01 Semana Primeira Republica

February 25, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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PRIMEIRA REPÚBLICA – 1889-1930: ASPECTOS DA ECONOMIA E DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RELEMBRANDO: A Primeira República, também classificada como República Oligárquica, é o período da história do Brasil que aconteceu de 1889 a 1930, tendo t endo sido iniciado com o golpe militar da Proclamação da República que aconteceu em 15 de novembro de 1889.

PARA ALÉM DO CAFÉ, AS INDÚSTRIAS O café ainda continuava a ser o principal produto da economia brasileira, voltada para o mercado externo e a população do país se concentrava, em sua maioria, no campo. No entanto, muitos cafeicultores enriquecidos investiram seus capitais acumulados com o comércio de café em indústrias, especialmente no estado de São Paulo. Entre 1914 e 1918, ocorreu a Primeira Guerra Mundial, o que afetou fortemente a economia brasileira. O Brasil exportava boa parte de seus produtos industrializados. Com a guerra, e os países que vendiam para o Brasil envolvidos no conflito, as importações sofreram uma forte queda. Foi necessário produzir internamente para abastecer o mercado interno dos produtos que não podiam mais ser importados. Esse processo é conhecido como Industrialização por Substituição de Importações.  Com a guerra devastando a Europa, muitos europeus imigraram para as américas, buscando uma vida melhor. O Brasil recebeu grandes fluxos de imigrantes nesse período, vindo, principalmente da Itália e da Alemanha. No Brasil, dirigiram-se para os centros urbanos e foram trabalhar nas indústrias recém criadas.

SEM LEIS TRABALHISTAS

aumento de salários e redução das jornadas de trabalho. Em algumas semanas, a greve se espalharia por diversos setores da economia, por todo o Estado de São Paulo e, em seguida, para o Rio de Janeiro e Porto Alegre. Era a primeira vez que ocorria no Brasil uma "greve geral", ou seja, a paralisação simultânea de diferentes categorias em várias cidades. A greve geral trouxe alguns ganhos aos grevistas, negociados diretamente em cada fábrica, porém, não havia ainda leis trabalhistas. As negociações eram feitas entre empregados e empregadores e muitas vezes, os patrões preferiam demitir os funcionários descontentes e contratar outros para ocupar suas funções do que atender às suas reivindicações, uma vez que não era obrigado por lei a fazer.

BELLE-EPOQUE, PERIFERIAS

MODERNIZAÇÃO

E

CRESCIMENTO

DAS

A expressão francesa Belle Époque  significa “bela época”, e representa um período de cultura cosmopolita na história da Europa. A época em que esta fase era comum foi marcada por transformações culturais intensas que demonstravam novas formas de pensar e viver. Considerada uma época de ouro, our o, beleza, inovação. Na Europa, essa época se iniciou no final do século XIX e teve seu fim com o começo da Primeira Guerra Mundial (1914). No Brasil, esse período se estendeu até meados dos anos 1920, e foi marcado por modificações que buscavam minimizar as lembranças do Império e da colonização Portuguesa. Nesse período, ocorreu o Movimento Modernista e a realização da Semana de Arte Moderna, além da fundação da cidade planejada  – Belo Horizonte, e as grandes reformas urbanísticas no Rio de Janeiro. Esse processo de modernização proporcionou o embelezame embelezamento nto das capitais, mas na prática, implicou na expulsão de boa parte da população pobre e trabalhadora, em especial, da região central centr al do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Essa população expulsa passou a ocupar áreas mais afastadas, af astadas, em especial, os morros, em habitações precárias e sem planejamento. A reurbanização do Rio de Janeiro fazia parte de um projeto que

Nas fábricas, as jornadas de trabalho ultrapassavam 11 horas seguidas. Uma fábrica de grande porte empregava, em média, de 500 a mil funcionários, incluindo mulheres e crianças, que cumpriam funções semelhantes. Porém, os salários dos homens adultos eram maiores. As mulheres não tinham direito a licençamaternidade. As crianças que trabalhavam não tinham tempo para frequentar a escola. Se algum trabalhador se acidentasse, não tinha direito a nenhum auxílio de seu empregador. Não havia férias nem descanso semanal remunerado. Muitos trabalhadores vindos da Europa articularam greves em protesto as péssimas condições de trabalho e ausência de direitos trabalhistas. O movimento operário brasileiro sofreu, nesse contexto, forte influência das ideias socialistas e anarquistas, boa parte delas, apresentadas aqui pelos imigrantes. Várias paralisações e protestos ocorreram ao longo da primeira década do século XX, mas a mais expressiva foi a Greve de 1917, em São Paulo. Cerca de 400 operários - em sua maioria mulheres, paralisaram suas atividades, reivindicando de seus patrões

tinha como objetivos a erradicação de várias epidemias e de embelezamento urbano afrancesado, criando assim um melhor cartão de visitas aos visitantes estrangeiros interessados em investimentos no Brasil. Destacou-se nessa política o presidente Rodrigues Alves (1902-1906), cuja proposta de reforma da capital envolvia três frentes de trabalho: a modernização do porto, a reforma urbana e o saneamento básico. Com relação ao saneamento básico, fazia-se necessário na cidade erradicar diversas epidemias decorrentes da má qualidade sanitária na cidade, principalmente na região central. Habitada por aproximadamente um milhão milhão de pessoas, o Rio de Janeiro era alvo constante de surtos de febre amarela, peste bubônica, malária e varíola. A solução proposta, além das vacinações obrigatórias e da fiscalização compulsória das residências, era a demolição das habitações coletivas existentes na cidade (cabeças de porco), como cortiços, estalagens e casas de cômodos. No lugar onde antes existiam essas construções foram construídas amplas avenidas e prédios públicos de dezenas de andares, que marcam o cenário carioca até os dias de hoje.

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