- 1 - Curso Básico de Análise Gráfica I e II
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Facil para iniciante os principios da analise tecnica!!...
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Curso básico de análise gráfica
Marcio Noronha
ESTOPE: sua garantia de sobrevivência no mercado Apesar deste assunto precisar de poucas linhas para ser explicado, as implicações que carrega consigo mereceriam um curso ou um livro inteiro. Estope, da palavra inglesa “stop”, significa parar. Na análise gráfica, um nível de preço ou valor que, quando alcançado, revela que a estratégia operacional utilizada numa operação de compra ou venda está saindo fora do previsto e deve ser interrompida. O objetivo do seu uso, num primeiro momento é resguardar seu capital, com uma pequena perda, para que possa voltar ao mercado num outro momento que julgue adequado. Num segundo momento, se a sua operação inicial estiver evoluindo favoravelmente, sua função passa a ser a de proteger uma parte dos lucros auferidos até aquele momento. Estas são as suas aplicações mais comuns. Algumas vezes também é utilizado para iniciar uma operação. Imagine que tivesse preparado uma estratégia para comprar/vender um determinado ativo e que a condição de compra/venda implicasse na 1 ultrapassagem/penetração da máxima/mínima da barra do dia anterior . Você pode deixar esta ordem com o seu corretor e ele vai acompanhando o mercado diariamente até que a condição seja atingida e a ordem executada, ou você pode cancelá-la antes da sua execução. Nas bolsas americanas, uma ordem de compra deste tipo é chamada de “trailing buy-stop technique” e a de venda “trailing sell-stop technique”. O que nos importa, entretanto são as duas primeiras. Esta última é apenas uma técnica de entrada no mercado. Acredito que a maioria de vocês que já operaram, já sentiu na mente e no bolso o que é fazer uma investida no mercado e depois ficar vendo seu capital se evaporar, na maioria das vezes inertes, “congelados” como se diz na gíria do mercado. Dependendo do mercado que estiver operando, um engano deste tipo pode lhe deixar completamente travado e muito tempo terá que passar até que tenha o seu capital de volta. Em outros casos mais extremos, pode consumir todo seu capital e ainda deixá-lo endividado – já vi muitos assim, inclusive fui um deles! Quando você é um principiante, isto ocorre por ignorância! Quando toma ciência de que pode utilizá-lo e não o faz, é indisciplina! Em teoria, parece fácil adotar a postura de colocar um estope e cumpri-lo. Na prática, não é tão fácil assim. Relutamos em reconhecer quando estamos errados, principalmente porque quando acontece, já estamos perdendo algum dinheiro e fica sempre a esperança de que o mercado possa retomar a direção da nossa operação e recuperarmos o dinheiro que estamos perdendo naquele momento. Não sei por que razão, talvez porque os principiantes geralmente ingressem no mercado próximo do final de um ciclo de alta, motivados pela mídia, as primeiras operações acabam dando certas, isto é, ocorre um prejuízo inicial e alguns dias depois o mercado volta a subir e fica tudo em ordem. Mas, é só uma questão de tempo! Daqui a pouco, já mudou sua posição e, subitamente, quando se dá conta, o lucro da primeira operação já foi para o espaço, o prejuízo já está enorme e só lhe resta rezar. Desnecessário dizer, mas este tipo de coisa só acontece devido ao desconhecimento que temos sobre o tabuleiro do jpgo e o funcionamento do mercado. Se você não tem uma idéia sobre onde está, não sabe para onde ir! É mais ou menos como navegar tendo como referência às estrelas ou navegar usando uma bússola e um sextante. Um intui e outro tem certeza! Apesar da importância, também não pretendo me alongar muito. Mais adiante, quando estivermos trabalhando na metodologia operacional, este assunto será visto cuidadosamente. Por ora, fixe o seguinte: Estope de entrada ou inicial: é um nível de interrupção do prejuízo quando uma estratégia operacional previamente definida e concretizada não evolui conforme esperado. Estope de proteção (dos lucros): depois que tiver iniciado uma operação, se ela seguir evoluindo dentro do esperado, o estope de entrada deve ser deslocado, assim que for possível, para um valor na mesma direção da sua operação, que lhe permita sair com algum lucro, ainda que o mercado comece a se movimentar na direção contrária à sua operação.
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Estas estratégias serão explicadas adiante.
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Introdução Nos anos iniciais da minha atividade bursátil achava que o sobe desce dos preços das ações estavam diretamente relacionados com os seus fundamentos. O fato de uma empresa mostrar bons resultados e sinalizar uma trajetória futura favorável deveria se refletir numa subida dos preços e viceversa. No mundo real, entretanto, muitas vezes a coisa não funcionava assim. Na busca de uma resposta, a minha visão sobre o mercado de ações começou a mudar em 1984, quando tive a oportunidade de ler o livro de Joseph Granville intitulado “GRANVILLE’S New Strategy of Daily Stock Market Timing for Maximum Profit”2. Ao término da leitura da primeira página, já havia começado a ver o mercado por um outro prisma. De fato, logo na primeira frase percebi que havia algo novo quando li que “O mercado de ações é um jogo. Todas as referências sobre a situação dos negócios, lucros das empresas, liquidez, taxas de juros, etc. são estratégias do mercado para criar armadilhas aos jogadores que ficam atentos a esses fatores, freqüentemente estranhos, ilusórios, sobre o que o mercado está preste a fazer”. Foi um curto-circuito nas minhas crenças! Decidi, então, estudar análise técnica. Na falta de literatura em português comecei a comprar livros americanos e, aos poucos, fui me auto-educando. Comecei pelo livro do Murphy 3, uma obra bastante abrangente e de leitura muito fácil. Sendo um tipo de enciclopédia sobre análise técnica, tomei contato com uma série de teorias e ferramentas que, salvo as técnicas do Ponto-Figura e a do Índice de Força Relativa, nunca ouvira falar. Depois, aos poucos, fui importando livros específicos sobre os principais temas que conheci na obra do Murphy. Meu processo de aprendizado durou cerca de dez anos, durante os quais, tudo o que assimilei foi posto em prática. Tentava um método e não dava certo. Tentava um novo e o resultado se repetia. Assim foi ao longo daqueles anos... Uma seqüência de tentativas frustradas. Não culpo os métodos nem as técnicas por estes desastres sucessivos. Certamente, a culpa foi minha. Hoje, quando olho para trás, percebo que meu erro básico foi de postura. Não me lembro, realmente, se em algum dos livros sobre os quais me debrucei, li alguma coisa sobre seguir o mercado colocado de maneira enfática. Até onde me lembro, todas as teorias e técnicas que aprendi estavam dirigidas para antecipar o que o mercado iria fazer, melhor dizendo, para prognosticar o movimento do preço antes que ele ocorresse. Tudo estava direcionado para formar uma opinião sobre o mercado. Outro aspecto que gerou muita confusão foi o conhecimento e o uso de muitas ferramentas em busca de uma harmonia. Nunca encontrei esta harmonia, quando um indicador dizia pau o outro dizia pedra. Mas, é fácil de entender o porque dessa falta de sintonia. Basicamente, existem dois tipos de indicadores: os rastreadores de tendência (o MACD, Movimento Direcional, o Parabólico, as Médias Móveis, etc.) e os osciladores (o ÍFR, o Estocástico, o Momento, o William %, etc.). Como cada um deles é construído com lógicas diferentes e seus autores recomendam que sejam usados com determinados defaults, rastreiam e oscilam em tempos diferentes. Assim, enquanto um oscilador pode estar sobrecomprado, no mesmo instante um outro pode estar sobrevendido. Então, qual é o que está certo? Em qual se pode confiar? Qual a periodicidade ideal? O mesmo vale para os rastreadores. O MACD já pode ter sinalizado compra 2
Nota do autor: em 1986, lancei a tradução desta obra em português com o título de “Timing – A Nova Estratégia Diária de Maximização dos Lucros no Mercado de Ações”. 3 John J. Murphy – “Technical Analysis of the Futures Markets”
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enquanto o Movimento Direcional ainda não. Se esperar que ambos entrem em sintonia, pode ser tarde para um deles. Enfim, convivi durante anos com estes e outros tipos de problemas, sobre os quais não vejo necessidade de me alongar. Após muitos anos marcando meus gráficos manualmente com lápis e papel apropriado, já tinha adquirido uma grande intimidade com a análise gráfica. Sabia definir os níveis de suporte e resistência, bem como, traçar as linhas de tendência significativas com perfeição. Apesar disso, não era por aí que tomava as minhas decisões, ou melhor, o gráfico era determinante apenas quando conseguia identificar um padrão de reversão ou de continuação, sem dar a devida importância à teoria de Dow. Preferia avaliar o mercado através das teorias e ferramentas usando o gráfico apenas para determinar o ponto de entrada. A primeira vez que ouvi falar em Simetria foi em 1994, quando acidentalmente, tive a felicidade de tomar contato com o livro “The Adam Theory of Markets or What Matters is Profit” escrito por Welles Wilder Jr. Naquela época, já havia notado nos meus gráficos uma tendência a repetição, no sentido inverso, toda vez que um movimento se invertia. Melhor dizendo, notava que a maioria dos gráficos tinham uma propensão a formarem topos e fundos em forma de “V” ou de “V invertido”. Entretanto, não sabia o que fazer com aquilo, nem como tirar algum proveito em termos operacionais. Ao ler o livro descobri que aquilo que eu apenas via como uma coincidência, tinha servido de base para uma nova abordagem gráfica, transformado numa nova teoria denominada de “Adam Theory” 4 ou método da Reflexão Dupla. E mais ainda, sabia agora o que procurar nos gráficos! Depois de experimentar esta técnica durante um tempo, desenvolvi uma variante que denominei de “Simetria Sanfonada”, de onde se originou este curso. Extremamente simples na sua aplicação, é mais fácil ainda nos seus critérios de compra e venda. Além disso, quase não necessita de indicadores complementares, apenas índices setoriais para dar uma idéia geral dos diferentes cenários do mercado. Embora a Bovespa não dispusesse de índices setoriais para todos os setores, o uso da linha de avanço e declínio me permitiu desenvolver índices para todos os setores de um modo bem simples e totalmente confiável, como veremos mais adiante. Este curso, embora muito simples, em tese não deveria ser para leigos. Seria preciso que já tivesse algum conhecimento prévio, principalmente de análise gráfica. Como não tem, decidi ministrá-lo virtualmente para que no futuro esteja preparado para fazer o meu curso avançado ou qualquer outro que deseja participar. Marcio Noronha
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A Teoria de Adam
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O Básico Este curso foi projetado com o objetivo de prepará-lo para decidir o melhor momento para comprar, vender ou ficar de fora de uma ação, utilizando apenas alguns recursos proporcionados pela análise gráfica e umas poucas ferramentas complementares . Mas, antes de iniciar o curso, será necessário que aprenda o que é ou representa uma ação e algumas particularidades sobre elas, pois afinal de contas elas serão o principal objeto deste curso, a nossa ficha de jogo!. Ações: São títulos de renda variável, emitido por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emitente . Podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados. O investidor em ações é um co-proprietário da sociedade anônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão. Exemplo: Suponha que você e seus amigos pretendam fazer um investimento para criar um site na Internet voltado para o mercado financeiro denominado Aplicar.com e, para tal, desejem criar uma empresa. O valor do investimento a ser efetuado será o capital social da empresa. Mas, como cada um dos amigos deseja investir valores diferentes resolveu-se dividir o capital por um número determinado de unidades iguais. Assim, cada um dos investidores terá um número determinado de unidades, representativas da proporção do seu investimento. Supondo que o investimento inicial seja de R$100.000,00 dividido em 100 partes iguais, podemos dizer, então, que cada uma das 100 ações desta empresa vale R$1.000,00, ou que o capital social desta empresa es tá representado por 100 ações * no valor de R$1.000,00 cada uma. Além disso, imaginando que no futuro as ações dessa empresa serão negociadas na Bolsa de Valores em busca de novos sócios e recursos mais baratos do que recorrer ao sistema bancário em geral, os sócios -fundadores decidiram dividir o capital social da empresa em ações do tipo ordinárias e preferenciais de mesmo valor. Assim, a cada ação ordinária corresponde uma ação preferencial e o capital social da empresa ficou representado por 50 ações ordinárias e 50 ações preferenciais. As ações Ordinárias proporcionam aos seus detentores uma participação nos resultados da empresa e conferem ao acionista o direito de voto em assembléias gerais, portanto conferem direito de mando na empresa. As ações Preferenciais garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído às ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade.
Aplicar.com
Capital social: R$100.000,00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
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O quadrado externo (o todo, a linha mais espessa), ao lado, representa a 100% do capital social da empresa Aplicar.Com, dividido em 100 partes (ações) no valor de R$1.000,00 cada, com 50 ações do tipo ordinária e 50 ações do tipo preferencial.
Cada quadrado interno representa 1/100% do capital social, no caso representado por uma ação no valor de R$1.000,00.
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Uma vez criada a empresa, suponhamos que tenham sido atendidos junto aos órgãos competentes todos os requisitos para que a ela possa, a partir de agora, ter as suas ações negociadas na Bolsa. A forma de negociação será por transferência escritural. Também poderia ser Nominativa. O que distingue uma da outra é que as Ações Escriturais não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como uma conta corrente, na qual os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas, não havendo movimentação física dos documentos, ao passo que as Ações Nominativas são cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emitente, identificando o novo acionista. As ações apresentam uma rentabilidade variável. Parte dela, composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa, advém da posse da ação; outra parte advém do eventual ganho de capital na venda da ação. Dividendos - A participação nos resultados de uma sociedade é feita sob a forma de distribuição de dividendos em dinheiro, em percentual a ser definido na Assembléia Geral Ordinária de Acionistas, de acordo com os resultados obtidos pela empresa em determinado período. Bonificação em Ações - Advém do aumento de capital de uma sociedade, mediante a incorporação de reservas e lucros, quando são distribuídas gratuitamente novas ações a seus acionistas, em número proporcional às já possuídas. Direitos de Subscrição - É o direito de aquisição de novo lote de ações pelos acionistas - com preferência na subscrição em quantidade proporcional às possuídas, em contrapartida à estratégia de aumento de capital da empresa. Venda de Direitos de Subscrição - Como não é obrigatório o exercício de preferência na subscrição de novas ações, o acionista poderá vender a terceiros, em bolsa, os direitos que detém. Agora que já tem uma noção do que representa uma ação e de algumas das suas principais características, podemos seguir adiante. Imagine que hoje se dará a estréia da ação da Aplicar.Com no pregão. Para efeito de acompanhamento registraremos a evolução dos negócios através de um gráfico em que o eixo vertical representa uma escala dos preços de negociação e o eixo horizontal a seqüência temporal dos negócios, conforme representado a seguir:
No final do primeiro dia de negociação, a ação da Aplicar.Com registrou 11 negócios na seguinte seqüência de preço:
Escala do Preço
1.003,00 1.002,00 1.001,00 1.000,00 999,00
•
•
•
•
• •
•
•
•
•
•
Escala do Tempo o
o
o
o
o
o o
o
o
o
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Seqüência dos negócios
o
Primeiro negócio:
1.000,00
Segundo negócio:
1.001,00
Terceiro negócio:
1.000,00
Quarto negócio:
999,00
Quinto negócio:
1.000,00
Sexto negócio:
1.000,00
Sétimo negócio:
1.001,00
Oitavo negócio:
1.002,00
Nono negócio:
1.003,00
Décimo negócio:
1.002,00
Último negócio:
1.001,00
A partir deste momento, deparamo-nos com o problema que todo e qualquer investidor tem, ou seja, avaliar de algum modo se o preço destas ações, agora cotadas em bolsa, está caro ou barato, se vai permanecer onde está, se vai subir ou se vai cair. Existem várias maneiras de fazer esta análise, mais duas possuem mais seguidores: a análise técnica e a análise fundamentalista.
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Embora ambas tentem resolver o mesmo problema da direção do preço, elas diferem na sua forma de avaliação. A escola fundamentalista estuda as causas do movimento do preço, enquanto a escola técnica estuda os efeitos. O analista técnico argumenta que os efeitos são tudo que ele quer ou necessita saber e que as razões pelas quais os preços se movimentam são desnecessárias. O analista fundamentalista, por outro lado, sempre tem de saber o porquê. A escola fundamentalista trabalha com dados provenientes do estudo econômico-financeiro da empresa dentro do cenário micro e macro econômico, eventualmente, associado ao cenário internacional, enquanto a escola técnica trabalha com dados disponibilizados pela movimentação dos preços e volumes, utilizando gráficos, teorias e indicadores matemático-estatístico a eles relacionados.
Especulador Fundamentalista
Técnico
Investidor de longo prazo
Investidor de médio prazo
PREÇO
Leigo
Insider
Profissional
Sendo as Bolsas locais onde os preços se formam livremente pelo enfrentamento entre as forças da oferta e da procura, o técnico assume que tudo que lhe interessa analisar é o movimento do preço, na medida em que ele embute a atuação e a expectativa de todos os agentes que participam do mercado. Colocando de outro modo, para o técnico o preço é a resultante de todas as forças que atuam no mercado. Ao interpretá-lo detectará a força predominante. Assim, por exemplo, um investidor que tenha acesso a algum tipo de informação privilegiada sobre uma determinada empresa e decidir tirar partido dessa informação, dificilmente não terá sua atuação detectada pelo analista técnico, muito embora este não saiba o motivo nem quem está agindo. Mas, o para o técnico, o que importa não é o motivo e sim o seu reflexo no preço.
Ao longo dos últimos anos ministrei vários cursos de análise técnica tomando por base o modelo convencional adotado por todos os cursos de análise técnica, começando pela sua origem, seguindo pela apresentação de algumas das várias teorias, deixando para o final a parte prática que, pela escassez do tempo nunca foi totalmente dissecada. Na verdade, aquilo tudo me incomodava muito, pois achava muita coisa desnecessária, mas era aquilo que os alunos esperavam encontrar num curso de análise técnica. Neste, decidi rasgar a fantasia e cair na realidade daquilo que acho necessário para que uma pessoa possa ter um desempenho satisfatório em qualquer mercado onde os preços se formem livremente através da oferta e da procura. Para que este objetivo se torne possível será necessário que aceite como “dogma” que este tipo de mercado, onde os preços se formam livremente, nada mais é do que um jogo onde os ativos nele negociados são fichas. A única exigência prévia é que estas fichas sejam amplamente negociadas (que tenham liquidez). Assim como num jogo de xadrez ou de dama, o nosso jogo também será jogado num tabuleiro. Só que o nosso tabuleiro será limitado por um eixo vertical de preço e outro horizontal de tempo, onde as linhas horizontais imaginárias serão obstáculos a serem transpostos e as diagonais nossas vias de locomoção. Nossas peças serão sempre as mesmas: barras de preços. Elas poderão se mover para cima, para baixo ou lateralmente, sempre em direção à direita.
P R E Ç O
TABULEIRO
TEMPO
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O que é uma barra de preços? Uma barra de preços, simbolizada por uma barra vertical, é o registro pictográfico da atividade do preço de um ativo financeiro durante um período, onde cada preço é um consenso momentâneo de valor de todos os participantes do mercado, expresso em movimento. Voltemos ao primeiro dia de negócios com as ações da Aplicar.com
Máx = 1003
Fech = 1001 Abert = 1000 Mín = 999
Cada barra de preço fornece alguns pedaços de informação sobre o equilíbrio de forças entre compradores e vendedores. Para que entenda um gráfico precisa saber interpretá-la. Vamos supor uma barra de preço que reflita o período de um dia de pregão. Na barra vertical, através de um traço (tique) horizontal à sua esquerda está representado o nível de preço do primeiro negócio do dia, a abertura (1.000). O último negócio do dia, o fechamento (1.001), é representado por um tique horizontal à sua direita. As extremidades representam respectivamente a máxima (1.003) e a mínima (999) atingidas neste dia.
As marcas que representam abertura e o fechamento são fáceis de se entender como surgem, mas como se formam os extremos? O extremo superior (a máxima) se formou quando a disposição dos compradores em pagar preços cada vez mais altos foi sobrepujada pela força de venda contrária dos vendedores naquele nível. Ou seja, o preço sobe até um determinado nível, em princípio desconhecido, que uma vez atingido mobiliza uma massa de vendedores cujo desejo de venda impede que o preço siga adiante. O extremo inferior se forma de modo inverso. Agora que já sabe o que é uma barra, aprenda sobre as periodicidades mais comuns em que são construídas, porque serão elas que determinarão a abrangência do que estiver observando num gráfico, de modo a poder determinar os níveis de suporte e resistência mais significativos. Para que possa entender melhor ainda o significado de uma barra, de como se processa a luta entre compradores e vendedores ao longo de um dia de pregão, vamos inventar uma barra com as seguintes informações: abertura = 4,20, máxima = 13,00, mínima = 1,50 e fechamento = 11,50. Agora, vamos dissecá-la, criando um desdobramento hipotético. Faça de contas que o pregão é dividido em 18 períodos de 15 minutos com intervalos de 1 minuto entre eles e que cada barra de 15 minutos seja construída de maneira idêntica à barra diária, com o valor da abertura, o valor da máxima, o valor da mínima e o valor do fechamento. No final do dia, utilizando dois eixos perpendiculares (o horizontal representando uma escala de tempo e o vertical de valor), é possível visualizar, através da movimentação das barras de 15 minutos, como foi o movimento interno do pregão daquele dia.
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No exemplo da página anterior, na primeira barra de 15 minutos, a abertura (o primeiro negócio concretizado) foi a R$4,20. Depois, o preço cedeu ligeiramente até R$4,00 (registrando a mínima desta barra), subiu até 9,20 (registrando a máxima desta barra) e cedeu fechando (o último negócio executado desta barra) a 7,40. Na barra seguinte, o primeiro negócio (abertura) foi feito a 7,40. Em seguida o preço subiu ligeiramente atingindo a máxima de 7,50, de onde começou a declinar até chegar a uma mínima de 4,50 e fechar com uma l igeira melhora a 5,20. Na terceira barra, o primeiro negócio (abertura) foi fechado a 6,10. Coincidentemente, em função de o primeiro negócio ter sido executado no valor máximo desta barra, o preço da máxima ficou sendo igual ao da abertura. No restante do período, o preço foi cedendo gradualmente até o último negócio realizado a 3,20. Como o valor do último negócio foi feito no preço mais baixo da barra, a mínima e o fechamento ficaram com os mesmos valores. Com base no que foi visto, proponho um teste de assimilação: Quais são os valores (aproximados) de abertura, máxima, mínima e fechamento das ÚLTIMAS 14 barras? Na próxima página encontrará uma tabela pronta para fazer o exercício.
B5
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Abe Máx Mín Fech A combinação destas idas e vindas das barras de periodicidade de 15 minutos, que abrangem um dia inteiro de negociações (um pregão), forma uma única barra de periodicidade diária. No diagrama acima ela está representada pela barra em negrito, a última e a maior de todas. Ela incorpora o preço do primeiro negócio do dia (abertura), a maior máxima e a menor mínima registradas dentro do dia e o último negócio do dia (fechamento). Como pode observar, apesar de não detalhar todas as oscilações do mercado naquele dia, o que vimos através das barras de 15 minutos revela uma boa parte do todo. Neste dia, os compradores venceram a batalha porque o preço subiu. Ao longo deste curso e das revistas, freqüentemente você lerá textos com referências a gráficos intradia, diários, semanais e mensais. São assim designados em função da periodicidade (freqüência) da barra. Num gráfico semanal, uma única barra tem o mesmo padrão de combinação do exemplo que vimos com as barras de 15 minutos formando uma única barra diária. Só que, em vez de reunirmos a abertura, a máxima, a mínima e o fechamento de 18 barras de 15 minutos, combinamos os mesmos valores das barras diárias que se formaram durante a semana (5 barras numa semana sem feriado. Se tivermos um feriado na semana, a barra semanal assume o valor combinado das quatro restantes. Se a semana tiver apenas 1 dia útil, as barras diária e semanal serão iguais). Num gráfico mensal, uma única barra representa a combinação dos valores de abertura, máxima, mínima e fechamento das barras diárias que se formaram dentro daquele mês. E, assim por diante. Embora ainda não esteja acostumado a observar e interpretar um gráfico vá começando a treinar. Observe no gráfico da próxima página como uma barra de periodicidade de 15 minutos se converte numa barra de 1 hora, que por sua vez se converte numa barra diária que por sua vez se converte numa barra semanal.
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Observação:A linha amarela mostra o mesmo pedaço do gráfico visto em periodicidades diferentes
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Ponto de Retorno,Topos, Fundos, Suportes e Resistências Do que foi visto até agora podemos concluir que a máxima de uma barra é um ponto em que a presença dos vendedores impõe uma pressão denominada resistência que impede que o preço prossiga subindo e que a mínima de uma barra é um ponto em que a presença dos compradores impõe uma pressão denominada suporte que impede que o preço continue caindo. Ou seja, um preço sobe pela ausência de vendedores e cai pela ausência de compradores. Quando a força contrária ao movimento em andamento passa a predominar cria uma barreira que impede, ao menos temporariamente, que o preço prossiga evoluindo na direção prévia. São estas pressões que vão criar os pontos de retorno de um gráfico. Se o ponto de retorno ocorrer após uma sucessão de duas ou mais barras ascendentes, este nível é classificado como um topo; se ocorrer após a sucessão de duas ou mais barras descendentes é classificado como um fundo. Portanto, topos são níveis de resistência e fundos são níveis de suporte. Os diagramas que se seguem esclarecerão melhor o que são pontos de retorno e níveis de suporte e resistência.
TOPO PONTO DE RETORNO Fig. 1 Fig. 2
PONTO DE RETORNO
FUNDO
Topo é o nível de preço mais alto atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço antes da ocorrência de um ponto de retorno, conforme exemplo da figura 1, acima. Fundo é o nível de preço mais baixo atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço antes da ocorrência de um ponto de retorno, conforme exemplo da figura 2, acima.
Diante do exposto acima, posso reafirmar que:
a)
Suportes são níveis de preços onde as compras feitas pelos investidores são fortes o suficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um processo de queda, gerando um ponto de retorno;
b) Resistências são níveis de preços onde as vendas feitas pelos investidores são fortes o suficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um processo de subida, gerando um ponto de retorno.
Assim, topos são zonas de resistência e fundos são zonas de suporte. Uma vez definida uma região de suporte ou resistência, seus papéis podem se alternar, isto é, uma região de resistência recente, uma vez rompida para cima pode transformar-se numa área de suporte e um suporte recente, uma vez rompido para baixo, transformar-se numa área de resistência, conforme ilustra o diagrama da página anterior.
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Enquanto faço uma pausa para um cigarro, tente fazer os exercícios abaixo para ver se os conceitos de ponto de retorno, topos e fundos e suportes e resistências ficaram entendidos: marque nos gráficos abaixo todos os topos e fundos que conseguir identificar, bem como quais deles parecem representar os níveis mais importantes de suportes e resistências.
Nos exercícios anteriores, devem ter encontrado vários níveis de suportes e resistências, mas quais deles são os mais importantes. Os níveis mais importantes de suporte/resistência são aqueles em que ao se observar
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uma janela contendo um gráfico representam pontos terminais dos movimentos mais longos numa determinada direção. Assim, no primeiro gráfico da página anterior, temos:
topo principal = resistência principal
fundo principal = suporte principal Observe agora o gráfico inferior da página anterior. Nele verá quatro janelas de um mesmo ativo apresentado em quatro periodicidades diferentes, a saber: mensal, semanal, diária e de 15 minutos. Lá você também identificou os topos e os fundos, bem como os níveis de suporte/resistência. Responda: quais são os topos e fundos e os níveis de suporte/resistência mais importantes? Os topos/fundos e suportes/resistências mais importantes são a da maior periodicidade examinada. Retornando ao gráfico acima, quando identificou os topos e fundos durante o exercício, deve ter assinalado vários topos e fundos. Os topos e fundos contidos no interior de uma longa perna de alta ou de baixa são denominados topos e fundos secundários e os dos extremos são denominados topos e fundos principais. Porém, quando passa a examinar um gráfico de uma ou mais periodicidades acima da que vinha observando, poderá notar que um topo ou fundo principal na periodicidade em que examinava, numa periodicidade acima poderá ser um topo ou fundo secundário. Assim quanto maior a periodicidade examinada, mais significativo seus topos fundos principais e por conseqüência os níveis de suporte e resistência. Ao lado, temos o gráfico diário de CMIG4. Se tivesse que definir seus topos e fundos mais importantes, bem como os principais níveis de suporte e resistência, certamente afirmaria que no cenário que está à vista, os topos e fundos mais importantes como níveis de suporte e resistência são os definidos como topo e fundo principal. Mas, nesta visão o alcance da sua análise fica restrito à observação da árvore. Para que possa ter uma visão mais ampla dos níveis de suporte e resistência será preciso que se afaste de forma que possa visualizar a floresta. Observe na próxima imagem (gráfico semanal) se num cenário mais amplo, o topo e o fundo principal definidos no gráfico diário continuam sendo os principais níveis de suporte e resistência:
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Como pode observar, o topo principal do gráfico diário, quando visto numa periodicidade acima surge como um topo secundário, parte de uma longa perna de queda. Conseqüentemente, aquilo que pensamos ser um nível de resistência importante nada mais é do que uma resistência inexpressiva. O fundo principal do gráfico diário, coincide com o FUNDO PRINCIPAL do gráfico semanal e aparentemente formam um nível de suporte importante, o último dos moicanos. Será que esta afirmação é verdadeira? Que tal subirmos mais uma periodicidade para uma visão ainda mais abrangente da floresta?
No gráfico mensal podemos ver que o FUNDO PRINCIPAL do gráfico semanal é um fundo secundário FS do gráfico mensal, não se constituindo – como até então achávamos – no principal suporte do preço. Neste cenário, o suporte principal é o FUNDO PRIMÁRIO. O mesmo serve para o TOPO PRINCIPAL. Como pode observar, também se constitui num topo secundário TS do gráfico mensal, não sendo, portanto, a principal resistência do preço. Observe agora o conjunto da obra, ou melhor, como deve ser montado um cenário onde serão identificadas e posteriormente definidas as estratégias operacionais. Assim como num jogo de xadrez, você precisa estar à frente do eventual desdobramento do preço.
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ZIGUEZAGUES A observação de uma barra, como vimos, permite que você extraia alguns pedaços de informações sobre o equilíbrio das forças entre compradores e vendedores, mas por si só, ela não é suficiente para nos fornecer a direção do mercado. O ziguezague é o padrão básico da direção dos preços e de alguns indicadores. Como podem observar no quadro da página anterior, os preços de um ativo negociado nas bolsas, quando se movimentam, geralmente, não o fazem em linha reta, mas sim em forma de raio. Para que tenhamos uma sinalização da direção de um preço (ou de um mercado) é preciso que ele se movimente até um nível qualquer, formando um extremo (topo ou fundo) e que este movimento seja seguido por dois pontos de retorno, o primeiro na direção oposta e o segundo na direção inicial rompendo (ou penetrando) o extremo do topo ou fundo prévio. O diagrama abaixo ajudará na compreensão do texto:
T
T
T
F
F
Sinalização de alta
T
F
F
Sinalização de baixa
T
T F
Representação simbólica de um ziguezague ascendente
F
T
T
F
T
T
F F
Sinalização indefinida T
F
T
F
T
F
Representação simbólica de um Representação simbólica de um ziguezague descendente ziguezague lateral
Para efeito didático, daqui em diante, chamarei de zigue à combinação do movimento inicial com primeiro retorno [( ) ou ( )] e de zague a perna da penetração [( / ) ou ( \ ). No gráfico da próxima página, do Bovespa diário, assinalei alguns exemplos de ziguezagues reais ocorridos durante o seu desdobramento. Com o objetivo de ir treinando sua visão, observe e vá se acostumando com o fato de que a amplitude (altura) dos ziguezagues é variável, alternando entre pequenos, médios e grandes, indistintamente.
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TENDÊNCIAS Vimos no estudo do ziguezague que ele é o padrão básico da direção dos preços, podendo ser ascendente, indefinido e descendente. A permanência de um preço numa determinada direção, durante um período de tempo, nos leva ao conceito de tendência. Assim, temos que: Tendência de Alta é uma sucessão de topos e fundos ascendentes (uma sucessão de ziguezagues para cima). Tendência de Baixa é uma sucessão de topos e fundos descendentes (uma sucessão de ziguezagues para baixo). Tendência Lateral ou em Linha é uma sucessão de topos e fundos horizontalmente irregulares (uma sucessão lateral de ziguezagues irregulares). No diagrama abaixo, as definições acima ficarão mais evidentes:
T T T
T
F F
F F
F Tendência de Alta
T
T
T
T T
F F
T T
T
T
T T F F
Tendência de Baixa
T
F T
F F
F
F
F
F
F F Tendência Indefinida e em Linha
Aproveite o gráfico utilizado para exemplificar os ziguezagues e veja quantas tendências de alta, baixa e indefinidas consegue identificar. Examinados estes conceitos básicos, necessários para melhor compreensão do curso, podemos começar a nossa caminhada pela estrada da análise técnica. Apesar das muitas variantes da escola técnica, neste curso nos concentraremos sobre o desenvolvimento de um método operacional construído através da combinação de
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algumas das suas principais teorias. Acredito, convictamente, que ao seu término estará capacitado a enfrentar o mercado como nunca esteve antes. A primeira pessoa a formular uma teoria para o estudo do movimento dos preços utilizando um gráfico foi Chales H. Dow, que foi o fundador da Dow, Jones & Company, na época, a maior agência de notícias financeiras e um dos proprietários do Wall Street Journal, que ele editou até a sua morte em 1902, aos 52 anos. Durante os últimos anos de sua vida ele escreveu alguns editoriais sobre as especulações com ações que são o único registro pessoal de suas observações das características recorrentes do mercado de ações. Estas observações foram feitas baseadas no movimento diário do índice dos preços das ações das companhias ferroviárias e do índice das ações industriais. Dow não designou suas observações sobre o mercado de ações como a Teoria de Dow. Isto foi feito pelo seu amigo S. A. Nelson, que escreveu The A B C of Stock Speculation em 1902. Ele foi o primeiro a tentar explicar os métodos de Dow de um modo prático. William Peter Hamilton, que trabalhou com Dow, levou adiante os seus estudos e interpretações da teoria através de editoriais ocasionais no Wall Street Journal. Em 1922 escreveu The Stock Market Barometer, um livro em que explica com mais detalhes a teoria de Dow. Nesta obra, algumas das observações de Dow foram colocadas como princípios, dos quais abordaremos apenas os que dizem respeito à metodologia operacional que estamos desenvolvendo. As Três Tendências: -- O “Mercado”, significando o preço das ações em geral, move-se em tendências das quais as mais importantes são as Primárias . Elas são longos movimentos para cima ou para baixo que duram normalmente um ano ou mais e resultam em grandes valorizações ou desvalorizações dos preços. Os movimentos na direção da tendência Primária são, algumas vezes, interrompidos, em intervalos, por oscilações Secundárias na direção oposta reações ou “correções” quando o movimento Primário foi além de si mesmo (exagerou) e precisa, então, recuperar forças para prosseguir. Finalmente, as tendências Secundárias são compostas pelas tendências Terciárias que refletem a oscilação do dia-a-dia. Diante do exposto no parágrafo anterior podemos dizer que uma Tendência Primária de Alta é formada por uma sucessão de subidas e descidas secundárias, onde cada movimento (perna) de alta ultrapassa o topo do movimento (perna) de alta precedente e cada movimento (perna) de baixa volta a subir (reverte) de um nível mais alto que o fundo do movimento (perna) de baixa precedente. Isto é o que definido, pela Teoria de Dow, como Mercado de Alta. Inversamente, Tendência Primária de Baixa é formada por uma sucessão de subidas e descidas secundárias, onde cada movimento (perna) de baixa ultrapassa o fundo do movimento (perna) de baixa precedente e cada movimento (perna) de alta volta a cair (reverte) de um nível mais baixo que o topo do movimento (perna) de alta precedente. Isto é o que definido, pela Teoria de Dow, como Mercado de Baixa. De maneira idêntica podemos afirmar que uma Tendência Secundária de Alta é formada por uma sucessão de subidas e descidas terciárias, onde cada movimento (perna) de alta ultrapassa o topo do movimento (perna) de alta precedente e cada movimento (perna) de baixa volta a subir (reverte) de um nível mais alto que o fundo do movimento (perna) de baixa precedente. Inversamente, Tendência Secundária de Baixa é formada por uma sucessão de subidas e descidas terciárias, onde cada movimento (perna) de baixa ultrapassa o fundo do movimento (perna) de baixa precedente e cada movimento (perna) de alta volta a cair (reverte) de um nível mais baixo que o topo do movimento (perna) de alta precedente. As Tendências Secundárias geralmente duram de três semanas a alguns meses, raramente mais. Costumam retroceder (corrigir) de um terço a dois terços da Tendência Primária precedente. As Tendências Terciárias seguem o mesmo padrão das duas anteriores, mas formadas por flutuações que em si mesmas são pouco significativas. Estes movimentos são de curta duração, em geral menos de seis dias, raramente mais do que três semanas. Com o intuito de facilitar o entendimento da classificação das tendências, segue-se um diagrama. Esclareço, entretanto, que no mundo real, os ziguezagues raramente se desdobram de maneira tão certinha assim. Muitas vezes, terá que lançar mão de recursos complementares para melhor identificá-las. Alguns desses recursos podem ser: traçar linhas de tendência ou marcar o canal, visualizar o gráfico em linha utilizando apenas os preços de fechamento, subir de periodicidade, o uso de indicadores complementares (médias móveis), etc. Tudo isto será visto mais para frente.
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Tendência Primária de Baixa Tendência Primária de Alta
Tendência Secundária de Alta Tendência Secundária de Baixa Tendência Terciária de Alta Tendência Terciária de Baixa
Parece um quadro do Volpi, mas não é. É o uso das cores com objetivo didático. A linha preta contínua é o gráfico de preços computados apenas pelo valor dos fechamentos. Todo o desdobramento incluso na área azul mais escura até o topo mais alto é o que chamamos de uma tendência primária de alta. Todo desdobramento incluso na área cinza a partir do topo mais alto (à sua direita) é o que chamamos de uma tendência primária de baixa. Reforçando, ambas são formadas por tendências secundárias de alta (área azul claro) e de baixa (área vermelha). Estas, por sua vez, são formadas por tendências terciárias de alta (área verde) e de baixa (área amarela). Com estes esclarecimentos acredito que não fique nenhuma dúvida sobe a classificação das tendências. Mas, se ainda restou alguma, entenda deste modo: As tendências secundárias são subdivisões das Tendências Primárias (um grau abaixo); as Tendências Terciárias são subdivisões das Tendências Secundárias (um grau abaixo). As tendências terciárias são subdivisões da Tendência primária (um grau abaixo da secundária e dois graus abaixo da primária). Finalmente, resta comentar que, algumas vezes as pernas das tendências secundárias e terciárias se confundem, isto é, devido à velocidade do movimento e à sua extensão, podem ser a mesma. Um exemplo pode ser visto na última secundária de baixa da Tendência primária de baixa, onde as setas vermelha e amarela estão superpostas no mesmo movimento. Dica : Quando for classificar a Tendência Primária de um ativo qualquer terá seu trabalho facilitado se utilizar o gráfico de periodicidade mensal. De modo idêntico, o gráfico semanal facilitará na percepção da Tendência Secundária e o diário a da Tendência terciária.
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Veja a seguir um gráfico mensal do Bovespa onde pode observar sua evolução durante um período de 12 anos. Poderá constatar que em alguns níveis, a seqüência dos topos e fundos ascendentes passam por períodos de difícil identificação, interrompendo o padrão anterior (ficando indefinidos). Aproveitando o exemplo abaixo, marque os topos principais e intermediários e, em seguida, verifique quantas tendências primárias de alta e de baixa consegue identificar:
Deve Ser Assumido Que Uma Tendência Continua Em Andamento Até O Momento Que Uma Reversão Tenha Sido Definitivamente Assinalada: Enquanto uma sucessão de topos e fundos ascendentes (Tendência de Alta) ou topos e fundos descendentes (Tendência de Baixa) mantiverem o padrão, deve ser assumido que a Tendência continua em andamento, até o momento em que uma reversão estiver caracterizada. A reversão de uma Tendência de Alta se caracterizará, quando houver uma falha na tentativa de ultrapassagem do topo precedente (ou anterior), seguida de uma penetração do fundo precedente (ou anterior). A reversão de uma Tendência de Baixa ocorrerá, quando houver uma falha na tentativa de ultrapassar o fundo precedente (ou anterior), seguida de penetração do fundo precedente (ou anterior). Assim, temos: Falha na penetração do topo precedente
Falha na penetração do fundo anterior Penetração do topo precedente: reversão para tendência de alta
Penetração do fundo precedente: reversão para tendência de baixa
Falha na Tendência de Alta
Falha na Tendência de Baixa
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Preços de Fechamento: -- Todas as considerações da teoria de Dow baseiam-se nos preços de fechamento, trabalhando sempre com os gráficos em linha. Isto é, os gráficos são construídos unindo-se apenas os preços de fechamento. Abertura, máxima e mínima são desprezadas. Abaixo pode ver o gráfico de barras de Petrobrás e o mesmo gráfico em linha. No momento de avaliar as tendências, este recurso facilita tremendamente a visualização da direção dos ziguezagues.
Os três princípios que acabamos de examinar é tudo o que precisa saber da Teoria de Dow para o desenvolvimento da nossa metodologia operacional. Ficaram faltando, entretanto, dois complementos que precisa conhecer que não fazem parte de nenhum dos princípios da Teoria de Dow, mas que achei melhor introduzi-los somente após ter aprendido o que é uma tendência. 1) Quando expliquei o que eram topos e fundos, como ainda não havia introduzido o conceito de tendência, evitei falar em topos anteriores e fundos anteriores para não complicar. Como notará, ao ler a revista e no andamento do curso, são os termos mais utilizados nas formulações das estratégias operacionais. Por isto, é preciso que fique bem entendido.
T2 T1
T
T
T1 T3
T1 T
F1 F
Figura A
F F1 Figura B
F1
F3
F Figura C
F2
Assim, Na figura A (tendência de alta): situando-se em “F”, “T” é o topo anterior; situando-se em “T1”, “T” é o topo anterior e “F” o fundo anterior; situando-se em “F1”, “F” é o fundo anterior e “T1” o topo anterior. Na figura B (tendência de baixa): situando-se em “T”, “F” é o fundo anterior; situando-se em “F1”, “T” é o topo anterior e “F” o fundo anterior; situando-se em “T1”, “T” é o topo anterior e “F1” o fundo anterior.
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Na figura C (tendência indefinida): situando-se em “F”, “T” é o topo anterior; situando-se em “T1”, “T” é o topo anterior e “F” o fundo anterior; situando-se em “F1”, “T1” é o topo anterior e “F” o fundo anterior; situando-se em “T2”, “T1” é o topo anterior e “F1” o fundo anterior; situando-se em “F2”, “T2” é o topo anterior e “F1” o fundo anterior; situando-se em “T3”, “T2” é o topo anterior e “F2” o fundo anterior; situando-se em “F3”, “T3” é o topo anterior e “F2” o fundo anterior;
2) As periodicidades conflitantes das tendências A maioria dos investidores ignora o fato de que o mercado está simultaneamente em Tendência e em Área de Indefinição. Olham para uma periodicidade tal como diária ou horária e procuram por operações sobre os gráficos diários. Com sua atenção fixa sobre gráficos diários ou horários, Tendências de outras periodicidades, tais como semanal ou de 15 minutos, passam por ele e destroem seus planos. Uma Tendência pode parecer de alta num gráfico diário e de baixa num gráfico semanal e vice-versa. Os sinais de um mesmo mercado em diferentes periodicidades, freqüentemente se contradizem um ao outro. Qual deles você seguirá? Os sinais conflitantes de diferentes periodicidades de um mesmo mercado são um dos grandes quebra-cabeças da análise do mercado. Quando estiver em dúvida, suba sua análise para uma periodicidade mais longa. Dê um passo atrás e examine o gráfico de uma periodicidade mais longa do que a que está tentando operar. Procure olhar a floresta e, não, as árvores mais próximas. Observe os gráficos mensal, semanal e diário de Petrobrás preferencial da próxima página, todos com a mesma data de fechamento, e defina qual sua tendência na época. Alguém que estivesse apenas observando o gráfico diário, diria que é de baixa. Um outro que estivesse observando o gráfico semanal diria que está indefinida e, finalmente, um terceiro que estivesse observando o gráfico mensal diria que é de alta. Qual delas operar? Se pretender operar utilizando o gráfico diário observe a tendência predominante no semanal e opere o diário priorizando a direção da semanal. Se pretender operar um gráfico de hora, opere priorizando a direção do gráfico diário e assim sucessivamente.
Linha de Tendência Embora muitos investidores possam desprezar a importância das linhas de tendência, elas são umas das ferramentas mais importantes da análise técnica. Na metodologia que estamos desenvolvendo, como disse anteriormente, são básicas. As pessoas marcam as linhas de tendência de muitos modos diferentes, mas de um modo geral, a chave para plotar as linhas de forma correta é traça-las conectando dois fundos com um topo intermediário entre eles ou dois topos com um fundo intermediário entre eles. A linha de tendência pode ser de baixa ou de alta: uma linha de tendência de alta é representada graficamente por uma linha reta conectando as correções (os fundos) numa tendência de alta. A linha de tendência de baixa é o inverso; conecta as correções (os topos) numa tendência de baixa. São usadas para identificar a direção das tendências. Quando dois topos ou dois fundos estão horizontalmente nivelados, também é possível conecta-los com linhas horizontais, mas, ao invés de linha de tendência, a linha é
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denominada respectivamente de linha de resistência ou linha de suporte. O diagrama abaixo facilitará a compreensão do texto. T T1
T
LTB
LR T1
T2 T1
T2
F
T
F1
F2
F2 F1
LTA
F
F
LINHA DE TENDÊNCIA DE ALTA
LINHA DE TENDÊNCIA DE BAIXA
LS
F2
F1
LINHA DE RESISTÊNCIA/SUPORTE
Reforçando, para que se possa traçar uma linha de tendência de alta, será necessário a existência de, pelo menos, dois fundos (F e F1) intercalando um topo (T1) e que o segundo fundo (F1) esteja num nível mais alto do que o primeiro (F). A linha de tendência de baixa é o inverso. Você precisa ter dois topos (T e T1) intercalando um fundo (F1) e o segundo topo (T1) tem que estar num nível inferior ao primeiro (T). A confirmação da validade dessas linhas ocorre quando o terceiro toque se confirmar (F2 E T2 respectivamente), isto é, respeitar essa linha e reverter seu movimento na direção oposta. A projeção dessas linhas para frente nos ajudará a antecipar futuros pontos de compra e venda. Além do diagrama acima, encontrará nos gráficos analisados na revista e nas análises diárias uma série de exemplos reais de linhas de tendência em andamento. Só com treinamento alcançará o grau de “olho de águia”. Brincadeira à parte, treine bastante a colocação das linhas de tendência. Como já disse, será um elemento essencial na definição das estratégias. Ângulo de Inclinação É o aspecto mais importante da linha de tendência se estiver inclinada para cima, mostra que os compradores são a força dominante nesse momento e procurará operar do lado mais forte; se estiver inclinada para baixo, mostra que os vendedores são a força dominante e operará com eles. Assim, se estivermos acompanhando, por exemplo, uma linha de tendência de alta, toda vez que os preços retrocederem para essa linha, poderemos tentar uma compra, evidentemente com um estope de entrada (estope de entrada ou inicial é o nível definido simultaneamente com o ponto de compra para, se a compra que tiver feito não evoluir favoravelmente, limitar sua perda) um pouco abaixo da linha. Para uma linha de tendência de baixa o raciocínio é o inverso. Veja nos desenhos abaixo alguns exemplos representativos da inclinação das linhas de tendências de alta e de baixa.
α=30o
α=45o
α=60o
α=30o
α=45o
α=60o
Linha de retorno É uma linha traçada paralelamente à linha de tendência original, que liga os extremos opostos. Isto é, se tivermos uma linha de tendência de alta (traçada pela conexão dos fundos), a paralela estará conectando os topos e os preços ficarão contidos dentro dessas paralelas, criando um corredor denominado canal de alta. Se estivermos diante de uma tendência de baixa (traçada pela conexão dos topos), a linha de retorno paralela
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estará conectando os fundos, formando um corredor conhecido por canal de baixa. Exemplos reais nos gráficos da revista. LINHA DE TENDÊNCIA DE BAIXA
LINHA DE RETORNO
LINHA DE TENDÊNCIA DE ALTA
LINHA DE RETORNO
CANAL DE BAIXA
CANAL DE ALTA
Nem sempre, porém, será possível traçar um canal. Alguns movimentos na direção oposta da linha de tendência têm amplitudes irregulares, dificultando a definição de uma linha de retorno paralela. Porém, sempre que possível, não se esqueça de marcá-la, pois será grande de auxílio nas projeções dos próximos níveis de suporte e resistência do movimento, possibilitando operações de compra e venda nos seus limites, na medida em que o canal for se desenvolvendo. De vez em quando, também encontrará um canal menor contido dentro do canal principal. Na revista Timing e nas análises diárias, encontrará outros exemplos reais. Observe, no gráfico ao lado, como o corte da linha de tendência de alta do canal de alta interno, resultou numa queda até o suporte proporcionado pelo canal de alta principal. Um aspecto interessante dos canais é que além de servirem para projetar futuros níveis de suportes e resistências nos seus limites superior e inferior, também se prestam a novas projeções após estes níveis terem sido penetrados. A técnica da projeção é muito simples, dobrando-se a amplitude do canal para o lado em que ocorre sua perfuração. O diagrama abaixo ajudará no esclarecimento do texto:
si Re
is Res
s tê
a nci
R
ci a tê n
Su
te por a nci s tê esi Su
te por te por Su
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Aproveite que os níveis de suporte e resistência não foram traçados no canal de baixa e veja se consegue identifica-los. Como perceberá, aqui também os níveis de suporte e resistência alternam seus papéis após terem sido penetrados. Importância da linha de tendência Avalia-se a importância de uma linha de tendência através da análise de cinco fatores: sua periodicidade, seu comprimento, o número de vezes em que foi tocada pelos preços, sua inclinação e seu volume. Quanto mais alta a periodicidade, mais significativa: uma linha de tendência num gráfico semanal revela uma tendência mais importante do que uma linha de tendência num gráfico diário. Uma mensal, mais do que uma semanal; uma diária mais do que uma horária, e assim por diante. Se estivesse analisando apenas o gráfico diário, poderia pensar que a linha de tendência de baixa (LTB1) fosse a resistência principal rumo ao teste do topo de 4,17. Entretanto, subindo da periodicidade diária para a semanal, perceberá que a linha de tendência principal, aquela que tem que ser realmente rompida, rumo novas máximas é a LTB.
•
Quanto mais longa for (em tempo, mas na mesma periodicidade), mais válida: uma linha de tendência de curta duração reflete o comportamento da massa durante um curto período de tempo. Uma, de prazo mais longo, reflete o comportamento da massa durante um longo período de tempo. Observe na linha de tendência de alta, traçada no gráfico de Embraer on, quantas oportunidades de compra, com estopes iniciais curtíssimos, foram proporcionadas nas vezes em que o preço retornou próximo à linha, a partir do terceiro toque assinalado pela segunda seta.
• Quanto maior o número de contatos (toques) entre os preços e a linha de tendência, mais válida: maior o número de vezes que o preço tocar na linha e, daí, reverter, mais confiável ela se torna, mostrando com isso que a força dominante tem o mercado sobre controle. O exemplo de Embraer também serve para esta consideração.
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•
O ângulo de inclinação reflete a intensidade emocional do grupo dominante no mercado: uma linha muito inclinada mostra que o grupo dominante está se movendo rapidamente. Uma linha pouco inclinada mostra que o grupo dominante está se movendo lentamente.
No gráfico ao lado (Bovespa diário), a linha azul mais estreita mostra um período em que o grupo dominante está se movendo lentamente, provavelmente num processo de acumulação conforme sugere o OBV (On Balance Volume: técnica de estudo do volume que será vista no Módulo II). Posteriormente, o gráfico mostra um período em que a linha de tendência aumenta substancialmente sua inclinação, provavelmente no momento em que o público em geral entra na compra. • Volume: se o volume aumenta quando os preços se movimentam na direção da linha de tendência, ele confirma essa linha. Se o volume diminui quando os preços, corrigindo, voltam a essa linha, também confirma essa linha. Se o volume se expande quando os preços voltam a essa linha, é um sinal de advertência de uma possível penetração. Se o volume se retrai quando os preços se afastam da linha de tendência, é uma advertência de que a linha está em perigo. Observação: tal fato não deve ser levado ao pé da letra, pois já vi situações em que o movimento do preço não confirmou as indicações do volume, mas serve como uma referência que funciona na maioria das vezes.
FIG. 1
BARRAS DO VOLUME
FIG. 2
BARRAS DO VOLUME
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Na figura 1 do diagrama acima, você pode perceber o comportamento ideal do volume durante o desenvolvimento de uma tendência de alta. Na figura 2, as linhas pontilhadas indicam qual deveria ter sido a evolução correta do volume de acordo com a tendência de alta em andamento. Entretanto, em vez de subir durante a perna de alta, o volume foi secando e voltou a subir durante a formação da perna de queda, advertindo sobre a possibilidade de algo errado com a tendência. Observe neste gráfico semanal de Vale pna, o comportamento do volume durante a tendência de alta.
Note, quando os preços se afastam da linha de tendência como o volume cresce e quando se aproxima decresce, tal como seria de esperar numa tendência de alta. Observação: embora ainda não tenhamos visto o assunto volume, assinalei com uma seta vermelha uma divergência baixista (assunto que veremos no Módulo II). Ainda que o padrão do volume esteja de acordo com o esperado numa tendência de alta, cada novo topo é atingido com menos volume, indicando menor disposição de compra aos preços cada vez mais altos.
Reforço Para efeito de avaliação das condições do mercado são usados apenas Preços de Fechamentos. A Teoria de Dow não presta atenção a qualquer máxima ou mínima que possa ter sido registrada durante o dia e antes do mercado fechar, considerando apenas os preços de fechamento.
Com freqüência, ao tentar definir uma tendência, o posicionamento das barras deixava o cenário confuso. Não conseguia identificar claramente a seqüência dos topos e fundos e ficava inseguro ao classifica-las . Assim foi durante muito tempo. Um dia, refletindo sobre os princípios da Teoria de Dow, acabei percebendo que se o fechamento é que importa para avaliar as condições do mercado (no que se inclui as tendências), porque não tentar visualiza-las unindo somente os pontos de fechamento. Nunca mais tive qualquer dúvida para classificar uma tendência, além do que, consegui padroniza-las. Assim, quando determino a evolução das tendências não preciso contemporizar. Tenho uma regra rígida que mostrarei na próxima página:
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A metade esquerda do quadro acima mostra, de cima para baixo, os gráficos mensal, semanal e diário do Bovespa. Na metade à direita, os mesmos gráficos, mas conectando apenas os preços de fechamento. Vamos pegar para exemplo, a região à esquerda da linha verde vertical assinalada pela seta vermelha. Se estivesse observando o gráfico de barras naquele momento, provavelmente diria que a tendência primária do mercado era de alta, pois aparentemente o gráfico evoluía mantendo uma sucessão de topos e fundos ascendentes. Entretanto, observando o gráfico que une apenas os fechamentos, percebe-se que a tendência já estava indefinida, visto que o fundo imediatamente anterior já havia sido penetrado. Este foi um exemplo que escolhi às pressas, pois daqui a pouco estarei enviando o curso para ser disponibilizado no site. Mas, se tiver que verificar as tendências de muitos gráficos continuamente, perceberá as vantagens de classificá-las desta forma.
Observação: em cada tópico do Fórum serão incluídos exercícios de acompanhamento durante a semana.
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Curso básico de análise gráfica
AULA II
Na primeira aula, aprenderam como se constrói um gráfico de barras e quais são as principais referências para se fazer a sua leitura associada a alguns princípios da Teoria de Dow. Nesta, continuaremos focando a leitura e interpretação dos gráficos através de algumas figuras (contornos) facilmente identificáveis que surgirão de tempos em tempos e que carregam consigo o poder de prognosticar (antecipar), pela sua simples presença, o desdobramento futuro dos preços. Na análise gráfica são conhecidos por padrões dos gráficos de barras.
Padrões dos Gráficos de Barras
São padrões ou formações gráficas que surgem em determinados momentos, através dos quais, baseados na freqüência de sua ocorrência no passado e do que aconteceu com o mercado em seguida, podem nos ajudar, por analogia, a decidir quando é mais provável que uma Tendência prossiga ou reverta. Para efeito da metodologia que estamos desenvolvendo, não são tão importantes, podendo-se até prescindir deles. Mas é sempre bom conhecê-los, pois poderá encontrar novos caminhos e um curso de análise gráfica não ficaria completo sem o seu conhecimento. Os padrões existentes são classificados como de Continuação ou de Reversão.
PADRÕES DE CONTINUAÇÃO Como diz o próprio nome são padrões que se formam durante a movimentação de uma tendência. De tempos em tempos, quando em tendência, o preço de um ativo qualquer dá uma parada para retomada de fôlego e depois continuar se movimentando na direção em que vinha se movendo. Essas interrupções momentâneas assumem diferentes formas, no geral denominadas de áreas de congestão. As principais são os triângulos, retângulos, cunhas, bandeiras e flâmulas, sendo que apenas os dois últimos aparecem apenas como padrões de continuação. Os demais, também podem aparecer como padrões de reversão. 1. Triângulos: são áreas de congestão cujos limites superior e inferior convergem para a direita. Para poder traçar um triângulo precisa-se de, pelo menos, quatro pontos de retorn o: dois de fundo e dois de topo. Um triângulo pequeno, cuja altura corresponda a 10 ou 15% do movimento precedente, provavelmente será um triângulo de continuação. Na maioria das tendências de alta e de baixa se encontram muitos destes triângulos.
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Grandes triângulos, cuja altura correspondem a um terço ou mais do movimento precedente, provavelmente funcionarão como padrão de reversão. Dependendo do seu ângulo, o triângulo pode ser classificado em três tipos: simétrico, ascendente e descendente. 1.1. Triângulo Simétrico: é aquele cujos limites superior e inferior convergem para a direita num mesmo ângulo de inclinação. Normalmente reflete um equilíbrio de forças entre compradores e vendedores e sua resolução usualmente é de continuação. Durante sua formação, os preços vão caminhando para a direita através de flutuações cada vez mais estreitas, na direção do vértice, com sensível redução do volume, até que sem nenhum aviso, rompe o triângulo com grande impulso com notável aumento do volume. Raramente, durant e a formação de um triângulo, se obtém qualquer indício da direção em que será perfurado, até que finalmente o seja. Algumas vezes, pode-se ter uma boa idéia observando-se o que está acontecendo nos gráficos de outras ações, mas freqüentemente, só lhe resta aguardar até que se defina. Tudo, neste padrão, indica vacilação ou dúvida.
Existem dois métodos mais populares para se projetar o objetivo mínimo da evolução do preço após a penetração do triângulo: a)
b a s e
vértice
b)
Transferir a medida da amplitude da base para o local onde se deu o corte (setas pontilhadas); Traçar uma paralela do lado oposto da perfuração tomando como referência o ponto mais lato da base (linha pontilhada).
comprimento
volume
Observação1 : as melhores perfurações ocorrem entre a metade e ¾ do comprimento do triângulo. Observação 2: numa penetração para baixo é o inverso.
Veja abaixo, dois triângulos simétricos que funcionaram como padrão de continuação :
Observeocomportamentodovolumeduranteaformaçãodo triânguloeosúbitoaumentonapenetração.
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Observando o gráfico diário do Bovespa no exemplo abaixo, podemos ver um triângulo simétrico que funcionou como padrão de continuação da tendência prévia e outro, logo a seguir, que serviu como padrão de reversão.
1.2. Triângulos Ascendente e Descendente: são aqueles em que um dos limites é praticamente uma linha horizontal e, o outro, uma linha inclinada. Em muitos aspectos, de fato na maioria, são muito semelhantes ao Simétrico, mas com pequenas e generosas diferenças, pois informam antecipadamente suas intenções. Daí seus nomes, pela suposição de que num triângulo ascendente os preços romperão para cima e, num descendente, para baixo. Raramente ocorre uma falha neste padrão.
TD
TA
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Se a linha de topo for horizontal e alinha de fundo inclinar-se para cima ao encontro da horizontal, estamos diante de um Triângulo Ascendente. Se a linha de fundo for horizontal e a do topo, inclinada para baixo ao encontro da horizontal, estamos diante de um Triâng ulo Descendente. Estas formações são lógicas e fáceis de explicar. O Triângulo Ascendente, por exemplo, mostra de forma simples o que acontece quando uma procura crescente por uma determinada ação encontra uma grande oferta para ser vendida a um preço fixo. Se a procura continuar, a oferta será totalmente absorvida por novos compradores, que acham que os preços atingirão níveis mais altos. Este tipo de atividade do mercado evidencia um plano de distribuição elaborado por possuidores de grandes lotes, que desejam liquidar sua posição a um preço pré-determinado. O Triângulo Descendente deve-s e a condições de mercado inversas àquelas responsáveis pelo triângulo ascendente. Suas implicações são igualmente fortes e, suas falhas, igualmente raras. Tal e qual no triângulo simétrico, as boas perfurações ocorrem entre a metade e ¾ do seu comprimento. O comportamento do volume é muito parecido com o do triângulo simétrico, diminuindo na medida em que os preços vão se aproximando do vértice. Nas formações ascendentes, o volume tende a aumentar ligeiramente durante as subidas dentro do padrão e a diminuir nas quedas dentro do padrão; nas formações descendentes, o oposto é verdade, porém, algumas vezes não tão evidente. Estas flutuações menores dentro do padrão, entretanto, não afetam a característica global da diminuição do volume, até que o ponto da perfuração seja atingido. De modo similar aos triângulos simétricos, as perfurações para cima num triângulo ascendente, também exigem um grande aumento do volume, caso contrário, devem ser vistas como suspeitas. Perfurações para baixo nos triângulos descendentes não necessitam de grande volume. Uma observação que vale para todos os tipos de triângulos é que normalmente, logo após o rompimento da linha, ocorre uma volta rápida em sua direção, seguida de aceleração na direção do corte. Outro aspecto importante é o tempo de resolução dos triângulos. Os três tipos, geralmente se definem num prazo que varia de três semanas a três meses, podendo, entretanto, durar um pouco mais. Seguem-se alguns exemplos reais de triângulos ascendentes como padrão de continuação e de reversão, um triângulo descendente como padrão de reversão e outro triângulo simétrico de continuação.
Note, em todos os exemplos, que as projeções de medida após os cortes das linhas dos diferentes triângulos foram muito além do projetado. Nos padrões de continuação, tenho observado que, na maioria das vezes, os triângulos ficam sendo a metade do caminho a ser percorrido. O diagrama da próxima página ajudará a es clarecer o que estou querendo dizer:
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Pelos métodos de projeção convencionais, os objetivos mínimos, após o corte da linha do Triângulo seriam: a) a continuação do movimento até a linha pontilhada; b) a medida da altura da base adicionada no ponto de corte. Baseado na observação empírica de que funcionam como metade do caminho, meça a altura do movimento precedente à formação do triângulo e transfira esta medida a partir do último ponto de retorno anterior ao corte do triângulo.
........
Como operar as penetrações de um Triângulo: estratégias De um ponto de vista tradicional, que é o que nos importa neste momento (mais adiante, daremos um tratamento diferente), existem dois níveis operacionais: a) Comprar/vender na penetração do corte. Neste caso, o estope inicial ou de proteção deve ser colocado um pouco abaixo da linha oposta; b) Esperar o movimento de volta à linha, após sua penetração e comprar/vender na ultrapassagem do topo/fundo anterior. Neste caso, o estope deve ser colocado um pouco abaixo/acima do ponto de retorno do movimento de retomada da penetração original. Apesar desta volta não ocorrer 100% das vezes em que uma linha é penetrada, ocorre na maioria das vezes. Acho esta operação mais segura, mas nem sempre poderá ser feita.
ESTOPE INICIAL ESTOPE INICIAL
PC
PC PV
PV ESTOPE INICIAL
ESTOPE INICIAL
ESTRATÉGIAS OPERACIONAIS - MÉTODO A
PC
PC
ESTOPE INICIAL
ESTOPE INICIAL
ESTOPE INICIAL ESTOPE INICIAL
PV
PV
ESTRATÉGIAS OPERACIONAIS - MÉTODO B 32
Tudo que foi visto aqui sobre os triângulos, dos padrões às características e estratégias, aplicam-se em qualquer periodicidade. Triângulos podem se formar nos gráficos de 15 minutos, semanal, mensal, etc. Seu significado será sempre o mesmo, isto é vacilação ou dúvida, na periodicidade em que estiver se desenvolvendo. Encerro o assunto triângulos chamando sua atenção para dois aspectos: a) Durante a formação dos triângulos há uma forte propensão dos movimentos internos respeitarem com muito rigor o limite das linhas externas de definição do padrão; b) Tive alguma dificuldade para encontrar nos meus gráficos muitos exemplos de triângulos, porque, com bastante freqüência, após uma de suas linhas ter sido penetrada, em vez de continuar subindo (ou caindo) como seria de se esperar, ao chegar nas proximidades do ponto mais alto (ou mais baixo) do padrão, a formação deriva para um retângulo. Deste modo, quando estiver iniciando uma operação de compra ou de venda, vale a pena verificar a distância do ponto de corte até o extremo da base para verificar se, antes de ultrapassar a última resistência, a relação risco/recompensa vale a pena. Se não for, será mais seguro esper ar pela confirmação da penetração do extremo da base do padrão para iniciar uma operação. Escrito de uma outra forma tem o mesmo sentido que: suponha que o topo de um triângulo seja 20. Se o corte da linha superior ocorrer em torno de 19, será melhor esperar romper a resistência dos 20 para comprar. Porém, se o corte da linha superior se der em torno de 15, com espaço para um lucro razoável antes de atingir a resistência de 20, vale à pena comprar no corte.
2. Retângulos: são formações que consistem de uma séria de flutuações de preços que vão se estendendo para a direita, ora para cima, ora para baixo, contidas entre duas linhas horizontais (de topo e de fundo), raramente paralelas, formando uma área de congestão. Esta formação, diferentemente dos triângulos que indicam vacilação ou dúvida, reflete um grande equilíbrio entre as forças oponentes do mercado. Costumam surgir com mais freqüência como padrão de continuação, mas também surgem como padrão de reversão. Tanto podem ocorrer como padrão de continuação de alta ou de baixa, como padrão de reversão de topo e fundo.
Objetivo mínimo após o corte
Objetivo mínimo após o corte
Padrão do volume
Padrão do volume
De um modo geral, suas características são muito semelhantes às do Triângulo Simétrico. O volume tende a diminuir gradualmente durante sua formação, voltando a crescer durante e após sua perfuração. Nos retângulos altistas, apesar da diminuição do volume, o volume tende a crescer nas subidas internas do retângulo e a diminuir nas quedas dentro do padrão. Num retângulo baixista é o inverso, isto é, tende a aumentar nas qu edas e a diminuir nas subidas e estas características podem nos auxiliar quando estivermos verificando qual o lado mais provável de ser perfurado.
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Veja no gráfico semanal de Petrobrás preferencial, acima, um retângulo de continuação e outro que ainda é uma incógnita. O padrão do volume deste último mostra que ele cresce nas quedas e decresce nas subidas, sugerindo que o retângulo em andamento deve se resolver como uma penetração para baixo. Mas tanto nesse, como no anterior, apesar do volume sugerir uma penetração para baixo, ambos saíram para cima, revelando que o mercado está sempre mudando o que se torna popularmente aceito como definitivo. Mais comum ainda do que nos triângulos, é muito freqüente logo após o rompimento de um retângulo uma volta à linha penetrada, seguida por uma retomada na direção penetrada. Esta volta ocorre em 40% deles, em geral num período que pode variar de três dias a três semanas, mas nada impede que possa demorar mais.
Quando um retângulo é perfurado numa base de fechamento, o objetivo mínimo do movimento subseqüente pode ser facilmente determinado, bastando dobrar a altura do retângulo, como ser visto no diagrama da página anterior. Existe outra forma de projeção, feita com o uso da técnica do gráfico pontofigura que veremos quando abordarmos esta técnica. Por hora posso dizer que ela tem a ver com a extensão do retângulo. No gráfico de Eletrobrás pnb (diário), ao lado, observe como esta longa base de um ano deu origem a um grande movimento de alta, após o seu rompimento. Os retângulos normalmente se resolvem num período de um a três meses, similar aos Triângulos e as Cunhas, que será o próximo padrão a ser examinado.
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Como todos os padrões de continuação e de reversão que veremos, surgem em qualquer periodicidade, no geral mantendo sempre as mesmas características durante sua construção. Abaixo podem ser vistos mais alguns exemplos reais onde os retângulos funcionaram como padrão de continuação de tendências de alta, bem como, padrões de reversão de topo e fundo:
3. Cunhas: são formações gráficas, em que as flutuações dos preços ficam contidas entre duas linhas convergentes, mas que se diferenciam dos triângulos por serem ambas, simultaneamente, inclinadas para cima ou para baixo. O padrão do volume é similar aos dos triângulos e retângulos, diminuindo substancialmente durante seu desdobramento. Seu tempo de formação e resolução é similar ao dos triângulos, de um a três meses, mas pode demorar mais.
Cunha Descendente
Padrão de Continuação de Alta
Cunha Ascendente
Padrão de Continuação de Baixa 35
Como pode observar no diagrama anterior, suas definições têm o sentido oposto às suas designações, isto é, uma cunha descendente é altista e uma cunha ascendente é baixista. O movimento posterior à perfuração de uma cunha ascendente (baixista) exige uma atitude operacional rápida, ao passo que, o da cunha descendente (altista), deixa mais tempo para raciocinar. O objetivo mínimo do movimento após a perfuração é a distância medida entre o ponto mais alto (cunha descendente) ou a do ponto mais baixo (cunha ascendente) e o vértice, transferida verticalmente para o local do corte, conforme indicam as setas pontilhadas do diagrama da página anterior. Seguem-se, abaixo, alguns gráficos que estavam se desdobrando num padrão de Cunha Descendente, com implicações altistas:
Mais alguns exemplos de Cunhas que funcionaram como padrão de reversão e continuação, bem como, mais uma possível cunha de alta que pode estar em andamento:
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Como operar as penetrações e o interior dos Retângulos e das Cunhas: estratégias As estratégias operacionais para os Retângulos e Cunhas são basicamente as mesmas utilizadas para se operar os Triângulos. O que muda é o traçado do desdobramento.
4. Bandeiras, Flâmulas e Similares: são pequenas e compactas flutuações de preços, que vão formar pequenos paralelogramos ou retângulos, ligeiramente inclinados contra a direção da tendência predominante. Quando aparecem numa tendência de alta, sua semelhança com uma bandeira tremulando no mastro é muito grande, daí seu nome. Sempre surgem após um avanço vertical rápido e extenso (que vem a ser o mastro), durante o qual se verifica um aumento crescente do volume. Quando esse movimento encontra resistência, se inicia a construção da bandeira, com o mercado dando uma ligeira recuada e os preços ficando contidos dentro de duas linhas horizontais, mais ou menos paralelas e inclinadas, com redução gradual do volume.
Bandeira de Alta
h’
h
Bandeira de Baixa
h
Flâmula de Alta
h´
Flâmula de Baixa
h
h
h
h´
A resolução dessa congestão pode levar de cinco dias a três semanas, sendo que, quando são rápidas, não chegam a ficar inclinadas, assemelhando-se a pequenos quadrados. Quanto maior a distância entre as linhas que a formam, maior o tempo gasto. A penetração do padrão implica em aumento do volume e pode-se esperar que o movimento que se segue tenha a mesma extensão do movimento anterior à formação da Bandeira, i .é., o mastro é duplicado, com a bandeira ficando como metade do caminho. Quando surgem em tendências de baixa, suas características são as mesmas, só que no sentido inverso e com propensão a uma definição mais rápida. As flâmulas diferem das bandeiras apenas pelo seu formato, mantendo todas as demais características. Seu aspecto está muito mais para um triângulo inclinado ou uma pequena cunha. Elas também se formam após um rápido avanço (ou declínio) dos preços e, durante sua construção, o volume diminui de forma sensível, mais rapidamente ainda do que durante a construção das bandeiras. As projeções dos objetivos mínimos são idênticas às das bandeiras. Bandeiras e flâmulas são consideradas pelos grafistas, como padrões dos mais confiáveis, tanto na indicação da direção do mercado, como nas projeções de medida. Ocasionalmente podem falhar, mas nunca sem antes dar um sinal que o padrão tenha se completado. Para que possa se prevenir dessas falhas, basta que observe atentamente para três aspectos:
1. A figura de consolidação (bandeira ou flâmula) deverá surgir após um movimento quase em linha reta vertical. 2. A atividade (volume) deverá diminuir considerável e constantemente durante a construção do padrão, e continuar a cair até que os preços saltem para fora dele.
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3.
Os preços deverão perfurar o padrão na direção esperada, no máximo em quatro semanas. Um padrão desse tipo, que se estenda além de três semanas, deverá ser visto como suspeito.
Veja abaixo alguns exemplos reais:
Como pode ver nos gráficos acima, estas formações surgem uma atrás da outra somente quando um ativo ou um índice entra em tendência. Embora sejam padrões facilmente perceptíveis, são os mais difíceis de serem seguidos, se não for acompanhado de um sólido critério analítico e operacional. Para a maioria dos investidores, principalmente aqueles menos experientes que ainda se encontram na fase oral (das dicas), é muito difícil realizar quando um papel já subiu um bom pedaço, que se deve comprar (adicionar) mais alguns lotes na medida em que forem surgindo novos pontos de compra. Em geral, após comprar e obter algum lucro ele passa a ficar preocupado em proteger aquilo que já ganhou e dificilmente resiste comprado após um ou dois dias consecutivos de queda. Quando o papel volta a subir, após uma breve respirada (a bandeira ou flâmula), ele não tem mais coragem para recomprar e deixa de obter os benefícios de uma tendência. Acho que é por isto que dizem que o investidor menos experiente não deixa o lucro crescer. Daqui para frente, quando observar um ativo qualquer rompendo uma resistência ou um suporte importante e começar a subir/cair de forma acelerada, lembre-se que provavelmente surgirão pela frente vários novos pontos de compra ou de venda, conforme o caso. Você se sentirá emocional e psicologicamente muito melhor se definir estopes técnicos e deixar correr. Ainda que não tenha iniciado uma operação na primeira perna de alta após o rompimento de uma resistência ou suporte significativo, se perceber a formação de uma bandeira, uma flâmula ou qualquer coisa similar (no sentido da rapidez da correção e não da forma), compre (venda) na ultrapassagem do topo (do fundo) da primeira bandeira ou flâmula e coloque um estope inicial um pouco abaixo do fundo (do topo) da bandeira ou flâmula e a cada nova correção vá adicionando sem prejudicar seu preço de compra (venda) inicial subindo simultaneamente o estope de toda a posição para o fundo (topo) anterior onde adicionou na ultrapassagem.
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Quando for estopado, muito provavelmente a tendência estará se esgotando e, ainda que devolva algum, com certeza terá sido uma operação das mais lucrativas. Diagramando estas estratégias, teríamos:
SEGUNDO PONTO DE COMPRA ESTOPE INICIAL MOVIMENTAR ESTOPE DA COMPRA INICIAL E DA POSIÇÃO ADICIONADA PRIMEIRO PONTO DE COMPRA PRIMEIRO PONTO DE VENDA MOVIMENTAR ESTOPE DA VENDA INICIAL E DA POSIÇÃOADICIONADA
RESISTÊNCIA ESTOPE INICIAL
SEGUNDO PONTO DE VENDA
Coloquei intencionalmente dois níveis de compra e de venda na segunda correção. O motivo é o seguinte: quando a correção evoluir num formato retangular, o estope deverá ficar um pouco abaixo do fundo do retângulo e o ponto de compra ocorrerá na ultrapassagem do topo do retângulo. Porém, quando a correção se dá em forma de cunha ou de um pequeno canal de baixa, muitas vezes, em termos de preço, ocorre uma forte retração. Nestes casos, dependendo do cenário geral do mercado [muitos papéis subindo de forma generalizada e alternada (ou muitos papéis caindo de forma generalizada e alternada)], pode-se fazer a compra (ou a venda) no corte da linha de tendência de baixa colocando um estope um pouco abaixo da mínima da perna de queda anterior ao corte da linha. Entretanto, este procedimento não é tão seguro quanto comprar na ultrapassagem do topo do padrão. Embora exista a possibilidade de falha na estratégia de comprar na ultrapassagem do topo, este risco será sempre menor do que no interior do padrão. Por isto, antes de iniciar uma compra no corte da linha de tendência de baixa deve -se fazer as contas de quanto custará, caso venha a ser estopado, para ver se é melhor do que esperar pela ultrapassagem do topo do padrão, no caso de ter de repetir a compra no corte da linha de tendência de baixa retraçada. Algumas vezes, fazer uma operação num nível de compra mais baixo, ser estopado e repetir o procedimento, custa menos do que esperar pela penetração do topo. Com isto encerramos nossa viagem pelos padrões de continuação e examinaremos a partir de agora os padrões de reversão.
PADRÕES DE REVERSÃO: São padrões que quando aparecem indicam que a tendência em andamento está em vias de mudar de direção. Na maioria dos casos, quando uma tendência de preços entra num processo de reversão, seja de alta para baixa ou de baixa para alta, uma área ou padrão característico toma forma no gráfico, tornando-se reconhecido como padrão de reversão. Algumas dessas formações gráficas são construídas e completadas muito rapidamente, mas na sua maioria necessitam de várias semanas para atingir um estágio em que alguém possa dizer, com segurança, que uma reversão de tendência está definitivamente assinalada. Genericamente falando, quanto maior a área de reversão quanto mais largas as flutuações dentro dela, quanto mais tempo demorar a se forma r, quanto mais ações trocarem de mãos durante sua construção mais
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importantes suas implicações. Assim, grosseiramente falando, uma grande formação de reversão sugere um grande movimento a seguir e um pequeno padrão, um pequeno movimento. Dentre os padrões de reversão mais comuns, veremos a formação de Cabeça e Ombros, Topos e Fundos Arredondados, Topos e Fundos Duplos e Triplos, Formações de Alargamento, Diamantes, Dia de Reversão, Ilha de Reversão e a Pá de Ventilador.
1. Cabeça e Ombros: é o padrão de reversão mais comum e, certamente o mais confiável. Costuma surgir em topos e fundos importantes, embora também possa ocorrer eventualmente como padrão de continuação, o que não chega a ser uma raridade. Provavelmente, já deve ter ouvido alguém falar sobre sua ocorrência, porque existem muitos investidores familiarizados com seu nome, mas não tantos que realmente saibam e possam distingui-lo de algum desenvolvimento de preço similar, que na verdade não se comportará de acordo com o padrão verdadeiro. O típico, ou se preferir, o padrão Cabeça e Ombros ideal está ilustrado no diagrama a seguir: O padrão ao lado consiste: A.
h
B C
A
B.
E C.
LINHA DE PESCOÇO
h’
D D.
VOLUME
E.
Uma forte subida, atingindo seu clímax após um avanço, mais ou menos extenso, sobre o qual há um grande aumento do volume, seguido por uma pequena queda sobre a qual o volume diminui consideravelmente, em relação à subida ao topo. É o “ombro esquerdo”. Outra subida com alto volume em que o preço atinge um nível mais alto do que o do ombro esquerdo, seguida por outra queda com menos volume, que leva os preços para baixo próximos do nível do fundo da queda precedente, algumas vezes mais para baixo, algumas vezes mais para cima, mas, de qualquer forma, abaixo do topo do ombro esquerdo. É a “cabeça”. Uma terceira subida, mas dessa vez, decididamente com menos volume do que o que acompanhou as subidas do ombro esquerdo e da cabeça, que falha em atingir a altura da cabeça antes que se origine outra queda. É o ombro direito. Finalmente, o declínio dos preços nessa terceira queda rompe a “linha de pescoço”, traçada através dos fundos formados pelas quedas entre o ombro esquerdo e o ombro direito, respectivamente. Para que a penetração seja válida, é necessário que numa base de fechamento se afaste uns 3% (em relação ao preço negociado) da linha de pescoço. Na verdade, o rompimento de qualquer dos padrões examinados até agora requerem essa condição de confirmação. Outro aspecto que merece atenção é de que, na maior parte das C&Os, após a perfuração da linha de pescoço, ocorre uma volta dos preços à linha para testa-la.
No diagrama acima vimos um exemplo clássico. Nem sempre é assim. A linha de pescoço pode ser horizontal, pode estar inclinada para cima ou inclinada para baixo. O comportamento do volume é fator mais importante na confirmação do padrão. Entretanto, nas C&Os de reversão de fundos, o volume do ombro esquerdo normalmente se forma sob baixo volume, que crescerá ligeiramente durante a formação da cabeça, mas atingirá seu nível mais alto durante a subida do ombro direito, no ataque à linha de pescoço. Este padrão nos permite determinar o objetivo mínimo do movimento que se segue à ruptura da linha de pescoço, com facilidade e precisão. Para tanto, basta que você meça verticalmente à distância que vai da parte mais alta da cabeça até a linha de pescoço (h, no diagrama acima) e transfira essa medida para o local em que se deu a perfuração (h’, no diagrama acima). Veja a seguir alguns exemplos reais e note como todos os objetivos mínimos não só foram atingidos, como ultrapa ssados:
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Quanto à sua forma podem surgir com dois ombros de cada lado e uma cabeça; podem surgir com duas cabeças e um ombro de cada lado; podem ter três cabeças e dois ombros simples; podem ter três ombros de cada lado e uma cabeça, enfim, podem assumi r vários aspectos dentro do padrão e são mais conhecidas como formações complexas. O padrão tem uma forte tendência à simetria, principalmente quanto ao número de ombros. Assim, se de um lado ocorrerem dois ombros, pode-se esperar que o mesmo aconteça no l ado direito da cabeça. Tipicamente, um padrão de reversão, ocasionalmente, surge no meio de tendências, geralmente invertido como padrão de continuação. Não existe muito risco de ser confundido com o de reversão, pois, é invertido com respeito à direção prévia dos preços anteriores ao seu surgimento. Assim, se surgir um padrão deste tipo num mercado ascendente, ele se apresentará com a forma de uma cabeça e ombros de fundo e vice-versa, conforme pode ver nos gráficos ao lado. O comportamento do volume durante a sua ocorrência também não segue as regras dos padrões de reversão, nem tem muita importância na confirmação do padrão.
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Como operar o padrão Cabeça e O mbros:estratégias
C O
O
C O
O LP
LP
LTA LTA
Quando estiver examinando seus gráficos e perceber que, após uma grande subida, os preços começaram a ratear, perfurando inicialmente a linha de tendência de alta e, no próximo movimento de subida, começarem a cair antes de ultrapassar o topo anterior, com um padrão crescente do volume durante a formação do ombro esquerdo e da cabeça, independente de qual dos dois tenha sido maior, a probabilidade de que esteja diante de uma formação de cabeça e ombros é muito grande. Neste caso, existem três pontos relativamente seguros para iniciar uma venda *:
1)
A partir do momento que o ombro esquerdo e a cabeça de uma possível formação de C&Os puder ser vista EV1 e EV2 no gráfico e começar a se formar o ombro direito, trace uma LP linha de tendência de alta e quando ela for cortada para PV1 baixo, venda e coloque um estope de entrada um pouco EV3 acima da máxima da perna de alta anterior ao corte da linha de tendência. Se o seu estope for atingido, encerre sua PV3 operação, retrace a linha de tendência de baixa e, até que o PV2 topo da cabeça tenha sido ultrapassado, venda no corte da linha de tendência de baixa. 2) Quando o movimento de queda que vai completar o ombro direito penetrar a linha de pescoço, venda e coloque um estope de entrada um pouco acima do topo anterior. Se perceber que a distância do topo do ombro direito implica num pedágio muito caro, em vez de usar o topo anterior como referência de estope, use a máxima da barra em que se deu a penetração. Neste caso, se for estopado, venda novamente quando a mínima atingida antes de ter sido estopado for penetrada e coloque um estope de entrada um pouco acima do novo topo anterior. Se não entendeu, é exatamente a mesma abordagem da próxima estratégia de venda, apenas num nível um pouco mais alto. 3) Se após o rompimento da linha de pescoço, os preços voltarem ao seu encontro e dali voltarem a cair, venda quando o fundo anterior for penetrado numa base de fechamento e coloque o seu estope um pouco acima do novo topo anterior formado pela tentativa de volta à linha de pescoço.
Observações: a) Durante o curso, quando eu mencionar “numa base de fechamento”, estou me referindo ao “preço de fechamento”, o último negócio do dia ou da periodicidade em que estiver trabalhando. b) “Se tiver sido estopado”, tem o sentido de: se o nível previamente definido para interromper sua operação, caso ela estivesse saindo fora do previsto, tiver sido atingido.
*
No caso de uma Cabeça e Ombros de Reversão de Fundo, as estratégias para iniciar as compras são as mesmas, apenas invertidas.
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2. Topos e Fundos Duplos e Triplos: na concepção clássica da análise gráfica, os padrões duplos são muito raros e, os triplos, ainda mais. Freqüentemente, grafistas com pouca experiência detectam esses padrões, mas quase sempre erroneamente. Para entender o porquê dessa avaliação imprecisa, precisamos entender bem como são formados esses padrões, diante dos conceitos da análise gráfica.
T1
T2
V’ V V V’
F1
F2
A construção de um topo duplo se inicia quando, após uma subida, acompanhada de alto volume, o mercado se retrai com diminuição do volume, e, então, volta a subir outra vez até atingir o nível do topo anterior (algumas vezes um pouco aquém e, outras, um pouco além), novamente com volume crescente, porém sem registrar as mesmas marcas verificadas durante a construção do primeiro topo e, então, volta a cair uma segunda vez, com conseqüências bem mais significativas. Um fundo duplo é o inverso. Tendo visto como se forma um Topo/Fundo duplo, voltemos aos triângulos ascendentes e aos retângulos vistos nos padrões de continuação. Quando esses padrões começam a se desenvolver, seu primeiro passo é a construção de dois topos no mesmo nível, com uma correção entre eles e com menos volume sobre o segundo topo do que no primeiro, conforme abaixo:
Triângulo Ascendente Retângulo
Topo Duplo
No diagrama acima, omiti o volume. Mas, considere que está de acordo com a descrição do parágrafo anterior. Considere, também, que está observando um gráfico se desenvolvendo de forma similar ao diagrama acima. No final da linha preta mais espessa, o gráfico poderá assumir um dos três padrões assinalados, mas antes que isto aconteça, normalmente a avaliação imediata é que pode estar se formando um topo duplo. Assim, vemos
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que necessitamos ter alguma regra ou critério para distinguir um verdadeiro padrão de reversão Topo Duplo de um topo duplo que não implique em reversão, quando eles aparecem como parte de uma área de consolidação numa tendência de alta. Observação: Se é raro surgir como reversão de topo ou de Fundo, é muito freqüente nos padrões de consolidação, qualquer que seja a tendência predominante. No meu livro os denominei de topos e fundos reflexos, devido à simetria. Qualquer indício de falha na continuação da tendência em andamento, normalmente, começa com vestígios de um topo ou fundo duplo. Depois dos ziguezagues, tenho a impressão que é a formação que mais se encontra nos gráficos. Não existe uma regra para que se possa distinguir quando é um ou quando é outro, mas um aspecto pode facilitar bastante quando estiver estudando este tipo de formação. Trata-se do fator tempo e da profundidade do Vale que separa os dois topos ou fundos. Se ocorrerem dois topos no mesmo nível muito próximos no tempo e com apenas uma correção não muito profunda entre eles, as chances são de que façam parte de uma área de consolidação. Por outro lado, se houver uma correção longa, lenta, profunda e mais ou menos arredondada, após o aparecimento do topo (fundo) inicial sucedida por uma evidente falta de força, quando os preços subirem (caírem) novamente na direção do topo anterior (fundo anterior), poderemos suspeitar da existência de um Topo (Fundo) Duplo. Veja abaixo dois exemplos reais de topo e fundo duplo de reversão:
Nesta altura, você poderia perguntar quanto tempo é necessário decorrer entre os dois topos ou os dois fundos, e quão profundo deve ser o “vale” para ser considerado um topo ou fundo duplo de reversão. Diria que não existe uma resposta simples e definitiva. Podemos tentar aproximações. Assim, se dois topos surgirem com mais de um mês de intervalo entre eles, provavelmente não pertencem à mesma formação de consolidação. Se, adicionando-se a isto, a correção entre o primeiro e o segundo topo reduzir o preço uns 20% em relação ao seu valor no topo, aumentam as possibilidades de que possa ser um Topo ou Fundo Duplo. Mas, estes dois critérios são arbitrários e não sem exceção. Existem casos nos quais os dois topos ocorreram com apenas duas ou três semanas de intervalo, e outros nos quais o “ vale” entre eles foi de apenas 15%. A maioria dos verdadeiros Topos e Fundos Duplos, entretanto, desenvolvem-se com intervalos de dois a três meses ou ainda maiores entre eles. Genericamente falando, o elemento tempo é mais crítico do que a profundidade da correção. Quanto maior o tempo entre os dois Topos (ou Fundos), menor a necessidade de uma queda (subida) extensa dos preços durante o intervalo.
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Tendo visto as principais características da possível ocorrência de um Topo Duplo, resta dizer que a confirmação final é dada, quando, após, a construção do segundo topo, o mercado cai e rompe o suporte criado na linha de fundo do ’vale”, assinalando uma reversão de tendência de alta para baixa. Topos e Fundos totalmente confirmados, raramente aparecem em reversões de tendências intermediárias: eles são um fenômeno característico de reversão de tendência primária. Portanto, quando estiver convicto de que está diante de um, não o despreze. Mesmo que os preços já tenham retrocedido 20%, as chances são de que cairá muito mais antes de atingir o fundo. Tudo que foi dito aqui sobre Topos Duplos, vale para os Fundos Duplos, só que invertido. 3. Topos e Fundos Triplos: Mais raros, muitos deles caindo na categoria de retângulos, o verdadeiro Topo Triplo contém uma identificação familiar semelhante ao Topo Duplo. Seus topos são largamente espaçados, profundos e, normalmente com correções arredondadas entre eles. O volume é caracteristicamente menor sobre o segundo avanço do que no primeiro, e ainda menor no terceiro. Os três topos não precisam ter intervalos tão longos quanto os dois que constituem um Topo Duplo e, também, não precisam ter a mesma distância entre si. Desse modo, o segundo topo pode ocorrer apenas cerca três semanas do primeiro e, o terceiro, seis semanas ou mais após o segundo. Também os Vales não precisam atingir a mesma linha de fundo; o primeiro pode ser mais alto que o segundo e vice-versa. E os três topos não precisam atingir exatamente o mesmo nível de preço. Todavia, apesar destas variações permissív eis, olhando-se a figura como um todo, deve haver algo familiarmente suspeito, alguma coisa que sugira imediatamente a possibilidade de um Topo Triplo para o grafista.
Fundos Triplos são simplesmente Topos Triplos invertidos, com as mesmas observações feitas quando vimos os Fundos Duplos. Não pretendo dissecar os principais padrões de reversão. Veremos com mais detalhes, apenas aqueles que acho merecer maior atenção. Só estou levando estes padrões ao seu conhecimento, para que vá se acostumando com a idéia que as formações se repetem e para que também possam familiarizar-se com os gráficos. Assim, quando chegarmos no jogo, sua vista já estará acostumada e também facilitará o entendimento da metodologia operacional. Veja no gráfico da próxima página um topo triplo ocorrido no Bovespa, cuja projeção de queda ainda não está completa. Observe como a média móvel de 30 dias do volume (linha vermelha na janela inferior) é decrescente a cada novo topo.
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4. T opos e Fundos Arredondados: são, na verdade, uma extensão dos padrões múltiplos de cabeça e ombros em que a batalha dos compradores e vendedores se processa de modo menos violento, sobre um período de tempo mais longo, em que a mudança progressiva de uma força predominante para outra, torna-se claramente aparente. As reversões arredondadas são a manifestação mais simples e lógica desse processo. Elas mostram simples e claramente uma mudança simétrica e progressiva na direção da tendência, produzida por mudanças graduais no equilíbrio do poder entre compradores e vendedores. Topos arredondados aparecem ocasionalmente nos gráficos de ações de preços muito altos, que, em geral, não interessam ao investidor comum. Fundos arredondados ocorrem com mais freqüência nas ações de preço baixo. Não se conhece uma fórmula de medida que possa ser aplicada sobre as formações arredondadas, mas elas quase nunca decepcionam.
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O comportamento do volume nos Topos Arredondados, raramente é tão bem definido como nos fundos. Nos fundos ele tende a acompanhar a curva dos preços. Nos topos, é alto e irregular durante a primeira parte do arredondamento e na segunda parte tende a diminuir para voltar a crescer novamente quando o preço começa a acelerar para baixo. 5. Formações de Alargamento: são muito raras e surgem apenas no fim ou nas fases finais de um longo mercado de alta. Normalmente, assumem o aspecto de um triângulo simétrico invertido, podendo também parecer com os triângulos ascendentes e descendentes. O tipo simétrico consiste de uma série de flutuações de preços, através de um eixo horizontal, com cada topo terciário mais alto que o anterior e cada fundo terciário mais baixo que o seu antecessor. Ao conectarmos os topos e fundos com duas retas, veremos que a dos topos é inclinada para cima, e a dos fundos inclinada para baixo. Diferentemente dos triângulos, cujos limites são respeitados, nas formações de alargamento, as subidas e descidas nem sempre são interrompidas no limite das linhas, dificultando um pouco o seu traçado.
5 3
1
7 2
4 6
8
O tipo mais comum desse padrão pode ser visto no diagrama ao lado. A figura mostra três topos sucessivamente mais altos (pontos 1, 3 e 5) e dois fundos (2 e 4), com o segundo fundo (ponto 4) ma is baixo que o primeiro. Obviamente é um padrão muito difícil de operar, porque durante sua formação ocorrem muitas penetrações falsas. O padrão também contradiz muito que já foi dito, no sentido de que uma penetração de um topo anterior, normalmente indica retomada da tendência de alta, enquanto a violação de um fundo anterior, normalmente sinaliza tanto o início ou a continuação de uma tendência de baixa. O investidor que estiver usando as perfurações para cima e para baixo para iniciar operações, estará sujeito a uma série de maus sinais.
6. Diamante: tanto pode ser descrito como uma cabeça e ombros mais ou menos complexa com uma linha de pescoço em forma de “V”, ou como uma formação de alargamento que, após duas ou três oscilações, transforma-se subitamente num triângulo regular, sempre muito próximo da forma simétrica. Embora possa ser facilmente identificado quando aprece nos gráficos, o Diamante não é um padrão comum. Como seu desenvolvimento requer mercados razoavelmente ativos, raramente ocorre como reversão de fundo. Durante a sua construção, o volume se expande na primeira metade e se contrai gradualmente na segunda, aumentando sobre a perfuração. Carrega consigo projeções de medida semelhantes ás fórmulas dos triângulos ou da cabeça e ombros. Os preços deverão se mover, a partir do ponto da perfuração, pelo menos a maior distância vertical dentro do diamante. Normalmente, esta projeção mínima é ultrapassada.
No gráfico semanal do Dow Jones, por volta de março de 2.000 podi a-se supor, como muitos analistas o fizeram, que após muitos anos de alta, o Dow Jones desdobrava -se numa formação de Alargamento que redundaria na reversão da Tendência de alta. Entretanto, o padrão não se confirmou e foi derivando para um Diamante, também visto por muitos analistas. Passado um tempo, a reversão prognosticada pelos dois padrões
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acabou se concretizando. Cabe comentar que todos os Diamantes se iniciam como uma Formação de Alargamento.
7. Dia de reversão: esta formação não carrega consigo as mesmas implicações de reversão que os padrões vistos até aqui. É bem mais suave, pois seu aparecimento geralmente ocasiona fortes correções terciárias, que não vão alterar a tendência predominante. Em geral, são correções de curto prazo. Pode ser definido como um dia de volume extremamente alto, excedendo com sobras o volume de qualquer dia anterior durante meses. Surge após um avanço longo e firme, sobre o qual o volume foi crescendo gradualmente. Num dia qualquer, após a abertura do pregão, os preços são empurrados para cima como se nada os pudesse deter. Freqüentemente, o preço de abertura está bem longe do nível de fechamento do dia anterior, como se fosse deixar um grande espaço vazio sobre o gráfico. Depois de uma ou duas horas de pregão, os preços foram empurrados para um nível que equivale a um ou dois dias de altas normais. Em seguida, o preço estaciona, o mercado fica meio devagar e, subitamente, a tendência reverte e os preços começam a mover-se rapidamente na direção oposta. O pregão termina com uma explosão final da atividade que leva os preços abaixo da mínima do dia anterior. As características de um dia de reversão de fundo são as mesmas, invertidas. DIA DE REVERSÃO DE TOPO
DIA DE REVERSÃO DE FUNDO
Você precisa conhecer o que é um GAP antes de passarmos para o próximo padrão No grafiquês, gap representa um intervalo de preços, onde, no momento de sua ocorrência, nenhuma ação mudou de mãos. Este é um conceito útil de se manter em mente, porque ajudará a explicar algumas de suas conseqü ências técnicas.
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Nos gráficos diários, os gaps são produzidos quando, em qualquer dia, a menor (a mínima) cotação desse dia é maior do que a maior cotação (a máxima) do dia anterior ou, o inverso, quando a maior cotação desse dia é inferior à menor cotação do dia anterior. Nos gráficos semanais, o raciocínio é idêntico. Só que em vez de um dia qualquer e o anterior, passa a ser uma semana qualquer e a anterior, assim, também para os mensais e intra-dia. Obviamente, quanto maior a periodicidade, menor é a chance de sua ocorrência. Os gaps são classificados em quatro tipos: de área, de fuga ou perfuração, de medida ou continuação e de exaustão.
GAP DE ÁREA GAP DE FUGA
GAP DE ÁREA: é o mais comum e deve seu nome ao fato de ocorrer dentro de áreas de congestão e, também por esse motivo, não trazer implicações, sendo normalmente fechado em poucos dias (geralmente dois ou três dias).
GAP DE MEDIDA
GAP DE FUGA OU PERFURAÇÃO: também aparece em conexão com formações de congestão de preços, mas se desenvolve na conclusão da formação, no movimento que leva os preços para fora do padrão. Diferentemente do gap de área, o de fuga ou perfuração carrega consigo implicações de significado importante. Primeiro, serve para chamar a atenção e en fatizar o fato de que houve uma perfuração. Pode haver muito pouca dúvida que uma genuína penetração tenha ocorrido, quando os preços saltam para fora do padrão com um gap visível. Falsos movimentos raramente são iniciados com gap. Segundo, eles carregam consigo a sugestão de que a demanda por compras (ou as pressões de venda, conforme o caso) que produziram o gap é mais forte do que seria indicado por uma perfuração sem gap. Daqui, pode ser deduzido que o movimento a seguir levará os preços para mais longe ou mais rápido ou ambos. Assim, por exemplo, se simultaneamente, duas ações diferentes romperem a linha de resistência ou suporte de um triângulo ascendente, uma com gap e a outra sem, devemos escolher a que teve o gap. Exceto pelo pressuposto de que alguma coisa maior (força) possa estar por detrás do movimento, o gap de fuga não traz consigo nenhuma implicação de medida em particular, nem nenhum outro significado de projeção. GAP DE EXAUSTÃO
GAP DE MEDIDA OU DE CONTINUAÇÃO: surge com menos freqüência do que as duas formas anteriores, mas, de longe, carrega muito mais significado técnico, porque nos permite projetar uma indicação aproximada da provável extensão do movimento a seguir após sua ocorrência. Geralmente, os preços irão tão longe além do gap quanto eles foram entre o início do movimento e o gap, como medido diretamente e verticalmente sobre o gráfico. GAP DE EXAUSTÃO: caracteriza o fim da tendência. Um gap de exaustão não é seguido por novas altas durante uma tendência de alta ou novas baixas durante uma tend ência de baixa. Surge normalmente depois de algum tempo de tendência, provavelmente após já ter visto, neste movimento os gaps de fuga e de medida, embora isto não seja uma pré -condição. Ele só estará confirmado quando os preços reverterem e fechá-lo (fechar um gap significa: um movimento no sentido contrário que preenche a região de preço onde não houve troca quando da sua formação).
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F
A
A A F
M
A M
F
M
E M F E
8. Ilha de Reversão: a Ilha de Reversão pode ser descrita como uma pequena e compacta congestão separada do movimento que leva à sua formação (geralmente muito rápido) por um gap de exaustão, e do movimento que se segue na direção oposta (também muito rápido) por um gap de fuga. Não é uma formação muito comum e em si mesma de importâ ncia fundamental para se identificar um topo ou um fundo de longo prazo, mas, como uma regra, envia os preços de volta para uma correção completa do movimento terciário que o antecedeu. GE
GE
GF
GF GE
GE
GF
GF
A congestão pode consistir de apenas um único dia, o qual normalmente se desenvolve como Dia de Reversão, ou pode se desenvolver em até uma semana de pequenas flutuações, dentro de uma compacta zona de preços. É caracterizada por volumes relativamente altos. Na próxima página podem ser vistos alguns exempl os reais:
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9. Pá do Ventilador: algumas vezes, após a perfuração de uma linha de tendência, os preços depois de declinarem tentam se recuperar e sobem de volta até a linha perdida, agora uma resistência (1). Nesse ponto atingido pela queda após a perfuração, de onde o mercado tentou voltar para a linha de tendência de alta, você traçará uma nova linha de tendência, que também será perfurada (2). Após uma nova tentativa de recuperação, que também falhará, uma nova linha sertã traçada (3). A perfuração dessa terceira linha é, normalmente, um importante sinal de venda, pois indica reversão de tendência. O inverso é válido para uma linha de tendência de baixa, ocorrendo na perfuração da terceira linha um ponto de compra.
1 2
PC 3 3 2
PV 1
10. Topos e Fundos em “V” ou “Λ“ : até hoje não havia encontrado um nome que achasse adequado para este padrão. Na época em que escrevi o meu livro denominei-os de topos e fundos agudos. Agora pouco, decidi rebatiza-los para topos e fundos em forma de vê ou vê invertido. Por não expressarem uma mudança gradual na tendência, não estão classificados como padrões clássicos de reversão, o que acho incrível, visto ser o padrão de reversão de topo mais comum entre as ações menos consideradas, quando fazem sua alta final. Devido à velocidade de sua construção, só percebemos que se formaram quando praticamente não podemos tirar proveito. Nos topos, quando o movimento está completo, fica parecendo um “Λ” invertido e, nos fundos,
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tem a forma de um ”V ”. Surge com muito mais freqüência nas ações de segunda ou terceira linha e se apresenta muito mais nos topos do que nos fundos.
Caracterizam-se por uma subida (queda) vertiginosa, quase num ângulo de 90o em que ao atingir o topo (fundo), revertem na mesma velocidade e inclinação, sem nenhuma advertência ou período de transição, dificultando operá -lo. Quando estivermos estudando estratégias mais avançadas, veremos que não é tão difícil quanto parece.
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EXERCÍCIOS DE ASSIMILAÇÃO 1) Utilizando a área quadriculada abaixo, plote as barras diárias abaixo e veja que padrões consegue identificar: Data
Abt
Máx
Mín
Últ
Data
Abt
Máx
Mín
Últ
Data
Abt
Máx
Mín
Últ
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
1,00 1,01 1,03 1,09 1,14 1,12 1,09 1,09 1,11 1,13 1,15 1,20 1,23 1,26 1,29 1,26
1,03 1,05 1,10 1,15 1,14 1,13 1,12 1,11 1,14 1,17 1,19 1,25 1,28 1,30 1,29 1,28
0,98 1,01 1,02 1,08 1,10 1,09 1,08 1,09 1,11 1,13 1,14 1,18 1,22 1,25 1,26 1,25
1,01 1,04 1,08 1,15 1,12 1,10 1,11 1,11 1,13 1,15 1,19 1,23 1,27 1,30 1,27 1,25
17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32
1,26 1,27 1,28 1,27 1,31 1,33 1,39 1,44 1,48 1,45 1,43 1,39 1,43 1,44 1,47 1,44
1,29 1,30 1,29 1,31 1,35 1,40 1,45 1,50 1,49 1,47 1,45 1,43 1,45 1,49 1,47 1,45
1,26 1,27 1,25 1,26 1,30 1,33 1,37 1,43 1,45 1,42 1,38 1,39 1,41 1,44 1,44 1,42
1,28 1,29 1,26 1,31 1,34 1,39 1,44 1,48 1,45 1,43 1,40 1,43 1,44 1,47 1,44 1,43
33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
1,42 1,41 1,43 1,46 1,46 1,43 1,43 1,46 1,49 1,52 1,52 1,50 1,49 1,52 1,54 1,59
1,43 1,44 1,46 1,48 1,47 1,44 1,46 1,50 1,54 1,55 1,53 1,51 1,53 1,56 1,60 1,63
1,40 1,41 1,43 1,45 1,43 1,42 1,43 1,45 1,48 1,52 1,49 1,47 1,48 1,51 1,54 1,58
1,41 1,43 1,45 1,46 1,43 1,43 1,46 1,49 1,53 1,52 1,50 1,49 1,52 1,54 1,59 1,62
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2) Plote os dados abaixo na área quadriculada e veja que padrão consegue identificar: Data
Abt
Máx
Mín
Últ
Data
Abt
Máx
Mín
Últ
Data
Abt
Máx
Mín
Últ
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
1,00 1,08 1,10 1,13 1,14 1,15 1,14 1,15 1,15 1,18 1,22 1,23 1,26 1,28 1,31 1,34
1,08 1,11 1,14 1,16 1,18 1,16 1,17 1,16 1,19 1,22 1,25 1,27 1,29 1,31 1,34 1,35
1,00 1,07 1,09 1,11 1,14 1,13 1,14 1,14 1,15 1,18 1,20 1,23 1,25 1,27 1,29 1,31
1,08 1,10 1,13 1,14 1,15 1,14 1,15 1,15 1,19 1,22 1,23 1,26 1,28 1,31 1,34 1,32
17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32
1,32 1,30 1,29 1,26 1,25 1,23 1,26 1,28 1,29 1,31 1,33 1,34 1,38 1,37 1,36 1,34
1,33 1,31 1,29 1,27 1,25 1,26 1,28 1,31 1,33 1,35 1,37 1,38 1,40 1,38 1,37 1,34
1,30 1,27 1,26 1,24 1,21 1,23 1,25 1,27 1,29 1,31 1,32 1,34 1,36 1,35 1,33 1,30
1,30 1,28 1,27 1,25 1,23 1,25 1,28 1,30 1,32 1,33 1,34 1,37 1,37 1,36 1,33 1,32
33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
1,32 1,27 1,25 1,24 1,26 1,28 1,31 1,32 1,31 1,29 1,26 1,23 1,21 1,17 1,15 1,13
1,32 1,29 1,25 1,27 1,30 1,32 1,34 1,33 1,31 1,29 1,26 1,24 1,21 1,18 1,16 1,13
1,27 1,24 1,22 1,24 1,25 1,28 1,30 1,30 1,28 1,26 1,23 1,20 1,17 1,14 1,11 1,09
1,28 1,24 1,24 1,27 1,29 1,32 1,32 1,30 1,29 1,26 1,23 1,21 1,18 1,15 1,12 1,10
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3. Observe o gráfico abaixo e veja se consegue localizar uma bandeira de alta, um retângulo de continuação e uma cabeça e ombros de continuação.
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4. Observe o quadro abaixo e informe: a) No gráfico da DOW Chemical, qual foi o padrão que antecedeu ao rompimento do seu topo histórico; b) Qual o padrão em que está se desdobrando o gráfico da APLLE COMPANY; c) Qual o padrão de reversão ocorrido nos gráficos da GILLETTE e da FORD nos topos do final da década de 1990.
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5. Indique no gráfico abaixo um padrão de reversão que funcionou como padrão de continuação, cuja resistência depois de penetrada reverteu o seu papel para suporte.
Observação: durante esta semana e a próxima colocarei novos exercícios de treinamento no fórum, bem como as respostas dos que aqui foram propostos.
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