1 LOUREIRO Psicologia Escolar - Mera Aplicacao de Diferentes Psicologias A Educacao PDF

July 28, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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  g e d i ~ a o

revist

e

tu liz d

 

Dados lnternacionais de Catalogayao na Publicayao CIP) Camara Brasileira do Livro, SP Brasil)

Introdu ao

a psicologia

organizadora). -

3

escolar

ed. -

Maria Helena Souza P a tto

Sao Sa o Pa Paul ulo o : Cas Casaa do Ps Psic ic6l 6log ogo o , 1997.

V arios Au tores Bibliografia. ISBN 85-85141-97-2 I. Escolares 2. 2 . Intera9ao professor-aluno aprendizagem 4 Psicologia educacional I Patto, Maria Helena Souza.

3

Psicologia da

97-2843

CDD-370.15

Indices para catalogo sistematico:

Aprendizagem : Psicologia educacional 370 15 2   Escolares : Aprendizagem : Psicologia educacional 370 15 3 Psicologia escolar 370 15 1

EDITOR

Anna Elisa de Villemor Amaral Guntert Gun tert Capa Ivoty Macambira DIAGRAMACAO

E COMPOSICAO

Arte Graphic

 

  Psicologia escol escolar ar mera apli aplicar carao ao de i ferentes psicologias a educarao? MARCOS CORREA DA SILVA LOUREIRO.

0 ensin ensino o de 1 grau no Brasil, o publi publico co em especial, ha muito tempo vem passando por acentuada c progressiva decadencia, de modo que se pode afirmar, sem reccio de incorrer em erro, que j a tornou tornou-- se endemica essa deficiencia que se instalou no sistema educacional brasi brasi

anos 90

leiro no que toca aos seus objetivos de proporcionar a todos os cidadaos educai;ao de qualidade. Os altos Indices de repetencia, em especial nas primeiras series, tem sido uma constante na hist6ria da educac;ao brasi leira, mantendo-se praticamcnte inalterados ha varias decadas. Os Indices de fracasso escolar, referentes a quantidade de crian c;as que sao retidas nas primeiras series ou se evadem precocemente da escola, praticamente nao tern apresentado modificac;ao senslvcl nas ul timas cinc cinco o decad decadas, as, pois pois apenas 56,2 das cri crianc anc;as ;as que logram acesso aescola conseguem romper a barreira do primeiro ano (Ribeiro, 1991 ), cifra que e semelhante aos pouco mais de 50% que, segundo Soares (1985),, o faziam ha cinqiient (1985) cinqiientaa uno unos. s. 1 Dentrc os problemas da escola, a repetencia, cspecialmente na primeira serie, 6 de longe o mais grave e preocupante, o que ntlo tem sido devidamente levado em considera9tio nas pesquisas educacionais. educacionais . Calculos realizados reccntemente indicam que, para o Brasil coma um todo, a probabilidade de um ahmo novo na i serie ser aprovado e quase 0 dobro do que a probabilidade daquele que j e repetente n serie (Ribeiro, 1991: 1 5 ~ . (*) Professor da Faculdade de Educ Educal(a al(ao o da Universidade Federal de Goias. I Dados recentemente divulgados de pesguisa realizada pelo Sistema de Avaliayfio da Educr.;:ao Basica do Ministerio da Educayao e do Desporte confirmam: 44

dos alunos de I grau sao reprovados na primeira serie. 2. Pedagogia da repetencia e o titulo, titulo , uada honroso, que, em virtude dessas eviden cias,, Ribeiro atribuiu a educayao brasileira. cias

 

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lntrodurao

a

sicologia escolar

Explicac;6es de carater cientffico as mais diversas tern sido bus cadas para este fato tao insistentemente recorrente na hist6ria da educa c ao brasileira, inclusive e especialmente explicac;6es de cunho psicol6gico, uma vez que a Psicologia no Brasil vem sendo, desde o infcio do seculo, o fundamento te6rico basico d Educac;ao. Entretanto, Entreta nto, apesar ap esar dos esf esfor orc; c;os os tc6ricos empreen emp reendido didoss no decur so de todos esses anos visando visa ndo a compree comp ree nde nderr a edu educac cac;ao ;ao e atuar com vistass sua melhoria, abarcando j uma epoca marcada por rapidas e vista profun pro fundas das transforma transformac;6es c;6es cientffica cientfficass e tecno16gicas, ret retoma omarno rnoss ve lhos seriados tao atuais: as desiguais oportunidades socioculturais d infftncia pobre e os perenes mecanismos de exclusao de nosso sistema escolar.. 0 fracasso volta, escolar volta, ou rne rnelho lhor, r, nunca n?s aba abando ndonou nou (Arroyo, 1992:46). Continua-Se questionando s e s ar;6es levadas a efeito resul tararn, na direc;ao do objetivo pretendido, em modificar;©es sensfveis na pratica ped pedag6gica ag6gica que se desenrola no cotidiano co tidiano das escolas . • Em outras palavras, os efeitos das ac;6es concretamente realiza das com vistas modificac;ao das circunstancias concretas em que a educac;ao brasileira se realiza nao se deixarn perceber, de forma nftida, sobre os resultados do d o ensino, o que nos nos perrnite indagar ind agar sobre a nature za das cxplicac;6es te6ricas, em especial as ofcrecidas pela Psicologia Escolar, cor corn n vistas comp compreen reensao sao de nossas praticas educativas. Tradicionalrnente, a Psicologia tern colaborado para larn;ar bases para a compreensao d dimensao psicol6gica do processo educacional sem, no entanto, entrar no merito da discussao sobrc o ti po de cducac;ao que se realiza numa instituic;ao escolar e, muito menos, sobrc conteudos curriculares ali ali vcicula vciculados. dos. Segundo Segu ndo esse entendimento do papel da Psi cologia Escolar, e mesmo descjavel que isso nao ocorra, pois tipicamente o psic6logo ed1tcacio11al realiza pesquisas sabre as i1Utmeras varidveis susceptfveis de influenciar a aprendizagem com o rigoroso controle dos elemen.tos estranhos as varidveis que estiverem sendo investigadas .. A pesquisa em Psicologia da Ed1tca :l70 pode ser realizada muito mais cuidadosamente no laborat6rio que na escola (Bardon, J.I. e Vi rginia Bennet. pud Patto, 1987:7).

Nao questionando a educac;ao que se realiza na escola, mas tao somente referindo-se ao fato de quc su aquisir;ao e influenciada por

 

Psicologia esco/ar

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variaveis que valem a pena serem investigadas cientificamente, a con cepc ;ao de Psico P sicologi logiaa Escolar Escola r expressa express a nessa def defin inic ic,,;ao traduz um enten ent en dimento de que a aprendizagem dos conteudos ali veiculados e objeti vo valioso em si, constituindo-se func ;ao da Psicologia apenas contri buir para a otimizac;ao do processo educativo. Alem disso, considera que a escola nao e o lo us privilegiado da pesquisa em Psicologia Escolar devido a que o conhecimento produzido em laborat6rio esta, certamente, imune as "variaveis intervenientes" que dificultam a produc ;ao de um conhecimento facilmente aplicavel a pratica. Essa concepc;ao te6rica, no entanto, apresenta limitac;oes no que concerne a sua capacidade de reconstruc;ao do seu objeto. Em func;ao dela, a Psicologia Escolar tern sido criticada freqi.ientemente por vir sendo marcada por um vies psicologista, ou seja, por uma tendencia a reduzir ao nfvel individual e grupal realidades que sao sociais em sua

essencia Esse vies psicologista faz com que o indivfduo, como tradicio nalrnente e visto sob a 6tica da psicologia, seja, muitas vezes, considerado isolado das relac;oes sociais em que se forma e que he conferem a natureza. Ao se efe efetuar tuar esse isolarnento, sob a cre crenc nc;a ;a de ser possfvel o estudo estu do de um indivfduo abstrato, nao necessariamente referido a seres concretos, reais, hist6ricos, escamoteiam-se as relac;oes de dominac;ao polftica e explorac;ao econ6mica que, na base da sociedade burguesa, constituem as condic ;oes concretas de proouc;ao dos homens que a constroem. Encontra-se em andamento no iimbito da pr6pria Psicologia um movimento visando a superar o psicologismo e, conseqi.ientemente, essa conceVi1iO de indivfduo abstrato que tern caracterizado as corren tes tradicionalmente dorninantes dorninantes da Psicologia. Psicologia. 0 carater hist6rico de toda realidade social e, portanto, humana vem se tornando cada vez mais presente nas considerac;oes te6ricas de inurneros psic6logos e, as sim, a questao questa o das rela relac; c;oe oess de poder p oder caracterfsticas dcsta dcst a forma concre co ncreta ta de sociedade sociedad e em que vive vivernos rnos passam a ser vistas vistas corno exercendo pa pel preponderante na constituic,;ao dos homens. o assimilar ao seu discurso te6rico essa dimensao constitutiva da essencia humana, a Psi cologia, aband a bandonan onando do o terreno das abstrac; abstrac;oes oes,, passa pas sa a referir-se a indi vfduos concretos, vivos, historicamente constitufdos. Desse modo, articula-se a ciencia psicol6gica com as Ciencias Sociais e com a Filosofia, a cata das determinac;oes sociais das realida des psfquicas, com o intuito de r e c o n s t r u i ~ teoricamente, a natureza

 

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l n t r o

u ~ i i o

apsicologia escolar

essencialmente social da individualidade. Assume-se,, com isso, que, Assume-se que, referindo-se re ferindo-se todas essas ciencias ciencia s a um um mesmo mes mo objeto, objeto, o rumo que as pesquisas tomem em um campo nao pode, de forma alguma, ignorar o rumo que elas tern tornado em outros (Car doso, 1980). Esse rnovimento de reorienta
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