestido continua sendo vermelha. Da mesma forma um Fá# tem sua cor que pode ser costurado na textura de um violão ou um oboé. Mas independente do instrumento, continua sendo um Fá#. Faz sentido ? Somente lembre: Cores nos dizem a nota, timbres nos dizem o instrumento. Pelo fato que os músicos têm algo de poesia em si, adotamos a palavra cor para o nosso vocabulário musical. Em adicional à “cor do tom” as cores podem também referir a textura harmônica, disposição melódica, dinâmicas, registros, ornamentos e dispositivo de interpretação.
Todos esses usos para cores são liberais, redefinição de uma palavra que define algo físico. Alguns nos acusam de termos dado outra definição à palavra cor. Mas na verdade nosso termo Cor dos sons é exatamente isso: a única cor sonora de uma especifica freqüência de afinação. Mas também, parece que a Teoria Musica do Ouvido Absoluto tem sido a maior investidora da palavra cor. 5 Escutar as Cores e Associação das Cores
Desde o início da história musical, os homens tem associado cores visuais à notas, tonalidades, tempo, escalas, registros, timbres, texturas harmônicas, composições, e até trabalhos inteiros de alguns compositores. No 14º século D.C., Aristóteles fez uma equivalência das relações entre cores visuais e música em seu De Sensu. No século 17 Sir Isaac Newton matematicamente correlatou as cores prismáticas entre o vermelho e o violeta com os tons da escala Dó, Ré, Mib, Fá, Sol, Lá e Sib – uma escala de dó em modo dórico. Beethoven, Listz, Schubert, Scriabin, Rimsky-Korsakov, Macdowell, e outros compositors expressaram direta associação entre os tons musicais e/ou tons com cores visuais. No livro Color Psychology and Color Therapy, Faber Birren anotou: “Entre outros compositors, Listz é creditado com muitas frases: ‘Mais rosa aqui’, ‘Está muito preto’, ‘Eu quero isso tudo azul-celeste’. Beethoven chamou o Si menor como o ‘tom preto’. Schubert associou o Mi menor ‘como uma donzela vestida de branco com um arco rosa-vermelho no seu peito’. Para Rimsky-Korsakov, o nascer do sol era um Dó Maior e o Fá sustenido era um morango vermelho.” Esse sentimento de associação das cores aos tons musicais é chamado sinestesia – uma energia entre os sensos de escutar e ver. Sinestesia pode também envolver um cheirar, um provar, ou um sentimento de tato quando escutamos música. Associação de Cores é muito subjetiva. Nenhum desses compositores associaram cores visuais à música precisamente da mesma forma que outro. Scriabin chamou o Lá Maior de o tom amarelo, enquanto Rimsky-Korsakov sentiu isso cor de rosa. Os termos musicais sustenido e bemol parecem conotados como claro e escuro na nossa cabeça. Por exemplo, um Fá# é mais associado a uma cor brilhante enquanto um Solb a mesma afinação – é associado a uma cor escura. Os músicos e artista parecem ter um irresistível e místico senso de unidade entre o escutar e o ver. Até a linguagem dos dois está repleta de expressões relacionadas: cor, tons, cromatismo, sombra, brilho, intensidade, volume, etc. Uma das mais novas referências a uma coordenação formal entre as artes visuais e musicais foi por Louis Bertrand Castel no seu La Musique em Couleurs (1720). Arthur Bliss escreveu uma sinfonia com cada movimento chamado depois de uma cor. E o compositor russo Alexandre Scriabin escreveu uma colorida e clara fantasia para acompanhar Prometeus, the Poem of fire (1910) – o prelúdio para shows de luzes e concertos de rock. Para a classe de artes da escola, eu escrevi um termo no papel que comparou cores visuais com cores dos sons. Incrivelmente, eu não tive nenhuma referência. Eu escrevi o que eu senti. Meu professor gostou tanto da comparação que me deu um A+ e fez uma cópia para suas recordações permanentes. O ponto é, seja qual for nosso fascínio entre as cores e a música, Escutar as cores e associação das cores são coisas diferentes. Escutar as Cores não termina em associar as cores para reconhecer os tons. Você não tem que pensar em Fá# como vermelho – a menos que você queira. Mas nós vamos aprender a escutar as cores absolutas de cada som – cores que se escutam, não se vêem.
6 Ouvido perfeito e Canto
Para cantar numa afinação perfeita – e manter-se no tom sem nenhum acompanhamento – precisamos de 3 coisas: 1 – Ouvido absoluto; 2 - Controle; 3- Atenção. Pessoas acham que por se ter um ouvido absoluto se canta bem. Hah, essa é boa! Não posso dizer quantas vezes aconteceu comigo de pessoas me apresentarem e quando o ouvido absoluto era mencionado, a pessoa dizer: “Eu adoraria ver você cantar”. Você tinha que ver as faces deles quando eu me desculpava e não cantava, Ouvido absoluto é no ouvido – não nas cordas vocais. Parece irônico, mas por você ter um ouvido absoluto não significa que você automaticamente se tornará um ótimo cantor (para isso um instrutor de canto é essencial). Você pode ter o melhor ouvido do mundo e uma péssima voz. Lembro que minha professora de piano começava as páginas cantando triunfalmente, sempre começando no tom certo, mas rapidamente atravessava vários tons. Ela queria enfatizar as partes fortes e ia quatro tons sustenidos. Mas ela tinha um ouvido absoluto impecável. Mas o que faz uma pessoa com um ouvido absoluto cantar notas erradas? Lembre-se que para cantar precisamos de ouvido absoluto, atenção e controle. Isso significa: Com ouvido absoluto você pode pensar em uma nota e cantá-la sem referência e afinada. Mas você tem que ter um controle vocal se não as notas sairão fora da afinação. Um bom controle costuma aparecer naturalmente em algumas pessoas e com muito treino em outras. Ouvido absoluto não significa que você vai acertando as notas enquanto canta. Se não tiver atenção, você pode cair ou subir a afinação das notas. Ouvido absoluto não é uma afinação computadorizada que sempre te leva à afinação correta. É mais uma habilidade artística. Você pode estar no tom, mas tem que prestar atenção. Agora o ouvido absoluto é a melhor coisa que pode acontecer com um vocalista, pois ele cria todas as notas de ruídos. As cordas vocais não têm teclas com os sons definidos, igual a um piano. Mais um ponto sobre cantores: Muitos desenvolvem um pseudo-ouvido absoluto que é a tensão vocal. Conhecendo sua capacidade vocal, você julga um anota por sua tensão vocal. Muitas pessoas podem se desenvolver com isso, mas precisam levar em conta climas, variações de ambientes, etc. A tensão vocal não é o ouvido absoluto, já que este é o escutar das cores das notas. 7 Ouvido Perfeito e Ouvido Relativo
Em algum ponto da caminhada, todo músico quer ter um ouvido melhor. De organistas de igreja a pianistas de jazz aos rockeiros guitarristas autodidatas, todos tentam pegar músicas de ouvido e querem atalhos. Mas cuidado: não existem reais atalhos para o crescimento musical, só caminhos complicados. Muitos músicos completam 2 a 4 anos de treinamento de ouvido na escola. Por quê? Porque as escolas sabem que o sucesso na música depende do ouvido. Eu entendo que metade da parte de teoria musical deveria ser para desenvolver o ouvido. Sendo que dessa parte, 50% do tempo para o ouvido absoluto e 50% para o ouvido relativo. O ouvido relativo traduz a música que você escuta em uma clara imagem musical. Sem o Ouvido Relativo seria como uma tv com a imagem embaraçada – um monte de acordes desconhecidos que você não entende. Com o ouvido relativo todos esses tons aparecem em
foco, então você pega todos os detalhes do que está acontecendo. O ouvido perfeito, então, vem e traz vida à música, colocando cores na nossa imagem da tv. Entenda: Ouvido relativo sem o absoluto, traz a você uma imagem clara, mas em preto e branco. Ouvido absoluto sem o relativo você tem uma tv colorida com a imagem desfocada: você pode nomear as notas (cores) pelo ouvido, mas não sabe exatamente o que está acontecendo. Por isso é que os ouvidos absoluto e relativo trabalham melhor juntos. Com ambos, você tem uma super-tv colorida com imagem perfeita – a figura musical completa, o ouvido final para o sucesso. O que é o Ouvido relativo?
O ouvido relativo é a habilidade de se comunicar na linguagem musical. Quando você domina uma linguagem, você pode se expressar melhor. Música é uma linguagem universal. Praticamente todos podem apreciar a música, mas nem todos podem falar a linguagem da música fluentemente. Não são todos que podem cantar, tocar ou compor. O ouvido relativo é um ouvido refinado para a música. Você pode chamar de Escutar as relações – a habilidade do ouvido de “ler” a linguagem musical. Aqui não digo ler uma partitura, mas digo a habilidade de entender tons e acordes pelo ouvido. Como o ouvido relativo funciona?
Quando 2 tons são tocados, qualquer um deles, uma relação ocorre entre eles. Você escuta isso como um específico padrão de sons ou intervalos:
3ª Maior
5ª justa
7ª maior
Existem basicamente 21 intervalos na música, cada um com seu nome e som. Então por que se preocupar em aprender os sons dos intervalos musicais? Intervalos são blocos brutos de toda melodia. Intervalos são também blocos de acordes. De fato, Intervalos são blocos em toda a música. Aprender os intervalos pelo ouvido é o primeiro passo para o ouvido relativo. O mais difícil intervalo da música para se cantar é o de 4ª aumentado, o chamado “demônio na música”. Também chamado de quinta diminuta, nós podemos aprender facilmente este intervalo com o ouvido relativo. Quando se estuda o ouvido relativo, se aprende a construir todos possíveis tipos de acorde e como reconhecê-los pelo ouvido com um senso de como se dá o progresso dos acordes e relacionar um com o outro. Ouvido relativo é um processo de criar um catálogo de tons ou uma livraria de sons. Pessoas confundem o ouvido relativo com o absoluto. Muitos dizem “Eu tenho um ouvido relativo, mas não chega a ser absoluto”. A verdade é que um “absoluto” ouvido relativo nunca se tornará um ouvido absoluto, e um fraco ouvido absoluto nunca se tornará um ouvido relativo. Um complementa o outro. Como exemplo, pegue o acorde abaixo. Com o ouvido relativo você sabe que é um acorde com 7ª maior.
Acorde com 7ª maior Mas que acorde é esse? É onde o ouvido absoluto entra. Com o ouvido absoluto você sabe que é um acorde de ré com 7ª maior. Lembre-se que só o ouvido absoluto pode dizer que é um acorde de ré e só o ouvido relativo que diz que é de 7ª maior. Entendeu como eles trabalham juntos? Ouvido perfeito (absoluto) diz os sons exatos. Ouvido relativo diz a qualidade dos sons escutados (maior, menor etc). Atualmente, é o seu ouvido relativo que “destrava” os acordes, então claramente você pode escutar todos os tons no acorde, ou acompanhar uma harmonia numa música. É difícil dizer onde o ouvido absoluto pára de trabalhar e entra o relativo, na verdade os dois trabalham juntos. Por isso é que digo novamente: um ouvido com as duas habilidades é quatro vezes mais potente do que um ouvido com uma só. Quando se treina o ouvido nas duas habilidades, você percebe que cada uma abre seu ouvido de uma forma diferente. 8 Níveis de Ouvido absoluto
Enquanto você desenvolve seu ouvido absoluto, seu ouvido passará por vários estágios que indicam seu progresso. Vejamos cada um: Nível 1: Conscientização das cores
O primeiro estágio é quando você está atento às cores das notas. Quando você sabe como escutar e do jeito que discutimos nas Lições, você pode experimentar isso na hora. Conscientização das cores não é uma experiência clara de cores dos sons, mas um primeiro gostinho. Nível 2: Discriminação das cores
O nível básico do ouvido absoluto. É quando você consegue identificar com o ouvido os tons do seu instrumento. Nível 3: Refinada Discriminação das Cores
É quando seu ouvido consegue se acostumar com os sons ao ponto de dizer se a afinação está meio bemol ou meio sustenida. Nível 4: Discriminação Universal das Cores
É quando o timbre já não esconde as cores das notas, e você consegue identificar os sons em qualquer instrumento. Nível 5: Discriminação espectral
É quando você consegue julgar se um som está meio sustenido ou bemol em qualquer instrumento ou som que você escutar. É na verdade a Discriminação Refinada das Cores em qualquer instrumento. Nível 6: Recordação Oral
É o mais alto nível do ouvido absoluto. Com este nível, você, sem escutar um som, sabe como ele soa. Isso dá uma afinação perfeita.
Esses níveis não são completamente isolados um do outro. Na verdade enquanto você desenvolve um, vai desenvolvendo o outro. Mas quanto tempo leva? Desenvolvimento do ouvido absoluto leva diferente tempo, de acordo de como está o seu ouvido. Hesito em arriscar um tempo. Isso varia de pessoa em pessoa. Mas se você insiste, posso dizer que levará entre 6 meses e um ano, desde que você faça todos os exercícios do curso. O tempo que você gastar com o treino do seu ouvido trará ricos dividendos todos os dias da sua vida. 9 Afinação de Concerto e Sintonização
A afinação de concerto (diapasão) é considerado o Lá acima do Dó central equivalente a 440 vibrações por segundo. A afinação padrão era bem incerta nos séculos 16 e 17, com um Lá vacilante entre 373 Hz a 567 Hz. Nos dias de Bach, um Lá era afinado como 415, que poderia soar como um Láb para nossos ouvidos contemporâneos. O diapasão foi inventado em 1711 pelo Inglês John Shore. Handel teve um dos diapasões originais, afinado como Lá-422.5. Mozart afinava seus pianos em Lá-422.12. Se os compositores estivessem vivos hoje, seus ouvidos absolutos continuariam válidos, eles só teriam que ajustar-se ao nosso padrão de afinação. Alguns podem pensar como o uso dos instrumentos temperados está relatado com o ouvido absoluto. A afinação temperada é a maneira contemporânea de fixar uma afinação com distâncias matematicamente iguais. Mas, em resumo, não é necessário ser um fanático por afinação. Só deixe seu instrumento numa boa afinação. Seu ouvido não ficará embaraçado em adquirir discriminação das cores com uma pequena diferença de afinação. Depois que você conhece o vermelho, todas as variações de vermelho serão distinguidas pelo seu ouvido. 10 Música: A linguagem do coração
Todos os músicos sabem da influência dos sons. Suas ondas podem criar de uma simples nota a uma imensa sinfonia. Certos sons se mostraram bons para fazer plantas crescerem, enquanto outros inibem a vida. Platão discutiu a influência dos modos gregos no psicológico humano. Novas musicalizações cristãs reconhecem esta influência e extraem somente os modos que levam a edificação. A música tradicional hebraica “era um segredo exotérico das classes de sacerdotes” designado para “ harmonizar a alma humana às várias emoções expressadas nas Escrituras e pós-Bíblicas poesias do Judaísmo”. Místicos do Leste proclamam que o Universo inteiro é a manifestação de uma vibração básica que emana do silêncio eterno. O som, quando organizado, tem um efeito profundo na alma humana. Qualquer emoção ou sentimento pode ser transformado em som e transmitido ao coração de outro. Seja qual for a música, seja qual for a paixão que capturou, isso são repetições renderizadas no coração receptivo do ouvinte, igual a compreensivas vibrações pulando de uma corda para outra. O verdadeiro mestre da música vai acima do degrau da academia. Ele é um mestre de um som coerente. Ele sabe como compor uma frase musical de forma a ter uma máxima sinergia entre seu impulso e o coração do ouvinte. Ele pode reenergizar uma frase durante sua apresentação para garantir uma responsiva penetração ao núcleo de outro ser humano. A grandeza e a força de um músico estão ultimamente contidas no seu profundo desejo interior, e ao ponto que ele pode expressar isso. No livro “Greatness in Music” Alfred Einstein
escreveu que “grandeza significa a construção de um mundo interior, que está intimamente ligado com o mundo físico dos humanos”. Música é a fala do coração. Cada batida da música é a batida real de seu coração. Quando um músico aprecia um ouvido bem afinado, sua música ressoa com mais energia e poder que pode atingir o coração de multidões. 11 Níveis de Percepção Musical •
Nível 1: Simples Audição Codinome: Audição Perceptiva Experiência: Tons puros Base de percepção: O som da música Critério: Simples apreciação Nível de Não-musicalidade
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Nível 2: Apreciação Musica Codinome: Audição Conceitual Experiência: Crescimento do Senso de Música Base de percepção: O sentimento da música Critério: O efeito do despertamento da música Nível de Estudante musical
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Nível 3: Ouvido Relativo Codinome: Audição relacionada (escutar horizontalmente) Experiência: Entender e falar a linguagem da música fluentemente Base de percepção: Estrutura musical Critério: Como os tons e acordes se acertam juntos inteligentemente para criar o efeito que chamamos de música Nível de Músico
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Nível 4: Ouvido Absoluto Codinome: Audição das cores ( escutar verticalmente) Experiência: A essência da música - sons Base de percepção: Cores dos sons Critério: Masterização de afinação perfeita pelo ouvido Nível de Artista
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Nível 5: Mestre de Ouvido Virtuoso Codinome: Audição Ressonante Experiência: A fonte da Inspiração Base de percepção: O nível mais profundo do coração Critério: Como trazer específicos sentimentos ao ouvinte Nível de Mestre em Música
Esse capítulo é para ser usado com a Lição 24/ Fase 3 e para todos Graduados no curso de ouvido absoluto. 12 Provocações Auditivas para Super-ouvidos
Parabéns! Você desenvolveu seu ouvido absoluto! Durante a escola, eu andava em volta de meu amigo pianista Richard, o que eu disse que teve lições com Mrs. Vinograd e que tinha um ouvido absoluto. Nós nos divertíamos com vários testes para testarmos nossos ouvidos. Aqui estão alguns deles. Não pense que são “impossíveis”, pois não são. Tente, é divertido tentar levar a melhor em cima do outro enquanto se ajuda a afiar o ouvido absoluto. - Escute profundamente a todos os sons que você escuta. Tenha amigos com vários instrumentos tocando para você identificar tons de diferentes instrumentos. Escute o tom de cada música tocada no rádio, nos concertos, e nas gravações. Escute especialmente a todos os sons que você escuta – busina de carro, sino de igreja, campainhas, assobios, sirenes, copos com água, etc, - e note os sons. Algumas vezes você terá de escutar bem de perto. Minha amiga Ann (do capítulo 1, que desenvolveu o ouvido absoluto comigo), tinha uma gata que miava claramente em Sib. Nestes dias claros, você com seu novo ouvido absoluto, sentirá algo diferente em seus ouvidos. Isso é normal. Esteja escutando – e tenha um diapasão para conferir por si mesmo. Enquanto você lapida seus ouvidos ganhará mais confiança nos seus julgamentos. Mais tarde não precisará mais conferir. - Afine seu violão ou outro instrumento de cordas pelo ouvido sozinho. Depois confira com o diapasão. - Escolha uma oitava diatônica. Deixe uma nota fora e toque as outras em ordem. Mande seu companheiro nomear a nota que falta. - Toque 5 a 10 sons em qualquer padrão de acorde. Nomeie as notas de baixo para cima. - Toque 7 a 10 notas numa escala cromática. Deixe faltar uma nota. Nomear a nota que falta mais a mais aguda e a mais grave. - Pegue alguém que toque o mesmo instrumento que você. Um toca uma escala, o outro tem que identificar pelo ouvido a escala e tocá-la também. - Escute uma música moderna. Escolha um som. Mentalmente escute toda a escala cromática a partir dela. - Usando qualquer partitura, escolha qualquer linha, e escute calmamente a cada nota em sua mente. Boa diversão!
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