1 João - Comentário Bíblico PDF

January 31, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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1 J

o ã o

ESBOÇO Testes de realidade na vida Tema-chave: cristã Versículo-chave: 1 Jo João ão 55:1 :133

 

1. IN INTR TR OD UÇ ÃO -1:1-4 II. O TESTE DA VERDADEIRA COMUNHÃO: DEUS É LUZ 1:5-2:29 A. Ob Obed ediiênci ênciaa - 11::5 - 2: 2:66 ("diz dizer" X  fazer  )   B. Amor-2:7-17 C. Verdade 2:18-29

III. O TE TEST STEE DA VERDAD VERDADEIRA EIRA FILIAÇÃO: DEUS É AMOR CAPÍ CA PÍTU TULO LOSS 3 - 5 A. B. C.

Obediência - 3 Amo Amorr - 4 V Veerdade - 5

 

 

 

CONTEÚDO 1 . Algo real (1 Jo 1:1-4)................................................. 1:1-4)................................................. discur ursso e a p prrática 2 . O disc (1 Jo 1:5 - 2 :6)......................................... 3. O antigo e o novo (1 Jo 2:7-11).............................................. 4. O am amo or que De Deus us detesta (1 J02:12-1 7)............................................ 5. A verdade ou as conseqüências (1 Jo 2: 2:118-29)............................................ 6 . Os impostores (1 Jo 3:1-10).............................................. 7. Amor ou morte (1 Jo 3:1 3:11-2 1-24).......................................... 4).............................................. 8 . O cerne do amor (1 J04:1-16).............................................. 9. Amem, honrem e obedeçam (1 Jo 4 :1 7 -5 :5 ) ...................................... 10 . O que sa sabe bemos mos ao ce cert rto? o? (1 Jo 5 :6-21)..............................................

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A l g o   R ea eall

1.

Essa vida é revelada

(1 Jo 1:1)

 / / I ra um a v e z ..." .. .".. L - Qu ando éramos crianças, essa essass palavras costumavam ser extremamente empolgantes. Abriam a porta para um mundo de sonhos que ajudava a esquecer todos os problemas da infância. Então, um dia, algo aconteceu, e o "Era uma vez" tornou-se infantil demais. Descobre-se que a vida não é um parque de diver-

Ao ler a carta de joão, descobre-se que ele gosta de usar certas palavras, e uma delas é "manifestar". "manifestar ". O apóst apóstolo olo afi afirma rma que "A vida eterna, a qual estava com o Pai [...] nos foi manifestada" (1 Jo 1:2 ). Não se trata de uma vida oculta, que é preciso procurar e encontrar. Antes, é uma vida manifestada -   revelada abertamente! Se você fosse Deus, será que se revelaria aos seres humanos? Como lhes falaria do tipo de vida que gostaria que desfrutassem e de que maneira lhes daria essa vida? Deus se revelou na criação (Rm 1:20), mas a criação, por si mesma, jamais seria capaz de contar a história do amor do Criador. Deus também se revelou de maneira mais piena na Bíblia, mas a revelação mais

sões, campo de de fazer batalha, e os contosmas de sim fadaum deixaram sentido. Passa-se a desejar algo real. A busca bu sca por algo re real al não é novidade. Desde o começo da história, os seres humanos buscam realidade e satisfação em riquezas, emoções, conquistas, poder, conhecimento e até mesmo na religião. Não há nada de errado nessas experi experiênências, mas nenhuma delas é capaz, em si   mesma,  de oferecer verdadeira satisfação. Desejar   algo real e encontrar   algo real são duas coisas diferentes. Como a criança que come algodão-doce no circo, algumas pessoas esperam morder algo real, mas acabam com a boca vazia. Desperdiçam anos preciosos da vida com substitutos fúteis da realidade. É nessa situação que se encaixa â primeira epístola do apóstolo João. Apesar de ter sido escrita há séculos, esta carta trata de um tema sempre atual: a vida real. João descobriu que as coisas e as emoções não oferecem uma realidade que satisfaça, mas que esta pode ser encontrada em

completa e absoluta de Deus deu-se em seu Filho, Jesus Cristo. Jesus disse: "Quem me vê a mim vê o Pai" (Jo 14:9). Uma vez que Jesus é a revelação do próprio Deus, recebe um nome muito especial: "Verbo da vida" (1 Jo 1:1). A mesma designação pode ser encontrada no início do Evangelho de João: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1:1). Por que Jesus Cristo tem esse nome? Porque Cristo é aquilo que as palavras são para as pessoas. Palavras revelam pensamentos e sentimentos. Cristo revela a mente e o coração de Deus. Ele é o meio de comunicação vivo entre Deus e os homens. Conhecer a Jesus Cristo é conhecer a Deus! João identifica JJesus esus Cristo de m odo ineinequívoco. Jesus é o Filho do Pai, o Filho de Deus (1 Jo 1:3). Em sua primeira carta, o apóstolo adverte seus leitores várias vezes para não darem o uvidos a falsos mestres que mentem sobre Jesus Cristo. "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?" (1 Jo 2:22). "Nisto reconheceis o

uma Pessoa: Jesus Cristo, o Filhofala de dessa Deus. Sem perder tempo, o apóstolo "realidade viva" logo no primeiro parágrafo da sua carta.

Espírito deCristo Deus: veio todoem espírito que Jesus carne que é deconfessa Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus" (1 Jo 4:2, 3). Quem tem

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Ao ler 1 João 1:1-4, é possível aprender três fatos importantes acerca da vida real.

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uma concepção errada de Jesus Cristo também tem uma concepção errada de Deus, pois Jesus Cristo é a revelação absoluta e completa de Deus aos homens. Há quem diga, por exemplo, que Jesus foi um homem, mas não foi Deus. João não dá espaço a esses mestres! Uma das últimas coisas que escreve nesta carta é: "estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este

talvez  perca   perca o juízo. Mas se tentar colocá-la de lado, certamente  perderá a alma!" E o

é o verdadeiro Deus  e a vida eterna" (1 Jo 5:20, grifos nossos). Tamanha é a seriedade da questão das falsas doutrinas que João também escreve sobre isso em sua segunda carta, advertindo os cristãos a não receberem re ceberem os falsos mestres mestres em suas casas (2 Jo 9, 10). Além disso, deixa claro que negar que Jesus é Deus corresponde a seguir as mentiras do Anticristo (1 Jo 2:22, 23). Isso nos leva a uma doutrina bíblica fundamental, motivo de perplexidade para tantos - a doutrina da Trindade. Nesta carta, João fala do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Diz, por exemplo: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus" (1 Jo 4:2). Vê-se, portanto, que em um único versículo ele faz referência a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. O texto de 1 João 4:13-15 é outra outra declaração que menciona as três pessoas da Trindade. O term termo o Trindade é uma combinação combinaçã o do prefixo tri, que significa "três", com o termo unidade,  que significa "um". Assim, trindade é "três em um" ou "um em três". Apesar de a palavra "Trindade" não aparecer nas Escrituras, é uma doutrina que a Palavra ensina (ver também Mt 28:19, 20; Jo 14:16, 17, 26; 2 Co 13:14; Ef 4:4-6). Os cristãos não crêem na existência de três deuses. Antes, crêem que um único Deus existe em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Os cristãos também não acreditam apenas que Deus se revela de três maneiras diferentes, como um homem que pode ser, ao mesmo tempo, marido, pai e filho. Antes, a Bíblia ensina que Deus é um, mas que existe em três  Pessoas. Um professor de doutrina costumava dizer: "Se você tentar explicar a Trindade,

sus, nosso exemplo. Há um modo muito melhor de participar.

apóstolo João diz: "Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai" (1 Jo 2:23). Nenhuma Pessoa da Trindade é dispensável! Ao ler os relatos da vida de Jesus nos Evangelhos, vê-se a vida maravilhosa que Deus deseja que desfrutemos. No entanto, não se toma parte nessa vida imitando  Je-

2. Essa vi d a é exp eri men t ad a  a 

(1 Jo 1:2)

Ao reler os quatro primeiros versículos desta carta de João, é possível observar que o apóstolo teve um encontro pessoal com fe-  sus Cristo. Não foi uma "experiência religiosa" de segunda mão, herdada de outra pessoa ou descoberta em um livro! João encontrou-se com Jesus Cristo face a face. Ele e os outros apóstolos ouviram Jesus falar. Viram-no viver diante deles. Estudaram-no com cuidado e até tocaram seu corpo. Sabiam que Jesus era real,  não um fantasma ou uma visão, mas Deus em forma corpórea humana. Um acadêmico de hoje pode dizer: "É verdade, e isso significa que João estava em uma posição privilegiada. Viveu no tempo em que Jesus estava na Terra e conheceu Jesus pessoalmente. Mas eu nasci vinte séculos atrasado!" Aí é que está o engano! Os apóstolos não foram transformados pela proximidade física de Jesus Cristo, mas sim por sua proximidade espiritual. Entregaram-se a ele como Salvador e Senhor. Jesus Cristo era uma Pessoa real e empolgante para João e seus companheiros, porque creram no Senhor e, ao fazê-lo, experimentaram a vida eterna! Em seis ocasiões ao longo desta carta, João usa a expressão "nascido de Deus". Não se trata de uma idéia criada pelo próprio apóstolo; são palavras que ele ouviu Jesus usar. Jesus disse: "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. [...] O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer

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de novo" (Jo 3:3, 6, 7). É possível experi mentar essa "vida real  somente ao crer no evangelho, ao confiar em Cristo e "nascer de Deus". "Todo a quele que crê que Jesus é o Cris to é nascido de Deus" (1 Jo 5:1). A vida eter na não é algo que se conquista por meio de boas obras nem é merecida por causa de um bom caráter. A vida eterna, a vida real, é uma dádiva de Deus para aqueles que crêem em seu Filho como seu Salvador. João escreveu seu Evangelho para dizer às pessoas como receber essa vida maravi lhosa (Jo 20:31). Sua primeira carta, entre tanto, foi escrita para mostrar aos cristãos como se certificar de que são, verdadeira mente, "nascidos de Deus" (1 Jo 5:9-13). Depois de um falecimento na família, um estudante universitário voltou às aulas e co meçou a tirar notas cada vez mais baixas. Seu conselheiro pensou que o rapaz havia ficado abalado a balado pela morte da avó e que, com o tempo, o estudante se recuperaria e volta ria a tirar boas notas. Mas, nos meses subse qüentes, seu desem penh o só piorou. Por fim, o rapaz confessou qual era o problema. En quanto visitava os parentes, encontrou na Bíblia antiga da avó os registros da família que mostravam que ele era filho adotivo. - Não sei mais a quem pertenço - disse o rapaz ao conselheiro. - Não sei de onde eu vim! A certeza de fazer parte da família de Deus - de ser "nascidos de Deus" - é abso lutamente vital para todos. Certas caracte rísticas encontram-se presentes em todos os filhos de Deus. A pessoa nascida de Deus tem uma vida justa (1 Jo 2:29). O filho de Deus não  pr  prat atica ica   o pecado (1 Jo 3:9). O cris tão comete   pecados ocasionalmente (cf. 1 Jo 1:8 - 2:2), mas não cultiva o hábito de pecar. O s filhos de D Deus eus também amam uns aos outros e ao PPai ai ce celes lestial tial ((cf. cf. 1 Jo 4:7 ; 5:1). Não têm amor algum pelo sistema do mun do ao seu redor (1 Jo 2:15-1 7), o que faz com que o mundo os odeie (1 Jo 3:13). Em vez

Por que é tão importante saber   que so mos nascidos nas cidos de Deus? João respo nde a essa pergunta: quem não é filho de Deus é "fi lhos da ira" (Ef 2:1-3) e pode tornar-se "filho do diabo1 diabo1)) Jo 3:1 0; ver também Mt 13:24  30, 36-43). Um "filho do diabo   é um cris tão falso que age como se fosse "salvo" sem nunca ter nascido de novo. Jesus disse aos fariseus, indivíduos extremamente religiosos: "Vó s sois do diabo, que é vosso pai" (J (Jo o 8:44 ). Os cristãos falsos - que não são poucos - podem ser comparados a uma cédula de dinheiro falsificado. Suponha que uma pessoa tenha uma nota falsa, mas não saiba disso. Ela a usa para pagar a gasolina no posto. O dono do posto a usa para pagar seu fornecedor de ali alimentos. mentos. O fornecedor a coloc a junto junto com outras notas verdadeiras e a leva para o ban co, a fim de fazer um depósito. Então, o cai xa do banco diz: - Sinto muito, mas est estaa nota é fal falsa. sa. A cédula falsa pode até ter ajudado mui ta gente enquanto passava de mão em mão, mas quando chegou ao banco, foi desco berta e tirada de circulação. O mesmo acon tece com o cris cristão tão fal falso. so. Pode fazer muitas coisas boas ao longo da vida, mas, no dia do julgamento final, será rejeitado. "Muitos, naquele dia, hão de di zer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não te mos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu no me não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi dir ei expl explicitamente: icitamente: nunc nuncaa vos conheci. Ap ar tai-vos de mim, os que praticais a iniqüidad e   (Mt 7:22, 23). Cada um de nós deve perguntar-se com toda a honestidade: "Sou, verdadeiramente, um filho filho de De Deus us ou apen apenas as um cristão falso?" Se você ainda não experimentou a vida eterna, pode fazê-lo neste momento! Leia 1 João 5:9 5:9-15 -15 com atenção. Ess Essee é o "regi "regis s tro oficial" da Palavra de Deus. Ele oferece a dádiva da vida eterna. Creia na promessa dele e aceite a sua oferta. "Porque: Todo

de vencidos pelas pressões mun do eserem perderem o eq uilíbrio, os filhos do de De us vencem o mundo (1 Jo 5:4). Essa é outra ca racterística dos verdadeiros filhos de Deus.

aquele que 10:13). invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm Há dois fatos importantes acerca da "vi da real": ela é revelada em Jesus Cristo e

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"O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros" (1 Jo 1:3). Uma vez experimentada essa vida empolgante e real, nasce o desejo de compartilhá-la com ou-

e, na cruz, levou os pecados do mundo sobre esse esse corpo humano (1 Pe 2:24). 2:24 ). Ao pagar 0 preço pelos pecados, abriu caminho para Deuss nos perdoar e nos re Deu receber ceber em sua famífamília. Quando cremos em Cristo, tornamo-nos "co-participantes da natureza divina" (2 Pe 1:4). O termo traduzido por "co-participantes", na epístola de Pedro, vem do mesmo radical grego traduzido por "comunhão" em

tros, desejava "anunciar" exatamente a todos os como seus João leitores no primeiro século. Um pastor recebeu uma ligação de uma mulher irritada. - Sua igreja enviou-me um impresso religioso - disse a mulher aos brados e conconsidero uma ofensa vocês usarem o correio para perturbar as pessoas! - O que a perturbou tanto no material que enviamos? - perguntou o pastor calmamente. - Vocês não têm direito algum de tentar mudar minha religião! - exclamou a mulher.

1 João JoQue ão 11:3 :3. . milagre maravilhoso! Jesus Cristo assumiu a natureza humana para que, pela fé, possamos receber a própria natureza de Deus! Um escritor inglês famoso estava partindo de Liverpool em um navio e observou que os outros passageiros acenavam para amigos no caís. Desceu até lá e abordou um garotinho. Se eu lhe der algum dinheiro, você pode acenar para mim? - perguntou ele ao menino que, obviamente, concordou. O escritor voltou correndo para o navio e se in-

-nha, Vocês têm suatentando religião emudar eu tenho a mie não estou a de vocês! (Na verdade ela estava, mas o pastor não discutiu.) - Nosso objetivo - respondeu o pastor - não é mudar sua religião nem a de qualquer outra pessoa. No entanto, pela fé em Cristo, experimentamos uma vida tão maravilhosa que desejamos compartilhá-la com outros. Muitas pessoas (inclusive alguns cristãos) acreditam que "testemunhar" significa discutir diferenças religiosas ou comparar igrejas. Não é isso o que João tem em mente! Ele

clinou na amurada, por ter alguémopara quem acenar. E, ditofeliz e feito: lá estava garotinho acenando de volta para ele! Pode parecer uma história tola, mas serve para lembrar que o ser humano detesta a  solidão. Todos desejam ser queridos. A vida real  ajuda a resolver esse problema essenciai da solidão, pois os cristãos têm comunhão verdadeira com Deus e uns com os outros. Jesus prometeu: "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28:20). Nesta carta, João explica o segredo da comunhão com Deus e com outros cristãos. Esse é o primeiro

diz que testemunhar compartilhar experiências espirituaissignifica com outros por meio do modo de vida e das palavras. João escreveu esta carta para compartilhar Cristo conosco visando cinco propósitos. Para que tenhamos comunhão (v. 3).   A palavra comunhão é importante no vocabulário do cristão. Significa, simplesmente, "ter em comum". Como pecadores, os seres humanos não têm coisa alguma em comum com o Deus santo. Mas, em sua graça, Deus enviou Cristo para ter algo em comum com os homens. Cristo assumiu a forma de homem

motivo sua queepístola: o apóstolo mencionasua para escrever compartilhar experiência da vida eterna. Para que tenhamos alegria (v. 4).  A comunhão é a resposta de Cristo para a solidão da vida. A alegria é sua resposta para o vazio da vida. Em sua primeira epístola, João usa o termo "alegria" apenas uma vez, mas é um conceito que aparece ao longo de toda a carta. A alegria não é algo que as pessoas realizam para si mesmas, mas sim um dos resultados maravilhosos da comunhão com

experimen tada quando se crê nele com experimentada como o Sa Sallvador. Mas João não pára por aí! 3. Essa vida é com partilhad a  

(1 )o 1:3, 4)

 

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Deu s. Davi con hecia a ale alegria gria qu quee João men ciona, pois disse: "Na tua presença há ple nitude de alegria" (SI 16:11). O pecado é, fundamentalmente, a cau sa da infelicidade que predomina no mun do de hoje. O pecado promete alegria, mas sempre produz tristeza. Os prazeres do pe cado são transitórios - duram apenas algum

- Sem dúvida você vai va i  voltar a pecar, pois Deus afirmou: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós" (1 Jo 1:8). Mas, se você pecar, Deus a per doará se você confessar a ele seu pecado. No entanto, o cristão não  pre  p re c isa is a   pecar. Ao andarmos em comunhão com Deus e em

tempo (Hb 11:25). Os prazeres de Deus são eternos - duram para sempre (SI 16:11). A vida real produz alegria real, não um substituto inferior. Na noite antes de ser cru cificado, Jesus disse: "E a vossa alegria nin guém poderá tirar" (Jo 16:22). "Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo es teja em vós, e o vosso gozo seja completo" (Jo 15:11). Karl Marx escreveu: "O primeiro requisi to para a alegria das pessoas é abolir a reli gião". Mas o apóstolo João escreve, com efeito: "A fé em Jesus Cristo lhes dá uma alegria que o mundo jamais será capaz de reproduzir. Eu mesmo experimentei essa ale gria e desejo compartilhá-la com vocês". Parra que não pe qu e m os (2:1).   João en Pa cara o problema do pecado de frente (ver, por exemp lo, 1 Jo 33:4-9 :4-9)) e anuncia a úni única ca resposta para esse enigma: a Pessoa e obra de Jesus Cristo. Jesus não apenas morreu por nós para carregar sobre si o castigo por nossos pecados, como também ressuscitou dentre os mortos, a fim de interceder por nós junto ao trono de Deus: "Se, todavia, alguém pecar, temos Advoga do junto junto ao Pai Pai,, Jesus Cristo, o Justo" (1 Jo 2:1). Cristo é nosso Representante. Ele nos defende diante do trono do Pai. Satanás pode apresentar-se como o "acusador de nossos irmãos" (Zc 3; Ap 12:10), mas Cristo está lá como Advogado: ele intercede por nós! O perdão contínuo, em resposta à intercessão de Cristo, é a resposta de Deus a nosso caráter pecaminoso. Go staria de me tornar cristã - diss dissee uma mulher interessada no evangelho a um pastor visitante -, mas tenho medo de não permanecer firme em meu propósito. Estou certa de que voltarei a pecar! Abrindo a Bíblia em 1 João 1, o pastor lhe falou:

obediência à sua Palavra, ele nos dá a capa cidade de resistir e vencer a tentação. Em seguida, o pastor lembrou que, pou cos meses antes, aquela mulher havia sofri do uma cirurgia e lhe perguntou: - Quan do você pas passou sou por aque aquela la ci cirur rur gia, gia, ocorreu alguma com plicação ou probl proble e ma posterior? - Claro que sim - ela respondeu. - Mas quando surgiu um problema, eu voltei para o médico, e ele o tratou. Então, ela percebeu a verdade! - Ent Entend endi! i! - exc lamou . - Cristo está sem pre à disposição para me guardar do peca do ou me perdoar do pecado! A vida real é uma vida de vitória.  Nesta carta, João nos diz como lançar mão dos recursos divinos a fim de experimentarmos vitória sobre a tentação e o pecado. Para Pa ra que não sejamo s enganados (2:26 ).   Hoje, mais do que em q ualquer outra outra época, o cristão precisa ter a capacidade de dis cernir entre o certo e o errado, entre a ver dade e a mentira. De acordo com uma idéia amplamente difundida em nossa geração, não existem "absolutos" - nada   é sempre   errado e nada  é sempre   certo. Em decorrên cia disso, como nunca antes na história, as falsas doutrinas estão se tornando cada vez mais predominantes, e a maioria das pes soas parece disposta a aceitar quase qual quer tipo de preceito, exceto as verdades bíblicas. Encontramos nas epístolas de João uma palavra que nenhum outro escritor do Novo Testamento usa - "anticristo" (1 Jo 2:18, 22; 4:3 ; 2 JJo o 7). O prefix prefixo o antí  tem  tem do is sentidos: "contrário a" e "no lugar de". Existem neste mundo mestres enganadores que se opõem a Cristo e que "seduzem" as pessoas por meio de mentiras.  Oferecem coisas no lugar   de Cristo, da salvação e da Bíblia. Desejam

 

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nos dar substitutos   para a Palavra real de Deus e para a vida eterna real. Cristo é a Verdade (Jo 14:6), enquanto Satanás é um mentiroso (Jo 8:44). O diabo faz as pessoas se desviarem - não necessariamente com pecados sensuais vulgares, mas com meias verdades e mentiras completas. Começou seu trabalho seduzindo o homem no jardim do Éden. Perguntou a Eva:

A vida real é tão livre e empolgante porque toma por base o conhecimento de fatos  incontestáveis. Jesus prometeu: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (cf. Jo 8:32). E o testemunho de seus discípulos foi: "Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda do Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas" (2  Pe 1:16).. Esses homens que, em sua maioria, mo 1:16) morr-

"É assim que Deus disse?" (Gn 3:1). nessa ocasião, em vez de revelar suaMesmo verdadeira natureza, ele se disfarçou como uma criatura cheia de beleza (ver 2 Co 11:13-15). Hoje, Satanás muitas vezes usa até mesmo grupos religiosos para espalhar suas mentiras! Nem toda pessoa que sobe ao púlpito prega as verdades da Palavra de Deus. Falsos pregadores e mestres religiosos sempre foram alguns dos instrumentos favoritos e mais eficazes do diabo. De que maneira o cristão de hoje pode detectar as mentiras de Satanás? De que maneira pode identificar os falsos mestres?

rerampor poruma causa da sua não entregaram vida fraude bemfé,elaborada que elesa próprios criaram, como alguns críticos do cristianismo costumam asseverar em sua insensatez. Eles sabiam   o que haviam visto! Anos atrás, um artista itinerante autodenominado "a Mosca" começou a escalar prédios e monumentos sem qualquer equipamento de segurança, reunindo multidões de espectadores. Durante uma de suas apresentações, a Mosca chegou a um ponto na lateral de um prédio e parou, como se não soubesse o que fazer em seguida. Em seguida, esticou

E de que conhecimento da maneira verdadepode a fimcrescer de nãonoser vítima de falsas doutrinas? João responde a essas três perguntas. A vida real é caracterizada pelo discernimento. O Espírito Santo, ao qual João referese falando da "unção que dele recebestes" (1 Jo 2:27), é a resposta de Cristo a nossa necessidade de discernimento. O Espírito é o Mestre; é ele quem nos permite distinguir entre a verdade e a mentira e permanecer em Cristo. Ele é a proteção contra a ignorância, o engano e a falsidade. Voltaremos a tratar das falsas doutrinas

o direitoe para apoiar pedaço debraço argamassa subirsemais um num pouco. Mas, em vez de subir, ele caiu para trás com um grito e morreu ao atingir a calçada. Quando a polícia abriu a mão direita dele, não encontrou um pedaço de argamassa, mas sim um monte de teias de aranha cheias de poeira! A Mosca tentou escalar teias de aranha e se deu mal. Jesus advertiu quanto a esse tipo de falsa segurança na passagem citada acima. Muitos dos que se dizem cristãos serão re jeitados  jeitad os no dia do julgamento. Nesta carta, João está dizendo: "Quero

e dePara falsosque mestres novamente mais adiante. saibamos que somos salvos   (5:13).  Já mencionamos esse fato, mas convém repeti-lo. A vida real não é constituída de esperanças vazias - nem de desejos fúteis - com base em suposições humanas. Antes, ela é construída sobre a certeza. Aliás, ao ler a primeira carta de João, deparamos com a palavra conhecer  e seus correlates mais de trinta vezes. Se alguém perguntar a um cristão se ele vai para o céu, ele não precisa responder "Espero  que sim" ou "Acho   que sim". Não precisa ter dúvida alguma.

 

estejam certos   de que  po ss u em a  que vocês vida eterna". Ao ler esta epístola fascinante, descobrimos que João repete-se com freqüência. A medida que desenvolve os capítulos, vai entretecendo três temas importantes: a obe-  diência,  o amor   e a verdade.  Em 1 João João 1 e 2, o apóstolo enfatiza a comunhão e   afirma que as condições para desfrutá-la são: obediência (1 Jo 1:5 - 2:6), amor (1 Jo 2:7-1 7) e verdade (1 Jo 2:18-29). Na segunda metade da carta, João trata principalmente da filiação  - o fato de ser

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"nascido de Deus". De que maneira alguém pode saber, com certeza, que é filho de Deus? João diz que a filiação se revela por meio da obediência (1 Jo 3), do amor (1 Jo 4) e da verdade (1 Jo 5). Obediência - amor - verdade. João usa esses três testes de comunhão por um moti

Essa vida começa com a filiação e conti nua com a comunhão. Primeiro, nascemos de Deus e depois, andamos (vivemos) com Deus. Isso significa que existem dois tipos de pessoas que não podem participar da ale gria e da vitória de que estamos falando: as que nunca nasceram de Deus e as que, ape

vo extremamente prático. Quando Deus nos criou, ele nos fez a sua imagem (Gn 1:26, 27). Isso significa que te mos uma personalidade moldada segundo a personalidade de Deus. Temos uma men te que pensa, um coração que sente e uma volição que toma decisões. Esses aspectos da personalidade humana são, em geral, de nominados intelecto emoções e vontade. A vida real deve envolver todos os ele Hoje em dia, a maioria das pessoas está descontente porque sua personalidade, como um todo, nunca foi controlada por algo real e significativo. Quando uma pessoa é nasci da de Deus por meio da fé em Cristo, o Espí rito Santo entra em sua vida a fim de habitar nela para sempre. Quando o cristão tem co munhão com Deus, lê e estuda a Palavra e ora, o Espírito Santo pode controlar sua men te, coração e volição. Qual é o resultado? Uma mente controlada pelo Espírito co nhece e compreende a verdade.

sar de salvas, não estão em comunhão com Deus. Convém fazer um balanço espiritual (ver 2 Co 13:5) e determinar se estamos qualifi cados ou não a desfrutar a experiência espi ritual à qual esta carta de João se refere. Enfatizamos anteriormente a importân cia de ser nascidos de Deus, mas se ainda restam dúvidas, pode ser útil recapitular o segundo fato apresentado. Se um cristão verdadeiro não está em comunhão com Deus, normalmente, é por um destes motivos: 1. Desobedeceu à vontade de Deus. 2. Não se entende com seus irmãos e irmãs em Cristo. 3. Acredita em uma mentira e, portanto, vive uma mentira. Até mesmo um cristão pode estar enga nado quanto à sua sua compreensão compree nsão da verdade. É por isso que João nos adverte: "Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém" (1 Jo 3:7).

Um coração controlado pelo Espírito sente amor. Uma volição controlada pelo Espírito nos inclina à obediência. João deseja deixar este fato claro e, para isso, usa uma série de contrastes ao longo de sua epístola: verdade versus mentiras; amor ver sus ódio e obediência versus desobediência. A vida real não tem meios-termos. É pre ciso posicionar-se de um lado ou do outro. Eis, portanto, a vida real. Ela foi revela da em Cristo; foi experimentada pelos que creram em Cristo e pode ser compartilhada no presente.

Esses três motivos são paralelos aos três temas centrais da primeira epístola de João: a obediência, o amor e a verdade. Uma vez que um cristão descobre que não está em comunhão com Deus, deve confessar seu pecado (ou pecados) ao Senhor e se apro priar do pleno perdão que ele oferece ofe rece (1 Jo 1:9 - 2:2). Um cristão jamais poderá desfru tar a comunhão alegre com o Senhor se houver pecado entre os dois. O convite de Deus para para nós hoje é: "Ve nham e desfrutem a comunhão comigo e uns com os outros! Venham e compartilhem a vida real!"

 

 

 

,

 

mentos da personalidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

É evidente que o pecado não consiste

2

oda forma de vida tem inimigos. Os insetos precisam ter cuidado com pássaros famintos, enquanto os pássaros precisam ficar atentos para gatos e cães famintos. Até mesmo os seres humanos têm de desviar de automóveis e de combater micróbios. Como vemos nesta seção, a vida real também tem um inimigo: o  pe ca d o.   João menciona o pecado em nove ocasiões nestes versículos, de modo que não se trata, evidentemente, de um assunto secundário. João ilustra esse tema usando o contraste

apenas em um ato exterior de desobediência;; ta cia também mbém é um desejo ou ou rebelião interior. interior. Somos advertidos, por exemplo, a nos guardar da "concupiscência da carne, [da] concupiscência dos olhos e [da] soberba da vida" (1 Jo 2:16), todas elas pecaminosas. O pecado também é uma transgressão da Lei (1 Jo 3:4) ou, literalmente, uma "ilegalidade". O pecado é a recusa em sujeitar-se à Lei de Deus. Essa ilegalidade ou independência da Lei é justamente a essência do pecado. Um cristão que decide viver de modo independente não pode andar em comunhão com Deus. "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?   (Am 3:3). Nem no Antigo Testamento nem no Novo Testamento a Bíblia encobre os pecados dos santos. Ao escapar de uma escassez de alimentos, Abraão vacilou na fé, desceu ao Egito e mentiu para o Faraó (Gn 12). Posteriormente, o patriarca tentou "ajudar Deus" coabitando com Hagar e gerando um filho (Gn 16). Em ambos os casos, Deus perdoou

entre a luz e as trevas: Deus é luz; o pecado é treva. Mas se vê, aqui, ainda outro contraste: dizer   e fazer.  João usa quatro vezes a expressão "Se dissermos" ou "Aquele que diz" (1 Jo 1:6, 8, 10; 2:4). Fica claro que, na vida cristã, não se deve apenas "falar", mas também "andar" ou viver   segundo aquilo que se crê. Estando em comunhão com Deus (se "andarmos na luz ), a vida servirá para corroborar o que se diz com os lábios. Mas quem vive em pecado (se "andarmos nas trevas  ) tem uma existência que desmente o que diz e que o transforma em hipócrita. O Novo Testamento refere-se à vida cristã como uma "caminhada". Essa caminhada  começa com um passo de fé, quando se aceita a Cristo como Salvador. Mas a salvação não é o fim da vida espiritual; é apenas o começo. "Andar" implica progresso, e os cristãos devem avançar na vida espiritual. Da mesma forma que uma criança precisa aprender a andar e, para fazê-lo, deve superar vários obstáculos, também os cristãos devem aprender a "andar na luz". O maior obstáculo para essa caminhada é o pecado.

Abraão seu havia pecado, mas Abraão teve de colherpor o que semeado. Deus pode zerar o registro de transgressões, e é exatamente isso o que ele faz, mas ele não muda os resultados. Ninguém pode juntar leite derramado. Pedro negou o Senhor três vezes e tentou matar um homem no Getsêmani quando Jesus foi preso. Satanás é mentiroso e homicida (Jo 8:44), e Pedro estava fazendo o jogo dele! É evidente que Cristo perdoou Pedro (cf. Jo 21), mas o que Pedro fez pre judicou  judi cou imensamente seu testemunho e atr atraapalhou a obra do Senhor. O fato de que os cristãos pecam perturba algumas pessoas, especialmente os recém-convertidos. Esquecem que, mesmo tendo recebido uma nova natureza, a velha natureza com a qual nasceram não foi eliminada. A velha natureza (que tem origem no nascimento físico) luta contra a nova natureza que recebemos ao nascer de novo (Gl 5:16-26). Não há autodisciplina nem regras e regulamentos humanos capazes de controlar a velha natureza. Somente o Espírito Santo de Deus pode nos capacitar para

O

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i s c u r s o   e  a  

P rática 1 Jo ã o   1 : 5 - 2 : 6

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1 J O Ã O 1 :5 : 5 - 2 :6 :6

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"Deus é luz, e não há nele treva nenhuma   (1 Jo 1:5). Quando fomos salvos, Deus nos

Talvez um exemplo clássico seja o rei Davi (2 Sm 11 e 12). Primeiro, Davi dese  jo u Ba te te-S -S eb a. E n tã o , c o m e t e u a d u ltltéé ri rio o. Em vez de admitir abertamente que havia cometido adultério, tentou encobrir seu pecad o. Procu rou eng anar o marido de BBaate-Seba, embebedou  o e, depois, ordenou que fosse morto. Mentiu a si mesmo e ten tou prosseguir com as responsab ili ilidade dade s do trono como de costume. Quando o profe ta Natã, o "capelão da corte", confrontou o rei com uma situação hipotética semelhan te, Davi condenou o homem da história, apesar de ele próprio não se sentir conde nado. Uma vez que se começa a mentir para outros, logo se começa a crer  nas   nas pró prias mentiras. Mas o declínio espiritual fica ainda pior: o passo seguinte é tentar mentir  pa  para ra D e u s   (1 Jo 1:10). Tendo-se tornado mentiroso, depois também se procura transformar transformar Deu s

tirou nos trouxe sua luz (1 Pe das 2:9 ).trevas Som osefilhos da luz (1 (para 1 Ts 5:5). Os que fazem o mal odeiam a luz (Jo 3:19-21). Quando a luz brilha, revela a verdadeira na tureza da pessoa (Ef 5:8-13). A luz gera vida, crescimento e beleza, mas o pecado é treva; as trevas e a luz não podem coexistir. Se estivermos andando na luz, as trevas não poderão permanecer. Se nos apegarmos ao pecado, a luz não per manecerá. Tratando-se do pecado, não há meio-termo nem penumbra. De que maneira nós, cristãos, tentamos

em mentiroso! a Palavra divina, segundo a qualContesta-se "todos   pecaram", declaran do-se uma exceção a essa regra. Aplica-se a Palavra de Deus a outros, mas não a si mes mo. Participa-se dos cultos e estudos bíblicos da igreja, igreja, sem ser tocado pelos prece itos das Escrituras. Os cristãos que chegaram a esse nível são extremamente críticos em relação a outros cristãos, mas mostram forte resis tência, quando se trata de aplicar a Palavra à própria vida. O retrato do coração humano inspirado pelo Espírito Santo é arrasador! O cristão

Contando mentiras! encobrir pecados? Primeiro, os mentimos a outros   (1 Jo 1: 6 ). Que  remos que nossos amigos cristãos pensem que somos "espirituais", de modo que men timos sobre nossa vida e tentamos causar uma boa impressão. Queremos que pensem que andamos na luz quando, na verdade, andamos nas trevas. Uma vez que se começa a mentir para outros, mais cedo ou mais tarde mentimos a nós mesmos,  e é sobre isso que trata esta passagem (1 Jo 1: 8 ). O problema, agora, não é enganar a outros, mas enganar a si mes

mente sua comunhão   (1 Jo 1:6); so bre suasobre natureza - “eu   jamais seria capaz de fazer uma coisa dessas!" (1 Jo 1:8); e sobre seus atos   (1 Jo 1:10). É impressionante como o pecado pro paga-se de maneira mortal. Nesse ponto, é preciso discutir um fator extremamente importante na experiência da vida real: a honestidade.  Cada cristão deve ser honesto consigo mesmo, com os outros e com Deus. A passagem que estudamos descreve um cristão que ieva uma vida de sonesta: é um impostor. Desempenha um

mos. É possível um cristão viver em pecado e, ainda assim, ter certeza de que tudo está bem entre ele e o Senhor.

papel e finge, mas não leva uma vida autên tica. É insincero. O que uma pessoa assim perde?

"mortificar" a velha natureza (Rm 8:12, 13) e produzir os frutos do Espírito (Gl 5:22, 23) em nós por meio da nova natureza. Os santos que pecaram não são men cionados na Bíblia para nos desanimar, mas sim para nos advertir. - Por que o senhor insiste em pregar a cristãos sobre o pecado? - uma mulher irri tada perguntou a seu pastor. - Afinal, o pe cado na vida de um cristão é diferente do pecado na vida de um incrédulo! - Sem dúvida - respondeu o pastor -é muito piorl

Portanto, todos devem tratar dos peca dos a fim de desfrutar a vida real. Nesta se ção , João João explica três abordagens ao pecad o. 1 . P o d e m o s  tentar  e n c o b r i r   o s   p e c a d o s   (1 Jo 1:5, 6, 8,10; 2:4)

 

1 J O Ã O 1 : 5 - 22:: 6

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Em primeiro lugar, perde a

Palavra.  Dei-

sabíamos que eu era um impostor. Uma vez

xa de "[praticar] a verdade" (1 Jo 1: 6 ); a verdade não está mais nele (1 Jo 1:8); e logo ele a transforma em mentiras! (1 Jo 1:10). Jesus disse: "A tua palavra é a verdade" (Jo 17:1 7); mas uma pessoa que vive uma mentira perde a Palavra. Um dos primeiros sintomas de que se está andando nas trevas é a privação das bênçãos da Bíblia. É impossível fazer uma leitura proveitosa da Palavra andando nas trevas. Além disso, a pessoa desonesta perde a comunhão com Deus e com o povo de Deus (1 Jo 1:6, 7). Em decorrência disso, sua oração torna-se vazia. Sua adoração é uma rotina enfadonha e, logo, essa pessoa começa a criticar outros cristãos e se afastar da igre ja:  ja : "que comu comunhão nhão,, da luz com as trevas?" (2 Co 6:14). É o caso, por exemplo, do marido apóstata: ele anda em trevas espirituais, sem comunhão com Deus, e, portanto não tem como desfrutar a plena comunhão com a esposa cristã que anda na luz. O casal pode ter um companheirismo companheiris mo superficial, superficial , mas a ververdadeira comunhão espiritual é impossível. Essa incapacidade de compartilhar experiências espirituais causa diverso diversoss proble problemas mas pessoais dentro dos lares e entre os membros da igreja local. Um grupo de membros da igreja conversava sobre o novo pastor, Um deles comentou: - Por algum motivo, não me sinto à vontade com ele. Creio que é uma boa pessoa, mas parece haver uma barreira entre nós. - Entendo o que você está dizendo outro respondeu. - Eu costumava ter esse problema com ele, mas agora isso não acontece mais. O pastor e eu temos uma ótima comunhão. - O que ele fez para melhorar as coisas? -   Ele   não fez nada - disse o outro. - Fui eu quem mudou. - Você?  - Sim, decidi ser franco e honesto sobre as coisas, exatamente como o pastor faz. Ele não tem qualquer traço de hipocrisia na vida dele, e havia tanto fingimento na minha  que não conseguíamos nos entender. Nós dois

que comecei a viver a vida cristã com honestidade, tudo   melhorou. Um dos problemas da desonestidade é que manter o controle de todas as mentiras e fingimentos é um trabalho de tempo integral! Abraham Lincoln costumava dizer que, se um homem deseja ser mentiroso, é melhor ter boa memória! Quando uma pessoa gasta todas as energias fingindo  ser algo, não lhe restam forças para viver,  e a vida torna-se superficial e insípida. Quem finge não se priva apenas da realidade, mas também do crescimento; sua verdadeira identidade é sufocada pela falsa. A terceira perda decorre das duas primeiras: o cristão perde seu caráter (1 Jo 2:4). Começa contando mentiras e   acaba se trans-  formando em mentiroso!   Sua desonestidade ou falta de autenticidade é, a princípio, apenas um papel que ele desempenha. Mas não demora a deixar de ser apenas um papel e se tornar a própria essência de sua vida. Seu caráter é corroído. Ele não é mais um mentiroso porque conta mentiras; agora, mente porque é um mentiroso inveterado. É de causar espanto que Deus admoeste: "O que encobre as suas transgressões  jamais  jam ais prosperará" prosperará " (Pv 28: 28:13) 13)?? Davi tentou encobrir seus pecados, e isso lhe custou a saúde (SI 32:3, 4), a alegria (SI 51), a família e, por pouco, não lhe custou o reino. Quem deseja desfrutar a vida real  jam ais de ve   encobrir os pecados.

O que fazer?

2 . P o d e m o s   confessar  o s  pecados 

(1 Jo 1:7, 9)

João usa dois títulos interessantes para Jesus: Advogado e Propiciação (1 Jo 2:1, 2). É importante compreendermos esses dois títulos, pois eles representam dois ministérios que o Senhor realiza. Comecemos com a Propiciação.  Consultando um dicionário, pode-se acabar tendo uma idéia errada do significado do termo. O dicionário diz que propiciação é "uma ação com que se busca agradar a alguém para obter seu perdão, seu favor ou boa von von-tade ou aplacar sua ira". Se essa definição

 

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for aplicada a Cristo, tem se uma imagem horrível de um Deus irado, preste a destruir o mundo, e de um Salvador amoroso entre gando-se para apaziguar a fúria desse Deus - e essa não é   a imagem bíblica da salva ção! Sem dúvida, Deus se ira contra o peca do, pois é um Deus infinitamente santo. Mas a Bíblia garante garante que "Deu s amou  [não odiou]   ao mundo" (Jo 3:16, grifos nossos). Assim, o termo "propiciação" não signi fica apaziguar um Deus irado. Antes, signifi c a satisf satisfazer azer a lei sant santa a d e De us.  "D eus é luz" (1 Jo 1:5) e, portanto, não pode fechar seus olhos para o pecado. Mas "Deus é amor" (1 Jo 4:8) e deseja salvar os pecadores. De que maneira, então, um Deus santo pode manter a própria justiça e, ainda assim, perdoar os pecadores? A resposta é o sacrifí cio de Cristo. Em sua santidade, Deus julgou o pecado na cruz. Em seu amor, Deus oferece Jesus Cristo ao mundo como Salvador. Deus foi  ju st o   ao castigar o pecado, mas é amo roso  ao oferecer o perdão completo por meio daquilo que Cristo fez no Calvário (convém ler 1 Jo 4:1 0 e meditar sobre R Rm m 3:23-26). Cristo é Sacrifício pelos pecados do mundo todo, mas só é Advogado para os cristãos. [Nós crist cristãos] ãos] temos um Advoga do junto ao Pai". No texto original, Jesus emprega a designação "Advogado" para se referir à vinda do Espírito Santo ("Conso lador"; Jo 14:16, 26; 15:26:). Significa, literal mente, "chamado para estar com". Quando uma pessoa é intimada a comparecer a um tribunal, leva consigo um advogado para de de fender sua causa. Jesus terminou sua obra aqui na Terra (Jo 17:4) - a obra de entregar a vida como sacrifício pelo pecado. Hoje, realiza outra obra no céu. Ele representa os homens dian te do trono de D eus.  Como Sumo Sacerdote, entende as fraquezas e tentações humanas e dá graça (Hb 4:15, 16; 7:23-28). Como o Advogado, ajuda o cristão, quando peca.   Ao confessar os pecados a Deus, ele perdoa por causa do ministério de Cristo. O Antigo Testamento apresenta um belo retrato dessa verdade. O profeta Zacarias teve uma visão mostrando Josué (Zc 3:1-7), o sumo sacerdote dos judeus, quando eles

voltaram a sua terra depois do cativeiro na Babilônia (não deve ser confundido com o Josué que conquistou a Terra Prometida). A nação havia pecado; e, simbolizando essa si tuação, na visão do profeta, Josué encontra va-se diante de Deus trajando vestes imundas enquanto Satanás o acusava (cf. Ap 12:10). Deus Pai era o Juiz; Josué era o réu, repre sentando o povo; e Satanás era o advogado de acusação (a Bíblia o chama de "acusa dor dos irmãos"). Tudo indicava que Sata nás venceria sem qualquer contestação, mas Josué tinha um Advogado assentado à direi ta de Deus, e isso mudava tudo de figura. Cristo deu vestes novas a Josué e calou as acusações de Satanás. Esta é a situação que se tem em mente quando Jesus Cristo é chamado de nosso "Advogado". Ele representa os cristãos dian te do trono de Deus, e os méritos de seu sacrifício permitem que os pecados dos cris tãos sejam perdoados. Uma vez que Jesus morreu   pelo seu povo, ele satisfez a justiça de Deus ( Ό sal salári ário o do pecado é a morte morte") ").. Uma vez que vive  para nós à destra destra de D eus, pode aplicar esse sacrifício às nossas neces sidades diárias. Tudo o que ele pede é que confessemos os pecados quando caímos. O que significa "confessar" o pecado? É muito mais do que simplesmente "admitir" o pecado. Na verdade, esse termo significa "dizer algo [sobre]". Confessar um pecado é dizer sobre ele a mesma coisa que Deus diria sobre tal transgressão. Um conselheiro tentava ajudar um ho mem que havia respondido a um apelo du rante um culto evangelístico. - Eu sou cristão - disse o homem -, mas há pecado em minha vida, e eu preciso de ajuda. - O co nselheiro nselheiro mos mostr trouou-lhe lhe 1 João 1:9 e sugeriu sugeriu que o homem confessasse seus pecados a Deus. - Deus Pai - c om eçou - , se fizemos algo algo de errado   .. - Espere um pouco! - interrompeu o conselheiro. - Não me coloque no meio de seu pecado! Meu irmão, não use "se" e nem "nós".   você   é que precisa acertar-se com Deus!

 

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1 J O A O 1 ::55 - 2 : 6

O conselheiro estava certo. Confessar não é apenas fazer uma bela

O grande erro do rei Davi foi tentar encobrir seus pecados em vez de confe confessá-l ssá-los. os.

oração, inventar desculpas piedosas ou ten tar impressionar Deus e outros cristãos. A verdadeira confissão requer a especificação dos pecados: chamá-los pelo mesmo nome que Deus chama: inveja, ódio, lascívia, dissimulação ou seja o que for. Confessar significa, simplesmente, ser honesto consigo mesmo e com Deus e, se houver outras pes-

Durante quase um ano, Davi levou uma vida dissimulada e derrotada. Não é de se admirar que tenha escrito, no Salmo 32:6, que um homem deve orar "no tempo da descoberta  (literal). Quando se deve confessar o pecado? encobre re  Assim  Ass im qu e o de desc scob ob rir m os os!!  Ό que encob as suas transgressões jamais prosperará; mas

soas também sero   pecado. honesto Écom elas. Éenvolvidas, mais do que admitir  jul-   gar o   pecado e encará-lo de frente. Deus promete perdoar quem confessar seus pecados (1 Jo 1:9); mas sua promessa não é um amuleto mágico mágico"" que facilit facilitaa a desobediência! - Afastei-me de Deus e pequei - disse um aluno ao capelão da universidade universidade -, - , pois sabia que poderia voltar para ele e pedir que me perdoasse. - Qua Quall é a base para eesse sse perdão de Deus Deus?? - pergun perguntou tou o capelão, indicando 1 João 1:9. - Deus é fiel e justo - respondeu o rapaz.

oricórdia" que as(Pv confessa alcançará mise28:13). eAodeixa caminhar na luz, somos capazes de ver a "sujeira" em nossa vida e tratar dela imediatamente. Isso leva à terceira forma de lidar com os pecados.

João deixa claro que os cristãos não  preci-   sam   pecar. "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo  par  para a q u e nã o p eq u ei s"   (1 Jo 2:1, grifos nossos). O segredo da vitória sobre o pecado

- Essas duas palavras deveriam tê-lo man--   o capelão. Você sabe qual foi o preço que Deus pagou para perdoar seus pecados? O rapaz abaixou a cabeça e sussurrou: - Jesus teve de morrer por mim. O capelão foi direto ao ponto. - Isso mesmo; o perdão não é um truque barato que Deus faz. Deus é fiel à sua promessa, e Deus é justo porque Cristo morreu por nossos pecados e sofreu o castigo por eles. Agora, da próxima vez que estiver planejando pecar, lembre-se de que você pecará contra um Deus fiel e amoroso!

encontra-se frase: "Se,naporém, andarmos na luz" (1 Jona 1:7). Andar luz significa ser franco e honesto, ser sincero. Paulo orou para que seus amigos fossem "sinceros e inculpáveis" (Fp 1:10). O termo "sincero" vem de duas palavras em latim, sine e cera,  ou seja, "sem cera". Acredita-se que, na Roma antiga, os escultores encobriam seus erros preenchendo os defeitos nas estátuas de mármore com cera que só se tornava perceptível quando a estátua ficava ao sol durante algum tempo. No entanto, os escultores mais confiáveis faziam questão de que suas estátuas fossem sine cera   -  

É evidente que essa questão tem dois lados: o judicial e o pessoal. O sangue que Jesus Cristo derramou na cruz liberta da culpa do pecado e justifica diante de Deus. Assim, Deus perdoa porque a morte de Jesus satisfez sua santa Lei. Mas Deus também deseja purificar o pecador interiormente. Como Davi orou: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro" (SI 51:10). Quando a confissão é sincera, Deus purifica (1 Jo 1:9) o coração por meio de seu Espírito e de sua Palavra (Jo 15:3).

sem cera. Infelizmente, os cultos e estudos bíblicos estão cheios de pessoas insinceras, cuja vida não passa no teste da luz de Deus. "Deus "De us é luz", e, andando na luz, não se pode esconder coisa alguma. É bom encontrar um cristão aberto e sincero que não tenta encobrir as fraquezas! Andar na luz significa ser honesto com Deus, consigo mesmo e com os outros. Significa que, quando a luz revela nosso pecado, imediatamente o confessamos a Deus e lhe

tido longe do pecado -   disse

3 . P o d e m o s   c o n q u i s t a r    n o s s o s   p e c a d o s   (1 Jo 2:1-3, 5, 6)

 

1 J O Ã O 1 ::55 - 2: 2: 6

pedimos perdão. E, se nosso pecado preju dicou alguém, também lhe pedimos perdão.

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pelos pecados (1 Jo 2:2) e o Advogado que nos representa diante de Deus (1 Jo 2:1),

Mas "andar na luz" tem ainda outro sig nificado: quer dizer obedecer à Palavra de Deus (1 Jo 2:3, 4). "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus cami nhos" (SI 119:105). Andar na luz é dedicar tempo diário ao estudo da Palavra de Deus, descobrir a vontade de D eus e obedec er ao

mas também o Padrão perfeito (ele é "Jesus Cristo, o Justo") para a vida diária. A declaração-chave dessa passagem é "assim como ele" (1 Jo 2:6). " Segundo   e/e é, também nós somos neste mundo" (1  jo 4:1 7, grifos nossos). Devemos andar na luz, "como "co mo ee/e /e está na l uz1 uz1)) Jo 1:7, gri grifos fos nos

que ele diz. A obediência à Palavra de Deus é prova de nosso amor por ele. A obediência pode ter três motivações. Obedecemos porque somos obr i gados,   porque  p r e c is a m o s   ou porque queremos. O escravo obedece porque é obrigado.  Do contrário, será castigado. O funcionário obedece porque  p  pre re c isa is a .   Pode não gostar de seu trabalho, mas certamente gosta de receber o salário no final do mês! Precisa obedecer, pois tem uma família para alimen   tar e vestir. Mas o cristão deve obedecer ao

sos). Devemos nos purificar " assim como   e/ee é pur e/ puro1 o1)) Jo 3:3 , grifo grifoss nos nossos). sos). "Aq "Aquele uele que pratica a justiça é justo, assim como ele   é justo" (1 Jo 3 :7, gri grifos fos nossos). Anda Andarr na luz significa signifi ca viver aqui na Terr Terraa da man eira como Jesus viveu quando estava aqui e da manei ra como ele é agora no céu. Trata-se de um fato com aplicações ex tremamente práticas na vida diária. O que o cristão deve fazer, por exemplo, quando outro cristão pecar contra ele? A resposta é que o cristão deve perdoar o outro " como   também Deus, em Cristo, [nos] perdoou" (Ef

Pai celestial porque quer -   porque tem um relacionamento de amor com Deus. "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14:15). É assim que as crianças aprendem a obe decer. A princí princípio, pio, obedecem por obrigação.   Do contrário, levam umas palmadas! Mas, com o passar do tempo, descobrem que a obediência signi significa fica prazer e recompensa, de modo que começam a obedecer para su prir certas necessidades  na vida. A m arca da verdadeira maturidade pode ser percebida quando se passa a obedecer por amor.

4:32, grifo nosso; ver Cl 3:13). And ar na luz - segui seguirr o exemplo de Cris to - tam bém afeta o la lar. r. O marido deve amar a esposa "como também Cristo amou a igre  ja " (Ef (E f 5 :2 5 ). O m ar arid ido o d ev evee cu id idar ar da es es posa "como também Cristo" (Ef 5:29). E a esposa deve honrar o marido e lhe obede cer (Ef 5: 5:22-24). 22-24). Não importa a área da vida em questão, a responsabilidade do cristão é fazer o que Jesus faria. "Segundo ele é, também nós so mos neste mu ndo" (1 Jo 4:17 ). É preciso "an dar [viver] assim como ele andou [viveu]".

Os "bebês na fé" precisam sempre ser advertidos ou recompensados. Os cristãos maduros dão ouvidos à Palavra de Deus e lhe obedecem simplesmente porque amam a Deus. Andar na luz implica honestidade, obe diência e amor; também implica seguir o exemplo de Cristo e andar como ele andou (1 Jo 2:6). É evidente que ninguém se torna  um cristão seguindo o exemplo de Cristo; mas depois   de passar a fazer parte da famí lia de Deus, deve-se olhar para Jesus como o grande Exem plo da vida q ue se deve lev levar. ar. Isso signif significa ica "perm "permanecer anecer em Cristo". Cris to não é apenas a Propiciação (ou sacrifício)

Jesus ensinou a seus discípulos o que significa permanecer nele, usando para isso a ilustração da videira e de seus ramos (Jo 15). Assim como os ramos recebem a vida ao permanecerem em contato com a videi ra, também os cristãos recebem forças ao se manter em comunhão com Cristo. Permanecer em Cristo significa significa depender completamente dele para tudo de que preci samos a fim de viver para ele. É viver dentro de um relacionamento. Quando ele vive a vida por meio de nós, conseguimos seguir seu exemplo e andar como ele andou. Paulo expressa essa experiência perfeitamente quando diz: "Cristo vive em mim" (Gl 2:20).

 

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1 J O Ã O 1 :5 : 5 - 22:: 6

Trata-se de uma obra do Espírito Santo. Cristo é nosso Advogado no céu (1 Jo 2:1) e nos representa diante de Deus quando pecamos. O Espírito Santo é o Advogado

Tudo isso ajuda a explicar por que andar na luz torna a vida bem mais fácil e feliz. Ao andar na luz, vive-se pa para ra agradar apenas uma Pessoa: Deus. Isso simplifica muito as coisas!

pecamos. O Espírito Santo é o Advogado de Deus para nós aqui na Terra. Cristo intercede por nós (Rm 8:34), e o Espírito Santo também (Rm 8:26, 27). Fazemos parte da maravilhosa dinâmica celestial na qual Deus Filho ora por nós no céu e Deus Espírito ora por nós em nosso coração. Temos comunhão com o Pai por meio do Filho, e o Pai tem comunhão conosco por meio do Espírito. Cristo vive sua vida em nós pelo poder do Espírito que habita em nosso corpo. Não permanecemos em Cristo nem andamos como ele andou por imitação, mas sim pela encarnação:  pelo Espírito "Cristo vive em mim". Andar na luz é andar no Espírito e não satisfazer as concupiscências da carne (cf. Gl 5:16). Deus preparou maneiras de conquistar o pecado. Não há como se livrar da natureza pecaminosa com a qual nascemos nem

Pessoa: Deus. Isso simplifica muito as coisas! "Eu faço sempre o que lhe agrada" (Jo 8:29, grifos nossos). Devemos "viver e agradar a Deus" (1 Ts 4:1). Quem vive para agradar a si mesmo e a Deus tentará servir a dois senhores, algo que nunca dá certo. Quem vive para agradar os homens também se colocará em dificuldades, pois não há duas pessoas no mundo que concordem sobre tudo, e nos veremos divididos. Andar na luz - viver para agradar a Deus - simplifica os objetivos, unifica a vida e traz paz e equilíbrio. João deixa claro que a vida real não tem lugar para o amor ao pecado. Em vez de tentar encobrir o pecado, o verdadeiro cristão confessa-o e tenta conquistá-lo andando na luz da Palavra de Deus. Não se contenta simplesmente em saber que está indo para o céu. Deseja desfrutar a vida celestial aqui e agora. "Segundo ele é, também nós somos neste mundo" (1 Jo 4:17). Tem o cuidado

como alterá-la (1 Jo 1: 8), mas não é preciso obedecer a seus desejos. Caminhar na luz leva a ver o pecado como ele é, a detestáIo e a manter-se afastado dele. E, se alguém pecar, pode confessar imediatamente a Deus e pedir sua purificação. Ao depender do poder do Espírito que habita em nós, permanecemos em Cristo e "andamos como ele andou". Mas tudo isso começa com a franqueza e a honestidade diante de Deus e dos homens. No instante em que começamos a desempenhar um papel e fingir para impressionar os outros, saímos da luz e entramos

de que Não sua vida suas palavrasasejam coerentes. tentae impressionar si mesmo nem a Deus nem aos outros cristãos com uma porção de "palavras piedosas". No encerramento do culto, certa congregação cantava um cântico chamado "Estou Orando por Você". O pastor virou-se para um dos presbíteros perto do púlpito e perguntou baixinho: - Por quem você está orando? O homem ficou um tanto surpreso e respondeu: - Acho que não estou orando por ninguém. Por que a pergunta?

nas sombras. Nas palavras de Sir Walter Scott: Oh! que teias emaranhad emaranhadas as tecemos, Quando, primeiramente, a arte de enganar praticamos!

- É orando que ouvi agoraque pouco: "Estou porvocê você  dizer , e pensei você falava sério - respondeu o pastor. - Ah, não... Eu só estava cantando. Palavras piedosas! Uma religião de palavras! Parafraseando Tiago 1:22: "Sejamos não apenas faladores da Palavra, mas também fazedores da Palavra". A vida deve condizer com as  palavr  palavras. as.  Não basta conhecer o linguajar correto, também se deve viver a vida correta.

É impossível impossível construir a vida real sobre coisas enganosas. Antes de andar na luz, é preciso conhecer a si mesmo, aceitar-se e entregarse a Deus. É tolice tentar enganar a outros, porque Deus conhece a verdadeira identidade de todos!

"Se dissermos..." devemos fazer!

 

o amor de Deus por nós, demonstramos o   amor de Deus a outros. Assim, nestas três seções, encontramos três bons motivos pelos quais os cristãos

O A n t iig go e o

Novo

devem amar uns aos outros:

1 Jo ã o   2:7-11

S

1. Deus ordenou que amássem amássemos os (1 Jo 2:7-11). 2. Somos nascidos de Deu Deus, s, e o amor de Deus Deu s habit habitaa em nós(1 Jo 3: 3:10-24). 10-24). 3. Deu Deuss revelou primeiro seu amo amorr por nós(1 Jo 4:7-21). "Nós amamos por que ele nos amou primeiro".

implesmente amei  esse chapéu! - Gente, eu amo bolo de chocolate! Mã e, ser seráá que voc ê não percebe que o Tom e eu nos amamos ? Palavras como essas parecem moedas que, depois de circular por muito tempo, começam a perder o valor. Infelizmente, a palavra amor  está  está se tornando cada v ez mai maiss vulgar e sendo usada para encobrir inúme ros pecados. É difícil entender como um homem pode

João não apenas escreve   sobre o amor, mas também o pr a tic a.   Um a de suas formas formas predi letas de se dirigir a seus leitores é "amados". O apóstolo os amava. João é conhecido co mo o "apóstolo do amor", pois em seu Evan gelho e em suas epístol epístolas as o am or é um tema de grande proeminência. No entanto, João não foi sempre o   "apóstolo do amor". Certa vez, Jesus deu a João e seu irmão Tiago -

usar a mesma palavra para expressar seu amor pela esposa e para dizer quanto gosta de bolo de chocolate! Quando as palavras são empregadas de maneira descuidada, deixam de significar alguma coisa. Como o dinheiro, vão perdendo o valor. Ao descrever a vida real, João usa três palavras repetidamente: vida, amor e luz.  Na verdade, dedica três seções de sua car ta ao tema do amor cristão. Explica que o amor,  a vida   e a lu luz  z   andam juntos. Ao ler essas três seções (1 Jo 2:7-11; 3:10-24; 4:7-21) sem os versículos intermediários , pode-se ver que o amor, a vida e a luz não devem ser separados. Na passagem que estudamos agora (1 Jo 2:7-11), aprende-se de que maneira o amor cristão é afetado pela lu z   e pelas trevas. O   cristão que andar na luz (ou seja, que obe decer à vontade de Deus) amará seu irmão em Cristo. De acordo com 1 João 3:103:10-24, 24, o amor cristão é uma questão de vida  ou morte : vi ver com ódio é o mesmo que viver em mor te espiritual. Em 1 João 4:7-21, vê vê-se -se que o

ambos de personalidade irascível - o apeli do de "Boanerges" (Mc 3:17), que significa "filhos do trovão". Em outra ocasião, os dois irmãos quiseram pedir fogo do céu para destruir uma vila (Lc 9:51-56). Uma vez que o Novo Testamento foi escrito em grego, em vários casos os escri tores usaram uma linguagem mais precisa. É uma pena que, em nossa língua, a palavra amor   tenha tantas nuanças (algumas contra ditórias). Ao ler os textos de 1 João sobre o "amor", o termo grego utilizado é ágape, referindo-se ao amor de Deus pelos seres humanos, o amor de um cristão por outros cristãos e o amor de Deus pela Igreja (Ef 5:22-33). Em outros textos, encontramos ainda o termo  phi  p hilia lia,, o   "amor da amizade", não tão profundo quanto o amor ágape (eros,  pala vra grega para amor sensual, de onde vem a palavra palav ra "erótico", não é usada nenhum a vez no Novo Testamento.) O mais admirável é que o amor cristão é tanto antigo quanto novo (1 Jo 2:7, 8 ), o que parece uma contradição. O amor em

amor cristão é uma questão de verdade   ou (cf. 1 Jo 4:6): quan quando do conh e ce mos mentira   (cf.

si, obviamente, não é novo, como também não é novidade o mandamento para que os

 

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1 J O Ã O 2: 77-- 1 1

homens amem a Deus e uns aos outros. Jesus combinou dois mandamentos do Antigo Testamento, Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18, e disse (Mc 12:28-34) que esses dois mandamentos resumem toda a Lei e os Pro-

Os pais devem cuidar dos filhos de acordo com a lei. A omissão em relação aos filhos é um crime sério. Mas quantos pais têm uma conversa como a que se encontra abaixo quando o despertador toca de manhã?

Esposa: - Querido, é melhor você se lefetas. Amar a Deus e amar o próximo eram vantar e ir trabalhar. Não queremos quer emos ser presos. responsabilidades antigas e bastante conheMarido: - Tem razão. É bom você se lecidas muito antes de Jesus vir à Terra. vantar também e preparar o café da manhã Em que sentido, portanto, "amar uns aos e as roupas das crianças. A polícia pode apaoutros" é um "novo" (1 Jo 2:8) mandamenrecer a qualquer momento e nos colocar na to to?? Mais uma ve vez, z, devemos buscar a resposta cadeia. na língua grega. Esposa: - Com certeza. Que bom que Os gregos tinham duas palavras diferentemos uma lei, pois, do contrário, ficaríamos tes para "novo": uma que significa "novo em termos de tempo" e outra que quer dizer na cama o dia inteiro! É de se duvidar que o medo à lei seja, "novo em termos de qualidade". A primeira de modo geral, a motivação para trabalhar, palavra poderia ser usada, por exemplo, para para levantar o sustento e para cuidar dos descrever o modelo mais recente de um filhos. Os pais cumprem suas responsabilicarro. Mas se alguém comprasse um carro dades {mesmo que, às vezes, de má vontade modelo revolucionário, radicalmente   dide) porque amam um ao outro e aos filhos. ferente, a segunda palavra seria mais aproPara eles, fazer a coisa certa não é uma quespriada: novo em termos de qualidade. (Em nossa língua, os termos "recente" e "inéditão de lei,  mas sim de amor. Da mesma forma, o mandamento para to" são as expressões mais próximas dessa "amar uns aos outros" é o cumprimento da distinção: "recente" significa novo em terLei de Deus. Quem ama não mente nem mos de tempo, enquanto "inédito" significa rouba as pessoas amadas. Também não tem novo em termos de qualidade.) O mandamento manda mento para amar uns aos ouou- 0 desejo de matá-las. O amor a Deus e aos outros motiva a obedecer aos mandamentros não é novo em termos de tempo, mas o tos de Deus sem sequer pensar sobre eles!  é em termos de qualidade. Graças a Jesus Quando alguém pratica o amor cristão, obeCristo, o antigo mandamento para "amar uns dece a Deus e serve aos outros não por meaos outros" adquiriu novo significado. Nestes cinco versículos curtos (1 Jo 2:7-11), vêdo, mas por amor. É por isso que João diz que "amar uns se que esse mandamento é novo de três aos outros" é um novo mandamento: ele é maneiras importantes. novo em sua ênfase ênfase. Não é simplesmente um dentre vários mandamentos; agora, ocupa 1. É NOVO EM SUA ÊNFASE uma posição de destaque no alto da lista! (t Jo 2:7) No sobre parágrafo anterior (1 Jo 2:3-6), Joãomas falou "os mandamentos" em geral, agoraa se concent agor concentra ra em um único mandamen-  to.  No Antigo Testamento, a ordem para que os israelitas amassem uns aos outros era apenas uma dentre muitas  injunções, mas agora esse mandamento antigo é elevado a uma posição de proeminência. De que maneira é possível um mandamento ser elevado acima dos outros? Isso é explicado pelo fato de o amor ser o cumprimento da Lei de Deus (Rm 13:8-10).

No entanto, essa ênfase é nova da em vida outro sentido. Encontra-se no começo cristã. "Não vos escrevo mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes" (1 Jo 2:7). A expressão "desde o princípio" é usada de duas formas diferentes nesta epístola de João e é importante fazermos uma distinção entre elas. Em 1 João 1:1, em que é descrito o caráter et eter er-no de Cristo, vê-se que ele existe "desde o princípio". Em João 1 :1 - um versículo pa para ra-leio - lê-se que "No princípio era o Verbo".

 

1 J O Ã O 2:7-1 1

Mas em 1 João 2 :7, o assunto é o  pri  p rin n c í  p io da vid a cristã cri stã.. O mandamento p para ara amar uns aos outros não é um apêndice à expe riência cristã, algo acrescentado por Deus

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12; 2 Jo 5). E existem muitas outras referên cias ao a mor frat fraternal ernal.. É import importante ante com pre ender o significado do amor cristão. Não se trata de uma emoção sentimental e super

posteriormente. Pelo contrário! Está nem nosso coração desde o início de nossa fé em Jesus Cristo. Se não fosse assim, João não teria escrito: "Nós sabemos que já pas samos da morte para a vida, porque ama mos os irmãos" (1 Jo 3:14). E Jesus disse: "Nisto conhecerão todos que sois meus dis cípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13:35). O não salvo pode ser, por natureza, egoísta e até cheio de ódio. Por mais que se ame um bebê recém-nascido, deve-se admi tir que a criança é egocêntrica e pensa que seu berço é o centro do mundo. A criança representa o não salvo. "Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de pai xões e prazeres, vivendo em malícia e inve

ficial que os cristãos tentam "produzir" a fim de se dar bem bem uns com os outr outros. os. É uma q ques ues tão de volição , não de e moção   - uma afei ção e atração por certas pessoas. Consiste em assumir o propósito - resolver delibera damente - de permitir que o amor de Deus alcance outros por meio de nós e, então, agir para com os outros de modo a dem ons trar esse amor. Não se trata de hipocrisia, mas sim de obediência a Deus. Talvez a melhor explicação do am or cri cris s tão encontre-se encontre-se em 1 Corín tios 13. Con vém ler uma tradução moderna desse capítulo para compreender todo o impacto de sua mensagem: a vida cristã sem amor não é NA DA ! Mas o mandamento para "amar uns aos outros" não é novo apenas em termos de

 ja,  ja d ioso io so s e retrato od odia iand nd sem oo-no nossretoques uns un s ao sdoo utro utincré ros" s" (Tt, o3:3). Esse dulo pode não ser bonito, mas com certeza é preciso! Algumas pessoas não convertidas não apresentam as características características menc iona das aqui, mas as obras obras da carne (Gl 5 :19-21) estão sempre latentes em suas inclinações. Quando um pecador crê em Cristo, re cebe uma nova vida e uma nova natureza. 0 Espí Espíri rito to Sa Santo nto de Deu s pass passaa a viver den tro dele e o amor de Deus é "derramado em [seu] coração" pelo Espírito (Rm 5:5). Deus não precisa fazer um longo sermão

ênfase. Também é novo em outro sentido. 2 . É NOVO EM SEU EXEMPLO ( 1  J 0 2 : 8 ) Conforme Con forme João res ressalt salta, a, "amar uns aos outros" foi uma realidade, antes de tudo, na vida de Cristo e agora é uma realidade na vida da queles que crêem em Cristo. Jesus Cristo é o Exemplo supremo desse mandamento. Refletiremos mais adiante sobre a decla ração grandiosa: "Deus é amor" (1 Jo 4:8), mas ela é antecipada aqui. Olhando para Jesus Cristo, vê-se a corp orifica ção e a eexemxemplificação do amor. Ao ordenar que ame

sobre para o recém-convertido! quantoo amor vós mesmos estais por Deus "Por [i.e., pelo Espírito Santo dentro de vós] instruídos que devets amar-vos uns aos outros" (1 Ts 4:9 ). O cris cristão tão novo na fé descobre que ago ago ra detesta o que costumava amar e ama o que costumava detestar! Assim, o m andamento para amar uns aos outros é novo em termos de ênfase:  é um dos mandamentos mais importantes que Cristo deu (jo 13:34). Na verdade, a ordem para "amar uns aos outros" é repetida pelo menos doze vezes ao longo do Novo Tes

mos,próprio Jesus não façamos algoEvan que ele não pede tenhaque feito. Os quatro gelhos relatam uma vida de amor - em con dições muito aquém do ideal. Na verdade, o que Jesus diz é: "Eu vivi esse grande man damento e posso capacitá-los para seguir meu exemplo". Jesus ilustrou o amor na própria forma de viver. Nunca  demonstrou ódio nem malí cia. Sua alma justa detestava todo tipo de pecado e desobediência, mas nunca detes tou as pessoas que cometiam tais pecados.   Até mesmo em suas proclamações justas de

tamento (Jo 13:34; 15:9, 12, 17; Rm 13:8; 1 Ts 4:9; 1 Pe 1:22; 1 Jo 3:11 , 23; 4:7, 11 11,,

 julg  ju lgam am en to to,, se sem m pre pr e se e n co n tr traa a p rese re senn ça subjacente do amor.

 

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1 J O Ã O 2 :7 :7- 1 1

É um grande estímulo pensar no amor de Jesus pelos doze discípulos. Eles devem tê-lo entristecido repetidamente ao discutir sobre quem dentre eles era o maior ou tentar impedir as pessoas de ver o Mestre. Cada discípulo era diferente dos outros, e o amor

mandamento: "amai-vos uns aos outros". É isso o que contribui para que seja um "novo" mandamento. Em Cristo, temos uma nova ilustração da verdade antiga de que Deus é amor e de que a vida de amor é a vida de alegria e de vitória.

de Cristo era amplo o suficiente para abranger todos de maneira pessoal e compreensiva. Foi paciente com a impulsividade de Pedro, com a incredulidade de Tomé e até com a traição de Judas. Ao ordenar que os

O que há em Cristo também deve estar presente na vida de cada cristão. "Segundo ele é, também nós somos neste mundo" (1 Jo 4:1 7), O cristão deve ter uma vida de amor cristão "porque as trevas se vão dissipando,

discípulos amassem uns aos outros, Jesus apenas lhes dizia para fazer como ele havia feito. Deve-se considerar, também, o amor de Cristo por pessoas de todo tipo. Os pubiicanos e pecadores foram atraídos (Lc 15:1) por seu amor, e até mesmo a mais abjeta das pecadoras chorou a seus pés (Lc 7:3639). Nicodemos, um rabino espiritualmente faminto, encontrou-se com o Mestre em particular durante a noite (Jo 3:1-21), e quatro mil "pessoas comuns" ouviram os ensinamentos de Jesus durante três dias (Mc 8:19), tendo, depois, recebido dele uma refeição miraculosa. Ele segurou bebês em seus braços e falou sobre crianças que brincavam. Consolou até as mulheres que choravam, enquanto os soldados o levavam para o Calvário. Talvez o aspecto mais extraordinário do amor de Jesus tenha sido sua maneira de tocar a vida até de seus inimigos. Olhou com terna piedade para os líderes religiosos que, em sua cegueira espiritual, o acusaram de estar em conluio com Satanás (Mt 12:24). Quando a turba chegou para prendê-lo, Jesus poderia ter convocado os exércitos celestiais para protegê-lo, mas, em vez disso, se entregou aos seus inimigos. E, depois, morreu por eles... por seus inimigos! "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos"  (Jo 15:13, ênfase do autor). Jesus, porém, não morreu apenas por seus amigos, mas também por seus inimigos!  E, enquanto eles o crucificavam, Jesus orou por eles: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23:34). Em sua vida, seus ensinamentos e sua morte, Jesus é o Exemplo perfeito desse novo

e a verdadeira luz já brilha" (1 Jo 2:8). Isso lembra a ênfase (1 Jo 1) sobre andar na luz. Trata-se de um contraste entre dois modos de viv viver: er: os que andam na luz praticam o amor; os que andam nas trevas praticam o ódio. A Bíblia enfatiza esse fato repetidamente. "As trevas se vão dissipando",  mas a luz ainda não está brilhando plenamente sobre o mundo e ainda não penetra todas as coisas, nem mesmo na vida do cristão. Quando Jesus nasceu, o "sol nascente das alturas" visitou o mundo (Lc 1:78). Seu nascimento foi o início de um novo dia para a humanidade! Ao viver diante dos homens, lhes ensinar e ministrar, Jesus espalhou a luz da vida e do amor. "O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz" (Mt 4:16). Mas, neste mundo, há um conflito entre as forças da luz e as forças das trevas. "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não são capazes de extingui-la" (Jo 1:5, tradução literal). Satanás é o Príncipe das trevas e amplia seu reino através de mentiras e ódio. Cristo é o Sol da Justiça (Ml 4:2) e estende seu reino mediante a verdade e o amor. Os reinos de Cristo e de Satanás estão em conflito hoje, "mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Pv 4:18). As trevas estão se dissipando aos poucos, e a Verdadeira Luz brilha cada vez mais em nosso coração. Jesus Cristo é o padrão de amor para os cristãos. Ele disse: "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros" (Jo 13:34). E também:

 

1 J O Ã O 2:7-1 1

"O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu  vos amei"   (Jo 15:12, ênfase do autor). Não se deve medir o amor cristão de acordo com o amor de algum outro cristão (normalmente, escolhe*

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sim que o irmão tem algo contra o adorador. Mas mesmo se n ós   formos ofendidos, não devemos esperar até que a pessoa que nos ofendeu venha nos procurar; nós é que de vemos procurá-la.  Se não o fizermos, Jesus

mos alguém cuja vida dificilmente é exempiar), mas sim de acordo com o amor de Jesus Cristo, nosso Senhor. O antigo man damento torna-se "novo" para nós quando o vemos cumprir-se em Cristo. Assim, o mandam ento para "amarmos uns aos outros" é novo em sua ênfase e em seu exemplo. Também é novo de outra forma.

3. É NOVO EM SUA (1 Jo 2:9-11)

EXPERIÊNCIA

A passagem continua com a ilustração da luz e das trevas. Se um cristão andar na luz e estiver em comunhão com Deus, também estará em comunhão com outros na família de Deus. O amor   e a lu luz  z   andam juntos, as sim como o ódio   e as trevas  andam juntos. É fácil falar sobre o amor cristão, mas é muito mais difícil praticá-lo. Em primeiro lu gar, esse amor não é apenas conversa (1 Jo 2:9). O cristão que diz (ou canta!) que ama os irmãos, enquanto, na verdade, odeia ou tro cristão, está mentindo. Em outras pala vras (uma verdade extremamente séria), é impossível estar em comunhão com o Pai   e, ao mesmo tempo >não estar estar em comun hão   com outro cristão.

Esse é um dos motivos pelos quais Deus instituiu a igreja local, a comunhão dos cris tãos. "Não se pode ser um cristão sozinho" - uma pessoa não pode ter uma vida cris tã plena e desenvolvê-la a menos que esteja em comunhão com o povo de Deus. A vida cristã tem planos relacionais: o vertical (com referência a Deus) e o horizontal (com refe rência às outras pessoas). E o que foi unido por Deus não deve ser separado pelos ho mens! Cada um desses relacionamentos deve ser de amor um pelo outro. Jesus trata dessa questão no Sermão do Monte (ver Mt 5:21-26). A dádiva sobre o al tar não vale coisa alguma se o adorador tem uma contenda não resolvida com o irmão. É importante observar que Jesus não diz que o adorador tem algo contra o irmão, mas

adverte que acabaremos em uma prisão de  julg  ju lgam am en to espi es pirit ritua ual,l, on de te tere rem m os de pa gar até o último centavo (Mt 18:21-35). Em outras palavras, ao cultivar um espírito ran coroso e sem amor, os mais prejudicados somos nós mesmos. Não é a primeira vez que se vê nesta epístola o contraste entre "dizer" e "fazer" (1 jo 1:6, 8 , 10; 2:4, 6 ). Ê fácil praticar um cristianismo de "palavras" - cantando os hi nos certos, usando o vocabulário certo e fa zendo as orações certas - e, em meio a tudo isso, se iludir achando-se espiritual. Esse erro também é ligado a algo que Jesus ensinou no Sermão do Monte (Mt 5:33-37). O que se diz deve ser a expressão verdadeira do caráter. Não deveria ser necessário usar pa lavras adicionais ("juramentos") para corro borar o que se diz. O sim deve significar sim e o não deve significar não. Assim, se al guém d/z que está na luz, prova que isso é verdade amando os irmãos. Muitos cristãos precisam preci sam enca recidamente ser acei aceitos, tos, ama dos e encorajados. Ao contrário da opinião geral, o amor cristão não é "cego". Ao praticar o verda deiro amor cristão, descobre-se que a vida se torna cada vez mais resplandecente. E o ódio que escurece a vida! Quando o verda deiro deir o amor cristão fl flui ui no cora ção , existe uma compreensão e uma percepção mais agu çada das coisas espirituais. É por isso que Paulo ora pedindo que o amor cresça em conhecimento e em percepção, "para [apro varmos] as coisas excelentes" (ver Fp 1:9, 1 0 ). O cristão que ama o irmão é capaz de ver com mais clareza. Nenhum livro da Bíblia ilustra tão bem o poder que o ódio tem de cegar como o Li vro de Ester. Os acontecimentos relatados nesse livro se passam na Pérsia, onde mui to toss judeus vi viviam viam depois do cativeiro. Ham ã, um dos oficiais mais imp ortantes do rei, odia va profundamente os os judeus. A única m anei ra de satisfazer esse ódio seria ver a nação

 

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1 J O Ã O 2: 77- 1 1

inteira destruída, Assim, ele mergulhou de cabeça em uma trama perversa, completamente cego para o fato de que os judeus venceriam e ele próprio seria destruído. O ódio continua cegando as pessoas até hoje. O amor cristão não é um sentimento su-

O segundo resultado trágico é que esse cristão tor tornana-se se uum m tropeço (ver 1 Jo 2:1 2:10). 0). É terrível quando o cristão faz mal a si mesmo (1 Jo 2:9), mas a situação torna-se ainda mais séria quando ele começa a fazer mal a outros.  Andar em trevas é muito sério.  Também é  peri  perigos goso o  andar na escuridão, quan-

perficial, uma emoção passageira que, talvez, seja experimentada durante o culto na igreja. O amor cristão é  prát  prático ico ; aplica-se às questões da vida diária. Ao considerar os

do há pedras de tropeço no caminho! Um cristão que não ama tropeça e leva outros a tropeçar. Certa noite, um homem andava por uma

mandamentos de "reciprocidade" no outros Novo Testamento, vê-se que amar uns aos é algo extremamente prático. Eis alguns exemplos (existem mais de vinte declarações desse tipo):

rua escura viuem umsua ponto muitocom pequeno de quando luz vindo direção movimentos hesitantes. Pensou que a pessoa carregando a luz talvez estivesse doente ou bêbada, mas, ao se aproximar, viu que o homem com a lanterna também segurava

Lavar os pés uns dos outros (Jo 13:14). Preferir uns aos outros (Rm 12:10). Ter o mesmo sentimento uns para com os outros (Rm 12:16). Não julgar uns aos outros (Rm 14:13). Receber uns aos outros (Rm 15:7). Admoestar uns aos outros (Rm 15:1 15:14). 4). Edificar uns aos outros (1 Ts 5:11).

uma bengala branca.

"Por que será que um homem cego está carregando uma lanterna acesa?", o homem pensou consigo mesmo e resolveu perguntar a ele. O cego sorriu e respondeu: Eu carrego essa luz não para que eu   veja,  mas para que outros me vejam.  Não posso fazer coisa alguma a respeito da mi-

Levar os fardos uns dosuns outros 6:2). Confessar os pecados aos(Gl outros (Tg 5:16). Oferecer hospitalidade uns aos outros (1 Pe 4: 4:9) 9).. Em resumo, amar outros cristãos significa tratá-los da maneira como Deus os trata - e da maneira como ele nos trata. O amor cristão que não aparece nas ações e atitudes (cf. 1 Co 13:4 13:4-7) -7) é fal falso so.. O que acontece com o cristão que não ama os irmãos? Vimos anteriormente o primeiro resultado trágico: ele vive em trevas,  pensar  sar  que apesar de, provavelmente,  pen   que vive na luz (1 Jo 2:9). Ele  pen  pensa sa  que vê, mas, na verdade, está cego pelas trevas do ódio. Esse tipo de pessoa é capaz de causar uma série de problemas problem as em grupos cristãos. Pe Pennsa que é um "gigante espiritual", com grande entendimento, quando, na verdade, é uma criancinha com pouquíssima percepção espiritual. Pode ler a Bíblia fielmente e orar com fervor, mas se tem ódio no coração, vive uma mentira.

nha um cegueira, mas posso fazer algo para não ser tropeço. A melhor maneira de ajudar outros cristãos a não tropeçar é amá-los. O amor transforma as pessoas em pedras de apoio, enquanto o ódio (e todos os seus correlates, como a inveja e a malícia) transforma os indivíduos em pedras de tropeço. É importante que os cristãos exercitem o amor na igreja local, pois, de outro modo, sempre haverá problemas e desunião. Quando caímos uns sobre os outros em vez de elevar uns aos outros, tornamo-nos uma família espiritual extremamente infeliz. Pode-se aplicar esse princípio, por exempio, à questão das "coisas incertas" (Rm 14 e 15). Uma vez que os cristãos vêm de contextos diferentes, nem sempre concordam entre si. No tempo de Paulo, os cristãos diferiam em suas opiniões quanto a questões como normas alimentares e os dias santos. Um grupo dizia que não era espiritual comer carne oferecida a ídolos. Outro desejava qu quee o sábado fosse observado de maneira bastante rígida. Era um problema com várias

 

1 J O Ã O 2:7-1 1

facetas, mas o princípio fundamental para sua solução era: "Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o pro pósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão [...] Se, por causa de comi da, o teu irmão se entristece, já não andas

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Mas o amor não vive sozinho; ele pro duz alegria! O ódio torna a pessoa infeliz, mas o amor sempre traz consigo a alegria. Um casal cristão foi procurar um pastor, pois o casamento deles começava a desin tegrar-se.

segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu" (Rm 14:13, 15). Outro resultado trágico do ódio é o atra

- Nós dois somos cristãos - disse o ma rido desanim ado mas não estamos felizes  junt  ju ntos os.. N ã o há al aleg egria ria al algu gum m a em noss no sso o lar. Enquanto o pastor conversava com eles

so que produz pro duz no progresso es espiritual piritual do cris cris tão (1 Jo 2:11). Um cego - alguém que anda em trevas - não é capaz de encontrar o ca minho! O único ambiente que promove o crescimento espiritual é o ambiente da luz espiritual, do amor. Assim como os frutos e as flores precisam da luz do sol, também o povo de Deus precisa de amor para crescer. O mandamento "amai-vos uns aos ou tros" renova-s renova-see nas exp eriências diárias. Não basta reconhecer que é novo em sua ênfase e dizer: "sim, o am or é importan importan te!" Também não basta ver o amor de D eus exemp lificado lificado em Jesus Cristo. É preciso conhecer esse amor  p o r ex pe ri riên ên ci cia a pr óp ria .  O anti antigo go man dam ento: "Amai-vos uns aos outros" se tor torna na um novo   mandamento, quando se pratica o amor de Deus na vida diária. Até aqui, foi vvisto isto o lado negativo de 1João 2:9-11; agora, será apresentado o positivo. Ao praticar o amor cristão, quais serão os re sultados maravilhosos? Em primeiro lugar, o cristão vive na luz, em comunhão com Deus e com os irmãos em Cristo. Em segundo lugar, não tropeça nem se torna pedra de tropeço a outros. E, em terceiro lugar, há crescimento es piritual, tornando o cristão cada vez mais semelhante a Cristo. Neste ponto, convém pensar no contras te entre "as obras da carne", tão repulsivas (Gl (G l 55:19-21), :19-21), e o belo frut fruto o do Espírito Espírito - "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bond ade, fideli fidelidade, dade, m ansidão, domínio pró pró prio" (Gl 5:22, 23). Quem está na luz, "a semente [que] é a palavra de Deus   (Lc 8:11) pode criar raízes e dar fruto. E o primeiro fruto que o Espírito produz é o amor!

e ao refletirem juntos sobre o que a Bíblia tinha a dizer, um fato tornou-se claro: tanto o marido quando a esposa guardavam má goas. Os dois se lembravam de uma porção de coisas pequenas, mas irritantes, que o outro havia feito! - Se vocês dois realmente se amassem - disse o pastor não guardariam essas mágoas no coração. Elas supuram como fe ridas infeccionadas e contaminam todo o organismo. Então, leu para eles que "[O amor] não se ressente do mal" (1 Co 13:5) e explicou: - Isso significa que o amor não guarda registro das coisas que o outro faz e que nos ofendem. Quando amamos de verdade uma pessoa, o amor cobre seus pecados e ajuda a curar as feridas que causaram. - E leu tam bém: "Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de peca pecados dos"" (1 (1 Pe 4:8 ). Antes de o casal ir embora, o pastor os aconselhou: - Em vez de guardarem registro de coi sas que ferem, comecem a se lembrar das coisas que dão prazer. Um espírito rancoro so sempre nos enche de veneno, enquan to um espírito amoroso que vê e se lembra do melhor sempre traz saúde. O cristão que anda em amor está sem pre experimentan do nova alegri alegria, a, pois o "fru to do Espírito" é amor e alegria. E, quando misturamos o "amor   com a "alegria", temos a "paz", que nos ajuda a produzir "longanimidade". Em outras palavras, andar na luz, andar em amor, é o segredo para o cresci mento na vida cristã, que quase sempre começa com o amor. Mas todos nós devemos reconhecer que não se pode gerar amor cristão com as

 

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1 J O Ã O 2 : 77- 1 1

próprias forças. Somos, por natureza, egoístas e propensos a odiar. Somente o Espirito de Deus enche nosso coração de amor para que sejamos capazes, então, de amar uns aos outros. "O amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado" (Rm 5:5). O Espírito de Deuss torna o mandamento "amai-v Deu "amai-vos os uns aos

que já estava aqui séculos sécu los atrás quando Jesus viveu, ensinou, morreu e ressuscitou. Ele é o Único que pode pegar uma "verdade antiga" e transformá-la em algo inédito e cheio de vida na experiência cotidiana. Esta epístola de João apresenta, na seqüência, outras verdades empolgantes, mas se não formos obedientes no que diz res-

outros" uma experiência nova e empolgante no dia-a-dia. Se andarmos na luz, o Espírito de Deus produzirá amor. Se andarmos em trevas, nosso espírito egoísta produzirá ódio. A vida cristã - a vida real - é uma mistura maravilhosa de "antigo e novo". O Espírito Santo pega as "coisas antigas" e as transforma em "coisas novas" em nossa experiência. Ao pensar sobre isso, vê-se que o Espírito Santo jamais envelhece! É eternamente jovem! Ele é a única Pessoa na Terra, hoje,

peito ao amor, o restante desta carta será como "trevas" para nós. Talvez o melhor a fazer agora  seja perscrutar o coração e ver se guardamos algo contra algum irmão ou se alguém tem alguma coisa contra nós. A vida real é honesta - e é uma vida que implica fazer,  não apenas falar.  É uma vida de amor ativo em Cristo. Isso significa perdão, bondade e longanimidade. Mas também significa alegria, paz e vitória. A vida de amor é a única vida real!

 

4

O A m o r   Q  u e   D e u s   D etesta 1 Jo ã o   2:12-17

aparecem juntos: "O Verbo [Jesus] estava no mundo, o mundo [terra] foi feito por in termédio dele, mas o mundo [a humani dade] não o conheceu" (Jo 1:10). Mas a advertência "não ameis o mun do" não se refere ao mundo natural nem ao mundo dos homens. Os cristãos devem apre ciar a beleza e utilidade da terra que Deus

criou, uma vez que é ele que tudo nos pro porciona ricamente para nosso aprazimento" (1 Tm 6:1 7). E, sem dú vida vida,, deve dev e am ar as m grupo de alunos da primeira série havia acabado de completar um tour   pelo hosp ital, e a enfermeira que monitorava a visita quis saber se alguém tinha alguma pergunta. - Por que as pessoas que trabalham trabalham aqui estão sempre lavando as mãos? - pergun tou um garotinho. Depois que todos pararam de rir, a en fermeira deu uma resposta sábia. - Eles "estão sempre lavando as mãos" por dois motivos. Primeiro, amam a saúde

U

pessoas - não apenas os amigos, mas tam bém os inimigos. Este "mundo" ao qual João refere-se como o inimigo é um sistema espiritual invi sível contrário a Deus e a Cristo. A palav palavra ra mundo   com o sentido de um sistema   faz parte de nosso linguajar diário. O repórter da televisão diz: "Agora, as notí cias do mundo dos esportes". O "mundo dos esportes" não é um planeta ou continente separado. Antes, é um sistema organizado, constituído de um conjunto de idéias, pes soas, atividades, objetivos etc. Da mesma

e, segundo, detestam micróbios. Em diversas áreas da vida, o amor e a aversão andam juntos. O marido que ama a esposa, certamente, detestará o que lhe poderia fazer mal. mal. "Vó s que am ais o S enhor ,  detestai o mal" (SI 97:10 ). "O amor sej sejaa se sem m hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem" (Rm 12:9). Nesta epístola, primeiro João lembrou que devemos praticar o amor (1 Jo 2:7-11) o tipo certo de amor. Agora, alerta para o fato de que há um tipo errado de amor que Deus detesta: o amor pelo que a Bíblia cha ma de "o mundo". Existem quatro motivos pelos quais os cristãos não devem amar "o mundo".

pelo menos três significados diferentes. Por vezes, se refere ao mundo físico,  a Terra:  " O Deus que fez o mundo [nosso planeta] e tudo o que nele existe" (At 17:24). Também pode ser o mundo humano,  a humanidade:   "Porque D eus amou ao mundo de ta tall manei

forma, o "mundo dos negócios" bem com o forma, o "mundo da política   são sistemas inde pendentes. Por trás do que vemos nos es portes ou nas finanças, existe um sistema invisível, responsável pelo funcionamento do universo. Na Bíblia, "o mundo" é o sistema que Sa tanás usa para fazer frente à obra de Cristo aqui na Terra. É exatam ente o op osto de tudo o que é piedoso (1 Jo 2:16), santo e espiri tual. "Sabemos que somos de Deus e que o mundo inte inteiro iro ja z no Ma ligno1 ligno1)) Jo 5:1 9). Ao falar do mundo, Jesus disse que Satanás é "seu príncipe" (Jo 12:31). O diabo possui uma organização de espíritos malignos (Ef 6 : 1 1 , 1 2 ) que trabalham com ele e influen ciam o que se passa "neste mundo". Assim c om o o Espíri Espírito to Santo usa pessoas para realizar a obra de Deus na Terra, Sata nás usa pessoas para cumprir seus propósi tos perversos. Quer percebam quer não, os não-salvos são motivados pelo "príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência" (Ef 2:1, 2). Os incrédulos pertencem a "este mun

ra" (Jo 3:16). Por vezes, esses dois conceitos

do". Jesus os chama de "filhos do mundo"

1 . P o r   c a u s a   d a q u i l o   q u e   o   m u n d o   é No Novo Testamento, a palavra mundo   tem

 

632

1 J O Ã O 2 ::11 22-- 1177

(Lc 16:8). Quando Jesus estava aqui na Terra, as pessoas "deste mundo" não o compreenderam, como também não compreendem os que crêem em Jesus Cristo nos dias de hoje (1 Jo 3:1). O cristão faz parte do mundo hu hu--  mano e  vive no mundo físico,  mas não pertence ao mundo espiritual   que é o sistema de Satanás para se opor a Deus. "Se vós fósseis do mundo [do sistema de Satanás], o

também à vontade de Deus. "Ora, o mundo passa [...] aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente" (1 Jo 2:17). Para os que vivem no amor de Deus, fazer a vontade de Deus é uma alegria. "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14:15). Mas quando o cristão não sente mais prazer no amor do Pai, tem difi-

mundo amaria o que era seu; como, toda via, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia" (Jo 15:19). Assim, "o mundo" não é o hábitat do cristão. A cidadania do cristão está no céu (Fp 3:20), e todos os seus recursos eficazes para ele viver na Terra vêm do Pai celestial. Em certo sentido, o cristão é como um escafandrista. A água não é o hábitat do ser humano, pois ele não está equipado para viver nela (ou abaixo dela). Quando um escafandrista mergulha, precisa de um equipamento especial para respirar. Se não fosse pelo Espírito Santo vivendo dentro de nós e pelos recursos espirituais que temos na oração, na comunhão cristã e na Palavra, jamais seriamos capazes de sobreviver aqui na Terra. Queixamo-nos da poluição na atmosfera da Terra, mas a atmosfera do "mundo" também se acha tão saturada de poluição espiritual que o cristão não é capaz de respirar normalmente! No entanto, há um segundo motivo, mais sério que o primeiro, pelo qual os cristãos não devem amar o mundo.

2. P o r   c a u s a   d o   q u e   o   m u n d o   f a z   c o n o s c o   (1 Jo 2:15, 16)

"Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele" (1 Jo 2:15). O mundanismo é mais uma questão de atitude  do que de atividade.  É possível o cristão manter-se afastado de diversões e de lugares suspeitos e, ainda assim, amar o mundo, pois o mundanismo encontra-se no coração. coraçã o. O amor que o cristão te tem m por Deus é inversamente proporcional a seu seu amo amorr pelo sistema e pelas coisas do mundo. O mundanismo afeta a forma de respondermos não apenas ao amor de Deus, mas

culdade em obedecer à vontade do Pai. Ao colocar esses dois elementos lado a lado, temos uma definição prática de mundanismo: qualquer coisa na vida do cristão que o faz sentir menos prazer no amor do Pai e menos desejo de fazer a vontade do Pai é mundana e deve ser evitada. A resposta ao amor do Pai (a vida devocional pessoal) e a obediência à vontade do Pai (a conduta diária) são os dois testes de mundanismo. Muitas coisas neste mundo são inequivocamente erradas, e a Palavra de Deus as identifica como pecados. É o caso de roubar, mentir (Ef 4:25, 28) e ter relações sexuais ilícitas (Ef 5:1-3). Com referência a estas e a várias outras ações, o cristão tem pouco ou nenhum espaço para discutir. No entanto, existem áreas da conduta cristã não tão ciaras a respeito das quais até cristãos mais consagrados discordam entre si. Nesses casos, cada cristão deve aplicar o teste à própria vida e ser escrupulosamente honesto nessa auto-avaliação, lembrando que até mesmo uma coisa boa  pode privar o cristão do prazer no amor de Deus e do desejo de fazer a vontade de Deus. Um aluno do último ano de uma faculdade cristã era conhecido por suas excelentes notas e serviço cristão dedicado. Saía todos os fins de semana para pregar o evangeího e estava sendo usado por Deus para ganhar almas e para desafiar cristãos. Então, algo aconteceu. Seu testemunho deixou de ser eficaz, suas notas começaram a cair e até sua personalidade começou a mudar. O diretor chamou-o para conversar. Sua vida e seu trabalho não são mais os mesmos - disse o diretor. - Gostaria que você me contasse o que está acontecendo. O aluno foi evasivo por algum tempo, mas acabou contando sua história. Estava

 

1 J O Ã O 2 ::11 22-- 1 7

noivo de uma moça cristã maravilhosa e pianejando casar-se logo depois da formatura. Havia sido chamado para trabalhar em uma excelente igreja e sentia-se ansioso para se mudar com a esposa para a casa pastoral e começar o ministério. Fiquei tão empolgad o com tudo que cheguei a desejar que o Senhor não voltas

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na sede, mas a bebedice é pecado. O sono é uma dádiva de Deus, mas a preguiça é vergonhosa. Quando usado corretamente, o sexo é uma dádiva preciosa de Deus; mas quando usado indevidamente, se torna imoral. Vê-se, agora, como o mundo funciona. Ele apela aos apetites normais e tenta o indi

se! - confessou o rapaz. - Então, o poder desapareceu da minha vida! Por mais excelentes e belos que fossem seus planos, criavam uma barreira entre esse rapaz e o Pai. Ele deixou de sentir prazer no amor do Pai e se tornou mundano! João ressalta que o sistema do mundo usa de três artifícios para "fisgar" os cristãos: "a concupiscência [desejo] da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida" (1 Jo 2:16). Foram esses mesmos artifícios que seduziram Eva no jardim: "Vendo a mulher que a árvore era boa [concupiscên-   cia da carne]   para se comer, agradável aos olhos [concupiscência dos olhos ] e árvore

víduo a satisfazê-los de maneiras ilícitas. No mundo de hoje, estamos cercados de todo tipo de sedução que apela para a natureza mais vil - e "a carne é fraca" (Mt 26:41). Caso o cristão entregue-se a ela, se verá às voltas com "as obras da carne" (Gl 5:19-21 apresenta uma lista nada atraente). É importante o cristão lembrar que tudo o que Deus diz sobre a velha natureza, a carne, é negativo.   Na carne "não habita habita bem algum" (Rm 7:18). "A carne para nada apro veita" (Jo 6:63). O cristão não deve confiar na carne (Fp 3:3). Não deve "[dispor] para a carne" (Rm 13:14). A pessoa que vive para a carne leva uma vida negativa.

[soberba desejável para dar do entendimento da vida], tomou-lhe fruto e comeu e deu  

também ao marido, e ele comeu" (Gn 3:6). A concupiscência da carne refere-se a qualquer coisa que agrade à natureza decaí da do ser humano. A "carne" não é o "corpo", mas sim a natureza básica do ser humano não regenerado que o cega para a verdade espiritual (1 Co 2:14). A carne é a natureza que recebem os no nascimento físico; o espí espí rito é a natureza que recebemos no segun do nascimento (Jo 3:5, 6 ). Quando cremos em Cristo, tornamo-nos "co-participantes da

segundo artifícioé que o mundo usa paraO seduzir o cristão chamado de "concupiscência dos olhos". Às vezes, esquece mos que os olhos também podem ter desejos (você já ouviu a expressão: "é de encher os olhos ?). A concupiscência da carne seduz os apetites inferiores da velha natureza, tentan do a pessoa a satisfazê-los de maneiras pe caminosas. A concupiscência dos olhos, por sua vez, atua de maneira mais refinada. Tra ta-se, aqui, dos prazeres que satisfazem a vista e a mente: prazeres intelectuais e so

natureza Pe 1:4). (aO carne) cristão quanto possui tanto umadivina" velha (2natureza uma nova natureza (o Espírito) em sua vida: duas naturezas que travam batalhas monu mentais (Gl 5:17-23)! Deus deu ao ser humano certos desejos inerentemente bons. A fome, a sede, o can saço e o sexo não são, por si mesmos, dese  jo s p er erve ve rs rso o s. N ão há n ad a de er erra rad d o em comer, beber, dormir e gerar filhos. Mas quando a natureza carnal controla esses desejos, eles se tornam "concupiscências" pecam inosas. N ão há nada de ma mauu na fome,

fisticados. Noromanos tempo do apóstolo João, da os gregos e os viviam em função diversão e das atividades que estimulavam os olhos. Os tempos não mudaram muito! Pensando na televisão, talvez a oração de todo cristão cristão deva ser: "De sv ia os meus olhos, para que não vejam a vaidade" (SI 119:37). Um soldado chamado Acã (Jo 7) provo cou a derrota do exército de Josué por cau sa da concupiscência dos olhos. Deus havia advertido Israel a não tomar qualquer espó lio da cidade condenada de Jericó, mas Acã desobedeceu; e explicou: "Quando vi en

mas a gula é pecado. Não há nada de mau

tre os despojos uma boa capa babilônica, e

 

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1 J O Ã O 2 :1 :1 22- 1 7

duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os" (Js 7:21). A concupiscência dos olhos o levou a pecar, e seu pecado causou a derrota do exército. Assim como os outros sentidos, os olhos são um portal para a mente. A concupiscência dos olhos pode incluir atividades intelectuais contrárias à Palavra de Deus. Existe uma pressão para que os cristãos  pe  p e n se m   da

o desejo de fazer a vontade do Pai. A Bíblia torna-se enfadonha, e a oração passa a ser uma tarefa difícil. Até mesmo a comunhão cristã parece vazia e decepcionante. O problema não está nos outros, mas sim no coração mundano desse cristão. É importante observar que nenhum cristão torna-se mundano de repente. O mundanismo infiltra-se aos poucos na vida do cristão; é um processo gradativo. Primeiro desenvolve-se uma

maneira que o mundo pensa. Deus adverte contra o "conselho dos ímpios" (SI 1 : 1). Isso

ro desenvolve se uma amizade com o mun   do   (Tg 4:4). Por natureza, o mundo e o cristão

não significa que o cristão deva os estudos e a erudição secular, masignorar sim que deve ter o cuidado de não deixar que o intelectualismo coloque Deus de escanteio. O terceiro artifício é "a soberba da vida". A glória de Deus é rica e plena; a glória do homem é vulgar e vazia. Na verdade, o termo grego traduzido por "soberba" era usado para descrever alguém arrogante que tentava impressionar os outros com sua importância. Desde tempos remotos, os indivíduos tentam sobressair-se mostrando quanto gastam e quanto conseguem conquistar. A soberba da vida motiva grande parte do que pessoas desse tipo fazem. Por que tanta gente compra casas, carros, eletrodomésticos e roupas que, na realidade, estão muito além de suas posses ? Por que sucumbe a propagandas do tipo "viaje agora e pague depois" e se mete em dívidas impossíveis de pagar só para tirar férias que não cabem em seu orçamento? Em grande parte, para impressionar os outros - por causa da "soberba da vida". É possível que queiram mostrar a outros quanto são ricos ou bem-sucedidos. A maioria não vai tão longe, mas é impressionante quanta coisa tola as pessoas fazem só para causar boa impressão. Chegam a sacrificar a honestidade e a integridade, a fim de obter fama e de se sentirem importantes. Sem dúvida, o mundo seduz o cristão por meio das concupiscências da carne, das concupiscências dos olhos e da soberba da vida. E o cristão não demora a perceber quando o mundo assume o controle nessas áreas. Perde o prazer que sentia no amor do Pai e

são ("Irmãos, maravilheis se o inimigos mundo vos odeia" odeia",não , 1 Jovos3:13). O cr cris is-tão amigo do mundo é inimigo de Deus. Em seguida, o cristão é contaminado    pe  p e lo m un do   (Tg 1:27). O mundo deixa suas marcas imundas em uma ou duas áreas de sua vida. Isso significa que, aos poucos, o cristão aceita e adota os comportamentos do mundo. Quando isso acontece, o mundo deixa de odiar o cristão e começa a amá-lo! Portanto, João adverte: "Não ameis o mundo" - mas, muitas vezes, a amizade com o mundo transforma-se em amor pelo mundo. Em decorrência disso, o cristão torna-se confor-  mado com o mundo   (Rm 12:2), e é difícil fazer distinção entre um e outro. No meio dos cristãos, o mundanismo aflora de várias maneiras sutis e irreconhecíveis. Por vezes, se mostra na tendência de idolatrar grandes atletas, artistas de televisão ou líderes políticos que se dizem cristãos como se esses indivíduos fossem capazes de obter algum favor especial do Deus De us Todo Todo-Poderoso. Ou, então, ao paparicar as pessoas "influentes" da igreja local, como se a obra de Deus não sobrevivesse sem a boa vontade ou o apoio financeiro dessas pessoas. Muitas  formas de mundanismo não envolvem a leitura de livros errados nem qualquer tipo de diversão carnal. Infelizmente, conformar-se com o mundo pode levar cristãos a ser "condenados com o mundo" (1 Co 11:32). Se o cristão confessa e julga o pecado, Deus o perdoa; mas se não o confessa, Deus precisa discipliná-lo com amor. Quando um cristão é "condenado com o mundo", não perde a filiação, mas

 

1 J O Ã O 2 : 1 22- 1 7

perde o testemunho e a utilidade espiritual. Existem, Exis tem, ainda, casos cas os extremo s de cristão que perder per deram am até a vida (ve (verr 1 Co 11:29, 30). Os passos desse declínio e suas conse qüências são ilustrados na vida de Ló (Gn 13:5-13; 14:8-14; 19). Primeiro, Ló olhou na direção de Sodoma. Então, armou sua ten da voltada para Sodoma, nas planícies fér teis do rio Jordão. Em seguida, se mudou

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os pais, os jovens e os filhinhos (1 Jo 2:12   14). Os "pais" são, evidentemente, cristãos maduros que têm conhecimento pessoal íntimo de Deus. Uma vez que conhecem Deus, também co nhece m os pe perig rigos os do mun do. Nenhum cristão que já experimentou as alegrias e maravilhas da comunhão com Deus e do serviço para Deus deseja viver prazeres substitutos que o mundo oferece.

Estamos diante de uma questão prática e im portante sobre a natureza do cristão e a for ma de se guardar do mundanismo. A resposta encontra-se na forma incomum de discurs discurso o empre empregada gada eem m 1 João 2:1 2 14: "Filhinhos [...] Pais [...] Jovens". A que o apóstolo se refere? Em primeiro lugar, "Filhinhos" (1 Jo 2:12) significa todos   os cristãos.   Literalmente, esse termo quer dizer "nascidos". Todos os   cristãos nasce ram na família de Deus por meio da fé em Jesus Cristo, e seus pecados foram perdoa dos. O próprio fato de alguém fazer parte da família de Deus e de compartilhar sua na tureza deve desencorajá-lo a tornar-se ami go do mundo. Fazer amizade com o mundo é traição! "Não compreendeis que a amiza de do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui se inimigo de Deus" (ver Tg 4:4). Mas há outro fator a ser considerado: começamos como "filhinhos" - nascidos -, mas não devem os perma necer nesse estágio estágio!!  O cristão só vence o mundo à medida que cresce espiritualmente. João fala de três tipos de cristãos que po

Os jovens são os conquistadores: ven ceram o maligno, Satanás, o príncipe do sis tema dest destee mund o. D e que m aneira fizeram isso? Por meio da Palavra de Deus! "Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a pa lavra de Deus permanece em vós, e ten des vencido o Maligno" (1 Jo 2:14). Assim, os "jovens" ainda não alcançaram a plena maturidade, mas estão no processo de ama durecer, pois usam a Palavra de Deus de ma neira eficaz. A Palavra é a única arma capaz de derrotar Satanás (Ef 6:1 7). Os "filhinhos" aos quais João se dirige em 1 João 2:1 4 não são os mesmos aos quais ele se dirige em 1  João 2:12. No original grego, são empregados dois termos diferen tes. A palavra em 1 João 2 :14 d á a idéia de "indivíduos imaturos" ou crianças pequenas ainda sob a autoridade de pais e de tutores. São cristãos novos na fé que ainda não cres ceram em Cristo. Como crianças no sentido literal, essas crianças na fé conhecem seu pai, mas ainda precisam crescer. Eis, portanto, a família cristã! Todos são "nascidos", mas alguns já saíram da infância e entraram na idade adulta espiritual. O mun do não at atra raii o cristão cristão que está está amad urecend o   e cr e sce ndo.   Esse cristão está interessado demais no am or do Pai e em fazer a vontade do Pai. As atrações do mundo não o sedu zem. Percebe que as coisas do mundo não passam de brinquedos e pode dizer como Paulo: "quando cheguei a ser homem, desisti das coisas própri próprias as de menino" ((11 Co 13:11 ). O cristão mantém-se afastado do mun do por causa do que o mundo é (um siste ma satânico que odeia a Cristo e que se opõe a ele), por causa do que o mundo faz conosco (nos seduz a viver de substitutos pecaminosos) e por causa do que o cristão

dem ser encontrados em uma congregação:

é (um filho de Deus).

para Sodoma. Quando a cidade foi captura da pelo inimigo, Ló também foi levado cati vo. Ele cria em Deus (2 Pe 2:6-8), mas teve de sofrer com os pecadores incrédulos da quela cidade perversa. E quando Deus des truiu Sodoma, tudo aquilo a que Ló havia dedicado sua vida virou fumaça! Ló foi sal vo como que pelo fogo e perdeu a recom pensa eterna (1 Co 3:12-15). Não é de se admirar que João nos advir ta a não amar o mundo! 3 . P o r c a u sa s a d o q u e o c r is i s t ã o é 

(1 Jo 2:12-14)

 

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1 J O Ã O 2 ::11 22-- 1 7

4 . P o r   c a u s a   d o   d e s t i n o   d o   m u n d o  

{1 Jo 2:17)

"O mundo passa" (1 Jo 2:1 7). Hoje em dia, não falta quem conteste essa declaração pessoas convictas de que o mundo (o sistema em que vivemos) é tão permanente quanto qualquer coisa pode ser. Mas o mundo não é  permanente. A única certeza a respeito do sistema deste mundo é que ele não vai durar para sempre. Um dia, este sistema desaparecerá, e as atrações agradáveis desvanecerão: tudo está passando. O que

certamente será eliminada e substituída por uma nova ordem na vinda de Cristo, que pode ocorrer a qualquer momento". De modo lento porém inevitável, talvez antes do que os cristãos imaginem, o mundo está passando, mas o que faz a vontade de Deus permanece para sempre. isso não significa que todos os servos de Deus serão lembrados pelas gerações futuras. Das inúmeras pessoas famosas que viveram aqui na Terra, menos de duas mil foram lembradas por mais de um século.

Os cristãos espirituais mantêm uma ligação distanciada com este mundo, pois vivem em função de algo muito melhor. São "estrangeiros e peregrinos sobre a terra" (Hb 11:13). "Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir" (Hb 13:14). Nos tempos bíblicos, muitos cristãos viviam em tendas, porque Deus não desejava que se assentassem e se sentissem em casa neste mundo. João contrasta dois estilos de vida di-

Isso servos também que a memória dos de não Deussignifica será perpetuada por seus escritos ou pela vida de pessoas que influenciaram. Esse tipo de "imortalidade" pode ser verdadeira, mas também se aplica a incrédulos como Karl Marx, Voltaire e Adolf Hitler. Esta passagem (1 Jo 2:1 7) diz que os cristãos que se dedicarem a fazer a vontade de Deus - a obedecer a Deus - "permanecerão eternamente". Muito depois que o sistema deste mundo, com sua cultura jactanciosa e suas filosofias arrogantes, seu intelectualismo egocêntrico e seu materialismo

ferentes: vida emdofunção eternidade e outrauma em função em tempo.da O indivíduo mundano vive em função dos prazeres da carne, mas o cristão consagrado vive em função das alegrias do Espí Espírito. rito. O cristão munmundano vive de acordo com o que pode ver a concupiscência dos olhos -, enquanto o cristão espiritual vive em função das realidades invisíveis de Deus (2 Co 4:8-18). A pessoa de mentalidade mundana vive em função da soberba da vida, da vangloria que atrai os homens, mas o cristão que faz a vontade de Deus vive em função da aprovação de Deus. E "permanece eternamente".

ímpio, tivereste sidoplaneta esquecido tempo depois que tivere muito sido substituído por novos céus e nova terra, os servos de Deus permanecerão, compartilhando a glória de Deus por toda a eternidade. Essa perspectiva não se limita a Moody, Spurgeon, Lutero, Wesley e outros como eles, mas está aberta a todo cristão humilde. Se cremos em Cristo, está aberta para nós. O sistema do mundo atual não é duradouro. "Porque a aparência deste mundo passa" (1 Co 7:31 7:31).). Tudo a nosso redo redorr está está mudando, mas as coisas eternas permanecem sempre as mesmas. O cristão que ama

Toda grande naçãosendo da história entrou em decadência e acabou conqui conquistada stada por outra. O que nos leva a crer que nosso   país será uma exceção? Pelo menos dezenove civilizações do mundo desapareceram. Não há motivo algum para crer que nossa civilização durará para sempre. "A mudança e a deterioração nos cercam por toda parte", escreveu Henry F. Lyte (1793-1847), "e se nossa civilização não for corroída por elas,

estepois mundo nunca teráa algo paz nem segurança, atrelou a vida sempre mutável. Nas palavras do missionário e mártir Jim Elliot: "Não é insensato aquele que dá o que não pode guardar a fim de obter o que não pode perder". O Novo Testamento trata, com freqüência, da "vontade de Deus". Um dos "benefícios secundários" da salvação é o privilégio de conhecer a vontade de Deus (At 22:14).

pode durar? o que faz parte da vontade de   Somente Deus!

 

1 J O Ã O 2 : 1 22- 1 7

E Deus deseja que tenhamos "pleno conhe cimento da sua vontade" (Cl 1:9). A vonta de de Deus não é algo a consultar de vez em quando, como uma enciclopédia, mas sim algo que controla inteiramente a vida. Para o cristão dedicado, não se trata de sa ber apenas se determinada ação é "certa ou errada", "boa ou má". A pergunta-chave é: "Isto   é a vontade de Deus para mim?" Deus deseja não apenas que sua vonta

63 7

de entrega: "apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo [.  ] E não vos conformeis com este século [  .] para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12:1, 2). O cristão que ama o mundo jamais descobrirá a vontade de Deus dessa maneira. O Pa Paii compa compartilha rtilha seus segre dos com os que lhe obedecem. "Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina" (Jo 7:1 7). A vontade

de seja conhecida , mas também compreen

de Deus não é um bufê espiritual do qual

dida  (Ef 5:17). "Manifestou os seus caminhos

a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel" (SI 103:7). Israel sabia o que Deus  fazia, mas Moisés sabia p o r q uê !  É iimportante mportante entender a vontade de Deus para a vida e vislumbrar o propósito que ele está cumprindo. Uma vez que se descobre qual é a von tade de Deus, deve-se fazê-la de coração   (Ef 6 :6 ). Ninguém agrada ao Senhor apenas fa[ando de sua vontade, mas sim fazendo o que ele ordena (Mt 7:21). E quanto mais al guém obedece a Deus, mais é capazes de "[experimentar] [...] a boa, agradável e per

odeixa cristão serve Aapenas o que interessa e o resto! vontade de lhe Deus deve ser aceita em sua totalidade, algo que requer a sujeição da vida toda a Deus. Deus revela sua vontade por meio de sua Palavra. "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos" (SI 119:105). O cristão mundano não anseia pela Palavra. Quando lê a Bíblia, aproveita pouco ou nada. Mas o cristão espiritual, que separa um tempo cada dia para ler e medi tar sobre a Palavra, encontra em suas pági nas a revelação da vontade de Deus e a

feita vontade de Deus" (Rm 1 2:2). D escobrir feita e fazer a vontade de Deus é como aprender a nadar: para que isso aconteça, é preciso entrar na água. Quanto mais uma pessoa obedece a Deus, mais perceptiva se torna para a vontade dele. O objetiv objetivo o de Deus é nos "[ "[conservar] conservar] per feitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus" (Cl 4:12). Para isso, é pre ciso ser maduros  na vontade de Deus. A criança pequena está sempre pergun tando aos pais o que é certo ou errado e o que querem ou não que ela faça. Mas ao conviver com os pais e ser treinada e disci plinada por eles, descobre, aos poucos, o que desejam que ela faça. Na verdade, uma criança disciplinada é capaz de "ler os pensarnentos do pai" só de observar seus olhos e sua expressão facial! Um cristão imaturo está sempre perguntado aos amigos o que eles acreditam que é a vontade de De us para ele. O crist cristão ão maduro pe rman ece inteir inteiramen amen te dentro da vontade de Deus. Ele sabe o que Deus quer que ele faça. De que maneira se descobre a vontade de Deus? O processo começa com um ato

aplica às situações do cotidiano. Também se pode descobrir a vontade de Deus pelas circunstâncias. Deus opera de maneiras maravilhosas abrindo e fechando portas. Deve-se confrontar as situações com a Bíblia, não o contrário! Por fim, Deus conduz o cristão a fazer sua vontade por meio da oração e da ope ração do Espírito no coração. Ao orar sobre uma decisão, o Espírito fala ao coração do cristão. Uma "voz interior" pode concordar com as circunstâncias predominantes. Não se deve simplesmente segui-la, mas sempre confrontá-la com a Palavra, pois a carne (ou Satanás) pode usar as circunstâncias - ou os "sentimentos  - para desviar o cristão com pletamente do caminho. Em resumo, o cristão está no mundo fi sicamente (Jo 17:11), mas não faz parte d o   mundo espiritualmente (Jo 17:14). Cristo nos enviou ao mundo para dar testemu nho dele (jo 17:18). Como um escafandrista, devemos viver em um meio que não é o nosso, e, se não tivermos cuidado, esse meio pode nos sufocar. O cristão não tem como evitar estar dentro do mundo, mas

 

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quando o mundo está dentro do cristão, as coisas se complicam! O mundo entra no cristão pelo coração: "Não ameis o mundo!" Qualquer coisa que prive o cristão do prazer no amor do Pai ou de seu desejo de fazer a vontade do Pai é mundano e deve ser evitado. Assim, todo cristão precisa avaliar tais coisas por si mesmo, usando como base a Palavra de Deus. O cristão deve decidir se vai viver apenas em função do presente ou se vai viver

em função da vontade de Deus e permanecer para sempre. Jesus ilustra essa escolha falando de dois homens. Um construiu sobre a areia e outro sobre a rocha (Mt 7:2427), Paulo refere-se à mesma escolha falando de dois tipos de materiais de construção: os temporários e os permanentes (1 Co 3:11-15). O amor ao mundo é o amor que Deus odeia. É o amor do qual o cristão deve guardar-se a qualquer custo!

 

5 A V e r d a d e   o u   a s  C onseqüências 1 Jo ã o   2:18-29

conflito: entre a verdade e a mentira. Não basta ao cristão andar na luz e andar em amor. O que está em jogo é a verdade... ou suas conseqüências! Antes de João João explicar as conseq üências trágicas de afastar-se da verdade, o apóstolo enfatiza a seriedade da questão usand o duas expressões: "a última hora" e "anticristos". Ambas deixam claro que o cristão vive um momento de crise e deve guardar-se das mentiras do inimigo. "A última hora   é uma expressão que lem

é i   I S J ão impo rtaa em você  crê, de dessI N de import que você seja sejaque sincero!

Essa declaração expressa a filosofia pessoai de muita gente hoje, mas é de se duvi dar que os que dizem isso já pararam para refletir sobre seu significado. A "sincerida de" é o ingrediente mágico que torna algo v e r dade i r ol  Se é assim, deve ser possível aplicar o mesmo princípio a todas as áreas da vida, não apenas à religião. Uma enfermeira em um hospital dá um medicamento a um paciente, e ele tem uma forte reação. A enfermeira é sincera, mas deu o medicamento errado e, por pouco, o pa ciente não morre. Um homem ouve um barulho durante a noite e conclui que há um ladrão dentro da casa. Ele pega sua arma e atira no "Iadrão", que, na verdade, era sua filha! Sem sono, a menina havia se levantado para fa zer um lanche e acabou tornando-se vítima da "sinceridade" do pai. É preciso muito mais do que "sincerida de" para que algo seja verdadeiro. A fé em uma mentira sempre traz conseqüências sé rias; ao fé  Aq  A q u il ilo emnaq uverdade e uma um a penunca ssoa ss oa cré êdesperdiçada. faz toda tod a d if ife e rença!  Se alguém deseja ir de carro de Chi cago para Nova York, não há sinceridade que a faça chegar a seu destino, caso ela decida pegar a estrada para Los Angeles. A pessoa verdadeira   constrói a vida sobre a verdade, não sobre superstições ou mentiras. É impos sível viver uma vida real crendo em mentiras. Deus advertiu a igreja ("Filhinhos") so bre o conflito entre a luz e as trevas (1 Jo 1:1 1:1 - 2:6 ) e entre o amor e o ódio ((11 Jo 2:7  17). Agora, ele adverte sobre um terceiro

br braa que uma nova iniciou noemun do. "Por que as trevas se vãoera dissipando, a verdadeira verdad eira luz já brilha" (1 Jo 2:8). Desde a morte e a res surreição de Jesus Jesus Cristo, Deus D eus faz "algo novo   aqui no mundo. Toda a história do Antigo Testamento preparou o caminho para a obra de Cristo na cruz. Toda a história desde esse tempo é apenas um a preparação para "o fim", quando Jesus voltará e estabelecerá seu rei no. Não há mais nada que Deus precise fa zer para oferecer a salvação aos pecadores. Pode-se perguntar: "Mas se era a 'última hora ‫׳‬  no tempo de João, por que Jesus ain da não voltou?" Trata-se de uma excelente pergunta, e as Escrituras dão a resposta. Ao contrário de suas criaturas, criaturas, D eus não é lilimitado mitado pelo tem po. Deus trabalha dentro  do tempo humano, mas está acima   dele (cf. 2 Pe 3:8). "A última hora" começou na época de João e, desde então, vem crescendo em in tensidade.  No tempo do apóstolo, já havia falsos mestres ímpios, e, nos séculos subse qüentes, esses impostores cresceram tanto em número quanto em influência. "A última hora" descreve um tipo   de tempo, sua duração.   Esse tempo é descrito em não ‫ ו‬  Timó teo 4. Assim como João, Paulo também ob servou as características de seu tempo, as quais se manifestam hoje de maneira ainda mais pronunciada. Em outras palavras, os cristão sempre   v i veram na "última hora" ou em tempos de crise. Portanto, é essencial sab er em que ccrer rer e por que crer. O segundo termo - "anticristos" - é usa do na Bíblia apenas por João (1 Jo 2:18, 22; 4:3; 2 Jo 7). Descreve três coisas: (1) um

 

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espírito   no mundo que se opõe ou nega a

Cristo; (2) os falsos mestres que personificam esse espírito; e (3) uma  pes  p es so a   que irá liderar a rebelião mundial final contra Cristo. O "espírito do anticristo" (1 Jo 4:3) está presente no mundo desde que Satanás declarou guerra contra Deus (cf. Gn 3). O "espirito do anticristo" está por trás de toda falsa doutrina e de todo substituto "religioso" para as realidades que o cristão possui em Cristo. Na verdade, o prefixo anti  tem dois significados na língua grega. Quer dizer "contra" Cristo ou "no lugar de" Cristo. Satanás luta contra

dos nossos, teriam permanecido conosco" (1 Jo 2:1 9). Os pronomes "nosso" e "nossos" referem-se, evidentemente, à congregação dos cristãos, a igreja. Nem todos os que fazem parte de uma assembléia de cristão são, necessariamen te, membros da famíl família ia de Deus! O Novo Testamento apresenta a igreja de duas formas: como uma família mundial e como uma série de unidades locais ou congregações de d e cristãos. A igre igreja ja tem um aspecto "universal" e outro "local". O conjunto de cristãos ao redor do mundo é comparacorpo

edifício

do a um Quando   (1 um Co 12) e a um   (Ef freneticamente Cristo de e   sua verdade 2:19-22). pecador crê em Jesus eterna, colocando no   lugar Cristo imitaCristo como Salvador, recebe a vida eterna ções de realidades que só podem ser ene se torna, de imediato, um membro da facontradas no Senhor Jesus. O "espírito do anticristo" está no munmun- mília de Deus e parte do corpo espiritual de Deus. Deve, então, se identificar com um do hoje e, por fim, encabeçará a manifestação de um "super-homem satânico" que a grupo local de cristãos (uma igreja) e começar a servir a Cristo Cristo (At 2:41 , 4 2). M as a que quessBíblia chama de "anticristo". Em 2 Tessalonitão, aqui, é que uma pessoa pode participar censes 2 : 1-1 2 , ele é chamado de "o homem da igreja local sem ser parte do verdadeiro da iniqüidade". Essa passagem explica que existem duas corpo espiritual de Cristo. Um dos sinais da vida cristã autêntica é forças em ação no mundo atualmente: a verum desejo de estar com o povo de Deus. dade operando por meio da Igreja e do Es"Nós sabemos que já passamos da morte pírito Santo e o mal operando por meio da para a vida, po porque rque ama amamos mos os irmã irmãos" os" (1 Jo energia de Satanás. O Espírito Santo nos cristãos está refreando a iniqüidade, mas quando 3:14). Quando as pessoas participam da mesma natureza divina (2 Pe 1:4) e quando a Igreja for levada embora no arrebatamento (1 Ts 4:13-18), Satanás conseguirá completar 0 mesmo Espírito Santo habita dentro delas (Rm 8:14-16), sentem o desejo de ter comusua vitória vitória temporária e dominar o mundo. (João fala mais sobre esse governante mundial e seu nhão e de compartilhar suas experiências sistema perverso no Livro de Apocalipse, esumas com as outras. Como vimos anteriormente, comunhão  signi  significa fica "t "ter er em com um ". pecialmente em 13:1-18; 16:13 e 19:20.) Quando as pessoas têm realidades espirituais Aquilo em que se crê faz alguma difeem comum desejam ficar juntas. rença? Faz toda diferença do mundo! Estes Mas os "falsos cristãos" cristãos" menc mencionados ionados em são tempos de crise - a última hora -, e o 1 João Jo ão 2 nã não o  pe  p e rm a n e c e ra m   na congreespírito do anticristo opera no mundo! É de importância vital conhecer e crer na verdagação. Foram embora. Isso não significa que "ficar na igreja" é o que mantém a pessoa de e ser capaze s de detectar as mentiras com salva; antes, permanecer em comunhão é as quais nos deparamos. A primeira epístola de João ap apresenta resenta três uma indicação de que um indivíduo é um cristão autêntico. Na parábola do semeador características inequívocas do falso mestre controlado pelo "espírito do anticristo". (Mt 13:1-9, 18-23), Jesus deixa claro que os que produzem frutos são, verdadeiramente, nascidos de novo. É possível estar perto 1. E l e   s e   a f a s t a   d a   c o m u n h ã o   de uma experiência de salvação, até mes(t Jo 2:18, 19) mo ter características que poderiam ser co conn"Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido sideradas "cristãs", "cristãs", mas, ainda assim, não se r

 

1 J O Ã O 2 : 18 1 8 -2 -2 9

um filho filho de Deus. As pessoas às quais 1 João 2 refere-se deixaram a congregação porque não possuíam a vida real e porque o amor de Cristo não estava em seu coração. Infelizmente, existem muitas divisões no meio do povo de Deus hoje, mas qualquer que seja a denominação à qual pertencem, todos os cristãos têm certas coisas em co mum. Crê em que a Bíbli Bíbliaa é a Pal Palavra avra de Deus e que Jesus é o Filho de Deus. Confessam que os homens são pecadores e que a úni ca forma de serem salvos é por meio da fé

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"E, se alguém não tem o Espírito de Cris to, esse tal não é dele" (Rm 8:9). Os falsos cristãos do tempo de João cos tumavam usar duas palavras para descrever sua experiência: "conhecimento" e "unção". Afirmavam ter uma unção especial de Deus que lhes dava um conhecimento singular. Eram "iluminados" e, portanto, viviam em um nível muito mais elevado do que o resto das pessoas. Mas João ressalta que todos   os cristãos verdadeiros conhecem a Deus e re ceberam o Espírito de Deus! E, pelo fato de

em Cristo. Crêem que Cristo morreu em nosso lugar na cruz, que ressuscitou dentre os mortos e que o Espírito Santo habita nos cristãos autênticos. Por fim, crêem também que, um dia, Jesus voltará. Os cristãos podem discordar em outras questões, como, por exemplo, o governo da igreja ou as formas de batismo, mas apresentam um consenso no que diz respeito às doutrinas fundamen tais da fé. Ao investigar a história das seitas e de sistemas religiosos religiosos contrários ao cristianismo hoje, vemos que, na maioria dos casos, seus fundadores saíram de igrejas!  Estavam "[em] nosso meio" e , no entanto, "não eram dos nossos", de modo que "se foram" foram" e com eça ram os próprios grupos. Por mais "religioso" que seja, qualquer grupo que se separa de uma igreja fiel à Palavra de Deus por motivos doutrinários deve ser considerado suspeito de imediato. Muitas vezes, esses grupos seguem líderes humanos e livros escritos por homens, em vez de seguirem a Jesus Cristo e a Palavra de Deus. O Novo Testamento (e.g., 2  Tm 3

terem crido na verdade, reconhecem uma mentira quando se deparam com ela. A grande declaração de fé que separa o cristão de outros é:  Je su s é D eu s vi n d o em   carne  (1 Jo 4:2), Nem todos os pregadores e mestres que afirmam ser cristãos possuem uma fé au têntica (1 Jo 4:1-6). Só os que confessam que Jesus Cristo é Deus vindo em carne é que pertencem à fé verdadeira. Os que ne gam a Cristo pertencem ao anticristo. Estão n o   mundo e são d o   mundo, ao contrário dos verdadeiros cristãos chamados  pa  para ra fo fo  ra  do mundo. Quando falam, o mundo (os incrédulos) os ouve e crê neles. Mas o mun do ímpio não é capaz de compreender o verdadeiro cristão. O cristão fala sob a orien tação do Espírito da Verdade; o falso mestre fala sob a influência do espírito da mentira o espírito do anticristo. Confessar que Jesus Cristo é Deus vin do em carne envolve muito mais do que a simples identificação de Cristo. Os demô nios fizeram tal declaração (Mc 1:24), mas nem por isso foram foram salvos. A verdadeira co n

etar-se 4; 2 Pe deixa claro que é perigoso afas da 2) comunhão.

fissão envolve a fésuapessoal em Cristo não - emé sua Pessoa e em obra. Confissão apenas uma "declaração teológica" que re citamos; antes, é um testemunho pessoal, vindo do coração, relatando o que Cristo fez por nós. Se cremos em Cristo e confessa mos nossa fé, temos a vida eterna (1 (1 Jo 2 :25 ). O s que não podem faze r es essa sa confissão com honestidade n ão   têm a vida eterna, uma questão da mais absoluta seriedade. George Whitefield, o grande evangelis ta inglês, conversava com um homem sobre a sua alma e lhe perguntou:

2.

E le  nega   a   fé  (1 Jo 2:20-25; 4:1-6) A pergunta-chave para o cristão é: quem é Jesus Cristo? Cristo? Ele é apenas um "Exem plo", um "homem bom  , um "Me stre maravilhoso" ou é Deus vindo em carne? Os leitores de João conheciam a verda de a respeito de Cristo, pois, de outro modo, não teriam sido salvos. "E vós possuis unção que vem do Santo e todos tendes conheci mento" (ver 1 Jo 2:20 , 27).  

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1 J O Ã O 2: 1 8 --22 9

- Em que o senhor crê? - Creio naquilo que a minha igreja crê respondeu o homem com todo respeito. - E em quê a sua igreja crê? - Na mesma coisa em que eu creio. - E em quê você e sua igreja  crêem? insistiu o pregador. - Na mesma coisa! - respondeu o homem. Uma pessoa não é salva ao aceitar o credo de uma igreja, mas sim ao crer em Jesus Cristo e dar testemunho dessa fé (Rm 10:9, 10). Os falsos mestres costumam dizer: "Adoramos o Pai. Cremos que Deus é o Pai, mas não concordamos com vocês quanto a Jesus Cristo".

a terceira característica do indivíduo que se afastou da verdade de Deus. 3 . E le   t e n t a   e n g a n a r   o s   fiéis  

(1 Jo 2:26-29)

É interessante observar que os grupos anticristãos raramente tentam converter pecadores perdidos. Em vez disso; passam grande parte do tempo procurando converter cristãos professos {de preferência, membros de igrejas) a suas doutrinas. Seu objetivo é "enganar" os fiéis. O termo "engana "enganar" r" dá a idéia de "ser levado pelo caminho errado". Fomos advertidos de que isso aconteceria: "Ora, o Espírito

Mas negar o Filho é o mesmo que ne gar o Pai. Não se pode separar o Pai do Filho, uma vez que ambos são um só Deus. Jesus disse: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10:30). Também deixou claro que o verdadeiro cristão honra tanto  o Pai quanto o   Filho: "A fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (Jo 5:23). Se dissermos que "adoramos um só Deus", mas deixarmos Jesus Cristo de fora dessa adoração, não estaremos adorando como cristãos

afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios" demôni os" (ve (verr 1 Tm 4:1). Jesus chamou Satanás de "pai da mentira" (Jo 8:44). O objetivo do diabo é fazer os cristãos se desviarem ensinando-lhes doutrinas falsas (2 Co 11:1-4, 13-15). Não se deve aceitar tudo o que uma pessoa diz simplesmente porque ela afirma crer nas Escrituras, pois é possível "distorcer" a Bíblia de modo a fazê-ia significar praticamente qualquer

verdadeiros. É importante manter-se fiel à Palavra de Deus. A Palavra (ou mensagem) que ouvimos "desde o princípio" é tudo de que precisamos para nos manter fiéis à fé. A vida cristã pro  prosse ssegue gue  da mesma forma que come-  çou: por meio da fé na mensagem da Bíblia. O líder religioso que aparece com "algo novo", algo que contradiz o que os cristãos ouviram "desde o princípio", não é digno de qualquer confiança. "Provai os espíritos se procedem de Deus" (1 Jo 4:1). Devemos deixar que a Palavra permaneça em nós (1  Jo 2:24) e, ao mesmo tempo, permanecer em

(2  Co não coisa 4:1, 2é).um criador, mas apenas Satanás um falsificador que imita a obra de Deus. Tem, por exemplo, falsos "ministros" (2  Co 11:1315) que pregam um falso evangelho (Gl 1: 6  12), o qual produz falsos cristãos (Jo 8:43, 44) que dependem de uma falsa justiça (Rm 10:1 -10). Na parábola do joio e do trigo (Mt 13:24-30, 36-43), Jesus e Satanás são retratados como semeadores. Jesus lança as sementes verdadeiras, os filhos de Deus, enquanto Satanás semeia os "filhos do maligno". Enquanto vão crescendo, os dois tipos de planta são tão parecidos que os servos

Cristo (1 Jo 2:28); de outro modo, o espírito do anticristo nos fará desviar. Por mais promessas que os falsos mestres façam, temos a promessa garantida de vida eterna (1  Jo 2:25). Não é preciso mais nada! Se os falsos mestres se contentassem em participar das próprias reuniões já seria ruim, mas, para piorar, insistem em tentar converter outros a suas doutrinas anticristãs. Essa é

só conseguem a distinção entre uma e outra quando fazer aparecem os frutos! O principal estratagema de Satanás em nosso tempo é semear impostores em todo lugar onde Cristo planta cristãos verdadeiros. Assim, é importante ter a capacidade de distinguir entre o autêntico e o falso e separar as verdadeiras doutrinas de Cristo das doutrinas falsas do anticristo.

 

1 J O Ã O 2 :1 : 1 88-- 29 29

De que maneira o cristão faz isso? De pendendo da instrução do Espírito Santo. Todo cristão recebeu a unção   do Espírito (1 Jo 2:20), e é o Espírito que lhe ensina a verdade (Jo 14:1 7; 15:26). Os falsos mestres não são guiados g uiados pelo Espíri Espírito to da Verdade, mas sim pelo espírito da mentira (1 Jo 4:3, 6 ). A palavra ungir   lembra a prática encon trada no Antigo Testamento de derramar óleo sobre a cabe ça da p essoa separad separadaa para um serviço especial. Costumava-se ungir sacerdotes (Êx 28:41), reis (1 Sm 15:1) e pro fetas (1 Rs 19:16). O cristão do Novo Testa mento não é literalmente ungido com óleo;

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- O que você achou do pregador? perguntou o missionário. - Enquanto ele falava, algo dizia o tem po todo em meu coração que ele era um mentiroso! Esse "algo" no coração, na verdade, era "Alguém": o Espírito Santo de Deus! O Es pírito conduz à verdade e ajuda a reconhe cer a mentira. Essa unção de Deus não é "mentira", "porque o Espírito é a verdade" (1 jo 5:6). Por que alguns cristãos deixam-se levar por falsas doutrinas? Porque não estão  p e r  mane ce ndo   no Espírito. O termo "perma

antes, recebe a unção do Espírito de Deus uma unção que o separa para o ministério com o um dos sacerdotes de Deus (1 Pe 2:5 , 9). Não é preciso or orar ar por uma unção do Espírito"; o cristão já r e ce be u   essa unção especial. Ela "permanece em [nós]" e, por tanto, não precisa ser dada. Vimos que os falsos mestres negam o Pai e o Filho e também negam o Espírito. Deus deixou o Espírito para "[ensinar] todas as coisas" (Jo 14:26), mas esses falsos cris tãos desejam ser mestres e fazer outros se desviarem. Tentam tomar o lugar do Espírito  

necer" aparece várias vezes nesta seção de 1 João, de modo que convém faze r uma recapitulação: • • • •

Santo!

Somos adverti advertidos dos a não d eixar que qual quer homem   seja nosso mestre, pois Deus  já no noss deu de u o Es Espí pírit rito o pa para ra en si sinn a r su suaa verd ve rdaa  de. Não se trata de negar a importância de mestres humanos dentro da igreja (Ef 4:11, 1 2 ), mas sim do dever de, sob a orientação do Espírito, provar todas os ensinam entos dos homens perscrutando as Escrituras em nos so estudo pessoal da Palavra (ver At 17:11). Um missionário entre os índios norteamericanos visitava Los Lo s Angeles acompa nha do de um amigo índio recém-convertido. Enquanto andavam pela rua, passaram por um homem pregando com uma Bíblia na mão. O missionário sabia que aquele homem fazia parte de uma seita, mas o índio só viu a Bíblia e parou para ouvir a mensagem. "Espero que meu amigo não ffique ique confu so", pensou o missionário, e com eçou a or orar. ar. Poucos minutos depois, o índio afastou-se do grupo reunido ao redor do pregador e foi para junto do missionário.

• • •



O s falso falsoss mestre mestress não perman permanecem ecem na comunhão (1 J0  2:19). A palavr palavraa (mensagem) que ouvimos deve permanecer permanec er eem m nós ((11 Jo 2:24 2:24).). A unçã unção o (o Espírito Espírito Santo) permane permane ce em nós, e devemos permanecer no Espírito (1 J0  2:27). Ao perma permanecerm necermos os na Palavr Palavraa e no Espírito Esp írito,, também permanec p ermanecemos emos em Cristo (1 Jo 2:28). Também vimos o termo pe  perm rman anec ecer  er   em outras outras passagens de 1 João: Se perm permanece anecemos mos em Cristo, deve mos andar com como o ele andou (1 Jo 2:6). Se amarmos o irmão, perma permanece necere re mos na luz (1 Jo 2:10). Se a Palavra perm permanec anecer er em nós, se remos espiritualmente fortes (1 Jo 2:14). Se fizermos a vontade de Deus,(1per peJor maneceremos para sempre 2:17).

"Permanecer" significa ficar em comunhão;  e a comunhão é a idéia central dos dois pri meiros capítulos desta carta. Dos capítulos 3 a 5, a ênfase é sobre a filiação, o   fato de ser "nascidos de Deus". É possível alguém fazer parte de uma fa mília e, ainda assim, não ter comunhão com o pai pai nem com os demais ffamili amiliares. ares. Qua ndo o Pai celestial vê que não temos comunhão

 

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com ele, trata de nós e nos faz voltar para o lugar onde permaneceremos com ele. Esse processo é chamado de "disciplina" e corresponde ao treinamento de uma criança (Hb 12:5-11). O cristão deve permitir que o Espírito de Deus o ensine mediante as Escrituras. Uma das principais funções da igreja local é ensinar a Palavra de Deus (2  Tm 2:2; 4:15). O Espírito concede o dom do ensino a certos indivíduos indivíduos da congregação (Rm 12:6, 7) que, então, ensinam os outros membros, mas seus ensinamentos devem ser testados (1 Jo 4:1-3). Existe uma diferença entre o engano deliberado e a ignorância espiritual. Quando

cristãos de hoje passagens que se referiam somente ao Israel da Antiguidade. A segunda epístola de João apresenta outras advertências sobre falsos mestres (2  Jo 7Λ 1). O cristão que se envolve com tais enganadores corre o risco de perder sua recompensa completa (2 Jo 8 ); não deve sequer lhes dar "boas-vindas". Não se trata de ser indelicado ou cruel, pois isso não seria cristão, mas o cristão não deve deixar tais mestres entrarem em seu lar para explicar suas idéias. Recebê-los em casa pode acarretar duas conseqüências: primeiro, eles plantarão sementes de falsas doutrinas na mente dos que os ouvem, e Satanás as regará e cuidará delas de modo a produzirem frutos

Apoio pregou na sinagoga em Éfeso, sua men sagem foi correta, mas incompleta. Priscila e Áqüila, dois cristãos maduros, reuniram-se com ele em particular e o instruíram sobre a mensagem completa de Cristo (At 18:24-28). O cristão que separa um tempo a cada dia para estudar a Bíblia e orar anda no Espírito e recebe o discernimento de que precisa. O Espírito ensina "a respeito de todas  as coisas" (1 Jo 2:27). Os falsos mestres costumam concentrar-se em um assunto só, se jam as profecia profecias, s, a ssanti antificaç ficação ão ou mesmo a alimentação, deixando de lado a mensagem total  das Escrituras. Jesus diz que é preciso viver "de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mt 4:4). Paulo fazia questão de pregar "todo  o desígnio de Deus" (At 20:27). "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil" (2 Tm 3:16). Ignorar ou deixar de fora qualquer  parte   parte da Bíblia é procurar problemas. Devemos D evemos ler e estudar a Bíblia inteira,  sendo capazes de "[manejar] bem" as Escrituras (2 Tm 2:15); ou seja, é preciso manejá-las com precisão e discernir, na Bíblia, o que Deus diz a pessoas diferentes em épocas diferentes. Certas passagens aplicam-se, especificamente, aos judeus, aos gentios ou à igreja (1 Co 10:32). É preciso cuidado para distinguir entre elas. Apesar de a Bíblia ter sido escrita  para nós,   nem tudo o que se encontra em seu texto refere-se a nós.  No entanto, os falsos mestres pegam (fora de contexto) apenas o que lhess interessa ee,, com freqüência, aaplicam lhe plicam aos

amargos. Mesmo que isso não aconteça, ao receber falsos mestres no lar, talvez acabem tendo acesso a outros  lares! O enganador dirá a nosso vizinho: O senho senhorr e a senhora Smith me rece rece-beram em sua casa, e você sabe como eles são cristãos devotos! João conclui sua mensagem sobre a comunhão e está preste a começar a tratar da filiação. O apóstolo ressaltou os contrastes entre luz e trevas trevas (1 (1 Jo 1:1 - 2:6 2:6),), am amor or e ódio (1 Jo 2:7-1 7) e verdade e mentiras (1 Jo 2:18-27).). Explicou que o cri 2:18-27 cristão stão real te tem m uma vida de obediência  (andando na luz, não nas trevas), amor e verdade.  É impossível viver em comunhão com Deus quando somos desobedientes, cheios de ódio ou dissimulados. Qualquer um desses pecados tira da realidade e conduz à falsidade. Passa-se a levar uma vida "artificial" em vez de uma vida "autêntica". O tex texto to de 1 João 2:28 e 29 for forma ma uma "ponte" entre a seção sobre a comunhão   e a seção sobre a filiação ("nascidos de Deus"); nesses versículos, João usa três palavras que devem servir de estímulo à vida em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito. * Permanecer.  Essa palavra já foi vista anteriormente. É preciso reconhecer a importância de permanecer em Cristo. Na verdade, esse foi o tema dos dois primeiros capítulos desta epístola. Permanecemos em Cristo crendo na verdade, obedecendo à verdade e amando os outros cristãos: "os

 

1 J O Ã O 2 :1 : 1 8 - 29 29

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irmãos". Obediência... amor... verdade. O cristão que não está em comunhão com Deus está em desobediência à Palavra, ou lhe falta falta amor p or outro cristão, ou está acre ditando em alguma mentira. A soluç solução ão é con fessar o pecado no mesmo instante e pedir perdão a Deus (1 Jo 1 :9). * Manifestar.   Pela pri primeira meira vez nesta epís tola, João menciona a volta de Cristo. O li vro de Apocalipse trata, em detalhes, desses acontecimentos futuros. Esta epístola (1 Jo 2:28 - 3:3; 4:17) apenas menciona a volta

Cristo morreu por ele. Se olha para dentro de si, vê o Espírito Santo que vive nele e lhe ensina a verdade. Se olha ao redor, vê os irmãos amado s em Cristo; Cristo; também vê o m un do perdido no pecado, precisando encarecidamente de seu testemunho piedoso. E se olha para frente, vê a volta de Cristo! "E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim com o ele é puro" (1 (1 Jo 3:3). A volta de Cristo é uma grande inspiração para uma vida piedosa. João escreveu sobre luz e trevas, amor e

de Cristo e o dia vindouro de julgamento. Nem todos os estudiosos da Bíblia apre sentam um consenso quanto aos detalhes

ódio, verdade e ment mentir iraa e, em 1 João 2:29, resume a questão da vida cristã, como um to do, em uma só expres expressão: são: [praticar] a justiç justiça". a".

desses acontecimentos futuros, mas todos os cristãos evangélicos acreditam que Cris to vai voltar para buscar sua Igreja (1 Ts 4:13 18). O s cris cristãos tãos não serão julgados por seus pecados, mas sim com base em sua fideíidade no serviço ao Senhor (1 Co 3:10-15). Os que tiverem sido fiéis receberão recom pensass ((11 C o 4 :5) , e os que não foram pensa foram fiéis as perderão. Esse acontecimento é chama do de "tribunal de Deus" ou "tribunal de

A vida real   é uma vida que consiste em  pr át átic ica, a,   não apenas em  pa  pala lavra vra s  ("Se disser mos [...]"; [...]"; 1 Jo 1:8 - 2:9) ou em aquiescên cia mental mediante o reconhecimento de que uma doutrina é correta. "Nem todo o que me d iz : Senhor, Senhor! entrará no rei no dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mt 7:21, grifo nosso). Os cristãos não só se atêm a crer   na verdade, mas também a  pra  p ra ti ticc a m  

Cristo" (Rm 14:10; 2 Co 5:10) e não deve ser confundido com o "grande trono bran co " de julgamen to dos incrédulos no fim dos tempos (Ap 20:11-15). O fato de Jesus Cristo poder voltar a qual qual quer momento deve ser um incentivo para que se viva em com unhão com ele ele,, em obe diência a sua Palavra. Por esse motivo, João usa uma terceira palavra. • Envergonhados. Alguns cristãos ficarão "envergonhados na sua vinda" (1 Jo 2:28). Todos os cristãos são "aceitos", mas há uma diferença entre ser "aceito" e ser "aceitável". A criança desobediente que vai para o quin tal e volta toda suja será aceita   quando vol tar para dentro de casa, mas não será tratada como se fosse aceitável. "É p or isso que tam bém nos esforçamos [...] para lhe sermos agradáveis" (2 Co 5:9). O cristão que não andou em comunhão com Cristo eem m obediên cia, am or e verdade perderá as recompensas e, por isso, ficará envergonhado. Não importa para onde o cristão olha, sempre encontra motivos para obedecer a Deus. Se olha para trás, vê o Calvário onde

(1 Jo 1:6). A pessoa que  pro  p rofe fe ssa ss a  ser cristã mas não vive em obediência, em amor e em verda de, está enganada ou é enganadora. O filho tem, em si, a natureza do pai, e a pessoa "nascida de Deus" revela as características do Pai celestial. "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados" (Ef 5:1). "Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aqueíe que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso pro cedimento" (1 Pe 1:14, 15). Uma professora de escola dominical parecia estar sempre com problemas. O pas tor e o superintendente reuniram-se com a professora e com os presbíteros, mas nem assim houve qualquer progresso. Então, cer to domingo de manhã, enquanto a igreja cantava o último hino do culto, a professora levantou-se e percorreu o corredor central da igreja em direção ao pastor. "Ela deve estar querendo consagrar a vida ao Senhor", pensou o pastor.

 

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1 J O Ã O 2 :1 : 1 88-- 29 29

Dese Desejo jo confessar Jesus Cristo como meu Salvador - disse a mulher. - Durante todos estes anos, pensei que era salva, mas não era. Há sempre alguma coisa faltando em minha vida. Os problemas com a classe são meus  problemas, mas agora foram resolvidos. Agora eu se i  que sou salva.

"Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos" (2 Co 13:5). Nossa vida tem as marcas da obediência, do amor e da verdade? Nossa vida cristã é real, genuína, au-  têntica ? Ou é uma imitação? Ou dizemos a verdade, ou enfrentaremos as conseqüências!

 

  Casa da Moeda dos Estados Unidos

"Nascidos de Deus" é a idéia central destes dest es capítul capítulos os ((ver ver 1 Jo 2:2 9; 3 :9; 4:7; 5 :1, 4, 18). Em 1 João 3: 3:1-10, 1-10, "praticar o pecado " e "viver pecando" são expressões que indicam a prática constante do pecado como um modo de vida, não se referindo, portanto, ao pecado ocasi onal  que o cristão pode cometer. Por certo, nenhum cristão é impe cável (1 Jo 1:8-10), mas Deus espera que o verdadeiro cristão não peque de modo habitual . Todos os grandes homens e mulheres de

tem umé encontrar grupo especial de pessoas cujo trabalho falsificadores. Ciaro que esses profissionais do governo preci sam ser capazes de identificar uma cédula

fé mencionados na Bíblia pecaram em da al gum momento. Abraão mentiu a respeito esposa (Gn 1 2 : 10 -2 0 ). Moisés perdeu a cal ma e desobedeceu a Deus (Nm 20:7-13).

6

Os

Impostores

1 Jo ã o   3 : 1 - 1 0

A

falsa. Como aprendem a fazer isso? Por mais estranho que pareça, não são treinados pas sando horas examinando dinheiro falso. Em vez disso, estudam as cédu las ori origina ginais. is.  Pas sam a conhecer tão bem as notas autênti cas que podem identificar as falsas só de olhar para elas ou de simplesmente as tocar. Essa é a abordagem de 1 João 3, que adverte sobre a existência de cristãos fal sos hoje: os "filhos do diabo" (1 Jo 3:10). Mas em vez de fazer uma lista de caracte rísticas malignas dos filhos do diabo, as Es crituras oferecem uma descrição clara dos filhos de D e us.   O contraste entre os dois é evidente. O versículo-chave deste capítulo é 1 João 3:10: o verdadeiro filho de Deus pratica a  ju s titiçç a e am a os ou tr tros os cr cris istã tãos os ap esa es a r das da s diferenças. Primeira João 3:1-10 trata do pri meiro tópico, enquanto 1 João 3:11-24 fal falaa

Pedro nego Pedro negouu o Senhor três vezes (Mt 2 6:6 9   75). Mas, para essas pessoas, o pecado não era uma prática constante. Antes, foi um in in  cidente   em sua vida, totalmente contrário a seus hábitos. Quando pecaram, reconhece ram sua transgressão e pediram o perdão de Deus. O não salvo (mesmo se dizendo cris tão, mas sendo uma "imitação") leva uma bi tual al.. O   pecado - espe vida de  p e c a d o ha bitu cialmente a incredulidade - é algo normal em sua vida (Ef 2:1-3). Essa pessoa não tem recursos divinos dos quais pode valer-se. Se tem uma profissão de fé, não é real. É dessa distinção distinç ão que trata 1 João 3 :1-10 : o verdadeiro cristão não vive   em pecado. Ele come te  p ecados - atos ocasionais de tran trans s gressão , mas não  pra  p ra ti ticc a o   pecado, fa zendo dele um hábito enraizado. A diferença é que o verdadeiro cristão conhece a Deus. O cristão falso pode falar

do segundo. A prática da justiça e o amor pelos ir mãos não são, obviamente, temas novos. Ambos já foram tratados nos dois primeiros capítulos desta epíst epístola, ola, mas 1 João 3 uusa sa uma abordagem diferente. Nos dois primei ros capítulos, a ênfase é sobre a comunhão: o cristão que estiver em comunhão com Deus praticará a justiça e amará os irmãos. Mas em 1 João 3 a 5, a ênfase é sobre a filia ç ã o : o cristão praticará a justiça e amará os irmãos porque é "nascido de Deus".

de participar de,  verdadeiramente, "atividades religio sas",Deus mas enão conh e ce a Deus. A pessoa "nascida de D Deus eus   pela fé em Cristo conh e ce   Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírit Espí rito o Santo. Um a vez que os conh e ce ,  vive em obediência: não pratica o pecado. João apresenta três motivos para levar uma vida santa.

1. D e u s

o P a i n o s aam ma

(1 Jo 3:1-3)

O amor de Deus por nós é singular. O ver sículo de 1 João 3:1 pode ser traduz ido por:

 

64 8

1 J O Ã O 3 :1 : 1 -1 -1 0

"Vejam peculiar e extraordinário Deus o que Pai amor nos tem concedido". Mesmo quando éramos seus inimigos, amou inimigos, D eus nos amou e enviou seu Filho para morrer por nós! O plano maravilhoso da salvação começa com o amor de Deus. Vários tradu tradutor tores es acrescentam a 1 João 3:1 a oração em itálico: "a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato>somos   filhos de Deus".  "Filhos de Deus" não é apenas uma designação nobre para os cristãos, é uma realidade\   Somos, verdadeiramente,  filhos de Deus. Não se espera que o mundo entenda esse relacionamento empolgante,

peca é do umincrédulo filho pecando contra o Pai. Os pecados são contrários à Lei; os pecados do cristão são contrários ao amor. Isso Iss o traz à mem ória o significado de uma expressão repetida com freqüência nas Escrituras: "O temor do Senhor". Essa expressão não sugere que os filhos de Deus devem viver num clima de terror, "porque Deus não nos tem dado espírito de covardia [medo]" (2 Tm 1:7). Antes, indica que os filhos de Deus reverenciam o Pai e não lhe desobedecerão nem provarão sua paciência deliberadamente. Um grupo de jovens estava em uma fes-

pois ele nem sequer entende Deus. Somente uma pessoa que conh ece a Deus por meio de Cristo pode apreciar devidamente o que significa ser chamado de filho de Deus. Em 1 João 3:1 vemos o que somos   e em

ta quando alguém sugeriu que fossem para certo bar. - Prefiro ir para casa - disse Jan ao namorado. - Meus pais não gostam desse bar. - Está com medo que seu pai lhe dê uma

1 João 3:2, o que seremos. Trata-se, evidentemente, de uma referência à volta de Cristo para buscar sua Igreja. Esse fato é mencionado em 1 João 2:28 como um iincenti ncentivo vo para a vida de santidade e é repetido aqui. O amor de Deus por nós não se atém ao novo nascimento. Eíe nos acompanha ao longo de toda a vida até a volta de Jesus Cristo! Quando o Senhor vier, todos os cristãos verdadeiros o verão e se ttornarão ornarão como ele (Fp 3:20 , 21 ). Isso signif significa, ica, evident evidentemenemente, que terão um corpo novo e glorificado, adequado ao céu. Mas o apóstolo vai ainda mais longe! Já disse o que somos e o que seremos.   Agora, em 1 João 3:3, di dizz o que devemos ser.  Tendo em vista a volta de Cristo, é preciso manter a vida pura. Tudo isso lembra o amor do Pai. Somos filhos de Deus porque o Pai nos amou e enviou seu Filho para morrer por nós. Por causa desse amor, um dia, Deus quer nos ter  junt  ju nto o d ele. el e. D o pr prin incí cípi pio o ao fim , a sa salv lvaç ação ão é uma expressão do amor de Deus. Somos salvos pela  gra ça  de Deus (Ef 2:8, 9; Tt 2:1115), mas a provisão dessa salvação teve origem no amor de Deus. E, uma vez tendo experimentado o amor do Pai, não desejamos mais viver em pecado. O incrédulo que peca é uma criatura pecando contra o Criador. O cristão que

surra? - perguntou uma das garotas com sarcasmo. - Não - respondeu Jan. - Sei que efe não vai fazer isso, mas tenho medo de magoá-lo. Jan entendeu o princípio de que um verdadeiro filho de Deus, que experimentou o amor de Deus, não tem desejo algum de pecar contra esse amor. 2 . D e u s o   F i lh l h o m o r rree u p o r n ó s   (1 J o 3 : 4 - 8 )

Aqui, João passa da vinda futura   de Jesus (1 Jo 3:2) para sua vinda  pa ssad ss ad a   (1 Jo 3:5, em que "manifestou" significa "apareceu"). João dá dois motivos pelos quais Jesus veio à Terra e morreu: (1) para tirar nossos pecados (1 Jo 3:4-6), e (2) para destruir as obras do diabo (1 Jo 3:7, 8 ). Quando um filho de Deus peca, mostra que não entende ou não dá o devido valor ao que Jesus fez por ele na ccruz. ruz. Cr i sto v e i o par a ti r ar nossos pe cados   (w . 4-6) 4-6).. A Bíblia apresenta várias definições

de pecado: "tudo o que não provém de fé é pecado   (Rm 14:23). "Os desígnios do insensato são pecado" (Pv 24:9). "Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando" (Tg 4:17). "Toda injustiça é pecado" (1 Jo 5:17). Mas a epístola de João define o pecado como transgressão da lei   (1 Jo 3:4). Considera o

 

1 J O Ã O 3:1-10

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contaminação   (1 Jo 1:9 - 2:2), pecado mas aquiuma o define como rebeldia. A ênfase não é sobre os pecados (plural), mas sobre o  p  pee c a d o   (singular): "Todo aquele que pratica o  p e c a d o " .   O s  pe  p e c a d o s   são frutos, mas o  p e c a d o é a  raiz, O fato de Deus ser amor não significa que não tenha qualquer regra ou norma para sua família. "Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos" (1 Jo 2:3). "E aquilo que pédimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável" (1  Jo 3:22). "Nisto

depoisnascido que o indivíduo torna-se filho Mas de Deus, de novo pela fé em Jesus Cristo, não pode fazer da rebelião seu estilo de vidal Em primeiro lugar, Jesus Cristo viveu sem pecad o, e perm ane cer nele si signi gnifi fi-ca identificar-se com Aquele que é impecável. E, mais do que isso, Jesus Cristo morreu para remover  os   os pecados! Quem conhece a Pessoa de Cristo Cristo e comp artil artilha ha a bê nção de sua morte não é capaz de desobedecer a Deus deliberadamente. Quando o cristão peca intencionalmente, toda a obra de Cristo na cruz é negada. Esse é um dos motivos pelos quais Paulo chama pessoas que pe-

conh ecem os que amamos ffililhos hos de Deus: quando amamos a Deus os e praticamos os seus mandamentos" (1 Jo 5:2). Os filhos de Deus não estão sob o jugo da Lei do Antigo Testamento, pois Cristo nos

cam modo de "inimigos da cruz de Cristodesse   (Fp 3:18, 19). "Todo aquele que permanece nele não vive pecando" (1 Jo 3:6). "Permanecer" é uma das palavras favoritas de João. Perma- 

redimiu e libertou (Cl 5:1-6). Mas os filhos de Deus também não devem viver sem lei! "Não [estão] sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo" (1 Co 9:21). O pecado é, fundamentalmente, uma questão de volição. Insistir em fazer a própriaa vontade e contrariar a vontade de Deus pri é rebeldia, e a rebelião é a raiz do pecado. Não se trata simplesmente de o pecado re-

ne ce r  em Cristo signifi significa ca ter com unh ão com

velar-se em um comportamento ilegal; na verdade, a própria essência   do pecado é a transgressão da lei. Qualquer que seja a atitude exterior do pecador, sua atitude interior é a rebelião. A pequena Judy andava de carro com o pai e decidiu ficar em pé no ban co da frent frente. e. O pai ordenou que ela sentasse e colocasse o cinto de segurança, mas ela se recusou a obedecer. Ele repetiu a ordem e, mais uma vez, ela recusou. - Se você não sentar neste instante instante, vou parar o carro no acostam ento e lhe dar umas palmadas - disse o pai e, dessa vez a menina obedeceu. Mas, depois de alguns minutos ela disse baixinho: - Papai, aqui por dentro eu ainda estou em pé! Transgressão da lei! Rebelião! A atitude exterior pode ser contida, mas a rebelião interior persiste, e essa atitude é a essência do pecado.

tualmente prova, com isso, que não conhece a Cristo e que, portanto, não permanece nele. A morte de Cristo na cruz tem mais implicações do que a salvação d o ju julga lgamenmento. Por meio de sua morte, Cristo rompeu o poder do princípio do pecado sobre a vida. Romanos 6  a 8  trata da identificação com Cristo em sua morte e ressurreição ressurreição.. Cristo não apenas morreu por nós como também nós morremos com Cristo! Agora, é possível su jeit  je itar ar-s -see a e le, le , e o p e c a d o d e ixa ix a rá d e te terr domínio sobre nós. Cr i sto mani f e stou-se par a de str ui r as   o b r a s d o d i a b o ( w . 7 , 8 ). ).   Essa passagem apresenta a seguinte lógica: se uma pessoa conhece a Deus, obedece a Deus; se pertence ao diabo, obedece ao diabo. João aceita ac eita a realidade de um diabo pes pes-soai. Esse inimigo recebe vários nomes diferentes ao longo das Escrituras: Satanás (adversário, inimigo), diabo (acusador), Abadom ou Apoliom (destruidor), o príncipe

ele e não perm itir que coisa alguma se colo colo-que entre Cristo e nós. A filiação   ("ser nascidos de Deus") realiza noss nossaa união com Cristo, mas a comunhão   permite-nos permanecer em Cristo. Cristo. É eessa ssa comunhão (perma (permanecer) necer) com Cristo que nos guarda d e desobedecer deliberadamente à sua Palavra. A pessoa que peca deliberada e habi-

 

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1 J O Ã O 3 : 11-- 1100

deste mundo, o dragão etc. Qualquer que seja o nome usado, não se deve esquecer que sua principal atividade é opor-se a Cristo e ao povo de Deus. Há aqui um contraste entre Cristo (no qual não existe pecado algum, 1  Jo 3:5) e o diabo (que não faz outra coisa senão pecar). A origem de Satanás é um mistério. Muitos estudiosos acreditam que, um dia, ele foi o mais exaltado dos anjos, escolhido por Deus para governar a Terra e os outros anjos e que pecou contra Deus e foi humilhado (Is 14:9-17; Ez 28:12-14). Satanás não é eterno como Deus, pois

perdido é ganho para Cristo, mais um "espólio" é tomado de Satanás. Vários meses depois do final da Segunda Guerra Mundial, soldados japoneses foram descobertos escondidos em cavernas e selvas das ilhas do Pacífico. Alguns desses soldados perdidos viviam como selvagens assustados e não sabiam que a guerra havia terminado. Só se entregaram quando entenderam que não precisavam mais lutar. Os cristãos podem descansar no fato de que Satanás é um inimigo derrotado. Ainda que vença uma batalha aqui e outra ali,  já   perd  pe rdeu eu a guerra! guerra! Sua sentença já foi pronun-

criado   écomo um ser No entanto, não umcriado. ser pecaminoso. Sua foi natureza atual é resultante de sua rebelião no passado. Satanás não é semelhante a Deus: não é onipotente, onisciente nem onipresente. No entanto, ele é auxiliado por um exército

ciada, masaplicada. ainda levará algum tempo para a pena ser A pessoa que conhece a Cristo e que foi liberta do jugo do pecado por meio da morte de Cristo na cruz não tem desejo algum de obedecer a Satanás nem de viver como rebelde.

de criaturas espirituais conhecidas como demônios, que possibilitam sua atuação em vários lugares ao mesmo tempo (Ef 6:10-12). Satanás é um rebelde, enquanto Cristo é o Filho obediente de Deus. Cristo "[tornou-se] obediente até à morte e morte de cruz" (Fp 2:8). Cristo é Deus, mas se dispôs a tornar-se servo. Satanás era um servo e quis

"Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém." Os cristãos falsos tentavam convencer os cristãos verdadeiros de que uma pessoa poderia ser "salva" e, ainda assim, praticar o pecado. João não nega que o cristão cometa pecados,  mas nega que possa viver em pecado.  A pessoa capaz de sentir prazer em pecar deliberadamente e que não

ser Deus. Satanás peca desde o começo de sua carreira, e Cristo veio para destruir as obras do diabo. Destruir   (1 Jo 3:8) não significa "aniquilar". Sem dúvida, Satanás continua operando no mundo hoje em dia! Aqui, destruir   significa "tornar ineficaz, privar de poder". Satanás ainda não foi aniquilado, mas seu poder foi reduzido, e suas armas foram debilitadas. Ele ainda é um inimigo considerável, mas não é páreo para o poder de Deus. Jesus compara este mundo a um palácio cheio de bens de grande valor. O palácio é guardado por um homem forte ("valente", Lc 11:14-23). Esse homem é Satanás, e seus "bens" são os homens e mulheres perdidos. A única maneira de libertar os "bens" é ama amarrrar o homem forte, e foi exatamente isso o que Jesus fez na cruz. Quando veio à Terra, Jesus invadiu o "palácio" de Satanás. Quando morreu, rompeu o poder de Satanás e tomou seus bens! Cada vez que um pecador

é convencida da própria culpa nem experimenta a disciplina de Deus precisa examinar a si mesma e determinar se, de fato, é nascida de Deus. 3 . Deus o Espírito Santo vive em nós  nós   (1 Jo 3:9, 10)

"Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado." Por quê? Porque possui dentro de si uma nova natureza que não não pod e  pecar. João chama essa nova natureza de "divina semente". Quando alguém aceita a Cristo como Salvador, passa por grandes transformações espirituais. Recebe uma nova posição de Deus e é considerada justificada aos olhos de Deus. Essa nova posição é chamada de "justificação" e nunca sofre mudanças nem pode ser perdida. Além disso, recebe uma nova condição: é separado para os propósitos de Deus, de modo a viver para sua glória. Essa nova

 

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1 J O Ã O 3 ::11 -1 -1 0

cond ição é chamad a de "santif "santificação" icação" e mu da a cada dia. Há dias em que estamos muito mais próximos de Cristo e lhe obedecemos muito mais prontamente. Mas talvez a transformação mais dra mática que ocorre na vida do cristão seja a "regeneração". Ele é "nascido de novo" e pas sa a fazer parte da família de Deus (re signi fica "novamente" e  ge  g e n e ra ç ã o   quer dizer "nascimento"). A justificação repr represent esentaa uma nova  po  p o s i çã o  diante de D eus; a santificação representa a separação  para os propósitos de Deus e a regeneração   representa a nova natureza -   a natureza de Deus (cf. 2 Pe 1:4). A única maneira de ingressar na família de Deus é pela fé em Cristo e pelo novo nascimento. "Todo aquele que crê que Je

de acordo com a nova natureza, não com a velha. Velha Vel ha natureza

Nova natureza

"nosso velho homem" (Rm 6 :6 ) "a carne" carne " (Gl 5:24) "semente corruptível" (1 P e l :23)

"novo homem" (Cl 3:10 3:10)) "o Espíri Espírito" to" (Gl 5:17) "divina semente" (1 Jo 3:9)

Uma forma de ilustrar essa dinâmica é pela comparação entre o "homem exterior" e o "homem interior" (2  Co 4:16). O homem fí sico precisa de alimento e o   homem interior ou espiritual também. "Não só de pão vive rá o homem, nas de toda palavra que proce de da boca de Deus" (Mt 4:4). Se o cristão

sus é o Cristo é nascido de Deus (1 Jo 5:1). Vid a físi física ca pro duz apenas vida físi física; ca; vida espiritual produz vida espiritual. "O que é nascido da carne é carne; e o que é nasci do do Espírito é espírito" (Jo 3:6). Os cris tãos nasceram de novo, "não de semente corruptível, mas de incorruptível, median te a palavra de Deus, a qual vive e é perma nente"" (1 nente (1 Pe 1:2 3). Pode Pode-se -se dize r que os "pais espirituais" do cristão são a Palavra de Deus e o Espírito de Deus. O Espírito de Deus usa a Palavra de Deus para convencer do peca do e revelar o Salvador. Somos salvos pela fé (Ef 2:8, 9) "e, as sim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" (Rm 10:1 7). No mila gre do novo nascimento, o Espírito Santo concede nova vida - a vida de Deus - para o pecador que crê, e, como resultado, esse indivíduo nasce para a família de Deus. Assim como os filhos físicos têm a natu reza dos pais, também os filhos espirituais de Deus têm sua natureza: possuem dentro de si a "divina semente". O cristão possui a velha natureza correspondente a seu nasci mento físico e a nova natureza correspon dente a seu nascimento espiritual. O Novo Testamento faz um contraste entre essas duas naturezas e lhes dá vários nomes. A velha natureza produz o pecado, mas a nova natureza con duz a uma vida de sant santi i dade. A responsabilidade do cristão é viver

não dedicar tempo diário à meditação da Palavra, faltará poder a seu ser interior. Um índio convertido explicou: "Tenho dois cães dentro de mim: um bom e um m au. Os dois estão sempre em conflito. O cão mau quer que eu eu faça coisas más. O cão bom quer que eu faça coisas boas. Sabe qual deles ganha?  A q u e le q u e eu alim al im ento en to mais\" mai s\" O cristão que alimentar sua nova natu reza com a Palavra de Deus terá poder para levar uma vida piedosa. Nas palavras de PauIo: "nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências" (Rm 13:14). O homem físico precisa de  pu  p u ri rifi fica ca çã o ,   e o ser interior também. Lavamos as mãos e o rosto com freqüência. O cristão deve olhar diariamente no espelho da Palavra de Deus (Tg 1:22-25) e se examinar. Deve confessar seus pecados e pedir o perdão de Deus (1 Jo 1:9). De outro modo, seu ser interior ficará impuro, e a sujeira estimulará o surgimento de "doenças espirituais". Pecados não confessados constituem o primeiro passo para o que a Bíblia chama de "apostasia": o movimento gradativo da intimidade com Cristo para uma vida toma da pelo mundo hostil em que vivemos. A promessa de Deus, "eu curarei as vos sas rebeliões" (Jr 3:22), deixa implícito que a apostasia é semelhante a uma enfermida de física. Primeiro, o corpo é invadido silen ciosamente pelos micróbios causadores da

 

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1 J O Ã O 3 : 11-- 1100

doença. Depois, vem a infecção e o declínio gradativo: falta de energia, de apetite e de interesse em atividades normais. Então, ocorocorre o colapso! O declínio espiritual acontece de maneira parecida. Primeiro, o cristão é invadido pelo pecado. Em vez de combatê-lo, entregase a ele (cf. Tg 1:14), e a infecção instala-se. Segue-se um declínio gradativo. O cristão perde o apetite pelas coisas espirituais e se torna indiferente, até mesmo irritável, e por fim desfalece. O único remédio é confessar o pecado e se voltar para Cristo a fim de que ele traga

Os termos "atrair" e "seduzir" (Tg 1:14) são relacionados à caça e à pesca: colocar o chamariz na armadilha ou a isca no anzol. O animal passa por perto, e seus desejos naturais o atraem para junto da isca. Mas, ao pegá-la, é preso na armadilha ou fisgado, e seu fim é a morte. Os chamarizes que Satanás coloca em suas armadilhas são prazeres que apelam para a velha natureza, a carne. Mas nenhum desses chamarizes atrai a nova natureza divina dentro do cristão. Se o cristão entregar-se à velha natureza, ansiará pelo chamariz, irá atrás dele e pecará. Mas se seguir as incli-

curaOeser purificação. interior não precisa apenas de alimento e de purificação, mas também de exercício. "Exercita-te, pessoalmente, na piedade" (1 Tm 4:7). A pessoa que se alimenta mas não se exercita torna-se obesa; a pessoa que se exercita mas não se alimenta pode sucum-

naçõesedeobedecerá sua nova natureza, o chamariz a Deus. recusará "Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne" (Gl 5:16). Entregar-se ao pecado é a característica peculiar dos "filhos do diabo" (1 Jo 3:10). Eles professam,  ou declaram, uma coisa, mas

bir. É preciso haver um equilíbrio adequado. Para o cristão, o "exercício espiritual" inclui compartilhar Cristo com outros, realizar boas obras em nome de Cristo e ajudar a edificar os outros cristãos. Cada cristão possui pelo menos um dom espiritual com o qual deve contribuir para a edificação da

 praticam  pratica m  outra. Satanás é um mentiroso e

igreja (1 Coconforme 12:1-11). o"Servi outros, cada um domuns queaosrecebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pe 4:10) 4:1 0).. Eis um comentário claro sobre o processo de tentação e pecado: "Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte" (Tg 1:13-15).

dem ser "Filhinhos, cristãos e, não ainda o pecado. vosassim, deixeispraticar enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é  justo,, assim como ele é justo" (1 Jo 33:7)  justo :7).. No tempo de João, os falsos mestres ensinavam que o cristão não precisava se preocupar com o pecado, pois era apenas o corpo que pecava, e o corpo não afetava em nada o espírito. Alguns iam ainda mais longe e ensinavam que o pecado é algo inerente ao corpo, pois o corpo é pecaminoso. O Novo Testame Testamento nto condena essas idéias insensatas, mostrando que não passam de desculpas para pecar.

tentaçãoNão apela naturais maisA básicos. há aos nadadesejos de pecaminoso nos desejos em si, mas a tentação dá uma oportunidade de satisfazer a esses desejos de maneira ilícita. Não é pecado sentir fome, mas é pecado saciar a fome fora da vontade de Deus. Essa foi a primeira tentação que Satanás usou contra Jesus (Mt 4:1-4).

Em primeiro lugar, lugar, a "velha natur natureza" eza" não  é o corpo. O corpo, em si, é neutro: pode ser usado pela velha natureza pecaminosa ou pela nova natureza divina. "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de

pai da mentira (Jo 8:44), e seus filhos são como o pai. "Aquele que diz: Eu o conheço [Deus] e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade" (1 Jo 2:4). Os filhos do diabo tentam enganar os filhos de Deus, fazendo-os pensar que po-

 

1 J O Ã O 3 : 11- 1 0

iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de  ju st iça iç a " (R (Rm m 6 :1 2 , 13 13).). De que maneira o filho de Deus vence os desejos da velha natureza? Primeiro, deve começar cada dia entregando seu corpo a Deus como sacrifício vivo (Rm 12:1). Deve dedicar tempo à leitura e ao estudo da Pala vra de Deus, a fim de "alimentar" sua nova natureza. Deve dedicar tempo à oração, pedindo que Deus o encha com o Espírito Santo e lhe dê poder para servir e glorificar a Cristo. Ao longo do dia, o cristão deve depen der do poder do Espírito no ser interior. Quan do vierem as tentações, deve voltar-se para Cristo imediatamente, pois só ele pode dar

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O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante". - Então, existem dois "Adões" vivendo dentro de mim - comentou um dos adoles centes. - Isso mesmo - respondeu o professor. - E qual é o valor prático dessa verdade? A classe class e ficou ficou em silêncio por algum te tem m po e, depois, um dos alunos falou: - A idéia dos "dois Adões" me ajuda a iutar iut ar con contra tra as tentações - diss dissee ele ele.. - Q ua n do a tentação bater à porta, se eu mandar o primeiro Adão atender, cairei em peca do. Mas se mandar o último Adão, terei vitória. O verdadeiro cristão não pratica o peca do; o cristão falsificado não pode evitar o

pecado, pois não tem a nova natureza de a vitória. Deus dentro de si. O verdadeiro cristão sem A Palavra de Deus no coração do cris tão o ajudará a guardar-se do pecado so pre ama outros cristãos, fato discutido em detalhes em 1 João 3:11-2 4. mente se ele se voltar para Cristo. "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar Mas essas palavras não foram escritas apenas para checar a vida de outros.   Foram contra ti" (SI 119:11). Se ele pecar, deve confessar o pecado a Deus no mesmo instan inspiradas a fim de que se examine a  p r ó  pr  pria ia vida. vid a.   Cada um de nós deve responder te e pedir perdão. Mas o cristão não  pre  p re ci cisa sa   pecar. Ao entregar seu corpo ao Espírito com toda a honestidade diante de Deus: Santo que habita dentro dele, receberá o 1. Tenho em m mim im a natureza divina ou pode r de que precisa para ven cer o tentador tentador.. estou apenas fingindo ser cristão? Um a prática prá tica proveitosa é apro apropriar priar-se -se da promessa de Deus: "Não vos sobreveio ten 2. Cultivo essa natureza divina lendo a Bíbliaa e orando diariamente? Bíbli tação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além 3. Meu ser interior encontra-se cont conta a das vossas forças; pelo co ntrário, juntamen minado por algum algum pecado nnão ão con te com a tentação, vos proverá livramento, fessado? de sorte que a possais suportar" (1 Co 4. Permi Permito to que minha velha natureza 10:13). controle meus pensamentos e dese Um professor da escola dominical ex  jos  jo s ou de deixo ixo que a natur na tureza eza divin divinaa plicava as duas naturezas - o velho homem governe o meu ser? e o novo homem - a uma classe de adoles 5. Qua Quando ndo a tentação aparece, eu "en centes. tro em seu jogo" ou fujo dela? Entre go-m go-mee no mesmo mesm o instante à nat natureza ureza Nossa velha natureza vem de Adão disse ele - e nossa nova natureza vem de divina dentro de mim? Cristo, que é chamado de "último Adão'". Em seguida, pediu que os alunos lessem A vida real é honesta com Deus acerca des 1 Corín tios 1 5:4 5: "Pois assi assim m está escrito: sas questões vitais.

 

7

Amor ou Morte  1

A

Jo ã o   3:11-24

  Primeira Epístola de João foi comparada a uma escadaria em caracol, pois ele sempre volta a três assuntos: amor, obediência e verdade. Apesar de serem temas recorrentes, não são meramente repetitivos. Cada vez que voltamos a um tópico, olhamos para ele de um ponto de vista diferente para aprofundá-lo. Já aprendemos sobre o amor por outros cristãos - "os irmãos" (1 Jo 2:7-11) -, mas a ênfase em 1 João 2 foi sobre a comunhão. 

"Aquele que não ama permanece na morte1)) Jo 3: te1 3:14 14).). No que se refere do amor, existem quatro "níveis àdequestão relacionamento", por assim dizer, nos quais uma pessoa pode viver: homicídio (1 Jo 3:11, 12), ódio (1 Jo 3:13-15), indiferença (1 Jo 3:16, 17) e compaixão cristã (1 Jo 3:18-24). Os dois primeiros não são, de maneira alguma, cristãos, o terceiro fica aquém do cristianismo; somente o quarto é compatível com o verdadeiro amor cristão.

1. Homicídio (1 Jo 3:11,12) O homicídio é, evidentemente, o nível mais baixo em que alguém pode se relacionar com outra pessoa. É nesse nível que o próprio Satanás existe. O diabo é um homicida desde o início de sua carreira decaída (Jo 8:44), mas os cristãos ouviram desde o princípio de sua experiência que devem "amar uns aos outros", joão enfatiza as origens: "Voltem para o começo". Se a experiência espi-

O cristão que está andando na luz dá provas desse fato amando seus irmãos. Nesta seção, a ênfase é sobre seu relacionamento  com outros cristãos. Os cristãos amam uns aos outros porque nasceram de Deus, o que os torna irmãos e

ritual teve origem no Pai, deveremos  amar uns aos outros. Mas se teve origem em Satanás, odiaremos uns aos outros. "Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio" (1 Jo 2:24). Caim exemplifica uma vida de ódio, con-

irmãs Cristo. e o amor são sinais de A em obediência filiação e de irmandade. Tendo sido lembrados de que o verdadeiro filho de Deus pratica a justiça (1 Jo 3:1-10), vamos estudar a questão do amor pelos irmãos (1 Jo 3:1124). Essa verdade é declarada inicialmente de forma negativa: "todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão" (1 Jo 3:10). Convém observar uma grande diferença entre o estudo anterior e o presente estudo do amor pelos irmãos. Na seção sobre a comunhão (1 Jo 2:7-11), o apóstolo diz que amar os irmãos é uma questão de luz ou trevas. Sem amar uns aos outros, não se pode andar na luz, por mais sonora que seja a profissão de fé. Mas nesta seção sobre a irmandade (1 Jo 3:11-24), a epístola vai muito mais fundo. João afirma que amar os irmãos é uma questão de vida ou morte.

forme se vê observar no relato em importante que,Gênesis sendo 4:1-16. irmãos,E Caim e Abel eram filhos dos mesmos pais, e os dois ofereceram sacrifícios a Deus. Caim não é apresentado como um ateu, mas sim como um adorador. Essa é a questão: os filhos do diabo disfarçam-se em adoradores verdadeiros. Participam de eventos religiosos, como Caim fez, e podem até levar ofertas. Mas esses atos, por si mesmos, não valem como prova de que tais pessoas sejam nascidas de Deus. O teste real é o amor pelos irmãos, e nesse teste Caim foi reprovado. Todo indivíduo possui tanto uma linhagem física quanto uma "linhagem espiritual", e o "pai espiritual" de Caim era o diabo. Isso não significa, evidentemente, que Satanás gerou Caim em um sentido literal. Antes, significa que as atitudes e atos de Caim originaram-se em Satanás. Mostrou-se um homicida e mentiroso, como Satanás (jo 8:44). Matou

 

1 JO ÃO 3: Ί 1-24 1-24

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seu irmão e, depois, mentiu sobre o que havia feito. "Disse o S e n h o r   a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não se seii  (Gn 4:9). Deu s, pelo contrário, é amor (1  Jo 4:8) e verdade (Jo (Jo 14 :6; 1 Jo 5:6); portant portanto, o, os que pertencem à família de Deus praticam o amor e a verdade. A diferença entre a oferta de Caim e a de Abel estava na fé   (Hb 11:4), e a fé sempre se baseia na revelação dada por Deus (Rm 10:1 7). Ao que tudo indica, Deu s revelou revelou ins ins truções claras com respeito à maneira de ser

motivo pelo qual Caim odiava Abel: Cristo revela o pecado e a verdadeira natureza do mundo. Quando o mundo, assim como Caim, se depara com a realidade e a verda de, pode tomar uma de duas decisõ es: arre pender-se e mudar ou destruir o que o está desmascarando. Satanás é "o príncipe do mundo   (Jo 14:30) e exerce seu controle por meio de homicídios e de mentiras. Que coisa horrí vel viver no mesmo nível de Satanás! Um caçador abrigou-se em uma caver na durante uma tempestade. Depois de se

adorado. Caim rejeitou a Palavra de fato Deusdei e decidiu adorá-lo a sua maneira. Esse xa claro seu relacionamento com Satanás, pois Satanás está sempre interessado em fazer as pessoas se desviare desviarem m da vontade re re velada de Deus. A pergunta do diabo: "É as sim que Deus disse?" (Gn 3:1) foi o que deu

secar um pouco, resolveu investigar seunão lar temporário e acendeu a lanterna. Qual foi sua surpresa quando descobriu que divi dia a caverna com uma grande variedade de aranhas, lagartos e cobras! Saiu de lá fei to um tiro! Se o mundo não salvo pudesse ver, per

início aos problemas para os pais de Caim e para toda a humanidade desde então. A Bíblia não diz qual foi o sinal exterior de que Deus aceitou o sacrifício de Abel e rejeitou o de Caim. E possível que tenha enviado fogo do céu para consumir o sacri

ceberia que vive em um nível ignóbil de homicídios e de mentiras, cercado pela anti ga serpente, Satanás, e por seus exércitos demoníacos. Como Caim, o povo do mun do tenta encobrir sua verdadeira natureza com ritos religiosos, mas não crê na Palavra

fício de animal e de sangue oferecido por Abel. Mas o texto relata os resultados: Abel deixou o altar levando no coração o teste munho da aceitação de Deus, enquanto Caim foi embora enraivecido e decepciona do (Gn 4:4-6). Deus adverti advertiuu C aim de que o pecado estava à espreita como uma fera perigosa (Gn 4:7), mas prometeu que, se Caim obede cesse ao Senhor Senhor,, desfr desfrutari utariaa paz como Abel. Em vez de dar ouvidos à advertência de Deus, Caim ouviu a voz de Satanás e plane  jo u a m or orte te do irm ão , A b el. el . Su a inve in veja ja tra trans ns

de Deus. Mais cedo ou mais tarde, as pes soas que continuarem a viver nesse nível acabarão sendo lançadas nas tre trevas vas com Sa tanás, condenadas a sofrer longe de Deus para sempre.

formou-se em raiva e ódio. Sabia que era perverso e que o irmão era justo, mas, em vez de arrepender-se, como Deus lhe orde nou, decidiu destruir o irmão. Séculos depois, os fariseus fizeram a mesma coisa com Jesus (Mc 15:9, 10), e Je sus também os chamou de filhos do diabo (Jo 8:44). A atitude de Caim representa a atitude do sistema sistema do mundo hoje ((11 Jo 3:13 3:13).). O mun do odeia Cristo (Jo 15:18-25) pelo mesmo

uma vida. A intenção interior é a mesma. Um homem que visitava o zoológico parou perto da jaula dos leões para conver sar com o tratador. - Tenho um gato lá em casa - disse o visitante -, e estes leões agem exatamente como ele. Veja como dormem tranqüilos! É quase uma vergonha manter essas criaturas lindas atrás de grades! - Meu amigo - respondeu o tratador sor rindo -, eles podem  pa  p a re c e r   com seu gato,

2. ÓDIO (1 Jo 3:13-15) Nesse ponto, talvez alguns pensem: "Mas eu nunca matei ninguém!" E, a essa declara ção, Deus responde: "Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino" (1 Jo 3:15; ver Mt 5:22), A única diferença entre o Ní vel 1 e o Nível 2 é o aato to exterior de tomar

 

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1 J O Ã O 3: 1 1- 2244

mas têm uma índole muito diferente. Em

A questão aqui não é se um homicida

seu coração,ficar esses leões assassinos. Você deveria feliz porsão estarem cercados de grades. O único motivo pelo qual algumas pessoas nunca cometeram um homicídio é a presença constante de grades" coloc colocadas adas a seu redor: o medo da prisão e da vergonha, as penas da lei e a possibilidade de morte. No entanto, seremos julgados pela "lei da liberdade" (Tg 2:12). A pergunta não é tanto "o que você fez?",  mas sim: "o que você quis fazer e o que teria feito, se tivesse liberdade de agir como bem entendesse?" É por isso que Jesus equipara o ódio ao homicí-

pode tornar-se  sendo mas se uma pessoa pode continuar   cristão, sendo homicida e ainda ser cristã. A resposta é não. "Ôra, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si1 si1)) Jo 3:15). 3:1 5). O caso não é que o homicida tinha a vida eterna e depois a perdeu; ele nunca a teve. O fato de jamais termos matado alguém não deve nos tornar orgulhosos nem complacentes. Quem nunca alimentou o ódio no coração? O ódio causa muito mais estrago na vida do que odeia do que na de qualquer outra pessoa (Mt 5:21-26). De acordo com Jesus,

dio (Mt 5:21-26) e a lascívia ao adultério (Mt 5:27-30). Isso não significa, evidentemente, que o ódio no coração cause os mesmos estragos ou envolva o mesmo grau de culpa que um homicídio propriamente dito. Nosso vizinho com certeza acharia melhor que o odiássemos do que o matássemos! Mas, aos olhos de Deus, o ódio é o equivalente moral

quem se irasse indevidamente contra seu irmão arriscava-se a enfrentar o tribunal Iocai; quem insultasse seu irmão arriscava-se a enfrentar o Sinédrio, o tribunal superior dos judeus. Mas o homem que chamasse seu irmão de "tolo" correria perigo de sofrer o julgamento eterno no inferno. O ódio não confessado nem renunciado coloca a pessoa em uma prisão emocional e espiri-

do homicídio e, se não for tratado, pode levar ao ato em si. O cristão passou da morte para a vida (Jo 5:24), e a prova disso é que ama os seus irmãos. Quando pertencia ao sistema do mundo, odiava o povo de Deus; mas agora que pertence a Deus, ele os ama. Estes versículos (1 Jo 3:14, 15), como os que tratam do pecado habitual na vida do cristão (1 Jo 1:5 - 2:6), referem-se a uma prática consolidada: o cristão  pratica ha habibi-  tualmente o  amor aos irmãos, mesmo que, de vez enquanto, se exaspere com um deles (Mt 5:22-24). Episódios ocasionais de raiva não anulam esse princípio; pelo contrário, provam que é verdadeiro, pois o cristão que não está em comunhão com os irmãos é extremamente infeliz! Seus sentimentos deixam claro que há algo errado. Convém observar outro fato: o texto não diz que um homicida não pode ser salvo. O apóstolo tomou parte no apedrejamento de Estêvão (At 7:57-60) e reconheceu que seu voto contribuiu para matar pessoas inocente tess (At 26:9-11; 1 Tm 1:12-15) 1:12-15).. Mas, em ssua ua graça, Deus salvou Paulo.

tual! (Mt 5:25). O antídoto para o ódio é o amor. "Odiosos e odiando-nos uns aos outros" descreve a experiência experiênc ia habitual dos não salvos salvos (Tt 3:3). Mas quando um coração rancoroso abre-se para Jesus Cristo, torna-se um coração amoroso. Em vez de querer "matar" outras pessoas com seu ódio, o cristão passa a ter o desejo de amá-las e de compartilhar com elas a mensagem da vida eterna. Uma noite, o evangelista e líder metodista John Wesley foi abordado por um ladrão que levou todo seu dinheiro. Wesley disse ao homem: - Se um dia você tiver o desejo de deixar esse caminho mau que está trilhando e de viver para Deus, lembre-se de que "o sangue de Jesus Cristo purifica de todo o pecado". Alguns anos depois, um homem foi procurar Wesley após um culto e lhe perguntou: - O senhor se lembra de mim? Eu o assaltei uma noite, e o senhor me disse que o sangue de Jesus Cristo purifica de todo o pecado. Eu me entreguei a Cristo e mudei de vida.

 

1 J O Ã O 3 :1 :1 11- 24 24

3. I n d i f e r e n ç a (1 Jo 3:16, 17)

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Mas a prova do amor cristão não é apenas deixar de fazer o m al   a outros. O amor en volve a prática do bem.   O amor cristão é, ao mesm o tempo, negativo e positivo. "Ces "Cessai sai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem" (Is 1:16, 17). Caim é nosso exemplo de amor falso; Cristo é o exemplo de verdadeiro amor cristão. Jesus deu a vida por nós para que experimentemos a verdade. Todo cristão co nhece João 3 :16, mas quanto quantoss ate atentam ntam para 1 Joã João o 3:16? É mar maravi avilh lhoso oso ex experi perimentar mentar a

Não há nada de errado em participar de congressos, mas quando tratamos de temas muito gerais, é fácil esquecermos as neces sidades individuais. O teste do amor cristão não se encontra nas declarações sonoras de amor à igreja toda, mas nos gestos de terno cuidado para com um irmão necessitado. Se nem sequer ajudamos um irmão, é pou co provável que sejamos capazes de "dar a vida pelos irmãos". Uma pessoa não precisa ser homicida para pecar; dentro do coração, o ódio cor responde ao homicídio. Mas também não

bênção de João 3:16; mas é ainda mais maravilhoso   essa experiência compartilhar  obe dece ndo a 1 João 3:1 6: Cristo entr entregou egou a vida por nós, e devemos entregar a vida pelos nossos irmãos. O amor cristão envolve serviço e sacriftcio. Cristo não se ateve a falar   sobre seu amor; ele morreu para prová-lo (Rm 5:6-10).

precisa odiarouo mostrar-se irmão paraindiferente ter peca do. Bastasequer ignorá-lo com suas necessidades. O cristão que pos sui bens materiais pode e deve aliviar as necessidades dos irmãos. "[Fechar] o cora ção" a um irmão é um tipo de homicídio! A fim de ajudar os irmãos, é preciso cumprir três requisitos. Em primeiro lugar,

Jesus não foi morto como um mártir; antes, e ntr e gou   sua vida espontaneamente (Jo 10:11-18; 15:13). A "autopreservação" é a primeira lei da vida física, mas a "abnega ção" é a primeira lei da vida espiritual.

ter os meios necessários para suprir o que lhe falta. Em segundo lugar, estar ciente de suas necessidades. E em terceiro lugar, ser amorosos o suficiente para ter o desejo de compartilhar.

Deus não pede que entreguemos vidaMas à morte, apenas que amemos o irmãoa necessitado. João faz uma transição bastan te sábia de "pelos irmão s" em 1 João 3:1 6 para "seu irmão " em 1 João 3:1 7. É fácil fácil falarmos sobre "am ar os irmãos" e deixarmos de ajudar um único irmão em Cristo. O amor cristão é pessoal e ativo. Era isso o que Jesus tinha em mente ao contar a parábola do bom samaritano (Lc 10:25-37). Um intérprete da Lei queria discutir uma questão abstrata: "Quem é o meu pró ximo?"" mas Jesu ximo? Jesuss concentrou a atenção em  

cristão que é pobre ou que nãoOtem conhecimento dasdemais necessidades do irmão não é condenado. Mas o cristão que endurece o coração contra o irmão ne cessitado é condenado. Um dos motivos pelos quais o cristão deve trabalhar é "para que tenha com que acudir ao necessitado" (Ef 4:28 ). Hoje em dia, existem tantas organizações filantrópicas que é fácil o cristão esquecer suas obrigações. "Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé" (G (Gll 6:1 6:10). 0).

um único homem necessitado e  mudou a per

"Fazer bem" não significa, necessaria mente, dar odinheiro ou coisas materiais. Pode incluir o serviço pessoal e a dedicação aos outros. Muitos indivíduos na igreja estão necessitados necessi tados de amor e receberiam receberiam de bom grado nossa amizade. Uma jovem mãe reconheceu, durante uma reunião da igreja, que não conseguia encontrar tempo para fazer sua devocional diária. Tinha filhos pequenos para cuidar, e as horas do dia simplesmente evaporavam.

gunta: "Para quem posso ser um próximo?" Dois amigos participavam de um congres so sobre evangelismo. Durante uma das pa lestras, Larry deu por falta de Pete. Na hora do almoço , Larry encontr encontrou ou Pet Petee e comentou: - Senti sua falta na palestra das dez ho ras, foi ótima! Onde você estava? - Esta Estava va no saguão conversando com um funcionário do hotel sobre Jesus, e ele acei tou a Cristo - respondeu Pete.  

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JO A O 3:1 1-24

Qual não foi sua surpresa quando duas

Sem dúvida. Jesus Cristo pagou com a

Masdesse os benefícios maravilhosos que senhoras da igrejacuidar bateram sua porta. resultam amor compensam generosaViemos dasa crianças - exp explica lica-- vida. mente qualquer sacrifício que venhamos a ram. - Pode ir para o seu quarto e fazer sua fazer. Claro que não se deve amar os outros devocional. porque desejamos receber algo em troca, Depois de receber essa ajuda durante mas o princípio bíblico "dai, e dar-se-vos-á" vários dias, a jovem mãe conseguiu desen(Lc 6:38) aplica-se não só ao dinheiro, mas volver sua vida devocional de tal modo a também ao amor. não se sentir mais perturbada com as exiJoão cita três bênçãos maravilhosas que gências diárias impostas sobre seu tempo. o cristão recebe ao praticar o verdadeiro Quem deseja experimentar e desfrutar amor. o amor de Deus no coração deve amar os outros a ponto de fazer sacrifícios por eles. Certeza (w. 19, 20).  O relacionamento do cristão com outros afeta seu relacioAo ser indiferentes às necessidades dos irnamento com Deus. A pessoa que não está mãos, privamo-nos do que mais precisamos: do amor de Deus no coração. É uma questão de vida ou morte! 4 . 0 AMOR CRISTÃO ( 1 J o 3 : 1 8 - 2 4 )

O verdadeiro amor cristão é expresso "de fato e de verdade". O oposto de "de fato" é "de palavra" e o oposto de "de verdade" é "de língua". Eis um exemplo do amor "de palavra":

em ordem com um irmão deve acertar a questão antes de oferecer seu sacrifício no altar (cf. Mt 5:23, 24). O cristão que pratica o amor cresce no entendimento da verdade de Deus e desfruta um coração cheio de certeza diante de Deus. O "coração que acusa" tira a paz do cristão. A "consciência que acusa" é outra maneira de expressar a mesma idéia. Por ve-

Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fa fartai rtai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?" (Tg 2:15, 16). Amar "de palavra" significa, simplesmente, falar   sobre uma necessidade, mas amar "de fato" significa fazer  algo   algo para suprir essa necessidade. É possível pensar que, por conversar sobre uma necessidade ou mesmo orar sobre ela, nossa parte já foi feita, mas o amor envolve mais do que palavras e pede atos de sacrifício. Amar "de língua" é o oposto de "amar de verdade". Significa amar sem sinceridade. Amar "de verdade" é amar uma pessoa de forma autêntic autêntica, a, não só da boca para fo fora. ra. As pessoas são atraídas pelo amor genuíno e repelidas pelo amor artificial. Os pecadores eram atraídos para junto de Jesus (Lc 15:1, 2) porque tinham certeza de que ele os amava com sinceridade. "Mas o cristão não precisa pagar um a/to  pr  preç eço o   para exercitar esse tipo de amor?"

zes, o coração nos acusa indevidamente, pois "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" (Jr 17:9). A resposta a essa pergunta é: "Deus   conhece o coração!" Não são poucos os cristãos que acusam a si mesmos falsamente ou que são excessivamente duros consigo mesmos; mas Deus não comete esse erro. O cristão que anda em amor tem um coração aberto para Deus ("Deus é amor") e sabe que Deus nunca julga incorretamente. É possível que João se lembrasse de dois episódios ilustrativos desse importante princípio na vida de Jesus aqui na Terra. Ao visitar Betânia, Jesus hospedou-se na casa de Maria e Marta (Lc 10:38-42). Marta estava ocupada preparando a refeição, enquanto Maria permanecia assentada aos pés de Jesus ouvindo-o ensinar. Marta criticou tanto Maria quanto Jesus, mas Jesus conhecia o coração de Maria e a defendeu. O apóstolo Pedro chorou amargamente depois de negar o Senhor e, sem dúvida, se encheu de remorso e de arrependimento por seu pecado. Mas Jesus sabia que Pedro

 

1 J O Ã O 3 : 1 1 - 2244

havia se arrependido e, depois de sua res surreição, enviou uma mensagem especial (Mc 16:7) a Pedro que deve ter dado ao pes cador impetuoso a certeza de ter sido per doado. Talvez o coração de Pedro o tenha condenado, pois ele sabia que havia nega do o Senhor três vezes, mas Deus era maior do que seu coração. Uma vez que conhe cia todas as coisas, Jesus deu a Pedro a cer teza de que precisava. É preciso cuidado para que o diabo não nos acuse nem nos tire a confiança (Ap 12:10). Uma vez confessado e perdoado o pecado, não se deve permitir que a cons ciência continue nos acusando. Pedro foi capaz de encarar os judeus e dizer: "Vós, porém, negastes o Santo e o Justo" (At 3:1 4) , pois o seu pecado ao negar Cristo havia sido tratado, perdoado e esquecido. Nenhum cristão deve tratar o pecado de maneira leviana, mas nenhum cristão deve ser mais severo consigo mesmo do

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não obedecem à Palavra de Deus, suas ora ções são interrompidas (1 Pe 3:7). Um evangelista havia acabado de pre gar em um lar cristão e, depois da reunião, foi abordado pelo pai da família. - Venho orando por meu filho rebelde há anos - disse o pai - e, até agora, Deus não respondeu à minha oração. O evangeli evangelista sta lleu eu para ele o Sal Salmo mo 6 6:1 8: "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido". - Seja honesto consigo mesmo e com o Senhor - disse o evangelista. - Existe algo entre você e outro cristão que precisa ser resolvido? O homem hesitou e, por fim, disse: - Infelizmente, creio que sim. Estou res sentido com um membro da igreja. - Então coloque esta situação em ordem - aconselhou o evangelista e, depois, orou com o homem. Antes de a campanha evangelística chegar ao fim, aquele pai viu o fi

que Deus é. Existe um tipo mórbido de introspecção e de con denaç ão própria própria que que não é espiritual. Se praticarmos o amor ver dadeiro para com os irmãos, nosso cora ção estará em ordem diante de Deus, pois o Espírito Santo não derrama seu amor em um coração no qual o pecado está sempre presente. Ao entristecer o Espírito, "cortase o suprimento" do amor de Deus (Ef 4:30 - 5:2). Orações respondidas (vv. 21, 22). O   amor pelos irmãos produz confiança diante de Deus, e essa confiança dá a ousadia de pedir o que se necessita. Isso não implica adquirir o direito   de receber uma resposta às orações ao amar os irmãos. Antes, que o amor pelos irmãos comprova que se vive

lho voltar para o Senhor. É evidente que esses versículo s não apre sentam todas  as condições para que as ora ções sejam respondidas, mas enfatizam a importância da obediência.   Um dos grandes segredos para que as orações sejam respon didas é a obediência, e o segredo da obe diência é o amor. "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14:15). "Se permanecerdes em mim, e as minhas pala vras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito [...] Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor" (Jo 15:7, 10). Claro que é possível guardar os man damentos de Deus com um espírito de medo e de servidão, não com um espírito

dentro da vontade Deus e "E que, portanto, Deus responde às de orações. aquilo que pedimos dele recebemos, porque guarda mos os seus mandamentos" (1 Jo 3:22). O amor é o cumprimento da Lei de Deus (Rm 13:8-10); logo, ao amar o irmão, obedece mos aos mandamentos de Deus, e ele aten de a nossos pedidos. O relacionamento do cristão com os ir mãos não pode ser separado de sua vida de oração. Se, por exemplo, maridos e esposas

de amor. era o pecado irmão mais velho da Esse parábola do filhodopródigo (Lc 15:24-32). O cristão deve guardar os man damentos do Pai porque isso é agradável ao Senhor. O cristão que vive para agradar a Deus descobre que Deus encontra ma neiras de agradar seu filho. "Agrada-te do S e n h o r ,  e ele satisfará os desejos do teu coração" (SI 37:4). Ao ter prazer no amor de Deus, aquilo que se deseja torna-se par te da vontade de Deus.

 

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1 J O Ã O 3 : 1 1 - 24 24

Permanência (vv. 23, 24).   Quando um

O Espírito Santo é mencionado explici-

escriba pediu que Jesus qual"Amaera o maior mandamento, Jesusdissesse respondeu: rás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento" e acrescentou um segundo mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22:34-40). Mas Deus também dá um mandamento  que inclui Deus e os homens: "Creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros" (1 Jo 3:23). As obrigações do cristão podem ser resumidas na fé em Deus e no amor ao próximo. O cristianismo é "a fé que atua pelo amor" (Gl 5:6).

tamen tamente te eem mjá 1falou Joãodopel pela a primeira primei(1raJovez2:20), em 3:24. João "Santo" dando ênfase ao ministério de unção e ensinamento do Espírito (um paralelo com Jo 14:26; 16:13, 14). Mas o Santo também é o Espírito que permanece (1 Jo 3:24; 4:13). Quando um cristão obedece a Deus e ama os irmãos, o Espírito Santo que habita dentro dele lhe dá paz e confiança. O Espírito Santo permanece com ele para sempre (Jo 14:16), mas quando o Espírito é entristeci   do, ele retém suas bênçãos. O Espírito Santo também é o Espírito que   confessa  (1 Jo 4:1-6), testemunhando aos

fé emdaDeus e omoeda. amor ao próximo são doisAlados mesma É fácil enfatizar a fé - a doutrina correta - e negligenciar o amor. No entanto, há quem diga que a doutrina não é importante e que o amor é a maior responsabilidade. Tanto a doutrina  quanto o amor são importantes.   Quando uma pessoa é justificada pela fé, deve saber que o amor de Deus está sendo derramado em seu coração (Rm 5:1-5). "Permanecer em Cristo" é uma experiên-

que são, um verdadeiramente, filhosem de Cristo, Deus. Quando cristão permanece o Espírito o orienta e adverte sobre os falsos espíritos que poderiam fazê-lo desviar. Também é o Espírito que autentíca  (1 Jo 5:6-8), dando testemunho da Pessoa e da obra de Jesus Cristo. Esse testemunho do Espírito é mencionado em Romanos 8:14-16. Todas as Pessoas da Trindade participam da "vida amorosa" do cristão. Deus Pai ordena que amemos uns aos outros. Deus Filho

cia essencial para o cristão que deseja ter confiança diante de Deus e respostas de oração. Em sua mensagem aos discípulos no

deu a vida na cruz, o exemplo supremo de amor. E Deus Espírito Santo vive dentro de nós para prover o amor de que precisamos (Rm

cenáculo 15:1-14), seus Jesusseguidores ilustrou o "permanecer".(Jo Comparou a ramos de uma videira. Ao retirar sua energia da videira, os ramos produzem frutos. Mas quando se separam da videira, murcham e morrem. Jesus não falava da salvação, mas sim de dar frutos. No instante em que o pecador crê em Cristo, passa a viver em união  com Cristo; mas manter a comunhão   é uma responsabilidade que precisa ser cumprida a cada momento. A fim de permanecer em Cristo, é preciso obedecer à Palavra e se manter puro (Jo 15:3, 10).

5:5).Deus, Permanecer no amor é permanecer em e vice-versa. O amor cristão não é algo que se produz quando é preciso. O amor cristão "é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo", e é isso o que se experimenta constantemente ao permanecer em Cristo. Uma pessoa pode viver em quatro níveis: o nível mais baixo, o de Satanás, e praticar o homicídio. Os homicidas, "a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda segunda morte" (Ap 21: 2 1: 8). Ou pode escolher o nível seguinte: o ódio. Mas, aos olhos de Deus, o ódio equi-

um cristão anda em Como amor, vimos, não temquando dificuldade em obedecer a Deus e, portanto, mantém uma comunhão próxima com Deus. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada" (Jo 14:23).

vale ao homicídio. O homem que vive cheio de ódio mata a si mesmo lentamente, e não a outra pessoa. De acordo com os psiquiatras, a maldade e o ódio causam problemas físicos e emocionais de vários tipos. Aliás, um. especialista escreveu um livro chamado  Amar ou morrer!

 

I J O À O 3 :1 1 - 2 4

O t e r c e iri r o n íví v e l ■ i n d i f e r e n ç a é m u iitt o   m e lhl h o r d o q u e o s d o i s p r i m e iirr o s , o s q u a isi s   n ã o s ã o , d e m o d o a llgg u m , c rir i s t ã o s . O h o m e m   q u e têt ê m ó d i o c o n s tat a n t e n o c o r a ç ã o o u q u e   p r a ttii c a h o m i c íídd ioi o s n u n c a n a s c e u d e D e u s .   M a s é p o s s í v e l s e r u m c rir i s ttãã o e p e r m a n e c e r   i n d i f e r e n tet e à s n e c e s s i d a d e s d o s o u t r o s .

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d e g o z o , l i b e r d a d e e o r a ç õ e s r e s p o n d iidd a s   q u e p r o p o r c iioo n a c o n f i a n ç a e c o r a g e m a p e  s a r d a s d ifi f i c u l d a d e s , O d rr.. R e n e S p iti t z , d e N o v a I o r q u e , r e a l   z o u u m e s tut u d o e m i n s ttii t u iiçç õ e s q u e c u idi d a m   d e c r i a n ç a s a b a n d o n a d a s , a fif i m d e d e t e rmr m l ·   n a r 0 i m p a c tot o d o a m o r e d a n e g lil i g ê n c iiaa n a  

A q u e lel e q u e c o m e t e h o m i c ídí d ioi o p e r tet e n c e   v idi d a d e s s a s c r i a n ç a s , S u a p e s q u i s a m o s trt r o u   a o á a 6 0 , c o m o C a iimm , A q u e lel e q u e o d e iai a p e r·r ·   t e n c e a o m u n d o ( 1 1 0 3 : 1 3 ), q u e s e e n c o n  t r a sos o b 0 d o m í n i o d e S a t a n á s . M a s 0 c rrii s tãt ã o   q u e s e m o s t rar a iinn d i f e r e n t e v ivi v e p a r a a c a r n e ,   q u e s e r v e a o s p r o p ó s iti t o s d e S a t a n á s ,

que as crianças negligenciadas e rejeitadas  a p r e ses e n t a v a m d e s e n v o lvl v imi m e n t o m u iitt o m a isi s   l e n t o , e a lgl g u m a s a tét é m o r rrii a m . M e s m o n o   s e n t i d o f ísí s i c o , 0 a m o r é 0 e lel e m e n t o e s ses e n -   c iai a i p a r a a v iidd a e p a r a 0 c r e s c imi m e n t o ,

 

 

I s s so o s e a p l i c a d e m a n e ir i r a a i n d a m a is i s r re e a l A ú n i c a m a n e ir i r a d e v iv i v e r e m s a n t i d a d e e em alegria encontra-se no nível mais ele■  à esfera espiritual. Na verdade, trata-se de   v a d o , 0 n í v e l d o a m o r c rir i s ttãã o , E s sas a é a v idi d a u m a q u e s t ã o d e a m o r o u m o rtr t e !

 

8

cristão pratica o amor de forma natural, pois o amor é a natureza de Deus. Esse amor não é uma reação forçada; antes, é uma res-

O C erne   d o   A m o r 

posta natural.suaO filiação amor do cristão pelos irmãos prova e comunhão. Em três ocasiões ao longo desta seção, João incentiva a amar uns aos outros (1 Jo 4:7, 11, 12). Apóia suas admoestações em três fatos fundamentais acerca de Deus.

1 J o ã o   4: 1-16

1. A q u ilo que Deus é: é: "Deu s é am or"  



E

a terceira vez que tratamos do amor! Isso não significa que as idéias de João esgotaram-se, obrigando-o a se repetir. Antes, que Espírito Santo, o qual inspirou João, apresenta esse assunto novamente, oferecendo, agora, uma perspectiva ainda mais profunda. Primeiro, o amor pelos irmãos foi apresentado como prova da comunhão com Deus  (1 Jo 2:7-11); em seguida, foi apresentado como prova da filiação (1 Jo 3:10-14). Na primeira passagem acima, o amor é uma questão de luz ou trevas; na segunda, é uma questão de vida ou morte. Mas, em 1 João 4:7-16, che chegaga-se se ao cerne da questão. Aqui se vê po r que o amor

(1 Jo 4:7, 8)

Essa é terceira de três expressões nos escritos de João que ajudam a compreender a natureza de Deus: "Deus é espírito" {Jo 4:24); "Deus é luz" (1 Jo 1:5); e "Deus é amor". É evidente que nenhuma delas constituii uma revelaçã titu revelação o completa de Deus, e seria errado separá-las. Deus é espírito.  Isso se refere a sua essência; ele não é feito de carne e sangue. Por certo, neste momento, Jesus Cristo possui um corpo glorificado no céu e, um dia, teremos um corpo como o dele. Mas uma vez que é, por natureza, espírito, Deus não é limitado pelo tempo nem pelo espaço como suas criaturas. Deus é luz. Isso se refere a sua natureza

é uma parte tão importante da vida real. O amor é o parâmetro válido para a comunhão

santa. Na Bíblia, a luz simboliza santidade, e as trevas, trevas, o pecado (Jo 3:18-21; 1 Jo 1:5-10) 1:5-10)..

e a parte filiação é amor". O Deus. amor faz daporque própria "Deus natureza e ser de Quem se encontra em união com Deus, por meio da fé em Cristo, compartilha de sua natureza. E, uma vez que sua natureza é amor, o amor é o teste da realidade da vida espiritual. O navegador depende da bússola para ajudá-lo a determinar seu curso. Mas po  p o rq u e   usar uma bússola? Porque ela indica os pontos cardeais. E  po r que  a bússola aponta para o Norte? Porque é uma propriedade sua reagir ao campo magnético que faz parte da constituição da Terra. A bússola responde à natureza da Terra. Pode-se dizer o mesmo do amor cristão. A natureza de Deus é amor. A pessoa que conhece a Deus e que nasceu de Deus responde à natureza de Deus. Da mesma forma como a bússola aponta para o Norte, o

Deusque nãonascemos pode pecar vez na porque família édesanto. Deus,Uma recebemos cebe mos essa natureza santa ((11 Pe 1:14-16; 2 Pe 1:4). Deus é amor. Isso não significa que "amor é Deus". E o fato de duas pessoas se amarem não significa, necessariamente, que seu amor seja santo. Alguém disse bem que "o amor não define Deus, mas Deus define o amor". Deus é amor e Deus é luz; portanto, seu amor é santo  e sua santidade é expressa em amor. Tudo o que Deus faz  ex  expressa tudo o que Deus é. Até mesmo seus  julga  jul game ment ntos os são me medid didos os em term termos os de amor e de misericórdia (Lm 3:22, 23). Muito do que é chamado de "amor" na sociedade moderna não tem semelhança nem relação alguma com o amor santo e espiritual de Deus. No entanto, há faixas que dizem: "Deus é amor!" em vários eventos,

 

1 J O Ã O 4 ::11 --11 6

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especialmente os que reúnem jovens fazen

O que D e u s   é determina o que deve

do o quedignificar bem entendem, como se fosse possível a imoralidade chaman do-a de amor. O amor cristão é um tipo especial de amor. É possí possível vel ttraduzir raduzir 1 João 4:10 por: ""ÉÉ desse modo que se vê o verdadeiro amor". Existe um amor falso que Deus não pode aceitar. O amor nascido da própria essên cia de Deus deve   ser espiritual e santo, pois "Deus é espírito" e "Deus é luz". Esse amor verdadeiro "é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado   (Rm 5:5).

mos ser. "Segundo so mos neste mun do 1) eleJo é,4:1também 7). O amnós or dos cristãos uns pelos outros é evidência dessa comunhão com Deus e de sua filiação do Pai celestial e mostra que conhecem   a Deus.   Sua experiência com o Senhor não é ape nas uma crise decisiva, mas também uma experiência diária de conhecê-lo cada vez mais. A verdadeiro teologia (o estudo de Deus) não é um cu rso árido sobre doutr doutrinas inas sem qualquer aplicaçã o prática, mas sim sim uma experiência diária empolgante que torna o cristão cada vez mais semelhantes a Cristo!

Assim, amorUma é umvez teste ver dadeira fé ocristã. queválido Deus édaamor e que afirmamos ter um relacionamento pessoal com D eus, é preciso, necessari necessariamen amen te, revelar seu amor por nossa maneira de viver. O filho de Deus é "nascido de Deus" e, portanto, compartilha da natureza divina. Tendo em vista que "Deus é amor  , os cris tãos devem amar uns aos outros. A lógica é irrefutável! Além de ser "nascido de Deus", o cris

quantidade material Ao radioa tivoGrande foi roubada de umdehospital. dar queixa na polícia, o administrador do hos~ pitai pediu: Por favo favor, r, avisem o ladrão que o ma terial roubado é extremamente perigoso e impossível de esconder. Seus efeitos sobre seu portador são extremamente nocivos! O indivíduo que afirma conhecer Deus e estar em união com ele deve ser pessoal mente influenciado influenciado por esse rel relacionam acionam ento.

tão também "conhece a Deus". Na Bíblia, a palavra conh e ce r   tem um significado muito

O cristão deve tornar-se aquilo que Deus é, e "Deus é amor  . Qualquer um que diga o

mais profundo do que o de mero enten dimento intelectual. Esse verbo é usado, por exem plo, para d escrever a união ínti íntima ma entr entree marido e esposa (Gn 4:1). Conhecer a Deus significa ter um relacionamento profundo com ele - compartilhar sua vida, desfrutar e ter prazer em seu amor. Esse conhecimento não é apenas uma questão de entender os fatos, mas sim de compreender a verdade (verr 1 Jo 2:3-5). (ve 2:3-5 ). É preciso entender a declaração "Aque le que não ama não conhece a Deus" (1 Jo 4:8) dentro desse contexto. Sem dúvida, muitos não cristãos amam a família e até se sacrificam por ela e, sem dúvida, diversos deles têm alguma compreensão intelectual de Deus. Mas o que lhes falta? Experimentar   Deus pessoalmente.   É possível parafrasear 1 João 4:8 c om o: "A pessoa que não tem esse tipo tipo de am or divino nunca adquir adquiriu iu um conhecimento pessoal e experiencial de Deus. Possui somente conhecimento inte lectual que nunca chegou ao coração  .

contrário mostra que não conhece a Deus!

2 . A quilo   q u e   D eus   fe fez z : " E nviou   seu  F ilho 1) ‫ ״‬  Jo 4:9-11) Uma vez que Deus é amor, ele deve trans mitir esse amo r não apenas em palavras, mas também em atos. O verdadeiro amor nunca é estático ou indiferente. Deus revela seu amor à humanidade de várias maneiras. Ele preparou toda a criação para suprir as ne cessidades dos seres humanos. Enquanto o pecado humano ainda não havia colocado a criação sob o jugo do pecado, o homem tinha na Terra um lar perfeito no qual amar e servir a Deus. O amor de Deus foi revelado em seu modo de tr tratar atar da na ção de Isr Israel ael.. "N ão vos teve o S e n h o r afeição, nem vos escolheu porque fósseis mais numerosos do que qual quer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o S e n h o r v o s   amava e [...] vos tirou com mão poderosa e vos resgatou   (Dt 7:7, 8 ).

 

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1 J O AO 4:1-1 4:1-1 6

A maior expressão do am amor or de Deus deudeuse na morte de seu Filho. "Mas Deus prova

de vida,  pois estão "mortos nos [seus] delitos e pecados" (Ef 2:1). De certo modo, é

o amor para pelo fato deseu ter próprio Cristo morrido porconosco nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5:8). O verbo "manifestar" significa "trazer à luz, tornar público". público" . É o oposto de "esconder, "esconder, tornar secreto". Na antiga aliança, Deus escondia-se atrás das sombras de rituais e de cerimônias (Hb 10:1); mas em Jesus Cristo "a vida se manifestou" (1 Jo 1:2). "Quem me vê a mim vê o Pai", disse Jesus (Jo 14:9). Por que Jesus Cristo se manifestou? "Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados" (1 Jo 3:5). "Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir [tornar

um paradoxo Cristo de morrer paramorque possamos viver! Os ter mistérios de sua te são insondáveis, mas de uma coisa sabemos: ele morreu por nós (Gl 2:20). A morte de Cristo é descrita como uma "propiciação". João usou essa palavra anteriormente (1 Jo 2:2), de modo que não há necessidade de estudá-la aqui em detalhes outra vez. É preciso lembrar que prop  propiciaç iciação ão   não significa que o homem precise fazer qualquer coisa para apaziguar Deus ou para aplacar sua ira. A propiciação é algo que Deus faz, a fim de dar aos homens a possibilidadee de receber seu perdão. "Deus é luz" bilidad

ineficazes] obras do diabo" (1 Jo 3:8). Onde Jesusastirou os pecados e destruiu as obras de Satanás? Na cruz! Deus manifestou seu amor na cruz, quando entregou seu Filho como sacrifício pelos nossos pecados. Essa é a única passagem da epístola em que Jesus é chamado de "Filho unigênito" de Deus. Esse título é usado no Evangelho de João (Jo 1:14) e significa "singular, o único de seu tipo". O fato de Deus ter enviado  seu Filho ao mundo comprova a divindade de Jesus Cristo. Os bebês não são enviados 

e, portanto, deve defender deseja sua Leiperdoar santa. "Deus é amor" e, portanto, os pecadores. De que maneira Deus pode perdoar os pecados e, ainda assim, se manter fiel a sua natureza santa? A resposta é a cruz. Lá, Jesus levou sobre si o castigo pelo pecado e cumpriu os requisitos justos da Lei santa. Mas lá, Deus também revelou seu amor e tornou possível aos homens a salvação pela fé. É importante observar que a ênfase é sobre a morte  de Cristo, não sobre seu nasci-

ao mundo de algum outro lugar; eles nas   cem   no mundo. E como Homem perfeito,

mento. O fato de que Jesus se fez carne (Jo 1:14) é, sem dúvida, evidência da gra-

Jesus nasceu no mundo, mas como Filho eterno, foi enviado ao mundo. Mas a vinda de Cristo ao mundo e sua morte na cruz não se deram por causa do amor dos homens por Deus. Antes, decorreram do amor de Deus pelos homens. A atitude do mundo para com Deus representa qualquer coisa, menos amor! João apresenta dois propósitos da morte de Cristo na cruz: ela aconteceu para que vivêssemos por meio dele (1 Jo 4:9) e para que ele fosse a propiciação por nossos pecados (1 Jo 4:10). Sua morte não foi um acidente; foi um compromisso marcado. Cristo não morreu como mártir frágil, mas sim como um poderoso conquistador. Jesus Cristo morreu para que vivêssemos "por meio dele" (1 Jo 4:9), "para ele" (ver 2 Co 5:15) e "em união com ele" (1 Ts 5:9,1 0). Os pecadores precisam encarecidamente

ça e do amor de Deus, mas o texto ressalta que ele "o fez pecado por nós" (2 Co 5:21). O exemplo de Cristo, os ensinamentos de Cristo e toda a vida de Cristo aqui na Terra têm seu verdadeiro motivo e cumprimento na cruz. Pela segunda vez, os cristão são exortados a "amar uns aos outros" (1 Jo 4:11). Essa exortação é um mandamento a ser obedecido (1 Jo 4:7), e é baseada na natureza de Deus. "Deus é amor; conhecemos a Deus; portanto, devemos amar uns aos outros.   Mas a exortação para amarmos uns aos outros é apresentada como um privilégio, não como uma responsabilidade: "Se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros" (1 Jo 4:11). Não somos salvos por amar  a   a Cristo, mas sim por crer  em   em Cristo (Jo 3:16). Mas depois de ter a conscientização do que ele fez por nós na

 

1 J O Ã O 4:1-1 6

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cruz, nossa resposta natural deve ser amar a Deus e amar uns aos outros. É importante os cristãos progredirem em sua compreensão do amor. Amar uns aos outros motivados apenas por um senso de dever é bom, mas amar por apreciação (não por obrigação) é muito melhor. Esse pode ser um dos motivos pelos quais Jesus instituiu a Ceia do Senhor, a eu caristia. Quando repartimos o pão e com partilhamos o cálice, lembramos a morte de Cristo. Poucas pessoas (se é que existem) desejam que sua morte seja lembrada! Na verdade, lembramos a vida   de um ente que

Mas tudo isso serve de preparação para o terceiro fato grandioso: Deus faz algo em   nós! Não somo s apenas estudiosos lendo um livro ou espectadores assistindo a um aconteci mento profundam ente com oven te. So mos  pa  p a rt rtic icip ipa a n te s  do grande drama do amor de Deus. A fim de diminuir os custos, uma turma de artes cênicas de uma universidade não fez cópias do roteiro roteiro completo de uma peça para seus autores. Em vez disso, entregou a cada um apenas o roteiro referente a sua parte na encenação. Quando o diretor co meçou o ensaio, percebeu que nada dava

rido e tentamos uec uecer era aCristo. tri tristeza stezaEle da ordena morte.   O mesmo não seesq aplica que lembremos sua morte: "fazei isto em memória de mim". Devemos lembrar da morte de Cristo de maneira espiritual, não apenas sentimental. Alguém definiu a emoção como "um senti mento sem responsabilidade". É fácil sentir emoções solenes em um culto da igreja e, ainda assim, continuar levando a mesma vida derrotada. A verdadeira experiência espiri tual envolve o ser humano como um todo.

certo. eDepois de uma hora de deixas per didas de seqüências trôpegas, os atores desistiram. Então, o diretor chamou todos para o palco e disse: - Eu vou ler a peça inteira para vocês, fiquem em silêncio e prestem atenção. Leu o roteiro completo em voz alta, e, quando terminou, um dos atores exclamou: - Então é disso que a peça trata! E quando os atores entenderam a histó ria inteira, conseguiram encaixar um papel

 A m e n te   precisa compreender a verdade

com o outro e ensaiar corretamente.

3 . O q u e   D eus   fa z: " D eus   permanece  em  n ó s " (1 Jo 4:12-16)

Q ua nd lemos"Então 1 João 4:12-16 vontade deo dizer: é disso que, temos o tex to trata!", pois descobrimos nessa passagem o que Deus tinha em mente ao elaborar seu plano maravilhoso de salvação. Em primeiro lugar, Deus deseja viver em   nós.  Não se contenta em dizer   que ele nos ama nem mesmo demonstrar   esse amor. É interessante acompanhar os lugares onde Deus habitou conforme a Bíblia os re gistra. No princípio, Deus tinha comunhão direta com o homem (Gn 3:8), mas o peca do rompeu essa comunhão. Deus precisou

Pode até ser proveitoso que João disse agora sobrerecapitular a verdadeofundamen tal de que "Deus é amor". Essa verdade é revelada não apenas na Palavra, mas também na cruz, onde Cristo morreu por nós. "Deus é amor" não é ape nas uma doutrina da Bíblia; é um fato eter no demonstrado claramente no Calvário. Deus disse algo  pa  para ra n ó s e   Deus fez algo  p o r n ó s .

derramar o sangue paradecobrir os pecados de Adãodee animais Eva, a fim que pudessem voltar a ter comunhão com ele. Uma das palavras-chave do Livro de Gênesis é o verbo andar.  Deus andava com o homem, o homem andava com Deus. Enoque (Gn 5:22), Noé (Gn 6:9) e Abraão andavam com Deus (Gn 17:1; 24:40). M as n a é p o ca d o s aco n t e ci m e n t o s registrados em Êxodo, havia ocorrido uma

espiritual; o coração precisa amar e apreciar essa verdade; e a volição  precisa agir de acor do com ela. Quanto mais alguém se apro funda no significado da cruz, maior será seu amor por Cristo e maior sua preocupação ativa peíos semelhantes. Vimos o que Deus é e o que ele fez; mas um terceiro fundamento conduz a um nível ainda mais profundo de significado e de implicações acerca do amor cristão.

 

666

1 JO Ã O 4:1 4:1 -1 6

mudança: Deus não apenas andava  com os homens, mas também vivia ou habitava com

Deus é invisível (1 Tm 1:17), e nenhum homem pode vislumbrá-lo em sua essência.

eles. mandamento de Deus foi: "E meO farão um santuário, parapara queIsrael eu possa habitar no meio deles" (Êx 25:8). O primeiro desses santuários foi o tabernáculo. Quando Moisés o consagrou, a glória de Deus desceu e veio habitar na tenda (Êx 40:33-35). Deus habitava no acampamento, mas não  habitava no corpo dos israelitas como indivíduos. Infelizmente, a nação pecou, e a glória de Deus partiu (1 (1 Sm 4:21 4:21).). Mas D Deus eus usou Samuel e Davi para restaurar a nação, e Salomão construiu um templo magnífico.

Jesus imagem do Deus invisível" (Cl 1:15). "é Ao aviver no mundo com um corpo humano, Jesus revelou Deus. Mas Jesus não está mais aqui na Terra. De que maneira, então, Deus se revela ao mundo? Ele se revela pela vida de seus filhos. Os homens não podem ver Deus, mas podem   nos ver.  Ao permanecer em Cristo, vamos amar uns aos outros, e nosso amor uns pelos outros revelará o amor de Deus pelo mundo necessitado. O amor de Deus será experimentado em nós  e, então, será experimentado  po r meio mei o de nós. Essa palavra importante - "permanecer 

Quando o templo foiarconsagrado, a glória de Deus voltou a habitar habit na Terra (1 Rs 8:18:1-11). 11). Mas a história repetiu-se; Israel desobedeceu a Deus e foi levado para o cativeiro, e seu templo esplendoroso foi destruído. Ezequiel, um dos profetas do cativeiro, viu a glória de Deus partir do templo (Ez 8:4; 9:3; 10:4; 11:22, 23). A glória de Deus voltou? Sim, na Pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus! "E o Verbo se fez carne e tabernaculou em nosso meio e contemplamos a sua glória" (Jo 1:14, tradução literal). A glória de Deus habitou na Terra no corpo de Jesus Cristo, pois seu

-Refere-se é usad usadaaà seis sei s ve vezes zes eem m 1 João comunhão pessoal com4:12-16. Cristo. Habitar em Cristo significa permanecer em união espiritual com ele, de modo que nenhum pecado se coloque entre nós. Uma vez que somos "nascidos de Deus", temos união  com Cristo; mas é só ao confiar nele e ao obedecer a seus mandamentos que temos comunhão  com ele. Da mesma forma que o marido e a esposa fiéis "permanecem no amor" mesmo separados por grandes distâncias, também o cristão permanece no amor de Deus. Esse  pe  perm rman anece ecer  r   é possível por causa do Espírito Santo que habita em

corpo era templo de Deus (Jo 2:18-22). Mas os homens perversos pregaram esse corpo em uma cruz. Crucificaram "o Senhor da glória" (1 (1 Co C o 2:8 2:8).). Tudo isso fazia parte do plano maravilhoso de Deus e Cristo ressuscitou dentre dos mortos, voltou para o céu e enviou seu Espírito Santo  para habitar   Agora, a glória de Deus habita no corpo dos filhos de Deus. "Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Co 6:19). A glória de Deus partiu do

nós Que (1 Jomaravilha 4:13). e privilégio ter Deus habitando em nós! Os israelitas do Antigo Testamento olhavam com grande admiração para o tabernáculo ou para o templo, pois era lá que se encontrava a presença de Deus. Nenhuma pessoa ousava entrar no Santo dos Santos, onde Deus estava entronizado em glória! Mas nós nó s   temos o Espírito de Deus vivendo dentro de   nós! Permanecemos em seu amor e experimentamos sua presença habitando em nós. "Se alguém me ama, guar guar-dará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada"

tabernáculo do templo quando Israel que desobedeceu aeDeus, mas Jesus prometeu o Espírito habitará em nós  para sempre sem pre   (Jo 14:16). Considerado esse contexto, é possível entender melhor melhor o q que ue 1 João 4: 4:12-16 12-16 diz.

(Jo O 14:23). amor de Deus é  pro  procla clama mado do   na Palavra ("Deus é amor") e  pro  provad vado o  na cruz. Mas aqui encontramos algo mais profundo: o amor de Deus é aperfeiçoado  no cristão. Por mais inacreditável que pareça, o amor de

nos homens.

 

1 J O Ã O 4:1-1 6

De us não é ape rfeiçoado nos anjos, mas si sim m nos pecadores salvos pela graça divina. Nós, cristãos, somos, agora, tabernáculos e tempios onde Deus habita. Ele revela seu amor por meio de nós. G. Campbell Morgan, conhecido pregador inglês, teve cinco filhos, e todos se tornaram ministros do evangelho. Um dia, uma pessoa que visitava a família de Morgan teve a ousadia de perguntar: - Qual dos seis é o melhor pregador? E a respost respostaa em u níssono foi: - A m amãe! É evidente que a sra. Morgan nunca havia pregado um sermão formal em uma igre ja , m as su a vi vid d a er eraa um se serm rm ão co nsta ns tann te sobre o amor de Deus. A vida de um cristão que permanece no amor de Deus é um testemunho poderoso de Deus no mundo. Os homens não podem ver Deus, mas podem ver seu amor nos movendo a realizar atos de socorro e de bondade. Estes versículos sugerem três testemunhos distintos: { 1 ) 0  testemunho d o   cristão de que Jesus Cristo é o Filho de Deus (1 Jo 4:15); (2) o testemunho n o   cristão pelo Espírito píri to ((11 Jo 4:1 3) ; (3) o testemunho  p o r m e io   do cristão de que Deus é amor e enviou

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Jesus nãò se ateve a pregar o amor de Deus; ele o provou entregando sua vida na cruz e espera que seus seguidores façam o mesmo. Permanecendo em Cristo, permaneceremos em seu amor. Se permanecemos em seu amor, demonstraremos esse amor a outros. Ao compartilhar esse amor, provamos a nosso coração que estamos em Cristo. Em outras palavras, não existe separação entre a vida interior e a vida exterior do cristão. Permanecer no amor de Deus gera dois benefícios espirituais maravilhosos na vida do cristão: ( 1 ) ele cresce em conhecimento; e (2 ) ele cresce na fé (1 Jo 4:16). Quanto mais amamos a Deus, mais compreendemos o amor de Deus. E quanto mais compreendemos o amor de Deus, mais fácil torna-se confiar em Deus. Afinal, quando conhecemos alguém intimamente e amamos essa pessoa de todo o coração, não há dificuldade em confiar nela. Um homem estava na seção de cartões de uma loja e não conseguia escolher um cartão. A vendedora perguntou se ele precisava de ajuda, e ele respondeu: Minha esposa e eu estamos comemo-

s eu Filho para morrer pelo mundo (1 Jo 4:14). Esses testemunhos não podem ser separados. O mundo não crerá que Deus ama os pecadores enquanto não vir seu amor operando na vida de seus filhos. Uma jovem obreira do Exército da Salvação encontrou uma mulher abandonada na rua e a convidou para entrar na capela e ser ajudada. A obreira garantiu à mulher: - Nós amamos você e desejamos ajudáIa. Deus ama você. Jesus morreu por você. Mas a mulher não quis sair de onde es-

rando quarenta anos de casados, mas não consigo encontrar um cartão que diga o que eu tenho em mente. Quarenta anos atrás teria sido fácil escolher um cartão, pois, naquela época eu pensava que sabia o que era amor. Mas agora, nosso amor um pelo outro é muito maior, e não consigo encontrar dizeres que o expressem corretamente! Assim é a experiência de crescimento do cristão em seu relacionamento com Deus. Ao permanecer em Cristo e passar tempo em comun hão com ele, o cris cristão tão ama ao Senhor cada vez mais. Seu amor por

tava. Assim, como eque poraimpulso divino, a mo ça inclinou-se beijou mulh er na face, tomando-a tomando -a em seus braços. A mulher começou a soluçar e, como uma criança, deixouse conduzir para dentro da capela, onde, mais tarde, aceitou a Cristo. - Você disse   que Deus me amava - ela comentou depois -, mas foi só quando mostrou   que Deus me amava que desejei ser salva.

outros perdidos e oaté pelos inimigoscristãos, cresce. pelos Ao compartilhar amor do Pai com outros, experimenta mais desse amor na própria vida e o compreende cada vez melhor. Assim, Assi m, "Deu s é amor   não é apenas uma declaração bíblica profunda. É a base para o relacionamento do cristão com Deus e com o próximo. Uma vez que Deus é amor, nós podemos amar. Seu amor não é algo do

 

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1 J O Ã O 4 : 11 - 16 16

passado; é uma realidade presente. "Amemo-nos uns aos outros" começa como um mandamento  (1 Jo 4:7), mas se torna um  pr  prii- 

palavras. As pessoas precisam de expressões de amor. Um dos motivos pelos quais Deus permi-

vilégio   (1 Jo 4:11). No entanto, é mais do

te que opaguem mundooodeie os mundo cristãoscom é que os cristãos ódio do amor. "Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós [ .] Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai orai pelo peloss que vos perse perseguem" guem" (Mt 5:1 5:11, 1, 44). - Pastor, a Bíblia diz que devemos amar ao próximo, mas duvido que alguém   seja capaz de amar pessoas como meus vizinhos - disse a sra. Barton no final de uma aula da escola dominical. - Já tentei ser agradável com eles, mas não funciona. - Talvez a resposta não seja "ser agradável" - explicou o pastor. - É possível ser agradável com as pessoas por motivos errados. - Vocês acha que eu estou tentando "suborná-los"? - Algo assim... Creio que nós dois devemos orar para que Deus lhe dê amor espir  /'  /'tual verdadeiro por seus vizinhos. Ter amor cristão por eles não lhes fará mal algum disse o pastor. Demorou algumas semanas, mas a sra. Barton cresceu em amor por seus vizinhos; e também se viu crescendo na própria vida espiritual. - Meus vizinhos não mudaram muito -

que um mandamento ou do que um privilégio. Também é uma conseqüência  maravilhosa e uma evidência de que estamos em Cristo (1 Jo 4:12). Amar uns aos outros não é algo que simplesmente se deve  fazer; é algo que se deseja  fazer. Podemos extrair algumas aplicações práticas dessa verdade fundamental. Em primeiro lugar, quanto melhor se conhece o amor de Deus, mais fácil se torna viver como cristão. O conhecimento bíblico, por si só, não toma o lugar da experiência pessoal do amor de Deus. Na verdade, se não houver cuidado, pode ser um substituto perigoso. Helen voltou para casa de um retiro de  joven  jov enss ext extrem rem amen am ente te em empo polga lgada da co com m o que havia aprendido. - Ouvimos uma palestra maravilhosa sobre as devocionais pessoais - contou para sua irmã Joyce. - Não vou deixar de fazer minha devocional um dia sequer. Uma semana depois, enquanto Joyce passava o aspirador de pó na casa, ouviu Helen gritar: - Você precisa fazer esse barulho todo? Não está vendo que eu estou tentando fazer

minha devocional? - Terminada a explosão verbal, Helen bateu a porta com toda força. O que ela ainda não havia aprendido é que as devocionais não são um fim em si. Se não ajudarem a amar a Deus e aos outros, não servem de muita coisa. A Bíblia é uma revelação do amor de Deus; quanto melhor se compreende seu amor, menos dificuldade haverá em obedecer ao Senhor e em amar aos outros. Em segundo lugar, se não amarmos  os perdidos, nosso testemunho verbal lhes será inútil. A mensagem do evangelho é uma mensagem de amor. Esse amor foi declarado e demonstrado por Jesus Cristo. A única maneira de ganhar outros para Cristo é declarar o evangelho e demonstrá-lo em nosso modo de viver. Muitos "testemunhos", hoje em dia, não passam de uma porção de

comentou em seu grupo de oração mas minha atitude em relação a eles mudou bastante. Eu costumava fazer coisas por eles para conseguir sua aprovação. Agora, porém, faço as coisas por amor a Cristo, porque o Senhor morreu por eles, e isso faz toda diferença! Neste parágrafo da primeira epístola de João, o apóstolo vai ao cerne do amor cristão. No entanto, ainda tem outras coisas a ensinar. Na seção seguinte, João trata do amor pessoal por Deus e de como Deus aperfeiçoa esse amor em nós. Esses dois aspectos do amor cristão não podem ser separados um do outro: se amarmos a Deus, amaremos uns aos outros, e se amarmos uns aos outros, cresceremos no amor por Deus. E as duas declarações acima são verdadeiras, porque "Deus é amor".

 

9

A m e m , H on re m   e  O bedeçam   JoAo 4:1 7 - 5:5

noivo estava extremamente nervoso enquanto ele e a noiva tratavam dos planos para a cerimônia de casamento com o pastor. - Gostaria de ver uma cópia dos votos matrimoniais - disse o rapaz, e o pastor lhe deu uma cópia do roteiro da cerimônia. O  jove  jo ve m leu co m at aten ençã ção o e de po is devo de volv lveu eu o papel dizendo: - Não serve! Aqui não diz em parte alguma que ela deve me obedecer! A noiva sorriu, segurou a mão do noivo e disse: - Querido, a palavra o b e d e c e r   não pre cisa estar escrita num pedaço de papel. Ela  já foi escr es crititaa co m am or no me meuu c o ra raçç ão . Essaa é a verdade que João tem em m en Ess te nesta parte de sua epístola. Até aqui, a

seus filhos da mesma forma que ama Cristo  (Jo 17:23). E Jesus diz que o Pai deseja que o amor com o qual ele ama seu Filho esteja em seus filhos (Jo 17:26). Em outras palavras, a vida cristã deve ser uma experiência diária de crescimento no amor de Deus. À medida que cresce em amor, o cristão passa a conhecer o Pai ce lestial de maneira cada vez mais profunda. É fácil fragmentar a vida cristã e se preo cupar com esta ou aquela parte em vez de se preocupar com o todo. Um grupo pode enfatizar a "santidade" e instar seus membros a conquistar vitória sobre o peca do. Outro pode enfatizar o testemunho ou a "separação do mundo". Mas, na verdade, cada uma dessas ênfases é apenas o pro duto de outra coisa: o amor crescente do cristão pelo Pai. O amor cristão maduro é a grande necessidade universal no meio do povo de Deus. Com o o crist cristão ão pode saber que sseu eu amor pelo Pai está sendo aperfeiçoado? Este pa rágraf rág rafo o de 1 João sugere quatro evi evidências. dências.

1.

C o n f i a n ç a (1 Jo 4:17-19) Aqui há duas palavras novas na epístola: "medo" e "tormento". Convém lembrar que o apóstolo está se dirigindo a cristãosl  Pode

ênfase fo foii sobre os cristãos amarem uns aos   outros;   mas agora, a ênfase é em um tó pico mais profundo e mais importante: o amor do cristão  p e lo Pai.  Não se pode amar o próximo nem o irmão sem antes amar o Pai celestial. Em primeiro lugar, deve-se amar a Deus de todo o coração; então, sere mos capazes de amar o próximo como a nós mesmos. A palavra-chave desta seção é aperfei çoar.  Deus deseja aperfeiçoar em nós seu amor por nós e nosso amor por ele. O ter

acontecer de um cristão ter uma vida cheia de medo e tormento? Infelizmente, muitos cristãos professos sentem-se amedrontados e atormentados diariamente. O motivo para iisso sso é a falta de crescimento no amor de Deus. O termo confiança  pode significar "ou sadia" ou "liberdade de expressão". Não quer dizer impudência nem insolência. O cristão que experimenta o amor de Deus sendo aperfeiçoado em sua vida cresce na confiança em Deus. Possui temor reverente do Senhor, não medo atormentador. É um

m o aperfeiçoar   dá a idéia de maturidade e  d e  p le n it u d e .   O cristão não deve crescer apenas na graça e no conhecimento (2 Pe 3:18 ), mas também no amor pelo Pa Pai.i. Ess Essee cres cimento se dá em resposta ao amor do Pai por ele. Q uã o gran grande de é o amor de De us por nós nós?? Grande o suficiente para ter enviado seu Fi lho para morrer por nós (Jo 3:16). Ele ama

filho que respeita o Pai, não um prisioneiro que se encolhe de pavor diante de um juiz. O termo grego usado para "medo" é  ph  p h o b ia ,  uma palavra que faz parte de nosso vocabulário. Os livros de psicologia relacio nam fobias de todo tipo como, por exemplo, acrofobia, o   medo de altura, e hidrofobia,   o   medo de água. Aqui, João escreve so bre krisisfobia, o   medo do julgamento. O

 

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1 J O Ã O 4 : 1 7 - 5: 5

apóstolo já mencionou essa verdade solene em 1 João 2:2 8 e volt voltaa a trat tratar ar dela nes nesta ta passagem.

definido pelo amor. Não fomos nós que o amam os; foi foi ele quem nos amou (ver 1 Jo 4:10). "Porque, se nós, quando inimigos,

sente que medoo normalmente algoQuem no passado assombra, algotem no presente que o perturba ou algo em seu futuro tur o que o faz sent sentir ir-se -se am eaça eaçado. do. Seu medo pode resultar, ainda, de uma combinação desses três elementos. O que crê em Jesus Cristo não precisa temer o passado, o presente nem o futuro, pois experimentou o amor de Deus, e esse amor está sedo aperfeiçoado em sua vida cada dia. "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hb 9:27). Mas o cristão não precisa temer o julgamento futuro, pois Cristo já foi julgado por

fomos reconciliados com Deus morte do seu Filho, muito mais, mediante estando jáa reconciliados, seremos salvos pela sua vida" (Rm 5:10). Se Deus nos amou quando não éramos filhos, vivendo em desobediência a ele, quão maior não é seu amor por nós agora que somos seus filhos! Não é preciso temer o  pre  p re se n te ,   pois "o perfeito perfei to amor lança fora o medo " ( ‫ ן‬  Jo 4:18). Ao crescer no amor de Deus, deixamos de temer o que eíe fará. É evidente que exist existee um "temor de De us" correto, mas este não causa tormento. "Porque não recebestes o espírito de escravidão,

ele cruz. ouve "Em averdade, em verdade digo:naquem minha palavra e crê vos naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (Jo 5:24). "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8:7). Para o cristão, o julgamento não é futuro, mas sim  pa ssa ss a d o.   Seus pecados já foram julgados na cruz e jamais serão usados para condená-lo outra vez. Eis o segredo de nossa confiança: "segundo ele é, também nós somos neste mundo" (1 Jo 4:1 7). Sabemos que quando Cristo voltar, seremos "como ele" (1 Jo 3:1, 2), mas essa declaração declara ção ref refere ere-se, -se, principalm principalm ente, ao

para viverdes, outra vez, mas recebestes o espírito de atemorizados, adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai" (Rm 8:15). "Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação" (2 Tm 1:7). Na verdade, o medo é o início do tormento. Fica-se atormentado ao olhar para o que se encontra adiante. Muita gente sofre intensamente ao pensar na próxima consulta com o dentista. Pode-se imaginar o sofrimento intenso de um não-salvo ao contemplar o dia do julgamento. Mas uma vez que o cristão tem confiança no dia do julgamento, também pode ter con fiança ao encarar a vi vida da

corpo glorificado que o cristão receberá (Fp 3:20, 21). Posicionalmente,  já somos "como ele". Como membros do corpo de Cristo, somos identificados com ele de maneira tão próxima que nossa posição neste mundo é como a posição exaltada de Cristo no céu. Isso significa que o Pai nos trata da mesma forma que trata seu Filho amado. Sabendo disso, que motivo há para temer? Não Nã o é preciso temer o futuro, pois nossos pecados foram julgados em Cristo quando ele morreu na cruz. O Pai não iria julgar nossos pecados novamente sem julgar seu Filho, pois "segundo ele é, também nós somos neste mundo". Não é preciso temer o  pa  p a ss a d o,  pois "Ele nos amou primeiro". Desde o princípio, nosso relacionamento com Deus sempre foi

no presente, pois nenhuma situação nesta vida sequer chega perto da severidade terrível do dia do julgamento. Deus deseja que seus filhos vivam em um ambiente de amor, não de medo e de tormento. Não é preciso temer a vida nem a morte, pois somos aperfeiçoados no amor de Deus. "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, tribulaç ão, ou ang angústia, ústia, ou pers perseeguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos

 

1 J O Ã O 4 : 1 7 - 5 ::55

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do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8:35, 37-39). Que maravilhoso! Nada em toda a cria ção - presente ou futura - pode se colocar entre o amor de Deus e nós! O aperfeiçoamento do amor de Deus em nossa vida normalmente envolve diver sos estágios. Quando estávamos perdidos, vivíamos com medo e não sabíamos coisa alguma sobre o amor de Deus. Depois de aceitar a Cristo, encontramos uma mistura confusa de medo e amor no coração. Mas ao crescer em comunhão com o Pai, aos poucos, o medo foi desaparecendo, e nosso coração passou a ser controlado somente

medo d esaparece, e é poss possível ível enca rar Deus e os homens sem preocupação. - Quantos membros tem esta igreja? perguntou um visitante ao pastor. - Cerca de mil membros - respondeu o pastor. - É um bocado de gente para você ten tar agradar! - exclamou o visitante. - Meu amigo, posso lhe garantir que nuncaa tent nunc tentei ei agradar todos os me mbro s, nem mesmo alguns deles - disse o pastor sorrin do. - Meu objetivo é agradar um uma a   Pessoa: o Senhor Jesus Jesus Cristo. Se meu relacionamento relacionamento com ele estiver em ordem, as coisas também estarão em ordem em meu relacionamento

pelo amorentre de Deus. O cristão imaturo vê-se dividido o medo e o amor; o cristão maduro descansa no amor de Deus. Um dos sinais de que o amor do cristão por Deus está amadurecendo é uma con fiança cada vez maior na presença de Deus. Mas essa confiança não é o ponto final; ela sempre conduz a resultados morais. Encontramos aqui, pela sétima vez, as pala vras: "Se alguém disser...". Cada vez que se vê essa expressão, já

comUm os cristão membros da igreja. imaturo que não cresce em seu amor por Deus pode pensar que precisa impressionar outros com sua "espiritualidade". Esse erro o tr transforma ansforma em um mentiroso! Pro fessa al algo go que não prati pratica ca e d esempen ha um papel em vez de viver a vida. Taivez o melhor exemplo desse pecado sejaa a exp eriência de Ananias e Safir sej Safiraa (At 5). O s dois venderam uma propriedade e leva ram  pa  p a rt rtee   do dinheiro para o Senhor, dando a impressão, porém, de que estavam ofer tando todo o  dinheir  dinheiro. o. O pecado desse cas casal al

se sabe o que virá em seguida: uma adver

não foi tomar dinheiro de Deus, pois Pedro

2 . H o n e s t i d a d e  ( t ) o 4 :2 0 , 2 1 )

tência sobre o fingimento. O medo e o fingimento costumam an dar juntos. Na verdade, as duas coisas tive ram origem no pecado do primeiro casal. Quando Adão e Eva sentiram culpa, a pri meira coisa que fizeram foi tentar esconderse de Deus e cobrir sua nudez. Mas nem a cobertura e nem as desculpas que criaram podiam escondê-los dos olhos do Deus que vê todas as coisas. Por fim, Adão admitiu: "Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi" (Gn 3:10).

deixou claro que ficava a critéri critério o d eles deci dir como usar o dinheiro (At 5:4). O pecado deles foi a hipocrisia. Tentavam levar as pes soas a pensar que eram mais generosos e espirituais do que, na verdade, era o caso. "Fazer de conta" é uma das brincadei ras prediletas prediletas de criança s pequ enas, ma mas, s, por certo, não é um sinal de maturidade nos adultos. Os adultos devem c o n h e c e r   a si   mesmos   e ser autênticos , cumprindo o pro pósito para o qual Deus os salvou. Sua vida deve ser marcada pela honestidade.

Mas quando o coração tem confiança diante de Deu s, não há necessidade de fingi diante fingirr nem para Deus, nem para as outras pessoas. O cristão que não confia em Deus também não confia no povo de Deus. Parte do tor mento decorrente do medo consis consiste te em uma preocupação constante. "O que será que as pessoas sabem, de fato, a meu respeito?" Mas quando temos confiança em Deus, esse

A honestidade eespiri spiritual tual traz paz e poder para quem a pratica. Não é preciso manter um registro das mentiras ditas nem gastar energia para encobrir a verdade. Uma vez que sua vida é franca e honesta diante do Pai, viverá de maneira honesta diante das pessoas. O amor e a verdade andam juntos. A pessoa sabe que Deus a ama e a aceita (mesmo com todos os seus defeitos) e, por

 

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JOÃO 4:1 7 - 5:5

isso, não tenta impressionar os outros. Ama a Deus e, portanto, ama os irmãos em Cristo. As notas de Jerry haviam caído bastante e, para piorar, ele estava com problemas de saúde. Preocupado com ele, seu colega de quarto finalmente o convenceu a falar com o psicólogo da universidade. - Não consigo entender o que se passa comigo... - admitiu Jerry. - Ano passado, estava tudo indo bem nos estudos e, este ano, é como estar no meio de uma guerra. - Você tem algum problema com seu novo colega de quarto? - perguntou o conselheiro. A demora de Jerry em responder pareceu significativa ao psicólogo. - Jerry, você está se concentrando em

necessidade. O que Paulo escreveu sobre as ofertas também se aplica à vida: "Não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria" (2 Co 9:7). Qual é o segredo de obedecer com ale-  gr/a? É reconhecer que a obediência é um assunto de família. Servimos a um Pa Paii amoroso e ajudamos os irmãos e as irmãs em Cristo. Somos nascidos de Deus, amamos a Deus e aos filhos de Deus e demonstramos esse amor guardando os mandamentos de Deus. Uma mulher foi ao escritório do editor de um jornal na esperança de lhe vender alguns poemas que ela havia escrito. - Do que tratam seus poemas? - perguntou o editor.

viver como seu um colega bom aluno ou tentando impressionar de quarto com suas habilidades? - É, acho que esse é o problema... - respondeu Jerry com um suspiro de alívio. Fiquei desgastado fingindo ser algo que não sou, e agora não tenho energia para viver de verdade. A confiança em Deus e a honestidade com os outros são duas marcas da maturidade que sempre aparecem quando o amor de Deus está sendo aperfeiçoado.

Eles falam de amor! - disse a poetisa com- todo entusiasmo. O editor reclinou-se para trás em sua cadeira e pediu: - Leia um deles para mim. O mundo certamente precisa de um bocado de amor! O poema que ela leu era cheio de luares,  de flores  e de outras expressões melosas, e o editor não pôde mais suportar. - Sinto muito - disse ele mas voc vocêê não entende nada de amor! Amar não é falar da Lua e das rosas. É assentar-se ao lado do leito de um enfermo a noite toda ou fazer hora-extra para poder comprar sapatos

3. Obediência

alegre

(1 Jo 5:1-3)

Não é   "Os apenas   masnão obediência alegre! seusobediência, mandamentos são pe-

para os amor filhos.poético. O mundo não do precisa tipo de Precisa bom desse e ve-

nosos (1 Jo 5:3). Com exceção dos seres humanos, tudo na criação obedece à vontade de Deus. "Fogo e saraiva, neve e vapor e ventos procelosos que lhe executam a palavra" (SI 148:8). No Livro de Jonas, os ventos, as ondas e até o peixe obedecem às ordens de Deus, enquanto o profeta insistia em desobedecer. Até mesmo a planta e o verme pequenino fizeram o que Deus ordenou. Mas o profeta obstinado insistiu em fazer as coisas a seu modo.

lho amor  prático. D. L. Moody costumavam dizer: "Toda Bíblia deve ser encadernada com couro de sapato". Não se demonstra amor por Deus com palavras vazias, mas sim com obras cheias de disposição. Os cristãos não são escravos obedecendo a algum senhor, mas sim filhos obedecendo ao Pai. E o pecado é um assunto de família. Um dos testes do amor em processo de amadurecimento é a atitude em relação à Bíblia, pois é nas Escrituras que está revela-

A desobediência à vontade de Deus trágica, mas a obediência relutante e deé má vontade não é melhor. Deus não dese ja que lhe des desobe obedeç deçam amos, os, mas também não quer que obedeçamos por medo ou por

da a vontade de Deus apara a vida. Um não salvo pode considerar Bíblia um livro impossível, principalmente porque não entende sua mensagem mensagem espirit espiritual ual (1 Co 22:14 :14).). Par Paraa o cristão imaturo, as exigências que a Bíblia

 

67 3

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faz são um fardo pesado. Em certo sentido, é como uma criança pequena aprendendo a obedecer que pergunta: "Por q u e   eu te nho de fazer isso?   ou "Não seria melhor eu fazer ass/m?" Mas o cristão que experimenta o amor de D eus aperfeiçoa os caminhos de sua vi vida da e encontra prazer na Palavra de Deus e a ama. Não lê a Bíblia como um livro didáti co, mas sim como uma carta de amor. O capítulo mais longo da Bíblia é o Sal mo 119, e seu tema é a Palavra de Deus. Em todos os versículos, com exceção de dois (SI 119:122, 132), o salmista menciona, de uma forma ou de outra, a Palavra de Deus, chamando-a de "lei", "preceito", "manda mento" etc. O mais interessante, porém, é que o salmista ama   a Palavra de Deus e gos ta de falar a seu respeito! "Quanto amo a tua lei!" (SI 119:97). Ele se regozija na Lei (SI 119 :14, 162) e ssee del deleita eita nela ((SI SI 119 :16, 24 ). É como mel para seu paladar (SI 119:103). Aliás, ele transforma a Lei de Deus em cân tico: "O s teus decretos são moti motivo vo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação" (SI 119:54). Imagine transformar decretos   em cânti cos.  O que aconteceria se a orquestra sin

prazer em obedecer a ela. A confiança em Deus, a honestidade com o semelhante e a obediência alegre são as marcas do aperfei çoamento do amor e os ingredientes para uma vida cristã feliz. Também é possível ver como o pecado destrói tudo isso. Ao desobedecer a Deus, perde-se a confiança nele. Se o cristão não confessar seu pecado imediatamente e se não pedir o perdão de D Deus eus ((11 Jo 1:9), com eçará a fingir a fim de encobrir sua transgressão. A desobediência conduz à desonestidade, e ambas afastam o coração da Palavra de Deu s. Em vez de ler a Bíblia com alegria par paraa descobrir a vontade do Pai, ignora-se a Pa lavra ou, por vezes, lê-se a Bíblia de forma corriqueira. O fardo da religião (seres humanos ten tando agradar a Deus com as próprias for ças) é extremamente pesado (ver Mt 23:4), mas o jugo que Cristo coloca sobre nós não é, de modo algum, penoso (Mt 11:28-30). O am or torna os fardos mais leves. Jacó tev tevee de trabalhar sete anos para receber a espo sa que amava, mas a Bíblia diz que "estes lhe pareceram como poucos dias, pelo mui to que a amava   (Gn 29:20). O amor em aperfeiçoamento produz obediência alegre.

fônica nossaas cidade um concertodetendo leis de apresentasse trânsito com fun

4.

V i t ó r i a   (t

Jo 5:4,

5)

do musical? A maioria de nós não considera as leis uma fonte de cânticos jubilosos, mas era assim que o salmista via a Lei de Deus. Um a ve z que ele amava ao Senhor Senhor,, também amava sua Lei. Os mandamentos de Deus não eram opressivos nem pesados para ele. Assim como o filho que ama o pai obedece de bom grado a suas ordens, também o cris tão cujo amor está sendo aperfeiçoado obe dece com alegria às ordens de Deus. Nesse ponto, é bom recapitular e com

A deusa grega da vitória era Nike, e esse também é o nome de um tipo de míss míssilil aéreo norte-americano. O termo grego nike   (pro nuncia-se "niqui") significa, simplesmente, vitória. M as qual é a relação entre a vitória e o amor cristão cada vez mais maduro? Os cristãos vivem em um mundo real repleto de obstáculos tremendos. Não é fáfá-  d l   obedecer a Deus. É muito mais fácil se guirr o ffluxo gui luxo do mundo e desob edecer a D eus, fazendo o que nos parece melhor.

preender prático do em processo odesignificado amadurecimento na amor vida diá ria. Λ medida que o amor pelo Pai torna-se mais maduro, há crescimento em confian ça, e não há mais medo de fazer sua vonta de. Há também honestidade mútua e se perde o medo da rejeição. Há, ainda, uma nova atitude diante da Palavra de Deus: ela é a expressão do amor de Deus, e existe

Mas otercristão "nascido de Deus". Issoe significa dentroéde si a natureza divina, ela é incapaz de desobedecer a Deus. "Por que todo o que é nascido de Deus vence o mundo" (1 Jo 5:4). Quando a velha nature za está no controle, o cristão desobedece a Deus, mas quando sua nova natureza está no controle, obedece a Deus. O mundo apeIa para a velha na natureza tureza (1 Jo 2:15 2:15-17 -17)) e tenta

 

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fazer os mandamentos de Deus parecerem pesados. A vitória  decorre da fé, e há crescimento na fé à medida que se cresce no amor. Quanto mais se ama uma pessoa, mais fácil é confiar nela. Quanto mais o amor por Cristo é aperfeiçoado, mais a fé em Cristo também o será, pois a fé e o amor devem amadurecer juntos. João gostava do termo vencer; em \  João 2:13, 14, refere-se à vitória sobre o diabo. O apóstolo usa essa palavra sete vezes em Apocalipse para descrever os cristãos e as bênçãos que recebem (Ap 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21). Não descreve uma categoria especial de cristão. Antes, usa o termo ven-  cedores  como designação do verdadeiro cristão. Ao nascer de Deus, somos vencedores. Conta-se que um soldado do exército de Alexandre, o Grande, não lutava com bravura e sempre ficava para trás quando deveria avançar. O grande general abordou-o e perguntou: - Qual é seu nome, soldado? - Meu nome é Alexandre - o homem respondeu. O general olhou-o diretamente nos olhos e disse com firmeza: - Ou você vai à luta ou muda de nome! Qual é nosso  nome? "Filhos de Deus aqueles que são nascidos de novo e pertencem a Deus." Alexandre, o Grande, queria que seu nome fosse um símbolo de coragem; nosso nome traz consigo a certeza da vitória. Ser nascido de Deus Deu s significa ter part partee

ele está na luz" (1 Jo 1:7). Quem afirma permanecer nele deve portar-se como ele se portou (1 Jo 2:6). Seus filhos devem ser na Terra como ele é no céu. Tudo o que é preciso fazer é apropriar-se dessa posição maravilhosa  pela fé  a agir  de   de acordo com ela. Quando Jesus Cristo morreu, morremos com ele. Nas palavras de Paulo: "Estou crucificado com Cristo" (Gl 2:19). Quando Cristo foi sepultado, fomos sepultados com ele. E, quando ele ressuscitou, ressuscitamos com ele. "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida" (Rm 6:4). Quando Cristo subiu ao céu, subimos com ele e, agora, estamos assentados com ele nos lugares celestiais (Ef 2:6). E, quando Cristo voltar, participaremos de sua exaltação. "Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória" (Cl 3:4). Todos esses versículos descrevem a posição espiritual do que crê em Cristo. Ao tomar posse dessa posição pela fé, participamos de sua vitória. Quando Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos, ele o fez "sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir [...] E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja" (Ef 1:20-22). Isso significa que, posicionalmente, todo filho de

na vitória de Deus. É uma vitória de fé, mas fé em quê? Fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus! "Aquele que crê ser Jesus o Filho de Deu Deus" s" (1 Jo 5:5) vence o mundo. Não é a fé em nós mesmos, mas sim a fé em Jesus Cristo que nos dá a vitória. "No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo" (Jo 16:33). A identificação com Cristo em sua vitória traz à memória as diversas ocasiões em que aparece, na primeira epístola de João, a expressão "segundo [como] ele"."Segundo ele é, também nós somos neste mundo" (1 Jo 4:17). Devemos andar na luz, "como

Deus tem o privilégio de assentar-se bem acima de todos os inimigos! O lugar que a pessoa ocupa tem considerável influência sobre a autoridade que pode exercer. O que ocupa a cadeira de gerente exerce autoridade em âmbito restrito; o que ocupa a cadeira de vice-presidente exerce maior controle. Mas o que se assenta na cadeira do presidente exerce mais autoridade do que qualquer outro funcionário. Quer trabalhe em uma fábrica, quer em um escritório, ele é respeitado e obedecido em função do cargo que ocupa. Seu poder é determinado por sua posição, não por sua aparência pessoal nem pela forma de sentir-se.

 

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O mesmo se aplica ao filho de Deus: sua autoridade é determinada por sua posi ção em Cristo. Quando aceitou a Cristo,

Deus, agiram em função disso, e ele honrou sua fé e lhes deu vitória. Ter fé não é apenas dizer   que a Palavra de Deus é verdadeira;

identificou-se com ele por meio do Espírito Santo e passou a ser membro do corpo de Cristo (1 Co 12:12, 13). Sua vida pregressa foi sepultada, e ele foi ressuscitado para um a nova vida de glória. Em Cristo, está assenta do no trono do universo! Um veterano da Guerra Civil dos Esta dos Unidos vagava de um lugar para outro pedindo uma cama para dormir e um prato de comida, sempre falando sobre seu ami go, o "senhor Lincoln". As seqüelas dos ferimentos de combate não permitiam que ele trabalhasse normalmente, mas enquan

ter fé é agir  de acordo com a Palavr Palavraa de Deus porque é verdadeira. Alguém disse que ter fé não é crer apesar das evidências, mas sim obedecer apesar das conseqüências. A fé vitoriosa decorre de um amor cada vez mais maduro. Quanto mais conhecemos e amamos Jesus Cristo, mais fácil é confiar nele em meio às necessidades e batalhas da vida. É importante que esse amor em pro cesso de amadurecimento torne-se habitual e prático na vida diária. De que maneira o cristão experimenta esse tipo de amor e as bênçãos que fluem dele? Em primeiro lugar, esse amor precisa ser cultivado. Não é resultante de uma amiza de apenas razoavelmente bem-sucedida! Vimos em um estudo anterior que o cristão pode voltar a viver no mundo em estágios:

to se esforçava para sobreviver, não parava de falar de seu amado presidente. - Você diz que conheceu o presidente Lincoln - disse-lhe um cético. - Se isso é verdade, então prove! Ao que o homem respondeu: - Sem problemas. Eu tenho aqui um pe daço de papel que o próprio senhor Lincoln assinou e me entregou. Tirou de sua velha carteira um pedaço de papel com várias dobras e mostrou para o homem. - Não sei ler direito - desculpou-se mas sei que essa é a assinatura do senhor Lincoln. Outra pessoa que estava por perto leu o

1. Desen Desenvolve volve amizad amizadee com o mundo (Tg 4:4). 2. É contaminado pelo mundo (Tg 1:27). 3. Passa a ama amarr o mundo (1 Jo 2:15-1 7). 4. Confo Conforma-se rma-se com o mundo (Rm 12:2). Nosso relacionamento com Jesus Cristo tam bém se desenvolve em estágios.

É preciso cultivar a amizade com Cris

que se encontrava escrito no papel e per guntou: - Você sabe o que diz aqui? Você tem direito a uma excelente pensão do governo autorizada pelo presidente Lincoln. Não pre cisa viver como mendigo! Graças ao senhor Lincoln, você é um homem rico! Parafraseando as palavras de João: "Vo cês, cristãos, não precisam viver como derrotados, pois Jesus Cristo já os tornou vi toriosos! Ele já derrotou todos os inimigos, e vocês têm parte nessa vitória. Agora, apro priem-se dela  p  pel el a fé". fé ". O elemento essencial, obviamente, é a fé   que, aliás, sempre foi a chave de Deus para a vitória. Os grandes homens e mulhe res citados em Hebreus 11 conquistaram suas vitórias "pela fé  . Creram na palavra de

to. Abraão "foi chamado amigo de Deus   (Tg 2:23), porque se separou do mundo e obedeceu a Deus. Sua vida não foi perfeita, mas nas ocasiões em que pecou, confessou seu pecado e voltou a andar com Deus. Essa amizade começará a influenciar   Palavra, alavra, orar e ter com u nossa vida.  Ao ler a P

nhão com Deus e com o povo de Deus, as virtudes cristãs começarão a se tornar visí veis em nossa vida. Nossos pensamentos serão mais puros; nossas conversas, mais significativas; nossos desejos, mais saudáveis. No entanto, não seremos transformados de modo instantâneo e total; será um proces so gradativo.  A am iza izade de co m Crist Cr isto o e a se sem m elha el han n ça cada vez maior com ele conduzirão a  um amor mais profundo por ele.  No nível

 

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humano, a amizade, com freqüência,  conduz ao amor. No nível divino, a amizade deve  conduzir ao amor. "Nós amamos porque ele nos amou primeiro" (1 Jo 4:19). A

o medo é lançado fora, é possível ser francos e honestos; não é preciso fingir. E, uma vez que o medo desaparece, a obediência aos mandamentos de Deus nasce do amor, não

Palavra de Deusdorevela o amor delehabitando por nós, e a presença Espírito Santo em nós torna esse amor cada vez mais real para nós. Além disso, esse amor é praticado na obediência diária. O amor cristão não é uma emoção passageira, mas sim uma devoção permanente, um desejo profundo de agradar a Deus e de fazer sua vontade. Quanto mais conhecermos a Cristo,  mais o amaremos, e, quanto mais o amar-  mos, mais semelhantes a ele nos tornare-  mos: "conformes à imagem de seu Filho"   (Rm 8:29).  É evidente que só nos tornaremos completamente conformes à imagem de Cristo ao encontrá-lo (1 Jo 3:1-3), mas devemos começar esse processo hoje. Que maneira empolgante de viver! A medida que o amor de Deus é aperfeiçoado em nós, confiamos nele e, cada vez mais, deixamos de viver com medo. Uma vez que

do Descobrimos quefim, seus tos terror. não são penosos. Por aomandamenviver nesse ambiente de amor, honestidade e obediência alegre, é possível encarar o mundo com fé vitoriosa e ser vencedores, não derrotado derrotados. s. Esse processo não começa com uma experiência dramática e ousada, mas sim com a prática pessoal e tranqüila da oração. Pedro quis entregar a vida por Jesus, mas quando o Mestre pediu que ele orasse, Pedro adormeceu (Lc 22:31-33, 39-46). O cristão que começa o dia lendo a Palavra, meditando sobre ela e adorando a Cristo em oração e louvor experimenta esse amor que se aperfeiçoa cada vez mais. O crescimento em amor ficará evidente não apenas para o cristão em particular, mas também para os que convivem com ele. Sua vida será marcada pela confiança, honestidade, obediência alegre e vitória.

 

10

O Q  u e   S a b e m o s   ao  C erto? 1 Jo ã o   5 : 6 - 2 1

 / / A s única únicass coi coisas sas certa certass na vida são a   / V morte e os impostos." Benjamin Franklin escreveu essas palavras  em 1789. É evidente que um homem culto   como Franklin sabia da existência de diver

nascida de Deus e pode vencer o mundo.  Crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus é  um requisito fundamental para a experiên cia cristã. Mas como  saber que Jesus Jesus Cristo é Deus? D eus?  Alguns de seus contemporâneos chamaram-  no de mentiroso e de enganador (Mt 27:63).   Outros sugeriram que ele era um fanático   religioso, um louco ou, talvez, um patriota   judeu  jud eu sin sincer cero o mas comple com pletam tamen ente te equivo equ ivo cado. As pessoas para as quais João escre veu estavam expostas à falsa doutrina, bem   popular na época, de que Jesus era apenas  um homem comum sobre o qual "o Cristo"   manifestou-se no batismo, tendo sido dei xado por ele na crucificação ("Deus meu,  Deus meu, por que me desamparaste?"), de 

modo que Jesus morreu como um ser huma sas outras outras coisas tida tidass com como o certas. O cristã cristão o  também conhece inúmeras certezas. Ao falar  no qualquer. a respeito de verdade espiritual, os cristãos   A primeira epístola de João refuta essa  falsa doutrina. Apresenta três testemunhas   não temem dizer: "sabemos!" De fato, o ver infalíveis para provar que Jesus é Deus. bo saber   (traduzido, às vezes, por conhecer )  Primeira testemunha - a á águ gua. a.  Jesus  é usado trinta vezes nesta pequena epístola   "veio por meio de água e sangue". A água   de João, oito delas no último capítulo. refere-se a seu batismo no rio Jordão, quan O ser humano anseia por segurança e  do o Pai dirigiu-se a ele do céu e disse: "Este   está disposto até a envolver-se com coisas   é o meu Filho amado, em quem me com-   ocultas a fim de descobrir algo com certeza. prazo" (Mt 3:13-17). No mesmo instante, o  Um homem de negócios jantava com o  Espírito desceu sobre ele na forma de uma  pastor em um restaurante e lhe disse: Est Estáá vendo aqueles escri escritórios tórios do outr outro o  pomba e repousou sobre ele. Essa foi a ates-  tação do Pai acerca do Filho no início do mi lado da rua? Dentro deles trabalham alguns  nistério de Jesus. dos administradores mais influentes desta ci dade. Muitos costumavam vir aqui com fre Segunda testemunha - o sang sangue. ue.  Mas o 

qüência para consultar uma cartomante. Ela  não está mais por aqui, mas alguns anos atrás,   era possível até sentir os milhões de dólares  movimentando-se nesta sala, enquanto esses  homenss esperavam para consu homen consultar ltar-se -se com ela ela.. A vida real é construída sobre certezas   divinas divi nas encontradas em Jesus Cri Cristo. sto. O mun do pode acusar o cristão de ser orgulhoso e   dogmático, mas isso não o impedirá de di

Pai deu outro testemunho quando se aproxi mava o tempo de Jesus morrer. Falou a Jesus   audivelmente do céu e disse: "Eu já o glorifi-  quei [o meu nome] e ainda o glorificarei" (Jo  12:28). Além disso, o Pai testemunhou por  meio de seu poder miraculoso quando Jesus   estava na cruz: a escuridão sobrenatural, o  terremoto e o rompimento do véu no templo   (Mt 27:45, 50-53). Não é de se admirar que  

zer: "eu epístola sei!" Nestes últimos versículos da    primeira de João, há cinco certezas cristãs sobre as quais é possível construir a  vida com toda segurança.

o centurião tenha "Verdadeira mente este era Filhoexclamado: de Deus" (Mt 27:54). Jesus não recebeu "o Cristo" em seu   batismo batis mo e depois o perdeu na cruz. Nas N as duas  ocasiões, Deus deu testemunho da divin dade de seu Filho. Terceira testemunha  - o Espírito.  O Es pírito foi concedido para dar testemunho de

1.

J e s u s   é  D e u s   (1 J o

5:6-10)

Em 1 João 5:15:1-5, 5, a êênfase nfase é sobre a fé em  Cristo. A pessoa que crê em Jesus Cristo é

 

678

1 J O Ã O 5 : 66- 2211

Cristo (Jo 15:26; 16:14). Pode-se crer no testemunho do Espírito "porque o Espírito é a verdade". Nem você nem eu presenciamos o batismo e a morte de Jesus, mas o Espírito

de confiar em homens, o que nos impede de confiar em Deus? E não  confiar nele é torná-lo mentiroso! Jesus é Deus: essa é a primeira certeza

Santo lá. Terra O Espírito é aduranúnica Pessoa,estava ativa na hoje, Santo presente te o ministério de Cristo aqui. O Pai é testemunha do passado, enquanto o testemunho do Espírito é testemunha hoje. O primeiro é exterior, enquanto o segundo é interior, e os dois são concordantes. De que maneira o Espírito testemunha dentro do coração do cristão? "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que

do paracristianismo, todo o resto.uma certeza fundamental

A palavra-chave em 1 João 5:6-10 é testemu-  nho. Deus deu testemunho de seu Filho, mas também deu testemunho de seus filhos cada um dos cristãos. Sabemos que temos a vida eterna! Além do testemunho do Espírito dentro de nós, também temos o testemunho da Palavra de Deus. "Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome

somos filhosé de Deus" interior (Rm 8:15, 16). perSeu testemunho a certeza de que tencemos a Cristo; não é algo "produzido" por nós, mas sim algo que Deus nos dá. O Espírito também testemunha por meio da Palavra. Ao ler a Palavra de Deus, ele fala e ensina. Isso não se aplica aos não salvos (1 Co 2:14), 2:1 4), mas apenas aos qu quee crêem. O cristão sent sente-se e-se "em cas casa" a" quando está com o povo de Deus porque tem o Espírito habitando dentro de si. Essa é outra forma de o Espírito dar testemunho. A Lei exigia três testemunhos para que uma questão fosse resolvida (Dt 19:15). O

do Filho Deus Deus11é) uma Jo 5:1 5:13). 3). não é algo A vidadeeterna dádiva; conquistado por esforços próprios (Jo 10:2729; Ef 2:8, 9). Essa dádiva é uma Pessoa: Jesus Cristo. A vida eterna é recebida não apenas de   Cristo, mas também em  Cristo. "Aquele que tem o Filho tem a vida" (1 Jo 5:12). Não é apenas "vida", mas "a vida" a "verdadeira vida" {1 Tm 6:19). Essa dádiva é recebida pela fé. Deus registrou oficialmente em sua Palavra que oferece vida eterna aos que crêem em Jesus Cristo. Milhões de cristãos provaram que o registro de Deus é verdadeiro. Não crer é

testemunhou no batismo e na do cruz, 0PaiEspírito testemunha hoje dentro cris-e tão. O Espírito, a água e o sangue resolvem a questão: Jesus é Deus. (A maioria dos estudiosos concorda que

fazer Deus e, se Deus é mentiroso, nada   é mentiroso certo. Deus deseja que seus filhos saibam  que pertencem a ele. João foi inspirado pelo Espírito a escrever seu Evangelho e a garantir

2. Os CRISTÃOS TÊM (1 Jo 5:11-13)

A VIDA ETERNA

1

João 5:7 não pertence à epístola original, mas sua exclusão não afeta em nada a doutrina ensinada nesta passagem.) Uma vez que aceitamos o testemunho de homens, por que rejeitaríamos o testemunho de Deus? É comum ouvir pessoas dizerem: "Gostaria tanto de ter fé!" Mas todo mundo vive  pela fé! fé! O dia todo todo,, as pessoas confiam umas

que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (Jo 20:31). Escreveu esta epístola para que tenhamos certeza de que nós  somos filhos de Deus (1 Jo 5:13). Creio que convém recapitular as características dos filhos de Deus: • "Todo aquele que pratica a justiça é nascido dele" (1 Jo 2:29). • "Todo aquele que é nascido de Deus

nas outras. Confiam médico edo no restaufarmacêutico; confiam no no cozinheiro rante; confiam até no sujeito que dirige na faixa ao lado na avenida. Se somos capazes

não vive na prática de pecado" {1 Jo 3:9). • "Nós "Nó s sabem sabemos os que já pas passamos samos da morte para a vida, por porque que amamos os irmãos" (1 Jo 3:14).

 

1 J O Ã O 5 :6 : 6 --22 1

679

• "Amados, "Amado s, amemoamemo-nos nos uns aos outros, outros,   porque o amor procede de Deus; e todo  todo  aquele que ama é nascido de Deus e co nhece a Deus" (1 Jo 4:7). • "Porque todo o que é nascido de D Deu euss  vence o mundo" (1 Jo 5:4). Se tivermos essas essas "marcas de nascença", nascença",   poderemos dizer com toda certeza que so mos filhos de Deus. Quando Sir James Simpson, o descobri dor do clorofórmio, estava em seu leito de  de   morte, um amigo lhe perguntou: - Senhor, quais são suas especulações  especulações   neste momento? Ao que Simpson respondeu: - Especulações! Não tenho especulação  especulação  

Em segundo lugar, é preciso orar segun do a vontade de Deus. "Faça-se a tua vonta-  vonta-   Law:  de ‫״‬  (Mt 6:10). Nas palavras de Robert Law:  "A oração é um instrumento poderoso, não  não   para conseguir que a vontade do homem  homem   seja feita no céu, mas para garantir que a  a  vontade de Deus seja feita na Terra ‫״‬. George  George  Muller, que ofereceu a milhares de órfãos  órfãos  alimentos providos em resposta a orações,  orações,   disse: "Orar não é vencer a relutância de  de   Deus, mas sim se apropriar da disposição  disposição   de Deus". Há ocasiões em que a única coisa a orar  orar   é: "Faça-se a tua vontade e não a minha ‫״‬,  pois simplesmente não sabemos qual é a  a  vontade de Deus para uma questão. Mas,  Mas, 

alguma! "Porque tenho crido  crido e estou certo de sei queem elequem é poderoso para    para  guardar o meu depósito até aquele Dia."

Uma coisa é saber que Jesus é Deus e que  que   somos filhos de Deus; mas e quanto às ne cessidades e problemas da vida diária? Je sus ajudou as pessoas quando estava aqui  aqui   na Terra; será que ele ainda as ajuda? Os   pais humanos tomam conta dos filhos; será  será  que o Pai celestial responde quando seus 

na maioria vezes, é possível descobrir a   vontade de das Deus ao ler a Palavra, ouvir o  oa  Espírito (Rm 8:26, 27) e discernir as circuns tâncias. A própria fé que demonstramos ao  ao   pedir algo a Deus é, muitas vezes, a prova  prova   de que ele quer conceder conce der ta tall coisa (Hb 11:1) 11:1).. A Bíblia contém muitas promessas das  das   quais é possível apropriar-se. Deus prome teu suprir nossas necessidades (Fp 4:19) e  e  não a nossa ganância! Quem obedece à  à  vontade de Deus e precisar verdadeiramen te de algo, ele a suprirá, a sua maneira e a  a  seu tempo.

filhos chamam? Osocristãos são confiantes na oração, da  da   mesma forma que são confiantes enquanto  enquanto  esperam o julgamen julgamento to ((11 Jo 2:28; 4:17). C Com omo o  vimos, o termo confiança  significa "liberda

"Mas se por é daque vontade Deus que eu  eu   tenha algo, precisodeorar pedindo?" pedindo?"  Porque a oração é o meio que Deus deseja  deseja   usar para que seus filhos obtenham o   que que   necessitam. Deus determina não apenas o  o 

3 . D e u s r es es p o n d e à s o r a ç õ e s  

(1 Jo 5:14, 15)

de de d e expre expressão". ssão". PodePode-se se chegar ao Pa Paii livr livre e mente e lhe falar de nossas necessidades. É evidente que existem certas condições  condições   para isso. Em primeiro lugar, o coração não deve  deve   nos condenar (1 Jo 3:21, 22). O pecado   não confessado é um obstáculo sério ao  ao  recebimento de respostas de oração (SI  (SI 

fim, mas também o meio para alcançar esse  esse   fim: a oração. Quanto mais o cristão me ditar sobre esse arranjo, mais claramente  claramente   perceberá como ele é maravilhoso. Na ver dade, a oração é o termômetro da vida es piritual. Quem deseja que Deus lhe supra as  as   necessidades deve obedecer à ordem divi na de andar junto dele.

66:18). É interessante observar que de sentendimentos entre maridos e esposas  esposas   cristãos podem ser um empecilho a suas ora ora çõ ções es (1 Pe 3:1-7). Se existe algo entre nós ee   outro cristão, é preciso resolver a questão  questão  (Mt 5:23-25). E a menos que o cristão per maneça em Cristo, suas orações não serão  serão  respondidas (Jo 15:7).

João não diz: "Obteremos  os pedidos  pedidos   que lhe temos feito", mas sim: "Estamos cer tos  de que obtemos os pedidos que lhe te (ver 1 Jo 5:1 5:15). 5). O verbo encon mos feito‫״‬  (ver tra-se no tempo presente. Talvez não se veja  a resposta à oração de imediato, mas existe  existe  a certeza interior de que Deus já respon deu. Essa certeza, ou fé, é "a convicção de

 

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1 J O Ã O 5 : 66-- 2 1

fatos que se não vêem" (Hb 11:1). É Deus dando testemunho de que ouviu e respondeu. A oração é para o ser espiritual aquilo que a respiração é para o ser físico. Se deixarmos de orar, começaremos a "esmorecer" (Lc 18:1). A oração não é apenas o que proferimos com os lábios, mas também o desejo do coração. "Orai sem cessar" (1 Ts 5:17) não significa que o cristão deva estar sempre orando em voz alta. Ninguém é ouvido pelas muitas palavras que diz (Mt 6:7). Antes, a oração incessante, bem como as palavras dos lábios, indicam a atitude do coração. O cristão que tem o coração firme em Cristo e que procura glorificá-lo ora constantemente, mesmo que não esteja consciente disso.

que gosta de dar aos filhos o que eles necessitam. Apesar de ser Deus encarnado, Jesus dependia da oração. Ele viveu na Terra da mesma forma que devemos viver: na dependência do Pai. Levantava logo cedo para orar (Mc 1:35), mesmo quando havi haviaa ficado aco acorrdado até tarde da noite curando multidões. As vezes, passava a noite inteira em oração (Lc 6:12). No jardim do Getsêmani, orou "com forte clamor e lágrimas" (Hb 5:7). Também orou três vezes na cruz. Se o Filho de Deus, que não tinha pecado algum, precisava orar, quanto mais nós. O mais importante na oração é a vontade de Deus. Deve-se gastar tempo para descobrir a vontade de Deus sobre uma questão, buscando na Bíblia promessas e

O conhecido prega pregador dor Spur Spurgeon geon trabalhava com afinco em Charles uma mensagem, mas não conseguia concluí-la. Já era tarde, e sua esposa lhe disse: - Por que você não vai para cama? Eu o chamo logo cedo, e você pode terminar o sermão pela manhã. Spurgeon adormeceu e começou a pregar em voz alta o sermão que estava lhe dando tanta dor de cabeça! A esposa anotou tudo o que ele disse e, no dia seguinte, entregou as anotações ao pregador. - Ora, era exatamente o que eu queria dizer! - exclamou o pregador, surpreso. A

princípiosa aplicáveis à situação. U ma vezorar Uma co co-nhecida vontade de Deus, é possível com toda confiança e esperar que ele revele a resposta.

"Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado" (1 Jo 5:18). "Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado" (1 Jo 3:9). Não se trata, aqui, do pecado ocasional, mas sim do pecado habitual, da prática do pecado. Uma vez que o cristão possui uma nova

mensagem já estava em seu só precisava ganhar expressão. O coração, mesmo acontece com a oração. Se permanecermos em Cristo, Deus ouve até nossos desejos do coração, coraçã o, quer os expressemos audivelmente quer não.

natureza (a "divina "div ina anseios semente"; 1 Jo 3:9),e tam também possui novos e apetites nãoestá interessado em pecar. O cristão enfrenta três inimigos, e todos eles querem levá-lo a pecar: o mundo, a carne e o diabo.

4. Os CRISTÃOS NÃO PRATICAM p e c a d o   (1 Jo 5:16-19)

O

As páginas da Bíblia e da história contêm inúmeros relatos de orações respondidas. A oração não é uma forma de auto-hipnose. Também não oramos porque isso nos faz sentir melhor. Oramos porque Deus ordenou que o fizéssemos e porque a oração é o meio determinado por Deus para que o cristão receba o que Deus deseja lhe dar. A

O mundo inteiro jaz no Maligno (1 Jo 5:19), Satanás - o Deus desta era (2 Co 4:3, 4, tradução literal) e príncipe deste mundo (Jo 14:30). Ele é o espírito que opera nos filhos da desobediência (Ef 2:2). Satanás  usa vários artifícios para levar o cristão a pecar. Ele conta mentiras, como fez a Eva (Gn 3; 2 Co 11:1-3), e quando as

oração mantém o cristão dentro da vontade de Deus, em uma posição em que pode servir e ser abençoado. Os cristãos não são mendigos, mas filhos de um Pai riquíssimo

pessoas crêem no que ele diz, desviam-se da verdade de Deus e lhe desobedecem. Satanás também pode infligir sofrimento físico, como fez com Jó e com Paulo (2  Co

 

1 J O Ã O 5:6-21

12:7-9). No caso de Davi, Satanás usou o  o  orgulho como arma e instigou-o a fazer um  um  censo do povo e, desse modo, se rebelar  rebelar   contra Deus (1 Cr 21). Satanás é como uma  uma   serpente que engana (Ap 12:9) e como um  um  leão que qu e dev devora ora (1 Pe 5:8, 9). É u um m inimigo inimigo   terrível. Existe, ainda, o problema da carne,  a ve lha natureza com a qual nascemos e que  que   continua dentro de nós. Por certo, temos  temos   Jo   uma nova natureza (a "divi "divina na sement semente1 e1 ;‫״‬  Jo 3:9), mas nem sempre nos entregamos a ela. O terceiro inimi inimigo go é o mundo  (1 Jo 2:15,  2:15,  17). É fácil entregar-se à concupiscência da  da  carne, à concupiscência dos olhos e à so berba da vida! O ambiente em que vivemos  vivemos   torna difícil manter a mente pura e o cora ção fiel a Deus. Então, de que maneira  o cristão guarda-  guarda-  se do pecado? A resposta resposta está em 1 João 5:18: Je Jesu suss  Cristo protege o cristão para que o inimigo  inimigo  não o toque. "Aquele [Cristo] que nasceu  nasceu   de Deus o guarda [o cristão], e o Maligno  Maligno   não lhe toca ‫״‬. Apesar de ser necessário o  o  cristão guardar-se no amor de Deus (Jd 21),  21),   ele não deve depender de si mesmo para  para  vencer Satanás. A experiência de Pedro com Satanás  Satanás   ajuda a entender essa verdade com mai maiss ci ciaa-   reza. "Simão, Simão, eis que Satanás vos re clamou para vos peneirar como trigo! Eu,  Eu,  porém, roguei por ti, para que a tua fé não  não   desfaleça; tu, pois, quando te converteres,  converteres,  fortalece os teus irmãos" (Lc 22:31, 32).

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Uma das características dos "jovens es-  es-  o  pirituais‫״‬  é sua capacidade de vencer o  maligno (1 Jo 2:13, 14). Qual é seu segre do? "A palavra de Deus permanece [neles] ‫״‬  (1 jo 2:14). Uma das partes da armadura de  de   Deus é a espada do Espírito (Ef 6:17), e essa  essa   espada derrota Satanás. Quando o cristão peca, pode confessar  confessar   seu pecado e ser perdoado (1 Jo 1:9). Mas  Mas   o cristão não deve brincar com o pecado,  pecado,   "porque o pecado é a transgressão da lei"  lei"  (1 Jo 3:4). A pessoa que pratica o pecado  pecado   prova que pertence a Satanás (1 Jo 3:7-10).  3:7-10).  Além disso, Deus adverte que o pecado  pecado   pode levar à morte física! alguns  "Toda  injustiça é pecado ‫״‬, mas alguns  pecados têm conseqüências mais graves do  do   que outros. Todos  os pecados são abominá veis para Deus e também o devem ser para  para   o cristão; mas alguns pecados são punidos  punidos   com a morte. João relata (1 Jo 5:16, 17) o  o  caso de um irmão (um cristão) cuja vida foi  foi  tirada por causa de seus pecados. A Bíblia menciona pessoas que morre ram por causa de seus pecados. Nadabe e  e  Abiú, dois dos filhos do sacerdote Arão,  Arão,   morreram porque desobedeceram a Deus  Deus   deliberadamente (Lv 10:1-7). Corá e seu clã  clã   opuseram-se a Deus e morreram (Nm 16).  16).  Acã foi apedrejado porque desobedeceu desobedeceu  às ordens que Josué havi havia a recebido de D eus eus   em Jericó (Js 6 - 7). Um homem chamado  chamado   Uzá tocou na arca e foi morto por Deus  Deus   (2 Sm 6). Há quem argumente que esses são exem-  exem-  

Em primeiro lugar, Satanás não pode to car qualquer cristão sem a permissão de  de   Deus. Satanás desejava peneirar todos   os  os  discípulos, e Jesus deu-lhe permissão. Mas  Mas   Jesus orou especialmente por Pedro, e sua  sua  oração foi respondida. No final, apesar de a  a  coragem de Pedro ter falhado, sua fé perma

pios do Antigo Testamento e que João escre ve para cristãos do Novo Testamento que se  se   encontram debaixo da graça. Aquele a quem muito é dado, muito lhe  lhe  será exigido. O cristão de hoje tem uma  uma  responsabilidade muito maior de obedecer  obedecer   a Deus do que os santos do Antigo Testa

neceu firme. Pedro foi restaurado, tornan-   tornan-  do  se um servo poderoso e útil no trabalho  trabalho de ganhar almas para Cristo. Sempre que Satanás ataca, certamente  certamente   Deus lhe deu permissão. E se Deus lhe deu  deu  permissão, também nos dará poder para  para  vencer, pois jamais permite uma provação  provação   que vá além de nossas forças (1 Co 10:13).

mento. Temos a re velação plena adaBíblia graçacompleta, de Deus temos e temos o  o  Espírito Santo habitando dentro de nós para  para   nos ajudar a obedecer a Deus. Mas há casos  casos   em que cristãos do Novo Testamento perde ram a vida porque desobedeceram a Deus. Ananias e Safira mentiram a Deus sobre  sobre   sua oferta e ambos morreram (At 5:1-11).

 

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1 J O Ã O 5 :6 :6 - 2 1

5. A VIDA CRISTÃ É A VIDA REAL (1 Jo 5:20,21)

Alguns cristãos de Corinto morreram por causa da forma de agir na Ceia do Senhor (1 Co 11:3 1 1:30). 0). E 1 Corín Coríntios tios 5:1-5 dá a enten enten-der que certo transgressor teria morrido, se não houvesse se arrependido e confessado seus pecados (2 Co 2:6-8). Caso o cristão não julgue, confesse nem deixe o pecado, Deus precisará disciplináIo. Esse processo é descrito em Hebreus 12:1-13, em que é sugerido que uma pessoa que recusa   sujeitar-se ao Pai não viverá  recusar  r  sujeitar-se (Hb 12:9). Em outras palavras, Deus primeiro "dá umas palmadas" em seus filhos rebeldes e, se eles não se sujeitarem a sua vontade, poderá retirá-los do mundo para que a desobediência desses rebeldes não faça outros se desviarem nem envergonhe ainda mais o nome do Senhor. O "pecado para a morte" não é um pecado específico,  mas sim um tipo  de pecado que conduz à morte. No caso de Nadabe e Abiú, foi sua presunção de exercer indevidamente o sacerdócio no santuário de Deus. No caso de Acã, foi a cobiça, e no de Ananias e Safira, a hipocrisia, tendo eles mentido até para o Espírito Santo. Se um cristão vê um irmão cometer um pecado, deve orar por ele (1 Jo 5:16), pedir que ele confesse seu pecado e que volte a ter comunhão com o Pai. Mas se, ao orar, ele não sentir que está pedindo dentro da vontade de Deus (conforme (conforme a instrução em 1 Jo 5:14, 5:1 4,

Jesus Cristo é o Deus verdadeiro. Conhecemos Aq  Aque uele le  que é verdadeiro e estamos no  que é verdadeiro. Temos o que é real! "Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro verdadeiro Deus e a vida eter eterna" na" (1 Jo 5:20) 5:20).. A realidade é um tema que aparece ao longo de toda a primeira epístola de João e do qual voltamos a ser lembrados nesta passagem. É provável que João estivesse escrevendo a cristãos na cidade de Éfeso, uma cidade dedicada à idolatria. O templo de Diana, uma das maravilhas do mundo antigo, ficava em Éfeso, e a confecção e comercialização de ídolos era uma das principais ocupações dos efésios (At 19:21-41). Uma vez que se encontravam cercados pela idolatria, os cristãos de lá sofriam pressões tremendas para viver como o restante dos efésios. Mas "sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus" (1 Co 8:4). Ou seja, um ídolo não possui existência real. O mais triste da idolatria é que uma imagem morta não pode fazer coisa alguma pelo adorador, pois não é verdadeira. Os escritores hebreus do Antigo Testamento chamavam os ídolos de "nada, coisas vãs, vapor, vazio". Um ídolo é

15), então não deve pois, não intercedas por orar este pelo povo,irmão. nem "Tu, levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te ouvirei" (Jr 7:16). Tiago 5:14-20 é, em certo sentido, paraleio a 1 João 5:16, 17. Tiago descreve uum m cristão enfermo, possivelmente por causa de seu pecado. Ele manda chamar os presbí-

um substítuto  inanimado e inútil do que écom real. Os Salmos condenam a idolatria severidade (SI 115:1-8; 135:15-18). Para os homens, os ídolos parecem reais - têm olhos, ouvidos, ouvido s, boca, nariz, mãos e pés mas não passam de imitações inúteis do que é real. Os olhos são cegos, os ouvidos são surdos, a boca é muda, as mãos e pés são inertes.

teros; estes atendem e vão orar por ele. A oração da fé o cura e, se ele pecou, seus pecados são perdoados. A "oração da fé" é aquela feita dentro da vontade de Deus; conforme 1 João 5:14, 15, é orar "no Espírito Santo" (Jd 20).

O pior é que "[tornam]-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam" (SI 115:8). As pessoas tornam-se semelhantes ao deus a quem adoram! Esse é o segredo da vida real. Tendo conhecido o Deus verdadeiro por meio de seu

Os cristãos Possuem não praticam o pecado liberadamente. dentro de si a denatureza divina; Jesus Cristo os guarda, e eles não querem que Deus precise discipliná-los.

Jesus Cristo,comunhão estamos em contato coms aFilho, realidad realidade. e. Nossa é com um Deus Deu verdadeiro. Como vimos, a palavra "real" significa "original, que não é uma cópia" e

 

1 J O Ã O 5 :6 -21

68 3

"autêntico, que não é uma imitação". Jesus  Jesus  Cristo é a Luz verdadeira (Jo 1:9), o Pão ver dadeiro (Jo 6:32), a videira verdadeira (Jo  (Jo  15:1) e a própria Verdade (Jo 14:6). Ele é o  o  Original; todas as outras coisas são cópias.  cópias.  Ele é o autêntico; todas as outras coisas não  não   passam de imitações. Os cristãos vivem em um ambiente de  de  realidade. A maioria dos incrédulos vive em  em  um ambiente de falsidade e de simulação.  simulação.   Os cristãos receberam discernimento espiri tual para distinguir entre o verdadeiro e o  o  falso, um discernimento que os incrédulos  incrédulos   não possuem. Os cristãos não escolhem   apenas entre o que é bom e o que mau, mas  mas   também entre o que é verdadeiro e o que  que  

Como Moisés, o cristão "[permanece]  "[permanece]  firme como quem vê aquele que é invisível"  invisível"  (Hb J 1:27). A fé é ""aa convicç convicção ão de fatos que que   se não vêem" (Hb 11:1). Noé nunca havia  havia  visto um dilúvio e, no entanto, pela fé, ele o  o  "viu‫״‬  chegando e fez o que Deus lhe orde nou. Abraão "viu" uma cidade e um país  país   celestial pela fé e se dispôs a abrir mão de  de  seu lar terreno para seguir a Deus. Todos os  os   grandes heróis da fé citados em Hebreus 11  11  realizaram seus feitos porque "viram o invi-  invi-  sível‫״‬  pela fé. Em outras palavras, viveram  viveram   em contato com a realidade. O mundo glo gloria ria-se -se de seu esclarecim en to, mas o cristão anda na verdadeira   luz, pois  pois  Deuss é luz. O mundo fa Deu fala la de aamor, mor, mas nã não o 

é falso. Um ídolo representa o que é falso e  e  vazio, e a pessoa que vive para os ídolos  ídolos  acaba se tornando, ela própria, falsa e vazia. Hoje em dia, pouca gente prostra-se di ante de ídolos de madeira e de metal. Ainda  Ainda   assim, existem outros ídolos que cativam sua  sua  atenção e afeição. A avareza,  por exemplo,  exemplo,  é idolatria (Cl 3:5). Um indivíduo pode ido latrar seu talão de cheques ou sua carteira  carteira   de investimentos com o mesmo fervor que  que   o chamado pagão adora seu ídolo repulsi vo. "Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a  a   Ad  A dcontrola o ra m o s anossa  qu ilo   eleque darás culto"   (Mt a servimos! Tudo4:10). o que nossa

sabe nada sobre o verdadeiro   amor que o  o  cristão experimenta, porque "Deus é amor".  amor".  O mundo exibe sua sabedoria e conheci mento, mas o cristão vive na verdade, pois  pois   "o Espírito é verdade". Deus é luz, amor e  e  verdade, e, Juntos, esses três elementos cons tituem a vida real. "Não faz diferença em que a pessoa crê,  crê,   desde que seja sincera!" Essa desculpa tão comum nem merece  merece   refutação. Será que faz alguma diferença  diferença   aquilo em que o farmacêutico, o médico ou  ou   o engenheiro químico crêem? Faz toda a  a  diferença do mundo!

vida e determina nossas ações é nosso deus. Isso explica por que Deus adverte sobre  sobre  o pecado da idolatria. Não é apenas uma  uma   transgressão de seu mandamento (Êx 20:1 6), mas também uma forma sutil de Satanás  Satanás  

Derra me uma lágrim Derrame lágrimaa por Jimm Jimmyy Brown; O pobre Jimmy se foi. Poiss o que pensou ser H Poi H220 , Er Eraa H2S H2S 0 4!

nos controlar. Quando "coisas" tomam o  o  lugar de Deus na vida, há idolatria. Isso sig nifica viver em função do que é irreal  em em   vez de viver para aquilo que é real. Para uma pessoa do mundo, a vida cris tã é irreal e a vida mundana é real. Isso por que o indivíduo mundano vive em função  função  do que pode ver e sentir (coisas), não do  do  que Deus diz em sua Palavra. Um deus é  é  uma coisa   temporária, Jesus Cristo é o Deus  Deus   eterno. "Porque as [coisas] que se vêem são  são   temporais, e as que se não vêem são eter nas" (2 Co 4:18).

(H2 (H 20 = água; H H22S 0 4 = ácido sulfúric sulfúrico) o) A experiência dos cristãos é: "deixando os  os  ídolos, vos convertestes a Deus, para ser-  ser-  virdes o Deus vivo e verdadeiro" (1 Ts 1:9).  1:9).  Os ídolos não têm vida, mas Cristo é o Deus   vivo. Os ídolos são falsos, mas Cristo é o  o  Deus verdadeiro. Esse é o segredo da vi da real! Assim, a admoestação de João: "guardai-  "guardai-   vos dos ídolos ‫״‬  pode ser parafraseada as sim: "Atent "Atentem em para aass imitaçõe imitaçõess e para tudo tudo   o que é artificial e sejam autênticos!"

 

2

ESBOÇO Tema-chave: Amar e viver a verdade  verdade  Versículo-chave: 2 João 4

I. IN TR O D U ÇÃ O -W . 1-3 II. PRATICAR A VERDADE --   W . 44--6

J o ã o

III. PROTEGER A VERDADE VERDAD E --   W . 77-1 ‫ז‬ IV.. CO IV CONC NCLUS LUSÃO ÃO

VV VV.. 12,13  12,13  

CONTEÚDO 1.

Uma família fiel (2 Jo)..................................................685

 

1

U m a   F a m í l i a   F iel ie l

1. D

e v e m o s  c o n h e c e r   a  v e r d a d e 

(2 Jo 1-3) João usa o termo "verdade" quatro vezes  vezes   nesta saudação, de modo que se trata de  de   uma palavra importante. Seu significado bá

s mestres apóstatas não só invadiam  invadiam   a igreja como também tentavam in fluenciar os lares cristãos. Tito enfrentou  enfrentou   esse problema em Creta (Tt 1:10, 11) e Ti móteo em Éfeso (2 Tm 3:6). A condição   dos lares determina a condição da igreja  igreja  

sico é "realidade", contrastado com mera  mera  aparência, o absoluto   que serve de aalicer ce a tudo o que se vê ao redor. Jesus Cristo  Cristo   é "a verdade" (Jo 14:6), e a Palavra de Deus  Deus   "é a verdade" (Jo 17:17). Deus revelou a  a  verdade na Pessoa de seu Filho e nas pá ginas de sua Palavra. Ele deu o "Espírito  "Espírito   da verdade" para ensinar e capacitar o cris tão a conhecer a verdade (Jo 14:16, 17;  17;  16:13). Mas a verdade não é apenas uma re velação objetiva do Pai, é também uma ex periência subjetiva na vida pessoal. Não  Não  

e do país; portanto, a família é um alvo  alvo  importante na guerra de Satanás contra a  a  verdade. A destinatária desta carta sucinta é uma  uma   mulher piedosa e seus filhos. De acordo  acordo   com alguns estudiosos, a "senhora eleita"  eleita"   é uma referência à igreja local e os "seus  "seus   filhos" são os cristãos que se reúnem na  na  igreja. A "tua irmã eleita" (2 Jo 13) seria,  seria,   então, uma referência à igreja irmã que  que   envia saudações cristãs. Apesar de ser verdade que, nesta epís

se pode apenas conhecer   a verdade, mas é  é  possível "amar na verdade‫״‬ e viver "por cau sa da verdade". A verdade "permanece em  em   nós e conosco estará para sempre‫״‬. Isso sig nifica que "conhecer a verdade" é mais do  do  que concordar com um conjunto de dou trinas, apesar de tal aquiescência ser im portante. Significa que a vida do cristão é  é  controlada pelo amor à verdade e por um  um  desejo de engrandecer a verdade. João começa sua carta com essa obser vação acerca da "verdade", pois havia falsos  falsos 

tola, se dirige um6, grupo (observar o usoJoão do plural em 2a Jo 8, 10, (observar  12), tam  bém é fato que ele se dirige a um indivíduo  indivíduo   (2 Jo 1, 4, 5, 13). Talvez a solução seja con siderar que uma congregação de cristãos  cristãos   costumava reunir-se nesse lar com a família  família  da "senhora eleita", de modo que João es creve tanto para a família quanto para a  a 

mestres circulando pelas igrejas e os espalhan do mentir mentiras. as. O apóstolo chamachama-os de en ganadores e de anticristos (2 Jo 7). João  João   não acreditava que todos os ensinamentos  ensinamentos   religiosos sejam verdadeiros e que não se  se   deve fazer críticas, desde que as pessoas  pessoas   sejam sinceras. Para ele, havia uma grande  grande   diferença - aliás, uma diferença mortal -  

2 Jo ã o

O

congregação (ve (verr Rm 116:5; 6:5; 1 Co 16:19; Cl Cl   4:15; Fm 2). Sua preocupação é que essa  essa   mulher piedosa não permita a entrada de  de  qualquer coisa falsa em sua casa (2 Jo 10)  10)   ou congregação.

entre verdade e mentira, e ele não tolerava  tolerava  mentiras. Uma vez que a verdade estará conosco  conosco   para sempre, devemos, certamente, conhe cê-la melhor no presente e aprender a amá-  amá- 

O tom predominante desta pequena  pequena   epístola é a amizade e a alegria, mistura das, porém, com preocupação e advertên cias. A fim de manter o lar fiel a Cristo, deve mos ter as mesmas características que essa  essa   família para a qual João escreve.

Ia. Claro que toda a verdade gira em torno  torno   de Jesus Cristo, o Filho eterno de Deus, com  com   o qual viveremos para sempre (Jo 14:1-6). É  É  maravilhoso contemplar o fato de que pas saremos a eternidade cercados da verdade,  verdade,  crescendo no conhecimento da verdade e  e  servindo ao Deus da verdade.

 

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2 JOÃO

De que maneira essa senhora e seus filhos conheceram a verdade e se tornaram filhos de Deus? Por meio da graça e misericórdia de Deus (2 Jo 3). Deus é rico em misericórdia e graça (Ef 2:4, 7), e as canalizou

consideraram que ele havia blasfemado! "Pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo" (Jo 10:30-33). Sabiam a que ele se referia ao se chamar de "Filho de Deus" e afirmar ser igual a Deus.

para nós Jesus A salvação dada peloem amor de Cristo. Deus, mas sim pelanão gra-é ça de Deus, que é "o amor que pagou um preço" (ver Ef 2:8, 9). Deus ama o mundo todo, mas nem por isso o mundo todo é salvo. Somente os que recebem sua graça abundante são salvos do pecado. Quando recebemos graça e misericórdia de Deus, experimentamos sua paz. "Justificados [declarados justos], pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5:1). Deus não está em guerra com os pecadores perdidos; são os pecadores que estão em guerra com

A fécom cristãa permanece desaparece de acordo doutrina daou divindade de Jesus Cristo. Se ele não passa de um homem, por mais talentoso ou singular que seja, não é capaz de salvar. Se ele não é Deus em carne humana, a fé cristã é um conjunto de mentiras - e não a verdade e João come come-ça sua carta com a ênfase errada. O grande estadista norte-americano Daniel Webster estava em Boston jantando com um grupo de homens importantes, alguns dos quais de tendência unitária (os unitários negam a Trindade e a divindade tanto do Filho quanto do Espírito). Quan-

Deus os (Rm 5:10; 8:7).pela Deus foi de reconciliado com pecadores obra Cristo na cruz. Agora, os pecadores devem arrepender-se e se reconciliar com Deus pela fé em Jesus Cristo (2 Co 5:14-21). É bastante significativo observar que João afirma a divindade de Jesus Cristo logo no início de sua segunda epístola. Ele o faz associando "o Senhor Jesus Cristo" a "Deus o Pai". Suponhamos que 2 João 3 dissesse: "de Deus o Pai e do profeta Amós". O leitor responderia no mesmo instante: "Amós não deve ser associado ao nome do Pai dessa maneira! Dá a impressão de que Amós é

do o tema da toda religião veio à sua baila,crença Webster afirmou com ousadia na divindade de Jesus Cristo e em sua obra expiatória. - Mas, Sr. Webster - disse um dos homens -, o senhor é capaz de compreender de que maneira Cristo poderia ser Deus e homem ao mesmo tempo? - Não, meu senhor, não posso compreender - respondeu Webster. - Se pudesse compreendê-lo, ele não seria maior do que eu, e, a meu ver, preciso de um Salvador sobre-humano! Para que os lares e as igrejas sejam fiéis

igual a Deus!" Mas é exatamente esse o motivo pelo qüal João coloca o Pai e o Filho juntos: ambos são, igualmente, Deus! Em seguida, para se certificar de que seus leitores entenderão a ênfase, João acrescenta "o Filho do Pai". É impossível separar os dois. Se Deus é o Pai, então deve ter um Filho; Jesus Cristo é esse Filho. "Todo aquele que nega o Filho,

a Cristo e se oponham aos falsos mestres, é preciso conhecer a verdade. De que maneira se aprende a verdade? Estudando com cuidado a Palavra de Deus e permitindo que o Espírito nos ensine; ouvindo pessoas fiéis à fé e, em seguida, colocando em prática o que aprendemos. Além de aprender   a verdade com a mente, deve-se também amar  a  a verdade com o coração e viver   a verdade

esse não tem o Pai" (1 Jo 2:23). Vários falsos mestres argumentam: "Mas Jesus é 'filho de Deus' da mesma forma que somos filhos de De Deus, us, feitos à imagem de Deus Deus!! Quando Jesus afirmou ser Filho de Deus, não estava, de fato, dizendo que era Deus". Mas, quando Jesus disse aos judeus: "Eu e o Pai somos um", eles ameaçaram apedrejá-lo, pois

pela volição. O ser como um todo deve su jeitar-se à verdade. verdad e. Como é importante os pais ensinarem os filhos a amar a verdade! Agradecemos a Deus pelas escolas dominicais e colégios cristãos, mas, em última análise, é o lar que deve instilar nas crianças o amor pela verdade e o conhecimento da verdade de Deus.

 

2 JOÃO

2. D e v e m o s   a n d a r   n a   v e r d a d e   (2 jo 4-6) "Andar na verdade" significa obedecer a ela  ela   e permitir que controle todas as áreas da  da  vida. Este parágrafo começa e termina com  com   uma ênfase sobre a obediência, sobre an dar na verdade. É muito mais fácil estudar a  a  verdade ou até mesmo discuti-la do que  que   colocá-la em prática! Aliás, por vezes, os cris tãos zelosos desobedecem à verdade pela  pela  própria maneira de tentar defendê-la. Quando eu era pastor em Chicago, ha via um rapaz que costumava ficar na calça da em frente à igreja distribuindo panfletos  panfletos   que condenavam vários líderes evangélicos  evangélicos   com os quais eu tinha amizade. É evidente  evidente  que eu não podia impedir o homem de en

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é possível que alguns membros dessa con gregação tenham deixado o grupo e se jun tado a impostores. Sem dúvida, é motivo de grande alegria  alegria   para o Pai ver os filhos obedecendo à sua  sua   vontade. Sei pessoalmente o que represen ta para o pastor ter uma congregação que  que  se submete à Palavra e que faz a vontade de  de   Deus. Poucas coisas são mais tristes para um  um   pastor do que um membro desobediente e  e  rebelde que se recusa a sujeitar-se à Palavra  Palavra   de Deus. Quando o grande pregador batista Char les Spurgeon era menino, vivia com o avô,  avô,   que pastoreava uma igreja em Stambourne,  Stambourne,   na Inglaterra. Um membro da igreja chama do Roads costumava freqüentar o bar local,  local,  

ondeentristecia bebia cerveja e fumava, uma conduta  conduta   tregar os panfletos, modo que instruí nú os   os  membros da igreja adepegarem o maior que o pastor profundamente. Um dia, dia, o jovem Charle Charless disse ao seu avô: mero possível de cópias e destruí-las! Um dos membros de nossa congrega - Eu vou matar o velho Roads, vou sim!  sim!  ção resolveu seguir o rapaz um dia e o viu  viu  Não vou fazer nada de mal, mas vou matá-  matá-   Io, sim senhor! andar até um parque da vizinhança, sentar-  sentar-  se à sombra de uma árvore e acender um  um  O que o jjovem ovem Spurge Spurgeon on fez? Confron cigarro! Poucos minutos antes, havia grita tou Roads no bar com as seguintes palavras: do repetidamente na frente da igreja: - Que fazes aqui, Elias? Assentado com  com   Est Estou ou lutando contra os fundamen-  fundamen-  os ímpios, você, um membro da igreja, en talistas e não me envergonho disso! tristecendo o seu pastor. Eu me envergonho  envergonho   Imagino que a maioria dos fundamen-  fundamen-   de você! Tenho certeza que eu não entriste talistas que conheço se envergonhariam  envergonhariam   ceria o coração de meu pastor! dele. Esse rapaz promoven do a verdade e sepensava opondo estar a mentiras e, no  no  entanto, ele próprio não andava na verda de. Por meio de suas ações e de atitudes  atitudes  agressivas negava a verdade que queria  queria   defender. apósto--   A alegria do após ap ósto tolo lo (v. (v. 4a).  O apósto Io alegra-se porque a senhora eleita e seus  seus   filhos andam na verdade. Mas João não co

Não do demorou e Roads seu apareceu apareceu  casa pastor muito para confessar peca  e pedir perdão pelo seu comportamen De fato, o jovem Spurgeon o "matou"! O argumento do apóstolo (v. 4b).  Ele Ele   argumenta que Deus ordenou que andás semos em verdade e amor. A palavra "man damento" é usada quatro vezes nesses  nesses   poucos versículos. Os mandamentos de  de   na do to.

nhecia todos eles; a tradução literal é "al guns dos teus filhos". Durante uma de suas  suas   viagens, João encontrou-se com alguns dos  dos  filhos dela e viu como andavam em obe

Deus enfocam "a  verdade" sobre áreas es pecíficas da vida. É preciso cuidado para  para   "a verdade" não parecer vaga e geral, mas  mas   "os mandamentos" tornam a verdade es

diência ao Senhor. "Não tenho maior ale gria do que esta, a de ouvir que meus filhos  filhos  andam na verdade" (3 Jo 4). Não há motivo  motivo  para crer que João estivesse insinuando que  que   outros filhos haviam se desviado e seguido  seguido   falsos mestres. Se, ao falar de "filhos", João  João   inclui os membros dessa "igreja domiciliar",

pecífica e obrigatória. Convém observar que os mandamen tos são dados pelo "Pai". Cada mandamen to é uma expressão de amor, não apenas  apenas   uma lei. A vontade de Deus é a revelação  revelação   do coração de Deus (SI 33:11), não ape nas de sua mente. Em decorrência disso, a

 

688

2 JOÃO

obediência à Palavra deve ser uma revelação de amor,  não uma expressão de medo. "Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos" (1 Jo 5:3). Os falsos mestres tentam fazer os mandamentos de Deus parecerem severos e difíceis e, então, oferecem a seus convertidos a "verdadeira" liberdade (2 Pe 2:19). Mas a maior liberdade possível encontra-se na obediência à vontade perfeita de Deus. Nenhum cristão que ama a Deus poderia considerar seus mandamentos severos e insuportáveis. O apelo do apóstolo (w. 5, 6).  João desejava que a senhora eleita e sua família amassem uns aos outros, e seu apelo também se aplica a nós. "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros" (Jo 13:34). Mas João escreve que esse não é 

atitudes e ações. Quando alguém for ríspido, retribuímos sendo gentis. Quando nos perseguirem, vamos orar e, se houver oportunidade, tunidad e, fazer-lhes o bem. SSeguindo eguindo os sen sen-timentos, é bem provável que acabemos nos vingando! Mas se pedirmos que o Espírito controle nossa volição, agiremos da mesma forma que Jesus agiria: em amor cristão. João prossegue explicando que o amor e a obediência devem andar juntos (2 Jo 6). É impossível separar o relacionamento com Deus do relacionamento com as pessoas. Quem diz que ama a Deus mas odeia o irmão pode estar certo de que não ama a Deus de fato (1 Jo 4:20). Quem obedece a Deus, é aperfeiçoado nele o amor, e não terá problemas em amar o irmão (1 Jo 2:3-5). Ao recapitular este parágrafo, é possível observar a presença de três temas entre-

um novo mandamento (ver 1 Jo 2:7-11). TTra ra-ta-se de uma contradição? Por certo, o mandamento "Amai-vos uns aos outros" não é cronologicamente novo, pois até mesmo os israelitas do Antigo Testamento deveriam amar o próximo (Lv 19:18, 34) e os estrangeiros que viviam no meio deles (Dt 10:19). Mas, com a vinda do Filho de Deus à Terra, esse mandamento é novo em termos de ênfase e de exemplo. Jesus Cristo deu nova ênfase ao amor fraternal e o exemplificou em na vida. Também é uma nova experiência, pois temos o Espírito Santo de Deus habitando em nós e nos capacitando

tecidos: a verdade, amor e a obediência. Somos salvos ao crero na verdade - em Cristo e na Palavra. Essa salvação torna-se evidente no amor e na obediência, mas o amor e a obediência são fortalecidos à medida que se cresce no conhecimento da verdade. Dizemos a verdade em amor (Ef 4:15) e obedecemos aos mandamentos de Deus porque o amamos. A obediência permite aprender mais da verdade (Jo 7:1 7), e quanto mais da verdade aprendemos, mais amamos a Jesus Cristo, a Verdade! Em lugar de viver em um "círculo vicioso", vivemos em um "círculo vitorioso" de

a(GIobedecer. "M o fruto do Espí Espírito rito é: amor" 5:22; cf. "Mas Rmas5:5). É possível ordenar   que se ame? Ao entender o verdadeiro caráter do amor cristão, vê-se que sim. Muitas pessoas têm a idéia equivocada de que o amor cristão é um sentimento, um tipo especial de "emoção religiosa" que faz buscar e aceitar o outro. Sem dúvida, o amor cristão envolve emoções, mas, em sua essência, é um ato da volição. 

amor, verdade e obediência! 3 . D e v e m o s   per ma necer    n a   v e r d a d e  

(2 Jo 7-11)

João passa de uma verdade animadora para a oposição à mentira. Como Pedro, adverte que existem enganadores no mundo. O termo "enganador" abrange muito mais do que o ensino de falsas doutrinas. Refere-se, também, a conduzir as pessoas a viver de modo

Significa simplesmente tratar o semelhante da mesma forma que Deus nos trata! Na verdade, é possível até amar pessoas de quem não "gostamos".

errado. João já deixou claro que a verdade e  a vida  andam juntas. As convicções determinam o comportamento. Doutrinas erradas sempre são acompanhadas de um modo de

não sejamos capazesodetempo determinar Talvez as emoções pela vontade todo, mas é possível exercer a vontade sobre

vidaDe errado. onde vinham esses falsos mestres? "Muitos enganadores saíram para o mundo"

 

2 JOÃO

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Certa vez, estava pregando em Carrubers  Carrubers  (tradução literal). Saíram da igreja!   Em ou Close Mission, em Edimburgo, na Escócia,  Escócia,  tros tempos, haviam professado crer na "fé  "fé  quando fui abordado por um rapaz antes  antes   que uma vez por todas foi entregue aos san tos" (Jd 3), mas se desviaram dessa fé e aban de a reunião começar. donaram a verdade e a igreja. "Eles saíram  saíram  Vo Você cê acredita no nascimento vir virgin ginal al   de Jesus Cristo? - perguntou ele. Respondi  Respondi  de nosso meio; entretanto, não eram dos  dos   enfaticamente que sim e, então, preguei que  que  nossos" (1 Jo 2:19). "Dentre vós mesmos,  mesmos,   Jesus Cristo é o Filho de Deus vindo em car se levantarão homens falando coisas perver ne. Apesar de não ter gostado da atitude  atitude   tidas para arrastar os discípulos atrás deles"  deles"  arrogante do rapaz, apreciei sua preocupa (At 20:30). ção em saber se o homem que ocuparia o  o  A vigilância espiritual constante é abso lutamente necessária para proteger uma fa púlpito "permanecia na verdade‫״‬. Permanecer na verdade   significa perma mília ou igreja local dos ataques traiçoeiros  traiçoeiros   dos falsos mestres. Um pastor muito bem-  bem-  necer fiel às doutrinas fundamentais da fé  fé  sucedido comentou comigo: cristã. Os falsos mestres haviam se afastado  afastado  Se eu tirass tirassee os olhos desta obra por por   da verdade e da comunhão da igreja e, por vinte e quatro horas e parasse de orar, ela  ela   tanto, eram perigosos. João ressalta três  três  seriaEleinvadida em dois tempos.a própria im não estava enfatizando portância (apesar de pastores piedosos se rem essenciais para as igrejas consagradas),  consagradas),   mas sim a importância da diligência e da  da   vigilância. Convém observar que havia muitos enga nadores! Por quê? 2 Pedro 2:2 dá a resposta:  resposta:   "E muitos seguirão as suas práticas libertinas,  libertinas,   e, por causa deles, será infamado o caminho  caminho   da verdade". Crei C reio o que foi Mark Twain quem quem   disse que uma mentira dá a volta ao mundo  mundo   enquanto a verdade ainda está calçando os  os 

perigos a igreja e seus membros enfren tam porque causa dos enganadores no mundo. O perigo de re troced er (v. (v. 8).  Trata-se  Trata-se  do perigo de perder o que já foi obtido. Os   falsos mestres dizem oferecer algo que não  não   temos, quando, na realidade, tiram algo que  que   já possuímos! Satanás é ladrão, e seus ajudantes se guem seu exemplo. João desejava que seus  seus   leitores recebessem o "completo galardão",  galardão",  expressão equivalente a 2 Pedro 1:11, uma  uma   entrada amplamente suprida no reino eter no. Como Com o é tr tris iste te qu quando ando os servos de Deus Deus  

sapatos. A natureza humana decaída deseja crer em mentiras e resiste resis te à verdade dedeseja  D Deus. eus.    Vimos em 2 Pedro 2 os métodos desones tos que os apóstatas usam para seduzir as  as  pessoas incautas e instáveis. Não é de se  se   admirar que sejam bem-sucedidos! Esses enganadores também são "anti-  "anti-  cristos" cristo s" (v (ver er 1 Jo 2:18-29). O prefi prefixo xo g greg rego o  anti  significa "no lugar de" e "contra". Esses  Esses 

trabalham para por edificar uma igreja  igreja   e sua obrafielmente é destruída ensinamentos ensinamentos  falsos! Não é de se admirar que Paulo tenha  tenha   escrito às congregações da Galácia: "Receio  "Receio   de [por] vós tenha eu trabalhado em vão   para convosco" (Gl 4:11). Kenneth Wuest traduz 2 João 8 assim:  assim:   "Não percam as coisas que já realizamos".  realizamos".  Os membros da igreja devem respeitar o tra

mestres são contra   Cristo, pois negam que  que  ele é Deus vindo em carne (ver 1 Jo 4:1-6 4:1-6). ).   Não apenas negam a verdade, como tam bém oferecem a seus convertidos um "Cristo  "Cristo  

balho dos pastores e mestres fiéis e fazer  fazer  tudo para proteger e avançar essa obra. Um  Um   dia, os servos de Deus terão de prestar con tas de seus ministérios e desejam trabalhar  trabalhar  

substituto" que não é o Cristo da verdadeira  verdadeira  fé cristã. A primeira pergunta a fazer para  para   Cristo?  qualquer mestre é: ‫״‬o que pensa de Cristo?  Ele é Deus vindo em carne?" Se ele hesitar  hesitar  ou se negar que Jesus é Deus vindo em car ne, pode-se ter certeza de que se trata de  de   um falso mestre.

"com alegria e não gemendo" (Hb 13:17).  13:17).  Quando a igreja retrocede e perde o que  que   haviaa obtido, també havi também m perde parte da recom recom pensa do tribunal de Cristo. É essencial ape gar-se à verdade da Palavra de Deus! O p erigo de avançar avan çar (v. (v. 9). 9).  O perigo,  perigo,  aqui, é de ir além dos limites das Escrituras e

 

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2 JOÃO

fazer acréscimos à Palavra de Deus. O termo traduzido por "ultrapassar" significa "ir longe demais, passar dos limites definidos". Trata-se de um falso progresso! Os apóstatas querem levar a crer que são "progressistas", quando, na verdade, sua igreja encontra-se estagnada. Convidam a fazer parte de seu grupo, pois têm algo "novo e empolgante" para compartilhar. Mas a natureza de seu "progresso" os leva a abandonar a doutrina de que Jesus Cristo é o Filho de Deus vindo em carne. Cinqüenta anos atrás, a imprensa norteamericana foi inundada de notícias sobre a "controvérsia entre modernistas e fundamentaiistas". Os que se apegavam à verdadeira fé opunham-se ao "modernismo" nas principais denominações e procuravam trazer as escolas e a liderança dessas denomi-

nova compreensão e aplicação da verdade (Jo 16:12-16), e devemos crescer sempre (2 Pe 3:18). Mas se o "aprendizado" afastar-nos das doutrinas fundamentais e da Pessoa e obra de Jesus Cristo, entraremos em território perigoso.

nações de volta chamavam ao cristianismo "progressistas" a si histórico. mesmos Os de "modernistas", quando, na verdade, não havia coisa alguma de "moderna" em sua negação da doutrina cristã. Essa negação é tão antiga quanto a igreja! Um dos líderes modernistas, Harry Emerson Fosdick, disse em um de seus sermões: "O fundamentalismo ainda está presente em nosso meio, mas apenas em segundo plano". Se ainda estivesse vivo hoje, não faria tal declaração. Hoje, as maiores escolas dominicais, igrejas, seminários e missões apegam-se às doutrinas fundamentais.

seu lar; para lar visitant visitantes Rm 112:13; 2:13; 1 Tm 3:2; 5:3-10; 5:3-10 Hb 13:2; 1 es Pe ((Rm 4:8-1 4:8-10). 0). Também havia pastores e mestres itinerantes que precisavam de hospedagem (3 Jo 5-8). Os cristãos que ofereciam sua hospitalidade a esses servos de Deus eram "cooperadores da verdade", mas os que ajudavam falsos mestres participavam de suas obras perversas. A doutrina de Jesus Cristo serve de teste para a verdade, de base para a comunhão e de vínculo para a cooperação mútua. mútua. Sem dúvida, esse princípio ainda se aplica hoje. Não é raro pessoas que se dizem cristãs baterem a nossa porta tentando mos-

Quemnão não doutrina tempermanece nem o Pai na nemverdadeira o Filho. É impossível honrar o Pai e ignorar o Filho (ou dizer que ele é apenas um homem) ao mesmo tempo. "A fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (Jo 5:23). A "teologia progressista" que nega Cristo não tem nada de progressista; antes, é uma teologia retrógrada, que remete a Gênesis 3:1: "É assim

trar fitas cassete ou vender e livros. É preciso discernimento. Serevistas não concordarem com a verdadeira doutrina de Cristo, não devem ser recebidas. Por que João era tão inflexível quanto a essa questão? Porque não queria que qualquer um dos filhos de Deus: (1) desse a um falso mestre a impressão de que sua doutrina herética era aceitável; (2 ) fosse contaminado pelo contato e possível amizade com um falso mestre; e (3) desse ao falso

O perigo de condescend conde scender er (w. 10 10-1 -13) 3)..

João adverte a família (e a igreja em sua casa) casa ) a não receber os falsos mestres que os visitavam, desejando ter comunhão com eles e talvez até desfrutar sua hospitalidade. A hospitalidade era um ministério cristão extremamente importante naquela época, pois havia poucas hospedarias onde os viajantes poderiam descansar com segurança, especialmente cristãos que desejavam manter-se afastados das influências perniciosas do mundo. Os O s cristãos são admoes admoestados tados a abrir

que Deus disse?" No entanto, ao dar essa advertência, João não condena o "progresso" em si. "O

mestre munição para usar no próximo lugar onde parasse. Ao receber em casa o membro de uma seita, posso dar a ele a oportu-

Senhor ainda tem mais luz a fazer resplandecer de sua Palavra". Deus deu o Espírito Santo para nos ensinar e para nos levar a uma

nidade de dizer a meus vizinhos: Não há motivos para você vocêss não me deixarem entrar. Afinal, o pastor Wiersbe

 

2 JOÃ O

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m e rer e c e b e u e m s u a c a ssaa , e tit i v e m o s u m a ccoo n v e r sas a m a r a v i l h o s a ! M i n h a d e s o b e d i ê n c iai a p o d e r iiaa lel e v a r o u t r a p e s s o a à d e s ttrr u içi ç ã o . É p r e c isi s o d e i x a r c la r o q u e J o ã o n ã o d i z   q u e s ó s e d e v e r e c e b e r ccoo n v e r ttii d o s e m c a ssaa !  

e n c o n t r o u C e r iinn t o , 0 l í d e r d e u m a s e iti t a h e rética. )oão saiu correndo do edifício para   q u e 0 l o c a l n ã o f o s s e d e s ttrr u í d o p e lloo juj u l g a m e n ttoo d e D e u s ! C e r i n t o e n s ini n a v a q u e J e ssuu s   e r a f i l h o b i o l ó g i c o d e JJoo s é e M a r ia , n ã o D e u s   v iinn d o e m c a rnr n e .

0m e s" ae v aé n gu emlil i smm ood op o mr aar ma vi zi al hd oe "s o a od erree gd ao nr h da ar    pessoas para Cristo. Os cristãos devem ser  b o n s v izi z ini n h o s e s e m o s trt r a r h o s p iti t a lel e iri r o s , 0   a p ó s t o lol o a d m o e s ttaa a n ã o r e c e b e r n e m i n ccee n ■   t i v a r faf a ísí s o s m e s ttrr e s q u e r e p r e ses e n t a m g r u p o s   nn ticristã os,   p e s s o a s q u e d e ixi x a r a m a i g r e jaj a e   q u e , a g o r a , t e n t a m s e d u z iri r o u t r o s p a r a lol o n ge da verdade. Com certeza, os apóstatas  u s a m t o d a s a s o p o r tut u n i d a d e s p o s ssíí v e isi s p a rar a   c o n s e g u i r 0 a p o ioi o d e c rir i s ttãã o s v e r d a d e iri r o s . Existe uma tradição sobre 0 apóstolo 

01 2 , 1 3 )  A s ú l t i m a s p a la l a v r a s d e J o ã o ( 2 ) s ã o q u a s e idi d ê n t i c a s a s u a d e s p e d i d a e m 3 J o ã o   e n ã o e x iigg e m m a iioo r e s e x p l i c a ç õ e s . N o e n tata n ■   to, expressam a importância da comunhão   c rir i s ttãã e a a lel e g r iiaa q u e d e v e t r a z e r a o c o r a ç ã o   ( ver 1 Jo 1 : 4), É m aravilh o so rece b er cartas,   mas é ainda mais maravilhoso receber 0 p o v o d e D e u s eme m c a sas a e n o c o rraa ç ã o . Esta pequena epístola escrita para uma  m ãe cri sstãt ã e su a f ili l ha (e, taltalveve z, para a i g rejrejaa   q u e s e rer e u n i a e m s e u l a r)r ) é u m a p é r o lal a d a   correspondência sagrada, No entanto, não 

J o ã o q u e i l u s t r a s u a p o s i ç ã o c o m r e s p e i t o   s e d e v e e s q u e c e r q u e s u a ê n f a ses e p r i n c ipi p a l   àÉ sfef e fafsaolsl s, aJ so ãd oo uffoot irir iàn ac sa .s Ua md e dbiai aa n, qh ou apn úd bolil i vc iviav, iai oa ne dme   ém ua n nd eo c ee ssstst ái d achc dh ee iiood ed ep ee rnmg aa nn ae dc eo rr e ass!l!e rrtt a s . 0  

 

3 J

ESBOÇO Tema-diave: Ter um bom testemunho na igreja Versículo-chave: 3 João 3

I. GAIO GAIO,, U UM M CRISTÃO AMADO --   W . 11--8 VI. DIÓTREFES, UM CRISTÃO  CRISTÃO   O R G U L H O S O - W . 9 ,1 ,1 0

o ã o

III. DEMÉTRIO DEMÉTRIO,, UM CRISTÃO CRISTÃ O  EXEMPLAR -VV. 11,12 IV. CONCLUSÃOCONCLUSÃO-   W. 13,14 CONTEÚDO 1.

É a verda verdade de (3 Jo)............................ .......................................................... ................................... ..... 693

 

1

É a   V erdade 3 Jo ã o

A

 batalha em defesa da verdade e contra a apostasia é travada não apenas no lar (2 Jo), mas especialmente na igreja local, onde entra em cena 3 João. Esta pequena carta (a epístola mais curta do Novo Testa mento no texto original grego) permite vis lumbrar uma congregação primitiva com seus membros e problemas. Ao ler esta car ta sucinta, é possível observar que os tem pos não mudaram tanto assim. Há pessoas e problemas semelhantes hoje. Uma das palavras-chave desta carta é testemunho  (3 Jo 3 , 6 , 1  2 ). Refere-se não ape nas às palavras ditas, mas também à vida. Todo cristão é uma testemunha - para me lhor ou para pi pior. or. Ou colaboramos com a ver dade (3 Jo 8 ) ou lhe servimos de empecilho. Esta carta é dirigida a Gaio, um dos lide res da congregação. Mas, nestes versículos, João também trata de dois outros homens: Diótrefes e Demétrio. Onde há pessoas, há problemas - e o potencial para resolver  pro   pro blemas. Cada um de nós deve se perguntar com honestidade: "sou parte do problema ou da solução?" Con siderem os agora os três homens des ta carta, observando que tipo de cristãos eram.

1. G a i o :

o m o t iivv a d o r

(3 Jo 1-8)

possibilidade de Gaio haver se convertido pelo ministério de João, e é evidente que as pessoas que levamos a Cristo são especial mente preciosas para nós. No entanto, o apóstolo amado considerava todos os cris tãos seus "Filhinhos" (1 Jo 2:1, 12, 18), de modo que não se pode levar essa idéia lon ge demais. Se Gaio fosse membro de uma igreja de meu pastoreio, sem dúvida eu não teria difi culdade em amá-lo! Vejamos as qualidades pessoais desse homem de grande caráter. Saúde espiritual (v. 2).   É possível que João esteja dando a entender que seu ami go não passava bem e que o apóstolo orava pela restauração de sua saúde: "Desejo que seja tão saudável na vida quanto o é na es piritual!" Se esse é o caso, comprova que é possível ser espiritualmente espiritualmente saudável m esmo estando fisicamente enfermo. No entanto, esse tipo de saudação era bastante comum na época, de modo que não se deve dar-lhe ênfase excessiva. Contudo, fica claro que Gaio era uum m ho mem cuja "saúde espiritual" era visível a to dos. "Mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem in terior se renova de dia em dia" (2 Co 4:16). A saúde física é decorrente de boa nutrição, exercícios, higiene e de uma vida regrada e equilibrada. A saúde espiritual é decorrente de fatores semelhantes. É preciso alimen tar-se da Palavra e usar seus nutrientes no exercício da piedade (1 Tm 4:6, 7). Deve-se manter a pureza (2  Co 7:1) e evitar a con taminação e poluição do mundo (2 Pe 1:4; Tg 1:27). Apesar de o exercício e o trabalho serem importantes, também é importante descansar no Senhor e renovar as forças por meio da comunhão com ele (Mt 11:18-30). Uma vida equilibrada é uma vida saudável e feliz, que honra a Deus.

Não há dúvida de que o apóstolo João ti nha grande amor por esse homem! Ele o

era reconhecido como um homem que

chama de "amado   em sua saudação e em 3 João 5. É pouco provável que este fosse apenas um tratamento formal, como quan do escrevemos "Prezado sr. Jones" (mesmo quando nem conhecemos o sr. Jones pes soalmente!). O texto de 3 João 4 sugere a

obedecia à Palavra de Deus e "[andava] na verdade" (ver 2 Jo 4). Alguns irmãos haviam visitado João várias vezes, relatando com grande alegria que Gaio era um excelente exemplo do que a vida cristã deve ser. De vo confessar que, em minha experiência

U m b o m t e s t e m u n h o ( w . 3 ;  4 ).   Gaio

 

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3 J O AO

pastoral, fico um pouco tenso quando alguém me pergunta: - Fulano de tal é membro da sua igreja? É ainda pior quando alguém exclama: - Conheço muito bem um dos membros de sua igreja!

primitiva, os ministros itinerantes carregavam consigo cartas de recomendação da própria congregação (Rm 16:1), demonstrando que devemos saber alguma coisa sobre a pessoa que se pretende hospedar. No entanto, a hospitalidade requer fé e amor. Por

João não tinha essa preocupação quando se tratava de Caio! O que fazia de Gaio uma testemunha tão excelente? A verdade de Deus. A verdade estava nele e lhe permitia andar em obediência à vontade de Deus. Caio lia a Palavra, meditava sobre ela, se deleitava nela e, então, a praticava em sua vida diária (ver SI 1:1-3). A meditação é para a alma o que a digestão é para o corpo. Não basta ouvir a  palavra ou ler   a Palavra. Deve-se "digeri-la" internamente e torná-la parte do ser interior (verr 1 Ts 2:13). (ve Fica claro que a vida de Caio era com-

mais minha esposa econfessar eu gostemos abrir nossaque casa, devemos quede houve ocasiões em que nos despedimos de nossos hóspedes com um sentimento alegre de alívio! A maioria de nossos hóspedes, porém, foram verdadeiros anjos, cuja presença trouxe bênção a nosso lar. Caio não apenas abria o lar, mas também o coração e a mão para dar ajuda financeira a seus hóspedes. A expressão "encaminhaos em sua jornada" significa "ajuda-os em sua jornada". É possível que essa ajuda incluísse dinheiro e alimentos bem como o cuidado com as roupas ao lavá-las e costu-

pletamente envolta pela verdade. A vida autêntica vem da verdade viva. Jesus Cristo, a verdade (Jo 14:6), é revelado na Palavra, que é a verdade de Deus (Jo 17:17). O Espírito Santo também é a verd verdade ade (1 Jo 5:6 5:6)) e ens ensiina a verdade. O Espírito de Deus usa a Palavra de Deus para revelar o Filho de Deus e, então, nos capacita para obedecer à vontade de Deus e a "andar na verdade". Ministério prático (w. 5-8).  Caio também era um cooperador da verdade (3 Jo 8 ). Ajudava, de maneiras práticas, os que ministravam a Palavra. Não há indicação alguma de que o próprio Caio fosse um pregador ou mestre, mas abria o coração e a casa para os que eram. Na Segunda Epístola de João, vê-se como a hospitalidade cristã era importante na época. João advertiu a "senhora eleita" a não receber falsos mestres (2 Jo 7-11), mas, nesta carta, o apóstolo elogia Gaio por demonstrar hospitalidade aos verdadeiros ministros da Palavra. Gaio era um estímulo não apenas para os irmãos em geral, mas especialmente para os "estrangeiros" que passavam por lá para ter comunhão com a igreja e lhe

rá rá-l -las as (ve (verr 1 Co 16:6; Tt 3:13). Afinal, a fé deve ser demonstrada pelas obras (Tg 2:1416), e o amor deve ser expresso em atos, não apenas em palavras (1 Jo 3:16-18). O que motiva esse tipo de ministério prático aos santos? Em primeiro lugar, e/e honra a Deus . A expressão "por modo digno de Deus", em 3 João 6 , significa "de modo condizente com Deus". Não há ocasião em que o cristão se torne mais "condizente com Deus" do que quando serve. "A fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado" (Cl 1:10). Uma vez que esses ministros itinerantes representavam o nome do Senhor, qualquer ministério realizado em favor deles era, na verdade, o mesmo que servir a Jesu Jesuss Cristo (Mt 10:40 10:40;; 25:34-40). O segundo motivo é que o sustento dado a servos de Deus é um testemunho aos per-  didos  (3 Jo 7). Deve-se ter em mente que, naquele tempo, havia inúmeros mestres itinerantes que compartilhavam suas idéias e viviam de mendigar. Apesar de Jesus ensinar claramente que os servos de Deus merecem seu sustento (Lc 10:7), é um princípio

ministrar (ver Hb 13:2). Vivemos em tempos de medo e de violência e não é fácil receber desconhecidos em nosso lar. É evidente que, na Igreja

do Novo Testamento que tal sustento venha do povo de Deus. "Nada recebendo dos gentios" significa que esses obreiros itinerantes não pediam a ajuda a não cristãos.

 

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Abraão seguia esse mesmo princípio (Gn 14:21-24), apesar de não obrigar seus com panheiros a fazer o mesmo. A o levant levantar ar uma oferta na igreja, muitos pastores deixam ciaro que não pedem coisa alguma a não cris

meu trabalho. Os anfitriões podem não ser pessoas particularmente repletas de dons, mas seu ministério de hospitalidade bondo sa me permitiu exercitar meus dons dentro da igreja. Quaisquer bênçãos que tenham

tãos que porventura estejam presentes na congregação. Ao sustentar devidamente os servos de Deus, o povo de Deus dá um testemunho poderoso aos perdidos. Mas quando minis tros, igrejas e outras organizações religiosas  pe  p e d e m   contribuições de não cristãos e de empresas em geral, dão ao cristianismo um tom vulgar e comercial. Isso não significa que os servos de Deus devam recusar ofer tas voluntárias  de um não convertido, desde que a pessoa entenda que essa oferta não vai lhe comprar a salvação. E, ainda assim, é

sido nesse ministério serãorecebidas depositadas na conta deles!certamente (Fp 4:1 7). Uma coisa é lutar contra a apostasia e se recusar a receber falsos mestres; outra bem diferente é abrir o lar (e a carteira) a fim de  p ro m o v e r a v e rd a d e .   É necessário tanto o aspecto negativo quanto o positivo. Deveria haver mais pessoas como Gaio, es piritualmente saudáveis, obedientes à Pa lavra e que compartilham o que têm para promover a verdade. Infelizmente, porém, nem todo mundo é como Gaio! Voltamo-nos agora para um tipo inteiramente distinto

preciso cautela. mas A oferta do rei de Sodoma foi voluntária, Abraão a rejeitou (Gn 14:17-24)! A terceira motivação para servir é a o b e  diência a Deus.   "Portanto, devemos acolher esses irmãos" (3 Jo 8 ). Esse ministério de hospitalidade e de sustento não é apenas uma oportunidade, mas também uma obri gação. G álatas 6:6-10 deixa claro que os que recebem bênçãos espirituais   do ministro da Palavra devem compartilhar com ele suas bênçãos materiais ; 1 Coríntios 9: 9:77-11 11 expli ca esse princípio com mais detalhes. Um

de cristão. D i ó t r e f e s : o d i t a d o r (3 jo 9, 10) Ao que parece, muitas igrejas têm membros que insistem em ser "manda-chuvas" e em fazer tudo a seu modo. Devo confessar que, por vezes, é o pastor que assume poderes ditatoriais e se esquece que a palavra minis tro  signifi  significa ca "servo". Mas, outras vezes, é um dos presbíter presbíteros, os, diáconos ou , talvez, um mem  bro de longa data da igreja que pensa ter "direitos adquiridos por tempo de serviço". Os discípulos de Jesus discutiram, em

diácono me disse certa vez na primeira igre  ja qu e past pa stor oree eei:i: - Paga-se no lugar onde se come. Não é bíblico os membros da igreja en viarem ofertas para o mundo inteiro e deixa rem de sustentar o ministério da própria congregação local. João dá um quarto motivo em 3 João 8 : "para nos tornarmos cooperadores da ver dade". Gaio não apenas recebia a verdade e andava na verdade, como também era um "colaborador" que ajudava a promover a

várias ocasiões, qual deles seria o maior no reino (Mt 18:1ss). Jesus teve de lembrá-los de que seu modelo de ministério não era o oficial romano que dominava sobre os ou tros, mas sim o próprio Salvador que veio com o um servo humilde (F (Fp p 2:1 ss) ss).. Ao lon go de meus muitos anos como ministro, te nho visto o modelo de ministério mudar e a igreja sofrer por causa disso. Tenho a impres são de que o "ministro bem-sucedido de hoje" é mais parecido com um magnata de Wall Street do que com um servo submisso. Não

2.

carrega uma pá, mas sim um telefone celu lar; em seu coração, em vez do amor pelas almas perdidas e pelas ovelhas de Deus, há somente ambição egoísta. A motivação de Diótrefes era o orgulho. Em lugar de dar a primazia a Jesus Cristo (Cl 1:18), ele a tomava para si. Deveria ter a

verdade. Não se sabe quais eram seus dons espirituais ou de que maneira ele servia a congregação, mas Gaio ajudava a transmitir e a defender a verdade, apoiando os que a ensinavam e pregavam. Eu meu ministério itinerante, já me hos pedei em diversos lares e fui encorajado em  

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última palavra em todas as coisas, e seu critério para tomar decisões era: "De que maneira isto beneficiará Diótrefes?" Era o oposto de João Batista que disse: "Convém que ele [Jesus Cristo] cresça e que eu diminua" (Jo 3:30). O verbo grego indica que a

havia feito acusações contra João em uma reunião da igreja na qual João não estava presente para se defender. Mas João adverte que, em breve, acertaria as contas com Diótrefes, o ditador. Os cristãos devem ter cuidado para não

autopromoção de Diótrefes era uma atitude  constante. Quando a igreja tem um ditador de plantão, os conflitos são inevitáveis, pois pessoas com mentalidade espiritual não toleram esse tipo de liderança. O Espírito Santo se entristece quando membros do corpo não têm liberdade de exercer seus dons só porque tudo deve ser feito à maneira de um único membro. No tribunal de Cristo, descobriremos quantos corações foram contristados e quantas igrejas foram destruídas por causa dos "ministérios" arrogantes de pessoas como Diótrefes. Consideremos, agora, o que

acreditar em tudo que especialmente lêem ou ouvem sobre os servos de oDeus, os que exercem um ministério amplo e são mais conhecidos. Parei de ler certas revistas, porque só publicavam acusações sem qualquer prova contra pessoas cujos ministérios Deus abençoa de maneira singular. Certo dia, falei de uma revista a um amigo e ele comentou: Con Conheç heço o bem o editor; é um sujeito que distorce tudo!" É sempre bom filtrar os relatos usando Filipenses 4:8. Rejeitou os colaboradores de João (v. 

ele Recusou fez. receber João (v. 9).  É incrível pensar que um líder da igreja (é possível que Diótrefes fosse um presbítero) não quisesse ter comunhão com um dos apóstolos do Senhor! Diótrefes teria aprendido muita coisa com João. Mas Jesus Cristo não tinha a primazia em sua vida, e, portanto, Diótrefes acreditava que poderia pod eria tratar o apóstolo ido idoso dessa maneira. Por que Diótrefes rejeitou João? O motivo mais óbvio parece ser a objeção de João ao direito de esse homem ser um ditador sobre a igreja. João era uma ameaça para

10b).  Diótrefes recusou-se a receber até os outros irmãos porque tinham comunhão com João! Usou o princípio da "culpa por associação". É impossível praticar esse tipo de "acepção" de modo coerente, pois ninguém possui todas as informações necessárias para saber o que seu irmão faz! Se eu me recusar a ter comunhão com alguém só porque se relaciona com outro indivíduo que não aprovo, de que maneira determinarei, ao certo, o grau de amizade que a pessoa tem com tal indivíduo? Como manter controle de tudo o q que ue faz? Aquele que quiser manter a pureza absoluta em suas

Diótrefes, pois possuía autoridade apostólica. Sabia a verdade a respeito de Diótrefes e estava disposto a divulgá-la. Satanás operava na igreja porque Diótrefes agia com base no orgulho e na glorificação de si mesmo, dois instrumentos amplamente usados pelo inimigo. Se João entrasse em cena, Sa Sa-tanás sairia perdendo. Mentiu Me ntiu sob re João (v. (v. 10 10a) a)..  A oração "proferindo contra nós palavras maliciosas" significa "fazendo "fazen do ac acusaç usações ões falsas e infu infund ndaadas a nosso respeito". O que Diótrefes dizia a respeito de João era totalmente absurdo,

amizades precisará de um computador e de uma equipe trabalhando em tempo integral! As Escrituras deixam claro que não se deve ter comunhão com apóstatas (conforme estudamos em 2  Pedro) e que não se deve entrar em sociedades com incrédulos (2 Co 6:14ss). Também é preciso evitar pessoas cujas posições doutrinárias são contrárias às Escrituras {Rm 16:17-19). Isso não significa cooperar apenas com os cristãos que interpretam as Escrituras exatamente da mesma forma que nós, pois até mesmo pessoas boas e piedosas não apresentam con-

senso sobre questões como o governo da igreja ou as profecias. Mas todos os cristãos podem concordar no tocante a elementos

e, no entanto, alguns gostavam de ouvir esse tipo de conversa convers a e estão disposto dispostoss a acreditar em tais mentiras! Ao que parece, Diótrefes

 

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de comunhão deve ser a Pessoa e a obra de Jesus Cristo, não as amizades e as inter pretações de doutrinas secundárias. Mas indivíduos como Diótrefes sempre terão se guidores fiéis, pois muitos cristãos sinceros, porém ignorantes, preferem seguir líderes desse tipo.

fundamentais da fé e dar espaço para dife renças em outras questões. Romper a comunhão pessoal com um irmão só porque discordo de seu círculo de amizade é, a meu ver, uma extrapolação das Escrituras. Diótrefes rejeitou João e, depois, os cristãos que tinham amizade com João! Mas não parou aí. Disciplinou os que discordavam dele  (v. 10c).  Os membros da igreja que recebe ram os colaboradores de João foram expul sos da igreja! igreja! Mais uma vez, um caso de culpa por associação. Diótrefes não tinha autoridade nem base bíblica para expulsar essas pessoas da igreja, mas ainda assim o fez. Até ditadores reli religiosos giosos precisam tomar cuidado para que a oposição não se torne forte demais! O Novo Testamento ensina a disciplina eclesiástica e dá instruções que devem ser obedecidas. Mas a disciplina eclesiástica não é uma arma que um ditador possa usar para se proteger. Antes, é um instrumento a ser usado pela congregação para prover a pure za e glorificar a Deus. Não é uma imposição da autoridade do pastor ou do conselho da igreja. igr eja. É o Senhor exe rcend o autoridade espi ritual por meio da igreja local, a fim de res gatar e de restaurar um filho de Deus que se desviou do caminho da verdade. Os "ditadores" da igreja são pessoas pe

De acordo com o dicionário, um exemplo é  "um ideal, um modelo, algo digno de ser imitado". Demétrio era um cristão exemplar. João adverte seus leitores a não imitarem Diótrefes: "Se vocês voc ês que rem seguir um ex exemempio, sigam o de Demétrio!" Mas será que é certo imitar líderes hu manos? Sem dúvida, desde que eles, por sua vez, sejam imitadores de Jesus Crist Cristo. o. "Irmã "Irmãos, os, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós" (Fp 3:17). "Sede meus imitador imitadores, es, como também eu sou de Cristo" (1 Co 11:1). Não se pode ver Deus, mas é possível vê-lo ope rando na vida de seus filhos. A vida piedosa e o serviço consagrado de um cristão sem pre me servem de encorajamento e de estí mulo. É possível, por nosso bom exemplo, "[considerarmo-nos] também uns aos outros outros,, para nos estimularmos ao amor e às boas obras   (Hb 10:24).

rigosas, mas, felizmente, é difícil de reco nhecê-los. Gostam de falarnão a respeito si mesmos e do que "fazem para o Senhor". Tam bém têm o costume de julgar e de condenar os que discordam deles. São especialistas em rotular outros cristãos e em classificá-los em categorias rígidas segundo as próprias intenções. Baseiam sua comunhão na per sonalidade dos cristãos, não nas doutrinas fundamentais à fé. O mais triste é que esses "ditadores" são cristãos que acreditam, de fato, estar servindo a Deus e glorificando a Jesus Cristo.

Demétrio um homem lhe digno ser imitado, pois era a congregação davadebom testemunho. Todos os membros o conhe ciam, o amavam e eram gratos a Deus por sua vida e ministério coerentes. Apesar de ser perigoso perigoso quand quando o todos fal falam am bem de nós: "Ai de vós, quando todos vos louvarem!" (Lc 6:26), é maravilhoso quando todos os cris tãos de uma igreja local louvam nossa vida e testemunho. Se todos os homens, salvos e incrédulos, bons e perversos, falam bem de nós, pode significar que estamos fingindo ou fazendo concessões indevidas.

3. Demétrio: o (3 Jo 11-14)

exemplo   exemplo 

De acordo minha dentro experiência, os maiores conflitoscom e divisões das con gregações e entre as igr igrejas ejas são decorrentes, mais do que qualquer coisa, de questões de personalidade. É preciso voltar ao princípio do Novo Testamento, segundo o qual o teste

além doemétrio bom dosomem brosMas, da igrej igreja, a, D Dem étriotestemunho também tinha bom testemunho da própria Palavra (verdade). Como Gaio, Demétrio andava na verda de e obedecia à Palavra de Deus. Isso não significa que esses homens eram perfeitos,

 

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mas sim que levavam uma vida coerente, procurando honrar ao Senhor. Tanto a igreja quanto a Palavra davam testemunho da vida cristã de Demétrio, e o apóstolo João faz o mesmo (o que significa que Demétrio teria problemas com Diótrefes!) O apóstolo amado sabia por experiência própria e não se envergonhava de confessar que Demétrio era um homem de Deus. João havia advertido a dvertido que visitaria a igr igreja eja e que confrontaria Diótrefes (3 Jo 10) e, sem dúvida, Gaio e Demétrio apoiariam o apóstolo em oposição ao "ditador". Eram homens que defendiam a verdade e que se sujeitavam à autoridade espiritual verdadeira. Uma vez que seguiam a verdade, não havia perigo de outros cristãos imitarem seu exemplo. A conclusão da epístola (3 Jo 13, 14) é semelhante à conclusão de 2 João, e talvez fosse a maneira habitual de encerrar uma carta no tempo de João. O apóstolo plane java visita visitarr a igreja "em breve" breve",, o que certa certa-mente serviu de advertência para Diótrefes e de estímulo para Gaio e Demétrio. O amado João tinha "muitas coisas" para tratar com a congregação e com seus líderes, mas preferia fazê-lo pessoalmente, não por meio de uma carta. "A paz seja contigo" (3 Jo 14) deve ter sido uma bênção de verdadeiro encorajamento a Gaio! Sem dúvida, seu coração e mente estavam aflitos por causa da divisão na igreja e da maneira nada espiritual e

almas para Cristo, como também faziam amigos. Diótrefes era tão ditatorial que possuía cada vez menos amigos, enquanto João, ao compartilhar o amor de Cristo, fazia cada vez mais amigos. "Saúda os amigos por nome.   O apóstolo idoso não queria escrever uma carta extensa; além disso, planejava visitar os destinatãrios. Por vezes, Paulo terminava suas cartas com uma lista de saudações pessoais (ver Rm 16), mas, pelo menos nesta carta, João não faz isso. Pede que Gaio transmita suas saudações a seus amigos de modo pessoai e individual, como se o próprio João os estivesse saudando. João não se preocupava apenas com a igreja, mas também com os indivíduos que a constituíam. É interessante fazer um contraste entre a segunda e a terceira epístolas de João e ver o balanço da verdade que o apóstolo apresenta. A carta de 2 João foi escrita a uma mulher piedosa e trata de sua família, enquanto 3 João foi escrita a um homem piedoso e trata de sua igreja. João adverte a "senhora eleita" sobre os falsos mestres de fora, mas adverte Gaio sobre os líderes ditadores dentro da congregação. Os falsos mestres em 2 João valiam-se do amor   para negar a verdade,   enquanto Diótrefes apelava para a verdade,  sem amor algum, e atacava os irmãos. Como é importante andar "em verdade e amor" (2 Jo 3) e dizer a verdade em amor (Ef 4:15). O que diz amar a verdade e, no

abusiva de Diótrefes os membros da congregação. George tratar M orrison, Morrison, de Glasgow, escreveu: "Ter paz é possuir recursos adequados". O cristão pode desfrutar a "paz de Deus", pois possui os recursos adequados em Jesus Cristo (Fp 4:6, 7, 13, 19). João faz questão de enviar as saudações dos cristãos da congregação onde ele se encontrava naquela ocasião. "Os amigos te saúdam." Que grande bênção ter amigos cristãos! Quando Qua ndo Paulo est estava ava chegando a Roma, alguns irmãos foram a seu encontro: "Vendo-os Paulo e dando, por isso, graças a Deus, sentiu-se mais animado" (At 28:15). Tanto

entanto, irmão,cristã. confessa sua ignorância odeia acercaseu da vida Quando o povo de Deus ama o Senhor, a verdade e uns aos outros, o Espírito Santo opera no meio da congregação e Jesus Cristo é glorificado. Mas quando qualquer membro dessa congregação, inclusive o pastor, torna-se orgulhoso e deseja ter a "primazia", o Espírito se entristece e não pode abençoar. A igreja pode parecer exteriormente  bemsucedida, mas interiormente  lhe faltará a verdadeira unidade do Espírito que constitui a comunhão saudável. É preciso haver mais gente como Gaio e

Paulo quanto João não apenas ganhavam

Demétrio... e menos como Diótrefes!

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