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March 4, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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LIBRAS LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS 

Profª. Aldenisa Peixôto  Peixôto  2016.1 1

 

 Profª. Aldenisa Peixoto CADERNO DO ALUNO

Apresentação Está publicação tem como objetivo divulgar a LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais em todos os ambientes sociais, tornando conhecida a identidade e a cultura surda, visto que sua língua é uma das línguas faladas no Brasil obtendo o reconhecimento oficial do governo brasileiro pela Lei 10.436/2002. Este material constitui-se em um artigo prático com textos, exercícios e ilustrações que inclui as características, fatos e conquistas da comunidade surda; o projeto trata dos aspectos culturais e legais quanto à vida dos surdos enquanto  1

minoria linguística em uma sociedade majoritária e muitas vezes ouvintista . Divulgamos aqui a LIBRAS como verdadeiramente ela deve ser vista, como uma língua oficial com características linguísticas, tais como: gramática, fonemas, morfologia e flexões próprias, que a tornam objeto de amplo estudo e pesquisa. Ressaltamos ainda, a LIBRAS como uma língua espaço  –  visual independente de qualquer língua oral em sua concepção linguística. Nosso sincero desejo que por meio desta possamos derrubar alguns mitos e preconceitos referidos aos surdos e sua condição de brasileiros usuários de outra língua.

Bons Estudos!

1

 Termo sobre utilizado pela comunidade Surda para descrever o pensamento de superioridade da identidade ouvinte o surdo.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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 Profª. Aldenisa Peixoto CADERNO DO ALUNO

EQUIPE DE ORGANIZAÇÃO

Autora: Francisca Aldenisa Peixoto da Silva Concepção da metodologia de ensino: Profª. Mestranda: Francisca Aldenisa Peixoto da Silva (Ouvinte). Redação: Profª. Francisca Aldenisa Peixoto da Silva  Silva   Revisão:  Marcus Weydson Pinheiro (Surdo) Revisão: Colaboração: Marlúcia Andrade Cavalcante (Surda) Elaboração de exercícios: Profª. Aldenisa Peixoto 

Desenhos: Aldenisa Peixoto

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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 Profª. Aldenisa Peixoto CADERNO DO ALUNO

“DICA DO ALUNO” 

Prezados alunos,

Vamos seguir os princípios gerais que nortearão o ensino/aprendizage ensino/aprendizagem m desta língua:

  Evitar falar ou conversar durante as aulas;



  Evitar usar o celular ou qualquer outro aparelho dessa natureza em sala;



  Usar a escrita ou expressões corporais para se expressar principalmente principalmente com o



professor;   Não ter receio de errar em nenhum momento;



  Despertar a atenção e memória visuais;



  Sempre fixar o olhar na face do emissor da mensagem;



  Atentar-se para tudo que está acontecendo durante a aula.



Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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 Profª. Aldenisa Peixoto CADERNO DO ALUNO

LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002.  2002.   Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faz saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º É 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados. Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Art. 2º  Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. Art. 3º  3º  As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor. Art. 4º O 4º O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudióloga e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente. Parágrafo único. único. A Língua Brasileira de Sinais - Libra não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa. Art. 5º Esta 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 24 de abril de 2002.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Texto publicado no D.O.U. de 25.4.2002

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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Língua Brasileira de Sinais – LIBRA Antes de se falar especificamente da LIBRAS, cabe um retorno à origem das línguas de sinais, seus registros históricos, para que possa entender como, de certa forma, o ensino das línguas de sinais em escolas determinou o desenvolvimento dessas línguas. A seguir, após esse panorama sobre a origem e evolução das línguas de sinais, a Libras será tratada no que diz respeito resp eito a sua origem específica, a sua regulamentação como língua oficial dos surdos brasileiros e á razão pela qual ostenta o título de língua natural. Por ser até pouco tempo uma língua ágrafa, não há registro da origem das línguas de sinais, mas, possivelmente, ela se desenvolveu na mesma época que a língua oral. Diz à lenda que surdos eram adorados no Egito, como se fosse deuses, porque serviam de mediadores entre os Faraós e os deuses, já que eram tidos como seres místicos. As primeiras referências aos surdos aparecem na época da lei Hebraica. Na China, os surdos eram lançados ao mar; os gauleses os sacrificavam aos deuses Teutates; em Esparta, eram lançados do alto dos rochedos. Na Grécia, os surdos eram encarados como deficientes intelectuais e muitas vezes eram condenados a morte. Os romanos viam os surdos como seres imperfeitos, e assim lançavam as crianças surdas no rio. Desse relato, já é possível compreender que a historia da evolução das línguas de sinais, inclusive da LIBRAS, foi marcada pela intervenção autoritária e muito por desconhecimento. A LIBRAS teve sua origem na Língua de Sinais Francesa por influência de Hernest Huet, surdo francês, que chegou ao Brasil em 1856, a convite de D. Pedro II, para fundar a primeira escola para meninos surdos, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), que foi inaugurado no dia 26 de setembro de 1857, o qual recebeu o nome de Imperial Instituto de Surdos-Mudos, com o propósito de desenvolver a educação dos surdos brasileiros. Hernest, o professor surdo, negociava a criação do Instituto de Surdos através de cartas com o imperador D. Pedro II, as quais encontram  – se no Museu Imperial de Petrópolis (RJ). Aconteceu com a LIBRAS um processo de

colonização de língua, tal como como se deu entre o português para os brasileiros quando 6

 

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os portugueses vieram colonizar o Brasil, se deparam com uma série de línguas indígenas, e mais especificamente uma língua geral, usada para negociações entre as diferentes tribos. Ao longo dos anos, por uma série de fatores que não cabe explicar neste momento, o português de Portugal foi se mesclado a essa língua geral e, posteriormente, recebeu influências de outras línguas como o italiano, o francês e o árabe, resultado no português que hoje se fala no Brasil, o qual difere em muitos aspectos da língua que lhe deu origem. Portanto, quando Huet chegou ao Brasil os surdos já deviam possuir um sistema de comunicação, que se mesclou à língua francesa de sinais, originando a Língua Brasileira de Sinais, a qual também difere em muitos aspectos da língua que lhe deu origem. Como visto, a LIBRAS tem uma história de evolução ao longo dos anos, como qualquer língua natural. Assim como as línguas orais, as línguas de sinais nascem para suprir as necessidades de comunicação. A diferença reside no canal de recepção e nos meios de produção, pois, devido à impossibilidade de ouvirem uma língua falada, os surdos desenvolvem a habilidade linguística de outra maneira, fazendo uso do espaço e da visão. Então, uma língua de natureza espaço-visual não se configura como uma barreira perceptual no processo de aquisição dos surdos, já que essa é a língua natural dos surdos. Todavia, nem sempre essa condição de língua natural foi aceita em relação às línguas de sinais. Não há muito tempo, a língua de sinais era vista apenas como gestos, mímicas, um sistema de comunicação inferior, pobre, sem gramática, cujo único proveito era expressar conceitos concretos. Essa visão só começou a ser superada a partir da década de 1960, com a publicação, nos Estados Unidos, do primeiro trabalho conhecido sobre línguas de sinais, por William Stokoe. As discussões de Stokoe (1960, apud  QUADROS;  QUADROS; KARNOPP, 2004) para a língua americana de sinais foram tomadas como ponto de partida para o estudo de outras línguas de sinais, como a LIBRAS. As discussões empreendidas pelo autor começam a descrição da modalidade da língua, destacando que suas propriedades internas correspondem a critérios colocados por universais. Nesse sentido, linguísticos e que a distinção está em sua forma de produção e recepção: “*...+ as investigações mostram que as línguas de sinais, sob o ponto de vista

linguístico, são completas, complexas e possuem uma abstrata estruturação em todos os níveis de análise” (QUADROS; K ARNOPP, 2004, p. 36-37). A partir daí, as Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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comunidades surdas, por sua vez, viram nos estudos linguísticos das línguas de sinais um argumento científico, entre tantos outros de ordem diversa, mas de igual importância, para lhes requerer o reconhecimento legal. O Brasil é um dos países que  já oficializou a língua de sinais de seu país  – a LIBRAS – como língua própria dos surdos brasileiros. Segundo a legislação vigente, desde abril de 2002, a Libras constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidade de pessoas surdas do Brasil, nas quais há uma forma de comunicação e expressão, de natureza viso-motora, com estrutura gramatical própria. A oficialização da LIBRAS foi de extrema importância, e ainda é, para a luta por políticas públicas de educação bilíngue para surdos, com a presença de professores sinalizadores e/ou intérpretes em sala de aula. O reconhecime reconhecimento nto legal, no entanto, não significa que a Libras deva parar de ser estudada em suas características linguísticas. Afinal, conhecer bem a natureza linguística da Libras é condição necessária para o seu ensino.

NOMENCLATURAS NOMENCLATURA S UTILIZADAS NA ÁREA DA SURDEZ   A pessoa que tem surdez  Várias são as nomenclaturas utilizadas para nomeação. Mas, de fato, como podemos nos referir?  



Surda? Pessoa surda? Deficiente auditiva?

  Pessoa com deficiência auditiva? Pessoa com baixa audição?



 



Portadora de deficiência auditiva?

  Pessoa portadora de deficiência auditiva?



 



Portadora de surdez? Pessoa portadora de surdez?

Primeiramente não devemos nos reportar ao termo PORTADOR (A) para nos referir a esta pessoa como substantivo ou adjetivo de portar alguma coisa. Ter uma deficiência não significa que ela a porte. Tanto o substantivo portador quanto o verbo portar não se aplicam à condição inata ou adquirida da pessoa surda. O termo adequado e considerado pela comunidade surda é “Surdo”  ou “Pessoa Surda”. 

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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Surdez ou deficiência auditiva  É muito comum atualmente, atualmente, e isto é de conhecimento de diversas pessoas, que alguns surdos não gostam de ser considerados deficientes auditivos e algumas pessoas com deficiência auditiva não gostam de ser consideradas surdas. Também existem pessoas surdas ou com deficiência auditiva que são indiferentes quanto a serem consideradas surdas ou deficientes auditivas. 

A língua de sinais  Quais são os termos corretos?

 

Linguagem de sinais?

 

Linguagem Brasileira de Sinais?

 

Língua de sinais? Língua dos sinais?

 

Língua Brasileira de Sinais?

 

Língua de Sinais Brasileira? Língua de sinais brasileira?

 

LIBRAS? LSB?













A língua de sinais, para início de conversa, é uma língua e não uma linguagem. Por isso, não devemos utilizar os termos “linguagem de sinais” e sim “Língua Brasileira de Sinais”. Língua define um povo, como o povo brasileiro. Linguagem pode ter vários

sentidos: linguagem visual, dos animais, corporal, musical etc.

O alfabeto manual x datilologia  O alfabeto manual de Libras são formas de mãos que representam as letras do alfabeto. A datilologia é a soletração de uma palavra usando o alfabeto manual. Do mesmo modo que algumas línguas orais possuem alfabetos diferentes, como é o caso da língua japonesa e chinesa, nas línguas de sinais, as formas de mãos para a formação do alfabeto manual também variam de país para país. A datilologia é mais usada para expressar nome de pessoas, localidades e outras palavras que não possuem um sinal específico. Uma pessoa que não é surda pode usar a datilologia quando ela não sabe o sinal correspondente do que quer falar Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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com outra pessoa surda e para que o surdo entenda do que se trata, devemos soletrar usando o alfabeto manual. Veja abaixo, exemplos da datilologia e soletração dos sinais: DATILOLOGIA 

SOLETRAÇÃO

N-U-N-C-A

NUNCA

A-Z-U-L

AZUL

P-A-Z

PAZ

M-A-R-Ç-O

MARÇO

M-A-I-O

MAIO

L-I-X-O

LIXO

V-A-I

VAI

A-Ç-O

AÇO

L-I-N-D-O

LINDO

V-O-V-O

VOVO

A-R

AR

C-A-R-O

CARO

R-I-O

RIO

V-I-U

VIU

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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Alfabeto Manual

Nomes e sinal pessoal Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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Quando nascemos, nossos pais escolhem nosso nome. O nome pessoal de cada pessoa não pode ser mudado, a não ser em determinados casos permitidos pela legislação nacional. Para as pessoas ouvintes, identificamos as pessoas pelo nome e até memorizamos a voz das pessoas quando, por exemplo, se fala ao telefone. No caso dos surdos, eles conseguem identificar as pessoas visualmente, memorizando suas características físicas, mas, é difícil para eles identificar o nome de uma pessoa pela leitura labial, afinal existem milhares de pessoas com os mesmos nomes. Para suprir essa necessidade, a comunidade surda instituiu o Sinal Pessoal, ou seja, é nome em Libras. Esse sinal normalmente é escolhido de acordo com as características da pessoa ou por seu jeito de ser. O sinal pode ser dado por uma pessoa surda ou escolhido pelo próprio usuário. Mas, uma vez batizado, esse sinal não poderá ser modificado, visto que, como o sinal tem aspectos pessoais, é muito difícil encontrar pessoa, sejam surdas ou ouvintes, com sinais iguais.

2

 

2

 Aldenisa  Alde nisa Peixoto, Peixoto, Marlúcia Andrade e Marcus Marcus Weydson

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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Agora vamos para prática da Libras!

SINAL

NOME

DIFÍCIL

SEMPRE

BREVE

RÁPIDO

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FÁCIL

RECEBER

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NÚMEROS  CARDINAIS NÚMEROS

QUANTIDADE

REGRAS PARA QUANTIDADES:   A) As quantidades 1 a 4 são sinalizadas com os dedos indicador (1); indicador e



médio (2); indicador,médio,anelar (3) e indicador,médio,anelar e mínimo (4) virados para cima.   B) As quantidades 5 a 10 são sinalizadas com a mesma configuração de mão



utilizada para os números cardinais. Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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2. 2.  A ORGANIZAÇÃO FONOLÓGICA DA LIBRAS

Desde o seu surgimento, a linguística se ocupa do estudo de línguas orais. As teorias, análise e descrição por ela fornecidas são resultado da observação de línguas orais. Apenas muito recentemente, a partir de 1960, com o trabalho de William Stokoe sobre a língua de sinais americana (ASL), os estudos linguísticos voltaram seu olhar às línguas visuais. A princípio, tentou-se usar nomenclaturas diferentes no estudo das línguas de sinais, que não remetessem ao conhecimento já produzido para as línguas orais. Mas essa tentativa foi frustrada, pois desnecessária. Logo os linguistas se deram conta que, por se tratarem de línguas naturais como as orais, às línguas de sinais podiam ser analisadas por meio dos instrumentos de estudos criados pela Linguística até então. É possível dizer que som e imagem são recursos representacio representacionais nais de que se valem línguas orais e visuais para comunicar, codificar mensagens. Da mesma forma como as línguas orais podem ser decompostas em vários níveis, desde os com significado até o nível em que não há significado, as línguas de sinais também podem. Assim, por exemplo, a língua portuguesa e Língua Brasileira de Sinais formulam mensagens complexas por meio do arranjo de palavras em frases. As palavras são formuladas por meio dos morfemas, os quais se originam da combinação de fonemas. Estes são considerados as menores unidades da língua, mas desprovidas de sentidos, os responsável pela sofisticação de qualquer língua natural, uma vez que eles, mesmo finitos possibilitam a criação infinita de outras estruturas. Essas unidades menores, sem significado isoladamente, os fonemas, são encontrados na LIBRAS, a medida que essa língua forma um número infinito de sinais a partir de cinco elementos, portanto, finito: os parâmetros para formação dos sinais. A seguir, serão apresentadas, detalhadamente, as propriedades de cada parâmetro em língua de sinais brasileira, isto é, propriedades de configurações de mão, movimento, locações, orientação de mão e dos aspectos não manuais dessa língua. Os articuladores primários das línguas de sinais são as mãos, que se movimentam no espaço em frente ao corpo e articulam sinais em determinadas locações nesse espaço. Um sinal pode ser articulado com uma ou duas mãos. Um Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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mesmo sinal pode ser articulado tanto com a mão direita como a mão esquerda; tal mudança não é distintiva. OS PARÂMETROS FONOLÓGICOS DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA (QUADROS & KARNOPP, 2004.)  2004.) 

L

CM M

Configuração de mão (CM)  –  Este é o primeiro dos parâmetros, dentre os articuladores primários. São compostos por as diversas formas que a(s) mão(s) toma(m) na realização de um sinal. Caracteriza-se quanto a: a) extensão - lugar e número de dedos estendidos; b) contração - mãos fechadas ou compactadas; c) contato e/ou divergência dos dedos.  dedos.  As CM podem variar quanto ao uso das mãos para a realização do sinal, apresentando: a) uma só mão configurada (Fig. 03); b) mão configurada sobre a outra que serve de apoio, tendo sua própria configuração (Fig. 04); c) duas mãos configuradas de forma espelhada (Fig. 05).

(Fig. 03)

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

(Fig. 04)

(Fig. 05)

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Movimento da mão (M): (M): para que seja realizado é preciso haver um objeto (o sinal) e um espaço (realização do sinal). O movimento pode ser analisado levando-se em conta: a) o tipo: refere-se às variações do movimento das mãos, pulsos e antebraços, ao movimento interno dos pulsos ou das mãos e ao movimento dos dedos; b) a direção: pode ser unidirecional, bidirecional ou multidirecional; c) a maneira: descreve a qualidade, tensão e a velocidade; d) a  frequência: indica se os

movimentos são simples ou repetidos.

(Fig. 06)

(Fig. 07)

(Fig. 08) 08)  

Locação da mão (L) ou ponto de articulação (PA): (PA): refere-se ao local do corpo do sinalizador em que o sinal é realizado. Esse espaço é limitado e vai desde o topo da cabeça (Fig. 10) até a cintura (Fig. 11), sendo que alguns são mais precisos, tais como embaixo do nariz (Fig. 12) e outros mais abrangentes, como à frente do tórax. Em situações em que o sinal é realizado sem uma localização determinada, este PA é chamado de “espaço neutro”, como no sinal TRABALHAR (Fig. 08), que é sinalizado em

frente ao tronco, mas não há um lugar certo para a sua produção.

(Fig.10)

(Fig. 11)

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

(Fig. 12)

(Fig. 08)

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Orientação da mão (Or): (Or): trata-se da direção para onde a palma da mão está voltada no momento da produção do sinal. A mão do sinalizador pode está posicionada (Fig. 13): (plano y) para cima e para baixo; (plano z) para dentro do corpo e para fora do corpo; (plano x) de lado virada para dentro do corpo (contralateral) e de lado, virada para fora do corpo (ipsilateral).

 Y

X

Z

. (Fig. 13)

Expressões Não-manuais (ENM): constituem-se por movimentos elaborados na articulação da cabeça (lateralização direita/esquerda, inclinação frente/trás), da face (sobrancelhas, olhos, bochechas, língua, lábios, nariz) ou do tronco (inclinação frente/trás, balanceamento balanceamento dos ombros). P Podem odem apresentar marcas de construções: a) sintáticas: sentenças interrogativas sim/não, interrogativas QU-, orações relativas, topicalizações e concordância e foco; b) lexicais: referência específica, referência pronominal, partícula negativa, advérbio, grau ou aspecto. Normalmente, as ENM vêm associadas ao uso de sinais manuais, mas também podem ser realizados sem eles. Uma das tarefas de um investigador de uma determinada língua de sinais é identificar as configurações de mão, as locações e os movimentos que têm um caráter distintivo. Isso poder ser feito comparando-se pares de sinais que contrastam minimamente, um método utilizado na análise tradicional de fones distintivos das línguas naturais. O valor contrastivo dos parâmetros fonológicos, o contraste de apenas um dos parâmetros altera o significado dos sinais.

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Pares mínimos na língua de sinais brasileira Sinais que se opõem quanto à configuração de mão

PROMOTOR

ADVOGADO

Sinais que se opõem quanto ao movimento

COMO?

PRA QUE?

Sinais que se opõem quanto à locação

APRENDER 1

SÁBADO 2

 

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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Sinais que se opõem quanto à Expressão Não-manual

HOJE

AGORA

A fonologia das línguas de sinais, portanto, trata das suas unidades mínimas, desde o aspecto físico da percepção e da produção, independentemente da sua função, até o estudo da estrutura e da organização dos constituintes fonológicos formados a partir dos parâmetros, de forma a regularizar e estabelecer padrões de combinação na formação dos sinais com seus significado.

As Marcações Não-manuais (mnms) As expressões não-manuais têm, basicamente, “dois papeis nas línguas de sinais: marcação de construções sintáticas e diferenciação de itens lexicais” (QUADROS & KARNOPP, 2004. p. 60). Na LSB, os marcadores não-manuais se comportam de forma a acompanham os sinais manuais, e, de maneira geral, se apresentam na face do sinalizante. “A sinalização também e acompanhada pela posição da cabeça “não neutra”, por movimentos da cabeça e movimentos do corpo.” (LIDDEL, 1980 apud QUA DROS &

KARNOPP, 2004, p. 132). É possível encontrar, também, expressões não-manuais de   direção do olhar para evidenciar concordância gramatical; de movimento de cabeça, frequentemente atreladas às construções com foco; e as marcações de negação e de interrogação, identificadas pela inclinação ou pelo movimento da cabeça, podendo, ainda, estar associadas aos movimentos das sobrancelhas e as formas da boca e das linhas de expressão na face.

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Um sinal pode mudar completamente seu significado dependendo da expressão facial utilizada.

Expressões faciais Afetivas-  São aqueles que expressam na face sentimentos como: alegria, tristeza, raiva, medo, angústia, dor ou podem denotar dúvida, surpresa, concordância, desacordo etc. Essas expressões podem ser manipuladas e são bastante flexíveis. Em alguns casos, são caricaturas da realidade (ex: quando se expressa algo querendo significar outra coisa) e o seu uso pode acontecer independentemente da sinalização. Quando simultâneas a produção dos sinais, podem ser identificadas pelo contexto. Entretanto, quando há sobreposição, a sua identificação só é possível através de análises mais profundas dos comportamentos dos músculos faciais, com programas específicos e recursos especializados.

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TRISTE

ALEGRE

RAIVA

Expressões Faciais Gramaticais Sentenciais: ligadas a sentença que podem ser: Interrogativas:

COMO?

O QUE?

POR QUÊ?

Afirmativas ou Negativas:

SIM

NÃO

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Exclamativas:

BOM!

BEM!

AS SAUDAÇÕES E OS CUMPRIMENTOS É comum as pessoas se saudarem em encontros formais e informais. Isto é um ritual que acontece em qualquer sociedade seja utilizando línguas orais como de sinais. Nas línguas de sinais, existem diversos sinais para saudar e também cumprimentar as pessoas.

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OS PRONOMES Na libras, existe um sistema pronominal que representa as pessoas do discurso, não havendo marcação de gênero. Quando o pronome está representando o singular, o sinal utilizado é o mesmo para todas as pessoas, o que vai diferenciá-los é a orientação da mão. Os modos existentes dos pronomes são as formas:   SINGULAR, DUAL (mão no formato do numeral 2);



  TRIAL (mão no formato do numeral 3);



  QUATRIAL (mão no formato do numeral 4);



  PLURAL (fazer o sinal de grupo ou com a mão em configuração



e “D” fazendo um semicírculo à frente do sinalizador, apontando

para as 2ªs ou 3ªs pessoas do discurso)

Há também a possibilidade de omissão da 1ª pessoa do discurso como acontece na língua portuguesa. Neste caso, a compreensão entre as pessoas que estão interagindo será através do contexto. Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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PESSOAIS  Na 1ª pessoa do SINGULAR: EU - apontar para o peito do emissor (pessoa que fala)

Na 2ª pessoa do SINGULAR: você  – Apontar para o interlocutor (pessoa com quem se fala).

POSSESSIVOS Os pronomes possessivos também não possuem marcação de GÊNERO e estão relacionados às pessoas do discurso, não à coisa possuída. Para a 1ª pessoa: ME@, podemos usar duas configurações: mão aberta, dedos fechados e batendo levemente no peito e outra – mão em P com dedo medo batendo no peito (ME@ - PRÓPRIO).

ME@

SE@

Exemplos: 1   EU – ME@ GAT@ / ME@ FILH@



  VOCÊ – TE@ CADERNO / TE@ NET@



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INTERROGATIVOS Os pronomes: QUE e QUEM  – são usados no início da frase. Já ONDE e QUEM  – se for usado no sentido de QUEM-É ou DE QUEM É - são usados no final da frase.

Exemplos 2: 

QUEM NASCER BRASIL?

    QUEM FAZER ISSO?



  PESSOA, QUEM-É? Quem é esta pessoa?



  CADERNO DE-QUEM-É? De quem é este caderno



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OS ADVÉRBIOS DE TEMPO Por não haver formas de flexão verbal na Libras, fica entendido que o verbo fica no infinitivo. O tempo é marcado pelos advérbios de tempo que indicam quando a ação aconteceu 

PRESENTE 

PASSADO

FUTURO

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PRONOMES OU EXPRESSÕES INTERROGATIVA INTERROGATIVAS Os pronomes ou expressões interrogativas sempre são seguidos de uma expressão facial que irá indicar que a frase está na forma interrogativa.  – QUANDO e D-I-A

QUANDO passado AMIG@ VIAJAR JOÃO PESSOA QUANDO-PASSADO?

QUANDO futuro EL@ PASSEAR CAMPINA GRANDE QUANDO-FUTURO?

D-I-A EU ESTUDAR LIBRAS CASA SU@. VOCÊ PODER D-I-A?

Que-Horas e Quantas - Horas Em Libras usamos dois sinais para horas. Observe abaixo:

Exemplos 3: 

  CURSO COMEÇAR QUE-HORA LÁ   VOCÊ ACORDAR QUE HORA?



  ASSISTIR TV QUANTAS-HORAS DIA?



  CAMINHAR ESCOLA ATÉ MINHA CASA QUANTAS-HORAS



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OS ADJETIVOS

Anotações:

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DIAS DA SEMANA

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CALENDÁRIO  – MESES

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HORÁRIO

Prática da Libras  

Exercício: 1.  Observe a professora apresentando as sentenças e preencha os espaços: a.   _________  __________________ __________________ __________________ ________________ ________________ ___________ __ b.   _________  __________________ __________________ __________________ ________________ ________________ ___________ __ c.   _________  __________________ __________________ __________________ ________________ ________________ ___________ __ d.   _________  __________________ __________________ __________________ ________________ ________________ ___________ __ e.   _________  __________________ __________________ __________________ ________________ ________________ ___________ __ 2.  Datilologia. 1.   _________  ________________ _______

6.   ________  ________________ ________

2.   _________  ________________ _______

7.   ________  ________________ ________

3.   _________  ________________ _______

8.   ________  ________________ ________

4.   _________  ________________ _______ 5.   _________  ________________ _______

9.   ________  ________________ ________ 10.  ________________ ________________

3.  Anote os nomes de localizações ou lugares públicos:  

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OBJETOS ESCOLARES

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APRENDER

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VERBOS RELACIONADOS AOS OBJETOS ESCOLARES

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Prática na Libras: DIÁLOGO: “O ENCONTRO” 

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DIÁLOGO: “O ENCONTRO” 

(Contextualizado) a.  OI, TUDO BEM? SAUDADE, EU [NUNCA-MAIS] b.  [VER-VOCÊ]. VOCÊ SAÚ SAÚDE DE BEM? OI, TU TUDO DO BEM! VERDADE, [FAZ-TEMPO] SUMIDO. EU, SAÚDE BEM. a.  QUE BOM! AMANHÃ, EU APRESENTAR MEU PAI. VOCÊ QUERER CONHECER? b.  SIM, EU QUERER CONHECER SEU PAI. ELE TRABALHAR [O-QUE]? a.  TRABALHAR PROFESSOR LIBRAS. b.  LIBRAS? EU NÃO CONHECER. [O QUE É ISSO]? a.  É LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS. LÍNGUA NATURAL. PRÓPRIA GRAMÁTICA. COMUNICAR [COM SINAIS]. MUITO IMPORTANTE. b.  LEGAL! SEU PAI É SURDO? a.  SIM, SURDO. VOCÊ APROVEITAR CONHECER MEU PAI. b.  COM CERTEZA! EU QUERER CONHECER E APRENDER COMUNICAR LIBRAS.  LIBRAS.  

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PROFISSÕES

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LÍNGUA DE SINAIS: A LÍNGUA NATURAL DA COMUNIDADE SURDA Rego (1995), Góes (1996) e Goldfeld (2001), baseando-se nos estudos de Vygotsky afirmam que a linguagem humana é entendida como um sistema de signos sociais que são observados na medida em que o indivíduo vai interagindo com o outro, aprendendo a usar a linguagem para expressar ideias, pensamentos e intenções verbais ou não-verbais. É pela linguagem que o indivíduo irá estabelecer relações interpessoais, para possibilitar um meio de comunicação que deve ser compreendida pelo grupo social. Neste processo de comunicação, os homens organizaram uma língua que para Saussure (1975, p.70) trata- se da “*...+ parte social da linguagem externa ao indivíduo, que por si só, não pode nem criá-la, ela não existe senão em virtude duma espécie de contrato estabelecido entre os membros da comunidade *...+”. 

Complementando Fernandes (1993) afirma ser a língua o principal instrumento de interação social do indivíduo com os membros da comunidade, mas também a define como meio de expressão e de comunicação pelos mesmos, que por sua vez são analisados por um conjunto acústico representada pela imagem sonora chamada de significante, a um elemento visual, chamada de significado. Partindo destes pressupostos, afirmamos que a Língua de Sinais trata-se da língua própria do surdo, pois permite a comunicação e compreensão da realidade pelo surdo da mesma forma que essas habilidades são possibilitadas aos ouvintes pelas línguas orais.

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 

. Crenças sobre a natureza da língua de sinais Segundo Brito (1993) e Brasil (1998), a Língua de Sinais é classificada como uma língua

materna das comunidades surdas, porque pelo canal visual espacial os surdos conseguem naturalmente comunicar-se entre si e receber a herança cultural das comunidades surdas. Trata-se de uma língua, segundo Quadros (1997), porque ela possui estruturas gramaticais próprias que são atribuídos em níveis linguístico fonológicos, sintáticos, morfológicos e semânticos como qualquer outra língua, possibilitando o desenvolvimento cognitivo da pessoa surda que favorece seu acesso aos conceitos e aos conhecimentos existentes na sociedade ouvinte. Nesse sentido, vale ressaltar que, surgem muitos mitos a respeito da Língua de Sinais como demonstra o quadro abaixo:  abaixo:  QUADRO : MITOS E VERDADES SOBRE A LÍNGUA LÍN GUA DE SINAIS MITO

VERDADE

A Língua de Sinais é uma mistura de mímica e gestos naturais.

A língua de Sinais é uma língua com todas as características gramaticais, tal como as línguas orais.

A Língua de sinais é igual em qualquer lugar.

A língua de sinais não é universal, cada país tem a sua. E além de cada estado apresentar variação linguística no uso do sinal, alguns surdos empregam variantes regionais.

A Língua de sinais é pobre e não transmite

A língua de sinais é completa e pode

ideias abstratas.

transmitir sentimentos, qualquer

conceito;

ela

ideias,

ou

não

pode

seja, ser

comparada à gramática da Língua Portuguesa, pois são diferentes. A Língua de sinais é língua oral portuguesa

A LIBRAS não tem nenhuma relação com a

em forma de sinais, isto é, o português

Língua portuguesa: são duas línguas distintas

sinalizado.

com características e formação lingüísticas próprias.

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Fragmentos da história da educação e da vida familiar dos surdos mostram a forte rejeição e desconfiança que os ouvintes têm em relação à língua de sinais. Numa atmosfera de opressão e discriminação, não se poderia esperar outra coisa para os surdos senão uma vida relegada ao ostracismo e à solidão. Quando incluídos, os surdos ficam submetidos a existir e a se construir numa língua oral alheia a sua condição de escuta. Diante de tanto sofrimento e descaso com a língua de sinais no decorrer da história, os surdos têm desenvolvido um sentimento de posse e de elevada valorização de sua língua. Esse comportamento é absolutamente aceitável, pois, como disse anteriormente, foram raros os momentos e foram poucas as pessoas ouvintes com as quais os surdos puderam contar como aliados durante boa parte de sua história. A língua de sinais, portanto, passou a ser um objeto de muito valor, e para finalizar com uma expressão de Bourdieu (1992), um “capital cultural”

do e para o povo surdo.  

AQUISIÇÃO DE LÍNGUAS DE SINAIS COMO PRIMEIRA LÍNGUA Segundo Quadros (1997, p.70) o processo de aquisição da Língua de Sinais é

semelhante ao processo de aquisição da língua oral pelos ouvintes, no que se refere às fases deste processo. A aquisição da Língua de Sinais ocorre de acordo com a autora em quatro estágios, sendo estes: pré-linguístico, estágio de um sinal, estágio das primeiras combinações, e estágio das múltiplas combinações. Conforme os estudos realizados por Petitto e Marantette (1991 apud QUADROS, 1997) no período pré-linguístico (do nascimento até um ano de vida), verifica-se que um bebê que nasce surdo balbucia como um de audição normal, mas suas emissões começam a desaparecer à medida que não tem acesso à estimulação auditiva externa, fator de máxima importância para a aquisição da linguagem oral. Tanto o bebê surdo quando o ouvinte desenvolve o balbucio oral e manual. Com o tempo, o bebê surdo vai deixando o balbucio oral e o ouvinte vai abandonando o balbucio manual. A semelhança encontrada nas duas formas de balbuciar, tanto do bebê ouvinte e do bebê surdo, sugere que há no ser humano uma capacidade linguística que se resume na aquisição da linguagem, como por exemplo, cita-se que o bebê ouvinte tem a capacidade linguística em oral auditiva pela fala, e o surdo na capacidade espaço visual pelos sinais. No estágio de um sinal, Quadros (1997), afirma que é iniciada por volta dos 12 meses até por volta dos dois anos. Observa-se no início deste período tanto a criança surda quanto à

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ouvinte, deixa de indicar objetos e pessoas pelo uso da apontação. A criança surda começa a visualizá-la como elemento do sistema gramatical da Língua. É neste estágio que ela inicia as primeiras produções, na Língua de Sinais, assim como a criança ouvinte começa a pronunciar as primeiras palavras. Já no estágio das primeiras combinações, que inicia - se por volta dos dois anos de idade, verifica-se o estabelecimento da ordem das palavras que é utilizada nas relações gramaticais. Por exemplo, a criança surda a partir desse estágio, começa a ordenar palavras para estabelecer relações gramaticais como SV (sujeito-verbo), VO (verbo - objeto) ou no SVO (sujeito - verbo - objeto). Para Meier (1980 apud QUADROS, 1997) nem todos os verbos da Língua de Sinais podem ser marcados nas relações gramaticais de uma sentença, razão da qual a maioria dos verbos são indicados no próprio corpo, é por isso que na Língua de Sinais a criança surda deve adquirir duas estratégias para marcar as relações gramaticais, uma é a incorporação dos indicadores que está na concordância verbal e que depende diretamente do sistema pronominal. As dificuldades encontradas são as mesmas que a criança ouvinte encontra na Língua Oral. Seria mais obvio pensar que para a criança surda a aquisição do sistema pronominal seria mais fácil já que os pronomes, EU e TU na Língua de Sinais são identificados através da indicação a si mesmo e ao outro respectivamente. Porém a criança surda também acaba cometendo erros, pois ao estar referindo a si mesma aponta para outra pessoa e isso prova que a compreensão de pronomes não é obvio dentro do sistema linguísticos da Língua de Sinais e que a apontação é anulada diante das múltiplas funções linguísticas que ele apresenta.

EU

TU

O estágio das múltiplas combinações, por sua vez tem como característica uma ampliação do vocabulário nas crianças surdas e ouvintes por volta dos dois anos e meio - três Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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anos. Neste estágio, a criança surda comete os mesmos erros gramaticais na Língua de Sinais que a criança ouvinte comete na Língua Oral, como exemplo é o caso da flexão verbal  –  Exemplo: eu gosti (língua oral) fala do ouvinte que será representada da mesma forma na Língua de Sinais. Quadros (1997, p. 80) diz que a Língua de Sinais é a língua natural da criança surda, filho de pais surdos, pelo fato do processo de aquisição da língua ocorrer de forma natural como acontece com as crianças ouvintes na aquisição da língua oral, pela interação com o meio social. Já as crianças surdas, filhos de pais ouvintes não adquirem a L1 (Língua de Sinais) espontaneamente, pois os pais ao dirigirem ao filho (a) surdo usam algum de tipo de gesticulação para suprir a necessidade da criança surda. Para adquirir a L1, este segundo grupo precisaria conviver com adultos surdos. A Língua de Sinais é, portanto, a língua natural dos surdos e é capaz de oferecer –lhes as mesmas condições de aprendizagem que a língua oral propicia aos ouvintes.

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TILS (TRADUTORES E INTÉRPRETES DA LIBRAS)

A primeira coisa a se considerar no estudo da tradução e interpretação da Libras é que se trata de um campo ainda muito pouco explorado, por razões variadas, estando entre as principais: a Língua Brasileira de Sinais ter sido rec reconhecida onhecida apenas recentemente;; tratar-se de uma língua desconhe recentemente desconhecida cida e usada por uma minoria; o fato de que a área dos estudos da tradução, na condição de campo disciplinar, é ainda muito nova. De modo geral, tanto aqui como em outros países, a formação de tradutores tradutores e intérpretes da língua de sinais está vinculada à prática de atividades voluntárias, que, com o decorrer do tempo e com o avanço das conquistas sociais do surdo, foram sendo valorizadas em sua condição de atividade trabalhista. Nesse sentido, a luta do surdo por espaços nas esferas sociais,como na educação, no campo trabalho, na saúde etc., e, principalmente, pelo reconhecimento de sua língua como segunda língua de fato e da qual ele poderia se valer nos espaços sociais conquistados, deflagrou a necessidade pelo tradutor e intérprete de língua de sinais, por uma questão de acessibilidade, que uma ponte fosse estabelecida estabelecida.. Presença de intérpretes de língua de sinais em trabalhos religiosos iniciados por volta dos anos 80.   Em 1988, realizou-se o I Encontro Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais



organizado pela FENEIS que propiciou, pela primeira vez, o intercâmbio entre alguns intérpretes do Brasil e a avaliação sobre a ética do profissional intérprete. 

  Em 1992, realizou-se o II Encontro Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais,

também organizado pela FENEIS que promoveu o intercâmbio entre as

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diferentes experiências dos intérpretes no país, discussões e votação do regimento interno do Departamento Nacional de Intérpretes fundado mediante a aprovação do mesmo.   De 1993 a 1994, realizaram-se alguns encontros estaduais.



  A partir dos anos 90, foram estabelecidas estabelecidas unidades de intérpretes intérpretes ligados aos



escritório regional da FENEIS.   No dia 24 de abril de 2002, foi homologada a lei federal que reconhece a língua



brasileira de sinais como língua oficial das comunidades surdas brasileiras. Tal lei representa um passo fundamental no processo de reconhecimento e formação do profissional intérprete da língua de sinais no Brasil, bem como, a abertura de várias oportunidades no mercado de trabalho que são respaldadas pela questão legal.

PERFIL E COMPETÊNCIA DO TILS

  O primeiro requisito para um candidato a TILS é o pleno domínio da



Libras, bem como da sua própria língua materna.   Além do domínio das línguas envolvidas no processo de tradução e



interpretação, o profissional precisa ter qualificação específica para atuar como tal. Isso significa ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação. 0 profissional intérprete também deve ter formação específica na área de sua atuação.

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Qual o papel do intérprete?  

Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa observando os seguintes preceitos éticos:   a) confiabilidade (sigilo profissional);



  b) imparcialidade (o intérprete deve ser neutro e não interferir com opiniões



próprias);   c) discrição (o intérprete deve estabelece estabelecerr limites no seu envolvimento durante



a atuação);   d) distância profissional (o profissional intérprete e sua vida pessoal são



separados);   e) fidelidade (a interpretação deve ser fiel, o intérprete não pode alterar a



informação por querer ajudar ou ter opiniões a respeito de algum assunto, o objetivo da interpretação é passar o que realmente foi dito).  



 



Art. 1o  Esta Lei regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.

LEI Nº 12.319, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010. 2010.

Art. 4o  A formação profissional do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de:

I - cursos de educação profissional reconhecidos pelo Sistema que os credenciou;   II - cursos de extensão universitária; e III - cursos de formação continuada   promovidos por instituições de ensino superior e instituições credenciadas por Secretarias de Educação.   Parágrafo único. A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por organizações da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado  







por uma das instituições referidas no inciso III.

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 

Áreas de atuação

Intérprete no contexto social; No contexto educacional; No Contexto da saúde; Na Educação Especial, na Educação Básica regular e no Ensino Superior; Intérprete na área jurídica; Intérprete religioso. Página 49

 

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Oi Olha eu aqui novamente com atividades de ficção para vocês

PARTE I – COMPREENSÃO DA LIBRAS 1. Observe o professor fazer a datilologia e escreva corretamente abaixo: A)

B)

C)

D)

E)

F)

G)

H)

2. Observe o professor fazer os números ou quantidades e os sinais em Libras, escreva corretamente abaixo: A)

B)

C)

D)

E)

F)

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PARTE II – CONHECIMENTO TEÓRICO 3. Você lembra qual é número da legislação da LIBRAS e a data que foi aprovada? A) (

) LEI 10.426, de 14 de abril de 2002

B) (

) LEI 10.436, de 24 de abril de 2002

C) (

) LEI 10.416, de 24 de abril de 2002

D) (

) LEI 10.346, de 14 de abril de 2002

4. Segundo a linguista brasileira e pesquisadora na gramática da LIBRAS,  Ferreira Brito, a Língua de sinais possui um sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades surdas do Brasil. Você deve saber que atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua, porque elas também são compostas pelos níveis linguísticos: A) (

) O fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

B) (

) A configuração de mão, o movime movimento, nto, o p ponto onto de articulação e a expressão facial.

C) (

) A fonológico, o morfológico, a configuração de mão e o movimento

D) (

)O Oss níve níveis is lilinguísticos nguísticos da Lí Língua ngua Portuguesa são ig iguais uais d daa Líng Língua ua Br Brasileira asileira de Si Sinais nais

5. No ano de 1960, segundo o linguista americano William Stokoe destacou os princípios básicos dos parâmetros da Língua de Sinais. Qual a alternativa que apresenta esses princípios? princípios? (01) A) ( ) configuração configuração de mão, movimento, ponto de articulação ou loc locação, ação, expressão facial e corporal, orientação de mão B) (

) config configuração uração de mão, movim movimento, ento, ponto de articulação ou loc locação ação e orientação de m mão. ão.

C) (

) configuração de mão, movimento e locação.

D) (

) fonológico, morfológico, sintático, semântico e pragmático.

6. Para a pessoa surda possui uma acessibilidade, além do intérprete de Língua de Sinais, se constitui através da utilização de recursos tecnológicos adaptados, tais como: A) (

) sinalização visual-luminosa (campainhas) e aparelhos com alarme vibratório

B) ( ) programas d dee televisã televisão o sem lege legendas ndas (close (closed d caption) e janelas co com m interpretaç interpretação ão em Lí Língua ngua de Sinais C) (

) celular celular sem envio de m mensagens ensagens de texto e ccentral entral de intermediaçã intermediação o surdo-ouvinte

D) ( ) Ale Alerta rta lum luminoso inoso para cchoro horo de bebê não precis precisaa pois é obri obrigatório gatório acompanhar com os pa pais is ouvintes. 7. Defina a “Língua de Sinais ”. Marque a alternativa correta.

A) (

) A língua de sinais é mímica e os sinais foram constatadas “invenções”.  Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

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B) (

) A língua de sina sinais is é única universal utili utilizada zada por todas as pessoas surdas do mundo in inteiro. teiro.

C) ( ) A líng língua ua de sinais não é universal. Cada país tem sua própria língua. Exemplos: ASL (Língua Americana de Sinais), LGP (Língua Gestual Portugal), LGF (Língua Gestual Francês), etc.. D) ( ) A Língua de sinais é uma expressão de ideias, palavras ou sentimentos através de gestos expressivos que acompanham ou substituem a fala do mundo. 8. Vamos falar sobre a história da educação de surdos no Brasil que teve início por volta de 1855, quando o imperador Dom Pedro II trouxe ao país o professor francês surdo Ernest Huet, com o objetivo de iniciar um trabalho com surdos, ele baseava-se no método francês, portanto, com a utilização da língua de sinais e a escrita. Qual ano foi fundado o Imperial Instituto de Surdos-Mudos, hoje chamado de Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Rio de Janeiro. Marque a única alternativa correta: A) (

) No dia 24 de setembro de 1855.

B) (

) No dia 26 de setembro de 1857.

C) (

) No dia 24 de abril de 2002.

D) (

) No dia 26 de setembro de 1856.

9. Marque com um X a afirmativa que está correta: O contexto educacional é a grande área de atuação do intérprete devido ao fato de que? A) (

) Os Os intérpretes preferem esse contexto pela segurança financeira que lhes passa.

B) (

)O Oss intérpretes reconhecem a im importância portância de servirem à eeducação ducação do su surdo. rdo.

C) (

) As escolas reconhecem a ne necessidade cessidade de instruir o ssurdo urdo em sua língua natural.

D) (

) A presença do TILS em sala de aula é um direito do aluno surdo ggarantido arantido por lei.

10. Qual o principal PERFIL E COMPETÊNCIA DO TILS? A) (

)O pleno domínio da Libras, bem como da sua própria língua materna.

B) (

) O domínio da língua portuguesa na modalidade escrita.

C) (

) Compreender Compreender que existe variação linguística e cada língua tem sua estrutura.

D) (

) Utilizar perfeitamente a configuração de mão no diálogo sinalizado.

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Referências Bibliográficas DINIZ, Heloise Gripp. A História da Língua de Sinais dos Surdos

Brasileiros. Petrópolis: Editora Arara Azul, 2011. FELIPE, Tanya; MONTEIRO, Myrna. Libras em Contexto: curso básico. Rio de Janeiro: LIBRAS Editora Gráfica, 2005. QUADROS, Ronice Muller de & KARNOPP, Lodenir . Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Porto Alegre: Porto Artmed, 2004. CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. e cols. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da língua brasileira de sinais brasileira. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2001. 1 e 2 v. QUADROS, R. M. de. Educação de Surdos: a aquisição da linguagem . Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. SACKS, Oliver. Vendo Vozes: Uma jornada pelo mundo dos surdos. São Paulo: Companhia de Bolso, 2010.  ________ Atualidade da Educação Bilíngüe para Surdos. Interfaces entre pedagogia e lingüística. Volume II Porto Alegre: Editora Mediação, 1999 FERNANDES, Eulália (org). Surdez e Bilingüismo. Porto Alegre: Editora Mediação, 2005. QUADROS, Ronice Muller. Estudos Surdos III. Petrópolis: Editora Arara Azul, 2008. (distribuição gratuita em: http://editora-arara-azul.com.br/estudos3.pdf) FELIPE, Tanya; MONTEIRO, Myrna. Libras em Contexto: curso básico . Rio de Janeiro: LIBRAS Editora Gráfica, 2005. GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda . São Paulo: Parábola Editorial, 2009. QUADROS, Ronice Muller de & KARNOPP, Lodenir. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Porto Artmed, 2004. e cols. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da língua brasileira de sinais brasileira. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2001. 1 e 2 v.

CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D.

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