Carta Aos Corintios - Vol 2 - Lições Bíblicas Cristá Evangélica

December 18, 2018 | Author: Antonio de Pádua | Category: Spiritual Gift, Saint, Love, Paul The Apostle, First Epistle To The Corinthians
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A ressurreição de Cristo e a dos filhos de Deus ocupa 58 versículos do capítulo 15. Ho- ward Marshall lembrou que “nenhu...

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2

 VOLUME  VOLU ME

 VOLUME  VOLU ME

Copyright Copyright © 2013 Editora Cristã Evangélica Ia reimpressão, 2014 Todos os direitos nacionais e internacionais desta edição reservados.

diretor  Abim  Ab imae aell de Souza

consultor John D. Barnett

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de banco de dados, sem a expressa autoriza

José Humberto de Oliveira

ção da Editora Cristã Evangélica (lei n° 9.610 de 19/02/1998), salvo em breves citações, com indicação da fonte.

editor assistente  André  And ré de Souza So uza Lima Lima

 As citações bíblicas foram extraídas da versão versão  Almeida  Almeid a Revista Revista e Atualizada Atuali zada (ARA), 2a edição (Sociedade Bíblica do Brasil), exceto indicações

assistentes editoriais Dionatan Cardoso Eliane Eliane Vieira Vieira Maciel Isabel Cristina D. Costa Regina Okamura Selma Dias Alves

de outras versões.

autores José Humberto de Oliveira  Vanderl  Van derlii Lima Carreiro

Editora filiada à  Associação  Associa ção de Editores Cristãos

revisor  Aydano  Ayd ano Barreto Barr eto Carleial

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diagramador Raphael Takamatsu

Rua Goiânia, Goiânia, 294 - Parque Indus Industrial trial 12235-625 12235 -625 São José José dos dos Campos-SP [email protected] www.editoracristaevangelica.com.br Telefax: (12)3202-1700

capa  André  Andr é de Sousa Jr Jr.

 — ^

.YCARTAS - i M V l i V J /a\ o U 3s

X

CORINTIOS VOLUME 2 Esta revista completa as Cartas aos Coríntios. No volume 1, estudamos os capítulos 1 a 11 de lCoríntios. Agora, estudaremos os capítulos 12 a 16 de lC or ín tio se os 13 capítulos de 2Coríntios.

1Coríntios 12-16. Sete lições são dedicadas a esses importantíssimos capítulos do Novo Testamento. Ao tratar sobre os dons espirituais, o apóstolo Paulo não queria que a igreja de Co rinto fosse "ignorante" (1 Co 12 .1), isto é, desejava que ela tivesse os conhecimentos necessários. Entre os capítulos sobre dons e culto público, há o incomparável e insuperável capítulo sobre o amor (lC o 13 ), no qual o apóstolo coloca o ponto de equilíbrio e a verdadeira motivação na prática dos dons. A ressurreição de Cristo e a dos filhos de Deus ocupa 58 versículos do capítulo 15. Ho ward Marshall lembrou que “nenhuma outra epístola discute tão c ompletamente a questão da ressurreição” ( Teologia do Novo Testamento, Vida Nova, p.2 43 ). E nesse importante capítulo que encontramos um dos mais preciosos versículos para a vida cristã: "Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" (lC o 15.19).

2CoríntÍos. O autor das lições resume assim: “Em tom extremamente pessoal, 2Coríntios revela o tremendo entusiasmo do apóstolo pela obra do Senhor e, ao mesmo tempo, o intenso sofrimento que suportou. Nela também percebemos a indignação com a qual ele respondeu aos seus críticos inescrupulosos”. Os comentaristas dividem a carta em duas partes principais.

Capítulos 1-9  preparam o caminho para uma futura visita de Paulo, explicando os eventos que envolveram uma pessoa que tinha ofendido o apóstolo (2 C o 2 .5 1 1).

Capítulos 10-13  defendem a autoridade apostólica de Paulo desmascarando os falsos apóstolos que procuravam denegrir o seu ministério (2C o 11 .12 15) . As duas revistas foram escritas pelo pastor Vanderli Lim a Carreiro, ministro da Igreja Evangélica Congregacional, bacharel em teologia e letras, e mestre em teologia. Fo i durante muitos anos diretor e professor do Seminário Teológico Congregacional do Rio de Janeiro e presidente da União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil. Pastoreou várias igrejas em São Paulo e no Estado do Rio de Janeiro. Atualmente é pastor da Igreja Evangélica Congregacional Pontessorense, em Ponte do Sor, Portugal. Temos certeza de que estes estudos serão uma bênção para você e sua igreja.  José Humberto de Oliveira

Recomendamos os seguintes livros: 2Coríntios, introdução e comentário. Colin Cruse, Edições Vida Nova. 2Coríntios. Hernandes Dias Lopes, Editora Hagnos. Cartas aos Coríntios. Werner de Boor, Editora Esperança. Co m entário bíblico popular. William MacDonald, Editora Mundo Cristão.

índice Introdução aos do n s espirituais

06

D o n s espirituais sem controvérsias

10

Unidad e e diversidad e na prática dos d o n s

15

O caminho sob rem od o excelente

18

Línguas, profecias e ord em no culto ...

24

A ressurreição, de Cristo e a nossa

30

Um a igreja responsável

36

Con solo e reparação

42

...

M uito mais glorioso!

...................................

Um tesouro para levar e d ist rib u ir

........................

0 ministério e o ministro da rec on ciliação

............

54

59

Pedido e exortação de q ue m a m a

54

0 dever e o prazer de contribuir

69

............................

itm

48

....... ......................

fi

Ministério, ~uma guerra esp iritual..................

75

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Paulo e os falsos a p ó sto lo s.........................

80

O espinho que incomoda e a graça que b a st a

86

Questões finais saudação e b ê n çã o

91

.....................

................   . . . .

  s   o    i    t   n    í   r   o Introdução ao s    C    1 dons espirituais PrJo sé Humberto de Oliveira EUSEKURENBINA/SHÜTTERSTOCK

texto básico

1Coríntios 12.1-3

texto devocional

Romanos 12.1-8

K o 12.1-11

versículo-chave

1Corín tios 12.1

1 Co 12.12-31

leia a Bíblia diariamente

"A respeito do s do ns espirituais, nã o quero, irmãos, qu e sejais ignora ntes." 

ICo 13.1-13 Rm 12.1-8

: •

alvo da lição

Rm 12.9-21

 Ao estudar esta lição, você entenderá a importância de conhecer o que a Bíblia diz sobre os dons espirituais para o próprio amadurecimento e a edificação da igreja.

Ef 4.7-16 Ef 2.19-22

Introdução Diz a sabedoria popular que é melhor a gente não ficar sabendo de certos fatos. E uma espécie de "ignorância que traz felicidade”. Todavia, quanto aos dons espirituais, o apóstolo Paulo declarou com todas as letras: "não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (lC o 12.1). Não ter o conhecim ento adequado quanto aos dons é altamente prejudicial à saúde espiritual da igreja. Ignorar o assunto ou ter visão distorcida dele proporciona divisão e escândalo no corpo de Cristo. Por isso, esta lição é preparatória para as seguintes, e algumas ! perguntas precisam ser respondidas.

I. Que significa a palavra "dom"?

literalmente quer dizer “presente oferecido de boa vontade”. Palavras que se formam da raiz grega char  indicam coisas que produzem bemestar. O apóstolo Paulo chama de charisma   um revestimento espiritual especial para a vida da comunidade e o serviço no reino de Deus. Ele usa esse term o 16 vezes nas epístolas. Então, há um engano quando alguém diz: “aquela igreja é uma bênção, mas o pro blem a são os dons”. O problema é o mau uso dos dons, porque o dom que vem de Deus produz bemestar na comunidade. 1Cor íntios para hoje Por que muitos pastores e igrejas prefe-

Ao entendermos o significado da palavra “dom”, muitas coisas já podem ficar esclarecidas. Do grego charisma, m im

rem não falar nem pregar sobre os dons espirituais?

u

IV. Todos os dons são miraculosos?

II. Quem é o autor dos dons?

O que chamamos de “miraculosos" ? Ou melhor, que é um milagre? A definição simples é que “milagre é algo que contraria a ordem estabelecida da natureza”. O que é comu m não pode ser miraculoso.

Outra ignorância quanto aos dons é pensar que somente o Espírito Santo está envolvido. Leia ICoríntios 12.46. Percebeu como toda a Trindade está envolvida nos dons? Além disso, em Romanos 12.68 entendemos que o autor é Deus, o Pai; Efésios 4.11 diz que é o próprio Senhor Jesus Cristo Quem concede dons; e ICoríntios 12.810 menciona ser o Espírito Santo Quem distribui os dons.

É impressionante como as pessoas têm a tendência de associar Deus com o miraculoso, e achar que tudo o que é comum não pode ser divino. Grande engano! Pense comigo: o que há de sobrenatural no exercício do dom de misericórdia, de aconselhamento, de ensino, de contribuição, de socorro? Nada, não é verdade? Mas a Bíblia diz que eles só existem porque Deus os concede aos homens (Rn^ 12.68; ICo 12.2830).

ICorín tios para hoje Você acredita que Deus daria algum dom

y

que não produ zisse edificação e bem-estar

na igreja?

Cuidado para que uma ação direta da mão de Deus não passe despercebida diante de seus olhos somente porque você não viu algo miraculoso nela! Releia a experiência de Elias em IReis 19.915.

III. Quantos dons existem? Ao ouvir a palavra “dons”, muitos só a associam a curas, línguas e profecias. Mas há pelo menos 21 dons men cionados no Novo Testamento (leia os dons mencionados em Romanos 12.68; ICoríntios 12.810 e Efésios 4.11), e os estudiosos têm afirmado que essa lista não é exaustiva, ou seja, pode haver outros dons que não este jamICoríntios mencionados na Bíblia. para hoj

Não negamos o Deus de milagres, mas advertimos sobre o perigo de achar que tudo o que é sobrenatural é divino, e que um dom “comum” não venha de Deus. ICoríntios para hoje Por que temos a tendência de achar que

Como você valoriza a variedade de dons

Deus não está presente em coisas simples

que Deu s deu à igreja?

e naturais?

7

V. Todo s os do n s s ã o d a d o s h o j e?

Cremos na contemporaneidade de todos os dons. Entretanto, precisamos analisar se os “profetas” e os “apóstolos” ainda são dons dados hoje. 1.

Profetas

E importante não confundir o profeta com aquele que tem o dom de profecia, que será estudado na lição 2. Os “profetas” aqui são aqueles do Antigo Testamento que eram instrumentos da revelação direta das palavras de Deus e que, por isso, pronunciavam as próprias palavras de Deus (Ê x4.12; 7.12; Jr 1.9). Palavras essas que se tornaram texto canônico, palavras inspiradas por Deus (2T m 3.1 6). E o que dizer dos que são chamados “profetas” nas páginas do Novo Testamento? Ágabo é um exemplo, registrado em Atos 21.1011. Mas é alguém que tinha o dom de profecia, pois seu feito foi predizer, pela ação do Espírito Santo, um evento futuro, sem alterar o conteúdo das Escrituras. 2.

Apóstolos

 Jo hn Stott, em seu livro Batismo e Plenitude do Espírito Santo  (Edições Vida Nova, p.104105), ressalta o principal uso da palavra “apóstolo” no Novo Testamento.

distintivo, que consistia nos doze (inclusive Matias, que substituiu Judas); Paulo e Tiago, irmão do Senhor. Foram pessoalmente escolhidos e autorizados por Jesus, e tinham que ser testemunhas oculares do Senhor ressurreto (At 1.2122; 10.4041; ICo 9.1; 15.89; Lc 6.1216). Deve ser nesse sentido que Paulo está usando a palavra "apóstolos" aqui, pois se coloca em primeiro lugar na sua lista, assim como faz também em ICoríntios 12.28, e é assim que até então tem usado a palavra em suas cartas, referindose a si mesmo (E f 1.1; IC o 1.1; etc.) e aos seus colegas apóstolos como o fundamento da igreja e os meios da revelação cristã (E f 2.20 e 3 .26). Em Efésios 2.20, o apóstolo Paulo afirma que a igreja está edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e profetas” (leia também E f 3.5; 4.11 e ICo 12.28). O conhecimento simples, básico ou elementar de construção civil é suficiente para se afirmar que não se mexe no alicerce ou no fundamento depois que a estrutura superior já foi construída. A conclusão é esta: hoje, como o alicerce já está pronto, não precisamos mais de apóstolos e profetas, no sentido que acabamos de estudar. Temos a revelação completa nas Sagradas Letras (2Tm 3.1517). ICo rínt ios para hoje Se você discorda do que foi estudad o sobre

Os “apóstolos de Cristo” formavam um grupo muito pequeno e

profetas e apóstolos, justifique biblicamente o seu p onto de vista.

VI. A quem e para que os dons são dados?

1Coríntios para hoi Temos autorização da Escritura para desejar e buscar dons espirituais? Como você

1.

A quem

interpreta 1 Corín tios 12 .3 1?

Um texto bíblico responde: “A manifestação do Espírito é concedida a

VIII. Uma pessoa pode receber vários dons?

cada um” (lC o 12.7).Acomparaçãoé com o corpo humano, isto é, um corpo, mas muitos memb ros e cada um tem a sua função (l C o 12.1114).

Sim. O próprio Paulo é um exem-

Para que

plo (lC o 7.7; 14.18; 2T m l.ll).E o q u e você precisa fazer para receber vários

"... visando a um fim proveitoso"

dons? Nada. Acabamos de aprender que

(lC o 12 .7). A Nova Tradução na Linguagem de Hoje traduziu “para o bem de todos”.

os dons são distribuídos conforme a graça e a vontade de Deus. Então, Deus dá a

2.

quem Ele quiser. Se alguém recebe mais de um dom, é porque vai precisar para exercer seu ministério no reino de Deus.

1Coríntios par aho i H

j

1Coríntios para hoje

C o m o v oc ê a ch a q ue po de a ju da r s ua igreja

Quantas pessoas você conhece que pos-

no uso do dom que Deus lhe deu?

suem vários dons? Tem certeza de que são dados por De us?

VII. De onde eles vêm? Conclusão 1. Da graça de Deus (Rm 12 .6)

Entre os capítulos 12 e 14 de 1 Coríntios, o Espírito Santo dirigiu o

2. Da vontade soberana de Deus

apóstolo Paulo a colocar o ponto de equilíbrio no uso dos dons: o amor. E a importância do amor não pode ser esquecida pela igreja do Senhor Jesus

(lCo 12.11) Se é graça, então, não há mérito humano. E o Espírito distribui “como lhe apraz",   ou, como está literalmente no texto grego “conforme Ele quer”.

Cristo (lC o 13.13). O amor não é um dom espiritual. Na verdade, o amor é um mandamento (jo 15.12), e os dons devem ser exercidos motivados pelo amor.

9

D on s espirituais, sem controvérsias Pr.Vanderli Lima Carreiro

 VLUE/SHUTTERSTOCK 

texto básico

1Coríntios 12.1-11

texto devocional

1Ped ro 4.7-11

IC o 12.1-7

versículo-chave

1Coríntios 12.7

1Co 12.8-11

leia a Bíblia diariamente

Ef 4.7-16

"A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim  pr ov ei to so " 

ICo 12.12-26

alvo da licão

1Co 12.27-31

 A o estuda r esta lição , v oc ê de scob rirá qu al é a v erda de ira fo nte e o sign i fica do dos don s espirituais descrito em 1Cor íntio s 12.

Jr 1.4-10 f2 3 |

Rm 12.3-10

Introdução Os capítulos 12,13 e 14 formam uma única secção, cujo principal assunto é o uso dos dons espirituais. O primeiro desses capítulos traz uma discussão a respeito dos dons (charismata); o segundo apresenta o “cami-

coríntios era exatamente a falta de discernimento.

1. É preciso saber! (ICo 12.1)

nho sobremodo excelente” que deve

Paulo recomenda que é bom saber a respeito dos dons. Embora não conste

ser seguido pelos crentes espirituais; o terceiro discute dois dons específicos.

a palavra “dons” no original, o contexto indica que é a eles que se refere. O

O estudo de hoje é apenas sobre o capítulo 12.111.

apóstolo ajudanos a sair da ignorância e orientanos a lidar com a presença e o possível mau uso dos dons espirituais.

I. Dons espirituais - falsos ou verdadeiros?

Que são dons espirituais? São atributos especiais, dados pelo Espíri-

(1 Co 12.1-3)

Nas comunidades cristãs, o falso

to a cada membro do Corpo, para uso no Corpo. São gratuitos e imerecidos, concedidos aos crentes sem trabalho

e o verdadeiro coexistem, quer em

pessoal nem merecimento, e oriundos

relação à doutrina quer em relação às

da graça de Deus. Nunca podem ser

práticas cultuais. Uma das evidências da imaturidade espiritual dos cristãos

galgados ou obtidos pelo esforço do próprio homem.

. io

2.

b.

A fonte dos falsos dons (1 Co 12.2)

A principal característica das religiões pagãs era a idolatria. Assim, os coríntios, antes de serem salvos,

O Espírito de Deus, porém, dirige os homens a confessarem que  Jesu s é o Senhor. Sob a Sua influência, tais palavras de confissão podem ser ditas com plenitude de

foram prisioneiros de Satanás e da sua própria natureza pecaminosa, e arrastados à idolatria. No contexto pagão

significado. O verdadeiro cristão descobre que está sob o senhorio de Cristo quando o Espírito age

de Corinto, existiam as religiões gregas

no seu coração.

de mistério, nas quais se dava ênfase às experiências espirituais. Os adoradores pagãos eram guiados por algum tipo de força sobrenatural ou demoníaca a um

“A verdadeira espiritualidade’ não conduz a pessoa a um êxtase, ao individualismo ou a outro mundo, mas para dentro da vida da igreja, numa expressão

estado de transe ou êxtase, ou a alguma atitude estranha, que associavam ao

do compromisso pessoal com Jesus

poder de um deus, e que autenticava a

como Senhor e com o Seu corpo aqui

sua alegada divindade. Mas tais ídolos, diz Paulo, são impotentes  "mudos" (SI 11 5.5 )  em comparação à verdade

na terra” (Prior, p.208). r n 'nr.r.ff M Você tem consciência de quais são seus

emjesus. Os ídolos atraem os seus devotos, mas não têm mensagem a dar. Paulo

do ns ? 0 que vai fazer para colocá-los em prática em favor da igreja de Cristo? Se

fez essa referência ao tempo de outrora

airida não tem, o que vai fazer para d esco

para ajudar os coríntios a discernirem entre o falso e o verdadeiro dom.

3.

brir os don s que o Senhor já lhe concedeu?

II. A diversidade e a finalidade dos dons

O teste dos dons espirituais (1Co 12.3)

(1 Co 12.4-7)

Paulo apresenta dois princípios, um negativo e outro positivo, para testar a validade dos dons e o seu uso. a.

O Espírito Santo capacita a igreja a demonstrar a presença deJesus no mundo de várias maneiras, por intermédio de

Provavelmente tenha saído da bo ca de um coríntio (não cristão), em êxtase, a palavra "anátema”, numa referência a Jesus. Isso

cada um dos seus membros, mas sempre apontando para Jesus como Senhor.

implicava a negação do Seu senhorio. Era o mesmo que afirmar que Jesus foi rejeitado pelo Pai.

1.

Tal afirmação não procedia do Espírito de Deus.

a.

A diversidade (1 Co 12.4-6)

li

Há uma diversidade de dons  “charismata"   (lC o 12.4). Paulo

escreveu a Timóteo dizendo que reavivasse o “charism a” de Deus que havia nele (2Tm 1.6). Pedro pediu aos seus leitores que servissem “uns aos outros, cada um

III. A variedade dos dons espirituais (1 Co 12.8-11)

Fixaremos a atenção nos dons que aparecem na lista primária de 1 Coríntios 12. Jun tare m os os dons em três grupos, atribuindolhes uma classificação, para facilitar o estudo.

conforme o ‘charisma que recebeu"

(lPe 4.10). Há também diversidade nos serviços (lC o 12.5), ou seja, na maneira de servir ao único Senhor, que é Cristo, o qual capacita o cristão a realizar a obra (E f 4.714 ).

b.

£.

1.

(1Co 12.8,10)

São os dons que, para desempenho eficaz, exigem particularmente o emprego da mente.

Há ainda diversidade nas realizações, isto é, as atividades são múltiplas. Mas um e o mesmo Deus opera todas as coisas no interior de todos os homens.

2.

Os dons do raciocínio

a.

0 dom da palav ra da sabedo ria

(10)12.8)  Não é dom da sabedoria (Tg 1.5), mas dom “da p ala vr a da sabedoria".  É a capacidade especial que Deus agracia a certos membros do corpo de Cristo para que recebam discernimento de como o conhecimento dado pode ser mais bem aplicado às necessidades específicas que vão surgindo na igreja.

A finalidade (1 Co 12.7)

A luz do conceito de dons espirituais, apresentado anteriormente, já pudemos perceber a sua finalidade  "visando a umfim proveitoso”. Um dom espiritual é o instrumento concedido “a cada um” pelo Espírito Santo, a fim de que sirva a todo o corpo. Deve ser considerado como o meio usado por Deus para realizar o Seu trabalho pela ação dos Seus filhos.

b.

0 dom da palavra do conhecimento

 Esse dom é gêmeo do dom da palavra da sabedoria. O conhecimento tem a ver com a descoberta da verdade, enquanto a sabedoria tem a ver com a aplicação da verdade à vida. Como ambos são “palavra”, somente se manifestam quando uma mensagem é comunicada. E, pois, a capacidade especial dada a certos mem bros do corpo (ICo 12.8)

1Coríntio s para hoje Como os princípios da diversidade e da finalidade podem ser usados para avaliar o u so dos don s na igreja por parte de seus membros? Como você pode usá-los para avaliar o uso que tem feito dos seus don s?

12

de Cristo, para que descubram, acumulem, analisem e esclareçam informações e ideias pertinentes ao crescimento e ao bemestar dos membros da igreja, mediante o estudo da Palavra, sob a orientação do Espírito. c.

apenas a alguns crentes. Definese este como a certeza absoluta de que Deus pode fazer até as coisas para as quais não há promessas específicas na Sua Palavra. b.

a tradução literal da expressão que aparece no texto (ICo 12.9,28,30). Paulo ensina que Deus pode curar as mais variadas doenças, usando homens, escolhidos dentre os membros do Corpo, como veículos da Sua graça e Seu Poder.

0 dom do discernimento de espíritos (1 Co 12.10)  Todo crente precisa

ser capaz de distinguir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado (Hb 5.14). Deve também saber distinguir os espíritos ( ljo 4.1), para não se deixar atrair pelos falsos profetas. Entretanto, além disso, há crentes aos quais Deus dá o dom espiritual do discernimento de espíritos, que é a capacidade especial de saber, com segurança, se determinado comportamento, que se apresenta como oriundo de Deus, é, na realidade, divino, humano, ou satânico. 2.

c.

0 dom de operações de milagres (ICo 12.10)  É a tradução da expressão grega energemata dynameon, que pode ser traduzida por

“poderes milagrosos”. Ao usála, Paulo tem em vista o poder de . operar todo o tipo de milagres, além de simples curas, em resposta às necessidades de diferentes situações nas quais o cristão pode ser colocado. É também chamado de dom de sinais ( jo 2.1 1 ) ou de "sinais e prodígios”  ( To 4.4 8; At 5.12; 15.12 ).

Os dons de ação (1 Co 12.9-10)

São os relacionados com uma atitude por parte daquele que os desempenha. 3. a.

Os don s de curar (ICo 12.9) - É

Os dons de expressão (ICo 12.10)

0 dom da fé (ICo 12.9)  Há a fé

salvadora (Ef 2.8); a fé que é o desempenho da confiança em Deus durante a vida cristã, a fidelidade, que vem como fruto do Espírito e deve ser parte do caráter do cristão (G1 5.22); e o dom da fé, que é concedido

Os dons que assim classificamos têm relação direta com o discurso. a.

Dom de profecia  A palavra “pro-

fecia” vem do grego e significa a proclamação do pensamento e do conselho de Deus, para 13

denunciar e condenar o pecado, edificar, confortar e animar o Seu povo. Sendo assim, podese dizer que o possuidor desse dom é poderosamente motivado por Deus a ser o Seu portavoz (ou pregador), a fim de suprir necessidades espirituais de pessoas ou grupos, dentro ou fora da igreja. O profeta toma a iniciativa de confrontar as pessoas com a verdade de Deus em determinadas situações, e o faz com autoridade e austeridade (Êx 4.12; 7.12;  Jr 1.410; 23.1 628). b.

é manifestado na igreja onde estejam presentes pessoas que não entendem a língua falada, então Deus concede também o dom da interpretação, a fim de que todos sejam edificados. A distribuição dos dons está nas mãos do Espírito, que a realiza como Lhe apraz. Ele não exclui nenhum membro das Suas dádivas, mas a decisão sobre o dom que será concedido, a pessoa que vai recebêlo e o mom ento adequado são da Sua competência (lCo 12.11). ICo rínt ios para hoj

Dom de varie dad e de líng ua s -

Certamente que o conceito desse dom depende da corrente adotada. Uma corrente defende que é a capacidade especial, concedida por Deus a certos membros do corpo de Cristo, para falarem em um idioma que nunca aprenderam afim de transmitirem alguma mensagem urgente de Deus a uma ou mais pessoas. Outra corrente defende que se trata de uma língua ininteligível (uma língua estranha e não estrangeira). No capítulo 14, o apóstolo Paulo discute a relação desse dom com o de profecia. c.

Agrade ça a De us porque Ele concede dons à igreja. Encoraje pelo menos dois colegas da classe a descobrirem os d ons deles e os colocarem a serviço da igreja local.

Conclusão Você se identificou com um desses dons? Converse com o seu pastor a respeito de com o desenvolvêlo, com vistas a “um fim proveitoso”. Somente quando ã igreja está plenamente submissa à orientação do Espírito é que Deus faz surgir, no seu seio, as pessoas dotadas com os dons imprescindíveis para a implantação e desenvolvimento do reino de Deus.

Dom de interpretação de línguas -

Se o dom de variedade de línguas

14

Unidade e diversidade, na prática dos dons Pr.Vanderli Lim a Carreiro ELENA SCHWEITZER/SHUTTERSTOCK 

texto básico

1Coríntios 12.12-31

texto devocional

Filipenses 2.1-11

3

1

Jo 17.1-26

versículo-chave

1Coríntios 12.24-25

^

3

Rm 12.9-21

leia a Bíblia diariamente

"Deu s coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, c om igual cuidado, em favor uns d os outros" 

 A o es tudar esta lição, você co mp reen de rá que, na prátic a dos dons , sua igreja deve aprend er que a u nidade se realiza na diversidade.

IC o 3.1-9 [ J 3

IC o 12.12-26

Q 2U

ICo 12.27-31

E 3 I

Ef 4.1-6

1233

S1133.1-3

Introdução Em 1 Coríntios 12.1231 a palavra

Quem introduz (batiza) os mem -

“corpo” aparece 17 vezes. Significa que Paulo usa o corpo humano como

bros no Corpo é o Espírito (I C o 12.13). As expressões contidas nesse versículo

uma analogia para falar da unidade da igreja. Ele explica e ilustra a natureza e

referemse a uma única experiência na vida do cristão. Por meio dessa expe-

o valor da unidade da igreja, e tam bém

riência é que os pagãos, sem distinção de raça ou posição social, são transfor-

a importância da diversidade como um fatorchave para essa unidade.

mados em cristãos, introduzidos ou iniciados na comunidade dos santos e

I. Unidos no corpo

passam a experimentar a presença e o

(IC o 12.12-13)

poder do Espírito.

Apalavra “corpo” é uma ilustração perfeita da diversidade e da unidade  são muitos mem bros, mas um só

De que maneira você está unido ao "c or po " da sua igreja?

corpo, como acontece com a igreja. Quando Paulo diz “assim também com

II. Diversificados em um corpo

respeito a Cristo” dá a entender que a

(ICo 12.14-19)

igreja compõe o corpo de Cristo. Para realizar hoje a Sua obra na terra, Jesus

A mais importante característica doco rp oéa unidade. Mas a diversidade

tem um corpo, constituído de seres humanos vivos. 15

é essencial nessa unidade. A igreja é

os que parecem fracos são úteis, e

um corpo, porém, “o corpo não é um só membro, mas muitos” (lC o 12.14).

os menos dignos são honrados por

A igreja de Corinto, como muitas

causa da sua importância para todo o Corpo, sendo impossível separá los, porque cumprem o seu papel na

igrejas hoje, foi dividida (l C o 1.1 2),

cooperação com os demais membros

quando deveria ter sido unida sob

(l C o 12.20 25). Somente quando os

a liderança do Senhor; e tentou ser uniforme quanto à manifestação do

membros expressam amor e cuidado mútuo podese prevenir a divisão e

dom de variedade de línguas, quan-

preservar a unidade. Quando um sofre,

do deveria aceitar a diversidade dos dons que o Senhor lhe havia dado

todos sofrem; quando um se alegra, todos se alegram com ele ( lC o 12.26).

(lCo 12.2731).

Ninguém desdenha ninguém; não há rivalidade nem competição; não há in-

Muitos coríntios não estavam satisfeitos com o dom recebido e

veja nem malícia; não há inferioridade nem superioridade. O único povo que

desejavam possuir outro dom. Paulo, fazendo analogia com os membros do

pode amar e ser unido desse modo é o povo cristão, porque todos são “corpo

corpo individual, demonstra que cada

de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” ( l Co 12.27).

membro ocupa lugar distinto no corpo de Cristo, tendo sido ali colocado

1Cor íntio s para hoje

por Deus ( lC o 12.15 17). Diferimos

Você consegue louvar a Deus pelo dom do

uns dos outros, e exatamente por isso damos forma e unidade ao corpo

seu irmão e cooper ar com ele para edificar a igreja? Como se comporta diante de

(lC o 12.1819).

alguém que tem um dom "menos visível" que o seu?

1Coríntios para hoj Você está satisfeito com o seu lugar no

U

IV. A perfeita provisão divina

corpo de Cristo? Por quê?

(1 Co 12.28-31)

III. A mútua dependência dos cristãos

O apóstolo ainda destaca a soberania de Deus e a perfeita provisão

(1Co 12.20-27)

para equipar a igreja. Alguns crentes foram indicados para desempenhar os

O individualismo é errado na

ofícios de apóstolos, profetas e mestres

igreja, porque os membros têm um único Salvador e Senhor, e pertencem

(lC o 12.28, E f 4.11).

a um corpo espiritual comum. Todos

Os primeiros dois ofícios têm três

são necessários uns aos outros. Até

responsabilidades básicas: 16

A última palavra do apóstolo constitui uma exortação, que apresenta uma censura ao espírito ambicioso: "procurai

1. lançar o fundamento da igreja (Ef 2.20); 2 . receber

com zelo os melhores dons” (lC o 12.31; 14.l). A exortação é dirigida à igreja de Corinto, como um todo, pois ela havia caído no erro de elevar o dom de variedade de línguas acima de todos os demais dons.

e anunciar a revelação

da palavra de Deus (E f 3 .5 ); 3.  confirmar a palavra de Deus

por "sinais e maravilhas e milagres" (2C o 12.12; At 8.6,7; Hb 2.34).

“Procurar com zelo” significa ten-

O terceiro ofício é o de mestre, que pode ser o mesmo do “pastor-mestre”

tar descobrir, com o devido cuidado e acurada percepção, os dons que são necessários à igreja, para o desempenho do seu serviço. Os dons que a igreja

(E f 4.11 ; At 13 .l) . O mestre cumpre o ministério de ensinar a palavra de Deus à igreja.

necessita, esses são “os melhores dons" (lCo 12.31).

A segunda parte de ICoríntios 12.28 lista outros dons espirituais como o de milagres e curas, já mencionados

ICoríntios oara ho

em ICoríntios 12.910. Também está incluído o de variedade de línguas, que será discutido no próximo capítulo. O dom de socorro ou de ajuda é a pron-

A s pergun tas q ue Paulo faz em 1 Coríntios 12.29-30 esperam um "n ã o " como respos ta, e dem onstram que o corpo de Cristo é multiforme (John MacArthur).

tidão para o serviço, no sentido de dar apoio a pessoas doentes ou carentes (Rm 12.7). O dom de “governos” indica a capacidade para administrar ou

Conclusão

liderar.

Hoje aprendemos que, na prática dos dons na igreja, precisamos evitar dois extremos.

O propósito primário de Paulo, ao citar esses dons é enfatizar a va-

1. Menosprezar o seu dom que

riedade de ministérios que Deus dá à Sua igreja. Ele faz as perguntas que se seguem nos versículos 29 e 30, a fim de demonstrar que Deus os distribui

pode levará inveja (lC o 12.15 20) 2. Gloriarse do seu dom e ter ati-

tudes de orgulho, e, por isso, sentirse

de acordo com a Sua soberania e como Lhe agrada (lC o 1 2 .ll) .

superior aos outros (lC o 12 .21 26 )

17

0 caminho, sobrem odo excelente Pr.Vanderli Um a Carreiro

ELENAMMSHUTTERSTOCK

texto básico

Ko rín tio s 12.31-13,13

texto devocional

Uo ão 4.16-21

ICO 12.31-13.3

versículo-chave

1Coríntios 13.13

Ef 3.1-7

leia a Bíblia diariamente

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o am or *

E SET■ El  A o es tudar esta lição, você se conscientiz ará da imp ortân cia de não focalizar toda a atenção no que é temporal, parcial e menor, mas de estar atento à grande virtude que faz a diferença - o amor.

Jn 4.1-11 P P I

1C o 13.4-7

H H

Jo 13.31-35 1Co 13.8-13 1Pe 2.21-24

Introdução O capítulo 13 deve ser estudado no contexto do restante de toda a carta. Ele está diretamente ligado à discussão do apóstolo Paulo acerca dos dons. É uma mensagem que deve ser aplicada à igreja local. Quando assim ocorre, a comunidade é desafiada a experimentar o verdadeiro amor.

I. Quando falta o amor (1Co 13.1-3)

O apóstolo começa com a explicação de que a vida cristã sem amor não é nada. Em 1 Coríntios 8.1, ele já havia estabelecido o princípio de que “o amor edifica”.

1.

Eloquência sem amor não é nada (1 Co 13.1)

Se os dons espirituais são

exercidos com o espírito de competição, não edificam, e as consequências são desastrosas para a vida da igreja. Mas quando são desenvolvidos com amor, todo o corpo é beneficiado. Se alguém é eloquente, capaz de falar a língua dos homens e dos anjos, mas não manifesta amor, a sua fala não passa de um mero som  como o do "bronze que soa ou como o címbalo que retine”. Bronze é um metal, e címbalo

é um “instrumento musical composto de dois pratos de bronze, que eram batidos um contra o outro (SI 1 50.5 )” (Dicionário da Bíblia de Almeida, 2a edição, Sociedade Bíblica do Brasil). A lição que Paulo quer ensinar com essa comparação é que nenhuma língua, da terra ou do céu, é comparável à prática do amor. “A m elhor linguagem do céu ou da terra, sem amor, é apenas barulho” (Morris, p.14 6).

“Entregar o corpo para ser quei-

Lem brem onos de que o apóstolo usa uma linguagem hipotética nos três

mado” significa entregarse para ser

primeiros versículos, marcada pela ex-

queimado vivo, com o aconteceu a tan-

pressão inicial “ainda que”. Assim, “lín-

tos mártires cristãos em Roma. Era uma

gua dos anjos” não implica a existên cia

execução que provocava uma morte

de um “idiom a” angelical. Nas Escritu-

agonizante. Mas mesmo que a pessoa

ras, quando anjos se manifestaram a

se exponha a uma morte tão penosa

homens, fizeramno na língua humana.

como essa, se lhe falta o amor, de nada

Paulo simplesm ente está dizendo que,

lhe adiantará. No primeiro século,

mesmo que tenhamos habilidade para

atribuíase grande mérito aos atos de

falar como grandes oradores e com angelical eloquência, se não amamos

caridade e sofrimento. Paulo diz que o

aqueles a quem falamos, somos com-

trazem proveito.

amor é essencial, sem ele tais atos não

parados a objetos inanimados, que emitem som sem sentido.

2.

ICo ríntio s para hoi Ao ler o primeiro tópico, quais decisões você notou que precisa tomar para

Profecia, conhecimento e fé sem amor não são nada

amar de acordo com o modelo bíblico de ICoríntios 13? Inclua nessa lista atitudes

(1Co 13.2)

que precisa desenvolver e atitudes que

Ter o dom de profetizar, conhecer

precisa abandonar.

todos os mistérios e toda a ciência, e ter uma fé suficiente para transportar

II. As características do amor

montes é algo muito grandioso! Entretanto, sem amor, nada disso tem valor.

(1Co 13.4-6)

3.

Benevolência e martírio sem amor não são nada

Que amor é esse? A palavra grega

(1Co 13.3)

para tal qualidade de amor é agape. Não

Todos os nossos atos de miseri-

era uma palavra comumente usada. “Ela

córdia e dedicação, se não forem motivados pelo amor, de nada adiantarão.

foi introduzida no grego neotestamen

O significado de “distribuir todos os

de Deus visto em Jesus de Nazaré exigia

meus bens entre os pobres” é adotar um

uma nova palavra” (Prior, p.24 2). Esse

programa sistemático de distribuição

é o amor que deve caracterizar a com u-

dos recursos que se adquirem, durante

nidade cristã ( jo 13.35) e por meio do

a vida, aos pobres. M esmo que alguém

qualjesus é reconhecido como o Filho

consiga fazêlo, se não for feito com

de Deus e o Salvador do mundo.

tário especificamente porque o amor

amor genuíno, não é um ato espiritual. Benevolência com amor faz sentido;

Paulo passa a descrever o que esse amor é e o que não é.

benevolência sem amor não vale nada. 19

1.

sentido, o de ser ciumento, que inclui forte inveja do sucesso alheio ou desejo ardente de possuir o que é dos outros, até mesmo os dons espirituais, como ocorria na igreja de Corinto.

Duas virtudes essenciais do amor (1 Co 13.4)

O amor é ativo, não é abstrato nem passivo. Estas duas virtudes do amor, a paciência e a benignidade, assim como todas as outras, são práticas. b. a.

b.

2.

 Quem é dotado desse amor pratica a paciência ou a longanimidade para com outras pessoas. Isto é, tem infinita capacidade para suportar até quem é de difícil trato, sem reclamar (E f 4.2 ), como D eus age em relação aos homens (2P e 3.9).

Não é enfatuado (IC o 13.4)  “Não

se ufana" é   o mesmo que “não

Padênda

se orgulha” ou “não se incha”. A atitude de quem é enfatuado é oposta à do ciumento. Enquanto quem arde em ciúmes inveja o que os outros têm, o enfatuado faz tudo para que os outros o invejem, demonstrando ser aquilo que na verdade não é. Essa era a atitude reprovável dos corindos em relação ao uso dos dons espirituais.

 É complementar à paciência. Implica reagir com bondade aos que o maltratam. Não é somente desejar o bem estar dos outros, mas fazer alguma coisa para promover esse bemestar (Mt 5.3942). É assim que Deus faz, conduzindo o homem ao arrependimento (Rm 2.4; Tt 3.46). Benignidade

c.

Não se enso berbece (IC o 13.4) -

Soberbo é quem tenta se sobressair ou é arrogante (lC o 4.6 7).  João Batista dem onstrou não ser arrogante, quando quiseram comparálo ao Messias (jo 1.27; 3.30). Entre os corindos, alguns tinham essa atitude indevida (IC o 5.2).

Defeitos que o amor não tem (1 Co 13.4-6)

O amor que é paciente e benigno se nega a agir de maneira tal que traga prejuízo ao objeto do seu amor. a.

d.

Não se conduz inconvenientemente

 Essa expressão contém a ideia de algo que não se harmoniza com a forma devida, e assim é uma coisa vergonhosa, desonrosa e indecente. O amor evita tudo o que é inconveniente. Os cristãos corindos cometiam esse pecado ( IC o 11.21). (ICo 13.5)

Nãoéciumento(1Co13.4)-Hádois

sentidos no original para a palavra “zelo”. Um é ser zeloso ou cuidadoso (lC o 12.31; 2Co 11 .2).Mas nesse versículo, aplicase o outro 20

e.

Não busca os próprios interesse s

1Coríntios para hoi

(ICo 13.5)  O amor não é preo-

Analise as características do amor apresen-

cupado com as próprias coisas, e

tadas no tópico e avalie quais delas você tem

sim com os interesses dos outros (Fp 2.4). Os coríntios promoviam a si mesmos, sem se preo cuparem co m a edificação da igreja (ICo 14.12).

praticado no dia a dia. Pense també m quais são mais difíceis para você praticar.

III. O amor surpreende (IC o 13.7)

f.

Não se exaspera (1 Co 13.6)  Exas-

perar significa irritar, encolerizar, enfurecer. O amor não

O apóstolo Paulo deixa de falar do que o amor não é, para afirmar o

se encoleriza, não se enfurece

que o amor faz.

(lPe 2.2124).

1. g.

“Sofre” pode ter a ideia de “cobrir" ( lP e 4 .8 ), no sentido de apagar o que,

Não se ressente do mal (IC o 13.6)

 O amor não leva em conside-

no outro, é desagradável. O amor não

ração o mal praticado contra si. Não guarda ressentimentos, mas

desiste facilmente; ele aguenta. Sobrevive à tristeza, à decepção, à crueldade, à exposição da verdade e à indiferença.

livra a mente do mal praticado pelos outros, praticando o perdão (Mt 18.2135).

2. h.

Tudo sofre

Não se aleg ra com a injustiça

Tudo crê

O amor tem uma atitude de confiança para com os outros. Ele

(1 Co 13.6)  O amor não se alegra

com o mal, outra tradução para a palavra “justiça”. Em bora conviva com a existência do pecado, não encontrp alegria nele, mas sim

prefere crer nas boas intenções das pessoas do que lhes manifestar des-

na verdade, que vem do Deus,

as circunstâncias e a considerar, nos outros, o que têm de melhor. Qu em

confiança. A pessoa que ama está sempre disposta a levar em conta

que é amor. Injustiça aqui tem

ama confia. Quando a confiança é quebrada, a prim eira reação do amo r é restaurála (G16.1).

a ver com a prática da vontade de Deus. O cristão que ama não se alegra com a injustiça, com a incoerência, mas sim com a verdade aplicada ávida diária. Não se trata de uma filosofia, mas de uma

3.

Tudo espera

demonstração clara do amor de Deus.

irracional, que ignora a realidade.

Não se trata de um otimismo Antes, traz a ideia da recusa de tomar

21

IV. A permanência do amor

o fracasso como final. Deus não considerou a falha de Israel como

(ICo 13 .8 -13 )

o fim da Sua relação com o povo (Rm 11.2527). Mesmo quando a pessoa que ama é desapontada, ela

A conclusão de Paulo é “o amor   ja m ais acaba"   (IC o 13.8). O amor permanece por toda a eternidade;

continua a ter esperança (R m 5.5 ).

4.

nada pode destruílo (C t 8 .7). E eterno porque está fundamentado em Deus, e "Deus é amor" ( l j o 4 .8 ).

Tudo suporta

“Suportar” era um termo militar, usado em relação a um exército que guardava uma posição vital a qualquer

1.

custo. Inclui a ideia de constância. O amor não se deixa vencer, mas luta,

Os dons são temporários e parciais (ICo 13.8-10)

sejam quais forem as dificuldades. Estêvão é um exemplo do amor que

do amor, Paulo destaca o caráter tem-

suporta. As pedras que lançaram sobre ele não o fizeram deixar de ter a espe-

poral e parcial dos dons espirituais. Certos dons, aos quais os coríntios

rança de que os seus apedrejadores

se apegavam como se fossem o seu quinhão, terão fim. As profecias de-

Em contraste com a permanência

poderiam ser salvos (At 7 .60).

vezes nesse verso, não é um exagero

saparecerão. Quando estivermos diante de Deus, as profecias não terão mais sentido, porque tudo terá sido

do apóstolo. Indica que o amor, muito além de ser uma qualidade humana,

cumprido. As línguas cessarão, serão deixadas como experiências então

constituise um atributo divino a nós concedido, e por isso surpreende. “Nos

desnecessárias. A ciência passará, porque todo o conhecim ento penosamente adquirido será desvalorizado, à

A palavra “tudo”, repetida quatro

diversos relacionamentos do dia a dia, é apenas o amor divino em Jesus que nos

luz do pleno conhecimento de Deus (IC o 13.8).

capacita a sofrer, crer, esperar e suportar” (Prior, p.24 8). "Nós amamos porque

Ele nos amou primeiro" ( l j o 4 .1 9 ).

Além disso, o conhecimento que adquirimos é parcial, assim como as profecias, porque Deus não revelou

Í

Você crê que é possível praticar o amor

aos profetas tudo a respeito da ver-

descrito no tópico III? Faça uma lista das di

dade (ICo 13.9). “O que éperfeito” pod e referirse à vida por vir. Quando

ficuldades e de com o supe rá-las para colocar em prática esse amor nos relacionamentos

chegar a consumação dos séculos, tudo o que é parcial será aniquilado

do dia a dia. Em seguida, compartilhe com os colegas.

(ICo 13.10).

.

22

2.

Os dons são elementares

são as línguas e coisas semelhantes,

(1Co 13.11-12)

mas a fé, a esperança e o amor. E não existe nada maior do que o amor”

Paulo ilustra, com a vida do homem, o contraste entre o parcial e o completo. O parcial é comparado ao

(Morris, p. 152). 1Corín tios paraho j

“menino”, à infância. Na vida terrena,

Quais atitudes práticas na ig re ja vão

todos os cristãos são crianças, em vista do que serão quando se tornarem perfeitos no céu.

demonstrar que entendemos ser o amor maior e mais duradouro que tudo? Como essa con vicção alimenta a esperança e a fé no cumprimento das prome ssas do Senhor?

Na presente vida, mesmo com a palavra de Deus e a iluminação do Espírito, nós vemos como num espelho. Mas quando entrarmos na presença do Senhor, conheceremos os vastos tesou-

Conclusão

ros do conhecimento de Deus. Vamos vêlo face a face! (Ap 22.4 ; lj o 3.2 ).

mos sobre dons. Nesta lição Paulo mostra que o amor é maior no sentido

Nas duas últimas lições, estuda-

de ser o que dirige tanto a busca como

3.

0 amor é maior

o exercício dos dons na igreja. E descri-

(ICo 13.13)

conclusão”. Para concluir, diz Paulo:

to por Paulo com o o atributo eterno, já que Deus é amor, conforme o ensino de ljoã o 4.8.

“permanecem a fé, a esperança e o am or”. Os dons terão cessado, a ci-

Quanto de sua vida e serviço

“Ago ra”, tem o sen tido de “em

ência terá passado, os fiéis habitarão

cristãos são regulados pelo princípio do amor? Qual sua motivação para servir? Como você trata problemas de relacionamento?

na Casa do Pai, e as três virtudes serão a marca deles. A fé permanece por ser a confiança na obra salvadora realizada pqr Cristo. A esperança permanece porque é viva e consiste

Durante esta semana, dedique tempo à reflexão e à oração. Peça a Deus que reparta com você do amor

na certeza das grandes verdades que perduram. O amor, entretanto, ocupa uma posição suprema. Devido à consideração que os coríntios davam ao

Dele. Tire tempo também para fazer uma lista de atitudes que você pode ter e que demonstram o amor de Deus.

espetacular, Paulo lhes está dizendo: “As coisas realmente importantes não

23

Línguas, profecias e ordem no culto Pr.Vanderli Lima Carreiro

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textobásico__

ICorintios 14.1-40

texto devocional

Uo ão 4.16-21

ß j J IJ

ICO 14.1-5

versiculo-chave

ICorintios 14.12

H ffJ

Rm 16.25-27

P JU

1Co 14.6-12

Q Q I

IC o 14.13-19

H H

IC o 14.20-28

leia a Bíblia diariamente

"Assim, também vós, visto qu e desejais do ns espirituais, pr ocur ai progredir,  para a edif icaç ão da igreja " 

alvo da lição  Ao estudar esta lição, você vai refletir sobre a necessidade de ser diligente no uso dos dons espirituais, atenta ndo para o seu principal pro pósito - a edificação da igreja, a fim de que os abusos c ometido s na igreja de Cori nto sejam evitados.

ICo 14.29-40 At 2.1-13

Introdução 1.

Depois da apresentação do amor com o “um caminho sobremod o excelente” acima de qualquer ministério ou dom, Paulo co nfronta os coríntios

(ICO 14.1-5)

Outra vez Paulo recomenda

com o uso inadequado do dom de línguas, ensinandolhes três verdades

seguir o amor e procurar, com zelo, os dons espirituais (1 2 .3 1 ), a crescentando: "principalmente que profetizeis"

básicas acerca desse dom  o seu lugar em relação ao dom de profecias, o seu propósito e o seu uso no culto público.

(1 Co 14 .1). Isso indica que os crentes coríntios deviam desejar que o dom de profetizar fosse usado mais do que qualquer outro dom nas suas reuniões.

I. A posição superior do dom de profecia (ICo 14.1-19)

a.

Ninguém entende! (ICo 14.2) - O

tipo de línguas que os coríntios falavam não tinha valor edificativo.

Há três razões pelas quais o dom de línguas é secundário em relação

Podia ser entendido por Deus, mas não o era pelos homens  “em espírito fala mistérios”. O espírito a

ao de profecia  a profecia edifica toda a congregação; as línguas são ininteligíveis, e falar em línguas tem

que Paulo se refere não é o Espírito Santo, mas o espírito da própria

valor limitado.

.

A profecia edifica toda a congregação

24

pessoa, que dava mais importância ao misterioso, do que ao que podia

do dom de línguas é que, em si mesmas, as línguas são ininteligíveis. Ele esclarece seu ensino com o uso de

trazer edificação a todos.

ilustrações. b.

Todos enten dem ! (1 Co 14.3-4) -

Quem profetiza, no sentido de anunciar a mensagem de Deus

a.

igreja (ICo 14.6)  Paulo admite

com base na Sua Palavra, o faz na

que, se fosse aos corindos falando em línguas, não haveria tanto va-

língua que todos entendem, resultando na edificação, na exortação e no consolo de toda a congre-

lor quanto se falasse por meio de:

gação. Os dons espirituais têm sentido quando são espiritual-





é superior: “edifica a igreja”. Se ninguém entende o que se fala (a não ser supostamente o que fala),

“ciência”  elucidação do significado da vida cristã;



“profecia”  expressão da vontade de Deus pelo poder do Espírito;



“doutrina”  esclarecimento e aplicação do significado do evangelho.

b.

Apenas fazer barulho! (1 Co 14.7-9) -

não há proveito nenhum. A profecia é superior! (1Co 14.5)

 Sem dúvida, Paulo não está dizendo que todos os cristãos têm de possuir o dom de falar em línguas. Ele mesmo ensina que não possuem todos os mesmos dons (12.11,30). Se isso fosse possível,

Os instrumentos inanimados, se não são tocados com habilidade, falham em seus objetivos. A mes -

e se os^ corindos usassem o dom

ma coisa com a linguagem, que é um meio de comunicação. Se as pessoas não compreendem a língua usada, não há comunicação.

como mais adiante ele prescreve  com interpretação, iria se cumprir o principal propósito do dom, a edificação. Mesmo assim, a preferência do apóstolo era pelo exercício do dom principal, o de profecia.

2.

“revelação”mensagem dada por Deus (Rm 16.25; 2Co 12.1,7; G12.2);

mente proveitosos para os outros, crentes ou incrédulos. Esta é a razão por que o dom de profecia

c.

A impossibilidade de ele edificar a

c.

Vozes sem sentido! (IC o 14.10-12) -

Outra ilustração usada por Paulo são as vozes  cada uma tem o seu sentido. Se a voz não tem signifi-

As línguas são ininteligíveis (1 Co 14.6-12)

cado para quem a ouve, quem fala e quem ouve são estrangeiros um para o outro.

O segundo argumento de Paulo para ressaltar a posição secundária 25

Então, de novo, Paulo enfatiza

capacidade de falar em línguas. Mas remove qualquer dúvida quanto ao valor limitado desse dom. Preferia falar cinco palavras para ajudar os outros a crescer no entendimento das coisas

que o objetivo do uso dos dons espirituais é a edificação, exortando os coríntios a fazer disso a motivação para a busca dos dons espirituais.

espirituais a falar dez mil palavras em

3.

0 valor limitado de falar em línguas

outra língua (l C o 14 .19). 1Coríntios para hoj

(1Co 14.13-19)

Como você procura ouvir a voz do Senhor? Nã o há substituto para o relacionamento pes

Esse é o terceiro argumento de Paulo para indicar a posição secundária do dom de línguas. E um dom

soal com o Senhor, que usa pes soas da m anei ra que Ele quer, mas deseja fala r pessoalmente com você. Com o vai sua vida devocional? 0

de valor limitado, porque necessita do dom de interpretação para ter sentido.

que você pode fazer para melhorá-la?

II. 0 propósito do dom de línguas

A oração em línguas não beneficia nem quem ora, se ele desconhece o sen-

(1 Co 14.20-25)

tido daquilo que fala (lC o 14 .13 14 ). O seu espírito pode se contentar com a oração, mas a sua mente fica

Quando o apóstolo começa a explanação sobre o propósito do dom

“infrutífera”.

de línguas, faz um apelo aos coríntios O uso dos dons espirituais não

para serem maduros no modo de

dispensa o envolvimento da inteligên-

pensar. Deviam ser crianças quanto à “malícia”, mas adultos na capacidade de julgar ou no entendimento

cia, razão pela qual Paulo diz: "Orarei com o espírito, mas também orarei

com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente" ( l C o 1 4 .1 5 ).

(l C o 1 4.2 0 ). Logo a seguir, cita uma profecia de Isaías (is 28.1112) para indicar o propósito do dom de línguas.

Se, no culto público, fazse uma adequada oração de ação de graças, mas a pessoa que a ouve fica impos-

A citação de Isaías (lC o 14.21  “lei” tem aqui o sentido genérico de

sibilitada de dizer “amém”, porque não entende o que é dito, ela não é

“texto do Antigo Testamento”) tem com o objetivo dar uma clara indicação

edificada ( l Co 14 .16).

de que as pessoas não ouvirão o que se

Paulo conclui dizendo aos corín-

fala em línguas. Nesse texto, o profeta se dirige aos israelitas, que não lhe

tios que ele ultrapassava a todos na

davam ouvidos, declarando que seriam 26

entregues a um povo de linguajar estranho (os assírios). Não reagiriam em

ICoríntios para hoi Os cristãos sempre precisarão de discerni-

fé e obediência; mas continuariam na incredulidade. Assim com o os israeli

mento, ma s não se consegue essa virtude sem maturidade. Quais atitudes você acha

taS; que não deram ouvidos ao profeta, tiveram que ouvir uma linguagem

essenciais para que o cristão desenvolva o discernimento tão necessário para a vida?

que não podiam entender, também seria no tempo dos coríntios. Os que não cressem ouviriam línguas e não

liste pelo m eno s três.

III. 0 procedimento no culto cristão

conseguiriam entender o seu maravilhoso significado. “Consideradas deste modo, as línguas são um sinal para os incrédulos (lC o 14 .22). Apontam

(ICo 14.26-40)

Esse texto dános uma ideia de

para o juízo de Deus. A profecia, em contraste, é dirigida aos crentes. Traz

com o era desenvolvida a adoração pú-

Ihes a verdadeira mensagem de Deus”

blica na igreja primitiva. Contudo não

(Morris, p.159).

parece que Paulo tinha a pretensão de estabelecer uma norma universal para

Em ICoríntios 14.23 Paulo acrescenta outro ponto de vista em relação

o culto cristão. Na realidade, o propósito do apóstolo era corrigir os abusos

às línguas  não são úteis aos não cristãos. Os “indoutos” (pessoas limitadas

cometidos na igreja dos coríntios. Mas há princípios que podem nortear o procedimento dos adoradores nos

no enten dim ento) e os “incréd ulos”, se participassem de um culto em que

cultos que ho je oferecemos ao Senhor.

as línguas fossem exibidas, do modo como os coríntios o faziam, sairiam com a impressão de que os crentes estavam

"loucos"

1.

A edificação (ICo 14.26-27)

( lC o 14.23). Mas se

Quando a igreja se reunia, qual-

ouvissem uma profecia, o efeito seria

quer um dos membros podia ter algo

diferente ( lC o 14^.2425).

com que contribuir no desenvolvimento do culto ( lC o 14 .26). “Um tem

Assim, para aqueles que já ouviram a Palavra e não creram, como

salmo” (uma composição em versos do Antigo Testamento) ou um hino

os israelitas do Antigo Testamento, as línguas são um sinal do juízo de

(Cl 3.16; Ef 5.19; lTm 3.16; Ap 5.9 10; 15 .3 4) ; “outro, doutrina”  um

Deus por causa da incredulidade. Mas para os que nunca ouviram a

ensinamento que ilumine o significado da Palavra; “este traz revelação”  a ma-

mensagem divina, as línguas são um sinal de loucura.

neira de tornar uma profecia mais clara e compreensível; “aquele, outra língua”

27

línguas não é o resultado de um impulso irresistível do Espírito (ICo 14.32).

 uma mensagem anunciada numa língua não conhecida de grande parte ou maioria da congregação, e por isso seguidade "interpretação" ( ICo 14.27). a.

2.

A coerência (ICo 14.27,29)

Paulo sugere a ordem e o limite para o caso de alguém falar em outra língua no culto e tam bém profetizar. a.

No caso de hav er outra língu a (ICo 14.27)  ' que não sejam mais

do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente”, o que significa que não podem falar ao mesmo tempo. Além disso, enfatiza a necessidade de haver intérpretes. b.

"Se, porém, vier revelação a outrem... calese o primeiro"  (IC o 14.30), o que significa que o orador (talvez alguém indicado) devesse ceder a oportunidade a outro profeta. Paulo, para ser coerente com a primazia que dá ao dom de profecia  anunciar a mensagem de Deus  acrescenta: "porq ue todos poder eis pro fetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados" (ICo 14.31).

Também o dom de profecia não é uma compulsão irresistível do Espírito. A profecia é um meio de Deus iluminar

No caso de ha ve r pro fe tas (ICo 14.29)  “falem apenas dois

ou três, e os o utros julguem”. Não só há limite para o número de

o homem, mas o profeta pode controlarse e manter silêncio, ou esperar o momento adequado para transmitir a mensagem. Se os participantes do culto

participantes; mas é necessário que os outros (profetas) exerçam o dom do discernimento (l C o 12.1 0), para que a mensagem de cada profeta seja avaliada.

não têm domínio sobre o próprio espírito, promovem “confusão”, o que contraria o caráter de Deus, que “é de paz" (ICo 14.33).

3.

O domínio próprio 4.

(ICo 14.28,30-33)

(ICo 14.33-38)

Do mín io próprio é parte do fru-

Paulo não está ensinando, nesses versos, que a mulher não tem voz nem vez na igreja. Ele m encionou que

to do Espírito. P ortanto, não agrada a Deus que um culto Lh e seja oferecido sem essa marca. Notese com o é preciso haver o controle próprio no culto. a.

O respeito

mulher ora e profetiza (lC o 11 .5). O que aqui condena é o comportamento “vergonhoso” de algumas mulheres casadas da igreja coríntia,

"Fique calado, falando consigo mesmo e com Deus"( ICo 14.28), o que dá a entender que o falar em

que precisava de controle, como se 28

fazia em "todas as igrejas dos santos" (l C o 14 .35 ). O princípio da submissão ao marido estava sendo transgre-

a preeminência do dom de profetizar. Mas vem acrescido da recomendação: “não proibais o falar em outras línguas”.

dido, e a lei de Deus, desobedecida (lC o 14 .34 ). Isso ocorria quando

Embora esse dom seja colocado em posição secundária, e Paulo tenha tratado com severidade o abuso com que era usado em Corinto, considera que se devia permitir que fosse desenvolvido

a mulher interrogava em público o próprio marido, provavelmente causandolhe certo constrangimento. Era melhor, nesse caso, que “ficasse calada” na igreja e tirasse dúvidas em casa. Ao final, Paulo interroga iro-

na igreja.

nicamente os coríntios se “a palavra de Deus” se originou deles ou havia

do culto cristão para os que o observam, e “ordem” referese à capacidade

sido dada somente a eles. Assim, o apóstolo tenta com bater o orgulho de alguns coríntios, que pensavam ser os

de cada adorador estar a servir, colocado em seu lugar adequado.

“Decência” focaliza a aparência

1Coríntios para ho

únicos a ter discernimento espiritual (l C o 14 .36 ), fazendo uma declaração

Co m o colaborar para desenvolver um culto

a respeito da sua autoridade apostólica

que agrada a D eus e que comunica a me n-

(lCo 14.3738).

sagem da Palavra? Pense em pelo menos três características de um culto assim.

O crente verdadeiramente espiritual aceita a autoridade daqueles que o Senhor coloca na liderança. “Qualquer tendência de pensarmos que estamos certos, enquanto o restante da igreja universal está errada, é algo arrogante

Conclusão

e perigoso” (Prior, p.2 70 ).

dade, firmar a sua convicção acerca

5.

dos dons espirituais, não permitindo, porém, que tal confiança se torne motivo de conflitos desnecessários e

Cada crente procure, com hum il-

A decência e a ordem (1 Co 14.39-40)

O último princípio para o culto

improdutivos.

cristão  “tudo, porém, seja feito com decência e ordem”  está antecedido da exortação que, mais uma vez, destaca

Lembrese: o caminho sobremodo excelente é o amor!

29

  s   o    i    t   n    í   r   o    C    1

A ressurreição de Cristo e a nossa

Pr.Vanderli Lim a Carreiro

TIFFANY CHAN/SHUTTERSTOCK 

texto básico

1Co ríntio s 15.1-58

texto devocional

Romanos 8.31-39

2 3 1

ic o

versículo-chave

1Co rín tio s 15.19

[3 1

At 1.111

0

3

1Co 15.12-19

0

3

ICo 15.20-28

leia a Biblia diariamente

"Se a nos sa esperança em Cristo se limita apena s a esta vida, so m os os mais infelizes de todos os h om en s"  alvo da licão

 A o estudar esta lição, vo cê terá fo rta lecida a c on vicção acerca da ressur reição de Cristo e da nossa, e será estimulado a viver produtivamente, enquanto aguarda a volta do Senhor.

« .  m

i

0 3 1

IC O 15.29-34

0

3

1Co 15.35-49

0

3

1Co 15.50-58

Introdução Tratamos agora do maior capítulo

Como resultado da sua pregação, eles

da carta. Não há discussão tão lógica

foram salvos; a não ser que a crença

e profunda acerca da ressurreição, em

deles estivesse apoiada em bases fal-

toda a Bíblia. Paulo demonstra que a

sas. O fato de os coríntios terem sido

ressurreição de Cristo é fundamental

salvos e transformados miraculosa-

para o evangelho e que nela se baseia a

mente pelo evangelho ( IC o 15.34) é

certeza da nossa ressurreição.

uma poderosa evidência do poder da ressurreição.

I. A evidência da ressurreição de Cristo

A sobrevivência da igreja de Jesus

(ICo 15.1-11)

Cristo durante mais de dois milênios é evidência da realidade da ressurreição.

Paulo recorda aos coríntios o

2.

evangelho que lhes anunciou.

1.

O testemunho da igreja

O testemunho das Escrituras (ICo 15.3-4)

(ICo 15.1-2)

O segundo testemunho é dado

O apóstolo começa lembrando

pelas Escrituras (o Antigo Testamento).

os “irmãos” de Corinto que lhes havia

A morte, o sepultamento e a ressurreição

anunciado o evangelho, por eles rece-

do Senhor estão ali preditos (is 53.512;

bido, o qual incluía a ressurreição e no

SI 16.810). Ao dizer “entreguei o que

qual continuavam firmes (IC o 15.1).

recebi”, o apóstolo se refere ao ensino

. 30

e.

baseado nessas verdades. Jesus mesmo disse aos dois discípulos na estrada de

I;,Ma

pode ter sido uma aparição como a registrada por João (20 .26 2 9)

Emaús que as Escrituras davam testemunho da Sua ressurreição ( Lc 24.2527 ).

3.

Todos os apóstolos (ICo 15.7)

ou a aparição ocorrida no dia da ascensão (At 1.611).

As testemunhas oculares (1 Co 15.5-7)

4.

Uma testemunha especial (1Co 15.8-11)

Ao longo da história, o testemunho daqueles que viram Jesus ressusci-

Por último, Paulo apresenta a si

tado tem sido considerado a maior das evidências da Sua ressurreição.

mesmo como testemunha da ressurreição de Cristo. Ele só teve um encontro pessoal com o Senhor ressurreto depois da ascensão, mas lhe atribuiu

a.

Pedro (1Co 15.5) O aparecimento

a mesma validade daquela dos outros '‘ testemunhos.  Afinal" ( IC o 15.8) dá a

a Pedro (Cefas) é mencionado em Lucas 24.3 4 ( Mc 16.7).

entender que depois de Jesus aparecer b.

Os doze (ICo 15.5)  Tratase de

a Paulo, não houve mais aparições dessa natureza. Devido a essa extraordinária aparição, Paulo intitulouse

uma referência geral aos apóstolos, poisJudas Iscariotes não se encontrava mais entre eles, e Tomé

“nascido fora de tempo”, comparando se aos apóstolos que conviveram com Jesus. O outro título que deu a si mesmo é "o menor dos apóstolos”

estava ausente (Lc 24.3643;  Jo 20.1925). c.

M ais de qu inhe nto s irmã os

(IC o 15 .9), devido ao profundo senso de indignidade pessoal, especialmente por ter perseguido “a igreja

(ICo 15.6)  M e n cio n a do s s o -

mente aqui. Esse testemunho é

de Deus”. Ele atribuiu essa bênção à “graça de D eus”. Por intermédio dela,

da maior importância, por causa do número de pessoas que o deu, além do fato de que a maioria

d.

delas ainda vivia, podendo ser consultada pèssoalmente.

foi transformado de perseguidor a perseguido; por sua força trabalhou “mais do que todos eles”. Não foi o homem,

Tiago (IC o 15.7)  Não é dito a

mas a graça de Deus que nele operou (I C o 15.1 0). Ao final, identificase com os outros apóstolos pela mensagem que pregavam  a do evangelho

que Tiago Paulo se refere. Provavelmente se refere ao irmão do

autêntico, que todos proclamavam, e por meio do qual os homens criam

Senhor. Em Atos 1.14 há referência aos irmãos do Senhor entre os crentes.

(ICo 15.11).

31

Sem a ressurreição de Jesus, não há onde apoiar a fé.

Co m o você pode mostrar, por meio de sua vida, que Cristo está vivo? Que atitudes

1.

a

práticas tem algué m convicto da ressurrei ção de Cristo?

citou a Cristo, então Jesus não passava de um impostor, e quem relacionasse o nome de Deus a

II. Consequências de negar a ressurreição

Ele seria um blasfemo.

(IC o 15.12-19)

2.

Paulo combate os que negavam a ressurreição corporal dejesus Cristo.

1.

Somos falsas testemunhas de Deus (1Co 15.15)  Se Deus não ressus-

As consequências pessoais de não haver ressurreição (IC o 15.16-19)

Além das consequências negativas para a doutrina cristã, há mais três, de caráter pessoal.

As consequências teológicas de não haver ressurreição (IC o 15.12-15)

a.

Se não existe ressurreição, como entre os coríntios se afirmava

Cristo, não seríamos justificados

(I C o 15.1 2), as consequências para a doutrina cristã são desastrosas.

f.

Permaneceis nos voss os pecados (ICo 15.17)  Sem a ressurreição de (Rm 4.2325).

Cristo não ressuscitou (ICo 15.13,16)

b.

 Se os mortos não ressuscitam,

Os que dorm iram em Cristo pere ceram (ICo 15.18)  Não há espe-

então Cristo continua morto.

rança para os que morreram, se

A doutrina cristã se igualaria a qualquer crença.

Cristo não ressuscitou, porque foi por meio da ressurreição que Ele arrancou o aguilhão da morte

g.

É vã a nossa pregação (ICo 15.14)

(ICo 15.55).

 Se Cristo não ressuscitou,

c.

Paulo e dos demais apóstolos

Som os os mais infelizes de todos os homens (1 Co 15.19)  Se deposita-

(I C o 15 .11) teria sido vão, pois a pregação inclui o Cristo ressusci-

mos a nossa esperança em Cristo, e Ele não ressuscitou, então so-

tado ( ICo 15.4; IC o 6.14).

mos dignos de pena!

todo o trabalho de pregação de

h.

1Coríntios para ho

É vã a vossa fé (1Co 1 5 . 1 4 ) - Uma vez que a fé do cristão se baseia no

Como lidar com pessoas que não creem

Cristo ressuscitado, se não houve ressurreição, a fé se tornou vazia.

nas evidências da ressurreição? Quais os

32

bemos quando o Senhor virá para levar o Seu povo, mas conhecemos a sequência dos acontecimentos (lTs4.16).

limites que temo s para evangelizar esse

U

tipo de pessoa?

III. O plano da ressurreição

3.

(1Co 15.24-28)

(1Co 15.20-28)

O terceiro aspecto da ressurreição pode ser chamado de “restauração”, que sintetiza os acontecimentos do “fim” ou da consumação de todas as coisas, quando:

Vejamos o ensino sobre a ordem em que os acontecimentos se darão. 1.

A restauração

O Redentor (1Co 15.20-22)

Paulo reafirma a ressurreição de Cristo que, no ato de ressuscitar, tornouSe “as primícias   (o primeiro fruto) dos que dormem".  A ressurreição de Cristo não foi um acontecimento isolado na história, mas faz parte da grande colheita dos santos, que ressuscitarão. E diferente das outras narrativas do Antigo e do Novo Testamentos ( lRs 17.22; 2Rs 4.3436; 13.21; Lc 7.15; 8.55; Jo 11.44). Todos os que foram ressuscitados voltaram a morrer, até mesmo os que Jesus ressuscitou, como o filho da viúva de Naim, a filha de Jairo e Lázaro, que poderiam estar entre os que “já dormem" (l C o 15.6). A ressurreição de Cristo envolve a nossa, do mesmo modo que também a morte de Adãò nos afetou (lCo 15.2122). 2.

a.

b.

C.

C risto terá autoridade sobre tudo e sobre todos os homens (lCo 15.24); Ele voltará para reinar, tendo todos os inimigos subordinados a Si (lC o 15.25); o poder da morte será tirado (lC o 15.26);

d.  Jesus entregará o reino ao Pai, sujeitandose Àquele que todas as coisas Lhe sujeitou (lC o 15.2728). ICo ríntio s para hoj De que forma po de mo s ser encorajados pela ressurreição de Cristo? Com o você pode encorajar outros irmãos com essas verdades?

IV. Consequências da ressurreição para a vida

Os redimidos (1Co 15.23)

(1Co 15.29-34)

No esquema da ressurreição, Cristo é o primeiro, e aqueles que são de Cristo serão ressuscitados por ocasião da Sua volta. Não sa

A maior verdade de Paulo nesse texto é que, se não cremos na ressurreição de Cristo, removemos a grande 33

motivação da vida cristã e toda a espe-

os coríntios a não cometerem o erro de

rança em Cristo.

ser levados por conversas daqueles que negam a ressurreição. O conhecimento

1.

da doutrina da ressurreição desperta o cristão para uma vida de santidade.

Um incentivo para o serviço cristão (1Co 15.29-32)

1 Co ríntios para hoj

Paulo menciona nesse versículo

Como a verdade da ressurreição incentiva

uma prática dos coríntios: o batismo

você a servir mais a Deus e a buscar mais

vicário. Embora não condene dire-

santidade? Co mo você po de usar tal doutri-

tamente tal prática, o apóstolo se dissocia dela. Notese que diz: “que

na para incentivar outros na m esma área?

farão os que”, enquanto no versículo

V. A natureza do corpo ressurreto

seguinte consta: “E por que também nós”. Mesmo sendo condenada, essa prática dava apoio ao argumento de

(1Co 15.35-50)

Paulo em favor da ressurreição.

todos os cristãos, Paulo pergunta aos

"Como ressuscitam os mortos?E em que corpo vêm?"  Essas perguntas são aqui respondidas.

coríntios qual a razão de se exporem a constantes perigos, aceitando o sofri-

1.

Voltandose para a experiência de

Uma ilustração (1Co 15.35-38)

mento para viverem unidos a Cristo, se a morte é o fim de tudo! Paulo mesmo

Mostrandose indignado com a

sempre enfrentava perigos (lC o 1531, 2Co 11.2327) por amor a Cristo, e se

pergunta, o apóstolo chama os irmãos de Corinto de “insensatos"( lCo 15.36)

gloriava em ter sofrido pelos coríntios.

e os conduz apensarem no que aconte-

Em Efeso, diz ele: lutei “com feras” (provavelmente em sentido figurado),

ce à semente que é semeada, comparan doa ao corpo que desce à sepultura. Da mesma forma que acontece às sementes

para explicar a intensidade do perigo ( 2Co 1.8). Tudo isso teria algum sentido, se os mortos não ressuscitam? Não

que são plantadas, assim também na ressurreição dos mortos (lC o 15.36 38). Não devemos presumir que há conti-

seria melhor cuidar da vida, até chegar à morte, sem nenhuma expectativa de existência alémtúmulo? (lC o 15.32).

nuidade entre o corpo físico e o corpo da ressurreição.

2.

Um incentivo para a santificação

2.

(1Co 15.33-34)

Como resposta às perguntas que

Deus criou toda a sorte de criaturas, mas “nem toda carne é a mesm a”

o versículo 32 suscita, Paulo aconselha

( l C o 1 5 . 3 9 ) . A s sim t am b é m há

A diversidade da criação (1Co 15.39-42)

34

ou seremos tornados à Sua imagem, quando receberm os o corpo da ressur-

corpos terrestres e corpos celestes, cada um com a sua glória e esplendor (lCo 15.4042).

3.

reição ( l Co 15.4849, R m 8.29 ). Essa transformação é necessária, porque

As antíteses da ressurreição

os corpos físicos são adequados para esta era, mas os corpos glorificados serão apropriados à vida no porvir

(1Co 15.42-44)

Para mostrar a diferença entre o

(lC o 15.50, Mc 12.25).

corpo que morre e o que ressuscita, Paulo apresenta quatro antíteses. a.

ICoríntios para hoje 0 corpo glorificado será livre de qua lquer

Corpo na corrupção  sujeito à

pecado e de qualquer deficiência que a

decomposição  e corpo na in

nossa natureza humana tenha no presen-

corrupção (lC o 15.42, R m 8 .2 l).

b.

te. Separe um tempo e louve a Deus pela salvação que se concretizará plenamente

Corpo em desonra  humilhado

no futuro.

 e corpo em glória (lC o 15.42)

c.

Conclusão

Corp o em fraqueza  física e espiritual  e corpo em poder

Tomemos a conclusão do capí-

(lCo 15.43).

tulo (lC o 15 .5158 ) como conclusão d.

Corpo natural  sujeito às limitações da criatura mortal  e corpo

da lição. 1. A grande transformação

espiritual (l C o 15.44).

(l C o 15.5 053 ), que ocorrerá aos vi-

4.

A comparação entre o primeiro e o último Adão

vos quando Cristo voltar, a fim de que possuam o mesmo corpo incorruptível

(1Co 15.45-50)

dos que ressuscitarão.

O primeiro Adão tornouse "alma 2 .0 grande triunfo sobre a morte

vivente” ouum apessoa (G n 2 .7 ); o úl timo Adão, Cristo, tornouse "espírito vivificante”  aquele que outorga vida, mediante a ressurreição dos mortos

(lC o 15.5457).

( lC o 15 .45 ). Primeiro veio o natural ou terreno, depois, o espiritual ou do céu ( lC o 15 .4647 ). Do primeiro herdamos o caráter humano e a morte; do

(lC o 15.58) aos “amados irmãos”, para serem dedicados ao Deus que ressuscita os mortos, estando ocupados na obra do Senhor, firmes e constantes, confiantes

segundo, recebemos corpos espirituais

de que o seu trabalho não é perdido.

3. A g r a n d e c o n c l a m a ç ã o

35



Uma igreja responsável Pr.Vanderli Lima Carreiro

 VIBE IMAGESÍSHUTTERSTOCK 

texto básico

1Corfntios 16.1-24

leia a Bíblia diariamente

texto devocional

Filipenses 4.10-20

1Co 16.1-4

versículo-chave

1Corfntios 16.13

“Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente,  fortale cei-v os" 

E m

1Co 16.5-9

Q Q |

1Co 16.10-14 ICo 16.15-18

alvo da lição

IC o 16.19-24

 Ao estudar esta lição, você se conscientizará da importância de ser ativo e responsáve! na igreja, do compromisso de contribuir, de fazer a obra do Senhor do m odo do Senhor, e de adotar os princípios para uma vida cristã poderosa.

1Jo 4.7-21 P J J

2Co 8.1-15

Introdução No capítulo 15, Paulo elevanos ao céu! No 16, ele nos faz baixar à terra, a fim de que pratiquemos o

Paulo se refere à “coleta para os santos”, que eram os irmãos de Jerusalém (I C o 16 .3), para os quais o após-

evangelho, ajuntando tesouros no céu

tolo tinha solicitado a contribuição das igrejas da Galácia, tanto quanto da Macedônia e Acaia (Rm 15.26;

(Mt 6.20), enquanto ansiamos pela eternidade.

2Co 8.15). Provavelmente, as perseguições sofridas pelos cristãos

I. Orientações para a contribuição

de Jerusalém tornaram mais agudas as necessidades de assistência

(ICo 16.1-4)

financeira. Paulo apresenta orientações acerca da contribuição cristã.

A oferta era uma excelente maneira de evidenciar a comunhão entre

I

| 1.

O propósito

as igrejas. Nunca devemos esquecer que o serviço social ( diaconia) está

(1Co16.1l

A primeira orientação que o

intimamente ligado à comunhão cristã ( koinonia ). As duas ideias aparecem num mesmo versículo: "pedindo-nos,

texto sugere é que as necessidades precisam ser constatadas e divulgadas de maneira correta. Os irmãos que contribuem têm de ser esclarecidos acerca

com muitos rogos, a graça de parti ciparem ( koinonian ) da assistência ( diakonias ) aos santos” (2Co 8.4).

do propósito para o qual o fazem. .

36

2.

Aprendemos aqui a lição referente ao modo responsável como devem ser tratadas as ofertas na comunidade cristã. Qualquer dádiva representa um sacrifício oferecido ao Senhor (2Co 8.5; Fp 4.18).

A regularidade (1Co 16.2)

A orientação para ser no "primeiro dia da semana” indica que essa oferta fazia parte do culto regular da igreja de Corinto. A regularidade na contribuição é adequada e facilitadora, quer para o contribuinte quer para a igreja. E vantajoso que a adotemos nos nossos dias. Por outro lado, o desejo de Paulo era que os cristãos reunissem pouco a pouco as contribuições, para que não fosse preciso levantar uma só oferta quando ele os visitasse (lCo 16.5).

ICoríntios parahoi Como você tem contribuído para a obra de De us? Qual a avaliação que você faz de sua liberalidade em ofertar, especialmente na área financeira?

II. A obra do Senhor do modo do Senhor (1 Co 16.5-12,15-16)

3.

A proporcionalidade (1Co 16.2)

Aprendamos os princípios pelos quais os líderes na igreja devem orientar as suas atividades.

Outra orientação que consta no texto é que a contribuição deve ser proporcional: “cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade”. O que se espera é que quem recebe mais dê mais! A oferta do crente deve ser diretamente proporcional à sua prosperidade. A ideia de “cada um” participar indica que uma pobreza relativa não poderia ser impedimento para uma contribuição planejada e sistemática (2Co 8.115). 4.

1.

Visão (ICo 16.5)

Visão é a capacidade de ver além do momento e das circunstâncias. É uma descrição das aspirações futuras. Paulo precisava passar algum tempo em Corinto, mas antes visitaria as igre jas da Macedônia ( At 19.21; 20.1 3 ). Avisão inspira o planejamento. A obra do Senhor não pode ser feita de improviso. Os líderes espirituais eficazes são aqueles que, dirigidos por uma visão, definem o propósito, o planejamento e o objetivo a ser alcançado.

A responsabilidade (1 Co 16.3-4)

Paulo não tinha nenhuma intenção de tocar no dinheiro que fosse levantado para Jerusalém. Toda a oferta recolhida deveria ser escrupulosamente enviada. Se houvesse necessidade, ele acompanharia uma comissão da igreja de Corinto até Jerusalém.

2.

Flexibilidade (ICo 16.6)

Mesmo tendo visão e plane ja m ento, tam bém tem os que ser 37

flexíveis. Nossos planos precisam estar constantemente sob a revisão do

4.

Disposição e perseverança

Senhor. Sempre devemos submeter as nossas intenções a Ele, como aconselha a Palavra: “Se o Senhor quiser ; não só

Paulo estava em Efeso quando escreveu ICoríntios. Era necessário

(ICo 16.8-9)

ficar ali até o Pentecostes, “porque uma porta grande e oportuna para

viveremos, como também farem os isto ou aquilo”  ( ICo 16.7; Tg4.15).

o trabalho se me abriu; e há muitos adv ersários”. Um a exce lente o po r-

Paulo tinha bons propósitos em mente e um forte desejo pessoal de vi-

tunidade para a evangelização havia surgido e era acompanhada de adversidade. O apóstolo não queria perdêla.

sitar Corinto, mas depois da “passagem pela Macedônia” (v.5). As expressões “pode ser que” e “ou mesmo passe o inverno” expressam a ideia de que os

Grande lição! As dificuldades não podem representar motivo para o

seus planos não eram inflexíveis. Flexibilidade não implica fraqueza, mas

abandono do trabalho. Uma igreja que tem oportunidades também enfrenta

humildade.

oposições.

3.

Profundidade (1 Co 16.7)

5.

Lealdade (ICo 16.10-12,15-20)

Fazer a obra do Senhor do modo do Senhor exige que completemos a

Paulo não trabalhava sozinho. Os seus colaboradores e companheiros na

obra que estamos fazendo. Para concluir o trabalho em Corinto, Paulo sabia que devia permanecer com eles

obra do Senhor recebiam dele respeito e apoio. Quanto a Timóteo, recomendou que os coríntios cuidassem dele,

“algum tempo”, ou mesmo passar ali o inverno (l C o 16 .6). Ele se sentia

po r causa da sua timidez e juventude.

impelido a fazer a obra do Senhor de

Mas insere uma palavra em favor do

forma integral e profunda ( Cl 1.282 9; lT s 3.10 ). A superficialidade não deve fazer parte do ministério.

 jovem, pedindolhes que não fizessem nada que o intimidasse, porque trabalhava na obra do Senhor como também ele (IC o 16.1011; Fp 2.1921).

O cumprimento da grande comissão não fica completo com fazer “discípulos de todas as nações”. Isso é o começo. A obra só se completa quando

Paulo tratava Apoio amigavelmente. Desejou que ele fosse a Corinto, onde certamente era tido em elevada estima. Mas Apoio não quis ir. Esperaria um tempo oportuno para

os novos convertidos são ensinados a guardar todas as coisas que Jesus ordena (Mt 28.1 92 0).

fazêlo.

38

III. Princípios para uma vida poderosa

Acerca da família de Estéfanas, os primeiros frutos do evangelho em Corinto, o apóstolo dirigelhe um elogio. Os membros daquela família eram exemplo do que os cristãos devem ser, porque “se consag raram ao serviço dos santos"  (lCo 16.15). Por essa razão, os coríntios deviam estar sujeitos à liderança deles, como à de todos os cooperadores e obreiros (lC o 16.16).

(1Co 16.13-14)

Ainda com o objetivo de fazer com que os coríntios alcançassem a maturidade cristã, Paulo recomenda como eles deveriam ser. 1.

(1 Co 16.13)

A vigilância espiritual traz a ideia de “ficar acordado” ou “estar alerta”, em vez de ser espiritualmente indiferente e desatento. Devemos estar vigilantes quanto:

Estéfanas e outros dois coríntios (Fortunato e Acaico) tinham chegado recentemente a Éfeso e preencheram a falta que o apóstolo sentia dos irmãos de Corinto, além de lhe levarem refrigério ao coração. Deviase dar o devido valor a pessoas como eles (lC o 16.18b). Mais adiante (lC o 16.1 9), Paulo inclui uma saudação especial de Aquila e Priscila, seus devotados companheiros em Corinto (At 18.18), e agora com ele em Éfeso.

a.

a Satanás (lP e 5.89);

b.

à tentação (M c 14.38);

C.

à apatia ou indiferença (Ap 3.13);

d.

aos falsos mestres (Mt 24.11; 2Pe 2.1).

2.

Firmes na fé (ICo 16.13)

1Coríntios para hoj

Ô

Vigilantes

Os coríntios, como muitos dos efésios, deixaramse levar “p or todo o vento de doutrina” (E f 4.1 4). Isso ocorre nos dias de hoje, especialmente pela influência do relativismo, uma corrente filosófico/teológica que considera que não existem abso lutos, porque tudo depende da visão pessoal acerca dos fatos e conceitos. Firmeza na fé é o mesmo que firmeza

Além de contribuir financeiramente, você tem disposição de ofertar tempo, dons e talentos? Os líderes de sua igreja podem dizer que você é um colabo rador?

A>

E você, líder? Sabe contar com a colaboração de outros em seu ministério? Ensina outros a serem líderes e servirem a igreja do Senhor?

39

doutrinária. É a "fé que uma vez por  todas fo i entregue aos santos”  (Jd 3); “o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais"

(l C o 15 .l) . Esperase dos cristãos que estejam “firm es em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela  f é evangélica"  (Fp 1.27).

3.

Varonis (ICo 16.13)

“Portarse varonilmente” é o mesmo que agir como adulto. Uma pessoa adulta ou madura possui autocontrole, é confiante e corajosa. Paulo exorta os coríntios a serem o oposto do que geralmente eram  “crianças” (lC o 14 .20 ). O apóstolo reclama que, quando esteve entre eles, não pôde “fa la r como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo” (lC o 3.1). Maturidade é uma

das marcas do amor (lCo 13.ll), uma virtude da qual o cristão não deve ser deficiente, como eram os coríntios. Como pode o cristão ser maduro? Desejando "o genuíno leite espiritual” (lPe 2.2). A Bíblia provê a nutrição espiritual e moral que é necessária (2Tm 3 .1617).

isso é obra do Senhor. Mas podemos ser “fortalecidos no Senhor e na força do seu poder"   (Ef 6.10), e fortificarmos “na graça que está em Cristo Jesus" (2Tm2.l). Nós não podem os ser nem física nem espiritualmente fortes sem auto disciplina. Paulo já havia deixado isso claro aos coríntios (l C o 9.2 5). Não crescemos em força, a não ser que nos esforcemos (Cl 1.1011). A suprema fonte de toda a força espiritual é Jesus Cristo (lTm 1.12). 5.

Amorosos (ICo 16.14)

O quinto princípio para uma vida cristã poderosa é o amor. Sem ele, fracassamos em tudo. O amor complementa e equilibra tudo o mais. Ele evita que a nossa firmeza se transforme em rudeza e que a nossa força se torne dominante. O amor preserva a nossa maturidade gentil e altruísta; impede que a nossa doutrina se torne um obstinado dogmatismo e que a nossa justiça se transforme em uma orgulhosa autojustificação (lP e 4.8). 1Coríntios para hoj Como anda sua caminhada rumo à matu-

4.

Fortes

ridade? Entre as qualidades expostas por

(ICo 16.13)

Paulo, quais são mais fáceis e quais são mais

“Fortaleceivos” denota crescimento interior, espiritual. O verbo está na voz reflexiva e literalmente significa “deixemse fortalecer”. Nós não podemos fortalecer a nós mesmos; . 40

difíceis para você desenvolver? Pense em pelo me nos duas atitudes que demonstrem, no dia a dia, as características explicadas por Paulo.

A palavra é de origem aramaica, trans literada para o grego. Expressa a mais autêntica expectativa pela volta de Cristo.

IV. Saudações, afeição, expectativa (1Co 16.19-22)

Na província romana da Ásia, havia igrejas que enviaram saudações à igreja de Corinto. Há quatro detalhes aqui que merecem destaque.

ICoríntios oara ho Como você demonstra o carinho e o amor pelos irmãos em sua igreja? Quais barreiras

1.

O "ósculo santo" 

você ainda terá de superar para isso?

(1 Co 16.20)

Na igreja primitiva, o “ósculo santo” era uma bela, pura e significativa expressão de amor ( Rm 16.16; 2Co 13.12; lTs 5.26; IPe 5.14). Era um sinal visível de afeição. Com o tempo, foi manifestada a tendência de se tornar mal entendido e mal usado, e deixou de ser praticado nas igrejas. 2.

Conclusão Paulo concluiu a epístola com uma mensagem de graça e amor (ICo 16.2324) para todos os co ríntios, até para aqueles que criaram problemas e manifestaram uma acirrada oposição. Nada poderia extinguir o amor do apóstolo por eles "em Cristo Jesus"  (lCo 16.24), e nada poderia impedir o desejo da manifestação do favor imerecido de Deus na vida dos "santificados em Cristo Jesus" (IC o 1.2).

A saudação "de próprio  p u n h o "  (ICo 16.21)

Após haver ditado o texto da carta a um secretário, Paulo a autentica com essa expressão ( G16.11; Cl 4.18; 2Ts 3.17; Fm 19). 3.

A igreja de Corinto tinha problemas, assim como as igrejas de hoje têm. Se conseguirmos aprender as lições que Paulo ensina nesta carta, vamos nos tornar servos mais eficientes na realização da obra de Deus. Para alcançar esse alvo, basta colocar em prática a exortação do apóstolo:

A maldição (ICo 16.22)

Paulo evoca maldição a quem “não ama o Senhor”. Certamente ela contém a indignação do apóstolo co ntra os cristãos que não evidenciavam o amor a Cristo. “O amor é a realidade que liga Deus e o homem nos níveis mais profundos” ( Broadman, p.462).

"Sed e vigilantes, permanecei firmes na fé, po rta i-vo s varo nil mente,

4.

A oração "Maranata!"

fortalecei-vos.Todos os vossos

(ICo 16.22)

atos sejam feitos com amor."

Ela significa “Vem, Senhor Jesu s”.

(ICo 16.13-14)

41

Co nsolo e reparação Pr.Vanderli Lima Carreiro PEPPI18/SHUTTERSTOCK

texto básico

2Cor(ntios 1.1-2.13

texto devocional

Isaías 40.25-31

E B

2Co 1.1-11

versículo-chave

2Coríntios 2.7

Q

At 26.15-18

leia a Bíblia diariamente 2

Mq 7.18-20

"De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o m esm o c onsu mid o por excessiva tristeza" 

U

J

alvo da lição

1Pe4.12-17 2Co 1.12-2.4

 A o e stu dar esta lição, v ocê vai avaliar, p or meio d o texto bíblico, o procedi mento do apóstolo Paulo diante de algumas situações difíceis provocadas pela igreja de Corinto.

2 3 1

M t 5.33-37 2Co 2.5-11

Introdução Provavelmente, 2Coríntios foi

forto divino para os atribulados e sobre a reação de Paulo à atitude da igreja ao

escrita menos de um ano depois de ICoríntios. Paulo encontravase na Macedônia quando a escreveu. O ano 57 d.C. é a data considerada a

disciplinar um irmão faltoso.

I. O ministro se apresenta

mais provável. Antes dessa carta e

(2Co 1.1-2)

depois de ICoríntios, o apóstolo havia escrito uma carta triste e severa (2Co 2.34; 7.8,12), cujo conteúdo desconhecemos.

Como era comum nas cartas antigas, a epístola co meça com a apresentação do remetente e a saudação ao destinatário.

Em tom extremamente pessoal, 2Coríntios revela o tremendo en-

1.

tusiasmo do apóstolo pela obra do

A apresentação do remetente (2Co 1.1)

Senhor e, ao mesmo tempo, o intenso sofrimento que suportou. Nela tam-

Como fez em oito das suas epís-

bém percebemos a indignação com

tolas, aqui Paulo declara a si mesmo “ap óstolo de Cristo Jesus"  (Rm 1.1;

a qual ele respondeu aos seus críticos inescrupulosos. Nesta lição, depois de uma breve

IC o l . l ) . Alguns de Corinto questionaram se havia sido, de fato, comissionado pelo Senhor. Ele respondeu

referência à saudação dirigida à igreja de Corinto, estudaremos sobre o con-

que não era apóstolo por sua própria vontade, mas “pela vontade de Deus” 42

(lCo l.l). Apesar de não ser contado entre os doze, foi escolhido por Cristo para ser apóstolo (At 26.15 18; lC o 15.710). Assim, o ataque que os opositores faziam à sua credibilidade consistia num ataque à vontade de Deus, que o escolhera.

emanam. As duas procedem do Pai e do Filho. A “graça” é a fonte de toda a bênção que Deus dispensa aos Seus; a “paz” é o resultado produzido na vida de quem recebe a graça divina. 2Coríntios para ho Embora 2Coríntios tenh a sido escrita para

A menção a Timóteo indica que ele estava com Paulo quando a epístola foi escrita. Era “irmão” amado de Paulo, natural de Listra, uma cidade da Ásia Menor (atual Turquia). Depois de  juntarse a Paulo na segunda viagem missionária, tornouse seu companheiro. Paulo escreveulhe duas epístolas e mencionou o seu nome em outras oito, em seis delas nas saudações. 2.

uma igreja específica de sua época, seu ensin o tem v alor para os crentes de hoje.

II. O ministério de consolo (2Co 1.3-11)

Nesse texto, o apóstolo expressa a sua gratidão a Deus pela consolação recebida em meio às angústias e tribulações.

A saudação à igreja (2Co 1.1-2)

1.

A Pessoa que consola (2Co 1.3-4)

A carta é dirigida à “igreja de Deus que está em Corinto”. Tratavase de uma congregação de cristãos pertencentes a Deus, como são todos os lavados pelo sangue de Cristo (At 20.28). A saudação é extensiva "a todos os santos em toda a Acaia” (a parte sul da Grécia antiga). Paulo não identificou quem eram esses irmãos. Entretanto, havia ali a igreja de Cencreia (Rm 16.1), uma cidade situada cerca de 15 km de Corinto.

Depois da saudação, Paulo começa o corpo da epístola com a declaração de que Deus é “bendito”  merecedor de todo o elogio. As ações de graças sãoLhe dirigidas porque: a.

Embora a saudação obedeça*A fórmula convencional grega e hebraica, devido à inclusão das palavras com que os gregos e os judeus se saudavam  graça ( charis) e paz ( shalom )  o seu conteúdo é cristão, porque Paulo acrescentou a origem de onde elas 43

Ele é o “Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”   nome que indica a relação do Deus Pai com o Deus Filho e enfatiza a obra de redenção do Filho. “Senhor” descreve a Sua soberania divina; “Jesus” (Deus salva) descreve a Sua morte redentora e a Sua ressurreição; e “Cristo” (Ungido) descreve0 como o Rei, que vencerá os inimigos de Deus e reinará sobre os redimidos.

b.

Ele é o “Pai de misericórdias" porque não nos tratou como merecíamos, sendo nós miseráveis (lPe 1.3; Mq 7.1820).

f.

Ele é o “Deus de toda consola ção"  porque concede forças ao cansado (is 40.29) e enxuga as lágrimas do que chora (Mt 5.4). Consolar ou confortar referese ao ânimo e à exortação recebidos de alguém que está ao nosso lado em momento de necessidade.

fiados pela sua perseverança. Por outro lado, a consolação que recebeu encheria os crentes coríntios de conforto e os fortaleceria ao passarem pelo mesmo tipo de perseguição que padecera (2Co 1.6). Se os coríntios viessem a experimentar o sofrimento por amor a Cristo, certamente teriam também o consolo (2Co 1. 7). 2Cormtios para ho Quem seria a pessoa mais bem qualificada para consolar, por exemplo, uma mãe que perdeu o seu querido filho? Leia o texto

Em suma, Deus é a origem de toda misericórdia e consolo nos momentos de tribulação. 2.

de Hebreus 2.17-18 e medite na razão pela qual Cristo pode nos socorrer quando somos tentados.

O propósito do consolo (2Co 1.4-7)

3.

O poder do consolo (2Co 1.8-10)

Devemos consolar os outros com o consolo que Deus nos dá. Aqueles que são consolados se tornam consoladores (2Co 1.4). A ênfase é no consolo prometido àqueles que experimentam o sofrimento por amor a Cristo (lPe 4.1116). A consolação transborda por meio de Cristo, na mesma medida em que os Seus sofrimentos se manifestaram a nosso favor (2C o 1.5).

Para mostrar aos coríntios o poder do conforto divino, Paulo relembrou uma séria e ameaçadora situação pela qual havia passado. Não sabemos detalhes acerca da aflição sofrida pelo apóstolo na Ásia, mas o incidente devia ser bem conhecido dos coríntios. Tão severa foi a tribulação, que ele se viu oprimido acima das suas forças naturais e pensou ter chegado ao fim (2Co 1.8). Sentiuse como que sentenciado à morte, perante a terrível situação. Contudo Deus tinha um propósito em permitir o ocorrido; e esse era para que o apóstolo não confiasse em si mesmo, mas no "Deus que ressuscita os mortos", o Deus onipotente (2Co 1.9), que o livrou no passado, livravao no presente e haveria de livrálo no futuro (2Co 1.10).

No curso da vida cristã, é previsível que os crentes sejam atribulados. Paulo advertiu Timóteo dizendo que “todos quantos querem viver pied os a mente em Cristo Jesus serão perseguidos"

(2Tm 3.12). Porém, tanto as tribulações como a consolação resultam em bênçãos. Se o apóstolo era atribulado, os crentes seriam encorajados e desa44

4.

A participa part icipação ção no consolo con solo

quall é o val valor or ciência" (lT m 1.1 9). Mas qua

(2Co1.11)

da boa consciência?

Numa demonstração de que pena.

sava sempre o melhor a respeito dos

Boa consciênc consc iência ia livra de ato s de

cristãos de Corinto, Paulo pressupôs

maldade (2Co 1.12). Segundo o

que oravam por ele enquanto passava

testemunho da sua boa consciên-

por aquela intensa provação. O após-

cia, a conduta condu ta de Paulo em relação

tolo entendia que o livramento dado

aos coríntios corínt ios foi caracterizada caracterizada por

por Deus havia sido resultado direto

santidade e sinceridade. Os seus

da oração de muitos. E uma vez que muitos oraram, muitos podiam dar

atos continham uma sinceridade transparente vinda de Deus. Não

graças pelo consolo que recebera.

recorreu à sabedoria humana, antes foi sustentado sustenta do pela graça divina. divina. b.

0 ministério do consolo exige do crente crente

1

Boa con sciência livra de ma us

uma vida piedosa. Não basta saber do

relacionamentos (2Co 1.13-14).

sofrimento alheio, é necessário interceder

A integridade com que o apóstolo

em favor daquele que sofre e ajudá-lo em

se dirigiu aos irmãos de Corinto

sua necessidade. 0 ministéri ministério o do consolo faz

foi recordada. Ele escreveu com

parte parte da sua v ida ? Q uanto você tem tem orado

total franqueza. O significado

em favor favor daqueles que necessitam? Quanto

das suas palavras não estava nas entrelinhas. Ele esperava que os

você está disposto a fazer fazer pelo pelo seu próx imo?

coríntios entendessem, entendessem, como antes haviam haviam entendido, embora embor a em

III.. Um retrato de ministro III

parte, que "no Dia de Jesus, nosso

(2Co 1.12-2.4,12-13)

Senhor"  (no tribunal de Cristo), eles poderiam poder iam orgulharse orgulharse de Pau-

Ao explicar aos coríntios acerca

lo, e que o apóstolo se orgulharia

da mudança de planos, Paulo deixou

deles. Eles seriam a sua alegria e

transparecer alguns traços do caráter

coroa de júbilo, porque haviam

de um bom ministro.

1.

sido salvos por intermédio de seu ministério, e se regozijariam

Boa consciência consci ência

porque o apóstolo havia sido o

(2Co 1.12-14)

Q instrumento de Deus para levá

Os cristãos devem guardar pura

los a Cristo.

a consciência para vencer a luta pela santidade, onde quer que estejam. Paulo deu testemunho a esse respeito

2.

Boas Boa s qualidades qualid ades (2Co 1.15-2.4,12-13)

(At 23.1; 24.16; 2Tm 1.3). Também

Não há, nesses versículos, uma

aconselhou Timóteo a combater o

relação explícita das qualidades de

bom combate “mantendo manten do f é e boa bo a conscons45

um ministro. Mas ao ler o que Paulo diz de si próprio e dos seus planos, descobrimos algumas delas. a.

b.

Demonstrada na disposição do apóstolo de primeiro passar por Corinto, ser enviado pela igreja à Macedônia e voltar a encontrarse com eles, para depois ser enviado à Judeia. Essa atitude de Paulo era prova de amor e lealdade para com eles. eles. Lealdade Lealda de (2Co 1.15-16).

• •

c.



c o n f ir m o u n o s em C r is t o (2Co 1.21);



u n g iu  n o s  c o m is i s s io no n o u u n os os para o serviço (2Co 1.21);



selounos  conc conceedeu deuno noss a mar marca que nos identifica com Ele (2Co 1.22 1.22;; E f 1.13); 1.13);



deunos o penh penhor or do Espír pírito  que é a garantia da nossa eterna herança (2Co 1.22; Ef 1.14).

d.

Sensib Sen sibilid ilid ade (2Co 1.23-2.3). 1.23-2.3). A

razão de Paulo ter t er adiado a sua ida ida a Corinto Cori nto foi poupálos de tristeza. tristeza. E nisso coloca colo ca Deus Deu s por sua sua testemunha (2Co 1.23). O que dese java era partilh par tilhar ar da alegria deles, e não não queria que o considerassem considera ssem um tirano tirano (2 C o 1.24). 1.2 4). Pois, se os entristecesse, também não teria alegria (2Co 2.13).

e.

O apóstolo tinha pelos coríntios real amor. Foi essa a razão por que lhes escreveu. A tolerância dos coríntios ao pecado lhe causou "muitos sofrimentos e angústias de coração",  e trouxe “muitas muita s lágrima lág rimas". s". Motivado  M otivado pela grande afeição que lhes tinha, desejava que tivessem tratado da situação, situação, antes de ir visitálos visitálos outra vez. vez.

Confiabilidade Confiabi lidade (2Co 1.17-20). 1.17-20). O pla-

no de Paulo não foi concretizado. Ele viajou de Efeso para Trôade e, como não encontrou Tito, foi direto à Macedônia sem passar por Corinto Corinto (2C (2 C o 2.12 13). Daí a pergunta: “terei, porventu porv entura, ra, agido agid o com leviandade?"  (2Co 1.17). É provável provável que essa fosse a acusação feita a ele por alguns coríntios. E se assim pensavam, havia ele “deliberado segundo a carne”, a ponto de dizer “sim” e logo em seguida “não”? Na defesa da sua confiabilidade, Paulo apresenta os seguintes fundamentos: •

um autêntico cristão. Deus fez em Paulo o que fizera neles, e também opera em em nós:

a fidel delidade de de Deus Deus (2Co (2Co 1.18; 2Co 1.9); o anún nún cio de Cri Cristo (2Co (2Co 1.19; At 18.5); o cump cumpri rime ment ntoo da das prom promeessas sas de Cristo (2Co 1.20). Autentici Aute nticidade dade (2Co 1.21 .21 -22).T -22 ).Tan anto to

quanto os coríntios, Paulo era

Am or (2Co 2.4).

A atitude recomenda recom endada da por Paulo Paulo confirmaria confirmaria para com o irmão penitenpeniten te o amor da igreja.

IV. IV. 0 ministério ministér io de restauração (2Co 2.5-11) 2.5-11)

5.

Nesses versículos Paulo fez referência ao ao incidente incid ente que causou o problema. Com muita consideração, não citou a ofensa ou o ofensor. A expressão “se alguém causou tristeza" (2Co 2.5) pode referirse referirse ao ao caso narrado narrado em ICorí IC orínti ntios os 5.12. As atitudes para restaurar um irmão estão sugeridas no texto.

Restaurar Rest aurar a co comun munhão hão (2Co 2.10)

Paulo reafirma a sua comunhão com os coríntios corín tios no perdão ao ofensor arrependido. Se havia alguma coisa a perdoar, ele o fazia, por po r causa deles, na presença de Cristo. 6.

Frustrar Frustrar Sata Sa tanás nás (2Co 2.11) 2.11)

1.

Desviar Desvi ar a animosidad animo sidade e

Se o referido irmão se arrependeu do seu pecado, bastava a punição que lhe foi aplicada e não devia devia ser prolo pr olonngada gada desnecessariamente. desnece ssariamente.

É perigoso pe rigoso para uma congregação ser omissa na aplicação da disciplina necessária, tanto quanto é perigoso não exercitar o perdão quando há arrependimento sincero. Satanás encontra nisso uma brecha b recha para interferir interferir e usar seus estratagemas. No primeiro caso, caso, ele destrói o testemunho testemun ho de uma igreja que que tolera o pecado; no segundo segundo caso, caso, oprime o irmão irmão arrependido com co m grande tristeza, tristeza, caso a congregação não o restaure.

3.

Conclusão

(2Co 2.5)

C om esse fim, Paulo Paulo não consideconsi derou o pecado uma um a ofensa apenas apenas contra ele. Toda a igreja foi ofendida. 2.

Demons Dem onstra trarr misericórdia (2Co 2.6)

Restaur Res taurar ar a alegria aleg ria (2Co 2.7)

A atitude da igreja devia ser perdoálo e confortálo, para impedir que fosse “consumido por excessiva tristeza”, perdesse a esperança de ser perdoado e entrasse em estado de desânimo. desânimo. 4.

Paulo Paulo é umbo um bom m exemplo de de minisminis tro. Quando era necessário agir com severidade, agia. agia. Mas quando qu ando era preciso preci so agir agir com afeto, afeto, também tam bém tinha tin ha habilidade para fazêlo. fazêlo. O seu modo de referirse às igrejas e tratar delas, revela o amor, o zelo e a respohsabilidade com que realizav realizavaa o ministé min istério rio e cuidava cuidava do povo de Deus.

Afirmar Afi rmar o amor amo r (2Co 2.8-9)

47

    s     o       i      t     n      í     r     o       C

M uito mais glorioso! Pr.Vanderli Lima Carreiro

texto básico

2Corintios2.14-3.18

texto devocional

Romanos 8.1-11

versiculo-chave

2Coríntios 3.18

leia a Bíblia diariamente

BIB

"E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, co m o por espelho, a  glória d o Senhor, s o m o s transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espirito" 

alvo da lição

 Ao estudar esta lição, você será estim ulado a continu ar o seu ministério de " bom perfume de C risto", e a entender as distinções existentes entre a antiga e a nova aliança, usufruindo da sobre-excelente glória da aliança estabelecida em Cristo.

2Co 2.14-17 Jo 3.31-36 2Co 3.1-6 2Co 3.7-18 Rm 8.12-17 Jr 31.31-34 Êx 34.29-35

Introdução A porção bíblica que ora examinamos contém algumas considerações de Paulo acerca do ministério apostólico e inclui o contraste existente entre a antiga e a nova aliança. Mais uma vez, como no texto da lição anterior, encontramos aqui um pouco do tom pessoal da epístola.

1

Deus encaminha os Seus servos como soldados vitoriosos, em marcha triunfal, em meio ao sofrimento e a despeito das dificuldades. Os servos de Deus são os instrumentos por Ele usados para espalhar por “todo lugar a fragrância do seu conhecimento”. Paulo se vale da ima-

I. Triunfantes

gem da marcha triunfal dos soldados

(2Co 2.14-17)

Até esse ponto da carta, Paulo fez U um relato do seu ministério que parece

romanos, durante a qual se queimava incenso, desprendendose uma fragrância sentida pelos espectadores e pelos participantes da marcha.

;J desanimador. Nesse texto, porém, as I suas palavras são animadoras.

2.

1. |

Conduzidos em triunfo (2Co 2.14)

% Paulo iniciou o parágrafo com p palavras de gratidão "a Deus, que, em  j Cristo, sempre nos conduz em triunfo”. I

Exalando o bom perfume de Cristo (2Co 2.15-16)

0 cheiro do incenso teria conotações diferentes para as pessoas. A fragrância espalhada comparase à pregação do evangelho, que tem efeito duplo.

a.

Para com os salvos, o evangelho

observálos, e deviam prestar

é o “aroma de vida para vida” assim como para o general, os soldados e os espectadores, o cheiro estava associado à alegria

contas a Ele. C.

sem artifícios ou subterfúgios.

e à vitória ou ao prenúncio de um futuro glorioso. d.

b.

Falavam da parte do próprio Deus: a Fonte da mensagem deles e de Quem recebiam forças para

Para com os que se perdem , o evangelho é “cheiro de morte para morte”, assim como para os

prosseguir.

prisioneiros de guerra, o perfume estava associado à escravidão ou à

2Coríntios para hoj 0 bom perfume de Cristo pode ser sentido

morte que os aguardava.

de duas maneiras distintas: "aroma de vida para vida" ou "cheiro de morte para

O mesmo evangelho traz vida ao que crê e morte ao que não crê

morte". A pergunta é: como você tem sentido esse perfum e?

(Jo 3.36).

3.

Agiam com sinceridade: um ministério honesto, transparente,

II. A carta de recomendação

A razão de exalar o bom perfume (2Co 2.17)

(2Co 3.1-3)

Esse versículo traz resposta à perNesses três versículos, Paulo nega a necessidade de ser recomendado.

gunta: “quem, porém, é suficiente para estas coisas?" (2C o 2 .16 ): "Nos”somos, porque não estamos "mercadejando a

1.

 palavra de Deus", como "tantos outros" (os mestres judaizantes que rodeavam os crentes coríntios, ao anunciarem a palavra de Deus com motivos mercenários). Paulo e os seus companheiros não eram como eles.

a.

A carta desnecessária (2Co 3.1)

Como fundador da igreja de Corinto, o apóstolo achava que nem uma carta de recomendação seria necessária para comprovar, a eles, a sua credibilidade apostólica. Outros

a autoridade de Cristo e como

haviam chegado à cidade munidos de carta de recomendação (At 18.2 428 ),

Seus portavozes.

porque os coríntios precisavam dela.

Falavam em nome de Cristo: com

Mas seria um absurdo exigirem o b.

mesmo de Paulo, que entre eles havia

Serviam na presença de Deu s: serviam ao Senhor conscientes

passado um ano e meio, e por quem foram conduzidos a Cristo.

de que Deus estava sempre a 49

2.

A carta conhecida e lida

na antiga aliança. Por sua vez, o caráter

(2Co 3.2-3)

das duas alianças apresenta distinções, que esse texto ressalta.

Essa argumentação de Paulo era baseada na própria existência da igreja coríntia, que já testificava a autenticidade do seu apostolado. Deus realizou uma obra no coração deles, mediante a ins trumentalidade do apóstolo. Eles eram a sua “carta viva”, que podia ser conhecida

1.

A competência do ministro da nova aliança (2Co 3.4-6)

A defesa do apostolado pode dar a impressão de que Paulo estava louvando a si próprio. Mas, por meio do texto, ele revela por que são com-

e lida por todos os homens (2Co 3.2). Essa carta, sim, possuía excelente valor, pois foi produzida por Cristo, e inscrita

petentes os ministros da nova aliança. A convicção quanto à autenticidade do seu ministério lhe era dada “por 

em cada irmão coríntio pelo ministério do apóstolo (2Co 3.3). O trabalho de inscrição no íntimo do cristão não foi

intermédio de Cristo"  (2Co 3.4). Embora fossem marcas dos primitivos pregadores do evangelho (At 4.13; E f 6.19; Fp 1.20), confiança ou audácia eram consideradas como obra do Espírito no crente, em oposição a medo e timidez (Rm 8.15).

efetuado com tinta, que podia ser desbotada e apagada, mas “pelo Espírito do Deus vivente”, nos corações. Ao estabelecer o contraste entre as tábuas de pedra e as tábuas de carne, Paulo pensava na diferença entre a lei mosaica e o evangelho. Alei havia sido gravada em tábuas de pedra, no monte Sinai, mas, sob o evangelho, Deus dá ao homem o privilégio da obediência pela

Paulo não depositava confiança em si mesmo nem nas suas aptidões (que eram muitas), mas na obra que Cristo realiza nas pessoas, notadamen

mensagem da graça e do amor, gravada no coração.

te em relação aos coríntios. A mudança ocorrida na vida deles servia como recomendação a respeito do apóstolo.

2Cor íntios para hoj

Ele nega que houvesse poder em si ou nas suas palavras. Não era presun-

Como podemos ser, hoje, carta viva, para

U

ser conhecida e lida por todas as pessoas?

çoso. “A nossa suficiência vem de Deus" (2Co 3.5). Reconhecia, como hoje devemos reconhecer, que a ohra espiritual

III. Os ministros e a glória da nova aliança

no homem só pode ser realizada pelo poder de Deus, mediante a pregação

(2Co 3.4-18)

do evangelho (lC o 2 .1 5 ), e é o Senhor que habilita o pregador a entregar a

A nova aliança tem ministros

mensagem (2Co 3.6).

novos e diferentes dos que atuavam 50

)

(2Co 3.6-18)

ados sem jamais serem lembrados, e as pessoas são capacitadas, pelo m es-

A nova aliança é o acordo ou

mo Espírito, a realizar aquilo que a

testamento estabelecido por Deus com os homens mediante o sangue

aplicação imprópria da lei jamais poderia conseguir (jr 31.3134;

de Cristo (lC o 11 .25). Há diferenças

Ez 36.2527; Rm 8.34).

2.

A glória da nova aliança

entre o ministério da “nova” e o da no texto.

Mesmo com a incapacidade de livrar o hom em da suapecam inosida

a.

Ministério do espírito (2Co 3.6-8).

de, o ministério da morte se revestiu de glória. Foi grande o resplendor de

O ministério da nova aliança não

Deus quando entregou a Moisés os

é da “letra”, mas do “es pírito”,

dez mandamentos. Depois de alguns

"porque a letra mata, mas o espírito vivifica’’  (2Co 3.6). A lei mata quando usada de modo impróprio, ou seja, como um sistema de regras que devem ser observadas a fim de estabelecer a retidão da pessoa. A lei usada dessa maneira conduz à morte, porque ninguém pode satisfazer às suas exigências, e todos ficam colocados sob sua condenação (G1 3.1011). Deus não tencionava usar a lei como meio de dar vida. Ela foi instituída para trazer a convicção do pecado (Rm 3.20; G1 3.19) e revelar a inabilidade dos homens para viver de acordo com os padrões divinos; daí a necessidade de um Redentor (G13 .24).

momentos passados na presença do

“antiga” aliança, que são ressaltadas

Senhor, o rosto de Moisés resplandecia, de tal modo que os israelitas não podiam fitar a sua face, embora a glória não fosse permanente (2 C o 3 .7). Se o ministério da antiga aliança se revestiu de tamanha glória, de maior glória ainda é o ministério da nova aliança (2Co 3.8), isto é, o evangelho, por meio do qual o Espírito opera, pela pregação das boasnovas de salvação. b.

M in ist é rio da jus tiça (2Co 3.9).

Agora a antiga aliança é chamada de “ministério da condenação”, que era o resultado para todos os homens, pois ninguém seria capaz de guardar a lei perfeitamente. A glória associada a ela deviase ao fato de possuir utilidade e propósitos verdadeiros para aquela

Portanto, os novos ministros

épo ca. M uito mais “glo rio so ”, porém, é o ministério da justiça,

não ensinam a lei de Moisés, gravada com ",letras em pedras"   (2Co 3.7; Dt 9.10), mas transmitem verdades

pois, sob o novo pacto, a justiça

espirituais reveladas pelo Espírito

tem sido manifestada, “ju stiça

(2C o 3.8 ). Mediante o ministério da

de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que creem"

nova aliança, os pecados são perdo51

(Rm 3.22). Na nova aliança, a  justiça de Cristo é imputada aos crentes, para que, “Nele”, todos

cer do monte Sinai, onde havia permanecido na presença do Senhor, Moisés não percebeu o resplendor do próprio rosto. Esse fenômeno amedrontou os filhos de Israel, que evitavam aproximarse dele. Por fim atenderam ao pedido de Moisés e se chegaram para ouvir os mandamentos que o Senhor lhe havia dito. Quando Moisés acabou de falarlhes, “pôs um véu sobre o rosto”. A explicação sobre o porquê de Moisés agir daquela maneira é dada pelo apóstolo Paulo (2Co 3.13). Assim, os ministros da nova aliança não precisam ocultar o seu rosto. A glória do evangelho jamais se desvanecerá.

"fôssemos feitos justiça de Deus”

(2Co 5.2l). c.

Ministério permanente (2Co 3.10-11).

Embora a lei tenha sido glorificada, quando comparada à nova aliança, “já não resplandece, diante da atual sobrexcelente glória”. O brilho da nova aliança sobrepuja em muito o da antiga. A lei foi gloriosa em sua época e dentro do seu propósito. Mas tanto o seu caráter transitório como o seu propósito limitado fizeram com que sua glória desvanecesse diante do resplendor da graça de Cristo, cujo propósito é trazer muitos filhos à glória (Jo 1.17; Hb 2.IO). Enquanto  evangelho tem valor permanente, a lei teve valor efêmero.

Na época em que o apóstolo escreveu, quando os judeus liam a antiga aliança (o Antigo Testamento), não conseguiam perceber que a glória da lei era passageira e que Jesus Cristo era o cumprimento da lei, porque mantinham a mente endurecida (2C o 3.14). “O mesmo véu” pode significar a dificuldade de compreender que a antiga aliança desaparece para alguém que recebe a Cristo (2C o 3.16). Pior do que não entenderem o significado do véu sobre o rosto de Moisés, era colocarem um véu sobre o coração (2Co 3.15). Continuavam tentando obter a justiça de Deus por meio das obras, sem se darem conta de que a obra maior e eficaz  já havia sido realizada pelo Salvador na cruz do Calvário. Procuravam obter a salvação por seus próprios méritos, sem

0

d.

M inisté rio do véu rem ovido

Diante do caráter permanente da nova aliança, o apóstolo diz que tem “esperança”, isto é, convicção de que a glória do evangelho não se desvanecerá. Por isso podia anunciálo com muita ousadia (2Co 3.12). Não havia nada que esconder nem era necessário que pusesse véu sobre a face, como fazia Moisés (2C o 3.1 3), para que não notassem o desvanecimento da glória. Esse versículo deve ser entendido à luz de Êxodo 34.2935. Ao des(2Co 3.12-16).

52

Onde quer que Jesus Cristo seja reconhecido como Senhor, aí há liberdade.

perceber que a lei os condenava e que precisavam da misericórdia e da graça de Cristo para serem salvos.

(2Co 3.18) Contemplar a glória do Senhor é o caminho para a semelhança com Cristo. Somos transformados na imagem do Senhor se detivermos a atenção na Sua glória. E o meio pelo qual contemplamos a glória do Senhor é o evangelho da glória de Cristo (2Co 4.4,6). A dinâmica dessa transformação pessoal pressupõe que somos mudados naquilo que admiramos e fixamos o nosso interesse. Quando contemplamos Jesus como devemos, a transformação é profunda. Mas essa transformação que resulta do contemplar a glória de Cristo no evangelho acontece progressivamente: "contem•

Quando um judeu (“algum deles”) se converte ao Senhor, reconhe cendoo como o Messias, "o véu lhe é  retirado"  (2C o 3.1 6). Então fica claro que todos os tipos e sombras da lei se cumpriramno Filho de Deus (C l2.17; Hb 10.1). e.

Ministério dinamizado pelo Espírito (2Co 3.17-18) . Esses dois versículos

precisam ser interpretados à luz do contexto do capítulo 3, em que é salientada a glória superior da aliança do Espírito (2Co 3.3,6,8,18), em contraste com a glória inferior da antiga aliança. (2Co 3.17) "O Senhor é o Espírito” é uma afirmação de que Cristo e o Espírito são um na essência, embora pessoas distintas. Quando a pessoa se converte a Cristo e se volta para Deus, entende que se findou o tempo da antiga aliança e se inicia o tempo da nova aliança no Espírito. •

A aliança do Espírito

A aliança da glória

 plando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem"

(2Co 3.18). É uma obra iniciada na conversão, que continua no processo de santificação, até à glorificação final (Rm 8.2930), realizada pelo Espírito na vida dos crentes (Rm 8.1417). Conclusão

*

A aliança da liberdade

(2Co 3.17) Enquanto na antiga aliança apenas um homem refletiu a glória de Deus no rosto, hoje, todos os filhos de Deus têm esse privilégio adquirido pelo sangue de Cristo.

“Onde está o Espírito do Senhor, aí  há liberdade”  significa que sob a nova

aliança, em que o Espírito é a força dinamizadora, há liberdade; enquanto sob a antiga, regida pela lei, há escravidão.

53

    s     o       i      t     n      í     r     o       C       I

10 Um tesouro para levar e distribuir

Pr.Vanderli Uma Carreiro

texto básico

2Coríntios 4.1-18

texto devocional

Romanos 8.17-23

versículo-chave

2Coríntios 4.7

leia a Bíblia diariamente 2C o 4.1 -6 1Tm 1.12-16

"Temos, porém, este tesouro em va sos de barro, par a qu e a excelência do  po de r seja de De us e nã o d e n ós "

2C o 4.7-11 Gl 2.19-20

BWTEIirETi— Ao estudar esta lição, você será despertado para o valor precioso do "te so ur o" que leva consigo; para a sua condição de vaso de barro, sujeito às aflições por amor a Cristo; e vai considerar o eterno peso de glória que lhe está reservada.

20)4.12-18 Ef 3.14-19 SI 116.1-19

Introdução No texto de hoje, Paulo ensina

misericórdia de Deus. Paulo não estava

como proclamar o evangelho, quem são aqueles que o proclamam e qual é

esquecido de que havia sido perseguidor da igreja e, por isso, indigno de

o segredo da resistência que possuem

receber tão nobre tarefa ( l Co 15.910;

os que o fazem.

lT m 1.1216). Porém, a consciência de tão grande ministério fazia com que,

I. Um tesouro

diante das tribulações enfrentadas no

para distribuir

desempenho, não desfalecesse, isto é,

(2Co 4.1-6)

não desmaiasse de medo, nem perdesse a coragem. Pela mesma misericórdia, não somos eternamente condenados,

Os servos de Deus levam consigo um "tesouro”, que é o evangelho de Cris-

somos tornados ministros de Deus e ainda sustentados durante o exercício

to. Tal “tesouro”, recebido por misericórdia, deve ser anunciado sem artifícios. Embora não seja visto pelos “cegos”,

do ministério.

brilha pela vida daqueles que creem.

2.

Anunciado sem artifícios (2Co 4.2)

1.

Recebido por misericórdia

O servo de Deus tem a responsa-

(2Co4.1)

bilidade de transmitir a mensagem do

Todos os servos de Deus precisam estar conscientes de que o ministério

evangelho de forma clara, honesta e sincera. Nada deve ser oculto ou mis-

de valor excelente lhes foi dado pela

terioso. O apóstolo Paulo usa termos 54

4.

lortes para definir o método dos falsos ministros.

Brilhando para os que creem (2Co 4.5-6)

a.

Assim como o sol está sempre brilhando no universo, e quando não vemos a sua luz é porque algo

Ocultam coisas vergo nh osa s  a

velada sedução do pecado. b.

nos impede, assim também a luz de Cristo está sempre brilhando, e quando o homem não a pode ver é porque

Andam com astúcia  enganam ao

apresentar versão distorcida da verdade. c.

“o deus deste século"   ergue barreiras para lhe impossibilitar a visão. Essa Luz resplandecente é a mensagem do evangelho, que os pregadores devem anunciar, em vez de anunciar a si mesmos. Jesus Cristo é o Senhor, e os mensageiros não passam de servos (escravos, tradução literal do grego douloi) dedicados a Ele (2C o 4 .5).

Adulteram a palavra de Deus  a

mistura da Palavra com ideias estranhas (como misturar a lei com a graça). Ao contrário dos métodos usados por aqueles, Paulo agia com integridade; manifestava a verdade na própria vida, e anunciava a mensagem de

A conversão de um pecador a Cristo é semelhante ao surgi-

forma explícita e compreensível. Por isso, recomendavase à consciência de qualquer homem.

3.

mento da luz no início da criação (2Co 4.6). Mediante o ato criador de Deus (Gn 1.3), as trevas foram banidas pela luz. A conversão se dá quando o

Encoberto para os "cegos" (2Co 4.3-4)

Apesar da extrema dedicação do servo de Deus ao manifestar a verdade

homem é iluminado com um resplendor que revela a verdadeira natureza de

por preceito e por prática, o evangelho estava e continua encoberto àqueles que se perdem. Isso devido à atuação do "deus deste século”  de cegar o enten-

Cristo, em cuja face se vê a glória de Deus (j o 1.14; Mt 4.1 21 6). Talvez a própria experiência do apóstolo o levasse a pensar desse modo

dimento dos homens para que se mantenham na escuridão espiritual. Tais homens não conseguem contemplar a “luz do evangelho"  de Deus, manifestada

(At 9.19). 2Corfntios para hoje

0 coração de todos o s que creem é iluminado

em Cristo Jesus (Jo 8.12). Evidente que toda ação do “deus deste século" está em perfeita harmonia com o controle absoluto de Deus. Nada acontece sem a permissão do Senhor Soberano.

pelo conhecimento da verdadeira Luz, que veio ao mun do para iluminar a todo homem (Jo 1.9). Esse "tesouro", que os servos de Deus guardam no coração, é o que devem manifestar aos hom ens (Mt 5.14-16). 55

II. Um tesouro em vaso s de barro

ou impedidos de anunciar o evangelho;

(2Co 4.7-11)

b.

(2Co 4.8)  com dúvidas ou de-

Nos versículos anteriores, chegase à conclusão de que o tesouro é a mensagem do evangelho. Os versículos seguin-

sorientados diante de certas circunstâncias, mas não sem a capacidade de reagir ou encontrar saída;

tes tratam a respeito do instrumento humano, ao qual foi confiado o tesouro.

1.

Confiado a "vasos" frágeis

c.

(2Co 4.7)

presença dos inimigos, mas em momento algum abandonados pelo Senhor; d.

Oriente antigo. Eram de baixo preço e se quebravam com facilidade. Com

aba tidos, mas não de struído s (2Co 4.9)  vítimas de muitos gol-

o uso dessa figura, Paulo compara a si e aos demais mensageiros de Deus a “vasos” que são portadores da Luz

pes dos adversários, mas nunca arruinados, a ponto de não poderem levar avante a missão.

divina, o “tes o u ro ”. Po r esse co n traste, descobrese a fragilidade dos mensageiros de um lado e, do outro, a “excelência do poder” que pertence

3.

"Vasos" que são expostos (2Co 4.10-12)

Nesse texto há uma comparação entre o sofrimento dos servos de Deus

a Deus, e não a qualquer líder dentro da igreja.

e o padecimento de Jesus. Os dois primeiros versículos estão elaborados de forma paralela, de modo que a segunda

"Vasos" que não se deixam destruir

frase contém a finalidade da atitude apresentada na primeira.

(2Co 4.8-9)

Apesar da aparência externa dos “vasos” ser de absoluta fraqueza, eles são sustentados pelo poder de Deus. Por essa razão estão sujeitos a ser: a.

perseguidos, mas não desam parados (2Co 4.9)  sempre diante da

Os “vasos de barro” podem ser uma referência às pequenas lamparinas, nas quais se colocava azeite para iluminação, encontradas nas casas do

2.

perplexos, mas não desan imad os

A primeira frase do versículo 10 afirma que os servos de Deus compartilham da morte de Jesus sempre. Isso pode significar que os sofrimen-

atribulados, mas não angustia dos

tos pelos quais passam os que estão

(2Co 4.8)  submetidos a todo o

tipo de aflição ou pressão física

a serviço do Senhor (2Co 4.89) são como experimentar constantemente

e espiritual, mas não limitados

a Sua morte ( lC o 15.31; Rm 8.36; 56

III. Razões para não desanimar na distribuição do "tesouro"

Fp 3.10). Contudo, enquanto morremos a cada dia, a vida de Jesus se manifesta em nosso corpo (G12.1920).

(2Co 4.13-18)

 Já a declaração: “nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por 

A despeito das aflições, às quais

causa de Jesus" (2Co 4.11), acrescenta o motivo por que estamos expostos à morte (Cl 1.24), e é seguida por uma expressão que indica a finalidade para a atitude mencionada no início do versículo (uma repetição de 2Co 4 .10). Isso significa dizer que, quer morrendo diariamente pelo sofrimento provocado pela tribulação e perseguição, quer estando sujeito a ser morto por causa da pregação do evangelho, o corpo dos servos é instrum ento para a manifestação do seu Senhor.

Paulo já havia se referido, o presente texto expõe algumas razões para que o servo do Senhor continue o ministério da distribuição do “tesouro”  o evangelho.

1.

O sustento diário (2Co 4.13)

O servo do Senhor se alimenta diariamente do espírito de fé. Paulo creu no Senhor, e suas palavras nasceram dessa fé. Identificase com a fé do salmista, que disse: “Eu cria, ainda que disse: estive sobremodo aflito" (SI 116.10) e acrescenta: “Também

nós cremos; por isso, também falamos". O cristão em quem há fé genuína não consegue deixar de falar da verdade do evangelho.

A última afirmação desse texto:

“De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida" (2Co 4 .12) também aponta para o fruto do nosso serviço sacrificial por Cristo. A experiência da exposição diária às forças que conduzem à morte é acompanhada pela contínua manifestação da vida deJesus, não apenas para sustentarnos, mas também para operar por nosso intermédio e conduzir outras pessoas à vida. Foi assim que, por intermédio de Paulo, a vida espiritual chegou aos coríntios.

2.

A promessa a ser lembrada (2Co4.14)

A certeza da ressurreição, que já havia sido exposta por ele aos crentes de Corinto, quando lhes escreveu a primeira epístola (l C o 15 ), é um dos motivos do destemor do apóstolo Paulo.

3.

Os resultados (2Co 4.15)

Sofrer por Cristo e com Cristo é inevitável

Era firmado na inabalável espe-

a todo cristão para ser glorificado com Ele

a

rança da ressurreição que o apóstolo

(Rm 8.17). Quanto você está disposto a

continuava disposto a suportar as

sofrer por causa da obra de Cristo?

dificuldades, e também porque sabia 57

que os seus sofrimentos geravam dois

aflição nada pesava e era passageira. Kruse sugere que o versículo 17 po-

resultados.

deria ser traduzido assim: “porque •

O amor para com os que ouvem o evangelho.

nossa leveza temporária da aflição está produzindo para nós um eterno



A glória de Deus.

peso de glória inteiramente despro-

A renovação diária

porcional [a essa aflição] ” (II Coríntios, Introdução e Comentário, p .l 18). Ape-

4.

(2Co 4.16)

sar de comparar, Paulo conclui que o "eterno peso de glória” está “acima

Duas razões pelas quais Paulo não desanimava: a grandeza do ministério

de toda comparação”! Na prática, se

que lhe foi confiado (2 C o 4 .l ) e o fato de que, embora as aflições afetem o

os cristãos estiverem prontos para se identificar com Cristo nos Seus sofrimentos, compartilharão da Sua glória

homem exterior, o homem interior se renova a cada dia. O “hom em interior”

(Rm 8.1723).

é o coração, como centro da pessoa, a fonte da sua vontade, das emoções, dos

Por causa do valor incomparável

pensamentos e afetos. Se, por um lado,

da glória que está para ser revelada aos fiéis, não devem eles considerar

o processo de corrupção física está sempre em progresso, por outro lado o

como alvo da existência as coisas

“homem interior” experimenta renovação espiritual pela ação do Espírito, que

visíveis, mas as coisas "que se não veem”. Os so frime ntos  as coisas

lhe permite prosseguir, mesmo diante

que são a experiência visível  têm

de todas as adversidades ( Ef 3.141 9).

caráter temporal; enquanto aquilo que, por enquanto, não é visível e é

5.

de valor eterno, um dia será revelado

0 valor incomparável da glória eterna

(Rm 8.2425; Fp 3.2021 ; Cl 3.14).

(2Co 4.17-18)

Conclusão

A última razão para o servo do Senhor continuar no ministério é a comparação que deve fazer entre

Que “tesouro” levamos conosco! Mas não para o guardar, e sim para

o que é temporal e o que é eterno. A tribulação é "leve e momentânea”

distribuílo. Entretanto, temos que cuidar para distribuir o evangelho de

(2C o 4 .17 ). Em certo sentido, atribulação de Paulo não tinha nada de leve

maneira clara, honesta e sincera. O

nem de momentânea. Representava

que significa isso? Releia o versículo 2 e considere o modo com o pregavam o

fardo pesado e incômodo constante no seu ministério. Entretanto, se comparada com o “eterno peso de gló-

evangelho os falsos ministros daquele tempo. Não corremos o risco de cometer os mesmos erros hoje?

ria" reservada ao servo de Deus, a sua 58

11 0 ministério e o ministro da reconciliação Pr.Vanderli Lima Carreiro  VOJTECHVLK/SHUTTERSTOCK 

texto básico

2Coríntios 5.1-6.10

texto devocional

2Coríntios 5.18-21

versículo-chave

2Coríntios 5.18

leia a Biblia diariamente 2Co 5.1-8 2Co 5.9-13

"Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesm o por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação" 

2Co 5.14-21 ICo 15.35-50

alvo da lição Ao estudar esta lição, você terá consciência das motivações para entregar a vida ao serviço de Cristo; reconhecerá a grandeza do "ministério da reconciliação"; e atentará para algumas características que se esperam de um ministro.

2Co 6.1-10 Gl 5.16-26 1Co 3.5-9

Introdução A passagem que vamos estudar

é o serviço que o servo realiza”. Sendo

hoje, especialmente 2Coríntios 5.18,

assim, o assunto desta lição não é ex-

dá continuidade à anterior. Por isso é

clusivo para os que são consagrados

bom considerar que o apóstolo Paulo

“m inis tro s”, mas se aplica a tod os

terminou aqui a sua palavra a respeito

aqueles que servem ao Senhor.

da "glória, acima de toda compara-

I. As motivações para o ministério

ção"  (2Co 4.17) e da necessidade de contemplar as coisas eternas e não as temporais. Todo o texto do presente

(2Co 5.1-21)

estudo, porém, pode ser constituído numa unidade, porque se refere ao mi-

Algumas motivações já foram

nistério, iniciando com as motivações

indicadas no texto estudado na lição

í para exercêlo, seguido do ensino sobre

anterior. Aqui seguem outras, tão va-

1 o ministério da reconciliação, e termi

liosas quanto aquelas.

Í

1. A habitação celestial

nando com um precioso ensinamento acerca da conduta ministerial.

(2Co 5.1-8)

Pedimos a você para considerar

Depois de falar dos seus so-

que os termos "ministério” e "ministro"

frimentos e da glória futura, Paulo

denotam, sobretudo, função, e não

passa a tratar da questão da morte. “A

posição ou cargo. De m odo bem sim-

nossa casa terrestre deste tabernáculo"

ples, podese afirmar que “ministério

é o nosso corpo mortal. Assim como 59

com o Senhor"  a permanecer no corpo e estar “ausente do Senhor", pois “partir e estar com Cristo... é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23).

uma tenda, o tabernáculo serve apenas como abrigo transportável, apropriado para peregrinos e viajantes. a.

0 novo corpo é melh or (2Co 5.1).

2.

Quando esse “tabernáculo” se

(2Co 5.9-13)

desfizer, a alma ocupará um “edifício” feito por Deus e não por mãos

b.

Um dia os cristãos terão a vida

humanas, uma morada eterna nos céus ( jo 14.3).

exposta diante do tribunal de Cristo.

0 novo corpo é imortal (2Co 5.2-4).

a.

O que importa isso a nós, agora? Deve motivar-nos à nobre ambição (2Co 5.9). Nem Paulo nem nós po-

Enquanto vivemos com o corpo mortal, estamos sujeitos aos

demos determinar quanto tempo viveremos no corpo e quando o

sofrimentos, “gememos".  Mas o crente não perde a aspiração de

deixaremos. Mas todos podemos decidir como vamos viver até lá.

ser dotado de uma "habitação celestial” (2Co 5.2). c.

O tribunal de Cristo

A Paulo convinha ser agradável ao Senhor. Não há melhor ambição do que essa.

A nova existência cumpre o propósi to de Deus (2Co 5.5). A redenção do b.

corpo (Rm 8.23 ) está incluída no

motivação (2Co 5.10). O fato de

propósito glorioso de Deus para o cristão. No presente, desfrutase a redenção da alma; no futuro, a

que compareceremos diante do tribunal de Cristo não deve

redenção incluirá o corpo.

amedrontarnos, e sim motivarmos a fazer o bem. No tribunal de Cristo, o cristão será avaliado

2Coríntios para hoje

U

"Pen se nisso: Qu and o De us nos criou, tinha

quanto ao serviço prestado a Ele,

em mente o nos so estad o glorificado, a casa

seja no que diz respeito à quanti-

não feita por mãos, eterna, nos céus!" (Ma-

dade ou à qualidadé.

cDonald, Com entário Bíb lico Popular, p.553).

d.

Deve dirig ir-no s a uma profund a

c.

Hab itar com o Se nh or á m elho r

(2Co 5.11-13). O cristão não deve

(2Co 5.6-8). A confiança nessas

ter medo do Senhor, e sim respeito reverente, que o estimule

realidades permitia a Paulo, e permite a nós, ter “sempre bom ânimo". Sabemos que, enquanto na terra,

ao trabalho. Sabedores de que estaremos sob o julgamento de

não desfrutamos da plenitude do

Cristo (2Co 5.10), devemos

Senhor. Por essa razão, Paulo dizia que

é

Deve estimu lar-nos à integridade

persuadir os outros a aceitarem o

preferível morrer e "habitar  60

3.

evangelho, sem métodos dúbios, sem falsidade e com integridade,

enfrentar o conflito entre fazer parte da nova criação e ainda

de modo a perceberem que os

ser possuidor da velha natureza

nossos motivos e ações são sadios.

(G15.1617).

O amor de Cristo

II. 0 ministério da reconciliação

(2Co 5.14-17)

(2Co 5.18-21)

Essa é a terceira (talvez a mais importante) motivação para o ministério. a.

A s ua f o rç a c o n s t r a n g e d o r a

Está claro, nas Escrituras, que a missão de anunciar a mensagem de

(2Co 5.14-15). A razão por que

“reconciliação com Deus” foi dada

Paulo servia a Deus de forma tão

somente à igreja.

abnegada era o amor de Cristo. Por esse amor era constrangido

1.

A reconciliação com Deus (2Co 5.18-21)

ou impelido a serviLo. Ao morrer por nós, Jesus foi o nosso representante. Consequentemente,

Como foi realizada a reconciliação do hom em com Deus?

“todos morreram”, isto é, todos os que creem em Cristo morreram

a.

para o pecado e agora não vivem

Pela vonta de de Deus (2Co 5.18).

“para si mesmos", mas para Aquele

Ele é a Fonte e o Autor de todas as coisas. “Tudo provém de Deus”.

que por eles deu a vida na cruz e ressuscitou dos mortos.

O plano de salvação pertence a Deus. Por Sua vontade, a reconciliação já foi executada por meio de

b.

Uma nova compreensão (2Co 5.16).

Cristo. Ele tomou a iniciativa, para

A partir do momento em que

que, pelo Filho, as pessoas fossem

o cristão entende o significado da morte de Cristo, toda a sua

reconciliadas com Ele, e depois confiou aos Seus servos o privilé-

perspectiva de vida muda. Os homens deixam de ser julgados

gio de levarem a mensagem a toda criatura.

de forma carnal ou terrena, de acordo com a aparência. Passa-

b.

Pelo ato de Cristo (2Co 5.19). O

mos a vêlos como almas precio-

recurso para realizar a reconcilia-

sas pelas quais Cristo também

ção foi o Filho. Deus reconcilia o

morreu.

mundo por intermédio da obra de Cristo. Pelo sacrifício de Jesus,

c.

A nova criatura em Cristo (2Co 5.17).

os crentes são perdoados, e as

O que crê em Cristo recebe uma

transgressões deles deixam de

nova natureza, mesmo tendo que

serlhes imputadas. 61

c.

A base da reconciliação (2Co 5.21).

privilégio de levar essa mensagem

"Aquele que não conheceu pecado,"  Cristo (Hb 4.15) "ele o fe z pecado por nós". Os nossos pecados

gloriosa a todas as pessoas. “Não é incumbência de anjos, mas de pessoas frágeis e insignificantes”

foram imputados legalmente

(MacDonald, Comentário Bíblico Popular, p.556).

(não realmente) sobre Cristo, a fim de que se efetuasse a reconciliação. O nosso relacionamento

b.

Re aliza do em nom e de Cristo

com Deus é possível porque o

(2Co 5.20) . Os servos de Deus são

Senhor levou sobre Si os nossos

indicados "embaixadores em nome de Cristo",  o que significa que o

pecados (is 53 .46,1 2), livrando nos da condição de condenados

ministério da reconciliação deve

(Rm 8.1,34).

ser cumprido com a autoridade

A reconciliação do homem com

que Ele nos deu. Quando se anuncia a mensagem da recon-

Deus foi feita segundo a vontade do

ciliação, o ministro age como

Senhor e executada por meio de Cristo, a fim de que a justiça de Deus se

emissário de Deus ou como Seu portavoz. Não é tarefa que se

cumprisse no homem que crê.

execute sem dificuldade, por isso deve cumprirse em atenção aos

2.

A tarefa da reconciliação

“rogos” (orações).

(2Co 5.18-20)

III. A conduta do ministro da reconciliação

O trabalho de levar o homem a reconciliarse com Deus foi entregue aos Seus servos.

(2Co 6.1-10)

a.

Confiado aos crentes (2Co 5.18-19).

No capítulo anterior, Paulo apre-

A obra de reconciliação está com-

sentou as providências conciliatórias

pleta, no sentido de que Cristo

de Deus e o papel dos servos como

a realizou de uma vez por todas.

“ministros da reconciliação”. No texto

Mas o processo conciliatório dos

que agora é objeto do nosso estudo,

homens com Deus está incomple-

ele ensina sobre o procedimento que

to. A mensagem da reconciliação

devem ter os ministros.

precisa ser anunciada, a fim de que

1.

as pessoas ouçam o chamado para

O privilégio do ministro

se reconciliarem com Deus. E só

(2Co 6.1)

quando reagem positivamente a

Os ministros têm a honra de ser

esse chamado, podem experimen-

“cooperadores” com Deus. O Deus da glória consente em trabalhar com

tar a reconciliação. Isso significa que Deus confiou aos crentes o

aqueles que creem em Cristo, a fim de 62

 ii sejam proclamadores do Seu evangelho de reconciliação. A despeito de 111

b.

Com paciência (2C o 6.45 ):



aflições, privações e an gú stias -

provocadas pelos que desejam

1 mlas as lutas e sofrimentos pelos quais passou, Paulo nunca perdeu de vista 1

desanimar o m inistro; •

o alto privilégio de ser “cooperador”

açoites, prisões e tum ultos  atitu-

des para impedir a realização do

obra de Deus (lC o 3.9; 1 5.10 ). Aqueles que proclamam o evangelho

na

ministério; •

plantam a semente, mas só Deus pode

trabalh os, vig ílias e jejuns  as

provações assumidas voluntaria-

la/.êla germinar ( lC o 3.67).

mente.

2.

O apelo do ministro (2Co 6.1-2)

c.

C om q u a l i d a d e s d e c a r á t e r (2Co 6.6-7)  são citadas nove ca-

Paulo rogou aos coríntios que não recebessem em vão a "graça de Deus",

racterísticas (descubra no texto).

isto é, tudo o que foi proclamado na mensagem de reconciliação. O intuito

d.

Pronto para enfrentar os paradoxos

do apóstolo foi exortálos a não se dei-

da vida ministerial (2Co 6.8-10)

xarem levar pela influência de outros,

 são tam bém em número de

que eram seus opositores ou críticos.

nove. Leia o texto e descubraos.

Para dar ênfase à necessidade do seu apelo, citou Isaías 49.8, com o acrés-

Não há dúvida de que o propósito

cimo: "eis, agora, o tempo sobremodo

do apóstolo Paulo, nos versículos 310,

oportuno... ”  (2Co 6.2). A citação se

era evidenciar a sua integridade no

refere ao retorno dos exilados de Israel

cumprimento do ministério.

como o dia da salvação. Mas o dia em

Conclusão

que Deus agiu, em Cristo, para reconciliar o mundo consigo mesmo, é o dia

Paulo designa aqui a missão

da salvação por excelência.

3.

da igreja como a “reconciliação do hom em com Deus”. Talvez devamos

Aautorrecomendação do ministro

nos despertar para esse aspecto do

(2Co 6.3-7)

serviço cristão. Não atraímos homens e mulheres a uma organização só para serem tornados membros de uma

Como deve ser a conduta de um mensageiro divino? Paulo deixanos aqui algumas orientações. a.

comunidade. Representamos Jesus Cristo na tarefa de reconciliar a huma-

Sem censura da parte dos que o

nidade com o Pai, privilégio que Ele

veem e ouvem (2C o 6 .3).

possibilitou mediante o Seu sacrifício.

63

Pedido e exortação de quem ama Pr.Vanderli Lima Carreiro

STOCKUTEVSHUTTERSTOCK 

texto básico

2Coríntios6.11-7.16

texto devocional

Salmo 51.1-19

leia a Bíblia diariamente 2C o 6.11-13

versículo-chave

2Co ríntíos 7.1 "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemonos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de De us" 

Hb 12.7-11 2C o 6.14-7.1 1Co 10.14-22

alvo da lição

2Co 7.2-16

 A o estudar esta lição, voc ê vai refletir sobre a ma neira co m o a igreja deve tratar os seus líderes espirituais, e tomar atitudes para retribuir-lhes, de forma amorosa, o am or e a dedicação ao serviço do Senhor.

At 17.5-14

[33

1Jo 2.12-17

Introdução 1.

A passagem que ora considera-

Um pedido franco

mos inicia com um daqueles textos em

(2Co6.11)

que Paulo abre o coração aos corín tios; em seguida, traz uma exortação acerca da santidade; e depois a sua

Paulo falou de modo sincero e franco acerca do seu amor para com os coríntios, expressando o sentimento do seu íntimo (" abrem-se os nossos

palavra de explicação sobre o envio de uma carta (talvez a primeira) que trouxe tristeza à igreja de Corinto, por causa da maneira severa com o o após-

lábios").  Nesse caso, aplicamse bem as palavras de Jesus: "A boca fala do que está cheio o coração"   (Mt 12.34).

tolo sugeriu a aplicação da disciplina a um irmão faltoso.

O coração de Paulo estava repleto de amor por eles e pronto para recebêlos em amor (" alarga-se o nosso coração").

I. O pedido de afeição

2.

(2Co 6.11-13)

Os crentes limitados nos afetos (2Co 6.12)

í

No texto anterior, o apóstolo e seus companheiros recomendaram a si mesmos como servos de Deus.

O apóstolo não havia feito nada que justificasse a atitude dos coríntios para com ele. O mo do como agiam lhe

Nesse, Paulo se sente preparado para

trazia profunda dor. Apesar de tudo,

abrir o coração aos coríntios e fazer

eles não estavam confinados a um pe-

um pedido de reciprocidade do amor.

queno espaço do seu coração. O amor 64

* *11lies manifestava era ilimitado. Mas

evitar tais associações? Há quatro

ir ,, niiiitios hesitavam em recebêlo e

razões que mostram a inconsistência

r >icssar por ele o m esmo sentimento

do jugo desigual.

11 1

11

•  n lhes dedicava. 11

1. I.

Os princípios são opostos

Um pedido de retribuição

(2Co 6.14)

(2Co 6.13).

Os crentes e os infiéis são gover-

Paulo amava os coríntios como

nados por princípios opostos. Não há

um pai ama seus filhos. Por isso pediu

nenhuma comunhão entre a justiça

i|iie fossem mais abertos nas suas ex-

e a iniquidade, nem entre a luz e as

pressões de afeição. Ele ansiava pelo

trevas ( l jo 1.6). Não há no texto a

alelo recíproco. Desejava que tivessem

sugestão de que todo descrente é

para com ele o mesmo sentimento que

necessariamente desonesto em seu

lhes demonstrava. O seu coração esta-

procedimento com o próximo; mas

va inteiramente “dilatado” para eles.

ele age segundo a sua própria vontade e ignorância, no que se refere à vontade

2Coríntios para hoje

de Deus.

Muitas vezes, a disciplina que a igreja aplica

aos crentes

2.

não é por eles entendida, e, por

As lideranças são diferentes (2Co 6.15)

isso, passam a negar afeto aos seus líderes espirituais (como aconteceu no relacio-

Os crentes e os incrédulos estão

namento entre Paulo e os coríntios). Qual

sob lideranças muito diferentes. En-

é o propósito da disciplina? Leia Hebreus

quanto o crente é controlado pelo Espírito Santo (G15.1617), o incrédulo

12.711.

é dirigido pelo príncipe deste mundo, o Maligno (Belial, na edição Almeida Revista e Corrigida, que significa uma

II. A exortação para permanecerem separados

pessoa indigna ou sem lei). O apóstolo  Jo ão afirma que “o mundo inteiro ja z no Maligno"  (l jo 5.19 ) e que o mun-

(2Co 6.14-7.1)

do e os seus valores são passageiros Depois de falar ao coração dos

( l jo 2.1 7). O príncipe deste mundo

coríntios, Paulo apelou à consciência

nada pode oferecernos, a não ser a

deles. Os seus limitados afetos para

condenação, pois ele mesmo já está

com o apóstolo podiam ser efeito das

 julgado (Jo 16.1 1).

associações mantidas com os incrédulos. O que geralmente acontece é que

3.

Os caminhos são diferentes

tais associações prejudicam a comu-

(2Co 6.15)

nhão cristã e incapacitam a comunhão

Se não há nenhum acordo entre

com Cristo. Por que razão devese

Cristo e o Maligno, não andam pelo 65

mesmo caminho os seus seguidores. Os crentes trilham o caminho da vida, enquanto os incrédulos caminham para a morte (jr 21.8). No caso dessa recomendação aos coríntios, a união do crente com o incrédulo deve ser interpretada em relação ao culto pagão, e não aos contatos do dia a dia (lC o 5.910).

ídolos, e aplicou Isaías 52.11 à experiência dos cristãos (2C o 6.17 ). Depois citou livremente textos do AT, como advertência para o povo de Deus (v. 18; Is43.6; Os 1.10).

4.

a.

reconheçam o valor e o privilégio que os cristãos têm de serem alvos das “promessas"  citadas anteriormente (2Co 6.1618);

b.

purifiquemse de "toda a impure

Por último, o apóstolo resumiu a sua exortação, dirigindose aos “am a dos" de Corinto e suplicandolhes que:

A adoração é diferente (2Co 6.16)

Se os ídolos nada têm a ver com o santuário de Deus, o cristão não pode envolverse com os ídolos (l C o 10 .14 22 ). O santuário a que Paulo se referiu nesse versículo tem como fundo o santuário de Jerusalém. Mesm o no tempo do AT, a intenção de Deus era viver no meio do Seu povo (Êx 29.45; Lv 26.12). Mas imediatamente o apóstolo aplicou a figura à comunidade cristã como o templo de Deus  “nós somos santuário do Deus vivente".  Nesse tempo da nova aliança, cada crente é santuário de Deus (lCo 6.1620), e a comunidade como um todo também o é (lC o 3.16 17).

za, tanto da carne, como do espíri to”-,  isto é, tanto do corpo como

do espírito, que podem ficar poluídos pelas práticas idólatras; C.

aperfeiçoem a “santidade no temor  de Deus", na dependência do Espírito Santo ( lT s 3.13 ). 2Coríntios para hoj

0 jugo de sigual pode existir nos relacioname ntos conjugais, comerciais, eclesiásticos e interpessoais. Concorda? Por quê?

O perigo da associação com os incrédulos é o envolvimento com os seus ídolos. Embora os ídolos nada sejam por si mesmos, o perigo da idolatria jaz no envolvimento com os poderes demoníacos que estão ativos nos ídolos, provocando o zelo e a ira de Deus (lCo 8.46; 10.1922).

III. O arrependimento que traz alegria (2Co 7.2-16)

Paulo desejava que os coríntios não guardassem nenhuma reserva contra ele. Nesse texto, procurou retirar qualquer impressão incorreta a seu respeito que pudesse ter surgido no

Arecomendação final do apóstolo é para que o crente saia do meio dos 66

coração deles quando os repreendeu, ou pelas insinuações maliciosas daqueles que procuravam depreciálo a fim do se exaltarem (2Co 10.12).

2.

A tristeza segundo Deus alegra (2Co 7.5-11)

Nesses versículos, Paulo retomou o relato de suas viagens, que havia interrompido em 2Coríntios 2.13, para falar acerca do ministério e do ministro (2C o 2.147 .4). E completou o relato das viagens no restante do capítulo 7. Ele saiu de Éfeso e viajou para Trôade, a fim de se encontrar com Tito. Ali uma porta se lhe abriu, mas por não ter a tranquilidade de espírito necessária, devido à ausência de Tito, partiu para aMacedônia (2C o 2.1213).

1. O pedido de acolhimento (2Co 7.2-4)

A primeira palavra foi pedir que o acolhessem no coração, e prosseguiu fazendo referência à sua atitude quando esteve entre eles (2Co 7.2). Naquela oportunidade, Paulo não tratou a ninguém com injustiça, nem corrompeu ou explorou alguém. Não obstante as acusações dos seus críticos, ele não provocou o mal e não se aproveitou financeiramente de pessoa alguma. Q uanta diferença dos que hoje se chamam “apóstolos” e exploram os crentes incautos!

a.

A situaçã o do apóstolo (2Co 7.5).

Além de continuar preocupado, Paulo foi perseguido e atribulado. Por fora sofria o ataque impiedoso dos inimigos, que podia incluir as disputas com os incrédulos (At 17.514) e com adversários crentes da Macedònia (Fp 3.2); por dentro, havia temores, certamente por causa da preocupação de que os coríntios não tivessem reagido de modo positivo diante da carta severa.

Mas ao expressarse dessa maneira, o apóstolo não tinha a intenção de condenálos. Já lhes havia garantido que a sua profunda afeição por eles era até à morte (2Co 7.3). Devido a isso é que lhes falava com franqueza e se gloriava deles na presença de outros. A despeito do ataque desferido pelo ofensor (2Co 7.12), Paulo ainda cria na lealdade dos coríntios. A expressão

b.

A alegria do apóstolo (2Co 7.6-9).

Quem conforta é Deus, ao trazer força e alegria ao abatido. Ele fêlo mediante a chegada de Tito e por meio da notícia de que os coríntios haviam reagido bem àquela carta, e que tinham por Paulo grande admiração (2Co 7.67). Além desses motivos citados, a

“sinto-me gra nd em ent e con fortad o e transbordante de júbilo em toda a nossa tribulação" (2 C o 7 .4) reflete o grande

alívio que teve quando chegaram ao seu conhecimento as providências tomadas pelos coríntios, em obediência às exigências feitas em sua carta “severa”.

67

alegria de Paulo era devida ao fato

agravo (a vítima da atitude do irmão

de os coríntios terem sido “con-

ofensor). Naquela carta Paulo os esti-

tristados para arrepend imento”. A tristeza provocada por aquela

mulou a agir segundo a sua orientação, no que fizeram. Isso era demonstração

carta durou pouco tempo. Logo

de um espírito quebrantado e de terem

foram confortados. A tristeza por

renovado o seu respeito pelo apóstolo.

terem tolerado o pecado lhes en-

Tudo o que aconteceu lhe trouxe conforto ao coração (v.12 ).

cheu o coração de angústia. Era a “tristeza segundo Deus” cujo efeito produzido foi arrependimento.

Também se alegrava pelo conten-

Por isso o pecado não lhes trouxe

tamento de Tito, a quem trataram com

maior dano (v .89).

simpatia, de modo que agora o seu co ração se inclinava para eles (v .13,15 ).

c.

0 contraste entre duas tristezas (2Co 7.10-11) . Paulo estabeleceu o

A maneira com que o apóstolo se

contraste entre a “tristeza segun-

gloriou dos coríntios diante de Tito e a sua exultação com o relatório do

do Deus” e a “tristeza segundo o

companheiro foram sinceras (v. 14). Ao

mundo”.

encerrar o assunto, Paulo confirmou lhes a alegria de poder continuar a



A prim eira “produz arre pen dimento para a salvação”. Exemplos:

confiar na igreja (v.16). 2Corínt ios para hoj

Davi (2Sm 12.13; SI 51) e Pedro (Mc 14.72).

É oportun o refletir sobre o m odo com o são tratad os os líderes espirituais (Hb 13.7,17).



A segunda conduz ao rem o r-

Há alguma mágoa retida no coração em

so e à morte. Exemplos: Esaú

relação a eles? Qual a medida da afeição

(Gn 27.140; Hb 12.1517) e

que lhes é dedicad a?

 Judas (M t 27.3 5).

Conclusão 3.

A tristeza segundo Deus quebranta

Muitas vezes, Deus permite pas-

(2Co 7.12-16)

sarmos por situações que nos entris-

Aqui o apóstolo assegurou aos co-

tecem. Mas Ele não tem o objetivo

ríntios que, ao escrever a sua primeira

de nos manter tristes diante de uma

epístola, teve em vista salientar o zelo dos coríntios por ele, e não simples-

tribulação ou provação. Deus quer fortalecer nossa fé e levarnos a uma

mente a disciplina ao malfeitor, nem

vida mais pura e consagrada. Leia

o trato para com a pessoa que sofreu o

2Coríntios 4.16 18.

68

0 dever e o prazer de contribuir 1'r.Vanderli Lima Carreiro

texto básico

2Coríntios 8.1-9.15

texto devodo nal

Provérbios 3.1-10

versículo-chave

2Coríntios 9.7

leia a Biblia diariamente 2C o 8.1 -6 2Co 8.7-15

"Cada um contribua segu nd o tiver propo sto n o coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria" 

2Co 8.16-24 2Co 9.1-5

alvo da licão  A o estudar esta liçã o, você será co ns cie nt izad o sob re o dever e o pra zer de contribuir, de a cordo com as orientações bíblicas tiradas da experiência dos crentes primitivos sob a liderança d o apó stolo Paulo.

Introdução

1.

| 2 J

IC o 16.1-4

2 3 |

2Co 9.6-15

B

Mt 6.19-21

|

A graça de Deus princípio motivador (2Co 8.1)

O assunto agora é o levantamento

Paulo apresenta aos coríntios o

das ofertas pelas igrejas gentílicas, a favor dos cren tes de Jeru salém . Os

exemplo das igrejas da Macedônia (Filipos, Tessalônica e Bereia). A mo-

cristãos pobres da cidade haviam sido atingidos pelos surtos de fome, no reinado do imperador Cláudio

tivação para contribuírem de maneira liberal foi “a graça de Deus” a elas concedida. Deus é generoso, e onde a Sua

(4154 a.D.). A igreja de Antioquia  já havia atendido ao apelo, enviando oferta por meio de Paulo e Barnabé (At 11.273 0).

graça é experimentada haverá evidências de amor e liberalidade. O apóstolo Pedro aconselhanos a “crescer na graça" (2Pe 3.18), que pode significar sermos

I. Sete princípios para a contribuição

alvos constantes do favor imerecido de Deus. Entretanto, a graça que nos enriquece também nos impulsiona a

(2Co 8.1-15)

atitudes que manifestem aos outros a O principal objetivo do apósto-

mesma graça.

lo, no texto que ora consideramos, foi incentivar os crentes coríntios a participarem da oferta. Enquanto o faz, torna evidentes os sete

2.

A gene rosidade -ape sar das circunstâncias difíceis (2Co 8.2)

As igrejas da Macedônia mostra-

princípios que devem nortear o ato de contribuir.

ramse dispostas a contribuir, mesmo 69

4.

“no meio de muita prova de tribulação”. A principal lição a tirar é que

A consagração ato de culto (2Co 8.5-6)

a liberalidade para contribuir transcende as circunstâncias. Essas igrejas

Numa ordem de importância talvez esse princíp io devesse ser colo -

estavam ainda sofrendo perseguições, quando Paulo escreveu esta carta, no ano 56 a.D. (2Co 7.5). Entretanto,

cado primeiro. Aqueles irmãos atenderam aos demais princípios porque,

“manifestaram abundância de alegria,

antes de tudo, “deramse a si mesmos

e a profunda pobreza deles supera

prim eiro ao Se n h or ”. Em prim eiro

bundou em grande riqueza da sua gen erosida de”. Um com en tarista

lugar, eles entregaram a vida a Deus.

escreveu: “Os macedônios eram extraordinários na generosidade, porque atendiam aos apelos finan-

liderada por Paulo (2 C o 8.5 ). Isso fez com que o apóstolo Paulo ficasse bem impressionado com a atitude dos ma-

ceiros, embora fossem eles mesmos

cedônios e quisesse que os coríntios

necessitados” (Kruse, 2Coríntios, p. 161 ).

agissem da mesma maneira (2C o 8.6).

Então, engajaramse na campanha

5. 3.

A voluntariedade privilégio, não obrigação

A prova de amor inspirada no modelo, Cristo (2Co 8.7-9)

(2Co 8.3-4)

Como os coríntios destacavamse

Aprendemos também outro princípio com a disposição dos

em tantos sentidos, podiam também se destacar na graça de dar (2C o 8.7 ).

macedônios para contribuir. Suas ofertas não foram dadas “na medida

A contribuição não deve ser imposta, com o se fosse u m “m and am ento ”, e Paulo não obrigou os coríntios a

das suas posses”, mas “acima delas”, e o fizeram voluntariamente (2 C o 8 .3 ). Entendendo que socorrer os crentes da Judeia era tão urgente, pediram

contribuírem, mas pediu que dem onstrassem “a sinceridade do vosso am or”

com insistência ( “com muitos rogos”)

deve seguir o anterior. A maior inspi-

ao apóstolo que lhes desse o privilégio de participarem da campanha de

ração para adotálo vem da “graça de nosso Senh or Jesus Cristo ”, que nos

assistência aos santos (2Co 8.4). MacDonald comenta que “talvez o

enriqueceu de bênçãos espirituais mediante o Seu sacrifício (2Co 8.9).

(2Co 8.8). Esse é um princípio que

apóstolo tenha hesitado em receber a

6.

contribuição deles. Ainda assim eles não aceitaram ‘não’ como resposta.

A proporcionalidade segundo as posses (2Co 8.10-12)

Desejavam ter a liberdade de contribuir” (Comentário Bíblico Popular,

Depois de citar o exemplo do amor sacrificial de Cristo, Paulo dá

p.564). 70

'(ii.i "opinião” (não uma ordem), no m• 1ido de os coríntios terminarem de levantar a coleta, o que haviam começado “desde o ano passado”. Também iis exorta a contribuírem “segundo as vossas posses”, ou seja, na proporção daquilo que haviam recebido do Senhor, porque isso agrada a Deus.

colhidas deveriam ser transportadas e entregues.

11

7.

1.

(2Co 8.16-24)

Três irmãos foram recomendados para ir a Corinto a fim de administrar o dinheiro e assegurar toda a lisura no seu manuseio e transporte. O primeiro, Tito, seguido de dois “irmãos” cujos nomes não são mencionados, todos com idoneidade para cumprir a tarefa.

A igu aldad e- afim de que todas tenham o suprimento (2Co 8.13-15)

Nesses versos, Paulo toma o cuidado de mostrar aos coríntios que não (inha a intenção de sobrecarregálos, para aliviar o sofrimento dos crentes da Judeia. No momento, eles tinham “abundância” e podiam contribuir. Quando, porventura, necessitassem de ajuda, outras igrejas que tivessem abundância os socorreriam. Com isso, estabeleciase o princípio da igualdade. Para enfatizálo, no verso 15, o apóstolo faz a citação de Êxodo 16.18.

a.

Possuíam a mesma visão do trabalho

 Tito partilhava dos mesmos interesses do apóstolo Paulo pelos coríntios (2Co 8.1617). Quando uma equipe é inspirada pela mesma visão do trabalho, tornase fácil e eficiente a sua execução. Ainda mais quando o coração é movido pela graça de Deus. b.

Í

Irmãos idôneos para encaminhara coleta

Tinham o reconhecimento das igrejas

 Um irmão (talvez Lucas ou Tró fimo), companheiro de Tito, era elogiado por “todas as igrejas” pelo serviço ao evangelho e foi por elas eleito para “o desempenho desta graça” (2Co 8.1819). O testemunho que a igreja dá a respeito da vida dos obreiros, em especial (mas não só!) na área da administração dos recursos financeiros, é essencial para credenciálos ao serviço.

2Coríntios para hoj

Quais desses princípios você considera, quando lhe é dada a oportunidade de con-

tribuir para as div ersa s atividades e projetos da obra de D eu s?

II. A idoneidade para administrar a contribuição (2Co 8.16-9.5)

Após a indicação dos sete princípios para a contribuição cristã, encontramos no texto seguinte a preocupação com o modo como as contribuições

c.

Sa bia m qua l era o pro pó sito do

 Antes de tudo é “para a glória do próprio Senhor”,

trabalho

71

e depois para “mostrar a nossa boa vontade"   (2Co 8.19). Não só Paulo, mas também os seus

ligação com Tito  “é meu companheiro e cooperador convosco”  e enfatizan-

companheiros naquele serviço estavam certos dos nobres propó-

do a função dos outros irmãos como “mensageiros das igrejas”. Haviam sido

sitos daquela missão. Deus seria glorificado por meio da coleta

comissionados pelas comunidades para representálas e viajar com Paulo a Co-

dos cristãos gentios entregue aos cristãos judeus. Essa coleta "era

rinto e ajerusalém, sendo os portadores da oferta recolhida. Além disso, eram

uma expressão tangível da nova comunhão entre gentios e judeus

desc ritos com o a “glória de C risto”, uma descrição enobrecedora, atribuída a eles porque faziam a obra do Senhor

(2Co 8.23), destacando a sua íntima

cristãos, refletia a graça de Deus nas vidas das pessoas envolvidas na questão, de modo que se pode

resplandecer aos olhos de todos.

dizer que foi para a glória do pró-

Os coríntios deviam receber

prio Senhor” (Rruse, II Coríntios,

obreiros com tais credenciais e manifestar, “perante as igrejas” (que os

Introdução e Comentário,  p. 170).

dois representavam), “a prova do vosso d.

Agiam honestamen te  Essa era

amor” por meio da entrega das ofertas levantadas; e assim fariam justiça aos

uma preocupação de Paulo. Não desejava que fosse suscitada qualquer suspeita na administração daquela "generosa dádiva”,

nios, quanto à prontidão que tiveram para contribuir (2C o 8.24; 2 Co 9.2 ).

de modo que tudo fazia para que, diante de Deus e diante dos

2.

elogios de Paulo junto aos macedô

homens, procedessem honesta-

(2Co 9.1-5)

mente (2Co 8.2021; Pv 3.34). e.

O compromisso assumido com seriedade

Em certo sentido, escrever acerca da coleta era desnecessário, porque

Eram zelosos  Do outro irmão

desconhecido, nomeado por Paulo para a importante missão,

os coríntios mostraram prontidão ao trazer o assunto a Paulo (2Co 9.1; ICo 16.14). A “presteza” daqueles

destacase o zelo, revelado em muitas ocasiões e de muitos mo-

irmãos era inquestionável, pois a preocupação e o zelo havia estimulado

dos (2Co 8.22). A dedicação, o desvelo ou o cuidado qualificam

a muitos. Por isso, foram motivo de

quem lida com os recursos financeiros da igreja, mais do que a

orgulho para o apóstolo e elogiados por ele diante dos macedônios

técnica que alguém possua.

(2 C o 9.2). Mas Paulo achou apropriado

Ao final, Paulo resumiu a reco-

lembrarlhes do compromisso assumido. Tinha razões para fazèlo: não queria

mendação ao grupo de três obreiros 72

ser desmentido quanto ao louvor que

fim de salientar o ensino do versículo

11 es havia feito, nem quanto à confiança

5. Sabese que é preciso semear gene-

que ele depositava nos coríntios de que Icriam as contribuições prontas para se-

rosamente para de se obter uma ceifa

1

abundante. O tamanho da colheita é sempre diretamente proporcional ao

rem recolhidas (2C o 9.3; 2C o 8.1 624).

tamanho da semeadura. Essa é a lei Caso os macedônios fossem com ele e encontrassem a igreja des-

da colheita (Pv 11.2425; G1 6.79), que se aplica a quaisquer tipos de

preparada, as consequências seriam embaraçosas. Além do próprio Paulo,

investimento de recursos que façamos na obra do Senhor.

a igreja também seria envergonhada

2.

(2Co 9.4). Por isso, Paulo recomendou aos dois irmãos que fossem antes.

0 amor de Deus (2Co 9.7)

Desse modo, poderiam preparar “de antemão” a “dádiva” que já havia sido

Aqui Paulo ensina que a oferta deve ser voluntária, segundo cada crente propuser no coração, e não com tristeza ou por necessidade. Pode

anunciada. O apóstolo desejava que a contribuição dos coríntios fosse uma “expressão de generosidade e não de avareza”, ou com o uma dádiva genero-

acontecer de a contribuição ser feita com coração pesaroso, sob a pressão

sa, não como uma oferta dada de má

de apelos emocionais e sob constran -

vontade (2 C o 9 .5).

gimento público. Mas nenhuma dessas atitudes é válida perante Deus, porque

2Co ríntios para hoj

Ele “ama a quem dá com alegria”.

Que critérios a igreja deve levar em conta

U

na escolha dos homens que administram os

3.

seus recursos financeiros?

A suficiência (2Co 9.8-9)

Essa é outra promessa para o fiel contribuinte cristão. Deus é poderoso

III. Promessas relacionadas à contribuição

para fazer com que obtenhamos os recursos de modo abundante, a fim

(2C0 9.6-15)

de termos não apenas aquilo que necessitamos para a nossa subsistência, mas também para que sejamos

No presente texto bíblico, encontramos algumas recompensas e

pródigos na realização de boas obras.

benefícios da contribuição cristã.

1.

Paulo recorre a uma citação do Salmo 112.9. O versículo pressupõe um homem que semeou com fartura e

A ceifa na proporção da semeadura

supria as necessidades dos pobres. E le saiu perdendo com isso? Não! “A sua

(2Co 9.6)

Nesse versículo Paulo usa uma

 justiça permanece para sempre”. Se es-

figura de linguagem da agricultura, a 73

palharmos a nossa generosidade como

os cristãos judeus criaria fortes laços

um semeador espalha as sementes, ju n-

de afeto entre eles. Os crentes de J e -

taremos tesouros no céu (M t 6.1 92 1;

rusalém lem brarseiam dos coríntios

19 .21 26 ). O resultado da nossa bo n-

com o m eios de expressão da “supera-

dade perm anecerá para sempre.

bundante graça de Deu s” que haviam demonstrado. Tendo a expectativa

4.

A multiplicação dos bens

de tantos benefícios, Paulo se sente

(2Co9.10-13)

compelido a agradecer a Deus pela

O m esmo D eus que “dá semente

concessão a nós do Seu “dom inefável"

ao que semeia e pão para alimento”

(2 C o 9 .15 ), que éJesus Cristo, a maior

também dará recompensas aos que

de todas as dádivas (R m 5.1 5).

usam de bondade para com os outros.

Conclusão a.

b.

Ele “suprirá e aumentará a vossa sementeira” ou seja, Ele propor-

Vivemos num tempo em que se

cionará maiores oportunidades

torna embaraçoso, para muitos líde-

e resultados mais abundantes

res eclesiásticos, abordar o assunto

em consequência da bondade

da contribuição na igreja. Por isso,

demonstrada.

sugerimos que:

Ele “multiplicará os frutos da vos-

1.

sa justiça”, isto é, ao levantarem

a tratar seriamente do assunto,

uma oferta, os coríntios estavam

do ponto de vista do ensino das

praticando um ato de justiça, em

Escrituras;

os líderes sejam estimulados

decorrência do qual colheriam 2

recompensas eternas.

.

os princípios bíblicos para a

contribuição sejam expostos, para Todo ato de bondade tem reflexo,

edificação e crescimento da igreja;

e a recompensa é sempre muito maior. Por meio de uma contribuição, os

3.

crentes são enriqu ecidos em tudo, para

escolhidos para administrar

continuarem a ser generosos, e perm i-

os recursos financeiros das

tirem que “graças” sejam tributadas a

comunidades;

h o m e n s id ô n e o s s e ja m

Deus (v.1113). 4.

5.

os contribuintes sejam moti-

A conquista do afeto

vados com as promessas divinas

(2Co 9.14-15)

que serão cu mpridas na vida dos

A oferta dos crentes gentios para

que são fiéis.

74

Ministério, uma guerra espiritual 1’r.Vanderli L ima C arreir o

lN SOMMERíSHUTTERSTOCK 

texto básico

2Coríntios 10.1-18

texto devocional

Efésios 6.10-12

versículo-chave

2Coríntios 10.18

leia a Bíblia diariamente 2Co 10,1-6 Mc 11.15-19

"Porque não é aprovado quem a s i mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva" 

1Co 2.1-5 2Co 10.7-12

alvo da lição

 At 9.1-18

 A o es tudar esta li ção, vo cê será de sa fia do a te r at itu de s espirituais, a usar as armas espirituais e a buscar ser reconh ecido co m o tal de mo do correto, a fim de ser sempre vitorioso na guerra espiritual característica do ministério.

2Co 10.13-18 ICO 4.1-5

Introdução Não nos apercebemos que os

explícitas ou mesmo implícitas, no es-

obreiros do Senhor, envolvidos nas

crito do apóstolo Paulo que oravamo s

atividades do ministério e muitas vezes

considerar.

totalmente absorvidos por elas, tam-

I. Atitudes para vencer essa guerra

bém estão engajados numa autêntica guerra espiritual. Essa guerra, como

(2Co 10.1-6)

acontecia com o apóstolo Paulo, inclui a luta contra os que desafiam a autoridade ministerial e a luta contra os

Paulo apelou aos coríntios a

líderes que o apóstolo chama de "falsos

tomarem providências antes da sua

apóstolos”  (2Co 11.13). Esses líderes

chegada, de modo que não precisasse

opositores de Paulo eram, aparente-

agir contra eles. Estava determinado a

mente, cristãos judeus que alegavam

ser rigoroso contra os adversários, que

ter autoridade superior à de Paulo e

questionavam a validade do seu apos-

que exerciam domínio indevido sobre

tolado, mas com os crentes pretendia proceder diferentemente.

a igreja de Corinto.

1.

Encontramos opositores com

Mansidão e benignidade

esse perfil hoje? Como tratar com

(2Co 10.1)

eles? Como vencer a luta? Há muito

O pedido de Paulo, que começa

a aprender sobre as nossas atitudes e

apresentandose com o "eu mesmo, Pau-

sobre as armas a usar nesse combate,

lo”  o pai espiritual dos seus leitores 75

(1 Co 4.15 ), foi feito à luz da “mansidão e benignidade de C risto”.

conceito deles, o apóstolo andava na carne, no sentido de executar um plano puramente humano, usando o engano

a.

Mansidão denota amizade afetu-

e a malícia. Assim, esvaziavam o caráter

osa e gentil, sendo o contrário de

divino da vocação do apóstolo. Uma

fúria repentina e grosseira. O co-

ação firme não pressupõe o desprezo

mentarista Kruse diz que “a mansi-

da mansidão. Cristo, que era manso,

dão afetuosa a que Paulo se refere é

agiu com firmeza quando se fez neces-

exemplificada na vida e ministério

sário (Mc 11.1519).

de Cristo. Tal mansidão não era

3.

moleza condescendente pela qual

As armas adequadas

as exigências da lei de Deus seriam

(2Co 10.3-6)

rebaixadas. Cristo demonstrou essa mansidão quando tratou be-

Ao reagir diante das acusações

nignamente, e cheio de compaixão,

infundadas, Paulo fez uso de imagens relativas à guerra. A sua defesa come-

dos pecadores, sem, todavia, mini-

çou por dizer que “an dando na carne”,

mizar seus pecados (Mt 11.29)”

isto é, vivendo em um corpo de carne,

(II Coríntios; Introdução e Comentário, p.183).

não militava segundo a carne, ou conforme os métodos e motivações carnais (2Co 10.3).

b.

Benignidad e significa bondade, equidade e brandura. No pre-

As armas que usava também não

sente texto, o termo encontrase

eram carnais, mas “poderosas em Deus". Tais armas consistiam na proclamação

associado à mansidão para expressar uma única ideia, que é o

2.

do evangelho, mediante o qual o poder

modo como o apóstolo esperava relacionarse com os coríntios.

divino é liberado ( l C o 1.1725; 2.15; R m 1.16). Porm eio delas se destruíam

Firmeza

as fortalezas, apresentadas na forma de sofismas (argumentos contrários à verdade) e dentro das quais as pessoas

(2Co 10.1-2)

Antes de enunciar o conteúdo do seu apelo, Paulo fez uma referência

se abrigavam, julgandose protegidas contra a percepção do conhecimento

irônica ao que diziam a seu respeito

de Deus (2C o 10.45).

(2 C o 10.1 ) .E ele não desejava ser “ousado” perante os coríntios, servindose

2Cor íntios para hoj Será que podemos identificar como for

daquela “firmeza” com que trataria

talezas, nos nossos dias, o raciocínio dos

seus acusadores. M as estava preparado

cientistas evolucionistas, filósofos e faná

para ser firme, quando necessário, con-

ticos religiosos cujo modo de pensar exclui

tra os seus adversários, que o acusavam

a Deus? Quais as armas adequadas para

de agir com “mundano proceder”. No

derrubar essas fortalezas?

76

Como soldado de Cristo, Paulo

divino, como ocorreu no caminho

estava pronto “para punir toda deso-

para Damasco (At 9.118); e nessa

bediência” a Cristo. “O apóstolo não

defesa inclui os companheiros, ao

condena a intelectualidade humana

utilizar o pronome “nós”, pois eles são

em si, mas adverte contra o exercício

também servos de Cristo, recrutados

intelectual rebelde e desobediente ao

pelo apóstolo, a fim de ajudálo a cum-

Senhor” (MacDonald, Comentário

prir o seu mandato.

lUblico Popular,  p.569). Quanto aos

2.

coríntios, entretanto, esperava que fossem inteiramente submissos a Deus

Pelo impacto causado à igreja (2Co 10.8)

(2Co 10.6).

Diante dos cristãos coríntios, Pau-

II. Como o homem de Deus é reconhecido

lo até poderia reivindicar mais da sua autoridade, tendo em vista o impacto que a sua presença e seu ensino causa-

(2Co 10.7-11)

ram àquela igreja nascente. O objetivo Tendo em mente que Paulo

da sua autoridade foi edificar os santos

continua a defesa do seu ministério

na fé santíssima. Já a autoridade dos

apostólico, vamos extrair do texto, com

falsos mestres era utilizada para destruir

a ajuda das divisões que aparecem na

essa fé. Além do seu relacionamento

obra de MacArthur (New Testament

com Cristo, um servo do Senhor é

Commentary,  2 Corinthians, p.333

também reconhecido pelas boas marcas

33 4), algumas evidências mediante as quais o verdadeiro homem de Deus é

que deixa na vida das pessoas às quais serve, e sobre as quais exerce a auto-

reconhecido.

ridade divina, que a ninguém destrói, antes, edifica.

1.

Pelo seu relacionamento com Cristo

3.

(2Co 10.7)

Por seu interesse nas pessoas (2Co 10.9)

A frase inicial do versículo pode ser entendida como um pedido aos

O primordial interesse de um

coríntios a que notem o que é óbvio:

líder ou obreiro cristão não está

" Eu pertenço a Cristo tanto quanto

voltado exclusivamente para o al-

dizem pertencer a Ele.os meus adversários”. Inicialm ente o apóstolo não

cance dos seus objetivos ou sucesso

negou que eles pertenciam a Cristo

crescimento espiritual daqueles que

mais tarde, sim (2Co 11.1315). O

estão sob a sua autoridade. Uma au-

que Paulo defende é que o seu aposto -

toridade que emana do Senhor não

lado se baseia na própria experiência

assusta nem intimida, antes aproxima

de conversão e de comissionamento

e aperfeiçoa.

do trabalho, mas para a vida e o

77

4. Pela coerência de seus métodos

se pronunciar: sai da defensiva e parte para a ofensiva. Satiriza os adversários que se autoelogiavam, e com isso demonstravam falta de uma virtude vital ao homem de Deus  a humildade. Vejamos as atitudes que a revelam.

(2Co 10.10-11)

A acusação feita ao apóstolo afirmava que as suas cartas eram "graves e fortes",   ou seja, intimidavam. Mas diziam que ele próprio, pessoalmente, dava sinais de falta de autoridade, e a sua palavra era "desprezível”. Acusavamno de ser uma figura física insignificante, e não mostrar sinais de autoridade e de carisma espiritual. Quanto a considerarem sua palavra desprezível, talvez se devesse ao fato de falar num estilo simples, despido de ornamentos (l C o 2.1 2), ou porque não podiam entender que não levantasse a voz com ousadia para defenderse diante do ofen sor (2Co 2.5; 7.12), preferindo retirarse sem palavra e enviar depois uma carta forte, redigida à distância.

1.

O reconhecimento dos limites (2Co 10.13-14)

Havia um contraste entre Paulo e os adversários quanto ao modo de gloriarse. O do apóstolo restringiase ao trabalho executado. Ele não se gloriaria naquilo que estivesse fora da esfera do seu serviço a Cristo, ou na obra realizada por outros. Talvez isso fosse uma referência aos judaizantes (“judeu cristão que insistia que para alguém ser salvo era necessário também guardar as leis básicas do judaísmo ”  Dicionário da Bíblia de Almeida, 2 a Edição  versão eletrônica), que costumavam infiltrar se em igrejas já formadas e edificar sobre alicerces já lançados. Antes, ele iria gloriarse nas pessoas e lugares nos quais Deus havia honrado o seu ministério, e isso incluía Corinto.

Àqueles que o criticavam, Paulo respondeu: "o que somos na palavra por  cartas, estando ausentes, tal seremos em atos, quando presentes"   (2Co 10.11).

E ninguém poderia presumir, por isso, que seus esforços para ser conciliador fossem indício de falta de autoridade. Ser coerente na aplicação dos métodos não é tão fácil, mas é essencial para reafirmar a autoridade de qualquer homem de Deus.

Uma atitude que revela a humildade é esta. Ainda hoje é preciso que os homens de Deus reconheçam que o plano divino lhes impõe limites, que devem ser observados, quer em territórios, área de influência ou recursos pessoais.

III. As atitudes que revelam a humildade do homem de Deus

2.

(2Co 10.12-18)

A recusa de tomar o crédito dos outros (2Co 10.15-16)

Nesse último bloco de versículos do capítulo 10, Paulo muda o modo de

Paulo tomou a decisão de não se gloriar naquilo que não era resultado 78

“contavam vantagem do trabalho de

mas eles, medindo-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, revelam insensatez"   (2Co 10.12). Uma pessoa

outros. Tentavam roubar as ovelhas

que serve de padrão para si mesma

de Paulo, desdouravam seu caráter, contradiziam seus ensinamentos e se

considerase perfeita! Desse modo, não dá espaço para aperfeiçoamento.

revestiam de uma falsa autoridade”

Quem assim procede é insensato.

do seu serviço ao Senhor. Mas era exatamente isso que os judaizantes faziam:

(MacDonald, Comentário Bíblico Po

 pular -  2Coríntios, p.5 7 l).

O que o apóstolo fazia, e que certamente é recomendável que fa-

Paulo também nutria a esperan-

çamos, é o seguinte: “A que le, p o 

ça de que os coríntios crescessem na

rém, que se gloria, glorie-se no Senhor"

fé e se tornassem suficientemente

(2C o 10 .17 ). Todos devemos gloriar-

maduros; e então ele estaria libera-

mos apenas naquilo que aprouve ao

do para anunciar o evangelho além

Senhor realizar por meio de nós. E a

dos territórios já alcançados, sem,

razão para isso está no versículo se-

entretanto, semear em campo alheio

guinte: Deus não aprova a quem a si

(2Co 10.16).

mesmo se louva. O aprovado é aquele a quem o Senhor louva! (2 C o 10 .18 ).

2Coríntios para hoje 2Coríntios para ho

Será que ainda aparecem, nos meios

U

cristãos, os judaizantes modernos, que

Que tipo de louvor é preferível: o dos ho-

colhem em cam pos já seme ados por outros?

3.

mens ou o de Deus?

A relutância em louvara si mesmo

Conclusão

(2Co 10.12,17-18)

A última evidência da humildade

A verdade é que os obreiros de

do hom em de Deus se dá pela relutân-

hoje, se não evidenciam a autoridade

cia em louvar a si mesmo. Não eram

que lhes foi outorgada por Deus, são

assim os falsos mestres dos tempos

ineficazes diante da ação destrutiva

de Paulo. Eles tinham o hábito de se

dos falsos mestres.

compararem aos outros. Tentavam desmoralizar o apóstolo, apresentan-

Não nos esqueçamos de que as

doo de forma caricata, porque se

atitudes e as armas para vencer essa

consideravam superiores e ninguém

guerra não são carnais, e sim espiri-

havia igual a eles. Por isso é que Paulo

tuais, incluindo duas virtudes que

responde com ironia: “Porque não

podem ser diretamente aprendidas

ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos;

do Senhor: a mansidão e a humildade (M t 11.29). 79

Paulo e os falsos apó stolos Pr.Vanderli Lima Carreiro IMAGEEGAMI/SHUTTERSTOCK

texto básico

2Corfntios 11.1-33

texto devocional

Ko ríntios 9.15-18

versículo-chave

2Coríntios 11.3

leia a Biblia diariamente f 

"M as receio que, assim c om o a serpente eng an ou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrom pida a vossa m ente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo" 

I

| a ,|

2Co 11.1-6 A p 19.7-9 Gn 3.1-7 2Co 11.7-15,20

alvo da lição  A o estudar esta lição, vo cê vai refletir sob re sua lealda de para com Deus, Cristo, o evangelho e a verdade, frente às declarações e posicionamento de falsos mestres; vai considerar como deve o obreiro cristão reagir com referência à remu neração d o ministério; e vai ficar ate nto q uan to à questão da vanglória do obreiro.

Introdução

1.

At 18.1-4 2Co 11.16-19 fr.'. I

2Co 11.21-33

Desleais para com Deus (2Co 11.1-2)

“Suportai-me, pois"   (2Co 11.l) é um sinal do constrangimento de Paulo ao sentir a necessidade de apresentar aos coríntios as suas credenciais (2C o 11 .22 33 ). A situação exigia que o fizesse, como se tivesse que responder ao insensato com insensatez. Os falsos mestres valiamse das próprias credenciais para seduzir os fiéis. E os crentes de Corinto, levados pela ingenuidade, estavam sob o risco de agir de maneira desleal, não para com o ajaóstolo, mas para com Deus. Quando disse “zelo por  vós com zelo deDeus"  (2C o 11.2), estava tomado de emoção, como quem partilha do cuidado do Senhor para com a Sua igreja. Portanto, se os coríntios se desviassem da mensagem do evangelho que lhes havia sido anunciada, agiriam com deslealdade para com Deus.

Havia em Corinto quem questionasse as credenciais apostólicas de Paulo e proclamasse um evangelho diferente. Mas foi a ingenuidade dos coríntios, diante das alegações dos falsos mestres, que levou Paulo a dizerlhes algumas verdades, a fim de que rejeitassem a doutrina dos tais mestres e condenassem os seus métodos.

I. Crentes desleais (2Co 11.1-6)

Paulo evidencia, nesse texto, a preocupação de que os coríntios fossem desviados da devoção a Cristo. A que ponto os coríntios podiam agir com deslealdade?

80

2.

Desleais para com Cristo Para reforçar sua palavra de pre-

mente deles estava sendo desviada por hereges que pregavam “outro Jesus", diziam conceder “espírito diferente"

ocupação com a igreja, Paulo usou uma metáfora do casamento: “visto

do Espírito Santo e pregavam um “evangelho diferente".  Paulo não estava

que vos tenho prep arado para vos apresentar como virgem para um só esposo, que é Cristo”  (2Co 11.2). O apóstolo consideravase um agente de Deus para manter pura a Sua igreja até o momento em que a entregasse ao Noivo, Cristo, na cerimônia nupcial (Ap 19.7 9). Mas, diante dos acontecimentos que se sucediam em Corinto, Paulo manifestou o temor de que “assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade epureza devidas a Cristo"   (2Co 11.3). O que Paulo desejava dos coríntios era que se dedicassem inteiramente ao Senhor, não dividissem a afeição com mais ninguém, e permanecessem im aculados na devoção ao Senhor. Apelou, então, aos irmãos amados, que não permitissem ser seduzidos, na mente, pela negação da verdade da palavra de Deus (Gn 3.17 ). O comprometimento com a doutrina dos falsos mestres consistia em deslealdade para com o Mestre dos mestres.

preocupado com a forma com o agiam, mas com a essência da mensagem que anunciavam. Se os coríntios viessem a

(2Co 11.2-3)

submeterse a esses homens, estariam sendo desleais para com o evangelho do Cristo crucificado que lhes havia sido anunciado.

4.

Desleais para com a verdade (2Co 11.5-6)

A deslealdade dos coríntios atingiu outro nível  a verdade. Porque, ao aceitarem a mensagem pregada pelos falsos “apóstolos” aqueles que anunciavam um evangelho diferente (2Co 11.4), e a quem o apóstolo chama de “ministros de Satanás" (2Co 11.1415), estavam negando a verdade que lhes havia sido transmitida. Ao afirmar “em nada ter sido inferior a esses tais ap óstolos”, Paulo não está concordan do que são iguais a ele próprio, está apenas dando resposta à afirmação deles. O apóstolo reconhecia que era

3.

Desleais para com o evangelho

“falto no falar”, isto é, não se comparava aos oradores da época, que bem

(2Co 11.4)

empregavam a retórica e a eloquência ao falarem em público. Contudo, no conhecimento, Paulo era superior. E sobre isso os crentes coríntios podiam

Aqui a repreensão de Paulo, apresentada com tom de ironia, indica que os coríntios tinham certa disposição para dar ouvidos aos falsos mestres  “a esses de b oa mente o tolerais". A

dar testemunho, pois haviam recebido dele o conhecim ento da fé cristã. 81

II. 0 obreiro e a remuneração

Na realidade, os coríntios não foram capazes de perceber o sacrifício

(2Co 11.7-15,20)

que o apóstolo fez enquanto os evan-

Em continuidade à defesa do seu

gelizava. A palavra “despoja r”, usada aqui pelo apóstolo, empresta ao seu

apostolado, Paulo respondeu às críticas contra a prática adotada com relação à

argumento o sentido de uma atitude que muito lhe custou. Mas a verdade é

remuneração financeira do ministério, enquanto esteve em Corinto. Ele estava

que Paulo precisou contar com a ajuda

convicto quando ao seu proceder e não tinha intenção de mudálo. Os falsos mestres, entretanto, tiveram um

de outras igrejas (2Co 11.8) a fim de que o evangelho chegasse a eles sem nenhum custo. O versículo seguinte esclarece melhor o pensamento de

comportamento inadequado.

Paulo. Mesmo quando esteve em  "privaçõ es”,  em nada foi pesado aos

1.

O comportamento adequado do obreiro

coríntios, porque havia recebido dos irmãos da Macedônia o sustento que

(2Co 11.7-11)

lhe era necessário (Fp 1.5; 4.10,1418).

A pergunta com que iniciou a sua defesa deveria levar os coríntios

E se fosse exigido continuar a agir desse modo, assim o faria.

a refletirem sobre o próprio modo de agir (2Co 11.7).

b.

Agiucom a verdade (2Co 11.10) Esse versículo esclarece bem a razão de

a.

Agiu com hu m ildad e (2(o 11.7-9)

Paulo não ter sido financeiramen-

 Em Corinto, Paulo trabalhou

te pesado aos coríntios. Ao usar

como artesão, fabricando ten-

a expressão “a verdade de Cristo

das, a fim de prover o seu sustento (At 18.14). Talvez esse

está em mim”,  Paulo fundamenta a sua opção de pregar nas regiões

modo de agir “humildemente” (2C o 11.7) não tenha sido com -

da Acaia, da qual Corinto era a principal cidade e centro político

preendido, porque os gregos

administrativo, sem qualquer ônus

consideravam degradante que um filósofo ou professor se de-

para eles. Ele agia de acórdo com um propósito, estabelecido diante de

dicasse a trabalh os manuais para prover o seu sustento. Paulo

Cristo, razão pela qual ninguém lhe tiraria “esta glória” de anunciarlhes

sabia disso, razão por que per-

o evangelho sem lhes ser pesado. Era

gunta se havia cometido "algum

obrigação de Paulo a pregação e não

 pecado” com tal procedimento.

uma opção (lC o 9 .1518 ).

A sua intenção fora exaltálos, ao anunciarlhes gratuitamente o evangelho.

c.

Agiu com amor (2Co 1 1 .1 1 ) Mas o que o apóstolo havia dito

não hesitariam em receber dos coríntios alguma remuneração,

anteriormente não era suficiente para calar os seus oponentes, que diziam ser a recusa de receber

visto que a maioria dos apóstolos a aceitava (1 Co 9.36), e o próprio

ajuda financeira dos coríntios uma maneira de humilhálos e de demonstrar que não os amava.

apóstolo Paulo defendia o direito

Visto que Paulo bem conhecia a

do (lC o 9.714).

de o obreiro cristão ser remunera-

estratégia dos seus inimigos, fez aos coríntios a pergunta retórica:

A opinião do apóstolo a respeito de tais obreiros está colocada nas

"Por que razão? É porque não vos amo?"  e então chama Deus por

expressões que usou para descrevê los: "Falsos apóstolos"    não tinham sido comissionados pelo Senhor; e

testemunha da afeição que nutria por eles.

"obreirosfraudulentos"   enganavam os 2.

0 comportamento inadequado dos falsos obreiros

seus possíveis adeptos, dizendo serem apóstolos de Cristo (2 C o 11 .13 ). Mas

(2Co 11.12-15,20)

usando da sua própria estratégia,

Paulo estava determinado a não

mostrandose como, de fato, não eram

não passavam de agentes de Satanás,

colocar fardo financeiro sobre os coríntios (2Co 11.12). E isso se justificava

(2Co 11.1415). 2Coríntios para hoje

também diante da atitude dos falsos obreiros, de não trabalhar em um lugar sem obter lucro, como é próprio de

0 que o apó stolo Paulo diz a respeito desses falsos obreiros pode-se aplicar aos falsos mestres de hoje? C om o? Em que aspectos?

muitos líderes de seitas hoje. a.

b.

Agiamcomorgulho(2Co11.12)-De-

c.

sejando compararse aos apóstolos, os falsos mestres gloriavamse naquilo em que não podiam. Gos-

 Parece que os adversários de Paulo não somente aceitavam remunera-

tariam de dizer que desenvolviam a

toda avidez. Eram tão vaidosos das

sua missão nas mesmas condições de Paulo. Mas, se desejavam ser

próprias opiniões que não hesitavam em humilhar, criticar e ofender os

iguais a ele em glória, então que seguissem o mesmo método que adotou. Com essa palavra, Paulo

que se opunham à autoridade deles. Paulo estava admirado com a dispo-

eliminou o orgulho deles.

tratamento abusivo dos falsos mestres

Agiam com falsidade (2Co 11.13-15)

e, ao mesmo tempo, recusarem as advertências que lhes transmitia com

 Se fossem verdadeiros apóstolos,

amor.

Agiam de forma abusiva (2Co11.20)

ção, como também a cobravam com

sição dos coríntios em tolerar esse

83

modo agiam os seus adversários. Kruse esclarece bem o pensamento de Paulo: “Visto que muitos (seus inimigos) vangloriamse segundo a carne, e seus

III. A vanglória do obreiro (2Co 11.16-19)

Nos versículos indicados anteriormente, o apóstolo retomou o pe-

convertidos foram seduzidos por tanta vanglória, Paulo sentese obrigado a mergulhar também na autoostentação

dido para que os coríntios o suportassem "um pouco mais" na sua "loucura" (2Co 11.1).

1.

por amor aos coríntios, ainda que esteja dolorosamente consciente de que essa vanglória é pura tolice” (II  Coríntios, Introdução e Comentário,

Vanglória é tolice (2C011.16-17)

O pedido foi feito de modo ligeiramente diferente (2Co 11.16). A questão é esta: “se insistem em ver

p.204).

me deste modo, como um insensato, que o façam”. Essa impressão dos co-

com ele o que faziam com os outros.

Então, que os coríntios fizessem Uma vez que se achavam sensatos, que também o tolerassem, como a um

ríntios acerca do apóstolo era devida

insensato (2Co 11.19).

à ingenuidade deles ao se deixarem levar pelos falsos mestres. Paulo bem

IV. As credenciais e a provação do obreiro

sabia que não precisava gloriarse, e que isso é ato de tolo, mas pediu que

(2Co 11.21-33)

o tratassem com o tal, e ouvissem a sua ostentação do mesmo m odo que ouvi-

Continuando a autodefesa, com a ostentação que condenava, o apóstolo apresentou suas credenciais ao apos-

ram as dos outros tolos (os inimigos de Paulo). Como se abrisse um parêntese, ele informou aos coríntios que, a vanglória que estava prestes a manifestar, não a manifestaria com a autoridade

tolado. Iniciou, entretanto, com um pouco de sarcasmo (2Co 11.21). Os

do Senhor (2Co 11.17).

dos adversários de Paulo, que o achavam "fraco"  (2Co 10.10). O apóstolo

2.

agora, para mostrarlhes que estavam errados, apresentou, uma a uma, as si-

coríntios haviam acreditado na crítica

Ostentação é carnalidade (2Co 11.18-19)

O que moveu o apóstolo Paulo ao ato de ostentarse (o que considerava uma insensatez) foi a sua "carne”

tuações das quais os seus adversários se gabavam.

(2Co 11.18), isto é, vangloriarse à maneira do mundo, de possuir poder

1.

Sua experiência e sofrimento (2Co 11.22-27)

e prestígio, até mesmo de experiências espirituais, sem a preocupação com

Paulo iniciou dizendo da sua

o que agrada ou não a Deus. Desse

ascendência judaica: hebreu, para 84

«Unotar a pureza étn ica (Fp 3 .5 ); Israelita, um aspecto religioso e social do judaísmo; descendente de Abraão,

os fracos na fé viessem a tropeçar e cair por causa do mau comportamento dos que se achavam fortes (Rm 14.112;

i om direito às promessas feitas ao pa

ICo 8.113).

1iiurca (2C o 11.2 2 ). Os falsos mestres davam grande valor a isso.

3.

(2Co 11.30-33)

Mas nem um dos adversários de I'aulo desfrutava da honra de ser "minis-

Apelando a Deus como testemunha de que era verdade o que ia dizer

Iro de Cristo" (2Co 11.23), como a que lhe fora dada, embora se sentisse mal ao

(2Co 11.31), Paulo relembra o momento mais hum ilhante da sua carreira

gloriarse quanto a isso, o que transparece na expressão "falo como fora de mim”.

(2Co 11.3233; At 9.2325). Talvez tenha sido essa sua primeira prova da

Seguese uma lista de tribulações

vergonha da perseguição.

sofridas pelo apóstolo (2C o 11 .23 27 ). Leia a lista, para ver se concorda com o autor: nem um dos opositores de Paulo

Conclusão

havia investido tanto a vida para pregar o evangelho de Cristo. Essas duras experiências do apóstolo estão narradas

1.

Pense em situações da vida

cristã em que temos sido desleais para com Deus, o Pai; para com o Senhor

em Atos dos Apóstolos.

2.

Sua experiência de submissão

 Jesu s Cristo; para com o evangelho e para com a verdade. Como podemos corrigirnos?

Sua preocupação com a igreja (2Co11.28-29)

2.

Havia um interesse sadio do

Ao examinar a experiência

do apóstolo Paulo, quais seriam as credenciais recomendáveis ao obreiro

apóstolo pelo bemestar das igrejas. Havia sempre a preocupação de que

cristão hoje?

85

0 espinho que incomoda e a graça que basta Pr.Vanderli Lima Carreiro LENIÍSHUTTERSTOCK

texto básico

leia a Bíblia diariamente

texto devocional

2C o 12.1-10

versículo-chave

2Coríntíos 12.10 "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas  pers eguiçõe s, nas angústias, p or am or de Cristo. Porque, quando so u fraco, então, é que sou forte" 

alvo da lição

 A t 22.6-11 2C o 12.11-18 1Co 15.9-11 2C o 12.19-21

 A o estudar esta l ição, vo cê vai ser e stim ulad o a perseve rar firm e n o serv iço do Mestre e a não se impo rtar com os ataques que, para frustrar os planos divinos, o inim igo desfere contra os servos de Deus.

Introdução

Rm 15.17-21 S119.1-14

I. A glória e o espinho (2Co 12.1-10)

No texto que hoje é objeto do nosso estudo, Paulo continuou a defesa do seu ministério apostólico, tão severa e injustamente atacado pelos seus inimigos. Ele se viu obrigado a relatar uma experiência sobrenatural, para reivindicar a sua autoridade. Depois Paulo fez referência ao “espinho na carne”, que foi dado a ele a fim de inibir que se exaltasse, e à resposta de Deus ao pedido tríplice que fizera para afastálo de si. Em bora o pedido tenha sido negado, a resposta divina consistiu num alento para que ele continuasse a exercer o seu ministério: “A minha

Essa passagem precisa ser lida com reverência e simpatia, porque nela o apóstolo Paulo desnuda, diante dos leitores, o coração e mostra, ao mesmo tempo, a radiante experiência com a glória e o peso tremendo da sua dor. 1.

Uma experiência sobrenatural (2Co 12.1-4)

Não havia, por parte do apóstolo, a intenção de gloriarse, embora fosse necessário dizer acerca dos momentos sublimes do seu ministério, devido às circunstâncias pelas quais passava (2Co 12.1).

 graça te hasta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza". A ênfase do apóstolo

na relação entre fraqueza e poder teve em vista minar as ideias triunfalistas a respeito do poder e da autoridade pregados pelos seus adversários.

a.

0 hom em que teve a experiência

 As visões e revelações não eram incomuns à vida (2Co 12.1).

86

de Paulo. Jesus Cristo revelou

aceita, circundam a terra três

Se a ele na estrada de Damasco

céus:

(At 22.611; 26.1220). Paulo



a a bób od a ou esfera te rre stre (Is 55.1 0);



o espaço sideral (SI 19.1);



e a habitação de D eus ou “terceiro

experimentou a visão do hom em da Macedônia (At 16.910). Recebeu enco rajam ento da parte do Senhor por meio de uma visão, quando realizava o ministério em

céu” e “par aíso ” (At 7.49).

Corinto (At 18.911). Também afirmava ter recebido o evan-

Assim, Paulo foi arrebatado ao mais sublime dos céus. Ele mesmo não sabia dizer "se no corpo ou fo ra do cor-

gelho por revelação (G1 1.12), e que o seu discernimento do

 po >Deus o sabe”  (2Co 12.23). Kruse

mistério do evangelho se baseava em revelações da parte de Deus

comenta que “se o próprio apóstolo Paulo descon hecia o exato mecanism o

(E f 3.35; IC o 2 .910 ). Tanto

mediante o qual seu arrebatamento

as visões como as revelações do apóstolo diziam respeito à orien -

ocorreu, certamente nós não podemos saber” (II Corintos, Introdução e

tação para o seu ministério e à

Comentário, p .21 56 ). A afirmação de

sua compreensão das verdades

Paulo acerca do seu arrebatamento

espirituais que recebera da parte de Deus.

temporário podia ter em vista combater o pensamento gnóstico, que nega a possibilidade de contato entre

Dentre todas as visões que havia

o mundo material e o celestial, pois o

recebido, Paulo especificou uma, ocor-

primeiro é inerentemente mau. Essa

rida catorze anos antes, diferente da

seria a razão por que usa a expressão

que teve no caminho para Damasco.

“no corpo",  negando a doutrina gnós

Ao fazer uso da terceira pessoa para contar o que aconteceu  “Conheço um

tica. Ao mesmo tempo, p orém ele não exclui a possibilidade de uma experi-

homem em Cristo... "  (2Co 12.2)  o

ência espiritual  o espírito teria sido arrebatado, e não o corpo. Mas como

apóstolo indicou a natureza sagrada

o próprio apóstolo afirma  "Deus o

da experiência que teve, e ao mesmo tempo tentou livrarse da possível

sabe"  não convém especular sobre a

acusação de ostentarse. O "homem em Cristo" não é outro senão Paulo.

natureza da experiência do apóstolo,

b.

 “Foi arrebatado ao terceiro

Também desconhecemos o conteúdo das palavras dirigidas a Paulo

céu... foi arrebatado ao paraíso"

 "inefáveis, as quais não é lícito ao

(2Co 12.2,4). De acordo com a

homem referir”  (2Co 12.4). Embora

cosmologia bíblica comumente

tivesse sido instrumento de Deus para

apenas aceitála.

A natureza da experiência (2Co 12.2-4).

87

“desven dar o mistério"   do evangelho

na carne” de Paulo? Duas possi-

(E f 3. 1 12 ), o que lhe havia sido reve-

bilidades são as mais coerentes.

lado não podia ser divulgado, talvez

Primeiro, uma enfermidade, pro-

por conter uma mensagem dirigida especificamente a ele.

vavelmente dos olhos (G14.15); segundo, um inimigo que movia perseguições constantes contra

2.

0 modo de Deus usar o sofrimento

o apóstolo.

(2Co 12.5-10)

O apóstolo venceu a tentação

Da experiência de Paulo emergem

de envaidecerse com as revelações e visões recebidas do Senhor por meio

cinco razões pelas quais ao cristão é permitido sofrer. a.

do “espinho na carne”,  que lhe servia de lembrança contínua para não se

Para revelar a condição espiritual do cristão (2Co 12.5-6).  Mesmo

vangloriar com as experiências passadas. Na condição de “mensageiro de

tendo terminado o relato da sua

Satanás”, o "espinho"  provocavalhe a

experiência sobrenatural, Paulo

reação certa  não se envaidecer, em

continuou a falar na primeira

vez de sucumbir à tentação de ostentar

pessoa. Ele estava preparado para

se "na carne".

“glo riarse nas suas fra quezas”. O seu sofrimento por amor ao

c.

Para o cristão reag ir a favo r de si

evangelho, sim, era a verdadeira

mesmo (2Co 12.8).  " Três vezes

prova do seu contestado apos-

 p ed i... "  O apóstolo desejava

tolado. Assim como o ouro se apura no calor do fogo, a fé do

que o “espinho” fosse removido e dirigiuse a Quem é capaz de fazêlo. O espinho porém, não lhe

cristão é atestada mediante duras provas (l P e 4 .1 2 ). E se viesse a

foi tirado. Contra o que se podia

ostentarse daquela experiência

esperar, o apóstolo não obteve

para o seu próprio proveito, não

a remoção que pediu, mas saiu

estaria agindo como tolo, visto que o seu relato era verdadeiro.

encorajado e fortalecido. 2Corín tios para hoi

Mesmo assim, abstevese de

Quantas vezes pedimos a Deus que mova

gloriarse da experiência passada,

uma montanha que está diante de nós,

porque bastava que a avaliação a

e Ele apenas nos concede as forças para

seu respeito se baseasse naquilo

transpô-la!

que agora os coríntios viam ou ouviam acerca dele.

d. b.

Para dispensa r ao cristão a graça

Para torn ar o cristão hu m ilde

divina (2Co 12.9).  A palavra

(2Col2.7).  O que era o “espinho

de encorajamento dirigida ao 88

1.

apóstolo foi: “A m inha graç a te basta... "  Era como se o Senhor

A apresentação das credenciais do apostolado

dissesse: “Não removerei o es-

(2Co 12.11-13)

pinho, mas farei algo melhor:

Todavia, Paulo foi obrigado a

darei graça para você suportálo” (Comentário Bíblico Popular,

continuar com o que chama de “in-

p.5 77 ). Isso deno ta a disponibilidade contínua da graça de Deus.

terem defendido diante dos ataques

Essa graça capacitaria o apóstolo

o louvor, porque em nada era inferior

a lidar com o espinho e dar conti-

aos seus oponentes, embora reco-

nuidade ao seu ministério.

nhecesse que a comissão apostólica

sensatez” devido aos coríntios não o dos falsos mestres. Até merecia deles

recebida era decorrente da graça divina e.

Para aperfeiçoa r no cristão o po 

(lC o 15.910).

der de Deus (2Co 12.9-10)  A

resposta do Senhor não trouxe

Aos coríntios, Paulo havia apre-

decepção ao apóstolo, e foi

sentado as credenciais do verdadeiro

acrescida de uma explicação:

apostolado por meio do desempenho dos sinais apostólicos: "sinais, prodígios

"porque o poder se aperfeiçoa na  fr aqueza"  (2 C o 12.9). A atuação do poder de Cristo na vida do apóstolo era mais importante do que a ausência de dor ou de perturbação.

e po dere s miraculosos"  (2Co 12.12). O testemunho bíblico a esse respeito encontrase em Romanos 15.1719. A execução desses “sinais”, que acom panhavam o ministério da pregação e ensino da Palavra, tinha dado autenticidade a seu apostolado.

Paulo alegrouse com a possibilidade de gloriarse nas próprias fraquezas. Isso não significa que se

A única diferença do ministério

tenha deixado dominar por um espí-

de Paulo em Corinto, em relação ao

rito masoquista, mas que se deleitava no poder de C risto que nele habitava,

das outras igrejas, foi que havia determinado não lhes ser pesado, ou seja,

em meio a tais fraquezas.

não aceitou que contribuíssem com o seu sustento. Se nisso os coríntios se

II. A defesa final

achassem ofendidos, o apóstolo pediu

(2Co 12.11-18)

que o perdoassem (2Co 12.13).

O texto dános a impressão de que

2.

o apóstolo já estava cansado da “conver-

O interesse do pastor pela igreja

sa insensata” que vinha mantendo, com

(2Co 12.14-18)

o objetivo de.defender o seu ministério

Consideremos como Paulo eviden-

apostólico. Era a hora de parar!

ciou o interesse pela igreja em Corinto. 89

a.

0 seu crescim en to e sp iritua l (2Co 12.14)  Pela terceira vez,

Essa consideração não se fazia notar nos falsos mestres que, cheios

desejava visitar os coríntios. Ia,

de malícia, provocavam dissensões e

de novo, com o propósito de

causavam divisões nas igrejas.

não lhes ser pesado. Não estava interessado nos bens materiais daqueles irmãos, mas na vida deles. Sua preocupação maior era com as pessoas e não com as coisas. Dispunhase a servirlhes como pai, enriquecendo espiritu-

atos para denegrir o caráter e manchar a reputação do s servos de D e u s! Por isso, todo o cuidado é pouco!

A manifestação do am or (2Co 12.15).

O modo como o apóstolo Paulo

 Quanto Paulo amava o povo de

lidou com o sofrimento serve de modelo para todos os cristãos. Nenhum

Deus em C orinto! Estava pronto a sacrificarse em prol das almas, ou seja, do bemestar espiritual

texto das Escrituras nos desvenda mais poderosamente o propósito do sofrimento cristão do que a passagem

deles. Embora os amasse tanto, era por eles menos amado! Mas

que examinamos (2Co 12.110). Da dura prova pela qual Paulo passou,

o apóstolo continuaria a amálos mesmo sem nenhuma garantia de reciprocidade. c.

Gente de fora não poupa palavras nem

Conclusão

almente os seus filhos na fé. b.

2Coríntios para hoj

A co n side ra çã o , a p esa r da incompreensão (2Co 12.16-18).

emergem cinco razões pelas quais Deus permite o sofrimento ao cristão. 1. Revelar a condição espiritual; 2. Humilhar ou quebrar o orgulho e o

 Paulo havia demonstrado aos

sentimento de autossuficiência;

coríntios toda a consideração, mas nisso também não encontrou

3. Aproximálo de Si mesm o;

reciprocidade. Nunca os havia explorado, nem os seus colabora-

4. Dispensar a Sua graça; 5. Aperfeiçoálo no Seu poder.

dores o fizeram. A recusa de Paulo receber sustento financeiro dos coríntios foi mal interpretada pelos adversários, o que causou o grande problema. A crítica dirigida ao

Se ainda estamos longe de admitir que o sofrimento tem fins nobres para Deus, comecemos nossa caminhada

apóstolo não se originou entre os crentes, mas entre os inimigos. O

nesse sentido. Quanto mais cônscios do

erro dos coríntios fo i dar ouvidos aos inimigos.

fácil é encarála e subjugála, porque

sentido que Deus dá à nossa dor, mais Deus sempre concede a graça que basta! .9 0

Q u ss tõ e s finais, sau daç ão e bênção Pr.Vanderli Lima Carreiro CREATIVA/SHUTTEP.STOCK

texto básico

2Coríntios 12.19-13.13

texto devoeiona!

2Cor(ntios 4,7-12

versículo-chave

2C orlntios 13.11

leia a Biblia diariamente

"Quanto ao mais, irmãos, adeus! Aperfeiçoai-vos, consolai-vos, sede do mesm o perecer, vivei em paz; e o D eus de am or e de pa z estará convo sco " 

H U

2Co 12.19-21

H tH

1Co 6.12-20

E ß l

2C o 13.1-10 Ap 3.14-22

aluo da licão  A o es tuda r esta lição , vo cê será ince nt ivad o a en ca ra r com serie da de a questão da aplicaçao da disciplina eclesiástica, que visa a restauração e a edificação do penitente; e vai entend er que toda disciplina que a igreja aplica aos seus mem bros só surte real efeito quand o exercida no pode r do Senhor.

|| t |

2Co 13.11-13

U H

Lc 7.36-50

U 3 J I 2Co 11.23-29

Introdução a mente e o coração. Veja, reflita e sinta a mensagem endereçada aos coríntios, da qual também podemos desfrutar.

Concluímos agora o estudo de uma das mais profundas epístolas escritas por Paulo. Nela o apóstolo abre o coração aos coríntios. Expõelhes a angústia da alma e deixa transparecer lhes a dor. Todavia, no m eio da aflição e do desapontamento, o apóstolo descobre que as forças de que precisava vertem do “Pai de misericórdias"   e do "Deus de toda consolação" (2Co 1.3).

I. O que o obreiro espera da içireja? (2Co 12,19-21)

À primeira vista podese pensar que o interesse do apóstolo Paulo, ao escrever a segunda epístola aos Coríntios, era apenas defender a própria reputação e a autenticidade do seu ministério apostólico. Na verdade, tinha sido forçado a elogiarse, porque os coríntios se haviam deixado levar pela vanglória dos adversários, e o apóstolo precisava mostrar que em nada era inferior a tais autonomeados apóstolos. Entretanto, o seu principal objetivo era outro. Vejamos.

Mas não pensemos que a epístola está vazia de ensino e doutrina. A doutrina surge em decorrência de severa experiência, com o já pudemos ver nas lições anteriores. Mesm o a repreensão contém doutrina preciosa, assim como a encontramos no desenvolvimento da palavra de apelo, de defesa e de exortação. Orientamos, portanto, que o aluno leia o texto com os olhos, 91

1.

A edificação

(2 C o 12 .20), vícios dos quais já deviam estar livres. O grande receio de Paulo

(2Co 12.19)

Embora pudesse parecer que estava apenas tentando desculparse, a intenção de Paulo com a autodefesa

era ser humilhado no meio dos coríntios e diante dos que o acompanhariam na viagem. Também previa a tristeza de

era possibilitar a edificação dos ama-

"chorarpor muitos que, outrora,pecaram e não se arrependeram da impureza,  prostituição e lascívia que cometeram ” (2Co 12.21).

dos irmãos coríntios. Na realidade, o apóstolo não via necessidade de defenderse perante ninguém, pois o que lhe importava era o julgamento recebido do Senhor (2Co 5.10). Por isso, para lhes afirmar o verdadeiro sentido da sua atitude, disse: "Falamos em Cristo perante Deus, e tudo, ó amados,  para vossa edificação".  Tudo o que disse

2Coríntios para hoj Uma das muitas tristezas que invadem o coração do pastor de uma igreja local é perceber a dificuldade das ovelhas do seu rebanho de arrependerem-se dos seus

e escreveu tinha o propósito de edificar

pecados. Por outro lado, nada enche mais

a igreja (2C o 10 .8). E era o amor por eles que o motivava a agir da maneira como o fez.

seu coração de alegria do que perceber que os irmãos prontamente se arrependem e confessam a Deus, e uns aos outros, o seu pecado. A verdadeira paz só pode ser

2.

O arrependimento

experimentada num ambiente em que não

(2Co 12.20-21)

há re servas entre irmãos.

Havia em Paulo o temor de encontrar os coríntios, na sua terceira visita (2Co 12.14), espiritualmente desfigurados da forma c om o desejava vêlos. Certamente almejava achálos

II. O projeto da nova visita

maduros na fé, porém, tinha medo

O apóstolo Paulo queria deixar os coríntios cientes do espírito com que os visitaria pela terceira vez. Ele não ia

que não fosse assim. Também temia que os coríntios o achassem diferente do que esperavam, talvez pronto a agir com autoridade enérgica contra a igreja, do modo com o ameaçara tratar os adversários (2Co 10.2,6; 13.14). Sobretudo, Paulo ficaria profundamente entristecido se encontrasse entre os coríntios "contendas, invejas, iras, porfias, detrações (difamações, maledicências), intrigas, orgulho e tumultos" .9 2

(2Co 13.1-10)

poupar seus ofensores. Também não deixaria de, pessoalmente, demonstrar lhes a autenticidade do seu apostolado. Por isso, era necessário que o espírito dos irmãos estivesse preparado.

1.

Visita para repreensão (2Co 13.1-4)

A primeira visita foi a da implantação da igreja em Corinto

eloquência ou realização de prodígios e sinais os impressionasse, pois havia havia aprendido que o po der de Cristo repousa sobre os fracos. fracos.  Jesu  Je suss m esm es m o foi fo i crucif cru cifica icado do “em  fr  f r a q u e z a " ,  mas agora “vive pelo  po  p o d er de Deus" (2Co 13 .4).Diant .4).Diantee disso, “as muitas fraquezas do apóstolo (2Co 1.211; 4.712; 11 .23 29) 2 9) não deveri deveriam am cegar cegar os coríntios, impedindoos de ver o poder de Cristo manifestado em seu apostolado. Embora reconheça conh eça sua fraqueza fraqueza em Cristo, Paulo ameaça usar o poder de Cristo Cr isto para disciplinar, disciplinar, ao falar aos crentes” (Kruse, p.233).

(Al 18 .1 ); a segun da foi prova vrlmente o encontro “em tr ist ez a” ( !o 2.1); a terc te rcei eira ra visi visitt a é e s s a o Paulo se preparava para fazer, anunciada várias vezes (2Co 10.2; I 2 .1 4 ,20 2 1) . À luz luz dessas dessas referên i ias, parece que o apóstolo desejava ministrarlhes uma um a severa repreensão. 1111

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