0.Fundamentos de Reologia-Introdução
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Introdução a reologia - anotações de aula...
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Curso de Fundamentos de Reologia Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Introdução João Batista Rodrigues Neto
Ementa:: Ementa Conc Concei eito toss fu fund ndam amen enta tais is da reol reologi ogiaa e defi defini niçã ção o dos dos parâmetros reológicos. Sólidos de Hooke e fluídos de Newton: comp compor orta tame ment nto o idea ideall da maté matérria. ia. Sóli Sólido doss e flui fluido doss reai reais: s: mode modelo loss reol reológ ógico icos. s. Reolo eologia gia das das susp suspen ensõe sõess de part partíc ícul ulas as sólidas. Propriedades das dispersões coloidais. Comportamento reológi reológico co das suspen suspensõe sõess coloid coloidais. ais. Propri Proprieda edades des mecân mecânica icass dos materiais de engenharia sob o ponto de vista da reologia. Comp Compor orta tame ment nto o reol reológ ógic ico o dos dos polí políme mero ros. s. Visc Viscos osim imet etri riaa e reometria.
Objetivos:: Objetivos Escla sclare rece cerr a impo imporrtânci ânciaa cie científ ntífic icoo-ttecnol cnológ ógic icaa da reologia dentro da área do conhecimento da ciência e engenharia de materiais e correlacionar seus conceitos com as propriedades de escoamento da matéria durante os processos de conformação dos materiais de engenharia e com o comportamento mecânico destes materiais. Proporcionar ao público alvo a oportunidade de adquirir e aplicar os conceitos referentes a reologia que auxiliarão no entendimento de diversos fenômenos ligados ao contexto fabril dos processos de transformação dos materiais. Descrever os equipamentos e procedimentos de medida para determinação dos parâmetros reológicos dos fluidos.
Bibliografia: - MORENO, R. Reología de suspensiones cerâmicas. Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas. Madrid, 2005. - DINGER, D.R. Rheology for ceramists. Clemson, SC: D.R. Dinger Publishing, 2002. - MACOSKO, C.W. Rheology: Principles, Measurements, and Applications.New York: Wiley-VCH, 1994. - OLIVEIRA, I.R.; STUDART, A.; PILEGGI, R.G.; PANDOLFELLI, V.C. Dispersão e empacotamento de partículas: Princípios e aplicações em processamento cerâmico. São Paulo: Fazendo Arte Editorial, 2000. - REED, J. Principles of Ceramics Processing, 2nd ed. New York: Wiley, 1995.
INTRODUÇÃO Sumário: Conceitos básicos Evolução histórica Definições Variáveis que afetam a viscosidade - Pressão - Temperatura - Taxa de deformação Comportamento de fluxo Modelos lineares Modelos Não lineares O ponto de fluxo – Tensão de Escoamento Comportamento dependente do tempo
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CONCEITOS
REOLOGIA CIÊNCIA DO FLUXO. DEFORMAÇÃO DE UM CORPO SUBMETIDO A ESFORÇOS EXTERNOS.
REOMETRIA CONSISTE NA DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO DE FLUXO
CONCEITOS Prof. Bingham, Am. Soc. Rheology, 29-4-1929
REOLOGIA
(tudo flui)
IUPAC Estudo do fluxo e deformação da matéria sob a influência de um esforço mecânico. Se refere, especialmente, ao comportamento da matéria que não pode ser descrito pelos modelos lineares simples da hidrodinâmica e elasticidade. Alguns desses desvios de comportamento são devidos à presença de partículas coloidais no fluido e consequente influência de suas propriedades de superfície.
CONCEITOS A Reologia é uma ciência que exerce influência fundamental na determinação dos critérios de controle dos processos das indústrias das várias classes de materiais de engenharia.
Metais Cerâmicas Polímeros Compósitos Vidros
Conformação dos componentes
CONCEITOS Metais
EX: 1 – Fundição/Injeção de metal líquido.
Temperatura de vazamento Aditivos Velocidade de vazamento
Temperatura de injeção Pressão de injeção Velocidade de injeção
CONCEITOS Metais
EX: 2 – Injection Molding: Injeção de pó metálico + polimero
Feedstock Temperatura de injeção Pressão de injeção Velocidade de injeção
CONCEITOS Cerâmicas
EX: 1 – Prensagem a seco
% Umidade baixo Plasticidade da massa Pressão de prensagem Velocidade de prensagem
CONCEITOS Cerâmicas
EX: 2 – Colagem de barbotina – Slip casting
% Umidade elevado Temperatura de vazamento Aditivos Velocidade de secagem
CONCEITOS Cerâmicas
EX: 3 – Extrusão ou Conformação plástica
% Umidade intermediário Plasticidade da massa Aditivos Pressão de extrusão Velocidade de extrusão
CONCEITOS Polímeros
EX: 1 – Extrusão ou Conformação plástica (idem as anterior) 2 – Aplicação de revestimentos via líquida - Tintas
% Solvente Aditivos Velocidade de secagem/cura Velocidade de aplicação
CONCEITOS Compósitos
EX: 1 – Metal duro = prensagem a seco 2 – Fiberglass = laminado
% Solvente Aditivos Velocidade de secagem/cura Velocidade de aplicação
CONCEITOS Materiais vítreos
EX: 1 – Vidros cerâmicos
Temperatura de vazamento Aditivos Velocidade de laminação Composição do vidro
CONCEITOS Materiais vítreos
EX: 2 – Vidros metálicos e poliméricos
Temperatura de vazamento Aditivos Velocidade de resfriamento
CONCEITOS
matérias de engenharia apresentam propriedades reológicas (características de deformação) que são função direta das condições aos quais os mesmos são solicitados” .
“Os
“Um material
responde de maneira distinta à cada tipo de solicitação a qual é submetido” .
EVOLUÇÃO HISTÓRICA Sólidos R. Hooke(1678),“True Theory of Elasticity” A potencia de uma mola é proporcional a tensão aplicada. Ao se duplicar a tensão(σ)se duplica a deformação ( )
Líquidos I. Newton (1687),“Philosophiae Naturalis Principia Mathematica” A resistência derivada da falta de deslizamento das partes de um líquido é proporcional a velocidade com a qual as mesmas separam-se entre si. Ao se duplicar a tensão se duplica o gradiente de velocidade ( ) Nasce o termo Viscosidade (η)
.
Consideradas leis universais durante 2 séculos
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Navier-Stokes (s.XIX), Teoria tridimensional para descrever líquidos newtonianos.
W. Weber (1835),Experimentos com fios de seda Uma carga longitudinal produzia uma extensão imediata, seguida de uma posterior distensão com o tempo. Ao eliminar-se a carga tomava lugar uma contração imediata, seguida de uma contração gradual até alcançar-se o comprimento inicial. Elementos associados a resposta de um líquido
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
J.C. Maxwell (1867), Modelo matemático para descrever fluidos com propriedades elásticas. Elementos associados a resposta de um sólido
Nasce o conceito da VISCOELASTICIDADE SÓLIDOS ELASTOVISCOSOS (Weber) FLUIDOS VISCOESLÁSTICOS (Maxwell)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
MODELOS LINEARES
Proporcionalidade direta entre a carga aplicada e a deformação ou a taxa de deformação produzida. FLUXO Hooke
Comportamento elástico(Sólidos)
Newton
Comportamento viscoso(Líquidos)
VISCOELASTICIDADE Weber Sólidos com resposta associada a líquidos Maxwell
Líquidos com resposta associada a sólidos
EVOLUÇÃO HISTÓRICA Inícios s.XX, Importância da não-linearidade Aparecem modelos que assumem que propriedades como o módulo de rigidez ou a viscosidade podem variar com o esforço aplicado. A viscosidade depende do gradiente de velocidade Fluidificantes: diminui ao aumentar-se a taxa de . Espessantes, aumenta ao aumentar-se A viscosidade depende do tempo Tixotropia Bingham (1922),Fluxo plástico, ponto de fluxo. Modelo linear Herschel Bulkley (1926), Casson (1956) Modelos não lineares
.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA SÓLIDO OU LÍQUIDO? Os materiais reais podem apresentar comportamento elástico, comportamento viscoso ou una combinação de ambos. Depende do esforço aplicado e de sua duração M. Reiner (1945), Número de Deborah, De Tudo flui, basta que se espere o tempo suficiente.
De= t /T t =
Sólido elástico: t
∞
De
Líquido viscoso: t
0
De
tempo característico do material T = tempo característico do processo de deformação
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA Sisko (1958), Cross (1965), Carreau (1972), Modelos que descrevem a curva de fluxo geral Modelos que necessitam 4 parâmetros (viscosidade para taxa de deformação 0 e taxa de deformação ∞). Descrevem a forma geral da curva de fluxo em um amplo intervalo de velocidades de deformação.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA A. Einstein (1906), Suspensiones diluidas de partículas esféricas Predição da viscosidade em função da fração volumétrica de sólidos. Suspensões Newtonianas diluídas. Esferas rígidas. Krieger-Dougherty (1959), Quemada (1982), De Kruif (1982), etc. Suspensões Newtonianas concentradas. Esferas rígidas. Barnes (1981), Farris (1968). Suspensiones Newtonianas concentradas. Partículas não esféricas; Polidispersão. Krieger (1972) Suspensões “Não-Newtonianas” concentradas. (después de 1985) Suspensões de esferas “macias” .
EVOLUÇÃO HISTÓRICA Classe de fluidos/modelos Material Ideal
Corpo rígido Sólido elástico Fluido de Pascal Líquido newtoniano
Viscoelasticidade linear
Líquidos newtonianos generalizados
Viscoelasticidade não linear
Descrição chave de materiais
Suspensões Polímeros Viscosidade extensional
Gênesis da Reologia
Época
Trabalhos representativos
Antigüidade s.XVII s. XVIII ss.XVIII-XIX
Arquímedes, Newton (1687), Hooke (1678), Young (1807) Pascal (1663), Bernouilli (1738), Euler (1755) Newton (1687), Navier (1823), Stokes (1845), Hagen (1839), Poiseuille (1841)
Meados s.XIX
Weber (1835), Maxwell (1867), Poynting & Thomson (1902)
s.XIX-s.XX
s.XX
Princípios s.XX
1929
Trouton &Andrews (1904), Bingham (1922), Ostwald (1925), De Waele (1923), Herschel-Bulkley (1926) Poynting (1913), Zaremba (1903), Jaumann (1905), Hencky (1929) Einstein (1906) Baekeland (1909), Staudinger (1920) Trouton (1906), Tamman & Jenckel (1930) Bingham, Reiner
DEFINIÇÕES Deformação de um corpo elástico: L L0
L h
h L0
h
L
“EXTENSIONAL”
CISALHAMENTO
COMPRESSÃO
DEFINIÇÕES Esforço aplicado - Tensão Os componentes da esforço aplicado podem ser representados mediante um tensor
Tensor de esforços
(fluxo de cisalhamento estacionário)
Equações constitutivas: relacionam esforço e deformação
DEFINIÇÕES Deformação em um sólido
DEFINIÇÕES Deformação em um líquido
DEFINIÇÕES Funções Viscosimétricas
DEFINIÇÕES Viscosidade Aparente
DEFINIÇÕES Viscosidade
DEFINIÇÕES Sólido Rígido – Hooke ) a P (
Líquido Viscoso - Newton ) a P (
a
tg a = G
(-)
a
tg a = h
(1/s)
A Reologia descreve o comportamento da matéria (caso real) dentro do intervalo que apresenta o líquido de Newton e o sólido de Hooke como seus extremos.
DEFINIÇÕES Plástico Fluido
Rígido Sólido
Alta velocidade de deformação
Material Frágil
Material Dúctil Baixa velocidade de deformação
Alta capacidade de deformação
Baixa capacidade de deformação
DEFINIÇÕES
Caso Real
Ge
cte
Sofrem alterações em função de g, P, T, e t.
VARIÁVEIS Efeito da pressão sobre a viscosidade: Em geral
a viscosidade aumenta com o aumento da pressão. Ex: Óleo
eP
VARIÁVEIS Efeito da temperatura sobre a viscosidade: Em
geral a viscosidade diminui ao aumentar-se a temperatura.
-k/T
VARIÁVEIS Ex: “Gelificação térmica (Gelcasting)– transição sol/gel por aquecimento, resfriamento.
VARIÁVEIS Efeito da taxa de deformação sobre a viscosidade: Em qualquer fluido Não-Newtoniano a
viscosidade é função e portanto, depende da taxa de deformação aplicada.
VARIÁVEIS Curvas de Fluxo ) a P (
Newtoniano
Curvas de Viscosidade ) s . a P (
Newtoniano
Não-Newtoniano Não-Newtoniano (1/s)
(1/s)
COMPORTAMENTO DE FLUXO
Modelos de Comportamento Reológico
MODELOS LINEARES
MODELOS NÃO LINEARES
MODELOS NÃO LINEARES
MODELOS NÃO LINEARES
MODELOS NÃO LINEARES
MODELOS NÃO LINEARES
MODELOS NÃO LINEARES
TENSÃO DE ESCOAMENTO
TENSÃO DE ESCOAMENTO
TENSÃO DE ESCOAMENTO
Controle de Taxa de Deformação – Control Rate
TENSÃO DE ESCOAMENTO
Controle de Taxa de Tensão – Control Stress
È possível medir a deformação adimensional
TENSÃO DE ESCOAMENTO
DEPENDÊNCIA DO TEMPO
Líquidos Tixotrópicos - Sofrem diminuição de viscosidade ao longo do tempo em que se aplica uma taxa de formação constante. - Quando se aplica uma taxa de formação constante em um líquido tixotrópico, uma estrutura interna é progressivamente destruída, ao longo do tempo. Líquidos Reopéxicos - Sofrem aumento de viscosidade ao longo do tempo em que se aplica uma taxa de formação constante. - Apresentam um comportamento completamente contrário ao de um líquido tixotrópico.
DEPENDÊNCIA DO TEMPO
Na verdade a dependência do tempo de um líquido pode ser tratada como um fenômeno cíclico Construção da estrutura interna
Destruição da estrutura interna
Tempo
DEPENDÊNCIA DO TEMPO
DEPENDÊNCIA DO TEMPO
DEPENDÊNCIA DO TEMPO
Exemplo: Processo Sol-Gel
DEPENDÊNCIA DO TEMPO
Exemplo: Destruição de estruturas por cisalhamento.
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