I SECÇÃO - LOBITOS Manual de Apoio À Formação - Escuteiros v.1.1

June 22, 2021 | Author: Anonymous | Category: N/A
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LOBITOS



MANUAIS

R.A.P.

PROJECTO EDUCATIVO RENOVAÇÃO DA ACÇÃO PEDAGÓGICA -

I SECÇ

-

ÃO 1.1 Versão 17)

(Mai.20

MANUAL DO DIRIGENTE

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PERTENCE A : __________________________________________ AGRUPAMENTO: ________________________________________ REGIÃO: _______________________________________________ BAIRRO/RUA ONDE VIVO: ________________________________ CONTACTO: _____________________

COLECÇÃO DE MANUAIS ‘FLOR-DE-LIZ’ (DIRIGENTES) DIRIGENTES - Projecto Educativo - Manual comum às Secções (260 pág.) LOBITOS - I Secção - Projecto Educativo da I Secção (178 pág.) - Sistema de Progresso (130 pág.) - Caderno de Animação da Alcateia (modelos) (40 pág.) JÚNIORES - II Secção - Projecto Educativo II Secção (174 pág.) - Sistema de Progresso (76 pág.) SÉNIORES - III Secção - Projecto Educativo da III Secção (198 pág.) - Sistema de Progresso (74 pág.) CAMINHEIROS - IV Secção - Projecto Educativo da IV Secção (174 pág.)

FICHA TÉCNICA

AUTOR: Secretariado Nacional para o Programa de Jovens EDIÇÃO: ASSOCIAÇÃO DE ESCUTEIROS DE ANGOLA DIRECÇÃO: AEA – Departamentos Nacionais da lª, IIª, IIIª e IVª Secção Redacção, designer gráfico e paginação: P. Rui Carvalho, Missionário Passionista e Assessor do SNPJ para Publicação e Método ENDEREÇO: Associação de Escuteiros de Angola Junta Central, Nova Urbanização do Cacuaco, n.º 1 Colabora connosco enviando sugestões, dúvidas e correcções para: [email protected]; [email protected]; [email protected];

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Associação de Escuteiros de Angola

MANUAIS

R.A.P.

“A criança não aprende o que os mais velhos dizem, mas o que eles fazem!” B.P.

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A.A

GLOSSÁRIO PEDAGÓGICO PROPOSTA EDUCATIVA – declaração das finalidades últimas da A.E.A., expressando a sua intenção educa­tiva. É baseada na análise das necessidades e aspirações dos jovens num determinado tempo e num contexto sócio-cultural específico, e serve de: - ideal para os jovens; - referência para a acção continuada dos Dirigentes; - “cartão de visita” para a Sociedade Civil. ÁREA DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL – dimen­ sões consideradas fundamentais na identidade individual, nas quais cada Escuteiro deve progredir para atingir o seu máximo potencial. As 6 Áreas consideradas são: Física, Afectiva, Carácter, Espiritual, Intelectual e Social (FACEIS). OBJECTIVOS EDUCATIVOS – capacidades (Conhecimentos, Competências e Atitudes - CCA) a serem adquiridas por um jovem no final de um processo edu­cativo. OBJECTIVOS EDUCATIVOS DE SECÇÃO – Objecti­ vos Educativos a serem atingidos por altura da passa­gem à Secção seguinte. OBJECTIVOS EDUCATIVOS FINAIS – Objectivos Edu­cativos a serem atingidos no final do percurso escutista (ao fazer a ‘Partida’ do Clã).

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OPORTUNIDADES EDUCATIVAS – conjunto de todas as Actividades usadas para que cada criança/adolescente, ou jovem, possa desenvolver-se nas 6 Áreas de Desenvolvimento, e que contribuem para ir alcançando os Objectivos Educativos adoptados em cada uma das Secções. ACTIVIDADES – iniciativas e acções, planeadas e desenvolvidas pelos Escuteiros, com acompanhamento adulto, que consubstanciam o jogo escutista e respondem às suas aspirações de descoberta e reali­zação, contemplando uma sequência nas fases da escolha, planeamento, concretização e avaliação. SISTEMA DE PROGRESSO (PESSOAL) – conjunto de Oportunidades Educativas (Actividades), procedimentos e instrumentos que são postos à disposição de cada Escuteiro para incentivo e reconhecimento do seu Progresso Pessoal (PP). PROJECTO EDUCATIVO (PE) – conjunto de objectivos e métodos, traduzidos em Oportunidades Educativas, que contribuem para a cons­ trução de um percurso de desenvolvimento pessoal das crianças e jovens. O PROJECTO EDUCATIVO GLOBAL da A.E.A. é composto por 4 Projectos complementares, correspondentes a cada umas das Secções. MÉTODO ESCUTISTA – sistema de auto-educação progressiva baseado em: • Lei e Promessa; • Aprender fazendo; • A vida em pequenos grupos (Sistema de Patrulhas); • Progressão Pessoal e avaliação (Sistema de Progresso); • Vida na natureza; • Mística e Simbologia; • Relação educativa. PROGRAMA EDUCATIVO – totalidade daquilo que os jovens fazem no Escutismo (as Actividades), como é feito (o Método Escutista - ME) e a razão porque é feito (a finalidade).

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6

A ACÇÃO PEDAGÓGICA 7

(R

ENOVAÇÃO DA

A

CÇÃO

P

)

EDAGÓGICA

Renewed Aproach to Programme

Proposta da Organização Mundial do Movimento Escutista (OMME) para que as Associações renovem a forma como abordam o programa educativo no Escutismo e repensem a sua oferta pedagógica aos jovens. É mais conhecida pela sigla R.A.P.. Em Angola, o nome desta proposta teve a seguinte adaptação: "Renovação da Acção Pedagógica" Uma das faces mais visíveis desta renovação é o novo Sistema de Progresso. PORQUÊ? A finalidade

COMO? Método Escutista

PROGRAMA DE JOVENS

O QUÊ? As Actividades

O PROGRAMA DE JOVENS, conforme o definido pela OMME, é a totalidade de:

O QUE os jovens fazem no Escutismo (Oportunidades Educativas: as actividades e acções). Todas as experiências e situações em que os jovens podem aprender no Escutismo, tanto de uma forma planeada como espontânea;

COMO isso é feito (o Método Escutista); PORQUE é que isso é feito (Programa Educativo); o Objetivo Educativo do

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Escutismo, de acordo com o propósito e os princípios do Movimento.

A.0

OS DESTINATÁRIOS DA ACÇÃO PEDAGÓGICA A finalidade do Escutismo é, de acordo com o artigo nº1 da Constituição da Organização Mundial do Movimento Escutista, contribuir para o desenvolvimento de crianças e jovens, ajudando-os a realizarem-se plenamente no que respeita às suas possibilidades físicas, intelectuais, sociais e espirituais e a crescerem como pessoas, como cidadãos responsáveis e ainda como membros das comunidades locais, nacionais e internacionais. Assim sendo, para implementar o Programa Edu­ cativo da Associação de Escuteiros de Angola de maneira progressiva e adequada a cada Secção, é importante o Dirigente conhecer as características específicas de cada grupo etário. Isto justifica-se porque os desafios, vivências, interesses, expectativas e maturidade que existem nos elementos de cada um dos grupos etários que constituem as nossas Secções são diferentes de grupo para grupo. Por essa razão, os Dirigentes que desenvolvem a sua acção pedagógica numa determinada Secção devem saber caracterizar globalmente os elementos dessa faixa etária, reconhecendo sinais identificadores e característicos do seu nível de desenvolvimento, para lhes poderem proporcionar experiências educativas enriquecedoras e estruturantes. No entanto, isto não é suficiente: é também necessário conhecer cada elemento individualmente. Tal como dizia o nosso fundador, Baden-Powell, o Dirigente deve conhecer “todos em geral e cada um em particular”. De facto, e ainda que o desenvolvimento se processe de forma global e gradual, com ritmo diferente

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de elemento para elemento, é necessário caracterizar estes últimos em várias dimensões da personalidade, para que, no Escutismo, se consi­ gam trabalhar as diferentes parcelas do ser. Assim, no final, a soma das parcelas será superior ao todo. Estas são as dimensões da personalidade a ter em conta: o desenvolvimento Físico, desenvolvimento Afectivo, o desenvolvimento do Carácter, o desenvolvimento Espiritual, o desenvolvimento Intelectual e o desenvolvimento Social. Poderíamos descrevê-las, de forma breve, assim: A área do desenvolvimento FÍSICO está relacionada com a responsabilização pelo crescimento e bom funcionamento do organismo de cada um. O desenvolvimento AFECTIVO está relacionado com os sentimentos individuais e a capacidade de os expressar de modo a obter e manter um sentimento de liberdade, equilíbrio e maturidade emocional. A Área de Desenvolvimento do CARÁCTER diz respeito às responsabilidades para consigo mesmo e ao direito ao auto desenvolvimento, à aprendizagem e ao crescimento em busca de felicidade, respeitando os outros. Relaciona-se ainda com a escolha de Objectivos e a definição de acções e opções que permitem concretizá-los. A Área de Desenvolvimento ESPIRITUAL prende-se com o aprofundamento do conhecimento espiritual e a compreensão da herança moral da nosso Grupo Sénior, descobrindo a realidade Mística que dá significado à vida e retirando conclusões para o dia-a-dia, mantendo o respeito pelas opções religiosas dos outros. O desenvolvimento INTELECTUAL integra o desenvolvimento da capacidade de raciocínio, de inovação e do uso original da informação, relacionando-se ainda com a capacidade de adaptação a novas situações. O desenvolvimento SOCIAL diz respeito à compreensão do conceito de interdependência social e ao desenvolvimento da capacidade de cooperar e liderar.

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No desenvolvimento integral das crianças e jovens, é importante que as actividades escutistas contemplem todas estas dimensões e que as experiências que lhes são proporcionadas e lhes permitem obter mais valias em termos educativos, sejam efectuadas num ambiente seguro, que permitirá a cada elemento adquirir confiança em si próprio, nos ou­ tros e no mundo. Neste processo, os Dirigentes são sempre, e em todas as situações, o garante do ambiente seguro em que as actividades se desenrolam e não podem em nenhuma circunstância demitir-se deste papel. Ao fazê-lo estariam a colocar em causa a confiança que os diversos parceiros (os pais, o próprio elemento, A.E.A., Igrejas/Credos) neles depositam e que neles investiram através dos vários momentos do percurso formativo para se ser Dirigente da A.E.A.

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- APONTAMENTOS ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________

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A.1

A CRIANÇA DOS 6 AOS 10 ANOS AS 6 ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO

Desenvolvimento Físico Por volta dos seis anos, começa um período de grande agitação física. Nesta fase, a criança deseja expressar-se com o corpo, gostando de saltar e trepar. O jogo acaba por ser, assim, o meio privilegiado de expressão e libertação de energia, permitindo o desenvolvimento da habilidade motora. Nesta idade, no entanto, existe ainda alguma dificuldade a nível da lateralidade (não estando completamente definida, há dificuldade em reconhecer a direita e a esquerda) e da destreza das mãos e pontas dos dedos, pelo que é importante serem desenvolvidas actividades manuais. Cerca dos oito anos de idade, a energia na criança é inesgotável e ela começa a melhorar o seu desem­penho a nível motor e a adquirir orientação espácio-temporal, melhorando a sua noção de perspectiva e proporção do corpo humano. A partir dos nove anos, a capacidade motora encontra-se plenamente desenvolvida, aparecendo a força muscular e o equilíbrio. É nesta fase que a competitividade atinge o auge, o que torna a criança capaz de grandes esforços físicos e apreciadora de brincadeiras marcadamente físicas (gosta de se ‘fazer de forte’), em que mede a sua força e destreza em comparação com os outros. Globalmente, o período entre os seis e os dez anos

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é ainda marcado pela consolidação dos hábitos de higiene e por um aperfeiçoamento da autonomia nessas tarefas. Esta é, por fim, uma fase em que a criança mostra grande interesse por temas sexuais, reve­ lando especial curiosidade sobre a relação entre os sexos, as diferen­ças anatómicas e a reprodução.

A este nível, a vida em Alcateia deve ajudar os Lobitos: - a desenvolver a habilidade corporal e manual, através da rea­ lização de jogos de coordenação e de actividades manuais variadas; - a consolidar hábitos de higiene (ou a criá-los, no caso de quem os não tem), promovendo a progressiva autonomia individual; - a usufruir de uma alimentação adequada, incutindo em cada criança hábitos alimentares salutares (como comer a horas certas e com moderação e ingerir alimentos saudáveis e varia­ dos). Assim se evitam problemas alimentares como a má nutrição e a obesidade.



Desenvolvimento Afectivo

Ao longo do período em que se encontra na Alcateia, a necessidade de afecto e protecção da criança é imensa e constante. De facto, a passagem de um mundo conhecido (família) para um mundo novo e inseguro pode levá-la a atravessar uma fase de insegurança, de afirmação de si mesma e de comparação com os colegas. Nesta altura, a criança apresenta um humor estável (por norma é muito alegre), por norma só alterado por emoções fortes e contraditórias, mas que pode desaparecer com a mesma rapidez com que surgiu. Entre os seis e os sete anos, a criança é muito espontânea e re­ vela-se muito sensível à humilhação e às repreensões. Como valoriza

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muito o adulto, não aprecia a sua censura e pode mesmo fazer coisas contrariada, apenas com o intuito de agradar. Entretanto, começa a revelar uma grande necessidade de coo­ peração e companheirismo. Com o crescimento, o grupo torna-se o foco central dos seus interesses e ocupa o lugar que antes pertencia à família.

A este nível, a Equipa de Animação deve: - criar um ambiente saudável e tranquilo, em que os Lobitos se sintam seguros afectivamente e sejam capazes de revelar o que pensam sem medo de chacota ou repreensões; - ajudar os Lobitos a desenvolver a cooperação e companheirismo no seu Bando e na sua Alcateia, através da competição entre Bandos e da entreajuda entre todos; - ajudar os Lobitos a assumir Àquêlà e restante Equipa de Animação como amigos e modelos a seguir.



Desenvolvimento do Carácter

O carácter é a dimensão que constrói a identidade pessoal e, nesta Etapa da infância, começa a ser apurado nas suas várias dimensões. Relativamente aos adultos, a criança desta faixa etária estabelece relações de grande proximidade com os mais velhos, que idealiza e vê como seus modelos, e pode ser muito influenciada por eles. Nesta Etapa, o desenvolvimento moral constrói-se nas relações interpessoais: boa conduta é a que agrada aos outros. A criança tenta, assim, viver de acordo com o que as pessoas próximas esperam de si, necessitando da sua aprovação. Para além disto, desenvolve a sua consciência crítica e o sentido de justiça, na medida em que dá valor ao que faz, gosta de ser reconheci-

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da pelos outros e sabe distinguir o bem e o mal, embora tendo por base as consequências das suas acções. A estas características junta-se ainda uma grande sinceridade, que leva as crianças, sobretudo as mais novas, a não ter pudores em reve­ lar o que pensam.

A este nível, a vida em Alcateia deve levar os Lobitos a construir a sua personalidade de forma coerente, progressiva e desafiante, ajudando-os: - a desenvolver a sua consciência crítica, nomeadamente através da avaliação das actividades e dos seus comportamentos; - a analisar os seus actos, tomando consciência das suas consequências e da necessidade de modificar comportamentos (através da recordação constante da Lei e Máximas, das conversas em Bando e em Conselho de Alcateia, etc.); - a respeitar a opinião alheia, aceitando pontos de vista dife­ rentes.



Desenvolvimento Espiritual

A dimensão espiritual está relacionada com o significado da vida. Para além disso, não se desenvolve de forma independente das relações que estabelecemos com os outros e connosco mesmos, mas baseia-se na sociabilidade, inteligência e afectividade. Assim sendo, e porque a vida da criança, nesta altura, gira muito à volta da família, é nela que a imagem de Deus começa a tomar forma: é ao tomar consciência das imperfeições dos pais que a criança começa a distingui-los de Deus. Por volta dos seis e sete anos, e porque a capacidade de abstracção ainda não está muito presente, Deus não é visto de forma simbólica. É, sim, olhado como um homem grande e poderoso, com barbas brancas,

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o Criador do mundo que a criança conhece. Mais próxima é a imagem de Jesus enquanto criança, que funciona como modelo a seguir. Depois, a partir dos oito anos, a presença divina personaliza-se e há uma valorização moral do bem e do mal no seu comportamento e no dos outros. Surge ainda, de forma marcada, a noção de justiça.

A este nível, a vida em Alcateia deve ajudar cada Lobito: - a identificar-se com o Menino Jesus e a vê-lo como exemplo (através de histórias e da reflexão sobre o comportamento que Jesus assumiria em diversas situações); - a analisar os diversos comportamentos que assume, ensinando-o a escolher entre o bem e o mal.



Desenvolvimento Intelectual

A criança de seis anos apresenta uma curiosidade activa, um imenso desejo de saber e uma grande capacidade de observação dos de­ talhes. É nesta fase que aprende a ler e a escrever, o que lhe dá um maior acesso à informação e lhe permite, sozinha, descobrir mais coisas acerca de temas do seu interesse, como a vida dos animais e a Natureza em geral. É também atraída por histórias e narrações. A este nível, a sua visão do mundo é caracterizada por um objectivismo ingénuo, que a leva a ter dificuldade em separar de forma clara o mundo real e a fantasia. Possui ainda desejo de se expressar de múltiplas maneiras, mas ainda não consegue pôr em prática as suas ideias. Ao atingir novos níveis de compreensão e expressão, começa a ter mais facilidade em se colocar no lugar do outro, reconhecendo que ele poderá ter interesses, necessidades e sentimentos diferentes dos seus. Pouco a pouco, começa assim a conseguir ter em conta pontos de vista diferentes do seu e aprende que nem sempre pode fazer as coisas segundo a sua vontade.

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Cerca dos sete anos, a inteligência intuitiva sofre uma profunda transformação. A partir daqui, a criança vai além das aparências e das observações fortuitas, passando a reflectir e a tentar compreender a lógica dos objectos e dos acontecimentos. Começa assim a sentir necessidade de organizar o real através das classificações, comparações e hierarquizações. Isto revela-se, por exemplo, no seu gosto por colec­ ções (coleccionar algo do seu gosto). Depois dos oito anos, continua a curiosidade insaciável em conhecer o mundo e a criança revela grande capacidade de memorização. Pouco a pouco, acaba por se tornar autónoma num grande número de tarefas rotineiras, muitas vezes exigindo fazê-las sozinha.

A este nível, a vida em Alcateia deve ajudar os Lobitos:

- a desenvolver o gosto pelo conhecimento em geral e pela natureza em particular (através da observação da vida animal e vegetal, da preparação de colecções, etc.); - a desenvolver a criatividade, ajudando-os a explorar a sua imaginação (através da narração de histórias, da criação de poemas e canções, da realização de danças e peças teatrais, etc.); - a aprender a partilhar pontos de vista e a respeitar a vontade alheia (através da apresentação e votação de sugestões para as Caçadas, da realização de reuniões de Bando e Conselhos de Alcateia, etc.)



Desenvolvimento Social

Os seis anos de idade constituem um marco importantíssimo na vida da criança, dado que a entrada num ambiente escolar mais estruturado leva ao aparecimento das primeiras condutas de responsabilidade. É também nesta altura que a criança começa a integrar-se em grupos, de

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forma espontânea, para jogar, realizar tarefas e crescer a nível social: há uma busca da aprovação do grupo e muitas vezes surgem tentativas de imposição aos companheiros, o que revela o egocentrismo infantil (‘eu é que sei, eu é que mando’). Geralmente a criança tende a colocar-se do lado do educador. A partir dos oito anos, ao superar o egocentrismo, a relação com o grupo começa a assumir importância vital e torna-se necessária a exis­ tência de uma hierarquia e de papéis bem definidos. A criança começa então a participar em jogos colectivos, com regras já existentes e ou­ tras inventadas pelo grupo e que este faz cumprir. Esta experiência em pequeno grupo é fundamental para a sua socialização e manter-se-á ao longo da sua vida como experiência significativa de integração pessoal. A criança começa, assim, a descobrir a vida em sociedade, afastando-se progressivamente do adulto: deixa de necessitar que este estabeleça as regras, passando a criar e a fazer respeitar as regras do grupo. Diminui assim a necessidade da protecção dos pais e, conforme tenha sido vivida esta relação parental, assim se projectará no grupo de forma segura ou insegura. A este nível, a vida em Alcateia deve ajudar os Lobitos: - a participar em actividades que estimulem a cooperação (como actividades de Bando, os jogos e as Caçadas vividas com os outros Lobitos); - a desenvolver a responsabilidade para com o grupo (através, por exemplo, da atribuição de cargos indivi­ duais).

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20

B PROJECTO EDUCATIVO QUE O ESCUTISMO OFERECE 21

22

B2

ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO, E OBJECTIVOS EDUCATIVOS O Escutismo considera muito importante o desenvolvimento integral de todos os aspectos da perso­ nalidade das crianças e dos jovens. Neste sentido, e depois de analisadas as intenções do fundador do Movimento Escutista e as diversas dimensões da personalidade humana, foram estabelecidas seis Áreas de Desenvolvimento pessoal que são, assim, o instrumento para a aplicação prática da Proposta Educativa. São elas:

Desenvolvimento físico

Incentiva o conhecimento e desenvolvimento do corpo.

F

Desenvolvimento afectivo

Favorece a equilibrada orientação dos afectos e a valorização pessoal.

A

Desenvolvimento do carácter

Promove o aperfeiçoamento de valores ede atitudes e o ser mais.

C

Desenvolvimento espiritual

Aprofunda o sentido de Deus.

E

Desenvolvimento intelectual

Fomenta a exploração e criatividade.

Desenvolvimento social

Estimula o encontro, a partilha e o sentido do outro.

I S 23

Em cada uma das Áreas de Desenvolvimento Pessoal (ADP) estão identificadas prioridades que tomam em conta as necessidades e aspirações das crianças. São, assim, caminhos de crescimento a trabalhar em cada área que definem os Objectivos de crescimento a atingir no final do tempo vivido na Primeira Secção. Estão constituídos por um conjunto de Objectivos Educativos (OE) que têm em conta as necessidades de crescimento e aspirações das crian­ ças e procuram ajudá-las a desenvolver as suas capacidades [Conhecimentos, Competências e Atitudes - CCA]. Neste sentido, foram criados Objectivos Educativos Finais, que são os Objectivos a serem atingidos, em cada Área, no final do percurso edu­cativo (ou seja, à saída da IV Secção). Os Objectivos Educativos de Secção constituem metas intermédias a serem cumpridas aquando da transição de uma Secção para a seguinte. Na Iª Secção, os Lobitos são chamados a percorrer, para cada Etapa de Progresso, um conjunto de Objectivos que devem procurar atingir. Só se considera uma Etapa cumprida quando o elemento conseguiu crescer a ponto de cumprir todos os 12 Objectivos daquela Etapa.

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ÁREAS Os Objectivos de cada Etapa relacionam-se com: A área do desenvolvimento FÍSICO: u rentabilizar e desenvolver as suas capacidades; destreza física; conhecer os seus limites; u conhecimento e aceitação do seu corpo e do seu processo de maturação; u manutenção e promoção: exercício; higiene; nutrição; evitar comportamentos de risco. O desenvolvimento AFECTIVO: u auto-expressão; intereducação; valorização dos laços familia­ res; opção de vida; sentido do belo e do estético; u saber lidar com as emoções ( controlar/ exprimir ); manter um estado interior de liberdade; maturidade; u conhecer -se; aceitar -se; valorizar-se. A Área de Desenvolvimento do CARÁCTER: u a tornar-se independente; capacidade de optar; construir o seu quadro de referências; u ser consequente; perseverança e empenho; levar a bom termo um Projecto assumido; u viver de acordo com o seu sistema de valores; defender as suas ideias. A Área de Desenvolvimento ESPIRITUAL: u disponibilidade interior; interiorização progressiva; busca do transcendente, no específico cristão; u dar testemunho pelos actos do dia-a-dia; viver em comunidade; estar aberto ao diálogo inter-religioso; u integração e participação activa na Igreja a que pertence; participar na construção de um mundo novo; evangelização. O desenvolvimento INTELECTUAL: u desejo de saber; procura e selecção de informação; iniciativa; auto-formação; u capacidade de análise e síntese; utilização de novas técnicas e métodos; selecção de estratégias de resolução; análise crítica da solução encontrada; capacidade de adaptação a novas situações; u apresentação lógica de ideias; criatividade; discurso adequado. O desenvolvimento SOCIAL: u direitos e deveres; tolerância social; intervenção social; u serviço; interajuda; tolerância; u assertividade; espírito de equipa; assumir o seu papel nos grupos de pertença.

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OBJECTIVOS EDUCATIVOS - I Secção

PROGRESSO PESSOAL

O Progresso Pessoal dos Lobitos está dividido em quatro Etapas: PATA TENRA (ADESÃO), 1ª Dentada: LOBITO ENTRA NA ALCATEIA (Bronze); 2ª Dentada: LOBITO VIVE NA ALCATEIA (Prata); 3ª Dentada: LOBITO NA SELVA (Ouro). Só pode fazer a Promessa quem completou a Etapa de Adesão, depois de, na Promessa, ter conquistado o tão desejado Lenço Amarelo; a sua Progressão ainda não terminou, pois ainda deve crescer muito como Escuteiro e como pessoa. E, à medida que vai progredindo, vai conquistando várias Insígnias que, todas juntas, formam uma única Insígnia maior, símbolo do seu crescimento pessoal.

ETAPAS do PROGRESSO PESSOAL ADESÃO PATA TENRA

1ª Dentada: LOBITO ENTRA NA ALCATEIA (Bronze)

2ª Dentada: LOBITO VIVE NA ALCATEIA (Prata)

3ª Dentada: LOBITO NA SELVA

Insígnia completa

(Ouro)

Para que possa completar o seu Progresso Pessoal, deverá desenvolver as suas capacidades em seis Áreas distintas e muito FACEIS (Física, Afectiva, Carácter, Espiritual, Intelectual e Social). Cada Área tem vários Objectivos, divididos por 3 Etapas, que deverão ser atingidas ao longo da sua caminhada enquanto Lobito; mas existem regras: - As Etapas têm uma ordem (PATA TENRA; LOBITO ENTRA NA ALCATEIA (Bronze); LOBITO VIVE NA ALCATEIA (Prata); LOBITO NA SELVA (Ouro)), não é possível saltar Etapas! - É o Lobito que decide a altura de atingir os Objectivos (já definidos pela AEA), no seu Progresso dentro de cada uma das 3 Etapas (Dentadas), em conjunto com o seu Bando e a sua Equipa de Animação.

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ÁREAS Os Objectivos nas 3 ETAPAS do PROGRESSO O desenvolvimento FÍSICO

(O corpo)

I - LOBITO ENTRA NA ALCATEIA

u F1. Participo em actividades físicas que me ajudam a ser mais ágil. u F2. Conheço os principais órgãos do meu corpo, sei onde estão localizados.

II - LOBITO VIVE NA ALCATEIA

u F3. Conheço as principais diferenças do corpo das meninas e dos meninos. u F4. Sei o que devo e não devo comer e que tenho que descansar.

III - LOBITO NA SELVA

u F5. Cuido do meu corpo e do meu aspecto. u F6. Sei que há comportamentos e produtos que me podem fazer mal.

O desenvolvimento AFECTIVO

(Os sentimentos e as emoções)

I - LOBITO ENTRA NA ALCATEIA

u A1. Escolho as minhas amizades e dou-me bem com todos. u A2. Escuto e respeito os mais velhos, tendo os pais como exemplo.

III - LOBITO VIVE NA ALCATEIA

u A3. Distingo aquilo que gosto e não gosto e consigo falar sobre isso. u A4. Sei que meninos e meninas comportam-se de maneira diferente e respeito isso.

III - LOBITO NA SELVA

u A5. Sou capaz de falar daquilo que sinto. u A6. Sei quais são as minhas qualidades e os meus defeitos.

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A Área de Desenvolvimento do CARÁCTER

I - LOBITO ENTRA NA ALCATEIA

(A atitude)

u C1. Sei a Lei e as Máximas da Alcateia. u C2. Tenho em conta a opinião dos mais velhos quando tomo decisões.

II - LOBITO VIVE NA ALCATEIA

u C3. Participo em Actividades que me ajudam a apreender coisas novas. u C4. Cumpro as tarefas que me são dadas, porque sei que isso é importante.

III - LOBITO NA SELVA

u C5. Não desisto, mesmo quando as tarefas são difíceis. u C6. Reconheço que as minhas acções têm consequências.

A Área de Desenvolvimento ESPIRITUAL

(O sentido de Deus)

I - LOBITO ENTRA NA ALCATEIA

u E1. Conheço as primeiras histórias do Livro Sagrado que a minha Igreja/Credo usa. u E2. Sei a história do Enviado/Profeta/Mensageiro maior da minha Igreja/Credo.

II - LOBITO VIVE NA ALCATEIA

u E3. Sei que a minha Igreja/Credo é uma família a que eu pertenço. u E4. Sei que a oração diária é uma maneira de falar com Deus.

III - LOBITO NA SELVA

u E5. Imito o Enviado/Profeta/Mensageiro maior da minha religião. u E6. Sei que existem diferentes religiões.

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O desenvolvimento INTELECTUAL

I - LOBITO ENTRA NA ALCATEIA

(A inteligência)

u I1. Proponho à Alcateia temas e assuntos novos para pesquisar. u I2. Sei onde procurar e guardar novas informações.

II - LOBITO VIVE NA ALCATEIA

u I3. Sou capaz de escolher o que mais gostava de fazer e aprender. u I4. Sou desembaraçado e uso as coisas que aprendo para resolver problemas.

III - LOBITO NA SELVA

u I5. Sei dizer quando há um problema e o que é preciso fazer para o resolver. u I6. Gosto de imaginar e fazer coisas novas.

O desenvolvimento

SOCIAL

I - LOBITO ENTRA NA ALCATEIA

(A integração social)

u S1. Conheço as regras de boa educação que me fazem dar bem com os outros. u S2. Participo da melhor vontade em todas as Actividades.

II - LOBITO VIVE NA ALCATEIA

u S3. Respeito aquilo que é de todos. u S4. Não me aborreço/chateio quando perco nas votações.

III - LOBITO NA SELVA

u S5. Procuro ser útil aos outros no meu bairro. u S6. Sou capaz de escutar e dar importância às opiniões dos outros, aguardando a minha vez de falar.

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Validação dos OBJECTIVOS Auto Validação

Hetero Validação

Hetero Validação

• Conselho de Alcateia

• Individual

• Conselho de Guias

Hetero Validação • Chefe de Alcateia

- Para validar um OBJECTIVO, é o próprio Lobito que propõe a sua vali­dação.

Validação das ETAPAS Áreas de Desenvolvimento

1ª Dentada

2ª Dentada

3ª Dentada

LOBITO ENTRA NA ALCATEIA

LOBITO VIVE NA ALCATEIA

LOBITO NA SELVA

FÍSICO

2

2

2

AFECTIVO

2

2

CARÁCTER

2

X

X X

ESPIRITUAL

2

2

2

INTELECTUAL

2

2

2

SOCIAL

2

2

X

ETAPA COMPLETA Para Completar uma Etapa necessita de perfazer doze Objectivos, (dois por cada Área de Desenvolvimento).

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ETAPA INCOMPLETA Se faltar validar uma Área de Desenvolvimento, a Etapa não está completa.

ETAPA INCOMPLETA Apesar de faltarem Objectivos da Etapa anterior, pode continuar o seu Progresso Pessoal. Contudo, só muda de Etapa quando a anterior estiver completa.

3ª DENTADA

LOBITO NA SELVA

1ª DENTADA

2ª DENTADA

LOBITO ENTRA NA ALCATEIA

LOBITO VIVE NA ALCATEIA

ADESÃO

PATA-TENRA

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Desenvolvimento FÍSICO Dimensão da personalidade: o corpo

Objectivos Educativos Finais (ver página 34 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

(Oportunidades Educativas / Pistas)

ACTIVIDADES E ACÇÕES EDUCATIVAS (ver página 25 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

No Manual ‘Sistema de Progresso - I Secção’, encontrarás Suges­ tões de Acção Educativa específicas (Actividades) para esta Área de Desenvolvimento, para cada uma das Etapas do Progresso. Consulta esse Manual e terás muitas e boas ideias!

LIGAÇÃO AO IMAGINÁRIO u (CÁ DEFENDE MÁUGLI DOS BÂNDARLOUGUES) DESEMPENHO [rentabilizar e desenvolver as suas capacidades, destreza física; conhecer os seus limites] u (CÁ MUDA DE PELE) AUTO-CONHECIMENTO [conhecimento e aceitação do seu corpo e do seu processo de maturação] u (MÁUGLI BRINCA COM CÁ) BEM-ESTAR FÍSICO [manutenção e promoção: exercício; higiene; nutrição; evitar comportamentos de risco]

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ATITUDES EDUCATIVAS para validar na I SECÇÃO

(ver página 40 a 56 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

CORPO • Ser capaz de cumprir as orientações dos adultos sobre os cuidados a tomar com o corpo bem como medir os riscos das acções que realiza. • Ser capaz de demonstrar que conhece a localização dos principais órgãos do seu corpo, bem como entender o funcionamento dos grandes sistemas do organismo. • Ser capaz de identificar as grandes enfermidades de que pode ser vítima, bem como as suas causas. • Ser capaz de participar de actividades que desenvolvam a coordenação motora, o equilíbrio, a força, a agilidade, a velocidade e a flexibilidade. • Ser capaz de mostrar o seu desagrado sem reacções físicas. IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES • Ser capaz de praticar os principais hábitos de higiene pessoal. • Ser capaz de realizar pequenas tarefas que contribuam para a ordem, a limpeza do lar e dos locais onde desenvolve actividades. • Ser capaz de comer todo o tipo de alimentos, respeitando os horários das refeições. APTIDÃO

• Ser capaz de respeitar as horas de sono apropriadas à sua idade. • Ser capaz de participar das actividades ao ar livre organizadas pelo Bando.

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Desenvolvimento AFECTIVO

Rakcha

Dimensão da personalidade: os sentimentos e as emoções

Objectivos Educativos Finais (ver ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

(Oportunidades Educativas / Pistas)

ACTIVIDADES E ACÇÕES EDUCATIVAS (ver página 29 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

No Manual ‘Sistema de Progresso - I Secção’, encontrarás Suges­ tões de Acção Educativa específicas (Actividades) para esta Área de Desenvolvimento, para cada uma das Etapas do Progresso. Consulta esse Manual e terás muitas e boas ideias!

LIGAÇÃO AO IMAGINÁRIO u (RAKCHA ACOLHE MÁUGLI NO COVIL) RELACIONAMENTO E SENSIBILIDADE [auto-expressão; intereducação; valorização dos laços familiares; opção de vida; sentido do belo e do estético] u (RAKCHA DEFENDE MÁUGLI DE XERCANE) EQUILÍBRIO EMOCIONAL [saber lidar com as emoções “controlar/exprimir”; manter um estado interior de liberdade; maturidade] u (RAKCHA AMA MÁUGLI COMO ELE É) AUTO-ESTIMA [conhecer-se; aceitar-se; valorizar-se]

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ATITUDES EDUCATIVAS para validar na I SECÇÃO

(ver página 40 a 56 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

DESCOBERTA DO EGO • Ser capaz de expressar espontaneamente os seus sentimentos e emoções. • Ser capaz de aceitar com tranquilidade separar-se dos pais por curtos períodos, por ocasião de acantonamentos e outras actividades. • Ser capaz de aceitar com bons modos as críticas que lhe sejam feitas no âmbito do Bando. AUTODOMÍNIO • Ser capaz de aprender a reflectir antes de agir. • Ser capaz de aceitar as distintas opiniões dos seus companheiros. • Ser capaz de adaptar-se com facilidade às relações de afecto que se desenvolvem na Alcateia. PARTILHA E DISPONIBILIDADE • Ser capaz de estar geralmente disposto a compartilhar com todos. • Ser capaz de ajudar os companheiros mais novos a integrarem-se na Alcateia. • Ser capaz de demonstrar interesse por todos os companheiros sem distinção de classes sociais ou económicas. • Ser capaz de assumir com naturalidade as diferenças físicas entre o homem e a mulher. • Ser capaz de conhecer os processos de procriação e nascimento e o papel neles reservado ao homem e à mulher. • Ser capaz de receber com interesse a informação sexual apropriada às suas inquietações, proporcionada pessoalmente e com toda a verdade pelos pais.

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Desenvolvimento do CARÁCTER Dimensão da personalidade: a atitude

Bálú

Objectivos Educativos Finais (ver página 36 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

(Oportunidades Educativas / Pistas)

ACTIVIDADES E ACÇÕES EDUCATIVAS (ver página 31 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

No Manual ‘Sistema de Progresso - I Secção’, encontrarás Suges­ tões de Acção Educativa específicas (Actividades) para esta Área de Desenvolvimento, para cada uma das Etapas do Progresso. Consulta esse Manual e terás muitas e boas ideias!

LIGAÇÃO AO IMAGINÁRIO u (BÁLÚ ENSINA A LEI DA SELVA) AUTONOMIA [tornar-se independente; capacidade de optar; construir o seu quadro de referências] u (BÁLÚ AJUDA A CUMPRIR A LEI) RESPONSABILIDADE [ser consequente; perseverança e empenho; levar a bom termo um Projecto assumido] u (BÁLÚ ORGULHA-SE DE MÁUGLI) COERÊNCIA [viver de acordo com o seu sistema de valores; defender as suas ideias].

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ATITUDES EDUCATIVAS para validar na I SECÇÃO

(ver página 40 a 56 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

IDENTIDADE • Ser capaz de apreciar aquilo que é capaz de fazer. • Ser capaz de reconhecer e aceitar os seus erros. • Ser capaz de valorizar o significado das suas conquistas. AUTONOMIA • Ser capaz de aceitar as sugestões de pais, professores e Velhos Lobos destinadas a corrigir os seus erros. • Ser capaz de propôr-se a pequenos desafios para superar os seus defeitos. • Ser capaz de compreender a importância das tarefas que assume para ampliar as suas conquistas. COMPROMISSO

• Ser capaz de conhecer e compreender a Lei e a Promessa do Lobito. • Ser capaz de comprometer- se com os valores expressos na Lei e na Promessa do Lobito. • Ser capaz de demonstrar que se esforça para dizer sempre a verdade. • Ser capaz de descobrir progressivamente que os seus valores de Lobito se reflectem nas suas atitudes ante os seus colegas, amigos e familiares. • Ser capaz de participar de jogos, narrativas e representações (peças de teatro) que destacam o valor da verdade.

ALEGRIA DE VIVER E SENTIDO DE DIÁLOGO

• Ser capaz de aceitar de bom ânimo as dificuldades. • Ser capaz de compartilhar a alegria das suas conquistas e das conquistas dos colegas. • Ser capaz de manifestar o seu humor sem zombar dos colegas. • Ser capaz de escutar os seus colegas de Bando, os Velhos Lobos e os seus pais. • Ser capaz de manter boas relações com os seus colegas de Alcateia.

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Desenvolvimento ESPIRITUAL Dimensão da personalidade: o sentido de Deus

Objectivos Educativos Finais (ver página 36 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

(Oportunidades Educativas / Pistas)

ACTIVIDADES E ACÇÕES EDUCATIVAS (ver página 30 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

No Manual ‘Sistema de Progresso - I Secção’, encontrarás Suges­ tões de Acção Educativa específicas (Actividades) para esta Área de Desenvolvimento, para cada uma das Etapas do Progresso. Consulta esse Manual e terás muitas e boas ideias!

LIGAÇÃO AO IMAGINÁRIO u (HATI CONTA A HISTÓRIA DE THA) DESCOBERTA [disponibilidade interior; interiorização progressiva; busca do transcendente no específico cristão] u (HATI GUARDA TODA A SABEDORIA DA SELVA) APROFUNDAMENTO [dar testemunho pelos actos do dia-a-dia; viver em comunidade; estar aberto ao diálogo inter-religioso] u (MÁUGLI APRENDE COM HATI A SABEDORIA DA SELVA) SERVIÇO [integração e participação activa na Igreja; participar na construção de um mundo novo; evangelização]

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ATITUDES EDUCATIVAS para validar na I SECÇÃO

(ver página 40 a 56 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

SENTIDO DO DIVINO • Ser capaz de admirar e reconhecer a natureza como obra de Deus. • Ser capaz de observar e reconhecer as boas acções dos seus companheiros. EXPRESSÃO E VIVÊNCIA DA FÉ • Ser capaz de manifestar interesse por conhecer a religião da sua família. • Ser capaz de integrar-se nas actividades de formação religiosa adequadas à sua idade desenvolvidas pela sua Igreja/Credo. • Ser capaz de cooperar nas celebrações religiosas reali­ zadas na Alcateia. • Ser capaz de descobrir personagens históricos que se destacaram por viverem de acordo com a fé que professavam. • Ser capaz de descobrir progressivamente que os valores da sua fé se manifestam nas suas atitudes. ORAÇÃO • Ser capaz de compreender o sentido das orações proferidas na Alcateia. • Ser capaz de praticar as orações habitualmente rezadas na família e na Alcateia. • Ser capaz de conduzir ocasionalmente a oração na Alcateia. ECUMENISMO • Ser capaz de compreender que a bondade das pessoas não depende de professarem a mesma religião. • Ser capaz de valorizar igualmente todos os seus companheiros, sem distingui-los pelas suas ideias religiosas. • Ser capaz de reconhecer as principais religiões existentes em Angola.

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Desenvolvimento INTELECTUAL Dimensão da personalidade: a inteligência

Báguirá

Objectivos Educativos Finais (ver página 34 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

(Oportunidades Educativas / Pistas)

ACTIVIDADES E ACÇÕES EDUCATIVAS (ver página 27 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

No Manual ‘Sistema de Progresso - I Secção’, encontrarás Suges­ tões de Acção Educativa específicas (Actividades) para esta Área de Desenvolvimento, para cada uma das Etapas do Progresso. Consulta esse Manual e terás muitas e boas ideias!

LIGAÇÃO AO IMAGINÁRIO u (MÁUGLI E BÁGUIRÁ CAÇAM JUNTOS) PROCURA DO CONHECIMENTO [desejo do saber; procura e selecção de informação; iniciativa; auto-formação] u (BÁGUIRÁ RESPONSABILIZA MÁUGLI) RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS [capacidade de análise e síntese; utilização de novas técnicas e métodos; selecção de estratégias de re­ solução; análise crítica da solução encontrada; capacidade de adaptação a novas situações] u (BÁGUIRÁ DEFENDE MÁUGLI NA ROCHA DO CONSELHO) CRIATIVIDADE E EXPRESSÃO [apresentação lógica de ideias; criatividade; discurso adequado]

40

ATITUDES EDUCATIVAS para validar na I SECÇÃO

(ver página 40 a 56 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

ANÁLISE E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Ser capaz de manifestar a sua impressão diante do que lhe parece surpreendente ou estranho. • Ser capaz de participar de actividades que desenvolvam habilidades de busca e indagação. • Ser capaz de narrar com alguns detalhes episódios e situa­ ções extraídos das suas leituras. • Ser capaz de relacionar de maneira apropriada situações de fantasia com factos reais. • Ser capaz de narrar com detalhes pequenas histórias ou situações vividas na Alcateia. DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES • Ser capaz de integrar-se nos trabalhos manuais desenvolvidos na Alcateia. • Ser capaz de identificar as ferramentas que utiliza, descrevendo o seu uso. • Ser capaz de demonstrar interesse por conhecer as causas dos fenómenos que observa. • Ser capaz de descrever o uso e aplicação dos objectos que conhece. • Ser capaz de descrever de um modo geral as funções desenvolvidas nos ofícios e profissões conhecidos. • Ser capaz de participar de actividades relacionadas com os ofícios e profissões. COMUNICAÇÃO E RESOLUÇÃO DE CONFLITOS • Ser capaz de manifestar-se de maneira habitual por meio das artes. • Ser capaz de expressar-se aceitavelmente por meio da linguagem. • Ser capaz de descrever soluções para pequenos problemas.

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Desenvolvimento SOCIAL Dimensão da personalidade: a integração social

Objectivos Educativos Finais (ver página 35 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

(Oportunidades Educativas / Pistas)

ACTIVIDADES E ACÇÕES EDUCATIVAS (ver página 28 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

No Manual ‘Sistema de Progresso - I Secção’, encontrarás Suges­ tões de Acção Educativa específicas (Actividades) para esta Área de Desenvolvimento, para cada uma das Etapas do Progresso. Consulta esse Manual e terás muitas e boas ideias!

LIGAÇÃO AO IMAGINÁRIO u (ÀQUÊLÀ ORIENTA AS REUNIÕES NA ROCHA DO CONSELHO) EXERCER ACTIVAMENTE A CIDADANIA [direitos e deveres; tolerância social; intervenção social] u (ÀQUÊLÀ AJUDA FAO) SOLIDARIEDADE E TOLERÂNCIA [serviço; inter-ajuda; tolerância] u (ÀQUÊLÀ AJUDA MÁUGLI A GUIAR OS BÚFALOS) INTERACÇÃO E COOPERAÇÃO [assertividade; espírito de equipa; assu­mir o seu papel nos grupos de pertença]

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ATITUDES EDUCATIVAS para validar na I SECÇÃO

(ver página 40 a 56 do ‘Programa Educativo da AEA’-2013)

RELACIONAMENTO COM OS OUTROS • Ser capaz de manifestar respeito pelas opiniões alheias. • Ser capaz de identificar e descrever os principais di­ reitos da criança. • Ser capaz de mostrar-se disponível para as tarefas da Alcateia. COOPERAÇÃO E LIDERANÇA • Ser capaz de identificar e compreender a autoridade no lar, na escola e na Alcateia. • Ser capaz de colaborar com os companheiros investidos de autoridade. • Ser capaz de respeitar a autoridade dos pais e dos professores. • Ser capaz de identificar e respeitar as normas básicas de comportamento social. • Ser capaz de demonstrar que está a desenvolver a sua capacidade de criticar as normas a que está submetido. SOLIDARIEDADE E SERVIÇO • Ser capaz de identificar os principais serviços disponíveis na sua comunidade. • Ser capaz de demonstrar boa vontade no cumprimento das tarefas rotineiras no seu lar/casa. • Ser capaz de dar a sua colaboração em campanhas de assistência social. CIDADANIA • Ser capaz de identificar os símbolos da Pátria e manifes­ tar respeito por eles. • Ser capaz de apreciar os diferentes símbolos da sua cultura e as formas como se manifestam. • Ser capaz de participar adequadamente de actos e comemorações cívicas.

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