01 - Introdução e Homeostase.pdf

December 8, 2018 | Author: Ende Iasmim | Category: Homeostasis, Blood, Animal Anatomy, Anatomy, Earth & Life Sciences
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 Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● FISIOLOGIA

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FISIOLOGIA

2016

Arlindo Ugulino Netto; Alanna Almeida Alves.

INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA E HOMEOSTASE  A homeostase é conceituada como a capacidade que o corpo tem de se manter equilibrado, e tem como base a unidade estrutural e funcional dos organismos: a célula, local onde se manifesta o material genético. Ela é mantida em decorrência do ambiente externo e dos sistemas do organismo. Quando esse equilíbrio é desestruturado, o organismo lança mão de mecanismos autorreguladores para voltar ao estado inicial.

LÍQUIDO INTERNO EXTRACELULAR EXTRACELULAR

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Cerca de 56% do corpo humano adulto é composto por líquido. Embora a maior parte se encontre no interior das células (líquido intracelular), cerca de um terço do total fica no espaço por fora da célula e constitui o líquido extracelular, que permanece em constante movimento. O líquido extracelular é transportado no sangue circulante e, em seguida, misturado por difusão ao sangue e aos líquidos teciduais, através das paredes capilares. Nele, encontram-se íons e nutrientes necessários às células para a manutenção da vida celular. Esse fluido fluido extracelular varia dentro dentro de uma faixa de valores para que as células não sofram tantas mudanças, já que elas são menos tolerantes.

MECANISMOS HOMEOSTÁTICOS DOS SISTEMAS FUNCIONAIS

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 A homeostasia designa a manutenção de condições estáticas (ou constantes) no meio interno extracelular. As principais informações do corpo são enviadas para as células distantes através do sistema circulatório ou sistema nervoso. Já a integração das respostas ocorre no encéfalo, na medula espinhal e nas células endócrinas e imunológicas.

ORIGEM DOS NUTRIENTES DO LÍQUIDO EXTRACELULAR Sistema respiratório: Cada vez que o sangue circula, ele também passa pelos pulmões. O sangue capta nos 



alvéolos o oxigênio necessário a todas as células. Por sua vez, esse oxigênio se difunde através da membrana, precisamente da mesma forma como a água e os íons o fazem através da membrana dos capilares teciduais. Trato gastrintestinal (TGI):  Composto pela boca, faringe, esôfago e estomago. Grande parte do sangue bombeado pelo coração passa pelas paredes desses órgãos. Nessa etapa, os diversos nutrientes dissolvidos no conteúdo intestinal (carboidratos, ácidos graxos, aminoácidos e outros) são absorvidos para o líquido extracelular. 1

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 Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● FISIOLOGIA

Fígado e órgãos que executam atividades metabólicas:  Nem todas as substâncias absorvidas no trato gastrointestinal podem ser usadas na forma em que estão. O fígado altera a composição química de muitas delas, transformando-as em formas utilizáveis. Outros tecidos corporais (as células adiposas, a mucosa intestinal, os rins e as glândulas endócrinas) ajudam a modificar as substâncias absorvidas, ou as armazenam, até que sua utilização seja necessária. Sistema musculoesquelético:  Fornece motilidade para a proteção contra ambientes hostis, sem que todo o corpo  – e junto com ele todos os mecanismos homeostáticos  – seja destruído.

REMOÇÃO DOS PRODUTOS FINAIS DO METABOLISMO Remoção do dióxido de carbono (CO 2) pelos Pulmões: Ao mesmo tempo em que o sangue capta o oxigênio, 



o dióxido de carbono é eliminado, pelo sangue, para os alvéolos e posteriormente é eliminado para a atmosfera. O desconforto ao prender a respiração parte mais do acúmulo de CO 2 (excreta) do que da falta de O 2. Rins: Os rins desempenham a função de filtrar grande quantidade de plasma por meio dos glomérulos para os túbulos e, em seguida, reabsorver para o sangue as substâncias utilizáveis (glicose, grande quantidade de água e muitos dos íons). Contudo, a maior parte das substâncias desnecessárias ao corpo, como a ureia, o ácido úrico e os produtos finais do metabolismo, serão excretadas na urina.

OBS1: O processo reprodutivo não é considerado uma função homeostática, entretanto ele ajuda a manter as condições estáticas para a geração de novos indivíduos. Essencialmente, é como se todas as estruturas do corpo estivessem organizadas de modo a ajudar a manter o automatismo e a continuidade da vida.

CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE CONTROLE NATUREZA DO F E E D B A C K   NEGATIVO Feedback  (“retroalimentação”) é

o termo dado ao procedimento através do qual parte do sinal de saída de um sistema (ou circuito) é tr ansferida para a entrada deste mesmo sistema, com o objetivo de diminuir, amplificar ou controlar a saída do sistema. Quando a retroalimentação diminui o nível da saída, fala-se de retroalimentação negativa, e quando a retroalimentação amplifica o nível da saída fala-se de retroalimentação positiva. O feedback   negativo é a reação pela qual o sistema responde de modo a reverter a direção da mudança. Visando manter estáveis as variáveis, permite a manutenção da homeostase. Por exemplo: quando a concentração corporal de dióxido de carbono aumenta, os pulmões são estimulados a aumentar a sua atividade e expelir mais  dióxido de carbono,  diminuindo assim a sua concentração. A  termorregulação é outro exemplo de feedback   negativo. Quando a temperatura corporal sobe, ou desce, receptores na pele e no  hipotálamo sentem a alteração, desencadeia uma ordem no cérebro que dá início a uma reação no sentido de gerar ou libertar  calor, conforme seja o caso. Outro importante mecanismo corporal que envolve o feedback  é a regulação hormonal. Por exemplo: quando os hormônios de certas glândulas (tireoide, suprarrenal) estão em níveis adequados ou aumentados no organismo, acontece um mecanismo de feedback negativo até a hipófise, a qual diminui o estímulo sobre essas glândulas.

O AUTOMATISMO CORPORALA Cada estrutura funcional, ou órgão, fornece sua parte para a manutenção das condições homeostáticas do líquido extracelular. Para manter essa condição é necessário que as concentrações do sangue, da linfa e do líquido intersticial estejam adequadas. Esses três fatores, trabalhando em conjunto, constituirão o ambiente favorável para a célula. Um exemplo disso é o recolhimento, pelos vasos linfáticos, do líquido extravasado causado pela pressão sanguínea ser maior do que a externa. Caso essa reabsorção não seja feita, surgirá o edema (falta de homeostase). Cada célula se beneficia da homeostase e, por sua vez, contribui para a manutenção da mesma. Essa interação recíproca regula o contínuo automatismo do corpo, até que um ou mais sistemas funcionais percam a capacidade de contribuir com sua função. Quando isso ocorre, todas as células corporais sofrem, fazendo com que graus extremos de disfunção levem à morte e graus moderados levem à doença.

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