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April 9, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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GEOGRAFIA BRASILEIRA

Fazemos emos parte do Claretiano - Rede de Educação Faz

 

Claretiano – Centro Universitário

Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000 [email protected] Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006 www.claretianobt.com.br

Olá! Meu nome é Diego Monteiro Gomes de Campos. Campos. Sou Engenheiro Florestal formado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoUniversitário (UNESP), licenciado em Geografia pelo Claretiano – Centro e bacharel em Geografia pelo Centro Universitário Sant´Anna (UNISANT´ANNA). Possuo especialização em Utilização de Mídias na Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFP) e em Gestão de Pessoas e Projetos Sociais pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Atualmente, sou mestrando em Ciência Ambiental na Universidade de São Paulo (USP). Trabalho há sete anos com licenciamento ambiental e sustentabilidade, e há três anos como docente no Ensino Superior. E-mail : [email protected] [email protected] om

Meu nome é Josias Abdalla Duarte. Duarte. Sou pós-doutor pela Universidade da Corunha, com trabalho sobre nacionalismos nos séculos 19 e 20; pós-doutor pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com trabalho sobre Filosofia da História e estudos geográficos; doutor e mestre em Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); e bacharel em História por essa mesma instituição. Atualmente, sou professor no lato sensu em História da Cogeae/PUC-SP, onde ministro as disciplinas História e Imaginário e História e Cidades. E-mail : [email protected]

 

Diego Monteiro Gomes de Campos Josias Abdalla Duarte (Revisor Técnico)

GEOGRAFIA BRASILEIRA

Batatais Claretiano 2016

 

© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana.

CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL Coordenador de Material Didático Mediacional: Mediacional: J. Alves Preparação : Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia Preparação: Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matav Matavelli elli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Simone Rodrigues de Oliveira Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi Andrade de Deus Revisão: Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni • Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico, diagramação e capa: capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires Botta Murakami Videoaula:: Fernanda Ferreira Alves • Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso Videoaula Bibliotecária:: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Bibliotecária

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO PUBLICAÇÃO (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP,NA Brasil)

918.1 C211g

Campos, Diego Monteiro Gomes de Geografia brasileira / Diego Monteiro Gomes de Campos, Josias Abdalla Duarte – Batatais, SP : Claretiano, 2016. 125 p. ISBN: 978-85-8377-465 978-85-8377-465-5 -5 1. Território brasileiro. 2. Espaço urbano. 3. Geografia rural. 4. Domínios morfoclimáticos. 5. Biomas. I. Duarte, Josias Abdalla. II. Geografia brasileira.

CDD 918.1 

INFORMAÇÕES GERAIS Cursos: Pós-Graduação Título: Geografia Brasileira Versão: fev./2016 Formato: 15x21 cm Páginas: 125 páginas

 

SUMÁRIO CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 1. 2. 3. 4. 5.

IN TRODU INTRO DUÇÃO ÇÃO ...... ............. .............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ......... .. 9 GLOSSÁ GLO SSÁRIO RIO DE CON CONCEI CEITOS TOS ....... .............. ............. ............ .............. .............. ............ ............. ............. ............ ............. ........... .... 12 ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHA CONCEITOS-CHAVE VE ............................................................... ............................................................... 16 REFERÊ REF ERÊNCI NCIAS AS BI BIBLI BLIOG OGRÁF RÁFICA ICASS ....... ............. ............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. ............. .......... .... 17 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ ................................................................................ ................ 18

UNIDADE 1  FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL E DIVISÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS 1. INTRO IN TRODU DUÇÃO ÇÃO ................. ........................ .............. .............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. .......... ... 21 2. CON CONTEÚ TEÚDO DO BÁS BÁSICO ICO DE REF REFERÊ ERÊNCI NCIA A ...... ............. ............. ............. .............. ............. ............. ............. ............ ......... ... 22 2.1. TER TERRITÓ RITÓRIO RIO ...... ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............. ............. .......... .... 22 2.2. FORM FORMAÇÃO AÇÃO DO D O TERRITÓRI TER RITÓRIO O NO PERÍO P ERÍODO DO COLONIA CO LONIALL ... ...... ...... ...... ....... ....... ...... ..... .. 23 2.3. 2. 3. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NO PERÍODO PERÍOD O DO REINO UNIDO ..... ....... ..... ..... 30 2.4. 2. 4. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NO PERÍODO PERÍO DO DO IMPÉRIO E REPÚBLICA REP ÚBLICA .. 31 2.5. DIVISÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS ................................................ ................................................ 36 3. CON CONTEÚ TEÚDO DO DIG DIGITAL ITAL INT INTEGR EGRAD ADOR OR ...... ............. ............. ............ .............. .............. ............ ............. ............. ............ ...... 39 3.1.. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO 3.1 TERRITÓRI O NOS PERÍODOS PERÍO DOS COLONIAL E REINO REI NO UNIDO ...39 3.2. 3. 2. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NO PERÍODO PERÍ ODO DO IMPÉRIO IMPÉR IO E REPÚBLICA REPÚBLI CA .... .....41 .41 3.3. TERRITÓRIO E DIVISÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS ................ ..................... ........ 42 4. QU QUESTÕE ESTÕESS AUTO AUTOAVALI AVALIATIVAS ATIVAS ...... ............. ............. ............. .............. ............. ............. ............. ............. ............. ............ ...... 43 5. CON CONSID SIDERA ERAÇÕE ÇÕESS ...... ............. ............. ............. .............. ............. ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ......... ... 44 6. E-REFERÊNCIAS  ................................................................................................ ................................................................................ ................ 45 7. REF REFERÊ ERÊNCI NCIAS AS BI BIBLI BLIOG OGRÁF RÁFICA ICASS ...... ............. ............. ............ .............. .............. ............ ............. ............. ............ ........... ..... 46

UNIDADE 2  DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS BRASILEIROS 1. INTRO IN TRODU DUÇÃO ÇÃO ...... ............. .............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ......... .. 49 2. CON CONTEÚ TEÚDO DO BÁS BÁSICO ICO DE REF REFERÊ ERÊNCI NCIA A ...... ............. ............. ............. .............. ............. ............. ............. ............ ......... ... 49 2.1. REC RECURS URSOS OS NATURA NATURAIS IS ....... ............. ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............. ............. ...... 49 2.2. HID HIDROG ROGRA RAFIA FIA ....... ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............. ............. ............ ............. ............. ............ ........ 50 2.3. DOMÍNIO DOMÍ NIOSS MORFO MO RFOCL CLIMÁTIC IMÁTICOS OS ....... ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ......... ... 54 2.4. DOMÍNIO DOM ÍNIOSS MORF MORFOCLI OCLIMÁTICOS MÁTICOS BRA BRASILE SILEIROS IROS ...... ......... ...... ....... ....... ...... ...... ...... ...... ....... ...... .. 70

 

CON TEÚDO DO DIG DIGITAL ITAL IN INTEG TEGRA RADOR DOR ...... ............. ............. ............. .............. ............. ............. ............. ............ ............ ...... 72 3. CONTEÚ 3.1. REC RECURS URSOS OS NATURA NATURAIS IS ...... ............ ............. ............. ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ........ 72 3.2. HID HIDROG ROGRA RAFIA FIA ....... ............. ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............. ....... 73 3.3. 3. 3. DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS MORFO CLIMÁTICOS E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS M ORFOCLIMÁTICOS BRASILEIROS........................................................................... BRASILEIROS ............................................................................................. .................. 74 4. 5. 6. 7.

QU ESTÕES QUESTÕ ES AUTO AUTOAVALI AVALIATIVAS ATIVAS ....... ............. ............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. ............. ............ ...... 75 CONSID CON SIDERA ERAÇÕE ÇÕESS ....... ............. ............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ......... ... 76 E-REFERÊNCIAS  ................................................................................................ ............................................................................ .................... 77 REFERÊ REF ERÊNCI NCIAS AS BIB BIBLIO LIOGR GRÁFI ÁFICA CASS ...... ............. ............. ............ .............. .............. ............. ............. ............ ............. ........... .... 79

UNIDADE 3  CIDADES NO BRASIL 1. INTROD INT RODUÇ UÇÃO ÃO .............. .................... ............ .............. .............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ........ 83 2. CON CONTEÚ TEÚDO DO BÁS BÁSICO ICO DE REF REFERÊ ERÊNCI NCIA A ....... ............. ............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. ......... .. 84 2.1. CIDADE CIDA DE E O ESPAÇO ES PAÇO URBAN UR BANO O NO BRA B RASIL SIL ...... ............. ............. ............ ............. ............. ............. ....... 84 2.2. PRO PROCES CESSO SO DE URBAN UR BANIZA IZAÇÃO ÇÃO NO BRA B RASIL SIL ...... ............. ............. ............ ............. ............. ............. ....... 88 2.3. INSTRUMENTOS INSTRUM ENTOS DE PLANE P LANEJAMEN JAMENTO TO URBANÍS URB ANÍSTICO TICO ... ...... ...... ....... ....... ...... ...... ...... ..... .. 93 3. CON CONTEÚ TEÚDO DO DI DIGITAL GITAL INT INTEGR EGRADO ADOR R ...... ............. ............. ............. .............. ............. ............. ............. ............. ............ ..... 99 3.1.. CIDADE E O ESPAÇO URBANO NO BRASIL E PROCESSO DE 3.1 URBAN UR BANIZA IZAÇÃO ÇÃO NO BRA BRASIL SIL ............. .................... ............. ............. .............. ............. ............. ............. ............ ........... ..... 99 3.2. INSTRUMENTOS INSTRUM ENTOS DE PLANE P LANEJAMEN JAMENTO TO URBANÍS URB ANÍSTICO TICO ... ...... ...... ....... ....... ...... ...... ...... ..... .. 100 4. QU QUESTÕ ESTÕES ES AUTO AUTOAVALI AVALIATIVAS ATIVAS ....... ............. ............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. ............. ............ ...... 101 5. CON CONSID SIDERA ERAÇÕE ÇÕESS ....... ............. ............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............. ......... .. 103 6. E-REFERÊNCIAS  ................................................................................................ .......................................................................... ...................... 104 7. REF REFERÊ ERÊNCI NCIAS AS BIB BIBLIO LIOGR GRÁFI ÁFICA CASS ...... ............. ............. ............. .............. ............. ............. ............. ............ ............. ........... .... 105

UNIDADE 4  GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL 1. INTROD INT RODUÇ UÇÃO ÃO ............... ..................... ............ .............. .............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............. ............. ............ ...... 109 2. CON CONTEÚ TEÚDO DO BÁS BÁSICO ICO DE REF REFERÊ ERÊNCI NCIA A ....... ............. ............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. ......... .. 109 2.1. PROD P RODUÇÕ UÇÕES ES BRA BRASIL SILEIR EIRAS AS ....... ............. ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ...... 109 2.2. MOVIMENTO MOVIM ENTOSS SOCIA SOC IAIS IS NO CAM C AMPO PO ...... ............. ............. ............. ............. ............ ............. ............. ......... ... 116 2.3. AGR AGRIC ICULTUR ULTURA A SU SUSTE STENTÁVEL NTÁVEL ........ .............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ....... 117 3. CON CONTEÚ TEÚDO DO DI DIGITAL GITAL INT INTEGR EGRADO ADOR R ...... ............. ............. ............. .............. ............. ............. ............. ............. ............ ..... 120 3.1. PROD P RODUÇÕ UÇÕES ES BRA BRASI SILEI LEIRA RASS ...... ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............. ............. ............ ............. ....... 121 3.2. MOVIMENTO MOVIM ENTOSS SOCIA SOC IAIS IS NO CAM C AMPO PO ....... ............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ......... ... 122 3.3. AGR AGRIC ICULTUR ULTURA A SU SUSTE STENTÁVEL NTÁVEL ....... ............. ............ ............. ............. ............. ............. ............ ............. ............. ........ 122 4. QU QUESTÕ ESTÕES ES AUTOAVA AUTOAVALIATI LIATIVAS VAS ...... ............. ............. ............ .............. .............. ............ ............. ............. ............ ............. ....... 123 5. CON CONSI SIDER DERAÇÕ AÇÕES ES ....... .............. ............. ............ .............. .............. ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............. ......... .. 124 6. E-REFERÊNCIAS  ................................................................................................ ....................................................................... ......................... 125 7. REF REFERÊ ERÊNCI NCIAS AS BIB BIBLI LIOGR OGRÁF ÁFICA ICASS ...... ............. ............. ............. .............. ............. ............. ............. ............. ............. .......... .... 125

 

CONTEÚDO INTRODUTÓRIO Conteúdo Formação do território nacional e divisões político-administrativas. Domínios morfoclimáticos brasileiros. Biomas brasileiros. Cidades no Brasil. Geografia agrária no Brasil. Bibliografia Básica CARLOS, A. F. F. A.; OLIVEIRA, A. U. (Org). Geografia das metrópoles. metrópoles. São Paulo: Contexto Contexto,, 2006. FELICIANO, C. A. Movimento camponês rebelde: rebelde: a reforma agrária no Brasil. São Paulo: Editora Contexto, 2006. v. 1. ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil . São Paulo: Edusp, 1998.

Bibliografia Complementar AB´SABER, A. N. Ecossistemas do Brasil . São Paulo: Metalivros, 2008.  ______. Os domínios natureza no Brasil : potencialidades paisagísticas. 4. ed. São Paulo: Ateliê Editorial,da 2007. CARLOS, A. F. A. O lugar no/do mundo. mundo. São Paulo: HUCITEC, 1996.  ______. Espaço urbano. urbano. São Paulo: Labur Edições, 2007. CUNHA, S. B.; GUERRA, GUERRA , A. J. T. (Orgs.). Geomorfologia e meio ambiente. ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 1992. MARTINS, J. S. Os camponeses e a política no Brasil : as lutas sociais no campo e seu lugar no processo político. 4. 4 . ed. Petrópolis: Vozes, Vozes, 1990.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

OLIVEIRA, A. U.  A geografia das lutas no campo campo.. 10. ed. rev. e ampl. São Paulo: Contexto, 2001. RIZZINI, C. T. Tratado de fitogeografia do Brasil : aspectos ecológicos. São Paulo: Hucitec, 1976. SERPA, A. O espaço público na cidade contemporânea. contemporânea. São Paulo: Contexto, 2007. ZAVATTINI, J. A. Estudos do clima no Brasil . São Paulo: Alínea, 2004.

É importante saber: –––––––––––––––––––––––––––––––– Esta obra está dividida, para ns didáticos, em duas partes:

Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias à prática prossional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de saber.

Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente selecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em sites acadêmicos conáveis. São chamados “Conteúdos Digitais Integradores” porque são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitura de “navegação” (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito de avaliação.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

1. INTRODUÇÃO Caro aluno, seja bem-vindo ao estudo da obra Geografia Brasileira!! Brasileira Esta obra visa estudar o Brasil, um país que apresenta, segundo dados do IBGE (2000), mais de oito milhões de km 2 de área, localizado, quase na sua totalidade, em uma faixa de clima tropical. Apesar de alguns conteúdos serem de conhecimento comum, vamos “descobrir “descobrir de novo” o Brasil. Entenderemos a sua geografia, destacando destacando os diversos aspectos de recursos naturais e antrópicos e, consequentemente, a interligação entre eles. Para isso, as unidades estão organizadas de forma que os conteúdos sejam apresentados aos poucos, de uma maneira didática. Dessa forma, objetiva-se proporcionar a você, aluno, uma visão sobre o Brasil, entendendo a geografia brasileira como um estudo integrador de conhecimentos, percebendo o país como fruto de um processo histórico complexo, de modo a compreender a diversidade existente no Brasil. O Brasil é um país com grandes dimensões, localizado em sua maior parte ao sul do paralelo do Equador e totalmente a oeste do Meridiano de Greenwich. Ele apresenta influências de massas de ar continentais e marítimas e uma amplitude térmica variável ao longo do território. Concomitantemente, possui altitudes e caracte características rísticas geológicas distintas. Todo esse panorama de diversidade física influi nas características biológicas brasileiras, tendo desde grandes florestas até formações arbustivas e gramíneas. De forma macro, podemos pensar nos seguintes biomas brasileiros: Caatinga, Cerrado, Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Pampas, Floresta

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de Araucária e Pantanal. Cada um desses biomas apresenta características caracte rísticas próprias, bem difere diferentes ntes umas das outras. A diversidade brasileira não está presente somente em aspectos físicos e biológicos, mas também em aspectos antrópicos. O Brasil apresenta muitos tipos culturais, políticos, econômicos, produtivos e sociais, oriundos das distâncias de centros econômicos, pelas origens dos imigrantes que embarcaram embarcar am no país, pelos ciclos econômicos presentes presentes durante o período colonial, pelas características características físicas e biológicas, além de outros fatores. Este estudo tem como objetivo analisar toda essa diversidade e compreender os mecanismos de formação do espaço brasileiro em serão suas diferentes decorrer dos nossos estudos, abordadoscaracterísticas. temas ligadosNo à formação do Brasil enquanto território, ao clima, à vegetação, ao relevo e às cidades urbanas e rurais. Espera-se que, ao final do estudo desta obra, você possa entender a magnitude do Brasil e a interligação das características físicas, biológicas e antrópicas, uma influenciando a outra. O entendimento dessa ligação reside no fato de a Geografia, na qualidade de ciência, ser interdisciplinar, pois dentro dela se analisa diversos aspectos em um mesmo estudo e a interligação entre eles. O tema interdisciplinaridade surge em um momento de crítica ao avanço da ciência e da tecnologia no mundo moderno. De acordo com Alvarenga (2011), é uma forma de repensar as implicações do homem no meio ambiente. A ideia surge da necessidade de resolver novos problemas, de naturezas e complexidades diversas no mundo contemporâneo. Segundo Capes (2008 apud ALVARENGA, 2011), é uma evolução do termo

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multidisciplinaridade. Na interdisciplinaridade, um grupo de disciplinas possui objetivo em comum e cooperação entre elas. A interdisciplinaridade desta disciplina está em ter um objeto de estudo, no caso, o Brasil, e analisá-lo sob diversas óticas, de forma a ter o melhor entendimen entendimento to macro possível, baseandose em diferentes disciplinas, sejam elas sociais, econômicas, físicas, biológicas, políticas, entre outras. Essa análise "macro" se ampara em uma visão de diversos aspectos, portanto, portanto, necessita do amparo de diversas áreas do conhecimento. Espera-se, com isso, que a visão de interdisciplinaridade – na qual diversas disciplinas trabalham em conjunto, de forma integrada para o cumprimento de um objetivo, no caso, o entendimento da Geografia Brasileira – seja incorporada pelo aluno no estudo e aprendizado desta obra. O nosso estudo será dividido em quatro unidades. Na Unidade 1,  1, será abordada a forma com que o território brasileiro se constituiu ao longo do tempo, desde os períodos coloniais até a sua conformação atual. Será traçada uma linha histórica mostrando as diferentes áreas ocupadas pelo Brasil até a definição política-administrativa atual. Na Unidade 2, entraremos no aspecto físico e biológico do Brasil. Serão estudados os seguintes temas: clima, relevo, hidrografia, solo, formações vegetais e, consequentemente, as influências de um sobre o outro. Nessa unidade, serão apresentados diversos mapas desenvolvidos por grandes geógrafos e a evolução das formas de pensamento sobre aspectos naturais do Brasil. Na Unidade 3, será analisado um aspecto muito importante no Brasil, que foi a formação dos núcleos urbanos e as grandes

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metrópoles existentes, sendo analisada a formação do espaço urbano brasileiro e os problemas urbanos. Na Unidade 4,  4, estudaremos aspectos ligados à agricultura e pecuária no país, aos movimentos sociais rurais, principalmente o Movimento dos Sem Terra (MST), à questão da terra e à dialética existente entre grandes latifúndios e pequenos produtores rurais. Ao final de cada unidade, indicamos algumas bibliografias básicas e algumas complementares. Além disso, existem as leituras indicadas no Tópico Conteúdo Digital Integrador , nas quais você pode aprofundar os conteúdos tratados no decorer das unidades. Recomendamos que você tenha disciplina, dedicando algumas horas na semana para o estudo desta obra.

2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento dos temas tratados. 1) Agentes endógenos de formação de relevo: relevo:  agentes internos que atuam na formação do relevo. Exemplo: vulcanismo, tectonismo tectonismo e abalos sísmicos. 2) Agentes exógenos de formação de relevo: relevo:  agentes externos que atuam na formação do relevo. Exemplo: ventos, temperatura e chuva. 3) Agroecologia Agroecologia::  uma abordagem da agricultura considerada sustentável. Nessa abordagem, diversos

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conceitos são analisados de forma integrada, integrada, como os aspectos econômicos, os sociais e os técnicos sobre a produção e possíveis melhorias. 4) Agropecuária Agropecuária::  união das palavras agricultura e pecuária. Reúne todos os aspectos referentes a esses dois termos. 5) ANA –  –  Agência Nacional das Águas: Águas: órgão federal que possui como missão “implementar e coordenar a gestão compartilhada e integrada dos recursos hídricos e regular o acesso à água, promovendo seu uso sustentável” (ANA, 2015). 6) Bacia hidrográ h idrográfica fica:: é uma região determinada por um rio ou vários rios e seushídrica afluentes, devido à importância e para melhor gestão na região. 7) Bacia sedimentar: sedimentar:  são formadas pela deposição de sedimentos. 8) Bioma: "amplo conjunto de ecossistemas terrestres, caracterizados por tipos fisionômicos semelhantes de vegetação com diferentes tipos climáticos" (ACIESP, 1987  apud ROSS, 1998). 1987 9) Caducifólias Caducifólias:: formação vegetal que perde sua folhagem em determinada época do ano; plantas adaptadas ao clima seco. 10) Ciclo hidrológico: hidrológico:  ciclo formado pelos processos de mudança de fase da água. Consiste na evapotranspiração, na precipitação, na absorção da água pelo solo e/ou seres vivos e de novo evapotranspiração. 11) Cidade Cidade::  é um ecossistema artificial formado em um espaço geográfico, ocupado por uma grande concentração de habitações, construções e pessoas.

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Nesse espaço, ocorrem diversas atividades, tais como: atividades comerciais, industriais, culturais e de lazer (NARVAES, 2012). Desenvolvimento sustentável: sustentável: visa suprir as necessidades das gerações atuais sem compromet comprometer er a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas necessidades (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991). Dobramentos antigos  antigos  ou cinturões orogênicos: orogênicos: são estruturas pré-cambrianas pré-cambrianas originárias das tectônicas de placas. Geralmente estão nas bordas dos continentes, apresentam apresent am altitudes mais elevadas e são formadas de rochas mais complexas, mais resistentes à erosão. Ecótono::  zona de transição de dois ou mais Ecótono ecossistemas, podendo apresentar características de cada um deles. Escudos cristalinos: cristalinos: também chamados de crátons, são estruturas antigas, antigas, formadas por rochas metamórficas que passaram por vários processos erosivos e, por isso, são rebaixadas e estão nas bordas dos cinturões orogênicos.

16) Evapotranspiração: Evapotranspiração :  processo evaporação da água pelo solo e/ou evaporação dede água pela transpiração das plantas. 17) Êxodo rural: rural:  saída da população do campo para a cidade. 18) Floresta ombrófila: ombrófila:  floresta comum de regiões chuvosas com altas temperaturas. Possui como características principais a grande biodiversidade, vegetação sempre verde, grandes árvores e extrato

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arbustivo úmido e sombreado com lianas, bromélias e samambaias (NARVAES, 2012). 19) Geomorfologia Geomorfologia:: Geo: Terra, morfo: forma, logia: estudo. Portanto, estudo da forma da terra. Ciência que estuda o relevo da superfície terrestre. 20) IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: Estatística: fundação pública que visa “Retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania” (IBGE, 2015). Suas principais funções são, segundo o próprio site site:: Produção e análise de informações estatísticas; estatísticas; Coordenação e consolidação das informações estatísticas; Produção e análise de informações geográficas; Coordenação e consolidação das informações geográficas; Estruturação e implantação de um sistema de informações ambientais; Documentação Documentaç ão e disseminação de informações; e Coordenação dos sistemas estatístico e cartográfico nacionais (IBGE, 2015).

21) Interdisciplinaridade: Interdisciplinaridade: conceito ligado a um grupo de disciplinas que possui um objetivo em comum e a cooperação entre si (ALVARENGA et al., 2011). 22) Lianas Lianas::  plantas lenhosas epífitas, conhecidas como cipós. 23) Recursos naturais: naturais:  é a matéria ou energia vinda da natureza que é útil para o homem. Exemplo: água, petróleo, madeira, solo, entre outros.

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24) Recursos naturais não renováveis: renováveis:  recursos naturais que não se renovam em um curto espaço de tempo comparado com o tempo de vida do ser humano. Exemplo: minerais e petróleo. 25) Recursos naturais renováveis: recursos naturais que se renovam em um curto espaço de tempo comparado com o tempo de vida do ser humano. Exemplo: água e madeira. 26) Rede urbana: urbana:  sistema formado pelas cidades e as ligações entre elas, se hierarquizando de acordo com sua complexidade. 27) Semiárido Semiárido::  região com longos períodos de seca, altas e baixa umidade relativapelas do ar.raízes das 28) temperaturas Sistema radicular: radicular :  sistema formado plantas. 29) Território Território:: “Porção da superfície terrestre delimitada por uma fronteira política ou submetida a um poder político” (DEMÉTRIO; ARAÚJ ARAÚJO, O, 2005). 30) Uti possidetis:  "Fórmula diplomática que estabelece o direito de um país a um território, baseada na ocupação pacífica dele" (DICIONÁRIO DE LATIM, 2015). 31) Xerófitas: Xerófitas: formação vegetal seca e espinhosa, resistente ao fogo e adaptada ao clima seco.

3. ESQU ESQUEMA EMA DOS CONC CONCEITOS-CHAVE EITOS-CHAVE O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo.

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Figura 1 Esquema de Conceitos-chave de Geografia Brasileira. Brasileira.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACIESP. Glossário de ecologia. ecologia. São Paulo: Academia de ciências do Estado de São Paulo, 1987. ALVARENGA, A. et al. Histórico, fundamentos filosóficos e teórico-metodológicos da interdisciplinaridade. In: PHILIPPI, A. et al. Interdisciplinaridade em ciência, tecnologia e inovação. inovação. Manole: São Paulo, 2011. CAPES. Interdisciplinaridade como desafio para o avanço da ciência e da tecnologia. In: PHILIPPI JUNIOR, A. et al. (Orgs). Coordenação de área interdisciplinar : catálogos de programa de pós graduação  mestrado e doutorado. Brasília: CAInter/Capes, CAInter/C apes, 2008. p. 2. 1 CD-ROM. COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro comum.. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, comum Vargas, 1991. DEMÉTRIO, M.; ARAÚJO, R. Geografia Geografia:: a construção do mundo. São Paulo: Moderna, 2005.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

NARVAES, P. Dicionário ilustrado de meio ambiente. ambiente. 2. ed. São Caetano do Sul: Yendis Editora; Secretaria Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2012. ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil . São Paulo: Edusp, 1998.

5. E-REFERÊNCIAS BRASIL. ANA – Agência Nacional das Águas. Missão Missão.. Disponível em: . br/Paginas/institucional/SobreaAna/abaservint er1.aspx>. Acesso em: 18 nov. 2015. DICIONÁRIO DE LA LATIM. TIM. Uti possidetis. possidetis. Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2015.

Lista de Figuras Figura 1  1  Regiões hidrográficas brasileiras. brasileiras. Disponível em: . Acesso em: 16 nov nov.. 2015. Figura 2  2 Litosfera terrestre. terrestre. Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2015. Figura 8  8  Médias de temperaturas entre 04/07/2011 e 08/07/2011. 08/07/2011. Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2015. Figura 9  9  Umidades relativas do ar . Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2015.

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UNIDADE 2 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS BRASILEIROS

Figura 10 Principais correntes marítimas do Brasil . Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2015. Figura 11  11  Massas de ar no Brasil . Disponível em: . Acesso em: 16 nov nov.. 2015. Figura 12  12  Climas do Brasil . Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2015. Figura 13 Biomas brasileiros. brasileiros. Disponível em: . figuras/bio_ecologia/biomas_brasileir os.gif>. Acesso em: 16 nov. 2015. Figura 14 Domínios morfoclimáticos do Brasil . Disponível em: . Acesso em: 16 nov n ov.. 2015.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GONZAGA, L.; DANTAS, Z. O Xote das Meninas. Meninas. RCA Victor, 1953. NARVAES, P. Dicionário ilustrado de meio ambiente. ambiente. 2. ed. São Caetano do Sul: Yendis Editora; Secretaria Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2012. ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil . São Paulo: Edusp, 1989.

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UNIDADE 3 CIDADES NO BRASIL

Objetivos • Conceituar cidades e espaço urbano. • Demonstr Demonstrar ar como surgiram as cidades brasileiras. • Entender os principais instrument instrumentos os de planejamento urbanístico.

Conteúdos

• Cidade e espaço urbano no Brasil. • Processo de urbanização no Brasil. • Instrument Instrumentos os de planejamento urbanístico.

Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:

1) Fique atento atento à formação das cidades brasileiras brasileiras e ao conceito de cidade, cidade, pois cada autor trata esses temas de diferentes formas. 2) Muitas informações informações apresentadas apresentadas são baseadas baseadas nos dados de institutos institutos de pesquisa oficiais. Busque sites sites como  como o IBGE, SEADE, entre outros, para obter maiores dados estatísticos e de censo sobre as cidades brasileiras. 3) Leia, ao final desta desta unidade, os materiais materiais do Conteúdo Digital Integrador ; eles possuem conteúdos complementares que o auxiliarão no entendimento entendiment o da matéria.

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UNIDADE 3 – CIDADES NO BRASIL

1. INTRODUÇÃO A cidade não é somente um conjunto de ruas, bairros, avenidas e construções. Ao analisar de forma holística, percebese que existe um aglomerado de partes e interações, contínuas e descontínuas, que fazem com que uma cidade seja uma cidade. As cidades existem desde a Antiguidade. Os primeiros indícios de aglomerados humanos que caracte caracterizam rizam as cidades datam de mais de 5 mil anos antes da era cristã. Para Benevolo (1983), a cidade nem sempre existiu. Ela é uma criação histórica particular que se iniciou num dado momento da evolução social, podendo ou não ter um fim. Não existe uma necessidade natural do surgimento de uma cidade, mas uma necessidade histórica.   A ideia da cidade nasce como um estabelecimento completo e integrado que contém estabelecimentos menores, com partes ou esboços parciais. Nela, ocorre o estabelecimento da sede da autoridade local. Segundo Carlos (2007), a cidade é o produto de um processo histórico de ações passadas, ainda construídas no presente, não sendo possível analisá-la de forma isolada da sociedade e o seu momento histórico. Nesta unidade, pretende-se fazer um apanhado de como surgiram as cidades no Brasil, como funciona sua hierarquia e sua rede urbana, assim como os instrumentos usados para seu planejamento e gestão.

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2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA O Conteúdo Básico de Referência  Referência  apresenta, de forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo Digital Integrador . 2.1. 2. 1. CIDA CIDADE DE E O ESPAÇO URBANO NO N O BRASIL BRAS IL O conceito de cidade não é claramente definido, por esse motivo, ainda é amplamente discutido. Mumford (1985) define a cidade como um local em que ocorre uma grande concentração de poder e cultura em uma comunidade. Wilheim (1982) descreve, ainda, a cidade como um ato de cultura devido à transformação de uma paisagem natural em um fato cultural, formada por um conjunto de atores, cenários e dramas, que se sobrepõe gerando empatia e conflitos, criando a cidade. Santos (1980) destaca que, em países industrializados, a cidade é parte integrante do território que a gerou, com suas inter-relações, inter -relações, história e economia; em países subdesenvolvidos, a cidade muitas vezes é um corpo estranho com relações descontínuas de espaço e de tempo no meio em que se insere. Segundo Rolnik (1997, p. 13): A história das cidades é marcada por eventos especiais ou corriqueiros que agem sobre a imensa inércia dos edifícios e das tradições. Podemos captar esse movimento de múltiplas formas: através da história social, na trilha dos sujeitos que a constituem; através da história intelectual, captando as ideias e conceitos que tecem sua cultura através da história de sua arquitetura e urbanismo, em uma cartografia de sua geografia construída pelo homem.

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Segundo Firkowski (2006), nas cidades são perceptíveis grandes contradições, violência, pobreza e exclusão, fruto de uma conversão e dispersão de fluxos econômicos e financeiros regidos pelo capitalismo atual. Rodrigues, Sousa e Bonifácio  Bonifácio  (1996) alegam que, para algumas concepções arquitetônicas, a cidade é uma estrutura material e conceitual que estrutur estruturaa aglomerações populacionais. Estas, por meio de sua dinâmica, adquirem um sentido, uma função e uma finalidade. Para Wilhein (1982, p. 17): As definições mais usuais de cidade, de autores europeus, baseiam-se no desenvolvimento histórico dos aglomerados urbanos: partem da aldeia neolítica e passam obrigatoriamente pelo burgo medieval. Em outros termos, a cidade moderna seria o resultado longínquo da função de auto-defesa da tribo e do ritmo cotidiano de ida ao campo e volta à cidade, ci dade, características características das primeiras fixações sedentárias neolíticas; seria ainda herdeira da estrutura dos burgos fortificados da Idade Média cujas formas e organicidade resultaram resultaram da defesa ocasional dos burgueses e dos camponeses que a ela acorriam e da criação de espaços correspondentes correspondentes a funções e hierarquias sociais típicas da Europa Medieval.

Lynch (1960), após realizar uma série de entrevistas, chegou à conclusão de que as pessoas possuem uma visão da cidade com base em cinco elementos: vias, limites, bairros, pontos nodais e marcos. 1) Vias Vias:: são ruas e avenidas nas quais ocorre a movimentação. 2) Limites Limites:: são os contornos perceptíveis, como construções e muros.

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3) Bairros: Bairros: são grandes áreas onde a população vive e circula. 4) Pontos nodais: nodais: são os pontos de convergências de pessoas, tais como praças. 5) Marcos Marcos:: são objetos peculiares presentes na cidade que podem servir como ponto de referência. referência. Para Wilhein (1982), os cidadãos enxer enxergam gam a cidade como uma paisagem cultural e construída, formada por superfícies, volumes, cores, elementos em ritmos repetidos, signos de comunicação, elementos fixos e animados, arquiteturas e elementos vivos. Apesar de George (1983) afirmar que é quase impossível definir o que é cidade, percebe-se que os conceitos apresentados mostram alguns pontos em comum. Segundo Benevolo (1983), as cidades evoluíram de aldeias que começaram a surgir durante o Período Neolítico, há cerca de 10 mil anos atrás. Antes disso, no Período Paleolítico, que teve início há cerca de 500 mil anos com o surgimento dos primeiros homens na terra, os antepassados do homem atual sobreviviam coletando seu próprio alimento e procurando abrigo no ambiente natural. Há cerca de 5 mil anos, com a necessidade de aumento da produção de alimentos para uma população especialista, como artesãos, guerreiros, sacerdotes, e com isso, uma maior organização social, as aldeias se transformaram em cidades, em planícies aluviais do Oriente Próximo, formando uma distinção entre cidade e campo. A cidade, dessa forma, é oriunda da aldeia. Por necessidade, ela começa a ter diferenciações no momento em que os não

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camponeses começam a realizar trabalhos ligados à indústria e serviços. Portanto, a cidade não é formada pelo crescimento de uma aldeia, mas sim do contras contraste te entre grupos sociais existentes nela. O conceito de cidade está relacionado às necessidades sociais de uma região e às conexões que esta faz, sejam elas econômicas, políticas, históricas ou outras. A cidade é um conjunto de elementos físicos e sociais, devendo ser estudada de forma ampla sobre seus aspectos físicos, relações sociais e modo de vida. As definições de cidade variam de país para país. Segundo o Conselho Europeu de Urbanistas (2003, p. 36), a cidade é um "estabelecimento comdeum certoestá grauligado de coerência coesão". No Brasil,humano o conceito cidade a divisõese políticas administrativas, sendo que toda sede de município é considerada uma cidade. Lencione (2008), ao analisar o conceito etimológico da palavra cidade, mostra que, no Brasil, ela possui variações semânticas que podem estar ligadas à população que reside na cidade, ao governo que atua nela e ao núcleo principal ou central de uma cidade. A mesma autora afirma que, além do conceito semântico da palavra, o termo cidade, no Brasil, inclui a presença de um mercado e de uma administração pública. Wilhein (1982) destaca que, no Brasil, o processo de formação das cidades ocorreu de forma diferenciada, não possuindo, na grande maioria dos casos, a fase de aldeia, nem a função medieval de burgo. Isso ocorreu devido à grande área ocupada pelo país e a população dispersa, deixando uma dicotomia entre quem trabalhava no campo e vivia em fazendas e quem morava na cidade e tinha funções urbanas.

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A cidade inicia-se por uma união de diferentes utilizações  justapostas  justapos tas entre si, tais como centro administra administrativo, tivo, comércio, serviços, residências, lazer, entre outros, distintas em formas e conteúdo social. Esse complexo conjunto de usos da terra forma a organização espacial da cidade ou do espaço urbano. O espaço urbano é um reflexo e ao mesmo tempo um condicionante social, estando em constante produção e reprodução, sendo fragmentada e articulada pelos agentes formadores do espaço, que possui cinco agentes sociais atuantes nesse processo: os proprietários fundiários, os grandes proprietários dos meios de produção, os promotores imobiliários, o Estado e os grupos sociais excluídos (CORRÊA, 1993). Para Carlos (2007), a formação e a ocupação do espaço urbano são um processo de reprodução do capital pela sociedade e da interligação entre a força de trabalho gerada por esse capital e a população consumidora de forma geral. O espaço urbano possui diversos espaços que estão interligados e formam uma rede urbana. Esses diferentes espaços, portanto, formam fragmentações do espaço urbano e se articulam, pois um espaço possui alguma relação com outro, seja essa relação de dependência ou interligação, formando, assim, as articulações do espaço. 2.2. 2. 2. PROCESSO DE URBANIZAÇ URBANIZAÇÃO ÃO NO BRASIL BRASI L O Brasil passou por um processo de urbanização que se intensifcou nas úlmas décadas. Os censos realizados mostram, cada vez mais, um aumento da população urbana em detrimento da população rural, rural, o que deixa deixa claro a persistência persistência do êx êxodo odo rural. Isso pode ser observado na Figura 1.

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Figura 1 Taxa de urbanização brasileira. brasileira.

A migração do campo para as cidades aumentou, especialmente, com a industrialização do país. A população migra especialmente, do campo para as cidades em busca de melhores condições de vida. Segundo Santos (1993, p. 11): O campo brasileiro moderno repele os pobres, e os trabalhadores da agricultura capitalizada vivem cada vez mais nos espaços urbanos. A indústria se desenvolve com a criação de pequeno número de empregos.

O tema da mudança do homem do campo para a cidade em busca de melhores condições de vida é algo recorrente na música e na literatura. O trecho a seguir é do livro Morte e Vida Severina,, de João Cabral de Melo Neto (1955, p. 26), e mostra Severina quando uma cigana lê a sorte de um menino recém-nascido. Enxergo daqui a planura que é a vida do homem de ofício, bem mais sadia que os mangues, tenha embora precipícios.

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Não o vejo dentro dos mangues, vejo-o dentro de uma fábrica: se está negro não é lama, é graxa de sua máquina, coisa mais limpa que a lama do pescador de maré que vemos aqui vestido de lama da cara ao pé. E mais: para que não pensem que em sua vida tudo é triste, vejo coisa que o trabalho talvez até lhe conquiste: que é mudar-se destes mangues daqui do Capibaribe.

O Brasil teve uma industrialização tardia. No período colonial, o país possuía pequenas indústrias, como os engenhos. A metrópole (Portugal) proibia produções no Brasil. Com a vinda da família real para o país, houve a implantação das primeiras indústrias, ainda pouco estruturadas, pois só tiveram maiores investimentos mais tarde, por parte dos grandes produtores de café, caf é, com o declínio da cafe cafeicultura. icultura. Após a Primeira Guerra Mundial e com a queda ainda maior do ciclo da cafeicu cafeicultura, ltura, começou um investimento investimento maciço na indústria. Em consequência disso, foram construídas diversas ferrovias para o escoamento de produtos. Com a indústria crescendo, surgiu a necessidade de mão de obra, intensificando a vinda de pessoas para as cidades,

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fazendo com que estas fossem crescendo em infraestruturas e em quantidade de pessoas. O crescimento das cidades acabou gerando diversas redes urbanas. Essas redes se estruturam e se hierarquizam de diversas maneiras. Um desses estudos de hierarquização urbana é definido pelo IBGE (2012) e divido da seguinte forma: 1) Metrópoles Metrópoles:: são 12 os principais centros urbanos com grande influência direta e projeção nacional. Esses centros urbanos podem ser divididos em: • Grande metrópole nacional: nacional: São Paulo, o maior conjunto urbano do país. • Metrópoles nacionais: nacionais: Rio de Janeiro e Brasília. • Metrópoles: Metrópoles: Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre. 2) Capital Regional: Regional: neste nível, constam 70 cidades com área de influência regional, sendo destino de diversos municípios para uma variedade de atividades. São divididas em: Capital Regional A, Capital Regional B e Capital Regional C, de acordo com o número de habitantes e número de relacionamentos. • Centro sub-regional: sub-regional: composto por 169 centros com atuação reduzida e relação normalmente estabelecida com as metrópoles nacionais. • Centro de zona: zona: formado por 556 cidades de menor porte. Possuem função de gestão elementar. • Centro local: local: cerca de 4500 cidades com centralidade e atuação somente municipal. A seguir, seguir, na Figura 2, veremos a divisão urbano regional.

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Figura 2 Divisão urbana regional .

Com as leituras propostas no Tópico 3.1, 3.1, você vai aprofundar seus conhecimentos sobre a cidade, o espaço urbano e o processo de urbanização no Brasil. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.

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2.3. 2. 3. INSTRUME INSTRUMENTOS NTOS DE PLANEJAMENTO PLAN EJAMENTO URBANÍSTICO URBANÍ STICO Nas cidades ocorrem a conversão e dispersão dos fluxos econômicos e financeiros que regem o capitalismo atual. Segundo Firkowski (2006), nas cidades também são perceptíveis grandes contradições, violência, pobreza e ex exclusão. clusão. Além desses conceitos e visões sociais e políticas, existe, também, o conceito ecológico da cidade. Esse sistema foi decorrente do que Oke (1981) definia como processo de urbanização, que consistia na conversão do meio físico natural para o assentamento humano, concomitantemente a drásticas e irreversíveis irrever síveis mudanças no uso do solo. projeto urbanístico bem planejado deve da ser região feito dee formaUm a garantir o desenvolvimento sustentável abordar os pilares social, econômico e ambiental, para que eles sejam pensados, discutidos e aplicados no projeto. Para que o urbanismo, e consequentemente o projeto urbanístico, seja sustentável, ele deve propor novas formas de apropriação do espaço, pensando sobre uma abordagem ampla e complexa, com sistemas cíclicos e em cadeia, visando a qualidade e a permanência da vida (SILVA; ROMERO, 2010). A cidade é um tecido denso e compacto com uma diversidade grande de usos e funções. Com isso, para o urbanismo sustentável, sustent ável, é necessário que sejam respeitadas condicionantes geográficas geográfic as e ambientais, nas escalas locais e regionais. Para que um projeto urbanístico seja sustentável, ele deve articular estratégias ecoenergéticas e da qualidade de vida, adequando, assim, difere diferentes ntes requisitos de susten sustentabilidade. tabilidade.

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De acordo com Acselrad (2004), as matrizes discursivas da sustentabilidade urbana devem considerar: a representação técnico-material da cidade, a cidade como espaço da qualidade de vida e a reconstituição da legitimidade das políticas urbanas, para isso, considera-se a racionalidade ecoenergética, o equilíbrio metabólico, a cidadania dos moradores, o patrimônio e a equidade. Para garantir que o processo urbanístico seja, no mínimo, sustentável e atenda as demandas das populações, existem alguns instrumentos de Planejamento Urbanístico. Um desses principais instrument i nstrumentos os é o Estatut Estatuto o da Cidade. Segundo Carvalho e Braga (2001, p. 111), o Estatuto da Cidade visa "regulamentar o capítulosuas da política urbana da Constituição Federal [...], estabelecendo diretrizes e regulamentando a aplicação de importantes instrumentos de gestão e reforma urbana". Seus principais objetivos são: "1) promover a reforma urbana e combater à especulação imobiliária; 2) promover a ordenação do uso e ocupação do solo urbano e; 3) promover a gestão gest ão democrática da cidade". O Estatuto da Cidade, Capítulo II, cita os seguintes instrumentos para o planejamento municipal: "a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual; f) gestão orçamentária participativa; g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de desenvolvimento desenvolvimento econômico e social;" (BRASIL, 2015). O Estatuto da Cidade, Lei n.º 10.257 de 10 de julho de 2001, cita, no segundo artigo, dois parágrafos que tratam do tema de sustentabilidade.

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Art. 2 A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento desenvolviment o das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: I – garantia garantia do direito a cidades sustentáveis, sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana,àao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; [...] VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade sustent abilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de influência; (BRASIL, ( BRASIL, 2015).

Outro instrumento de planejamento e gestão urbanística é o Plano Diretor. O Plano Diretor de Itajaí (2015) diz o seguinte: O Plano Diretor é uma lei municipal que estabelece diretrizes para a ocupação da cidade. Ele deve identificar e analisar as características físicas, as atividades predominantes e as vocações da cidade, os problemas e as potencialidades. É um conjunto de regras básicas que determinam o que pode e o que não pode ser feito em cada parte da cidade. ci dade.

O Plano Diretor considera os potenciais sociais, econômicos e ambientais que o município ofere oferece ce para superar os problemas ambientais. Ele visa garantir um uso democrático e sustentável dos recursos disponíveis e melhorar a qualidade de vida dos moradores e usuários, ordenando melhor o crescimento da cidade. Além disso, esse plano fornece orientação ao Poder Público, à iniciativa privada na construção dos espaços urbanos e rurais, bem como à oferta dos serviços públicos essenciais. Ele permite um planejamento territorial definindo a melhor forma

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de ocupar o município, convertendo a cidade em um benefício para todos e garantindo condições satisfatórias para financiar o desenvolvimento municipal. Além disso, segundo o Plano Diretor de Itajaí (2015), ele pode evitar estagnação econômica, calamidades públicas, uso indevido dos instrumentos urbanísticos e o desperdício de recursos. Segundo o site site   Jurisway (2015, n.p.), o Plano Diretor estabelece "a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsória, levando em conta a infra-estrutura e demanda para a utilização do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado". No Plano Diretor da cidade de São Paulo, a sustentabilidade também é tratada. Na versão de 2002, no art. abordados os objetivos do Plano, onde consta: "III 8,– são promover o desenvolvimento sustentável, a justa distribuição das riquezas e a eqüidade social no Município;" (SÃO PAULO, 2002). A versão do Plano Diretor de 2014 também aborda esse tema em muitas partes e sob vários aspectos. Cabe destacar os artigos que abordam as diretrize diretrizes: s: VII – utilização racional dos recursos naturais, em especial da água e do solo, de modo a garantir uma cidade sustentável para as presentes e futuras gerações; VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município; [...] XI – contribuir para mitigação de fatores antropogênicos que contribuem para a mudança climática, inclusive por meio da redução e remoção de gases de efeito estufa, da utilização de fontes renováveis de energia e da construção sustentável, e

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para a adaptação aos efeitos reais ou esperados das mudanças climáticas; [...] XIV – fomentar atividades econômicas sustentáveis, fortalecendo as atividades já estabelecidas e estimulando a inovação, o empreendedorismo, a economia solidária e a redistribuição das oportunidades de trabalho no território, tanto na zona urbana como na rural; (SÃO PAULO, 2014).

Apesar de os princípios do Plano Diretor 2014 não citarem sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável, eles abordam a função social da cidade, da propriedade urbana e rural, a equidade e a inclusão social e territorial, o direito à cidade, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e a gestão participativa, estando, dessa forma, alinhado com o tripé da sustentabilidade. O Plano Diretor é uma lei municipal e deve ser desenvolvida pelo poder público municipal, por meio de fóruns públicos nos quais devem ser consultadas as várias partes interessadas, tais como: o poder público, empresários, a comunidade, ONGs, entre outros, para garantir que sejam atendidas as necessidades de todos. Um último instrumento a ser estudado é o Zoneamento Ambiental. O Zoneamento Municipal tradicional refere-se ao zoneamento de uso e ocupação do solo (definição de áreas adequadas para uso residencial, industrial e comercial na cidade). Já o Zoneamento Ambiental, segundo Carvalho e Braga (2001), consiste em um avanço, pois objetiva estabelecer áreas especiais que visam a preservação, melhoria e recuperação ambiental, incluindo as APAs (Áreas de Proteção Ambiental) e as áreas verdes dentro do perímetro urbano.

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Segundo o Ambiente Brasil (2015), o zoneamen zoneamento to ambiental é definido como: […] a integração sistemática e interdisciplinar da análise ambiental ao planejamento do uso do solo, com o objetivo de definir a melhor gestão dos recursos ambientais identificados [...]. Trata-se da integração harmônica de um conjunto de zonas ambientais com seu respectivo corpo normativo.

Devido ao Decreto Federal n.º 4.297/2002, o Zoneamento Ambiental evoluiu para Zoneamento Ecológico Econômico. De forma prática, ele permite regular o uso e a ocupação do solo de forma técnica, econômica, social e ambiental, vetando, parcialmente ou totalmente, a realização de determinadas atividades. Além disso, permite gerenciar os interesses e as necessidades sociais e econômicas, integrando-as com as necessidades ambientais e as caracte características rísticas naturais do local. Além disso, permite o manejo e cria normas específicas para que os objetivos da unidade possam ser alcançados integrando preservação ambiental e necessidades socioeconômicas. Por meio do Zoneamento Ambiental, é possível a melhor gestão dos recursos naturais naturais e o manejo de UCs (Unidades de Conservação) para uso sustentável ou proteção integral.

Com as leituras propostas no Tópico 3.2, 3.2, você vai aprofundar seus conhecimentos sobre a cidade, o espaço urbano e o processo de urbanização no Brasil. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.  

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Vídeo complementar ––––––––––––––––––––––––––––––– Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o



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3. CONTEÚDO DIGIT DI GITAL AL INTEGRADOR O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensáve indispensávell para você compreender integralmente integralmente os conteúdos apresentados nesta unidade. 3.1. CIDADE E O ESPAÇO URBANO NO BRASIL E PROCESSO DE URBANIZAÇÃO NO BRASIL O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, montou um Atlas que mostra não somente o processo de urbanização no Brasil, como também aspectos demográficos. BRASIL. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas Estatística.  Atlas do censo censo demográfico demográfico 2010 2010.. Disponível em: . Acesso em: 17 nov. 2015. •

O livro Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, mostra a história de um retirante e toda a sua trajetória. O autor relata a saída do retirante do sertão para a cidade grande no litoral, na busca de melhores condições de vida. UNAMA – UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA. Morte e vida severina.. Disponível em: . Acesso em: 17 nov. 2015. O processo de urbanização está muito ligado ao aumento populacional das grandes cidades. Esses dois processos estão descritos no seguinte documento: IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.  Arranjos populacionais e Concentraç Concentrações ões urbanas no Brasil . Disponível em: . Acesso em: 3 dez. 2015. •

3.2. 3. 2. INSTRUME INSTRUMENTOS NTOS DE PLANEJAMENTO PLAN EJAMENTO URBANÍSTICO URBANÍ STICO Vimos no decorrer desta unidade que o Estatut Estatuto o das Cidades é um dos principais instrumentos de gestão e planejamento urbanístico em nível federal. Já em nível municipal é o Plano Diretor. A seguir, indicamos alguns links links para  para o aprofundament aprofundamento o de seus estudos. • BRASIL. Lei n.º 10.257, de 10 de julho de 2001. 2001. Regulamentaa os arts. Regulament ar ts. 182 e 183 da Constituição Federal, Federal, estabelece diretrizes diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 17 nov. 2015. • SÃO PAULO. Lei n.º 16.050, de 31 de julho de 2014. 2014. Aprova a Política de Desenvolvimento Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e revoga a Lei n.º 13.430/2002. Disponível em: . Acesso em: 3 dez. 2014.

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SILVA, G. J. A; ROMERO, M. A. B. Urbanismo sustentável no Brasil e a construção de cidades para o novo milênio. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL NUTAU, 2010.  Anais electrônicos   São Paulo: Núcleo de Pesquisa electrônicos Pesquisa em Tecnologia Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2010. Acesso em: 4 dez. 2015. UNAMA – UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA. Morte e vida severina. severina. Disponível em: . Acesso em: 17 nov nov.. 2015.

Lista de Figuras Figura 1  1  Taxa de urbanização brasileira. brasileira. Disponível em: . upload/conteudo/images/t axa%20de%20urbanizacao.jpg>. Acesso em: 17 nov. 2015. Figura 2  2  Divisão urbano regional . Disponível em: . Acesso em: 17 nov. 2015.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENEVOLO, L. História da cidade. cidade. Tradução de Silvia Mazza. São Paulo: Editora Perspectiva S.A., 1983. CARVALHO, P. F.; BRAGA, R. (Orgs.). Perspectivas de gestão ambiental em cidades médias.. Rio Claro: LPM-UNESP, médias LPM-UNESP, 2001. p. 111-119. CARLOS, A. F. A. (Org.). Os caminhos da reflexão sobre a cidade e o urbano urbano.. São Paulo: Edusp, 1994.  ______. O espaço urbano: urbano: novos escritos sobre a cidade. São Paulo: FFLCH, 2007. 123p. CORRÊA, R. L. O espaço urbano. urbano. 2. ed. Rio de Janeiro: Ática, 1993. CONSELHO EUROPEU DE URBANISTAS.  A Visão do Conselho Europeu de Urbanistas sobre as cidades do séc. XXI. XXI. Lisboa, 20 de Novembro de 2003. FIRKOWSKI, O. L. C. F. Urbanização, crise urbana e cidade no século XXI: um olhar a partir da realidade paranaense. In: SILVA, J. B.; LIMA, L. C.; DANTAS, E. W. C. (Orgs.). Panorama da geografia brasileira II. São II. São Paulo: Annablume, 2006. GEORGE, P. Geografia urbana. urbana. São Paulo: DIFEL, 1983. LYNCH, K. R. The image of city . Harvard-MIT: Joint Center, 1960. MUMFORD, L. A L. A cidade na história. história. São Paulo: Edusp, 1985.

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105

 

UNIDADE 3 – CIDADES NO BRASIL

OKE, T. T. R. Canyon geometry and the nocturnal urban heat island: Comparision of o f scale model and field observations. Journal observations.  Journal of climatology , New York, v. v. 1, n. 3, p. 237–254, 237–25 4, 1981. RODRIGU ES, M. J. M.; SOUSA, RODRIGUES, SOU SA, P. P. F.; F.; BONIFÁCIO, BONI FÁCIO, H. M. P. P. Vocabulário técnico e crítico de arquitectura.. 2. ed. Lisboa: Quimera, 1996. arquitectura ROLNIK, R. A R.  A cidade e a lei : legislação, política urbana e territórios na cidade de São Paulo. São Paulo: Studio Nobel/FAPESP, 1997. SANTOS, M. A M. A urbanização desigual: a especificidade do fenômeno urbano em países subdesenvolvidos.. Petrópolis: vozes, 1980. 128p. subdesenvolvidos  ______. A  ______.  A urbanização brasileira. brasileira. São Paulo: Edusp, 1993. WILHEIM, J. Projeto São Paulo: Paulo: propostas para a melhoria da vida urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. v. 62. (Coleção Estudos Brasileiros).

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UNIDADE 4 GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

Objetivos • Entender a dinâmica de produção produção agropecuária agropecuária no Brasil. • Compreender a dialética entre entre grandes grandes produtores produtores e pequenos produtores. produtores. • Conhecer fformas ormas de produção agropecuária sustent sustentável. ável.

Conteúdos

• Produções brasileiras. • Movimentos sociais no campo. • Agricu Agricultura ltura sustentável.

Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir: 1) Tente entender a relação do sistema de produções agrícolas no Brasil com a colonização. umacolônia grandenainfluência e uma manutenção dos sistemas produtivosExiste do Brasil atualidade. 2) Busque outras referências além da apostila. No Conteúdo Digital Integrador   temos algumas sugestões, mas não se limite a elas. Busque artigos acadêmicos e dados de fontes oficiais. 3) Um tema muito atual atual é a sustentabilidade sustentabilidade no campo. campo. Como os sistemas sistemas produtivos podem ser sustentáveis? No decorrer da unidade tente responder a essa questão.

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

1. INTRODUÇÃO Uma das principais transf transformações ormações ocorridas em períodos da pré-história que deram início aos primeiros agrupamentos humanos foi a sedentarização do homem.procurando O homem pré-histórico era nômade, vivia constantemente alimentos. Então, com a formação dos primeiros plantios, ele começou a criar vínculos com a terra. Cabe salientar que o processo de sedentarização do homem não se deve, exclusivamente, ao desenvolvimento desenvolv imento da agricultura, mas esse foi um fator importante importante e decisivo. O cultivo da terra é sempre presente presente na história do homem, a princípio, para alimentação e, posteriormente, para mercado. O cultivo, assim como a eterra, é sagrado em muitas religiões e consagrado na literatura na música. Porém, o estudo do meio rural é algo recente dentro da geografia, sendo enquadrado como geografia rural ou geografia agrária. Nesta unidade, será estudado um pouco desse ramo da geografia com enfoque na geografia rural brasileira.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA O Conteúdo Básico de Referência  Referência  apresenta, de forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo Digital Integrador . 2.1. 2. 1. PRODUÇÕES BRASILEIRAS BRASIL EIRAS Historicamente, o Brasil é um país agrário. Na colonização, Historicamente, houve diversos ciclos econômicos, e uma grande parte deles

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

era ligada a produções agrícolas e pecuárias. Fizeram parte da economia brasileira bras ileira a cana-de-açúcar cana-de- açúcar,, o café, as drogas do sertão, entre outros cultivos. O processo histórico agrícola foi marcado pelo sistema monocultural de produção até a modernização da agricultura com a "Revolução Verde", que gerou problemas ecológicos até então sem importância e aumentou a concentração de riquezas e disparidades regionais. Cabe salientar que dentro da geografa rural não estão inclusos somente temas ligados a agricultura, e sim todo o setor agropecuário, incluindo, por exemplo, a pecuária, aquicultura (criação de animais aquácos como camarões, lagostas e peixes) a silvicultura. A eseguir, o Quadro 1 apresenta o Censo Agropecuário do IBGE (2006), mostrando as áreas ulizadas em todo o setor agropecuário no Brasil. Quadro 1 Censo 1 Censo Agropecuário. Condição do produtor Ulização

Total Lavouras – permanentes Lavouras – temporárias Lavouras – área plantada com forrageiras para corte

110

Proprietário

Assentado sem tulação deniva

Arrendatário

Parceiro

Ocupante

310.515.259

5.758.341

9.055.047

1.985.839

6.365.552

10.865.646

224.624

183.646

155.026

250.210

37.383.442

771.649

4.446.951

908.049

1.098.952

4.026.167

58.116

56.892

9.443

53.156

 

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

Condição do produtor Ulização

Lavouras – área para culvo de ores (inclusive hidroponia e plascultura), viveiros de mudas, estufas de plantas e casas de vegetação Pastagens – naturais Pastagens  – plantadas plantadas degradadas Pastagens – plantadas em boas condições Matas e/ ou orestas  – naturais naturais desnadas à preservação permanente ou reserva legal Matas e/ ou orestas  – naturais naturais (exclusive área de preservação permanente e as em sistemas agroorestais) Matas e/ ou orestas  – orestas plantadas com essências orestais

Proprietário

Assentado sem tulação deniva

Arrendatário

Parceiro

Ocupante

90.376

1.398

5.355

840

2.638

54.193.453

818.513

1.449.481

166.146

1.005.596

9.355.696

224.930

121.699

19.511

183.778

88.346.711

1.245.461

1.300.187

419.472

1.191.430

48.313.012

915.288

691.529

81.188

932.719

33.576.137

1.014.364

394.586

90.067

981.706

4.525.323

20.514

92.500

49.386

46.496

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

Condição do produtor Ulização

Proprietário

Assentado sem tulação deniva

Arrendatário

Parceiro

Ocupante

Sistemas agroorestais agroorest ais – área culvada com espécies orestais 7.683.554 240.352 70.186 28.077 293.951 também usada para lavouras e pastoreio por animais Tanques, lagos, açudes e/ou área de águas 1.249.295 15.170 43.735 5.037 20.653 públicas para exploração da aquicultura Construções, benfeitorias ou 4.393.530 112.505 86.625 24.879 115.988 caminhos Terras degradadas (erodidas, 745.796 13.400 11.443 2.139 23.220 deserfcadas, salinizadas etc.) Terras inaproveitáveis para agricultura ou pecuária 5.769.272 82.127 100.269 26.600 165.197 (pântanos, areais, pedreiras, etc.) Fonte:: adaptado de IBGE – SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA SIDRA (2015b). Fonte

Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2015), a estimativa de produção é de 210,6 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas (algodão herbáceo, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja,

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, tricô e triticale). Sendo a produção por região conforme Figura 1, a seguir.

Fonte:: adaptado de IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2015). Fonte Figura 1 Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas por região região..

Os dados da produção agrícola no Brasil também incluem verduras e frutas. O Quadro 2 a seguir apresenta os principais produtos agrícolas em 2014. Por meio desse quadro, é possível verificar os principais produtos agrícolas cultivados e comparar a produção em diferentes regiões do Brasil.

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

Quadro 2 Safra 2 Safra agrícola em 2014. Área colhida em hectares Brasil Produto Total Abacaxi Algodão herbáceo Alho Amendoim (1ª Safra) Amendoim (2ª Safra) Arroz A Baveniaana Batata – inglesa (1ª Safra) Batata – inglesa (2ª Safra) Batata – inglesa (3ª Safra) Cacau Café arábica Café canephora Cana-deaçúcar Castanhade-caju Cebola Centeio Cevada Coco-dabaía

114

Região Norte

Nordeste

Sudeste

74512935 66544

3086748 18032

11599698 24974

14300844 18211

21166184 726

24359461 4601

1129399

4760

372953

32661

-

719025

9638

-

615

1650

4771

2602

126899

1002

2623

116299

5576

1399

16054

-

6012

9866

27

149

2340878

259382

528293

32844

1292460

227899

2 43 78 84 06 65 0

80950-

191301-

133 53 62 29 5

21 48 90 93 96 2

1 27 01 10 90 2

64863

-

1720

27160

35983

-

40510

-

2630

19827

17735

318

26685

-

2420

16530

-

7735

704122 1546090

133550 73

547422 133321

22262 1369460

35825

888 7411

451737

91936

36508

303318

-

19975

10437567

62756

1192919

6667584

715698

1798610

627137

3030

623445

-

-

662

59190 3082 89451

-

12449 -

9226 -

34960 2532 89451

2555 550 -

250554

23291

205784

19082

235

2162

 

Sul

Centro-Oeste

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

Área colhida em hectares Brasil Feijão (1ª Safra)

Região

1689030

47004

990776

220969

352442

77839

Feijão Safra) (2ª Feijão (3ª Safra) Fumo Girassol Guaraná Juta Laranja Maçã Malva Mamona

1304798

44969

550364

164705

315778

228982

191917

1082

86

103617

4956

82176

415842 115617 11348 769 680268 37041 5856 63498

215 4246 769 18064 5856 -

13126 6719 123524 43 61005

73 11810 473568 346 1385

402428 3312 56524 36652 156

100495 383 8588 952

Mandioca Milho (1ª Safra) Milho (2ª Safra) Pimentado-reino Sisal ou agave Soja Sorgo Tomate

1567683

521715

583474

137710

249258

75526

6071675

319660

1785618

1542665

2021651

402081

9360034

218454

710942

532891

1897569

6000178

19070

14319

2039

2680

1

31

156536

-

156536

-

-

-

30273763 840093 64363

1185540 25116 952

2580883 125701 13578

1929284 184258 27297

10557644 12976 9504

14020412 492042 13032

2834945 23111 78753

25

9895

148420 5260 8972

2663902 17851 59573

22623 288

Trigo Tricale Uva

Fonte:: adaptado de IBGE – SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA SIDRA (2015a). Fonte

Por fim, o Quadro 3 apresenta as áreas (em porcentagem) utilizadas em 2006 para todo o setor agropecuário.

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

Quadro 3  3  Área dos estabelecimentos agropecuários, em porcentagem. Agrícola

Pecuária e criação de outros animais

Produção orestal – orestas

Produção orestal – orestas

Pesca

Aquicultura

Brasil

29

66,47

plantadas 2,57

navas 1,66

0,11

0,18

Norte

19,46

74,85

1,66

3,2

0,53

0,3

Nordeste

34,22

59,99

2,76

2,69

0,06

0,27

Sudeste

35,59

59,04

4,19

1,03

0,02

0,14

Sul

48,75

44,42

6,12

0,57

0,01

0,13

Centro19 79,33 0,68 0,87 0,02 0,1 Oeste Fonte:: adaptado de IBGE – SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA SIDRA (2015b). Fonte

 

Com as leituras propostas no Tópico 3.1, 3.1, você vai acompanhar as influências da comunicação nas transformações transformações da sociedade. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.2. MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO No Brasil, os movimentos sociais no campo tiveram início na década de 1940 com as Ligas Camponesas. Esses movimentos buscaram a reforma reforma agrária, a melhoria das condições de trabalho e subsídios para iniciar o processo de produção agrícola. As Ligas Camponesas tinham grande influência do Partido Comunista Brasileiro e foram extintas no Golpe Militar de 1964. Com o fim da Ditadura, os trabalhadores rurais começaram a se reestruturar e fundaram o MST (Movimento dos Trabalhadores

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Rurais sem Terra), Terra), que busca a reforma agrária ag rária e a transformação social no campo. Muito se fala das ocupações o cupações do d o MST. MST. A ocupação é uma das etapas do processo de reforma agrária. O MST ocupa latifúndios grandes e terras improdutivas e, após a ocupação, pressiona o Estado para garantir infraestrutura básica.

Com as leituras propostas no Tópico 3.2, 3.2, você vai aprofundar seus conhecimentos sobre os movimentos sociais no campo.

2.3. 2. 3. AGRICULTURA SUST SUSTENTÁ ENTÁVEL VEL O conceito de sustentabilidade se apoia em três pilares básicos: o ambiental, o social e o econômico. Com base nessa afirmação, pode-se inferir que, para realizar qualquer estudo de sustentabilidade, sustent abilidade, é necessário que se pense em várias disciplinas, pois se deve levantar aspectos das ciências humanas, exatas, biológicas e, muitas vezes, até mesmo de senso comum. Temas como sustentabilidade e meio ambiente têm sido extremamente discutidos devido a problemas como alterações climáticas, escassez de água e destruição de recursos naturais. Assim, fica claro que os problemas ambientais muitas vezes são problemas sociais. Grande parte do impacto ambiental negativo causado pelo homem teve início com a Revolução Industrial. Por meio de revoluções políticas e tecnológicas, a Revolução Industrial

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

marcou o surgimento do capitalismo industrial e a sobreposição definitiva das questões econômicas sobre as questões ambientais. Pensar em novas formas de consumo que impactem i mpactem menos o ambiente é algo essencial para a manutenção das necessidades mínimas das próximas gerações. gerações. O conceito de sustentabilidade nasceu do relatório de Brundtland em 1987, por meio de um documento intitulado Our Common Future  Future  ou Nosso Futuro Comum, Comum, publicado pela ONU  – Organização Organização das Nações Unidas, que cita a necessidade necessidade de um desenvolvimento sustentável. Desenvolvimento Sustentável é, segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1991), o desenvolvimento que visa suprir as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem atendere m às suas necessidades. Narvaes (2012) analisa o desenvolvimento sustentável como uma proposta que parte do princípio da finitude dos recursos naturais e de seu uso controlado para o desenv desenvolvimento olvimento econômico, social, cultural e científico das gerações atuais e das gerações futuras. Relaciona-se com o conceito de sustentabilidade, que é um conjunto de práticas e ações que visam a manutenção dos recursos de um sistema ou processo, de forma que esses não sejam utilizados ao esgotamento, presumindo a extração e a regeneração desse recurso. A sociedade moderna cria um parâmetro de consumo e produção extremamente capitalista, que não leva em consideração nem a sociedade e nem o meio ambiente. Muitas vezes se produz muito sem o desenvolvimento econômico estar

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

alinhado com a produção ambientalmente correta correta e socialmente  justa. O sistema industrial recente privilegia uma produção em larga escala, abrangendo, também, a agricultura. Questionamentos como técnicas modernas de produção versus versus   técnicas primitivas e tradicionais ainda são uma problemática da sustentabilidade. No passado, discutiu-se a possibilidade de acabar com a fome por meio de uma revolução tecnológica no campo, porém, atualmente, percebeu-se um aumento da desigualdade com a Revoluç Revolução ão Verde. Verde. O modo de vida no campo se altera juntamente com as alteraç alterações ões tecnológicas e industriais, sendo, muitas vezes, o núcleo campestre familiar explorado por esse sistema. Diante desse contexto, a ideia de agroecologia como uma abordagem multidisciplinar gera um modelo de agricultura sustentável, que agrega sistemas agrícolas complexos integrados ao sistema ecológico e inclusão social, sendo os agricultores agentes e construtores do seu desenvolvimento com abordagem agroecológica. Para isso, deve-se levar em consideração a realidade local, buscando não somente um desenvolvimento econômico, mas um desenvolvimento sócio-cultural e ambiental com atuações nas comunidades. A agroecologia possui um forte caráter transformador, com grande potencial político, econômico e social. A gestão territorial, territorial, de forma participativa, pode colaborar para um desenvolvimento sustentável. Apesar dos avanços tecnológicos no campo, a agricultura ainda é dependente dos fatores ambientais. Portanto, uma agricultura alternativa visa um baixo impacto ambiental negativo negativo e rendimentos próximos aos rendimentos da agricultura

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UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL

convencional. Os métodos de agricultura alternativa surgem como uma resposta ao esgotamento do modelo agroquímico e tenta resgatar os conceitos anteriores de produção agrícola respeitando as leis da natureza. Com isso, surge a ciência da agroecologia, que procura entender o funcionamento do agroecossistema, ampliando a sua biodiversidade e produzindo de forma sustentável. Para um agrossistema sustentável é necessária, sob a óptica da agroecologia, a adoção de princípios de menor utilização de insumos externos e a conservação dos recursos naturais, utilizando uma metodologia própria e avançada para a criação desse tipo de agroecossistema, muitas vezes, rompendo com o paradigma químico-mecânico. Agricultura sustentável é aquela que atende a critérios como baixa dependência de insumos comerciais, uso de recursos renováveis locais, aceitação e tolerância das condições ambientais locais, manutenção da capacidade produtiva ao longo do tempo, utilização da cultura e do conheciment conhecimento o popular local l ocal e produção de mercadorias para consumo interno e externo, causando impactos ambientais positivos no ecossiste ecossistema. ma.  

Com as leituras propostas no Tópico 3.3, 3.3, você saberá mais sobre agricultura sustentável.

Vídeo complementar ––––––––––––––––––––––––––––––– Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. •

120

Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o

 

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nível de seu curso (Pós-graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). Por m, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.

 ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––  ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– –––––

3. CONTEÚDO DIGIT DI GITAL AL INTEGRADOR O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensáve indispensávell para você compreender integralmente integralmente os conteúdos apresentados nesta unidade. 3.1. 3. 1. PRODUÇÕES BRASILEIRAS BRASIL EIRAS Diversos dados sobre produções agropecuárias no Brasil estão disponíveis no site site do  do IBGE. Para aprofundar seus estudos sobre o tema, seguem alguns links links:: IBGE – SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA SIDRA. Homepage Homepage.. Disponível em: . Acesso em: 8 dez. 2015. BRASIL. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo agropecuário 2006. 2006. Disponível em: . Acesso em: 8 dez. 2015. agropecuaria/censoagro/>.  ______. Mapas temáticos da agricultura. agricultura. Disponível em: . Acesso em: 18 nov. 2015.

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3.2. MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO O principal movimento social no campo exist existente ente no Brasil é o MST. Conheça mais sobre o assunto nos links links   indicados a seguir: •





MST – MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA. Homepage Homepage.. Disponível em: . Acesso em: 8 dez. 2015. YOUTUBE. Quebrando preconceitos: preconceitos: o que é e o que quer o MST. Disponível em: . Acesso em: 8 dez. 2015.  ______. Hino do MST . Disponível em: . Acesso em: 8 dez. 2015.

3.3. 3. 3. AGRI AGRICULTURA CULTURA SUSTE S USTENT NTÁVEL ÁVEL A agricultura foi algo muito importante na história do homem, pois permitiu que ele se estabelecesse numa região. Paraa entender melhor sobre esse tema, assista ao vídeo indicado Par a seguir: •

YOUTUBE. O neolítico e a revolução agrícola. agrícola. Disponível em: . Acesso em: 18 nov. 2015.

Um modelo de agricultura sustentável é a agroecologia. O vídeo indicado a seguir apresenta como funciona esse sistema: YOUTUBE.Ecoideias YOUTUBE. Ecoideias-01/06/2014–agroecologia. agroecologia. Disponível em: . . Acesso Acesso em: 18 nov. 2015. •

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Outras formas de agricultura sustentável estão disponíveis no site site do  do Ecoideias indicado a seguir. Ecoideias. Homepage Homepage.. Disponível em: . Acesso em: 18 nov. 2015. •

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em responder às à s questões a seguir, você deverá revisar revisar os conteúdos conteúd os estudados para sanar as suas dúvidas. 1) A agricultura foi foi um importante importante fator para a criação criação de cidades durante durante a pré-história, pois permitiu ao ahomem. a) Estabelecer vínculos com paisagem local. paisagem b) Criar formas de diversificar diversificar produções. c) Permitir o controle controle de produções produções pelo Estado. Estado. d) A sedentariz sedentarização ação do homem. e) N.D.A. 2) Os movimentos movimentos sociais sociais rurais rurais tiveram tiveram início com: a) As Ligas Camponesas Camponesas durante durante a Ditadura Ditadura sob a influência do Partido Partido Comunista. b) Na década década de 1980, com a redemocratizaç redemocratização. ão. c) Entre 1940 e 1960, com com as Ligas Camponesas d) Com a criação do MST MST.. e) Com os movimentos operários rurais, que buscavam somente a reforma agrária. 3) O que é agroecologia? a) É um modelo de agricultura sustentá sustentável, vel, que agrega agrega sistemas sistemas agrícolas complexos complex os integrados ao sistema ecológico e à inclusão social. b) É um sistema de produção sustentável sustentável em larga escala, adotado em grande parte do território nacional.

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c) É um sistema utópico, com poucos poucos estudos estudos práticos. práticos. d) É um sistema sistema ecológico de de plantio, que visa a não não degradação degradação do meio ambiente. e) N.D.A.

Gabarito Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas propostas: 1) d. 2) c. 3) a.

5. CONSIDERAÇÕES A ideia do plantio conservando a natureza foi perdida com o sistema de produção capitalista, que visava o máximo da produção em detrimento ao meio ambiente. Porém, atualmente, percebeu-se a irracionalidade desse sistema e a real necessidade de se produzir e conservar. O modelo atual de agricultura é insustentável, sendo necessária uma mudança rápida para um sustentável, com uma agricultura de base ecológica quesistema incorpore as ideias de justiça social e de proteção ambiental. Os desafios para essa transição são grandes e complexos dependendo da capacidade de diálogo e de aprendizagem coletiva, considerando os aspectos práticos e relevantes da sustentabilidade.

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6. E-REFERÊNCIAS Figura Figura 1 Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas por região. região . Disponível em: . Acesso em: 9 dez. 2015.

Sites pesquisados AMBIENTE BRASIL. Homepage Homepage.. Disponível em: . Acesso em: 8 dez. 2015. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. LSPA LSPA:: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola Mensal.  Mensal.   Disponível em: . Acesso em: 9 dez. 2015. IBGE – SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA SIDRA. Levantamento sistemático da produção agrícola. agrícola. Disponível em:
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