01- Candomblé de Angola

December 13, 2018 | Author: Danilo Reis Mulundeuanda | Category: Sacrifice, Religion And Belief
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Cultura de Angola...

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Candomblé de Angola Religião afro-brasileira, de origem bantu, que compreende as nações de Angola e Congo (Cassanges, Kikongos, Kimbundo, Umbundo e Kiocos, e se desen!ol!eu entre os escra!os africanos que fala!am a linguagem Kimbundo e Kikongo e são facilmente recon"ecidos pela maneira diferente de cantar, dançar e percutir seus tambores# $a "ierarquia de Angola o cargo de maior import%ncia & para "omem 'ata $kisi (tata de inquinces e para mul"er am)etu $kisi (ametu de inquices, que correspondem ao *abalori+ e a alori+ dos orubs, e o .eus supremo & /ambi ($0ambi ou /ambiapongo ($dala Karitanga# 1s rituais da nação Angola começam com o assang, que & o batismo na cabeça do iniciado, feito com gua doce e 1bi2 *ori com sacrif3cio de animais para o uso do sangue (menga2 ritual de raspagem, con"ecido como feitura de santo2 ritual de obrigação de 4 ano2 ritual de obrigação de 5 anos, onde muda o grau de iniciação2 ritual de obrigação de 6 anos, com o uso de frutas, obrigação de 7 anos, quando o iniciado recebe seu cargo, & ele!ado ao grau de 'ata $kisi (0elador ou ametu $kisi (0eladora# Ap8s 7 anos de obrigações, ser reno!ado a cada ano com o rito de 1bi ou *ori, conforme o caso, e de 7 em 7 anos se repete as obrigações para conser!ar o indi!iduo forte, se transformando em Kukala $i $gu0u, que quer di0er um ser forte# Al&m dos b90ios, outro sistema antigo de consulta & o $gombo, no qual o adi!in"ador recebe o nome de Kambuna#

Hierarquia Cargos da Casa (Ki:ingu Funções e Cargos no Candomblé de Angola •

Nengüa – Sacerdotisa (Kongo) /Me de Santo !el"a



Nganga – Sacerdote (Kongo) /#ai de Santo !el"o



Kimbanda – Feiticeiro



Mama – Me (Kimbundu)



$ata – #ai (Kimbundu)



Mam%etu &ia Mu'ii – Sacerdotisa no Angola/antu



Mama Mu'ii/ Mam%etu N'isi (*n+uice) ou *n+uiciane – Min"a ou nossa Me de Santo 1





$at%etu &ia Mu'ii – Sacerdote no Angola/antu $ata Mu'ii/ $at%etu N'isi (*n+uice) ou *n+uiciane – Meu ou nosso #ai de Santo

Cargos ,rinci,ais utili-ados e concedidos ,elos cargos acima. •

$ata Nganga – ;ai feiticeiro



Kutala – M0&;  Runk# *NDS  Ritual de limpe0a espiritual espiritual,, contendo !rios tipos de comida # 'ransfere-se para os alimentos alimentos a  a energia mal&fica mal&fica que  que est no iniciado , com a a:uda de ;ambu-Qila e dos $kisis# MASSAN:0@     Ritual de batismo de gua doce (men"a na cabeça (mutu do iniciado (ndumbi# K>SS;(;E)  K>SS;(;E)  Ritual mais simples reali0ada reali0ada dentro do a+&, a+&, no tangente a dar de comer a uma cabeça# N:08* 0 M0$09(*ori M0$09(*ori  Ritual de colocação de força (kalla(AngolaL aseLmuki(Congo, atra!&s do sangue (enga de pequenos animais#  N:0>C> >N:09 KAM0$09  KAM0$09   Ritual de raspagem, !ulgarmente c"amado de feitura de santo# N:0>C9 KAM;G* M020  M020   Ritual de obrigação de um ano (kamo+idofono-42 (mu!u-ano# N:0>C9 KA$$0 M020  M020   Ritual de obrigação de trEs anos (nguec L obrigação2 (katStu L 5# $essa ocasião fa0-se o ritual de mudança de grau de santo# N:0>C9 KASSAMA M020  M020  Ritual de obrigação de sete anos  quando o iniciado receber o cargo, passado na !ista do p9blico, sendo ele!ado ao grau de 'ata $kisi (/elador ou ametu $kisi (/eladora# 1brigação s8 para rodante, porque Kota (Dkedi e Kambondo (1gã : estão prontos na feitura# Dm Angola quem passa cargo são os enredos de 1+um# sto &, não & preciso ser fil"o de 1+um, mas & 1+um quem autori0a aquela pessoa a receber o cargo#  Ap8s sete anos as obrigações se reno!arão a cada ano, como rito de obi ou bori, conforme o caso, repetindo-se as obrigações maiores de sete em 5



7anos para reno!ar, e conser!a o indi!3duo, transformando-o em K0KAA N* N:09 – sacramento – sacramento reali0ado trEs meses e H4 dias ap8s a feitura (tirada de kele, quando o santo soltar a KU/UDIA (IT#

NCA$%" 1s fil"os-de-santo são os sacerdotes dos $kisi, da mesma forma como, na gre:a Cat8lica, os padres são os representantes de .eus# $em todos, por&m, são preparados para MreceberM os santos# D+istem os que cuidam dos fil"os-de-santo quando os $kisiMbai+amM, os que sacrificam os animais, os que tocam as $gomas e os que preparam a comida#  A entrada para essa "ierarquia & a indicação do$kisi# G o que que se c"ama Mbolar no santoM# A partir da3, o $dumbe (no!iço tem de se submeter aos rituais de iniciação - cerimnias do manssagua, manssagua, Ngudi6 mutue Nguece benguH 'amutuH (or, 'amutuH (or, e sa3das de  Muzenza# Um rec&m-iniciado passa de um a seis meses !i!endo dentro de se!eras restrições# G o tempo de KelI (quelE KelI (quelE - o per3odo em que o $dumbe usa um colar de contas :usto ao pescoço# Dnquanto usar o quelE, ele de!e !estir branco, comer com as mãos e sentar-se s8 no c"ão# Dstão proibidas as relações se+uais e os pratos que não se:am os de seu $kisi#$em todos os terreiros seguem S risca todas as imposições# as pelo menos algumas tEm de ser obedecidasV & parte do compromisso do $dumbe com seu $kisi e seu pai ou mãe-de-santo# As obrigações não terminam por a3V o iniciado, que agora se c"ama usen0a, ter de cumprir ainda trEs rituais - depois de um ano, trEs anos e sete anos, com sacrif3cios, toques e oferendas# @8 depois ele pode se candidatar a um 'ata de $kisi, o grau seguinte da "ierarquia# >DS >DS – Ritual de limpe0a do iniciado com finalidade de limpar sua urea, para dar inicio aos demais sacramentos# MASSAN:0@  MASSAN:0@     Ritual de batismo e de purificação na gua corrente, doce a limpe0a do corpo busca retirar do iniciado (ndumbi as cargas negati!as adquirida no decorrer de sua !ida# Ap8s a purificação (massangu, da-se comida a pambo-gira, para que não a:a nem um tipo de atrapal"ação# K>SS; Kesso (;bJ (;bJ - 1b3 d)gua ou simplesmente obi# 'odos estes nomes referem-se S mesma obrigação, !oltada e+clusi!amente a confortar uma pessoa em um caso de doença, desemprego, dist9rbios ner!osos, ou at& mesmo para um iniciado dentro dos preceitos do ase $kisi, Dsta obrigação tem seu nome em referEncia a uma fruta africana, o kesso, sem a qual nada podemos reali0ar para os $kisis,

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no tangente a sacrif3cios, uma !e0 que & com ela que con!ersamos com nossos antepassados para sabermos se aquele santo est satisfeito com a obrigação, etc# Dsta obrigação & a mais simples reali0ada dentro do a+&, no tangente a dar de comer a um mutu (cabeça# uito embora algumas pessoas ac"em que ela não tem maiores fundamentos :unto com o $kisi, mas : presenciamos muitos casos que foram resol!idos com esta# 'rata-se neste ato, de confortar o an:o da guarda da pessoa, se:a consulente ou fil"o de santo, ocasião onde alimentamos Iemb, no intuito de pedir a miseric8rdia para aquele fil"o que se encontra em tal sofrimento# Claro que esta obrigação não cria uma obrigatoriedade do cliente com o santo, ela apenas ser!e como um modo de resol!er de imediato uma questão# D+istem aqueles que ap8s o kesso, sentem-se tão feli0es que optam por penetrar de forma mais profunda dentro de nossa religião# $esta obrigação são utili0adosV eb (can:ica de Iemb, eb W (a mesma can:ica, por&m preparada para ikaia e de forma diferente, o kesso (que & uma fruta de origem africana, frutas !ariadas, !ela e uma quartin"a com gua al&m da comida do santo da pessoa# Dm alguns casos & utili0ado um $diembe branco#  Antigamente quando uma pessoa dese:a!a entrar para os preceitos de uma casa, ou se:a, ser fil"o ou fil"a de santo naquele templo, ou mesmo quando seu $kissi e+igia feitura, os 0eladores tin"am por "bito reali0ar esta como uma primeira obrigação, para da3 então estudar a pessoa, !er se ela realmente tin"a amor e dedicação para com os $kisis, e at& mesmo para se certificarem de que era realmente sua casa e sua mão que aquele santo dese:a!a, e não apenas uma empolgação material ou espiritual# Agiam assim, pois que, nesta &poca não e+istia o fato de uma pessoa fa0er santo com um e tomar obrigações com outro, pro!ocando um rod30io rid3culo nas roças de santo como as que se !E "o:e em dia# ;ara uma pessoa se iniciar, e+istia todo um processo de identificação dele com a casa e !ice-!ersa# Dra uma &poca em que a fidelidade de um iniciado era realmente le!ada a s&rio, assim como a do sacerdote com relação a seus iniciados# D o kesso, era :ustamente a obrigação que funciona!a como uma esp&cie de flerte, !ulgarmente comparando, e!itando constrangimentos futuros# C> >N:09 KAM0$09 C"ega finalmente o dia do, nguece benguH 'amutuH a cerimnia de assentamento do $kisi, na qual o $dumbi ter sua cabeça depilada e serão sacrificados os animais correspondentes ao $kisi que est sendo assentado# ?eralmente os $kisis recebem como sacrif3cio um animal Mde quatro patasM (de acordo com suas preferEncias caracter3sticasV para $kosi, por e+emplo, sacrifica-se um bode escuro2 para .andalunda, uma cabra amarelada# ;ara cada pata do animal, de!e-se sacrificar uma galin"a# 1utras a!es, como galin"as dXangola, pombos e patos, tamb&m podem ser sacrificados# Al&m da cabeça, os assentamentos que foram preparados recebem tamb&m parte dos sacrif3cios dos animais, pondo o corpo do iniciado em relação com os s3mbolos do deus, unindo as !rias formas de um mesmo conte9doV o $kisi# @endo a cabeça considerada o ponto pri!ilegiado da manifestação di!ina, & nela que se farão o corte ritual (aberEs propiciat8rios S incorporação, bem como as pinturas feitas com as tintas sagradas obtidas a partir da diluição de p8s como o Ya:i, o ossum e o efum (a0ul, !ermel"o e branco respecti!amente# 'amb&m o KelE (colar de contas usado rente ao pescoço, sublin"ando a import%ncia da cabeça que foi sacrali0ada & amarrado nesse momento e assim de!er permanecer por um per3odo de trEs meses, durante os quais um con:unto preciso de interdições de!er ser obser!ado pelo 0elador# 8* &*$0A 8> SA*8A 8> SAN$;

 Ap8s o per3odo de H4 dias no $demburu (ronco, depois de reali0ado o sacrif3cio animal, no bengu do ndumb3, ser feita a apresentação no salão do @ambile (barracão# #&*M>*&A SAE8A  8

 A primeira sa3da & relali0ada com o ndumb3 !estido de branco, com calçolu e saia comprida se for $kisi mu"atu (ori+ feminino, e saiote se for $kisi diala(ori+ masculino, tendo no peito um akan atado para frente com laço para nkisi mu"atu, e laçarote para tr0 se for $kisi diala, tendo no centro da cabeça(mutu uma massa cnica confeccionada ingredientes da pr8pria obrigação, colocando-se no centro desta massa uma pequena pena de galin"a d)angola (1 cone tem um furin"o no meio, que fa0 cone+ão com cabeça, e grão de areia, que significa ser um elemento que nasce para progredir e construir outros da mesa esp&cie# Dsta massa cnica recebe no angola o nome de Kutunda (ado+u# 1 iniciado recebe ainda, no centro da testa, uma pena !ermel"a de um pssaro africano c"amado 1kan, podendo ser substitu3da por pena !ermel"a de papagaio# $a cultura *antu esta pena recebe o nome de Kurupira ( em outras nações ik8 odid&# 1 iniciado saira todo pintado de branco, com uma tinta confeccionada com men"a di :aYa (gua de abo e iWefun (esp&cie de gi0 africano ralado# A pintura & reali0ada em forma de pequenas bolin"as, usando-se para isso a pena de galin"a d)angola da primeira matança do inciado, com a ponta cortada# .urante esse tra:eto a mametu ndenge (mãe pequena ou o tata ndenge (pai pequeno do iniciado condu0irão uma di+isa forrada, que ser esticada para o inciado deitar na mesma bater pa8(pat&Y8 na porta de entranda, no centro e aos p&s das $gomas (atabaques, sendo que naqueles momento as $gomas param de tocar para que todos os presentes ouçam o som do pa8 do iniciado# 1 ato da primeira saida & feito sob a entonação da seguinte cantigaV L AL AL K0AN ANK> SAK> SAK> AN&C>*&A SA*8A G designado de ./U$?U @U$A $K@(sa3da para dar o nome# Dsta sa3da & reali0ada com o santo !estido com roupa estampada (nas cores do santo# (sem kurupira, sem pintura, sem kutunda Dste ato & a parte culminante do di0ungu, pois simboli0a dentro do culto o nascimento do $kisi (o santo nasce na realidade na "ora de dar o nome# @eria o sopro !ital (ofu, o momento em que o santo grita a suna (nome no salão, pedida pelo padrin"o ou madrin"a, pessoa essas escol"idas entre os !isitantes da casa considerados ilustres dignitrios do culto# 1 momento que antecede a tirada do nome reali0ar-se dentro do quarto de santopreceito lit9gicos de que trataremos a seguir#  Antes da sa3da para o nome & sacrificado um diembe (pombo branco para /ambiapongo, sobre o mutu do iniciado, colocando- se no centro do mutu o colar de penas do pescoço do pombo, fi+ando-o no centro do mutu (o pombo fica montado l dentro no assentamento de Iemba, com peito !irado para  bai+o# 10

Iogo ap8s esse ato ser confeccionado uma mistura na dilonga (fundamento para soltar a fala do iniciado, composta de V acaç dilu3do, !in"o moscatel, um pouco de mel (depende do santo, um pouco de :aY (abo da casa, um pouco do ibs&(" quem coloque ob3 ralado# ;ega um o!o, estala a ponta, abri uma tampin"a, o santo pega o o!o, le!a S boca, bebe, e bebe tamb&m o conte9do da dilonga# A3 solta S fala# 1 santo estar pronto para a0uelar (falar# Cantiga para esta terceira saidaV  9 M0N 8* MA*;N:A  MA*AN:AML

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Dsta mesma cantiga ser!e para o ban"o $;$ $;$ 8* MA*;N:A  MA*;N:;L :;> R >S$A N; AN4; :AM> R >S$A NA 8ANA  MA*;N:A R AN4; ;0 M;2*M>N$; 8; C;&#; 1 +aor do iniciadoV @anto diala L lado direito @anto mu"atu L lado esquerdo &>$;&N; A; N8>M0&; .epois que o $kisi & tra0ido para o meio do sambilE com uma cantigas acima, são entoados os c%nticos pr8prio de lou!ação aquela di!indade# .urante o tra:eto de suas danças a di!indade angolana cantar os seus mitos, de!idamente acompan"ada pelo s&quito do respons!eis por aquele e!ento# Ap8s o t&rmino das lou!ações os s3mbolos de mão que durante danças foram entregues a pessoas ilustres presente, são de!ol!idos ao santo, que far um camin"o de retorno, dançando at& o ndemburu, ao som de uma das cantigas abai+os# T &;K;* (U)&;K;* (U) &;K;* (U) $A&0AN8  &;K;* (U)&;K;* (U) &;K;* (U) $A&0AN8 (Ritmo Kongo V >? :AN:0L >? :AN:0L >? :AN:0L >? :AN:0L >? :AN:0L AKA*? :AN:0L W :0*AN0 NK>SS9 0N S>K>SS9 0N S>K>SS9  A Kitanda & no dia seguinte, ap8s sair o UrupW#

"rdem do 'arco  (.i0ungu $lungu 12



XY Mun-en-a. Kamo+i Rianga (Kadianga



XOY Mun-en-a. Kaiai Kairi



XTY Mun-en-a. Katatu Kairi



XVY Mun-en-a. Kakuãna Kauanã



XWY Mun-en-a. Katanu



XZY Mun-en-a. Iusamanu



X[Y Mun-en-a. Kasambuadi



X\Y Mun-en-a. Kanak&



X]Y Mun-en-a. Ka!ua



XY Mun-en-a. Kakuin"i

>N$&>:A 8> C0*A ^ ;&*:A_; 8> [ AN;S N:0>C> (`) KASSAMA () M020 ()  Ap8s passar por uma s&rie de rituais de obrigações, como obrigações de 4, 5 anos, !isando prepar-la para o recebimento do $tanda (grau sacerdotal, que acontece com a obrigação de 7 anosV nguece (\ kassamba (X mu!u (X# Como a obrigação de 7 anos representa a iniciação de um no!o grau, :ustamente o grau sacerdotal, que confere ao "omem o t3tulo de 'ata $kisi, e S mul"er o grau de ametu $kisi, obriga uma s&rie de fundamentos lit9rgicos, começando pelos eb8s, feitos no m3nimo em n9mero de 5# Como e+emploV eb8 de rua (e+u, eb8 iku (sa9de, eb8 branco (sa9de, miseric8rdia# Iogo depois dos eb8s, o futuro(a sacerdote(isa, ao som das cantigas (oros pr8prias, ser recol"ido AC1R.A.1, ao ndemburo, onde passar por rituais que !ão permitir ele!ar-se a um no!o grau# .entro do ndemburo serão tamb&m reali0ados rituais de ngudia mutu, com sacrif3cio de animais, um casal de diemb e um casal de et], tendo-se o cuidado anterior de fa0er sacrif3cios de frangos e frangas ao casal de ;ambun:ila e u:ilo, que foram assentados anos atrs, na ocasião da obrigação de feitura# .epois do ngudia mutu reali0ado, 7 dias ap8s, serão alimentados os bengu, de!endo no m3nimo ser copados 5 bic"os de O patas, destinados ao primeiro santo, ao segundo santo e a 1+al (Iemb# $a CUA .D 7 A$1@ inclui-seV konk&m mac"o e fEmea para todos eles# G uma cuia de cabaça (de preferEncia que fique em p&, bem grande# G confeccionada com a metade de bai+o de uma cabaça arredondada# Representação material de (céu  terra R duilo  ii R orun  ai e, le!ando no seu interior os apetrec"os que o 13

futuro 0elador ir usar dali por diante, em ra0ão do no!o grau adquirido, tais comoV KA$?UIA - 'D@1URA  ^A$ - $APAI K0>N4A R Q0>&A&  (Con!ida-se os padrin"os NN4A  K>L L  A entrega da cuia acontece num ritual de 6 sa3das# 1 ritual de raspagem de cabeça na obrigação de 7 anos representa o nascimento da pessoa para assumir o cargo, o mais importante dentro do culto, sendo que este ritual & pr8prio da cultura angolana, sendo reali0ado com a pessoa em estado normal, sem a possessão do $kisi# SAM;&; #A&A &>C;4*M>N$; A; N8>M0&; 9 A9 A9 K;S>NN$; ;0 $A$>$;) K;S>N$; ;0 $A$>$;) K;S>N*&A SAE8A  Dsta sa3da inicial retorna a pessoa ao seu tempo de mu0en0a, sendo este ato a despedida simb8lica desse grau inicial# 1 futuro sacerdote (isa !ir !estido com roupa branca, com um akan (atakan L pano que encobre o peito da mesma cor, usando o kelE, descalço, com a cabeça raspada, e acordado# Como acontece na feitura, a mãe pequena da casa (ou pai pequeno L mametu ou tatetu ndenge, sair S frente, tra0endo uma di+isa forrada, colocando-a na porta de entrada, centro do barracão (lamburu, e aos p&s das ngomas, sendo que os futuros sacerdotes se deitam na di+isa em cada um desses lugares, acompan"ando o ato com sequEncia de pa8s# SAM;&; #A&A A #&*M>*&A SAE8A. 9 M0Nleb1 ou Dleru no K&tuV G o sen"or das oferendas, o portador e o mensageiro# G sempre o primeiro a ser in!ocado# Peste o preto e o !ermel"o# G o dono do dendE# G ele que carrega o dendE na peneira# (4-7 Dqui!ale a ;dara no K&tuV G in!ocado no pade# ;ro!idencia a comida e a  bebida de todos# G ben&fico, não gosta de bebida alco8lica, aprecia mel e !in"o, gosta de branco, mas usa !ermel"o e preto# Dle nos d a fortuna# (4-j Dqui!ale a ;nan ou onan no K&tuV G o ;ambu:ila das porteiras dos  barracões, !igia os camin"os# 'ra0 os clientes e a fartura# Usa !ermel"o, preto e a0ul arro+eado M0=*; '3tuloV ametu ubika ( ãe 'rabal"adora ou A@*A $QIA ( ais  !el"as dos Camin"os ou @en"ora dos Camin"os D+istem quatro lin"agens de D+u fEmeas# JualidadesV Kakurukaia (ou kakarukaia Qila a!ile Qila a!ambo Qila anak8

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NK;S* Dra um terr3!el guerreiro que briga!a sem cessar contra os reinos !i0in"os# .essas e+pedições ele tra0ia sempre um rico esp8lio e numerosos escra!os#G fil"o de mikai $kosi caça e in!enta armas# .e!e-se ter sempre a seus p&s uma cabaça !irada, pois se ele c"egar e não encontr-la, fica ner!oso# 1 fogo e o sangue simboli0am a rai!a e o dese:o de guerrear# Dle te!e !rias esposasV dandalunda, mWina lugando e matamba# ;or onde passa!a conquista!a aldeias e cidade era aclamado e recebia !rios nomes# @eu principal alimento & o in"ame acar# $kosi & assentado, geralmente, do lado de fora# ?osta de ficar rodeado de r!ores, como peregun, sua r!ore de maior fundamento, e :aqueira# ul"er não de!e c"egar perto# G o $kisi que se re!ela como a di!indade do ferro, dos ferreiros e de todos aqueles que utili0am esse metalV agricultores, caçadores, açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores e ainda como o patrono das tecnologias, pois se liga ao fogo, e foi a partir da fundição do metal que se desen!ol!eu a e+pansão "umana# G o Ieão sagrado  1 ?uerreiro da :ustiça, o comedor de almas dos 3mpios e in:ustos# $kosi manifesta-se no sistema passional ligado ao ple+o solar das emoções e dese:os# ;elo seu carcter impetuoso & a manifestação di!ina associada as brigas e guerras, com temperamento dominador, autoritrio e !iolento# Ki-ilasV @eus fil"os de!em e!itar a tangerina, cou!e e aimpim# SaudaçõesV Iuna kubanga kuta kueto $kosi ($kosi, aquele que briga por n8s B ;embelE $kosi  Kiuah  Du te sa9do Ieão (o guerreiro sagrado# @al!eh >lementoV Ferro BFogo SJmboloV Dspada e instrumentos de ferro, pontiagudos e cortantes# 8ia da semanaV 'erça-feira# Fio de contasV A0ul-marin"o# &ou,aV A0ul com detal"es em !ermel"o ou roupas colorida com predomin%ncia do !erde ou a0ul-marin"o# MineralV in&rio de ferro e merc9rio# ;5erendasV Fei:oada, grãos em geral, in"ame (car, dendE, mel e farofa de  banana da terra# &>AC*;NAM>N$;SV 1s fil"os e fil"as de $kosi tEm compatibilidade com pessoas de .andalunda, ikaia, atamba ?* >?* MAN0K>N0N $A$A KA20N:0 S*NA20&0SB  K> 8>M*NAN:0AN:> ;&; K>N0N N:;&;SSB >?* >?* MAN0K>N0N $A$A KAM;N8; $A$A KA20N:0 S*NA20&0SS* K> 8>M*NAN:0AN:> ;&; K>N0N (Costuma-se cantar DRRA.AD$'DV  A faca da cotia  Ewi, ewi manuquenu Tatetu Kaviungo  Sinavuruce  Ke deminanguange Oro Kenun)

 Ap8s as re0as o 0elador passa doburu do cesto em todos os fil"os# Cada um toma a  bEnção e !ai para sua casa# $o final fa0-se uma trou+a com o doburu e coloca-se  :unto a Kitembu at& o final da Kukuana# $o s&timo dia, nas casas de $gola, são são feitos H rituais# &*$0A *N$>&N;V *N$>&N;V 36

1 0elador com uma pessoa de confiança fa0 comida praV ;ambun:ila, $kosi, $gunsu, Katende, /A/, &>C>& C;M*8A (NA 4;&A Q0> ACAA 8> C;>K;M#>NS0 ^ ;:0N (*=>G)^ A=A0NS* (=>=>) '3tuloV ona uc"ino (Fil"o do Rei JualidadesV Kuloessa(4

aionguE (4-5

Kutomb&ssa (4-H (4 ;escador (4-H Caçador 50

(4-5 .as guas

 ?0N=> D+istem alguns que concebidos (siameses### Considerados seres sobrenaturais, inspiram um culto especial# Dntre si, constitui uma irmandade, possuindo cada qual um poder espiritual de mesmo gEnero# .onos da alegria e criati!idade### *abaça

$gongo

/imbaian0u0&

?olungoloni

Caculu

$gongo aiombe0õ

 un:e

/im

Kafulu

Cabasa

>MA^ >MA>N:AN:A^ >MA&>N:AN:A  '3tuloV 'atetu .ikumbi ou 'ata .ikumbi ( ;ai do @ol JualidadesV /ambi Apongo

Kassut&

?anga /umb(4-H

 A:alupongo

@inganga Dman

Iemb ou alemb (4

?anga *enun

Kassulemb

Iemba afurS

?anga Kamenemenen

Iembaenganga

 Akri0ilE (4-5

?anga alemb

?anga Ka0umbS

$biok (4 @emel"ante S 1giWan (4-H Iigado a /umb 51

(4-5 Usa Cabaça C;&>S 8AS 8*2*N8A8>S AN$ • • • • • • • •

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;A*U$QIA e UQI1V preto, preto e !ermel"o, cin0a e branco# $K1@ V a0ul escuro $?U$/UV !erde KA'D$._V !erde e branco ou rosa e branco KAPU$?UV preto, !ermel"o e branco (os KA'U (Qaguns são preto e branco C) )A #0NG"LA " 1E .E('E SA('A ANG"LA U8  !'RR !'RR '@ ligado ao &ogo e L te""a) ,& !'RR8 !'RR es+&9 ("NA K !'RR !'RR es+.: ("NA )" 'Fongo) ,J& (ALUNGUN N)A('/ *3+ " *+NGRE!ALA !AN#/*3+ (ALUNGUN N)A('/*3+ es+: *A+('EL/*3+ ,M& (A"NG/*3+ ("N? EL es+: (A"NG/*3+ 6& .ARA #ES.ACHAR .A#I: (A>TLE 1"NG" : 1"!AL/ es+: (A>L/ 'bis) - " cantando atD acaba" de des+ac(a" .ARA #AR #E 'E'ER A EKU /a"a aco"da" e@ +a"a o %ogo* +a"a coloca" ma bebida na +o"tei"a* +a"a "oda* etc. !al#e" (o"a de da" ma bebida +a"a @ 6,& !"(AL? )1B )1U / : )E1UR? ''bis) - '>o se"e +a"a +adê) eza 'cntico) de @ Oaamb 'mito sD"ia) 66& (A>A('U8 (A>A('U # A('URE *3+ 1A!UL? !ULA('T8 1A!ULA('(A>A('U8 (A>A('U # A('UR/*3+ 1A!ULA('T 1A!ULA('"*3+ 6=&(A>A('"8 (A>A('" # A('UR/ A/ A/ (U1U(' / 'bis) 6& FAA (AL"1" SAL"/  LU'# L"1U 'A!? F?A (AL"1" SAL"/  LU'# L"1U 'A!? '3 VZ) antiga es+ec?Nca +a"a ligaç$o de gn e @: 6D& (A>A('U E (A>U A/ A/ (U1U('  *#alidade de >=osi da ag"iclt"a) (U1U('  (A>U A/ A/ (A>A('U  107

CAN!GAS #E N1"S *CHA(AR N1"S .ARA EN!RAR .ARA C"(ER+ ,& N1"S8 (U1U(' !?RA (ENS? #ANGE*3+ G"A / :E G"A / :E 6& 1E (U)EN)ALA SEN)A N1"S 1A(URE#E A!URE(" 1E (U)EN)ALA SEN)A N1"S 1A(URE#E A N1"S =& N1"S (U1U(' !?RA (ENS? 1A? 1"SEN)? N1"S 1"SEN)? N1"S 1"SEN)? & NLUAN#E*3+ N1"S 1"NG" !ALAN#E*3+ NLUAN#E N1"S 1"NG" !ALAN#A / D& / A/ A/ 'AN#A (N 1"NG"  #E !?RA 1"LE*3+ / #E !ARA (ENE*3+ & conQida a ir aos atabaques 'AN# (N1"NG" A/ A/8 A/ AE AE 'AN#A (N1"NG" E (N1"NG" 1A? NG"(A *atabaque Yrum Y c[amando+ & *enrredo com "\um e "]^+ C[ama ara guerra !A'ALA S('E8 N!A'ALA *N+"*3+ R9 A/ N1"S  N!A'ALA *N+" R9 A/ N1"S  N!A'ALA *N+" *dan_a até o c[ão& Santo Qel[o ode dan_ar+ J& N1"S !AN" L/ !AN" L/ (AR@ N1"S !AN" L/ !AN" L/ (A"NG: M& N1"S 'A(' / A N1"S N1"S 'A(' !URE("*3+ A N1"S ,& est^ na guerra *muena+ N1"S '"LE*3+ ('"L? N1"S '"LE ('"LA 108

N1"S '"LE ('"L? (E 1A? (UG"NG" N1"S '"LE ('"L?

Rea de gente Qel[a9 ,,& N1"S # 'EREGE#E SA('ANG"L? SA('ANG"L/*3+ N1"S # 'EREGE#E SA('ANG"L? SA('ANG"L/*3+

CAN!GAS .ARA NGUNSU ,& "L" 'ARANGUANE NGUNSU #E 'ARA 1UR? "L" 'ARANGUANE NGUNSU #E 'ARA 1UR? 6& LAN#ANGUANE 1ASSANGUANE 1E A(E *R+ A SN#A LU1AA LAN#ANGUANE 1ASSANGUANE 1E A(E *R+ A SN#A LU1AA =& *AN!GA+1ALUNGA N" KAUER? / A RUE 1ALUNGA N" KAUER? / A )NG & / 'A(' / / 'A(' / A )A !A? / 'A(' A )A !AA (( / 'A(' / A )A !A? D& AUEN#A 1ANRA (UGANGA NGANGA A/ !U('A @ !AA(N A / !AA(N & 1A'LA 1EALA !ALA (U)A('E*3+ (ANAN (URE: UN !A!A 1A('"N#" #E LUAN#A / (ANAN ('E ('E A #AN#A LUN#A E "RERE & 1ASA 1ASA 't"ibo) N" 1AUN# 109

'ULA/ 'ULA @ 1ASA8 1ASA N" 1AUN# NGUNSU / (U!ALA('"*3+ J& A/ G"NG"'LA8 #L/*3+ A/ G"NG"'LA *bis+ M& G"NG"'LA (U!AL/ G"NG"'LA (U!AL/ @ ,& A#E 1U!ALA )NGE*3+ A )NGE*3+ " *3+ *bis+ A" )A 1U!ALA 1A)A 1URA A A8 A A A#E 1U!ALA )NGE A#E 1U!ALA )NGE A )NGE " 1E(N FARE: 1E(N FARE: A" )A 1U!ALA 1A)A 1URA A A8 A A 'dá a olta na cantiga +a"a enc(e" ba""ac$o) ,,& A 1"1E*3+ GANGA LE 1"NG" A 1"1E A8 A S8 S8 A1"1E A A A 1"1E G"NG"'LA A 1"1E A A S S A1"1E A A ,6& G"NG"'LA (U!ALE*3+ NS('E 1"1E8 A8 A AE AE NS('E 1"1E A A ,=& NGUNSU / !ALA N" (U)A('E*3+ NGUNSU / !ALA N" ARERE*3+ ,& ARU*3+ 1A'AN#"*3+ LA('ARANGUANE (A1U"*3+ SU'A/*0+ !AA(N ,D& !AA(N !AA(N NGUNSU E (U!ALA('" *bis+ ,& 1LU(A!A8 1L"N#R? NGUNSU E (U!ALA('@ A/ A/ NGUNSU E (U!ALA('"*3+ CAN!GAS #E 1A>UNGU ,& ndamento com @alá E8 E8 1AFUNE*3+ 1A!U8 LE('ARASNA 1"SEN)ALA 110

6& 'dizia-se #e o #a"to do agbo e"a de AangolTo) 1UEN#A 1UEN#A *limando+ 1AFUN/*3+ 1ALUNGA A: #('E*3+ 1UEN#A 1UEN#A 1AFUNE HANG"L"(A A#/*3+ A: 'D cntico de ba""ac$o* mas algmas +essoas cantam como "eza +a"a eb; cont"a +"oblemas de +ele) =. 'loa a ida e a mo"te) NSU('U/8 NSU('U NANGU/ *3+ *'S+ NSU('U8 SA('U 1UEN#A / LE('A #L/*3+ (A"1E F!A8 F!A (A"1E SA('U 1UEN#A & NSU('U8 /8 /8 /*3+ NSU('U / ."." # ("N: *'S+ D& A/8 A/ S 1AFUNAN A/8 A/ S 1AFUNAN 1AFUNE 1"('E L": !A!E!U S 1AFUNAN & KAUERE*é+8 KAUERE*é+ 1AFUNE 1U('EL": KAUERE*é+8 KAUERE*é+ 1AFUNE 1U('EL": & 1U('E8 1U('E LASN *'S+ 1U('E 1U('E LA" J& 'omo se &ose zoani - ligado a >gnz e ao &ogo)) E (ALA8 E (ALA )"*3+ / / 1A1AANE / (ALA )"*3+ M. ; +a"a Nl(os com mais de 7 anos N#" @ @ N#" FN#" E(ALA !A!E!U !ARA(ESS7 1AFUNE FN#" E(ALA ,& LE('A / / (E8 1A!U8 )" LE('A / / (E8 1A!U E : FAA (A(E!U 1AN#"*3+ *'ate Fol[a+ *FAA (A(E!U 1AANG"*3+ Y !& usara+ 111

1A('"N#" 1UN#/ 1A('A LE('A #LE FAA (A(E!U 1AANG"*3+ 1A('"N#" 1UAN#E*3+ 1A('A (AN#U 1A? ,,& ("NA 1URA NSU('UE *3+ A NGELE*3+ ("NA 1URA NSU('UE*3+ N1AFUNE*3+ CAN!GAS #E HANG"L7 ,& SUSU8 1E FAA8 FAA SUSU8 1E8 A(E8 A(E 6& 'Fongo) A8 A8 >ULA"*3+ >ULA" 1"NG" ASA 1E (ASA >ULA" =& GANGA >ULA >ULA"*3+8 >ULA"*3+ RES.& GANGA >UL? >ULA"8 1ENAN8 1ENAN RE.& GANGA >UL? . Higada a =osi E A 'AN#A 1"1"#"*3+ 1"1"#" NGU/*3+8 A/*3+8 A/*3+ R&9 1"1"#"*3+ NGUE & HANG"L@ ASUA N" 1ALUNGA N" 1AE#/*3+ ') HANG"L@*3+ )NH@*3+ R& S('ENGANGA AU!AL/ S('ENGANGA HANG"L"(A S('ENGANGA AU!ALE & HANG"L" (ARA>AA 1E .E('E*3+ HANG"L" (ARA>AA 1E .E('E*3+ E? SA('ANG"L/*3+ J& HANG"L@ (ARA>AA N" SERERE*3+ R& N" SERER/*3+ 112

M& A8 A !A!E!U HANG"L0" ANU(EN#" GA('"A#NHA GA('"A#NHA HANG"L" ANU(EAN#"

113

>"CA'UL?R" • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

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